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MUSICALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Valdenilda Maciel dos Santos RESUMO O estudo buscou discutir a importância da música no contexto do ensino aprendizagem no ensino infantil. A prática da linguagem musical como instrumento de inclusão social e ampliação da qualidade de vida, já existentes, dos docentes e discentes, além da perspectiva interdisciplinar oferecida pela linguagem musical que facilmente se liga a qualquer área do conhecimento. Este estudo analisa a relevância da Música na Educação Infantil, através da aplicação da Lei 11.769/2008 nas Escolas Brasileiras A educação musical propriamente dita situa-se para lá de toda a aplicação instrumental e refere-se aos elementos fundamentais da música: sentido rítmico, ouvido musical, sentido melódico, nomes das notas, graus da escala, improvisação, conhecimentos harmônicos. Ela pode começar desde a idade de três ou quatro anos, se o educador dispõe de um material auditivo numeroso e variado, põe em contribuição, além deste material, as canções infantis e os exercícios, rítmicos corporais. O estudo foi desenvolvido através de revisão da literatura. Palavras-chave: Música; Ensino; Aprendizagem. INTRODUÇÃO Estudos científicos indicam que a música tem efeitos positivos no desenvolvimento cognitivo, criativo, intelectual e psicológico das crianças. Foi demonstrado que a música estimula o hemisfério esquerdo do cérebro, responsável por aprender a linguagem, os números e o uso da lógica. Este estudo foi desenvolvido por apresentar uma temática que envolve a prática de ensino e o uso da música no processo de ensino aprendizagem, elemento que pode ser motivador para o aluno como atividade lúdica no ensino infantil. O estudo tem por problema questionar: qual a importância da música no contexto do ensino aprendizagem no ensino infantil? Como objetivo o estudo buscou discutir a importância da música no contexto do ensino aprendizagem no ensino infantil. De forma específica busca: verificar os elementos do processo ensino aprendizagem; analisar a música como elemento de aprendizagem; demonstrar a importância da música no ensino aprendizagem no ensino infantil. O estudo se justifica por analisar uma temática a tendo relevância social e acadêmica por verificar os elementos da musica no ensino aprendizagem. O aprendizado musical e a socialização ajudam a fomentar a colaboração, o pensamento crítico e o respeito quando são feitos esforços coletivos. Além disso, através das músicas você pode aprender valores, hábitos, o alfabeto, tabuada, etc. Por exemplo, podemos relacionar a tabela do número três com o ritmo da valsa. Além disso, a partir do estudo de um instrumento, muitas disciplinas podem ser trabalhadas: geografia (de onde vem), história (quando apareceu), matemática (tamanho e proporções), física (acústica e som), arte (desenhar ou criar com materiais diferentes) e tudo o que o professor venha a ensinar. Este estudo tem por característica de forma inicial pelo levantamento de referenciais teóricos, através da seleção da literatura para sustentação, com a discussão do pensamento acerca do tema e análise dos fatos na verificação dos conceitos teóricos, seguindo-se pela verificação e confrontação das respectivas definições. No que se refere aos seus procedimentos, é um estudo descrito, como base em revisão da literatura. A pesquisa será realizada por meio de leituras sistemáticas e da produção de fichamentos de livros, artigos e fontes eletrônicas que abordam o tema proposto. A revisão da literatura acerca do assunto se apresenta como base para adquirir um conhecimento prévio sobre o que foi tratado, em pesquisas anteriores, acerca do tema a se investigar. Além disto, a busca por esta literatura economizará esforços, pois poderão encontrar-se, em outros trabalhos, pistas ou respostas sobre como responder à problemática da atual pesquisa. A pesquisa bibliográfica é orgânica, ela pode acompanhar o pesquisador durante todo o seu percurso acadêmico: desde a concepção de trabalhos ou artigos até a sua conclusão (GIL, 2010); o autor ainda contribui ao explicar o passo-a-passo da pesquisa bibliográfica: a) identificação clara e bem delimitada do tema e dos assuntos; b) seleção de fontes representativas para dar suporte à nova pesquisa (bibliografia especializada, portais, sites, editoras especialistas, etc.); c) localização e obtenção do material, de preferência impresso (para receber de maneira mais simples os grifos e as observações para a nova finalidade); d) triagem do material identificado como, de fato, relevante e e) leituras com transcrição de dados a fichas, suficientemente grandes, para o registro dinâmico de conceitos, opiniões e detalhes relevantes aos trabalhos que lhes serão concernentes. 1. MÚSICA De acordo com Bréscia (2003) alguns estudiosos falam que a existência da música tem aproximadamente 40.000 anos, atrás do surgimento da língua falada, mas não é possível dar uma época certa do surgimento da música, pois não existe documentos e nada concreto baseando uma data específica neste assunto. Segundo os estudos já realizados, a música foi descoberta há muito tempo atrás, bem antes da pré-história, tudo o que se ouvia eram vibrações sonoras produzidas pelo som do mar, do vento soprando, das folhas da árvore balançando, sons das chuvas e dos trovões, sons dos cantos dos pássaros, sons dos animais das florestas, todo o som era produzido pela própria natureza. (BRITO, 2009) Com o passar do tempo, os sons da natureza foram se aperfeiçoando e se aprimorando nas mãos dos homens, tudo o que se ouvia começou a virar ritmo. Alguns historiadores falam que os homens das cavernas já usavam a música para a religião, que os sons e o ritmo tinham o caráter de complementar os rituais, usando o som da sua voz assim eles tinham um contato direto com os deuses. (BRITO, 2009) Muitas tribos da África do Sul usavam pequenos pedaços de paus como instrumentos musicais para fazer sons e ritmos em seus rituais religiosos. (BRITO, 2009) A música também aparece na história dos índios onde a música é um símbolo tanto religioso quanto cultural, em épocas festivas os índios e suas tribos dançavam, cantam e pintavam os seus corpos para dar continuidade a suas crenças. (BRITO, 2009) Teve-se a passagem da música na idade das trevas ou idade Média onde a igreja católica tinha sua forte influência sobre a cultura e costumes de seus povos e mais uma vez a música era uma grande aliada para centralizar a atenção e as emoções dos fiéis das igrejas. Analisando-se livros históricos tem-se como era a música em cada época, a música foi um instrumento fortemente usado pelos povos antigos e sem dúvida influenciou antigamente na cultura e nas religiões. (MOARES, 2000) O estudo aproximou essa ferramenta para dentro do ambiente escolar, para auxiliar na aprendizagem das crianças e para estimular o processo de construção do conhecimento para contribuir na formação da criança. Segundo o que fala Moraes (2000, p. 204-205): As canções poderiam constituir-se em um acervo importante para se conhecer melhor ou revelar zonas obscuras das histórias do cotidiano dos segmentos subalternos. Ou seja, a canção e a música popular poderiam ser encaradas como uma rica fonte para compreender certas realidades da cultura popular e desvendar a história de setores da sociedade pouco lembrados pela historiografia. Na história da humanidade a música sempre foi um elemento fundamental para o aprendizado e desenvolvimento cultural do homem. A exemplo disso na Grécia, artes e música além de ser uma condição de expressão da liberdade do homem, tinha forte influência e importância na educação. Os gregos tinham grande paixão pela música, desde a infância as crianças já aprendiam música, porque eles acreditavam que a música era capaz de educar e civilizar o homem. Para os gregos a educação sempre teve uma atenção privilegiada, principalmente para a formação do caráter do homem, pois segundo Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil: A música está presente em todas as culturas, nas mais diversas situações:Meneghetti. A música como meio de desenvolver a inteligência e a integração do ser, Revista Recre@rte Nº3 junho 2005: Instituto Catarinense de Pós-Graduação. CHIZZOTTI, A. A pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 1991. ESTEVÃO, Vânia Andréia Bagatoli. A importância da música e da dança no Desenvolvimento infantil. 2002. ESTEVE, Júlia Maria. Mudanças sociais e função do docente. 