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Prévia do material em texto

Projeto de
Moda II
Professor Ms. Gabriel Coutinho Calvi
Reitor 
Prof. Ms. Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino
Prof. Ms. Daniel de Lima
Diretor Financeiro
Prof. Eduardo Luiz
Campano Santini
Diretor Administrativo
Prof. Ms. Renato Valença Correia
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Coord. de Ensino, Pesquisa e
Extensão - CONPEX
Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza
Coordenação Adjunta de Ensino
Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman 
de Araújo
Coordenação Adjunta de Pesquisa
Prof. Dr. Flávio Ricardo Guilherme
Coordenação Adjunta de Extensão
Prof. Esp. Heider Jeferson Gonçalves
Coordenador NEAD - Núcleo de 
Educação à Distância
Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
Web Designer
Thiago Azenha
Revisão Textual
Beatriz Longen Rohling
Caroline da Silva Marques
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Geovane Vinícius da Broi Maciel
Jéssica Eugênio Azevedo
Kauê Berto
Projeto Gráfico, Design e
Diagramação
André Dudatt
Carlos Firmino de Oliveira
2022 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2022 Os autores
Copyright C Edição 2022 Editora Edufatecie
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correçao e confiabilidade são de responsabilidade 
exclusiva dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Per-
mitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas 
sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP 
 
C198p Calvi, Gabriel Coutinho 
 Projeto de moda II / Gabriel Coutinho Calvi. 
 Paranavaí: EduFatecie, 2022. 
 94 p.: il. Color. 
 
 
 
1. Fibras têxteis. 2. Indústria têxtil. 3. Vestuário. 4. tecidos - 
 Estampagem. 5. Não-tecidos. I. Centro Universitário UniFatecie. II. 
Núcleo de Educação a Distância. III. Título. 
 
 CDD: 23 ed. 746.92 
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577 
UNIFATECIE Unidade 1 
Rua Getúlio Vargas, 333
Centro, Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
UNIFATECIE Unidade 2 
Rua Cândido Bertier 
Fortes, 2178, Centro, 
Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
UNIFATECIE Unidade 3 
Rodovia BR - 376, KM 
102, nº 1000 - Chácara 
Jaraguá , Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
www.unifatecie.edu.br/site
As imagens utilizadas neste
livro foram obtidas a partir 
dos sites Shutterstock, 
Pixabay e Pexels.
AUTOR
Professor Me. Gabriel Coutinho Calvi
● Mestre em Gestão do Conhecimento nas Organizações (Unicesumar)
● Bacharel em Moda (UniCesumar). 
● Tecnólogo em Marketing (Unicesumar)
● Especialista em Moda, Produto e Comunicação (Unifamma)
● Especialista em Moda e Negócio (Unicesumar)
● Especialista em Design Thinking (Unicesumar)
● Professor de pós-graduação EaD (Unifamma)
● Coordenador de Materiais Didáticos EaD (Unifamma)
Trabalhei com produção de moda e desenvolvimento de campanhas entre 2013-
2018. Na área de pesquisa estuda a criação de imagens na moda, design a partir da pers-
pectiva semiótica. 
Link Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2763480778584494
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Olá Aluno(a)! Sejam bem-vindo(a)!
Que bom ter você por aqui! Nossa disciplina de Projeto de Moda II vai dar enfoque 
aos materiais têxteis procurando conhecer todo o processo de origem e extração das fibras 
que desenvolvem os fios, tecidos, não-tecidos e dos processos de beneficiamentos que vão 
melhorar os aspectos estéticos e de conforto fisiológico e ergonômico dos artigos têxteis. 
Isso quer dizer que, enquanto futuro designer de moda, conhecer sobre os conteú-
dos técnicos dos materiais têxteis é fundamental pois te ajuda a desenvolver um processo 
criativo assertivo e próximo do que será executado no setor produtivo da empresa, também 
conhecido como chão de fábrica – onde a confecção das roupas acontece! Portanto, em 
nossas unidades você encontrará todas as informações necessárias para compreender 
essa área em suas diversas 
A Unidade I tem o propósito de fazer com que você compreenda que os fios que 
constituem os tecidos são produzidos a partir de fibras têxteis que podem ter origem natural 
– extraída de animais, vegetais e minerais – ou de origem não natural produzidas de forma 
sintética ou artificial. 
Ao compreender sobre a origem das fibras têxteis, a Unidade II irá apresentar as 
características dos tecidos planos, tecidos de malha e não-tecidos, dando um enfoque 
maior nos tecidos planos. Logo, a Unidade III dá continuidade nas discussões e apresenta 
a formação e características dos tecidos de malha e dos não-tecidos, concluindo o ciclo de 
entendimento do assunto. 
Na Unidade IV encerramos nossas discussões conhecendo sobre os tipos de 
beneficiamento, sabendo que eles se dividem em primário, secundário e terciário, onde o 
beneficiamento primário é responsável pela preparação dos artigos têxteis, o secundário é 
responsável pelo tingimento, lavagem e estampagem, e o terciário responsável pelo acaba-
mento desses artigos antes de serem comercializados. 
Bons estudos!
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 3
Fibras Têxteis
UNIDADE II ................................................................................................... 27
Características dos Tecidos
UNIDADE III .................................................................................................. 45
Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
UNIDADE IV .................................................................................................. 68
Estamparia e Beneficiamento Têxtil 
3
Plano de Estudo:
● Introdução e Classificação das Fibras Têxteis;
● Fibras Vegetais;
● Fibras Animais;
● Fibras Não-Naturais.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender o conceito e classificação das fibras têxteis; 
● Conhecer os tipos de fibras vegetais.
● Analisar as especificidades das fibras animais não-naturais.
UNIDADE I
Fibras Têxteis
Professor Me. Gabriel Coutinho Calvi
4UNIDADE I Fibras Têxteis
INTRODUÇÃO
Oi, tudo bem? Seja bem-vindo(a) a nossa primeira unidade da disciplina de projeto 
de moda II com foco em materiais têxteis. Acredito que, assim como eu, você deve estar 
com muitas expectativas para iniciar nessa trilha de aprendizagem. Portanto, procure um 
lugar confortável e se acomode, porque a partir de agora vamos aprender tudo sobre o 
universo dos materiais têxteis. 
A indústria têxtil produz artigos para todas as áreas do mercado que compreendem; 
indústria do vestuário, indústria de arquitetura e decoração, indústria automobilística entre 
outras. As roupas que vestidos, os sofás, poltronas e cadeiras que assentamos, o cinto de 
segurança e os bancos dos carros e tantos outros produtos existem graças ao a produção, 
criação e desenvolvimento das fibras, fios e tecidos da indústria têxtil. 
E, com base nisso, no primeiro tópico da nossa unidade veremos a classificação 
das fibras têxteis em fibras animais, minerais e vegetais e as ramificações e origens, além 
de apresentar suas características essenciais para discutirmos sobre os tipos de fibras 
existentes e exploradas nos demais tópicos da unidade. 
No segundo tópico, avançamos nas discussões para conceituar e definir as classifi-
cações das fibras naturais de origem vegetal e suas divisões, assim como o terceiro tópico 
explicita as fibras de origem animal e suas propriedades e características.
No quarto, e último tópico, vamos conhecer sobre as fibras não-naturais e sua 
divisão entre fibras sintéticas e fibras artificiais. Conheceremos as propriedades e classifi-
cações de cada uma delas, além suas aplicações na indústria têxtil. 
Está preparado?! Então vem comigo!
Bons estudos!
5UNIDADE I Fibras Têxteis
1. INTRODUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS TÊXTEIS
A moda faz parte da indústria têxtil que desenvolve tecidos para59UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
3.1.2 Alvejamento
A segunda classe de tratamento é o alvejamento e, segundo a ABNT (2012), o 
triângulo é o símbolo do alvejamento e compreende “os tratamentos com cloro ou substân-
cias com poder do oxigênio, permitindo branquear ou tirar manchas específicas” (ABNT, 
2012, p.41). O Quadro 2 ilustra os símbolos que podemos encontrar:
QUADRO 2 – TIPOS DE ALVEJAMENTO
Pode usar oxidantes
Não usar alvejante
Não usar alvejante de cloro
Alvejamento somente com cloro
Alvejamento somente com oxigênio
Fonte: ABNT (2012, p.41).
 
3.1.3 Secagem
A simbologia para a secagem a máquina ou manual é indicada pelo círculo e o 
quadrado respectivamente. Segundo a ABNT (2012, p.41), “as secagens a máquina são 
representadas com um ou dois pontos, indicando temperatura baixa ou alta, pode-se ainda 
proibir essa forma de secagem por causar encolhimento ou apresentar outras consequên-
cias”. O Quadro 3 apresenta os tipos de símbolos que podemos encontrar:
60UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
QUADRO 3 – TIPOS DE SECAGEM
Secagem em tambor
Não secar em tambor
Secagem em tambor suave a baixa 
temperatura
Secagem em tambor muito suave em 
temperatura normal
Secagem natural em varal
Secagem por gotejamento
Secagem na horizontal 
Secagem a sombra
Não secar
Não torcer
Fonte: ABNT (2012, p.41).
61UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
3.1.4 Passadoria
A forma de passar também deve ser indicada na peça cujo deve ser considerada 
o tipo de fibra da peça e a temperatura que ela resiste sem danificar. Observem que os 
pontos dentro do ferro indicam a temperatura que a peça pode ser passada. O Quadro 4 
apresenta as simbologias ligadas a passadoria.
QUADRO 4 – TIPOS DE PASSADORIA
Passar a ferro até 110ºC
Passar a ferro até 150ºC
Passar a ferro até 200ºC
Passar a vapor
Não passar a vapor
Não passar
Fonte: ABNT (2012, p.41).
3.1.5 Lavagem Profissional
A lavagem profissional é a última classe do processo de manuseio e conservação 
das peças. Segundo a ABNT (2012, p.43), a lavagem profissional compreende “os proces-
sos a serem seguidos quando se encaminha o produto têxtil a uma lavanderia profissional. 
Em que se pode proceder a limpeza com líquidos solventes ou simplesmente efetuar uma 
lavagem a úmido com os cuidados de um profissional da área de lavanderia”. Dessa forma, 
a Figura 10 apresenta os símbolos referentes a essa classe:
62UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
FIGURA 11 – TIPOS DE LAVAGEM PROFISSIONAL
Fonte: ABNT (2012, p.45).
63UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
SAIBA MAIS
A dissertação de mestrado de Costa (2003) com o título “Transformação do Não-tecido 
- uma abordagem do design têxtil em produtos de moda” apresenta todo o histórico dos 
não-tecidos e traça uma terminologia técnica deles. 
O texto se localiza nas páginas de 35 a 40 acessando o QR Code abaixo:
Fonte: COSTA, M.I. Transformação do não tecido – uma abordagem do design têxtil em produtos de moda. 
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/
bitstream/handle/123456789/85664/PEPS3614.pdf?sequence=1&isAllowed=y Acesso em: 10 mai. 2022.
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/85664/PEPS3614.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/85664/PEPS3614.pdf?sequence=1&isAllowed=y
64UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
SAIBA MAIS
O Guia de Normalização Poara a Confecção descreve todo o processo de etiquetagem 
e simbologia utilização para identificação dos artigos têxteis. 
O manual encontra-se no QR Code abaixo:
Fonte: ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Normalização: Caminho da qualidade na con-
fecção. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Rio de Janeiro: ABNT; SEBRAE, 
2012. Disponível em: https://saya.com.br/wp-content/uploads/2017/08/guia-de-normalizac%CC%A7a%C-
C%83o-para-confecc%CC%A7a%CC%83o.pdf Acesso em: 10 mai. 2022.
REFLITA
As etiquetas têm por objetivo orientar o consumidor e identificar o fabricante, portanto 
devem sempre conter todas as informações exigidas por Lei.
Fonte: ABNT (2012).
https://saya.com.br/wp-content/uploads/2017/08/guia-de-normalizac%CC%A7a%CC%83o-para-confecc%CC%A7a%CC%83o.pdf
https://saya.com.br/wp-content/uploads/2017/08/guia-de-normalizac%CC%A7a%CC%83o-para-confecc%CC%A7a%CC%83o.pdf
65UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final de mais uma unidade! Tenho certeza de que você já não tem 
mais as mesmas ideias que tinha quando começou a estudar os conteúdos apresentados na 
nossa disciplina. E isso é muito bom! Só prova que você está se aprofundando no universo 
dos materiais têxteis e sendo lapidado para se tornar um excelente designer de moda, certo?
E o que levamos de conhecimento da nossa terceira unidade? Que os tecidos de 
malha podem ser classificados em malha de trama e urdume, sendo a malha de urdume 
mais resistente graças ao entrelaçamento dos fios em diagonal. Além disso, os teares cir-
culares e retilíneos apresentam diferentes disposições nos tipos de agulhas, sendo a malha 
retilínea um tecido aberto e a malha circular um tecido tubular. 
Vimos também que a diferença principal entre os tecidos e não-tecidos está no seu 
processo de formação, já que os não-tecidos podem se formar a partir da consolidação 
mecânica, térmica ou química o que garante que a fibras fiquem unidas a partir da prensa. 
Encerramos a nossa unidade com um tópico que apresenta as normas para a elaboração 
da etiqueta do produto e, além disso, vimos que existem classes para o tratamento de 
produtos que é representado a partir da simbologia de etiquetas desenvolvidas pelas ABNT.
Uma coisa precisa ficar clara antes dessa unidade acabar: seus estudos não po-
dem, e nem devem, para por aqui! Agora é sua vez procurar livros, revistas, pesquisar em 
sites e outras fontes, conhecimento sobre o universo têxtil para enriquecer seu repertório. 
Te vejo na próxima unidade!
Abraço, Prof. Gabriel
66UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
LEITURA COMPLEMENTAR
O artigo de Bruder (2008) intitulado de “A importância do trabalho artesanal na 
moda: a malharia retilínea e o tricô” apresentam o estudo e desenvolvimento de uma cole-
ção de moda no processo de malharia retilínea. O artigo você confere no link a seguir: 
http://www.revistas.udesc.br/index.php/nupeart/article/viewFile/3057/2253 
Fonte: BRUDER, C.R. A importância do trabalho artesanal na moda: a malharia retilínea e o 
tricô. Revista Nupeart, v.6, n.6, 2008. Disponível em: http://www.revistas.udesc.br/index.php/nupeart/article/
viewFile/3057/2253 Acesso em: 10 mai. 2022.
http://www.revistas.udesc.br/index.php/nupeart/article/viewFile/3057/2253
http://www.revistas.udesc.br/index.php/nupeart/article/viewFile/3057/2253
http://www.revistas.udesc.br/index.php/nupeart/article/viewFile/3057/2253
67UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO 
Título: Malharia: confecção de tecidos de malha
Autor: Juliana Sissons.
Editora: Bookman.
Sinopse: Malharia oferece uma apresentação prática e ilustrada 
dessa técnica de confecção. Começando com uma breve análise 
da malharia tradicional, este livro conduz o leitor por todo o pro-
cesso de produção da malha – da pesquisa e desenvolvimento às 
técnicas de modelagem, construção e acabamento –, fornecendo 
inúmeras ideias criativas que possibilitam uma abordagem inde-
pendente e experimental ao design. 
