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Aula 4 
Balanço patrimonial: ativo não circulante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marcello Sartore de Oliveira 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
2 
 
 
 
 
Meta 
Apresentar os subgrupos do ativo não circulante. Explicar o arrenda- 
mento mercantil, o ajuste a valor presente e o teste de recuperabilidade. 
 
Objetivos 
Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de: 
1. identificar os subgrupos do ativo não circulante; 
2. praticar o arrendamento mercantil através do seu tratamento con- 
tábil, 
3. aplicar o ajuste a valor presente; 
4. aplicar o teste de recuperabilidade. 
 
Pré-requisitos 
Para você entender bem esta aula, precisará ter estudado a Aula 3. 
Contabilidade Avançada I 
3 
 
 
 
 
Introdução 
Conforme já exposto em aulas anteriores, a Contabilidade, por ser 
uma ciência social, vem sofrendo bastantes alterações para se adequar 
aos padrões internacionais. 
Na presente aula, analisaremos os subgrupos do ativo não circulante, 
já com as novas regras de nossa contabilidade. Veremos, ainda, que, com 
o advento da Lei 11.638/2007, foi introduzida a necessidade de realizar 
os ajustes a valor presente na escrituração contábil para demonstrar o 
valor real da operação na data de emissão do demonstrativo financeiro. 
Portanto, abordaremos também o ajuste a valor presente. 
Outro assunto importante, que merece nossa atenção, é o CPC 06 
(R1) – operações de arrendamento mercantil. Esse pronunciamento tem 
por objetivo estabelecer, para arrendatários e arrendadores, políticas 
contábeis e divulgações apropriadas a aplicar em relação a arrendamen- 
tos mercantis. Desse modo, vale muito a pena estudarmos esse assunto 
já com suas novas regras. 
Por fim, estudaremos o teste de recuperabilidade de ativos. Com a 
convergência aos padrões internacionais, foi introduzido, na contabili- 
dade brasileira, o teste de recuperabilidade de ativos (ou teste de impair- 
ment) (CPC 01 (R1)), cujo objetivo é verificar se os ativos reconhecidos 
nas demonstrações contábeis não estão evidenciados a um valor supe- 
rior aos benefícios que irão proporcionar à entidade. 
 
Ativo não circulante realizável a longo prazo 
(ANCRLP) (continuação da aula passada) 
Terminamos a aula passada falando que o ARLP é composto pelos 
direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como 
os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades 
coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro 
da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do 
objeto da companhia. 
Dentre os direitos realizáveis após o término do exercício social se- 
guinte, podemos incluir também as despesas pagas de forma antecipada, 
quando o direito de usufruí-las se estender após o final do próximo ano. 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
4 
 
 
 
 
Despesas antecipadas 
Na Lei 6.404/76, não há qualquer previsão acerca da classificação 
das despesas antecipadas no realizável a longo prazo. Entretanto, nada 
impede que a despesa antecipada seja classificada nesse subgrupo (AN- 
CRLP), caso sua realização ocorra após o término do exercício social 
seguinte. 
Um exemplo comum é o de assinatura de revistas com prazo de 
24 meses. Se o prazo desse contrato iniciar, por exemplo, no dia 1º de 
outubro de 2015 e terminar dia 30 de setembro de 2017, no valor de 
R$12.000,00, sendo pago de forma antecipada, teremos que: 
• os três meses de 2015 (outubro a dezembro) serão classificados, em 
31/12/2015, como despesa com periódicos no valor de R$1.500,00. 
 
• no balanço patrimonial do dia 31/12/2015, teremos despesas an- 
tecipadas de curto prazo (AC) de R$ 6.000,00 (valor mensal de R$ 
500,00 x os 12 meses de 2016), e despesas pagas antecipadamente de 
longo prazo, no valor de R$ 4.500,00 (R$ 500,00 x 9 meses de 2017). 
 
Figura 4.1.: No balanço patrimonial de 31/12/2016, as despesas antecipadas 
de curto prazo aparecerão no ativo circulante, e as despesas pagas anteci- 
padamente de longo prazo, no ativo não circulante realizável a longo prazo. 
Contabilidade Avançada I 
5 
 
 
 
 
Investimentos 
O art. 179, III, da Lei 6.404/76, afirma que os investimentos são as 
participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qual- 
quer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se desti- 
nem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa. 
Como exemplos de participações permanentes em outras socieda- 
des temos participações permanentes em coligadas e controladas, parti- 
cipações em outras sociedades. Como exemplo de direitos de qualquer 
natureza, não classificáveis no ativo circulante e que não se destinam à 
manutenção da atividade da companhia ou da empresa, temos terrenos 
(não utilizados), obras de arte. 
 
Figura 4.2: Como podemos observar no balanço, existem dois tipos de con- 
tas no investimentos: participações permanentes e as contas não classificá- 
veis no ativo circulante, e que não se destinam à manutenção da atividade da 
companhia ou da empresa. 
 
 
Participações permanentes 
 
De acordo com Ferreira (2012), a partir da adoção no Brasil de nor- 
mas internacionais de contabilidade, uma participação só é permanente 
quando não mantida de forma temporária ou para fins especulativos. 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
6 
 
 
 
 
Portanto, se a empresa resolve investir em outra organização, mas 
com o intuito de alienar esse investimento, mesmo que a intenção seja 
para longo prazo, a participação terá caráter especulativo, sendo classi- 
ficada como temporária no ativo circulante ou não circulante realizável 
a longo prazo. 
 
 
Podemos dizer, de uma forma bem simples, que o termo aliena- 
ção, na contabilidade, significa a transferência de um ativo que 
não seja mercadoria. Uma empresa de revenda de combustível 
que transfere a outrem um maquinário, por exemplo, na ver- 
dade, não está vendendo esse maquinário (sua mercadoria é 
combustível), e sim o alienando a terceiros. 
 
 
 
 
Se, ao realizar a aquisição, a empresa não tiver a intenção de vender o 
investimento, a participação terá caráter estratégico, sendo, dessa manei- 
ra, classificada como permanente no ativo não circulante Investimentos. 
 
 
 
Figura 4.3: Observe um esquema de como funciona a classificação dos ati- 
vos a partir da intenção de venda. 
Contabilidade Avançada I 
7 
 
 
 
 
 
 
Ferreira (2012) relata que são classificadas no ativo não circulante 
investimentos – como participações permanentes em outras so- 
ciedades – as participações em coligadas; em controladas, em ou- 
tras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam 
sob controle comum, e em outras sociedades cujas participações 
não sejam temporárias ou especulativas. 
 
 
 
 
 
Classificação residual do ativo - Direitos de qualquer 
natureza não classificáveis no AC e que não se destinam à 
manutenção da atividade da companhia ou da empresa 
 
Vamos dar um pouco mais de atenção aqui ao que podemos cha- 
mar de classificação residual do ativo. Percebam que, caso os direitos 
de qualquer natureza (bens e direitos) não sejam classificados no ativo 
circulante, ARLP (conforme a doutrina), e nem se destine à manuten- 
ção das atividades operacionais da empresa (subgrupos imobilizado ou 
intangível), devemos classificá-los em investimentos. 
Como exemplos, temos terrenos (não utilizados), obras de arte, pro- 
priedade que esteja sendo construída ou desenvolvida para futura utili- 
zação como propriedade para investimentos; edifício que seja proprie- 
dade da entidade e que seja arrendado sob um ou mais arrendamentos 
operacionais etc. 
 
 
Terreno , quando não utilizado nas atividades da empresa, será 
classificado como investimento. Quando passar a ser utilizado, 
será imobilizado. 
Portanto, terreno adquirido para futuras instalações será classifi- 
cado como investimento,do ativo menos seu valor residual (se houver) em base 
sistemática sobre sua vida útil remanescente. Estudaremos, na prática, esse ponto 
quando resolvermos algumas questões sobre depreciação, no âmbito do estudo do CPC 
27 – Ativo Imobilizado. 
Reversão de perda por desvalorização para uma unidade geradora de caixa 
A reversão de perda por desvalorização para uma unidade geradora de caixa deve ser 
alocada aos ativos da unidade, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura 
(goodwill), proporcionalmente ao valor contábil desses ativos. Esses aumentos em 
valores contábeis devem ser tratados como reversão de perdas por desvalorização de 
ativos individuais e reconhecidos imediatamente no resultado do período. 
É o mesmo procedimento que estudamos para os ativos individuais. Apenas o CPC 
informa que a reversão da perda deve ser alocada de forma proporcional, o que é bem 
lógico, não é mesmo? 
 
Reversão de perda por desvalorização do ágio por expectativa de rentabilidade 
futura (goodwill) 
Conforme o CPC 01, a perda por desvalorização reconhecida para o ágio por 
expectativa de rentabilidade futura (goodwill) não deve ser revertida em período 
subsequente. 
O CPC 01 explica que o Pronunciamento Técnico CPC 04 – Ativo Intangível proíbe o 
reconhecimento de ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado 
internamente. 
Nesse sentido, qualquer aumento no valor recuperável do ágio pago por expectativa de 
rentabilidade futura (goodwill) nos períodos subsequentes ao reconhecimento de perda 
por desvalorização para esse ativo é equivalente ao reconhecimento de ágio por 
expectativa de rentabilidade futura gerado internamente (goodwill gerado internamente) 
e não reversão de perda por desvalorização reconhecida para o ágio pago por 
expectativa de rentabilidade futura (goodwill). 
Cabe informar que existem dois tipos de ágios (Goodwill): o ágio pago e o ágio gerado 
internamente. 
O ÁGIO PAGO ocorre quando a empresa adquire um investimento por valor superior 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
36 
 
 
ao valor justo. Em termos mais técnicos, é representado pela diferença positiva entre o 
valor pago (ou valores a pagar) e o montante líquido proporcional adquirido do valor 
justo dos ativos e passivos da entidade adquirida. 
Ágio pago por rentabilidade futura = valor pago – valor justo 
O ÁGIO GERADO INTERNAMENTE, por sua vez, ocorre quando a própria empresa 
por meio de suas pesquisas e atividades gera um valor agregado a determinado 
intangível, ocorrendo uma expectativa de rentabilidade futura. 
Assim, o que o CPC diz que o aumento no valor recuperável do ágio pago após já ter 
sido reconhecida uma perda equivale ao reconhecimento de um ágio gerado 
internamente. E, como o CPC 04 proíbe o reconhecimento de ágio gerado internamente, 
a perda por desvalorização reconhecida para o ágio (pago) por expectativa de 
rentabilidade futura (goodwill) não deve ser revertida em período subsequente. 
A perda por desvalorização reconhecida para o ágio por expectativa de rentabilidade 
futura (goodwill) não deve ser revertida em período subsequente. 
 
Divulgação 
A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos: 
a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no resultado do período e a 
linha da demonstração do resultado na qual essas perdas por desvalorização foram 
incluídas; 
b) o montante das reversões de perdas por desvalorização reconhecido no resultado do 
período e a linha da demonstração do resultado na qual essas reversões foram incluídas; 
c) o montante de perdas por desvalorização de ativos reavaliados reconhecido em outros 
resultados abrangentes durante o período; e 
d) o montante das reversões das perdas por desvalorização de ativos reavaliados 
reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período. 
 
 
 
 
Atividade 5 
 
 
Atende ao objetivo 3 
 
(FCC/2009/SEFAZ-SP/ Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária) 
Uma empresa tem inscrito um saldo relevante em seus ativos, na conta 
valores a receber. Nesse caso, a empresa deverá 
a) ajustar os recebíveis a valor presente, lançando os ajustes a valor pre- 
sente em conta de despesa financeira. 
b) provisionar o ajuste a valor presente, criando uma retificadora da 
conta que originou a operação inicial. 
Contabilidade Avançada I 
37 
 
 
c) ajustar os recebíveis pela taxa Selic, lançando o valor do ajuste em 
conta de patrimônio líquido. 
d) calcular proporcionalmente o valor do desconto a valor presente me- 
diante aplicação de taxa média anual praticada pela empresa e creditar 
direto no saldo de recebíveis. 
e) ajustar os recebíveis, calculando seu valor presente e registrando-o 
em conta de receita financeira. 
 
 
Resposta comentada 
Conforme visto nesta aula: AVP se aplica, sempre, aos ativos e passivos 
de longo prazo, bem como aos de curto prazo, mas somente quando 
estes forem relevantes. 
Gabarito: letra A 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
38 
 
 
Atividade 6 – 
 
 
Atende ao objetivo 3 
 
(VUNESP/2014/SP-URBANISMO/Analista Administrativo) 
No que tange ao ajuste a valor presente – AVP, conforme previsto no 
CPC12, ativos e passivos monetários, com juros implícitos ou explícitos 
embutidos, devem ser mensurados 
a) pelas regras dos ativos e passivos financeiros, considerando ainda a 
limitação imposta pelos instrumentos financeiros. 
b) pelo seu valor de liquidação, considerando o valor do custo inicial 
de investimento. 
c) pelo seu valor presente, quando do seu reconhecimento inicial, 
por ser este o valor de custo original dentro da filosofia de valor justo 
(fair value). 
d) pelo seu valor inicial, acrescido dos referidos juros, trazidos a valor 
de mercado, uma vez que se trata de fluxo de caixa operacional. 
e) pelo seu valor corrente, quando do seu reconhecimento inicial e valo- 
rização do seu preço de resgate; dos dois, o menor. 
 
