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Questões resolvidas

A realidade social brasileira é caracterizada nesse poema como

a) pacífica.
b) justa.
c) equitativa.
d) pagã.
e) desigual.

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Questões resolvidas

A realidade social brasileira é caracterizada nesse poema como

a) pacífica.
b) justa.
c) equitativa.
d) pagã.
e) desigual.

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Vestibulares
Filosofia Moderna
FIL0641 - (Uece)
Leia o excerto a seguir, em que René Descartes expressa
uma nova concepção de ciência:
 
“[...] tão logo adquiri algumas noções gerais rela�vas à
�sica, e, começando a comprová-las em diversas
dificuldades par�culares notei até onde podiam conduzir,
e o quanto diferem dos princípios que foram u�lizados
até o presente, julguei que não podia mantê-las ocultas
sem pecar grandemente contra a lei que nos obriga a
procurar, no que depende de nós, o bem geral de todos
os homens. Pois elas me fizeram ver que é possível
chegar a conhecimentos que sejam muito úteis à vida, e
que, em vez dessa Filosofia especula�va que se ensina
nas escolas, se pode encontrar uma outra prá�ca, pela
qual, conhecendo a força e as ações do fogo, da água, do
ar, dos astros, dos céus e de todos os outros corpos que
nos cercam, tão dis�ntamente como conhecemos os
diversos misteres de nossos ar�fices, poderíamos
emprega-los da mesma maneira em todos os usos para
os quais são próprios, e assim nos tornar como que
senhores e possuidores da natureza”.
DESCARTES, R. Discurso do método, Parte VI, § 2. Trad.
bras. de Jacob Guinsburg e Bento Prado Jr. São Paulo:
Difel - Difusão Europeia do Livro, 1962. (Col. Clássicos
Garnier).
 
Essa nova concepção de ciência, apresentada por
Descartes, se aproxima do que Aristóteles chamara de
a) técnica (tékhne). 
b) experiência (empeiria). 
c) sensação (aísthēsis). 
d) ciência (epistéme). 
FIL0642 - (Uece)
Leia atentamente o seguinte trecho da obra de Thomas
Hobbes:
 
“Demonstro em primeiro lugar que a condição dos
homens fora da sociedade civil (condição esta que
podemos adequadamente chamar de estado de
natureza) nada mais é que uma simples guerra de todos
contra todos, na qual todos os homens têm igual direito a
todas as coisas [o que os leva ao egoísmo]; mas, quando
todos os homens compreendem essa odiosa condição,
desejam [...] libertar-se dessa guerra de todos contra
todos. E isso não se pode conseguir a não ser mediante
um pacto entre eles, no qual abdiquem daquele direito
que têm a todas as coisas”.
HOBBES, Thomas. Do cidadão. Trad. bras. Renato Janine
Ribeiro. São Paulo: Mar�ns Fontes, 2002. - Adaptado.
 
Com base na citação acima, é correto afirmar que, para
Thomas Hobbes,
a) o estado de natureza se caracteriza pela presença de
uma moral, por isso, os homens podem desenvolver
nele todas suas potencialidades.
b) a sociedade civil impede a limitação dos conflitos
entre os indivíduos, conflitos estes oriundos do estado
de natureza.
c) em busca de se autopreservarem, os homens desejam
permanecer no estado de natureza, já que nele
possuem igual direito a todas as coisas.
d) a efe�vação da paz e da segurança entre os homens
depende da criação de uma instância comum que
regule a relação entre eles, o poder civil.
FIL0654 - (Uece)
No Discurso do método (1637), o filósofo racionalista
René Descartes (1596-1650) estabelece para si o seguinte
critério.
 
“[...] jamais acolher alguma coisa como verdadeira que
eu não conhecesse evidentemente como tal; isto é, de
evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e de
nada incluir em meus juízos que não se apresentasse tão
clara e tão dis�ntamente a meu espírito, que eu não
�vesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida”.
DESCARTES, René. Discurso do método, II, 7. São Paulo:
Abril Cultural, 1973.
 
1@professorferretto @prof_ferretto
Em se tratando de um filósofo racionalista, podemos
entender que os critérios de evidência, clareza e
dis�nção
a) devem ocorrer na mente, eliminada qualquer dúvida.
 
b) significam que os fatos não deixam dúvidas aos
sen�dos. 
c) exigem uma síntese entre as ideias inatas e as
sensações. 
d) não são possíveis, donde a impossibilidade da ciência.
 
FIL0656 - (Uece)
“Hobbes parte do estado de natureza, no qual não
exis�ria lei, não exis�ria indústria humana, não exis�ria
nada, e o homem é o lobo do próprio homem; e pelo fato
de o homem ser an�ssocial por natureza, só se torna
possível ele viver em sociedade com um Estado
extremamente forte. Com Locke, a coisa é diferente.
Locke diz que o homem não é um ser rebelde à vida
polí�ca. No estado de natureza, mesmo com ausência de
Estado, mesmo com ausência de leis, existe uma vida
econômica que torna possível a integração dos indivíduos
entre si. Então o Estado nasce para complementar, para
tornar possível essa sociabilidade originária, que é a
sociabilidade de mercado”.
TEIXEIRA, F. J. S. Liberalismo clássico e neoliberalismo:
Duas faces da mesma moeda?. Curso on line, aula 02, em
12.09.2022. Disponível em:
h�ps://www.youtube.com/watch?
v=TA9MUFoRtOo&t=2009s. Acesso em: 9 out. 2022.
(Texto adaptado).
 
Essas duas concepções polí�cas são
a) ambas liberais. 
b) ambas absolu�stas. 
c) absolu�sta, a primeira, e liberal, a segunda. 
d) liberal, a primeira, e absolu�sta, a segunda. 
FIL0664 - (Uece)
“Podemos dividir todas as percepções do espírito em
duas classes ou espécies, que se dis�nguem por seus
diferentes graus de força e vivacidade. [...] Pelo termo
impressão entendo todas as percepções mais vivas,
quando ouvimos, vemos, sen�mos, amamos, odiamos,
desejamos ou queremos. E as impressões diferenciam-se
das ideias, que são as percepções menos vivas, das quais
temos consciência, quando refle�mos sobre quaisquer
das sensações ou dos movimentos acima mencionados”.
HUME, David. Inves�gação acerca do entendimento
humano. Trad. de João Paulo Gomes Monteiro. São
Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 69-70. Coleção Os
Pensadores.
 
Com base na passagem anterior, é correto afirmar que,
para Hume,
a) as ideias têm como fundamento as impressões
sensíveis, sen�mentais etc.
b) as impressões e as ideias são duas percepções
psíquicas independentes.
c) as impressões são percepções do espírito; logo, são o
mesmo que ideias.
d) as impressões são percepções corporais, e as ideias
são percepções mentais.
FIL0665 - (Uece)
Leia com atenção a seguinte passagem da obra de
Thomas Hobbes (1588-1679), sobre o estado de
natureza.
 
“E dado que a condição do homem [...] é uma condição
de guerra de todos contra todos, sendo neste caso cada
um governado pela sua própria razão, e nada havendo de
que possa lançar mão que não lhe ajude na preservação
da sua vida contra os seus inimigos, segue-se que numa
tal condição todo homem tem direito a todas as coisas,
até mesmo aos corpos uns dos outros. Portanto,
enquanto durar este direito natural de cada homem a
todas as coisas, não poderá haver para nenhum homem
(por mais forte e sábio que seja) a segurança de viver
todo o tempo que geralmente a natureza permite aos
homens viver.”
HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, forma e poder de
uma república eclesiás�ca e civil. São Paulo: Mar�ns
Fontes, 2014. (Texto adaptado).
 
De acordo com o fragmento anterior, é correto afirmar
que, para Hobbes,
a) no estado de natureza, encontramos um sistema
polí�co e moral que garante a segurança dos homens.
 
b) o estado de natureza se cons�tui de uma existência
pacífica, pois os homens têm direito a todas as coisas.
 
c) o estado de natureza é associado ao estado de guerra,
pois nele são constantes os riscos à vida. 
d) o estado de natureza se caracteriza por um poder
soberano que promove a paz e a segurança dos
homens. 
FIL0667 - (Uece)
2@professorferretto @prof_ferretto
“As ideias da classe dominante são, em cada época, as
ideias dominantes; isto é, a classe que é a força material
dominante da sociedade é, ao mesmo tempo, sua força
espiritual dominante. A classe que tem à sua disposição
os meios de produção material dispõe, ao mesmo tempo,
dos meios de produção espiritual; por isso, são
subme�das à classe dominante as ideias daqueles que
não possuem os meios de produção espiritual.”
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. – 4ª
ed. São Paulo: Hucitec, 1984, p. 73 (Texto Adaptado).
 
Segundo essa passagem, na qual Marx e Engels
apresentam uma tese da concepção materialista da
história, as ideias de uma dada sociedade são
a) nascidas espontaneamente da psicologia dascondição, desejam [...] libertar-se de tal miséria.
HOBBES, Thomas, Do Cidadão, Ed. Mar�ns Fontes, 1992.
19@professorferretto @prof_ferretto
a) O estado de natureza não se confunde com o estado
de guerra, pois este é apenas circunstancial ao passo
que o estado de natureza é uma condição da
existência humana. 
b) A condição de miséria a que se refere o texto é o
estado de natureza ou, tal como se pode
compreender, o estado de guerra. 
c) O direito dos homens a todas as coisas não tem como
consequência necessária a guerra de todos contra
todos. 
d) A origem do poder nada tem a ver com as noções de
estado de guerra e estado de natureza.
FIL0306 - (Uel)
Leia o texto a seguir. 
 
Kant, mesmo que restrito à cidade de Königsberg,
acompanhou os desdobramentos das Revoluções
Americana e Francesa e foi levado a refle�r sobre as
convulsões da história mundial. Às incertezas da Europa
plebeia, individualista e provinciana, contrapôs algumas
certezas da razão capazes de restabelecer, ao menos no
pensamento, a sociabilidade e a paz entre as nações com
vista à cons�tuição de uma federação de povos –
sociedade cosmopolita.
(Adaptado de: ANDRADE, R. C. “Kant: a liberdade, o
indivíduo e a república”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos
da polí�ca. v.2. São Paulo: Á�ca, 2003. p.49-50.)
 
Com base nos conhecimentos sobre a Filosofia Polí�ca de
Kant, assinale a alterna�va correta. 
a) A incapacidade dos súditos de dis�nguir o ú�l do
prejudicial torna impera�vo um governo paternal para
indicar a felicidade. 
b) É chamado cidadão aquele que habita a cidade, sendo
considerados cidadãos a�vos também as mulheres e
os empregados. 
c) No Estado, há uma igualdade irrestrita entre os
membros da comunidade e o chefe de Estado. 
d) Os súditos de um Estado Civil devem possuir igualdade
de ação em conformidade com a lei universal da
liberdade. 
e) Os súditos estão autorizados a transformar em
violência o descontentamento e a oposição ao poder
legisla�vo supremo. 
FIL0267 - (Uece)
Sobre a questão da liberdade em Spinoza, a filósofa
brasileira Marilena Chauí afirma o seguinte:
 
“[...] o poder teológico-polí�co é duplamente violento.
Em primeiro lugar, porque pretende roubar dos homens a
origem de suas ações sociais e polí�cas, colocando-as
como cumprimento a mandamentos transcendentes de
uma vontade divina incompreensível ou secreta,
fundamento da ‘razão de Estado’. Em segundo, porque as
leis divinas reveladas, postas como leis polí�cas ou civis,
impedem o exercício da liberdade, pois não regulam
apenas usos e costumes, mas também a linguagem e o
pensamento, procurando dominar não só os corpos, mas
também os espíritos”.
CHAUÍ, Marilena. Espinosa, uma subversão
filosófica. Revista CULT, 14 de março de 2010. Disponível
em: h�ps://revistacult.uol.com.br/home/baruch-
espinosa/.
 
O poder teológico-polí�co é violento, porque 
a) submete os homens a leis supostamente
transcendentes ao negar-lhes a imanência de suas
próprias ações. 
b) re�ra dos homens a esperança de que suas ações
tenham como causa e fim a transcendência divina. 
c) transforma a linguagem e o pensamento dos homens
em formas de libertação de corpos e espíritos. 
d) recusa aos usos e costumes o papel de fundamento
transcendente das ações polí�cas e leis civis dos
homens. 
FIL0198 - (Uemg)
O Absolu�smo como forma de governo esteve presente
na península Ibérica, na França e na Inglaterra, tendo
impactado e influenciado as maiores economias de seu
tempo. 
Seus pensadores mais conhecidos e suas teorias foram: 
20@professorferretto @prof_ferretto
a) Nicolau Maquiavel e sua teoria de que o indivíduo
estava subordinado ao Estado; Thomas Hobbes,
criador da teoria do Contrato; Jacques Bossuet e Jean
Bodin, que defenderam que o Rei era um
representante divino. 
b) Nicolau Maquiavel e a teoria do Contrato; Thomas
Hobbes e a teoria da supremacia do Rei como
representante divino; Jacques Bossuet e Jean Bodin,
que defenderam a subordinação do indivíduo ao
Estado. 
c) Maquiavel, Jacques Bossuet e Jean Bodin, cujas teorias
só se diferenciaram na aplicabilidade teológica, bem
como Thomas Hobbes, que preconizou o indivíduo
como senhor de seus direitos. 
d) Maquiavel e Thomas Hobbes, que conceberam o
Contrato Social, Jacques Bossuet, que estabeleceu o
conceito de individualismo primordial, e Jean Bodin,
que defendeu a primazia da esfera governamental. 
FIL0223 - (Ufsj)
Em Hobbes, a geração de um Estado é jus�ficada
a) pelos limites impostos ao poder do soberano. 
b) pela condição polí�ca dos homens, que é inerente ao
espaço da ágora na vida da polis. 
c) peloLeviatã na sua iden�ficação como monstro
maléfico da guerra civil. 
d) pelo estado de natureza dos homens, que necessita
ser controlado por meio de um pacto. 
FIL0201 - (Uemg)
O Absolu�smo como forma de governo esteve presente
na península Ibérica, na França e na Inglaterra, tendo
impactado e influenciado as maiores economias de seu
tempo.
 
Seus pensadores mais conhecidos e suas teorias foram:
a) Nicolau Maquiavel e sua teoria de que o indivíduo
estava subordinado ao Estado; Thomas Hobbes,
criador da teoria do Contrato; Jacques Bossuet e Jean
Bodin, que defenderam que o Rei era um
representante divino. 
b) Nicolau Maquiavel e a teoria do Contrato; Thomas
Hobbes e a teoria da supremacia do Rei como
representante divino; Jacques Bossuet e Jean Bodin,
que defenderam a subordinação do indivíduo ao
Estado. 
c) Maquiavel, Jacques Bossuet e Jean Bodin, cujas teorias
só se diferenciaram na aplicabilidade teológica, bem
como Thomas Hobbes, que preconizou o indivíduo
como senhor de seus direitos. 
d) Maquiavel e Thomas Hobbes, que conceberam o
Contrato Social, Jacques Bossuet, que estabeleceu o
conceito de individualismo primordial, e Jean Bodin,
que defendeu a primazia da esfera governamental. 
FIL0493 - (Unesp)
A grande síntese da ciência moderna, estabelecendo as
leis �sicas do movimento por meio de equações
matemá�cas e respondendo a todas as questões surgidas
com a cosmologia de Copérnico, foi obra de Isaac
Newton. Com ela, a �sica adquiriu um caráter de
previsibilidade capaz de impressionar o homem
moderno. A evolução do pensamento cien�fico, iniciada
por Galileu e Descartes, em direção à concepção de uma
natureza descrita por leis matemá�cas chegava, assim, a
seu grande desabrochar.
(Claudio M. Porto e Maria Beatriz D. S. M. Porto. “A
evolução do pensamento cosmológico e o nascimento da
ciência moderna”. In: Revista brasileira de ensino de
�sica, vol. 30, no 4, 2008. Adaptado.)
 
A base da grande síntese newtoniana foi, de certa forma,
preparada pelo humanismo renascen�sta, que 
a) estabelece uma perspec�va dualista da realidade,
fundamentada na filosofia grega. 
b) restringe o entendimento da natureza, tornando-a
objeto de inves�gação somente da �sica. 
c) recupera teorias da An�guidade para explicar a
natureza, com ênfase em uma perspec�va
mitológica. 
d) resgata o racionalismo da An�guidade, valorizando o
homem no debate cien�fico. 
e) mantém o quadro geral de conhecimentos teológicos,
tais como os u�lizados durante a Idade Média. 
FIL0240 - (Ufu)
21@professorferretto @prof_ferretto
Na obra Discurso do método, o filósofo francês Renê
Descartes descreve as quatro regras que, segundo ele,
podem levar ao conhecimento de todas as coisas de que
o espírito é capaz de conhecer.
Quanto a uma dessas regras, ele diz que se trata de
"dividir cada dificuldade que examinasse em tantas
partes quantas possíveis e necessárias para melhor
resolvê-las".
Descartes. Discurso do método,I-II, citado por:
MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Tradução de Marcus
Penchel.
 
Essa regra, transcrita acima, é denominada 
a) regra da análise. 
b) regra da síntese. 
c) regra da evidência. 
d) regra da verificação.
FIL0202 - (Ufu)
Com relação à noção de estado de natureza, que é o
estado em que os seres humanos se achavam antes da
formação da sociedade, podem-se iden�ficar, na filosofia
polí�ca moderna,três tendências:
 
1. Os seres humanos são naturalmente egoístas e, no
estado de natureza, se achavam numa guerra de todos
contra todos daí que, por medo uns dos outros, aceitam
renunciar à liberdade e cons�tuir um Soberano, o estado,
que garanta a paz.
2. Não é por medo uns dos outros, e sim para garan�r o
direito à propriedade e à segurança que os seres
humanos consentem em criar uma autoridade que possa
tornar isso possível.
3. No estado de natureza, os seres humanos eram felizes
e foi o advento da propriedade privada e da sociedade
civil que tornou alguns escravos de outros.
 