FILME / VÍDEO 
Título: Máquina de Malharia Circular
Ano: 2017.
Sinopse: O vídeo apresenta uma máquina de malharia circular e 
o seu processo de fabricação.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Yycp4ejCGqo 
FILME / VÍDEO 
Título: Máquina de Malharia Retilínea
Ano: 2020.
Sinopse: O vídeo apresenta uma máquina de malharia retilínea e 
o seu processo de fabricação.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=tG8OdmhoJAshttps://www.youtube.com/watch?v=Yycp4ejCGqo
https://www.youtube.com/watch?v=tG8OdmhoJAs
68
Plano de Estudo:
● Beneficiamento Têxtil;
● Tingimentos e Lavagens;
● Estamparia: técnicas e processos.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar os tipos de beneficiamento têxtil;
● Compreender os diferentes tipos de tingimentos e lavagens;
● Analisar os processos e as técnicas de estamparia existentes.
UNIDADE IV
Estamparia e Beneficiamento
Têxtil 
Professor Me. Gabriel Coutinho Calvi
69UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
INTRODUÇÃO
A quarta unidade da nossa disciplina de Projeto de Moda II vai fazer você mergulhar 
no universo no beneficiamento têxtil. E você já pode estar se perguntando, o que seria isso 
professor? O beneficiamento são os processos de preparação, tingimento, estampagem e 
acabamento utilizados para produção dos artigos têxteis. 
Enquanto escrevo nossa introdução, fico pensando no quão importante é para um 
designer conhecer sobre o beneficiamento para o desenvolvimento do processo criativo. 
Digo isso, pois imagine se você for contratado para ser designer de moda responsável pelo 
desenvolvimento dos jeans de uma determinada marca? É importante conhecer os tipos de 
lavagens do jeans para desenvolver sua coleção! Ou ainda, se você é designer de estampas, 
precisa conhecer os processos de estampagem para também desenvolver suas peças, certo?
É por isso que nesta unidade você vai conhecer os tipos de beneficiamento que 
se dividem em beneficiamento primário, secundário e terciário. A partir dos exemplos que 
vamos analisar, conseguiremos distinguir as especificidades de cada um eles e, com isso, 
vamos aumentar nosso repertório de criação. Dessa forma, o primeiro tópico da nossa uni-
dade procura apresentar o conceito dos tipos de beneficiamento, dando um maior enfoque 
nos beneficiamentos primários e terciários. Já o segundo e terceiro tópicos apresentam, 
respectivamente os processos de tingimentos, lavagens e estampagem dos artigos têxteis. 
A partir de todos esses conhecimentos, espero que você se sinta motivado para 
aprofundar suas pesquisas entre um tópico e outro, conhecendo um pouco mais sobre os 
beneficiamentos! Espero que goste dessa aventura!
Bons estudos!
70UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
1. BENEFICIAMENTO TÊXTIL
O beneficiamento têxtil é responsável pelo acabamento, tingimento, tratamento e 
estamparia dos artigos têxteis. Juliano e Pacheco (2008) definem o beneficiamento como 
o conjunto de processos aplicados aos materiais têxteis com o objetivo de transformá-lo a 
partir do estado cru, alterando as características dos tecidos, como cor, brilho suavidade, 
estampa e impermeabilidade, entre outros. Em outras palavras, o beneficiamento:
Acabamento propriamente dito: significa uma série de processos e tratamen-
tos variados submetidos a um tecido que dessa forma, torna-se apto para 
receber, após a tecelagem, a tinturaria e a estampagem. Como o nome in-
dica, é um processamento final com o objetivo de tornar o tecido adequado 
ao seu uso específico, além de eliminar possíveis defeitos. (CHATAIGNIER, 
2006, p. 53).
O objetivo do beneficiamento é aumentar o valor agregado ao produto. Eles podem 
ser divididos em beneficiamentos a) Físico e b) Químico. Os processos físicos são aqueles 
desenvolvidos a seco, nos quais não se utiliza nenhum líquido. Os processos químicos são os 
desenvolvidos a úmido, não quais são empregados os líquidos (PEZZOLO, 2013). Além disso, 
os beneficiamentos são divididos em primário, secundário e terciário, onde cada um deles 
apresentam processos diferentes. O Quadro 1 apresenta definições gerais de cada um deles:
71UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
QUADRO 1 – DEFINIÇÕES DE BENEFICIAMENTO
Beneficiamento
 Primário
É toda operação que consiste em preparar o substrato para receber coloração, ou 
seja, prepara o tecido para que seja possível efetuar o tingimento, a estamparia 
ou o acabamento final.
Beneficiamento
 Secundário
É a coloração que pode ser total (Tingimento) ou parcial (Estamparia).
Beneficiamento
 Terciário
É a operação que modifica para melhor, as características físico-químicas do 
substrato após o tingimento e/ou estamparia.
Fonte: Juliano; Pacheco, (2008, p.5).
Quando falarmos de beneficiamento primário estaremos falando das operações 
que preparam o material têxtil; quando falarmos de beneficiamento secundário, estaremos 
falando de tingimento ou estamparia e quando falarmos de beneficiamento terciário esta-
mos falando de melhorias/finalização do material têxtil para que ele seja vestível. A partir 
dessas definições iniciais poderemos discutir sobre cada um deles. 
1.1 Beneficiamento Primário
Como já vimos anteriormente o beneficiamento primário é um dos primeiros pro-
cessos realizados nos materiais têxteis, com o intuito de prepará-lo e/ou limpá-lo óleo e 
aditivos utilizados no processo de tecelagem ou malharia. Neste sentido, 
[...] colocar o tecido em condições de receber coloração parcial ou total e, 
consequentemente, o acabamento final. Para chegar nessas condições, os 
tecidos passam por diversos processos/ operações (chamuscagem, alveja-
mento, desengomagem, mercerização, etc) para eliminar óleos, ceras, pig-
mentos, marcações e sujeiras provenientes das etapas de fiação e tecela-
gem. (FEAM, 2014, p. 22).
 Você pode estar se perguntando, mas quais são esses processos e o que eles 
provocam nos materiais têxteis? A resposta é que os processos de beneficiamento primário 
são; desengomagem, alvejamento, chamuscagem, navalhagem, purga, mercerização e 
sanforização. O Quadro 2 apresenta a definição de cada um deles:
72UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
QUADRO 2 – PROCESSOS DE BENEFICIAMENTO PRIMÁRIO
Desengomagem Consiste na retirada da goma aplicada aos fios de urdume para o tecimento. Esse 
processo pode ser feito por meios químicos ou biológicos, permitindo que o tecido 
possa receber tintura. 
Alvejamento Consiste em um processo com o objetivo de retirar o tom amarelado ou marrom 
das fibras.
Chamuscagem Realiza a queima dos fiapos (fibrilas) que se encontram na superfície do tecido. 
Esta queima é feita através de bicos de gás, onde os fios ou tecidos são passados 
pelas chamas. Esse processo é feito para deixar o tecido mais liso e utilizado em 
fibras naturais e artificiais, embora também possa ser utilizado em misturas com 
fibras sintéticas.
Navalhagem Muitos tecidos ainda têm pequenas fibras e filamentos salientes em sua estrutura. 
Para eliminar essas saliências, é feito o processo de navalhagem com o intuito de 
deixar a superfície lisa, para receber a estampa. 
Purga Consiste num cozimento do tecido em máquina de tingimento com adição de pro-
dutos químicos para a remoção das impurezas. Visa a limpeza de materiais têxteis 
compostos de fibras sintéticas ou de misturas delas com algodão ou viscose, des-
de que não tenham sido engomadas previamente com amido.
Mercerização Consiste no tratamento do tecido (principalmente algodão e linho) com solução de 
soda cáustica que causa uma reação que faz inchar a fibra, tornando sua seção 
transversal mais arredondada.
Sanforização Acabamento empregado para evitar o encolhimento do substrato (tecido) na lava-
gem doméstica.
Fonte: Juliano; Pacheco (2008, p.8 - 22).
1.2 Beneficiamento Secundário
O beneficiamento secundário está ligado ao tingimento e estamparia dos artigos 
têxteis e serão abordados amplamente nos tópicos 2 e 3 da nossa Unidade. 
1.3 Beneficiamento Terciário
O beneficiamento terciário está diz respeito ao acabamento que a peça irá receber. 
Em outras palavras, este beneficiamento é responsável por alterar a aparência do tecido para 
sua comercialização. Sobre beneficiamento terciário Juliano e Pacheco (2008, p.53) indicam:
O acabamento final tem como objetivo proporcionar ao material têxtil as ca-
racterísticas finais próprias para o mercado consumidor. Com o acabamento 
final conseguimos dar aotecido, características como: encorpamento, au-
mento de rigidez, maior brilho, toque mais macio, impermeabilidade, resis-
tência, repelência à sujeira, à água e ao fogo. Estas características são incor-
poradas ao substrato têxtil de acordo com as necessidades exigidas pelo seu 
uso final. A forma de aplicação dependerá de fatores como: tipo de fibra, tipo 
de artigo (malha ou tecido plano), tipo de equipamento disponível e o tipo de 
acabamento que se pretende. 
73UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
Assim como os beneficiamentos primário e secundário, o beneficiamento terciário 
também possui processos que contribuem para o acabamento final da peça, eles são: ca-
landragem, pré-encolhimento, amaciamento, encorpamento, anti-ruga, impermeabilização, 
anti-chama e antimicrobiano. O Quadro 3 apresenta a definição de cada um deles:
QUADRO 3 – PROCESSOS DE BENEFICIAMENTO TERCIÁRIO
Calandragem Melhora o brilho e também o toque dos tecidos de algodão e misturas. As aplicações 
são em artigos de vestuário e roupas de cama, principalmente. Outros efeitos po-
dem ser conseguidos em calandras com cilindro gravado, por exemplo, que podem 
formar listas ou desenhos em relevo no tecido. 
Pré-encolhimento Processo no qual é reproduzido no tecido uma nova memória dimensional. O seu 
objetivo é trazer para o tecido encolhimento necessário relativo à sua estrutura de 
fibras, garantindo que a medida que o tecido passe por outros processos de benefi-
ciamento o seu encolhimento não ultrapasse de 2%
Amaciamento É um processo químico onde substâncias amaciantes são aplicadas ao tecido com 
o objetivo de proporcionar maior maciez e melhor toque.
Encorpamento Tem como objetivo dar mais rigidez ou mais corpo ao tecido. Pode ser com goma de 
amido, álcool polivinílico, etc. Suas aplicações são diversas: tapeçaria, forrações, 
vestuário, etc.
Anti-ruga Têm a finalidade de diminuir a formação de rugas, amenizar o amarrotamento do te-
cido, e muitas são as resinas utilizadas nesse processo. Por exemplo: uréia formol; 
ureia formol modificada; melamínica; reactantes; etc.
Impermeabilização Aplicação de resinas que não permitem o tecido absorver água. Este acabamento 
permite a passagem do ar. Resinas destinadas a tornar o tecido impermeável, não 
permitindo a passagem da água, nem por ação mecânica
Anti-chama Acabamento com finalidade de impedir a propagação de chamas. Aplicações: corti-
nas, forrações, roupas de bebê, etc.
Antimicrobiano Esse processo consiste na inserção de substância anti-mofo e anti-apodrecimento 
no tecido. Para a sua eficácia o método de aplicação deve ser constituído de impreg-
nação e secagem, evitando o desenvolvimento de fungos. 
Fonte: Juliano; Pacheco (2008, p.53 - 55).
Todos os processos descritos nos beneficiamentos proporcionam um maior conforto 
térmico, conforto ergonômico, toque, caimento, entre outros requisitos que só são possíveis 
graças a todos os processos visto em nosso primeiro tópico. E não para por ai! O tópico 2 
e 3 apresentam, vai apresentar a estamparia e o tingimento. 
74UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
2. TINGIMENTOS E LAVAGENS
O primeiro beneficiamento secundário que veremos é o tingimento. Por tingimento 
entende-se o processo de coloração dos materiais têxteis de forma homogênea, mediante 
a aplicação de corantes (PEZZOLO, 2013). Em outras palavras, o tingimento é “uma opera-
ção que envolve tecnologias cada vez mais avançadas, graças ao surgimento dos corantes 
sintéticos e os avanços da química” (JULIANO; PACHECO, 2008, p.61).
Para que o tingimento se efetive da forma adequada deve-se levar em conta os 
seguintes fatores: 
a) Material a tingir 
b) Corantes
c) Água
d) Produtos auxiliares 
e) Máquinas 
f) Fatores humanos 
g) Fatores econômicos
Além disso, o processo de tingimento envolve algumas etapas que garantem a 
uniformidade ou efetividade da aplicação do corante. Segundo Juliano e Pacheco (2008) 
essas etapas são:
75UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
I. Montagem: é a etapa em que o corante adere à fibra. 
II. Fixação: é a etapa em que o corante montado na fibra se fixa à mesma com o 
objetivo de tornar o material resistente aos agentes de desgaste. 
III. Tratamento Final: é a etapa em que a parcela de corante que não foi fixada é eli-
minada e, segundo Juliano e Pacheco (2008) pode ser feito de três maneiras; a) lavagem, 
b) ensaboamento e c) enxágue.
a) Lavagem: um banho retira o excesso de cor antes não fixado.
b) Ensaboamento: um banho quente com detergente elimina o corante não fixado.
c) Enxágue: Banhos correntes para eliminar o corante não fixado e o detergente 
usado no ensaboamento.
Existem, existem três tipos de tingimento: 
a) tingimento em fibra; b) tingimento em fio e c) tingimento em tecido. 
O tingimento em fibra ou fio garante que a peça apresente cor uniforme ao longo 
de todo o tecido, sem falhas na pigmentação. Já o tingimento em tecido acontece depois 
do processo de tecelagem e devido ao entrelaçamento dos fios o tingimento pode não 
apresentar uniformidade, possuindo falhas no lado direito e/ou no lado avesso da peça 
(CHATAIGNIER, 2006).
2.1 Corantes
Corantes são substâncias existentes na natureza ou obtidas quimicamente que se 
aplicam aos diversos materiais têxteis com a finalidade de modificar a sua cor original. Não 
há um tipo de corante que tinja todas as fibras existentes, assim como não há uma fibra 
que possa ser tingida por todos os corantes conhecidos (PEZZOLO, 2013). Os corantes se 
dividem em naturais e sintéticos
Dentre os corantes naturais, os corantes vegetais são os mais utilizados devido 
à ampla diversidade que são encontrados na natureza. A grande vantagem do uso de 
corantes vegetais resulta do fato de não serem tóxicos e não poluírem o meio ambiente. 
“O tingimento com corantes vegetais é relativamente simples, mas fixar as cores exige 
conhecimentos químicos, físicos e botânicos” (CARLI; ROSS; PASQUALINI, 2017, p.4)
Já os corantes sintéticos são obtidos a partir dos derivados do petróleo e do carvão 
mineral. Podem ser encontrados sob a forma de pó, pastas ou líquidos e devem ser guar-
dados com o máximo de vedação para evitar contaminação.
76UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
2.2 Lavagens
Ao falar de tingimento também precisamos falar do processo de lavagem que tem 
como propósito mudar a aparência visual e o toque da peça. As lavagens são feitas em 
lavanderias industriais com maquinários específicos
[...] essas lavanderias industriais, que se encaixam na parte final do processo 
produtivo de empresas de confecção e de vestuário, vêm atuando para pos-
sibilitar a melhoria na qualidade e gerar efeitos diferenciados nas peças con-
feccionadas, os quais não são possíveis de se obter na produção do tecido 
plano. (FEAM, 2014, p. 24).
Geralmente as lavagens são feitas em artigos confeccionados em jeans como 
calças, jaquetas, saias, macacões, vestidos, entre outros. Além disso, esse processo en-
volve não apenas a lavagem, como também, a secagem. Sobre o processo de lavagem e 
secagem que é distinguido por Feam (2014, p.25):
a) Lavagem: a lavagem consiste no processo de limpeza que utiliza água jun-
tamente com produtos de higienização da linha líquida, proporcionando um 
tratamento mais adequado para cada um dos diferentes tipos de artigos têxteis 
que, conforme as características de seus tecidos e acabamentos, devem ser 
lavadas apenas por meio desse processo. Também pode ser feita manualmen-
te no caso de artigos finos e delicados ou com a associação de processos 
manuais e automatizados de acordo com a especificação das peças. 
b) Secagem: é a operação de remoção da umidade (água) das roupas. A água 
é removida mecanicamente por meio de centrífugas e/ou por vaporização tér-
mica por meio das secadoras.
A partir do que foi descrito por Feam (2014), podemos apresentar os diversos tipos 
de lavagens e os processos que possibilitam que o jeans tenha acabamentos diferentes. 
SegundoPereira (2009, p.99) “a primeira técnica usada foi a Stone wash, que tem este 
nome por usar pedra sem seu processo de lavagem. Esta técnica reproduziu o envelheci-
mento obtido através da lavagem caseira”. Outros tipos de lavagens surgiram após esse 
marco na lavagem. O Quadro apresenta outros tipos:
QUADRO 4 – TIPOS DE LAVAGENS
Stone washed Utiliza máquinas de lavar com tambores rotativos cheios de pedras, por um tempo 
determinado; essas pedras entram em atrito com as peças, desgastando a fibra e 
gerando o desbote do azul. O desgaste torna o produto mais flexível e maleável. 
Acid wash Consiste em se bater pedras pomes com cloro e usar esse poder abrasivo para al-
vejar o jeans em contrastes acentuados (nítidos). Também conhecido como moon, 
fog, marble, ice e frosted. 
Lixado abrasão com lixa em determinadas áreas 
Destroyed Aspecto de lavagem que da aparência de destruído. Lavagem parecida com a es-
tonagem, porém utiliza mais enzimas que corroem a fibra levemente, deixando um 
aspecto meio “destruído”. justificando assim a palavra destroyed, que no Inglês 
significa “destruído”.
Pré-washed lavagem realizada com a finalidade de amaciar o tecido por meio de enzimas ama-
ciantes ou silicone.
Second Hand lavagem realizadas com pedras que proporcionam aspecto de roupa usada na 
peça, como se fosse de brechó.
Fonte: Pereira (2009, p.99).
77UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
As Figuras de 1 a 4 a seguir, apresenta o efeito de cada uma das lavagens apre-
sentadas no Quadro 4. 
FIGURA 1 – CALÇA JEANS LAVAGEM STONE WASHED
Fonte: ARQUIVO: Jeans for men, Wikimedia, 2010. Disponível em: 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jeans_for_men.jpg Acesso em: 10 mai. 2022.
FIGURA 2 – CALÇA JEANS LAVAGEM ACID WASH
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jeans_for_men.jpg
78UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
FIGURA 3 – JAQUETA JEANS COM EFEITO LIXADO
FIGURA 4 – CALÇA JEANS DESTROYED
Para firmar seu entendimento dos processos de lavagem, o Quadro 5 apresenta 
vídeos com os processos de lavagem do jeans. 
79UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
QUADRO 5 – VÍDEOS DOS PROCESSOS DE LAVAGEM DO JEANS
Vídeo
Stone Washed https://www.youtube.com/watch?v=n4bHsU1Oeyg 
Vídeo 
Acid Wash https://www.youtube.com/watch?v=HlIrkPVaRTs 
Vídeo 
Lixado https://www.youtube.com/watch?v=d4qT7OD0Az4 
Destroyed https://www.youtube.com/watch?v=eFer682xuc0 
Fonte: Pereira (2009, p.99).
Existem outros tipos de lavagens em jeans na indústria têxtil e, cada uma, com uma 
técnica específica. O mais importante é saber que tingimento é diferente de lavagem e cada 
um deles podem apresentar processos específicos para obter-se o resultado final. 
https://www.youtube.com/watch?v=n4bHsU1Oeyg
https://www.youtube.com/watch?v=HlIrkPVaRTs
https://www.youtube.com/watch?v=d4qT7OD0Az4
https://www.youtube.com/watch?v=eFer682xuc0
80UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
3. ESTAMPARIA: TÉCNICAS E PROCESSOS
A estamparia é o beneficiamento têxtil que tem por finalidade imprimir desenhos 
coloridos nos tecidos. Existem diversas técnicas específicas para estampas e tipos de 
estamparia. Além disso, a estamparia também pode ser chamada de design de superfície. 
Mas, de fato, o que é estamparia?
[...] estampar ou imprimir designa de maneira genérica diferentes procedi-
mentos que têm como finalidade produzir desenhos coloridos – e brancos ou 
monocromáticos – na superfície de um tecido, como se fosse uma pintura lo-
calizada que se repete ao longo da metragem da peça e aplicada no seu lado 
conhecido como lado direito. Essas figuras podem ou não possuir contornos, 
variantes que estão intimamente ligadas aos modismos e tendências de cada 
época (CHATAIGNIER, 2006, p. 82).
Em relação a história da estamparia, sabe-se que a primeira técnica foi por ca-
rimbos – ou blocos – e no século XIV passou-se a utilizar blocos feitos de madeira para a 
impressão das estampas em países como França, Itália e Alemanha. Após esse período, 
por volta do século XVIII outras técnicas foram sendo desenvolvidas como a estamparia por 
cilindros de cobre. Após a evolução do maquinário e, nos séculos seguintes, a estamparia 
recebeu status de singularização das demais classes, devido a sua técnica ter preço ele-
vado (CHATAIGNIER; 2006).
A técnica de estamparia pode acontecer de duas formas a) Estampa localizada 
que consiste na estampagem sobre um substrato têxtil, com corantes ou pigmentos, dentro 
de um padrão dimensional prescrito; b) Estampagem por cobertura: Quando se estampa 
grandes áreas de tal modo que se veja pouco ou nada do fundo original (PEZOLLO, 2006). 
As Figura 5 e 6 ilustram as duas formas de estampar:
81UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
FIGURA 5 – ESTAMPA LOCALIZADA
FIGURA 6 – ESTAMPA POR COBERTURA
Compreendendo as formas de estampagem existentes, podemos observar os 
padrões de estampas mais encontrados na industrial de confecção, eles são: floral, geo-
métrico, figurativos, toile de joy e étnicos. Veremos as características de cada um deles a 
partir de agora:
82UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
a) Estampa Floral
A estampa floral está entre as mais utilizadas no mundo da moda. Segundo Lanaro 
(2013, p.24) “é um tipo de padrão que pode variar de cultura para cultura. Um exemplo são 
os florais liberty, muito utilizados na Inglaterra”. O floral liberty apresenta flores pequenas e 
delicadas. 
FIGURA 7 – VESTIDO COM ESTAMPA FLORAL
FIGURA 8 – VESTIDO COM ESTAMPA FLORAL LIBERTY
b) Estampa Geométrica 
O círculo ou poá (bolinhas) é o mais popular motivo impresso em estamparia têxtil 
sendo amplamente utilizado tanto em tecidos para moda como para design de interiores 
(LANARO, 2013). Além dessas formas geométricas, também podemos ver quadrados, 
retângulos, linhas etc. 
83UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
FIGURA 9 – VESTIDO COM ESTAMPA GEOMÉTRICA
c) Estampas Figurativas
Alguns padrões figurativos se mantêm no universo da moda, de diversas maneiras 
das mais recentes estampas tropicais aos padrões denominados animals print que se utili-
zam de animais como onça, cobra, zebra, girafa, entre outras.
FIGURA 10 – BLAZER COM ESTAMPA ANIMAL PRINT
d) Estampa Toile de Joy
São padrões que representam a vida cotidiana, originalmente possuem o fundo 
claro (branco ou off-white) e são desenhados em apenas uma cor, sendo as mais utilizadas 
o amarelo, vermelho, preto, verde e azul. São complexos e ricos em detalhes e em geral 
apresentam uma grande repetição, a fim de permitir o olho de focar o detalhamento e 
história sendo contada no padrão (LANARO, 2013).
84UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
FIGURA 11 – ESTAMPA TOILE DE JOY
Fonte: CHITA tecido. Wikipedia, 2022. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chita_(tecido)#/media/Ficheiro:Toile.jpg Acesso em: 25 jun. 2022.
e) Estampa Étnica
Estão relacionados a uma certa cultura ou país de sua origem. Tradicionalmente, 
esses projetos foram muitas vezes criados por sua importância cultural ou simbolismo e 
celebram algum aspecto da cultura e da história (LANARO, 2013).
FIGURA 12 – TURBANTES COM ESTAMPAS ÉTNICAS
Após estudarmos os padrões de estampas, podemos dizer que existem alguns 
processos para que a estamparia seja fixada no tecido. Esses processos vão desde os ma-
nuais como a serigrafia até a estamparia por rolo. O Quadro 6 apresenta as características 
de cada um dos processos de estamparia.
85UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
QUADRO 6 – CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE ESTAMPARIA
Estampagem a 
Quadro Manual 
(SERIGRAFIA)
O quadro é composto por uma tela coberta por verniz, a exceção 
das partes correspondentes ao desenho. A pasta de estampar é 
forçada a passar para o tecido que fica fixo, e o quadro é movi-
mentado por dois operadores com o auxílio de uma racla.
Estampagem a 
Quadro Automático
O quadro utilizado é idêntico ao Quadro Manual, se diferencian-
do apenas por levantar automaticamente quando o tecidose mo-
vimenta.
Estampagem a 
Transfer (SILK)
Utiliza um papel especial contendo a estampa como substra-
to para transferir a cor ao tecido. O papel é, então, posiciona-
do contra o tecido e submetido à pressão e calor, permitindo a 
transferência da estampa para o tecido via sublimação.
Estampagem a 
Quadro Rotativo
Este quadro é cilíndrico e gira em torno de seu eixo quando o 
tecido se movimenta.
Estampagem a 
Rolo (CILINDRO 
GRAVADO)
Técnica industrial mais comumente utilizada baseia- -se na gra-
vação em baixo relevo de cilindros de aço, sendo que a pasta 
de estampar a ser transferida para o tecido é depositada nos 
orifícios do cilindro.
Fonte: FEAM (2014, p. 23).
Para ilustrar cada um dos processos descritos no Quadro 5, apresentamos as 
Figuras para que você, caro(a) aluno(a) possa distinguir cada maquinário utilizado. 
FIGURA 13 – ESTAMPARIA QUADRO MANUAL
86UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
FIGURA 14 – ESTAMPARIA QUADRO AUTOMÁTICO
FIGURA 15 – ESTAMPARIA A TRANSFER (SILK)
FIGURA 16 – ESTAMPARIA QUADRO ROTATIVO
87UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
FIGURA 17 – ESTAMPARIA POR ROLO (CILINDRO GRAVADO)
Fonte: LOURENÇO, R. Estamparia cilindro x estamparia digital. Estampa+, 2013.
Disponível em: https://estampamais.files.wordpress.com/2013/05/dsc042381.jpg 
Acesso em: 20 mai. 2022.
Os processos de estampagem podem ser verificados nos vídeos indicados no 
Quadro 7:
QUADRO 7 – VÍDEOS DOS PROCESSOS DE ESTAMPAGEM
Vídeo
Estampagem a Quadro Manual 
(SERIGRAFIA)
https://www.youtube.com/watch?v=PNGMnUl8pVc 
Vídeo
Estampagem a Quadro 
Automático
https://www.youtube.com/watch?v=K-4t1qB_KKQ 
Vídeo
Estampagem a Transfer (SILK)
https://www.youtube.com/watch?v=U8gCbvqjBPw&t=67s 
Vídeo
Estampagem a Quadro 
Rotativo
https://www.youtube.com/watch?v=y6jCNfNquUc 
Vídeo
Estampagem a Rolo 
(CILINDRO GRAVADO)
https://www.youtube.com/watch?v=X7-S2ezbZU8 
Fonte: O autor (2022).
https://estampamais.files.wordpress.com/2013/05/dsc042381.jpg
https://www.youtube.com/watch?v=PNGMnUl8pVc
https://www.youtube.com/watch?v=K-4t1qB_KKQ
https://www.youtube.com/watch?v=U8gCbvqjBPw&t=67s
https://www.youtube.com/watch?v=y6jCNfNquUc
https://www.youtube.com/watch?v=X7-S2ezbZU8
88UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
Todos esses processos de estampagem são usados para necessidades específicas 
das empresas quem calculam o volume de demanda e entrega para o mercado de moda. 
A máquina de estampar por quadro automático, por exemplo, estampa mais rápido que a 
máquina de quadro manual. Dessa forma, cabe a empresa decidir como quer trabalhar. 
SAIBA MAIS
A arte têxtil e o tingimento com plantas, duas expressões artística complementares, pos-
suem elementos cuja beleza única não pode ser comparada aos produtos químicos e in-
dustriais. Tingir com corantes vegetais é relativamente simples, mas fixar as cores exige 
um profundo domínio de alguns princípios químicos, físicos, matemáticos e botânicos. 
Procurar e coletar ervas, retirar líquens de rochas, cercas e árvores, reciclar resíduos 
do beneficiamento de madeiras são atividades lúdicas ligadas a um processo criativo. 
Fonte: Carli; Ross; Pasqualini (2017, p.6).
REFLITA
Toda roupa precisa apresentar a etiqueta técnica do produto a fim de identificar o fabri-
cante e orientar o consumidor sobre as formas de uso. A presença da etiqueta é obri-
gatória e protegida por lei, sendo passível de multa as empresas que não respeitarem 
essa normativa. 
Fonte: O autor (2022).
89UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final da nossa quarta e última unidade! E aí, o que você achou da 
nossa trilha de aprendizagem até aqui? Enquanto eu escrevo nossas considerações finais 
fico pensando nas possibilidades que você terá para continuar seus estudos e descobrir o 
quão importante conhecer os tipos de beneficiamento dos artigos têxteis para o desenvol-
vimento de seu trabalho como futuro(a) designer!
Isso quer dizer que seus estudos não param por aqui! Nossa apostila serve para 
te dar a base para conhecer sobre os beneficiamentos e ir em busca de mais estudos. 
Bons profissionais são para sempre estudantes, estão constantemente se aperfeiçoando 
e indo em busca de inovação! Portanto, aproveite tudo que aprendeu aqui essa unidade e 
procure por mais conhecimento, amplie seu repertório cultural e criativo e isso irá impactar 
na criação de seus produtos, ok?
Nos vemos em uma outra oportunidade! 