 
Resposta comentada 
CPC 12 - Mensuração, Diretrizes Gerais, item 9: “Ativos e passivos mo- 
netários com juros implícitos ou explícitos embutidos devem ser men- 
surados pelo seu valor presente quando do seu reconhecimento inicial, 
por ser este o valor de custo original dentro da filosofia de valor justo 
(fair value)...” 
Gabarito: letra C 
 
 
Contabilidade Avançada I 
39 
 
 
 
 
Atividade 7 
 
 
Atende ao objetivo 3 
 
(CESPE/2010/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/ Ciências Contá- 
beis) 
O critério para avaliação de elementos do passivo não circulante – 
obrigações, encargos e riscos – é o método de ajuste ao valor presente, 
apenas se houver efeito relevante no resultado. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
Resposta comentada 
Errado, pois ocorrerá também no longo prazo. 
 
 
 
 
 
Atividade 8 
 
 
Atende ao objetivo 1 
 
Impostos a serem pagos no exercício seguinte aparecem no: 
a) passivo circulante; 
b) passivo exigível a longo prazo; 
c) resultado de exercícios futuros; 
d) ativo circulante; 
e) patrimônio líquido, como redutoras deste grupo. 
 
 
Resposta comentada 
Passivo circulante, pois é uma obrigação a ser paga no exercício social 
seguinte. 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
40 
 
 
 Atividade 9 
 
 
Atende ao objetivo 2 
 
(FGV/ Auditor Fiscal da Fazenda Estadual/SEFAZ-RJ/2008) 
Em consonância à Resolução CFC 921/01, determine o valor do passivo 
circulante da cia. arrendatária a ser apurado logo após o reconhecimen- 
to contábil do contrato de arrendamento mercantil firmado entre ela e 
a entidade arrendadora, segundo o qual a arrendatária se obriga a pagar 
cinco prestações anuais e iguais no valor unitário de R$ 8.500,00, mais o 
valor da opção de compra no montante de R$190,76 ao final do quinto 
ano, juntamente com a última prestação anual; e a arrendadora se obri- 
ga a entregar, nesse ato, o bem arrendado (um veículo que será utilizado 
para arrendatária em suas atividadesoperacionais normais). 
Sabe-se que: 
• o contrato foi firmado em 31/12/2008; 
• a primeira prestação venceu em 31/12/2009 e todas as demais presta- 
ções vencem no dia 31 de dezembro dos anos subsequentes; 
• o valor de mercado do bem arrendado, à vista, é R$ 30.000,00; 
• a taxa de juros implícita no contrato é 13% ao ano. 
• balanço patrimonial da cia. arrendatária apurado em 31/12/2008 
imediatamente antes de o contrato em tela ter sido reconhecido con- 
tabilmente é o seguinte: 
ativo circulante ............. 20.000,00 
realizável a longo prazo .... 30.000,00 
ativo permanente ............ 50.000,00 
passivo circulante .......... 15.000,00 
exigível a longo prazo ..... 25.000,00 
patrimônio líquido ......... 60.000,00 
 
a) R$ 3.900,00 
b) R$ 8.500,00 
c) R$ 15.000,00 
 
 
 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
34 
 
 
 
 
d) R$ 19.600,00 
e) R$ 23.500,00 
 
 
Resposta comentada 
Encargos financeiros a transcorrer (PC) ..... 30.000,00 x 13% = 3.900,00 
Encargos financeiros a transcorrer (PC) .... 3.900, 
Encargos financeiros a Transcorrer (PNC LP)... 
Lançamento em 31/12/2008 
D – veículo ............ 30.000,00 
D – encargos financeiros a transcorrer/EFT (retificadora do 
PC) .. 3.900,00 
D – EFT (retificadora do PNCLP) .. 8.790,76 
C – arrendamento mercantil financeiro a pagar/AMF (PC) .....8.500,00 
C – AMF a pagar (PNCLP)....34.190,76 (8.500x4+190,76(vr residual)) 
Passivo circulante 
Dividas anteriores 15000 
Arrendamento a pagar 8500 
Encargos financeiros a transcorrer (3900) 
Passivo 19600 
Gabarito: letra D 
 
 
 
 
 
Atividade 10 
 
 
Atende ao objetivo 2 
 
(FCC/ Auditor Fiscal da Fazenda Estadual/ SEFAZ-PI/2015) 
Em 31/12/2013, a cia. transportadora adquiriu um caminhão por meio 
de um contrato de arrendamento mercantil financeiro. O contrato será 
pago em cinco parcelas anuais, iguais e consecutivas de R$ 80.000,00, 
vencendo a primeira parcela em 31/12/2014. 
Contabilidade Avançada I 
35 
 
 
 
 
Sabe-se que o valor presente das prestações, na data de início do con- 
trato de arrendamento, era R$ 288.000,00 e que, se a cia. transportadora 
tivesse adquirido o caminhão à vista, teria pagado R$ 300.000,00 (valor 
justo). A vida útil do caminhão é de cinco anos, o valor residual espera- 
do no final desse prazo será zero e a empresa utiliza o método das cotas 
constantes para cálculo da depreciação. 
Com base nessas informações, a cia. transportadora reconheceu 
a) despesa no valor de R$ 80.000,00 em 2014. 
b) receita financeira no valor de R$ 12.000,00 em 31/12/2013. 
c) um ativo no valor de R$ 300.000,00 em 31/12/2013. 
d) um passivo no valor de R$ 400.000,00 em 31/12/2013. 
e) um ativo no valor de R$ 288.000,00 em 31/12/2013. 
 
 
Resposta comentada 
Lançamento em 31/12/2013: 
D – Veículo 288.000,00 
D – Encargos financeiros a transcorrer/EFT (retificadora do 
PC). 22.400,00 
D – EFT (retificadora do PNCLP). 89.600,00 
C – Arrendamento mercantil financeiro a pagar/AMF (PC) ..... 80.000,00 
C – AMF a pagar (PNCLP) .... 320.000,00 
Em 31/12/2014: 
D - Arrendamento Mercantil Financeiro a Pagar 
C – Caixa/Bancos. ... 80.000,00 
Em relação ao reconhecimento da despesa financeira: 
D – Despesa financeira 
C - Encargos financeiros a transcorrer .... 22.400,00 
Gabarito: letra E 
 
 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
36 
 
 
 
 
Atividade 11 
 
 
Atende ao objetivo 2 
 
(2014/CFC/Técnico em contabilidade) 
Uma sociedade empresária adquiriu um ativo imobilizado por meio 
de arrendamento mercantil financeiro em 60 parcelas mensais de R$ 
1.000,00 cada. 
O valor presente das prestações equivale ao valor justo do ativo arrenda- 
do que é de R$ 43.500,00. 
No momento da aquisição, a sociedade empresária deve reconhecer: 
a) Um ativo de R$60.000,00. 
b) Um ativo de R$60.000,00 e uma despesa financeira de R$16.500,00. 
c) Um ativo de R$43.500,00 e uma despesa financeira de R$16.500,00. 
d) Um ativo de R$43.500,00. 
 
 
Resposta comentada 
No momento da realização do AMF: 
D – Imobilizado............ 43.500,00 
D – Encargos financeiros a transcorrer PC/PNC(retificadora do PC/ 
PNC) 16.500,00 
C – Arrendamento mercantil financeiro a pagar (PC/PNC) ..... 60.000,00 
No próximo mês: 
D - Arrendamento mercantil financeiro a pagar 
C – Caixa/bancos .... 1.000,00 
D – Despesa financeira 
C - Encargos financeiros a transcorrer.....(16.500,00/60 meses) .... 275,00 
Observa-se que a questão pede no momento da realização do arrenda- 
mento mercantil financeiro, portanto, não se utiliza despesa financeira. 
Gabarito: letra D 
 
 
Contabilidade Avançada I 
37 
 
 
 
 
Atividade 12 
 
 
Atende ao objetivo 1 
 
(ESAF/AFRF-2001) Aplicações em investimentos temporários que 
apresentem características de liquidez imediata são classificadas no 
ativo como: 
a) valores realizáveis; 
b) investimentos; 
c) não circulante; 
d) permanente; 
e) disponível. 
 
 
Resposta comentada 
Ativo circulante é dividido em: 
- disponibilidades -> caixa, banco, aplicações financeiras de liquidez 
imediata, numerário em trânsito. 
- direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente 
- aplicações dos recursos em despesas do exercício seguinte. 
Gabarito: letra E 
 
 
 
 
Atividade 13 
 
 
Atende ao objetivo 1 
 
(2015/FUNESP/TJ/MS/Juiz Substituto) 
Considerando-se o balanço patrimonial e a classificação das contas do 
ativo nas sociedades por ações, é correto afirmar que as disponibilidades, 
os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as apli- 
cações de recursos em despesas do exercício seguinte serão classificados 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
38 
 
 
 
 
a) em investimentos; 
b) no intangível; 
c) no ativo circulante 
;d) no ativo imobilizado; 
e) no ativo realizável. 
 
 
Resposta comentada 
Conforme correção da questão anterior: 
O ativo circulante é dividido em: 
- disponibilidades -> caixa, banco, aplicações financeiras de liquidez 
imediata, numerário em trânsito. 
- direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente 
- aplicações dos recursos em despesas do exercício seguinte. 
Gabarito: letra C 
 
 
 
 
Atividade 14 
 
 
Atende ao objetivo 1 
 
(2010/CESGRANRIO/EPE/ Analista de Gestão - Contabilidade) 
De acordo com o art. 178, da Lei no 6.404/76, “no balanço, as contas 
serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, 
e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação 
financeira da Companhia”. No ativo, as contas serão dispostas em ordem 
decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, e serão 
classificadas no(s) 
a) ativo realizável a longo prazo: disponibilidades, direitos realizáveis 
no curso do exercício social subsequente e aplicações de recursos em 
despesas do exercício seguinte. 
b) ativo imobilizado: direitos que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empre- 
Contabilidade Avançada I 
39 
 
 
 
 
sa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de ope- 
rações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e o controle 
desses bens. 
c) ativo circulante: direitos realizáveis após o término do exercício se- 
guinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou emprés- 
timos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou 
participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios 
usuais na exploração do objeto da companhia. 
d) intangível: participações permanentes em outras sociedades e direi- 
tos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não 
se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa. 
e) investimentos: direitos que tenham por objeto bens incorpóreos des- 
tinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, 
inclusive o fundo de comércioadquirido. 
 
 
Resposta comentada 
Conforme o art. 179, IV, da Lei no 6.404/76, são classificados no imo- 
bilizado os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à 
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos 
com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfi- 
ram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. 
Gabarito: letra B 
 
 
 
 
 
Atividade 15 
 
 
Atende ao objetivo 1 
 
(2014/AOCP- EBSERH/HUSM-UFSM/Analista Administrativo 
Contabilidade) 
Benfeitorias em imóveis de terceiros devem ser reconhecidas como 
a) ativo circulante – estoque;b) passivo circulante – obrigações 
diversas;c) ativo não circulante – imobilizado;d) ativo não circulante – 
investimentos permanentes;e) ativo não circulante – intangível. 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
40 
 
 
 
 
Resposta comentada 
Apesar de a Lei 11.638/07 estabelecer que os bens incorpóreos, destinados à 
atividade da empresa, passaram a ser classificados no intangível, a Delibera- 
ção CVM 565/2008 que aprova o Pronunciamento CPC 13 classifica a con- 
ta “Benfeitorias em Imóveis de Terceiros” – que registra os gastos efetuados 
em imóveis e propriedades alugados de terceiros – no imobilizado, quando 
os gastos não forem restituíveis e quando classificáveis como ativo. 
Benfeitorias em imóveis de terceiros são as construções, restaurações, 
reformas, acréscimos etc. em bens de propriedade de terceiros, manti- 
dos a título de locação ou de empréstimos. Exemplo: edificação constru- 
ída em terreno alheio. 
Para Ferreira (2012, p. 265), caso haja o direito à restituição dos valo- 
res gastos com as benfeitorias em propriedade de terceiros, o correto é 
registrar o crédito correspondente no ativo circulante ou no realizável 
a longo prazo. 
Gabarito: letra C 
 
 
 
 
 
Atividade 16 
 
 
Atende ao objetivo 1 
 
(2009/FCC/TJ-PI/Técnico Judiciário – Contabilidade) 
É uma conta de ativo sujeita à amortização: 
a) marcas e patentes; 
b) recursos florestais próprios; 
c) terrenos; 
d) jazidas minerais; 
e) benfeitorias reembolsáveis em imóveis de terceiros. 
 