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Desde a antiguidade a música sempre foi muito importante na vida educacional da humanidade. Embora de forma despercebida, o homem sempre usou a música para se comunicar e educar. Dessa forma é possível perceber como a música foi se sistematizando e de forma pedagógica se adequando ao molde peculiar da educação, conforme diz Brito (2003, p. 09): Desde finais do século XIX a educação musical recebeu o aporte de diversos autores, que desenvolveram ideias e propostas de sistematização da educação musical, dedicando especial atenção às crianças pequenas. Bons receptores das novas correntes educativas, esses autores – com enfoques e objetivos diversos – são unânimes em destacar a importância da experiência musical como passo anterior à utilização do código convencional da música, a notação tradicional. Desde o princípio a música sempre trouxe alegria, paz, harmonia, para todos os povos do mundo. Seus sons e ritmos eram utilizados em rituais e celebrações sociais, e isso se repeti até os dias de hoje. A música é uma arte, ela está ligada a cultura e tradições de povos de épocas passadas, onde traz curiosidade e influências que são exercidas sobre o indivíduo, pois segundo Brescia (2003, p. 25) “a música é uma linguagem universal, tendo participado da história da humanidade desde as primeiras civilizações”. Baseando se nestes fatos a música sem dúvida é uma arte onde trabalha se a imaginação, o sentimento, a expressão corporal, e é exatamente por ter essa capacidade de unificar seu potencial ela é usada desde tempos atrás até aos dias atuais, assim em todos os lugares do mundo a música foi uma influência grandiosa dentro da vida das pessoas, seja em parte religiosa ou particular ela marcou sua existência e continua fortemente até os dias de hoje, como diz no Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil: A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. (RCNEI,1998, vol.3, p.45). Através dessa importância que a música veio tomando seu espaço dentro a humanidade, foi estudado e elaborado maneiras de ligar essa prática da música dentro do ambiente escolar, portanto, a musicalização auxilia o raciocínio, as habilidades, estimula a memória e ajuda no desenvolvimento da criança. A música é ligada por sons de harmonia, ritmos e melodias. Os sons são chamados de vibrações a harmonia é sons combinado que agrada os ouvidos, os ritmos são resultados de sons e a melodia é a interligação dos sons onde a repetições dos ritmos. Por si ela tem propriedade afrodisíaca, terapêuticas, ela acalma, alegra, ela traz lembranças, prazeres, ludicidade e conforto, ela é um idioma universal que embora algumas vezes a letra não pode ser compreendida, ela por si própria fala aos nossos corações. Para Bréscia (2003, p. 81), a música é uma linguagem universal que auxilia a construção do conhecimento, favorecendo o desenvolvimento integral da criança, “o aprendizado da música, além de favorecer o desenvolvimento afetivo da criança, amplia a atividade cerebral, melhora o desempenho escolar dos alunos e contribui para integrar socialmente o indivíduo”. A música tem o poder de contribuir no desenvolvimento e no convívio social, assim trazendo benefícios para a aprendizagem, portanto, essa pratica não pode passar despercebida dentro do ambiente escolar, levando em conta que as crianças trazem com elas do seu cotidiano a musicalização, e com isso os professores juntamente com a escola tem a necessidade de inclui-la no currículo para facilitar de forma prazerosa o aprendizado. Segundo Brito (2003), a música sendo apresentada a criança desde o ventre de sua mãe já começa a existir um certo envolvimento entre a musicalização e a criança, com isso facilitando o desenvolvimento dentro da escola, mas não para ser usada somente para o contexto educacional, mas também para o uso contínuo: O envolvimento das crianças com o universo sonoro começa ainda antes do nascimento, pois na fase intrauterina os bebês já convivem com um ambiente de sons provocados pelo corpo da mãe, como o sangue que flui nas veias, a respiração e a movimentação dos intestinos. A voz materna também constitui material sonoro especial e referência afetiva para eles. (BRITO, 2003, p.35). No entanto percebe-se que é na Educação infantil que se deve desenvolver um grande trabalho da linguagem musical, porque nesta fase à criança está pronta para aprender e desenvolver novas descobertas, onde ao ouvir ela memoriza, imita, faz gestos e automaticamente trabalha seu cognitivo e sua coordenação motora. Segundo o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI,1998, vol.3, p.47): A música no contexto da educação infantil vem, ao longo de sua história, atendendo a vários objetivos, alguns dos quais alheios às questões próprias dessa linguagem. Tem sido, em muitos casos, suporte para atender a vários propósitos, como a formação de hábitos, atitudes e comportamentos: lavar as mãos antes do lanche, escovar os dentes, respeitar o farol etc.; a realização de comemorações relativas ao calendário de eventos do ano letivo simbolizados no dia da árvore, dia do soldado, dia das mães etc.; a memorização de conteúdos relativos a números, letras do alfabeto, cores etc., traduzidos em canções. Essas canções costumam ser acompanhadas por gestos corporais, imitados pelas crianças de forma mecânica e estereotipada. Então tem-se que o conceito da música é tão amplo e tão benéfico que é impossível descartar essa prática dentro do ambiente escolar, ela sempre provocará ao ouvinte seja ela criança ou adulto, porque com a música consegue-se expressar nossos sentimentos, desejos, pensamentos, ideias, mas sempre com a finalidade de se comunicar ou de gerar uma reação. 1.1 A HISTÓRIA DA MÚSICA NO CONTEXTO ESCOLAR A educação musical deve ser um trabalho pedagógico, realizado em um contexto educativo, que entenda e transforme a música em um processo contínuo de construção e personalidade intelectual da criança, que a permita perceber, sentir, experimentar, imitar, criar e refletir sua própria realidade. Conforme orienta o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, onde diz que (RCNEI,1998, vol.3, p. 70): A música, na educação infantil mantem forte ligação com o brincar. Em algumas línguas, como no inglês (to play) e no francês (jouer), por exemplo, usa se o mesmo verbo para indicar tanto as ações de brincar quanto as de tocar música. Em todas as culturas as crianças brincam com a música, jogos e brinquedos musicais são transmitidos por tradição oral, persistindo nas sociedades urbanas nas quais a forca da cultura de massas é muito intensa, pois é fonte de vivencias e desenvolvimento expressivo musical. Deixando de lado a pretensão de fazer da música na educação um treinamento mecanicista, pois segundo Brito (2003, p. 46): Nesse sentido, importa, prioritariamente, a criança, o sujeito da experiência, e não a música, como muitas situações de ensino musical insistem em considerar. A educação musical não deve visar à formação de possíveis músicos do amanhã, mas sim à formação integral das crianças de hoje. Brito (2003, p. 46) ainda complementa, dizendo que: Os cursos de música para bebês, por exemplo, que podem ser maravilhosos espaços para o exercício sensível e cognitivo, transformam-se, algumas vezes, em aulas de sistematizada repetição, propondo e cobrando atitudes e comportamentos que, no mínimo, não fazem muito sentido para eles. É preciso levar em contar a formação e preparação dos professores para atuarem no ambiente escolar, a música pode ajudar muito no desenvolvimento intelectual da criança, quando malconduzidoou aplicado esse ensino pode ter o resultado inverso do que se espera, ela pode acabar se tornando um empecilho, ou até mesmo uma barreira na alfabetização e aprendizagem da educação infantil, mas claro, isso engloba todo o planejamento mal administrado e não somente o momento lúdico com a música. Nesse sentido, a educação musical deve ir muito além do que a escola espera, tem que transcender os limites e a expectativa pedagógica, possibilitando à criança uma maior inteiração com sua realidade. Ela deve contribuir significativamente para o desenvolvimento da criança, estimular e valorizar sua integração com o mundo e com outros meios culturais, pois segundo Loureiro (2003, p. 03): Uma consistente reflexão sobre a prática pedagógica, também pode ajudar a perceber o valor da educação musical no contexto escolar, pois, para que o ensino da música venha a ser um veículo de conhecimento e contribua para uma visão intercultural e, alternativa frente à homogeneização da atual cultura global e tecnológica, é necessário partir de uma ideia clara, concreta, que viabilize ações conectadas à vida real. A intencionalidade dirigida e coerente com o universo de alunos pode levar a integração de capacidades, modos pessoais de pensar, sentir e agir na busca do conhecimento global, novas experiências e vivências. O professor junto à escola tem que ter o cuidado de incluir a música dentro do planejamento da disciplina da arte, mas infelizmente ainda encontra se muita resistência nesse aspecto de incluir esse conteúdo tão importante, tanto pelos professores