Até breve ;)
90UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
LEITURA COMPLEMENTAR
LEITURA COMPLEMENTAR 1
A apostila do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) intitulada: Estamparia e 
Beneficiamento Têxtil apresenta de forma aplicada todo o processo que estudamos no 
decorrer da nossa unidade aprofundando temas importantes sobre o assunto. 
Fonte: JULIANO, L. N; PACHECO, S. M. V. Estamparia e Beneficiamento Têxtil. Secretaria de 
Educação Profissional e Tecnológica, Unidade Araranguá – CEFET SC. Disponível em: https://wiki.ifsc.edu.br/
mediawiki/images/3/30/Apostila_Estamparia_edicao_1_revisada.pdf . Acesso em: 10 mai. 2022.
LEITURA COMPLEMENTAR 2
A dissertação de Janaína Lanaro sobre estampas é um excelente material comple-
mentar para conhecer sobre a história das estampas e aprofundar no tema abordado em 
nossa Unidade. Recomenda-se ler o capítulo 2 da dissertação das páginas 15 a 47. 
Fonte: LANARO, J. T. A Estampa como meio de diferenciação e comunicação da cultura brasileira. 
2013. 138 f. Dissertação (Mestrado em Design e Comunicação de Moda). Programa de Pós-Graduação Stric-
to Sensu em Design e Comunicação de Moda, Universidade do Minho, Portugal, 2013. Disponível em: https://
repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/27584/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Janaina%20Thais%20
Lanaro_2013.pdf Acesso em: 20 mai. 2022.
https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/3/30/Apostila_Estamparia_edicao_1_revisada.pdf
https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/3/30/Apostila_Estamparia_edicao_1_revisada.pdf
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/27584/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Janaina%20Thais%20Lanaro_2013.pdf
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/27584/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Janaina%20Thais%20Lanaro_2013.pdf
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/27584/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Janaina%20Thais%20Lanaro_2013.pdf
91UNIDADE IV Estamparia e Beneficiamento Têxtil
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO 
Título: Tecidos: História, tramas tipos e usos 
Autor: Dinah Bueno Pezzolo.
Editora: SENAC.
Sinopse: Esse livro é uma pesquisa histórica bem costurada que 
mostra toda a evolução da principal matéria-prima da vestimenta, 
dos primitivos tramados feitos manualmente de galhos e folhas 
aos mais avançados métodos de tecelagem; das fibras naturais 
aos fios inteligentes dos tecidos tecnológicos; das primeiras téc-
nicas de tingimento às mais modernas formas de coloração; das 
estampas em voga nos séculos passados às tendências mostra-
das pelos estilistas de hoje em dia. Imagens belíssimas arrematam 
essa publicação.
FILME / VÍDEO 01
Título: A produção do jeans da Colcci
Ano: 2015.
Sinopse: Conhecido pela sua qualidade o vídeo apresenta os tipos 
de lavagens realizados no jeans da Colcci. Das lavagens simples 
até as mais elaboradas, acesse o link a seguir e confira!
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=A8PlWvGyhWg
FILME / VÍDEO 02
Título: Estamparia digital: como funciona a máquina de estampar?
Ano: 2017.
Sinopse: A estamparia digital é uma das técnicas mais modernas 
que existem! Além de conferir alta qualidade aos tecidos em seu 
processo ela é, também, mais eficiente. O vídeo abaixo apresenta 
como funciona a máquina de estamparia digital.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=IE3BBvJyLmY 
https://www.youtube.com/watch?v=A8PlWvGyhWg
https://www.youtube.com/watch?v=IE3BBvJyLmY
92
REFERÊNCIAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Normalização: Caminho da qualidade 
na confecção. Serviço Brasileirode Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Rio de Janeiro: 
ABNT; SEBRAE, 2012. Disponível em: https://saya.com.br/wp-content/uploads/2017/08/
guia-de-normalizac%CC%A7a%CC%83o-para-confecc%CC%A7a%CC%83o.pdf Acesso 
em: 10 mai. 2022.
CARLI, A. M.; ROSS, G. E.; PASQUALINI, C. P. Sustentabilidade em projetos acadêmicos 
de moda. Anais... In: 13º Colóquio de Moda, Bauru, SP, 2017. Disponível em: http://www.
coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio%20de%20Moda%20-%202017/CO/co_8/co_8_Sus-
tentabilidade_em_projetos_academicos.pdf Acesso em 15 mai. 2022. 
CASSEL, G.P; KINDLEIN, W.J; CHYTRY, S; KUNZLER, L.S.Q. Revisão das Principais 
Propriedades das Fibras Têxteis e Compilação de Inovações Geradas Devido ao Uso de 
Novos Materiais no Design de Moda. Congresso Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento, 
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CHATAIGNIER, G. Fio a fio: tecidos, moda e linguagem. São Paulo: Estação das Letras, 
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FEAM. Guia técnico ambiental da indústria têxtil, 2014. Disponível em: http://www.feam.
br/images/stories/producao_sustentavel/GUIAS_TECNICOS_AMBIENTAIS/guia_textil.pdf 
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INMETRO. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia. Portaria INMETRO 
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-11-de-marco-de-2021-309644935 acesso em: 07 abr.2022
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São Paulo, 2013.
SISSONS, J. Malharia. Porto Alegre. Bookman, 2012.
STEIN, V. Índice de proporcionalidade de cobertura: um fator para previsibilidade das 
características da qualidade nos tecidos de malha. Universidade Tecnológica Federal do 
Paraná́: Campus Curitiba. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e de 
Materiais – PPGEM. Curitiba, 2013.
UDALE, J. Tecidos e moda: explorando a integração entre o design têxtil e o design de 
moda. 2. ed. Porto Alegre. Bookman, 2015.
94
CONCLUSÃO GERAL
O processo de aprendizagem nunca se encerra! Estamos em constante construção! 
Chegamos ao final do nosso material de Projeto de Moda II. Espero que você tenha apren-
dido os principais conceitos debatidos aqui sobre esse universo necessários e encantador 
de criação e desenvolvimento dos artigos têxteis.
Lembre-se que enquanto futuro designer, você terá como missão utilizar do seu 
entendimento sobre as fibras têxteis que constituem os tecidos planos, de malha e não 
tecidos, vistos nas Unidades I, II e III, para o desenvolvimento das peças e coleções que 
irá desenvolver. Dessa forma, podemos dizer que para um designer de moda adquirir essa 
expertise na hora de criar coleções é preciso desenvolver um repertório técnico sobre os 
artigos têxteis através de pesquisas e na busca constante de referências que contribuirão 
em seu processo criativo. 
Verificamos nas Unidades IV a relevância dos beneficiamentos primário, secundário 
e terciário para preparar tecidos além de melhorá-lo através do tingimento, lavagem e/ou 
estampagem e acabamento final. Dessa forma, compreendemos novamente a relevância do 
conhecimento técnico para o desenvolvimento criativo para sua atuação na indústria da moda. 
Desejo a você caro(a) aluno(a) sucesso em sua jornada de conhecimento! Não pare 
de se atualizar! Os profissionais de destaque estão em constante processo de construção!
Sucesso!
Prof. Gabriel Calvi
+55 (44) 3045 9898
Rua Getúlio Vargas, 333 - Centro
CEP 87.702-200 - Paranavaí - PR
www.unifatecie.edu.br
	UNIDADE I
	Fibras Têxteis
	UNIDADE II
	Características 
	dos Tecidos
	UNIDADE III
	Conceitos de Malharia 
	e Não-Tecidos
	UNIDADE IV
	Estamparia e Beneficiamento
	Têxtilcriação do ves-
tuário como, também, para a criação de artigos para diversos setores como decoração, 
automobilístico, hospitalar, entre outros. Cada tecido possui uma especificidade diferente 
para atender critérios de conforto térmico, ergonomia, caimento, proteção etc. Dessa forma, 
cada tecido é composto por fibras que adotam diferentes estruturas. 
Ao compreender a relevância dos artigos têxteis, iniciamos nossas discussões com 
o propósito de desvendar as classificações e especificidades de cada um desses artigos 
que são compostos de fibras têxteis ou de estruturas que se utilizam de não-tecidos. Res-
salta-se que por artigos têxteis entendemos tudo aquilo que é feito através das fibras sejam 
elas de origem natural ou química, e que se transformará em tecidos. 
Todos os tecidos são constituídos de fibras que podem provir de diferentes origens. 
Mas, o que são fibras têxteis? Segundo a Portaria do Instituto Nacional de Metrologia, 
Qualidade e Tecnologia (INMETRO, 2021), Fibra têxtil ou filamento têxtil “é toda matéria 
natural, de origem vegetal, animal ou mineral, assim como toda matéria artificial ou sin-
tética que, por sua alta relação entre seu comprimento e seu diâmetro, e ainda, por suas 
características de flexibilidade, suavidade, elasticidade, resistência, tenacidade e finura” 
(INMETRO, 2021, p.2). Além desse conceito técnico, Cassel et al. (2002, p.1) explicita o 
conceito de fibras têxteis.
6UNIDADE I Fibras Têxteis
Fibras têxteis são materiais filamentosos o que permite sua transformação 
em fios, e, portanto, em tecidos. São caracterizados por sua flexibilidade e 
finura, possuindo um comprimento muito maior que sua espessura, o que 
resulta num produto que pode ser enrolado e desenrolado de forma organiza-
da. (CASSEL et al., 2002, p.1).
Independente da composição do material a ser transformado em produto têxtil, as 
fibras, sofrem estímulos físicos, biológicos e químicos, adquirem características específicas 
quanto ao comprimento e alongamento, e à finura, elasticidade, morfologia, resistência e 
tenacidade (SISSONS, 2012). O Quadro 1 apresenta as características das fibras têxteis:
QUADRO 1 – CARACTERÍSTICAS DA FIBRAS TÊXTEIS
CARACTERÍSTICAS DAS FIBRAS
Comprimento É a característica mais comum, e sua importância está ligada à 
qualidade do produto no caso das fibras naturais. Ou seja, quanto 
maior o comprimento da fibra, maior sua qualidade. 
Finura Está relacionada com o diâmetro ou espessura e influencia dire-
tamente na qualidade e na aparência dos produtos. A finura e es-
pessura da fibra está ligada as condições climáticas. Fibras finas 
demais e/ou quebradiças indicam que o clima no tempo do plantio 
não foi favorável.
Morfologia Se caracteriza pela forma, estrutura e aparência das fibras. E sua 
análise pode ser feita no sentido do comprimento. 
Resistência Se caracteriza pela dificuldade que uma fibra apresenta antes de 
se romper. Quanto maior a resistência da fibra, maior a sua qua-
lidade.
Alongamento Quando a fibra sofre uma força longitudinal, deformando-a até o 
momento da ruptura. 
Lustro É o brilho natural da fibra. A forma da fibra também influencia no 
brilho. 
Resiliência É a capacidade que a fibra tem de amassar e voltar ao seu estado 
normal. 
Fonte: Adaptado de Cassel et al. (2012).
A partir das características das fibras expressas no Quadro 1, podemos apresentar 
as classificações das Fibras que será o objeto de estudo dos próximos tópicos da nossa 
primeira Unidade. Dessa forma, o Quadro 2 explicita as classificações:
7UNIDADE I Fibras Têxteis
QUADRO 2 – CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS NATURAIS
FIBRAS NATURAIS
ANIMAIS
Lãs e Pelos
Angorá
Cashemira
Coelho
Lã de Ovelha
Cabra
Secreção
Seda Cultivada
Seda Silvestre
MINERAIS Amianto
Crisotila
Crocidolita
VEGETAIS
Caules
Cânhamo
Juta
Linho
Ramí
Folhas
Sisal
Tucum
Frutos e Sementes
Algodão
Coco
Fonte: Kuasne (2008, p.9)
Cada uma das fibras apresentadas será discutida nos próximos tópicos de forma 
que permita seu entendimento na hora de realizar a criação de artigos de moda já que 
cada uma dessa fibras se tornam tecidos e, muitos deles, são utilizados para estações e/ou 
áreas específicas da indústria da moda. 
8UNIDADE I Fibras Têxteis
2. FIBRAS VEGETAIS
As fibras naturais são aquelas encontradas na natureza e podem vir de três origens 
distintas, animais, vegetais e minerais. Elas possuem estrutura química semelhante, com 
particularidades na forma da criação, plantio ou reprodução tornando-se em diferentes tipos 
de artigos têxteis (PEREIRA, 2009). Neste tópico estudaremos as fibras vegetais que se 
dividem em caules, folhas, frutos e sementes. 
2.1 Fibras Vegetais Provenientes de Caules
As fibras vegetais provenientes de caules apresentam como característica mais 
comum seu brilho elevando e seu alongamento, ou seja, fibras de caules são mais longas 
(KUASNE, 2008). Linho, juta, cânhamo e ramí são as mais comuns na indústria têxtil e do 
vestuário como um todo. 
2.2.1 O Linho
FIGURA 1 – FIBRAS DE LINHO DE LINHO
9UNIDADE I Fibras Têxteis
O linho é obtido de fibras do caule que são produzidas em regiões temperadas 
e subtropicais do nosso planeta. O linho apresenta um aspecto brilhoso ao se retirar as 
ceras e outros materiais. Além disso, O linho é uma das fibras e dos tecidos mais antigos. 
Ao serem fiadas (processo de transformação da fibra em fio), resultam em tecidos finos e 
delicados, rendas e até cordas grosseiras (CHATAIGNIER, 2006). 
Entre características do linho segundo Pereira (2009) as principais são:
a) Capacidade de absorção da umidade;
b) Baixa elasticidade;
c) Baixa resiliência resultando em um aspecto amassado;
d) Toque agradável
No campo do vestuário o tecido de linho pode ser utilizado para criação de roupas 
como; ternos, calças, shorts, vestidos, lenços, saias, blusas, camisolas entre outros. Na 
Figura que abre nosso tópico, podemos observar as flores seca do linho e, ao lado, as fibras 
e tecidos depois do processo de secagem. 
2.1.2 A Juta
FIGURA 2 – COLHEITA DE JUTA
A juta é composta por feixes de fibras que são tirados da casca da planta. Sua 
aparência é similar ao linho; elas apresentam ainda baixa tensão e elasticidade, sendo ideal 
para a produção de sacos (PEREIRA, 2009). Outras características da juta são:
a) Resistente e durável; 
b) Solidez à luz solar. 
c) Ecologicamente correto
d) Boa capacidade absorvente.
10UNIDADE I Fibras Têxteis
A juta é utilizada no ensacamento de café, batata, arroz, entre outros alimentos, 
devido ao seu poder de controlar a umidade desses produtos. Outros empregos são para 
artigos de cordoaria, tecidos para revestimentos, cintas, tapetes etc. Na Figura que abre 
nosso tópico podemos verificar as fibras de juta sendo organizadas depois de serem colhi-
das e tratadas. 