 
Resposta comentada 
A alternativa E apresenta erro, pois a questão informa que as benfeitoras 
são reembolsáveis. As benfeitorias em imóveis de terceiros só poderão 
Contabilidade Avançada I 
41 
 
 
 
 
ser amortizadas se a entidade não for ressarcida pelo gasto efetuado 
com a benfeitoria e se o contrato tiver duração limitada. 
Gabarito: letra A 
 
 
 
 
 
Atividade 17 
 
 
Atende ao objetivo 1. 
 
(FCC/2014/TRF - 4a REGIÃO/Técnico Judiciário – Contabilidade) 
A Cia. A Bola da Vez S.A. realizou as seguintes transações durante o mês 
de maio de 2014: 
I. compra de equipamentos industriais, à vista, para serem utilizados no 
processo produtivo; 
ii. obtenção de empréstimos para serem liquidados integralmente (prin- 
cipal e juros) em outubro de 2016; 
iii. compra de equipamentos especiais, à vista, para serem revendidos 
durante 2014. 
IV. compra de 100% da Cia. Passou a Vez S.A. para fins de diversificação 
de atividade econômica. 
A Cia. A Bola da Vez S.A. reconheceu as transações I, II, III e IV, respec- 
tivamente, como ativo 
a) não circulante, passivo não circulante, ativo não circulante e 
ativo circulante. 
b) não circulante, passivo circulante, ativo circulante e ativo 
não circulante. 
c) circulante, passivo não circulante, ativo não circulante e ativo 
não circulante. 
d) circulante, passivo circulante, ativo circulante e ativo circulante. 
e) não circulante, passivo não circulante, ativo circulante e ativo 
não circulante. 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
42 
 
 
 
 
Resposta comentada 
I. Compra de equipamentos industriais, à vista, para serem utilizados no 
processo produtivo. 
Equipamento para utilizar no processo é ANC Imobilizado. 
II. Obtenção de empréstimos para serem liquidados integralmente 
(principal e juros) em outubro de 2016. Empréstimos de longo prazo 
são classificados como PNC. 
III. Compra de equipamentos especiais, à vista, para serem revendidos 
durante 2014. Equipamentos para revenda é estoque, portanto, AC. 
IV. Compra de 100% da Cia. Passou a Vez S.A. para fins de diversifica- 
ção de atividade econômica. Compra de ações é ativo não circulante da 
categoria investimento. 
Gabarito: letra E 
 
 
 
 
 
Atividade 18 
 
 
Atende ao objetivo 1 
 
(Analista Petroquímica SUAPE 2012 – Cesgranrio) 
No artigo 179 da lei 6.404/76, encontra-se: Os direitos que tenham por 
objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exer- 
cidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. O 
texto acima indica que os bens nele citados devem ser classificados no: 
a) ativo circulante / despesas antecipadas do exercício seguinte 
b) ativo circulante / direitos realizáveis 
c) ativo não circulante / imobilizado 
d) ativo não circulante / intangível 
e) ativo não circulante / realizável a longo prazo 
Contabilidade Avançada I 
43 
 
 
 
 
Resposta comentada 
Conforme analisado nessa aula, e por ser uma questão literal (texto da 
lei) a resposta é a alternativa D. 
 
 
 
 
Atividade 19 
 
 
Atende ao objetivo 1 
 
(Analista BNDES 2011 – Cesgranrio) 
O item VII do artigo 183 da Lei das Sociedades Anônimas, atualizada 
até 2011, determina que os elementos do ativo decorrentes de operações 
de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajusta- 
dos somente quando houver: 
a) provisão para perdas; 
b) redução ao valor justo; 
c) efeito relevante; 
d) perdas imprevistas; 
e) vencimento antecipado. 
 
 
Resposta comentada 
Conforme a Lei 6.404/76, alterada pela Lei 11.638/07, temos, no artigo 
183, inciso VIII, a seguinte informação: os elementos do ativo decorren- 
tes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo 
os demais ajustados quando houver efeito relevante. 
Gabarito: letra C 
 
 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
44 
 
 
 
 
Atividade 20 
 
 
Atende ao objetivo 4 
 
(Analista Previdenciário – Contabilidade – FCC/2015) 
A Cia. Sofitel possuía, em 31/12/2014, em seu ativo intangível, uma pa- 
tente com vida útil indefinida, com as seguintes informações em reais: 
Custo de aquisição ............................................................... 1.200.000,00 
(−) Perda por impairment ........................................................ 200.000,00 
(=) Valor contábil do ativo ........................................................ 1 000.000,00 
Ao realizar o teste de recuperabilidade do ativo (teste de impairment) 
em 31/12/2014, a Cia. obteve as seguintes informações em reais: 
Valor em uso do ativo ................................................................ 1. 050.000,00 
Valor justo líquido das despesas de venda ................................ 900.000,00 
Com base nessas informações, em 31/12/2014, a Cia. Sofitel reconheceu 
a) um ganho por reavaliação de R$ 50.000,00. 
b) uma perda por impairment de R$ 150.000,00. 
c) uma reversão da perda por impairment de R$ 50.000,00. 
d) uma perda por impairment de R$ 100.000,00. 
e) uma reversão da perda por impairment de R$ 200.000,00. 
 
 
Reposta Comentada: 
O valor contábil é de R$100.000 
Valor em uso e valor justo líquido de despesas de venda, dos dois, o 
maior = 1.050.000 (Valor líquido de venda); 
Valor recuperável > Valor contábil = Não lançamos nada, apenas deve- 
mos reverter a perda, caso exista, até o limite do valor de custo; 
Valor recuperáveldo ativo não circulante 
e estudamos, também, o arrendamento mercantil, ajuste de avaliação 
patrimonial e, por último, o teste de recuperabilidade. 
Quanto ao subgrupo do ativo não circulante, apontamos a classifica- 
ção das contas, bem como a maneira de contabilizá-las. 
Quanto ao arrendamento mercantil, ele pode ser entendido como o 
negócio jurídico realizado entre pessoa jurídica, na qualidade de arren- 
dadora, e pessoa física ou jurídica, na qualidade de arrendatária, e que 
tenha por objeto o arrendamento de bens adquiridos pela arrendadora, 
segundo especificações da arrendatária e para uso próprio dela. 
Como já discutimos em aula passada, o Brasil vem adotando Nor- 
mas Internacionais de Contabilidade, com o intuito de permitir a 
convergência da contabilidade nacional ao padrão internacional for- 
mulado pelo IASB. Desse modo, em consequência da adoção dessas 
novas regras, discutimos nesta aula a nova forma de contabilização do 
arrendamento mercantil. 
Outra alteração significativa, em decorrência da aprovação da Lei 
11.638 de 2007 (marco inicial da adoção das regras contábeis internacio- 
nais), é a conta “Ajuste de Avaliação Patrimonial” (AAP), que é o resulta- 
do do valor da avaliação dos bens em relação ao seu valor justo, sendo que 
o valor justo é a quantia pela qual um ativo pode ser trocado, ou um pas- 
sivo liquidado, por duas partes dispostas a isso e independentes entre si. 
Atenta a essas novas regras, a presente aula apresenta a forma atual 
de entendimento e de se contabilizar o ajuste de avaliação patrimonial. 
Por fim, esperamos que você tenha aprendido, também embasado 
nas novas regras contábeis, o teste de impairment ou teste de recupe- 
rabilidade, que tem por objetivo apresentar de forma prudente o valor 
real líquido de realização de um ativo. Vimos que a essência do teste de 
recuperabilidade é evitar que um ativo esteja registrado por um valor 
maior que o valor recuperável. 
 
Resumo 
Prezados alunos, nesta aula terminamos de estudar os subgrupos do 
ativo não circulante já com as regras introduzidas pelas Leis 11.638/07 
e 11.941/09. 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
46 
 
 
 
 
No início da aula, tratamos da despesa antecipada no ativo realizável 
a longo prazo, quando o direito de usufruí-las se estender após o final 
do ano seguinte. 
Continuamos a aula falando do investimentos, em que apontamos a 
relevância da intenção ou não de venda do investimento para sua clas- 
sificação no balanço patrimonial. Você se lembra do diagrama de inten- 
ção de vendas? 
 
 
 
 
 
Intenção 
de Venda 
 
SIM/Temporária 
NÃO/Permanente 
Curto Prazo 
Longo Prazo 
ANC 
AC 
 
 
ANC RLP 
INVESTIMENTOS 
 
 
 
Tabela 01: Intenção de Vendas – ANC Investimentos 
 
Figura 4.9: Intenção de vendas. 
 
 
Dando prosseguimento ao estudo, analisamos os subgrupos imobili- 
zado e intangível, que são formados por bens corpóreos e incorpóreos, 
respectivamente, e destinados à atividade da companhia. 
Observamos que o arrendamento mercantil (leasing) é um tipo de 
aluguel de um ativo fixo (equipamentos, veículos, computadores, etc) 
por um prazo determinado. Nesse momento da aula, também analisa- 
mos as diferenças entre o financeiro e o operacional. 
Diferenças entre o leasing financeiro e o leasing operacional: quando 
os riscos e benefícios do ativo ficam com o arrendatário, estamos fa- 
lando de arrendamento mercantil financeiro. Se os riscos e benefícios 
ficam com o arrendador, estamos falando de arrendamento mercantil 
operacional. 
Examinamos que o ajuste a valor presente são ajustes efetuados em 
ativos e passivos monetários em função da variação do valor do dinhei- 
ro no tempo. 
O CPC-12 define que, em termos de meta a ser alcançada, ao se apli- 
car o conceito de valor presente, deve-se associar tal procedimento à 
Contabilidade Avançada I 
47 
 
 
 
 
mensuração de ativos e passivos, levando-se em consideração o valor do 
dinheiro no tempo e as incertezas a eles associados. 
Analisando os itens 9 e 21 do CPC 12, podemos dizer que o devido 
ajuste ao valor presente é necessário quando: 
 
Tabela 4.1 
 
Ativos e Passivos 
Juros implícitos ou 
explícitos embutidos 
Efeito é relevante 
Curto Prazo Sim Sim 
Longo Prazo Sim Indiferente 
 
Por fim tratamos do teste de recuperabilidade (impairment test), 
que tem por objetivo evitar que um ativo esteja registrado por um valor 
maior que o seu valor recuperável. Portanto, o teste tem por intuito 
verificar se o ativo não está desvalorizado em relação ao seu valor real. 
O item 8 do CPC 01 (R1) diz que o ativo está desvalorizado quando 
seu valor contábil excede seu valor recuperável. 
Já o valor contábil, de acordo com o item 6 do mesmo CPC, é o mon- 
tante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço depois da dedução 
de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e 
do ajuste para perdas. 
O teste de recuperabilidade consiste em comparar os valores recuperá- 
veis de ativos e unidades geradoras de caixa, com os seus respectivos valo- 
res contábeis. Portanto, para realizarmos o teste de recuperabilidade, de- 
vemos comparar o valor realizável de um ativo, com o seu valor contábil. 
 
Informações sobre a próxima aula 
Na próxima aula você estudará o passivo circulante e o não circulan- 
te, e iniciaremos o estudo do patrimônio líquido. Até lá! 
 
Referências 
Ferrari, Ed Luiz. Contabilidade Geral.13. ed. Niterói: Editora Impetus, 
2013. 
Ferreira. Ricardo J. Contabilidade Básica. 11. ed. Rio de Janeiro: Editora 
Ferreira, 2014. 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
48 
 
 
 
 
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; 
SANTOS, 
Ariovaldo dos. Ativos intangíveis. In: IUDÍCIBUS, Sérgio de; MAR- 
TINS, Eliseu; 
GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo dos. Manual de con- 
tabilidadesocietária. São Paulo: Atlas, 2010. 
MACHADO, Paulo José; MORAES, Wilson José Ozório; RELVAS, Tâ- 
nia Regina Sordi. IFRS 3 – Combinação de negócios. In: ERNEST & 
YOUNG; FIPECAFI. 
Manual de normas internacionais de contabilidade. São Paulo: Atlas, 
2009. 
NIYAMA, Jorge Katsumi; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Teoria da 
Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2008. 
NETO, João Estevão Barbosa; DIAS, Warley de Oliveira; PINHEIRO, 
Laura Edith Taboada. Impacto da Convergência para as IFRS na Análise 
Financeira: um estudo em empresas brasileiras de capital aberto. Con- 
tabilidade Vista & Revista, Belo Horizonte, v. 20, n. 4, p. 131-153, out./ 
dez. 2009. 
OLIVEIRA, Justino. Contabilidade geral para concursos públicos. 1. ed. 
Niterói: Editora Impetus, 2013.mas, quando se iniciarem as obras, pas- 
sará a ser imobilizado!!! 
 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
8 
 
 
 
 
Para o CPC 28, propriedade para investimento é a propriedade (terre- 
no ou edifício – ou parte de edifício – ou ambos) mantida (pelo proprie- 
tário ou pelo arrendatário, em arrendamento financeiro) para auferir 
aluguel ou para valorização do capital ou para ambas, e não para: 
a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para fina- 
lidades administrativas ou 
b) venda no curso ordinário do negócio. 
Ainda de acordo com o CPC 28, item 8, são exemplos de proprieda- 
des para investimento, classificadas no ativo não circulante investimento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arrendamentos 
operacionais 
São o leasing financeiro 
e o leasing operacional, 
conforme veremos mais 
adiante, ainda nesta aula. 
 