Podem-se atribuir essas três concepções,
respec�vamente, a 
a) Hobbes, Rousseau e Maquiavel. 
b) Hobbes, Locke e Rousseau. 
c) Maquiavel, Hobbes e Locke. 
d) Rousseau, Maquiavel e Locke.
FIL0179 - (Unioeste)
“Creio que a sorte seja árbitro da metade dos nossos
atos, mas que nos permite o controle sobre a outra
metade, aproximadamente. Comparo a sorte a um rio
impetuoso que, quando enfurecido, inunda a planície,
derruba casas e edi�cios, remove terra de um lugar para
depositá-la em outro. Todos fogem diante de sua fúria,
tudo cede sem que se possa detê-la. Contudo, apesar de
ter essa natureza, quando as águas correm quietamente
é possível construir defesas contra elas, diques e
barragens, de modo que, quando voltam a crescer, sejam
desviadas para um canal, para que seu ímpeto seja
menos selvagem e devastador. O mesmo se dá com a
sorte, que mostra todo o seu poder quando não foi posto
nenhum empenho para lhe resis�r, dirigindo sua fúria
contra os pontos que não há dique ou barragem para
detê-la. [...] O príncipe que baseia seu poder
inteiramente na sorte se arruína quando esta muda.
Acredito também que é prudente quem age de acordo
com as circunstâncias, e da mesma forma é infeliz quem
age opondo-se ao que o seu tempo exige”.
Maquiavel
 
Considerando o pensamento polí�co de Maquiavel e o
texto acima, é INCORRETO afirmar que 
a) o êxito da ação polí�ca do príncipe depende do modo
como ele age de acordo com as circunstâncias. 
b) a manutenção do poder e a estabilidade polí�ca são
proporcionadas pelo príncipe de virtù,
independentemente dos meios por ele u�lizados. 
c) o sucesso ou o fracasso da ação polí�ca para a
manutenção do poder depende exclusivamente da
sorte e do uso da força bruta e violenta. 
d) na manutenção do poder, a ação polí�ca do príncipe
se fundamenta, não no uso da força bruta e da
violência, mas na u�lização da força com virtù. 
e) o êxito da ação polí�ca, com vistas à manutenção do
poder, resulta do saber aproveitar a ocasião dada
pelas circunstâncias e da capacidade de entender o
que o seu tempo exige. 
FIL0217 - (Unioeste)
“A natureza fez os homens tão iguais, quanto às
faculdades do corpo e do espírito que, embora por vezes
se encontre um homem manifestamente mais forte de
corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo
assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a
diferença entre um e outro não é suficientemente
considerável para que qualquer um possa com base nela
reclamar qualquer bene�cio a que outro não possa
também aspirar, tal como ele. (...) Desta igualdade
quanto à capacidade deriva a igualdade quanto à
esperança de a�ngirmos nossos fins. Portanto, se dois
homens desejam a mesma coisa, ao mesmo tempo (...)
esforçam-se por se destruir ou subjugar um ao outro. (...)
Com isto se torna manifesto que, durante o tempo em
que os homens vivem sem um poder comum capaz de
manter a todos em respeito, eles se encontram naquela
22@professorferretto @prof_ferretto
condição a que se chama de guerra; e uma guerra que é
de todos os homens contra todos os homens”.
Hobbes.
 
Com base no texto citado, seguem as seguintes
afirma�vas:
 
I. Os homens, por natureza, são absolutamente iguais,
tanto no exercício de suas capacidades �sicas, quanto no
exercício de suas faculdades espirituais.
II. Sendo os homens, por natureza, “tão iguais, quanto às
faculdades do corpo e do espírito” é razoável que cada
um ataque o outro, quer seja para destruí-lo, quer seja
para proteger-se de um possível ataque.
III. Na inexistência de um “poder comum” que
“mantenha a todos em respeito”, a a�tude mais racional
é a de manter a paz e a concórdia na “esperança” de que
todos e cada um a�njam seus fins.
IV. A condição dos homens que vivem sem um poder
comum é de guerra generalizada, de todos contra todos.
V. O homem, por natureza, vive em sociedade e nela
desenvolve suas potencialidades, mantendo relações
sociais harmônicas e pacíficas.
 
Assinale a alterna�va correta. 
a) Apenas I está correta. 
b) Apenas II e III estão corretas. 
c) Apenas I e V estão corretas. 
d) Apenas II e IV estão corretas. 
e) Todas as afirma�vas estão corretas. 
FIL0237 - (Upe)
Sobre a consciência crí�ca e a filosofia, analise o texto a
seguir:
 
Como relata Descartes no Discurso sobre o método,
depois de ter lançado tudo à dúvida, somente depois,
�ve de constatar que, embora eu quisesse pensar que
tudo era falso, era preciso necessariamente que eu, que
assim pensava, fosse alguma coisa. E, observando que
essa verdade – ‘penso, logo sou’ – era tão firme e sólida
que nenhuma das mais extravagantes hipóteses dos
cé�cos seria capaz de abalá-la.”
(REALE, Giovanni. História da Filosofia: Do Humanismo a
Kant. São Paulo: Paulinas, 1990, p. 366).
 
O autor do texto retrata alguns apontamentos sobre o
pensamento cartesiano. Com relação a esse assunto,
assinale a alterna�va CORRETA. 
a) As ideias de Descartes enfa�zam que a dúvida tem
valor secundário sobre como conduzir bem sua
razão. 
b) O pensamento cartesiano afirma que não devemos
rejeitar como falso tudo aquilo do qual não podemos
duvidar. 
c) O cartesianismo é um empirismo, ou seja, prioriza o
valor dos sen�dos no âmbito do conhecimento. 
d) O pensamento de Descartes influenciou,
efe�vamente, o mundo cultural francês e retratou a
significância do espírito crí�co na inves�gação do
conhecimento. 
e) O método racionalista prioriza a verdade da fé como
critério da cien�ficidade. 
FIL0563 - (Uece)
O filósofo cearense Alcântara Nogueira (1918-1989)
afirma o seguinte sobre o materialismo histórico:
“Marx considera o processo histórico significando uma
a�vidade que se exerce em con�nua transformação e
que, no final, se realiza como ação em constante
modificação renovadora. [...] Existe a realidade obje�va,
mas é preciso que esta seja modificada, porque só assim
haverá condições para alcançar sua compreensão [...]”.
NOGUEIRA, Francisco Alcântara. Poder e humanismo.
Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1989, p.147.
 
Em outras palavras, a compreensão da realidade 
a) não depende da ação humana. 
b) só é possível com a ação humana. 
c) antecede toda ação humana. 
d) é o mesmo que a ação humana. 
FIL0181 - (Ifsp)
Reconhecido por muitos como fundador do pensamento
polí�co moderno, Maquiavel chocou a sociedade de seu
tempo ao propor, em O Príncipe, que 
23@professorferretto @prof_ferretto
a) a soberania do Estado é ilimitada e que o monarca,
embora subme�do às leis divinas, pode interpretá-las
de forma autônoma, sem a necessidade de recorrer ao
Papa. 
b) a autoridade do monarca é sagrada, ilimitada e
incontestável, pois o príncipe recebe seu poder
diretamente de Deus. 
c) o Estado é personificado pelo monarca, que encarna a
soberania e cujo poder não conhece outros limites que
não aqueles ditados pela moral. 
d) a autoridade do príncipe deriva do consen�mento dos
governados, pois a função do Estado é promover e
assegurar a felicidade dos seus súditos. 
e) a polí�ca é autonorma�va, jus�ficando seus meios em
prol de um bem maior, que é a estabilidade do
Estado. 
FIL0611 - (Fer)
Mas eu me persuadi de que nada exis�a no mundo, que
não havia nenhum céu, nenhuma terra, espíritos alguns,
nem corpos alguns; me persuadi também, portanto, de
que eu não exis�a? Certamente não, eu exis�a, sem
dúvida, se é que eu me persuadi ou, apenas, pensei
alguma coisa. Mas há algum, não sei qual, enganador mui
poderoso e mui ardiloso que emprega todaa sua
indústria em enganar-me sempre. Não há pois dúvida
alguma de que sou, se ele me engana; e, por mais que
me engane, não poderá jamais fazer com que eu nada
seja, enquanto eu pensar ser alguma coisa. De sorte que,
após ter pensado bastante nisto e de ter examinado
cuidadosamente todas as coisas, cumpre enfim concluir e
ter por constante que esta proposição, penso, logo sou, é
necessariamente verdadeira, todas as vezes que a
enuncio […].
(René Descartes. Meditações, 1973.)
 
O texto ilustra o método epistemológico defendido por
Descartes. Sobre esse método de aquisição de
conhecimento, pode-se afirmar que ele busca: 
a) Fundamentar as certezas a par�r da experiência
sensível.
b) Chegar a um conhecimento provável, evitando
qualquer espécie de dúvida.
c) Excluir a meta�sica do campo de estudo da Filosofia,
por meio de uma posição cé�ca ante a existência de
ideias inatas.
d) Chegar ao conhecimento seguro, usando a dúvida
como etapa metodológica.
e) Duvidar de tudo, exceto das verdades da fé cristã já
estabelecidas.
FIL0343 - (Unesp)
A genuína e própria filosofia começa no Ocidente. Só no
Ocidente se ergue a liberdade da autoconsciência. No
esplendor do Oriente desaparece o indivíduo; só no
Ocidente a luz se torna a lâmpada do pensamento que se
ilumina a si própria, criando por si o seu mundo. Que um
povo se reconheça livre, eis o que cons�tui o seu ser, o
princípio de toda a sua vida moral e civil. Temos a noção
do nosso ser essencial no sen�do de que a liberdade
pessoal é a sua condição fundamental, e de que nós, por
conseguinte, não podemos ser escravos. O estar às
ordens de outro não cons�tui o nosso ser essencial, mas
sim o não ser escravo. Assim, no Ocidente, estamos no
terreno da verdadeira e própria filosofia.
(Hegel. Esté�ca, 2000. Adaptado.)
De acordo com o texto de Hegel, a filosofia 
a) visa ao estabelecimento de consciências servis e
representações homogêneas. 
b) é compa�vel com regimes polí�cos baseados na
censura e na opressão. 
c) valoriza as paixões e os sen�mentos em detrimento da
racionalidade. 
d) é inseparável da realização e expansão de potenciais
de razão e de liberdade. 
e) fundamenta-se na inexistência de padrões universais
de julgamento. 
FIL0164 - (Ufpr)
Considere a passagem abaixo:
 
A subs�tuição do reino do dever ser, que marca a
filosofia anterior, pelo reino do ser, da realidade, leva
Maquiavel a se perguntar: como fazer reinar a ordem,
como instaurar um Estado estável? O problema central
de sua análise polí�ca é descobrir como pode ser
resolvido o inevitável ciclo de estabilidade e caos. Ao
formular e buscar resolver esta questão, Maquiavel
provoca uma ruptura com o saber repe�do pelos séculos.
Trata-se de uma indagação radical e de uma nova
ar�culação sobre o pensar e fazer polí�ca, que põe fim à
ideia de uma ordem natural eterna. A ordem, produto
necessário da polí�ca, não é natural, nem a
materialização de uma vontade extraterrena, e tampouco
resulta do jogo de dados do acaso. Ao contrário, a ordem
tem um impera�vo: deve ser construída pelos homens
para se evitar o caos e a barbárie, e, uma vez alcançada,
ela não será defini�va, pois há sempre, em germe, o seu
trabalho em nega�vo, isto é, a ameaça de que seja
desfeita.
(SADEK, Maria Tereza. Nicolau Maquiavel: o cidadão sem
fortuna, o intelectual de virtù. In: WEFFORT, Francisco
24@professorferretto @prof_ferretto
(org.). Clássicos da polí�ca, vol. 01.São Paulo: Á�ca, 2001.
p. 17-18.)
 
Considerando o argumento de Maria Tereza Sadek, em
seu texto in�tulado Nicolau Maquiavel: o cidadão sem
fortuna, o intelectual de virtù, é correto afirmar:
a) Os estudos de Maquiavel sobre o reino do ser na
polí�ca levam em consideração a tradição idealista de
Platão, Aristóteles e São Tomás de Aquino e rejeitam
as interpretações de historiadores an�gos, como
Tácito, Políbio, Tucídides e Tito Lívio. 
b) Em sua obra, Maquiavel coloca em relevo a dimensão
efe�vamente social, histórica e polí�ca das relações
humanas, explicitando que sua regra metodológica
implica o exame da realidade tal como ela é e não
como se gostaria que ela fosse. 
c) A polí�ca, segundo Maquiavel, tem correspondência
com as ideias ina�stas, ou seja, de que os indivíduos
são predes�nados a um �po de condição que lhes é
inerente, não havendo possibilidade de mudança ou
qualquer outra forma de alterar as estruturas de
poder, por ele denominada de “maquiavélicas”. 
d) Segundo Sadek, ao formular uma explicação sobre
essa questão, Maquiavel não rompeu com os
paradigmas que fundavam a polí�ca de seu tempo,
por conseguinte, favorecendo a perpetuação de
�ranias nos séculos XV e XVI. 
e) Para Maquiavel, o problema central da polí�ca foi a
democracia, e sua construção implicava o
fortalecimento de governos descentralizados, o que
aproximava seus estudos de liberais como John Locke
e Thomas Hobbes. 
FIL0335 - (Ueg)
O ser humano é explicado por diversas abordagens
sociológicas e filosóficas que propõem diferentes
concepções de natureza humana, chegando mesmo a
negá-la. 
 
Em relação a tais concepções, tem-se o seguinte: 
a) Marx compreendia a natureza humana a par�r das
necessidades humanas, especialmente o
desenvolvimento de sua sociabilidade, e que, com o
surgimento das classes sociais e da alienação, essa
natureza seria negada. 
b) a sociologia recusa totalmente a ideia de natureza
humana, pois essa natureza seria meta�sica, já que o
ser humano é um produto social e histórico e o
indivíduo nasce como uma folha em branco, na qual a
cultura escreve seu texto. 
c) Durkheim concebia a existência de uma dupla
natureza humana, sendo que uma natureza humana
seria caracterizada pela violência e a outra pela razão,
cabendo à socialização o papel de superar ambas pela
solidariedade. 
d) para Kant e Hegel, a natureza humana era uma criação
ideológica do iluminismo, que deveria ser superada
por uma filosofia racionalista que reconhecesse que o
ser humano é um projeto gestado pela razão. 
e) Nietzsche considerava que a essência do ser humano é
a racionalidade, e cuja existência é comprovada pelo
fato de que somente os seres pensantes possuem
certeza de sua existência a par�r do próprio ato de
pensar. 
FIL0236 - (Ueg)
John Locke afirmou que a mente é como uma folha em
branco na qual a cultura escreve seu texto e Descartes
demonstrava desconfiança em relação aos sen�dos como
fonte de conhecimento. A respeito desses dois filósofos,
verifica-se o seguinte: 
a) Locke é um representante do racionalismo e Descartes
é um representante do empirismo. 
b) Locke é um representante do empirismo e Descartes é
um representante do racionalismo. 
c) Descartes e Locke possuíam a mesma concepção, pois
ambos eram crí�cos do iluminismo. 
d) Descartes é um representante do teologismo e Locke é
um representante do culturalismo. 
e) Descartes é um representante do materialismo e
Locke é um representante do idealismo. 
FIL0314 - (Unesp)
Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu
poder sob a direção suprema da vontade geral, e
recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte
indivisível do todo. [...] um corpo moral e cole�vo,
composto de tantos membros quantos são os votos da
assembleia [...]. Essa pessoa pública, que se forma, desse
modo, pela união de todas as outras, tomava
an�gamente o nome de cidade e, hoje, o de república ou
25@professorferretto @prof_ferretto
de corpo polí�co, o qual é chamado por seus membros
de Estado [...].
(Jean-Jacques Rousseau. Os pensadores, 1983.)
 
O texto, produzido no âmbito do Iluminismo francês,
apresenta a doutrina polí�ca do 
a) cole�vismo, manifesto na rejeição da propriedade
privada e na defesa dos programas socialistas de
esta�zação. 
b) humanismo, presente no projeto liberal de valorizar o
indivíduo e sua realização no trabalho. 
c) socialismo, presente na crí�ca ao absolu�smo
monárquico e na defesa da completa igualdade
socioeconômica. 
d) corpora�vismo, presente na proposta fascista de unir
o povo em torno da iden�dade e da vontade
nacional. 
e) contratualismo,manifesto na reação ao An�go Regime
e na defesa dos direitos de cidadania. 
FIL0224 - (Ufu)
Segundo Thomas Hobbes, o estado de natureza é
caracterizado pela “guerra de todos contra todos”,
porque, não havendo nenhuma regra ou limite, todos
têm direito a tudo o que significa que ninguém terá
segurança de seus bens e de sua vida. A saída desta
situação é o pacto ou contrato social, “uma transferência
mútua de direitos”.
HOBBES, T. Leviatã.Coleção Os Pensadores. Trad. João P.
Monteiro e Maria B. N. da Silva. São Paulo: Nova Cultural,
1988, p. 78-80.
 
Com base nestas informações e nos seus conhecimentos
sobre a obra de Hobbes, assinale a alterna�va que
caracteriza o pacto social. 
a) Pelo pacto social, cria-se o Estado, que con�nua sendo
uma mera reunião de indivíduos somente com laços
de sangue. 
b) Pelo pacto social, a mul�dão de indivíduos passa a
cons�tuir um corpo polí�co, uma pessoa ar�ficial: o
Estado. 
c) Pelo pacto social, cria-se o Estado, mas os indivíduos
que o compõem con�nuam senhores de sua liberdade
e de suas propriedades. 
d) O pacto social pressupõe que o Estado deverá garan�r
a segurança dos cidadãos, mas em nenhum momento
fará uso da força pública para isso.
FIL0285 - (Ufsj)
Os termos “impressões” e “ideias”, para David
Hume, são, respec�vamente, por ele definidos como 
a) “nossas percepções mais fortes, tais como nossas
sensações, afetos e sen�mentos; percepções mais
fracas ou cópias daquelas na memória e imaginação”. 
b) “aquilo que se imprime à memória e nos permite
a�var a imaginação; lampejos inéditos sobre
o objeto e sua natureza”. 
c) “o que fica impresso na memória independentemente
da força: ação de criar a par�rdo dado sensorial”. 
d) “vaga noção do sensível; raciocínio com força
de lei que legi�ma a natureza no âmbito da razão”. 
FIL0557 - (Uece)
“Todo o ser que só pode agir sob a ideia da liberdade é,
por isso mesmo, em sen�do prá�co, verdadeiramente
livre. Quer dizer, para ele valem todas as leis que estão
inseparavelmente ligadas à liberdade, exatamente como
se a sua vontade fosse definida como livre em si mesma.
A todo o ser racional que tem uma vontade, temos que
atribuir-lhe necessariamente também a ideia de
liberdade, sob a qual ele unicamente pode agir.”
Kant, I. Fundamentação da meta�sica dos costumes.
Trad. port. Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, p. 16 –
Adaptado.
 
Considerando a citação acima, é correto afirmar que
a) vontade livre é a vontade determinada pela razão. 
b) o agir livre, na prá�ca, é espontâneo e involuntário. 
c) o ser racional é impulsivo e necessariamente livre. 
d) liberdade é verdadeiramente agir pelas paixões. 
FIL0182 - (Unesp)
Analise o texto polí�co, que apresenta uma visão muito
próxima de importantes reflexões do filósofo italiano
Maquiavel, um dos primeiros a apontar que os domínios
da é�ca e da polí�ca são prá�cas dis�ntas.
 