2.1.3 O Cânhamo
FIGURA 3 - O CÂNHAMO
O cânhamo é da mesma família da cannabis, se diferenciado por não ter proprieda-
des psicoativas, e sendo a planta alta e esguia sem muitas ramificações laterais. Pezzolo 
(2013, p.123) conceitua o cânhamo como uma “Planta herbácea cultivada pelo seu caule 
que fornece a fibra têxtil. Os métodos de extração da fibra são semelhantes aos do linho, 
embora mais rústicas possuem propriedades comparáveis às do linho”. Entre suas princi-
pais características estão:
a) Fibra Forte e Durável 
b) Fibra Brilhosa 
c) Absorvente 
d) Excelente isolante térmico 
A utilização do cânhamo se aplica em diversas áreas da moda e fora dela como; 
tecidos finos, cortinas, cordas, redes de pesca e, também, misturando-se com outras fibras. 
11UNIDADE I Fibras Têxteis
2.1.4 O Rami
FIGURA 4 - FOLHA DE RAMI
O Rami é outra fibra extraída de caule, assim como o linho e a juta, com a diferença 
que a produção vem em maior quantidade. Sobre o Rami Kuasne (2008, p.28) relata:
O rami é uma planta perene, isto é, de cultura permanente, que pode produ-
zir, sem renovação, por cerca de 20 anos. A planta apresenta uma cepa de 
onde partem as hastes que podematingir, em terrenos apropriados, entre 
2 e 3 metros de altura. Permite, em média, 3 a 4 cortes por ano. (KUASNE, 
2008, p.28).
A partir das especificidades do rami, é possível apresentar suas principais 
características:
a) As fibras são resistentes
b) Baixa elasticidade
c) Brilho
d) Grande capacidade absorvente
e) Conforto térmico
A utilização do rami pode ser observada em artigo de decoração e na indústria 
do vestuário na fabricação cordas, barbantes, linhas de costura e indústria de calçados 
(PEREIRA, 2009).
12UNIDADE I Fibras Têxteis
2.2 Fibras Vegetais Provenientes de Folhas 
FIGURA 5 – FIBRAS VEGETAIS
Entre as fibras produzidas a partir de folhas o sisal é a mais conhecida. Suas fi-
bras são obtidas de feixes das folhas que tem sua origem no México assim como ilustra a 
imagem do nosso tópico 2.2. Quando suas folhas atingem o comprimento de 140cm estão 
aptas para serem transformadas em fios (PEZZOLO, 2013). 
O comprimento varia entre 60 e 160 cm. Apresentam excelente resistência 
à ruptura e ao alongamento, além de notável resistência à água. É usada 
notadamente em cordoalha, solados de alpargatas, indústria de colchões de 
molas, sacolas, sandálias, cestos, escovas. (KUASNE, 2008, p. 28).
Dentre as características mais notáveis do sisal destacam-se:
a) Resistente ao calor.
b) Biodegradável.
c) Resistência a água salgada.
Quanto a utilização do sisal para fabricação de produtos, observamos sua aplicação 
para a criação de artesanato, na indústria automobilística, fabricação de barco, hélice de 
helicóptero, molas de colchões, alpargatas entre outras (PEREIRA, 2009).
13UNIDADE I Fibras Têxteis
2.3 Fibras Vegetais Provenientes de Frutos e Sementes
FIGURA 6 – ALGODÃO
Os relatos da sua utilização vêm de 12.000 a.C. Existem mais de 33 espécies que 
produz o algodão. Os parâmetros para se diferenciar o algodão são o comprimento da fibra, 
sua finura e maturidade. A fibra de algodão é formada basicamente por celulose que cresce 
em volta de uma semente. (PEZZOLO, 2013). Ainda sobre as propriedades do algodão:
O algodão leva uma vantagem em relação a outras fibras, uma vez que Deli 
tudo se aproveita. A fibra, obviamente é a parte mais nobre, mas também a 
semente produz olhos, inclusive comestíveis. Até a penugem, curta e leve 
que ficar presa aos caroços, tem várias utilidades, tais como estofo de traves-
seiros, almofadas entre outros. O algodão é a fibra mais resistente, podendo 
ficar séculos com conservação razoável e é menos vulnerável a traças mofos 
e fungos. (CHATAIGNIER, 2006, p.40).
Entre as características do algodão, destacam-se:
a) A fibra de algodão apresenta pouca capacidade elástica
b) O algodão possui boa porosidade que é a capacidade de absorver água; 
c) A resistência também depende da umidade – quando a umidade está alta a 
resistência também aumenta, quando há pouca umidade a fibra fica quebradiça;
d) Toque agradável;
e) Pode ser misturado com qualquer outro tipo de fibra. 
Em relação a sua utilização observa-se a grande variedade de artigos da indústria 
de moda e decoração que são fabricados a partir da fibra de algodão como; roupas em 
geral, cortinas, sofás, almofadas, entre outros produtos. 
14UNIDADE I Fibras Têxteis
3. FIBRAS ANIMAIS
Neste tópico vamos conhecer as fibras naturais de origem animal, por secreção e por 
pelos, especificamente, a seda e a lã – procurando compreender o seu processo de cultivo 
e criação dos animais envolvidos na produção até chegar na extração e produção dos fios. 
3.1 Fibras animais por secreção: Seda
FIGURA 7 – BICHO DA SEDA
A seda é proveniente da secreção do bicho da seda, que gera um casulo composto 
por pura proteína e baixa quantidade de açúcares e minerais. O casulo fornece um com-
primento contínuo que lhe permite ser fiado. A seda possui uma ótima resposta térmica e 
eletromagnética (PEZZOLO, 2013).
15UNIDADE I Fibras Têxteis
O antigo cultivo do bicho-da-seda é originário da China. Por volta de 3.000 
anos A.C. o homem não somente tinha aprendido sobre a cultura do bicho-
-da-seda como era apto a desenrolar o casulo para obter um filamento contí-
nuo de seda. (PEREIRA, 2009, p.10).
De um único casulo é possível extrair um filamento contínuo de origem natural, 
sendo possível retirar cerca de 1000 metros por casulo. Além disso, a seda pode ser en-
contrada de duas formas; a seda selvagem e a cultivada, a diferença está na alimentação e 
cultivo das lagartas. A Figura 1 apresenta a lagarta e o Quadro 3, apresenta as diferenças 
entre as lagartas:
FIGURA 8 – LAGARTA DA SEDA NA AMOREIRA
QUADRO 3 – TIPOS DE LAGARTAS
LAGARTA SELVAGEM LAGARTA CULTIVADA
Se alimentam das folhas de carvalho, 
são maiores que as lagartas cultiva-
das, e produzem um filamento de cor 
marrom. Os tecidos produzidos com os 
filamentos dessas lagartas são mais 
grossos, e tem a desvantagem de se-
rem desuniforme.
Se alimentam das folhas de amoreira 
e o filamento apresenta maior uniformi-
dade e cor branca.
Fonte: Kuasne (2008).
16UNIDADE I Fibras Têxteis
Ao compreender os tipos de lagartas, podemos explicitar sobre as fases do bicho da 
seda que são: ovos > larvar > casulo/pupa > crisálida. A seda é produzida pelas glândulas 
serígenas na fase de larva. Neste processo a larva dentro dos casulos é morta através de 
um processo de torragem dos casulos para que o processo de filamento seja produzido. 
FIGURA 9 – BICHO-DA-SEDA E SUAS FASES
 Crisálida Lagarta Casulo
Entre as características da fibra de seda segundo Chataignier (2006) destacam-se: 
a) Tem resistência de razoável a forte. 
b) Fibra Brilhosa
c) Agradável ao toque. 
d) Absorve água com facilidade. 
e) Possui boa elasticidade. 
f) Não suporta a luz do sol, podendo manchar se exposta por longos períodos. 
Por ser um tecido nobre e com um processo de produção meticuloso, a seda possui 
um valor elevado e é utilizado para produção de produtos em geral do vestuário, cama, 
mesa e banho, além de produtos de decoração. 
3.2 Fibras animais por pelos: Lã
FIGURA 10 – OVELHA MERINO
17UNIDADE I Fibras Têxteis
A lã é uma fibra animal proveniente da ovelha doméstica de diferentes raças, por 
meio do processo de tosquia, sendo a fibra de origem animal mais usada, pois é a que 
apresenta as melhores qualidades na tecelagem atual. 
Dá-se o nome de lã ao revestimento piloso natural dos ovinos vulgarmente 
chamado carneiros, ovelhas, borregos ou cordeiros. Esta designação pode 
também ser utilizada em conjunto com o nome de outro animal, em substitui-
ção da palavra “pelo”, como por exemplo, lã de alpaca, lã de camelo, lã de 
vicunha, lã de moer. (KUASNE, 2008, p. 29).
Além de ser um material muito fino, o que lhe facilita o processo de fiação, produ-
zindo um fio contínuo, a lã também possui grande elasticidade, tornando o fio resistente, 
evitando que arrebente durante seu processo de formação. A retirada do é feito através 
da tosquia do animal, formando um tapete de pelos. Além disso, cada parte do animal 
possui uma qualidade de pelos – essa classificação acontece devido ao contato da lã com 
condições climáticas e do ambiente que tornam os pelos diferentes.
Dentre os tipos de lã produzidas por ovelhas, as mais comuns são das raças me-
rino e cruza que possuem características diferentes. No Quadro 4 podemos observar as 
diferenças:
QUADRO 4 – RAÇAS DE OVELHAS
RAÇA MERINO RAÇA CRUZA
- A fibra de lã Merino e de qualquer outra 
raça está relacionada com o clima e 
alimentação.
- Clima seco = fibras finas.
- Clima úmido e pastos ricos = fibras 
grossas.
- Raça originária do cruzamento de 
ovelhas.
- Menor qualidade em relação as fibras 
da raça merino.
Fonte: Pereira (2009).
Sabendo que a ação do sol nas costas do animal, o atrito dos materiais vegetais 
e a urina na parte inferior interferem na qualidade da lã, Kuasne (2008) apresenta outras 
características:
18UNIDADE I Fibras Têxteis
a) O comprimento das fibras para lã cardada varia de 50 a 150 mm. 
b) As fibras finas e medias apresentam umbrilho superior ao das fibras gros-
sas. Fibras com elevado brilho tem aparência semelhante às da seda. 
c) Apresentam excelente alongamento e elasticidade. 
d) A lã é muito flexível, tem bom toque e é bastante confortável, possuindo 
uma boa retenção de água. 
e) Deve se evitar a lavagem dos artigos confeccionados com lã̃ em má-
quinas de lavar, não friccioná-los, não torcê-los e usar sabões neutros. 
(KUASNE, 2008, p.30).
A lã é utilizada para a fabricação de artigos de moda e decoração, como blusas, 
casacos, tapetes, almofadas e artigos demais artigos têxteis.
19UNIDADE I Fibras Têxteis
4. FIBRAS NÃO-NATURAIS
Todas a fibras analisadas até agora se caracterizam por sua origem que é a nature-
za. Diferente das fibras naturais as fibras não-naturais se dividem em sintéticas e artificiais. 
Utilizamos do conceito de Kuasne (2008, p.14) para definirmos melhor fibras não-naturais:
As fibras não-naturais foram desenvolvidas inicialmente com o objetivo de 
copiar e melhorar as características e propriedades das fibras naturais. À me-
dida que suas aplicações foram crescendo, elas se tornaram uma necessida-
de, principalmente porque o crescimento da população mundial aumentou a 
demanda de vestuários a um custo mais baixo, reduzindo ao mesmo tempo, 
a vulnerabilidade da indústria têxtil às eventuais dificuldades da produção 
agrícola. (KUASNE, 2008, p.14).
A partir dessa compreensão podemos apresentar que as diferenças entre as fi-
bras sintéticas e artificiais se dão pelos materiais utilizados. As fibras sintéticas advêm do 
petróleo e, também, do carvão mineral. Já as fibras não-naturais são produzidas a partir 
da celulose. Chataignier (2006) apresenta que as fibras sintéticas foram criadas no século 
XX e devido ao seu processo de fiação, elas podem ter características diferentes que vão 
impactar em características ligadas a espessura, textura, acabamento, resistência etc. O 
Quadro 5 apresenta as principais fibras não-naturais que estudaremos neste tópico:
20UNIDADE I Fibras Têxteis
QUADRO 5 – FIBRAS NÃO-NATURAIS
FIBRAS NÃO-NATURAIS
Sintéticas Artificiais
Poliamida (Nylon) Acetato
Poliéster Viscose
Poetileno Liocel
Poliuretano (Elastano) Modal
Fonte: Kuasne (2008).
A seguir veremos as particularidades de cada uma dessas fibras. 
4.1 Fibras Sintéticas
As principais fibras sintéticas como apresentado no Quadro 5 são; poliamida, po-
liéster, polietileno e poliuretano. Veremos cada uma delas nos tópicos a seguir:
4.1.1 Poliuretano (Elastano)
O poliuretano é conhecido comercialmente como elastano devido a sua elasticida-
de. O elastano nunca é produzido isoladamente, sempre será misturado com outros tipos 
de fios, além de ser comumente utilizado na fabricação do jeans e roupas de praia como 
biquíni, maiô, sunga etc. “É uma fibra química obtida do etano, inventada e registrada pela 
DuPont com a marca Lycra” (PEZZOLO, 2013, p. 135). Entre as principais características 
do elastano podemos destacar:
a) Elevado alongamento
b) Elevada elasticidade
c) Alta resistência a abrasão 
4.1.2 Poliamida (Nylon)
A poliamida é também conhecida pelo nome da marca que a inventou o Nylon em 
1935 segundo Pezzolo (2013). Ela é comumente utilizada na fabricação de roupas íntimas 
e meia calça, mas devido ao seu toque agradável e sua mistura com outras fibras como o 
algodão, faz com que sua utilização se estenda para outras peças do vestuário como; ja-
quetas, agasalhos, entre outros. Segundo Pereira (2009, p.16) as principais características 
da poliamida são: 
a) Alta resistência dos fios
b) Secagem rápida
c) Toque agradável
d) Brilho 
e) Boa Conservação de calor
21UNIDADE I Fibras Têxteis
4.1.3 Poliéster
O poliéster é uma das fibras sintéticas mais conhecidas do mercado, ela foi di-
fundida em todos os setores da indústria têxtil que vão desde a moda até a decoração. 
“Entre todas as fibras não-naturais, o poliéster domina o mercado. A quantidade em uso do 
poliéster deve-se principalmente à sua versatilidade. Para se ter uma ideia, o poliéster pode 
ser encontrado como uma matéria-prima na forma de fibra a ser misturada a outras fibras e 
aí ser fiada” (PEREIRA, 2009, p.17).
As principais características do poliéster são:
a) Fibra estável ao calor
b) Alta elasticidade
c) Toque agradável
d) Termoplásticas
e) Boa Resistência a agentes químicos
4.2 Fibras Artificiais
As principais fibras artificiais apresentadas no Quadro 5 são; acetato, viscose, 
modal e liocel. Veremos cada uma delas nos tópicos a seguir:
4.2.1 Viscose
A viscose está entre as fibras artificiais mais utilizadas pois tem baixo impacto no 
meio ambiente e, portanto, são utilizadas para a fabricação de peças da indústria do ves-
tuário e de cama, mesa e banho. As características da viscose estão “bem próximas aos do 
algodão como: absorção de umidade, resistência, maciez ao toque e caimento” (PEZZOLO, 
2013, p. 129).