 
 
 
 
 
Bem corpóreo 
Possui existência física, 
material, pode ser visto 
ou tocado (direito 
autoral, direito ao crédito, 
o software, direito de 
herança etc..). Já o bem 
incorpóreo é aquele que 
tem existência abstrata, 
e que, portanto, não 
pode ser visto ou tocado 
(direito autoral, direito ao 
crédito, o software, direito 
de herança, etc...) 
a) terrenos mantidos para valorização de capital a longo prazo e não 
para venda a curto prazo no curso ordinário dos negócios; 
b) terrenos mantidos para futuro uso correntemente indeterminado 
(se a entidade não tiver determinado que usará o terreno como proprie- 
dade ocupada pelo proprietário ou para venda a curto prazo no curso 
ordinário do negócio, o terreno é considerado como mantido para va- 
lorização do capital); 
c) edifício que seja propriedade da entidade (ou mantido pela entida- 
de em arrendamento financeiro) e que seja arrendado sob um ou mais 
arrendamentos operacionais; 
d) edifício que esteja desocupado, mas mantido para ser arrendado sob 
um ou mais arrendamentos operacionais; 
e) propriedade que esteja sendo construída ou desenvolvida para futu- 
ra utilização como propriedade para investimento. 
 
Imobilizado 
Conforme o art. 179, IV, da Lei 6.404/76, são classificados no imo- 
bilizado os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados 
à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos 
com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram 
à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. 
São exemplos móveis e utensílios, semoventes, máquinas, imóveis, 
veículos, equipamentos, terrenos de uso, veículos objeto de arrenda- 
mento mercantil financeiro, etc. 
a) Do conceito de imobilizado, podemos extrair três observações: 
Contabilidade Avançada I 
9 
 
 
 
 
constituído somente por bens corpóreos/tangíveis (os incorpóreos 
passaram a integrar o ativo intangível); destinados à manutenção das 
atividades da companhia; bens que estiverem na posse da companhia, 
mesmo não sendo de sua propriedade, desde que a empresa possua os 
benefícios, riscos e controle desses bens. 
b) constituído somente por bens corpóreos / tangíveis (os incorpóreos 
passaram a integrar o ativo intangível); 
Na primeira observação, não temos dúvidas, pois o imobilizado é 
formado por bens corpóreos. 
Cabe realçar que, apesar de a Lei 11.638/07 estabelecer que os bens 
incorpóreos, destinados à atividade da empresa, passaram a ser classifi- 
cados no intangível, a Deliberação CVM 565/2008, que aprova o Pronun- 
ciamento CPC 13, classifica a conta “benfeitorias em imóveis de terceiros”, 
que registra os gastos efetuados em imóveis e propriedades alugados de 
terceiros no Imobilizado, quando os gastos não forem restituíveis e quando 
classificáveis como ativo. 
Benfeitorias em imóveis de terceiros são as construções, restaura- 
ções, reformas, acréscimos etc. em bens de propriedade de terceiros, 
mantidos a título de locação ou de empréstimos. Exemplo: edificação 
construída em terreno alheio. 
Para Ferreira (2012, p. 265), caso haja o direito à restituição dos va- 
lores gastos com as benfeitorias em propriedade de terceiros, o correto 
é registrar o crédito correspondente no ativo circulante ou no realizável 
a longo prazo. 
a) Destinados à manutenção das atividades da companhia; 
Já em relação aos bens destinados à manutenção das atividades da 
companhia, vale apontar o exemplo dos terrenos. Caso não seja uti- 
lizado pela empresa, será classificado no investimento. Entretanto, se 
for empregado nas atividades da companhia, mesmo que destinado a 
estacionamento dos funcionários, será imobilizado. 
b) Bens que estiverem na posse da companhia, mesmo não sendo de 
sua propriedade, desde que a empresa possua os benefícios, riscos e 
controle desses bens 
Naterceiraobservação, há um detalhemuitoimportante. ALei 11.638/07 
trouxe outra novidade, alterando o inciso IV do artigo 179, da L.6404/76, ao 
classificar em imobilizado os direitos oriundos de operações que transfiram 
à companhia os benefícios, riscos e controle de bens corpóreos. 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
10 
 
 
 
 
Essa nova redação do inciso V está relacionada aos registros de ope- 
rações de bens corpóreos que são objeto de leasing, no caso o financeiro. 
 
Ativo não circulante intangível 
 
De acordo com o Art. 179, inciso VI da Lei das S.A, classificam-se no 
ativo não circulante intangível os direitos que tenham por objeto bens 
incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com 
essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. 
Podem ser reconhecidos no intangível os seguintes bens: marcas de 
propaganda, softwares, protótipos, direitos autorais, receitas, conces- 
sões obtidas de serviço público etc. 
 
Figura 4.4: Note que os bens que pertencem à conta intangível são bens 
incorpóreos, ou seja, não possuem substância física. 
A Lei 11.638/07 trouxe a separação dos bens corpóreos ou tangíveis 
dos bens incorpóreos ou intangíveis. Após a edição da lei, os bens cor- 
póreos, utilizados na atividade operacional da companhia, ficam classi- 
ficados no imobilizado, enquanto que os incorpóreos, também utiliza- 
dos na atividade da companhia, no intangível.Tabela 4.1: Comparação 
entre as contas investimento, imobilizado e intangível quanto à classi- 
ficação dos bens corpóreos/tangíveis e incorpóreos/intangíveis. Repa- 
re que a conta investimentos pode conter tanto bens corpóreos quanto 
bens incorpóreos. 
Contabilidade Avançada I 
11 
 
 
 
 
 
Ativo Não 
Circulante - ANC 
Bens: 
Corpóreos(c)/Incor 
póreos (I) 
Destinados à 
atividade da 
companhia¹ ? 
Investimentos (C) E (I) Não 
Imobilizado (C) Sim 
Intangível (I) Sim 
1 - E que não se destinem à comercialização. 
 
 
O CPC 04 define um ativo intangível como um ativo não monetário 
identificável e sem substância física. 
Ativo monetário é aquele representado por dinheiro ou por direitos 
a serem recebidos em uma quantia fixa ou determinável de dinheiro. 
Ainda de acordo com o CPC 04, um ativo para ser registrado como 
Intangível, precisa ser identificável, controlado e gerador de benefícios 
econômicos futuros, que podem incluir a receita da venda de produtos 
ou serviços, redução de custos ou outros benefícios resultantes do uso 
do ativo pela entidade. 
a) Identificação 
A definição de ativo intangível requer que ele seja identificável, para 
diferenciá-lo do ágio derivado da expectativa de rentabilidade 
futura (goodwill). 
Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição 
de um ativo intangível, quando: 
• for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, 
transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou jun- 
to com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da 
intenção de uso pela entidade; ou 
• resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independen- 
temente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis daentidade 
ou de outros direitos e obrigações. 
b) Controle 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ágio derivado 
da expectativa 
de rentabilidade 
futura (goodwill) 
Excesso de preço pago 
pela compra de um 
empreendimento ou 
patrimônio sobre o valor 
de mercado de seus 
ativos líquidos. Assim, 
por exemplo, se uma 
empresa for avaliada 
pelo valor de mercado 
em R$ 500.000,00 e um 
comprador, interessado 
no negócio, resolve pagar 
R$ 600.000,00, teremos 
aqui um goodwill de R$ 
100.000,00. Esse ágio 
pode ser considerado 
como a soma de vários 
itens não identificáveis, 
como capital intelectual, 
marca, lealdade 
dos clientes, bons 
fornecedores, tecnologia. 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
12 
 
 
 
 
A entidade controla um ativo quando detém o poder de obter benefí- 
cios econômicos futuros gerados pelo recurso subjacente e de restringir o 
acesso de terceiros a esses benefícios. Normalmente, a capacidade de 
a entidade controlar os benefícios econômicos futuros de ativo intan- 
gível advém de direitos legais que possam ser exercidos num tribunal. 
A ausência de direitos legais dificulta a comprovação do controle. No 
entanto, a imposição legal de um direito não é uma condição impres- 
cindível para o controle, visto que a entidade pode controlar benefícios 
econômicos futuros de outra forma. 
No que se refere a tribunal, cabe um exemplo: vamos supor que uma 
empresa tenha direito à utilização exclusiva de uma determinada mar- 
ca. Caso algum terceiro queira usufruir dessa marca, com produtos de 
mesmo nome, a empresa prejudicada poderá ingressar em um tribunal 
e requerer o reconhecimento de seu direito. A simples possibilidade 
de poder se valer do juízo para persecução de direitos comprova que a 
sociedade exerce o controle sob o ativo. 
c) Benefício econômico futuro 
Os benefícios econômicos futuros gerados por ativo intangível po- 
dem incluir a receita da venda de produtos ou serviços, redução de cus- 
tos ou outros benefícios resultantes do uso do ativo pela entidade. 
Por exemplo, o uso da propriedade intelectual em um processo de 
produção pode reduzir os custos de produção futuros em vez de aumen- 
tar as receitas futuras. 
 
Fase de pesquisa e de desenvolvimento 
 
Pesquisa é a investigação original e planejada realizada com a expecta- 
tiva de adquirir novo conhecimento e entendimento científico ou técnico. 
Desenvolvimento é a aplicação dos resultados da pesquisa ou de 
outros conhecimentos em um plano ou projeto visando à produção de 
materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos 
ou substancialmente aprimorados, antes do início da sua produção co- 
mercial ou do seu uso. 
Ainda de acordo com o CPC 04 (R1), nenhum ativo intangível deve 
ser reconhecido na fase de pesquisa, devendo todo gasto efetuado ser 
tratado como despesa. 
Já em relação à fase de desenvolvimento, é possível o reconhecimen- 
to de um intangível, desde que atendidas as condições estabelecidas no 
Contabilidade Avançada I 
13 
 
 
 
 
Pronunciamento do CPC 04 (R1). 
É importante frisar que, se a sociedade não conseguir diferenciar a 
fase de pesquisa da fase de desenvolvimento, deverá tratar todo gasto 
como despesa, e não como intangível. 
 
 
E agora? Não estou conseguindo 
diferenciar a fase de pesquisa 
da fase de desenvolvimento! 
Caso, em uma atividade ou mesmo na prova, você não consiga 
diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento, deverá 
tratar todo o gasto como despesa. 
 
 
 
Arrendamento mercantil (Leasing) 
Leasing ou arrendamento mercantil é a operação realizada com 
características especiais, em que o cliente escolhe o bem de sua prefe- 
rência, o fornecedor negocia o preço e, ao assinar o contrato, solicita à 
empresa de leasing que compre este bem para ser utilizado pelo cliente. 
Tendo cumprido todas as obrigações contratuais, ao final do prazo 
do arrendamento, o cliente terá o direito a três opções: comprar o bem, 
renovar o contrato ou devolver o bem à empresa de leasing. 
O CPC 06 (R1) tem por objetivo estabelecer, para arrendatários e 
arrendadores, políticas contábeis e divulgações apropriadas a aplicar 
em relação aos arrendamentos mercantis, financeiro e operacional. 
O arrendamento mercantil pode ser classificado em financeiro ou 
operacional. 
 
Leasing financeiro 
É a operação na qual a arrendatária (cliente) tem a intenção de ficar 
com o bem ao término do contrato, exercendo a opção de compra pelo 
valor contratualmente estabelecido. 
 
 
Leasing 
Aluguel de um ativo fixo 
(máquinas, equipamentos, 
veículos etc.) por um 
prazo determinado. 
 
 
 
 
 
 
 
Arrendador 
Proprietário do bem 
que será arrendado ao 
arrendatário, portanto, 
um banco ou sociedade de 
arrendamento mercantil. 
A empresa de leasing. 
 
