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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS 
 
ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO 
NACIONAL 
 
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL 
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é um 
conselho, criado pela Lei nº 4.595, de 31 de 
dezembro de 1964 como poder deliberativo 
máximo do sistema financeiro do Brasil, sendo 
responsável por expedir normas e diretrizes 
gerais para seu bom funcionamento. O CMN 
supervisiona as políticas monetária, de crédito, 
orçamentária, fiscal e da dívida pública do Brasil. 
Assim, nos termos da Lei nº 4.595/64, conhecida 
como Lei da Reforma Bancária, compete ao CMN 
regulamentar as operações de crédito das 
instituições financeiras brasileiras, regular a 
moeda do país, supervisionar suas reservas em 
ouro e cambiais, determinar suas políticas de 
poupança e investimento e regulamentar os 
mercados de capitais brasileiros. Nesse âmbito, 
o CMN também supervisiona as atividades do 
Banco Central do Brasil e da CVM. 
Objetivos 
De acordo com o artigo terceiro da Lei n°4.595,1 
o Conselho Monetário Nacional tem como 
objetivos: 
Adaptar o volume dos meios de pagamento às 
reais necessidades da economia nacional e seu 
processo de desenvolvimento 
Regular o valor interno da moeda, para tanto 
prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários 
ou deflacionários de origem interna ou externa, 
as depressões econômicas e outros 
desequilíbrios oriundos de fenômenos 
conjunturais 
Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio 
no balanço de pagamento do País, tendo em 
vista a melhor utilização dos recursos em moeda 
estrangeira 
Orientar a aplicação dos recursos das 
instituições financeiras, quer públicas, quer 
privadas, tendo em vista propiciar, nas diferentes 
regiões do País, condições favoráveis ao 
desenvolvimento harmônico da economia 
nacional 
Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e 
dos instrumentos financeiros, com vistas à maior 
eficiência do sistema de pagamentos e de 
mobilização de recursos 
Zelar pela liquidez e solvência das instituições 
financeiras 
Coordenar as políticas monetária, creditícia, 
orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e 
externa 
Autorizar emissões de papel moeda 
Aprovar orçamentos monetários preparados 
pelo Banco Central do Brasil 
Competências 
Segundo o artigo 4º da Lei n°4595,1 as principais 
atribuições do Conselho Monetário Nacional são: 
Aprovar os orçamentos monetários, 
preparados pelo Banco Central do Brasil, por 
meio dos quais se estimarão as necessidades 
globais de moeda e crédito; 
Fixar as diretrizes e normas da política cambial, 
inclusive quanto à compra e venda de ouro e 
quaisquer operações em Direitos Especiais de 
Saque e em moeda estrangeira; 
Disciplinar o crédito em todas as suas 
modalidades e as operações creditícias em todas 
as suas formas, inclusive aceites, avais e 
prestações de quaisquer garantias por parte das 
instituições financeiras; 
Coordenar sua própria política com a política de 
investimentos do Governo Federal; 
Regular a constituição, funcionamento e 
fiscalização das atividades de instituições 
monetárias, bancárias e creditícias, bem como a 
aplicação das penalidades previstas; 
Limitar, sempre que necessário, as taxas de 
juros, descontos, comissões e qualquer outra 
forma de remuneração de operações e serviços 
bancários ou financeiros, inclusive os prestados 
pelo Banco Central do Brasil, assegurando taxas 
favorecidas aos financiamentos que se destinem 
a promover atividades rurais; 
Disciplinar os instrumentos de política 
monetária e cambial. 
Composição 
São membros do Conselho Monetário Nacional: 
Ministro de Estado da Fazenda (presidente do 
conselho) 
Ministra de Estado do Planejamento, 
Orçamento e Gestão 
Presidente do Banco Central 
O Banco Central do Brasil funciona como 
secretaria-executiva do Conselho. Há também 
várias comissões consultivas suportam o CMN e 
são subordinados a ele. São as seguintes: 
I - de Normas e Organização do Sistema 
Financeiro 
II - de Mercado de Valores Mobiliários e de 
Futuros 
III - de Crédito Rural 
IV - de Crédito Industrial 
V - de Crédito Habitacional, e para Saneamento 
e Infraestrutura Urbana 
VI - de Endividamento Público 
VII - de Política Monetária e Cambial 
Além dessas comissões consultivas, o CMN 
conta, ainda, com a Comissão Técnica da Moeda 
e do Crédito, coordenada pelo Presidente do 
Banco Central do Brasil e composta dos 
seguintes membros: 
Presidente e quatro Diretores do Banco Central 
do Brasil, indicados pelo seu presidente; 
Presidente da Comissão de Valores 
Mobiliários; 
Secretário-Executivo do Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão 
Secretário-Executivo e Secretários do Tesouro 
Nacional e de Política Econômica do Ministério 
da Fazenda 
A Comissão Técnica da Moeda e do Crédito 
(Comoc) foi criada para regulamentar a medida 
provisória 542, de 30 de junho de 1994, que 
depois seria convertida na Lei n° 9.069/95 - a lei 
que instituiu o Plano Real. Nos termos do artigo 
10 da referida lei, compete à Comissão Técnica 
da Moeda e do Crédito: 
I - propor a regulamentação das matérias 
tratadas na presente Lei, de competência do 
Conselho Monetário Nacional; 
II - manifestar-se, na forma prevista em seu 
regimento interno, previamente, sobre as 
matérias de competência do Conselho Monetário 
Nacional, especialmente aquelas constantes da 
Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964; 
III - outras atribuições que lhe forem cometidas 
pelo Conselho Monetário Nacional. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_Monet%C3%A1rio_Nacio
nal 
 
COPOM – COMITÊ DE POLITICA MONETÁRIA 
O Comitê de Política Monetária (Copom) é um 
órgão constituído no âmbito do Banco Central do 
Brasil em 20 de junho de 1996, por meio da 
circular n° 2.698, (revogada a partir de 2 de 
janeiro de 1998, pela Circular nº 2.780, de 12 de 
novembro de 1997) com as finalidades de 
estabelecer as diretrizes da política monetária e 
definir a taxa básica de juros. Tem, ainda, a 
competência específica de regular a liquidez da 
economia, por meio dos instrumentos de política 
monetária. 
Composição 
Membros 
São membros do Copom o Presidente do Banco 
Central do Brasil (que também preside o Comitê 
e tem o voto de qualidade) e os membros da 
Diretoria Colegiada do Banco, a saber: 
Diretor de Administração - Dirad 
Diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão 
de Riscos Corporativos - Direx 
Diretor de Fiscalização - Difis 
Diretor de Organização do Sistema Financeiro 
e Controle de Operações do Crédito Rural - Diorf 
Diretor de Política Econômica - Dipec 
Diretor de Política Monetária - Dipom 
Diretor de Regulação - Dinor 
Diretor de Relacionamento Institucional e 
Cidadania - Direc 
Outros participantes 
Além dos membros, também participam das 
reuniões ordinárias do Comitê os seguintes 
chefes de departamento do BC : 
I - Departamento de Operações Bancárias e de 
Sistema de Pagamentos (Deban); 
II - Departamento de Operações do Mercado 
Aberto (Demab); 
III - Departamento Econômico (Depec); 
IV - Departamento de Estudos e Pesquisas 
(Depep); 
V - Departamento das Reservas Internacionais 
(Depin); 
VI - Departamento de Assuntos Internacionais 
(Derin); 
VII - Departamento de Relacionamento com 
Investidores e Estudos Especiais (Gerin) 
Também tomam parte das discussões 
consultores, o secretário-executivo da diretoria, o 
coordenador do grupo de comunicação 
institucional e o assessor de imprensa da 
presidência do BC. 
Definição e histórico 
O Copom foi criado em 20 de junho de 1996, com 
o objetivo de estabelecer as diretrizes da política 
monetária e de definir a taxa básica de juros Nota 
1 da economia. A criação do Comitê buscou 
proporcionar maior transparência e ritual 
adequado ao processo decisório, a exemplo do 
que já era adotado pelo Federal Open Market 
Committee (FOMC) do Federal Reserve System 
(Fed) dos Estados Unidos, e pelo Zentralbankrat,os títulos de 
capitalização possuem outras utilizações. 
Essa modalidade securitária foi típica do primeiro 
sistema de previdência aplicada no Brasil, que 
não garantia o retorno atuarial do valor 
depositado compulsoriamente (chamadas de 
quotas previdenciárias) pelos segurados. É 
conhecido como regime de capitalização 
previdenciária. 
Visando atrair um maior número de pessoas para 
esse produto, empresas de capitalização têm 
buscado inovar com a criação de títulos que 
garantem a quitação de empréstimos ou que 
sirvam como garantia de aluguel. 
Desvantagens para o consumidor 
Título de Capitalização é um produto altamente 
desvantajoso para o cliente além de altamente 
lucrativo para a instituição financeira. Os bancos 
visam principalmente pessoas que são atraídas 
pelos sorteios e geralmente não tem muito 
conhecimento sobre o valor do dinheiro e 
aplicações financeiras. Abaixo, a lista das razões 
que este produto levam o consumidor ao 
prejuízo. 
- Título de capitalização não é investimento é um 
jogo: É mais barato apostar na loteira que 
comprar este produto. 
- O rendimento é inferior ao da poupança: A 
maior parte de dos bancos corrigem o valor 
aplicado a uma taxa diminuta (TR). Além disto, 
cobram taxas como de carregamento, 
administração e cota para sorteio reduzindo 
ainda mais a rentabilidade. 
- O dinheiro do cliente fica “preso”: Os bancos 
estabelecem um prazo de carência aonde o 
cliente não pode retirar o dinheiro antes de um 
prazo. Se o cliente deseja retirar antes é cobrado 
uma multa. 
Em suma, os bancos têm um grande lucro com 
esse tipo de produto em cima dos seus 
correntistas. Conseguem recursos a taxas 
extremamente baixas e somente repassam uma 
diminuta correção aos seus clientes. Por este 
motivo, tentam empurrar a todo momento este 
produto para os seus correntistas. 
Comercialização 
No Brasil, para trabalhar com capitalização, a 
empresa deve ter registro na Susep, órgão que 
normatiza e fiscaliza o setor. 
Há duas formas de comercialização desses 
títulos, de pagamentos periódicos ou único. No 
Brasil são chamados de PM (Pagamento Mensal) 
e o PU (Pagamento Único). 
O PM é um plano em que os pagamentos dos 
prêmios são periódicos, geralmente mensais. É 
possível que após o último pagamento o plano 
ainda mantenha-se em vigor, pois seu prazo de 
vigência pode ser diferente do que seu prazo de 
pagamento. Os planos PU são aqueles em que o 
pagamento é único e sua vigência fica estipulada 
na proposta. 
As empresas responsáveis por essa 
comercialização estão reunidas na Fenacap - 
Federação Nacional de Capitalização. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%ADtulo_de_capitaliza%C3%
A7%C3%A3o 
 
PREVIDÊNCIA (PRIVADA) 
A previdência privada é uma aposentadoria que 
não está ligada ao sistema do Instituto Nacional 
do Seguro Social (INSS). Ela é complementar à 
previdência pública. Todo setor de previdência 
privada é fiscalizado pela Superintendência de 
Seguros Privados (Susep), órgão do governo 
federal. 
Qual a diferença em relação à Previdência 
Social? 
Nos planos de previdência privada, é possível 
escolher o valor da contribuição e a periodicidade 
em que ela será feita. Uma pessoa pode 
contribuir com R$ 100 uma vez por ano, por 
exemplo. É claro que o valor que receberá 
quando começar a fazer uso dessa previdência 
será proporcional ao que contribuiu. 
Além disso, o valor investido em um plano de 
previdência privada pode ser resgatado pela 
pessoa se ela desistir do plano. 
No momento em que é escolhido um plano, é 
importante estar atento à forma de cobrança de 
impostos. Independentemente do plano, existe a 
opção por duas formas de tributação. 
Uma delas é a tabela regressiva, que favorece o 
resgate do dinheiro de uma só vez. 
A outra forma é a tabela de impostos progressiva, 
mais vantajosa para aquelas pessoas que 
querem receber a quantia investida em forma de 
parcelas mensais e não resgatar o dinheiro todo 
numa só parcela. 
A simulação a seguir, feita pela Brasilprev, ajuda 
a entender: uma pessoa de 22 anos que vá se 
aposentar aos 52 anos, ou seja, 30 anos depois, 
e faz um investimento único de R$ 30 mil. 
Caso retire o dinheiro com um saque único aos 
52 anos: 
Valor bruto: R$ 285.632,61 
Valor líquido com tributação progressiva: R$ 
219.749,94 
Valor líquido com tributação regressiva: R$ 
258.953,95 
Caso faça a opção por renda temporária de 20 
anos: 
Valor bruto: R$ 1.266,86 por mês 
Valor líquido com progressiva: R$ 1.266,86 
Valor líquido com regressiva: R$ 1.152,62 
Contrato 
O regime tributário usado deve estar no contrato. 
Além disso, antes da assinatura do documento, a 
entidade que oferece o plano deve informar o 
cliente sobre essas opções. 
Quais são os tipos de previdência privada que 
existem? 
Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) - É 
recomendado para pessoas com renda mais alta, 
pois o valor pago ao plano pode ser abatido no 
Imposto de Renda (desde que esse valor 
represente até 12% de sua renda bruta anual). 
Porém, quando o dinheiro é sacado, o imposto 
pago é referente ao total que havia no fundo. Por 
exemplo, se esse valor for de R$ 500 mil, o 
imposto será cobrado sobre ele. 
Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) - Sua 
diferença para o PGBL é que ele não pode ser 
abatido no Imposto de Renda. Porém, quando o 
dinheiro é sacado, o imposto cobrado é referente 
ao que o dinheiro investido rendeu. 
Por exemplo, se a quantia que há é de R$ 500 
mil, mas o rendimento que houve ao longo do 
plano foi de R$ 200 mil, o imposto cobrado será 
referente a este último valor. Esse plano é 
indicado para pessoas que têm renda menor e 
que, por isso, declaram imposto nos formulários 
simplificados ou nem declaram imposto. 
Nos planos de previdência privada, é possível 
escolher se a renda recebida será por um 
determinado período ou se ela será vitalícia. 
Quem faz o plano também pode determinar que 
os filhos e a mulher continuem recebendo a 
renda se ele morrer. 
Quando uma pessoa inicia um PGBL ou VGBL 
pode atrelar a seu plano um pecúlio por morte ou 
invalidez. Essas opções funcionam como um 
seguro. No primeiro caso, quando a pessoa que 
paga morre, o dinheiro acumulado é dado à 
família. No segundo caso, se a pessoa que paga 
perde suas condições de trabalho, o dinheiro é 
entregue a ela mesma. 
Como encontrar as entidades que oferecem 
planos de previdência privada? 
No site da Susep, é possível encontrar todas as 
entidades credenciadas a realizar planos de 
previdência privada. Na página, também há como 
simular quanto será o benefício recebido de 
acordo com entidade e plano de previdência 
escolhidos. As informações estão separadas 
em VGBL e PGBL. 
Quais são os requisitos necessários para 
iniciar um plano de previdência privada? 
Não há idade mínima nem necessidade de 
comprovação de renda. Qualquer um pode iniciar 
um plano. Por exemplo, um bebê pode ter uma 
previdência privada iniciada pelos pais. Antes de 
começar, é importante saber que esse é um 
investimento de longo prazo. 
Taxas cobradas 
As empresas de previdência complementar 
costumam cobrar três tipos de taxas dos 
participantes: carregamento (sobre cada 
contribuição), gestão (anual) e saída (no 
momento do resgate). 
Hoje, o mercado trabalha com taxas de 
carregamento sobre o valor de cada contribuição 
(aporte). Portanto, dependendo da instituição, 
um cliente que aplique mensalmente R$ 1.000 na 
previdência complementar acumulará no final de 
um ano (sem considerar os rendimentos dos 
fundos) entre R$ 12 mil (taxa de 0%) e R$ 11.400 
(taxa de 5%, média do mercado). 
Também incide sobre a reserva acumulada a 
taxa de gestão. Ela varia no mercado nacional de 
0,5% a 4% ao ano e incide sobre o patrimônio 
acumulado no fundo. Um custo que não pode 
deixar de ser considerado na hora da escolha do 
produto. 
As taxas de saída são de 0,38% em relação ao 
valoracumulado. Algumas empresas optam por 
não cobrar a taxa de saída sobre o resgate das 
aplicações. 
http://economia.uol.com.br/financas-pessoais/guias-
financeiros/guia-entenda-o-que-e-a-previdencia-privada.htm 
 
INVESTIMENTO FINANCEIRO 
Os investimentos financeiros são alternativas 
para aqueles que desejam guardar algum 
dinheiro e realizar poupança para a 
aposentadoria, uso futuro em caso de 
necessidades, entre outros. O hábito de investir 
não é tão grande no Brasil, geralmente temos 
hábitos de fazer empréstimos e financiamento e 
não o contrário. Mas há inúmeras opções de 
investimentos financeiros com bons resultados e 
para todos os perfis, seja ele moderado, 
conservador ou agressivo. As principais 
modalidades de investimentos são os fundos de 
investimentos, a caderneta de poupança, ações, 
ouro, títulos da dívida pública, entre outros. 
Conheça abaixo cada um deles: 
Fundo de investimento 
Também pode ser denominado por comunhão de 
recursos financeiros, isto é, todo o valor investido 
é utilizado na compra de bens, seja mobiliário ou 
títulos, que são todos passados ao investidor. Por 
tanto, o fundo de investimento é uma poupança 
aplicada, em que qualquer pessoa, física ou 
jurídica pode realizar, porém sempre por 
intermédio do banco ou gestora de fundos de 
investimentos. 
Os fundos de investimentos são classificados de 
acordo com o tipo de investimento, normalmente 
usa os termos conservador, moderado ou ousado 
para identificar o perfil do investidor e assim 
escolher o fundo mais adequado. 
Principais características: 
 Um fundo é compartilhado, isto é, sua 
composição é feito com recursos de 
diversos investidores 
 O objetivo é tentar maximizar os lucros 
(retorno) com menor risco 
 Geralmente os fundos exigem um 
investimento mínimo, cujo valor 
dependerá da instituição e das 
características do fundo 
 Eles podem ser classificados em: 
Renda fixa, renda variável, 
Multimercado e outros 
 Em uma classificação mais específica 
eles podem ser destinados a 
investimentos em: ações, câmbio, 
imóveis, ouro, títulos do governo, entre 
outros. 
Caderneta de poupança 
Classificado por conservador, a caderneta de 
poupança é muito conhecida, principalmente por 
poder ser feita por qualquer cidadão, 
necessitando apenas ir a um banco juntamente 
com seu CPF, RG, Holerite ou qualquer 
comprovante de renda e um comprovante de 
residência atual. A poupança é um investimento 
muito tradicional e conservador, paga juros bem 
baixos mais é seguro. Geralmente a taxa de juros 
da poupança gira em torno de 0,5% (meio por 
cento). 
Principais características: 
 Rendimento: TR + 0,5% 
 Isenção de imposto de renda 
 Não há limite mínimo para aplicação ou 
quando há é apenas simbólico 
 Menores de idade poderão ter 
Caderneta de Poupança 
Câmbio 
Investir em câmbio significa comprar moedas 
estrangeiras, como o Dólar, Euro ou Libra, por 
exemplo. Na compra de uma moeda o investidor 
espera que esta tenha uma valorização em 
relação à moeda corrente, o Real, e assim vendê-
la por um valor acima do valor de compra. Mas a 
compra de moeda também poderá ter outras 
finalidades, como viagens para o exterior onde a 
mesma será usada ou para investimento de 
longo prazo. 
No caso do Dólar as cotações em relação ao 
Real podem ser classificadas em: 
 Comercial: é a cotação oficial usada 
nas operações comerciais e nas 
remessas de moeda de empresas com 
sede no exterior. 
 Turismo ou Flutuante: é usado como 
referência para compra de moeda 
estrangeira para viagem, tanto em 
espécie quanto em travellers. 
 Paralelo: Não é reconhecido pelo 
mercado, mas é usado em operações 
do chamado mercado negro, 
geralmente pelos conhecidos “doleiros”. 
Ouro 
O ouro é um investimento reconhecidamente 
como seguro e pode ser feito através dos bancos. 
As barras de ouro compradas podem ficar com o 
comprador ou ele poderá contratar um serviço de 
custódia ou guarda nos bancos. Diariamente são 
informados os valores do grama do ouro para 
compra e venda. 
CDB e RDB 
O CDB-Certificado de Depósitos Bancários, é o 
mesmo que financiar um valor para o banco, em 
que ao final do prazo estabelecido o banco 
pagará o valor que foi emprestado acrescido de 
juros, ou seja receberá o dinheiro investido mais 
um lucro do tempo passado. Uma das vantagens 
do CDB, é que o investidor poderá realizar outra 
proposta antes do fim do prazo, porém isso 
implicará ou poderá implicar na perda de parte do 
que foi emprestado. E o RDB-Recibo de 
Depósitos Bancários funciona da mesma forma, 
a diferença é que não há a opção de negociar 
após ter fechado o acordo, entretanto, no CDB e 
no RDB, o risco de prejuízo é mínimo, a menos 
que o banco quebre, pois ai não receberá seu 
dinheiro de volta e muito menos os juros 
combinados. 
Títulos os Públicos 
Este tipo de investimento criado pelo governo 
federal com o intuito de financiar as atividades do 
governo. Por outro lado é uma opção de 
investimento. A venda de títulos públicos 
geralmente é feita por leilão ou diretamente no 
Tesouro Nacional. 
Clubes de Investimentos 
Geralmente são investimentos realizados em 
comunhão de recursos por um grupo que não 
ultrapassa 150 pessoas com a finalidade de 
realizar investimentos no mercado financeiro, os 
clubes de investimentos sempre estão em 
conformidade com as normas da CVM, da 
Bovespa e ainda possuem um Estatuto Social, 
que abriga as diretrizes de funcionamento 
referentes aos investimentos e a companhia. Os 
clubes de investimentos são pessoas jurídicas e 
tem um gestor responsável pelo clube e a 
administração dos recursos do mesmo. 
Ações 
Ações são ativos de empresas com capital aberto 
ou S.A Sociedade Anônima, que são negociados 
em bolsas de valores, em outras palavras 
podemos dizer que ações são pedaços ou partes 
das empresas que são vendidas na bolsa de 
valores. Quando uma pessoa compra um grupo 
de ações de uma empresa, significa que ela 
estará se tornando sócia daquela empresa, cuja 
participação dependerá da quantidade de ações 
compradas. 
As ações não são vendidas diretamente na bolsa, 
mas através das corretoras de valores mobiliários 
que são empresas credenciadas a operar no 
mercado de ações. Essas corretas fazem a 
intermediação entre o investidor e a bolsa. 
As ações podem der ordinárias ON ou 
preferenciais PN. 
 ON: As ações ordinárias dão o direito a 
participação nos lucros da empresa e 
ainda confere o direito a voto nas 
assembleias da empresa. 
 PN: As ações preferenciais também 
permitem a participação nos lucros, 
porém, sem direito a voto. 
http://www.educacao.cc/financeira/o-que-sao-investimentos-
financeiros-e-os-tipos-de-investimentos/ 
 
SEGUROS 
Dá-se o nome de seguro (do latim "securu") a 
todo contrato pelo qual uma das partes, 
segurador, se obriga a indenizar a outra, 
segurado, em caso da ocorrência de determinado 
sinistro, em troca do recebimento de um prêmio 
de seguro. 
História do seguro 
O homem sempre esteve preocupado com a 
estabilidade de sua existência. Por sofrer as 
consequências das variações climáticas e dos 
perigos da vida, desde a antiguidade procurava 
se organizar em grupos para ter mais força e 
garantir o sustento e a segurança. Com o tempo, 
a evolução das atividades comerciais mostrou a 
necessidade de proteção também contra os 
prejuízos financeiros. E foi dessa forma, 
justamente buscando garantir as finanças e 
diminuir a insegurança nas atividades cotidianas, 
que surgiu o seguro. O seguro nasceu da 
necessidade do homem em controlar o risco. 
Existem indícios que já na Babilônia, 23 séculos 
antes de cristo, caravanas de cameleiros que 
cruzavam o deserto mutualizavam entre si os 
prejuízos com morte de animais. Na China antiga 
e no Império Romano também havia seguros 
rudimentares, através de associações que 
http://www.educacao.cc/financeira/o-que-sao-investimentos-financeiros-e-os-tipos-de-investimentos/http://www.educacao.cc/financeira/o-que-sao-investimentos-financeiros-e-os-tipos-de-investimentos/
visavam ressarcir membros que tivessem algum 
tipo de prejuízo. 
Os comerciantes chineses que se aventuravam a 
transportar as suas mercadorias instalando-as 
em débeis embarcações que desciam pelas 
correntezas dos grandes rios continentais e que, 
para evitar a ruína de alguns deles, distribuíam-
nas de modo a que cada barco contivesse uma 
parte de cada comerciante, estavam aplicando o 
princípio básico do seguro. Se uma embarcação 
naufragava, a perda correspondia a uma 
pequena parte dos bens de cada um. O mesmo 
se pode dizer dos comerciantes árabes, que para 
cruzar os desertos e lugares inóspitos distribuíam 
os seus bens entre várias caravanas e, dentro da 
mesma caravana, entre diversos camelos. 
LARRAMENDI (1997, p. 2) 
Com o Renascimento e a expansão marítima da 
época Mercantilismo a cobertura aos riscos 
ganhou nova importância. Tornaram-se comuns 
operações chamadas de Contrato de Dinheiro e 
Risco Marítimo que consistia num empréstimo 
dado a um navegador, e que previa uma 
cobrança maior no caso de sucesso da viagem e 
o perdão da dívida se a embarcação e a carga 
fossem perdidas. Foi em virtude dos seguros 
marítimos que se desenvolveu a gestão de risco 
na maior parte do mundo. 
Essas formas pitorescas foram de extrema 
importância para garantir a segurança das 
mercadorias que circulavam por vias terrestres e 
marítimas. Nessa época o seguro ainda inspirava 
dúvidas com relação à integridade das 
“seguradoras” – que na verdade eram pessoas 
que assumiam os riscos. 
Mas, o seguro foi criando força e conquistando 
credibilidade, e foi em Gênova, por volta de 1347, 
que o primeiro contrato de seguros foi escrito. 
Nele continha inúmeras cláusulas que garantiam 
ou isentavam os seguradores de pagarem as 
indenizações. As primeiras apólices são datadas 
de 11/07/1385 (Pisa/ Itália) e 10/07/1397 
(Florença/ Itália). As apólices tornavam-se 
comuns no final do século XIV. 
No século XVII, o mercado securitário se 
expandiu e ganhou novos produtos de cobertura 
terrestre, especialmente em decorrência do 
Grande Incêndio de Londres de 1666, que 
destruiu cerca de 25% da cidade. 
Com a Revolução Industrial, o seguro acabou se 
tornando um item praticamente obrigatório em 
todas as áreas da atividade humana, afinal, os 
avanços tecnológicos, as atividades de alto risco 
e os novos meios de transportes podem causar 
prejuízos de proporções incalculáveis. 
Todo esse crescimento da indústria, do comércio 
e dos meios de transporte, fez com que as 
empresas seguradoras também evoluíssem para 
acompanhar a demanda do mercado. Hoje 
existem seguradoras que controlam vultosos 
valores, contribuindo com a sociedade, na 
geração de empregos e com projetos de 
responsabilidade social. 
LARRAMENDI, I.H. de; PARDO, J.A. e CASTELO, J. Manual 
Básico de Seguros. Brasil: FUNENSEG, Gráfica Vitória Ltda, 
1997.189p. 
Seguros no Brasil 
O seguro no Brasil desenvolveu-se com a vinda 
da Família Real Portuguesa e a abertura dos 
portos, em 1808, que intensificaram a 
navegação. A primeira empresa seguradora do 
país, a Companhia de Seguros Boa-Fé, surgiu no 
mesmo ano, com objetivo operar no seguro 
marítimo. 
Neste período, a atividade seguradora era 
regulada pelas leis portuguesas. Somente em 
1850, com a promulgação do "Código Comercial 
Brasileiro" (Lei n° 556, de 25 de junho de 1850) é 
que o seguro marítimo foi pela primeira vez 
estudado e regulado em todos os seus aspectos. 
O advento do "Código Comercial Brasileiro" foi de 
fundamental importância para o desenvolvimento 
do seguro no Brasil, incentivando o aparecimento 
de inúmeras seguradoras, que passaram a 
operar não só com o seguro marítimo, 
expressamente previsto na legislação, mas, 
também, com o seguro terrestre. Até mesmo a 
exploração do seguro de vida, proibido 
expressamente pelo Código Comercial, foi 
autorizada em 1855, sob o fundamento de que o 
Código Comercial só proibia o seguro de vida 
quando feito juntamente com o seguro marítimo. 
Com a expansão do setor, as empresas de 
seguros estrangeiras começaram a se interessar 
pelo mercado brasileiro, surgindo, por volta de 
1862, as primeiras sucursais de seguradoras 
sediadas no exterior. 
Estas sucursais transferiam para suas matrizes 
os recursos financeiros obtidos pelos prêmios 
cobrados, provocando uma significativa evasão 
de divisas. Assim, visando proteger os interesses 
econômicos do País, foi promulgada, em 5 de 
setembro de 1895, a Lei n° 294, dispondo 
exclusivamente sobre as companhias 
estrangeiras de seguros de vida, determinando 
que suas reservas técnicas fossem constituídas 
e tivessem seus recursos aplicados no Brasil, 
para fazer frente aos riscos aqui assumidos. 
Algumas empresas estrangeiras mostraram-se 
discordantes das disposições contidas no 
referido diploma legal e fecharam suas sucursais. 
O mercado segurador brasileiro já havia 
alcançado desenvolvimento satisfatório no final 
do século XIX. Concorreram para isso, em 
primeiro lugar, o Código Comercial, 
estabelecendo as regras necessárias sobre 
seguros marítimos, aplicadas também para os 
seguros terrestres e, em segundo lugar, a 
instalação no Brasil de seguradoras estrangeiras, 
com vasta experiência em seguros terrestres. 
Em 1939, foi criado pelo governo Vargas o 
Instituto de Resseguro do Brasil (Atual, IRB Brasil 
Re), com a atribuição de exercer o monopólio, 
quebrado em 2007, do resseguro no país. Em 
1966 surgiu a Superintendência de Seguros 
Privados (SUSEP), para substituir Departamento 
Nacional de Seguros Privados e Capitalização 
como órgão oficial fiscalizador das operações de 
seguro, estabelecendo-se assim o Sistema 
Nacional de Seguros Privados. 
Classificação dos seguros 
Os seguros são divididos em três categorias: 
Seguros de Pessoas (vida, acidentes pessoais, 
saúde), de Bens (incêndio, vidros, cascos, 
transportes, automóvel, roubo, lucros cessantes), 
e de Responsabilidade (crédito, fidelidade, 
responsabilidade civil). 
No Brasil, a SUSEP - SUPERINTENDÊNCIA DE 
SEGUROS PRIVADOS - definiu em 2003 nove 
grupos nos quais dividiu e classificou os ramos 
de seguro. 
Para a contratação de um seguro é necessário 
que o negócio seja intermediado pelo Corretor de 
Seguros, devidamente habilitado, Para isso 
pergunte sempre o número da SUSEP de seu 
corretor de seguros. O Corretor de seguros é o 
responsável legal e lhe representa diante a 
Seguradora, defendendo seus interesses. 
Ramos de seguros 
Os ramos de seguros se dividem basicamente 
pelo tipo de item segurado. Alguns são 
comumente contratados por pessoas físicas, 
outros por pessoas jurídicas, mas esta não é uma 
regra estrita. 
Seguros comuns para pessoas físicas 
Seguro de automóvel: Este seguro cobre 
perdas e danos ocorridos aos veículos terrestres 
automotores. Coberturas básicas: colisão, 
incêndio e roubo que podem ser contratadas 
separadamente ou agrupadas. Este seguro pode 
cobrir também prejuízos causados a terceiros 
(Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos – 
RCF.V), Acidentes pessoais de Passageiros, 
Assistência 24 hs e reposição de veículo em caso 
de acidente. Seu custo varia de acordo com as 
características do carro. Atualmente existe uma 
enorme discussão sobre a criação de 
associações de proteção veicular que oferecem 
serviços parecidos com seguros. A SUSEP 
(Superintedência de Seguros Privados) 
considera a atividade ilegal, pois não é 
regulamentada; mas alguns doutrinadores 
possuem posicionamento contrário, já que a 
Constituição Federal, em seu artigo 5º, garante o 
direito à livre associação. A questão ainda está 
sendo analisada pela jurisprudência pátria. 
Seguro obrigatório de automóveis (DPVAT): 
Este seguro é um seguro de responsabilidade 
civil obrigatório, pago anualmente pelo 
proprietário de automóveljuntamente com o 
IPVA. Este seguro visa indenizar vítimas de 
veículos automotores de via terrestre, não 
importando quantas estiverem envolvidas em um 
mesmo acidente. Independente da apuração dos 
culpados. 
Seguro de bicicleta: Este seguro cobre furtos e 
roubos de veículo a propulsão humana de duas 
rodas. 
Seguro de vida: Este seguro garante ao 
beneficiário ou ao próprio segurado um capital ou 
renda determinada no caso de morte, ou no caso 
do segurado sobreviver em um prazo 
convencionado. Mediante coberturas adicionais, 
pode cobrir invalidez permanente. Este seguro 
opera em duas modalidades: seguro de vida 
individual e seguro de vida em grupo. 
Seguro saúde: Objetiva garantir o reembolso 
das despesas médico-hospitalares, dentro dos 
limites estabelecidos na apólice, decorrentes de 
acidentes ou doenças, efetuados pelo segurado 
titular e respectivo dependentes. O segurado tem 
livre escolha dos serviços médicos. 
Seguro viagem: Tem por finalidade cobrir 
custos relacionados a doenças ou acidentes 
durante viagens. É válido durante um período 
pré-determinado escolhido no momento da 
compra do seguro e começa a vigorar a partir do 
início da vigência desde que o assegurado esteja 
no aeroporto ou pelo menos 100 km de distância 
de sua residência. As coberturas variam de 
acordo com a seguradora e o plano, a maioria 
dos seguros oferecem cobertura em caso de 
doença e acidentes, porém é muito comum os 
planos oferecerem outras coberturas, como 
bagagem, atraso de voo, concierge, fiança e 
outros. Brasileiros viajando para Europa devem 
contratar obrigatoriamente uma cobertura de no 
mínimo 30 mil Euros de acordo com exigências 
do tratado de Schengen, em caso de não 
apresentação do voucher (comprovante do 
seguro) a entrada pode ser negada. 
Seguros comuns para pessoas jurídicas 
Seguro incêndio: Este seguro oferece 
cobertura para danos causados por incêndio, 
queda de raios e explosão causada por gás. 
Legalmente obrigatório para as pessoas 
jurídicas. 
Seguro de roubo: Este seguro tem por 
finalidade básica garantir indenização por 
prejuízos conseqüentes de roubo e/ou furto 
qualificado. 
Seguro de crédito: apólice de seguro 
contratada principalmente por empresas com o 
objetivo de assegurar o valor total ou parte das 
negociações, contra o risco de inadimplência de 
pagamentos. 
Seguro agrícola: oferece cobertura contra 
perdas físicas da lavoura, geralmente decorrente 
de intempéries como chuva, seca, granizo etc. 
Seguros pela Internet 
Algumas seguradoras já disponibilizam sistemas 
próprios para cálculo e contratação de seguros 
pela Internet. Outras iniciativas partem de 
grandes corretoras que também possuem 
sistemas integrados às seguradoras para 
contratação online. Nos EUA e Europa 7% dos 
seguros são comercializados pela internet, 
principalmente através de sites de brokers que 
comparam os produtos de várias seguradoras. 9 
Contratação de seguros 
Para contratação de seguros no Brasil é exigida 
a intermediação de um corretor de seguros 
habilitado (espécie de advogado do segurado). A 
necessidade do intermediário remete ao 
problema de conflitos de interesse entre a 
seguradora e o cliente (a seguradora é uma 
instituição financeira que visa lucro, e portanto 
pode não esclarecer pontos importantes para o 
pagamento da indenização, por exemplo). 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Seguro 
 