“A polí�ca arruína o caráter”, disse O�o von Bismarck
(1815-1898), o “chanceler de ferro” da Alemanha, para
quem men�r era dever do estadista. Os ditadores que
agora enojam o mundo ao reprimir ferozmente seus
próprios povos nas praças árabes foram colocados e
man�dos no poder por nações que se enxergam como
faróis da democracia e dos direitos humanos: Estados
Unidos, Inglaterra e França. Isso é condenável?
Os ditadores eram a única esperança do Ocidente de
con�nuar tendo acesso ao petróleo árabe e de manter
um mínimo de informação sobre as organizações
terroristas islâmicas. Antes de condenar, reflita sobre a
frase do mais extraordinário diplomata americano do
século passado, George Kennan, morto aos 101 anos em
2005: “As sociedades não vivem para conduzir sua
26@professorferretto @prof_ferretto
polí�ca externa: seria mais exato dizer que elas
conduzem sua polí�ca externa para viver”.
(Veja, 02.03.2011. Adaptado.)
 
A associação entre o texto e as ideias de Maquiavel pode
ser feita, pois o filósofo 
a) considerava a ditadura o modelo mais apropriado de
governo, sendo simpá�co à repressão militar sobre
populações civis. 
b) foi um dos teóricos da democracia liberal,
demonstrando-se avesso a qualquer �po de
manifestação de autoritarismo por parte dos
governantes. 
c) foi um dos teóricos do socialismo cien�fico,
respaldando as ideias de Marx e Engels. 
d) foi um pensador escolás�co que preconizou a
moralidade cristã como base da vida polí�ca. 
e) refle�u sobre a polí�ca através de aspectos
prioritariamente pragmá�cos. 
FIL0494 - (Unesp)
Galileu tornou-se o criador da �sica moderna quando
anunciou as leis fundamentais do movimento.
Formulando tais princípios, ele estruturou todo o
conhecimento cien�fico da natureza e abalou os alicerces
que fundamentavam a concepção medieval do mundo.
Destruiu a ideia de que o mundo possui uma estrutura
finita, hierarquicamente ordenada e subs�tuiu-a pela
visão de um universo aberto, infinito. Pôs de lado o
finalismo aristotélico e escolás�co, segundo o qual tudo
aquilo que ocorre na natureza ocorre para cumprir
desígnios superiores; e mostrou que a natureza é
fundamentalmente um conjunto de fenômenos
mecânicos.
(José Américo M. Pessanha. Galileu Galilei, 2000.
Adaptado.)
 
A importância da obra de Galileu para o surgimento da
ciência moderna jus�fica-se porque seu pensamento 
a) resgatou uma concepção medieval de mundo. 
b) baseou-se em uma visão teológica sobre a natureza. 
c) fundamentou-se em conceitos meta�sicos. 
d) fundou as bases para o desenvolvimento da
alquimia. 
e) atribuiu regularidade matemá�ca aos fenômenos
naturais. 
FIL0193 - (Uel)
[...] é necessário, ainda, introduzir-se um método
completamente novo, uma ordem diferente e um
novo processo, para con�nuar e promover a
experiência. Pois a experiência vaga, deixada a si mesma
[...] é um mero tateio, e presta-semais a confundir os
homens que a informá-los. Mas quando a
experiência proceder de acordocom leis seguras e de
forma gradual e constante, poder-se-á esperar algo
de melhor da ciência. 
[...]
A infeliz situação em que se encontra aciência humana
transparece até nas manifestações do vulgo. Afirma-se
corretamente que o verdadeiro saber é o saber
pelas causas. E, não indevidamente, estabelecem- se
quatro coisas: a matéria, a forma, a causa eficiente, a
causa final. Destas, a causa final longe está de fazer
avançar as ciências, pois na verdade as corrompe; mas
pode ser de interesse para as ações humanas.
(BACON, F. Novo Organum ou verdadeiras indicações
acerca da interpretação da natureza. São
Paulo: Abril Cultural. 1973. p. 72; 99-100.) 
 
Com base no texto e no pensamento de Francis
Bacon acercada verdadeira indução experimental como
interpretação da natureza, é correto afirmar.
a) Na busca do conhecimento, não se podem encontrar
verdades indubitáveis, sem submeter as hipóteses ao
crivo da experimentação e da observação. 
b) A formulação do novo método cien�fico exige
submeter a experiência e a razão ao princípio de
autoridade para a conquista do conhecimento. 
c) O desacordo entre a experiência e a razão,
prevalecendo esta sobre aquela, cons�tui o
fundamento para o novo método cien�fico. 
d) Bacon admite o finalismo no processo natural, por
considerar necessário ao método perguntar para que
as coisas são e como são. 
e) O estabelecimento de um método experimental,
baseado na observação e na medida, aprimora o
método escolás�co. 
FIL0165 - (Ufpr)
Quando se conquistam Estados habituados a reger-se por
leis próprias e em liberdade, há três modos de manter a
sua posse: primeiro, arruiná-los; segundo, ir habitá-los;
terceiro, deixá-los viver com suas leis, arrecadando um
tributo e criando um governo de poucos, que se conserve
amigos. [...] Quem se torna senhor de uma cidade
tradicionalmente livre e não a destrói será destruído por
ela. Tais cidades têm sempre por bandeira, nas rebeliões,
a liberdade e suas an�gas leis, que não esquecem nunca,
nem com o correr do tempo, nem por influência dos
bene�cios recebidos. Por muito que se faça, quaisquer
que sejam as precauções tomadas, se não se promovem
o dissídio e a desagregaçãodos habitantes, não deixam
eles de se lembrar daqueles princípios e, em toda
27@professorferretto @prof_ferretto
oportunidade, em qualquer situação, a eles recorrem
[...]. Assim, para conservar uma república conquistada, o
caminho mais seguro é destruí-la ou habitá-la
pessoalmente. 
(MAQUIAVEL, N. O príncipe. São Paulo: Abril Cultural,
1983, p. 21-22.)
 
Com base nessa passagem, extraída da obra O Príncipe,
de Maquiavel, assinale a alterna�va correta. 
a) O poder emanado do príncipe deve ter a capacidade
de não apenas levar a cabo os planos de expansão de
seu próprio governo, mas sobretudo criar condições
para que esse poder mantenha-se de forma plena e
garanta a legi�midade da própria dominação. 
b) A passagem refere-se em especial às repúblicas que
ainda não passaram por um processo de
amadurecimento de suas ins�tuições democrá�cas.
Repúblicas que dependem de orientação externa e de
outras nações na formação da sua própria iden�dade
polí�ca, a fim de suplantar o ódio �pico dessas
repúblicas. 
c) Para Maquiavel, “habitar” a república conquistada é
uma possibilidade mais condizente com a posição do
Príncipe. Considerando que o autor �nha laços com o
pensamento humanista, “destruir” uma república
conquistada implicaria lançar mão da força militar,
com a qual Maquiavel não concordava. 
d) No mundo moderno e contemporâneo, o Príncipe,
garan�dor da ordem e da segurança pública, pode e
deve intervir com o argumento de preservar as
ins�tuições democrá�cas e republicanas, mesmo que
para isso seja necessário o uso da força. 
e) O Príncipe pode, por meio de pleito eleitoral,
plebiscito ou consulta popular, agir em nome do povo
e garan�r a soberania de seu Estado. Pode invadir as
nações que coloquem em risco a sua própria
liberdade. Pode combater o ódio das outras
repúblicas, e que essa nação seja destruída ou
habitada pelo Príncipe, a fim de assegurar a ordem
democrá�ca. 
FIL0619 - (Fer)
Resta-nos um único e simples método, para alcançar os
nossos intentos: levar os homens aos próprios fatos
par�culares e às suas séries e ordens, a fim de que eles,
por si mesmos, se sintam obrigados a renunciar às suas
noções e comecem a habituar-se ao trato direto das
coisas.
(BACON, F. Novum Organum Trad. José Aluysio Reis de
Andrade. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 26.)
 
Considerando as ideias do filósofo britânico Francis
Bacon sobre o método de produção do conhecimento,
assinale a alterna�va correta.
a) Francis Bacon é considerado um defensor do método
indu�vo de inves�gação cien�fica.
b) A concepção baconiana de mundo está ligada à
corrente racionalista que associa a ideia divina
revelada ao processo de descoberta da verdade.
c) Há na alma humana, para Bacon, algumas ideias inatas
que permi�riam a compreensão dos dados captados
pelos sen�dos.
d) A inves�gação da natureza consiste em aplicar um
conjunto de pressupostos meta�sicos, cuja função é
orientar a inves�gação, aos dados fornecidos pelos
sen�dos.
e) Por defender o empirismo, Bacon afirma que o
conhecimento sensível anula o conhecimento racional
e se contrapõe a ele. 
FIL0259 - (Ufu)
Os filósofos contratualistas elaboraram suas teorias sobre
os fundamentos ou origens do poder do Estado a par�r
de alguns conceitos fundamentais tais como, a soberania,
o estado de natureza, o estado civil, o estado de guerra, o
pacto social etc. 
[...] O estado de guerra é um estado de inimizade e
destruição [...] nisto temos a clara diferença entre o
estado de natureza e o estado de guerra, muito embora
certas pessoas os tenham confundido, eles estão tão
distantes um do outro [...].
LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo. São
Paulo: Ed. Abril Cultural, 1978.
 
Leia o texto acima e assinale a alterna�va correta. 
a) Para Locke, o estado de natureza é um estado de
destruição, inimizade, enfim uma guerra “de todos os
homens contra todos os homens”. 
b) Segundo Locke, o estado de natureza se confunde com
o estado de guerra. 
c) Segundo Locke, para compreendermos o poder
polí�co, é necessário dis�nguir o estado de guerra do
estado de natureza. 
d) Uma das semelhanças entre Locke e Hobbes está no
fato de ambos u�lizarem o conceito de estado de
natureza exatamente com o mesmo significado. 
FIL0311 - (Unicamp)
“O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a
ferros. O que se crê senhor dos demais não deixa de ser
mais escravo do que eles. (...) A ordem social, porém, é
um direito sagrado que serve de base a todos os outros.
(...) Haverá sempre uma grande diferença entre subjugar
uma mul�dão e reger uma sociedade. Sejam homens
28@professorferretto @prof_ferretto
isolados, quantos possam ser subme�dos
sucessivamente a um só, e não verei nisso senão um
senhor e escravos, de modo algum considerando-os um
povo e seu chefe. Trata-se, caso se queira, de uma
agregação, mas não de uma associação; nela não existe
bem público, nem corpo polí�co.”
(Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social. [1762]. São
Paulo: Ed. Abril, 1973, p. 28,36.) 
 
Sobre Do Contrato Social, publicado em 1762, e seu
autor, é correto afirmar que: 
a) Rousseau, um dos grandes autores do Iluminismo,
defende a necessidade de o Estado francês subs�tuir
os impostos por contratos comerciais com os
cidadãos. 
b) A obra inspirou os ideais da Revolução Francesa, ao
explicar o nascimento da sociedade pelo contrato
social e pregar a soberania do povo. 
c) Rousseau defendia a necessidade de o homem voltar a
seu estado natural, para assim garan�r a sobrevivência
da sociedade. 
d) O livro, inspirado pelos acontecimentos da
Independência Americana, chegou a ser proibido e
queimado em solo francês. 
FIL0338 - (Uece)
Atente para o seguinte trecho, que apresenta o
pensamento de Karl Marx sobre a realidade: 
 
“O concreto é concreto porque é a síntese de muitas
determinações, unidade do diverso. Por isso o concreto
aparece no pensamento como resultado, não como
ponto de par�da efe�vo. Por isso é que Hegel caiu na
ilusão de conceber o real como resultado do pensamento
que se sinte�za a si e se move por si mesmo. Mas este
não é de modo nenhum o processo da gênese do próprio
concreto”. 
MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos e outros
textos. Os Pensadores. São Paulo: Abril cultural, 1978.
Adaptado. 
 
Sobre a forma como Karl Marx entendia o seu método de
análise da realidade, é correto afirmar que 
a) contra o pensamento burguês, Marx propunha uma
análise que chamava de ideal-proposi�va, que se
opunha ao idealismo puro, cuja visão de realidade era
excessivamente idealizada. 
b) tal método era denominado de materialismo histórico
e se propunha a fazer uma análise da realidade
concreta que, em si, era contraditória; as contradições
eram da realidade e não do pensamento. 
c) seu método estava em concordância com o que
defendiam os jovens hegelianos, sobretudo com o
materialismo de Ludwig Feuerbach, a quem dedicou
um livro de análise. 
d) seguia os passos de seu maior influenciador, Friedrich
Hegel, aderindo ao pensamento dialé�co, cuja forma
de abordagem da realidade era processual e se
expressava na contradição das ideias. 
FIL0331 - (Unioeste)
“A passagem do estado de natureza para o estado civil
determina no homem uma mudança muito notável,
subs�tuindo na sua conduta o ins�nto pela jus�ça dando
às suas ações a moralidade que antes lhes faltava. É só
então que, tomando a voz do dever o lugar do impulso
�sico, e o direito o lugar do ape�te, o homem, até aí
levando em consideração apenas sua pessoa, vê-se
forçado a agir baseado em outros princípios e a consultar
e ouvir a razão antes de ouvir suas inclinações. Embora
nesse estado se prive de muitas vantagens que frui da
natureza, ganha outras de igual monta: suas faculdades
se exercem e se desenvolvem, suas ideias se alargam,
seus sen�mentos se enobrecem, toda sua alma se eleva a
tal ponto que (...) deveria sem cessar bendizer o instante
feliz que dela o arrancou para sempre e fez, de um
animal estúpido e limitado, um ser inteligente e um
homem”.
Rousseau.
 
Com base no texto, seguem as seguintesafirma�vas:
 
I. A mudança significa�va que ocorre para o homem, na
passagem do estado natural para o estado civil, é a de
que o homem passa a conduzir-se pelos ins�ntos, como
um “animal estúpido e limitado”.
II. A conduta do homem, no estado natural, é baseada na
jus�ça e na moralidade e em conformidade com
princípios fundados na razão.
III. Ao ingressar no estado civil, na sua conduta, o homem
subs�tui a jus�ça pelo ins�nto e ape�te, orientando-se,
apenas, pelas suas inclinações e não pela “voz do dever”
e sem “ouvir a razão”.
IV. Com a passagem do estado de natureza para o estado
civil, o homem passa a agir baseado em princípios da
jus�ça e da moralidade, orientando-se antes pela razão
do que pelas inclinações.
29@professorferretto @prof_ferretto
V. Com a passagem do estado de natureza para o estado
civil, o homem obtém vantagens que o faz um “ser
inteligente e um homem”, obtendo, assim a “liberdade
civil”, submetendo-se, apenas, “à lei que prescrevemos a
nós mesmos”.
 
Assinale a alterna�va correta. 
a) Apenas I e II estão corretas. 
b) Apenas II e III estão corretas. 
c) Apenas I e V estão corretas. 
d) Apenas IV e V estão corretas. 
e) Apenas II e V estão corretas. 
FIL0691 - (Ufu)
É necessário a um príncipe, para se manter no poder, que
aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de
valer-se disso segundo a necessidade. E ainda, que não
lhe importe incorrer na fama de ter certos defeitos, sem
os quais dificilmente poderia salvar o governo, pois,
considerando bem, podemos encontrar coisas que
parecem virtudes e que, se pra�cadas o levariam à ruína,
e outras que poderão parecer vícios e que, sendo
seguidas, trazem a segurança e o bem estar do
governante [...].
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. São Paulo: Abril
Cultural, 1973. p. 69.
 
De acordo com a teoria polí�ca de Maquiavel (1469-
1527), assinale a alterna�va correta.
a) Maquiavel afirma que um bom governante precisa,
antes de tudo, ser amado pelos seus súditos. 
b) Segundo Maquiavel, a ação polí�ca não pode ser
autônoma em relação aos preceitos da religião e da
moralidade. 
c) Para manter o poder, segundo Maquiavel, o
governante deve considerar como virtudes o que
todos consideram como vícios e vice-versa. 
d) Maquiavel destaca como virtude de um governante
menos suas qualidades morais ou sua obediência a
preceitos teóricos e mais sua astúcia com regras
prá�cas.
FIL0188 - (Ufsm)
O conhecimento é uma ferramenta essencial para a
sobrevivência humana. Os principais filósofos modernos
argumentaram que nosso conhecimento do mundo seria
muito limitado se não pudéssemos ultrapassar as
informações que a percepção sensível oferece. No
período moderno, qual processo cogni�vo foi ressaltado
como fundamental, pois permi�a obter conhecimento
direto, novo e capaz de antecipar acontecimentos do
mundo �sico e também do comportamento social? 
a) Dedução. 
b) Indução. 
c) Memorização. 
d) Testemunho. 
e) Oratória e retórica. 
FIL0334 - (Ufpa)
“A soberania não pode ser representada pela mesma
razão por que não pode ser alienada, consiste
essencialmente na vontade geral e a vontade
absolutamente não se representa. (...). Os deputados do
povo não são nem podem ser seus representantes; não
passam de comissários seus, nada podendo concluir
defini�vamente. É nula toda lei que o povo diretamente
não ra�ficar; em absoluto, não é lei.”
(ROSSEAU, J.J. Do Contrato social, São Paulo, Abril
Cultural, 1973, livro III, cap. XV, p. 108-109)
 
Rousseau, ao negar que a soberania possa ser
representada preconiza como regime polí�co: 
a) um sistema misto de democracia semidireta, no qual
atuariam mecanismos corre�vos das distorções da
representação polí�ca tradicional. 
b) a cons�tuição de uma República, na qual os
deputados teriam uma par�cipação polí�ca limitada. 
c) a democracia direta ou par�cipa�va, man�da por meio
de assembleias frequentes de todos os cidadãos. 
d) a democracia indireta, pois as leis seriam elaboradas
pelos deputados distritais e aprovadas pelo povo. 
e) um regime comunista no qual o poder seria ex�nto,
assim como as diferenças entre cidadão e súdito. 
FIL0242 - (Unesp)
Todas as vezes que mantenho minha vontade dentro dos
limites do meu conhecimento, de tal maneira que ela não
formule juízo algum a não ser a respeito das coisas que
lhe são claras e dis�ntamente representadas pelo
entendimento, não pode acontecer que eu me
equivoque; pois toda concepção clara e dis�nta é, com
certeza, alguma coisa de real e de posi�vo, e, assim, não
pode se originar do nada, mas deve ter obrigatoriamente
Deus como seu autor; Deus que, sendo perfeito, não
pode ser causa de equívoco algum; e, por conseguinte, é
necessário concluir que uma tal concepção ou um tal
juízo é verdadeiro.
René Descartes. Vida e Obra. Os pensadores, 2000.
 