 
Arrendatário 
Quem recebe o bem do 
arrendador, portanto, o 
cliente. 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
14 
 
 
 
 
A arrendadora (empresa de leasing) receberá do cliente a totali- 
dade dos valores investidos no contrato de conformidade com o que 
foi estipulado. 
O risco da obsolescência e as despesas de manutenção, assistência 
técnica e serviços correlatos à operacionalidade do bem arrendado são 
de responsabilidade do cliente. 
De acordo com o CPC 06 (R1), arrendamento mercantil financeiro é 
aquele em que há transferência substancial dos riscos e benefícios ine- 
rentes à propriedade de um ativo. O título de propriedade pode ou não 
vir a ser transferido. 
Portanto, é importante destacar que, no arredamento mercantil fi- 
nanceiro ou leasing financeiro, a propriedade legal do bem é do arren- 
dador (banco), sendo que o arrendatário (cliente) possui, tão somente, 
a posse do bem. 
Caso uma pessoa, física ou jurídica, adquira um veículo financiado 
através de leasing financeiro, no documento CRV de seu veículo, po- 
pularmente conhecido como “DUT”, constará que a propriedade desse 
bem é da financeira. Na parte inferior do documento, virá uma obser- 
vação que se trata de um leasing. 
Portanto, legalmente, o bem pertence ao banco (arrendador). 
Mas quem de fato possui o risco, benefício e o controle desse veícu- 
lo? A pessoa física/ jurídica arrendatária! 
Atendendo às novas regras contábeis, bem como aos princípios de 
contabilidade, que determina que a essência das transações deve preva- 
lecer sobre seus aspectos formais, cabe ao arrendatário registrar o veículo 
em seu imobilizado, mesmo que no documento oficial conste a financeira 
como proprietária. 
Para Moraes Júnior (2013), o inciso IV tem por intuito abranger o 
arrendamento mercantil financeiro (leasing financeiro), que é um acor- 
do pelo qual o arrendador transmite ao arrendatário, em troca de um 
pagamento ou uma série de pagamentos, o direito de usar um ativo por 
um período de tempo acordado. 
 
Leasing operacional 
No leasing operacional, a arrendatária, a princípio, não tem a inten- 
ção de adquirir o bem ao final do contrato. Assim, após a utilização 
Contabilidade Avançada I 
15 
 
 
 
 
do bem pelo prazo estabelecido e cumpridas todas as suas obrigações 
contratuais, a arrendatária poderá, ao final do contrato, ter as seguintes 
opções: devolver o bem à arrendadora, prorrogar o prazo do contrato 
ou exercer a opção de compra do bem pelo seu valor de mercado, à 
época de tal opção. 
O operacional, conforme o pronunciamento técnico, é um arrenda- 
mento mercantil diferente de um arrendamento mercantil financeiro, 
ouseja, no arrendamento mercantil operacional, não há a transferência 
substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. 
 
Leasing financeiro x leasing operacional 
Dessa maneira, os riscos e benefícios do ativo ficam com o arrendatá- 
rio, no arrendamento mercantil financeiro. E os riscos e benefícios ficam 
com o arrendador, no arrendamento mercantil operacional. 
A classificação deum arrendamento mercantil como arrendamento 
mercantil financeiro ou arrendamento mercantil operacional depende 
da essência da transação e não da forma do contrato. 
Exemplos de situações que, individualmente ou em conjunto, leva- 
riam normalmente um arrendamento mercantil a ser classificado como 
arrendamento mercantil financeiro são, além da análise de a quem ca- 
bem os riscos e benefícios, as cinco características que determinam o 
tipo de arrendamento, conforme o item 10 do CPC 06 (R1): 
1. O arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o 
arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil; 
2. O arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que 
seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data em que a 
opção se torne exercível, de forma que, no início do arrendamento mer- 
cantil, seja razoavelmente certo que a opção será exercida; 
3. O prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida 
econômica do ativo, mesmo que a propriedade não seja transferida; 
4. No início do arrendamento mercantil, o valor presente dos paga- 
mentos mínimos do arrendamento mercantil totaliza, pelo menos 
substancialmente, todo o valor justo do ativo arrendado; e 
5. Os ativos arrendados são de natureza especializada de tal forma que 
apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações. 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
16 
 
 
 
 
Contabilização 
No caso de arrendamento mercantil operacional, que é uma 
operação de locação de um determinado equipamento, temos a 
seguinte contabilização: 
D - Despesa com arrendamento operacional (resultado) 
C – Caixa/bancos/contas a pagar (AC ou PC) 
Exemplo: A empresa Estrela Solitária realiza uma operação de 
arrendamento mercantil operacional, com prazo de 12 meses, ten- 
do como objeto um veículo no valor de R$ 30.000,00. O pagamento 
será realizado em 12 parcelas de R$ 500,00. Assim, teremos o seguinte 
lançamento contábil: 
D- Despesa com arrendamento operacional (resultado) 
C – Caixa/bancos/contas a pagar (AC ou PC) 500,00 
Cabe destacar que, conforme Moraes Júnior (2013), os pagamentos 
do arrendamento mercantil operacional serão reconhecidos de forma line- 
ar (valor igual para todos os meses do período do contrato), como despe- 
sas do período, pelo regime de competência. 
Já, se o arrendamento contratado no exemplo fosse o arrendamento 
mercantil financeiro, que nada mais é do que uma operação de compra 
financiada, então a contabilização seria: 
D – Máquina 
D – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora do PC/PNC) 
C – Arrendamento mercantil financeiro a pagar (PC/PNC) 
Exemplo: A empresa Cometa Glorioso S/A realizou, em 31/12/2014, 
uma operação de arrendamento mercantil operacional, com prazo de 
24 meses, tendo como objeto um veículo no valor de R$ 30.000,00. O 
pagamento será realizado em 24 parcelas de R$ 1.500,00. 
D – Veículo ............ 30.000,00 
D – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora do PC) ... 3.000,00 
D – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora do PN- 
CLP) 3.000,00 
C – Arrendamento mercantil financeiro a pagar (PC) .... 18.000,00 
C – Arrendamento mercantil financeiro a pagar (PNCLP) .... 18.000,00 
Contabilidade Avançada I 
17 
 
 
 
 
No começo do prazo de arrendamento mercantil financeiro, o ar- 
rendatário deve reconhecer o ativo, que terá o mesmo valor contábil do 
passivo (com a conta redutora encargos financeiros a transcorrer), pelo 
menor entre os seguintes valores: 
a) valor justo da propriedade arrendada ou 
b) valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil. 
Dessa maneira, se, no exemplo anterior, o valor presente das pres- 
tações fosse de R$ 28.500,00, e o valor justo do veículo arrendado fosse 
de R$ 30.000,00, o valor que lançaríamos a débito, referente ao veículo, 
seria de R$ 28.500,00, e os encargos totalizariam R$ 7.500,00. 
Teremos os seguintes lançamentos referentes ao pagamento das 
prestações: 
D - Arrendamento mercantil financeiro a pagar 
C – Caixa/bancos ..... 1.500,00 
Em relação ao reconhecimento da despesa financeira: 
D – Despesa financeira 
C - Encargos financeiros a transcorrer .... 312,50 
Com a passagem do tempo, o que era longo prazo passa a ser curto 
prazo, e os lançamentos contábeis, em 31/12/2015, serão os seguintes: 
Em relação ao arrendamento mercantil financeiro a pagar: 
D - Arrendamento mercantil financeiro a pagar (PNCLP) 
C - Arrendamento mercantil financeiro a pagar (AC) .... 18.000,00 
Quanto aos encargos financeiros a transcorrer: 
D - Encargos financeiros a transcorrer (PNCLP) 
C - Encargos financeiros a transcorrer (AC) ... 3.000,00 
E, por fim, tendo em vista que se trata de um veículo, devemos regis- 
trar a depreciação. 
 
D- Despesa de depreciação 
C -Depreciação acumulada 
Quanto ao prazo de depreciação, se houver a convicção de que o arren- 
datário irá obter o bem no fim do contrato, usaremos a vida útil do bem. 
Caso contrário, iremos utilizar o prazo do contrato, dos dois o menor. 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
18 
 
 
 
 
Atividade 1 
 
 
Atende ao objetivo 1 
 
(ESAF/ Analista da Receita Federal /2007) 
Determinada empresa, cujo exercício social coincide com o ano-calen- 
dário, pagou a quantia de R$ 1.524,00 de prêmio de seguro contra in- 
cêndio no dia 30 de setembro de 2007. 
A apólice pertinente a essa transação cobre riscos durante o período de 
primeiro de outubro de 2007 a 30 de setembro de 2008. 
Considerando o princípio da competência de exercícios, o contador da 
empresa registrou o pagamento dos gastos na conta seguros a vencer. 
No balanço patrimonial de 31 de dezembro de 2007, após as apropria- 
ções de praxe, o saldo desta contadeverá ser de 
a) R$ 1.260,00. 
b) R$ 381,00. 
c) R$ 1.055,00. 
d) R$ 1.172,20. 
e) R$ 1.143,00. 
 
 
Resposta comentada 
Lançamento em 30/09/2007: 
D – Despesa antecipada de seguros/seguros a vencer (AC) ..... 1.524,00 
C – Caixa .... 1.524,00 
 
 
Lançamentos mensais: 
30/10/2007: 
D – Despesas com seguros (resultado) ... 1524,00/12 meses = 127,00 
C – Seguros a vencer (AC) ... 127,00 
Em 31/12/2007, teremos: 
Seguros a vencer = 1524,00 – (127,00 x 3 meses) = 1.143,00 
Gabarito: letra E 
Contabilidade Avançada I 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade 2 
 
 
Atende ao objetivo 1 
 
(IDECAN/DETRAN/RO/Contador /2014) 
Uma empresa contratou um seguro contra incêndios em 30 de junho de 
2013, cuja vigência é de 1º de julho de 2013 a 30 de junho de 2014. O 
valor do prêmio pago foi de R$ 4.800,00. 
De acordo com o regime de competência de exercícios e considerando 
que o período contábil da empresa coincide com o ano-calendário, qual 
é o lançamento contábil correto a ser realizado na empresa no dia 31 de 
dezembro de 2013, para apropriar a parcela da despesa do prêmio que 
beneficiou o exercício? 
a) D – Seguros pagos antecipadamente 4.800,00 
C – Caixa 4.800,00 
b) D – Seguros pagos antecipadamente 4.800,00 
 
C – Despesas de seguros 4.800,00 
c) D – Despesas de seguros 2.400,00 
C – Seguros pagos antecipadamente 2.400,00 
d) D – Caixa 2.400,00 
C – Seguros PAGOS ANTECIPADAMENTE 2.400,00 
e) D – Despesas de SEGUROS 4.800,00 
C – Caixa 4.800,00 
 
 
 
Resposta comentada 
Lançamento em 30/06/2013: 
D – Despesa antecipada de seguros/seguros a vencer (AC) ..... 4.800,00 
C – Caixa ... 4.800,00 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
20 
 
 
 
 
Lançamentos mensais a partir de 31/07/2013: 
D – Despesas com seguros (resultado) ... 4.800,00/12 meses = 400,00 
C – Seguros a vencer (AC) ... 400,00 
Em 31/12/2013, teremos as contas abaixo com os seguintes saldos: 
Despesas com seguros (resultado) = 400,00 x 6 meses = 2.400,00 
Seguros a vencer = 4.800,00 – (400,00 x 6 meses) = 2.400,00 
Gabarito: letra C 
 
 
 
 
Atividade 3 
 
 
Atende ao objetivo 2 
 
(FCC/Analista de Gestão – Contabilidade/SABESP/2014)Em 01/01/2013, a empresa Full S.A. adquiriu um caminhão pipa por 
meio de arrendamento mercantil financeiro. O caminhão será pago em 
quatro prestações anuais, iguais e consecutivas de R$ 50.000 cada, ven- 
cendo a primeira em 31/12/2013. Na data da aquisição, o valor justo era 
R$ 170.000 e o valor presente das prestações era R$ 173.000. 
Sabendo que a taxa efetiva de juros era de 6,83% ao ano, que a vida útil 
do caminhão pipa era de dez anos e que a empresa pretende ficar com 
o bem no final do contrato, a empresa Full S.A. reconheceu, no ano de 
2013, uma despesa 
a) financeira de R$ 13.660. 
b) financeira de R$ 11.611. 
c) financeira de R$ 11.816. 
d) de depreciação de R$ 17.300. 
e) financeira de R$ 7.500. 
 