MERCADO DE CAPITAIS E DE CÂMBIO 
 
A história do mercado de capitais 
Antes da década de 60, os brasileiros investiam 
principalmente em ativos reais (imóveis), 
evitando aplicações em títulos públicos ou 
privados. A um ambiente econômico de inflação 
crescente – principalmente a partir do final da 
década de 1950 – se somava uma legislação que 
limitava em 12% ao ano a taxa máxima de juros, 
a chamada Lei da Usura, também limitando o 
desenvolvimento de um mercado de capitais 
ativo. 
Essa situação começa a se modificar quando o 
Governo que assumiu o poder em abril de 1964 
iniciou um programa de grandes reformas na 
economia nacional, dentre as quais figurava a 
reestruturação do mercado financeiro quando 
diversas novas leis foram editadas. 
Entre aquelas que tiveram maior importância 
para o mercado de capitais podemos citar a Lei 
nº 4.537/64, que instituiu a correção monetária, 
através da criação das ORTN, a Lei nº 4.595/64, 
denominada lei da reforma bancária, que 
reformulou todo o sistema nacional de 
intermediação financeira e criou o Conselho 
Monetário Nacional e o Banco Central e, 
principalmente, a Lei nº 4.728, de 14.04.65, 
primeira Lei de Mercado de Capitais, que 
disciplinou esse mercado e estabeleceu medidas 
para seu desenvolvimento. 
A introdução da legislação acima referida 
resultou em diversas modificações no mercado 
acionário, tais como: a reformulação da 
legislação sobre Bolsa de Valores, a 
transformação dos corretores de fundos públicos 
em Sociedades Corretoras, forçando a sua 
profissionalização, a criação dos Bancos de 
Investimento, a quem foi atribuída a principal 
tarefa de desenvolver a indústria de fundos de 
investimento. 
Com a finalidade específica de regulamentar e 
fiscalizar o mercado de valores mobiliários, as 
Bolsa de Valores, os intermediários financeiros e 
as companhias de capital aberto, funções hoje 
exercidas pela CVM, foi criada uma diretoria no 
Banco Central - Diretoria de Mercado de Capitais. 
Ao mesmo tempo, foram introduzidos alguns 
incentivos para a aplicação no mercado 
acionário, dentre as quais destacamos os Fundos 
157, criados pelo Decreto Lei nº 157, de 
10.02.1967. Estes fundos eram uma opção dada 
aos contribuintes de utilizar parte do imposto 
devido, quando da Declaração do Imposto de 
Renda, em aquisição de quotas de fundos de 
ações de companhias abertas administrados por 
instituições financeiras de livre escolha do 
aplicador. 
Com o grande volume de recursos carreados 
para o mercado acionário, principalmente em 
decorrência dos incentivos fiscais criados pelo 
Governo Federal, houve um rápido crescimento 
da demanda por ações pelos investidores, sem 
que houvesse aumento simultâneo de novas 
emissões de ações pelas empresas. Isto 
desencadeou o “boom” da Bolsa do Rio de 
Janeiro quando, entre dezembro de 1970 e julho 
de 1971, houve uma forte onda especulativa e as 
cotações das ações não pararam de subir. 
Após alcançar o seu ponto máximo em julho de 
1971, iniciou-se um processo de realização de 
lucros pelos investidores mais esclarecidos e 
experientes que começaram a vender suas 
posições. O quadro foi agravado 
progressivamente quando novas emissões 
começaram a chegar às bolsas, aumentando a 
oferta de ações, em um momento em que muitos 
investidores, assustados com a rapidez e a 
magnitude do movimento de baixa, procuravam 
vender seus títulos. 
O movimento especulativo, conhecido como 
“boom de 1971”, teve curta duração mas suas 
consequências foram vários anos de mercado 
deprimido, pois algumas ofertas de ações de 
companhias extremamente frágeis e sem 
qualquer compromisso com seus acionistas, 
ocorridas no período, geraram grandes prejuízos 
e mancharam de forma surpreendentemente 
duradoura a reputação do mercado acionário. 
Apesar disso, notou-se uma recuperação das 
cotações, a partir de 1975, devido a novos 
aportes de recursos (as reservas técnicas das 
seguradoras, os recursos do Fundo PIS/PASEP, 
adicionais do Fundo 157 e a criação das 
Sociedades de Investimento – Decreto-Lei nº 
1401 – para captar recursos externos e aplicar no 
mercado de ações), além de maiores 
investimentos por parte dos Fundos de Pensão. 
Ao longo do tempo, vários outros incentivos 
foram adotados visando incentivar o crescimento 
do mercado, tais como: a isenção fiscal dos 
ganhos obtidos em bolsa de valores, a 
possibilidade de abatimento no imposto de renda 
de parte dos valores aplicados na subscrição 
pública de açõesdecorrentes de aumentos de 
capital e programas de financiamento a juros 
subsidiados efetuados pelo BNDES – Banco 
Nacional do Desenvolvimento Econômico e 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Seguro
Social aos subscritores de ações distribuídas 
publicamente. 
Foi dentro desse quadro de estagnação e 
tentativa de recuperação do mercado acionário 
que, em 1976, foram introduzidas duas novas 
normas legais, ainda em vigor: a Lei nº 6.404/76, 
nova Lei das Sociedades Anônimas que visava 
modernizar as regras que regiam as sociedades 
anônimas, até então reguladas por um antigo 
Decreto-Lei de 1940 e a Lei nº 6.385/76, segunda 
Lei do Mercado de Capitais que, entre outras 
inovações, que criou a CVM e introduziu no 
mercado uma instituição governamental 
destinada exclusivamente a regulamentar e 
desenvolver o mercado de capitais, fiscalizar as 
Bolsa de Valores e as companhias abertas. 
Não obstante todos esses incentivos, o mercado 
de capitais não teve o crescimento esperado, 
ainda que em alguns momentos tenha havido um 
aumento na quantidade de companhias abrindo 
seu capital e um volume razoável de recursos 
captados pelas empresas através de ofertas 
públicas de ações tenha ocorrido durante a 
década de 1980. 
Apesar da experiência pioneira para atrair 
capitais externos para aplicação no mercado de 
capitais brasileiro, representada pelo Decreto-Lei 
nº 1.401/76, o processo de internacionalização 
do mercado chega ao país no final da década de 
1980, sendo seu marco inicial a edição da 
Resolução do CMN nº 1.289/87 e seus anexos. 
A partir de meados da década de 1990, com a 
aceleração do movimento de abertura da 
economia brasileira, aumenta o volume de 
investidores estrangeiros atuando no mercado de 
capitais brasileiro. Além disso, algumas 
empresas brasileiras começam a acessar o 
mercado externo através da listagem de suas 
ações em bolsas de valores estrangeiras, 
principalmente a New York Stock Exchange, sob 
a forma de ADR’-s – American Depositary 
Reciepts -, com o objetivo de se capitalizar 
através do lançamento de valores mobiliários no 
exterior. 
Ao listar suas ações nas bolsas americanas, as 
companhias abertas brasileiras foram obrigadas 
a seguir diversas regras impostas pela SEC – 
Securities and Exchange Commission -, órgão 
regulador do mercado de capitais norte-
americano, relacionadas a aspectos contábeis, 
de transparência e divulgação de informações, os 
chamados “princípios de governança 
corporativa”. 
A partir daí, as empresas brasileiras começam a 
ter contato com acionistas mais exigentes e 
sofisticados, acostumados a investir em 
mercados com práticas de governança 
corporativa mais avançadas que as aplicadas no 
mercado brasileiro. Ao número crescente de 
investidores estrangeiros soma-se uma maior 
participação de investidores institucionais 
brasileiros de grande porte e mais conscientes de 
seus direitos. 
Com o passar do tempo, o mercado de capitais 
brasileiro passou a perder espaço para outros 
mercados devido à falta de proteção ao acionista 
minoritário e a incertezas em relação às 
aplicações financeiras. A falta de transparência 
na gestão e a ausência de instrumentos 
adequados de supervisão das companhias 
influenciavam a percepção de risco e, 
consequentemente, aumentavam o custo de 
capital das empresas. 
Algumas iniciativas institucionais e 
governamentais foram implementadas nos 
últimos anos com o objetivo de assegurar 
melhorias das práticas de governança 
corporativa das empresas brasileiras, das quais 
destacamos: a aprovação da Lei nº 10.303/01 e 
a criação do Novo Mercado e dos Níveis 1 e 2 de 
governança corporativa pela Bolsa de Valores de 
São Paulo – Bovespa. 
I - Novo Mercado 
No final dos anos 90 era evidente a crise de 
grandes proporções pela qual passava o 
mercado de ações no país. A título de exemplo, 
o número de companhias listadas na Bovespa 
tinha caído de 550 em 1996 para 440 em 2001. 
O volume negociado após atingir US$ 191 
bilhões em 1997, recuara para US$ 101 bilhões 
em 2000 e US$ 65 bilhões em 2001. Além disso, 
muitas companhias fechavam o capital e poucas 
abriam. 
É nesse cenário que a Bovespa cria o Novo 
Mercado como um segmento especial de 
listagem de ações de companhias que se 
comprometam voluntariamente a adotar as boas 
práticas de governança corporativa. Numa 
necessária adaptação à realidade do mercado de 
ações brasileiro, são criados dois estágios 
intermediários: Níveis I e II, que, juntos com o 
Novo Mercado, estabelecem compromissos 
crescentes de adoção de melhores práticas de 
governança corporativa. 
A ideia que norteou a criação do Novo Mercado 
tem seu fundamento na constatação de que entre 
os diversos fatores que contribuem para a 
fragilidade do mercado de capitais brasileiro está 
a falta de proteção aos acionistas minoritários. 
Dessa forma, a valorização e a liquidez das 
ações de um mercado são influenciadas 
positivamente pelo grau de segurança que os 
direitos concedidos aos acionistas oferecem e 
pela qualidade das informações prestadas pelas 
empresas. 
A ausência de regras adequadas de defesa dos 
interesses dos acionistas minoritários acarreta a 
exigência por parte dos investidores de um 
deságio sobre o preço da ação, causando uma 
desvalorização no valor de mercado das 
companhias. Dessa forma, é esperado que as 
empresas cujas ações estejam listadas em algum 
dos segmentos diferenciados de governança 
corporativa, nas quais os riscos envolvidos são 
minimizados, apresentem prêmios de risco 
consideravelmente reduzidos, implicando 
valorização do patrimônio de todos os acionistas. 
II - Reforma da Lei das Sociedades Anônimas 
As alterações da Lei Societária em vigor desde 
1976 (Lei nº 6.404/76), com o objetivo de 
aperfeiçoar e incrementar os direitos e a proteção 
dos acionistas minoritários tornaram-se uma 
reivindicação generalizada dos diversos 
integrantes do mercado e tiveram como objetivo 
o fortalecimento do mercado de capitais e o 
estímulo à maior participação dos investidores. 
Nas alterações realizadas, foram introduzidas 
diversas regras de governança corporativa 
nascidas de princípios de “disclousure” 
(transparência), tratamento equitativo, 
“compliance” e “accountability” (prestação de 
contas), aperfeiçoados após a edição da Lei nº 
6.404/76 e reintroduzidos alguns outros que 
constavam desta última e foram casuisticamente 
retirados, como é o caso do instituto do “tag 
along” (direito de recesso), revogado pela Lei nº 
9.457/97 com o objetivo único de facilitar o 
processo de privatização e maximizar o valor 
recebido pela União ao impedir a extensão aos 
minoritários dos grandes ágios pagos nos leilões. 
A partir de 2003, houve um reaquecimento do 
mercado. Para se ter uma ideia da magnitude 
dessa retomada, basta observar o salto na 
quantidade de ofertas iniciais (IPOs) após 2003. 
Em todo o período de 1996 a 2003 foram feitas 
apenas quatro – menos de uma por ano –, ao 
passo que entre 2003 e 2011 foram realizadas 
mais de 100. 
Em 2008, a Bolsa de Valores de São Paulo e a 
Bolsa de Mercadorias & Futuros se integraram, 
dando origem a BM&FBOVESPA. Atualmente, a 
BM&FBOVESPA é a única bolsa que opera no 
Brasil, além de ser líder na América Latina e uma 
das maiores do mundo em valores de mercado. 
Seus mercados abrangem ações, contratos 
futuros, câmbio, operações, fundos e ETFs 
(fundos de índices), crédito de carbono, leilões e 
renda fixa pública e privada. No início de 2010, a 
BM&FBOVESPA ampliou sua posição no quadro 
acionário do CME Group, de 1,8% para 5%, o 
que representa um investimento de US$ 620 
milhões. 
http://www.portaldoinvestidor.gov.br/menu/Menu_Academico/
O_Mercado_de_valores_mobiliarios_brasileiro/Historia_Merca
do-Capitais.html 
 
O que é câmbio? 
Câmbio é a operação de troca de moeda de um 
país pela moeda de outro país. Por exemplo, 
quando um turistabrasileiro vai viajar para o 
exterior e precisa de moeda estrangeira, o agente 
autorizado pelo Banco Central a operar no 
mercado de câmbio recebe do turista brasileiro a 
moeda nacional e lhe entrega (vende) a moeda 
estrangeira. Já quando um turista estrangeiro 
quer converter moeda estrangeira em reais, o 
agente autorizado a operar no mercado de 
câmbio compra a moeda estrangeira do turista 
estrangeiro, entregando-lhe os reais 
correspondentes. 
O que é mercado de câmbio? 
No Brasil, o mercado de câmbio é o ambiente 
onde se realizam as operações de câmbio entre 
os agentes autorizados pelo Banco Central e 
entre estes e seus clientes, diretamente ou por 
meio de seus correspondentes. 
O mercado de câmbio é regulamentado e 
fiscalizado pelo Banco Central e compreende as 
operações de compra e de venda de moeda 
estrangeira, as operações em moeda nacional 
entre residentes, domiciliados ou com sede no 
País e residentes, domiciliados ou com sede no 
exterior e as operações com ouro-instrumento 
cambial, realizadas por intermédio das 
instituições autorizadas a operar no mercado de 
câmbio pelo Banco Central, diretamente ou por 
meio de seus correspondentes. 
Incluem-se no mercado de câmbio brasileiro as 
operações relativas aos recebimentos, 
pagamentos e transferências do e para o exterior 
mediante a utilização de cartões de uso 
internacional, bem como as operações referentes 
às transferências financeiras postais 
internacionais, inclusive vales postais e 
reembolsos postais internacionais. 
À margem da lei, funciona um segmento 
denominado mercado paralelo. São ilegais os 
negócios realizados no mercado paralelo, bem 
como a posse de moeda estrangeira oriunda de 
atividades ilícitas. 
Qualquer pessoa física ou jurídica pode 
comprar e vender moeda estrangeira? 
Sim, desde que a outra parte na operação de 
câmbio seja agente autorizado pelo Banco 
Central a operar no mercado de câmbio (ou seu 
correspondente para tais operações) e que seja 
observada a regulamentação em vigor, incluindo 
a necessidade de identificação em todas as 
operações. É dispensado o respaldo documental 
das operações de valor até o equivalente a US$ 
3 mil, preservando-se, no entanto, a necessidade 
de identificação do cliente. 
Que instituições podem operar no mercado 
de câmbio e que operações elas podem 
realizar? 
Podem ser autorizados pelo Banco Central a 
operar no mercado de câmbio: bancos múltiplos; 
bancos comerciais; caixas econômicas; bancos 
de investimento; bancos de desenvolvimento; 
bancos de câmbio; agências de fomento; 
sociedades de crédito, financiamento e 
investimento; sociedades corretoras de títulos e 
valores mobiliários; sociedades distribuidoras de 
títulos e valores mobiliários e sociedades 
corretoras de câmbio. 
Esses agentes podem realizar as seguintes 
operações: 
a) bancos, exceto de desenvolvimento, e a Caixa 
Econômica Federal: todas as operações 
previstas para o mercado de câmbio; 
b) bancos de desenvolvimento; sociedades de 
crédito, financiamento e investimento e agências 
de fomento: operações específicas autorizadas 
pelo Banco Central; 
c) sociedades corretoras de títulos e valores 
mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos e 
valores mobiliários e sociedades corretoras de 
câmbio: 
c1.) operações de câmbio com clientes para 
liquidação pronta de até US$100 mil ou o seu 
equivalente em outras moedas; e 
c2.) operações no mercado interbancário, 
arbitragens no País e, por meio de banco 
autorizado a operar no mercado de câmbio, 
arbitragem com o exterior. 
Além desses agentes, o Banco Central também 
concedia autorização para agências de turismo e 
meios de hospedagem de turismo para operarem 
no mercado de câmbio. Atualmente, não se 
concede mais autorização para esses agentes, 
permanecendo ainda apenas aquelas agências 
de turismo cujos proprietários pediram ao Banco 
Central autorização para constituir instituição 
autorizada a operar em câmbio. Enquanto o 
Banco Central está analisando tais pedidos, as 
agências de turismo ainda autorizadas podem 
continuar a realizar operações de compra e 
venda de moeda estrangeira em espécie, 
cheques e cheques de viagem, relativamente a 
viagens internacionais. 
As instituições financeiras autorizadas a operar 
em câmbio podem contratar correspondentes 
(pessoas jurídicas em geral) para a realização 
das seguintes operações de câmbio: 
a) execução ativa ou passiva de ordem de 
pagamento relativa a transferência unilateral (ex: 
manutenção de residentes, transferência de 
patrimônio, prêmios em eventos culturais e 
esportivos) do ou para o exterior, limitada ao 
valor equivalente a US$ 3 mil dólares dos 
Estados Unidos, por operação; 
b) compra e venda de moeda estrangeira em 
espécie, cheque ou cheque de viagem, bem 
como carga de moeda estrangeira em cartão pré-
pago, limitada ao valor equivalente a US$ 3 mil 
dólares dos Estados Unidos, por operação; e 
c) recepção e encaminhamento de propostas de 
operações de câmbio. 
As operações realizadas pelos correspondentes 
são de total responsabilidade da instituição 
contratante. 
A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) 
também é autorizada pelo Banco Central a 
realizar operações com vales postais 
internacionais, emissivos e receptivos, para 
liquidação pronta, não sujeitos ou vinculados a 
registro no Banco Central do Brasil e de até o 
equivalente a US$50 mil, por operação. 
Que operações podem ser realizadas no 
mercado de câmbio? 
Quaisquer pagamentos ou recebimentos em 
moeda estrangeira podem ser realizados no 
mercado de câmbio, inclusive as transferências 
para fins de constituição de disponibilidades no 
exterior e seu retorno ao País e aplicações no 
mercado financeiro. As pessoas físicas e as 
pessoas jurídicas podem comprar e vender 
moeda estrangeira ou realizar transferências 
internacionais em reais, de qualquer natureza, 
sem limitação de valor, observada a legalidade 
da transação, tendo como base a fundamentação 
econômica e as responsabilidades definidas na 
respectiva documentação. 
Embora do ponto de vista cambial não exista 
restrição para a movimentação de recursos, os 
agentes do mercado e seus clientes devem 
observar eventuais restrições legais ou 
regulamentares existentes para determinados 
tipos de operação. Como exemplo, relativamente 
à colocação de seguros no exterior, devem ser 
observadas as disposições dos órgãos e 
entidades responsáveis pela regulação do 
segmento segurador. 
Os bancos são obrigados a vender moeda em 
espécie? 
Não. Normalmente, os agentes autorizados a 
operar em câmbio, por questão de administração 
de caixa e estratégia operacional, procuram 
operar com o mínimo possível de moeda em 
espécie. 
O que é mercado primário e mercado 
secundário? 
A operação de mercado primário implica o 
recebimento ou a entrega de moeda estrangeira 
por parte de clientes no País, correspondendo a 
fluxo de entrada ou de saída da moeda 
estrangeira do País. Esse é o caso das 
operações realizadas com exportadores, 
importadores, viajantes, etc. Já no mercado 
secundário, também denominado mercado 
interbancário quando os negócios são realizados 
entre bancos, a moeda estrangeira é negociada 
entre as instituições integrantes do sistema 
financeiro e simplesmente migra do ativo de uma 
instituição autorizada a operar no mercado de 
câmbio para o de outra, igualmente autorizada, 
não havendo fluxo de entrada ou de saída da 
moeda estrangeira do País. 
O que é posição de câmbio? 
A posição de câmbio é representada pelo saldo 
das operações de câmbio (compra e venda de 
moeda estrangeira, de títulos e documentos que 
as representem e de ouro-instrumento cambial) 
prontas ou para liquidação futura, realizadas 
pelas instituições autorizadas pelo Banco Central 
do Brasil a operar no mercado de câmbio. 
O que é posição de câmbio comprada? 
A posição de câmbiocomprada é o saldo em 
moeda estrangeira registrado em nome de uma 
instituição autorizada que tenha efetuado 
compras, prontas ou para liquidação futura, de 
moeda estrangeira, de títulos e documentos que 
as representem e de ouro-instrumento cambial, 
em valores superiores às vendas. 
O que é posição de câmbio vendida? 
A posição de câmbio vendida é o saldo em 
moeda estrangeira registrado em nome de uma 
instituição autorizada que tenha efetuado 
vendas, prontas ou para liquidação futura, de 
moeda estrangeira, de títulos e documentos que 
as representem e de ouro-instrumento cambial, 
em valores superiores às compras. 
O que é operação pronta? 
A operação de câmbio (compra ou venda) pronta 
é a operação a ser liquidada em até dois dias 
úteis da data de contratação. 
O que é operação para liquidação futura? 
A operação de câmbio (compra ou venda) para 
liquidação futura é a operação a ser liquidada em 
prazo maior que dois dias. 
O que é contrato de câmbio? 
Contrato de câmbio é o documento que formaliza 
a operação de compra ou de venda de moeda 
estrangeira. Nele são estabelecidas as 
características e as condições sob as quais se 
realiza a operação de câmbio. Dele constam 
informações relativas à moeda estrangeira que 
um cliente está comprando ou vendendo, à taxa 
contratada, ao valor correspondente em moeda 
nacional e aos nomes do comprador e do 
vendedor. Os contratos de câmbio devem ser 
registrados no Sistema Câmbio pelo agente 
autorizado a operar no mercado de câmbio. 
Nas operações de compra ou de venda de 
moeda estrangeira de até US$ 3 mil, ou seu 
equivalente em outras moedas estrangeiras, não 
é obrigatória a formalização do contrato de 
câmbio, mas o agente do mercado de câmbio 
deve identificar seu cliente e registrar a operação 
no Sistema Câmbio. 
O que é política cambial? 
É o conjunto de ações governamentais 
diretamente relacionadas ao comportamento do 
mercado de câmbio, inclusive no que se refere à 
estabilidade relativa das taxas de câmbio e do 
equilíbrio no balanço de pagamentos. 
Qual é o papel do Banco Central no mercado 
de câmbio? 
O Banco Central executa a política cambial 
definida pelo Conselho Monetário Nacional. Para 
tanto, regulamenta o mercado de câmbio e 
autoriza as instituições que nele operam. 
Também compete ao Banco Central fiscalizar o 
referido mercado, podendo punir dirigentes e 
instituições mediante multas, suspensões e 
outras sanções previstas em lei. Além disso, o 
Banco Central pode atuar diretamente no 
mercado, comprando e vendendo moeda 
estrangeira de forma ocasional e limitada, com o 
objetivo de conter movimentos desordenados da 
taxa de câmbio. 
http://www.bcb.gov.br/?MERCCAMFAQ 
 
GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO 
NACIONAL 
 
GARANTIAS PESSOAIS 
Baseiam-se na confiança, isto é, se o devedor 
não pagar, uma terceira pessoa (que prestou a 
garantia pessoal) será obrigada a pagar no lugar 
dele. Nesta modalidade de garantia temos o aval 
e a fiança. 
 
Aval 
O aval é a garantia de pagamento formal e 
solidária firmada por terceiro em um título de 
crédito, onde os intervenientes são: o avalista 
(aquele que presta o aval), o avalizado (aquele 
que recebe o aval) e o credor. Para tanto, basta 
que se lance o aval no próprio título ou na folha 
de alongamento. A simples assinatura no 
anverso do título é suficiente para configurar o 
aval. 
Considera-se não escrito o aval cancelado. 
Tratando-se de garantia solidária, implica que o 
avalista é coobrigado, isto é, é co-devedor 
principal. 
 
Fiança 
Dá-se a fiança quando uma pessoa se obriga a 
satisfazer determinada obrigação, caso o 
respectivo devedor não a cumpra. A fiança é um 
contrato acessório; pode ser gratuito ou oneroso. 
Os intervenientes são: o devedor (afiançado), o 
fiador (pessoa física ou pessoa jurídica) e o 
credor. Caso o devedor principal não cumpra a 
obrigação e o fiador venha a ser acionado para 
responder pela dívida, sem que antes tenha sido 
acionado aquele, poderá alegar o benefício de 
ordem para que os bens do devedor sejam 
excutidos em primeiro lugar, salvo se foi 
estipulada solidariedade no contrato de fiança. O 
fiador tem a prerrogativa de renunciar a este 
direito. 
A fiança só pode ser concedida pelo cônjuge 
quando o outro der seu consentimento. A este 
requisito se dá o nome de outorga uxória. A falta 
da autorização torna o ato anulável. 
 
Fiança bancária 
É um compromisso contratual pelo qual uma 
instituição financeira garante o cumprimento de 
obrigações de seus clientes. O público alvo são 
as pessoas físicas e jurídicas. A fiança bancária 
é uma obrigação por escrito (carta de fiança) 
assumida pelo banco, responsabilizando-se por 
dívida total ou parcial de cliente que queira 
assumir uma obrigação perante terceiros. 
Regulamentação do CMN estipula o limite 
máximo de exposição por cliente a ser observado 
pelas instituições financeiras na prestação de 
garantia de fiança bancária. A vantagem se 
trabalhar com fiança bancária é que a garantia 
oferecida pelos bancos goza de grande 
respeitabilidade no mundo dos negócios. A fiança 
bancária está sujeita a cobrança de tarifas, mas 
não se sujeita a cobrança de IOF, por tratar-se de 
um contrato. 
 
GARANTIAS REAIS 
Vinculam patrimônio ao cumprimento da 
obrigação assumida pelo devedor. Recaem 
sobre bens móveis ou imóveis do patrimônio do 
devedor ou de terceiros; se ele não pagar, haverá 
um processo de execução em que será requerida 
a venda judicial do bem, pagando-se 
preferencialmente o credor. 
 
Penhor 
É um direito real que consiste na tradição de 
coisa móvel, suscetível de alienação, realizada 
pelo devedor ou por terceiro ao credor, a fim de 
garantir o pagamento do débito. Tem como 
sujeitos o devedor pignoratício (pode ser tanto o 
sujeito passivo da obrigação principal como 
terceiro que ofereça o ônus real) e o credor 
pignoratício (o que empresta o dinheiro). 
 
Penhor mercantil 
É caracterizando-se pela dispensa da tradição da 
coisa onerada, ou seja, o devedor continua na 
sua posse, equiparando-se ao depositário para 
todos os efeitos. Visa garantir obrigação 
comercial. 
Penhor mercantil é a garantia na qual o bem 
empenhado faz parte integrante do negócio 
comercial. Pode abranger tanto estoque de 
matérias-primas quanto estoques de produtos 
acabados. Os estoques objeto de penhor 
mercantil são confiados a fiel depositário, que se 
torna responsável pela guarda, existência e 
conservação dos bens dados em garantia. 
 
Hipoteca 
A hipoteca é um direito real sobre um bem imóvel 
ou aos que forem a ele equiparados, que tem por 
objetivo assegurar o pagamento de uma dívida. 
A posse do bem gravado não se transfere ao 
credor. A hipoteca abrange todas as acessões, 
melhoramentos ou construções no imóvel e deve 
ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis. 
Podem ser objeto de hipoteca os imóveis, seus 
acessórios, as estradas de ferro (linhas, 
estações, locomotivas e vagões), as minas e 
pedreiras, os navios e os aviões. 
 
Alienação fiduciária 
Pelo contrato de alienação fiduciária, o devedor 
transfere ao credor a propriedade de uma coisa 
móvel ou imóvel, até que a dívida daquele seja 
inteiramente paga. O devedor é chamado 
fiduciante e o credor denomina-se fiduciário. Uma 
vez completado o pagamento, a propriedade do 
bem alienada volta ao fiduciante. 
A alienação fiduciária de coisas móveis rege-se 
pelo Decreto-Lei 911/1969. Até a entrada em 
vigor do novo Código Civil os contratos de 
empréstimos com garantia de alienação 
fiduciária de coisa móvel só podiam ser 
pactuados entre instituições financeiras e o 
financiado, pessoa física ou jurídica. A partir de 
da entrada em vigor da Lei 9.514/97, passou a 
existir também a alienação fiduciária da coisa 
imóvel. 
A mora ou o inadimplemento do fiduciante 
possibilita ao fiduciário requerer em juízo a busca 
eapreensão do bem móvel objeto do contrato, 
para vendê-lo a terceiros e tornar efetiva a sua 
garantia. Se o bem móvel não for encontrado na 
posse do fiduciante, a busca e apreensão podem 
transformar-se em ação de depósito; se ele não 
entregar a coisa, poderá ser considerado 
depositário infiel. 
A lei faculta a venda da coisa independentemente 
de leilão, avaliação prévia ou interpelação do 
devedor. O credor deve aplicar o preço da venda 
no pagamento de seu crédito e das despesas 
decorrentes, entregando ao devedor o saldo 
apurado, se houver. 
 
Legislação sobre garantias do SFN 
 
AVAL – CÓDIGO CIVIL (LEI 10.406/02): Art. 897 
O pagamento de título de crédito, que contenha 
obrigação de pagar soma determinada, pode ser 
garantido por aval. 
Parágrafo único. É vedado o aval parcial. 
Art. 898 O aval deve ser dado no verso ou no 
anverso do próprio título. 
§ 1° Para a validade do aval, dado no anverso do 
título, é suficiente a simples assinatura do 
avalista. 
§ 2° Considera-se não escrito o aval cancelado. 
Art. 899 O avalista equipara-se àquele cujo nome 
indicar; na falta de indicação, ao emitente ou 
devedor final. 
§ 1° Pagando o título, tem o avalista ação de 
regresso contra o seu avalizado e demais 
coobrigados anteriores. 
§ 2° Subsiste a responsabilidade do avalista, 
ainda que nula a obrigação daquele a quem se 
equipara, a menos que a nulidade decorra de 
vício de forma. 
Art. 900 O aval posterior ao vencimento produz 
os mesmos efeitos do anteriormente dado. 
Art. 1.647..., nenhum dos cônjuges pode, sem 
autorização do outro, exceto no regime da 
separação absoluta: 
... 
III - prestar fiança ou aval. 
 
FIANÇA – CÓDIGO CIVIL (LEI 10.406/02): Art. 
818 Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante 
satisfazer ao credor uma obrigação assumida 
pelo devedor, caso este não a cumpra. 
Art. 819 A fiança dar-se-á por escrito, e não 
admite interpretação extensiva. 
Art. 820 Pode-se estipular a fiança, ainda que 
sem consentimento do devedor ou contra a sua 
vontade. 
Art. 821 As dívidas futuras podem ser objeto de 
fiança; mas o fiador, neste caso, não será 
demandado senão depois que se fizer certa e 
líquida a obrigação do principal devedor. 
Art. 822 Não sendo limitada, a fiança 
compreenderá todos os acessórios da dívida 
principal, inclusive as despesas judiciais, desde a 
citação do fiador. 
Art. 823 A fiança pode ser de valor inferior ao da 
obrigação principal e contraída em condições 
menos onerosas, e, quando exceder o valor da 
dívida, ou for mais onerosa que ela, não valerá 
senão até ao limite da obrigação afiançada. 
Art. 824 As obrigações nulas não são suscetíveis 
de fiança, exceto se a nulidade resultar apenas 
de incapacidade pessoal do devedor. 
Parágrafo único. A exceção estabelecida neste 
artigo não abrange o caso de mútuo feito a 
menor. 
Art. 825 Quando alguém houver de oferecer 
fiador, o credor não pode ser obrigado a aceitá-lo 
se não for pessoa idônea, domiciliada no 
município onde tenha de prestar a fiança, e não 
possua bens suficientes para cumprir a 
obrigação. 
Art. 826 Se o fiador se tornar insolvente ou 
incapaz, poderá o credor exigir que seja 
substituído. 
Art. 827 O fiador demandado pelo pagamento da 
dívida tem direito a exigir, até a contestação da 
lide, que sejam primeiro executados os bens do 
devedor. 
Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício 
de ordem, a que se refere este artigo, deve 
nomear bens do devedor, sitos no mesmo 
município, livres e desembargados, quantos 
bastem para solver o débito. 
Art. 828 Não aproveita este benefício ao fiador: 
I - se ele o renunciou expressamente; 
II - se se obrigou como principal pagador, ou 
devedor solidário; 
III - se o devedor for insolvente, ou falido. 
Art. 829 A fiança conjuntamente prestada a um 
só débito por mais de uma pessoa importa o 
compromisso de solidariedade entre elas, se 
declaradamente não se reservarem o benefício 
de divisão. 
Parágrafo único. Estipulado este benefício, cada 
fiador responde unicamente pela parte que, em 
proporção, lhe couber no pagamento. 
Art. 830 Cada fiador pode fixar no contrato a 
parte da dívida que toma sob sua 
responsabilidade, caso em que não será por mais 
obrigado. 
Art. 831 O fiador que pagar integralmente a 
dívida fica sub-rogado nos direitos do credor; 
mas só poderá demandar a cada um dos outros 
fiadores pela respectiva quota. 
Parágrafo único. A parte do fiador insolvente 
distribuir-se-á pelos outros. 
Art. 832 O devedor responde também perante o 
fiador por todas as perdas e danos que este 
pagar, e pelos que sofrer em razão da fiança. 
Art. 833 O fiador tem direito aos juros do 
desembolso pela taxa estipulada na obrigação 
principal, e, não havendo taxa convencionada, 
aos juros legais da mora. 
Art. 834 Quando o credor, sem justa causa, 
demorar a execução iniciada contra o devedor, 
poderá o fiador promover-lhe o andamento. 
Art. 835 O fiador poderá exonerar-se da fiança 
que tiver assinado sem limitação de tempo, 
sempre que lhe convier, ficando obrigado por 
todos os efeitos da fiança, durante sessenta dias 
após a notificação do credor. 
Art. 836 A obrigação do fiador passa aos 
herdeiros; mas a responsabilidade da fiança se 
limita ao tempo decorrido até a morte do fiador, e 
não pode ultrapassar as forças da herança. 
Art. 837 O fiador pode opor ao credor as 
exceções que lhe forem pessoais, e as extintivas 
da obrigação que competem ao devedor 
principal, se não provierem simplesmente de 
incapacidade pessoal, salvo o caso do mútuo 
feito a pessoa menor. 
Art. 838 O fiador, ainda que solidário, ficará 
desobrigado: 
I - se, sem consentimento seu, o credor conceder 
moratória ao devedor; 
II - se, por fato do credor, for impossível a sub-
rogação nos seus direitos e preferências; 
III - se o credor, em pagamento da dívida, aceitar 
amigavelmente do devedor objeto diverso do que 
este era obrigado a lhe dar, ainda que depois 
venha a perdê-lo por evicção*. 
Evicção: perda, parcial ou total, que sofre o 
adquirente duma coisa em conseqüência da 
reivindicação judicial promovida pelo verdadeiro 
dono ou possuidor. 
Art. 839 Se for invocado o benefício da excussão 
e o devedor, retardando-se a execução, cair em 
insolvência, ficará exonerado o fiador que o 
invocou, se provar que os bens por ele indicados 
eram, ao tempo da penhora, suficientes para a 
solução da dívida afiançada. 
Art. 1.647... , nenhum dos cônjuges pode, sem 
autorização do outro, exceto no regime da 
separação absoluta: 
III - prestar fiança ou aval. 
 