A fibra de viscose é produzida a partir de um elemento natural, o línter de 
algodão. Trata-se de uma fibra regenerada obtida através da dissolução das 
fibras de material celulósico (algodão) formando- se uma pasta celulósica 
que por extrusão (fieiras) e em contato com outra solução volta a precipitar-se 
regenerando os materiais fibrosos, produzindo-se assim a fibra artificial de 
viscose. (PEREIRA, 2009, p.15)
Entre as principais características da fibra viscose estão:
a) Toque suave e agradável
b) Conforto Térmico
c) Absorção de água
d) Caimento fluído
22UNIDADE I Fibras Têxteis
4.2.2 Acetato
O acetato foi desenvolvido durante a segunda Guerra Mundial e, segundo Kuasne 
(2008, p. 62), “pode ser utilizado em: forro de roupa, tecidos para vestidos, panos para 
guarda-chuva, gravatas, fios de enfeites, roupas finas”. A Fibra de acetato possui toque 
agradável, maciez, brilho, além de absorver corantes com facilidade. 
4.2.3 Liocel
A fibra de Liocel é “fibra natural, a primeira fibra nova em mais de 30 anos. Ela é 
fabricada inteiramente da celulose natural encontrada na polpa da madeira, que se origina 
de árvores cultivadas em fazendas especiais para este objetivo” (KUASNE, 2008, p.53). 
Dessa forma, entre as principais características dessa fibra, destacam-se:
a) Resistência; 
b) Apresenta baixo encolhimento na água;
c) Boa estabilidade; 
d) Toque macio e suave; 
e) Caimento fluido e flutuante, leve; 
Com todas as fibras expostas, finalizamos mais um tópico de nossa unidade, no 
propósito compreender cada uma das fibras têxteis e de suas especificidades. 
23UNIDADE I Fibras Têxteis
SAIBA MAIS
O canal do Youtube “Estilo com propósito” traz uma série de reportagens sobre os tipos 
de tecidos e suas características. Em uma conversa informal as apresentadoras apre-
sentam cada um dos tecidos. 
Para saber mais acesse: https://www.youtube.com/watch?v=UDQ0dRIwI1M 
REFLITA
O que torna um tecido inteligente são as características oriundas das fibras, fios e 
acabamentos físicos/químicos utilizados.
Fonte: Lange, (2005).
https://www.youtube.com/watch?v=UDQ0dRIwI1M
24UNIDADE I Fibras Têxteis
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final da nossa primeira unidade! Espero que você tenha aproveitado 
ao máximo os conhecimentos apresentados aqui. Você sabe que seus estudos sobre esses 
assuntos não acabam aqui, né?! Agora é o momento de procurar por mais informações, 
continuar suas pesquisar em sites, revistas, artigos científicos, livros e vídeos, a fim de 
enriquecer ainda mais seu repertório sobre o assunto!
Sabendo que você vai continuar seus estudos depois de finalizar a leitura da nossa 
unidade, precisamos fechar nossas discussões entendendo analisar as fibras têxteis nos 
permite aprofundar no processo criativo dos produtos de moda, visto que para cada ocasião 
ou necessidade surgirá um tecido adequado que tem em sua composição fibras que podem 
ser de origem natural ou não-natural. 
Nossa missão enquanto futuros designers, é compreender o universo dos materiais 
têxteis, a fim de criar produtos do vestuário com assertividade. Paraisso, é necessário 
pensar nas fibras mais adequadas que irão contribuir no conforto, ergonomia/mobilidade 
e aparência/estética do produto, considerando que os tecidos são para a moda como uma 
tela em branco onde os designers apresentarão suas criações. 
Obrigado pela companhia e até a próxima unidade!
Abraço!
25UNIDADE I Fibras Têxteis
LEITURA COMPLEMENTAR
A apostila de Fibras têxteis do CEFET de Santa Catarina é um complemento para 
a nossa Unidade. Com ela é possível reforçar os conteúdos estudados durante as aulas e 
esclarecer dúvidas a respeito do universo das fibras. A leitura deve ser feita das páginas 1 a 19.
Fonte: KUASNE, A. Fibras Têxteis. Centro Federal De Educação Tecnológica De Santa Catarina - 
Unidade De Araranguá, 2008. Disponível em: https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/8/88/Apostila_fibras.pdf 
Acesso em: 07 mar.2022
https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/8/88/Apostila_fibras.pdf
26UNIDADE I Fibras Têxteis
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO 
Título: Fio a fio: tecidos, moda e linguagem 
Autor: Gilda Chataignier.
Editora: Estação das letras e cores.
Sinopse: É um livro repleto de informações sobre os tecidos. Suas 
histórias e origens seus processamentos técnicos seus usos e 
costumes o fascínio ou a surpresa de identificar uma textura são 
pontuações importantes deste livro. O lado prático costura estética 
com comportamento e passa noções da arte de escolher tecidos 
diante de tendências profissionais ou desejos pessoais. Há indica-
ções de que os tecidos cores e estampas eram utilizados em cada 
século da História da Moda. E muitos metros a mais. 
FILME / VÍDEO
Título: Do Bicho à Seda - Uma Grande Reportagem das fases de 
produção do fio mais nobre do mundo
Ano: 2017.
Sinopse: A produção da seda é uma arte milenar que atravessa 
gerações. O Brasil produz, segundo dados da ABRASEDA, um 
dos melhores fios de seda do mundo. A reportagem no link abaixo, 
apresenta todas as etapas de produção do fio de seda. Desde o 
cultivo das lagartas até o fio.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=W36KlMh2Nro 
https://www.youtube.com/watch?v=W36KlMh2Nro
27
Plano de Estudo:
● Características dos tecidos: tecido plano, malha e não tecido;
● Estrutura dos tecidos planos: tela, sarja e cetim;
● Propriedade e características da tecelagem;
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender as características dos tecidos planos, malha e não-tecido;
● Discutir sobre as especificidades das estruturas dos tecidos de tela, sarja e cetim;
● Apresentar as propriedades da tecelagem;
● Analisar a formação dos tecidos planos.
UNIDADE II
Características 
dos Tecidos
Professor Me. Gabriel Coutinho Calvi
28UNIDADE I Fibras Têxteis 28UNIDADE II Características dos Tecidos
INTRODUÇÃO
Olá Pessoal! Vamos iniciar mais uma unidade?!
Na segunda unidade da nossa disciplina de projeto de moda II, vamos aprofundar 
nossos estudos sobre o mundo dos materiais têxteis e discutir sobre as características 
dos tecidos. Para isso, vamos abrir nosso primeiro tópico apresentando as propriedades e 
especificidades dos tecidos plano, malha e não-tecido no primeiro tópico. 
Todo produto de moda é composto por tecidos, e para cada ocasião e/ou estação 
existe um tecido adequado. Assim, o tópico 2 apresenta a estrutura dos tecidos que se 
dividem em tela, sarja e cetim. Conheceremos as características de cada um deles a partir 
do conhecimento dos fios de trama e urdume que compõem os tecidos planos. 
As discussões do segundo tópico, contribuirão para a compreensão do tópico três 
que tem como propósito apresentar a preparação a tecelagem, trabalhando sobre as especifi-
cidades do tear, seus componentes e os movimentos necessários para a formação do tecido. 
Ao final da segunda unidade, eu espero que você consiga distinguir cada uma das 
estruturas trabalhadas, bem como classificar os tecidos em plano, malha e não-tecido. 
Lembrando que qualquer dúvida, é sempre importante pesquisar em outras fontes. 
Vem comigo!
Bons Estudos ;)
29UNIDADE I Fibras Têxteis 29UNIDADE II Características dos Tecidos
1. CARACTERÍSTICAS DOS TECIDOS: TECIDO PLANO, MALHA E NÃO TECIDO
Antes de começarmos a falar tecidos, precisamos entender que para a formação 
dos tecidos, precisamos de fios e, que estes são constituídos por fibras que estudamos na 
Unidade I. Essa constituição varia de acordo com a matéria-prima utilizada. Os diferentes 
tipos de tecidos têxteis são classificados de acordo com o entrelaçamento desses fios. Para 
compreender melhor este conceito, Pereira (2009, p.42) relata:
[...] o tecido é um material à base de fios de fibra natural, artificial ou sintética, 
que compostos de diversas formas tornam-se coberturas de diversos tipos 
formando roupas e outras vestimentas e coberturas de diversos usos, como 
cobertura para o frio, cobertura de mesa, limpeza, uso medicinal (como faixas 
e curativos), entre outros.
O que difere a confecção dos fios é a sua trama, podendo ser classificados com o 
seu tipo de fabricação: tecidos planos, tecidos de malha e não-tecidos.
FIGURA 1 - CLASSIFICAÇÃO DOS TECIDOS
Fonte: Pereira (2009, p. 42).
30UNIDADE I Fibras Têxteis 30UNIDADE II Características dos Tecidos
Com base na Figura 1 podemos diferenciar cada uma das estruturas apresentadas. 
a) Tecido Plano
São resultantes do entrelaçamento de dois conjuntos de fios que se cruzam em 
ângulo reto. Os fios dispostos no sentido horizontal são chamados de fios de trama que 
estão no sentido da largura. Os fios dispostos no sentido vertical são chamados de fios 
de urdume que estão no sentido do comprimento (PEREIRA, 2009).
b) Tecido de malha
A definição para a malha é que “a laçada é o elemento fundamental deste tipo de 
tecido; A carreira de malhas é a sucessão de laçadas consecutivas no sentido da largura 
do tecido. Já a coluna de malha é a sucessão de laçadas consecutivas no sentido do 
comprimento do tecido” (PEREIRA, 2009, p.42).
c) Não-tecido
Não-tecido é uma estrutura plana, flexível e porosa, constituída de véu ou manta de 
fibras, ou filamentos, orientados direccionalmente ou acaso, consolidados por processos: me-
cânico (fricção), químico (adesão), térmico (coesão) ou combinação destes (SISSONS, 2012). 
A partir da definição das estruturas apresentadas, o tópico 2 procura aprofundar no 
conhecimento nos tipos de estrutura dos tecidos planos, conhecendo as particularidades 
de cada um deles. 
31UNIDADE I Fibras Têxteis 31UNIDADE II Características dos Tecidos
2. ESTRUTURA DOS TECIDOS PLANOS: TELA, SARJA E CETIM
Vimos no tópico anterior que os tecidos planos são formados pelo entrelaçamento 
de dois tipos de fios que formam ângulos retos (90º graus), chamados de fios de trama e fios 
de urdume. Sendo o fio de trama na horizontal – responsáveis pela largura do tecido –, e 
os fios de urdume na horizontal – responsáveis pelo comprimento do tecido. A classificação 
dos tecidos planos segundo Pereira (2009, p.63) se dá se acordo com:
a) A matéria-prima empregada (natural, sintética ou mista); 
b) A forma de entrelaçamento dos fios (tafetá, sarja e cetim); 
c) o número de fios por centímetro quadrado; 
d) o peso por metro quadrado. 
Sobre as disposições dos tecidos planos, a Figura 2 representa os fios de trama, 
urdume e a ourela. Vale salientar que a ourela se encontra nas extremidades do tecido e 
tem como função o acabamento para que ele não se desmanche. 
32UNIDADE I Fibras Têxteis 32UNIDADE II Características dos Tecidos
FIGURA 2 – FIOS DE TRAMA, URDUME E OURELA
Fonte: Pereira (2009, p.63)
Existem três estruturas básicas para a construção de tecidos planos: tafetá ou tela, 
sarja e cetim. Podemos chamá-las também de bases de armação, das quais originam-se 
quase todas as famílias de tecidos encontradas no mercado têxtil. A Figura 3 apresenta 
essas estruturas (UDALE, 2015).
FIGURA 3 – ESTRUTURA DE TELA, SARJA E CETIM
Fonte: Pereira (2009, p.64)
a) Estrutura de Tela
A estrutura de tela pode ser identificada por não possuir diferença entre o ladodirei-
to e o lado avesso do tecido. Em sua construção cada fio de urdume passa alternadamente 
sobre um fio de trama e esta evolução se repete por todo o comprimento do tecido. Exemplos 
de tecidos de tela: Cambraia; Organza; Voil; Tricolini; Popeline. Ainda, sobre a estrutura de 
tela Pereira (2009, p.79) descreve que é “o ligamento utilizado nos tecidos mais leves, uma 
33UNIDADE I Fibras Têxteis 33UNIDADE II Características dos Tecidos
vez que o entrelaçamento prende bem os fios. Tecidos em ligamento tela são utilizados nas 
mais diversas finalidades, desde vestuário, até uso técnico e industrial, podendo ser cru, 
estampado, tinto em peça ou, com fio tinto”. A Figura 4 apresenta a estrutura de tela:
FIGURA 4 – ESTRUTURA DE TELA
Fonte: Adaptado de Pezzolo (2013, p.154)
Observando a Figura 4, os quadrados brancos são os fios de trama (largura) e os 
quadrados pretos são os fios de urdume (comprimento). A estrutura de tela possui o que 
chamamos de 1:1 (um para um) ou, seja, no entrelaçamento entre os fios, marca-se um fio 
de trama e um de urdume.
b) Estrutura de Sarja
A estrutura de sarja apresenta como sua principal característica o efeito visual das 
linhas de entrelaçamento em diagonal. Diferente da tela, a sua construção tem uma base 
de armação desequilibrada, onde os números de pontos tomados são diferentes do número 
de pontos deixados, o que faz o tecido ter lado direito e lado avesso. Exemplos de tecidos 
de sarja: Sarja, Denin (jeans) e Brim.
O ligamento sarja é o primeiro mais complexo depois do ligamento tela. Os 
tecidos em ligamento sarjam são principalmente utilizados para vestuário, 
particularmente em roupas profissionais, como macacão, avental e em outros 
tecidos onde uma construção forte é fundamental. Destaca-se a sua utiliza-
ção em jeans que, se atualmente é um importante item da moda, teve sua 
origem como vestimenta de garimpeiros. É frequentemente mais firme que o 
tecido em ligamento tela, tendo menos tendência a sujar-se, apesar de ser 
de limpeza mais difícil na lavagem. Normalmente o tecido é tinto em peça, 
exceção ao tecido denim (onde o urdume é tinto e a trama é de fio cru). Nada 
impede que seja estampado, sendo isso, entretanto, raro de ocorrer. (PEREI-
RA, 2009, p.80)
34UNIDADE I Fibras Têxteis 34UNIDADE II Características dos Tecidos
A Figura 5, 6 e 7 representam, respetivamente as estruturas de brim, sarja e denim, 
onde os quadrados brancos representam os fios de trama e os quadrados pretos os fios de 
urdume. Ao analisar a Figura 5 que trata sobre a estrutura de sarja, observamos que para 
este tipo de tecido o fio de urdume passa por cima de dois fios de trama e, em seguida, o 
fio de urdume passa por debaixo um único fio de trama (PEREIRA, 2009). 
FIGURA 5 – ESTRUTURA DE SARJA
Fonte: Adaptado de Pezzolo (2013, p.154)
Na Figura 6 observamos que na estrutura do brim, as diagonais formadas pelos fios 
de trama e urdume formam uma linha diagonal da esquerda para a direita, característica 
básica desse tecido. Além disso, esse tipo de estrutura é resistente e por isso tecidos desse 
tipo de estrutura são utilizados para produzir calças. 