 
Resposta comentada 
No começo do prazo de arrendamento mercantil financeiro, o arren- 
datário deve reconhecer o ativo, que terá o mesmo valor contábil do 
Contabilidade Avançada I 
21 
 
 
 
 
passivo (com a conta redutora encargos financeiros a transcorrer), pelo 
menor entre os seguintes valores: 
valor justo da propriedade arrendada ou 
valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil. 
Portanto, AMF igual a R$ 170.000,00. A despesa de depreciação, refe- 
rente ao prazo de 10 anos, seria de R$ 17.000,00. 
Despesa financeira = R$ 170.000,00 x 6,83% = R$ 11.611,00 
Gabarito: letra B 
 
 
ARRENDAMENTO MERCANTIL 
 O pronunciamento CPC 06 R2 determina que o arrendamento mercantil é o contrato, ou 
parte do contrato, que transfere o direito de usar um ativo por um período de tempo em troca de 
contraprestação. 
 Esse novo pronunciamento é bem amplo, uma vez que, conforme Ricardo Ferreira 
(2020), o CPC 06 R2 trata das operações de arrendamento em geral, não apenas do 
arrendamento mercantil. Assim, esse pronunciamento não se refere apenas aos arrendamentos, 
uma vez que inclui todos os tipo de contrato em que se transfere o direito de uso de um ativo, 
como aluguéis, direitos de franquia, ... 
Pelo atual pronunciamento, os arrendamentos continuam sendo divididos em financeiros 
e operacionais. Entretanto, Ferreira (2020) enfatiza que as mudanças mais significativas 
ocorreram nos registros contábeis do arrendatário, no que se refere à contabilização do 
arrendamento operacional. 
 Outra mudança importante, é que no arrendamento operacional, o arrendatário reconhece 
(contabiliza) o ativo, e passa a ter despesa de depreciação e despesa financeira. 
 Essa alteração foi motivada pelo fato de que, na contabilização anterior do arrendamento 
operacional, a empresa não reconhecia (não contabilizava) um ativo e um passivo que de fato 
existiam. Há o direito de usar o ativo (que deve ser registrado no Ativo) e uma obrigação de 
pagar as prestações do contrato (um Passivo). 
Observação: Assim, com as alterações, no ARRENDATÁRIO, o arrendamento operacional 
passa a ser contabilizado como os arrendamentos financeiros. 
 Ferreira (2020) comenta ainda que em relação aos ARRENDADORES, o 
pronunciamento não trouxe mudanças significativas. Os critérios de reconhecimento, tanto do 
arrendamento operacional e financeiro continuam os mesmos. 
Arr. 
Operacional no 
Arrendatário 
Reconhece 
Ativo e Pass de 
Arrendamento 
Deprecia o 
bem arrendado 
Aplicável à 
simples 
Locação de 
bens 
Reconhece 
Despesa sobre 
passivo 
CPC 6 R1 Não Não Não Não 
CPC 6 R2 Sim Sim Sim Sim 
Fonte: Ferreira (2020) 
 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
22 
 
 
CONTABILIZAÇÃO NO ARRENDATÁRIO 
ARRENDADOR – é a entidade que fornece o direito de usar o ativo subjacente (bem 
arrendado), por um período de tempo, em troca de uma contraprestação. 
ARRENDATÁRIO – é a entidade que obtém o direito de usar o bem arrendado, por um período 
de tempo, em troca de uma contraprestação. 
 As operações de arrendamento mercantil dividem-se em operacionais (ALUGUEL) e 
financeiras (COMPRA PARCELADA). 
 O arrendamento é classificado como arrendamento financeiro se transferir 
substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente. O 
arrendamento é classificado como arrendamento operacional se não transferir 
substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente. 
CESPE - 2012 - TJ-AC - Analista Judiciário – Contador Disciplina: Contabilidade Geral 
A respeito dos conceitos e aplicações das operações de leasing e derivativos financeiros, julgue 
os itens que se seguem. O arrendamento mercantil será classificado como financeiro se houver 
transferência integral dos riscos e benefícios inerentes à propriedade do bem objeto do negócio. 
( ) V ( ) F 
CESPE - 2012 - TJ-RR – Contador : O arrendamento mercantil é classificado como financeiro 
ou operacional. No arrendamento operacional, há transferência substancial de todos os riscos e 
benefícios inerentes à propriedade, ao passo que, no financeiro, não há transferência substancial 
de riscos e benefícios inerentes à propriedade. 
 ( ) V ( ) F 
 Essa separação entre arrendamento financeiro e operacional é importante apenas para o 
Arrendador. 
 No caso do arrendatário, todos os contratos que transferem o direito de usar um ativo 
por um período de tempo em troca de contraprestação devem ser contabilizados reconhecendo 
o ativo, com exceções dos contratos de curto prazo ou de pequeno valor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Arrendamento de curto prazo é o arrendamento que, na data de início, possui o prazo de 
arrendamento de 12 meses ou menos. O arrendamento que contém opção de compra não é 
arrendamento de curto prazo. 
Nas operações de ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO, também 
conhecido como LEASING FINANCEIRO, uma empresa aluga um bem, pagando várias 
prestações e com a opção de compra desse bem no final do contrato, geralmente por um pequeno 
valor. 
Contabilização 
Arrendamento 
Arrendatário 
Arrendador 
Direito de Uso 
(exceto CP ou 
Pqno Vr) 
Contabiliza 
o Ativo 
Arrend. 
Financeiro 
Arrend. 
Operacional 
Arrendamento 
a Receber 
Receita ao longo 
do tempo 
Contabilidade Avançada I 
23 
 
 
 Ex. Leasing de um caminhão, através de 50 prestações de R$1100,00, com a opção de 
compra ao final do contrato por R$4.000. O valor presente das prestações é de R$52.000,00 
Valor do Bem: R$52.000 
Prestações (50 x 1100) = 55.000 
Opção de compra = 4.000 
 
Contabilização do Arrendatário – 
D Veículos 52.000 
D Juros a Transcorrer (retificadora do Passivo) 7000 
C Leasing a Pagar (passivo) (50 x 1100 + 4000) 59.000 
 
CRC 02/2018 – Questão nº10 da Prova Branca (nº13 da Prova Verde, nº11 da Prova Amarela 
e nº14 da Prova Azul) – Contabilidade Geral 
Analise as afirmativas com relação à NBC TG 06 que trata das Operações de Arrendamento 
Mercantil. 
I. Na data de início, o arrendador deve reconhecer os ativos mantidos em arrendamento 
financeiro em seu balanço patrimonial e deve apresentá-los como recebível ao valor equivalente 
ao investimento líquido no arrendamento. 
II. O arrendamento é classificado como arrendamento operacional se transferir substancialmente 
todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente. 
III. Indicadores de situações que, individualmente ou em combinação, também poderiam levar o 
arredamento a ser classificado como arrendamento financeiro são: (a) se o arrendatário puder 
cancelar o arrendamento, as perdas do arrendador associadas ao cancelamento são arcadas pelo 
arrendatário; (b) ganhos ou perdas provenientes da flutuação no valor justo do residual são 
gerados para o arrendatário; e (c) se o arrendatário tiver a capacidade de continuar o 
arrendamento por período secundário, com aluguel que seja substancialmente menor que o 
aluguel de mercado. 
IV. Arrendador é a entidade que obtém o direito de usar o ativo subjacente por um período de 
tempo em troca de contraprestação. 
Estão corretas apenas as afirmativas 
A) I e II. 
B)I e III. 
C) I, II e IV. 
D) II, III e IV. 
 
IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Analista Educacional – Contador adapatada 
Assinale a alternativa que apresenta, Arrendamento mercantil, como deverão ser 
contabilizados os encargos financeiros a incorrer, embutidos em um contrato de 
arrendamento que transfere o direito de usar um ativo por um período de tempo em 
troca de contraprestação, por ocasião do seu reconhecimento inicial. 
A Conta redutora do passivo 
B Diretamente em resultado 
C Em despesas antecipadas 
D Baixar o valor registrado no passivo 
E Serem capitalizadas no ativo 
 
ISENÇÕES DE RECONHECIMENTO 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
24 
 
 
 
 
 Ou seja, conforme Ferreira (2020), nos arrendamentos – Operacional e 
Financeiro – o arrendatário deve reconhecer o bem arrendado como um ativo de 
direito de uso, bem como o passivo de arrendamento. Ou seja, o critério contábil que 
antes era aplicado apenas o arrendamento financeiro passou a ser adotado também 
para o arrendamento operacional. 
 Entretanto, devido à relação custo benefício, o arrendatário pode decidir não 
reconhecer o ativo e o passivo de arrendamento nos seguintes casos: 
 
(a) arrendamentos de curto prazo (até 12 meses); e 
(b) arrendamentos para os quais o ativo subjacente é de baixo valor. 
 
Portanto, pelo CPC 06(R2), existem duas exceções, para as quais o arrendatário 
pode decidir não aplicar a nova contabilização para os arrendamentos operacionais. 
 
OU SEJA, EM QUALQUER uma das situações acima ((a) OU (B)), o arrendatário 
pode decidir não reconhecer o ativo e o passivo de arrendamento, E SIM COMO 
DESPESA. 
 
 Arrendamento de curto prazo é o arrendamento que, na data de início, possui o 
prazo de 12 meses ou menos. 
 
Cuidado: ARRENDAMENTO QUE CONTÉM OPÇÃO DE COMPRA NÃO É 
ARRENDAMENTO DE CURTO PRAZO. 
 
 A escolha de arrendamentos de curto prazo deve ser feita por classe de ativo 
subjacente ao qual se refere o direito de uso. Uma classe de ativo subjacente é o 
agrupamento de ativos subjacentes de natureza e uso similares nas operações da 
entidade. 
 Ferreira (2020) exemplifica comentando que se o arrendatário decidir 
reconhecer o arrendamento de curto prazo de um computador pessoal como DESPESA, 
deverá registrar todos os arredamentos de curto prazo de computadores pessoais como 
despesa. 
 
 Quanto ao arrendamento para ativos de baixo valor, o pronunciamento não 
estabelece qual seria o “baixo valor”. 
 A escolha de arrendamentos para os quais o bem é de baixo valor pode ser feita 
na base de arrendamento por arrendamento (para cada contrato). Assim, o 
reconhecimento de bens de baixo valor pode ser realizado contrato a contrato! 
 Mas, o arrendatário deve avaliar o valor do ativo arrendado com base no seu 
valor quando novo, independente da idade do bem! 
Contabilidade Avançada I 
25 
 
 
 (Tem que considerar o valor desse bem quando era NOVO, mesmo que já 
esteja bastante usado!!!!) 
 Assim, arrendamentos de veículos não se qualificam como de ativos de baixo 
valor, pois veículo novo normalmente não seria um bem de baixo valor. 
 
Exemplo: 
 Uma determinada empresa possui os seguintes contratos de arrendamento: 
1- Uso de um caminhão usado; 
2- Uso de um computador simples e de pequeno valor; 
3- Uso de um automóvel, com prazo de 6 meses, com opção de compra; 
4- Uso de um automóvel, com prazo de 11 meses, sem opção de compra. 
 
 Das 4 opções acima, informe quais devem ser obrigatoriamente contabilizadas 
como arrendamentos que transferem direito de uso de um ativo. 
 
Recapitulando: para os ARRENDATÁRIOS: CP E PQNO VR NÃO PRECISAM ser 
contabilizados como arrendamentos! Podem ser contabilizados como eram os 
arrendamentos operacionais, ou seja, só reconhecendo a despesa do mês. 
 
Resolução: 
1 – Caminhão usado – Para ser analisado se é de pequeno valor, devemos observar o 
valor do bem quando NOVO. Assim, não podemos classificar como de pequeno valor, 
pois caminhão, novo, não é de “pequeno valor”. Então, aqui devemos contabilizar como 
contrato de arrendamento financeiro. 
2- Pequeno valor não precisa (opcional) ser contabilizado como arrendamento 
financeiro, podendo se tratado como despesa; 
3- é de curto prazo (até 12 meses), mas como possui opção de compra, deve ser 
registrado como os arrendamentos financeiros; 
4- uso de automóvel, com prazo menor de 12 meses, sem opção de compra. Aqui temos 
arrendamento de curto prazo, assim a empresa tem a opção de contabilizar ou não 
como arrendamento financeiro. 
 
Exemplo 2) Ricardo Ferreira (2020): Analise as afirmações a seguir e indique se elas são 
verdadeiras ou falsas; 
a) O ArrendatÁRIO pode não reconhecer o ativo e o passivo dos arrendamentos de 
curto prazo e para os quais o bem é de baixo valor; 
b) O arrendamento que contenha a opção de compra não pode ser tratado como 
arrendamento de curto prazo; 
c) O reconhecimento dos arrendamentos de curto prazo e de bens de baixo valor 
deve ser feito por classes de ativos. 
 
Respostas: A e B Corretas; C é falsa pois o reconhecimento do arrendamento de cp é 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
26 
 
 
feito por classes de ativos, e o reconhecimento de bens de baixo valor pode ser realizado 
contrato a contrato. 
 
IDENTIFICAÇÃO DE ARRENDAMENTO: 
 
 Na celebração de contrato, a entidade deve avaliar se o contrato é, ou contém, 
um arrendamento. O contrato é, ou contém, um arrendamento se ele transmite o 
direito de controlar o uso de ativo identificado por um período de tempo em troca de 
contraprestação. 
 
 O período de tempo pode ser descrito em termos da quantidade de uso do ativo 
identificado (por exemplo, o número de unidades de produção que o item do 
equipamento será utilizado para produzir). 
A entidade deve reavaliar se o contrato é, ou contém, um arrendamento 
somente se os termos e condições do contrato forem alterados. 
 
ARRENDATÁRIO - RECONHECIMENTO 
Na data de início, o arrendatÁRIO deve reconhecer o ativo de direito de uso e o 
passivo de arrendamento. 
 