PENHOR – CÓDIGO CIVIL (LEI 10.406/02): Art. 
1.431 Constitui-se o penhor pela transferência 
efetiva da posse que, em garantia do débito ao 
credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou 
alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível 
de alienação. 
Parágrafo único. No penhor rural, industrial, 
mercantil e de veículos, as coisas empenhadas 
continuam em poder do devedor, que as deve 
guardar e conservar. 
Art. 1.432 O instrumento do penhor deverá ser 
levado a registro, por qualquer dos contratantes; 
o do penhor comum será registrado no Cartório 
de Títulos e Documentos. 
Art. 1.433 O credor pignoratício tem direito: 
I - à posse da coisa empenhada; 
II - à retenção dela, até que o indenizem das 
despesas devidamente justificadas, que tiver 
feito, não sendo ocasionadas por culpa sua; 
III - ao ressarcimento do prejuízo que houver 
sofrido por vício da coisa empenhada; 
IV - a promover a execução judicial, ou a venda 
amigável, se lhe permitir expressamente o 
contrato, ou lhe autorizar o devedor mediante 
procuração; 
V - a apropriar-se dos frutos da coisa empenhada 
que se encontra em seu poder; 
VI - a promover a venda antecipada, mediante 
prévia autorização judicial, sempre que haja 
receio fundado de que a coisa empenhada se 
perca ou deteriore, devendo o preço ser 
depositado. O dono da coisa empenhadapode 
impedir a venda antecipada, substituindo-a, ou 
oferecendo outra garantia real idônea. 
Art. 1.434 O credor não pode ser constrangido a 
devolver a coisa empenhada, ou uma parte dela, 
antes de ser integralmente pago, podendo o juiz, 
a requerimento do proprietário, determinar que 
seja vendida apenas uma das coisas, ou parte da 
coisa empenhada, suficiente para o pagamento 
do credor. 
Art. 1.435 O credor pignoratício é obrigado: 
I - à custódia da coisa, como depositário, e a 
ressarcir ao dono a perda ou deterioração de que 
for culpado, podendo ser compensada na dívida, 
até a concorrente quantia, a importância da 
responsabilidade; 
II - à defesa da posse da coisa empenhada e a 
dar ciência, ao dono dela, das circunstâncias que 
tornarem necessário o exercício de ação 
possessória; 
III - a imputar o valor dos frutos, de que se 
apropriar (art. 1.433, inciso V) nas despesas de 
guarda e conservação, nos juros e no capital da 
obrigação garantida, sucessivamente; 
IV - a restituí-la, com os respectivos frutos e 
acessões, uma vez paga a dívida; 
V - a entregar o que sobeje do preço, quando a 
dívida for paga, no caso do inciso IV do art. 1.433. 
Art. 1.436 Extingue-se o penhor: 
I - extinguindo-se a obrigação; 
II - perecendo a coisa; 
III - renunciando o credor; 
IV - confundindo-se na mesma pessoa as 
qualidades de credor e de dono da coisa; 
V - dando-se a adjudicação judicial, a remissão 
ou a venda da coisa empenhada, feita pelo 
credor ou por ele autorizada. 
§ 1o Presume-se a renúncia do credor quando 
consentir na venda particular do penhor sem 
reserva de preço, quando restituir a sua posse ao 
devedor, ou quando anuir à sua substituição por 
outra garantia. 
§ 2o Operando-se a confusão tão-somente 
quanto a parte da dívida pignoratícia, subsistirá 
inteiro o penhor quanto ao resto. 
Art. 1.437 Produz efeitos a extinção do penhor 
depois de averbado o cancelamento do registro, 
à vista da respectiva prova. 
Art. 1.438 Constitui-se o penhor rural mediante 
instrumento público ou particular, registrado no 
Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição 
em que estiverem situadas as coisas 
empenhadas. 
Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro 
a dívida, que garante com penhor rural, o 
devedor poderá emitir, em favor do credor, 
cédula rural pignoratícia, na forma determinada 
em lei especial. 
Art. 1.439 O penhor agrícola e o penhor pecuário 
somente podem ser convencionados, 
respectivamente, pelos prazos máximos de três 
e quatro anos, prorrogáveis, uma só vez, até o 
limite de igual tempo. 
§ 1o Embora vencidos os prazos, permanece a 
garantia, enquanto subsistirem os bens que a 
constituem. 
§ 2o A prorrogação deve ser averbada à margem 
do registro respectivo, mediante requerimento do 
credor e do devedor. 
Art. 1.440 Se o prédio estiver hipotecado, o 
penhor rural poderá constituir-se 
independentemente da anuência do credor 
hipotecário, mas não lhe prejudica o direito de 
preferência, nem restringe a extensão da 
hipoteca, ao ser executada. 
Art. 1.441 Tem o credor direito a verificar o 
estado das coisas empenhadas, inspecionando-
as onde se acharem, por si ou por pessoa que 
credenciar. 
Art. 1.442 Podem ser objeto de penhor: 
I - máquinas e instrumentos de agricultura; 
II - colheitas pendentes, ou em via de formação; 
III - frutos acondicionados ou armazenados; 
IV - lenha cortada e carvão vegetal; 
V - animais do serviço ordinário de 
estabelecimento agrícola. 
Art. 1.443 O penhor agrícola que recai sobre 
colheita pendente, ou em via de formação, 
abrange a imediatamente seguinte, no caso de 
frustrar-se ou ser insuficiente a que se deu em 
garantia. 
Parágrafo único. Se o credor não financiar a nova 
safra, poderá o devedor constituir com outrem 
novo penhor, em quantia máxima equivalente à 
do primeiro; o segundo penhor terá preferência 
sobre o primeiro, abrangendo este apenas o 
excesso apurado na colheita seguinte. 
Art. 1.444 Podem ser objeto de penhor os 
animais que integram a atividade pastoril, 
agrícola ou de lacticínios. 
Art. 1.445 O devedor não poderá alienar os 
animais empenhados sem prévio consentimento, 
por escrito, do credor. 
Parágrafo único. Quando o devedor pretende 
alienar o gado empenhado ou, por negligência, 
ameace prejudicar o credor, poderá este requerer 
se depositem os animais sob a guarda de 
terceiro, ou exigir que se lhe pague a dívida de 
imediato. 
Art. 1.446 Os animais da mesma espécie, 
comprados para substituir os mortos, ficam sub-
rogados no penhor. 
Parágrafo único. Presume-se a substituição 
prevista neste artigo, mas não terá eficácia contra 
terceiros, se não constar de menção adicional ao 
respectivo contrato, a qual deverá ser averbada. 
Art. 1.447 Podem ser objeto de penhor máquinas, 
aparelhos, materiais, instrumentos, instalados e 
em funcionamento, com os acessórios ou sem 
eles; animais, utilizados na indústria; sal e bens 
destinados à exploração das salinas; produtos de 
suinocultura, animais destinados à 
industrialização de carnes e derivados; matérias-
primas e produtos industrializados. 
Parágrafo único. Regula-se pelas disposições 
relativas aos armazéns gerais o penhor das 
mercadorias neles depositadas. 
Art. 1.448 Constitui-se o penhor industrial, ou o 
mercantil, mediante instrumento público ou 
particular, registrado no Cartório de Registro de 
Imóveis da circunscrição onde estiverem 
situadas as coisas empenhadas. 
Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro 
a dívida, que garante com penhor industrial ou 
mercantil, o devedor poderá emitir, em favor do 
credor, cédula do respectivo crédito, na forma e 
para os fins que a lei especial determinar. 
Art. 1.449 O devedor não pode, sem o 
consentimento por escrito do credor, alterar as 
coisas empenhadas ou mudar-lhes a situação, 
nem delas dispor. O devedor que, anuindo o 
credor, alienar as coisas empenhadas, deverá 
repor outros bens da mesma natureza, que 
ficarão sub-rogados no penhor. 
Art. 1.450 Tem o credor direito a verificar o 
estado das coisas empenhadas, inspecionando-
as onde se acharem, por si ou por pessoa que 
credenciar. 
 
HIPOTECA – CÓDIGO CIVIL (LEI 10.406/02): 
Art. 1.473 Podem ser objeto de hipoteca: 
I - os imóveis e os acessórios dos imóveis 
conjuntamente com eles; 
II - o domínio direto (diz respeito ao direito de 
dispor do imóvel); 
III - o domínio útil (diz respeito ao direito de utilizar 
ou usufruir do imóvel); 
IV - as estradas de ferro; 
V - os recursos naturais (as jazidas, minas e 
demais recursos minerais) independentemente 
do solo onde se acham; 
VI - os navios; 
VII - as aeronaves. 
VIII - o direito de uso especial para fins de 
moradia; 
IX - o direito real de uso; 
X - a propriedade superficiária (o domínio da 
construção ou da plantação separado do solo). 
Art. 1.474 A hipoteca abrange todas as acessões, 
melhoramentos ou construções do imóvel. 
Subsistem os ônus reais constituídos e 
registrados, anteriormente à hipoteca, sobre o 
mesmo imóvel. 
Art. 1.475 É nula a cláusula que proíbe ao 
proprietário alienar imóvel hipotecado. 
Art. 1.476 O dono do imóvel hipotecado pode 
constituir outra hipoteca sobre ele, mediante 
novo título, em favor do mesmo ou de outro 
credor. 
Art. 1.477 Salvo o caso de insolvência do 
devedor, o credor da segunda hipoteca, embora 
vencida, não poderá executar o imóvel antes de 
vencida a primeira. 
Parágrafo único. Não se considera insolvente o 
devedor por faltar ao pagamento das obrigações 
garantidas por hipotecas posteriores à primeira. 
Art. 1.479 O adquirente do imóvel hipotecado, 
desde que não se tenha obrigado pessoalmente 
a pagar as dívidas aos credores hipotecários, 
poderá exonerar-se da hipoteca, abandonando-
lhes o imóvel. 
Art. 1.485 Mediante simples averbação, 
requerida por ambas as partes, poderá prorrogar-
se a hipoteca, até 30 (trinta) anos da data do 
contrato.Desde que perfaça esse prazo, só 
poderá subsistir o contrato de hipoteca 
reconstituindo-se por novo título e novo registro; 
e, nesse caso, lhe será mantida a precedência, 
que então lhe competir. 
Art. 1.486 Podem o credor e o devedor, no ato 
constitutivo da hipoteca, autorizar a emissão da 
correspondente cédula hipotecária, na forma e 
para os fins previstos em lei especial. 
Art. 1.487 A hipoteca pode ser constituída para 
garantia de dívida futura ou condicionada, desde 
que determinado o valor máximo do crédito a ser 
garantido. 
§ 1o Nos casos deste artigo, a execução da 
hipoteca dependerá de prévia e expressa 
concordância do devedor quanto à verificação da 
condição, ou ao montante da dívida. 
§ 2o Havendo divergência entre o credor e o 
devedor, caberá àquele fazer prova de seu 
crédito. Reconhecido este, o devedor 
responderá, inclusive, por perdas e danos, em 
razão da superveniente desvalorização do 
imóvel. 
Art. 1.492 As hipotecas serão registradas no 
cartório do lugar do imóvel, ou no de cada um 
deles, se o título se referir a mais de um. 
Parágrafo único. Compete aos interessados, 
exibido o título, requerer o registro da hipoteca. 
Art. 1.493 Os registros e averbações seguirão a 
ordem em que forem requeridas, verificando-se 
ela pela da sua numeração sucessiva no 
protocolo. 
Parágrafo único. O número de ordem determina 
a prioridade, e esta a preferência entre as 
hipotecas. 
Art. 1.494 Não se registrarão no mesmo dia duas 
hipotecas, ou uma hipoteca e outro direito real, 
sobre o mesmo imóvel, em favor de pessoas 
diversas, salvo se as escrituras, do mesmo dia, 
indicarem a hora em que foram lavradas. 
Art. 1.495 Quando se apresentar ao oficial do 
registro título de hipoteca que mencione a 
constituição de anterior, não registrada, 
sobrestará ele na inscrição da nova, depois de a 
prenotar, até trinta dias, aguardando que o 
interessado inscreva a precedente; esgotado o 
prazo, sem que se requeira a inscrição desta, a 
hipoteca ulterior será registrada e obterá 
preferência. 
Art. 1.497 As hipotecas legais, de qualquer 
natureza, deverão ser registradas e 
especializadas. 
Art. 1.498 Vale o registro da hipoteca, enquanto 
a obrigação perdurar; mas a especialização, em 
completando vinte anos, deve ser renovada. 
Art. 1.499 A hipoteca extingue-se: 
I - pela extinção da obrigação principal; 
II - pelo perecimento da coisa; 
III - pela resolução da propriedade; 
IV - pela renúncia do credor; 
V - pela remição; 
VI - pela arrematação ou adjudicação. 
Art. 1.500 Extingue-se ainda a hipoteca com a 
averbação, no Registro de Imóveis, do 
cancelamento do registro, à vista da respectiva 
prova. 
 
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS MÓVEIS - 
DECRETO-LEI 911/69: Art 1º A alienação 
fiduciária em garantia transfere ao credor o 
domínio resolúvel e a posse indireta da coisa 
móvel alienada, independentemente da tradição 
efetiva do bem, tornando-se o alienante ou 
devedor em possuidor direto e depositário com 
todas as responsabilidades e encargos que lhe 
incumbem de acordo com a lei civil e penal. 
§ 1º A alienação fiduciária somente se prova por 
escrito e seu instrumento, público ou particular, 
qualquer que seja o seu valor, será 
obrigatoriamente arquivado, por cópia ou 
microfilme, no Registro de Títulos e Documentos 
do domicílio do credor, sob pena de não valer 
contra terceiros, e conterá, além de outros dados, 
os seguintes: 
a) o total da divida ou sua estimativa; 
b) o local e a data do pagamento; 
c) a taxa de juros, as comissões cuja cobrança 
for permitida e, eventualmente, a cláusula penal 
e a estipulação de correção monetária, com 
indicação dos índices aplicáveis; 
d) a descrição do bem objeto da alienação 
fiduciária e os elementos indispensáveis à sua 
identificação. 
§ 2º Se, na data do instrumento de alienação 
fiduciária, o devedor ainda não for proprietário da 
coisa objeto do contrato, o domínio fiduciário 
desta se transferirá ao credor no momento da 
aquisição da propriedade pelo devedor, 
independentemente de qualquer formalidade 
posterior. 
§ 3º Se a coisa alienada em garantia não se 
identifica por números, marcas e sinais indicados 
no instrumento de alienação fiduciária, cabe ao 
proprietário fiduciário o ônus da prova, contra 
terceiros, da identidade dos bens do seu domínio 
que se encontram em poder do devedor. 
§ No caso de inadimplemento da obrigação 
garantida, o proprietário fiduciário pode vender a 
coisa a terceiros e aplicar preço da venda no 
pagamento do seu crédito e das despesas 
decorrentes da cobrança, entregando ao devedor 
o saldo porventura apurado, se houver. 
§ 5º Se o preço da venda da coisa não bastar 
para pagar o crédito do proprietário fiduciário e 
despesas, na forma do parágrafo anterior, o 
devedor continuará pessoalmente obrigado a 
pagar o saldo devedor apurado. 
§ 6º É nula a cláusula que autoriza o proprietário 
fiduciário a ficar com a coisa alienada em 
garantia, se a dívida não for paga no seu 
vencimento. 
§ 8º O devedor que alienar, ou der em garantia a 
terceiros, coisa que já alienara fiduciàriamente 
em garantia, ficará sujeito à pena prevista no art. 
171, § 2º, inciso I, do Código Penal. 
§ 10. A alienação fiduciária em garantia do 
veículo automotor deverá, para fins probatórios, 
constar do certificado de Registro, a que se refere 
o artigo 52 do Código Nacional de Trânsito. 
Art. 2º No caso de inadimplemento ou mora nas 
obrigações contratuais garantidas mediante 
alienação fiduciária, o proprietário fiduciário ou 
credor poderá vender a coisa a terceiros, 
independentemente de leilão, hasta pública, 
avaliação prévia ou qualquer outra medida 
judicial ou extrajudicial, salvo disposição 
expressa em contrário prevista no contrato, 
devendo aplicar o preço da venda no pagamento 
de seu crédito e das despesas decorrentes e 
entregar ao devedor o saldo apurado, se houver. 
§ 1º O crédito a que se refere o presente artigo 
abrange o principal, juros e comissões, além das 
taxas, cláusula penal e correção monetária, 
quando expressamente convencionados pelas 
partes. 
§ 2º A mora decorrerá do simples vencimento do 
prazo para pagamento e poderá ser comprovada 
por carta registrada expedida por intermédio de 
Cartório de Títulos e Documentos ou pelo 
protesto do título, a critério do credor. 
§ 3º A mora e o inadimplemento de obrigações 
contratuais garantidas por alienação fiduciária, 
ou a ocorrência legal ou convencional de algum 
dos casos de antecipação de vencimento da 
dívida facultarão ao credor considerar, de pleno 
direito, vencidas todas as obrigações contratuais, 
independentemente de aviso ou notificação 
judicial ou extrajudicial. 
Art. 3º O Proprietário Fiduciário ou credor poderá 
requerer contra o devedor ou terceiro a busca e 
apreensão do bem alienado fiduciàriamente, a 
qual será concedida liminarmente, desde que 
comprovada a mora ou o inadimplemento do 
devedor. 
§ 1o Cinco dias após executada a liminar 
mencionada no caput, consolidar-se-ão a 
propriedade e a posse plena e exclusiva do bem 
no patrimônio do credor fiduciário, cabendo às 
repartições competentes, quando for o caso, 
expedir novo certificado de registro de 
propriedade em nome do credor, ou de terceiro 
por ele indicado, livre do ônus da propriedade 
fiduciária. 
§ 2o No prazo do § 1o, o devedor fiduciante 
poderá pagar a integralidade da dívida pendente, 
segundo os valores apresentados pelo credor 
fiduciário na inicial, hipótese na qual o bem lhe 
será restituído livre do ônus. 
§ 3o O devedor fiduciante apresentará resposta 
no prazo de quinze dias da execução da liminar. 
§ 4o A resposta poderá ser apresentada ainda 
que o devedor tenha se utilizado da faculdade do 
§ 2o, caso entenda ter havido pagamento a maior 
e desejar restituição. 
§ 5o Da sentença cabe apelação apenas no 
efeito devolutivo. 
§ 6o Na sentençao conselho do Deutsche Bundesbank, que é o 
banco central alemão. Em junho de 1998, o 
Banco da Inglaterra também instituiu o seu 
Monetary Policy Committee (MPC), assim como 
o Banco Central Europeu, desde a criação da 
moeda única, em janeiro de 1999. Atualmente, 
uma vasta gama de autoridades monetárias em 
todo o mundo adota prática semelhante. 
Desde 1996, o Regulamento do Copom sofreu 
uma série de alterações no que se refere ao seu 
objetivo, à periodicidade das reuniões, à 
composição, e às atribuições e competências de 
seus integrantes. Essas alterações visaram não 
apenas aperfeiçoar o processo decisório no 
âmbito do Comitê, como também refletiram as 
mudanças de regime monetário. 
A partir da adoção, pelo Decreto n° 3.088, em 21 
de junho de 1999, da sistemática de "metas para 
a inflação" como diretriz de política monetária, as 
decisões do Copom passaram a ter como 
objetivo cumprir as metas para a inflação 
definidas pelo Conselho Monetário Nacional. 
Segundo o mesmo decreto, se as metas não 
forem atingidas, cabe ao presidente do Banco 
Central divulgar, em Carta Aberta ao Ministro da 
Fazenda, os motivos do descumprimento, bem 
como as providências a serem adotadas e o 
prazo para o retorno da taxa de inflação aos 
limites estabelecidos. 
Formalmente, os objetivos do Copom são 
"implementar a política monetária, definir a meta 
da taxa Selic e seu eventual viés, e analisar o 
Relatório de Inflação." A taxa de juros fixada na 
reunião do Copom é a meta para a taxa Selic 
(taxa média de juros dos financiamentos diários, 
com lastro em títulos federais, apurados no 
Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a 
qual vigora por todo o período entre reuniões 
ordinárias do Comitê. Se for o caso, o Copom 
também pode definir o viés, isto é, a tendência 
(de elevação ou de queda) da taxa de juros. O 
presidente do Banco Central pode, a qualquer 
momento (entre as reuniões ordinárias), alterar a 
meta para a taxa Selic, na direção do viés. 
As reuniões ordinárias do Copom dividem-se em 
duas sessões: a primeira sessão ocorre às 
terças-feiras e a segunda, às quartas-feiras. 
Essas reuniões eram mensais desde 2000. A 
partir de 2006 foram reduzidas para oito ao ano, 
sendo o calendário anual divulgado até o fim de 
outubro do ano anterior. 
Além dos membros da Diretoria Colegiada do 
Banco Central (o Presidente e os demais os 
diretores ) participam do primeiro dia da reunião 
chefes de departamentos do BC, o titular da 
Gerência-Executiva de Relacionamento com 
Investidores (Gerin), três consultores e o 
secretário-executivo da Diretoria, o assessor de 
imprensa, o assessor especial e, eventualmente, 
outros chefes de departamento, quando 
convocados para discorrer sobre assuntos de 
suas áreas. 
No primeiro dia das reuniões, os chefes de 
departamento e o gerente-executivo apresentam 
uma análise da conjuntura doméstica 
abrangendo inflação, nível de atividade, evolução 
dos agregados monetários (M1, M2, M3 e M4), 
finanças públicas, balanço de pagamentos, 
economia internacional, mercado de câmbio, 
reservas internacionais, mercado monetário, 
operações de mercado aberto, avaliação 
prospectiva das tendências da inflação e 
expectativas gerais para variáveis 
macroeconômicas tais como taxa de câmbio, 
inflação, taxa de juros e dívida pública. 
No segundo dia da reunião, do qual participam 
apenas os membros do Comitê e, sem direito a 
voto, o chefe do Departamento de Estudos e 
Pesquisas (Depep, vinculado ao Diretor de 
Política Econômica), os diretores de Política 
Monetária e de Política Econômica, após análise 
das projeções atualizadas para a inflação, 
apresentam alternativas para a taxa de juros de 
curto prazo e fazem recomendações acerca da 
política monetária. Em seguida, os demais 
membros do Copom fazem suas ponderações e 
apresentam eventuais propostas alternativas. Ao 
final, procede-se à votação das propostas, 
buscando-se, sempre que possível, o consenso. 
A decisão final sobre a meta para a taxa Selic e 
o viés, se houver, é imediatamente divulgada à 
imprensa ao mesmo tempo em que é expedido 
comunicado através do Sistema de Informações 
do Banco Central (Sisbacen). 
As atas em português das reuniões do Copom 
são divulgadas às 8h30' da quinta-feira da 
semana posterior a cada reunião, dentro do 
prazo regulamentar de seis dias úteis, sendo 
publicadas no site do Banco Central na Internet 
("Notas da Reunião do Copom") e para a 
imprensa. A versão em inglês é divulgada com 
uma pequena defasagem de cerca de 24 horas. 
Ao final de cada trimestre civil (março, junho, 
setembro e dezembro), o Copom publica, em 
português e em inglês, o documento Relatório de 
Inflação, que analisa detalhadamente a 
conjuntura econômica e financeira do País, bem 
como apresenta suas projeções para a taxa de 
inflação. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comit%C3%AA_de_Pol%C3%ADtic
a_Monet%C3%A1ria 
 
BANCO CENTRAL DO BRASIL – BCB 
O Banco Central do Brasil (BC, BACEN ou BCB) 
é autarquia federal integrante do Sistema 
Financeiro Nacional, sendo vinculado ao 
Ministério da Fazenda do Brasil. 
Criado em 31 de dezembro de 1964 pela da Lei 
nº 4.595. Assim como os outros bancos centrais 
do mundo, o brasileiro é uma das principais 
autoridades monetárias do país, sendo a 
principal o Conselho Monetário Nacional (CMN). 
O BCB recebeu esta competência de três 
instituições diferentes: a Superintendência da 
Moeda e do Crédito (SUMOC), o Banco do Brasil 
(BB) e o Tesouro Nacional. 
História 
Antes da criação do Banco Central, o papel de 
autoridade monetária era desempenhado pela 
Superintendência da Moeda e do Crédito 
(SUMOC), pelo Banco do Brasil e pelo Tesouro 
Nacional. 
A SUMOC, criada em 1945, com a finalidade de 
exercer o controle monetário e preparar a 
organização de um banco central, tinha a 
responsabilidade de fixar os percentuais de 
reservas obrigatórias dos bancos comerciais, as 
taxas do redesconto e da assistência financeira 
de liquidez, bem como os juros sobre depósitos 
bancários. Além disso, supervisionava a atuação 
dos bancos comerciais, orientava a política 
cambial e representava o país junto a organismos 
internacionais. 
O Banco do Brasil desempenhava as funções de 
banco do governo, mediante o controle das 
operações de comércio exterior, o recebimento 
dos depósitos compulsórios e voluntários dos 
bancos comerciais e a execução de operações 
de câmbio em nome de empresas públicas e do 
Tesouro Nacional, de acordo com as normas 
estabelecidas pela SUMOC e pelo Banco de 
Crédito Agrícola, Comercial e Industrial. 
O Tesouro Nacional era o órgão emissor de 
papel-moeda. 
Após a criação do Banco Central buscou-se dotar 
a instituição de mecanismos voltados para o 
desempenho do papel de "banco dos bancos". 
Em 1985, foi promovido o reordenamento 
financeiro governamental com a separação das 
contas e das funções do Banco Central, Banco 
do Brasil e Tesouro Nacional. Em 1986, foi 
extinta a conta movimento e o fornecimento de 
recursos do Banco Central ao Banco do Brasil 
passou a ser claramente identificado nos 
orçamentos das duas instituições, eliminando-se 
os suprimentos automáticos que prejudicavam a 
atuação do Banco Central. 
O processo de reordenamento financeiro 
governamental se estendeu até 1988, quando as 
funções de autoridade monetária foram 
transferidas progressivamente do Banco do 
Brasil para o Banco Central, enquanto as 
atividades atípicas exercidas por esse último, 
como as relacionadas ao desenvolvimento e à 
administração da dívida pública federal, foram 
transferidas para o Tesouro Nacional. 
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu 
dispositivos importantes para a atuação do 
Banco Central, dentre os quais destacam-se o 
exercício exclusivo da competência da União 
para emitir moeda e a exigência de aprovação 
prévia pelo Senado Federal, em votação secreta, 
após arguiçãoque decretar a improcedência 
da ação de busca e apreensão, o juiz condenará 
o credor fiduciário ao pagamento de multa, em 
favor do devedor fiduciante, equivalente a 
cinqüenta por cento do valor originalmente 
financiado, devidamente atualizado, caso o bem 
já tenha sido alienado. 
§ 7o A multa mencionada no § 6o não exclui a 
responsabilidade do credor fiduciário por perdas 
e danos. 
§ 8o A busca e apreensão prevista no presente 
artigo constitui processo autônomo e 
independente de qualquer procedimento 
posterior. 
Art. 4º Se o bem alienado fiduciariamente não for 
encontrado ou não se achar na posse do 
devedor, o credor poderá requerer a conversão 
do pedido de busca e apreensão, nos mesmos 
autos, em ação de depósito, na forma prevista no 
Capítulo II, do Título I, do Livro IV, do Código de 
Processo Civil. 
Art. 5º Se o credor preferir recorrer à ação 
executiva ou, se for o caso ao executivo fiscal, 
serão penhorados, a critério do autor da ação, 
bens do devedor quantos bastem para assegurar 
a execução. 
 
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS IMÓVEIS - 
LEI 9.514/97: Art. 23º Constitui-se a propriedade 
fiduciária de coisa imóvel mediante registro, no 
competente Registro de Imóveis, do contrato que 
lhe serve de título. 
Parágrafo único. Com a constituição da 
propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento 
da posse, tornando-se o fiduciante possuidor 
direto e o fiduciário possuidor indireto da coisa 
imóvel. 
Art. 24º O contrato que serve de título ao negócio 
fiduciário conterá: 
I - o valor do principal da dívida; 
II - o prazo e as condições de reposição do 
empréstimo ou do crédito do fiduciário; 
III - a taxa de juros e os encargos incidentes; 
IV - a cláusula de constituição da propriedade 
fiduciária, com a descrição do imóvel objeto da 
alienação fiduciária e a indicação do título e modo 
de aquisição; 
V - a cláusula assegurando ao fiduciante, 
enquanto adimplente, a livre utilização, por sua 
conta e risco, do imóvel objeto da alienação 
fiduciária; 
VI - a indicação, para efeito de venda em público 
leilão, do valor do imóvel e dos critérios para a 
respectiva revisão; 
Art. 25º Com o pagamento da dívida e seus 
encargos resolve-se, nos termos deste artigo, a 
propriedade fiduciária do imóvel. 
Art. 26º Vencida e não paga, no todo ou em parte, 
a dívida e constituído em mora o fiduciante, 
consolidar-se-á, nos termos deste artigo, a 
propriedade do imóvel em nome do fiduciário. 
Art. 27º Uma vez consolidada a propriedade em 
seu nome, o fiduciário, no prazo de trinta dias, 
contados da data do registro de que trata o § 7º 
do artigo anterior, promoverá público leilão para 
a alienação do imóvel. 
§ 1º Se, no primeiro público leilão, o maior lance 
oferecido for inferior ao valor do imóvel, 
estipulado na forma do inciso VI do art. 24, será 
realizado o segundo leilão, nos quinze dias 
seguintes. 
§ 2º No segundo leilão será aceito o maior lance 
oferecido desde que igual ou superior ao valor da 
dívida, das despesas, dos prêmios de seguro, 
dos encargos legais, inclusive tributos, e das 
contribuições condominiais. 
Art. 31º O fiador ou terceiro interessado que 
pagar a dívida ficará sub-rogado, de pleno direito, 
no crédito e na propriedade fiduciária. 
http://blogcasadoestudante.blogspot.com.br/p/garantias-do-
sistema-financeiro.html 
 
FUNDO GARANTIDOR DE CREDITO (FGC) 
O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma 
entidade privada, sem fins lucrativos, que 
administra um mecanismo de proteção aos 
correntistas, poupadores e investidores, que 
permite recuperar os depósitos ou créditos 
mantidos em instituição financeira, até 
determinado valor, em caso de intervenção, de 
liquidação ou de falência. 
Quais instituições financeiras são associadas 
ao FGC? 
São instituições associadas ao FGC a Caixa 
Econômica Federal, os bancos múltiplos, os 
bancos comerciais, os bancos de investimento, 
os bancos de desenvolvimento, as sociedades de 
crédito, financiamento e investimento, as 
sociedades de crédito imobiliário, as companhias 
hipotecárias e as associações de poupança e 
empréstimo, em funcionamento no País, que: 
 recebam depósitos à vista, em contas de 
poupança ou depósitos a prazo; 
 realizem aceite em letras de câmbio; 
 captem recursos mediante a emissão e a 
colocação de letras imobiliárias, de letras 
hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de 
letras de crédito do agronegócio; e 
 captem recursos por meio de operações 
compromissadas tendo como objeto títulos 
emitidos, após 08.03.2012, por empresa ligada. 
As instituições associadas contribuem 
mensalmente para a manutenção do FGC, com 
uma porcentagem sobre os saldos das contas 
correspondentes às obrigações objeto de 
garantia. 
Quais dos meus créditos são garantidos pelo 
FGC? 
São garantidos: 
 depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso 
prévio; 
 depósitos de poupança; 
 depósitos a prazo, com ou sem emissão de 
certificado (CDB/RDB); 
 depósitos mantidos em contas não 
movimentáveis por cheques, destinadas ao 
registro e controle do fluxo de recursos referentes 
à prestação de serviços de pagamento de 
salários, vencimentos, aposentadorias, pensões 
e similares; 
 letras de câmbio; 
 letras imobiliárias; 
 letras hipotecárias; 
 letras de crédito imobiliário; 
 letras de crédito do agronegócio; 
 operações compromissadas que têm como 
objeto títulos emitidos após 08.03.2012 por 
empresa ligada. 
Qual o valor máximo garantido pelo FGC? 
O total de créditos de cada pessoa contra a 
mesma instituição associada, ou contra todas as 
instituições associadas do mesmo conglomerado 
financeiro, será garantido até o valor de R$ 
250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). 
Quando os titulares do crédito são cônjuges, 
qual o valor a que cada um tem direito? 
Nas contas conjuntas, o valor da garantia é 
limitado a R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta 
mil reais), ou ao saldo da conta, quando inferior 
a esse limite, dividido pelo número de titulares, 
sendo o crédito do valor garantido feito de forma 
individual. 
Por que o dinheiro que eu aplico em fundo de 
investimento financeiro não tem garantia do 
FGC? 
Porque o patrimônio dos bancos não se confunde 
com o patrimônio dos fundos de investimento 
financeiro que eles administram. Quando um 
banco enfrenta problemas, os cotistas do fundo 
podem fazer assembleias e mudar a 
administração do fundo para outra instituição. 
Todo tipo de fundo de investimento é 
acompanhado e fiscalizado pela Comissão de 
Valores Mobiliários. 
http://www.bcb.gov.br/?FAQFGC 
 
CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO 
 
Os primeiros países a criminalizarem a lavagem 
de dinheiro foram a Itália e os Estados Unidos. 
Sendo que foi nos Estados Unidos que a prática 
da lavagem foi aprimorada e passou a ganhar 
grandes dimensões. 
De acordo com Raúl Cervini, a primeira 
tipificação legal do crime de lavagem de dinheiro 
aparece na Itália, a partir de 1978, nos “anos de 
chumbo”. Na época, as Brigadas Vermelhas 
(Brigate Rosse), o maior e mais importante grupo 
armado italiano com ideologia ligada ao 
marxismo-leninismo, praticaram uma série de 
ações para desarticular o poder político estatal. 
Em 16 de março de 1978, após uma onda de 
sequestros realizados por grupos mafiosos com 
finalidade econômica, as Brigadas Vermelhas 
sequestraram o democrata cristão Aldo Moro, 
político influente na época - considerado o 
próximo presidente da Itália. Este fato tomou 
repercussão internacional. Em maio do mesmo 
ano, Moro foi assassinado e, em resposta à 
comoção social gerada no país em razão deste e 
outros sequestros, o governo italiano, que havia 
editado o Decreto-lei nº 59 em 21 de março de 
1978, introduzindo o art. 648 bis no Código Penal 
Italiano, converteu o referido decreto na Lei nº 
191 de 18 de maio de 1978, incriminando a 
substituição de dinheiro ou de valores 
provenientes deroubo qualificado, extorsão 
qualificada ou extorsão mediante sequestro por 
outros valores ou dinheiro. 
Como bem aponta Fábian Caparrós: 
“O art. 648-bis de 1978 não só foi o ponto de 
partida para a política criminal a qual respondem 
a maioria das reformas penais que, em matéria 
de lavagem de dinheiro, se tem produzido em 
diferentes sistemas jurídicos nacionais, como foi 
também o antecedente jurídico sobre o qual, 
consciente ou inconscientemente, têm sido 
construídas muitas das normas repressivas da lei 
de lavagem de dinheiro em direito comparado.” 
Nos Estados Unidos, os motivos que levaram à 
criminalização da lavagem remontam ao início do 
século XX, quando as primeiras formas de 
organizações criminosas começaram a 
despontar no mundo, especialmente as máfias. 
Isso se deu principalmente durante o período de 
proibição em que vigorava no país a chamada 
“Lei Seca”. Tal lei, ao passo que proibia a 
fabricação e comercialização de bebidas 
alcoólicas, gerava um mercado ilegal de 
fornecimento destas que movimentava milhões 
de dólares através da exploração de diversas 
organizações criminosas. 
http://www.bcb.gov.br/?FAQFGC
Nesta época, mais especificamente no final da 
década de 1920, o famoso Al Capone assumiu o 
controle do crime organizado na cidade de 
Chicago e acumulou considerável fortuna com a 
comercialização de bebidas ilegais. Contudo, 
exatamente por não isolar os lucros do crime, em 
1931, Alphonse Capone foi preso por sonegação 
de tributos após grande mobilização das 
autoridades americanas. 
Entretanto, as organizações criminosas já se 
haviam enraizado no país e tomado um caráter 
multiétnico, seguindo uma tendência 
generalizada das empresas americanas durante 
a Grande Depressão. O “Sindicato Nacional do 
Crime” (U.S. National Crime Sindicate – NCS) - 
criado por Al Capone - grande e poderoso, 
protegia seus líderes contra a competição de 
conseguir fundos, a fim de obter a proteção 
política e “tributar” os chefes regionais do crime, 
de acordo com suas possibilidades de 
pagamento. 
Em 1933, com a revogação da Proibição, o crime 
organizado se concentrou na exploração do jogo 
e do tráfico de substâncias entorpecentes a fim 
de buscar novas alternativas de negócio. Com o 
franco crescimento da exploração dos jogos e do 
tráfico de drogas, o uso de lavanderias ou 
lavagem de automóveis – negócios baseados no 
uso de dinheiro vivo (cash) - já não era suficiente 
para circular o dinheiro ilícito ganho. 
Então, Meyer Lansky, em parceria com Salvatore 
Lucky Luciano - outros famosos mafiosos 
americanos - descobriu que a melhor maneira de 
ocultar ativos ilegais seria colocar o dinheiro fora 
do alcance das autoridades do país, buscando 
uma jurisdição que não cooperasse com os 
Estados Unidos para o confisco e restituição, e a 
Suíça foi um dos primeiros destinos escolhidos, o 
que deu origem à invenção dos offshore. 
Como visto, a Itália e os Estados Unidos foram os 
primeiros países a criminalizar a prática da 
lavagem de dinheiro, sendo configurada 
internacionalmente apenas no final dos anos 
1980, pela ONU, através da Convenção de Viena 
de 1988 e, mais tarde, em 1989, pelo Grupo de 
Ação Financeira – GAFI (ou Financial Action 
Task Force – FATF), como coordenador que é da 
política internacional nessa área específica, 
relacionando a atividade com a 
macrodelinquência econômica. 
Victor Manuel Nando Lefort indica cinco fatores 
como justificativas para o aparecimento e o 
incremento da lavagem de dinheiro: o 
narcotráfico, o surgimento dos bancos 
internacionais, o crime organizado, a 
globalização do mercado financeiro internacional 
e o desenvolvimento tecnológico que possibilitou 
a ampliação dos meios de comunicação. Sendo 
que, Edson Pinto ainda acrescenta um sexto 
elemento: os paraísos fiscais. 
CONCEITO 
A partir da análise da origem e evolução história 
do delito de lavagem de dinheiro, retira-se o 
conceito do mesmo. 
Saliente-se que não há na doutrina um conceito 
unívoco do crime de lavagem, contudo não 
existem acepções distintas, as mesmas 
convergem no sentido de que a lavagem é um 
procedimento de caracterização lícita ao capital 
de origem ilícita. 
Tradicionalmente, define-se a lavagem de 
dinheiro como um conjunto de operações por 
meio das quais os bens, direitos e valores obtidos 
com a prática de crimes são integrados ao 
sistema econômico financeiro, com a aparência 
de terem sido obtidos de maneira lícita. É uma 
forma de mascaramento da obtenção ilícita de 
capitais. 
Segundo o GAFI, lavagem de dinheiro é o 
processo que tem por objetivo disfarçar a origem 
criminosa dos proveitos do crime. Como bem 
aponta Carla Veríssimo de Carli, a importância da 
lavagem é capital, porque permite ao delinquente 
usufruir desses lucros sem pôr em perigo a sua 
fonte (o delito antecedente), além de protegê-lo 
contra o bloqueio e o confisco. 
Ademais, é certo que o dinheiro em espécie é 
difícil de ser guardado e manuseado, pois 
apresenta grande risco de furto e roubo, além de 
chamar a atenção em negócios de alto valor, de 
forma que o criminoso, por tais motivos, tenta 
desvincular o proveito obtido com o crime de sua 
origem criminosa e dar-lhe aparência de ganho 
lícito, ou seja, “lavando” o dinheiro. 
Conforme prelecionam Marcia Monassi 
Mougenot Bonfim e Edilson Mougenot Bonfim: 
“Independentemente da definição adotada, a 
doutrina aponta as seguintes características 
comuns no processo de lavagem de dinheiro: 
1) a lavagem é um processo em que somente a 
partida é perfeitamente identificável, não o ponto 
final; 
2) a finalidade desse processo não é somente 
ocultar ou dissimular a origem delitiva dos bens, 
direitos e valores, mas igualmente conseguir que 
eles, já lavados, possam ser utilizados na 
economia legal.” 
Importante destacar, finalmente, as 
características da lavagem de dinheiro na 
atualidade, apontadas por Blanco Cordero, quais 
sejam: 
1) A complexidade, como decorrência dos altos 
lucros da criminalidade organizada e da 
implantação de medidas de controle, os quais 
levam à superação das formas mais 
rudimentares de lavagem por outras mais 
sofisticadas; 
2) A profissionalização da atividade de lavagem, 
seja pela separação entre as atividades 
criminosas em sentido estrito e aquelas de 
lavagem dentro da organização criminosa, seja 
pela oferta de profissionais especializados em 
lavagem de dinheiro, que prestam serviço a mais 
de uma organização; 
3) O caráter internacional, de modo a aproveitar-
se das notórias dificuldades da cooperação 
judiciária internacional e dirigir a lavagem a 
países com sistemas menos rígidos de controle. 
Fases da lavagem de dinheiro 
O dinheiro obtido de maneira ilícita - “dinheiro 
sujo” - passa por um processo composto por 
diversas fases tencionadas a disfarçar sua 
origem ilícita sem comprometer os envolvidos, de 
forma que seja considerado “limpo”. 
Dos vários modelos de fases existentes, o de 
aceitação mais ampla e adotado pela maioria da 
doutrina especializada é o elaborado pelo GAFI, 
composto por três fases: colocação, ocultação e 
integração. 
Colocação ou Placement 
Esta fase consiste na introdução do dinheiro 
ilícito no sistema financeiro, dificultando a 
identificação da procedência dos valores. É a 
fase mais arriscada para o “lavador” em razão da 
sua proximidade com a origem ilícita. Walter 
Fanganiello Maiorovitch diz que é o momento “de 
apagar a mancha caracterizadora da origem 
ilícita”. 
 Normalmente esses valores são introduzidos no 
sistema financeiro em pequenas quantias, que, 
individualmente, acabam não gerando maiores 
suspeitas. A essa técnica é dado o nome 
de smurfing. Daí por que existe uma 
preocupação muito grande com os registros das 
instituições financeiras. O Federal Reserve – 
FED, Banco Central americano, se preocupa, há 
algum tempo, em identificar o cliente de formatal 
que ele não perceba que está sendo investigado. 
Outra técnica de lavagem utilizada nesta fase é a 
utilização de estabelecimentos comerciais que 
trabalham com dinheiro em espécie, a princípio 
insuspeitos, como cinemas, restaurantes, hotéis, 
casas de bingo, entre outros. 
Ainda podem ser referidas as práticas de 
“cabodólar” e a utilização de “laranjas” ou testas-
de-ferro” nesta fase da lavagem de dinheiro. O 
“cabodólar” consiste em uma rede de 
transferência de valores à margem do sistema 
financeiro oficial, isto é, doleiros e casas de 
câmbio, que atuam como intermediários, 
realizam a transferência de valores de um país 
para outro sem tributação, declaração ou 
autorização legal, o que, como destaca o juiz 
federal José Paulo Baltazar Júnior, presta-se 
também para a evasão de divisas e para a 
sonegação fiscal. Já os “laranjas” são pessoas, 
reais ou fictas, cujos nomes são utilizados, com 
seu conhecimento ou não, para titularizarem 
dinheiro ou bens do lavador. 
Nota-se, assim, que a lavagem de dinheiro tanto 
pode se dar mediante a utilização do sistema 
financeiro, quanto mediante a utilização de outros 
meios, como mercado imobiliário, 
estabelecimentos comerciais, jogos legais e 
ilegais e etc. Daí, destaca-se a classificação 
doutrinária de lavagem financeira e lavagem não 
financeira. 
No Brasil, o “vídeobingo” era a técnica predileta 
do narcotráfico. Em depoimento mencionado por 
Juarez Cirino dos Santos, Lillo Lauricela, preso 
pela Divisão Antimáfia da Itália, afirmou que a 
abertura de bingos eletrônicos no Brasil, 
despertou o interesse de empresários europeus 
e da máfia italiana para a venda de máquinas e 
para a lavagem do dinheiro advindo da 
comercialização da cocaína. 
Rogério Pacheco Jordão, ao comentar a gama de 
opções de que o “lavador” pode se utilizar para a 
colocação do capital ilícito, destaca: 
“Dificilmente alguém poderá andar em linha reta 
por mais de dois quilômetros dentro de 
importantes cidades brasileiras como São Paulo 
ou Rio de Janeiro sem se deparar, no caminho, 
com estabelecimentos que estejam, direta ou 
indiretamente, na rede de lavagem. São hotéis, 
bares, restaurantes, bingos, casas de câmbio, 
videolocadoras. Mas também imobiliárias, 
construtoras, bancos.” 
Fausto Martin de Sanctis conclui que é nessa 
oportunidade, no momento da colocação, que se 
exige maior intervenção do Estado, porque o 
limite temporal entre a prática do crime original e 
o início da lavagem é muito estreito. 
Ocultação, Dissimulação, Transformação 
ou Layering 
Nessa fase ocorre a camuflagem das evidências, 
com a utilização de uma série de negócios ou 
movimentações financeiras, a fim de que seja 
dificultado o rastreamento contábil dos lucros 
ilícitos. É a fase da lavagem propriamente dita, 
pois se dissimula a origem dos valores para que 
sua procedência não seja identificada. 
Cria-se um emaranhado de complexas 
transações financeiras, em sua maioria 
internacionais, sendo que é nesta fase que os 
países e as jurisdições que não cooperam com 
as investigações referentes à lavagem de 
dinheiro têm papel fundamental. É a fase mais 
complexa do processo e a que envolve maiores 
riscos de vulnerabilidade aos sistemas 
financeiros nacionais. 
As transações realizadas anteriormente são 
multiplicadas, muitas vezes com várias 
transferências por cabo (wiretransfer) através de 
muitas empresas e contas, de modo a que se 
perca a trilha do dinheiro (paper trail). Há o saque 
do dinheiro em espécie e o depósito do mesmo 
em uma nova instituição ou mesmo destruição 
dos registros de uma determinada operação em 
conluio com a instituição financeira. Aliás, Fausto 
Martin de Sanctis destaca que a realidade de 
hoje é ainda mais complexa tendo em vista que 
a criminalidade já está adquirindo bancos 
internacionais, porque todos os registros dessas 
instituições são manipulados, viabilizando ainda 
mais o que já era facilitado pelos paraísos fiscais. 
Segundo Marcia Monassi Mougenot Bonfim e 
Edilson Mougenot Bonfim, um dos métodos de 
ocultação mais avançados é a venda fictícia de 
ações na bolsa de valores (o vendedor e o 
comprador, previamente ajustados, fixam um 
preço artificial para as ações de compra). É 
comum nesta fase também a transformação das 
quantias em bens imóveis ou móveis; quanto a 
estes, costuma-se adquirir bens que possam ser 
postos em circulação rápida em diferentes países 
como ouro, joias e pedras preciosas 
(commodities). 
Integração ou Integration 
É a fase final do processo, muitas vezes 
interligada ou até mesmo sobreposta à etapa 
anterior. Nessa fase, já com a aparência lícita, o 
capital é formalmente incorporado ao sistema 
econômico, geralmente por meio de 
investimentos no mercado mobiliário e 
imobiliário, e é assimilado com todos os outros 
ativos existentes no sistema. A integração do 
“dinheiro limpo” através das outras etapas faz 
com que este dinheiro pareça ter sido ganho de 
maneira lícita. 
Entre as práticas realizadas nesta fase, estão o 
empréstimo de regresso, a falsa especulação 
imobiliária, a falsa especulação com obras de 
arte ou pedras preciosas e a especulação 
financeira cruzada, por exemplo. 
O empréstimo de regresso nada mais é que a 
simulação de empréstimos com dinheiro já 
pertencente ao lavador de empresas, localizadas 
no território nacional, para empresas de fachada, 
localizadas em paraísos fiscais, com os mesmos 
proprietários daquelas. A falsa especulação, 
tanto de imóveis quanto de obras de arte ou 
pedras preciosas, se dá através da simulação de 
valores superiores aos reais. E, por fim, a 
especulação financeira cruzada é a simulação de 
lucros e prejuízos em operações casadas e de 
sinal contrário em bolsas de valores ou mercado 
de futuros, com os mesmos titulares ou com a 
utilização de laranjas. Esses compram e vendem 
os mesmos títulos, no mesmo dia, gerando 
prejuízos para um, que pode diminuir o imposto 
de renda devido, e lucros falsos para outro, 
possibilitando a lavagem de dinheiro. 
Alguns autores, como Carlos Márcio Rissi 
Macedo, inclusive, destacam que não se pode 
dizer que tecnicamente há “lavagem de dinheiro” 
nesta fase, já que o dinheiro já possui uma 
máscara de licitude. 
Contudo, cabe esclarecer que a lavagem de 
dinheiro nem sempre ocorre de acordo com as 
fases supracitadas, bem como, não é necessária 
a ocorrência dessas três fases para que o delito 
esteja consumado, bastando a fase da 
colocação, conforme posicionamento firmado 
pelo Supremo Tribunal Federal. Entretanto, o 
estudo das fases da lavagem de dinheiro é 
importante, pois ajuda a compreender como a 
mesma procede. 
Além disso, salienta-se que todos os dias surgem 
novas técnicas de lavagem de dinheiro, 
diferenciando-se das já expostas, a par de que 
são muito mais complexas, tornando-se 
inabarcável a listagem de todas as formas de 
referida prática delitiva. Aliás, nesse sentido, 
como lembrou o Ministro do Superior Tribunal de 
Justiça, Gilson Dipp, as técnicas de lavagem de 
dinheiro mais eficazes são aquelas ainda não 
conhecidas. 
No presente trabalho, mostrou-se o crime de 
lavagem de dinheiro, delito multifacetado, por 
meio do qual é dada aparência lícita a bens, 
direitos e valores obtidos ilicitamente, através de 
um processo com diversas fases complexas, que 
nem sempre ocorrem necessariamente. 
Desde que surgiu, a lavagem de dinheiro vem 
crescendo e tomando dimensões cada vez 
maiores, especialmente em razão de novas 
técnicas criminosas criadas para burlar o controle 
e a punição deste crime. 
Dessa forma, restou demonstrada a necessidade 
tanto da cooperação internacional entre as 
nações quanto do combate efetivo de cada país 
no âmbito do seu território para a contenção da 
lavagem de dinheiro. 
http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista
_artigos_leitura&artigo_id=8425 
 
PREVENÇÃO E COMBATEAO CRIME DE 
LAVAGEM DE DINHEIRO 
 
Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou 
ocultação de bens, direitos e valores; a 
prevenção da utilização do sistema financeiro 
para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o 
Conselho de Controle de Atividades Financeiras 
- COAF, e dá outras providências. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber 
que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono 
a seguinte Lei: 
CAPÍTULO I 
Dos Crimes de "Lavagem" ou Ocultação de Bens, 
Direitos e Valores 
Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem, 
localização, disposição, movimentação ou 
propriedade de bens, direitos ou valores 
provenientes, direta ou indiretamente, de 
infração penal. (Redação dada pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, 
de 2012) 
II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
III - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
IV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
V - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
VI - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
VII - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
VIII - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e 
multa. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 
2012) 
§ 1o Incorre na mesma pena quem, para ocultar 
ou dissimular a utilização de bens, direitos ou 
valores provenientes de infração penal: 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
I - os converte em ativos lícitos; 
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou 
recebe em garantia, guarda, tem em depósito, 
movimenta ou transfere; 
III - importa ou exporta bens com valores não 
correspondentes aos verdadeiros. 
§ 2o Incorre, ainda, na mesma pena quem: 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, 
bens, direitos ou valores provenientes de infração 
penal; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 
2012) 
II - participa de grupo, associação ou escritório 
tendo conhecimento de que sua atividade 
principal ou secundária é dirigida à prática de 
crimes previstos nesta Lei. 
§ 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo 
único do art. 14 do Código Penal. 
§ 4o A pena será aumentada de um a dois 
terços, se os crimes definidos nesta Lei forem 
cometidos de forma reiterada ou por intermédio 
de organização criminosa. (Redação dada pela 
Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 5o A pena poderá ser reduzida de um a dois 
terços e ser cumprida em regime aberto ou 
semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de 
aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por 
pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou 
partícipe colaborar espontaneamente com as 
autoridades, prestando esclarecimentos que 
conduzam à apuração das infrações penais, à 
identificação dos autores, coautores e partícipes, 
ou à localização dos bens, direitos ou valores 
objeto do crime. (Redação dada pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
CAPÍTULO II 
Disposições Processuais Especiais 
Art. 2º O processo e julgamento dos crimes 
previstos nesta Lei: 
I – obedecem às disposições relativas ao 
procedimento comum dos crimes punidos com 
reclusão, da competência do juiz singular; 
II - independem do processo e julgamento das 
infrações penais antecedentes, ainda que 
praticados em outro país, cabendo ao juiz 
competente para os crimes previstos nesta Lei a 
decisão sobre a unidade de processo e 
julgamento; (Redação dada pela Lei nº 12.683, 
de 2012) 
III - são da competência da Justiça Federal: 
a) quando praticados contra o sistema financeiro 
e a ordem econômico-financeira, ou em 
detrimento de bens, serviços ou interesses da 
União, ou de suas entidades autárquicas ou 
empresas públicas; 
b) quando a infração penal antecedente for de 
competência da Justiça Federal. (Redação dada 
pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 1o A denúncia será instruída com indícios 
suficientes da existência da infração penal 
antecedente, sendo puníveis os fatos previstos 
nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de 
pena o autor, ou extinta a punibilidade da infração 
penal antecedente. (Redação dada pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
§ 2o No processo por crime previsto nesta Lei, 
não se aplica o disposto no art. 366 do Decreto-
Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de 
Processo Penal), devendo o acusado que não 
comparecer nem constituir advogado ser citado 
por edital, prosseguindo o feito até o julgamento, 
com a nomeação de defensor dativo. (Redação 
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
Art. 3º (Revogado pela Lei nº 12.683, de 2012) 
Art. 4o O juiz, de ofício, a requerimento do 
Ministério Público ou mediante representação do 
delegado de polícia, ouvido o Ministério Público 
em 24 (vinte e quatro) horas, havendo indícios 
suficientes de infração penal, poderá decretar 
medidas assecuratórias de bens, direitos ou 
valores do investigado ou acusado, ou existentes 
em nome de interpostas pessoas, que sejam 
instrumento, produto ou proveito dos crimes 
previstos nesta Lei ou das infrações penais 
antecedentes. (Redação dada pela Lei nº 12.683, 
de 2012) 
§ 1o Proceder-se-á à alienação antecipada para 
preservação do valor dos bens sempre que 
estiverem sujeitos a qualquer grau de 
deterioração ou depreciação, ou quando houver 
dificuldade para sua manutenção. (Redação 
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 2o O juiz determinará a liberação total ou 
parcial dos bens, direitos e valores quando 
comprovada a licitude de sua origem, mantendo-
se a constrição dos bens, direitos e valores 
necessários e suficientes à reparação dos danos 
e ao pagamento de prestações pecuniárias, 
multas e custas decorrentes da infração penal. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 3o Nenhum pedido de liberação será 
conhecido sem o comparecimento pessoal do 
acusado ou de interposta pessoa a que se refere 
o caput deste artigo, podendo o juiz determinar a 
prática de atos necessários à conservação de 
bens, direitos ou valores, sem prejuízo do 
disposto no § 1o. (Redação dada pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
§ 4o Poderão ser decretadas medidas 
assecuratórias sobre bens, direitos ou valores 
para reparação do dano decorrente da infração 
penal antecedente ou da prevista nesta Lei ou 
para pagamento de prestação pecuniária, multa 
e custas. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 
2012) 
Art. 4o-A. A alienação antecipada para 
preservação de valor de bens sob constrição será 
decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do 
Ministério Público ou por solicitação da parte 
interessada, mediante petição autônoma, que 
será autuada em apartado e cujos autos terão 
tramitação em separado em relação ao processo 
principal. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 1o O requerimento de alienação deverá conter 
a relação de todos os demais bens, com a 
descrição e a especificação de cada um deles, e 
informações sobre quem os detém e local onde 
se encontram. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 
2012) 
§ 2o O juiz determinará a avaliação dos bens, 
nos autos apartados, e intimará o Ministério 
Público. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 3o Feita a avaliação e dirimidas eventuais 
divergências sobre o respectivo laudo, o juiz, por 
sentença, homologará o valor atribuído aos bens 
e determinará sejam alienados em leilão ou 
pregão, preferencialmente eletrônico, por valor 
não inferior a 75% (setenta e cinco por cento) da 
avaliação. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 4o Realizado o leilão, a quantia apurada será 
depositada em conta judicial remunerada, 
adotando-se a seguinte disciplina: (Incluído pela 
Lei nº 12.683, de 2012) 
I - nos processos de competência da Justiça 
Federal e da Justiça do Distrito Federal: (Incluído 
pela Lei nº 12.683, de 2012) 
a) os depósitos serão efetuados na Caixa 
Econômica Federal ou em instituiçãofinanceira 
pública, mediante documento adequado para 
essa finalidade; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 
2012) 
b) os depósitos serão repassados pela Caixa 
Econômica Federal ou por outra instituição 
financeira pública para a Conta Única do Tesouro 
Nacional, independentemente de qualquer 
formalidade, no prazo de 24 (vinte e quatro) 
horas; e (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
c) os valores devolvidos pela Caixa Econômica 
Federal ou por instituição financeira pública serão 
debitados à Conta Única do Tesouro Nacional, 
em subconta de restituição; (Incluída pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
II - nos processos de competência da Justiça dos 
Estados: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
a) os depósitos serão efetuados em instituição 
financeira designada em lei, preferencialmente 
pública, de cada Estado ou, na sua ausência, em 
instituição financeira pública da União; (Incluída 
pela Lei nº 12.683, de 2012) 
b) os depósitos serão repassados para a conta 
única de cada Estado, na forma da respectiva 
legislação. (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 5o Mediante ordem da autoridade judicial, o 
valor do depósito, após o trânsito em julgado da 
sentença proferida na ação penal, será: (Incluído 
pela Lei nº 12.683, de 2012) 
I - em caso de sentença condenatória, nos 
processos de competência da Justiça Federal e 
da Justiça do Distrito Federal, incorporado 
definitivamente ao patrimônio da União, e, nos 
processos de competência da Justiça Estadual, 
incorporado ao patrimônio do Estado respectivo; 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
II - em caso de sentença absolutória extintiva de 
punibilidade, colocado à disposição do réu pela 
instituição financeira, acrescido da remuneração 
da conta judicial. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 
2012) 
§ 6o A instituição financeira depositária manterá 
controle dos valores depositados ou devolvidos. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 7o Serão deduzidos da quantia apurada no 
leilão todos os tributos e multas incidentes sobre 
o bem alienado, sem prejuízo de iniciativas que, 
no âmbito da competência de cada ente da 
Federação, venham a desonerar bens sob 
constrição judicial daqueles ônus. (Incluído pela 
Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 8o Feito o depósito a que se refere o § 4o deste 
artigo, os autos da alienação serão apensados 
aos do processo principal. (Incluído pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
§ 9o Terão apenas efeito devolutivo os recursos 
interpostos contra as decisões proferidas no 
curso do procedimento previsto neste artigo. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 10. Sobrevindo o trânsito em julgado de 
sentença penal condenatória, o juiz decretará, 
em favor, conforme o caso, da União ou do 
Estado: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
I - a perda dos valores depositados na conta 
remunerada e da fiança; (Incluído pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
II - a perda dos bens não alienados 
antecipadamente e daqueles aos quais não foi 
dada destinação prévia; e (Incluído pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
III - a perda dos bens não reclamados no prazo 
de 90 (noventa) dias após o trânsito em julgado 
da sentença condenatória, ressalvado o direito 
de lesado ou terceiro de boa-fé. (Incluído pela 
Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 11. Os bens a que se referem os incisos II e III 
do § 10 deste artigo serão adjudicados ou 
levados a leilão, depositando-se o saldo na conta 
única do respectivo ente. (Incluído pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
§ 12. O juiz determinará ao registro público 
competente que emita documento de habilitação 
à circulação e utilização dos bens colocados sob 
o uso e custódia das entidades a que se refere o 
caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.683, 
de 2012) 
§ 13. Os recursos decorrentes da alienação 
antecipada de bens, direitos e valores oriundos 
do crime de tráfico ilícito de drogas e que tenham 
sido objeto de dissimulação e ocultação nos 
termos desta Lei permanecem submetidos à 
disciplina definida em lei específica. (Incluído 
pela Lei nº 12.683, de 2012) 
Art. 4o-B. A ordem de prisão de pessoas ou as 
medidas assecuratórias de bens, direitos ou 
valores poderão ser suspensas pelo juiz, ouvido 
o Ministério Público, quando a sua execução 
imediata puder comprometer as investigações. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
Art. 5o Quando as circunstâncias o 
aconselharem, o juiz, ouvido o Ministério Público, 
nomeará pessoa física ou jurídica qualificada 
para a administração dos bens, direitos ou 
valores sujeitos a medidas assecuratórias, 
mediante termo de compromisso. (Redação 
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
Art. 6o A pessoa responsável pela administração 
dos bens: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 
2012) 
I - fará jus a uma remuneração, fixada pelo juiz, 
que será satisfeita com o produto dos bens objeto 
da administração; 
II - prestará, por determinação judicial, 
informações periódicas da situação dos bens sob 
sua administração, bem como explicações e 
detalhamentos sobre investimentos e 
reinvestimentos realizados. 
Parágrafo único. Os atos relativos à 
administração dos bens sujeitos a medidas 
assecuratórias serão levados ao conhecimento 
do Ministério Público, que requererá o que 
entender cabível. (Redação dada pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
CAPÍTULO III 
Dos Efeitos da Condenação 
Art. 7º São efeitos da condenação, além dos 
previstos no Código Penal: 
I - a perda, em favor da União - e dos Estados, 
nos casos de competência da Justiça Estadual -, 
de todos os bens, direitos e valores relacionados, 
direta ou indiretamente, à prática dos crimes 
previstos nesta Lei, inclusive aqueles utilizados 
para prestar a fiança, ressalvado o direito do 
lesado ou de terceiro de boa-fé; (Redação dada 
pela Lei nº 12.683, de 2012) 
II - a interdição do exercício de cargo ou função 
pública de qualquer natureza e de diretor, de 
membro de conselho de administração ou de 
gerência das pessoas jurídicas referidas no art. 
9º, pelo dobro do tempo da pena privativa de 
liberdade aplicada. 
§ 1o A União e os Estados, no âmbito de suas 
competências, regulamentarão a forma de 
destinação dos bens, direitos e valores cuja 
perda houver sido declarada, assegurada, 
quanto aos processos de competência da Justiça 
Federal, a sua utilização pelos órgãos federais 
encarregados da prevenção, do combate, da 
ação penal e do julgamento dos crimes previstos 
nesta Lei, e, quanto aos processos de 
competência da Justiça Estadual, a preferência 
dos órgãos locais com idêntica função. (Incluído 
pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 2o Os instrumentos do crime sem valor 
econômico cuja perda em favor da União ou do 
Estado for decretada serão inutilizados ou 
doados a museu criminal ou a entidade pública, 
se houver interesse na sua conservação. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
CAPÍTULO IV 
Dos Bens, Direitos ou Valores Oriundos de 
Crimes Praticados no Estrangeiro 
Art. 8o O juiz determinará, na hipótese de 
existência de tratado ou convenção internacional 
e por solicitação de autoridade estrangeira 
competente, medidas assecuratórias sobre bens, 
direitos ou valores oriundos de crimes descritos 
no art. 1o praticados no estrangeiro. (Redação 
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo, 
independentemente de tratado ou convenção 
internacional, quando o governo do país da 
autoridade solicitante prometer reciprocidade ao 
Brasil. 
§ 2o Na falta de tratado ou convenção, os bens, 
direitos ou valores privados sujeitos a medidas 
assecuratórias por solicitação de autoridade 
estrangeira competente ou os recursos 
provenientes da sua alienação serão repartidos 
entre o Estado requerente e o Brasil, na 
proporção de metade, ressalvado o direito do 
lesado ou de terceiro de boa-fé. (Redação dada 
pela Lei nº 12.683, de 2012) 
CAPÍTULO V 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)DAS PESSOAS SUJEITAS AO MECANISMO 
DE CONTROLE 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
Art. 9o Sujeitam-se às obrigações referidas nos 
arts. 10 e 11 as pessoas físicas e jurídicas que 
tenham, em caráter permanente ou eventual, 
como atividade principal ou acessória, 
cumulativamente ou não: (Redação dada pela Lei 
nº 12.683, de 2012) 
I - a captação, intermediação e aplicação de 
recursos financeiros de terceiros, em moeda 
nacional ou estrangeira; 
II – a compra e venda de moeda estrangeira ou 
ouro como ativo financeiro ou instrumento 
cambial; 
III - a custódia, emissão, distribuição, liqüidação, 
negociação, intermediação ou administração de 
títulos ou valores mobiliários. 
Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas 
obrigações: 
I – as bolsas de valores, as bolsas de 
mercadorias ou futuros e os sistemas de 
negociação do mercado de balcão organizado; 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as 
entidades de previdência complementar ou de 
capitalização; 
III - as administradoras de cartões de 
credenciamento ou cartões de crédito, bem como 
as administradoras de consórcios para aquisição 
de bens ou serviços; 
IV - as administradoras ou empresas que se 
utilizem de cartão ou qualquer outro meio 
eletrônico, magnético ou equivalente, que 
permita a transferência de fundos; 
V - as empresas de arrendamento mercantil 
(leasing) e as de fomento comercial (factoring); 
VI - as sociedades que efetuem distribuição de 
dinheiro ou quaisquer bens móveis, imóveis, 
mercadorias, serviços, ou, ainda, concedam 
descontos na sua aquisição, mediante sorteio ou 
método assemelhado; 
VII - as filiais ou representações de entes 
estrangeiros que exerçam no Brasil qualquer das 
atividades listadas neste artigo, ainda que de 
forma eventual; 
VIII - as demais entidades cujo funcionamento 
dependa de autorização de órgão regulador dos 
mercados financeiro, de câmbio, de capitais e de 
seguros; 
IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou 
estrangeiras, que operem no Brasil como 
agentes, dirigentes, procuradoras, 
comissionárias ou por qualquer forma 
representem interesses de ente estrangeiro que 
exerça qualquer das atividades referidas neste 
artigo; 
X - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam 
atividades de promoção imobiliária ou compra e 
venda de imóveis; (Redação dada pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
XI - as pessoas físicas ou jurídicas que 
comercializem jóias, pedras e metais preciosos, 
objetos de arte e antigüidades. 
XII - as pessoas físicas ou jurídicas que 
comercializem bens de luxo ou de alto valor, 
intermedeiem a sua comercialização ou exerçam 
atividades que envolvam grande volume de 
recursos em espécie; (Redação dada pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
XIII - as juntas comerciais e os registros públicos; 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, 
mesmo que eventualmente, serviços de 
assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, 
aconselhamento ou assistência, de qualquer 
natureza, em operações: (Incluído pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
a) de compra e venda de imóveis, 
estabelecimentos comerciais ou industriais ou 
participações societárias de qualquer natureza; 
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou 
outros ativos; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 
2012) 
c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de 
poupança, investimento ou de valores 
mobiliários; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
d) de criação, exploração ou gestão de 
sociedades de qualquer natureza, fundações, 
fundos fiduciários ou estruturas análogas; 
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e 
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
f) de alienação ou aquisição de direitos sobre 
contratos relacionados a atividades desportivas 
ou artísticas profissionais; (Incluída pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
XV - pessoas físicas ou jurídicas que atuem na 
promoção, intermediação, comercialização, 
agenciamento ou negociação de direitos de 
transferência de atletas, artistas ou feiras, 
exposições ou eventos similares; (Incluído pela 
Lei nº 12.683, de 2012) 
XVI - as empresas de transporte e guarda de 
valores; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
XVII - as pessoas físicas ou jurídicas que 
comercializem bens de alto valor de origem rural 
ou animal ou intermedeiem a sua 
comercialização; e (Incluído pela Lei nº 12.683, 
de 2012) 
XVIII - as dependências no exterior das entidades 
mencionadas neste artigo, por meio de sua 
matriz no Brasil, relativamente a residentes no 
País. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
CAPÍTULO VI 
Da Identificação dos Clientes e Manutenção de 
Registros 
Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º: 
I - identificarão seus clientes e manterão cadastro 
atualizado, nos termos de instruções emanadas 
das autoridades competentes; 
II - manterão registro de toda transação em 
moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores 
mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer 
ativo passível de ser convertido em dinheiro, que 
ultrapassar limite fixado pela autoridade 
competente e nos termos de instruções por esta 
expedidas; 
III - deverão adotar políticas, procedimentos e 
controles internos, compatíveis com seu porte e 
volume de operações, que lhes permitam atender 
ao disposto neste artigo e no art. 11, na forma 
disciplinada pelos órgãos competentes; 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
IV - deverão cadastrar-se e manter seu cadastro 
atualizado no órgão regulador ou fiscalizador e, 
na falta deste, no Conselho de Controle de 
Atividades Financeiras (Coaf), na forma e 
condições por eles estabelecidas; (Incluído pela 
Lei nº 12.683, de 2012) 
V - deverão atender às requisições formuladas 
pelo Coaf na periodicidade, forma e condições 
por ele estabelecidas, cabendo-lhe preservar, 
nos termos da lei, o sigilo das informações 
prestadas. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 1º Na hipótese de o cliente constituir-se em 
pessoa jurídica, a identificação referida no inciso 
I deste artigo deverá abranger as pessoas físicas 
autorizadas a representá-la, bem como seus 
proprietários. 
§ 2º Os cadastros e registros referidos nos 
incisos I e II deste artigo deverão ser 
conservados durante o período mínimo de cinco 
anos a partir do encerramento da conta ou da 
conclusão da transação, prazo este que poderá 
ser ampliado pela autoridade competente. 
§ 3º O registro referido no inciso II deste artigo 
será efetuado também quando a pessoa física ou 
jurídica, seus entes ligados, houver realizado, em 
um mesmo mês-calendário, operações com uma 
mesma pessoa, conglomerado ou grupo que, em 
seu conjunto, ultrapassem o limite fixado pela 
autoridade competente. 
Art. 10A. O Banco Central manterá registro 
centralizado formando o cadastro geral de 
correntistas e clientes de instituições financeiras, 
bem como de seus procuradores. (Incluído pela 
Lei nº 10.701, de 2003) 
CAPÍTULO VII 
Da Comunicação de Operações Financeiras 
Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º: 
I - dispensarão especial atenção às operações 
que, nos termos de instruções emanadas das 
autoridades competentes, possam constituir-se 
em sérios indícios dos crimes previstos nesta Lei, 
ou com eles relacionar-se; 
II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de 
dar ciência de tal ato a qualquer pessoa, inclusive 
àquela à qual se refira a informação, no prazo de 
24 (vinte e quatro) horas, a proposta ou 
realização: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 
2012) 
a) de todas as transações referidas no inciso II do 
art. 10, acompanhadas da identificação de que 
trata o inciso I do mencionado artigo; e (Redação 
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
b) das operações referidas no inciso I; (Redação 
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
III -deverão comunicar ao órgão regulador ou 
fiscalizador da sua atividade ou, na sua falta, ao 
Coaf, na periodicidade, forma e condições por 
eles estabelecidas, a não ocorrência de 
propostas, transações ou operações passíveis 
de serem comunicadas nos termos do inciso II. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 1º As autoridades competentes, nas instruções 
referidas no inciso I deste artigo, elaborarão 
relação de operações que, por suas 
características, no que se refere às partes 
envolvidas, valores, forma de realização, 
instrumentos utilizados, ou pela falta de 
fundamento econômico ou legal, possam 
configurar a hipótese nele prevista. 
§ 2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma 
prevista neste artigo, não acarretarão 
responsabilidade civil ou administrativa. 
§ 3o O Coaf disponibilizará as comunicações 
recebidas com base no inciso II do caput aos 
respectivos órgãos responsáveis pela regulação 
ou fiscalização das pessoas a que se refere o art. 
9o. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
Art. 11-A. As transferências internacionais e os 
saques em espécie deverão ser previamente 
comunicados à instituição financeira, nos termos, 
limites, prazos e condições fixados pelo Banco 
Central do Brasil. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 
2012) 
CAPÍTULO VIII 
Da Responsabilidade Administrativa 
Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem 
como aos administradores das pessoas jurídicas, 
que deixem de cumprir as obrigações previstas 
nos arts. 10 e 11 serão aplicadas, 
cumulativamente ou não, pelas autoridades 
competentes, as seguintes sanções: 
I - advertência; 
II - multa pecuniária variável não superior: 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
a) ao dobro do valor da operação; (Incluída pela 
Lei nº 12.683, de 2012) 
b) ao dobro do lucro real obtido ou que 
presumivelmente seria obtido pela realização da 
operação; ou (Incluída pela Lei nº 12.683, de 
2012) 
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de 
reais); (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez 
anos, para o exercício do cargo de administrador 
das pessoas jurídicas referidas no art. 9º; 
IV - cassação ou suspensão da autorização para 
o exercício de atividade, operação ou 
funcionamento. (Redação dada pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
§ 1º A pena de advertência será aplicada por 
irregularidade no cumprimento das instruções 
referidas nos incisos I e II do art. 10. 
§ 2o A multa será aplicada sempre que as 
pessoas referidas no art. 9o, por culpa ou dolo: 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
I – deixarem de sanar as irregularidades objeto 
de advertência, no prazo assinalado pela 
autoridade competente; 
II - não cumprirem o disposto nos incisos I a IV 
do art. 10; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 
2012) 
III - deixarem de atender, no prazo estabelecido, 
a requisição formulada nos termos do inciso V do 
art. 10; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 
2012) 
IV - descumprirem a vedação ou deixarem de 
fazer a comunicação a que se refere o art. 11. 
§ 3º A inabilitação temporária será aplicada 
quando forem verificadas infrações graves 
quanto ao cumprimento das obrigações 
constantes desta Lei ou quando ocorrer 
reincidência específica, devidamente 
caracterizada em transgressões anteriormente 
punidas com multa. 
§ 4º A cassação da autorização será aplicada nos 
casos de reincidência específica de infrações 
anteriormente punidas com a pena prevista no 
inciso III do caput deste artigo. 
Art. 13. O procedimento para a aplicação das 
sanções previstas neste Capítulo será regulado 
por decreto, assegurados o contraditório e a 
ampla defesa. 
CAPÍTULO IX 
Do Conselho de Controle de Atividades 
Financeiras 
Art. 14. É criado, no âmbito do Ministério da 
Fazenda, o Conselho de Controle de Atividades 
Financeiras - COAF, com a finalidade de 
disciplinar, aplicar penas administrativas, 
receber, examinar e identificar as ocorrências 
suspeitas de atividades ilícitas previstas nesta 
Lei, sem prejuízo da competência de outros 
órgãos e entidades. 
§ 1º As instruções referidas no art. 10 destinadas 
às pessoas mencionadas no art. 9º, para as quais 
não exista órgão próprio fiscalizador ou 
regulador, serão expedidas pelo COAF, 
competindo-lhe, para esses casos, a definição 
das pessoas abrangidas e a aplicação das 
sanções enumeradas no art. 12. 
§ 2º O COAF deverá, ainda, coordenar e propor 
mecanismos de cooperação e de troca de 
informações que viabilizem ações rápidas e 
eficientes no combate à ocultação ou 
dissimulação de bens, direitos e valores. 
§ 3o O COAF poderá requerer aos órgãos da 
Administração Pública as informações cadastrais 
bancárias e financeiras de pessoas envolvidas 
em atividades suspeitas. (Incluído pela Lei nº 
10.701, de 2003) 
Art. 15. O COAF comunicará às autoridades 
competentes para a instauração dos 
procedimentos cabíveis, quando concluir pela 
existência de crimes previstos nesta Lei, de 
fundados indícios de sua prática, ou de qualquer 
outro ilícito. 
Art. 16. O Coaf será composto por servidores 
públicos de reputação ilibada e reconhecida 
competência, designados em ato do Ministro de 
Estado da Fazenda, dentre os integrantes do 
quadro de pessoal efetivo do Banco Central do 
Brasil, da Comissão de Valores Mobiliários, da 
Superintendência de Seguros Privados, da 
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, da 
Secretaria da Receita Federal do Brasil, da 
Agência Brasileira de Inteligência, do Ministério 
das Relações Exteriores, do Ministério da 
Justiça, do Departamento de Polícia Federal, do 
Ministério da Previdência Social e da 
Controladoria-Geral da União, atendendo à 
indicação dos respectivos Ministros de Estado. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 1º O Presidente do Conselho será nomeado 
pelo Presidente da República, por indicação do 
Ministro de Estado da Fazenda. 
§ 2º Das decisões do COAF relativas às 
aplicações de penas administrativas caberá 
recurso ao Ministro de Estado da Fazenda. 
Art. 17. O COAF terá organização e 
funcionamento definidos em estatuto aprovado 
por decreto do Poder Executivo. 
CAPÍTULO X 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
Art. 17-A. Aplicam-se, subsidiariamente, as 
disposições do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de 
outubro de 1941 (Código de Processo Penal), no 
que não forem incompatíveis com esta Lei. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
Art. 17-B. A autoridade policial e o Ministério 
Público terão acesso, exclusivamente, aos dados 
cadastrais do investigado que informam 
qualificação pessoal, filiação e endereço, 
independentemente de autorização judicial, 
mantidos pela Justiça Eleitoral, pelas empresas 
telefônicas, pelas instituições financeiras, pelos 
provedores de internet e pelas administradoras 
de cartão de crédito. (Incluído pela Lei nº 12.683, 
de 2012) 
Art. 17-C. Os encaminhamentos das instituições 
financeiras e tributárias em resposta às ordens 
judiciais de quebra ou transferência de sigilo 
deverão ser, sempre que determinado, em meio 
informático, e apresentados em arquivos que 
possibilitem a migração de informações para os 
autos do processo sem redigitação. (Incluído pela 
Lei nº 12.683, de 2012) 
Art. 17-D. Em caso de indiciamento de servidor 
público, este será afastado, sem prejuízo de 
remuneração e demais direitos previstos em lei, 
até que o juiz competente autorize, em decisão 
fundamentada, o seu retorno. (Incluído pela Lei 
nº 12.683, de 2012) 
Art. 17-E. A Secretaria da Receita Federal do 
Brasil conservará os dados fiscais dos 
contribuintes pelo prazo mínimo de 5 (cinco) 
anos, contado a partir do início do exercício 
seguinte ao da declaração de renda respectiva 
ou ao do pagamento do tributo. (Incluído pela Lei 
nº 12.683, de 2012) 
Art. 18. Esta Lei entra em vigor na datade sua 
publicação. 
Brasília, 3 de março de 1998; 177º da 
Independência e 110º da República. 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
Iris Rezende 
Luiz Felipe Lampreia 
Pedro Malan 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 
4.3.1998 
 