Sobre o racionalismo cartesiano, é correto afirmar que 
30@professorferretto @prof_ferretto
a) sua concepção sobre a existência de Deus exerceu
grande influência na renovação religiosa da época. 
b) sua valorização da clareza e dis�nção do
conhecimento cien�fico baseou-se no
irracionalismo. 
c) desenvolveu as bases racionais para a crí�ca do
mecanicismo como método de conhecimento. 
d) formulou conceitos filosóficos fortemente contrários
ao heliocentrismo defendido por Galileu. 
e) se tratou de um pensamento responsável pela
fundamentação do método cien�fico moderno.
FIL0191 - (Uel)
Leia o texto a seguir.
 
 O pensamento moderno caracteriza-se pelo
crescente abandono da ciência aristotélica. Um dos
pensadores modernos desconfortáveis com a lógica
dedu�va de Aristóteles – considerando que esta não
permi�a explicar o progresso do conhecimento cien�fico
– foi Francis Bacon. No livro Novum Organum, Bacon
formulou o método indu�vo como alterna�va ao método
lógico-dedu�vo aristotélico.
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o
pensamento de Bacon, é correto afirmar que o método
indu�vo consiste 
a) na derivação de consequências lógicas com base no
corpo de conhecimento de um dado período
histórico. 
b) no estabelecimento de leis universais e necessárias
com base nas formas válidas do silogismo tal como
preservado pelos medievais. 
c) na postulação de leis universais com base em casos
observados na experiência, os quais apresentam
regularidade. 
d) na inferência de leis naturais baseadas no testemunho
de autoridades cien�ficas aceitas universalmente. 
e) na observação de casos par�culares revelados pela
experiência, os quais impedem a necessidade e a
universalidade no estabelecimento das leis naturais. 
FIL0247 - (Uece)
Leia atentamente o seguinte excerto:
“A liberdade do homem em sociedade consiste em não
estar subme�do a nenhum outro poder legisla�vo senão
àquele estabelecido no corpo polí�co mediante
consen�mento, nem sob o domínio de qualquer vontade
ou sob a restrição de qualquer lei afora as que promulgar
o poder legisla�vo, segundo o encargo a este confiado”.
LOCKE, John. Dois tratados sobre o governo. Mar�ns
Fontes, 1998, p. 401-402. Adaptado.
 
Considerando a definição de liberdade do homem em
sociedade, de John Locke, atente para as seguintes
afirmações:
 
I. A concepção de liberdade do homem em sociedade de
Locke elimina totalmente o direito de cada um de agir
conforme a sua vontade.
II. A concepção de liberdade do homem em sociedade de
Locke consiste em viver sob a restrição das leis
promulgadas pelo poder legisla�vo.
III. A concepção de liberdade do homem em sociedade
de Locke consiste em viver segundo uma regra
permanente e comum que todos devem obedecer.
 
É correto o que se afirma em 
a) I e II apenas. 
b) I e III apenas. 
c) II e III apenas. 
d) I, II e III. 
FIL0174 - (Ufu)
Em seus estudos sobre o Estado, Maquiavel busca
decifrar o que diz ser uma verità effe�uale, a “verdade
efe�va” das coisas que permeiam os movimentos da
mul�facetada história humana/polí�ca através dos
tempos. Segundo ele, há certos traços humanos comuns
e imutáveis no decorrer daquela história. Afirma, por
exemplo, que os homens são “ingratos,volúveis,
simuladores, covardes ante os perigos, ávidos de
lucro”. (O Príncipe, cap. XVII)
 
Para Maquiavel: 
a) A “verdade efe�va” das coisas encontra-se em plano
especula�vo e, portanto, no “dever-ser”. 
b) Fazer polí�ca só é possível por meio de um moralismo
piedoso, que redime o homem em âmbito estatal. 
c) Fortuna é poder cego, inabalável, fechado a qualquer
influência, que distribui bens de forma
indiscriminada. 
d) A Virtù possibilita o domínio sobre a Fortuna. Esta é
atraída pela coragem do homem que possui Virtù. 
FIL0356 - (Ufu)
Em Marx, o conceito de ideologia designa uma forma de
consciência inver�da, que distorce e encobre as formas
de dominação existentes nas relações sociais.
Tomando isso em consideração, marque a alterna�va que
apresenta corretamente a relação entre os conceitos de
31@professorferretto @prof_ferretto
estrutura e superestrutura no pensamento de Marx. 
a) Marx afirma que a superestrutura projeta falsamente
as relações sociais de produção como justas, e que
uma sociedade igualitária somente poderá surgir com
a revolução da estrutura econômica da sociedade. 
b) Marx afirma que a superestrutura jurídica é o
fundamento da divisão social do trabalho, e que toda
revolução deve principiar com a alteração da
legislação que regulamenta a a�vidade econômica. 
c) Marx afirma que os homens retêm em sua consciência
uma imagem transparente das relações sociais de
produção, e que somente a alteração da consciência
de cada indivíduo pode conduzir à revolução dessas
relações sociais de produção. 
d) Marx afirma que a democracia burguesa e os par�dos
polí�cos são o motor da história. Logo, toda revolução
social principia no domínio polí�co, que é a esfera em
que podem se manifestar legi�mamente os conflitos
de interesses. 
FIL0180 - (Ufu)
A Itália do tempo de Nicolau Maquiavel (1469 – 1527)
não era um Estado unificado como hoje, mas
fragmentada em reinos e repúblicas. Na obra O Príncipe,
declara seu sonho de ver a península unificada. Para
tanto, entre outros conceitos, forjou as concepções
de virtú e de fortuna. A primeira representa a capacidade
de governar, agir para conquistar e manter o poder; a
segunda é rela�va aos “acasos da sorte” aos quais todos
estão subme�dos, inclusive os governantes. Afinal, como
registrado na famosa ópera de Carl Orff: Fortuna
imperatrix mundi (A Fortuna governa o mundo).
 
 Por isso, um príncipe prudente não pode nem
deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne
prejudicial e quando as causas que o determinaram
cessem de exis�r.
MAQUIAVEL, N. “O príncipe”. Coleção os Pensadores. São
Paulo: Abril Cultura, 1973, p. 79 - 80.
 
Com base nas informações acima, assinale a alterna�va
que melhor interpreta o pensamento de Maquiavel. 
a) Trata-se da fortuna, quando Maquiavel diz que “as
causas que o determinaram cessem de exis�r”; e
devirtú, quando Maquiavel diz que o príncipe deve ser
“prudente”. 
b) Trata-se da virtú, quando Maquiavel diz que as “causas
mudaram”; e de fortuna quando se refere ao príncipe
prudente, pois um príncipe com tal qualidade saberia
acumular grande quan�dade de riquezas. 
c) Apesar de ser uma frase de Maquiavel, conforme o
texto introdutório, ela não guarda qualquer relação
com as noções de virtú e fortuna. 
d) O fragmento de Maquiavel expressa bem a noção
de virtú, ao dizer que o príncipe deve ser prudente,
mas não se relaciona com a noção de fortuna, pois em
nenhum momento afirma que as “circunstâncias”
podem mudar. 
FIL0328 - (Upe)
A Idade Moderna se caracterizou, no plano filosófico-
cultural, por um projeto iluminista: tudo o que se faz é
feito com a convicção de que as luzes da razão natural
iluminam os homens, eliminando as trevas da ignorância.
(SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia, 1994, p. 61).
 
Coloque V nas afirma�vas verdadeiras e F nas falsas
referentes ao Projeto Iluminista e à Filosofia Moderna.
 
(__) A expressão ‘as luzes’ foi preparada nos séculos
anteriores com o racionalismo cartesiano, a revolução
cien�fica, o processo de laicização da polí�ca e da moral.
(__) Tomaremos como Idade Moderna o período que se
inicia com o Renascimento e vai até a primeira década do
século XIX. Esse foi um período de conflitos intelectuais,
intenso movimento ar�s�co e muitas crises.
(__) A filosofia moderna se caracterizou pela
preocupação com as questões do conhecer, capazes de
produzir a nova ciência, ou seja, recursos que pudessem
proporcionar a passagem da especulação meta�sica para
as explicações experimentais.
(__) O empirismo é, juntamente com o racionalismo, uma
das grandes correntes formadoras da filosofia moderna.
(__) A filosofia moderna desenvolve uma visão meta�sica
do mundo e do homem, com base na nova perspec�va
de abordagem do real: o modo meta�sico de pensar, sem
dúvida, é o primeiro fruto do projeto iluminista da
Modernidade.
 
Assinale a alterna�va que apresenta a sequência correta. 
32@professorferretto @prof_ferretto
a) V, F, V, V, V. 
b) V, V, V, V, F. 
c) F, V, V, F, F. 
d) F, F, V, F, V. 
e) V, V, V, F, V. 
FIL0364 - (Uff)
O posi�vismo foi um sistema filosófico criado no século
XIX por Augusto Comte e que exerceu grande influência
no Brasil, especialmente entre militares, médicos,
cien�stas e em algumas correntes de republicanos que
par�ciparam diretamente da proclamação da República e
ocuparam postos de governo no início do novo regime. 
Dentre as inovações adotadas no início do regime
republicano brasileiro sob influência de ideias posi�vistas
estão 
a) sufrágio universal, direito de voto do analfabeto e das
mulheres. 
b) esta�zação das fábricas, cole�vização da agricultura e
par�do único. 
c) liberdade sindical, leis trabalhistas e salário-mínimo. 
d) separação da igreja e do estado, liberdade religiosa e
casamento civil. 
e) indenização aos proprietários de escravos,
deses�mulo à pequena propriedade e abolição de
impostos rurais. 
FIL0238 - (Unesp)
De um lado, dizem os materialistas, a mente é um
processo material ou �sico, um produto do
funcionamento cerebral. De outro lado, de acordo com as
visões não materialistas, a mente é algo diferente do
cérebro, podendo exis�r além dele. Ambas as posições
estão enraizadas em uma longa tradição filosófica, que
remonta pelo menos à Grécia An�ga. Assim, enquanto
Demócrito defendia a ideia de que tudo é composto de
átomos e todo pensamento é causado por seus
movimentos �sicos, Platão insis�a que o intelecto
humano é imaterial e que a alma sobrevive à morte do
corpo.
(Alexander Moreira-Almeida e Saulo de F. Araujo. “O
cérebro produz a mente?: um levantamento da opinião
de psiquiatras”. www.archivespsy.com, 2015.)
 
A par�r das informações e das relações presentes no
texto, conclui-se que 
a) a hipótese da independência da mente em relação ao
cérebro teve origem no método cien�fico. 
b) a dualidade entre mente e cérebro foi conceituada por
Descartes como separação entre pensamento e
extensão. 
c) o pensamento de Santo Agos�nho se baseou em
hipóteses empiristas análogas às do materialismo. 
d) os argumentos materialistas resgatam a meta�sica
platônica, favorecendo hipóteses de natureza
espiritualista. 
e) o progresso da neurociência estabeleceu provas
obje�vas para resolver um debate originalmente
filosófico. 
FIL0487 - (Uel)
Leia o seguinte texto:
 
 A filosofia está escrita neste imenso livro que
con�nuamente está aberto diante de nossos olhos (estou
falando do universo), mas que não se pode entender se
primeiro não se aprende a entender sua língua e
conhecer os caracteres em que está escrito. Ele está
escrito em linguagem matemá�ca e seus caracteres são
círculos, triângulos e outras figuras geométricas, meios
sem os quais é impossível entender humanamente suas
palavras: sem tais meios, vagamos inu�lmente por um
escuro labirinto.
(GALILEI, G. Il saggiatore. Apud REALE, G. & ANTISERI,
D. História da filosofia. São Paulo: Paulinas, 1990, v. 2, p.
281.)
 
Tendo em mente o texto acima e os conhecimentos sobre
o pensamento de Galileu acerca dométodo cien�fico,
considere as seguintes afirma�vas.
 
I. Galileu defende o desenvolvimento de uma ciência
voltada para os aspectos obje�vos e mensuráveis da
natureza, em oposição à �sica qualita�va de Aristóteles.
II. Para Galileu, é possível obter conhecimento cien�fico
sobre objetos matemá�cos, tais como círculos e
triângulos, mas não sobre objetos do mundo sensível.
III. Galileu pensa que uma ciência quan�ta�va da
natureza é possível graças ao fato de que a própria
natureza está configurada de modo a exibir ordem e
simetrias matemá�cas.
IV. Galileu considera que a observação não faz parte do
método cien�fico proposto por ele, uma vez que todo o
conhecimento cien�fico pode ser ob�do por meio de
demonstrações matemá�cas.
 
Assinale a alterna�va que contém todas as afirma�vas
corretas, mencionadas anteriormente. 
33@professorferretto @prof_ferretto
a) I e III. 
b) II e III. 
c) III e IV. 
d) I, II e IV. 
e) II, III e IV. 
FIL0358 - (Unioeste)
Texto 1
“Por princípio da u�lidade entende-se aquele princípio
que aprova ou desaprova qualquer ação, segundo a
tendência que tem a aumentar ou a diminuir a felicidade
da pessoa cujo interesse está em jogo, ou, o que é a
mesma coisa em outros termos, segundo a tendência de
promover ou comprometer a referida felicidade. Digo
qualquer ação, com o que tenciono dizer que isto vale
não somente para qualquer ação de um indivíduo
par�cular, mas também de qualquer ato ou medida de
governo. [...] A comunidade cons�tui um corpo fic�cio,
composto de pessoas individuais que se consideram
como cons�tuindo os seus membros. Qual é, nesse caso,
o interesse da comunidade? A soma dos interesses dos
diversos membros que integram a referida comunidade”.
BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da
moral e da legislação.São Paulo: Abril Cultural, 1974. p.
10.
 
Texto 2
“Para compreendermos o valor que Mill atribui à
democracia, é necessário observar com mais atenção a
sua concepção de sociedade e indivíduo [...]. O governo
democrá�co é melhor porque nele encontramos as
condições que favorecem o desenvolvimento das
capacidades de cada cidadão”.
WEFFORT, F. (org.). Os clássicos da polí�ca 2. 3 ed. São
Paulo: Á�ca, 1991. p. 197-98.
 
Sobre o u�litarismo e o pensamento de Bentham e Stuart
Mill, é INCORRETO afirmar. 
a) Para o u�litarismo clássico, o principal critério para a
moralidade é o princípio da u�lidade, que defende
como morais as ações que promovem a felicidade e o
bem-estar para o maior número de pessoas
envolvidas. 
b) Para os u�litaristas Bentham e Stuart Mill, uma ação é
considerada moralmente correta se promove a
felicidade e o bem-estar para o indivíduo, não
importando suas consequências em relação ao
conjunto da sociedade. 
c) U�litaristas como Bentham defendem que o papel do
legislador é o de produzir leis que sejam do interesse
dos indivíduos que cons�tuem uma comunidade e que
resultem na maior felicidade para o maior número
deles. 
d) O pensamento de Stuart Mill propõe mudanças
importantes à agenda polí�ca, na medida em que
reconhece que a par�cipação polí�ca não pode ser
tomada como privilégio de poucos. O Estado deverá,
portanto, adotar mecanismos que garantam a
ins�tucionalização da par�cipação mais ampliada dos
cidadãos. 
e) Enquanto Bentham defendia a democracia
representa�va como sendo uma forma de impedir que
os governos imponham seus interesses aos do povo,
Stuart Mill defende tal forma de governo como a
melhor forma para se controlar os governantes e ao
mesmo tempo aumentar a riqueza total da sociedade.
FIL0292 - (Uece)
As seguintes máximas exemplificam a solução
apresentada por Immanuel Kant na formulação do
princípio supremo da moralidade: 
 
“Age como se a máxima de tua ação se devesse tornar,
pela tua vontade, em lei universal da natureza”. 
“Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua
pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e
simultaneamente como fim e nunca simplesmente como
meio”. 
KANT, Immanuel. Fundamentação da meta�sica dos
costumes. Trad. Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70.1997. 
 
Essas máximas são impera�vos categóricos, sobre os
quais é correto afirmar que 
34@professorferretto @prof_ferretto
a) estabelecem, segundo Kant, a universalização da ação
moral através de uma finalidade a ser a�ngida fora da
razão e estabelecida a par�r do processo de análise
racional da realidade. 
b) são, inicialmente, de caráter hipoté�co, ao buscar
avaliar as ações possíveis, como meio de alcançar
alguma coisa que se deseja ou que se queira a�ngir
concretamente. 
c) são chamados categóricos, por serem mandamentos
da própria razão autônoma e por servirem de
procedimento para testar o caráter universalizável e,
portanto, moral de uma máxima. 
d) determinam, categoricamente, que, para a�ngir um
determinado fim, é necessário que se usem certos
meios, o que expressa a universalização da moral
pragmá�ca kan�ana. 
FIL0171 - (Uel)
Leia o texto a seguir.
 
A República de Veneza e o Ducado de Milão ao norte, o
reino de Nápoles ao sul, os Estados papais e a república
de Florença no centro formavam ao final do século XV o
que se pode chamar de mosaico da Itália sujeita a
constantes invasões estrangeiras e conflitos internos.
Nesse cenário, o floren�no Maquiavel desenvolveu
reflexões sobre como aplacar o caos e instaurar a ordem
necessária para a unificação e a regeneração da Itália.
(Adaptado de: SADEK, M. T. “Nicolau Maquiavel: o
cidadão sem fortuna, o intelectual de virtú”. In: WEFORT,
F. C. (Org.). Clássicos da polí�ca. v.2. São Paulo: Á�ca,
2003. p.11-24.)
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia
polí�ca de Maquiavel, assinale a alterna�va correta. 
a) A anarquia e a desordem no Estado são aplacadas com
a existência de um Príncipe que age segundo a
moralidade convencional e cristã. 
b) A estabilidade do Estado resulta de ações humanas
concretas que pretendem evitar a barbárie, mesmo
que a realidade seja móvel e a ordem possa ser
desfeita. 
c) A história é compreendida como re�línea, portanto, a
ordem é resultado necessário do desenvolvimento e
aprimoramento humano, sendo impossível que o caos
se repita. 
d) A ordem na polí�ca é inevitável, uma vez que o âmbito
dos assuntos humanos é resultante da materialização
de uma vontade superior e divina. 
e) Há uma ordem natural e eterna em todas as questões
humanas e em todo o fazer polí�co, de modo que a
estabilidade e a certeza são constantes nessa
dimensão.
FIL0318 - (Uel)
Leia o texto a seguir.
 
Por que só o homem é susce�vel de tornar-se imbecil?
[...] O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o
primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de
dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente
simples para acreditá-lo.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os
fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad.
Lourdes Santos Machado, 3. ed. São Paulo: Abril Cultural,
1983. pp. 243; 259.
 
