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AO JUIZO DA XXXXX VARA CÍVIL DE 
Processo nº XXXXX
Recorrente Hospital Municipal Lourenço Jorge
Recorrida: Alessandra Ferreira da Cruz
AO EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE XXX
A parte autora por seu advogado inscrito na OAB nº xxx, já qualificado, inconformada com a sentença vem à presença de Vossa Excelência, interpor APELAÇÃO, proferidas nos autos da Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais movida por Alessandra Ferreira da Cruz contra Hospital Municipal Lourenço Jorge , em que foi julgado . Requer , desde já o recebimento do efeito suspensivo , com a intimação do recorrente para que, querendo ofereça as suas contrarrazoes, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos, requer-se a reforma da sentença nos termos do artigo 1.010, § 1º do CPC.
RAZOES RECURSAIS
Colenda Câmara Recursal, a sentença proferida pelo MM Juízo a quo merece reforma pelos seguintes fatos e fundamentos jurídicos: 
I-BREVE RELATO DOS FATOS
A ação foi movida por Alessandra Ferreira da Cruz, alegando que o hospital e o médico agiram de forma negligente e inadequada ao lidar com o paciente Richard Ferreira da Cruz, que, após ser esfaqueado, foi levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge. A autora afirma que o médico agiu de forma agressiva e desproporcional, alegando que essa conduta contribuiu para o óbito do paciente.
A sentença julgou parcialmente procedentes os pedidos da autora, condenando os réus ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 45.000,00 e rejeitando a alegação de legítima defesa do médico, assim como o pedido de indenização por danos materiais, devido à falta de provas concretas.
II. FUNDAMENTOS DO RECURSO
1. Da Legítima Defesa do Médico
Nos termos do Art. 188 do Código Civil, é excludente de ilicitude a conduta praticada em legítima defesa. O paciente estava em estado de agitação extrema e apresentou comportamento agressivo, obrigando o médico a agir rapidamente para proteger a integridade física de todos os presentes. A defesa sustenta que o médico atuou sob risco, em uma tentativa de preservar sua segurança e a de outros. Essa situação requer análise cuidadosa sobre o limite da atuação legítima e proporcional, sendo necessária a reforma da sentença para reconhecer a excludente de ilicitude em favor do médico.
2. Da Prova do Nexo Causal
A sentença considerou o nexo causal entre a ação do médico e o óbito, no entanto, a gravidade dos ferimentos resultantes do esfaqueamento é fator determinante da morte de Richard Ferreira da Cruz. A defesa sustenta que o dano é consequência direta e exclusiva dos ferimentos pré-existentes e que não houve contribuição do atendimento prestado para o óbito. Assim, o nexo causal não ficou comprovado de forma inequívoca, o que inviabiliza a responsabilidade civil dos réus, sendo necessária a reforma da sentença para reconhecer a ausência de nexo causal e afastar a indenização.
Pode-se citar que: no artigo 186 do Código Civil: 
 "Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito." Esse dispositivo exige que o ato ilícito, isto é, a violação de um direito que gere um dano, esteja vinculada diretamente à conduta do agente.
A questão do nexo causal é fundamental em ações de responsabilidade civil, uma vez que, sem a comprovação de que o dano sofrido pela vítima decorre diretamente da conduta do réu, não há como atribuir-lhe responsabilidade. O Código Civil, em seu artigo 186, exige a presença de três elementos para a responsabilização civil: ação ou omissão, dano e nexo causal. Sem a comprovação do nexo causal entre a conduta do réu e o dano sofrido pelo autor, a condenação torna-se inviável.
Citando a jurisprudência: 
“Para que haja responsabilização é imprescindível a demonstração de nexo causal entre a conduta do agente e o dano sofrido pela vítima, sob pena de afastamento da responsabilidade.” (STJ - REsp 1482474/MG).
3. Da Inexistência de Dano Moral
Ainda que se considere a relação entre o atendimento e o óbito do paciente, entende-se que o valor fixado de R$ 45.000,00 a título de indenização por danos morais é desproporcional. A quantia arbitrada desconsidera as circunstâncias excepcionais do caso e não atende aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, sendo necessário reduzir o valor para um patamar mais justo e compatível com a jurisprudência.
Ementa: "A fixação do valor dos danos morais deve observar os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, de modo que o quantum indenizatório seja ajustado à realidade do caso concreto." STJ - REsp 1.355.363/SP
4. Da Impossibilidade de Condenação por Danos Materiais
A sentença acertadamente julgou improcedente o pedido de indenização por danos materiais, devido à ausência de provas. Não há justificativa para modificar esse ponto da sentença, devendo ser mantida a improcedência do pedido de indenização por danos materiais. A parte autora não comprovou quaisquer despesas relacionadas ao funeral ou despesas médicas, o que torna este pedido improcedente.
III. PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se:
1-Preliminarmente, o recebimento e processamento da presente apelação, com seu regular encaminhamento ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de 
2-No mérito, a reforma da sentença para que:
 - Seja reconhecida a legítima defesa do médico, afastando-se a condenação por danos morais.
 - Caso mantida a condenação por danos morais, seja reduzido o valor indenizatório para quantia compatível com os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
3-A manutenção da improcedência do pedido de indenização por danos materiais, como bem decidiu a sentença.
Requer-se, por fim, a intimação do advogado do Recorrente para as comunicações processuais no endereço constante no preâmbulo desta petição, nos termos do artigo 106, I, do CPC.
4- Inconformidade: em vista os traumas, a agonia, a aflição, a vergonha, o arrependimento, o inconformismo, o tratamento, a recuperação, o sofrimento. Por razões de equidade e razoabilidade, necessária a aplicação do art. 20 , § 4º do CPC . Vencida a Fazenda, os honorários devem ser fixados por equidade. Necessária a elevação Tribunal de Justiça manteve a decisão de primeiro grau, sendo que, em sede de Embargos Declaratórios, INCONFORMISMO DE AMBAS AS PARTES. Peça inaugural apresentada em sede de plantão judiciário, que apenas comprova a necessidade do autor de se submeter ao tratamento de urgência... A ação indenizatória ora proposta tem como fundo o O requerente, em razão da decisão LIMINAR, na ADPF 347/2015, na qual o inconformismo, em cognição sumária, presente os requisitos cognição sumaria presentes, os requisitos autorizadores da medida cautelar, assim, só deve o Tribunal, em julgamento de agravo de instrumento interposto em face de decisão que concedeu liminarmente medida cautelar, verificar se o juízo singular onde os fundamentou as decisões e as necessidades. 
E assim Sentença não guarda a razão e a proporção que se esperaria de uma decisão judicial frente ao modelo da situação discutida nos autos. Isso porque sob inúmeros aspectos, a ré. Das razões do pedido de reforma das ofensa a auxiliar de enfermagem diante do atraso e má prestação no atendimento em hospital público. Prova oral que constata as ofensas. Ausência de prova de suspeição das testemunhas da autora.
MANIFESTAÇÃO FINAL reforça a argumentação da defesa sobre a falta de nexo causal, a aplicação da legítima defesa e a necessidade de revisão do valor dos danos morais, caso mantidos.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local xxxxxxxxxxxxxx Data xxxxxxxx
Advogado
OAB nº xxx UF xxxxx

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