CIRCULAR BACEN 3.461/2009 
Consolida as regras sobre os procedimentos a 
serem adotados na prevenção e combate às 
atividades relacionadas com os crimes previstos 
na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998. 
 
A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, 
em sessão realizada em 23 de julho de 2009, 
com base no disposto nos arts. 10, inciso IX, e 
11, inciso VII, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro 
de 1964, 10 e 11 da Lei nº 9.613, de 3 de março 
de 1998, e tendo em vista o disposto na 
Convenção Internacional para Supressão do 
Financiamento do Terrorismo, adotada pela 
Assembléia-Geral das Nações Unidas em 9 de 
dezembro de 1999, promulgada por meio do 
Decreto nº 5.640, de 26 de dezembro de 2005, 
D E C I D I U: 
Art. 1º As instituições financeiras e demais 
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco 
Central do Brasil devem implementar políticas, 
procedimentos e controles internos, de forma 
compatível com seu porte e volume de 
operações, destinados a prevenir sua utilização 
na prática dos crimes de que trata a Lei nº 9.613, 
de 3 de março de 1998. (Redação dada pela 
Circular nº 3.654, de 27/3/2013.) 
§ 1º As políticas de que trata o caput devem: 
I - especificar, em documento interno, as 
responsabilidades dos integrantes de cada nível 
hierárquico da instituição; 
II - contemplar a coleta e registro de 
informações tempestivas sobre clientes, que 
permitam a identificação dos riscos de ocorrência 
da prática dos mencionados crimes; 
III - definir os critérios e procedimentos 
para seleção, treinamento e acompanhamento 
da situação econômico-financeira dos 
empregados da instituição; 
IV - incluir a análise prévia de novos 
produtos e serviços, sob a ótica da prevenção 
dos mencionados crimes; 
V - ser aprovadas pelo conselho de 
administração ou, na sua ausência, pela diretoria 
da instituição; 
VI - receber ampla divulgação interna. 
§ 2º Os procedimentos de que trata o caput 
devem incluir medidas prévia e expressamente 
estabelecidas, que permitam: 
I - confirmar as informações cadastrais 
dos clientes e identificar os beneficiários finais 
das operações; 
II - possibilitar a caracterização ou não de 
clientes como pessoas politicamente expostas. 
§ 3º Para os fins desta circular, considera-se 
cliente eventual ou permanente qualquer pessoa 
natural ou jurídica com a qual seja mantido, 
respectivamente em caráter eventual ou 
permanente, relacionamento destinado à 
prestação de serviço financeiro ou à realização 
de operação financeira. 
§ 4º Os procedimentos de que trata o caput 
devem ser reforçados para início de 
relacionamento com: 
I - instituições financeiras, representantes 
ou correspondentes localizados no exterior, 
especialmente em países, territórios e 
dependências que não adotam procedimentos de 
registro e controle similares aos definidos nesta 
circular; 
II - clientes cujo contato seja efetuado por 
meio eletrônico, mediante correspondentes no 
País ou por outros meios indiretos. 
§ 5º As políticas e procedimentos internos de 
controle de que trata o caput devem ser 
implementados também pelas dependências e 
subsidiárias situadas no exterior das instituições 
financeiras e demais instituições autorizadas a 
funcionar pelo Banco Central do Brasil. (Incluído 
pela Circular nº 3.583, de 12/3/2012) 
§ 6º O diretor responsável pela implementação e 
cumprimento das medidas estabelecidas nesta 
Circular, nos termos do art. 18, deve informar por 
escrito ao Banco Central do Brasil sobre a 
existência de legislação ou regulamentação que 
impeça ou limite a aplicação do disposto no § 5º 
a suas dependências e subsidiárias situadas no 
exterior. (Incluído pela Circular nº 3.583, de 
12/3/2012) 
Manutenção de Informações Cadastrais 
Atualizadas 
Art. 2º As instituições mencionadas no art. 1º 
devem coletar e manter atualizadas as 
informações cadastrais de seus clientes 
permanentes, incluindo, no mínimo: 
I - qualificação do cliente: 
a) pessoas naturais: nome completo, 
filiação, nacionalidade, data e local do 
nascimento, documento de identificação (tipo, 
número, data de emissão e órgão expedidor) e 
número de inscrição no Cadastro de Pessoas 
Físicas (CPF); e 
b) pessoas jurídicas: firma ou 
denominação social, atividade principal, forma e 
data de constituição, informações referidas na 
alínea “a” que qualifiquem e autorizem os 
administradores, mandatários ou prepostos, 
número de inscrição no Cadastro Nacional da 
Pessoa Jurídica (CNPJ) e dados dos atos 
constitutivos devidamente registrados na forma 
da lei; 
(Inciso I com redação dada pela Circular nº 3.654, 
de 27/3/2013.) 
II - endereços residencial e comercial 
completos; (Redação dada pela Circular nº 
3.654, de 27/3/2013.) 
III - número do telefone e código de 
Discagem Direta a Distância (DDD); (Redação 
dada pela Circular nº 3.654, de 27/3/2013.) 
IV - valores de renda mensal e patrimônio, 
no caso de pessoas naturais, e de faturamento 
médio mensal referente aos doze meses 
anteriores, no caso de pessoas jurídicas; e 
(Incluído pela Circular nº 3.654, de 27/3/2013.) 
V - declaração firmada sobre os 
propósitos e a natureza da relação de negócio 
com a instituição. (Incluído pela Circular nº 3.654, 
de 27/3/2013.) 
§ 1º As informações relativas a cliente pessoa 
natural devem abranger as pessoas naturais 
autorizadas a representá-la. 
§ 2º As informações cadastrais relativas a cliente 
pessoa jurídica devem abranger as pessoas 
naturais autorizadas a representá-la, bem como 
a cadeia de participação societária, até alcançar 
a pessoa natural caracterizada como beneficiário 
final. 
§ 3º Excetuam-se do disposto no § 2º as pessoas 
jurídicas constituídas sob a forma de companhia 
aberta ou entidade sem fins lucrativos, para as 
quais as informações cadastrais devem abranger 
as pessoas naturais autorizadas a representá-
las, bem como seus controladores, 
administradores e diretores, se houver. 
§ 4º As informações cadastrais relativas a cliente 
fundo de investimento devem incluir a respectiva 
denominação, número de inscrição no CNPJ, 
bem como as informações de que tratam os 
incisos I a III relativas às pessoas responsáveis 
por sua administração. (Redação dada pela 
Circular nº 3.654, de 27/3/2013.) 
§ 5º As instituições mencionadas no art. 1º 
devem realizar testes de verificação, com 
periodicidade máxima de um ano, que 
assegurem a adequação dos dados cadastrais 
de seus clientes. 
Art. 3º As instituições mencionadas no art. 1º 
devem obter as seguintes informações 
cadastrais de seus clientes eventuais, do 
proprietário e do destinatário dos recursos 
envolvidos na operação ou serviço financeiro: 
I - quando pessoa natural, o nome 
completo e o número de inscrição no Cadastro de 
Pessoas Físicas (CPF); e (Redação dada pela 
Circular nº 3.517, de 7/12/2010.) 
II - quando pessoa jurídica, a razão social 
e número de inscrição no CNPJ. 
Parágrafo único. Admite-se o desenvolvimento 
de procedimento interno destinado à 
identificação de operações ou serviços 
financeiros eventuais que apresentem baixo risco 
de utilização para lavagem de dinheiro ou de 
financiamento ao terrorismo, para os quais é 
dispensada a exigência de obtenção das 
informações cadastrais de clientes, ressalvado o 
cumprimento do disposto nos demais artigos 
desta circular. (Redação dada pela Circular nº 
3.517, de 7/12/2010.) 
Pessoas Expostas Politicamente (PEP) 
Art. 4º As instituições de que trata o art. 1º devem 
obter de seus clientes permanentes informações 
que permitam caracterizá-los ou não como 
pessoas expostas politicamente (PEP) e 
identificara origem dos fundos envolvidos nas 
transações dos clientes assim caracterizados. 
(Redação dada pela Circular nº 3.654, de 
27/3/2013.) 
§ 1º Consideram-se PEP os agentes públicos 
que desempenham ou tenham desempenhado, 
nos últimos cinco anos, no Brasil ou em países, 
territórios e dependências estrangeiros, cargos, 
empregos ou funções públicas relevantes, assim 
como seus representantes, familiares e outras 
pessoas de seu relacionamento próximo. 
(Redação dada pela Circular nº 3.654, de 
27/3/2013.) 
§ 2º No caso de clientes brasileiros, devem ser 
abrangidos: 
I - os detentores de mandatos eletivos 
dos Poderes Executivo e Legislativo da União; 
II - os ocupantes de cargo, no Poder 
Executivo da União: 
a) de ministro de estado ou equiparado; 
b) de natureza especial ou equivalente; 
c) de presidente, vice-presidente e diretor, 
ou equivalentes, de autarquias, fundações 
públicas, empresas públicas ou sociedades de 
economia mista; 
d) do Grupo Direção e Assessoramento 
Superiores (DAS), nível 6, ou equivalentes; 
III - os membros do Conselho Nacional de 
Justiça, do Supremo Tribunal Federal, dos 
tribunais superiores, dos tribunais regionais 
federais, do trabalho e eleitorais, do Conselho 
Superior da Justiça do Trabalho e do Conselho 
da Justiça Federal; (Redação dada pela Circular 
nº 3.654, de 27/3/2013.) 
IV - os membros do Conselho Nacional do 
Ministério Público, o Procurador Geral da 
República, o Vice-Procurador-Geral da 
República, o Procurador-Geral do Trabalho, o 
Procurador-Geral da Justiça Militar, os 
Subprocuradores-Gerais da República e os 
Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados e do 
Distrito Federal; 
V - os membros do Tribunal de Contas da 
União e o Procurador-Geral do Ministério Público 
junto ao Tribunal de Contas da União; 
VI - os governadores de Estado e do 
Distrito Federal, os presidentes de tribunal de 
justiça, de assembleia e câmara legislativa, os 
presidentes de tribunal de contas de Estado, do 
Distrito Federal e de Município, e de conselho de 
contas dos Municípios; (Redação dada pela 
Circular nº 3.654, de 27/3/2013.) 
VII - os prefeitos e presidentes de Câmara 
Municipal de capitais de Estados. 
§ 3º No caso de clientes estrangeiros, para fins 
do disposto no caput, as instituições 
mencionadas no art. 1º devem adotar pelo menos 
uma das seguintes providências: 
I - solicitar declaração expressa do 
cliente a respeito da sua classificação; 
II - recorrer a informações publicamente 
disponíveis; 
III - consultar bases de dados comerciais 
sobre PEP; e (Redação dada pela Circular nº 
3.654, de 27/3/2013.) 
IV - considerar como PEP a pessoa que 
exerce ou exerceu funções públicas 
proeminentes em um país estrangeiro, tais como 
chefes de estado ou de governo, políticos de alto 
nível, altos servidores governamentais, judiciais, 
do legislativo ou militares, dirigentes de 
empresas públicas ou dirigentes de partidos 
políticos. (Redação dada pela Circular nº 3.654, 
de 27/3/2013.) 
§ 4º O prazo de cinco anos referido no § 1º deve 
ser contado, retroativamente, a partir da data de 
início da relação de negócio ou da data em que o 
cliente passou a se enquadrar como PEP. 
(Redação dada pela Circular nº 3.654, de 
27/3/2013.) 
§ 5º Para efeito do § 1º são considerados 
familiares os parentes, na linha reta, até o 
primeiro grau, o cônjuge, o companheiro, a 
companheira, o enteado e a enteada. 
§ 6º No caso de relação de negócio com cliente 
estrangeiro que também seja cliente de 
instituição estrangeira fiscalizada por entidade 
governamental assemelhada ao Banco Central 
do Brasil, admite-se que as providências em 
relação a PEP sejam adotadas pela instituição 
estrangeira, desde que assegurado ao Banco 
Central do Brasil o acesso aos respectivos dados 
e procedimentos adotados. (Redação dada pela 
Circular nº 3.654, de 27/3/2013.) 
§ 7º As operações ou propostas de operações 
que possuam PEP como parte envolvida serão 
sempre consideradas como merecedoras de 
especial atenção, conforme previsto no art. 10. 
(Incluído pela Circular nº 3.654, de 27/3/2013.) 
§ 8º O disposto neste artigo também se aplica a 
pessoa que exerce ou exerceu função de alta 
administração em uma organização internacional 
de qualquer natureza, assim considerados 
diretores, subdiretores, membros de conselho ou 
funções equivalentes. (Incluído pela Circular nº 
3.654, de 27/3/2013.) 
Início ou Prosseguimento de Relação de Negócio 
Art. 5º As instituições de que trata o art. 1º 
somente devem iniciar qualquer relação de 
negócio ou dar prosseguimento a relação já 
existente com o cliente se observadas as 
providências estabelecidas nos arts. 2º, 3º e 4º, 
conforme o caso. (Redação dada pela Circular nº 
3.583, de 12/3/2012.) 
Registros de Serviços Financeiros e Operações 
Financeiras 
Art. 6º As instituições de que trata o art. 1º devem 
manter registros de todos os serviços financeiros 
prestados e de todas as operações financeiras 
realizadas com os clientes ou em seu nome. 
§ 1º No caso de movimentação de recursos por 
clientes permanentes, os registros devem conter 
informações consolidadas que permitam 
verificar: 
I - a compatibilidade entre a 
movimentação de recursos e a atividade 
econômica e capacidade financeira do cliente; 
II - a origem dos recursos movimentados; 
III - os beneficiários finais das 
movimentações. 
§ 2º O sistema de registro deve permitir a 
identificação: 
I - das operações que, realizadas com 
uma mesma pessoa, conglomerado financeiro ou 
grupo, em um mesmo mês calendário, superem, 
por instituição ou entidade, em seu conjunto, o 
valor de R$10.000,00 (dez mil reais); 
II - das operações que, por sua 
habitualidade, valor ou forma, configurem artifício 
que objetive burlar os mecanismos de 
identificação, controle e registro. 
Registros de Depósitos em Cheque, Liquidação 
de Cheques Depositados em Outra Instituição 
Financeira e da Utilização de Instrumentos de 
Transferência de Recursos 
Art. 7º As instituições de que trata o art. 1º devem 
manter registros específicos das operações de 
transferência de recursos. 
§ 1º O sistema de registro deve permitir a 
identificação: 
I - das operações referentes ao 
acolhimento em depósitos de Transferência 
Eletrônica Disponível (TED), de cheque, cheque 
administrativo, cheque ordem de pagamento e 
outros documentos compensáveis de mesma 
natureza, e à liquidação de cheques depositados 
em outra instituição financeira; 
II - das emissões de cheque 
administrativo, de cheque ordem de pagamento, 
de ordem de pagamento, de Documento de 
Crédito (DOC), de TED e de outros instrumentos 
de transferência de recursos, quando de valor 
superior a R$1.000,00 (mil reais). 
§ 2º Os registros de que trata o inciso I do § 1º 
efetuados por instituição depositária devem 
conter, no mínimo, os dados relativos ao valor e 
ao número do cheque depositado, o código de 
compensação da instituição sacada, os números 
da agência e da conta de depósitos sacadas. 
(Redação dada pela Circular nº 3.517, de 
7/12/2010.) 
§ 3º Os registros de que trata o inciso I do § 1º 
efetuados por instituição sacada devem conter, 
no mínimo, os dados relativos ao valor e ao 
número do cheque, o código de compensação da 
instituição depositária, os números da agência e 
da conta de depósitos depositárias, cabendo à 
instituição depositária fornecer à instituição 
sacada os dados relativos ao seu código de 
compensação e aos números da agência e da 
conta de depósitos depositárias (Redação dada 
pela Circular nº 3.517, de 7/12/2010.) 
§ 4º No caso de cheque utilizado em operação 
simultânea de saque e depósito na própria 
instituição sacada, com vistas à transferência de 
recursos da conta de depósitos do emitente para 
conta de depósitos de terceiros, os registros de 
que trata o inciso I do § 1º devem conter,no 
mínimo, os dados relativos ao valor e ao número 
do cheque sacado, bem como aos números das 
agências sacada e depositária e das respectivas 
contas de depósitos. 
§ 5º Os registros de que trata o inciso II do § 1º 
devem conter, no mínimo, as seguintes 
informações: 
I - o tipo e o número do documento 
emitido, a data da operação, o nome e o número 
de inscrição do adquirente ou remetente no CPF 
ou no CNPJ; 
II - quando pagos em cheque, o código de 
compensação da instituição, o número da 
agência e da conta de depósitos sacadas 
referentes ao cheque utilizado para o respectivo 
pagamento, inclusive no caso de cheque sacado 
contra a própria instituição emissora dos 
instrumentos referidos neste artigo; 
III - no caso de DOC, o código de 
identificação da instituição destinatária no 
sistema de liquidação de transferência de fundos 
e os números da agência, da conta de depósitos 
depositária e o número de inscrição no CPF ou 
no CNPJ do respectivo titular; 
IV - no caso de ordem de pagamento: 
a) destinada a crédito em conta: os 
números da agência destinatária e da conta de 
depósitos depositária; 
b) destinada a pagamento em espécie: os 
números da agência destinatária e de inscrição 
do beneficiário no CPF ou no CNPJ. 
§ 6º Em se tratando de operações de 
transferência de recursos envolvendo pessoa 
física residente no exterior desobrigada de 
inscrição no CPF, na forma definida pela 
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), a 
identificação prevista no § 5º, incisos I e IV, alínea 
"b", pode ser efetuada pelo número do respectivo 
passaporte, complementada com a 
nacionalidade da referida pessoa e, quando for o 
caso, o organismo internacional de que seja 
representante para o exercício de funções 
específicas no País. 
§ 7º A identificação prevista no § 5º, incisos I e 
IV, alínea "b", não se aplica às operações de 
transferência de recursos envolvendo pessoa 
jurídica com domicílio ou sede no exterior 
desobrigada de inscrição no CNPJ, na forma 
definida pela RFB. 
§ 8º A instituição sacada deve informar à 
instituição depositária e a instituição depositária 
deve informar à instituição sacada, quando 
requeridas, no prazo máximo de 5 (cinco) dias 
úteis contados a partir da data de solicitação, os 
números de inscrição no CPF ou CNPJ dos 
titulares da conta sacada e da conta depositária 
referentes às operações de transferência de 
valores efetuadas mediante cheque, cheque 
administrativo, cheque ordem de pagamento e 
outros documentos compensáveis de mesma 
natureza, e à liquidação de cheques depositados 
em outra instituição financeira. (Incluído pela 
Circular nº 3.517, de 7/12/2010.) 
Registros de Cartões Pré-Pagos 
Art. 8º As instituições de que trata o art. 1º devem 
manter registros específicos da emissão ou 
recarga de valores em um ou mais cartões pré-
pagos. 
§ 1º O sistema de registro deve permitir a 
identificação da: 
I - emissão ou recarga de valores em um 
ou mais cartões pré-pagos, em montante 
acumulado igual ou superior a R$100.000,00 
(cem mil reais) ou o equivalente em moeda 
estrangeira, no mês calendário; 
II - emissão ou recarga de valores em 
cartão pré-pago que apresente indícios de 
ocultação ou dissimulação da natureza, da 
origem, da localização, da disposição, da 
movimentação ou da propriedade de bens, 
direitos e valores. 
§ 2º Para fins do disposto no caput, define-se 
cartão pré-pago como o cartão apto a receber 
carga ou recarga de valores em moeda nacional 
ou estrangeira oriundos de pagamento em 
espécie, de operação cambial ou de 
transferência a débito de contas de depósito. 
§ 3º Os registros das ocorrências de que tratam 
os incisos I e II do § 1º devem conter as seguintes 
informações: 
I - o nome ou razão social e o respectivo 
número de inscrição no CPF ou no CNPJ da 
pessoa natural ou jurídica responsável pela 
emissão ou recarga de valores em cartão pré-
pago, no caso de emissão ou recarga efetuada 
por residente ou domiciliado no País; 
II - o nome, o número do passaporte e o 
respectivo país emissor, no caso de emissão ou 
recarga de valores em cartão pré-pago efetuada 
por pessoa natural não residente no País ou 
domiciliada no exterior; 
III - o nome e o respectivo número de 
inscrição no CPF da pessoa natural a quem se 
destina o cartão pré-pago; 
IV - a identificação das instituições, das 
agências e das contas de depósito ou de 
poupança debitadas, os nomes dos titulares das 
contas e respectivos números de inscrição no 
CPF, no caso de emissão ou recarga de valores 
em cartão pré-pago oriundos de transferências a 
débito de contas de depósito ou de poupança 
tituladas por pessoas naturais; 
V - a identificação das instituições, das 
agências e das contas de depósito ou de 
poupança debitadas, os nomes dos titulares das 
contas e respectivos números de inscrição no 
CNPJ, bem como os nomes das pessoas 
naturais autorizadas a movimentá-las e 
respectivos números de inscrição no CPF, no 
caso de emissão ou recarga de valores em cartão 
pré-pago oriundos de transferências a débito de 
contas de depósito ou de poupança tituladas por 
pessoas jurídicas; 
VI - a data e o valor de cada emissão ou 
recarga de valores em cartão pré-pago; 
VII - o propósito da emissão do cartão pré-
pago; 
VIII - o nome e o respectivo número de 
inscrição no CPF das pessoas naturais que 
representem as pessoas jurídicas responsáveis 
pela emissão ou recarga de valores em cartão 
prépago. 
Registros de Movimentação Superior a 
R$100.000,00 em Espécie 
Art. 9º Os bancos comerciais, a Caixa 
Econômica Federal, os bancos múltiplos com 
carteira comercial ou de crédito imobiliário, as 
sociedades de crédito imobiliário, as sociedades 
de poupança e empréstimo e as cooperativas de 
crédito devem manter registros específicos das 
operações de depósito em espécie, saque em 
espécie, saque em espécie por meio de cartão 
pré-pago ou pedido de provisionamento para 
saque. 
§ 1º O sistema de registro deve permitir a 
identificação de: 
I - depósito em espécie, saque em 
espécie, saque em espécie por meio de cartão 
pré-pago ou pedido de provisionamento para 
saque, de valor igual ou superior a R$100.000,00 
(cem mil reais); 
II - depósito em espécie, saque em 
espécie, saque em espécie por meio de cartão 
pré-pago ou pedido de provisionamento para 
saque, que apresente indícios de ocultação ou 
dissimulação da natureza, da origem, da 
localização, da disposição, da movimentação ou 
da propriedade de bens, direitos e valores; 
III - emissão de cheque administrativo, 
TED ou de qualquer outro instrumento de 
transferência de fundos contra pagamento em 
espécie, de valor igual ou superior a 
R$100.000,00 (cem mil reais). 
§ 2º Os registros de que trata o caput devem 
conter as informações abaixo indicadas: 
I - o nome e o respectivo número de 
inscrição no CPF ou no CNPJ, conforme o caso, 
do proprietário ou beneficiário dos recursos e da 
pessoa que efetuar o depósito, o saque em 
espécie ou o pedido de provisionamento para 
saque; 
II - o tipo e o número do documento, o 
número da instituição, da agência e da conta 
corrente de depósitos à vista ou da conta de 
poupança a que se destinam os valores ou de 
onde o valor será sacado, conforme o caso; 
III - o nome e o respectivo número de 
inscrição no CPF ou no CNPJ, conforme o caso, 
dos titulares das contas referidas no inciso II, se 
na mesma instituição; 
IV - o nome e o respectivo número de 
inscrição no CPF, no caso de saque em espécie 
por meio de cartão pré-pago cujo portador seja 
residente ou domiciliado no País; 
V - o nome e o número do passaporte e o 
respectivo país emissor, no caso de saque em 
espécie por meio de cartão pré-pago cujo 
portador seja não residente no País ou 
domiciliado no exterior; 
VI - a data e o valor do depósito, do saque 
em espécie, dopública, dos nomes indicados pelo 
Presidente da República para os cargos de 
presidente e diretores da instituição. Além disso, 
vedou ao Banco Central a concessão direta ou 
indireta de empréstimos ao Tesouro Nacional. 
A Constituição de 1988 prevê ainda, em seu 
artigo 192, a elaboração de Lei Complementar do 
Sistema Financeiro Nacional, ainda não editada, 
que deverá substituir a Lei 4.595/64 e redefinir as 
atribuições e estrutura do Banco Central do 
Brasil. 
A instituição do Banco Central desempenha hoje 
papel crucial na política econômica do país, e 
portanto guarda relevante valor na organização 
financeira do país, sendo assim toda sua 
organização para o intuito de melhor 
aplicabilidade das normas e funções 
econômicas. 
Competências 
É de competência exclusiva do Banco Central do 
Brasil: 
Emitir a moeda (observação: a Casa da Moeda 
- empresa pública - fabrica o papel moeda e 
moeda metálica, mas o ato de emissão - colocar 
em circulação - é responsabilidade do Banco 
Central) 
Executar serviços de meio circulante 
Receber os recolhimentos compulsórios dos 
bancos comerciais 
Realizar operações de redesconto e 
empréstimos de assistência à liquidez às 
instituições financeiras 
Regular a execução dos serviços de 
compensação de cheques e outros papeis 
Autorizar, normatizar, fiscalizar e intervir nas 
instituições financeiras 
Controlar o fluxo de capitais estrangeiros, 
garantindo o correto funcionamento do mercado 
cambial 
Formas de ingresso 
Concurso Público 
A exceção da diretoria colegiada, a única forma 
de ingresso no Bacen é mediante concurso de 
provas e títulos. O aprovado pode ser lotado em 
qualquer uma das 10 praças onde há 
representações do Bacen. 
Nomeação 
A diretoria colegiada do Bacen, composta por 
presidente e diretores, é de livre nomeação pelo 
presidente da república, após aprovação do 
Senado Federal. Os membros da Diretoria não 
têm mandato por tempo fixo, como ocorre em 
outros bancos centrais do mundo. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_Central_do_Brasil 
 
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – 
CVM 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma 
autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda do 
Brasil, instituída pela Lei 6.385, de 7 de 
dezembro de 1976,1 alterada pela Lei nº 6.422, 
de 8 de junho de 1977, Lei nº 9.457, de 5 de maio 
de 1997, Lei nº 10.303, de 31 de outubro de 2001, 
Decreto nº 3.995, de 31 de outubro de 2001, Lei 
nº 10.411, de 26 de fevereiro de 2002, na gestão 
do presidente Fernando Henrique Cardoso, e 
juntamente com a Lei das Sociedades por Ações 
(Lei 6.404/76) disciplinaram o funcionamento do 
mercado de valores mobiliários e a atuação de 
seus protagonistas. 
A CVM tem poderes para disciplinar, normalizar 
e fiscalizar a atuação dos diversos integrantes do 
mercado. Seu poder de normalizar abrange todas 
as matérias referentes ao mercado de valores 
mobiliários. 
Responsabilidades 
Cabe a CVM, entre outras, disciplinar as 
seguintes matérias: 
Registro de companhias abertas; 
Registro de distribuições de valores mobiliários; 
Credenciamento de auditores independentes e 
administradores de carteiras de valores 
mobiliários; 
Organização, funcionamento e operações das 
bolsas de valores; 
Negociação e intermediação no mercado de 
valores mobiliários; 
Administração de carteiras e a custódia de 
valores mobiliários; 
Suspensão ou cancelamento de registros, 
credenciamentos ou autorizações; 
Suspensão de emissão, distribuição ou 
negociação de determinado valor mobiliário ou 
decretar recesso de bolsa de valores; 
De acordo com a lei que a criou, a Comissão de 
Valores Mobiliários exercerá suas funções, a fim 
de: 
assegurar o funcionamento eficiente e regular 
dos mercados de bolsa e de balcão; 
proteger os titulares de valores mobiliários 
contra emissões irregulares e atos ilegais de 
administradores e acionistas controladores de 
companhias ou de administradores de carteira de 
valores mobiliários; 
evitar ou coibir modalidades de fraude ou 
manipulação destinadas a criar condições 
artificiais de demanda, oferta ou preço de valores 
mobiliários negociados no mercado; 
assegurar o acesso do público a informações 
sobre valores mobiliários negociados e as 
companhias que os tenham emitido; 
assegurar a observância de práticas comerciais 
eqüitativas no mercado de valores mobiliários; 
estimular a formação de poupança e sua 
aplicação em valores mobiliários; 
promover a expansão e o funcionamento 
eficiente e regular do mercado de ações 
estimular as aplicações permanentes em ações 
do capital social das companhias abertas. 
A Lei também atribui à CVM competência para 
apurar, julgar e punir irregularidades 
eventualmente cometidas no mercado. Diante de 
qualquer suspeita a CVM pode iniciar um 
inquérito administrativo, através do qual, recolhe 
informações, toma depoimentos e reúne provas 
com vistas a identificar claramente o responsável 
por práticas ilegais, oferecendo-lhe, a partir da 
acusação, amplo direito de defesa. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comiss%C3%A3o_de_Valores_Mo
bili%C3%A1rios 
 