O ATIVO deve ser mensurado ao CUSTO, que deve compreender: 
(a) o valor da mensuração inicial do passivo de arrendamento; 
(b) quaisquer pagamentos de arrendamento efetuados até a data de início, 
menos quaisquer incentivos de arrendamento recebidos; 
(c) quaisquer custos diretos iniciais incorridos pelo arrendatário; e 
(d) a estimativa de custos a serem incorridos pelo arrendatário na desmontagem 
e remoção do ativo subjacente, restaurando o local em que está localizado ou 
restaurando o ativo subjacente à condição requerida pelos termos e condições do 
arrendamento, salvo se esses custos forem incorridos para produzir estoques. 
O arrendatário incorre na obrigação por esses custos seja na data de início ou 
como consequência de ter usado o ativo subjacente durante um período específico. 
 
Observação: 
• Mensuração inicial do passivo de arrendamento (pagamentos trazidos a valor 
presente). 
• Pagamentos de arrendamento efetuados até a data de início 
• Custos diretos iniciais incorridos pelo arrendatário 
• Estimativa de custos a serem incorridos pelo arrendatário na desmontagem e 
remoção do ativo subjacente, restaurando o local em que está localizado ou 
restaurando o ativo subjacente à condição requerida pelos termos e condições do 
arrendamento. 
 
Contabilidade Avançada I 
27 
 
 
Exercício: Contabilização do ARRENDATÁRIO no momento inicial: 
 
 Antes, vamos recapitular: o bem arrendado é classificado no ativo imobilizado 
pelo custo do ativo de direito de uso, que representa a soma dos valores já pagos e 
ainda a pagar pelo arrendamento. Na data de início, o arrendatário deve mensurar o 
passivo de arrendamento ao valor PRESENTE dos pagamentos do arrendamento que 
não foram efetuados até essa data. E, no passivo, o valor do arrendamento a pagar 
deve ser dividido em circulante e não circulante. 
 
Arrendamento de um automóvel por 24 meses, com pagamentos mensais de 
R$2.000,00; 
 O valor presente dos pagamentos é deR$ 42.500,00 e o valor justo do ativo é de 
R$40.000,00. 
 A empresa já gastou R$1.500,00, devido a uma revisão adicional preventiva que 
efetuou no veículo. O pagamento à oficina já foi realizado. 
 A empresa estima que irá gastar R$ 3.800,00 junto com o último pagamento, 
com valor presente de $3.000, para efetuar a revisão final, prevista no contrato, antes 
de devolver o veículo. 
 A taxa de juros é de 1% ao mês. 
 
Reforçando: até 2018, a regra para mensuração inicial era valor presente das 
prestações ou o valor justo, dos dois o MENOR. 
 
 Com as alterações do CPC 06 (R2), em 2019, usamos, tão somente, o VALOR 
PRESENTE!!!! 
Valor presente dos pagamentos: R$ 42.500,00 
+ gastos já efetuados $ 1500 
+ estimativa de custos para restauração do ativo a valor presente R$ 3.000,00 
Arrendamento Ativo (imobilizado) = R$47.000,00; 
 
Total dos pagamentos: prestações + restauração 
Prestações = R$ 2.000 x 24 prestações = R$ 48.000,00 
Total dos pagamentos: $ 48.000 + $ 3.800 = $ 51.800 (CP = 12 meses iniciais. Como o 
contrato é de 48 meses, então 51800/2 = 25.900; LP = quantidade de meses após os 12 
meses iniciais. Então, 12 meses, já que o contrato é de 48 meses. ANC ELP = 25.900) 
 
D – Arrendamento – Veículos 47.000 (tudo a VALOR PRESENTE) 
D – Encargos a transcorrer (retificadora do Passivo) 6.300 
C – Arrendamento a pagar (PC) 25.900 (valor a pagar 12 meses) 
C – Arrendamento a Pagar (PNC) 25.900 (vr a pagar após 12 meses) 
C – Caixa (Ativo) 1.500 (no caso aqui a empresa já desembolsou esse valor) 
 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
28 
 
 
Exercício 2) Ricardo Ferreira (2020) (TRT/2012/Adaptada): Uma empresa adquiriu um 
caminhão por meio de arrendamento que será pago em 60 prestações mensais de 
R$2.000,00 cada. o valor presente das prestações era de R$78.760,54 e a taxa de juros 
implícita no arrendamento era de 1,5% ao mês. O valor justo da máquina arrendada 
era de R$78.000,00. A empresa reconheceu no momento da aquisição, em reais, um: 
A) Ativo de 78.760,54 
B) Ativo de 78.000 
C) Passivo de 120.000 
D) Passivo de 78.760,54 e uma despesa financeira de 41.239,46 
E) Ativo de 78.000 e despesa financeira de 42.000 
 
Resposta: D – Ativo de Direito de Uso.......VALOR PRESENTE (78.760,54) 
 D – Encargos Financeiros a Transcorrer (ret. Do Passivo) 41.239,46 
 C – Financiamento por Arrendamento 60 x 2000 ....120.000 
 
MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE DO ATIVO DE DIREITO DE USO 
 Após a data de início, o arrendatário deve mensurar o ativo de direito de uso, 
utilizando o método de custo. 
Para aplicar o método de custo, o arrendatário deve mensurar o ativo de direito 
de uso ao custo: 
(a) menos qualquer depreciação acumulada e quaisquer perdas acumuladas por 
redução ao valor recuperável; e 
 (b) corrigido por qualquer remensuração do passivo de arrendamento. 
 
 Se o arrendatário vai adquirir a propriedade do ativo, então deve depreciar pelo 
tempo da vida útil do ativo. 
Se não for adquirir o ativo, deve usar a vida útil ou o prazo do arrendamento, o que 
ocorrer primeiro. 
 
 
 
 
 
ARRENDOU O BEM, VAI ADQUIRI-LO? 
 
 
 
 
 
 
 
O arrendamento origina duas despesas para o arrendatário: despesa de depreciação e 
NÃO 
SIM 
DEPRECIA pela VIDA 
ÚTIL ou pelo pzo de 
arrendamento, o que for 
menor 
DEPRECIA pela vida útil 
Contabilidade Avançada I 
29 
 
 
despesa financeira (juros). 
 
Então, para melhor visualizarmos isso, vamos aproveitar o exercício acima de 
número 1. 
 
 DESPESA COM DEPRECIAÇÃO: 
O prazo de arrendamento no exercício foi de 48 meses, e a vida útil do veículo, 
por exemplo, de 5 anos. 
Assim, iremos utilizar o prazo de arrendamento, pois é o MENOR (se usássemos 
o maior prazo, iríamos depreciar um bem que não estaria em nosso patrimônio). 
 
 
Valor do Ativo = 47.000,00 : 24 meses = 1958,33 
 
D – Despesa de depreciação (DRE) 1.958,33 
C – Depreciação acumulada – arrendamento (Ret. Ativo) 1.958,33 
 
 DESPESA COM JUROS: 
 
 A despesa de juros irá incidir sobre o Valor Presente Líquido. 
No exercício 01 tivemos o seguinte lançamento inicial: 
 
D – Arrendamento – Veículos 47.000 (tudo a VALOR PRESENTE) 
D – Encargos a transcorrer (retificadora do Passivo) 6.300 
C – Arrendamento a pagar (PC) 25.900 (valor a pagar 12 meses) 
C – Arrendamento a Pagar (PNC) 25.900 (vr a pagar após 12 meses) 
C – Caixa (Ativo) 1.500 (no caso aqui a empresa já desembolsou esse valor) 
 
 Do total do valor presente (47.000), temos 1.500 que já foram pagos. Assim, o Valor 
Presente Líquido será de 47.000 – 1.500 = 45.500 
 
Juros: R$ 45.500 x 1% = R$ 450,00 
 
D – Despesa de Juros (DRE) 450,00 
C – Arrendamento a pagar (Passivo) 450,00 
 
 
Atividade 4 
 
 
Atende ao objetivo 1 
 
(FCC/TCE-AM - adaptada) 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
30 
 
 
São contas pertencentes ao ativo Intangível: 
a) concessões, direitos sobre recursos minerais e patentes. 
b) derivativos, direitos sobre recursos minerais e reflorestamento. 
c) reflorestamento, benfeitorias em propriedades de terceiros e patentes. 
d) benfeitorias em propriedades de terceiros, derivativos e concessões. 
e) sistemas e aplicativos, reflorestamento e direitos sobre 
recursos minerais. 
 
 
Resposta comentada 
Segundo, então, a Fundação Carlos Chagas, benfeitorias em imóveis de 
terceiros seriam classificadas como imobilizado. 
Gabarito: letra A 
 
 
 
 
Ajuste a valor presente 
Contabilidade Avançada I 
31 
 
 
 
 
De acordo com Viceconti e Neves (2013, p. 333) ajustes a valor pre- 
sente são ajustes efetuados em ativos e passivos monetários em função 
do valor do dinheiro no tempo. 
O ajuste a valor presente (AVP) foi regulamentado pelo Pronuncia- 
mento técnico nº 12 do Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC). 
Antes desse pronunciamento técnico, quando uma entidade reali- 
zava, por exemplo, uma venda de R$ 200.000,00 para recebimento em 
dois anos, a contabilidade efetuava o lançamento considerando este va- 
lor como receita de vendas daquele ano. 
D – clientes 
C – Receita de vendas. 200.000,00 
Com o AVP, a contabilidade deve repetir o lançamento, uma vez que 
o fato gerador da venda de fato ocorreu, mas não com o valor de R$ 
200.000,00. Tendo em vista que somente iremos receber os R$ 200 mil 
daqui a dois anos, teremos, então, que calcular quanto vale esse dinheiro 
na data presente/atual. 
Portanto, esse valor será trazido a valor presente, através da conta 
AVP. Dessa maneira, a receita de vendas será reduzida e os tributos, 
incidentes sobre as vendas, também. 
Conforme a Lei 6.404/76, alterada pela Lei 11.638/07, temos, no ar- 
tigo 183, inciso VIII, a seguinte informação: 
Os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo se- 
rão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando hou- 
ver efeito relevante. 
Já o artigo 184, inciso III, informa o seguinte “As obrigações, encargos 
e riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados a seu va- 
lor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante”. 
Dessa maneira, podemos perceber que o AVP se aplica, sempre, aos 
ativos e passivos de longo prazo, bem como aos de curto prazo, mas 
somente quando estes forem relevantes. 
Já o item 21 do CPC 12 afirma que: 
 
 
Os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de 
operações de longo prazo, ou de curto prazo quando houver efei- 
to relevante, devem ser ajustados a valor presente com base em 
taxas de desconto que reflitam as melhores avaliações do merca- 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
32 
 
 
 
 
do quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos 
do ativo e do passivo em suas datas originais. 
 
 
Ajuste a valor presente no ativo 
Como exemplo, podemos apontar o seguinte caso: 
A empresa XZ realiza uma venda de mercadoria a longo prazo, 24 
meses, no valor de R$ 200.000,00. Se a empresa tivesse realizado a 
vendaà vista, teria recebido o valor de R$ 176.000,00. Dessa maneira, 
percebe-se que os R$ 24.000,00 são, na verdade, os juros cobrados pelo 
prazo para a realização do pagamento. 
Antes do AVP: 
D – Clientes (LP)...200.000 
C – Receitas de vendas... 200.000 
Após o AVP: 
D - Clientes (LP) .... 200.000 
C – Receitas de vendas. 176.000 
C–AVP/Juros ativos a vencer (ANCRLP retificadora) ... 24.000 
No balanço patrimonial, teremos as seguintes contas com seus 
respectivos saldos: 
ANC – Realizável a longo prazo 
Clientes. .... 200.000 
(-) AVP/Juros ativos a vencer .... 24.000 
Então, o valor presente será de R$ 176.000,00. 
Pelo regime de competência, iríamos reconhecer mensalmente a re- 
ceita referente ao ajuste, da seguinte maneira: 
D – AVP/Juros ativos a vencer (ANCRLP – retificadora) .... 1.000 
(24.000/24 meses) 
C – Receita financeira/juros ativos. .. 1.000 
Lançamento contábil no momento do recebimento: 
D - Caixa/bancos (ativo circulante) 
C – Clientes (AC) ........ 200.000 
Contabilidade Avançada I 
33 
 
 
 
 
 
 
O AVP, além de reduzir a receita bruta de vendas, acaba, também, 
por reduzir a carga tributária incidente sobre as vendas. 
Outra característica do AVP é que passamos a ter uma conta re- 
tificadora incidente sobre o valor do direito, o que ocasiona uma 
maior fidedignidade à informação contábil-financeira. 
 
 
 
Ajuste a valor presente no passivo 
Já em relação às contas do passivo, podemos apontar o 
seguinte exemplo: 
A empresa XYY S/A comprou, em 01/02/2015, mercadorias a prazo, 
por R$ 200.000,00, com pagamento previsto para 30/01/2017. Sabe-se 
ainda que, utilizando determinada taxa de juros, o valor presente desta 
operação passa a ser de R$ 176.000,00. 
Dessa maneira, percebe-se que a diferença de R$ 24.000,00 são os 
juros cobrados devido à concessão de um prazo para o pagamento da 
mercadoria. E esses juros, por representarem um valor a mais a ser 
pago, serão tratados como despesas financeiras, devendo ser apropria- 
dos ao resultado mensalmente até a data do pagamento. 
 