que muitas vezes não então capacitados para desenvolver a música dentro de sua disciplina, como as vezes existe resistência pela escola por não ter estrutura e espaço adequado para oferecer ao educadores e educandos. Ao fazer essa aproximação e interação entre música e educação, cria-se um leque muito grande de possibilidade e atividades pedagógicas, fazendo com que o professor torne o ambiente escolar mais divertido e dinâmico, pois a música tem esse caráter. O pensamento de Brescia muito nos ajuda a compreender esse aspecto, onde ela diz que: O trabalho de musicalização deve ser encarado sob dois aspectos: os aspectos intrínsecos à atividade musical, isto é, inerentes à vivência musical: alfabetização musical e estética e domínio cognitivo das estruturas musicais; e os aspectos extrínsecos à atividade musical, isto é, decorrentes de uma vivencia musical orientada por profissionais conscientes, de maneira a favorecer a sensibilidade, a criatividade, o senso rítmico, o ouvido musical, o prazer de ouvir música, a imaginação, a memória, a concentração, a atenção, a autodisciplina, o respeito ao próximo, o desenvolvimento psicológico, a socialização e a afetividade, além de originar a uma efetiva consciência corporal e de movimentação. (BRESCIA, 2003, p.15). Cabe aos educadores abrir a porta do conhecimento, com o propósito de realizar e desenvolver um trabalho musical com as crianças, afim de leva-las a descoberta de um novo mundo. Assim o aprendizado da música na educação infantil se torna a chave para abrir a porta do conhecimento e da arte em si. Portanto, ao relacionar a música com as atividades pedagógicas, possibilita à criança da educação infantil relacionar o seu conhecimento e a sua aprendizagem com arte, ajuda na descoberta de um novo mundo sociocultural, que garanta a busca da verdadeira vocação humana. Cabe ao educador, ao pedagogo, contribuir para que esse ensino e essa busca sejam consistentes, atrativos e agradáveis pedagogicamente. Desse modo, vê-se que quando a criança é apresentada para uma aprendizagem lúdica onde traz de sua convivência e de seu cotidiano algo que ela já vive e que ela sente bem, o professor não encontra dificuldade para tornar um momento único na vida dessa criança e assim a musicalização vai favorecer não somente no momento de aprendizagem mas também com a socialização e o comportamento entre ela e seus amigos, no momento de higienização como na hora de ir ao banheiro ou na hora da alimentação sabendo que é necessário lavar as mãos, dar descarga, jogar o lixo no lixo e etc. Segundo o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil que faça sentindo o ensino cultural e que auxilie na formação de um cidadão que ame e respeite a beleza que a artes tem para oferecer dentro da modalidade da música, é preciso que apresente para o aluno desde a séries iniciais e torna-los um ouvinte sensível que sinta o valor e a riqueza que ela pode apresentar para o desenvolvimento como pessoa: “A linguagem musical é excelente meio para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da autoestima e autoconhecimento, além de poderoso meio de integração social. ” (RCNEI,1998, vol.3, p.47). A música se faz presente a todos momentos na vida das crianças, sendo assim é importante que se tenha uma visão panorâmica e completa sobre onde a música pode cooperar na vida de cada indivíduo. 1.2 A MÚSICA COMO UM ELEMENTO INTEGRADOR A educação musical busca sempre fazer o entendimento entre a música e o ser humano, atuando como elemento pedagógico integrador no ambiente escolar. Até algum tempo atrás era comum, nas escolas, ouvir as crianças cantar enquanto brincavam, ou até mesmo durante alguma atividade pedagógica. Os cantos infantis exerciam uma função importante nos jogos e brincadeiras das crianças, estimulando sua percepção e ajudando em seu desenvolvimento. Para que haja uma eficaz integração da música com os demais eixos de trabalho pedagógico na educação infantil, é preciso que a escola crie espaço de construção e reconstrução do conhecimento, em que possibilite a realização pedagógica de um dos, é preciso bom senso para se chegar a escolha do melhor caminho a ser seguido e colocado em prática. Em relação a isso, Penna (1990, p. 80) diz que neste momento: O mais importante é que o professor, consciente de seus objetivos e dos fundamentos de sua prática – onde a música deve ser encarada como uma produção e um meio educativo para a formação mais ampla do indivíduo – assuma os riscos – a dificuldade e a insegurança – de construir o seu caminho do dia-a-dia, em constante reavaliação. Com certeza muitas críticas e questionamentos irão surgir, mas poderão ser transformados em sugestões para o alcance de novas metas, para o aprimoramento e busca de novas alternativas. 1.3 MÚSICA NO ENSINO INFANTIL A música continua hoje como algo essencial para o aprendizado, contribuindo assim para o desenvolvimento humano. De forma mais artística e lúdica, a música contribui para fatores como timidez, dicção, linguagem, fisicalidade e habilidades motoras que são mais desenvolvidas e exploradas espontaneamente, por meio de adaptações musicais em situações de aprendizagem que se relacionam com o cotidiano da criança. A música, portanto, é delimitada na história por aspectos místicos, que se transformam em sons, influenciados por pessoas que apreciam campos sonoros. Estudos históricos mostram que foram encontradas em pinturas importantes em alguns lugares demonstrando a relação entre o homem e a música, em eventos históricos importantes, como manifestações culturais em que a música serviu de preparação para fortalecer a busca pela pesquisa das forças da natureza. em reverência e lembrança dos mortos. A música desses momentos se manifestou através da voz e do corpo, tomando consciência disso na prática durante os anos de produção sonora. Desde então, a música evoluiu, influenciando diretamente períodos históricos. A educação deve ser vista como um processo global, progressivo e permanente, que necessita de diversas formas de estudos para seu aperfeiçoamento, pois em qualquer meio sempre haverá diferenças individuais, diversidade das condições ambientais que são originários dos alunos e que necessitam de um tratamento diferenciado. Neste sentido devem-se desencadear atividades que contribuam para o desenvolvimento da inteligência e pensamento crítico do educando, como exemplo: práticas ligadas à música e a dança, pois a música torna-se uma fonte para transformaro ato de aprender em atitude prazerosa no cotidiano do professor e do aluno. Ao longo da história humana inúmeros filósofos, psicólogos, pedagogos, enfim pensadores de todas as vertentes do conhecimento e até pessoas comuns teorizaram, escreveram ou falaram da importância da música para a humanidade na Grécia Antiga por exemplo, praticamente todos os filósofos postularam sobre o papel da música no universo e na formação do homem. Pitágoras de Samos, um dos filósofos dessa época ensinava como determinados acordes musicais e certas melodias criavam reações definidas no organismo humano. Segundo Brescia (2003, p. 31), “Pitágoras demonstrou que a sequência correta de sons, se tocada musicalmente num instrumento. Pode mudar os padrões de comportamento e acelerar o processo de cura”. Atualmente a música pertence ao universo das belas artes, pois se manifesta pela escolha dos arranjos e combinações de sons. É considerada ainda ciência na medida em que as relações entre os elementos musicais são relações matemáticas e físicas. No que tangue a sua definição, Houaiss (apud Brescia, 2003, p.25) diz que a música é uma “combinação harmoniosa e expressiva de sons e a arte de se exprimir por meio de sons seguindo regras variáveis conforme a época, a civilização etc.”