PRODUTOS BANCÁRIOS 
 
CARTÃO DEBITO 
Um cartão de débito ou cartão pré-pago é uma 
forma de pagamento eletrônica que permite a 
dedução do valor de uma compra diretamente na 
conta corrente ou poupança do possuidor do 
cartão. 
Fisicamente o cartão de débito possui as 
mesmas dimensões de um cartão de crédito, mas 
quanto ao uso assemelha-se ao cheque, por 
representar uma ordem de pagamento à vista 
expedida sobre fundos da conta do cliente. 
O cartão de débito é uma alternativa mais segura 
e cômoda do que o cheque. Para a efetivação de 
uma transação o cliente deve utilizar uma senha 
para autorizar o acesso aos seus fundos 
bancários. A transação é feita por um terminal 
eletrônico chamado de POS (Point of Sale) 
instalado no estabelecimento comercial e este 
está conectado diretamente em rede bancária. 
Um comprovante é emitido ao final da transação, 
e todas as transações são listadas no extrato 
mensal da conta do cliente. 
Dentre as vantagens do cartão de débito em 
relação ao cartão de crédito, destacam-se: 
um maior controle dos gastos: as compras por 
cartão de débito são limitadas aos fundos 
existentes na conta do cliente no ato da compra, 
enquanto com o cartão de crédito o cliente pode 
realizar uma compra cujo valor ele não dispõe 
para pagamento imediato, mas compromete-se a 
pagar essa compra futuramente. 
para adquirir um cartão de crédito o cliente 
deve submeter-se a uma análise de crédito, e 
certos tipos de cartões somente são fornecidos 
para quem possuir determinada renda mensal; já 
um cartão de débito não apresenta essas 
restrições, sendo uma alternativa para os que 
querem um cartão para pagamentos eletrônicos 
mas não conseguem um cartão de crédito. 
nas compras com cartão de débito não 
incorrem encargos, enquanto no cartão de 
crédito pode haver cobrança de juros caso a 
dívida não seja paga integralmente na fatura 
seguinte. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cart%C3%A3o_de_d%C3%A9bito 
 
CARTÃO DE CRÉDITO 
Cartão de crédito é uma forma de pagamento 
eletrônica. É um cartão de plástico que pode 
conter ou não um chip e apresenta na frente o 
nome do portador, número do cartão e data de 
validade (pelo menos) e, no verso, um campo 
para assinatura do cliente, o número de 
segurança (CVV2) e a tarja magnética 
(geralmente preta). A maioria de cartões de 
crédito tem forma e tamanho padronizados, como 
especificado pelo padrão do ISO 7810. 
O cartão de crédito pode ser usado como meio 
de pagamento para comprar um bem ou contratar 
um serviço. O titular recebe mensalmente no 
endereço indicado a fatura para pagamento e 
pode escolher pagar o total cobrado, somente o 
mínimo ou algum valor intermediário, 
postergando o pagamento do restante para o 
mês seguinte mediante cobrança de juros. 
Todasaque em espécie por meio de 
cartão pré-pago ou do provisionamento para 
saque. 
§ 3º As instituições financeiras devem requerer 
de seus clientes comunicação prévia, com, no 
mínimo, um dia útil de antecedência, de saque 
em espécie, de valor igual ou superior a 
R$100.000,00 (cem mil reais). (Incluído pela 
Circular nº 3.654, de 27/3/2013.) 
§ 4º O atendimento ao disposto no § 3º deve ser 
realizado sem prejuízo do previsto no art. 2º da 
Resolução nº 3.695, de 26 de março de 2009. 
(Incluído pela Circular nº 3.654, de 27/3/2013.) 
Especial Atenção 
Art. 10. As instituições de que trata o art. 1º 
devem dispensar especial atenção a: 
I - operações ou propostas cujas 
características, no que se refere às partes 
envolvidas, valores, formas de realização e 
instrumentos utilizados, ou que, pela falta de 
fundamento econômico ou legal, indiquem risco 
de ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 
9.613, de 1998, ou com eles relacionados; 
II - propostas de início de relacionamento 
e operações com pessoas politicamente 
expostas de nacionalidade brasileira e as 
oriundas de países com os quais o Brasil possua 
elevado número de transações financeiras e 
comerciais, fronteiras comuns ou proximidade 
étnica, linguística ou política; 
III - indícios de burla aos procedimentos de 
identificação e registro estabelecidos nesta 
circular; 
IV - clientes e operações em que não seja 
possível identificar o beneficiário final; 
V - operações oriundas ou destinadas a 
países ou territórios que aplicam 
insuficientemente as recomendações do Gafi, 
conforme informações divulgadas pelo Banco 
Central do Brasil; e (Redação dada pela Circular 
nº 3.517, de 7/12/2010.) 
VI - situações em que não seja possível 
manter atualizadas as informações cadastrais de 
seus clientes. 
§ 1º A expressão “especial atenção” inclui os 
seguintes procedimentos: 
I - monitoramento contínuo reforçado, 
mediante a adoção de procedimentos mais 
rigorosos para a apuração de situações 
suspeitas; (Redação dada pela Circular nº 3.654, 
de 27/3/2013.) 
II - análise com vistas à verificação da 
necessidade das comunicações de que tratam os 
arts. 12 e 13; 
III - avaliação da alta gerência quanto ao 
interesse no início ou manutenção do 
relacionamento com o cliente. 
§ 2º Considera-se alta gerência qualquer 
detentor de cargo ou função de nível hierárquico 
superior ao daquele ordinariamente responsável 
pela autorização do relacionamento com o 
cliente. 
Manutenção de Informações e Registros 
Art. 11. As informações e registros de que trata 
esta circular devem ser mantidos e conservados 
durante os seguintes períodos mínimos, 
contados a partir do primeiro dia do ano seguinte 
ao do término do relacionamento com o cliente 
permanente ou da conclusão das operações: 
I - 10 (dez) anos, para as informações e 
registros de que trata o art. 7º; 
II - 5 (cinco) anos, para as informações e 
registros de que tratam os arts. 6º, 8º e 9º. 
III - 5 (cinco) anos, para as informações 
cadastrais definidas nos arts. 2º e 3º. (Incluído 
pela Circular nº 3.517, de 7/12/2010.) 
Parágrafo único. As informações de que trata o 
art. 2º devem ser mantidas e conservadas 
juntamente com o nome da pessoa incumbida da 
atualização cadastral, o nome do gerente 
responsável pela conferência e confirmação das 
informações prestadas e a data de início do 
relacionamento com o cliente permanente. 
Comunicações ao Coaf 
Art. 12. As instituições de que trata o art. 1º 
devem comunicar ao Conselho de Controle de 
Atividades Financeiras (Coaf), na forma 
determinada pelo Banco Central do Brasil: 
I - as ocorrências de que trata o art. 8º, § 
1º, inciso I; e (Redação dada pela Circular nº 
3.654, de 27/3/2013.) 
II - as ocorrências de que trata o art. 9º, § 
1º, incisos I e III. (Redação dada pela Circular nº 
3.654, de 27/3/2013.) 
§ 1º Devem também ser comunicadas ao Coaf 
as propostas de realização das operações de que 
tratam os incisos I e II do caput. (Renumerado e 
com redação dada pela Circular nº 3.654, de 
27/3/2013.) 
§ 2º As comunicações das ocorrências 
mencionadas no caput devem ser realizadas até 
o dia útil seguinte àquele em que verificadas. 
(Incluído pela Circular nº 3.654, de 27/3/2013.) 
Art. 13. As instituições de que trata o art. 1º 
devem comunicar ao Coaf, na forma determinada 
pelo Banco Central do Brasil: 
I - as operações realizadas ou serviços prestados 
cujo valor seja igual ou superior a R$10.000,00 
(dez mil reais) e que, considerando as partes 
envolvidas, os valores, as formas de realização, 
os instrumentos utilizados ou a falta de 
fundamento econômico ou legal, possam 
configurar a existência de indícios dos crimes 
previstos na Lei nº 9.613, de 1998; 
II - as operações realizadas ou serviços 
prestados que, por sua habitualidade, valor ou 
forma, configurem artifício que objetive burlar os 
mecanismos de identificação, controle e registro; 
III - as operações realizadas ou os serviços 
prestados, qualquer que seja o valor, a pessoas 
que reconhecidamente tenham perpetrado ou 
intentado perpetrar atos terroristas ou neles 
participado ou facilitado o seu cometimento, bem 
como a existência de recursos pertencentes ou 
por eles controlados direta ou indiretamente; 
IV - os atos suspeitos de financiamento do 
terrorismo. 
§ 1º O disposto no inciso III aplica-se também às 
entidades pertencentes ou controladas, direta ou 
indiretamente, pelas pessoas ali mencionadas, 
bem como por pessoas e entidades atuando em 
seu nome ou sob seu comando. 
§ 2º As comunicações das ocorrências de que 
tratam os incisos I a IV do caput devem ser 
realizadas até o dia útil seguinte àquele em que 
forem verificadas. (Redação dada pela Circular 
nº 3.654, de 27/3/2013.) 
§ 3º Devem também ser comunicadas ao Coaf 
as propostas de realização das operações e atos 
descritos nos incisos I a IV. 
Art. 14. As comunicações de que tratam os arts. 
12 e 13 deverão ser efetuadas sem que seja 
dada ciência aos envolvidos ou a terceiros. 
(Redação dada pela Circular nº 3.654, de 
27/3/2013.) 
§ 1º As comunicações relativas a cliente 
identificado como pessoa politicamente exposta 
devem incluir especificamente essa informação. 
§ 2º A alteração ou o cancelamento de 
comunicação efetuados após o quinto dia útil 
seguinte ao da sua inclusão devem ser 
acompanhados de justificativa da ocorrência. 
Art. 15. As comunicações de que tratam os arts. 
12 e 13 relativas a instituições integrantes de 
conglomerado financeiro e a instituições 
associadas a sistemas cooperativos de crédito 
podem ser efetuadas, respectivamente, pela 
instituição líder do conglomerado econômico e 
pela cooperativa central de crédito. 
Art. 15-A. As instituições de que trata o art. 1º 
que não tiverem efetuado comunicações nos 
termos dos arts. 12 e 13 em cada ano civil 
deverão prestar declaração, por meio do Sistema 
de Controle de Atividades Financeiras (Siscoaf), 
atestando a não ocorrência de transações 
passíveis de comunicação conforme previsto 
nesta Circular. 
Parágrafo único. A declaração mencionada no 
caput deve ser: 
I - enviada em até dez dias úteis após o 
encerramento do ano civil; 
II - considerada para fins da verificação do 
atendimento ao disposto no art. 11, inciso III, da 
Lei nº 9.613, de 1998; e 
III - fornecida, no que se refere ao art. 12, 
apenas pelas instituições que mantêm os 
registros mencionados nos arts. 8º e 9º desta 
Circular.” (Artigo 15-A incluído pela Circular nº 
3.654, de 27/3/2013.) 
Art. 16. As instituições de que trata o art. 1º 
devem manter, pelo prazo de 5 (cinco) anos, os 
documentos relativos às análises de operações 
ou propostas que fundamentaram a decisão de 
efetuar ou não as comunicações de que tratam 
os arts. 12 e 13. 
Procedimentos Internos de Controle 
Art. 17. O Banco Central do Brasilaplicará, 
cumulativamente ou não, as sanções previstas 
no art. 12 da Lei nº 9.613, de 1998, na forma 
estabelecida pela legislação, às instituições 
mencionadas no art. 1º desta Circular, bem como 
aos seus administradores que deixarem de 
cumprir as obrigações estabelecidas nesta 
Circular. (Redação dada pela Circular nº 3.654, 
de 27/3/2013.) 
Art. 18. As instituições de que trata o art. 1º 
devem indicar ao Banco Central do Brasil diretor 
responsável pela implementação e cumprimento 
das medidas estabelecidas nesta circular, bem 
como pelas comunicações de que tratam os arts. 
12 e 13. 
§ 1º Para fins da responsabilidade de que trata o 
caput, admite-se que o diretor indicado 
desempenhe outras funções na instituição, 
exceto a relativa à administração de recursos de 
terceiros. 
§ 2º No caso de conglomerados financeiros, 
admite-se a indicação de um diretor responsável 
pela implementação e cumprimento das medidas 
estabelecidas nesta circular, bem como pelas 
comunicações referentes às respectivas 
instituições integrantes. 
Art. 19. O Banco Central do Brasil divulgará: 
I - os procedimentos para efetuar as 
comunicações de que tratam os arts. 12 e 13; 
II - operações e situações que podem 
configurar indício de ocorrência dos crimes 
previstos na Lei nº 9.613, de 1998; 
III - situações exemplificativas de 
relacionamento próximo, para fins do disposto no 
art. 4º. 
Art. 20. A atualização das informações 
cadastrais relativas a clientes permanentes cujos 
relacionamentos tenham sido iniciados antes da 
entrada em vigor desta circular deve ser efetuada 
em conformidade com os testes de verificação de 
que trata o § 5º do art. 2º. 
Art. 21. Esta circular entra em vigor na data de 
sua publicação, surtindo efeitos 30 (trinta) dias 
após a data de publicação para os 
relacionamentos com clientes permanentes ou 
eventuais estabelecidos a partir dessa data. 
Art. 22. Ficam revogadas as Circulares ns. 
2.852, de 3 de dezembro de 1998, 3.339, de 22 
de dezembro de 2006, e 3.422, de 27 de 
novembro de 2008, e os arts. 1º e 2º da Circular 
nº 3.290, de 5 de setembro de 2005. 
Brasília, 24 de julho de 2009. 
Alexandre Antonio Tombini | Alvir Alberto 
Hoffmann Diretor 
Este texto não substitui o publicado no DOU e no 
Sisbacen. 
 
CARTA CIRCULAR BACEN 3.542/2012 
Divulga relação de operações e situações que 
podem configurar indícios de ocorrência dos 
crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de março 
de 1998, passíveis de comunicação ao Conselho 
de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). 
Os Chefes dos Departamentos de Prevenção a 
Ilícitos Financeiros e de Atendimento de 
Demandas de Informações do Sistema 
Financeiro (Decic), substituto, de Normas do 
Sistema Financeiro (Denor) e da Gerência-
Executiva de Normatização de Câmbio e Capitais 
Estrangeiros (Gence), no uso da atribuição que 
confere o art. 22, inciso I, alínea "a", do 
Regimento Interno do Banco Central do Brasil, 
anexo à Portaria nº 29.971, de 4 de março de 
2005, e tendo em vista esclarecer o disposto no 
arts. 13 e 19, inciso II, da Circular nº 3.461, de 24 
de julho de 2009, 
R E S O L V E M : 
Art. 1º As operações ou as situações descritas a 
seguir, considerando as partes envolvidas, os 
valores, a frequência, as formas de realização, os 
instrumentos utilizados ou a falta de fundamento 
econômico ou legal, podem configurar indícios de 
ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, 
de 3 de março de 1998, passíveis de 
comunicação ao Conselho de Controle de 
Atividades Financeiras (Coaf): 
I - situações relacionadas com operações em 
espécie em moeda nacional: 
a) realização de depósitos, saques, 
pedidos de provisionamento para saque ou 
qualquer outro instrumento de transferência de 
recursos em espécie, que apresentem 
atipicidade em relação à atividade econômica do 
cliente ou incompatibilidade com a sua 
capacidade econômico-financeira; 
b) movimentações em espécie realizadas 
por clientes cujas atividades possuam como 
característica a utilização de outros instrumentos 
de transferência de recursos, tais como cheques, 
cartões de débito ou crédito; 
c) aumentos substanciais no volume de 
depósitos em espécie de qualquer pessoa natural 
ou jurídica, sem causa aparente, nos casos em 
que tais depósitos forem posteriormente 
transferidos, dentro de curto período de tempo, a 
destino não relacionado com o cliente; 
d) fragmentação de depósitos, em 
espécie, de forma a dissimular o valor total da 
movimentação; 
e) realização de depósitos de grandes 
valores em espécie, de forma parcelada, 
especialmente em regiões geográficas de maior 
risco, principalmente nos mesmos caixas ou 
terminais de autoatendimento próximos, 
destinados a uma única conta ou a várias contas 
em municípios ou agências distintas; 
f) movimentação de recursos em espécie 
em municípios localizados em regiões de 
fronteira, que apresentem indícios de atipicidade 
ou de incompatibilidade com a capacidade 
econômico-financeira do cliente; 
g) realização de depósitos em espécie em 
contas de clientes que exerçam atividade 
comercial relacionada com negociação de bens 
de luxo ou de alto valor, tais como obras de arte, 
imóveis, barcos, joias, automóveis ou aeronaves 
executivas; 
h) realização de saques em espécie de 
conta que receba diversos depósitos por 
transferência eletrônica de várias origens em 
curto período de tempo; 
i) realização de depósito em espécie com 
cédulas úmidas, malcheirosas, mofadas, ou com 
aspecto de que foram armazenadas em local 
impróprio ou ainda que apresentem marcas, 
símbolos ou selos desconhecidos, empacotadas 
em maços desorganizados e não uniformes; e 
j) realização de depósitos ou troca de 
grandes quantidades de cédulas de pequeno 
valor, realizados por pessoa natural ou jurídica, 
cuja atividade ou negócio não tenha como 
característica recebimentos de grandes quantias 
de recursos em espécie; 
II - situações relacionadas com operações em 
espécie em moeda estrangeira e cheques de 
viagem: 
a) movimentação de recursos em espécie 
em moeda estrangeira ou cheques de viagem, 
que apresente atipicidade em relação à atividade 
econômica do cliente ou incompatibilidade com a 
sua capacidade econômico-financeira; 
b) negociações de moeda estrangeira em 
espécie, em municípios localizados em regiões 
de fronteira, que não apresentem 
compatibilidade com a natureza declarada da 
operação; 
c) negociações de moeda estrangeira em 
espécie ou cheques de viagem denominados em 
moeda estrangeira, que não apresentem 
compatibilidade com a natureza declarada da 
operação; 
d) negociações de moeda estrangeira em 
espécie ou cheques de viagem denominados em 
moeda estrangeira, realizadas por diferentes 
pessoas naturais, não relacionadas entre si, que 
informem o mesmo endereço residencial; e 
e) recebimentos de moeda estrangeira em 
espécie, por pessoas naturais residentes no 
exterior, transitoriamente no País, decorrentes de 
ordens de pagamento a seu favor ou da utilização 
de cartão de uso internacional, sem a evidência 
de propósito claro; 
III - situações relacionadas com dados cadastrais 
de clientes: 
a) resistência ao fornecimento de 
informações necessárias para o início de 
relacionamento ou para a atualização cadastral, 
oferecimento de informação falsa ou prestação 
de informação de difícil ou onerosa verificação; 
b) abertura, movimentação de contas ou 
realização de operações por detentor de 
procuração ou de qualquer outro tipo de 
mandato; 
c) apresentação de irregularidades 
relacionadas aos procedimentos de identificação 
e registro das operações exigidos pela 
regulamentação vigente, seguidas ou não do 
encerramento do relacionamento comercial; 
d) cadastramento de várias contas em 
uma mesma data, ou em curto período, com 
depósitos de valores idênticosou aproximados, 
ou com outros elementos em comum, tais como 
origem dos recursos, titulares, procuradores, 
sócios, endereço, número de telefone, etc; 
e) realização de operações em que não 
seja possível identificar o beneficiário final, 
observados os procedimentos definidos na 
regulamentação vigente; 
f) informação de mesmo endereço 
comercial por diferentes pessoas jurídicas ou 
organizações, sem justificativa razoável para tal 
ocorrência; 
g) representação de diferentes pessoas 
jurídicas ou organizações pelos mesmos 
procuradores ou representantes legais, sem 
justificativa razoável para tal ocorrência; 
h) informação de mesmo endereço 
residencial ou comercial por pessoas naturais, 
sem demonstração da existência de relação 
familiar ou comercial; e 
i) incompatibilidade da atividade 
econômica ou faturamento informados com o 
padrão apresentado por clientes com o mesmo 
perfil; 
IV - situações relacionadas com a movimentação 
de contas: 
a) movimentação de recursos incompatível com 
o patrimônio, a atividade econômica ou a 
ocupação profissional e a capacidade financeira 
do cliente; 
b) transferências de valores arredondados 
na unidade de milhar ou que estejam um pouco 
abaixo do limite para notificação de operações; 
c) movimentação de recursos de alto valor, 
de forma contumaz, em benefício de terceiros; 
d) manutenção de numerosas contas 
destinadas ao acolhimento de depósitos em 
nome de um mesmo cliente, cujos valores, 
somados, resultem em quantia significativa; 
e) movimentação de quantia significativa 
por meio de conta até então pouco movimentada 
ou de conta que acolha depósito inusitado; 
f) ausência repentina de movimentação 
financeira em conta que anteriormente 
apresentava grande movimentação; 
g) utilização de cofres de aluguel de forma 
atípica em relação ao perfil do cliente; 
h) dispensa da faculdade de utilização de 
prerrogativas como recebimento de crédito, de 
juros remuneratórios para grandes saldos ou, 
ainda, de outros serviços bancários especiais 
que, em circunstâncias normais, sejam valiosas 
para qualquer cliente; 
i) mudança repentina e injustificada na 
forma de movimentação de recursos ou nos tipos 
de transação utilizados; 
j) solicitação de não observância ou 
atuação no sentido de induzir funcionários da 
instituição a não seguirem os procedimentos 
regulamentares ou formais para a realização de 
uma operação; 
k) recebimento de recursos com imediata 
compra de instrumentos para a realização de 
pagamentos ou de transferências a terceiros, 
sem justificativa; 
l) realização de operações que, por sua 
habitualidade, valor e forma, configurem artifício 
para burla da identificação da origem, do destino, 
dos responsáveis ou dos beneficiários finais; 
m) existência de contas que apresentem 
créditos e débitos com a utilização de 
instrumentos de transferência de recursos não 
característicos para a ocupação ou o ramo de 
atividade desenvolvida pelo cliente; 
n) recebimento de depósitos provenientes 
de diversas origens, sem fundamentação 
econômico-financeira, especialmente 
provenientes de regiões distantes do local de 
atuação da pessoa jurídica ou distantes do 
domicílio da pessoa natural; 
o) pagamentos habituais a fornecedores 
ou beneficiários que não apresentem ligação com 
a atividade ou ramo de negócio da pessoa 
jurídica; 
p) pagamentos ou transferências por 
pessoa jurídica para fornecedor distante de seu 
local de atuação, sem fundamentação 
econômico-financeira; 
q) realização de depósitos de cheques 
endossados totalizando valores significativos; 
r) existência de conta de depósitos à vista 
de organizações sem fins lucrativos cujos saldos 
ou movimentações financeiras não apresentem 
fundamentação econômica ou legal ou nas quais 
pareça não haver vinculação entre a atividade 
declarada da organização e as outras partes 
envolvidas nas transações; 
s) movimentação habitual de recursos 
financeiros de ou para pessoas politicamente 
expostas ou pessoas de relacionamento 
próximo, não justificada por eventos econômicos; 
t) existência de contas em nome de 
menores ou incapazes, cujos representantes 
realizem grande número de operações atípicas; 
e 
u) transações significativas e incomuns por 
meio de contas de depósitos de investidores não 
residentes constituídos sob a forma de trust; 
V - situações relacionadas com operações 
de investimento interno: 
a) operações ou conjunto de operações de 
compra ou de venda de títulos e valores 
mobiliários a preços incompatíveis com os 
praticados no mercado ou quando realizadas por 
pessoa cuja atividade declarada e perfil não se 
coadunem ao tipo de negociação realizada; 
b) realização de operações atípicas que 
resultem em elevados ganhos para os agentes 
intermediários, em desproporção com a natureza 
dos serviços efetivamente prestados; 
c) investimentos significativos em produtos 
de baixa rentabilidade e liquidez; 
d) investimentos significativos não 
proporcionais à capacidade econômico-
financeira do cliente, ou cuja origem não seja 
claramente conhecida; e 
e) resgates de investimentos no curtíssimo 
prazo, independentemente do resultado auferido; 
VI - situações relacionadas com cartões de 
pagamento: 
a) utilização, carga ou recarga de cartão 
em valor não compatível com a capacidade 
econômico-financeira, atividade ou perfil do 
usuário; 
b) realização de múltiplos saques com 
cartão em terminais eletrônicos em localidades 
diversas e distantes do local de contratação ou 
recarga; 
c) utilização do cartão de forma 
incompatível com o perfil do cliente, incluindo 
operações atípicas em outros países; 
d) utilização de diversas fontes de 
recursos para carga e recarga de cartões; e 
e) realização de operações de carga e 
recarga de cartões, seguidas imediatamente por 
saques em caixas eletrônicos. 
VII - situações relacionadas com operações 
de crédito no País: 
a) realização de operações de crédito no 
País liquidadas com recursos aparentemente 
incompatíveis com a situação econômico-
financeira do cliente; 
b) solicitação de concessão de crédito no 
País incompatível com a atividade econômica ou 
com a capacidade financeira do cliente; 
c) realização de operação de crédito no 
País seguida de remessa de recursos ao exterior, 
sem fundamento econômico ou legal, e sem 
relacionamento com a operação de crédito; 
d) realização de operações de crédito no 
País, simultâneas ou consecutivas, liquidadas 
antecipadamente ou em prazo muito curto; 
e) liquidação de operações de crédito no 
País por terceiros, sem justificativa aparente; 
f) concessão de garantias de operações 
de crédito no País por terceiros não relacionados 
ao tomador; 
g) realização de operação de crédito no 
País com oferecimento de garantia no exterior 
por cliente sem tradição de realização de 
operações no exterior; e 
h) aquisição de bens ou serviços 
incompatíveis com o objeto da pessoa jurídica, 
especialmente quando os recursos forem 
originados de crédito no País; 
VIII - situações relacionadas com a 
movimentação de recursos oriundos de contratos 
com o setor público: 
a) movimentações atípicas de recursos por 
agentes públicos, conforme definidos no art. 2º 
da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992; 
b) movimentações atípicas de recursos por 
pessoa natural ou jurídica relacionados a 
patrocínio, propaganda, marketing, consultorias, 
assessorias e capacitação; 
c) movimentações atípicas de recursos por 
organizações sem fins lucrativos; e 
d) movimentações atípicas de recursos por 
pessoa natural ou jurídica relacionados a 
licitações; 
IX - situações relacionadas a consórcios: 
a) existência de consorciados detentores 
de elevado número de cotas, incompatível com 
sua capacidade econômico-financeira ou com o 
objetoda pessoa jurídica; 
b) aumento expressivo do número de 
cotas pertencentes a um mesmo consorciado; 
c) oferecimento de lances incompatíveis 
com a capacidade econômico-financeira do 
consorciado; 
d) oferecimento de lances muito próximos 
ao valor do bem; 
e) pagamento antecipado de quantidade 
expressiva de prestações vincendas, não 
condizente com a capacidade econômico-
financeira do consorciado; 
f) aquisição de cotas previamente 
contempladas, seguida de quitação das 
prestações vincendas; 
g) utilização de documentos falsificados na 
adesão ou tentativa de adesão a grupo de 
consórcio; 
X - situações relacionadas a pessoas 
suspeitas de envolvimento com atos terroristas: 
a) movimentações financeiras envolvendo 
pessoas relacionadas a atividades terroristas 
listadas pelo Conselho de Segurança das 
Nações Unidas; 
b) realização de operações ou prestação 
de serviços, qualquer que seja o valor, a pessoas 
que reconhecidamente tenham cometido ou 
intentado cometer atos terroristas, ou deles 
participado ou facilitado o seu cometimento; 
c) existência de recursos pertencentes ou 
controlados, direta ou indiretamente, por pessoas 
que reconhecidamente tenham cometido ou 
intentado cometer atos terroristas, ou deles 
participado ou facilitado o seu cometimento; e 
d) movimentações com indícios de 
financiamento do terrorismo; 
XI - situações relacionadas com atividades 
internacionais: 
a) realização ou proposta de operação 
com pessoas naturais ou jurídicas, inclusive 
sociedades e instituições financeiras, situadas 
em países que não apliquem ou apliquem 
insuficientemente as recomendações do Grupo 
de Ação contra a Lavagem de Dinheiro e o 
Financiamento do Terrorismo (Gafi), ou que 
tenham sede em países ou dependências com 
tributação favorecida ou regimes fiscais 
privilegiados ou em locais onde seja observada a 
prática contumaz dos crimes previstos na Lei nº 
9.613, de 3 de março de 1998, não claramente 
caracterizadas em sua legalidade e 
fundamentação econômica; 
b) utilização de operações complexas e 
com custos mais elevados que visem a dificultar 
o rastreamento dos recursos ou a identificação 
da natureza da operação; 
c) realização de pagamentos de 
importação e recebimentos de exportação, 
antecipados ou não, por empresa sem tradição 
ou cuja avaliação econômico-financeira seja 
incompatível com o montante negociado; 
d) realização de pagamentos a terceiros 
não relacionados a operações de importação ou 
de exportação; 
e) realização de transferências unilaterais 
que, pela habitualidade, valor ou forma, não se 
justifiquem ou apresentem atipicidade; 
f) realização de transferências 
internacionais nas quais não se justifique a 
origem dos fundos envolvidos ou que se mostrem 
incompatíveis com a capacidade econômico-
financeira ou com o perfil do cliente; 
g) realização de transferência de valores a 
título de disponibilidade no exterior, incompatível 
com a capacidade econômico-financeira do 
cliente ou sem fundamentação econômica ou 
legal; 
h) realização de exportações ou 
importações aparentemente fictícias ou com 
indícios de superfaturamento ou subfaturamento; 
i) existência de informações na carta de 
crédito com discrepâncias em relação a outros 
documentos da operação de comércio 
internacional; 
j) realização de pagamentos ao exterior 
após créditos em reais efetuados nas contas de 
depósitos dos titulares das operações de câmbio 
por pessoas que não demonstrem a existência de 
vínculo comercial ou econômico; 
k) movimentações decorrentes de 
programa de repatriação de recursos que 
apresentem inconsistências relacionadas à 
identificação do titular ou do beneficiário final, 
bem como ausência de informações confiáveis 
sobre a origem e a fundamentação econômica ou 
legal; e 
l) realização de frequentes pagamentos 
antecipados ou à vista de importação em que não 
seja possível obter informações sobre o 
desembaraço aduaneiro das mercadorias; 
XII - situações relacionadas com operações 
de crédito contratadas no exterior: 
a) contratação de operações de crédito no 
exterior com cláusulas que estabeleçam 
condições incompatíveis com as praticadas no 
mercado, como juros destoantes da prática ou 
prazo muito longo; 
b) contratação, no exterior, de várias 
operações de crédito consecutivas, sem que a 
instituição tome conhecimento da quitação das 
anteriores; 
c) contratação, no exterior, de operações 
de crédito que não sejam quitadas por intermédio 
de operações na mesma instituição; 
d) contratação, no exterior, de operações 
de crédito, quitadas sem explicação aparente 
para a origem dos recursos; e 
e) contratação de empréstimos ou 
financiamentos no exterior, oferecendo garantias 
em valores ou formas incompatíveis com a 
atividade ou capacidade econômico-financeira 
do cliente ou em valores muito superiores ao 
valor das operações contratadas ou cuja origem 
não seja claramente conhecida; 
XIII - situações relacionadas com operações 
de investimento externo: 
a) recebimento de investimento externo 
direto, cujos recursos retornem imediatamente a 
título de disponibilidade no exterior; 
b) recebimento de investimento externo 
direto, com realização quase imediata de 
remessas de recursos para o exterior a título de 
lucros e dividendos; 
c) realização de remessas de lucros e 
dividendos ao exterior em valores incompatíveis 
com o valor investido; 
d) realização de remessas ao exterior a 
título de investimento em montantes 
incompatíveis com a capacidade financeira do 
cliente; 
e) realização de remessas de recursos de 
um mesmo investidor situado no exterior para 
várias empresas no País; 
f) realização de remessas de recursos de 
vários investidores situados no exterior para uma 
mesma empresa no País; e 
g) recebimento de aporte de capital 
desproporcional ao porte ou à natureza 
empresarial do cliente, ou em valores 
incompatíveis com a capacidade econômico-
financeira dos sócios; e 
XIV - situações relacionadas com 
empregados das instituições financeiras e seus 
representantes: 
a) alteração inusitada nos padrões de vida 
e de comportamento do empregado ou do 
representante, sem causa aparente; 
b) modificação inusitada do resultado 
operacional da pessoa jurídica do representante 
ou do correspondente no País, sem causa 
aparente; 
c) realização de qualquer negócio de 
modo diverso ao procedimento formal da 
instituição por empregado, representante ou 
correspondente no País; e 
d) fornecimento de auxílio ou informações, 
remunerados ou não, a cliente em prejuízo do 
programa de prevenção à lavagem de dinheiro e 
combate ao financiamento do terrorismo da 
instituição, ou de auxílio para estruturar ou 
fracionar operações, burlar limites 
regulamentares ou operacionais. 
Art. 2º As situações descritas nesta Carta 
Circular, quando aplicáveis, podem indicar 
parâmetros para a estruturação de sistemas de 
controles internos, inclusive informatizados, para 
prevenção de lavagem de dinheiro e combate ao 
financiamento do terrorismo implantados pelas 
instituições financeiras e demais instituições 
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do 
Brasil. 
Art. 3º A comunicação das situações 
relacionadas nesta Carta Circular, bem como de 
outras que, embora não mencionadas, possam 
configurar indícios de ocorrência das práticas de 
que trata o art. 13 da Circular nº 3.461, de 24 de 
julho de 2009, deve ser efetuada por meio do 
Sistema de Controle de Atividades Financeiras 
(Siscoaf). 
Art. 4º Esta Carta Circular entra em vigor em 14 
de maio de 2012, quando fica revogada a Carta 
Circular nº 2.826, de 4 de dezembro de 1998. 
Nelson Rodrigues de Oliveira 
 Sergio Odilon Dos Anjos 
Chefe do Departamento de Prevenção a 
 Chefe do Departamentode Normas do 
Sistema 
Ilícitos Financeiros e de Atendimento de 
 Financeiro 
Demandas de Informações do Sistema 
Financeiro, substituto 
Geraldo Magela Siqueira 
Chefe da Gerência-Executiva de Normatização 
de Câmbio e Capitais Estrangeiros 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 
14/3/2012, Seção 1, p. 14 a 16, e no Sisbacen. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. O Banco do Brasil durante muitos anos 
funcionou como autoridade monetária graças à 
Conta Movimento do Tesouro. Esta conta foi 
encerrada em: 
(A) 1984. 
(B) 1985. 
(C) 1986. 
(D) 1987. 
(E) 1988. 
 
2. Dentre os instrumentos clássicos de Política 
Monetária, assinale aquele que se destaca como 
o mais ágil, para os objetivos do Banco Central, 
de permanente regulagem da oferta monetária e 
do custo primário do dinheiro. 
(A) Operações no Mercado Aberto. 
(B) Depósito Compulsório. 
(C) Controle de Crédito. 
(D) Empréstimo de Liquidez. 
(E) Emissão de Moeda. 
 
3. Sabemos que, para seu funcionamento, os 
bancos comerciais e os bancos múltiplos com 
carteira comercial são obrigados a manter, com 
exclusividade, contas de depósito no Banco 
Central - BC, por onde circulam suas reservas 
bancárias. Tais bancos são debitados (perdem) 
em suas reservas quando: 
(A) recolhem tributos ao BC em volume 
menor do que os depósitos efetuados em conta 
corrente pelos clientes. 
(B) recolhem tributos ao BC em volume 
maior do que os depósitos efetuados em conta 
corrente pelos clientes. 
(C) arrecadam tributos em volume maior do 
que os saques efetuados em conta corrente 
pelos clientes. 
(D) arrecadam tributos em volume menor do 
que os depósitos efetuados em conta corrente 
pelos clientes. (E) movimentam mais depósitos 
do que saques dos clientes em conta corrente. 
 
4. Podemos afirmar que os objetivos 
básicos do PROER foram: 
(A) assegurar a liquidez e solvência do 
Sistema Financeiro Nacional e resguardar 
os interesses de depositantes e investidores. 
(B) salvar as instituições financeiras em 
dificuldade e garantir o patrimônio dos 
investidores em fundos de investimento. 
(C) salvar as instituições financeiras em 
dificuldade e garantir o patrimônio dos seus 
administradores. 
(D) melhorar a imagem do País no exterior 
e adaptar o Sistema Financeiro Nacional ao 
processo de globalização. (E) enquadrar o 
Sistema Financeiro Nacional no Acordo de 
Basiléia e garantir o futuro do Mercosul. 
 