Com base nos conhecimentos sobre sociedade civil,
propriedade e natureza humana no pensamento de
Rousseau, assinale a alterna�va correta. 
35@professorferretto @prof_ferretto
a) A instauração da propriedade decorre de um ato
legí�mo da sociedade civil, na medida em que busca
atender às necessidades do homem em estado de
natureza. 
b) A instauração da propriedade e da sociedade civil cria
uma ruptura radical do homem consigo mesmo e de
distanciamento da natureza. 
c) A fundação da sociedade civil é legi�mada pela
racionalidade e pela universalidade do ato de
instauração da propriedade privada. 
d) O sen�mento mais primi�vo do homem, que o leva a
ins�tuir a propriedade, é o reconhecimento da
necessidade da propriedade para garan�r a
subsistência. 
e) A sociedade civil e a propriedade são expressões da
perfec�bilidade humana, ou seja, da sua capacidade
de aperfeiçoamento. 
FIL0349 - (Ueg)
Um dos elementos mais conhecidos da filosofia de Hegel
é a dialé�ca, baseada no pressuposto de que uma ideia
(tese) produz uma ideia oposta (an�tese), resultando,
consequentemente, numa conciliação (síntese)entre as
duas ideias opostas. Nesse sen�do, ao u�lizar esse
princípio hegeliano para interpretar os sistemas polí�cos
contemporâneos, percebe-se que a síntese entre os
princípios do liberalismo e os do marxismo foi efe�vada
no 
a) Estado de bem-estar social. 
b) anarquismo de Bakunin. 
c) nazismo alemão. 
d) fascismo italiano. 
FIL0612 - (Fer)
Considere o seguinte texto:
 
Maquiavel rejeita a polí�ca norma�va dos gregos, a qual,
ao explicar “como o homem deve agir”, cria sistemas
utópicos. A nova polí�ca, ao contrário, deve procurar a
verdade efe�va, ou seja, “como o homem age de fato”. O
método de Maquiavel es�pula a observação dos fatos, o
que denota uma tendência comum aos pensadores do
Renascimento, preocupados em superar, através da
experiência, os esquemas meramente dedu�vos da Idade
Média. Seus estudos levam à constatação de que os
homens sempre agiram pelas formas da corrupção e da
violência.
(Maria Lúcia Aranha e Maria Helena Mar�ns. Filosofando,
1986. Adaptado.)
 
Com base no texto e no pensamento polí�co de
Maquiavel, assinale a alterna�va correta:
a) A questão da manutenção do poder é o principal
desafio ao príncipe e, por isso, ele não precisa cumprir
a palavra dada, desde que autorizado pela Igreja.
b) Há uma ordem natural e eterna em todas as questões
humanas e em todo o fazer polí�co, de modo que a
estabilidade e a certeza são constantes nessa
dimensão.
c) O mundo da polí�ca obriga o governante a tomar
decisões que contrariam os seus ideais de moralidade
e de virtude em nome da conservação do regime
polí�co. 
d) O mundo da polí�ca exige ações más, porém
disfarçadas de bondade, isto é, a total hipocrisia do
polí�co.
e) O governante deve ser um modelo de virtude, e é
precisamente por saber como governar a si próprio e
não se deixar influenciar pelos maus que ele está
qualificado a governar os outros, isto é, a conduzi-los à
virtude.
FIL0265 - (Ufu)
O pensamento polí�co de John Locke contém uma teoria
da cidadania que anuncia certos aspectos da filosofia do
século XVIII. Pela anuência à vida civil e pela confiança
que deposita no poder público, o indivíduo se faz
cidadão. Incorporando-se livremente ao corpo polí�co,
cada um par�cipa de sua gestão: alcança assim a
dignidade polí�ca.
 
Acerca do pensamento de Locke, considere o texto acima
e marque a alterna�va correta. 
a) Um governante que usa, à margem da lei, a força
contra os interesses de seus súditos destrói sua
própria autoridade. O súdito tem o direito a resis�r-
lhe. 
b) O contrato tem a finalidade de ins�tuir a vida é�ca no
seio do Estado. 
c) Locke afirma que o contrato emerge da base material
da sociedade, independentemente das decisões dos
indivíduos. 
d) A transferência de poder torna-se irrevogável após o
contrato, porque a soberania é ilimitada e absoluta. 
FIL0200 - (Unesp)
Os homens, diz an�go ditado grego, atormentam-se com
a ideia que têm das coisas e não com as coisas em si.
Seria grande passo, em alívio da nossa miserável
condição, se se provasse que isso é uma verdade
absoluta. Pois se o mal só tem acesso em nós porque
36@professorferretto @prof_ferretto
julgamos que o seja, parece que estaria em nosso poder
não o levarmos a sério ou o colocarmos a nosso serviço.
Por que atribuir à doença, à indigência, ao desprezo um
gosto ácido e mau se o podemos modificar? Pois o
des�no apenas suscita o incidente; a nós é que cabe
determinar a qualidade de seus efeitos.
(Michel de Montaigne. Ensaios, 2000. Adaptado.)
 
De acordo com o filósofo, a diferença entre o bem e o
mal 
a) representa uma oposição de natureza meta�sica, que
não está sujeita a rela�vismos existenciais. 
b) relaciona-se com uma esfera sagrada cujo
conhecimento é autorizado somente a sacerdotes
religiosos. 
c) resulta da queda humana de um estado original de
bem-aventurança e harmonia geral do Universo. 
d) depende do conhecimento do mundo como realidade
em si mesma, independente dos julgamentos
humanos. 
e) depende sobretudo da qualidade valora�va
estabelecida por cada indivíduo diante de sua vida. 
FIL0214 - (Ufsj)
“Algumas criaturasvivas, como as abelhas e as formigas,
que vivem socialmente umas com as outras [...] tendem
para o bene�cio comum”. 
Para Thomas Hobbes, essa tendência não ocorre entre os
homens porque
a) esses insetos, dentroda sua irracionalidade natural,
dão lições de conduta aos seres humanos; seja na
tarefa diária, seja na poli�zação paradoxal do modelo
comunista difundido por JosephStalin e Karl Marx. 
b) as abelhas e as formigas têm a peculiaridade
de construir suas sociedades dentro de
uma unidade dinâmica e circular, que poderia ser
bem definida como um contrato social se
elas fossem humanas. Os seres humanos
não a�ngiram tal estágio ainda. 
c) estes estão constantemente envolvidos numa
compe�ção pela honra e pela dignidade e se
julgam uns mais sábios que outros para exercer
opoder público, reformam e inovam, o que muitas
vezes leva o país à desordem e àguerra civil. 
d) o mo�vo maior que guia a vida de tais criaturas é
a engrenagemda soberania da vontade de criar, da
vontade de poder,retomada por Nietzsche e
pelo existencialismo. 
FIL0187 - (Unesp)
Os ídolos e noções falsas que ora ocupam o intelecto
humano e nele se acham implantados não somente o
obstruem a ponto de ser di�cil o acesso da verdade,
como, mesmo depois de superados, poderão ressurgir
como obstáculo à própria instauração das ciências, a não
ser que os homens, já precavidos contra eles, se cuidem
o mais que possam. O homem se inclina a ter por
verdade o que prefere. Em vista disso, rejeita as
dificuldades, levado pela impaciência da inves�gação;
rejeita os princípios da natureza, em favor da supers�ção;
rejeita a luz da experiência, em favor da arrogância e do
orgulho, evitando parecer se ocupar de coisas vis e
efêmeras; rejeita paradoxos, por respeito a opiniões
vulgares. Enfim, inúmeras são as fórmulas pelas quais o
sen�mento, quase sempre impercep�velmente, se
insinua e afeta o intelecto.
(Francis Bacon. Novum Organum [publicado
originalmente em 1620],
1999. Adaptado.)
 
Na história da filosofia ocidental, o texto de Bacon
preconiza 
a) um pensamento cien�fico racional afastado de paixões
e preconceitos. 
b) uma crí�ca à hegemonia do paradigma cartesiano no
âmbito cien�fico. 
c) a defesa do ina�smo das ideias contra os pressupostos
da filosofia empirista. 
d) a valorização român�ca de aspectos sen�mentais e
intui�vos do pensamento. 
e) uma crí�ca de caráter é�co voltada contra a frieza do
trabalho cien�fico. 
FIL0197 - (Uel)
“[...] Aristóteles estabelecia antes as conclusões, não
consultava devidamente a experiência para
estabelecimento de suas resoluções e axiomas. E tendo,
ao seu arbítrio, assim decidido, subme�a a experiência
como a uma escrava para conformá-la às suas opiniões”.
(BACON, Francis. Novum Organum. Trad. de José Aluysio
Reis de Andrade. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p.
33.)
 
Com base no texto, assinale a alterna�va que apresenta
corretamente a interpretação que Bacon fazia da filosofia
aristotélica.
37@professorferretto @prof_ferretto
a) A filosofia aristotélica estabeleceu a experiência como
o fundamento da ciência. 
b) Aristóteles consultava a experiência para estabelecer
os resultados e axiomas da ciência. 
c) Aristóteles afirmava que o conhecimento teórico
deveria submeter-se, como um escravo, ao
conhecimento da experiência. 
d) Aristóteles desenvolveu uma concepção de filosofia
que tem como consequência a desvalorização da
experiência. 
e) Aristóteles valorizava a experiência, por considerá-la
um caminho seguro para superar a opinião e a�ngir o
conhecimento verdadeiro.
FIL0558 - (Uece)
Quando argumenta que um Estado não tem direito a
apropriar-se de outro Estado, seja por herança de seus
soberanos, troca, compra ou doação, Kant afirma:
 
“Um Estado não é patrimônio (como, por exemplo, o solo
em que ele tem a sua sede). É uma sociedade de homens
sobre a qual mais ninguém a não ser ele próprio tem de
mandar e dispor. Enxertá-lo noutroEstado significa
eliminar a sua existência como pessoa moral e fazer desta
úl�ma uma coisa, contradizendo, por conseguinte, a ideia
do contrato originário, sem a qual é impossível pensar
Direito algum sobre um povo”.
KANT, Immanuel. À paz perpétua: Um projeto filosófico.
Trad. port. Artur Morão. Covilhã, Portugal: Universidade
da Beira Interior, 2008, p.5. Adaptado.
 
Baseado na citação acima, é correto afirmar que 
a) o Estado é uma coisa, por isso só pode ser tomado
pela força. 
b) o Estado, sendo uma coisa, pode ser herdado,
comprado ou doado. 
c) cada Estado, como pessoa moral, só obedece às suas
próprias leis. 
d) o Estado é uma pessoa moral, pois o território é
sagrado para seu povo. 
FIL0345 - (Ufu)
A dialé�ca de Hegel 
a) envolve duas etapas, formadas por opostos
encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, frio-
calor). 
b) é incapaz de explicar o movimento e a mudança
verificados tanto no mundo quanto no pensamento. 
c) é interna nas coisas obje�vas, que só podem crescer e
perecer em virtude de contradições presentes nelas. 
d) é um método (procedimento) a ser aplicado ao objeto
de estudo do pesquisador. 
FIL0199 - (Ueg)
O movimento de ideias, conhecido como Renascença, foi
caracterizado na literatura e na arte por um esmerado
cul�vo da forma e por uma admiração entusiasta da
an�guidade pagã. Mudanças foram experimentadas em
todas as áreas de atuação humana. Dentre os pensadores
que marcaram esse período, destacam-se os seguintes: 
a) Kant, Hegel e Marx 
b) Descartes, Bacon e Comte 
c) Sócrates, Platão e Aristóteles 
d) Giordano Bruno, Maquiavel e Jean Bodin 
FIL0190 - (Uel)
A figura do homem que triunfa sobre a natureza bruta é
significa�va para se pensar a filosofia de Francis Bacon
(1561-1626). Com base no pensamento de Bacon,
considere as afirma�vas a seguir.
 
I. O homem deve agir como intérprete da natureza para
melhor conhecê-la e dominá-la em seu bene�cio.
II. O acesso ao conhecimento sobre a natureza depende
da experiência guiada por método indu�vo.
III. O verdadeiro pesquisador da natureza é um homem
que parte de proposições gerais para, na sequência e à
38@professorferretto @prof_ferretto
luz destas, clarificar as premissas menores.
IV. Os homens de experimentos processam as
informações à luz de preceitos dados a priori pela razão.
 
Assinale a alterna�va correta.
a) Somente as afirma�vas I e II são corretas. 
b) Somente as afirma�vas II e IV são corretas. 
c) Somente as afirma�vas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirma�vas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirma�vas I, III e IV são corretas. 
FIL0490 - (Uff)
Aristóteles afirmava que “se algum corpo está em
movimento, é porque está sendo movido por alguma
coisa”. Essa concepção predominou até a Revolução
Cien�fica dos séculos XVI e XVII, quando a questão do
movimento foi o tema principal dos cien�stas.
 
A concepção que contestou e subs�tuiu a que era
defendida por Aristóteles foi a de 
a) atomismo. 
b) inércia. 
c) heliocentrismo. 
d) preformismo. 
e) ímpeto. 
FIL0617 - (Fer)
Immanuel Kant afirma que o impera�vo categórico é o
princípio obje�vo da moralidade válido para todos os
seres humanos como fundamento de determinação da
vontade e critério de escolha de máximas morais.
 
Sobre a moral kan�ana, marque V, se for verdadeiro, e F,
se for falso.
 
(__) Immanuel Kant defende a tese de que as ações
humanas morais são mo�vadas unicamente pelos
sen�mentos inerentes à natureza humana e ao ins�nto,
por exemplo, o sen�mento de piedade em relação ao
próximo.
(__) Para Kant, devemos pensar e agir de tal modo que
todas as nossas ações se transformem em lei universal.
(__) Liberdade e obrigação são conceitos que se opõem
mutuamente, pois, se uma ação é considerada livre e,
portanto, dependente apenas do querer do agente,
então é inaceitável, de acordo com Kant, que seres
humanos tenham deveres morais.
(__) Kant acreditava que era possível desenvolver um
sistema moral consistente e par�cular, u�lizando apenas
as experiências sensíveis.
 
A sequência correta, de cima para baixo, é:
a) V, V, V, V.
b) V, F, V, F.
c) F, V, F, F.
d) V, V, V, F.
e) F, V, V, F.
FIL0279 - (Uel)
Leia o texto a seguir.
 
As ideias produzem as imagens de si mesmas em novas
ideias, mas, como se supõe que as primeiras ideias
derivam de impressões, con�nua ainda a ser verdade que
todas as nossas ideias simples procedem, mediata ou
imediatamente, das impressões que lhes correspondem.
HUME, D. Tratado da Natureza Humana. Trad. De Serafim
da Silva Fontes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
2001. p.35.
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a questão
da sensibilidade, razão e verdade em David Hume,
considere as afirma�vas a seguir.
 
I. Geralmente as ideias simples, no seu primeiro
aparecimento, derivam das impressões simples que lhes
correspondem.
II. A conexão entre as ideias e as impressões provém do
acaso, de modo que há uma independência das ideias
com relação às impressões. 
III. As ideias são sempre as causas de nossas impressões.
IV. Assim como as ideias são as imagens das impressões,
é também possível formar ideias secundárias, que são
imagens das ideias primárias.
 
Assinale a alterna�va correta. 
a) Somente as afirma�vas I e II são corretas. 
b) Somente as afirma�vas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirma�vas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirma�vas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirma�vas II, III e IV são corretas. 
FIL0307 - (Ufu)
Autonomia da vontade é aquela sua propriedade graças à
qual ela é para si mesma a sua lei (independentemente
da natureza dos objetos do querer). O princípio da
autonomia é, portanto: não escolher senão de modo a
que as máximas da escolha estejam incluídas
simultaneamente, no querer mesmo, como lei universal. 
KANT, Immanuel. Fundamentação da Meta�sica dos
Costumes. Tradução de Paulo Quintela. Lisboa: Edições
70, 1986, p. 85. 
39@professorferretto @prof_ferretto
 
De acordo com a doutrina é�ca de Kant: 
a) O Impera�vo Categórico não se relaciona com a
matéria da ação e com o que deve resultar dela, mas
com a forma e o princípio de que ela mesma deriva. 
b) O Impera�vo Categórico é um cânone que nos leva a
agir por inclinação, vale dizer, tendo por obje�vo a
sa�sfação de paixões subje�vas. 
c) Inclinação é a independência da faculdade de ape�ção
das sensações, que representa aspectos obje�vos
baseados em um julgamento universal. 
d) A boa vontade deve ser u�lizada para sa�sfazer os
desejos pessoais do homem. Trata-se de fundamento
determinante do agir, para a sa�sfação das
inclinações. 
FIL0486 - (Upe-ssa)
Sobre Paradigma da Modernidade, leia o texto a seguir:
 
Com a revolução cien�fica moderna (século XVII), a
ciência deixa de ser contempla�va ou teórica para tornar-
se a�va, detendo um poder de exercer uma ação eficaz.
Adquire um outro estatuto: torna-se um saber, tendo por
obje�vo conhecer o mundo no sen�do de dominá-lo,
sobre ele exercer um poder, converter o homem em seu
mestre e possuidor.
JAPIASSU, Hilton. Ciência e Des�no Humano. Rio de
Janeiro: Imago, p. 211, 2005.
 
No contexto do Paradigma da Modernidade, com
especificidade no âmbito da revolução cien�fica
moderna, o autor faz algumas observações per�nentes
sobre o novo estatuto do saber. Sobre esse assunto, é
CORRETO afirmar que 
a) o saber cien�fico e a técnica começam a formar um
par dissociável. 
b) na revolução cien�fica moderna, a ciência
contempla�va alicerça as bases cons�tu�vas da ação
eficaz. 
c) o conhecimento cien�fico teórico tem significância
maior frente à ação eficaz. 
d) com a revolução cien�fica moderna, o novo estatuto,
com a ciência a�va, não só é relevante mas também
deseja a dominação, a subjugação, a manipulação da
natureza, exercendo sobre esta poder. 
e) com o novo estatuto teórico, a ciência perde o seu
poder. Doravante, o homem é o senhor e o mestre da
natureza. 
FIL0262 - (Unioeste)
Locke é um dos principais representantes do
contratualismo clássico. Tem como ponto de par�daraças
dessa sociedade. 
b) socialmente produzidas, com base nas relações sociais
de poder. 
c) sempre herdadas de épocas anteriores, por isso são
históricas. 
d) formas de a classe dominante enganar e manipular os
dominados. 
FIL0668 - (Uece)
Leia atentamente o seguinte trecho da obra de
 
Maquiavel (1469-1527) acerca da liberdade republicana.
“Direi que quem condena os conflitos entre os nobres e a
plebe [povo] parece cri�car as coisas que foram a
primeira causa da liberdade de Roma e leva mais em
consideração as confusões entre as pessoas e o falatório
sobre tais conflitos do que os bons efeitos que eles
geravam; e não consideram que em toda república há
dois humores (estados de espírito, temperamentos)
diferentes, o do povo, e o dos grandes, dos nobres, e que
todas as leis que se fazem em favor da liberdade nascem
do conflito deles, como facilmente se pode ver que
ocorreu em Roma.”
MAQUIAVEL, Nicolau. Discursos sobre a primeira década
de Tito Lívio. São Paulo: Mar�ns Fontes, 2007. (Texto
adaptado).
 
