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LARA ROMANCINI TASCA 
 APG III - TUBERCULOSE 
 Etiologia, Epidemiologia e Fatores de Risco na População 
 Carcerária 
 Etiologia 
 A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium 
 tuberculosis). A transmissão ocorre principalmente por via aérea, através de gotículas 
 expelidas ao tossir, espirrar ou falar. 
 Epidemiologia 
 A tuberculose é um problema de saúde pública global e a população carcerária é 
 considerada um grupo de alto risco. A taxa de incidência da tuberculose entre os detentos é 
 significativamente maior do que na população em geral. 
 Fatores de Risco na População Carcerária: 
 ● Superlotação: A aglomeração facilita a transmissão da doença. 
 ● Condições sanitárias precárias: Falta de ventilação adequada, higiene inadequada 
 e saneamento básico deficiente aumentam o risco de transmissão. 
 ● Desnutrição: A desnutrição enfraquece o sistema imunológico, tornando os 
 indivíduos mais suscetíveis à doença. 
 ● Uso de drogas: O uso de drogas injetáveis pode levar a outras infecções e 
 comprometer o sistema imunológico. 
 ● Comorbidades: Doenças como HIV/AIDS e diabetes aumentam o risco de 
 desenvolver tuberculose ativa e de apresentar formas mais graves da doença. 
 ● História pregressa de tuberculose: Indivíduos com história de tuberculose latente 
 têm maior risco de reativação da doença. 
 Fisiopatologia e Manifestações Clínicas da Tuberculose 
 Fisiopatologia 
 Após a inalação do bacilo de Koch, ocorre uma resposta imune que pode resultar em 
 infecção ativa, latente ou doença. Na forma ativa, os bacilos se multiplicam nos pulmões, 
 causando destruição tecidual e formação de cavidades. 
 Manifestações Clínicas 
 ● Tosse: Geralmente persistente, por mais de duas semanas. 
 ● Febre: Baixa, vespertina. 
 ● Suor noturno: Intenso. 
 ● Fadiga: Sensação de cansaço excessivo. 
 ● Perda de peso: Involuntária. 
 ● Falta de apetite: Anorexia. 
 ● Dor torácica: Pode ocorrer em casos de envolvimento pleural. 
 ● Hemoptise: Tosse com sangue. 
 Formas Extrapulmonares: A tuberculose pode acometer outros órgãos como rins, ossos, 
 meninges e linfonodos. 
 Diagnóstico e Tratamento da Tuberculose 
 Diagnóstico: 
 ● Baciloscopia: Exame microscópico de escarro para identificar bacilos álcool-ácido 
 resistentes. 
 ● Cultura: Permite a identificação da espécie de Mycobacterium e a realização de 
 testes de sensibilidade a medicamentos. 
 ● Teste tuberculínico: Avalia a resposta imune celular ao antígeno tuberculínico. 
 ● Radiografia de tórax: Mostra alterações características da tuberculose pulmonar. 
 ● Tomografia computadorizada: Pode ser utilizada para avaliar lesões pulmonares e 
 extrapulmonares. 
 Tratamento: 
 O tratamento da tuberculose é feito com associação de vários antibióticos (poliquimioterapia) 
 por um período prolongado (geralmente 6 a 9 meses). A adesão ao tratamento é 
 fundamental para evitar o surgimento de resistência e a cura da doença. 
 Medidas de Controle: 
 ● Diagnóstico precoce e tratamento adequado: Identificar e tratar os casos de 
 tuberculose o mais rápido possível. 
 ● Isolamento: Isolar os pacientes com tuberculose bacilífera para evitar a 
 transmissão. 
 ● Investigação de contatos: Identificar e avaliar os indivíduos que tiveram contato 
 com o paciente doente. 
 ● Prevenção: Vacinação com BCG, melhoria das condições de vida e de trabalho, e 
 promoção da educação em saúde. 
