Prévia do material em texto
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: UMA DOENÇA AUTOIMUNE Acadêmico(a): BOARON, Luana Caroline dos Santos[footnoteRef:1]. [1: Acadêmico(a) do quarto período, do Curso de Biomedicina das Faculdades Integradas do Vale do Ivaí – UNIVALE.] Acadêmico(a): BUENO, Ana Claudia Fernandes[footnoteRef:2]. [2: Acadêmico(a) do quarto período, do Curso de Biomedicina das Faculdades Integradas do Vale do Ivaí – UNIVALE.] Acadêmico(a): CICATTO, Barbara Barros[footnoteRef:3]. [3: Acadêmico(a) do quarto período, do Curso de Biomedicina das Faculdades Integradas do Vale do Ivaí – UNIVALE.] Professor(a) Orientador(a): ROCHA, Ana Carolina Alves[footnoteRef:4]. [4: Graduado(a) em Farmácia Professor(a) do Curso de Biomedicina das Faculdades Integradas do Vale do Ivaí – UNIVALE.] Professor(a) Coorientador(a): CROZETTA, Luciane Maziero[footnoteRef:5]. [5: Graduado(a) em Farmácia Professor(a) do Curso de Biomedicina das Faculdades Integradas do Vale do Ivaí – UNIVALE. ] RESUMO: O resumo deverá conter de 50 a 100 palavras, com espaçamento simples entre linhas. Palavras-chave: Doença autoimune. Doença crônica. Lúpus Eritematoso Sistêmico. INTRODUÇÃO As doenças autoimunes são um grupo de mais de 100 doenças relacionadas entre si, que podem envolver qualquer órgão ou sistema do nosso organismo (BATISTA, 2016), são acarretadas por uma sucessão de eventos imunológicos estimulados por fatores ambientais associados à predisposição genética do indivíduo (WANG; WANG; GERSHWIN, 2015) causadas por uma perda persistente dos mecanismos de controle responsáveis pela manutenção da tolerância aos antígenos próprios (WASTOWSKI; CARVALHO; DONADI, 2009), o sistema imunitário perde a capacidade de funcionar corretamente e, em vez de defender o organismo, ataca-o produzindo autoanticorpos e originando uma resposta inflamatória característica (BATISTA, 2016), essa resposta inadequada do sistema imune faz com que ele passe a reagir contra órgãos, tecidos ou células próprias, levando à sua destruição ou prejudicando sua função adequada (BACH, 1993), As doenças autoimunes (DAI) são divididas em órgão-específicas e não específicas (PUNZI; BETTERLE, 2004) Entre as doenças autoimunes mais prevalentes estão a esclerose múltipla, o lúpus eritematoso sistêmico, a artrite reumatoide e a doença inflamatória intestinal (CAVALCANTI, 2024). O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, multissistêmica, de natureza autoimune (FREIRE; SOUTO; CICONELLI, 2011) de etiologia desconhecida, muito difícil de diagnosticar e tratar (LAHITA et al., 2011), é uma doença autoimune sistêmica com múltiplas manifestações clínicas e anormalidades imunológicas (BORCHERS et al., 2010), cujo diagnóstico baseia-se no quadro clínico somado a parâmetros laboratoriais (FREIRE; SOUTO; CICONELLI, 2011). Conforme será visto no desenvolvimento do presente trabalho. METODOLOGIA A presente pesquisa de caráter bibliográfico e qualitativo, pretende, a partir da leitura de trabalhos científicos, explorar o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Dessa forma esta pesquisa bibliográfica levantou artigos acadêmicos, os quais foram investigados a partir da leitura complementar de livros relacionados à área de pesquisa. Os resultados serão analisados nas seções seguintes deste trabalho. DESENVOLVIMENTO DO TEXTO O lúpus eritematoso sistêmico é um distúrbio autoimune crônico (FORTUNA; BRENNAN, 2013), é caracterizado por disfunção do sistema imunológico e é clinicamente heterogêneo (YU; NAGAFUCHI; FUJIO, 2021). É uma doença multissistêmica com ampla variedade de apresentações clínicas, causada pela produção de autoanticorpos, ativação do complemento e deposição de imunocomplexos (WEISS, 2012); exibindo sintomas renais, dermatológicos, neuropsiquiátricos e cardiovasculares (YU; NAGAFUCHI; FUJIO, 2021). Como em muitas outras doenças autoimunes, a causa ou o mecanismo fisiopatológico subjacente que desencadeia a resposta autoimune no LES permanece amplamente desconhecido (FORTUNA; BRENNAN, 2013). Admite-se que diferentes fatores, em conjunto, favoreçam o desencadeamento do LES, entre os quais se destacam: fatores genéticos, demostrados pela maior prevalência de LES em parentes de primeiro e segundo