5. O Certificado de Depósito Bancário - CDB é 
um dos títulos utilizados para captação de 
depósitos a prazo fixo, por parte dos bancos 
comerciais, bancos de investimento e bancos 
múltiplos com uma destas carteiras. Os prazos 
mínimos, em vigor em fevereiro de 98, entre suas 
datas de emissão e de resgate nas modalidades 
pré- e pós- fixadas são de: (A) 30 dias na pré- e 
90 dias na pós-. 
(B) 30 dias na pré- e 120 dias na pós-. 
(C) 30 dias na pré- e 4 meses data a data 
na pós-. (D) 60 dias na pré- e 120 dias na pós-. 
(E) 60 dias na pré- e 4 meses data a data na pós-
. 
 
6. Nas operações de Crédito Direto ao 
Consumidor - CDC, as taxas de juros cobradas 
pela Financeira e/ou Banco Múltiplo com esta 
carteira são, via de regra, maiores que as taxas 
de juros cobradas nas operações de Crédito 
Direto ao Consumidor com Interveniência - CDCI. 
Tal fato se deve à (ao): 
(A) impacto nos Depósitos à vista. 
(B) prática de mercado. 
(C) maior complexidade operacional do 
CDC. 
(D) maior custo administrativo do CDC. 
(E) menor risco de crédito inerente ao 
CDCI. 
 
7. Os bancos comerciais e múltiplos com carteira 
comercial têm a obrigatoriedade de aplicar um 
percentual dos saldos médios de seus depósitos 
à vista em empréstimos ao setor primário da 
economia, constituindo um dos pilares do assim 
chamado crédito rural. O valor deste percentual, 
em vigor em fevereiro de 98, era de: 
(A) 30% 
(B) 25% 
(C) 22% 
(D) 20% 
(E) 15% 
 
8. Nas operações de leasing financeiro, o 
arrendatário (cliente) paga ao arrendador 
(empresa de leasing) contraprestações 
(aluguéis) durante a vigência do contrato, com a 
opção de compra do bem ao final do contrato, por 
um valor nele explicitado, usufruindo, assim, os 
benefícios fiscais do leasing. Caso a opção de 
compra seja exercida (paga) antes do final do 
contrato... 
(A) os benefícios se mantêm, e a operação 
segue normalmente até seu final. 
(B) renegocia-se uma nova operação de 
leasing pelo valor restante a pagar, mas o 
cliente perde os benefícios. 
(C) renegocia-se uma nova operação de 
leasing pelo valor restante a pagar, 
mantendo-se os benefícios. 
(D) a operação se encerra neste momento, 
os benefícios se mantêm e há um acerto de 
contas. 
(E) a operação passa a se caracterizar 
como uma operação de compra e venda a 
prestações, e o cliente perde os benefícios. 
 
9. Um banco, autorizado pelo Banco Central a 
operar no mercado de câmbio, e que, 
inicialmente, se mantinha numa posição 
nivelada, vende US$ 100.000,00 no mercado 
futuro ao mesmo tempo que compra US$ 
50.000,00 no spot (mercado à vista). A posição 
atual deste banco passa a ser: 
(A) comprada em US$ 150.000,00. 
(B) comprada em USS 50.000,00. 
(C) vendida em USS 100.000,00. 
(D) vendida em USS 50.000,00. 
(E) nivelada. 
 
10. As operações de compra e venda de 
"performance" de exportação ocorrem quando, 
em resumo, um exportador que: 
(A) não tomou um ACC, negocia seu 
produto com outro exportador que tomou um 
ACC, mas não tem mercadoria para 
exportar. 
(B) não tomou um ACC, negocia seu 
produto com outro exportador que também 
não tomou um ACC, mas tem mercadoria 
para exportar. 
(C) tomou um ACC, negocia seu produto 
com outro exportador que também tomou um 
ACC, mas não tem mercadoria para 
exportar. 
(D) tomou um ACC, mas não precisa mais 
dos recursos, transfere para outro 
exportador, assumindo o risco de crédito. (E) 
tomou um ACC, mas desistiu de exportar a 
mercadoria, devolve o dinheiro ao banco. 
 
11. Em fevereiro de 98, os Fundos de 
Investimento Financeiro - FIF sofriam a 
incidência de diferentes percentuais de 
recolhimento compulsório, de acordo com o 
prazo de carência para o resgate dos recursos 
aplicados. Assinale a opção que apresenta 
corretamente esses percentuais. 
 Curto Prazo 30 dias 60 dias 
(A) 40% 10% 5% 
(B) 45% 5% 
 Zero 
(C) 50% 10% 
 Zero 
(D) 50% 10% 5% 
(E) 50% 5% 
 Zero 
 
12. A implantação, em outubro de 95, dos novos 
fundos de renda fixa - os FIFs e os FACs - teve 
como objetivos básicos o: 
(A) alongamento do perfil das aplicações, a 
liberalização das regras de aplicação do 
patrimônio e a redução da competitividade 
dos administradores na busca de resultados. 
(B) alongamento do perfil das aplicações, á 
liberalização das regras de aplicação do 
patrimônio e o aumento da competitividade 
dos administradores na busca de resultados. 
(C) alongamento do perfil das aplicações, a 
restrição das regras de aplicação do 
patrimônio e o aumento da competitividade 
dos administradores na busca de resultados. 
(D) encurtamento do perfil das aplicações, a 
liberalização das regras de aplicação do 
patrimônio e o aumento da competitividade 
dos administradores na busca de resultados. 
(E) encurtamento do perfil das aplicações, a 
restrição das regras de aplicação do 
patrimônio e o aumento da competitividade 
dos administradores na busca de resultados. 
 
13. As debêntures são títulos (valores 
mobiliários) emitidos por uma sociedade 
anônima de capital aberto. Podem ser emitidas 
nos tipos simples, conversível ou permutável. O 
que caracteriza a debênture permutável é o fato 
de poder ser: 
(A) convertida em ações emitidas pela 
empresa emissora da debênture a qualquer 
tempo. 
(B) convertida em ações emitidas pelaempresa emissora da debênture, conforme 
regras do contrato de emissão da debênture. 
(C) resgatada, conforme regras dó contrato 
de emissão da debênture. 
(D) trocada por ações de outra empresa, 
existentes no patrimônio da empresa 
emissora da debênture, conforme regras do 
contrato de emissão da debênture 
(E) trocada por bens da empresa emissora 
da debênture, conforme regras do contrato 
de emissão da debênture. 
 
14. Os títulos emitidos no exterior para captação 
de recursos embutem, muitas vezes, cláusulas 
com opções especificas. Por exemplo, alguns 
Eurobonus recentemente emitidos embutiam 
uma cláusula com opção Call. Esta cláusula 
permite a(o): 
(A) diminuição do prazo do título por parte 
do seu emissor. 
(B) devolução do título pelo investidor antes 
do prazo final. 
(C) aumento do prazo do título por parte do 
seu emissor. 
(D) resgate antecipado do título pelo 
emissor, logo antes do prazo final. (E) resgate 
postecipado do título pelo emissor, logo após o 
prazo final. 
 
15. Uma operação à vista no mercado de ações 
caracteriza a compra ou venda, em pregão, de 
determinada quantidade de ações, para 
liquidação imediata. O cliente que ordena a 
operação pode utilizar diferentes tipos de ordem 
de compra e venda. Quando o cliente especifica 
à corretora apenas a quantidade e as 
características das ações que deseja comprar ou 
vender temos uma ordem: 
(A) a mercado. 
(B) de financiamento. 
(C) de proteção. 
(D) casada. 
(E) limitada. 
 
16. O titular de uma opção de compra de uma 
ação, que carrega sua posição até a data de 
vencimento da opção, só estará efetivamente 
ganhando e, portanto, com justificativa para 
exercê-la, quando o preço de mercado da ação, 
no momento do exercício, for: 
(A) inferior ao preço de exercício da opção. 
(B) inferior ao preço de exercício da opção 
acrescido do valor do prêmio pago, quando 
da compra da opção. 
(C) superior ao preço de exercício da opção 
acrescido do valor do prêmio pago, quando 
da compra da opção. (D) superior ao preço 
de exercício da opção deduzido o valor do 
prêmio pago, quando da compra da opção. 
(E) superior ao preço de exercício da opção. 
 
17. Suponha que um produtor de café acredite, 
hoje, que, dentro de 3 meses, quando da colheita 
e posterior venda de sua produção, os preços 
terão caído e não cobrirão seus custos. Em 
função desta expectativa e considerando que os 
preços no mercado futuro de café, dentro de 3 
meses, estarão altos, refletindo uma expectativa 
oposta à sua, para se proteger, ele resolve: 
(A) adquirir café no mercado à vista. 
(B) não fazer nada e aguardar. 
(C) comprar e vender estes contratos 
futuros em igual volume. 
(D) comprar estes contratos futuros no valor 
de sua produção. (E) vender estes contratos 
futuros no valor de sua produção. 
 
18. Quando o Preço Unitário (PU) de um título de 
renda fixa ou flutuante negociado no mercado 
cai, podemos afirmar que a taxa de juro embutida 
neste titulo: 
(A) não se alterou. 
(B) subiu. 
(C) caiu. 
(D) varia dependendo do valor do PU. 
(E) varia a critério do emissor. 
 
19. O Desconto de Títulos, principalmente de 
duplicatas, notas promissórias e cheques, é um 
dos principais produtos de empréstimo dos 
bancos comerciais e múltiplos com esta carteira. 
Supondo-se que um cliente desconte no banco 
um título com valor nominal de R$ 100.000,00, 
com data de vencimento em 30 dias, pagando ao 
banco uma taxa de desconto de 3% ao mês e, ao 
fisco, um IOF de 1,5% ao ano (0,0041 % ao dia), 
assinale o valor, em reais, entregue ao cliente. 
(A) 98.677,00. (B) 97.867,00 
(C) 96.877,00 
(D) 96.788,00 
(E) 96.687,00 
 
20. O Fundo Garantidor de Créditos - FGC 
assegura o total de créditos de cada pessoa 
dentro de uma mesma instituição financeira, ou 
dentro de todas as instituições de um mesmo 
conglomerado financeiro, até ó valor máximo, em 
reais, de: 
(A) 25.000,00 
(B) 22 500,00 
(C) 20.000,00 
(D) 18.000,00 
(E) 15.000,00 
 
21. Quando concorrerem para a abertura de 
conta ou movimentação de recursos sob nome 
falso, respondem como coautores por crime de 
falsidade, o 
(A) beneficiário da conta, que 
irregularmente a abriu. 
(B) gerente e o administrador. 
(C) gerente que irregularmente identificou o 
correntista. 
(D) funcionário que irregularmente 
identificou o correntista. 
(E) funcionário que irregularmente 
identificou o correntista, o gerente e o 
administrador. 
 
22. A personalidade civil do homem, começa (A) 
do nascimento com vida. 
(B) aos 14 anos. 
(C) aos 16 anos. 
(D) aos 21 anos. 
(E) aos 24 anos, quando universitário ou 
cursando escola de 2° grau. 
 
23. Os ausentes, para serem considerados 
absolutamente incapazes de exercer 
pessoalmente os atos da vida civil, devem (A) 
encontrar-se em lugar incerto e não sabido. 
(B) encontrar-se nessa situação por mais 
de 12 meses. 
(C) ser declarados como tais por ato do juiz. 
(D) ser declarados como tais por autoridade 
policial da jurisdição de seu domicílio. 
(E) encontrar-se nessa situação por mais 
de 24 meses. 
 
24. Quando os estatutos das pessoas jurídicas 
não o designarem, estas serão representadas, 
ativa e passivamente nos atos judiciais e extra-
judiciais, pelos seus (A) executivos. 
(B) diretores. 
(C) executivos categorizados. 
(D) administradores comerciais. 
(E) gerentes administrativos. 
 
25. Quando os estatutos de uma pessoa jurídica 
de direito privado não elegerem domicilio 
especial, pelo código civil, será considerado 
como sendo o do local onde funcionarem as 
respectivas (A) atividades fins. 
(B) atividades industriais, se este for seu 
objeto. 
(C) atividades mercantis, se este for seu 
objeto. 
(D) diretorias e administrações. 
(E) atividades de prestação de serviços, se 
este for seu objeto. 
 
26. Constitui título de crédito, a (A) nota fiscal de 
venda. 
(B) fatura. 
(C) duplicata. 
(D) nota fiscal de simples remessa. 
(E) nota fiscal de serviços. 
 
27. É ordem de pagamento (A) a ação ordinária. 
(B) a fatura. 
(C) a nota promissória. 
(D) o warrant. 
(E) a letra de câmbio. 
 
28. Se o aval de um cheque não indicar o 
avalizado, considera-se como tal o (A) emitente. 
(B) sacado. 
(C) endossante ou os endossantes. 
(D) primeiro endossante. 
(E) último endossante. 
 
29. A "chave" utilizada para as "ordens de 
pagamento", constitui medida de segurança (A) 
da existência de fundos suficientes. 
(B) na identificação do destinatário. 
(C) da autenticidade da ordem de 
pagamento. 
(D) na identificação do remetente. 
(E) da destinação da ordem de pagamento. 
 
30. O modelo confeccionado e em uma única via 
e a cor da impressão em papel branco, do 
"Documento de Crédito, - DOC", 
é (A) A, sépia. 
(B) B, sépia. 
(C) C, verde escuro. 
(D) A, verde escuro. 
(E) C, sépia. 
 
31. É garantia real que pode ser transcrita ou 
averbada no registro de imóveis, (A) a hipoteca 
somente. (B) o penhor, somente 
(C) a caução, somente. 
(D) a alienação fiduciária, somente. 
(E) a hipoteca, o penhor e a alienação 
fiduciária. 
 
32. A fiança diferencia-se do aval, por ser uma 
(A) obrigação acessória. 
(B) garantia cambial plena. 
(C) garantia cambial autônoma. 
(D) garantia cambial a obrigado. 
(E) garantia cambial a coobrigado. 
 
33. A sociedade comercial em que a 
responsabilidade de todos os sócios é ilimitada é 
a 
(A) em comandita simples. 
(B) anônima. 
(C) em comandita por ações. 
(D) em nome coletivo. 
(E) de capital e indústria. 
 
34. "Adaptar o volume dos meios de pagamento 
às reais necessidades da economia nacional e 
seu processo do desenvolvimento, constitui 
política do: 
(A) Conselho Monetário Nacional 
(B) Sistema Financeiro Nacional 
(C) Banco do Brasil 
(D) Banco doEstado do S. Paulo 
(E) Banco Central 
 
35. Exercer a fiscalização das instituições 
financeiras e aplicar as penalidades previstas é 
competência: (A) do Banco do Brasil . 
(B) do Conselho Monetário Nacional. 
(C) do Banco central. 
(D) da Caixa Econômica Federal 
(E) do Ministério da Fazenda 
 
36. Representam bens e direitos: 
(A) Contas de Lucros e Perdas 
(B) Contas do Patrimônio Líquido 
(C) Contas do Passivo 
(D) Contas do Capital Social 
(E) Contas do Ativo 
 
37. As instituições financeiras privadas fazem 
parte do: 
(A) Conselho Monetário Nacional 
(B) Sistema Econômico Nacional 
(C) Sistema Financeiro Nacional 
(D) Ministério do Fazenda 
(E) Sistema de Desenvolvimento 
Econômico 
 
38. O cheque com a cláusula "ou à sua ordem", 
denomina-se: 
(A) cheque visado 
(B) cheque nominativo 
(C) cheque ao portador 
(D) cheque cruzado 
(E) cheque especial 
 
39. É documento representativo de parte do 
capital de uma sociedade anônima: 
(A) a quota 
(B) a apólice 
(C) o cheque 
(D) a parcela 
(E) a ação 
 
40. O cheque é: 
(A) uma promessa de pagamento a prazo 
(B) uma ordem de pagamento à vista 
(C) uma declaração de dívida 
(D) uma certeza de pagamento 
(E) a transferência de valores de um banco 
para outro 
 
41. "WARRANT" é usada para designar: 
(A) uma ordem de pagamento interbancária 
(B) um documento para exportação 
(C) uma declaração de dívida para 
pagamento posterior 
(D) um título de crédito descontável em 
bancos oficiais 
(E) um título de penhor transferível e 
negociável, representativo de mercadorias 
depositadas em armazéns gerais 
 
42. Entende-se por Letra de câmbio uma: 
(A) ordem de pagamento emitida pelo 
credor 
(B) ordem de pagamento emitida pelo 
devedor 
(C) promessa de pagamento emitida pelo 
devedor 
(D) promessa de pagamento emitida pelo 
credor 
(E) ordem de pagamento emitida pelo 
credor e devedor 
 
43. A Letra de câmbio em moeda estrangeira ou 
nacional denomina-se: 
(A) Nota Promissória 
(B) Cautela 
(C) Cambial 
(D) Debênture 
(E) Câmbio Oficial 
 
44. Dentre os requisitos apresentados, o que 
NÃO se aplica à duplicata é: 
(A) cláusula ao portador 
(B) denominação duplicata 
(C) assinatura do emitente 
(D) número da fatura 
(E) Praça do pagamento 
 
45. A operação por meio da qual um banco obtém 
um financiamento e o transfere aos seus clientes 
denomina-se: 
(A) título descontado 
(B) repasse 
(C) redesconto 
(D) refinanciamento 
(E) transferência de financiamento 
 
46. Só pode ser pago a um determinado banco, 
o cheque: 
(A) cruzado normal 
(B) ao portador 
(C) nominal pessoa física 
(D) nominal pessoa jurídica 
 
47. Constitui documento de natureza comercial e 
fiscal emitido em operações comerciais e 
obrigado por lei: (A) a duplicata 
(B) a fatura 
(C) a nota fiscal 
(D) o contrato legal 
(E) o recibo 
 
48. Conta movimentada nos empréstimos 
garantidos equivale a: 
(A) empréstimos em conta 
(B) adiantamento à depositantes' 
(C) títulos caucionados 
(D) títulos descontados 
(E) empréstimos garantidos 
 
49. A operação garantida por jóias é: 
(A) caução (B) penhor 
(C) hipoteca (D) fiança 
(E) aval 
 
INSTRUÇÕES: 
Para as questões de números 50 a 52 indique a 
alternativa que contempla todas as operações de 
um só tipo. 
 
50. OPERAÇÕES ATIVAS: 
(A) empréstimos em conta-cheque especial 
- títulos descontados 
(B) empréstimos em conta-adiantamento a 
depositantes - depósitos à vista (C) cheque 
especial - depósitos a prazo - títulos descontados 
(D) adiantamentos a depositantes - 
cheques de viagem - cheques especiais 
(E) repasses - redescontos - ordem de 
crédito 
 
51. OPERAÇÕES PASSIVAS: 
(A) depósitos à vista - depósitos a prazo - ordem 
de pagamento (B) depósitos à vista - repasses - 
ordem de pagamento 
(C) depósitos à prazo - obrigações por 
empréstimos - redescontos 
(D) depósitos à prazo - ordem de 
pagamento - cheque especial 
(E) empréstimos em conta - depósitos - 
cheque especial 
 
52. OPERAÇÕES ACESSÓRIAS: 
(A) ordem de pagamento - ordem de crédito 
- redesconto 
(B) ordem de pagamento - cheque de 
viagem - depósitos 
(C) garantias bancárias - títulos e valores 
em custódia - cobrança 
(D) depósitos à vista - títulos e valores em 
custódia - redesconto 
(E) empréstimo em conta - obrigações por 
empréstimos - ordem de pagamento. 
53. Número e valor da Fatura que lhe deu origem 
são requisitos essenciais da: 
(A) ordem do pagamento 
(B) fatura 
(C) nota fiscal 
(D) duplicata 
(E) ordem de crédito 
 
54 Avalista é a pessoa que: 
(A) deve pagar uma ordem de pagamento 
(B) transfere seus direitos sobre um título 
(C) garante o pagamento de um título caso 
o devedor não o faça 
(D) emite uma promissória 
(E) abona um devedor 
 
55 Cheques emitidos pelo próprio banco sacado 
e vendido aos seus clientes para serem 
descontados em outras praças ou até mesmo por 
outros bancos são: 
(A) cheques vinculados 
(B) cheques nominativos 
(C) cheques especiais 
(D) cheques com cartão de crédito 
(E) cheques de viagem 
 
56 Cobrança caucionada é a cobrança de títulos: 
(A) por conta dos clientes (duplicatas, 
recibos, nota promissória) 
(B) recebidos em garantia de empréstimos 
(C) descontados pelo banco 
(D) vinculados à operações de empréstimos 
(sem caução) 
(E) garantidos pelo banco 
 
57 São títulos emitidos por empresas de capital 
aberto representativos da dívida dessas 
empresas: (A) ações 
(B) warrants 
(C) debêntures 
(D) títulos cambiais 
(E) duplicatas 
 
58 Assinale a alternativa que completa 
corretamente a seguinte frase: A Letra de 
Câmbio é emitido pelo ....., o cheque pelo ..... e a 
nota promissória pelo ..... 
(A) credor - sacador - devedor 
(B) credor - devedor - sacador 
(C) credor - sacado - devedor 
(D) devedor - emitente - sacador 
(E) devedor - sacador - emitente 
 
59 Valores em garantia a Depositantes do 
valores em garantia, representam: 
(A) liquidação da garantia 
(B) entrada da garantia 
(C) baixa da garantia 
(D) depósito em conta vinculada 
(E) baixa do conta vinculada 
 
60 Depósitos de Pessoas Jurídicas a Títulos 
Descontados, corresponde a: (A) liquidação de 
um empréstimo em conta 
(B) título descontado não paga pela sacado 
e lançado na conta do cliente 
(C) título redescontado junto ao Banco 
Central 
(D) crédito do valor líquido do título 
descontado 
(E) pagamento do título descontado, pelo 
sacado 
 
 
 
 
 
GABARITO OFICIAL 
1-c 11-e 21-b 31-e 41-e 51-c 
2-a 12-b 22-a 32-a 42-a 52-c 
3-b 13-d 23-c 33-d 43-c 53-d 
4-a 14-d 24-b 34-a 44-a 54-c 
5-c 15-a 25-d 35-c 45-b 55-e 
6-e 16-c 26-c 36-e 46-d 56-b 
7-b 17-e 27-e 37-c 47-c 57-c 
8-e 18-b 28-a 38-c 48-a 58-a 
9-d 19-c 29-c 39-e 49-b 59-b 
l0-a 20-c 30-b 40-b 50-a 60-bconta de cartão de crédito possui um limite 
de compras definido pelo banco emissor. As 
compras efetuadas reduzem o limite disponível 
até que, quando insuficiente, novas compras são 
negadas. O pagamento da fatura libera o limite 
para ser usado novamente. 
História 
O cartão de crédito surgiu na década de 1920, 
nos Estados Unidos. Inicialmente, os cartões de 
créditos eram dados somente aos clientes mais 
fiéis, que o dono do estabelecimento acreditava 
serem confiáveis por pagarem suas compras em 
dia... Mas foi na década de 1950, quando Frank 
MacNamara estava com executivos financeiros 
em um restaurante na cidade de Nova York e 
percebeu que tinha esquecido seu dinheiro e seu 
talão de cheques para pagar a conta, que teve a 
ideia de criar um cartão em que contivesse o 
nome do dono, e que após um tempo, o dono do 
cartão pudesse pagar a conta. 
Então, naquele mesmo ano, ele criou o Diners 
Club International que era feito de papel-cartão. 
O cartão era aceito em apenas 27 restaurantes e 
era usado apenas por pessoas importantes na 
época (aproximadamente 200 pessoas que eram 
amigos de Frank). Em 1952, o cartão começou a 
ganhar milhares de adeptos e já era aceito por 
vários estabelecimentos. E neste mesmo ano foi 
criado o primeiro cartão de crédito internacional. 
Em 1955, o cartão passou a ser feito de plástico. 
Em 1958, foi a vez de a American Express criar 
o seu cartão, mas foi em 1966 que o 
BankAmerican Service Corporation, criou o 
cartão BankAmericard com um sucesso, já que 
era aceito em mais de 12 milhões de 
estabelecimentos e, pouco tempo depois, o 
cartão passou a se chamar a atual Visa. No 
mesmo ano, foi criado o Master Charge que 
originou a bandeira MasterCard. Em 1975, a 
Diners, lançou o "Corporate Card", que se tratava 
do primeiro cartão de crédito corporativo do 
mundo, e em 1981 a Citicorp (atual Citibank) 
comprou a Diners Club da Continental Insurance 
Corporation. 
No Brasil, o empresário tcheco Hanus Tauber 
(precursor dos cartões no Brasil), em 1954, 
comprou nos Estados Unidos uma franquia da 
Diners, propondo sociedade no cartão com o 
empresário Horácio Klabin. Em 1956, o Diners 
chegou ao Brasil, sendo inicialmente um cartão 
de compra e não um cartão de crédito. Em 1968, 
foi lançado o primeiro cartão de crédito de banco, 
o Credicard, e em 1971 foi fundada no Rio de 
Janeiro a Associação Brasileira das Empresas de 
Cartões de Crédito e Serviços - ABECS. 
Posteriormente, em 1974, a sede da ABECS foi 
transferida para São Paulo. Em 1984, a 
Credicard comprou a Diners Club do Brasil, mas 
foi na década de 1990 que ocorreu o lançamento 
do cartão de crédito internacional e em 1994, 
com a chegada do Plano Real, ele só faz 
aumentar o crescimento do produto. 
Características do cartão 
Cartão da bandeira Visa. 
O cartão de crédito oferece algumas vantagens 
como: 
Não é preciso ter dinheiro físico ou cheque na 
hora da compra. 
O cliente obtém um prazo a mais para pagar a 
compra. 
Dependendo do cartão, não é necessário pagar 
anuidade. 
Entre outras vantagens. 
Funcionamento 
As operações de cartões de crédito envolvem 5 
participantes: 
- Primeiros dígitos de um cartão de crédito 
- Portador: Pessoa interessada em adquirir bens 
ou contratar serviços pagando através do cartão 
de crédito. Pode ser o titular da conta de cartão 
de crédito (responsável pelo pagamento das 
faturas) ou apenas portador do cartão adicional 
(atrelado a conta de algum titular). 
- Estabelecimento: Empresa interessada em 
vender ou prestar serviço recebendo o 
pagamento feito pelos seus clientes através do 
cartão de crédito. 
- Adquirente: Empresa responsável pela 
comunicação da transação entre o 
estabelecimento e a bandeira. Para isso, aluga e 
mantém os equipamentos usados pelos 
estabelecimentos como, por exemplo, o POS. As 
maiores adquirentes no Brasil são Rede (antiga 
Redecard), Cielo (antiga Visanet Brasil), Getnet 
(do Banco Santander), Elavon (join de 
subsidiárias do Citibank e do Citigroup) e 
Banricompras (do Banco Banrisul). A Hipercard 
não participa mais do mercado de adquirentes 
desde a fusão das operações com a Rede, que 
passou a aceitar transações da bandeira Hiper. 
- Bandeira: Empresa responsável pela 
comunicação da transação entre o adquirente e 
o emissor do cartão de crédito. As maiores 
bandeiras presentes no mercado brasileiro são 
Visa, MasterCard, American Express, Diners, 
Hiper, Elo e Aura. Para identificar qual é o 
emissor do cartão, as bandeiras usam os 6 
primeiros números do cartão, chamados de "bin-
number". 
- Emissor: (também chamado de empresa 
administradora do cartão) Instituição financeira, 
principalmente bancos, que emitem o cartão de 
crédito, definem limite de compras, decidem se 
as transações são aprovadas, emitem fatura para 
pagamento, cobram os titulares em caso de 
inadimplência e oferecem produtos atrelados ao 
cartão como seguro, cartões adicionais e plano 
de recompensas. 
Em uma transação, o estabelecimento passa o 
cartão em um equipamento eletrônico que pode 
ser um POS (comum em pequenas lojas, 
restaurantes e postos de gasolina) ou um 
equipamento integrado com o sistema do 
estabelecimento (usado em supermercados e 
lojas de departamentos). Nesse momento um 
funcionário do estabelecimento digita a opção de 
crédito ou débito, o número de parcelas e o tipo 
de parcelamento (com ou sem juros). O portador 
deve verificar os dados da transação e inserir a 
senha, no caso de cartão com senha. Esse 
aparelho se comunica com o adquirente, que 
envia a transação para a bandeira, que, por sua 
vez, direciona para o emissor. O emissor decide 
se a transação será aprovada ou não e envia a 
decisão de volta para a bandeira, que envia para 
o adquirente e, então, para o equipamento do 
estabelecimento. Em algumas situações, como 
da bandeira Hiper, o adquirente, bandeira e 
emissor são a mesma empresa, o que facilita 
essa troca de informações. 
No caso de transação aprovada, o equipamento 
do estabelecimento emite duas vias de 
comprovante. Uma delas fica com o portador e a 
outra com o estabelecimento. Em geral, nos 
casos de transação sem senha, é exigido do 
portador que assine a via do estabelecimento. 
Nesse caso, os estabelecimentos são instruídos 
a verificar se a assinatura no comprovante 
confere com a assinatura no verso do cartão ou 
com algum documento de identidade do portador, 
porém, pouquíssimos estabelecimentos adotam 
essa prática no Brasil. 
As transações com cartões que possuem chip 
funcionam da mesma forma, mas com mais 
segurança contra fraude porque dificultam o 
processo de clonagem de cartão. A maioria dos 
emissores brasileiros, ao implantarem os chips 
nos cartões, também implantaram a necessidade 
do portador digitar a senha. Por essa razão 
algumas pessoas relacionam o chip com a 
senha, mas podem ser funcionalidades 
separadas. 
A opção de parcelamento sem juros (ou 
"parcelamento loja") significa que o valor da 
transação é dividido pelo número de parcelas. 
Nesse tipo de transação o estabelecimento 
recebe o valor da venda de forma parcelada. A 
opção de parcelamento com juros (ou 
"parcelamento emissor") significa que o titular do 
cartão pagará, além do valor combinado, uma 
taxa de juros definida pelo emissor do cartão. 
Nesse tipo de transação o estabelecimento 
recebe o valor da venda de uma vez e o emissor 
recebe os juros a serem pagos pelo titular. 
Cartões de crédito no mundo 
Os cartões de crédito de conceito moderno 
nasceram nos EUA, na década de 1920, quando 
empresas privadas (sobretudo redes de hotéis e 
empresas petroleiras) começaram a emitir 
cartões para permitir a seus clientes comprarem 
a crédito nos próprios estabelecimentos. 
A primeira ideia sobre cartão de crédito 
"universal", ou seja, que pudesse ser utilizado em 
vários estabelecimentos diferentes, surgiu a 
partir de umacontecimento bastante peculiar, 
nos anos de 1949. O executivo e criador do 
Diners Club Card, Frank MacNamara, estava 
com alguns convidados em um restaurante de 
Nova York e, ao receber a conta de despesas, 
descobrira que não poderia pagá-la porque havia 
esquecido a sua carteira. 
Uma conversa com o dono do local, permitiu-lhe 
assinar uma conta de despesas, que poderia ser 
paga em um outro dia. Frank MacNamara não só 
gostou da ideia, como também, partindo desse 
incidente, criou juntamente com o seu advogado, 
Ralph Schneider, o Diners Club Card. 
No primeiro ano de vida, em 1950, o cartão era 
aceito em 27 restaurantes e com clientes 
chegando a quase duzentas pessoas, na maioria 
amigos pessoais e conhecidos do idealizador. 
Com este sistema, a empresa de cartões de 
crédito cobrava uma taxa anual e enviava contas 
mensais ou anuais dos gastos efetuados. 
Inicialmente o cartão era de papel. Somente em 
1955, o Diners passou a usar o plástico. 
Dois anos depois do lançamento do cartão, o seu 
conceito adquiriu mais adeptos, ocorrendo à 
emissão do primeiro cartão de validade 
internacional. Sua rede afiliada já abrangia um 
grande número de restaurantes, hotéis e diversos 
estabelecimentos varejistas. 
Em 1960, o Clube dos Diners abre franquias em 
Hong-Kong, Japão, Malásia e Nova Zelândia. 
Outros estabelecimentos de países como a 
Bolívia, Equador, Iugoslávia, Ceilão, Tailândia, 
Okinawa, Suriname e Zanzibar começam a 
aceitar o cartão, além de algumas linhas aéreas. 
No total, eram mais de 50 países em todos os 
continentes. 
Em 1966, um outro grupo de bancos, o 
BankAmerican Service Corporation lançou com 
êxito o BankAmericard, que mais tarde originou a 
bandeira Visa. Na mesma época, a American 
Express criou um cartão semelhante ao Diners 
Club, com uso em hotéis e restaurantes. 
No mesmo ano e seguindo os exemplos citados, 
formou-se o Interbank Card Association (ICA), 
que mais tarde passou a se chamar Master 
Charge e finalmente virou Mastercard 
International. O Bank of America começou a 
emitir cartões em outros estados em parceria 
com outros bancos. Em 1968 foi lançado no 
Brasil o primeiro cartão de crédito de banco; 
chamava-se ELO e foi criado pelo Banco 
Bradesco. 
No ano de 1975, o Diners Club introduziu o 
primeiro "Corporate Card": nascia o cartão de 
crédito empresarial. Em meados de 1981, o 
CITICORP adquiriu o DINERS Club da 
Continental Insurance Corporation. 
Ao final de 2006, a situação dos principais 
competidores do mercado de cartões de crédito 
era a seguinte: 
Visa: empresa atualmente de capital aberto com 
mais de 13 mil instituições financeiras no mundo 
todo que emitem o cartão com a bandeira Visa. 
Existia ao final de 2006, 1,6 bilhão de cartões 
Visa em circulação que eram aceitos em mais de 
24 milhões de estabelecimentos em mais de 170 
países. No ano de 2006, o volume de transações 
gerado pelos cartões Visa foi de 4,6 trilhões de 
dólares americanos. 
Mastercard: empresa atualmente de capital 
aberto com mais de 25 mil parceiros emissores 
no mundo. Existiam ao final de 2006, cerca de 
820 milhões de cartões Mastercard em circulação 
no mundo, aceitos em 25 milhões de 
estabelecimentos comerciais em mais de 210 
países e territórios. No ano de 2006 o volume de 
transações gerado por cartões da Mastercard foi 
de aproximadamente 2 trilhões de dólares 
americanos. 
American Express: empresa de capital aberto, 
fundada em 1850, mas que teve o seu primeiro 
cartão emitido somente em 1958. Os cerca de 57 
milhões de cartões American Express em 
circulação em 2006 eram aceitos em mais de 200 
países. No ano 2006, os cartões American 
Express geraram cerca de 150 bilhões de dólares 
americanos em transações. 
Outras bandeiras de cartões difundidas no 
mundo, com maior ou menor aceitação, 
dependendo das regiões, são: Diners 
(pertencente ao Citibank), JCB (Japanese Credit 
Bureau) e Discover (pertencente ao Morgan 
Stanley). 
Nos dias de hoje, todas as bandeiras enfrentam 
ameaças das organizações federais antitruste 
dos países em que operam por acusações de 
práticas monopolistas. As bandeiras que têm 
como os seus maiores expoentes a Mastercard e 
a Visa, estudam formas de frear a crescente 
demanda por maior transparência e equidade em 
suas próprias práticas comerciais. 
Em 2006, a Mastercard tomou a liderança do 
processo de prevenção contra leis antitruste e 
deixou de ser uma associação comercial de 
bancos passando a ser uma empresa aberta com 
ações listadas na NYSE sob o código MA. 
Cartões de crédito no Brasil 
O primeiro plástico brasileiro teve a bandeira 
Diners. Ele foi lançado em 1956 e só era aceito 
em um grupo seleto de restaurantes. Isto 
aconteceu seis anos após a sua utilização nos 
EUA. Em 1954, o empresário tcheco Hanus 
Tauber (precursor dos cartões no Brasil) 
comprou nos Estados Unidos a franquia do 
Diners Club, propondo sociedade no cartão com 
o empresário Horácio Klabin. Logo, em 1956 é 
lançado no Brasil o cartão Diners Club, sendo a 
princípio um cartão de compra (requerendo 
pagamento integral da fatura) e não um cartão de 
crédito. 
Em 1968, o Bradesco seria responsável pela 
emissão do primeiro cartão de crédito brasileiro, 
o Elo, que funcionava apenas como 
representante da Visa no Brasil, atendendo aos 
turistas estrangeiros portadores de cartões 
BankAmericard que visitavam o país. 
Durante os anos de 1.997 até 2.010 surgiram 
mais de 70 bandeiras de cartões regionais que 
foram responsáveis pelo aumento do comércio, 
principalmente em regiões afastadas dos dois 
maiores centros Rio-São Paulo e das capitais. As 
marcas que mais se destacaram neste periodo 
foram a Ticket, Hipercard, Sorocred e Gold Card. 
Ao final de 2006, os cartões no Brasil 
apresentavam uma ampla adoção por toda a 
população bancarizada, existindo 80 milhões de 
cartões de crédito e 190 milhões de cartões de 
débito. 
Em abril de 2011 o cartão Elo foi relançado pelos 
bancos Bradesco, Brasil e Caixa Econômica 
Federal, com a meta de ser a maior bandeira de 
cartão nacional até 2014. Em agosto do mesmo 
ano já haviam alcançado a marca de 1 milhão e 
meio de plásticos emitidos. 
Em 2012 a Justiça Brasileira condenou oito 
empresas de cartões de crédito por cobranças 
indevidas. 
Cartões de crédito private label 
Cartões private label ou cartões de crédito de loja 
ou marca são cartões de crédito emitidos por um 
varejista e usualmente válidos apenas para a 
realização de compras com este varejista. São 
diferentes dos cartões de crédito de uso 
genérico, pois não têm uma bandeira de 
aceitação universal em todo o comércio, tais 
como as bandeiras Mastercard, Visa e American 
Express. 
Por terem uma aceitação limitada a uma única 
cadeia de varejistas, são cartões direcionados a 
um público alvo específico e que, na maioria das 
vezes, já é cliente deste varejista. Seu 
surgimento no Brasil remonta à década de 1970 
com os extintos cartões Mappin e Mesbla, 
precursores do conceito no Brasil. 
De acordo com dados da ABECS (Associação 
Brasileira de Empresas de Cartão de Crédito), 
existiam em 2006, mais de 115 milhões de 
cartões de loja Private Label, no Brasil. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cart%C3%A3o_de_cr%C3%A9dito 
 
CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR 
São financiamentos concedidos pelos Bancos, 
ou pelas chamadas Financeiras, a pessoas 
físicas ou jurídicas, para aquisição de bens ou 
serviços. A quitação do financiamento é feita 
normalmente em prestações mensais, iguais e 
sucessivas. Além de juros, é cobrado IOF de 
0,5% ao mês (limitado a um total de 6%) para 
pessoas físicas e 1% ao mês (até o limite de 
12%) para pessoas jurídicas. 
Sua contratação é simples e rápida, bastando 
que você escolha o bem de sua necessidade. O 
CDC é uma alternativa de financiamento de 
veículos leves e pesados, máquinas e 
equipamentos médicos e odontológicos, 
equipamentosde informática, serviços diversos, 
entre outros. Os prazos variam entre 1 e 48 
meses, de acordo com o bem financiado. 
As taxas para o CDC são muito convidativas e 
realmente diferenciadas no mercado. Confira! 
Seja qual for o seu projeto de vida ou 
necessidade, o CDC é uma boa opção para 
concretizá-lo. 
Geralmente são apresentadas as seguintes 
condições: 
Prazos 
De 1 a 48 meses, dependendo do bem 
financiado. 
 