. Através dessa combinação harmoniosa de sons, a música funciona como um elemento de comunicação e identificação dos povos. Decorre daí a sua função de transmissão cultural entre as diversas gerações desses povos. Nesse sentido a música tem um papel fundamental na educação, pois serve como um elo na transmissão de conhecimentos acumulados pelas gerações passadas. Por sua vez a importância da música no processo educacional infantil está no fato de conseguir de certa forma trabalhar a personalidade da criança uma vez que consegue promover na criança o desenvolvimento de hábitos, atitudes e comportamentos ou expressam sentimentos e emoções, como atesta Gainza (1988, p.95). Em todo processo educativo confunde – se dois aspectos necessários e complementares: por um lado à noção de desenvolvimento e crescimento (o conceito atual de educação intimamente ligado a ideia do desenvolvimento); por outro a noção de alegria, de prazer, num sentido amplo. Educar – se na música é crescer plenamente com alegria. Desenvolver sem dar alegria não é suficiente. Dar alegria sem desenvolver tampouco é educar. A música é uma ferramenta que contribui para formação integral do ser Humano. Por meio dela a criança entra em contato com o mundo letrado e lúdico. Ensinar utilizando-se da música ajuda a criança a valorizar uma peça musical, teatral, concertos, pois, dando a oportunidade do conhecimento dos vários gêneros musicais ela tem a oportunidade de construir sua autonomia, criatividade, aquisição de novos conhecimentos e habilidade. Ela é uma linguagem que comunica sensações, sentidos e passa por organização de som e silêncio. Está presente nas mais diversas situações; a afetividade, a cognição e a estética são partes integrantes dela. No dia a dia das crianças a música vem atendendo a diversos propósitos como suporte para a formação de hábitos, atitudes, disciplina, condicionamento da rotina, comemorações de datas diversas etc. Em todas as culturas as crianças brincam com a música. Devemos lembrar que as crianças da educação infantil estão em constante desenvolvimento e aprendizado, então temos que estimular de forma positiva e facilitar sua aprendizagem. Podemos através de a música encurtar o caminho e facilitar o desenvolvimento das crianças, além de socializa - lá mais facilmente, ajudando a respeitar os outros que com elas convivem. A música quando utilizada na educação infantil serve de ferramenta incentivadora da criatividade nas crianças, é um fator de desinibição numa convivência coletiva. É muito eficaz no período pré-escolar. Ela é uma importante fonte de estímulos, equilíbrio e momento feliz para a criança. O importante na educação musical das crianças é o desenvolvimento do ser, a música vem como ferramenta de construção de um indivíduo, e não deve ser voltada exclusivamente a formação de futuros músicos. Deve ser usada como uma experiência significativa para a criança, para que seja realmente retida, transformada em informação útil, e não somente em um aprendizado mecanizado. A música é um elemento fundamental nesta primeira etapa do sistema educativo. A criança começa a se expressar de outra maneira e é capaz de integrar-se ativamente na sociedade, porque a música ajuda a ganhar independência nas suas atividades habituais, assumirem o cuidado de si mesma e do meio, e ampliar seu mundo de relações. Ela tem o dom de aproximar as pessoas. A criança que vive em contato com a música aprende a conviver melhor com outras crianças, estabelecendo uma comunicação mais harmoniosa. Na fase pré-escolar a música as encanta, dá-lhes segurança emocional, confiança, porque se sentem compreendidas ao compartilhar canções, e inseridas num clima de ajuda, colaboração e respeito mútuo. A música é importante na vida de todos, pois ela expressa sentimentos, vontades, culturas e pode se transformar num ótimo objeto de ensino aprendizagem, pois as crianças da Educação Infantil conseguem se expressar com facilidade através da música, que é tida como a primeira manifestação artística vivenciada pelo homem. Como nos diz Brito (2004 p.31), “é difícil encontrar alguém que não se relacione com a música de um modo ou de outro: escutando, cantando, dançando, tocando um instrumento, em diferentes momentos e por diversas razões”. Desenvolver a musicalidade nas crianças é muito importante não só para sensibilizá-las para a música ou para que se tornem artistas extremamente virtuosos, mas para que outras áreas do cérebro sejam estimuladas também. A música é um dos estímulos mais potentes para estimular os circuitos do cérebro. Além de ajudar no raciocínio lógico-matemático, contribui para a compreensão da linguagem e para o desenvolvimento da comunicação, para a percepção de sons sutis e para o aprimoramento de outras habilidades. FARIA (2001), define que a música é um importante fator na aprendizagem, pois a criança desde pequena já ouve música, a qual muitas vezes é cantada pela mãe ao dormir, conhecida como “cantiga de ninar”. Na aprendizagem a música é muito importante, pois o aluno convive com ela desde muito pequeno. A expressão musical desempenha importante papel na vida recreativa de toda criança, ao mesmo tempo em que desenvolve sua criatividade, promove a autodisciplina e desperta a consciência rítmica e estética. Cria também um terreno favorável para a imaginação quando desperta as faculdades criadoras de cada um. A educação pela música proporciona uma educação profunda e total. Naturalmente através da sabedoria humana, o homem em contato com fenômenos naturais passa a distinguir e reconhecer seu sentido auditivo através dos sons que foram desenvolvidos a partir de aspectos naturais, como o quebrar de ondas do mar, o som do trovão de tempestades e o som das tempestades. Vários ruídos de animais (OLIVEIRA, 2011, p. 3). A educação deve ser vista como um processo global, progressivo e permanente, que necessita de diversas formas de estudos para seu aperfeiçoamento, pois em qualquer meio sempre haverá diferenças individuais, diversidade das condições ambientais que são originários dos alunos e que necessitam de um tratamento diferenciado. Neste sentido devem-se desencadear atividades que contribuam para o desenvolvimento da inteligência e pensamento crítico do educando, como exemplo: práticas ligadas à música e a dança, pois a música torna-se uma fonte para transformar o ato de aprender em atitude prazerosa no cotidiano do professor e do aluno. Ao longo da história humana inúmeros filósofos, psicólogos, pedagogos, enfim pensadores de todas as vertentes do conhecimento e até pessoas comuns teorizaram, escreveram ou falaram da importância da música para a humanidade na Grécia Antiga por exemplo, praticamente todos os filósofos postularam sobreo papel da música no universo e na formação do homem. Pitágoras de Samos, um dos filósofos dessa época ensinava como determinados acordes musicais e certas melodias criavam reações definidas no organismo humano. Segundo Brescia (2003, p. 31), “Pitágoras demonstrou que a sequência correta de sons, se tocada musicalmente num instrumento. Pode mudar os padrões de comportamento e acelerar o processo de cura”. Atualmente a música pertence ao universo das belas artes, pois se manifesta pela escolha dos arranjos e combinações de sons. É considerada ainda ciência na medida em que as relações entre os elementos musicais são relações matemáticas e físicas. No que tangue a sua definição, Houaiss (apud Brescia, 2003, p.25) diz que a música é uma “combinação harmoniosa e expressiva de sons e a arte de se exprimir por meio de sons seguindo regras variáveis conforme a época, a civilização etc.”. Através dessa combinação harmoniosa de sons, a música funciona como um elemento de comunicação e identificação dos povos. Decorre daí a sua função de transmissão cultural entre as diversas gerações desses povos. Nesse sentido a música tem um papel fundamental na educação, pois serve como um elo na transmissão de conhecimentos acumulados pelas gerações passadas. Por sua vez a importância da música no processo educacional infantil está no fato de conseguir de certa forma trabalhar a personalidade da criança uma vez que consegue promover na criança o desenvolvimento de hábitos, atitudes e comportamentos ou expressam sentimentos e emoções, como atesta Gainza (1988, p.95). A música é uma ferramenta que contribui para formação integral do ser Humano. Por meio dela a criança entra em contato com o mundo letrado e lúdico. Ensinar utilizando-se da música ajuda a criança a valorizar uma peça musical, teatral, concertos, pois, dando a oportunidade do conhecimento dos vários gêneros musicais ela tem a oportunidade de construir sua autonomia, criatividade, aquisição de novos conhecimentos e habilidade. Ela é uma linguagem que comunica sensações, sentidos e passa por organização de som e silêncio. Está presente nas mais diversas situações; a afetividade, a cognição e a estética são partes integrantes dela. No dia a dia das crianças a música vem atendendo a diversos propósitos como suporte para a formação de hábitos, atitudes, disciplina, condicionamento da rotina, comemorações de datas diversas etc. Em todas as culturas as crianças brincam com a música. Devemos lembrar que as crianças da educação infantil estão em constante desenvolvimento e aprendizado, então temos que estimular de forma positiva e facilitar sua aprendizagem. Podemos através de a música encurtar o caminho e facilitar o desenvolvimento das crianças, além de socializa - lá mais facilmente, ajudando a respeitar os outros que com elas convivem. A música quando utilizada na educação infantil serve de ferramenta incentivadora da criatividade nas crianças, é um fator de desinibição numa convivência coletiva. É muito eficaz no período pré-escolar. Ela é uma importante fonte de estímulos, equilíbrio e momento feliz para a criança. O importante na educação musical das crianças é o desenvolvimento do ser, a música vem como ferramenta de