FIGURA 6 – ESTRUTURA DE BRIM
Fonte: Adaptado de Pezzolo (2013, p.154)
35UNIDADE I Fibras Têxteis 35UNIDADE II Características dos Tecidos
Na Figura 7 observamos a estrutura do Denim onde o entrelaçamento dos fios de 
trama e urdume formam uma diagonal da direita para esquerda, com um fio por baixo e dois 
fios de urdume por cima. Esse tipo de estrutura é o oposto da ligação do brim.
FIGURA 7 – ESTRUTURA DE DENIM
Fonte: Adaptado de Pezzolo (2013, p.156)
c) Estrutura de Cetim
A estrutura de cetim tem um efeito visual regular, embora apresente muitos fios 
flutuantes no sentido do urdume e da trama. Ela também apresenta diferenças entre os 
lados direito e avesso. Além disso a estrutura da sua armação possui baixa resistência ao 
atrito. Características da estrutura de cetim segundo Pezzolo (2013):
● O reflexo de luz dos fios flutuantes possibilita ao tecido o brilho que aparece na 
direção dos fios de maior cobertura.
● Tem melhor caimento que os tecidos em tela e em sarja. 
● Tem menos tendência a sujar-se, sendo de limpeza mais fácil na lavagem.
● É normalmente menos firme que o tecido em ligamento tela ou em sarja. 
● São exemplos de cetim: Seda, Crepe, Chifon, Gabardine, Flanela e Oxford. A 
Figura 8 apresenta a estrutura do cetim:
FIGURA 8 – ESTRUTURA DE CETIM
Fonte: Adaptado de Pezzolo (2013, p.154)
36UNIDADE I Fibras Têxteis 36UNIDADE II Características dos Tecidos
Na estrutura de cetim, os fios de trama são os mais evidentes, enquanto os fios de 
urdume aparecem poucas vezes por cima, sendo representado pelo quadrado preto. 
A partir do conhecimento da apresentação das estruturas dos tecidos planos, nosso 
próximo tópico procura explorar as características e propriedades da tecelagem. 
37UNIDADE I Fibras Têxteis 37UNIDADE II Características dos Tecidos
3. PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS DA TECELAGEM
A preparação da tecelagem consiste em urdimento e das fiações em cones ou 
outros tipos de suporte para um rolo de urdidura que irá alimentar o tear. Os fios de urdume 
precisam ser preparados para a tecelagem, passando por algumas etapas antes dele ser 
engomado, entrando em contato com várias partes do tear o tempo todo, já que alimentam 
o tecido no sentido do comprimento, enquanto a trama é apenas inserida entre os fios 
(PEZZOLO, 2013). 
Caso o fio de urdume não seja preparado corretamente ele pode se romper, pois 
devido a tensão que sofre no tear ele é movimentado diversas vezes. O mais adequado é 
prepará-lo através da engomagem (KUASNE, 2008). Esse processo de preparação do fio 
para a tecelagem é chamado de Urdimento. Veremos a seguir cada uma das etapas que 
são descritas com base em Pereira (2009).
a) Etapa 1: o urdimento
Consiste na passagem dos fios que formarão o urdume do tecido, transferindo-os 
de seus suportes iniciais (cones, bobinas, cops etc.) para o rolete do tear. A Figura 9 apre-
senta um tipo de bobina:
38UNIDADE I Fibras Têxteis 38UNIDADE II Características dos Tecidos
FIGURA 9 – BOBINA
Fonte: Pereira (2009, p.66).
b) Etapa 2: engomagem
Nesta etapa uma goma depositada sobre os fios de urdume, onde formará uma 
película protetora durante o tecimento. O tecido implica em uma solicitação muito grande 
dos fios de urdume em virtude do atrito entre os elementos do tear e entre os próprios 
fios. Para resistir a estas forças, estes fios necessitam ser engomados (PEZZOLO, 2013). 
Segundo Pereira (2009), a finalidade da goma é:
I. Aderir (colar) as fibras para evitar o seu deslizamento, no momento da solitação o fio;
II. Aumenta a resistência à tração;
III. Aumenta a resistência a abrasão;
IV. Deitar e prender as pontas das fibras no corpo do fio, tornando-o mais liso.
Após a engomagem os fios são colocados no rolo de urdume, ou também conhe-
cida como urdideira, para que o processo de tecelagem se inicie. O equipamento para o 
processo é o tear, permitindo a construção do fio. O tear é composto por:
1. Rolo de urdume;
2. Quadro de liços;
3. Pente.
4. Rolo de tecido. 
A Figura 10 apresenta os componentes do tear:
FIGURA 10 – TEAR E SEUS COMPONENTES
Fonte: Pereira (2009, p.70).
39UNIDADE I Fibras Têxteis 39UNIDADE II Características dos Tecidos
As funcionalidades dos componentes do tear são: O Rolo de Urdume: que contém 
os fios de urdimento. No Quadros de Liços: o urdimento passa pelo olhal dos liços, que se 
acham dispostos em quadros responsáveis pela formação da cala (abertura formada por 
duas camadas de fios de urdume). O Pente: depois dos quadros de liços, os fios passam 
por um pente que é responsável pelo remate da trama e que nos teares de lançadeira 
servem como guia para ela. O Rolo de Tecido: para enrolar o tecido pronto (UDALE, 2015).
A partir da apresentação dos componentes do tear, apresenta-se os movimentos 
que o tear realizar para elaboração do tecido que são: formação da cala, inserçãoda trama 
e batimento do pente, respectivamente.
1º Movimento: Formação da cala
Consiste na separação dos fios de teia em duas folhas, formando um túnel conhe-
cido por cala, conforme apresenta a Figura 11.
FIGURA 11 – MOVIMENTO DE FORMAÇÃO DA CALA
Fonte: Pereira (2009, p.78).
2º Movimento: inserção da trama 
Nesse movimento ocorre a passagem do fio de trama no interior da cala, ao longo 
da largura do tecido. A Figura 12 apresenta o movimento:
40UNIDADE I Fibras Têxteis 40UNIDADE II Características dos Tecidos
FIGURA 12 – MOVIMENTO DE INSERÇÃO DA TRAMA
Fonte: Pereira (2009, p.78).
3º Movimento: batimento do pente
Consiste em empurrar a passagem inserida contra o tecido já formado, até um 
ponto designado por “frente do tecido”. A Figura 13 apresenta este movimento:
FIGURA 13 – BATIMENTO DO PENTE
Fonte: Pereira (2009, p.78).
Após a demonstração dos movimentos do tear, estrutura dos tecidos e seu proces-
so de formação, teremos embasamento para compreender os tecidos como a malharia e os 
tipos de malha, bem como o seu maquinário. 
41UNIDADE I Fibras Têxteis 41UNIDADE II Características dos Tecidos
SAIBA MAIS
O Capítulo II da Tese de Silva (2005) apresenta um histórico sobre o processo de tece-
lagem e reforça aquilo que apreendemos durante as aulas desde a primeira unidade até 
o presente momento. 
Fonte: SILVA, G.J. Design 3D em tecelagem jacquard como ferramenta para a concepção de novos pro-
dutos: aplicação em acessórios de moda. Dissertação de mestrado em Design e Marketing, Universida-
de do Minho, 2005. Disponível em: https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/3152/5/Cap.%20
II%20-%20ESTADO%20DA%20ARTE%20-%20Tecidos.pdf acesso em: 01 abr.2022.
REFLITA
Na operação de tecimento, os fios de urdume são submetidos a solicitações significa-
tivas, principalmente quanto à tensão, flexão e atrito com peças componentes do tear. 
Estes esforços tendem a levantar as fibras da superfície dos fios fiados até rompê-los, o 
que irá provocar uma degradação da qualidade do tecido e uma redução no rendimento 
da tecelagem com as rupturas de fios. 
Fonte: Pereira (2009, p.71).
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/3152/5/Cap.%20II%20-%20ESTADO%20DA%20ARTE%20-%20Tecidos.pdf
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/3152/5/Cap.%20II%20-%20ESTADO%20DA%20ARTE%20-%20Tecidos.pdf
42UNIDADE I Fibras Têxteis 42UNIDADE II Características dos Tecidos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ufa! Quantos conceitos, não?! O que você está achando?
Chegamos ao final da nossa segunda unidade! 50% da nossa jornada no universo 
dos materiais têxteis está finalizada. Espero que você tenha compreendido todos os con-
ceitos trabalhados.
Vou te contar um pouco da minha experiência com esse conteúdo. Quando eu era 
um estudante de design, e que tive essa disciplina, foi um tanto denso compreender cada um 
desses conceitos sobre estrutura dos tecidos, preparação a tecelagem e por aí vai. No come-
ço confesso que não foi fácil, mas jurei que aprenderia e, para isso, complementava minhas 
pesquisas com vídeos no YouTube que me ajudavam a enxergar cada um dos conceitos 
apresentados, e que também trouxe nessa unidade para que você pudesse visualizar. 
Isso quer dizer que seus estudos não param por aqui! Vou escrever mais uma vez 
que: um designer só aprende e adquire conhecimento, pesquisando, explorando, e sendo 
curioso! Por isso, ao finalizar a leitura da nossa unidade, vá em busca de outros exemplos 
e procure ler cada um deles. Isso ajudará muito na construção do seu conhecimento. 
Não existe receita mágica! Só se aprende elementos do design na prática, e ponto! 
Te vejo na nossa próxima unidade! 
Até lá ;)
43UNIDADE I Fibras Têxteis 43UNIDADE II Características dos Tecidos
LEITURA COMPLEMENTAR
O artigo de Filgueiras, Fangueiro e Raphaelli (2008) intitulado de “A importância de 
fibras e fios no design de têxteis destinados à prática desportiva” apresenta a relevância das 
fibras e dos fios para a prática de esportes específicas. Os autores realizam uma análise 
técnica de cada fibra e fio têxtil e demonstra suas vantagens como um todo. 
Fonte: FILGUEIRAS, A; FANGUEIRO, R; RAPHAELLI, N. A importância de fibras e fios no design 
de têxteis destinados à prática desportiva. PUC-Rio. Revista da Associação Estudos em Design, 2008. 
Disponível em: https://www.eed.emnuvens.com.br/design/article/viewFile/8/5 .Acesso em: 01 abr.2022. 
https://www.eed.emnuvens.com.br/design/article/viewFile/8/5
44UNIDADE I Fibras Têxteis 44UNIDADE II Características dos Tecidos
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: Tecidos e moda: explorando a integração entre o design 
têxtil e o design de moda
Autor: Jenny Udale.
Editora: Bookman.
Sinopse: Tecidos e Moda apresenta os principais tecidos utilizados 
na fabricação de peças de vestuário e suas características. Tam-
bém são abordados os processos do design têxtil, os diferentes 
tratamentos de superfície, a influência das cores e das tendências 
sobre a moda e os tecidos, e muito mais. 
FILME / VÍDEO 
Título: Diferenças entre tecidos e malhas
Ano: 2015.
Sinopse: O vídeo faz uma apresentação sobre as características 
dos tecidos planos e da malha, e qual a diferença na hora de esco-
lher um deles em projetos de criação.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=S_xK06z_WS8
45
Plano de Estudo:
● Características dos tecidos de malha;
● Características dos não-tecidos;
● Simbologia dos artigos têxteis.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar os tecidos de malha;
● Conhecer as características dos não tecidos;
● Diferenciar malharia de trama e malharia de urdume;
● Estudar a simbologia dos artigos têxteis.
UNIDADE III
Conceitos de Malharia 
e Não-Tecidos
Professor Me. Gabriel Coutinho Calvi
46UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
INTRODUÇÃO
E aí, tudo bem?
Chegamos na terceira unidade da nossa disciplina de projeto de moda II. O que 
você está achando da caminhada até aqui? Está conseguindo praticar a partir da leitura do 
material? Lembre-se que nossas discussões são, também uma provocação para que você 
se sinta motivado a ir em busca de aprofundamento. 
Nessa Unidade vamos continuar discutindo sobre os tipos de tecidos e mergulhar 
no universo dos tecidos malha, não-tecidos e da composição e simbologia de etiquetas. O 
primeiro tópico apresenta as características dos tecidos de malha, apresentando a malha 
de trama e urdume e os tipos de teares que confeccionam a malharia retilínea e circular. 
No segundo tópico vamos aprender porque os não-tecidos recebem essa nomenclatura 
e sua aplicação nos mais diversos setores como automobilístico e hospitalar. Você já viu 
aqueles símbolos que existem na etiqueta e ficou curioso sobre o que eles significam? 
Então! O terceiro tópico fecha a nossa unidade apresentando as classes existentes para a 
simbologia das etiquetas! 
Você pode estar se perguntando: por que conhecer sobre tecidos? A resposta é que 
para o processo criativo o designer precisa, obrigatoriamente, conhecer os tipos de tecidos 
pois eles influenciam no caimento, modelagem, vestibilidade e conforto ergonômico. Ou 
seja, não é possível criar uma coleção sem ter noção dos tecidos existentes e como você 
pode aplicá-los. 
Ao finalizar os conteúdos da Unidade III, completaremos o ciclo que apresenta todos 
os tipos tecidos bem como suas composições. A partir disso, é extremamente interessante 
que como prática você possa visitar uma loja de tecidos e conhecer um pouco mais sobre 
o caimento e gramatura dos tecidos estudados. 
Vamos começar?! Espero que você curta o conteúdo!
Bons Estudos ;)
47UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
1. CARACTERÍSTICAS DOS TECIDOS DE MALHA
Olá Aluno(a)! Até esse momento conseguimos compreender a relevância das fibras e 
as características dos tecidos planos. A partir disso, essa unidade procura apresentar e discutir 
sobre as características dos tecidos de malha e não-tecidos, além da evolução do maquinário. 
Entre as primeirascaracterísticas que podemos destacar da malha são o conforto 
e a elasticidade, a malha tem a capacidade de moldar-se ao corpo graças a tricotagem 
que é sinalizada pelo processo de se obter o tecido a partir de fios que formam aquilo que 
se chama de laçadas de fio, e que são a seguir entrelaçadas com outras de configuração 
semelhante. Em outras palavras, imagine uma pessoa confeccionando uma blusa de tricô, 
em que de um único fio de lã nasce uma peça através do entrelaçamento do fio nas agulhas 
que permitem a formação da peça, o processo de construção da malharia é semelhante! 
Para nos ajudar a entender melhor este conceito, Pereira (2009, p.34)
[...] a laçada é o elemento fundamental deste tipo de tecido, constitui-se de 
uma cabeça, duas pernas e dois pés. A carreira de malhas é a sucessão de 
laçadas consecutivas no sentido da largura do tecido. Já a coluna de malha 
é a sucessão de laçadas consecutivas no sentido do comprimento do tecido. 
(PEREIRA, 2009, p.34)
O processo de formação dos tecidos de malha está representado na Figura 1 e nos 
permite entender as características da malha que será apresentado a seguir:
48UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
FIGURA 1 – TECIDO DE MALHA
Fonte: Pereira (2009, p.42).
A partir da Figura 1 podemos entender que a “carreira de malhas é a sucessão de 
laçadas consecutivas no sentido da largura do tecido. Já a coluna de malha é a sucessão 
de laçadas consecutivas no sentido do comprimento do tecido” (PEREIRA, 2009, p.45). A 
Figura 2 ilustra essa formação dos tecidos de malha em relação a largura e comprimento:
FIGURA 2 – FORMAÇÃO DA LARGURA E DO COMPRIMENTO DA MALHA
Fonte: Pereira (2009, p.45).