Entrada Mínima (sob consulta) 
Varia em função do prazo da operação e do tipo 
de bem ou serviço escolhido. 
Tributação 
IOF: Imposto sobre operações de crédito, câmbio 
e seguro ou relativos a títulos e valores 
imobiliários. 
Importante: para os contratos de CDC, o seguro 
é obrigatório. 
EXEMPLO 1 
1. O Sr. Geraldo obtém um financiamento no 
valor de $ 1.600,00 para ser liquidado em cinco 
prestações mensais iguais. Sabendo-se que o 
Banco cobra uma taxa de juros de 9% ao mês 
mais IOF de 0,5% ao mês , calcular o valor das 
prestações e o valor líquido recebido pelo Sr. 
Geraldo. 
Solução 
a. Valor das prestações 
É obtido através da fórmula básica: 
 
b. Valor líquido recebido pelo Sr. Geraldo 
· Valor do IOF = 0,005 x 5 x 1.600,00 = 40,00 
· Valor líquido = 1.600,00 – 40,00 = 1.560,00 
2. Admitindo-se, no caso do primeiro exemplo, 
que o Sr. Geraldo tivesse recebido $ 1.600,00 
líquido, isto é, já deduzido o IOF, calcular o 
valor efetivamente financiado, o valor do IOF e o 
valor das prestações. 
Solução 
a. Cálculo do valor efetivamente financiado 
Podemos resolver esse problema a partir da 
seguinte equação: 
1.600,00 = P – 0,005 x 5 x P = P (1 – 0,025) = P 
x 0,975 
P = (1600,00/0,975) = 1.641,03 
Assim, para se obter o valor financiado a partir do 
valor líquido recebido, basta fazer como segue: 
 
em que n representa o prazo em número de 
meses, limitado a 12, visto que a alíquota máxima 
do IOC é de 0,06 ou 6%. 
b. Valor do IOF 
IOF = 1.641,03 – 1.600,00 = 41,03 ou 
IOF = 0,005 x 5 x 1.641,03 = 41,03 
c. Valor das prestações 
 
As operações de Crédito Direto ao Consumidor, 
com encargos pós-fixados, são normalmente 
realizadas por prazos mais longos que aquelas 
com encargos pré-fixados, podendo chegar a 36 
meses. Atualmente, o indexador mais utilizado 
para correção das prestações é a TR. O plano de 
pagamento mais comum é o de prestações 
iguais, mensais s sucessivas. As taxas de juros 
variam dentro de um intervalo muito amplo, 
oscilando entre 1% e 8% ao mês. O IOF é de 
0,5% ao mês,calculado de forma idêntica ao 
mostrado acima no caso do CDC pré-fixado. 
EXEMPLO 2 
2. O Sr. Ricardo comprou um veículo no valor $ 
53.500,00. Deu uma entrada correspondente a 
20% desse valor e o restante foi financiado para 
pagamento em 15 prestações mensais iguais. O 
Banco que está financiando essa operação cobra 
juros de 3,8% ao mês, mais IOF. Considerando 
que do valor recebido pelo Sr. Ricardo já está 
deduzido o IOF, que a TR da data do contrato é 
de 2,81% e a do dia do vencimento da prestação 
no mês seguinte de 2,73%, calcular o valor 
efetivamente financiado pelo Banco e os valores 
das duas primeiras prestações pagos nos 
respectivos vencimentos. 
Solução 
a. Valor efetivamente financiado (contém o IOF) 
Valor líquido recebido = valor do veículo – 
entrada 
Valor da entrada = 20% x 53.500,00 = 10.700,00 
Valor líquido = 53.500,00 – 10.700,00 = 
42.800,00 
Como vimos acima, o valor financiado pode ser 
facilmente determinado a partir do valor líquido, 
como segue: 
 
em que a expressão “ 0,05 x n” corresponde à 
alíquota do IOF referente à operação. E como o 
n está limitado a 12 meses, a alíquota do IOF 
para prazos iguais ou superiores a 12 meses é 
sempre de 6%. Portanto, tem-se que: 
 
b. Valor do IOF 
IOF = 45.531,91 – 42.800,00 = 2.731,91 ou 
IOF = 6% x 45.531,91 = 2.731,91 
c. Valor das prestações mensais 
 
d. Valor das duas primeiras prestações nos 
respectivos vencimentos (corrigidos pela TR) 
Para se obter o valor a ser pago no vencimento, 
basta corrigir o valor da primeira prestação pela 
TR do dia do contrato e as demais pela TR 
correspondentes ao dia do vencimento da 
prestação imediatamente anterior. Assim, no 
caso do nosso exemplo, temos: 
Primeira prestação = 4.038,13 x 1,0281 = 
4.151,60 
Segunda prestação = 4.151,60 x 1,0273 = 
4.264,94 
http://www.bertolo.pro.br/AdminFin/HTML/CDC.htm 
 
CRÉDITO RURAL 
Institucionalizado em 1965, através da Lei nº 
4.829, de 5 de novembro daquele ano, o Crédito 
Rural é um importante instrumento de incentivo à 
produção, investimento e comercialização 
agropecuária e, consequentemente, à economia 
nacional. 
Historicamente, sempre foi reconhecida a 
importância da agropecuária no cenário 
econômico brasileiro, destacando-se os ciclos da 
cana-de-açúcar, do algodão, do café, da 
mandioca, do milho e da soja. Por esse motivo, 
os governos sempre se preocuparam em traçar 
estratégias para a produção agropecuária, os 
chamados “planos de safra”, instituindo medidas 
de incentivo à produção de certos produtos e o 
volume de recursos direcionados para tanto, 
incluindo o montante de crédito a juros reduzidos 
a ser disponibilizado aos produtores rurais e a 
suas cooperativas no ano safra, período 
compreendido de julho do ano corrente a junho 
do ano seguinte, montante esse sempre 
dependente da disponibilidade orçamentária do 
Tesouro Nacional. 
http://www.bertolo.pro.br/AdminFin/HTML/IOF.htm
http://www.bertolo.pro.br/AdminFin/HTML/MAT_FIN.DOC#TR2
http://www.bertolo.pro.br/AdminFin/HTML/IOF.htm
Tal medida de concessão de subsídios à 
produção agropecuária é praticada por governos 
de diversos países, como política de incentivo, 
sob o fundamento de que a dependência às 
condições climáticas é um risco adicional 
daquela atividade, se comparada à indústria ou 
ao comércio. 
Em outros países, inclusive nos mais ricos – que 
pregam a não intervenção estatal na economia e 
são os que mais investem em políticas de 
proteção e subvenção do setor rural, o instituto 
do crédito rural está presente, como por exemplo 
a Política Agrícola Comum (PAC) da União 
Européia, o Sistema de Crédito Rural 
(Farm Credit Sistem) dos Estados Unidos, e 
o Crédit Agricóle de France da França. 
Dada a importância do crédito rural, sempre se 
buscou sistematizá-lo dentro de um arcabouço 
normativo forte o suficiente para garantir-lhe 
executoriedade mas também flexível para 
permitir sua adequação às políticas 
governamentais e condições sazonais próprias 
da atividade agropecuária. 
Por esse motivo, o crédito rural é fundamentado 
tanto em leis e decretos do Poder Executivo 
quanto em resoluções do Conselho Monetário 
Nacional e circulares e cartas-circulares do 
Banco Central do Brasil. 
Este artigo pretende descrever a breve evolução 
histórica desse importante instituto de 
desenvolvimento da economia nacional, bem 
como destacar seus aspectos jurídicos e delinear 
o papel do Conselho Monetário Nacional e do 
Banco Central do Brasil no que se refere ao 
crédito rural. 
Evolução histórica 
Ao longo de mais quarenta anos, apesar do 
crédito rural ter mantido sua formatação básica, 
diversos marcos podem ser entendidos como 
evolução do instituto, dentre os quais podem ser 
citados: 
1964: criação do Sistema Nacional de Crédito 
Rural, por meio da Lei nº 4.595, de 31 de 
dezembro de 1964; 
1965: institucionalização do Crédito Rural, 
através da Lei nº 4.829, de 5 de novembro de 
1965; 
1966: edição do Decreto nº 58.380, que aprovou 
o Regulamento do Crédito Rural; 
1967: resolução do Conselho Monetário Nacional 
tornou obrigatório o direcionamento de 10% dos 
depósitos à vista no sistema bancário para a 
concessão de crédito ao setor agrícola; 
1967: o Decreto-Lei nº 167, de 14 de fevereiro de 
1967 dispõe sobre os títulos de crédito rural; 
1973: institucionalização do Programa de 
Garantia da Atividade Agropecuária(Proagro), 
por meio da Lei nº 5.969, de 11 de maio de 1973; 
1986: extinção da conta-movimento, o que limitou 
os recursos para o crédito rural à disponibilidade 
da União; 
1986: criação da poupança rural; 
1991: aumento da participação do BNDES no 
crédito rural através do Finame Rural e do 
Programa de Operações Conjuntas e do 
Programa de Operações Diretas; 
1995: criação do Programa Nacional de 
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf); 
1996: criação do Programa de Securitização das 
dívidas dos agricultores, que permitiu o 
reescalonamento do vencimento das operações 
a taxas de juros compatíveis com a atividade 
agropecuária; 
1998: criação do Programa de Revitalização das 
Cooperativas Agropecuárias (Recoop). 
Aspectos Jurídicos 
Para a Lei nº 4.829, de 5 de novembro de 1965, 
considera-se crédito rural o suprimento de 
recursos financeiros por entidades públicas e 
estabelecimentos de crédito particulares a 
produtores rurais ou a suas associações, para 
aplicação exclusiva em atividades que se 
enquadrem nos objetivos indicados na legislação 
em vigor, tendo como objetivos: estimular os 
investimentos rurais, inclusive para 
armazenamento, beneficiamento e 
industrialização de produtos rurais, feitos pelos 
produtores ou por suas associações; favorecer o 
custeio oportuno e adequado da produção e 
comercialização de produtos agropecuários; 
fortalecer economicamente o setor rural, em 
especial pequenos e médiod produtores; e 
incentivas a introdução de métodos racionais de 
produção, visando ao aumento da produtividade, 
à melhoria do padrão de vida das populações 
rurais e a adequada utilização dos recursos 
naturais (artigos 2º e 3º da Lei nº 4.829, de 5 de 
novembro de 1965). 
O artigo 7º da Lei nº 4.829, de 5 de novembro de 
1965, cria o Sistema Nacional de Crédito Rural 
(SNCR), constituído pelo Banco Central do 
Brasil, Banco do Brasil S/A, Banco da Amazônia 
S/A e Banco do Nordeste S/A; tendo ainda como 
órgãos vinculados o Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), 
banco privados e estaduais, caixas econômicas, 
cooperativas de crédito rural e sociedades de 
crédito, financiamento e investimentos; e como 
instituições articuladas os órgãos oficiais de 
valorização regional e de prestação de 
assistência técnica. 
Nesse sistema, há uma interação entre a esfera 
pública, que direciona, determina, institui fontes 
de recursos e fiscaliza, e a privada, que é a esfera 
de contratação do empréstimo pelo produtor rural 
junto à instituição financeira, ou seja, é no âmbito 
desse sistema que os recursos para o crédito 
rural são obtidos e aplicados, as normas sobre o 
assunto editadas e o seu funcionamento 
fiscalizado. 
Fontes de custeio do crédito rural 
Para operar, o crédito rural precisa de recursos, 
que são obtidos através das fontes de custeio 
previstas no artigo 15 da Lei nº 4.829, de 5 de 
novembro de 1965. Essas fontes de custeio são 
classificadas como internas e externas. 
As internas são as dotações orçamentárias 
atribuídas a órgãos que integrem o Sistema 
Nacional de Crédito Rural (SNCR), com 
destinação específica; os recursos próprios dos 
órgãos que participem do Sistema Nacional de 
Crédito Rural (SNCR); os recursos obrigatórios 
decorrentes da exigibilidade de depósitos à vista; 
o produto das multas recolhidas; o resultado das 
operações de financiamento ou de 
refinanciamento; os recursos nunca inferiores a 
10% dos depósitos de qualquer natureza dos 
bancos privados e sãs sociedades de crédito, 
financiamento e investimento; e quaisquer outros 
recursos atribuídos exclusivamente para 
aplicação em crédito rural. 
Já as fontes externas são os recursos 
decorrentes de empréstimos ou acordos 
reservados especialmente para crédito rural e os 
produtos de acordos ou convênios celebrados 
com entidades internacionais ou estrangeiras 
conforme normas que Conselho Monetário 
Nacional editar, desde que seja destinada ao 
desenvolvimento das atividades rurais. 
Quanto aos chamados recursos obrigatórios 
decorrentes de depósitos à vista, importante 
notar que na forma do art. 21 da Lei nº 4.829, de 
5 de novembro de 1965, as instituições de crédito 
e demais entidades financeiras que compõe o 
Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) 
manterão aplicada em operações de crédito rural, 
contratas diretamente com produtores rurais ou 
suas associações, percentagem a ser fixada pelo 
Conselho Monetário Nacional dos recursos com 
que operarem. As entidades que assim não o 
fizerem recolherão esse valor em depósito no 
Banco Central, para aplicação no crédito rural, 
sob pena de aplicação de multa sobre esses 
valores não aplicados. 
Funcionamento do Crédito Rural 
Podem ser financiadas pelo crédito rural 
atividades de custeio das despesas normais de 
cada ciclo produtivo, de investimento em bens e 
serviços cujo aproveitamento se estenda por 
vários ciclos produtivos e de comercialização da 
produção agropecuária. Nesse passo, classifica-
se o custeio como agrícola, pecuário e de 
beneficiamento ou industrialização, quando 
destinado, respectivamente, às despesas 
relacionadas ao ciclo produtivo de lavouras 
periódicas, de entressafra de lavouras 
permanentes ou da extração de produtos 
vegetais espontâneos, inclusive o 
beneficiamento primário da produção obtida e 
seu armazenamento no imóvel rural ou em 
cooperativa; à exploração pecuária; e ao 
beneficiamento ou industrialização de produtos 
agropecuários (artigos 8º e 9º da Lei nº 4.829, de 
5 de novembro de 1965). 
O crédito rural pode ser utilizado pelo produtor 
rural (pessoa física ou jurídica) e suas 
associações, a cooperativa de produtores rurais 
e a pessoa física ou jurídica que, mesmo não 
sendo produtor rural, se dedique a uma das 
seguintes atividades: pesquisa ou produção de 
mudas ou sementes fiscalizadas ou certificadas; 
pesquisa ou produção de sêmen para 
inseminação artificial; prestação de serviços 
mecanizados de natureza agropecuária, em 
imóveis rurais, inclusive para a proteção do solo; 
prestação de serviços de inseminação artificial, 
em imóveis rurais; e exploração de pesca, com 
fins comerciais. 
Para a concessão do crédito rural, são exigidos a 
apresentação de orçamento, plano ou projeto, 
exceto em operações de desconto de nota 
promissória rural ou de duplicata rural; 
oportunidade, suficiência e adequação de 
recursos; observância de cronograma de 
utilização e de reembolso; fiscalização pelo 
financiador; e idoneidade do tomador (art. 10 da 
Lei nº 4.829, de 5 de novembro de 1965). 
Também é necessária a apresentação de 
garantias para a obtenção do financiamento, 
sendo livremente pactuadas entre o financiado e 
o financiador, que devem ajustá-las de acordo 
com a natureza e o prazo do crédito, podendo ser 
utilizado penhor agrícola, pecuário, mercantil, 
industrial ou cedular; alienação fiduciária; 
hipoteca comum ou cedular; aval ou fiança; 
bilhete de mercadoria; warrants; caução; ou 
outros que o Conselho Monetário Nacional 
admitir (artigo 25 da Lei nº 4.829, de 5 de 
novembro de 1965). Cabe ao produtor decidir a 
necessidade de assistência técnica para 
elaboração de projeto e orientação, salvo quando 
considerados indispensáveis pelo financiador ou 
quando exigidos em operações com recursos 
oficiais. 
O crédito rural está sujeito a despesas de 
remuneração financeira, imposto sobre 
operações de crédito, câmbio e seguro e sobre 
operações relativas a títulos e valores mobiliários 
(IOF), custo de prestação de serviços, adicional 
do Programa de Garantia da Atividade 
Agropecuária (Proagro), sanções pecuniárias e 
prêmio do seguro rural, não sendo possível a 
exigir-se nenhuma outra despesa do mutuário, 
exceto o valor exato dos gastos efetuados à sua 
conta pela instituição financeira ou decorrentes 
de expressas disposições legais. 
Os recursos do crédito rural classificam-seem 
controlados, que são os recursos obrigatórios 
decorrentes da exigibilidade de depósitos à vista, 
os oriundos do Tesouro Nacional e os 
subvencionados pela União sob a forma de 
equalização de encargos (diferença de encargos 
financeiros entre os custos de captação da 
instituição financeira e os praticados nas 
operações de financiamento rural, pagos pelo 
Tesouro Nacional); oriundos de fundos e 
programas, como por exemplo os do Banco 
Nacional de Desenvolvimento Econômico e 
Social (BNDES), dos Fundos Constitucionais do 
Centro-Oeste (FCO), do Nordeste (FNE) e do 
Norte (FNO), e do Fundo de Defesa da Economia 
Cafeeira (Funcafé); e não-controlados, que são 
todos os demais. Para os recursos não-
controlados não existe limite de financiamento, 
sendo pactuados livremente entre as partes. Já 
para os recursos controlados existem limites, que 
variam de acordo com o produto ou a região do 
país, isto é, o montante de crédito de custeio para 
cada tomador, não cumulativo, em cada safra e 
em todo o Sistema Nacional de Crédito Rural, 
deve limitar-se a valores previamente 
estabelecidos (ex. para algodão, R$ 400.000,00; 
para milho, R$ 250.000,00; quando destinado à 
soja nas regiões Centro-Oeste e Norte e sul do 
Maranhão, do Piauí e da Bahia, R$ 200.000,00). 
Quanto aos recursos oriundos de fundos e 
programas, os limites são previstos em cada um 
deles. 
Segundo a origem dos recursos aplicados, as 
taxas de juros podem ser de 8,75% ao ano, 
exceto para o Programa Nacional de 
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), 
com relação aos recursos controlados; 
livremente pactuadas entre as partes, no caso 
dos recursos não-controlados; ou a serem 
fixadas segundo a linha de crédito específica, 
quando tratar-se de recursos das operações 
oficiais de crédito destinadas a investimentos. 
O crédito rural pode ser liberado de uma só vez 
ou em parcelas, em dinheiro ou em conta de 
depósito, de acordo com as necessidades do 
empreendimento, devendo sua utilização 
obedecer ao cronograma de aquisições e 
serviços, e pode ser pago também de uma só vez 
ou em parcelas, segundo os ciclos das 
explorações financiadas, sendo o prazo e o 
cronograma de reembolsos estabelecidos em 
função da capacidade de pagamento do tomador, 
de forma que os vencimentos coincidam com as 
épocas normais de obtenção dos rendimentos da 
atividade assistida. 
A instituição financeira deve fiscalizar a aplicação 
da quantia liberada, podendo realizar fiscalização 
por amostragem em créditos de até determinado 
valor. A fiscalização, com relação ao crédito de 
custeio agrícola, deve ser feita pelo menos uma 
vez no curso da operação antes da época 
prevista para liberação da última parcela ou até 
sessenta dias após a utilização do crédito, no 
caso de liberação de parcela única; quando se 
tratar de Empréstimo do Governo Federal (EGF), 
segundo previsto no Manual de Operações de 
Preços Mínimos; e nos demais financiamentos, 
até sessenta dias após cada utilização, para 
comprovar a realização das obras, serviços ou 
aquisições, cabendo ao fiscal verificar a correta 
aplicação dos recursos orçamentários, o 
desenvolvimento das atividades financiadas e a 
situação das garantias, se houver. 
Para a formalização do crédito rural são 
utilizados os seguintes títulos de crédito, 
previstos no Decreto-Lei nº 167, de 14 de 
fevereiro de 1967: cédula rural pignoratícia 
(garantida através de penhor), cédula rural 
hipotecária (garantida através de hipoteca), 
cédula rural pignoratícia e hipotecária (garantida 
através de penhor e hipoteca) e nota de crédito 
rural (sem garantia real). O crédito rural também 
pode ser formalizado por contrato, no caso de 
peculiaridades insuscetíveis de adequação aos 
títulos anteriormente elencados. A cédula rural 
vale entre as partes desde a emissão, mas só 
adquire eficácia contra terceiros depois de 
registrada no Cartório de Registro de Imóveis. 
Além das linhas de crédito tradicionais do crédito 
rural (para custeio, investimento e 
comercialização agropecuário), existem linhas de 
crédito específicas, equalizados pelo Tesouro 
Nacional, utilizados em diversos programas, tais 
como Moderfrota (Programa de Modernização da 
Frota de Tratores Agrícolas e Implementos 
Associados e Colheitadeiras), Prosolo (Programa 
de Incentivo ao Uso de Corretivos de Solos), 
Propasto (Programa Nacional de Recuperação 
de Pastagens Degradadas), Proleite (Programa 
de Incentivo à Mecanização, ao Resfriamento e 
ao Transporte Graneleiro da Produção de Leite), 
Prodamel (Programa de Desenvolvimento da 
Apicultura), Profruta (Programa de Apoio à 
Fruticultura), Prodecap (Programa de 
Desenvolvimento da Ovinocaprinocultura), 
Procaju (Programa de Desenvolvimento da 
Cajucultura), Sisvárzea (Programa de 
Sistematização de Várzeas), Prodevinho 
(Programa de Apoio ao Desenvolvimento da 
Vitinicultura), Prodeflor (Programa de 
Desenvolvimento Sustentável de Floricultura), 
Proazem (Programa de Incentivo à Construção e 
Modernização das Unidades Armazenadoras em 
Propriedades Rurais), Proirriga (Programa de 
Apoio à Agricultura Irrigada), Prodecoop 
(Programa de Desenvolvimento Cooperativo 
para Agregação de Valor à Produção 
Agropecuária), Procacau (Programa de Apoio ao 
Desenvolvimento da Cacauicultura), Propflora 
(Programa de Plantio Comercial de Florestas), 
Finame, dentre outros programas de 
desenvolvimento rural (Pronaf, Pronatureza, 
Proger, Moderinfra, Moderagro, Prodeagro etc), 
operados por agentes financeiros credenciados 
pelo Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES). 
Conselho Monetário Nacional e Banco Central 
do Brasil 
Na forma do artigo 4º da Lei nº 4.829, de 5 de 
novembro de 1965, compete ao Conselho 
Monetário Nacional disciplinar o crédito rural, 
estabelecendo normas sobre os seguintes 
assuntos: avaliação, origem e dotação dos 
recursos a serem aplicados; diretrizes e 
instruções relacionadas com sua aplicação e 
controle; critérios seletivos e de prioridade para 
sua distribuição; e fixação e ampliação dos 
programas de crédito rural, abrangendo todas as 
formas de suplementação de recursos, inclusive 
refinanciamento. 
Toda a política agrária no tocante ao crédito rural 
é, portanto, implementada pelo Conselho 
Monetário Nacional. 
Já ao Banco Central compete dirigir, coordenar e 
fiscalizar o crédito rural, sendo o órgão de 
controle do Sistema Nacional de Crédito Rural 
(SNCR). Dentre suas atribuições estão 
sistematizar a ação dos órgãos financiadores e 
promover a sua coordenação com os que 
prestam assistência técnica e econômica ao 
produtor rural; elaborar planos globais de 
aplicação do crédito rural e conhecer sua 
execução, tendo em vista a avaliação dos 
resultados para introdução de correções quando 
cabíveis; determinar os meios adequados de 
seleção e prioridade na distribuição do crédito 
rural e estabelecer medidas para o zoneamento 
dentro do qual devem atuar os diversos órgãos 
financiadores em função dos planos elaborados; 
incentivar a expansão da rede distribuidora do 
crédito rural, especialmente através de 
cooperativas; e estimular a ampliação dos 
programas de crédito rural, mediante 
financiamento aos órgãos participantes da rede 
distribuidora do crédito rural, especialmente aos 
bancos com sede nas áreas de produção e que 
destinem ao crédito rural mais de 50% de suas 
aplicações (artigos 5º e 6º da Lei nº 4.829, de 5 
de novembro de 1965). 
O Conselho Monetário Nacional disciplina o 
crédito rural através da edição de resoluções, 
enquanto o Banco Central atua por meio de 
circulares e cartas-circulares. 
Os recursos destinados ao crédito rural ficam sob 
o controle do Conselho Monetário Nacional, que 
fixará anualmente as normas de distribuição aos 
órgãos que participam do Sistema Nacional de 
Crédito Rural (SNCR). O Conselho Monetário 
Nacional também poderátomar medidas de 
incentivo que visem ao aumento da participação 
da rede bancária não-oficial na aplicação do 
crédito rural (artigos 16, 18 e 20 da Lei nº 4.829, 
de 5 de novembro de 1965), bem como 
estabelecer os termos e condições em que 
poderão ser contratados os seguros dos bens 
vinculados aos instrumentos de crédito rural (art. 
30 da Decreto-Lei nº 167, de 14 de fevereiro de 
1967). 
Além disso, é o Conselho Monetário Nacional 
que determina o percentual que as instituições 
financeiras devem recolher sobre os depósitos à 
vista para serem aplicadas em crédito rural. 
A atuação do Poder Legislativo, bem como do 
Poder Executivo através de medidas provisórias, 
vem sendo feita no sentido de permitir a 
repactuação e o alongamento de dívidas 
oriundas do crédito rural e a concessão de 
subvenção econômica nas suas operações, 
dentre elas equalização de preços, equalização 
de taxas de juros e outros encargos e rebates nos 
saldos devedores. 
Observa-se, portanto, que o crédito rural tem 
importante papel no desenvolvimento da 
atividade agropecuária, tendo sido fundamental 
nos últimos quarenta anos para permitir o 
crescimento da economia nacional. 
E isso só foi possível graças à confecção de 
normas e a implementação de políticas públicas 
que permitiram o livre desenvolvimento do 
instituto, de forte atuação estatal e rígido controle 
e direcionamento de seus recursos. 
O papel do Conselho Monetário Nacional e do 
Banco Central do Brasil é fundamental no correto 
funcionamento do sistema, recolhimento, 
administração e aplicação de seus recursos, bem 
como na sua fiscalização. 
O entendimento de instituto tão complexo e 
importante, inclusive quanto aos seus aspectos 
jurídicos, é essencial para compreender porque o 
crédito rural é fundamental para o 
desenvolvimento da economia brasileira. 
http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista
_artigos_leitura&artigo_id=7156 
 
CADERNETA DE POUPANÇA 
No Brasil, pode-se dizer que a poupança foi 
criada juntamente com a Caixa Econômica 
Federal, através do Decreto 2.723, de 12-01-
1861. Tal dispositivo legal autorizou a “criação de 
uma Caixa Econômica que tem por fim receber a 
juro de 6% as pequenas economias das classes 
menos abastadas, e de assegurar, sob garantia 
do Governo Imperial, a fiel restituição do que 
pertencer a cada contribuinte, quando este o 
reclamar”. 
Desde a criação dos depósitos de poupança, 
vários foram os dispositivos legais que 
promoveram algum tipo de mudança no sistema, 
mas a alteração mais significativa foi introduzida 
pela Lei 4.380, de 21-08-1964, que instituiu a 
Correção Monetária para tais depósitos. Assim, 
além da remuneração anual de 6%, os valores 
depositados passaram a ser atualizados 
mensalmente pela Correção Monetária conforme 
índices definidos pelo Banco Central do Brasil. 
A metodologia atual é de rendimento mensal de 
0,5% mais a variação da Taxa Referencial, que é 
uma taxa de juros básica calculada a partir do 
rendimento mensal médio de aplicações em 
CDBs e RDBs. Na prática, a caderneta de 
poupança costuma oferecer rendimento menor 
do que outras aplicações, mas é a aplicação mais 
procurada pelo pequeno investidor porque exige 
menor limite mínimo de depósito e oferece maior 
segurança. 
Atualmente, a caderneta de poupança utiliza uma 
taxa de rendimentos específica para cada dia e 
os depósitos são remunerados de acordo com o 
dia de “aniversário” de cada saldo, mesmo que 
estejam numa mesma conta. É como se fossem 
várias contas numa conta só. Por exemplo: um 
poupador pode ter feito depósitos nos dias 04, 17 
e 22. Assim, nesses dias, terá crédito de 
rendimentos de acordo com taxas específicas 
para cada uma dessas datas-base e que incidirão 
sobre os saldos que permaneceram na conta nos 
últimos trinta dias, afinal o rendimento é mensal. 
É possível realizar saques na conta de poupança 
a qualquer momento, mas a taxa de rendimento 
só incidirá sobre o saldo que, no dia de 
“aniversário”, estiver na conta há pelo menos 
trinta dias. Outro ponto positivo da caderneta de 
poupança é que seus rendimentos são isentos de 
Imposto de Renda. 
Outras informações interessantes: 
- O Decreto que criou a primeira Caixa 
Econômica e regulamentou os depósitos de 
poupança foi assinado pelo Imperador D. Pedro 
II. 
- Como o objetivo primeiro da Caixa Econômica 
era captar depósitos de “economias das classes 
menos abastadas”, era fornecido a essas 
pessoas humildes uma caderneta para controle 
de depósitos e retiradas, nos moldes das que 
essa população possuía para compras a prazo 
nos armazéns e vendas. Daí a origem do nome 
Caderneta. 
- Quando da regulamentação da poupança no 
Brasil, foi estabelecido que “A quantia máxima 
semanal que cada depositante poderia entregar 
na Caixa era de 50$000 (cinqüenta mil réis)”. 
Também foi estabelecido que “A quantia máxima 
sobre a qual seria aplicada a remuneração era de 
4:000$000 (quatro contos de réis)”. E ainda “O 
depositante poderia retirar, a qualquer hora, toda 
a quantia depositada bem como os juros já 
vencidos, desde que prevenisse a Caixa com oito 
dias de antecedência”. 
- A primeira Caderneta de Poupança aberta na 
Caixa Econômica da Corte foi em 22 de agosto 
de 1861 e as cinqüenta primeiras pessoas que 
abriram essas contas tinham, somando seus 
depósitos, 1:436$000 (um conto e quatrocentos 
e trinta e seis mil réis). 
- A primeira Caixa Econômica tinha sede no Rio 
de Janeiro e o Decreto 5.594, de 18 de abril de 
1874, autorizou a criação de Caixas Econômicas 
nas províncias do Império, além de determinar 
que a taxa de juros seria fixada anualmente pelo 
Governo, mas não seria superior a 6%. 
- Em 1887 ficou definido que, para a capital do 
Império e o município de Niterói, os juros seriam 
de 4,25%. Nas províncias, o percentual seria de 
5%. 
- Em 1915 foi aberta a possibilidade de a mulher 
casada instituir sua própria caderneta, salvo 
expressa oposição do marido. 
http://www.gazetadeitauna.com.br/cadernetas_de_poupanca1.
htm 
 
TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO 
Um título de capitalização é um título de crédito 
comercializado por empresas de capitalização, 
com o objetivo de formação de uma aplicação, 
mas também com um caráter lotérico, de sorteio 
de prêmios de capitalização. 
Neste produto, o capitalizador concorre a 
prêmios de sorteio, recebendo ao final da 
aplicação seu dinheiro acrescido de reajustes e 
subtraido taxas de administração e cota para 
sorteio. Os títulos de capitalização são 
desvantajosos em relação a rentabilidade de 
outros investimentos, inclusive em relação à 
poupança, porém com o diferencial de concorrer 
a prêmios sorteados. A maiorias dos contratos 
também estipula prazo de carência para resgate 
e parte do valor capitalizado fica com o banco no 
caso de resgate anterior ao prazo estipulado no 
contrato. 
Estrutura 
Os valores aportados pelo capitalizador são 
geralmente divididos entre a parte a ser 
capitalizada, a parte de sorteio e a parte referente 
a administração. Ao fim do plano, ou após o 
período de carência, o capitalizador só terá 
direito a resgatar a parte capitalizada. A parte de 
sorteio é destinada ao pagamento dos prêmios 
de sorteio e a taxa de administração é destinada 
a remunerar a empresa que administra o título. 
Em razão disso, a capitalização é visto por alguns 
como uma operação desvantajoso ao cliente, 
pois geralmente o valor do saque ao final do 
plano é pouco ou nada maior que a soma de 
todos os pagamentos feitos ao longo do tempo. 
Em função disso os títulos de capitalização não 
devem ser considerados como uma aplicação 
financeira ou uma poupança, pois não se 
enquadram nem como de renda fixa, já que 
tendem a render quase nada, nem como de risco. 
Utilizações 
Além de ser uma forma de poupança forçada que 
visa criar disciplina financeira e uma reserva 
econômica ao capitalizador,

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