construção de um indivíduo, e não deve ser voltada exclusivamente a formação de futuros músicos. Deve ser usada como uma experiência significativa para a criança, para que seja realmente retida, transformada em informação útil, e não somente em um aprendizado mecanizado. A música é um elemento fundamental nesta primeira etapa do sistema educativo. A criança começa a se expressar de outra maneira e é capaz de integrar-se ativamente na sociedade, porque a música ajuda a ganhar independência nas suas atividades habituais, assumirem o cuidado de si mesma e do meio, e ampliar seu mundo de relações. Ela tem o dom de aproximar as pessoas. A criança que vive em contato com a música aprende a conviver melhor com outras crianças, estabelecendo uma comunicação mais harmoniosa. Na fase pré-escolar a música as encanta, dá-lhes segurança emocional, confiança, porque se sentem compreendidas ao compartilhar canções, e inseridas num clima de ajuda, colaboração e respeito mútuo. A música é importante na vida de todos, pois ela expressa sentimentos, vontades, culturas e pode se transformar num ótimo objeto de ensino aprendizagem, pois as crianças da Educação Infantil conseguem se expressar com facilidade através da música, que é tida como a primeira manifestação artística vivenciada pelo homem. Como nos diz Brito (2004 p.31), “é difícil encontrar alguém que não se relacione com a música de um modo ou de outro: escutando, cantando, dançando, tocando um instrumento, em diferentes momentos e por diversas razões”.Desenvolver a musicalidade nas crianças é muito importante não só para sensibilizá-las para a música ou para que se tornem artistas extremamente virtuosos, mas para que outras áreas do cérebro sejam estimuladas também. A música é um dos estímulos mais potentes para estimular os circuitos do cérebro. Além de ajudar no raciocínio lógico-matemático, contribui para a compreensão da linguagem e para o desenvolvimento da comunicação, para a percepção de sons sutis e para o aprimoramento de outras habilidades. Faria (2001), define que a música é um importante fator na aprendizagem, pois a criança desde pequena já ouve música, a qual muitas vezes é cantada pela mãe ao dormir, conhecida como “cantiga de ninar”. Na aprendizagem a música é muito importante, pois o aluno convive com ela desde muito pequeno. A expressão musical desempenha importante papel na vida recreativa de toda criança, ao mesmo tempo em que desenvolve sua criatividade, promove a autodisciplina e desperta a consciência rítmica e estética. Cria também um terreno favorável para a imaginação quando desperta as faculdades criadoras de cada um. A educação pela música proporciona uma educação profunda e total. Para Faria (2001, p. 24) A música como sempre esteve presente na vida dos seres humanos, ela também sempre está presente na escola para dar vida ao ambiente escolar e favorecer a socialização dos alunos, além de despertar neles o senso de criação e recreação. Isto pode ser comprovada em todos os registros da trajetória da história. Toda criança sabe que se dança música, isto é, que a dança está associada à música, e geralmente sentem grande prazer em dançar. Se os professores levarem isso em conta e considerarem como ponto de partida o repertório atual de sua classe (os das crianças e o próprio) e puderem expandir este repertório comum com o repertório do seu grupo cultural e de outros grupos, criando situações em que as crianças possam dançar, certamente estarão contribuindo significativamente para a formação das crianças. Estevão (2002, p. 33) argumenta que: A música no cotidiano escolar pode não somente ajudar as crianças no aprendizado, mas também nos casos de crianças que tenham problemas de relacionamento ou inibição, para isso é preciso aliar música e movimento, como exemplo, atividades de dança que podem contribuir para a adaptação dessas crianças em seu meio escolar. Para que a aprendizagem da música possa ser fundamental na formação de cidadãos é necessário que todos tenham a oportunidade de participar ativamente como ouvintes, intérpretes, compositores e improvisadores, dentro e fora da sala de aula. Envolvendo pessoas de fora no enriquecimento do ensino e promovendo interação com os grupos musicais e artísticos das localidades, a escola pode contribuir para que os alunos se tornem ouvintes sensíveis, amadores talentosos ou músicos profissionais. se dá por meio da interação entre o objeto de conhecimento e com autonomia na construção de seus conhecimentos. Segundo Gardner (1995, p. 21), “Uma inteligência implica na capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos que são importantes num determinado ambiente ou comunidade cultural”. A inteligência musical é caracterizada pela habilidade de reconhecer sons e ritmos, ter gosto por tocar um instrumentoou cantar. Inteligências Múltiplas é uma teoria desenvolvida na década de 1980 por um grupo de pesquisa de Harvard liderado pelo psicólogo Howard Gardner para melhor analisar e descrever o conceito de inteligência. Para entender melhor, vamos dar um exemplo: imagine duas crianças da mesma turma em uma escola. Ao dar a duas crianças avaliações iguais de matemática, uma delas conseguiu resolver o teste rapidamente e tirar boas notas. A outra criança, por outro lado, demora mais e tem dificuldade de entender o assunto. A conclusão natural é que o primeiro filho é mais esperto que o outro porque é mais fácil na prova. Mas esse é o tipo de suposição que a teoria das inteligências múltiplas tenta refutar. Para Gardner, cada pessoa possui habilidades e habilidades únicas e domina áreas de conhecimento mais ou menos diferentes. Cada uma dessas áreas é definida como um tipo diferente de inteligência que uma pessoa pode desenvolver ao longo da vida. Qual é a definição de inteligência humana? A inteligência humana é um potencial bi psicológico, portanto, para desenvolvê-la, outros fatores devem ser considerados, como a genética e o meio social em que a pessoa vive. As pessoas podem ter mais de um tipo de inteligência na vida. Isso ocorre porque, de acordo com Gardner, nascemos com uma variedade de inteligências que se desenvolvem e se ativam à medida que nos tornamos adultos. Mas o que é considerado ao definir o que é inteligência? Para determinar o que é inteligência, os seguintes critérios foram levados em consideração, são eles: Potencial dano por lesão cerebral - a possibilidade de perder habilidades ou domínio após danos nas áreas do cérebro responsáveis pelas habilidades. A existência de gênio - para que uma habilidade seja considerada um tipo de inteligência, deve haver alguém que tenha um alto grau de domínio do campo. Existência de um conjunto de operações - a inteligência deve ser identificada através do uso de operações únicas, como habilidades musicais ou habilidades computacionais. Capacidade de especialização - Deve haver uma capacidade de melhorar continuamente essa inteligência por meio de especialização, treinamento e ensaio. Existência de uma história evolutiva - ao longo da história, outras pessoas devem ter introduzido e ajudado a desenvolver a inteligência. Testabilidade - Deve ser possível testar e avaliar as habilidades. Codificação - A capacidade de usar códigos ou conjuntos de símbolos ou reconhecer inteligência. Esses critérios são a base para distinguir o que é um tipo inteligente do que é simplesmente uma habilidade que pode ser aprendida por meio de treinamento. A diferença entre habilidade e inteligência está nas instalações e qualificações que alguém possui. Para que um campo dentro de um seja condomínio seja considerado uma inteligência, ele deve surgir naturalmente sem esforço indevido. Quando um professor realiza atividades musicais com os alunos, ele proporcionará aos alunos estímulos de movimentos específicos que ajudam a organizar seu pensamento de acordo com a forma aplicada, além de facilitar a cooperação e a comunicação das atividades realizadas. Além das atividades do dia a dia em sala de aula, os professores também devem trabalhar em paralelo com conteúdos relacionados às letras das músicas que estão sendo cantadas. A música pode tornar um ambiente mais feliz e propício ao aprendizado, pois traz um sentimento diferente ao ambiente escolar e faz com que os envolvidos se sintam bem. É impossível falar sobre o processo de aprendizagem sem mencionar Jean Piaget (1896-1980). O biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço, mergulhou nas várias fases do desenvolvimento humano. Ao longo dos anos, ele foi responsável pela construção de teorias que abordam esse importante aspecto de nossas vidas. Para os pesquisadores, uma vez que os organismos se relacionam com seu ambiente, eles tendem a se adaptar ao novo ambiente. Em outras palavras, é como se a criança adquirisse conhecimento por meio da experiência adquirida em seu ambiente. Piaget