Com base no trecho anterior, é correto afirmar que, para
Maquiavel,
a) os conflitos entre os nobres e o povo são prejudiciais à
liberdade da República Romana. 
b) os conflitos sociais entre o povo e os nobres são a
causa da liberdade republicana. 
c) a liberdade é fruto de uma concessão feita pelo
príncipe �rano ao povo e aos nobres. 
d) a questão da liberdade é fruto de uma dinâmica
harmoniosa entre os nobres e o povo. 
FIL0673 - (Uece)
Leia com atenção essas duas estrofes do poeta cearense
e, em seguida, marque a alterna�va que apresenta uma
ideia jusnaturalista moderno presente no poema.
 
Camponeses, meus irmãos,
E operários da cidade,
É preciso dar as mãos
E gritar por liberdade.
Em favor de cada um,
 
Formar um corpo comum,
Operário e camponês!
Pois, só com essa aliança,
A estrela da bonança
Brilhará para vocês!
 
Uns com os outros se entendendo,
Esclarecendo as razões.
E todos, juntos, fazendo
Suas reivindicações!
Por uma Democracia
De direito e garan�a
Lutando, de mais a mais!
São estes os belos planos,
Pois, nos Direitos Humanos,
Nós todos somos iguais!
PATATIVA DO ASSARÉ. O agregado e o operário. In:
Antologia poé�ca. Org. Gilmar de Carvalho. – 8ª ed.
Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha, 2015.
a) A defesa do desenvolvimento econômico. 
b) A luta de classes de operários e camponeses. 
c) A igualdade natural entre os seres humanos. 
d) A democracia com direitos sociais dos pobres. 
FIL0675 - (U�)
Karl Marx (1818-1881): “E vossa educação, não é ela
também determinada pela sociedade? Não é
determinada pelas relações sociais nas quais educais
vossos filhos, pela ingerência mais ou menos direta ou
indireta da sociedade através das escolas, etc.? Os
comunistas não inventaram a influência da sociedade
3@professorferretto @prof_ferretto
sobre a educação; procuraram apenas transformar o seu
caráter, arrancando a educação da influência da classe
dominante. A fraseologia burguesa sobre a família e a
educação, sobre os afetuosos vínculos entre criança e
pais, torna-se tanto mais repugnante quanto mais a
grande indústria rompe todos os laços familiares dos
proletários e transforma suas crianças em simples ar�gos
de comércio e em simples instrumentos de trabalho.”
(MARX, K. Manifesto do par�do comunista. 6ª Ed.
Petrópolis: Vozes, 1996, p. 83-84).
 
Conforme o texto é CORRETO afirmar:
a) Os comunistas são contra a família e as relações
sociais. 
b) As crianças devem ser educadas pela sociedade
burguesa. 
c) Não existe nenhuma relação entre classes sociais e
educação. 
d) A educação não deve ser determinada pela classe
dominante. 
FIL0681 - (Ufpr)
As afirmações a seguir são de Hylas e foram todas
re�radas do Diálogo entre Hylas e Philonous, de George
Berkeley. Qual delas mostra que Hylas finalmente admi�u
o idealismo defendido por seu interlocutor, Philonous?
(BERKELEY, George. Três diálogos entre Hylas e Philonous.
Curi�ba: UFPR. SCHLA, 2012, p. 29, 73, 37, 63 e 51,
respec�vamente.)
a) “Exis�r é uma coisa, ser percebido é outra.”
b) “Tudo que posso fazer é formar ideias na minha
própria mente. [...] E isso está longe de ser prova de
que posso concebê-las exis�ndo fora das mentes de
todos os espíritos.”
c) “O calor e o frio são apenas sensações que existem em
nossas mentes. Entretanto, ainda restam qualidades
suficientes para assegurar a realidade das coisas
externas.”
d) “Cores, sons, sabores, resumindo, tudo aquilo
denominado qualidades secundárias, certamente não
existem fora da mente. Mas ao admi�-lo, não significa
que eu rejeite qualquer coisa da realidade da matéria
ou dos objetos externos.”
e) “Considero uma grande omissão o fato de não ter
dis�nguido suficientemente objeto e sensação.
Embora a sensação não possa exis�r sem a mente,
disso não se segue que o objeto não possa.”
FIL0683 - (Ufpr)
Maquiavel considera que é muito ú�l “poder acusar
perante o povo, perante um magistrado ou mesmo
perante um conselho, os cidadãos que pra�carem algum
ato contra o estado livre”. Pois, com isso, escreve ele, “se
ins�tui um lugar para o desafogo daqueles humores que
crescem nas cidades contra qualquer cidadão. Quando
estes humores não têm onde se desafogar
ordinariamente, buscam modos extraordinários.”
(MAQUIAVEL, Nicolau. Discursos sobre a Primeira década
de Tito Livio. In: MARÇAL, J. (org.). Antologia de textos
filosóficos. Curi�ba: SEED, 2009. p. 437).
 
Nessa passagem, Maquiavel elogia a ins�tuição romana
da acusação pública porque ela:
a) reconhece os direitos dos cidadãos de maneira
equita�va. 
b) confere soberania ao povo, reconhecendo-o como a
fonte das leis. 
c) oferece um lugar ins�tucional para a manifestação de
conflitos. 
d) garante a todos os indivíduos a plena liberdade de
expressão.
e) impõe obediência às leis.
FIL0687 - (Ufu)
No dizer de Descartes, não temos certeza sequer se
exis�mos, pois podemos estar em um sonho ou ser
ví�mas de um ser maior do que nós e que nos engana,
fazendo-nos crer que exis�mos quando, na verdade, não
somos mais do que a imaginação desse ser. No entanto,
mesmo quando nos enganamos, precisamos do
pensamento, quer dizer, para nos enganarmos, temos de
pensar; e, para pensar, precisamos exis�r. Ora, se
podemos nos enganar, então pensamos e, se pensamos,
então, exis�mos.
SAVIAN FILHO, Juvenal. Filosofia e filosofias. Belo
Horizonte: Autên�ca, 2016. p. 67.
 
A respeito da filosofia de Descartes (1596-1650),
considere as afirmações a seguir.
 
I. Para Descartes, colocar todo conhecimento em dúvida
é um método para chegar a um conhecimento
indubitável.
II. O conhecimento ob�do por meio dos cinco sen�dos é
a única garan�a do que é verdadeiro.
III. A evidência do pensamento é o fundamento para
outras verdades como a existência de Deus e as verdades
matemá�cas.
 
Assinale a alterna�va que apresenta afirmação(ões)
correta(s).
4@professorferretto @prof_ferretto
a) Apenas I e II. 
b) Apenas I e III. 
c) Apenas II e III. 
d) Apenas I.
FIL0688 - (Ufu)
Sobre o ser humano no estado de natureza, Thomas
Hobbes (1588-1679) escreveu o seguinte:
 
O direito de natureza, a que os autores geralmente
chamam jus naturale, é a liberdade que cada homem
possui de usar seu próprio poder, da maneira que quiser,
para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de
sua vida; e, consequentemente, de fazer tudo aquilo que
seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios
adequados a esse fim.
HOBBES, Thomas. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1974.
p. 82.
 
Par�ndo desse texto como premissa, para Hobbes,
a) enquanto persis�r o estado de natureza, persiste um
estado de guerra de todos contra todos. 
b) no estado de natureza, os seres humanos são felizes
porque são naturalmente livres. 
c) para a cons�tuição do Estado, ninguém deve renunciar
a sua liberdade natural. 
d) por natureza, a liberdade de cada ser humano não
entra em conflito com a liberdade dos demais.
FIL0706 - (Unesp)
Também conhecidas como Organizações
Intergovernamentais, essas ins�tuições são criadas por
países (Estados soberanos),de
seu pensamento polí�co o estado de natureza, de modo
que, através do contrato (pacto) social, realiza-se a
passagem para o Estado civil.
 
Assinale a alterna�va que não corresponde à concepção
liberal de polí�ca de Locke. 
a) O estado de natureza é um estado de guerra
generalizada de todos contra todos. 
b) No estado de natureza, todos os homens são livres e
iguais, tendo todos o direito à vida, à liberdade e à
propriedade. 
c) O estado de natureza é um estado de rela�va paz, por
falta de um juiz imparcial que julgue os possíveis
conflitos entre os indivíduos. 
d) O Estado civil tem sua origem e fundamento no pacto
de consen�mento unânime de indivíduos livres e
iguais, sendo que na escolha da forma de governo
segue-se o princípio da maioria. 
e) No centro do pensamento polí�co de Locke se
encontra a defesa dos direitos naturais inalienáveis do
indivíduo à vida, à liberdade e à propriedade, que
devem ser garan�dos e protegidos pelo Estado civil.
FIL0195 - (Uel)
Segundo Francis Bacon, “são de quatro gêneros os ídolos
que bloqueiam a mente humana. Para melhor apresentá-
los, lhes assinamos nomes, a saber: Ídolos da Tribo;
Ídolos da Caverna; Ídolos do Foro e Ídolos do Teatro”.
Fonte: BACON, F. Novum Organum.Tradução de José
Aluysio Reis de Andrade. São Paulo: Nova Cultural, 1988,
p. 21.
 
Com base nos conhecimentos sobre Bacon, os Ídolos da
Tribo são: 
a) Os ídolos dos homens enquanto indivíduos. 
b) Aqueles provenientes do intercurso e da associação
recíproca dos indivíduos. 
c) Aqueles que imigraram para o espírito dos homens por
meio das diversas doutrinas filosóficas. 
d) Aqueles que chegam ao espírito humano por meio de
regras viciosas de demonstração. 
e) Aqueles fundados na própria natureza humana. 
FIL0302 - (Uema)
Fraqueza e covardia são as causas pelas quais a maioria
das pessoas permanece infan�l mesmo tendo condição
de libertar-se da tutela mental alheia. Por isso, fica fácil
para alguns exercer o papel de tutores, pois muitas
pessoas, por comodismo, não desejam se tornar adultas.
40@professorferretto @prof_ferretto
Se tenho um livro que pensa por mim; um sacerdote que
dirige minha consciência moral; um médico que me
prescreve receitas e, assim por diante, não necessito
preocupar-me com minha vida. Se posso adquirir
orientações, não necessito pensar pela minha cabeça:
transfiro ao outro esta penosa tarefa de pensar. 
 
Fonte: I. Kant, O que é a ilustração. In: F. Weffort (org). Os
clássicos da polí�ca, v. 2, 6 ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 
 
Esse fragmento compõe o livro de Kant que trata da
importância da(o) 
a) juízo. 
b) razão. 
c) cultura. 
d) costume. 
e) experiência. 
FIL0616 - (Fer)
Considere os fragmentos a seguir:
 
A única maneira de ins�tuir um tal poder comum é
conferir toda sua força e poder a um homem ou a uma
assembleia de homens. É como se cada homem dissesse
a cada homem: Cedo e transfiro meu direito de governar-
me a mim mesmo a este homem, ou a esta assembleia
de homens, com a condição de transferires a ele teu
direito, autorizando de maneira semelhante todas as suas
ações. Feito isso, à mul�dão assim unida numa só pessoa
se chama Estado.
Adaptado de: HOBBES, T. Leviatã. Trad. de João Paulo
Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril
Cultural, 1974. p.109. Coleção Os Pensadores.
 
A monarquia absoluta é incompa�vel com a sociedade
civil, não podendo ser uma forma de governo civil,
porque o obje�vo da sociedade civil consiste em evitar e
remediar os inconvenientes do estado de natureza que
resultam necessariamente de poder cada homem ser juiz
em seu próprio caso, estabelecendo-se uma autoridade
conhecida para a qual todos os membros dessa
sociedade podem apelar por qualquer dano que lhe
causem ou controvérsia que possa surgir, e à qual todos
os membros dessa sociedade terão que obedecer.
Adaptado de: LOCKE, J. Segundo Tratado sobre o Governo
(ou Ensaio sobre o Governo Civil). 5.ed. São Paulo: Nova
Cultural, 1991. p.250
 
Com base nos fragmentos e nos conhecimentos sobre a
filosofia polí�ca de Thomas Hobbes e John Locke,
assinale a alterna�va correta:
a) Os autores, representantes do contratualismo
britânico, defendem a criação de um Estado
absolu�sta, capaz de impor o poder aos súditos.
b) Hobbes nega a existência de direitos naturais, pois o
homem somente passa a ser sujeito de direitos depois
da cons�tuição do Estado, por meio do Contrato
Social.
c) Para Hobbes, o poder soberano ins�tuído mediante o
pacto de submissão é um poder limitado, restrito e
revogável, pois no estado civil permanecem em vigor
os direitos naturais à vida, à liberdade e à propriedade.
d) John Locke, filósofo inglês do século XVII, foi um crí�co
do poder absoluto dos reis, e suas ideias polí�cas
fundamentaram as revoluções liberais ocorridas na
Europa e nas Américas, a par�r do final do século
XVIII.
e) Locke formulou a tese de que, no estado de natureza,
os homens viviam em permanente estado de guerra, o
que gerava insegurança, anarquia e miséria. No seu
entendimento, o Estado surgiu para fazer cessar essa
“guerra de todos contra todos”.
FIL0561 - (Uece)
“A contradição aparece em todo desenvolvimento. O
desenvolvimento da árvore é a negação da semente, e a
floração é a negação das folhas, pois estas não marcam a
mais alta e verdadeira existência da árvore; por úl�mo, a
floração é negada pelo fruto. Mas este úl�mo não pode
chegar à atualidade sem a precedente existência dos
outros estágios.”
HEGEL, G. W. F. Introdução à história da filosofia. Trad.
port. Antônio Pinto de Carvalho. Coimbra: Arménio
Amado, 1961. – Adaptado
 
Em sua concepção dialé�ca, Hegel explica o
desenvolvimento do real, usando os termos “negação”,
“contradição” e “atualidade”, porque 
a) o desenvolvimento da realidade só é possível com a
negação da contradição, que o impede. 
b) a contradição, que impulsiona o desenvolvimento, só
deixa de exis�r na atualização das potências. 
c) a contradição presente na realidade nega-a em seu
estágio anterior e a eleva a outro estágio. 
d) a atualização das potências da realidade é
contraditória com a negação dos estágios anteriores. 
FIL0352 - (Uema)
A palavra ideologia, criada por Destu� de Tracy (1754-
1836), significa estudo da gênese e do desenvolvimento
das ideias. Com Karl Marx, o termo ideologia adquiriu um
significado crí�co e nega�vo. Iden�fique, nas opções
41@professorferretto @prof_ferretto
abaixo, a única que contém informação correta sobre a
concepção de Marx sobre ideologia. 
a) Conjunto de ideias que apresenta a sociedade dividida
em duas classes, dominantes e dominados, visando à
conscien�zação dos indivíduos. 
b) Conjunto de ideias que mostra a totalidade da
realidade, levando os indivíduos a compreenderem-na
em si mesma. 
c) Conjunto de ideias que dissimula e oculta a realidade,
mostrando-a de maneira parcial e distorcida em
relação ao que de fato é. 
d) Conjunto de ideias que esclarece de forma
contundente a realidade, mostrando que apenas
pessoas da classe dominante podem governar. 
e) Conjunto de ideias que es�mula a classe dominada a
alcançar o poder. 
FIL0615 - (Fer)
Ora, nada é mais meigo do que o homem em seu estado
primi�vo, quando, colocado pela natureza a igual
distância da estupidez dos brutos e das luzes funestas do
homem civil, é impedido pela piedade natural de fazer
mal a alguém. Mas, desde o instante em que se percebeu
ser ú�l a um só contar com provisões para dois,
desapareceu a igualdade, introduziu-se a propriedade, o
trabalho tornou-se necessário e as vastas florestas
transformaram-se em campos que se impôs regar com o
suor dos homens e nos quais logo se viu a escravidão e a
miséria germinarem e crescerem com as colheitas.
Rousseau. Discurso sobre a origem e os fundamentos da
desigualdade entre os homens, 1991. Adaptado.
 
Considerando a teoria contratualista de Rousseau, julgue
os itens:
 
I. A exemplo de John Locke, Rousseau apresenta uma
concepção posi�va da propriedade como elemento
fundamental na consolidação do pacto social e da
opiniãogeral.
II. O homem, degenerado pela civilização, só poderá
recuperar a felicidade no estado de natureza com o
retorno à vida isolada no meio das florestas.
III. Para Rousseau, o processo de desigualdade
consolidou-se com o estabelecimento da lei e do direito
de propriedade.
IV. A felicidade original do bom selvagem se realiza no
suor de seu trabalho em sua propriedade, de onde re�ra
o necessário para a sua sobrevivência.
 
Estão corretas as afirma�vas:
a) Todas estão corretas.
b) Somente I, III e IV estão corretas.
c) Somente II e IV estão corretas.
d) Somente II e III estão corretas.
e) Somente a afirma�va III está correta.
FIL0209 - (Ufpa)
“Desta guerra de todos os homens contra todos os
homens também isto é consequência: que nada pode ser
injusto. As noções de bem e de mal, de jus�ça e injus�ça,
não podem aí ter lugar. Onde não há poder comum não
há lei, e onde não há lei não há injus�ça. Na guerra, a
força e a fraude são as duas virtudes cardeais. A jus�ça e
a injus�ça não fazem parte das faculdades do corpo ou
do espírito. Se assim fosse, poderiam exis�r num homem
que es�vesse sozinho no mundo, do mesmo modo que
seus sen�dos e paixões.”
HOBBES, Leviatã, São Paulo: Abril cultural, 1979, p. 77.
 
Quanto às jus�fica�vas de Hobbes sobre a jus�ça e a
injus�ça como não pertencentes às faculdades do corpo
e do espírito, considere as afirma�vas:
 
I. Jus�ça e injus�ça são qualidades que pertencem aos
homens em sociedade, e não na solidão.
II. No estado de natureza, o homem é como um animal:
age por ins�nto, muito embora tenha a noção do que é
justo e injusto.
III. Só podemos falar em jus�ça e injus�ça quando é
ins�tuído o poder do Estado.
IV. O juiz responsável por aplicar a lei não decide em
conformidade com o poder soberano; ele favorece os
mais fortes.
 
