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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba Educação Profissional e Tecnológica/Educação Superior Campus Princesa Isabel DISCIPLINA: ANATOMIA VEGETAL RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: EPIDERME José Renan Morato de Lima PROFESSOR(A): Drª Camila Ferreira Mendes PRINCESA ISABEL - PARAÍBA 2024 INTRODUÇÃO A epiderme vegetal é uma camada externa presente em todas as partes das plantas, desde as folhas até as raízes. Funcionalmente, ela desempenha diversos papéis essenciais para a sobrevivência e o crescimento saudável das plantas. Essa camada externa é responsável pela proteção contra danos mecânicos, patógenos, perda de água e regulação da troca gasosa. No entanto, a epiderme vegetal possui características distintas que a tornam única e adaptada às necessidades específicas das plantas. “As células epidérmicas são vivas, vacuoladas, com cloroplastos e parede celular primária, além de poder armazenar várias substâncias” (Arruda, 2021, p.42). Uma de suas características mais notáveis é a presença de estômatos, pequenas aberturas que permitem a troca gasosa entre a planta e o ambiente. Essas estruturas regulam a entrada de dióxido de carbono para a fotossíntese e a saída de oxigênio e vapor d'água, contribuindo para a regulação da temperatura e a manutenção do equilíbrio hídrico. O estômato pode se formar tanto entre as células epidérmicas comuns quanto entre as células subsidiárias, que variam em número e arranjo. As células subsidiárias são especificamente aquelas que rodeiam o estômato e se distinguem claramente das outras células da epiderme. A relação ontogenética entre as células subsidiárias e as células estomáticas pode ou não existir. (Appezzato-Da-Glória; Carmello-Guerreiro, 2006). Além dos estômatos, a epiderme vegetal também pode conter outros tipos de células especializadas, como tricomas, que desempenham funções adicionais, como a absorção de nutrientes do solo, a proteção contra herbívoros e a secreção de substâncias que podem atrair polinizadores ou repelir predadores. OBJETIVOS • Observar as características da epiderme vegetal, incluindo a estrutura e função das células epidérmicas e estomáticas. • Comparar e contrastar as diferenças observadas entre diferentes amostras de plantas. • Relacionar as observações feitas com os conceitos teóricos aprendidos em aula. • Avaliar a importância da estrutura da epiderme para a função geral da planta. METODOLOGIA Inicialmente, foram coletadas amostras da epiderme de uma cebola, uma batata e algumas plantas. Para isso, cortamos uma fina camada da superfície de cada planta com uma lâmina de barbear. As amostras foram colocadas em lâminas de microscópio para observação. Utilizamos o microscópio para visualizar as células da epiderme e suas estruturas, ajustando o foco e a luz conforme necessário. Durante a observação, identificamos várias estruturas celulares na epiderme, incluindo a parede celular, cloroplastos, vacúolos e estômatos. Comparamos as estruturas celulares observadas nas diferentes amostras. Discutimos as semelhanças e diferenças entre as células da epiderme da cebola, batata e outras plantas. RESULTADOS E DISCUSSÕES Figura 1: Epiderme (Fonte: autor) As células da epiderme vegetal, que se originam a partir da protoderme, geralmente não possuem clorofila e são vivas, achatadas, com grandes vacúolos e bastante justapostas, ou seja, bastante próximas umas das outras. A epiderme, em grande parte dos casos, é formada por apenas uma camada de células, mas existem algumas espécies que possuem mais de uma camada desse tecido Figura 2: Estômatos (Fonte: autor) Os estômatos regulam a entrada de gás carbônico (CO₂) e a saída de água na planta através do processo de transpiração. São fundamentais para a taxa de fotossíntese e o estado hídrico da planta. Embora a transpiração seja inevitável, pois permite a entrada de CO₂, o controle dos estômatos ajuda a evitar perda excessiva de água. Figura 3 – Cloroplastos (Fonte: autor) Os cloroplastos são os principais locais onde ocorre a fotossíntese. Dentro dos cloroplastos, há pigmentos como a clorofila, que captam a energia da luz solar. Esta energia é usada para converter dióxido de carbono e água em açúcares, liberando oxigênio como subproduto. Esse processo é crucial para a produção de alimentos e oxigênio na Terra. Os cloroplastos têm uma estrutura membranosa única que inclui uma membrana externa e uma membrana interna, separadas por um espaço chamado estroma. Dentro do estroma, há discos membranosos chamados tilacoides, que são empilhados em estruturas chamadas grana. É nos tilacoides que ocorre a fase fotoquímica da fotossíntese. Figura 4 – Vacúolos (Fonte: autor) Os vacúolos vegetais podem armazenar grandes quantidades de água, que são essenciais para manter a turgidez celular. Isso é crucial para a sustentação da planta e para fornecer suporte estrutural às células, contribuindo para a rigidez das folhas, caules e flores. Os vacúolos vegetais são responsáveis pelo armazenamento de nutrientes, como açúcares, aminoácidos, íons e outras substâncias. Esses nutrientes são utilizados durante os períodos de crescimento e desenvolvimento da planta, bem como durante a reprodução e a formação de sementes. CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS Na investigação das células da epiderme de diferentes plantas, como cebola, batata e outras, foi possível observar uma variedade de estruturas celulares que desempenham papéis fundamentais nas funções e na sobrevivência dessas plantas. Através da técnica de microscopia, conseguimos examinar detalhadamente essas células e suas características distintas. Ao comparar as células da epiderme das diferentes plantas, pudemos observar tanto semelhanças quanto diferenças significativas. Em suma, a análise das células da epiderme proporcionou insights valiosos sobre a estrutura e a função das células vegetais, destacando a complexidade e a diversidade das plantas. Essa investigação contribui para uma compreensão mais abrangente da biologia vegetal. Referências Arruda, E. C. P. (2021). Guia teórico-prático de anatomia vegetal: Identificando células e tecidos. UFPE APPEZZATO-DA-GLÓRIA, BEATRIZ E CARMELLO-GUERREIRO SANDRA MARIA. Anatomia Vegetal. Editora UFV, 2006. ISBN: 85-7269-240-1.