acreditava que a interação entre o indivíduo e o ambiente é o que faz o conhecimento humano. O equilíbrio das ações humanas (humanas) com outras ações proporciona adaptação ao meio ambiente. A assimilação é um fator chave que determina a base de todo o processo de aprendizagem. Assim Jean Piaget traz suas experiências e descobertas que a criança passa por diferentes fases de desenvolvimento para adquirir suas habilidades básicas da vida, como pensamento e linguagem. São elas: O estágio sensório-motor e início da percepção (0-2 anos). Marcada pela consciência e sensações da criança a mesma tem a compreensão da capacidade sensitiva e começa a entender os seus movimentos e como eles podem alterar a realidade em que vive. Nesse período, o campo sensorial é o que determina sua realidade por isso ela só considera a existência de algo aquilo que está em seu campo de visão ou o que pode ser tocado. Estágio pré-operatório e a representação (2-7 anos) aqui, observe a ideia de representação. A criança começa a criar representações da realidade em que vive. É importante ressaltar que o desenvolvimento da linguagem da criança melhorou nesse período. Outra característica distintiva é o desempenho cognitivo. O egocentrismo tão evidente em crianças dessa idade não é um traço de personalidade, mas apenas parte do desenvolvimento cognitivo normal nessa fase. O pensamento lógico começa a se desenvolver. No entanto, mesmo nesta fase identificando aspectos com ideias, regras e valores, a criança ainda não consegue julgar diferentes situações, certas e erradas. Estágio operatório-concreto e pensamento lógico (7-12 anos). Durante esse período, as crianças têm a capacidade de manipular psicologicamente representações e experiências. Notamos também o desenvolvimento da moralidade, pois tornou-se possível distinguir o que é certo. O conceito de regras começa a fazer mais sentido. Conceitos abstratos ainda não são compreendidos. Estágio operatório-formal e a assimilação de hipótese (12 anos). Essa última etapa é marcada pela capacidade de realizar representações abstratas e a compreensão da experiência vivida por outras pessoas, passando a enxergar outros pontos de vistas. O ato de conhecer e aprender não acontece por acaso. Assim, a aprendizagem humana se desenvolve em etapas, de acordo com seu desenvolvimento físico e cognitivo. As primeiras etapas da aprendizagem ocorrem na infância. Nesta fase, a criança deve ser estimulada com qualidade para adquirir conhecimento e desenvolvimento físico. Os estudos de Piaget nos fornecem muitos esclarecimentos sobre essas fases. O foco de sua pesquisa está na gênese do conhecimento humano, que cria uma ligação direta com o desenvolvimento cognitivo, que inclui fases de crescimento, diferentes estágios ocorrem simultaneamente com as mudanças e novas habilidades são adquiridas. No desenvolvimento cognitivo, a criança passa a pensar em ações reflexivas. Independentemente da ordem que você fizer, suas ações são adquiridas em uma disposição e conexão de uma atividade para outra. Por meio desse processo, que fixa ainda mais o desenvolvimento cognitivo, várias produções de conhecimento são produzidas em etapas da evolução biológica, nas quais a criança passa a se coordenar por meio de ações repetidas e contínuas. Ocorre a “organização das ações no espaço e no tempo”, a que se refere a lógica da ação”. (PALANGA 2001, p.21, apud PIAGET 2001, itálico de nós). Essa lógica de ação está relacionada com a maturação física e cognitiva. Assim, ações e reações, o que pode ser aprendido e o que ainda não pode ser compreendido dependem dos estágios do desenvolvimento humano, que Piaget (2001) denomina sensório-motor, pré-operatório, operatório específico e cirurgia formal. Segundo Vygotsky (1994), a criança pode desenvolver a zona proximal potencial, por meio do auxílio de um adulto. ... quanto mais cedo a criança tiver o contato com a música, mais essa linguagem poderá contribuir e auxiliar seu crescimento e interação com o ambiente e a sociedade.O estágio sensório-motor está relacionado ao desenvolvimento humano na fase de nascimento a 2 anos. Durante esse tempo, a criança não tem pensamentos organizados em sua afetividade que lhe permitam identificar pessoas e objetos sem que esses 1 estejam em sua presença. Num processo construtivo, os sentidos básicos são desenvolvidos e quando usados, o sistema nervoso amadurece através do contato da criança com o meio ambiente. Os reflexos comportamentais mudam e após um mês e meio de de vida a criança já é capaz de identificar objetos e pessoas, primeiro amadurecendo suas estruturas cognitivas. São formados pela construção de coordenações motor-sensoriais” (PALAGANA, 2001, p.2). Durante este tempo, a evolução da criança é crucial na identificação estável de um objeto. Também permitiu a formulação conjunta de estruturas cognitivas que serviram de suporte para o subsequente desenvolvimento perceptivo e intelectual. Dessa forma, é possível, com a compreensão das etapas de desenvolvimento do ser humano, realizar uma tarefa educativa voltada para as particularidades da criança, de acordo com seu processo cognitivo. Portanto, o professor deve ser um observador constante das ações demonstradas pelo aluno para que novos conhecimentos sejam produzidos antes dos existentes. Como a aprendizagem é baseada nas reações às ações de alunos, o professor deve constantemente construir ações nas quais o aluno desenvolva suas estruturas cognitivas. Uma das inúmeras possibilidades de criar situações de aprendizagem significativas e, assim, corresponder ao nível de maturidade cognitiva, é integrar a música nas atividades escolares. Desta forma podemos entender que os estudos mostram que a música pode melhorar as habilidades das crianças, despertar o interesse e tornar as viagens mais divertidas, e os professores podem ser vistos como uma parte importante do processo. 1.4 LEI DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO A partir da Lei do n.11.769 que foi sancionada em agosto de 2008, a música ganha seu espaço dentro da educação básica em todas as escolas, sendo elas privadas ou públicas. Essa Lei veio para modificar o ensino e o desenvolvimento humano, não para formação de músicos, mas sim para complementar o aprendizado e infiltrar a cultura dentro da escola. Em 2008, a Lei 11.769 estabeleceu a obrigatoriedade, mas não exclusiva do ensino de música na Educação Básica, sendo um conteúdo que vinculasse na disciplina de artes, mesmo com a Lei imposta houve muitas resistências pelos profissionais e muitas dúvidas para serem sanadas, os educadores e a gestão da escola não sabiam como incluir a música dentro do planejamento. Por tanto, esta Lei deu o prazo de três anos para os profissionais se engajarem nesta proposta, e mediante a este período, foi se organizando este projeto dentro do ambiente escolar e até mesmo dentro da disciplina de Artes. A Lei 11.769/08 alterou a Lei nº 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para discorrer sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica, foi para intermediar o conhecimento sociocultural da escola para com o aluno, em seu artigo 1º esta alteração é aplicada: O artigo 26 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo 6º. Art. 26: Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. § 6º A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular de que trata o §2º deste artigo. (BRASIL, Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008, 2008). Com tudo, essa Lei foi sem dúvida um grande avanço que ocorreu dentro da educação, e que impactou os profissionais e a gestão escolar, mas que já trouxe muitos resultados. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, também afirma a importância da música dentro da educação Infantil principalmente nos anos iniciais. A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, assim como a promoção de interação e comunicação social, conferem caráter significativo à linguagem musical. É uma das formas importantes de expressão humana, o que por si só justifica sua presença no contexto da Educação, de um modo geral, e na educação infantil, particularmente”. (RCNEI,1998, vol.3, p.45). Sendo assim, se faz necessário conhecer um pouco mais desta Lei, que transformou o ambiente escolar, e que sem dúvida foi um grande passo para a educação seja ela para criança ou para adultos. Conforme a Lei (em anexo). Partindo deste momento em que a Lei nº 11.769, foi sancionada em agosto de 2008, a música passa a ser conteúdo obrigatório em todas as escolas de educação básica sendo públicas ou privadas onde atende a educação infantil e o ensino fundamental, vendo que as escolas ainda não estavam preparadas para essa nova etapa a Lei foi prorrogada para 2012 onde seria sua data limite para o início deste novo conteúdo no currículo básico no país. Segundo Penna (2010, p. 166): A legislação não tem o poder de, por si mesma, operar transformações na realidade cotidiana das salas de aula. No entanto pode servir de base para propostas, reivindicações e construções de alternativas; por outro lado, tornando-se objeto de reflexão e questionamento, pode ainda contribuir para as discussões necessárias ao aprimoramento de nossas praticas. O MEC (mistério da educação), recomenda que o ensino da música seja para transmitir noções básicas como, o hino Nacional, danças, aprender a ter ritmos, ter os ouvidos sensíveis para os instrumentos, fazer uso da música também em datas comemorativas como os folclóricos e outras diversidades culturais. Ainda baseado em Leis, não pode-se deixar de mencionar a última Lei que foi sancionada e também menciona a música dentro da escola que a atual presidente Dilma Rousseff aprovou no começo de abril deste ano (2016), pelo Plenário do Senado o projeto de Lei 13.278/2016, que altera a LDB na Lei 9.394/1996), que dá o direito do uso obrigatório da música, artes visuais, teatro e a dança, dentro do currículo da educação infantil, ensino fundamental e médio, que estabelece um prazo de cinco (5) anos, para que o sistema de ensino promova e capacitam os professores para o uso desta nova modalidade. Segundo alguns colegas de trabalho da Presidente Dilma, eles apoiam este projeto porque cria uma consciência e transmite a importância da cultura para as crianças e jovens, onde abre oportunidades para eles terem um contato direto com a realidade de mundo. Conforme a Lei (em anexo). A música é um processo para a construção do conhecimento e do desenvolvimento cognitivo e sensorial, estimula a audição e a movimentação do corpo, a musicalização ajuda no processo do ensino e da aprendizagem ela contribui para facilitar o processo das atividades e na comunicação entre aluno e professor. Dentro da educação infantil, a música é o conteúdo mais usado pelos professores e tem como objetivo descontrair e ensinar. Brito (2003), deixa bem claro que tudo o que a criança vivência em seu redor ela tem grande facilidade de absorver para si e leva para seu dia a dia. Por tanto o uso da música dentro de outra disciplina é interessante porque a criança libera sua capacidade de percepção segundo Brito, ao falar da educação infantil ela aponta a música como um grande aliado: O modo como as crianças percebem, apreendem e se relacionam com os sons, no tempo-espaço, revela o modo como percebem, apreendem e se relacionam com o mundo que vêm explorando e descobrindo a cada dia”. (BRITO, 2003, p. 41). E falando um pouco mais Souza (2000, p. 180) diz: A tarefa básica da música na educação é fazer contato, promover experiências com possibilidades de expressão musical e introduzir os conteúdos e as diversas funções da música na sociedade, sob condições atuais e históricas. A música tem como objetivo, despertar dentro do indivíduo o interesse dacriatividade, do contato, do raciocínio, dos valores tanto humanos como cultural, por tanto, esses benefícios podem ser usufruídos pelos alunos quanto pelos professores. Segundo Brito (2003, p. 52): Para a grande maioria das pessoas, incluindo os educadores e educadoras (especializados ou não), a música era (e é) entendida como “algo pronto”, cabendo a nós a tarefa máxima de interpreta-la. Ensinar música, a partir dessa óptica, significa ensinar a reproduzir e interpretar músicas, desconsiderando a possibilidade de experimentar, improvisar, inventar como ferramenta pedagógica de fundamental importância no processo de construção do conhecimento musical. A música tem que ser usada dentro da educação infantil com o propósito, para memorização do que está sendo transmitido, ter um conhecimento pelas letras, números e cores entre outros, comportamentos e formações de hábitos, para a higienização como alimentação e as idas ao banheiro, onde a própria criança tem como habito de imitar tudo que ela vê ou o que as ensinam, isso já é mecanicamente automático na formação da criança desde bebê. De acordo com Vygotsky (1991) as funções psicológicas superiores, como a linguagem, a memória e a atenção voluntária, são construídas ao longo da história social do homem, isso se faz desde o seu nascimento, em sua relação com o mundo por meio da mediação. O pensamento e a linguagem são aspectos relacionados, ou seja, os conceitos são formados individualmente a partir dos dados assimilados culturalmente, portanto, a formação do pensamento relaciona-se com o mundo da cultura por meio da linguagem. A linguagem é o meio capaz de transformar radicalmente os rumos de nosso próprio desenvolvimento, por isso é importante no processo de aprendizagem a dimensão social e interpessoal na construção do indivíduo. Por tanto, percebemos que a escola deve proporcionar diferentes linguagens dentro do currículo escolar, o ensino e a inclusão da música tem que fazer parte das disciplinas aplicada para as crianças na educação infantil. Os bebês ainda no útero já começam a assimilar os sons, segundo os especialistas, o neném com 12 semanas de vida dentro da barriga da mãe já começa a ouvir os barulhos que são provocados pelo líquido amniótico. Os médicos aconselham as mães sempre falar com os bebês, para que ele possa conhecer a voz da mãe e do pai, a música também ajuda na gestação, auxiliando no desenvolvimento auditivo, reconhecendo os sons e acalmando. Com tudo, é impossível não perceber a importância da música na vida da criança, quando ela começa a ir para a escola mesmo ainda pequena e indefesa tem a música como um modo de expressão com um ato corporal, exemplo: como bater palmas, pés, pernas ou especialmente fazer barulho com a boca. A criança concilia a música como uma maneira de brincar, por exemplo, ao empurrar um carrinho fazem barulho com a boca, ao brincar de boneca canta para ela dormir, quando brinca de roda-roda canta para ver quem vai ganhar e assim por diante. O trabalho com a música deve ser organizado para desenvolver o desempenho e a capacidade da criança na seguinte maneira: · Ouvir, · Discriminar diversos sons, · Distinguir sons musicais, · Imitar o que os barulhos ou ruídos, · Reproduzir, · Inventar, · Explorar a música, · Brincar usando a música. Nos primeiros anos da criança dentro do ambiente escolar, ela começa a aprender o que é linguagem musical no momento do ouvir os sons e ao reconhecer as suas diferenças, não que ela ainda não vivencie esta prática, mas quando começa a entender o seu manuseio. Com isso, o trabalho feito dentro da educação infantil deve buscar as brincadeiras com músicas, danças, gestos e cantos, tem que aproveitar essas evidências de identidade natural entre a música e a criança. As atividades permitem que as crianças desde pequenas possam conhecer a si mesma, através das músicas usadas em sala. Desenvolvem as noções do esquema corporal, sua comunicação com os colegas, autonomia para fazer as atividades que foram oferecidas pelas professoras e com tudo vai adquirindo o conhecimento de maneira que a criança mesmo ainda bem pequena desenvolvendo o seu lado psicomotor, cognitivo, sua afetividade, e seu raciocínio. Segundo Piaget a criança na sua face ainda bebê tem a capacidade de manipular símbolos e ampliar suas experiências vividas, por tanto é uma grande falta de experiência achar que a criança com sua idade de 0 a 3 anos não tenha capacidade de aprender o que lhe é ensinado: É assim que nas ‘reações circulares’ o bebê não se contenta mais apenas em reproduzir os movimentos e gestos que o conduziram a um efeito interessante, mas os varia intencionalmente para estudar os resultados destas variações, entregando-se a verdadeiras explorações ou ‘experiências para viver. (PIAGET, p.18, 1990). A partir deste momento o bebê assimila que ele já tem um certo domínio com o que ele aprendeu, e automaticamente ele vai em busca de aprender mais, nesta fase o indivíduo está totalmente em busca de novas aventuras e em constante aprendizagem. A musicalização é um fator essencial para o bebê porque ele aprende brincando e a primeira atitude que a criança tem em seu desenvolvimento são as movimentações de seu corpo onde ela expressa sua comunicação com o próximo. Cabe a professora usar a música como um indicador da aprendizagem, assim o bebê terá a musicalização como um intermédio para suas novas descobertas. Neste momento a professora pode colocar música que indica as partes do corpo da criança, como olhos, boca, nariz, orelhas, mãos, barriga, pernas, e pés, pode usar as cores para que o indivíduo as diferencie uma das outras e assim por diante. As crianças se envolvem dentro do ambiente sonoro que as envolvem e automaticamente as contagia, portanto, já que cantar, dançar, pular, ouvir, são atividades presentes na vida de uma criança. Podemos dizer que o processo de musicalização começa espontaneamente por meio de contato com a sonoridade do cotidiano incluindo a presença da música. Segundo Brito (2003, p. 161): A importância da história no cotidiano das crianças é inquestionável. Ouvindo e, depois, criando histórias, elas estimulam sua capacidade inventiva, desenvolvem o contato e a vivencia com a linguagem oral e ampliam recursos que incluem o vocabulário, as entonações expressivas, as articulações, enfim, a musicalidade própria da fala. Considerando a presença da música na vida do ser humano, por não considerar o uso na educação, levando em conta que a educação da criança não se limita dentro do ambiente escolar, mas em todos espaço que a criança está inserida. A música tem que estar presente na educação infantil com crianças de 4 a 5 anos contribuindo com o processo de ensino-aprendizagem abrangendo a vários níveis de alcance da musicalização desde a sociedade até o desenvolvimento da criança. Quando se fala em música na educação infantil, a primeira ideia que nos vem em mente são comemorações cívicas, para fins de higienização, hora do lanche, memorização de conteúdo, e transmitir conceitos, fugindo da proposta apresentada. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: A linguagem musical tem estrutura e características próprias, devendo ser considerada em três eixos: Produção — centrada na experimentação e na imitação, tendo como produtos musicais a interpretação, a improvisação e a composição; Apreciação — percepção tanto dos sons e silêncios quanto das estruturas e organizações musicais, buscando desenvolver, por meio do prazer da escuta, a capacidade de observação, análise e reconhecimento; Reflexão — sobre questões referentes à organização, criação, produtos e produtores musicais. (RCNEI,1998, vol.3, p.48). Em algumas instituições a música sequer aparece no planejamento de ensino, e ainda existem muitos educadores que resiste usar essa prática da musicalização, mesmo que o referencial mostre os benefícios, é totalmente excluído por muitos profissionais da educação. Integrar à música dentro da educação infantil, implica que o professor deva assumiruma postura de disponibilidade em relação a essa linguagem. Quando a atividade com a música é inserida de forma correta para a criança, a música contribui para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor, contribuindo para as aprendizagens futuras. Um ambiente enriquecedor tem como finalidade de proporcionar ao educando uma aprendizagem para a vida toda, e facilidade para dar continuidade para outras atividades fora do ambiente escolar. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, a música é essencial para representar a cultura e o mundo no qual a criança vive, com a música ela expressa o seu sentimento: A exploração de materiais e a escuta de obras musicais para propiciar o contato e experiências com a matéria-prima da linguagem musical: o som (e suas qualidades) e o silêncio; a vivência da organização dos sons e silêncios em linguagem musical pelo fazer e pelo contato com obras diversas; a reflexão sobre a música como produto cultural do ser humano é importante forma de conhecer e representar o mundo. (RCNEI, 1998, vol.3, p. 57). Entretanto, a música deve ser utilizada de maneira a oferecer uma experiência enriquecedora para facilitar o aprendizado e o desenvolvimento da criança, estimulando a percepção musical, e influenciando para uma contextualização das demais necessidades que a criança possa ter no momento do processo de aprendizagem. Devemos considerar que no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: O fazer musical requer atitudes de concentração e envolvimento com as atividades propostas, posturas que devem estar presentes durante todo o processo educativo, em suas diferentes fases[...] Importa que todos os conteúdos sejam trabalhados em situações expressivas e significativas para as crianças, tendo o cuidado fundamental de não tomá-los como fins sem si mesmos. (RCNEI, Vol.3,1998, p.60). O fazer musical requer um envolvimento durante todo o processo educativo, quando realizamos uma contação de histórias, utilizamos alguns estímulos musicais, a intenção é despertar nas crianças a percepção da escuta, e perceber os elementos representados pela música. Existem outras possibilidades de trabalhar as atividades com a música, como linguagem própria: som e silêncio: como brincadeiras de estatua; fazer sons com movimento corporal, como por exemplo arrastar os pés, bater palmas, fazer barulho com o som da boca, isso contribui para o desenvolvimento da fala, todo trabalho desenvolvido com música incentiva a criatividade, concentração e memória. Crianças de 4 a 5 anos já podem desenvolver e confeccionar instrumentos musicais com sucatas descartadas, gerando e produzindo diferentes tipos de sons e ritmos, possibilitando estímulos auditivos, visuais e motores, por meio de sons interpretados por gestos. A música por sua vez é uma linguagem bem estimulante, ela contribui nas disciplinas de linguagem oral e escrita, matemática, natureza e sociedade, artes, educação física. A música junto com o brincar trabalha a socialização e amizade entre as crianças. Como exemplo, na matemática a música trabalha números, quantidades, ela entra como facilitadora no ensino aprendizado. Já na natureza e sociedade a música trabalha o respeito ao próximo, respeito a vida, e trabalha a cultura de diferentes povos. Segundo Brito (2009, p. 27): Sabemos que é impossível trazer a sala de aula todas as músicas do mundo, mais podemos selecionar um leque de possibilidades e criar conexões culturais que tangem à música, à história, à antropologia, à geografia e que suscitem enlaces interdisciplinares. Ao buscarmos um maior equilíbrio entre os vários repertórios, proporcionamos um ambiente no qual os alunos podem desenvolver uma postura aberta, de curiosidade e receptividade as muitas músicas da música. Trabalhar com diferentes tipos de estratégias metodológicas, permite desenvolver a capacidade comunicativa das crianças. CONCLUSÃO A música está em todos os lugares, seja como atração principal de um concerto ou pano de fundo de uma peça teatral. Pode estar dentro de um carro passando e freando bruscamente, na sala de jantar no som dos talheres à mesa, na casa ao lado, ou mesmo no cantar sofrido de algum transeunte. Talvez ela se faça presente apenas no pensamento, evocando lembranças e sensações distantes do passado. Ocorrem que existem diversos erros no ensino musical, tais erros são cometidos no ensino-aprendizagem da música, havendo um grande desconhecimento da natureza de elementos fundamentais como o som, o ritmo, o ouvido musical, a melodia, a harmonia e a inspiração, assim como da ignorância da natureza das associações que estes elementos provocam no estudo e na prática musical. A educação musical propriamente dita situa-se para lá de toda a aplicação instrumental e refere-se aos elementos fundamentais da música: sentido rítmico, ouvido musical, sentido melódico, nomes das notas, graus da escala, improvisação, conhecimentos harmônicos. Ela pode começar desde a idade de três ou quatro anos, se o educador dispõe de um material auditivo numeroso e variado, põe em contribuição, além deste material, as canções infantis e os exercícios, rítmicos corporais. Toda prática auditiva e rítmica pode preceder à teoria musical e assegurar as bases sensoriais, físicas e afetivas da educação musical. Estas bases respeitam particularmente ao aspecto "arte" da música, que nós opomos aqui ao aspecto "ciência"; em outros termos: a educação oposta à instrução, distinção que tem uma grande importância do ponto de vista pedagógico. Desta forma, deve-se ater a aplicação da Lei 11.769/2008 nas Escolas Brasileiras, para que se efetive a presença do ensino musical. Consideram-se desta forma atingidos os objetivos e ainda ter contribuído com a literatura sobre a temática, apresentando subsídios que possam indicar a presença da educação musical no Brasil. Para finalizar deve-se indicar que o presente estudo não buscou ser determinante nos resultados, e também esgotar o tema em questão. Ao contrário, busca incentivar mais estudos acerca dos temas aqui discutidos. REFERENCIAS BARROS, Rosanna, Revisitando Knowles e Freire: Andragogia versus pedagogia, ou O dialógico como essência da mediação socio pedagógica Artigo scielo 2018. Disponpivel em . Acesso em abril de 2023. BASEGIO, L.J. BORGES, M. C. Educação de jovens e adultos: reflexões sobre novas práticas pedagógicas 1 edição Curitiba PR Brasil, editora intersaberes 2013 BASEGIO, L.J. MEDEIROS, R.L. Fundamentos teóricos e metodológicos das ciências humanas, 1 edição Curitiba PR Brasil, editora intersaberes 2012 BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Editora do Brasil. BRASIL. Lei n. 11.769, de 18 de agosto de 2008. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 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