 Conclusão: 
 A tuberculose na população carcerária representa um desafio de saúde pública. A 
 combinação de fatores de risco presentes nesse ambiente facilita a transmissão da doença e 
 dificulta o controle. É fundamental implementar medidas de prevenção e controle da 
 tuberculose nos sistemas prisionais, além de garantir o acesso ao diagnóstico e tratamento 
 adequado para todos os detentos. 
 LARA ROMANCINI TASCA 
 APG III - DPOC E ASMA 
 Etiologia, Epidemiologia e Fatores de Risco 
 DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) 
 ● Etiologia: Principalmente causada pelo tabagismo, que desencadeia um processo 
 inflamatório crônico nas vias aéreas inferiores, levando à obstrução ao fluxo aéreo. 
 ● Epidemiologia: Alta prevalência em fumantes e ex-fumantes, especialmente em 
 países desenvolvidos. A idade avançada é um fator de risco. 
 ● Fatores de risco: Tabagismo, exposição à poluição do ar, infecções respiratórias 
 na infância, deficiência de alfa-1-antitripsina. 
 Asma 
 ● Etiologia: Doença inflamatória crônica das vias aéreas, caracterizada por 
 hiperresponsividade brônquica, inflamação e obstrução reversível. A causa exata é 
 desconhecida, mas envolve fatores genéticos e ambientais. 
 ● Epidemiologia: Afeta pessoas de todas as idades, com pico de incidência na 
 infância. A prevalência tem aumentado nas últimas décadas. 
 ● Fatores de risco: Alergias, infecções respiratórias na infância, exposição a 
 poluentes, tabagismo, obesidade, fatores ocupacionais. 
 Fisiopatologia e Manifestações Clínicas 
 DPOC 
 ● Fisiopatologia: A inflamação crônica leva à destruição dos alvéolos e das paredes 
 brônquicas, resultando em limitação do fluxo aéreo não totalmente reversível. 
 ● Manifestações clínicas: Tosse crônica, produção de muco, dispneia progressiva, 
 sibilos, limitação da atividade física. 
 Asma 
 ● Fisiopatologia: A inflamação das vias aéreas causa espasmo muscular, edema e 
 produção excessiva de muco, levando à obstrução variável e reversível. 
 ● Manifestações clínicas: Episódios de sibilos, tosse, aperto no peito e dispneia, que 
 podem ser desencadeados por alérgenos, exercício físico, infecções ou outros 
 fatores. 
 Diagnóstico e Tratamento 
 DPOC 
 ● Diagnóstico: Espirometria (demonstra obstrução ao fluxo aéreo), história clínica e 
 exame físico. 
 ● Tratamento: 
 ○ Não farmacológico: Cessação do tabagismo, reabilitação pulmonar, 
 vacinação contra influenza e pneumonia. 
 ○ Farmacológico: Broncodilatadores (beta-2 agonistas de curta e longa 
 duração, anticolinérgicos), corticosteroides inalatórios, oxigênio 
 suplementar em casos avançados. 
 Asma 
 ● Diagnóstico: Espirometria (demonstra obstrução reversível com 
 broncodilatadores), história clínica e exame físico. 
 ● Tratamento: 
 ○ Não farmacológico: Evitar os desencadeantes, educação do paciente, 
 controle ambiental. 
 ○ Farmacológico: Broncodilatadores (beta-2 agonistas de curta e longa 
 duração, anticolinérgicos), corticosteroides inalatórios, outros 
 medicamentos para controlar a inflamação. 
 Diferenças entre DPOC e Asma 
 A DPOC e a asma são doenças respiratórias crônicas, mas com diferentes etiologias, 
 fisiopatologias e tratamentos. A DPOC é caracterizada por uma obstrução ao fluxo aéreo 
 progressiva e irreversível, enquanto a asma apresenta uma obstrução variável e reversível. 
 O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para melhorar a qualidade 
 de vida dos pacientes e prevenir complicações.

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