Lançamento contábil: 
D – Mercadorias ..... 176.000 
D – AVP/Juros a vencer (PNC LP – retificadora) .... 24.000 
C – Fornecedores (ANC ELP) .... 200.000 
No passivo não circulante, teríamos as seguintes contas: 
PNC – Exigível a longo prazo 
Fornecedores ..... 200.000 
(-) AVP/Juros a vencer ....24.000 
Então, o valor presente de fornecedores será de R$ 176.000,00. 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
34 
 
 
 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
30 
 
 
 
 
Pelo regime de competência, iríamos reconhecer mensalmente a 
despesa referente ao ajuste da seguinte forma: 
D - Despesa de juros (resultado) 
C - AVP/Juros a vencer (PNC LP – retificadora) ..... 1.000 
Lançamento contábil no momento do pagamento: 
D - Fornecedores (passivo circulante) 
C – Caixa/bancos (AC) ...... 200.000 
 
Testes de recuperabilidade 
TESTE DE RECUPERABILIDADE / Redução ao Valor Recuperável de Ativos 
 
O teste de recuperabilidade (impairment) consiste no confronto entre o valor contábil de 
um ativo com seu valor recuperável. 
Nenhum ativo pode ser evidenciado no Balanço Patrimonial por valor superior ao valor 
recuperável pelo uso ou pela venda do ativo. 
 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes 
critérios: 
§ 3o A companhia deverá (portanto, é uma obrigatoriedade) efetuar, 
periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e 
no intangível, a fim de que sejam: 
Qual o período? Apesar de a Lei 6404/76 não especificar esse período, o CPC 01 
prescreve que o teste deve ser realizado periodicamente, no mínimo, anualmente. 
A Lei também diz que serão o imobilizado e o intangível, mas, pela doutrina contábil e 
o CPC 01, veremos que são, com algumas exceções, todo o ativo. 
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de 
interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando 
comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse 
valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil 
econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. (Incluído 
pela Lei nº 11.638,de 2007) 
Assim, a Lei 6404/76 aponta duas finalidades/hipóteses do teste: (Interrupção 
das atividades e Determinação da Vida Útil Econômica) 
* registrar as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de 
interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando 
comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse 
valor; 
Contabilidade Avançada I 
31 
 
 
* revisar e ajustar os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica 
estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. CPC 04; CPC 27 
 
O CPC 01 tem por Objetivo estabelecer procedimentos que a entidade deve aplicar para 
assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda 
seus valores de recuperação. 
O CPC 01 é aplicado na contabilização de ajuste para perdas por desvalorização de 
todos os ativos, exceto: 
a) estoques; b) ativos advindos de contratos de construção; 
c) ativos fiscais diferidos; d) ativos advindos de planos de benefícios a empregados; 
e) ativos financeiros que estejam dentro do alcance dos Pronunciamentos Técnicos do 
CPC que disciplinam instrumentos financeiros*; f) propriedade para investimento que 
seja mensurada ao valor justo; g) ativos biológicos 
h) custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos contratuais de 
companhia de seguros contidos em contrato de seguro; e 
i) ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para venda) classificados 
como mantidos para venda. 
* O CPC 01 é aplicado a ativos financeiros classificados como controladas, coligadas e 
empreendimento controlado em conjunto (item 4, CPC 01). 
Periodicidade 
De acordo com o CPC 01, a entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte, 
se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver 
alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo. 
Observe que para os ativos em geral, somente se houver indicação de desvalorização do 
ativo é que a entidade irá estimar o valor recuperável. 
Porém, essa sistemática é diferente para os seguintes ativos: 
§ Intangível com vida útil indefinida; 
§ Intangível não disponível para uso; 
§ Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em combinação de 
negócios 
As exceções ocorrem pois não sofrem depreciação/exaustão/amortização. Nesse 
sentido, há necessidade de a entidade testar esses ativos, independentemente de existir, 
ou não, qualquer indicação de redução ao valor recuperável (indício de perda). 
Então: 
Ativos em Geral ---Se houver indicativo de desvalorização – ao fim de cada período de 
reporte 
Intangível e Goodwill – Independentemente do indicativo de desvalorização – no 
mínimo anualmente 
 
O teste de recuperabilidade (impairment) consiste no confronto entre o valor contábil de 
um ativo com seu valor recuperável. 
Nenhum ativo pode ser evidenciado no Balanço Patrimonial por valor superior ao valor 
recuperável pelo uso ou pela venda do ativo. 
Sempre que uma empresa adquire um ativo ela espera que esse ativo gere 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
32 
 
 
benefícios econômicos futuros e, portanto, que o valor seja recuperado, ou seja, retorne 
para empresa por meio do uso do ativo ou por meio de sua venda. 
É aqui que surgem os conceitos de valor em uso e valor líquido de venda. 
O VALOR CONTÁBIL é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no BP depois 
da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e ajuste 
para perdas. 
O VALORRECUPERÁVEL, por sua vez, é definido como o MAIOR VALOR entre o 
VALOR LÍQUIDO DE VENDA do ativo e o VALOR EM USO desse ativo. 
O VALOR LÍQUIDO DE VENDA é o valor a ser obtido pela venda do ativo em uma 
transação em condições normais envolvendo partes conhecedoras e independentes, 
deduzido das despesas necessárias para que essa venda ocorra. 
O VALOR EM USO de um ativo imobilizado é o valor presente dos fluxos de caixa 
futuros estimados (benefícios econômicos futuros esperados do ativo) decorrentes do 
seu emprego ou uso nas operações da entidade. 
Reconhecimento e Mensuração de Perda por Desvalorização 
Ativo Individual 
A entidade deve reconhecer uma perda por desvalorização de um ativo no resultado do 
período apenas se o valor contábil desse ativo for superior ao seu valor recuperável. 
Se Valor Contábil > Valor Recuperável = Perda por desvalorização 
Nessa situação, a entidade deve reduzir o valor contábil do ativo ao seu valor 
recuperável. A perda por desvalorização a ser reconhecida no resultado do período é 
mensurada com base no montante em que o valor contábil do ativo supera seu valor 
recuperável. 
 
A contabilização da perda é a seguinte: 
D – Perda por desvalorização (despesa: resultado) 
C – Perda estimada por valor não recuperável (retificadora do Ativo). 
Se, por outro lado, o ativo estiver registrado por valor inferior ao valor recuperável, 
nenhuma providência deverá ser tomada pela entidade. 
 
 
 
 
Perda por Desvalorização de Ativo Reavaliado 
Conforme o CPC 01, a perda por desvalorização do ativo deve ser reconhecida 
imediatamente na demonstração do resultado, a menos que o ativo tenha sido 
reavaliado. 
Qualquer desvalorização de ativo reavaliado deve ser tratada como diminuição do saldo 
da reavaliação. 
A perda por desvalorização de ativo reavaliado deve ser reconhecida em outros 
resultados abrangentes (na reserva de reavaliação) na extensão em que a perda por 
desvalorização não exceder o saldo da reavaliação reconhecida para o mesmo ativo. 
Essa perda por desvalorização sobre o ativo reavaliado reduz a reavaliação reconhecida 
Contabilidade Avançada I 
33 
 
 
para o ativo. 
Quando o montante estimado da perda por desvalorização for maior do que o valor 
contábil do ativo ao qual se relaciona, a entidade deve reconhecer um passivo se, e 
somente se, isso for exigido por outro Pronunciamento Técnico. 
A perda por desvalorização do ativo deve ser reconhecida imediatamente na 
demonstração do resultado, a menos que o ativo tenha sido reavaliado. 
 
Indicadores da Desvalorização do Ativo 
Pelo CPC 01, ao avaliar se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido 
desvalorização, a entidade deve considerar, no mínimo, as seguintes indicações: 
 
Fontes externas Fontes Internas 
Há indicações observáveis de que o 
valor do 
ativo diminuiu significativamente 
durante o 
período, mais do que seria de se 
esperar como 
resultado da passagem do tempo ou 
do uso 
normal. 
Evidência disponível de 
obsolescência ou 
de dano físico de um ativo. 
Mudanças significativas com efeito 
adverso 
sobre a entidade ocorreram ou 
ocorrerão, no 
ambiente tecnológico, de mercado, 
econômico ou legal. 
Mudanças significativas, com 
efeito 
adverso sobre a entidade, 
ocorreram ou 
ocorrerão, na extensão pela 
qual, ou na 
maneira na qual, um ativo é 
ou será 
utilizado*. 
As taxas de juros de mercado ou 
outras taxas 
aumentaram durante o período, e 
esses 
aumentos provavelmente afetarão a 
taxa de 
desconto utilizada no cálculo do 
valor em uso 
de um ativo e diminuirão 
materialmente o valor 
recuperável do ativo. 
Evidência disponível, 
proveniente de 
relatório interno, que indique 
que o 
desempenho econômico de 
um ativo é ou 
será pior que o esperado. 
O valor contábil do patrimônio 
líquido da 
entidade é maior do que o valor de 
 
Aula 4 • Balanço patrimonial: ativo não circulante 
34 
 
 
suas ações 
no mercado. 
 
* As mudanças incluem o ativo que se torna inativo ou ocioso, planos para 
descontinuidade ou reestruturação da operação à qual um ativo pertence, planos para 
baixa de ativo antes da data anteriormente esperada e reavaliação da vida útil de ativo 
como finita ao invés de indefinida. 
Deve-se observar que a relação acima não é exaustiva. A entidade pode identificar 
outras indicações ou fontes de informação de que um ativo pode ter se desvalorizado, 
exigindo que a entidade determine o seu valor recuperável ou, no caso do ágio pago por 
expectativa de rentabilidade futura (goodwill), proceda ao teste de recuperação. 
Vale ainda destacar o seguinte item do CPC 01: 
Se houver indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização, isso pode indicar 
que a vida útil remanescente, o método de depreciação, amortização e exaustão ou o 
valor residual para o ativo necessitem ser revisados e ajustados em consonância com os 
Pronunciamentos Técnicos aplicáveis ao ativo, mesmo que nenhuma perda por 
desvalorização seja reconhecida para o ativo. 
 
Reversão da Perda por Desvalorização 
Conforme o CPC 01, uma perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores 
para um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), deve ser 
revertida se, e somente se, tiver havido mudança nas estimativas utilizadas para 
determinar o valor recuperável do ativo desde a última perda por desvalorização que foi 
reconhecida. 
Se esse for o caso, o valor contábil do ativo deve ser aumentado para seu valor 
recuperável. Esse aumento ocorre pela reversão da perda por desvalorização. 
De acordo com o item 117 do PC 01, o Limite da reversão da perda é igual ao valor do 
custo contábil do ativo, caso não houvesse nenhuma perda por desvalorização. 
Pelo CPC 01, a reversão de perda por desvalorização reflete um aumento no potencial 
de serviços estimados de um ativo, ou pelo uso ou pela venda, desde a data em que a 
entidade reconheceu pela última vez uma perda por desvalorização para o ativo. 
Observação: o CPC 01 destaca que o valor em uso de um ativo pode se tornar maior do 
que seu valor contábil simplesmente porque o valor presente de futuras entradas de 
caixa aumenta na medida em que essas entradas se tornam mais próximas da data atual. 
Entretanto, o potencial de serviços do ativo não aumentou. Portanto, a perda por 
desvalorização não deve ser revertida simplesmente por causa da passagem do tempo, 
mesmo que o valor recuperável do ativo se torne maior do que seu valor contábil. 
 
Reversão de Perda por Desvalorização para Ativo Individual 
Pelo CPC 01, o aumento do valor contábil de um ativo, exceto o ágio por expectativa de 
rentabilidade futura (goodwill), atribuível à reversão de perda por desvalorização não 
deve exceder o valor contábil que teria sido determinado (líquido de depreciação, 
amortização ou exaustão), caso nenhuma perda por desvalorização tivesse sido 
reconhecida para o ativo em anos anteriores. 
Essa regra, prevista no CPC 01 diferencia o aumento do valor contábil decorrente da 
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reversão da perda do aumento decorrente de reavaliação, atualmente proibida pela 
legislação brasileira. 
A reversão de perda por desvalorização de um ativo, exceto o ágio por expectativa de 
rentabilidade futura (goodwill), deve ser reconhecida imediatamente no resultado do 
período, a menos que o ativo esteja registrado por valor reavaliado de acordo com outro 
Pronunciamento (o que atualmente é uma situação que não ocorre na prática, pois a 
legislação brasileira não permite a reavaliação). 
A contabilização da reversão da perda: 
D – Perda estimada por valor não recuperável (retificadora do Ativo) 
C – Reversão de Perda por desvalorização (receita: resultado) 
Após a reversão de perda por desvalorização é reconhecida, a despesa de depreciação, 
amortização ou exaustão para o ativo deve ser ajustada em períodos futuros para alocar 
o valor contábil revisado

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