Estão corretas as afirma�vas: 
a) I e II 
b) I e III 
c) II e IV 
d) I, III e IV 
e) II, III e IV 
FIL0232 - (Ufpr)
Nas primeiras linhas das Meditações Meta�sicas,
Descartes declara que “recebera muitas falsas opiniões
por verdadeiras” e que “aquilo que fundou sobre
princípios mal assegurados devia ser muito duvidoso e
incerto”.
(DESCARTES, R. Meditações Meta�sicas, In: MARÇAL, J.
CABARRÃO, M.; FANTIN, M. E. (org.) Antologia de textos
filosóficos, Curi�ba: SEED-PR, 2009, p. 153.)
 
42@professorferretto @prof_ferretto
A fim de dar bom fundamento ao conhecimento
cien�fico, Descartes entende que é preciso: 
a) confiar nas próprias opiniões. 
b) cer�ficar-se de que os outros pensam como nós. 
c) seguir as opiniões dos mais sábios. 
d) par�r de princípios seguros e proceder com método. 
e) aceitar que o conhecimento é duvidoso e incerto. 
FIL0241 - (Upe)
O bom senso é a coisa do mundo melhor par�lhada, pois
cada qual pensa estar tão bem provido dele que mesmo
os que são mais di�ceis de contentar em qualquer outra
coisa, não costumam desejar tê-lo mais do que o têm. E
não é verossímil que todos se enganem a tal respeito;
mas isso antes testemunha que o poder de bem julgar e
dis�nguir o verdadeiro do falso, que é propriamente o
que se denomina o bom senso ou a razão, é
naturalmente igual em todos os homens.
DESCARTES, René.Discurso do Método, 1973, p. 37.
 
Na perspec�va de René Descartes, 
a) o conhecimento filosófico prioriza a sensação,
deixando à margem o valor da razão, isto é, o que vale
é ter bom senso. 
b) o conhecimento filosófico é natural em todos os
homens, mesmo sem fazerem uso do bom senso. 
c) o conhecimento filosófico salienta a importância
capital de bem conduzir a própria razão para a
aquisição da ciência. 
d) o conhecimento filosófico delimita a faculdade de
julgar o absoluto, desprezando o valor do
conhecimento. 
e) o conhecimento filosófico enfa�za que a essência do
homem consiste nos sen�dos, uma vez que o bom
senso acentua o caráter rela�vo e par�cular da razão.
FIL0256 - (Unioeste)
John Locke afirma em Ensaio acerca do entendimento: “é
de grande u�lidade para o marinheiro saber a extensão
de sua linha, embora não possa com ela sondar toda a
profundidade do oceano. É conveniente que saiba que
ela é suficientemente longa para alcançar o fundo dos
lugares necessários para orientar sua viagem, e preveni-
lo de esbarrar contra escolhos que podem destruí-lo. Não
nos diz respeito conhecer todas as coisas, mas apenas as
que se referem à nossa conduta. Se pudermos descobrir
aquelas medidas por meio das quais uma criatura
racional, posta nesta situação do homem no mundo,
pode e deve dirigir suas opiniões e ações delas
dependentes, não devemos nos molestar por que outras
coisas escapam ao nosso conhecimento”.
 
Tendo em conta o texto acima e a teoria do
conhecimento de Locke, é incorreto afirmar que 
a) o homem, u�lizando suas faculdades racionais, pode
conhecer tudo sobre todas as coisas do mundo. 
b) o homem deve saber os limites da razão para ter
conhecimento certo daquilo que é possível conhecer. 
c) há certas coisas que a razão do homem não pode
conhecer. 
d) assim como o marinheiro guia sua viagem por uma
sonda de tamanho conhecido, o homem deve orientar
sua conduta por aquilo que conhece. 
e) o conhecimento, para Locke, só é certo se houver
conformidade entre nossas ideias e a realidade das
coisas.
FIL0287 - (Uel)
Leia o texto a seguir:
 
Ao empreender a análise da estrutura e dos limites do
conhecimento, Kant tomou a �sica e a mecânica celeste
elaboradas por Newton como sendo a própria ciência.
Entretanto, era preciso salvá-la do ce�cismo de Hume
quanto à impossibilidade de fundamentar as inferências
indu�vas e de alcançar um conhecimento necessário da
natureza.
 
Com base no pensamento de David Hume acerca do
entendimento humano, é correto afirmar: 
a) Dentre os objetos da razão humana, as relações de
ideias se originam das impressões associadas aos
conceitos inatos dos quais se obtém dedu�vamente o
entendimento dos fatos. 
b) As conclusões acerca dos fatos ob�das pelo sujeito do
conhecimento realizam-se sem auxílio da experiência,
recorrendo apenas aos raciocínios abstratos a priori. 
c) O postulado que afirma a inexistência de
conhecimento para além daquele que possa vir a
resultar do hábito funda-se na ideia meta�sica de
relação causal como conexão necessária entre os
fatos. 
d) O sujeito do conhecimento opera associações de suas
percepções, sensações e impressões semelhantes ou
sucessivas recebidas pelos órgãos dos sen�dos e
re�das na memória. 
e) Pelo raciocínio o sujeito é induzido a inferir as relações
de causa e efeito entre percepções e impressões
acerca da regularidade de fenômenos semelhantes
que se repetem na sucessão do tempo. 
FIL0301 - (Uel)
Leia o texto a seguir.
43@professorferretto @prof_ferretto
 
As leis morais juntamente com seus princípios não só se
dis�nguem essencialmente, em todo o conhecimento
prá�co, de tudo o mais onde haja um elemento empírico
qualquer, mas toda a Filosofia moral repousa
inteiramente sobre a sua parte pura e, aplicada ao
homem, não toma emprestado o mínimo que seja ao
conhecimento do mesmo (Antropologia).
KANT, I. Fundamentação da Meta�sica dos Costumes.
Trad. de Guido A. de Almeida. São Paulo: Discurso
Editorial, 2009. p.73.
 
Com base no texto e na questão da liberdade e
autonomia em Immanuel Kant, assinale a alterna�va
correta. 
a) A fonte das ações morais pode ser encontrada através
da análise psicológica da consciência moral, na qual se
pesquisa mais o que o homem é, do que o que ele
deveria ser. 
b) O elemento determinante do caráter moral de uma
ação está na inclinação da qual se origina, sendo as
inclinações serenas moralmente mais perfeitas do que
as passionais. 
c) O sen�mento é o elemento determinante para a ação
moral, e a razão, por sua vez, somente pode dar uma
direção à presente inclinação, na medida em que
fornece o meio para alcançar o que é desejado. 
d) O ponto de par�da dos juízos morais encontra-se nos
“propulsores” humanos naturais, os quais se
direcionam ao bem próprio e ao bem do outro. 
e) O princípio supremo da moralidade deve assentar-se
na razão prá�ca pura, e asleis morais devem ser
independentes de qualquer condição subje�va da
natureza humana. 
FIL0270 - (Ufsm)
Revoltas e movimentos sociais, como os ocorridos
recentemente no Brasil, estão frequentemente
envolvidos no aperfeiçoamento da vida social e podem
ter papel adapta�vo. Na história da filosofia polí�ca
moderna, alguns filósofos conceberam seres humanos
como átomos individuais movidos por ape�tes ou
desejos guiados pelo prazer e dor, sendo o ape�te
fundamental do homem a autopreservação. Numa
situação de escassez de bens, com pessoas guiadas
exclusivamente por desejos antecipadores de prazer e
voltados à autopreservação, haverá, inevitavelmente,
conflito social. Que alterna�va(s) racional(is)
soluciona(m) o conflito?
 
I. Uso da força e violência.
II. Uso da ideologia e controle da informação.
III. Acordo e deliberação cole�va.
IV. Apelo à tradição e costume.
 
Está(ão) correta(s) a(s) alterna�va(s) 
a) I e II apenas. 
b) I, II e III apenas. 
c) III apenas. 
d) III e IV apenas. 
e) IV apenas. 
FIL0309 - (Unioeste)
“Como toda lei prá�ca representa uma ação possível
como boa e por isso como necessária para um sujeito
pra�camente determinável pela razão, todos os
impera�vos são fórmulas da determinação da ação que é
necessária segundo o princípio de uma vontade boa de
qualquer maneira. No caso da ação ser apenas boa como
meio para qualquer outra coisa, o impera�vo
é hipoté�co; se a ação é representada como boa em si,
por conseguinte, como necessária numa vontade em si
conforme à razão como princípio dessa vontade, então o
impera�vo é categórico”.
Kant
 
Considerando o pensamento é�co de Kant e o texto
acima, é correto afirmar que 
a) o impera�vo hipoté�co representa a necessidade
prá�ca de uma ação como subje�vamente necessária
para um ser determinável pelas inclinações. 
b) o impera�vo categórico representa a necessidade
prá�ca de uma ação como meio para se a�ngir um fim
possível ou real. 
c) os impera�vos (hipoté�co e categórico) são fórmulas
de determinação necessária, segundo o princípio de
uma vontade que é boa em si mesma. 
d) o impera�vo categórico representa a ação como boa
em si mesma e como necessária para uma vontade em
si conforme a razão. 
e) o impera�vo hipoté�co declara a ação como
obje�vamente necessária independentemente de
qualquer intenção ou finalidade da ação. 
FIL0322 - (Ufsm)
Sem leis e sem Estado, você poderia fazer o que quisesse.
Os outros também poderiam fazer com você o que
quisessem. Esse é o “estado de natureza” descrito por
Thomas Hobbes, que, vivendo durante as guerras civis
britânicas (1640-60), aprendeu em primeira mão como
esse cenário poderia ser assustador. Sem uma autoridade
soberana não pode haver nenhuma segurança, nenhuma
paz.
44@professorferretto @prof_ferretto
Fonte: LAW, Stephen. Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio
de Janeiro: Zahar, 2008.
 
Considere as afirmações:
 
I. A argumentação hobbesiana em favor de uma
autoridade soberana, ins�tuída por um pacto, representa
inequivocamente a defesa de um regime polí�co
monarquista.
II.Dois dos grandes teóricos sobre o estado de natureza”,
Hobbes e Rousseau, par�lham a convicção de que o afeto
predominante nesse “estado” é o medo.
III. Um traço comum da filosofia polí�ca moderna é a
idealização de um pacto que estabeleceria a passagem
do estado de natureza para o estado de sociedade.
 
Está(ão) correta(s) 
a) apenas I. 
b) apenas II. 
c) apenas III. 
d) apenas I e II. 
e) apenas II e III. 
FIL0253 - (Uff)
O filósofo inglês John Locke (1632-1704) é um dos
fundadores da concepção liberal da vida polí�ca. Em sua
defesa da liberdade como um atributo que o homem
possui desde que nasce, ele diz: “Para compreender
corretamente o que é o poder polí�co e derivá-lo a par�r
de sua origem, devemos considerar qual é a condição em
que todos os homens se encontram segundo a natureza.
E esta condição é a de completa liberdade para poder
decidir suas ações e dispor de seus bens e pessoas do
modo que quiserem, respeitados os limites das leis
naturais, sem precisar solicitar a permissão ou de
depender da vontade de qualquer outro ser humano.”
 
Assinale o documento histórico que foi diretamente
influenciado pelo pensamento de Locke. 
a) O livro “O que é a propriedade?”, de Proudhon
(1840) 
b) O “Manifesto Comunista”, de Karl Marx e Frederico
Engels (1848) 
c) A “Concordata” estabelecida entre Napoleão e o
Va�cano (1801) 
d) A declaração da “Doutrina Monroe” (1823) 
e) A “Declaração de Independência” dos Estados Unidos
(1776) 
FIL0337 - (Ufms)
Karl Marx foi um filósofo alemão que se destacou ao
desenvolver um método de análise que ficou conhecido
como materialismo histórico. Para Marx, a dimensão
econômica era a base da sociedade. Para explicá-la, Marx
analisou a sociedade do ponto de vista produ�vo, os
chamados “modos de produção”.
 
A respeito do modo de produção escravista, segundo as
ideias de Marx, assinale a alterna�va correta. 
a) Era caracterizado por religião primi�va; organização
comunitária; propriedade cole�va, sem classes sociais;
as forças produ�vas baseadas no cul�vo da terra, caça
e colheita. 
b) Era caracterizado por uma religião de Estado; impérios
centralizados; senhores x escravos; e cul�vo da terra
com base na escravidão. 
c) Era caracterizado por uma religião primi�va; impérios
centralizados; senhores x escravos; e cul�vo da terra
com base na escravidão. 
d) Era caracterizado por uma religião de Estado; impérios
centralizados; estados x escravos; propriedade estatal;
e escravidão. 
e) Era caracterizado pela religião católica; poder
descentralizado; senhores x servos; cul�vo da terra; e
arrendamento. 
FIL0252 - (Ufu)
Para bem compreender o poder polí�co e derivá-lo de
sua origem, devemos considerar em que estado todos os
homens se acham naturalmente, sendo este um estado
de perfeita liberdade para ordenar-lhes as ações e
regular-lhes as posses e as pessoas conforme acharem
conveniente, dentro dos limites da lei de natureza, sem
pedir permissão ou depender da vontade de qualquer
outro homem.
LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo. São
Paulo: Abril Cultural, 1978.
 
A par�r da leitura do texto acima e de acordo com o
pensamento polí�co do autor, assinale a alterna�va
correta. 
a) Segundo Locke, o estado de natureza se confunde com
o estado de servidão. 
b) Para Locke, o direito dos homens a todas as coisas
independe da conveniência de cada um. 
c) Segundo Locke, a origem do poder polí�co depende
do estado de natureza. 
d) Segundo Locke, a existência de permissão para agir é
compa�vel com o estado de natureza. 
FIL0290 - (Unicentro)
45@professorferretto @prof_ferretto
Assinale a alterna�va correta. Para David Hume (1711-
1776),
a) a alma é como uma tábula rasa (uma tábua onde não
há inscrições), ou seja, o conhecimento só começa
depois da experiência sensível. 
b) o que nos faz ultrapassar o dado e afirmar mais do
que pode ser alcançado pela experiência é o hábito
criado através da observação de casos semelhantes. 
c) “saber é poder”, ou seja, o conhecimento não é
contempla�vo e desinteressado, mas sim um saber
instrumental, direcionado para a u�lidade da ciência
para a vida. 
d) as ideias claras e dis�ntas são ideias inatas, não
derivam do par�cular, mas já se encontram no
espírito. Por isso, não estão sujeitas ao erro, pois vêm
da razão, isto é, são independentes das ideias que vêm
“de fora”, formadas pela ação dos sen�dos. 
e) o posi�vismo corresponde à maturidade do espírito
humano. O reino da ciência é o reino da necessidade.
No mundo da necessidade, não há lugar para a
liberdade.
FIL0275 - (Ufu)
Hume descreveu a confiança que o entendimento
humano deposita na probabilidade dos resultados dos
eventos observados na natureza. Ele comparou essa
convicção ao lançamento de dados, cujas faces são
previamente conhecidas, porém, nas palavras do filósofo:
[...] verificando que maior número de faces aparece mais
em um evento do que no outro, o espírito [o
entendimento humano] converge com mais frequênciapara ele e o encontra muitas vezes ao considerar as várias
possibilidades das quais depende o resultado defini�vo.
HUME, D. Inves�gação acerca do entendimento humano.
Tradução de Anoar Aiex.
São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 93. Coleção “Os
Pensadores”.
 
Esse �po de raciocínio, descrito por Hume, conduz o
entendimento humano a uma situação dis�nta da certeza
racional, uma espécie de “falha”, representada pelo(a) 
a) verdade da fantasia, que é superior à certeza
racional. 
b) crença, que ocupa o lugar da certeza racional. 
c) sen�do visual, que é mais verídico que a certeza
sensível. 
d) ideia inata, que atua como o a priori da razão
humana. 
FIL0219 - (Uel)
(Uel) Leia o texto a seguir.
 
 Jus�ça e Estado apresentam-se como elementos
indissociáveis na filosofia polí�ca hobbesiana. Ao romper
com a concepção de jus�ça defendida pela tradição
aristotélico-escolás�ca. Hobbes propõe uma nova
moralidade relacionada ao poder polí�co e sua
cons�tuição jurídica. O Estado surge pelo pacto para
possibilitar a jus�ça e, na conformidade com a lei, se
sustenta por meio dela. No Leviatã (caps. XIV-XV), a
jus�ça hobbesiana fundamenta-se, em úl�ma instância,
na lei natural concernente à autoconservação, da qual
deriva a segunda lei que impõe a cada um a renúncia de
seu direito a todas as coisas, para garan�r a paz e a
defesa de si mesmo. Desta, por sua vez, implica a terceira
lei natural: que os homens cumpram os pactos que
celebrarem. Segundo Hobbes, “onde não há poder
comum não há lei, e onde não há lei não há injus�ça. Na
guerra, a força e a fraude são as duas virtudes cardeais”.
(HOBBES, T. Leviatã.Trad. J. Monteiro e M. B. N. da Silva.
São Paulo: Nova Cultural, 1997. Coleção Os Pensadores,
cap. XIII.)
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o
pensamento de Hobbes, é correto afirmar: 
a) A humanidade é capaz, sem que haja um poder
coerci�vo que a mantenha submissa, de consen�r na
observância da jus�ça e das outras leis de natureza a
par�r do pacto cons�tu�vo do Estado. 
b) A jus�ça tem sua origem na celebração de pactos de
confiança mútua, pelos quais os cidadãos, ao
renunciarem sua liberdade em prol de todos,
removem o medo de quando se encontravam na
condição natural de guerra. 
c) A jus�ça é definida como observância das leis naturais
e, portanto, a injus�ça consiste na submissão ao poder
coerci�vo que obriga igualmente os homens ao
cumprimento dos seus pactos. 
d) As noções de jus�ça e de injus�ça, como as de bem e
de mal, têm lugar a par�r do momento em que os
homens vivem sob um poder soberano capaz de evitar
uma condição de guerra generalizada de todos. 
e) A jus�ça torna-se vital para a manutenção do Estado
na medida em que as leis que a efe�vam sejam
criadas, por direito natural, pelos súditos com o
obje�vo de assegurar solidariamente a paz e a
segurança de todos. 
FIL0312 - (Unicamp)
“O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a
ferros. O que se crê senhor dos demais não deixa de ser
mais escravo do que eles. (...) A ordem social, porém, é
um direito sagrado que serve de base a todos os outros.
(...) Haverá sempre uma grande diferença entre subjugar
46@professorferretto @prof_ferretto
uma mul�dão e reger uma sociedade. Sejam homens
isolados, quantos possam ser subme�dos
sucessivamente a um só, e não verei nisso senão um
senhor e escravos, de modo algum considerando-os um
povo e seu chefe. Trata-se, caso se queira, de uma
agregação, mas não de uma associação; nela não existe
bem público, nem corpo polí�co.”
(Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social. [1762]. São
Paulo: Ed. Abril, 1973, p. 28,36.)
 