São esses tipos de laçadas que conferem aos tecidos a capacidade de recuperação 
elástica e, dessa forma, ao ser retirado do corpo ele recupera o seu formato inicial, total 
ou parcialmente. Outra característica dos artigos de malha é a sua porosidade, que está 
ligada ao conforto fisiológico e térmico absorvendo o suor do corpo (PEZZOLO, 2013). 
Além disso, “a utilização mais usual para os tecidos de malha por trama é na fabricação de 
camisetas, vestidos e roupas infantis, tendo, contudo, aplicação em outras áreas” (STEIN, 
2013, p.37).
49UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
Os tecidos de malha são, ainda, classificados em malha por trama e malha por 
urdume que apresentam diferenças em relação a sua qualidade e durabilidade. (CHATAIG-
NIER, 2006). A partir disso, veremos a seguir a características de cada um deles.
1.1 Malharia de Urdume
No processo de confecção da malha de urdume a especificidade está na transfor-
mação de um dos fios de urdume em tecido de malha. Isso porque, segundo Pereira (2009) 
cada um dos fios durante a tricotagem é frisado e forma uma linha vertical ou diagonal de 
laçadas chamada de coluna. Logo, cada coluna interlaça-se com outras colunas adjacentes 
para formar o tecido (PEZZOLO, 2013). A Figura 3 ilustra esse processo de formação da 
malha de urdume:
FIGURA 3 – FORMAÇÃO DA MALHA DE URDUME
Fonte: Pereira (2009, p.51).
Na Figura 3, observamos os fios em diagonal da malha de urdume. Esse processo 
de tricotagem possibilita que a malha de urdume seja mais resistente e com preço mais 
elevado em relação a malharia de trama que conheceremos a seguir.
1.2 Malharia de Trama
A malha de trama pode ser definida pelo seu processo de fabricação cujo o tecido 
é formado produzido por pelo menos um fio que é transformado em malha “durante o pro-
cesso de tricotagem, o fio de trama é frisado de maneira a formar laçadas a que se dá o 
nome de fileira. Cada fileira se entrelaça com a inferior e superior” (PEREIRA, 2009, p.51). 
A Figura 4 ilustra da malha de trama. 
50UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
FIGURA 4 – FORMAÇÃO DA MALHA DE TRAMA
Fonte: Pereira (2009, p.51).
A malharia de trama ainda pode ser produzida por teares retilíneos ou circulares 
e, devido a isso, recebe o nome dos teares que as produziu. As diferenças entre malharia 
retilínea e circular podem ser observadas a seguir:
1.2.1 Malharia Retilínea
O tear retilíneo como o próprio nome já diz possui um conjunto de agulhar em linhas 
reta e, segundo Pereira (2009, p.52) “produzem um tecido de malha aberto, onde o sistema 
de pedras movimenta-se através de um carro e o conjunto de agulhas fica parado”. O carro 
é o que contribui para que a laçada do fio aconteça quando ele passa pelas agulhas. A 
Figura 5 apresenta um conjunto de agulhar de um tear retilíneo. 
FIGURA 5 – CONJUNTO DE AGULHAS TEAR RETILÍNEO
Fonte: Pereira (2009, p.51).
Além do tear retilíneo que produz a malha, nós temos também o tear circular, que 
possui uma configuração específica na forma de produzir o tecido de malha. 
51UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
1.2.2 Malharia Circular
O tear de malharia circular como o nome sugere, apresenta um conjunto de agulhar 
que se dispõe em um formato circular. Esse tear segundo Pereira (2009, p.52) “produz um 
tecido tubular, cujo diâmetro varia em função do número de agulhas da máquina, podendo 
encontrar máquinas de pequeno diâmetro ou de grande diâmetro”. A Figura 6 apresenta o 
conjunto de agulhas do tear circular. 
FIGURA 6 – CONJUNTO DE AGULHAS TEAR RETILÍNEO
Fonte: Industria Têxtil. Stringfixer PdfCoffee. Disponível em: https://stringfixer.com/ar/Textile_mill 
Acesso em: 10 mai. 2022.
O tear de malharia circular produz meias, peças íntimas, pijamas, camisetas e a 
vantagem é que devido ao fato do tecido ser circular as peças não possui costuras laterais, 
facilitando o processo de confecção. 
1.2.3 Formação da laçada e tipos de pontos
A formação da malha de trama é obtida a partir de um único fio que passa pelo 
processo de tricotagem passando por várias agulhas e formando uma carreira de laçadas 
(PEREIRA, 2009). A partir da laçada, podemos observar que cada malha possui uma estru-
tura que contém cabeça, duas pernas, e dois pés, como apresenta a Figura 7:
FIGURA 7 – ESTRUTURA DA MALHA
Fonte: Pereira (2009, p.43).
https://stringfixer.com/ar/Textile_mill
52UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
A laçada é ação que permite a criação da malha. Para desenvolver os diversos tipos 
de estruturas existentes na malharia, existem três tipos de laçadas distintas classificadas 
como ponto simples, omitido e retido, conforme indica Stein (2013, p.38):
O ponto simples é o ponto básico da malha- ria, é também chamado de ponto 
liso. Essa malha é a base dos tecidos conhecidos como meia-malha ou ma-
lha Jersey.
O ponto omitido é criado quando uma ou mais agulhas são desativadas e não 
se movem para aceitar o fio.
Por fim, o ponto retido é quando a agulha segura a laçada anterior e en-
tão recebe um novo fio, concentrando duas laçadas na cabeça da agulha. A 
ação pode ser repetida várias vezes, mas os fios eventualmente devem ser 
descarregados da agulha. Nesse caso, o resultado é uma laçada alongada. 
(STEIN, 2013, p.38, grifo nosso).
A partir da apresentação dos pontos, a Figura 8 apresenta cada um deles:
FIGURA 8 – PONTOS SIMPLES, OMITIDO E RETIDO, RESPECTIVAMENTE
Fonte: Pereira (2009, p.43).
Você pode estar se perguntando... e por que preciso estudar esses pontos profes-
sor? A resposta é que cada tipo de ponto forma uma estrutura básica de tecido de malha 
diferente como meia-malha ou jersey, piquê, rib e interloque, que podem, ainda, formar 
outros tipos de tecido de malha com características e aplicações diferentes. 
a) Meia-malha ou Jersey
A característica principal da meia-malha é que ambos os lados dos tecidos – aves-
so e direito, são bem definidos já que o processo de laçada é feito em apenas um lado do 
tecido. Além disso, o tecido de Jersey estica em todas as direções, ou seja, comprimento e 
largura, com pouca estabilidade dimensional (STEIN, 2013).
b) Piquet ou piquê
O que caracteriza o piquet é o ponto retiro que apresenta forma de V ou U. O piquet 
é uma variação da meia-malha (STEIN, 2013).
53UNIDADE III Conceitosde Malharia e Não-Tecidos
c) Interloque e rib
Como característica dos tecidos de interloque estão que o lado direito e avesso são 
iguais devido a estrutura da laçada e disposição das agulhas. Esse tipo de malha apresenta 
um ponto firme o que confere estabilidade dimensional. 
[...] os tecidos de malha Interloque caracterizam-se por possuir os dois lados 
iguais, exata- mente pela disposição das agulhas. As colunas do lado direito 
são exatamente opostas às colunas do lado avesso do tecido de malha. Sendo 
assim, esse tecido não pode ser estendido nos dois sentidos (comprimento e 
largura) e apresenta uma estrutura mais firme, concebendo artigos com maior 
estabilidade dimensional do que os tecidos em Rib. (STEIN, 2013, p. 41)
Além do interloque, os tecidos de ribana ou rib, são confeccionados no mesmo 
maquinário dos tecidos de interloque. “Os tecidos de malha Rib são caracterizados pelos 
pontos simples e reverso, observáveis em ambos os lados do tecido” (STEIN, 2013, p. 40). 
54UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
2. CARACTERÍSTICAS DOS NÃO-TECIDOS
Para começar a nossa discussão, os não-tecidos são assim chamados pois apre-
sentam uma estrutura diferente dos tecidos planos ou tecidos de malha já que não há um 
processo de tecelagem. A definição de não-tecidos segundo Pereira (2009, p.75) 
Não tecido é uma estrutura plana, flexível e porosa, constituída de véu ou 
manta de fibras ou filamentos, orientados direccionalmente ou ao acaso, con-
solidados por processo mecânico (fricção) e/ou químico (adesão) e/ou térmi-
co (coesão) e combinações destes.
Para ficar claro, os não-tecidos são fibras entrelaçadas em todas as direções e liga-
das umas às outras por fusão ou colagem, fornecendo telas rígidas com pouca mobilidade 
e utilizadas com mais frequência em produtos como forros, entretelas, lençóis, produtos 
descartáveis e outros. 
Na fabricação dos não-tecidos pode ser utilizada qualquer tipo de fibra seja sinté-
tica, natural ou artificial. Nesse processo, a primeira atividade que se realiza é a formação 
de uma manta ou véu, podendo ser feito em três métodos: via seca, via úmida e via 
fundida. Nestes três processos, as fibras são dispostas em um equipamento juntamente 
com substâncias químicas, que tem por objetivo formar a mante. Com a manta já formada, 
inicia-se a segunda fase para a fabricação do não tecido que é consolidação da manta 
(CHATAIGNIER, 2006). 
55UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
No processo de consolidação da manta temos as principais formas de confecção dos 
não tecidos que são: mecânico, químico ou térmico, que Pereira (2009, p. 78) descreve:
• Consolidação mecânica é dado para expressar a consolidação por forças 
friccionais e o entrelaçamento das fibras por meio de agulhagem, hidroentre-
laçamento e consolidação coser-tricotar.
• A consolidação química compreende os métodos de aplicação de um 
agente ligante (adesivo) ao Não tecido por meio de processos de: impregna-
ção, aplicação por método de espuma, aplicação de sólidos.
• A consolidação térmica está sendo cada vez mais utilizada no lugar das 
caras consolidações químicas devido a um grande número de razões. A con-
solidação térmica pode ser feita com grandes velocidades, enquanto na con-
solidação química a velocidade é limitada pela secagem e pelo estágio da 
polimerização. A consolidação térmica ocupa menos espaço em comparação 
com o processo de consolidação química que necessita de calor para evapo-
rar a água do ligante. 
A consolidação, portanto, é esse processo de fixação das fibras garantindo a forma-
ção do não-tecido. Material pode ser utilizados em diversos setores como automobilístico, 
comércio, construção civil/impermeabilização, doméstico, filtração, higiene pessoal, indus-
trial, médico hospitalar, obras geotécnicas e vestuário. Vejamos algumas aplicações:
● Setor Automobilístico: isolamento térmico, acústicos, revestimento interno etc.
● Comércio: sacolas, fitas, embalagens de calçados, decoração, vitrine etc. 
● Construção civil: impermeabilização de lajes e telhados, isolante térmico e 
acústico etc. 
● Doméstico: panos para limpar ou enxugar, persianas, sachês aromáticos, 
sachês de chá, filtro de café, proteção para molas de colchão, forro de sofá, 
enchimento de colchas, edredons, almofadas etc. 
56UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
3. SIMBOLOGIA DOS ARTIGOS TÊXTEIS
Na indústria têxtil existem normas que regulamentam a confecção de peças do 
vestuário e que devem ser respeitadas para que as empresas possam comercializar seus 
produtos sem sofrer punições dos órgãos reguladores. A etiquetagem das peças é um dos 
processos obrigatórios pois ela apresenta informações para o consumidor sobre a com-
posição, fabricação e conservação dos produtos. Segundo a Associação Brasileira das 
Indústrias de Não-tecidos e Tecidos Técnicos (ABINT), a “Lei das Etiquetas na área têxtil, 
abrangendo da fibra até a confecção, com o objetivo de melhor informar o consumidor, bem 
como garantir uma concorrência leal entre fabricantes” (ABNT, 2012, p. 21).
O processo de etiquetagem da peça segundo ABNT (2012) surgiu por volta de 1973 
com o propósito de padronizar o que deveria ser inserido na etiqueta com a finalidade de 
garantir que o consumidor faça bom uso dos produtos. Vale destacar que existem dois tipos 
de etiqueta, a decorativa que apresenta o nome da marca e a etiqueta do produto que deve 
apresentar, obrigatoriamente, as seguintes informações:
● Tamanho da peça;
● Nome, razão social ou marca registrada do 
fabricando ou importador;
● CNPJ – Identificação fiscal;
● Nome do país de origem em que foi produzida, por 
extenso;
● Composição e nome das fibras que compõem a 
peça;
● Cuidados para a conservação do produto. 
● Fonte: ABNT (2012, p. 25)
57UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
Ao comprar um produto, observe se este possui etiqueta do produto e caso não 
tenha informe aos órgãos reguladores. Isso vale também para as pessoas que cortam a 
etiqueta ao adquirir um artigo têxtil. Ao cortar a etiqueta você perde o direito de reclamar 
caso o artigo apresenta algum problema durante o uso (ABNT, 2012). 
3.1 Simbologia de conservação do produto
A partir dessa apresentação da organização técnica da etiqueta, podemos com-
preender que a simbologia utilizada para a conservação da roupa é fundamental para que 
os consumidores garantam a durabilidade do produto. A ABNT (2012) apresenta 5 classes 
que indicam os cuidados para a manutenção do produto. Elas são: lavagem, alvejamento, 
secagem, passadoria e limpeza profissional. A Figura 8 ilustra a representação de cada 
uma das classes:
FIGURA 9 – CLASSES DE TRATAMENTO DOS ARTIGOS TÊXTEIS
Fonte: ABNT (2012, p.40).
Cada um dos símbolos designados para as classes possui variações que indicam 
especificidades para a conservação da peça. Além disso, para tratamentos que não podem 
ser executados aparecerá um X sob o símbolo. Por exemplo, caso a peça não possa ser 
lavada na máquina, em cima do símbolo de lavagem aparecerá um X. (ABNT, 2012). 
58UNIDADE III Conceitos de Malharia e Não-Tecidos
3.1.1 Lavagem
Sobre o tipo de tratamento a ser aplicado, a ABNT (2012) também apresenta indica-
ções, como no caso de uma peça que precisa de uma lavagem suave, aparecerá embaixo 
do símbolo da lavagem um risco indicando que o processo deve ser suave, ou ainda, dois 
riscos embaixo do símbolo da lavagem indicando um cuidado ainda maior. A Figura 9 ilustra 
essa simbologia:
FIGURA 10 – INDICAÇÃO DE TRATAMENTO DA PEÇA
Fonte: ABNT (2012, p.40).
O número 40 dentro do símbolo da lavagem, indica a temperatura máxima em que 
a peça deve ser lavada. Algumas variações sobre o tipo de lavagem indicadas no Quadro 1:
QUADRO 1 – TIPOS DE LAVAGEM
Lavagem doméstica manual 
ou à máquina
Lavagem somente a mão
Não lavar
Temperatura máxima de lavagem 30º
Temperatura máxima de lavagem 40º
Temperatura máxima de lavagem 50º
Temperatura máxima de lavagem 60º