graus; fatores ambientais, especialmente raios ultravioleta, infecções virais, substâncias químicas, hormônios sexuais e fatores emocionais. FREIRE; SOUTO; CICONELLI (2011) É uma doença predominantemente feminina. As origens desse viés sexual são mal compreendidas, sugerindo a presença de fatores genéticos hormonais ou ligados ao X (ZUCCHI et al., 2022). Antes do diagnóstico, os sintomas podem se desenvolver rapidamente em alguns dias ou lentamente ao longo de anos. Para grande parte dos pacientes, o diagnóstico dá-se de forma tardia, desencadeando complicações graves e algumas vezes irreversíveis (SOUZA, et al., 2022). Seu diagnóstico se baseia em critérios clínicos e laboratoriais manifestados ao longo do tempo, com amplo diagnóstico diferencial, especialmente em fases iniciais (ASSIS; BAAKLINI, 2009). O teste que mais se utiliza é o FAN (fator ou anticorpo antinuclear). Alterações laboratoriais tais como anemia hemolítica, linfopenia, leucopenia, trombocitopenia e alterações do sedimento urinário reforçam o diagnóstico para o LES (COSTA; COIMBRA, 2014). É um importante problema social e de saúde pública, pois a medicação e a abordagem multidisciplinar para o tratamento do LES podem apenas controlar os sintomas e retardar a progressão da doença, mas não podem curá-la completamente (KIRIAKIDOU; CHING, 2020). Por se tratar de uma doença crônica incurável, o objetivo do tratamento baseia-se na supressão da atividade da doença, que é reversível, como também na prevenção contra o surgimento de danos orgânicos causados pela doença e de efeitos colaterais secundários aos fármacos utilizados, além do controle de comorbidades associadas. GRIFFITHS; MOSCA; GORDON (2005) De acordo com Sato et al. (2002), o tratamento medicamentoso deve ser individualizado para cada paciente e dependerá dos órgãos ou sistemas acometidos e da gravidade desses acometimentos. Em pacientes com comprometimento de múltiplos sistemas, o tratamento deverá ser orientado para o mais grave. A terapia do LES é realizada pelo uso de corticoide (prednisona e hidrocortisona) e imunossupressores (ciclofosfamida, metotrexato e azatioprina). Os antimaláricos (hidroxicloroquina) são recomendados com a finalidade de diminuir atividade da doença, e redução do risco de trombose e na melhora do quadro articular. COSTA; COIMBRA (2014) aaaaa CONSIDERAÇÕES FINAIS Uma doença autoimune é aquela em que um sistema imunológico disfuncional ataca os tecidos do próprio corpo (MYERS, 2016), resultando em inflamação crônica e dano tecidual (CAVALCANTI, 2024). O Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença multissistêmica com uma variedade de apresentações clínicas (RIVAS-LARRAURI; YAMAZAKI-NAKASHIMADA, 2016). REFERÊNCIAS ASSIS, M. R.; BAAKLINI, C. E. Lúpus eritematosos sistêmico. Revista Brasileira de Medicina, p. 274-285, 2009. BACH, J. F. Immunosuppressive therapy of autoimmune diseases. Immunology Today, v. 14, n. 6, p. 322-326, jun. 1993. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/0167-5699(93)90053-n. BATISTA, J. V. A. Adaptação à doença crónica: o caso das doenças auto-imunes. 2016. 43 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Medicina, Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto, Porto, 2016. BORCHERS, A. T. et al. The geoepidemiology of systemic lupus erythematosus. Autoimmunity Reviews, v. 9, n. 5, p. 277-287, mar. 2010. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.autrev.2009.12.008. CAVALCANTI, G. D. et al. USO DE TERAPIAS IMUNOMODULADORAS EM DOENÇAS AUTOIMUNES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE ESTUDOS CLÍNICOS. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, São Paulo, v. 10, n. 9, p. 1286-1297, set. 2024. ISSN: 2675-3375129743. COSTA, L. M.; COIMBRA, C. C. B. E. Lúpus Eritematoso Sistêmico: Incidência e tratamento em mulheres. Uningá Review, v. 20 n. 1, 2014. FORTUNA, G.; BRENNAN,M. T. Systemic Lupus Erythematosus. Dental Clinics Of North America, [S.L.], v. 57, n. 4, p. 631-655, out. 2013. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.cden.2013.06.003. FREIRE, E. A. M.; SOUTO, L. M.; CICONELLI, R. M. Medidas de avaliação em lúpus eritematoso sistêmico. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 51, n. 1, p. 75-80, fev. 2011. GRIFFITHS, B.; MOSCA, M.; GORDON, C. Assessment of patients with systemic lupus erythematosus and the use of lupus disease activity indices. Best Practice & Research Clinical Rheumatology, [S.L.], v. 19, n. 5, p. 685-708, out. 2005. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.berh.2005.03.010. KIRIAKIDOU, M.; CHING, C. L. Systemic Lupus Erythematosus. Annals Of Internal Medicine, [S.L.], v. 172, n. 11, p. 81-96, 2 jun. 2020. American College of Physicians. http://dx.doi.org/10.7326/aitc202006020. LAHITA, R. G. et al. Systemic Lupus Erythematosus. 5. ed. Elsevier, 2011. MYERS, A. Doenças autoimunes: previna e reverta todo um universo de doenças inflamatórias. São Paulo: Wmf Martins Fontes, 2016. 323 p. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla, Daniel Eiti Missato Cipolla, Evandro Ferreira e Silva.. PUNZI, L.; BETTERLE, C. Chronic autoimmune thyroiditis and rheumatic manifestations. Joint Bone Spine, [S.L.], v. 71, n. 4, p. 275-283, jul. 2004. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.jbspin.2003.06.005. RIVAS-LARRAURI, F.; YAMAZAKI-NAKASHIMADA, M. A. Lupus eritematoso sistémico: ¿es una sola enfermedad?. Reumatología Clínica, [S.L.], v. 12, n. 5, p. 274-281, set. 2016. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.reuma.2016.01.005. SATO, E. I. et al. Consenso brasileiro para o tratamento do lúpus eritematoso sistêmico (LES). Revista Brasileira de Reumatologia, v. 42, n. 6, p. 362-370, 2002. SOUZA, R. R. et al. Do diagnóstico às complicações: experiências de quem convive com lúpus eritematoso sistêmico. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 75, p. 1-8, 2022. WANG, L.; WANG, F. S.; GERSHWIN, M. Eric. Human autoimmune diseases: a comprehensive update. Journal Of Internal Medicine, [S.L.], v. 278, n. 4, p. 369-395, 25 jul. 2015. Wiley. http://dx.doi.org/10.1111/joim.12395. WASTOWSKI, I. J.; CARVALHO, I. F.; DONADI, E. A. Patogenia das doenças auto-imunes. Imunologia Clínica na Prática Médica, v. 1, n. 3, p. 43-56, 2009. WEISS, J. E. Pediatric Systemic Lupus Erythematosus. Pediatrics In Review, [S.L.], v. 33, n. 2, p. 62-74, 1 fev. 2012. American Academy of Pediatrics (AAP). http://dx.doi.org/10.1542/pir.33.2.62. YU, H.; NAGAFUCHI, Y.; FUJIO, K. Clinical and Immunological Biomarkers for Systemic Lupus Erythematosus. Biomolecules, [S.L.], v. 11, n. 7, p. 928, 22 jun. 2021. MDPI AG. http://dx.doi.org/10.3390/biom11070928. ZUCCHI, D. et al. One year in review 2022: systemic lupus erythematosus. Clinical And Experimental Rheumatology, [S.L.], v. 40, n. 1, p. 4-14, 28 jan. 2022. Clinical and Experimental Rheumatology. http://dx.doi.org/10.55563/clinexprheumatol/nolysy. SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes (outros sobrenomes abreviados). Título da Obra. Edição. Local de publicação: Editora, ano. SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes (outros sobrenomes abreviados). Título. Título do jornal. Local de publicação, data de publicação, seção, caderno ou parte do jornal e a paginação correspondente. Quando não houver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo ou matéria precede a data. SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes por extenso (outros sobrenomes abreviados). Título do artigo ou matéria. Título da publicação, local da publicação, numeração correspondente ao volume e/ou ano, fascículo ou número, paginação inicial e final, quando se tratar de artigo ou matéria, data ou intervalo de publicação e particularidades que identificam a obra (se houver). SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes (por extenso). Título. Ano da defesa da dissertação ou da tese. Número de folhas. Especificar se é Tese, Dissertação, Monografia, TCC e outros – Instituição, local, ano de entrega. SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes (por extenso). Título da parte da obra. In: Autor da obra. Título da obra. Edição. Local de publicação: Editora, ano. SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes do autor por extenso e intermediários abreviados. Título: subtítulo. Edição. Local de publicação: Editora, ano. Título do Periódico. Local de Publicação. Editora, datas de início e de encerramento da publicação se houver. image1.png image2.png