No trecho apresentado, o autor
a) argumenta que um corpo polí�co existe quando os
homens encontram-se associados em estado de
igualdade polí�ca. 
b) reconhece os direitos sagrados como base para os
direitos polí�cos e sociais. 
c) defende a necessidade de os homens se unirem em
agregações, em busca de seus direitos polí�cos. 
d) denuncia a prá�ca da escravidão nas Américas, que
obrigava mul�dões de homens a se submeterem a um
único senhor. 
FIL0234 - (Ufpr)
Mas, logo em seguida, adver� que enquanto eu queria
assim pensar que tudo era falso, cumpria
necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma
coisa. E, notando que esta verdade: eu penso, logo existo,
era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes
suposições dos cé�cos não seriam capazes de abalar,
julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como o
primeiro princípio da Filosofia que procurava.
(DESCARTES. Discurso do método. Col. Os Pensadores.
Trad. J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova
Cultural, 1991, p. 46.) 
 
O texto citado corresponde a uma das passagens mais
marcantes da filosofia de Descartes, um filósofo
considerado por muitos intérpretes como o pai do
racionalismo. Com base no texto e na ideia geral de
racionalismo, é correto afirmar: 
a) O racionalismo tem como garan�a de verdade a
experiência. 
b) Descartes é um filósofo empirista, visto que faz
experiências de pensamento. 
c) Descartes inaugura um �po de busca pela verdade que
se ampara no exercício. 
d) A expressão “penso, logo existo” é uma das
suposições dos cé�cos sobre o conhecimento. 
e) Descartes não buscava um princípio seguro, pois
duvidava de todas as coisas. 
FIL0357 - (Unesp)
Tradição de pensamento é�co fundada pelos ingleses
Jeremy Bhentam e John Stuart Mill, o u�litarismo almeja
muito simplesmente o bem comum, procurando
eficiência: servirá aos propósitos morais a decisão que
diminuir o sofrimento ou aumentar a felicidade geral da
sociedade. No caso da situação dos povos na�vos
brasileiros, já se des�nou às reservas indígenas uma
extensão de terra equivalente a 13% do território
nacional, quase o dobro do espaço des�nado à
agricultura, de 7%. Mas a mortalidade infan�l entre a
população indígena é o dobro da média nacional e, em
algumas etnias, 90% dos integrantes dependem de cestas
básicas para sobreviver. Este é um ponto em que o
cômputo u�litarista de prejuízos e bene�cios viria a
calhar: a felicidade dos índios não é proporcional à
extensão de terra que lhes é dado ocupar.
(Veja, 25.10.2013. Adaptado.)
 
A aplicação sugerida da é�ca u�litarista para a população
indígena brasileira é baseada em 
a) uma é�ca de fundamentos universalistas que deprecia
fatores conjunturais e históricos. 
b) critérios pragmá�cos fundamentados em uma relação
entre custos e bene�cios. 
c) princípios de natureza teológica que reconhecem o
direito inalienável do respeito à vida humana. 
d) uma análise dialé�ca das condições econômicas
geradoras de desigualdades sociais. 
e) critérios antropológicos que enfa�zam o respeito
absoluto às diferenças de natureza étnica. 
FIL0266 - (Uel)
Tendo por base a concepção de contrato social em Locke,
considere as afirma�vas a seguir.
 
I. Os homens firmam entre si um pacto de submissão, por
meio do qual transferem a um terceiro o poder de
coerção, trocando a condição de desigualdade do Estado
de Natureza pela segurança e liberdade do Estado social.
II. Os homens firmam um pacto de consen�mento, no
qual concordam livremente em formar a sociedade para
preservar e consolidar os direitos que possuíam
originalmente no Estado de natureza.
III. O exercício legí�mo da autoridade, no Estado social,
baseia-se na teoria do direito divino, em que os
monarcas, herdeiros dos patriarcas, são representantes
diretos que garantem o contrato social.
IV. O que leva os homens a se unirem e estabelecerem
livremente entre si o contrato social é a falta de lei
estabelecida, de juiz imparcial e de uma força coerci�va
para impor a execução das sentenças.
47@professorferretto @prof_ferretto
 
Estão corretas apenas as afirma�vas:
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e IV. 
d) I, III e IV. 
e) II, III e IV. 
FIL0276 - (Uel)
Leia o texto a seguir.
 
Podemos definir uma causa como um objeto, seguido de
outro, tal que todos os objetos semelhantes ao primeiro
são seguidos por objetos semelhantes ao segundo. Ou,
em outras palavras, tal que,se o primeiro objeto não
exis�sse, o segundo jamais teria exis�do. O aparecimento
de uma causa sempre conduz a mente, por uma transição
habitual, à ideia do efeito; disso também temos
experiência.
Em conformidade com essa experiência, podemos,
portanto, formular uma outra definição de causa e
chamá-la um objeto seguido de outro, e cujo
aparecimento sempre conduz o pensamento àquele
outro. Mas, não temos ideia dessa conexão, nem sequer
uma noção dis�nta do que é que desejamos saber
quando tentamos concebê-las.
Adaptado de: HUME, D. Inves�gação sobre o
entendimento humano e sobre os princípios da moral.
Seção VII, 29. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São
Paulo: UNESP, 2004. p. 115.
 
Com base no texto e nos conhecimentos acerca das
noções de causa e efeito em David Hume, assinale a
alterna�va correta. 
a) As noções de causa e efeito fazem parte da realidade e
por isso os fenômenos do mundo são explicados
através da indicação da causa. 
b) A presença do efeito revela a causa nele envolvida, o
que garante a explicação de determinado
acontecimento. 
c) A causa e o efeito são noções que se baseiam na
experiência e, por meio dela, são apreendidas. 
d) A causa e o efeito são conhecidos obje�vamente pela
mente e não por hábitos formados pela percepção do
mundo. 
e) A causa e o efeito proporcionam, necessariamente,
explicações válidas sobre determinados fatos e
acontecimentos. 
FIL0351 - (Ufsj)
Para Caio Prado Jr., a observação de Engels: “O núcleo
que encerra as verdadeiras descobertas de Hegel ... o
método dialé�co na sua forma simples em que é a única
forma justa do desenvolvimento do pensamento”, revela
a) a herança da dialé�ca hegeliana assumida por Karl
Marx. 
b) a filosofia de Marx com sua herança escolás�ca
par�lhada por Hegel. 
c) a perspec�va dialé�ca do Homem,que
permite considerá-lo capaz de conceituar
termos cien�ficos no aspecto ou feição do Universo. 
d) o tema central da filosofia, a saber, o desenvolvimento
da dialé�ca do serhumano, fator determinante do
existencialismo contemporâneo. 
FIL0347 - (Uncisal)
Observe o trecho da música “Admirável Gado Novo”, de
Zé Ramalho, e perceba que sua análise pode nos levar a
discu�r o conceito de alienação.
 
O povo foge da ignorância
Apesar de viver tão perto dela
E sonha com melhores tempos idos
Contemplam essa vida numa cela...
Espera nova possibilidade
De ver este mundo se acabar
A Arca de Noé, o dirigível
Não voam nem se pode flutuar
 
Seguindo o pensamento de Karl Marx, veremos que a
alienação se dá em uma situação determinada que gera
toda uma gama de desdobramentos e consequências. Tal
situação ocorre na esfera 
a) religiosa, por meio das concepções escatológicas. 
b) cien�fica, com a ampliação do conhecimento. 
c) polí�ca, por meio da organização par�dária. 
d) cultural, com o avanço da cultura de massa. 
e) produ�va, a par�r das relações de produção. 
FIL0319 - (Uece)
Três pensadores modernos marcaram a reflexão sobre a
questão polí�ca: Hobbes, Locke e Rousseau. Um ponto
comum perpassa o pensamento desses três filósofos a
respeito da polí�ca: a origem do Estado está no contrato
social. Partem do princípio de que o Estado foi
cons�tuído a par�r de um contrato firmado, entendendo
o contrato como um acordo. Portanto, o Estado deve ser
gerado a par�r do consenso entre as pessoas em torno
de alguns elementos essenciais para garan�r a existência
social. Todavia, há nuances entre eles.
 
48@professorferretto @prof_ferretto
Considerando o enunciado acima, atente para o que se
diz a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F
o que for falso.
(__) Em comum, esses pensadores buscavam jus�ficar
reformas do Estado para limitar o poder despó�co dos
monarcas absolutos.
(__) Para Hobbes, o contrato social é a renúncia dos
direitos individuais ao soberano em nome da paz civil.
(__) Para Locke, o contrato social é a renúncia parcial dos
direitos naturais em favor da liberdade e da propriedade.
(__) Para Rousseau, contrato social é a transferência dos
direitos individuais para a vontade geral em favor da
liberdade e da igualdade civis.
 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
a) F, V, F, V. 
b) V, F, V, F. 
c) V, F, F, F. 
d) F, V, V, V. 
FIL0255 - (Unioeste)
“Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme
dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e
posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, porque abrirá
ele mão dessa liberdade, porque abandonará o seu
império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer
outro poder? Ao que é óbvio responder que, embora no
estado de natureza tenha tal direito, a fruição do mesmo
é muito incerta e está constantemente exposta à invasão
de terceiros porque, sendo todos reis tanto quanto ele,
todo homem igual a ele, e na maior parte pouco
observadores da equidade e da jus�ça, a fruição da
propriedade que possui nesse estado é muito insegura,
muito arriscada. Estas circunstâncias obrigam-no a
abandonar uma condição que, embora livre, está cheia
de temores e perigos constantes; e não é sem razão que
procura de boa vontade juntar-se em sociedade com
outros que estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a
mútua conservação da vida, da propriedade e dos bens a
que chamo de 'propriedade'”.
Locke
 
Sobre o pensamento polí�co de Locke e o texto acima,
seguem as seguintes afirma�vas:
 
I. No estado de natureza, os homens usufruem
plenamente, e com absoluta segurança, os direitos
naturais.
II. O obje�vo principal da união dos homens em
comunidade, colocando-se sob governo, é a preservação
da “propriedade”.
III. No estado de natureza, falta uma lei estabelecida,
firmada, conhecida, recebida e aceita mediante
consen�mento, como padrão do justo e injusto e medida
comum para resolver quaisquer controvérsias entre os
homens. 
IV. Os homens entram em sociedade, abandonando a
igualdade, a liberdade e o poder execu�vo que �nham no
estado de natureza, apenas com a intenção de melhor
preservar a propriedade.
V. No estado de natureza, há um juiz conhecido e
imparcial para resolver quaisquer controvérsias entre os
homens, de acordo com a lei estabelecida.
 
Das afirma�vas feitas acima 
a) somente a afirmação I está correta. 
b) as afirmações I e III estão corretas. 
c) as afirmações II e V estão corretas. 
d) as afirmações IV e V estão corretas. 
e) as afirmações II, III e IV estão corretas. 
FIL0189 - (Ufsj)
Sobre os ídolos preconizados por Francis Bacon,
é CORRETO afirmar que:
a) “A consequência imediata da ação dos ídolos é a
inscrição do Homem num universo de massacre e
sofrimento racional-indu�vo, onde o conhecimento
cien�fico se distancia da filosofia, se deteriora e se
amesquinha”. 
b) “Toda idolatria é forjada no hábito e na subje�vidade
humanos”. 
c) “Os ídolos invadem a mente humana e para derrogá-
los, é necessário um esforço racional-dedu�vo de
análise, como bem adver�u Aristóteles”. 
d) “Os ídolos da caverna são os homens enquanto
indivíduos, pois cada um [...] tem uma caverna ou
uma covaque intercepta e corrompe a luz da
natureza”. 
FIL0350 - (Ueg)
Para Hegel, a razão é a relação interna e necessária entre
as leis do pensamento e as leis do real. Assim, ela é a
unidade entre a razão subje�va e a razão obje�va. Hegel
denominou essa unidade de espírito absoluto.
Dessa forma, um evento real pode expressar e ser
resultado das ideias que o precedem. Um exemplo da
obje�vação dessas ideias é o seguinte evento: 
49@professorferretto @prof_ferretto
a) a subida de Adolf Hitler ao poder na Alemanha,
representando os ideais sionistas germânicos. 
b) a Queda de Dom Pedro I do trono brasileiro,
representando a crise do sistema colonial português. 
c) a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder,
representando o ideal iluminista de igualdade social. 
d) a coroação de Dom Pedro II no trono brasileiro,
representando a vitória dos ideais puritanos de
moral. 
FIL0527 - (Ufpr)
Há em toda república dois humores diversos, quais
sejam, aquele do povo e aquele dos grandes, (…) todas as
leis que são feitas em favor da liberdadenascem desta
desunião.
(MAQUIAVEL. Discursos sobre a Primeira década de Tito
Livio. Seleção de textos, tradução e notas Carlo Gabriel
Kzsam Pancera. In: MARÇAL, J. (org.) Antologia de textos
filosóficos, SEED, 2009, p. 432.)
 
De acordo com a passagem acima e com a obra de que
foi extraída, é correto afirmar que, segundo Maquiavel: 
a) as leis nascem do conflito e levam à sua superação,
produzindo harmonia social. 
b) as leis não passam de um instrumento de dominação
do povo pelos grandes. 
c) para que haja liberdade, as leis devem ser feitas pelo
povo, que é soberano. 
d) o conflito entre os grandes e o povo é o motor da vida
polí�ca, o que produz e aperfeiçoa as leis. 
e) cabe aos grandes fazer as leis, mas sem re�rar a
liberdade do povo. 
FIL0530 - (Unesp)
Texto 1
É com Descartes que a oposição homem-natureza se
tornará mais completa, cons�tuindo-se no centro do
pensamento moderno e contemporâneo. O homem,
instrumentalizado pelo método cien�fico, pode penetrar
os mistérios da natureza e, assim, tornar-se “senhor e
possuidor da natureza”.
(Carlos W. P. Gonçalves. Os (des)caminhos do meio
ambiente, 1989. Adaptado.)
 
Texto 2
Quando a gente quis criar uma reserva da biosfera em
uma região do Brasil, foi preciso jus�ficar para a Unesco
[Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura] por que era importante que o planeta
não fosse devorado pela mineração. Para essa ins�tuição,
é como se bastasse manter apenas alguns lugares como
amostra grá�s da Terra.
(Ailton Krenak. Ideias para adiar o fim do mundo, 2019.)
 
Ailton Krenak constata os princípios da filosofia
cartesiana ao reconhecer que 
a) a natureza operacionalizada serve aos humanos de
forma harmônica e reforça a relevância de todos os
seres vivos. 
b) o método cartesiano tem sido u�lizado na natureza a
par�r de medidas ecológicas estabelecidas pela
Unesco. 
c) os órgãos oficiais vêm se esforçando pelo equilíbrio
entre o desenvolvimento econômico e a preservação
da natureza. 
d) as ins�tuições que representam a humanidade
negligenciam a integral manutenção do meio
ambiente. 
e) a dúvida cartesiana não permite afirmações sobre o
desenvolvimento sustentável, por estas serem
inconclusivas. 
FIL0329 - (Uel)
90 milhões em ação, pra frente, Brasil, do meu coração.
Todos juntos, vamos, pra frente, Brasil, salve a seleção.
De repente é aquela corrente pra frente.
Parece que todo o Brasil deu a mão.
Todos ligados na mesma emoção.
Tudo é um só coração.
Todos juntos, vamos, pra frente, Brasil, Brasil,
Salve a seleção.
(Canção: Pra frente Brasil/ Copa 1970. Autor: Miguel
Gustavo)
 
Na obra “Resposta à questão: o que é o
esclarecimento?”, Kant discute conceitos como uso
público e privado da razão e a superação da menoridade.
À luz do pensamento kan�ano, o fenômeno
contemporâneo do uso polí�co dos eventos espor�vos 
50@professorferretto @prof_ferretto
a) torna o indivíduo dependente, já que a sua
menoridade impede o esclarecimento e a
possibilidade de pensar por si próprio. 
b) forma o indivíduo autônomo, uma vez que amplia a
sua capacidade de fazer uso da própria razão para agir
autonomamente. 
c) impede que o indivíduo pense de forma restrita, pois,
mesmo estando cercado por tutores, facilmente
rompe com a menoridade. 
d) proporciona esclarecimento polí�co das massas, pois
tais eventos promovem o aprendizado crí�co
mediante a afirmação da ideia de nacionalidade. 
e) confere liberdade às massas para superar a
dependência gerada pela aceitação da tutela de
outrem. 
FIL0562 - (Uece)
“O comportamento efe�vo, a�vo do homem para consigo
mesmo na condição de ser genérico, ou o acionamento
de seu ser genérico como um ser genérico efe�vo, na
condição de ser humano, somente é possível porque ele
efe�vamente expõe todas as suas forças genéricas – o
que é possível apenas mediante a ação conjunta dos
homens, somente enquanto resultado da história –,
comportando-se diante delas como frente a objetos.”
Marx, K. Manuscritos Econômico-filosóficos. Trad. bras.
Jesus Ranieri. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004, p. 22
– Adaptado.
 
Considerando a citação acima, é correto afirmar que
a) a história resulta da a�vidade prá�ca pela qual o
homem, em relação com outros, desenvolve-se como
gênero humano. 
b) o homem, na história, é determinado por forças,
estranhas a ele, que o conduzem em direção a uma
ação genérica. 
c) as forças genéricas são o resultado de forças exteriores
ao homem postas como objetos frente a ele. 
d) a história resulta da relação que os homens,
isoladamente, estabelecem com os objetos que a
natureza lhes impõe. 
FIL0525 - (Ufpr)
Ampliando suas inves�gações para além de suas
capacidades, e deixando seus pensamentos vagarem em
profundezas, a tal ponto de lhes faltar apoio seguro para
o pé, não é de admirar que os homens levantem
questões e mul�pliquem disputas acerca de assuntos
insolúveis, servindo apenas para prolongar e aumentar
suas dúvidas, e para confirmá-los ao fim num perfeito
ce�cismo.
(LOCKE. Ensaio acerca do entendimento humano. Trad.
Anoar Aiex. Coleção Os Pensadores, vol. XVIII. São Paulo:
Victor Civita, 1973, introdução, p. 147.)
 
Considerando a passagem acima e a obra de que foi
extraída, segundo Locke, os homens tornam-se cé�cos
porque: 
a) são capazes de obter apenas um conhecimento
provável acerca das coisas. 
b) não limitam suas inves�gações ao que é possível
conhecer. 
c) dependem da experiência sensível para conhecer,
sendo essa experiência enganosa. 
d) não são capazes de encontrar um apoio seguro para os
seus pensamentos. 
e) encontram prazer na mera disputa. 
FIL0492 - (Unioeste)
“A �sica de Aristóteles […] é uma '�sica', isto é, uma
ciência altamente elaborada, embora não o seja
matema�camente. […] A dis�nção entre movimentos
'naturais' e movimentos 'violentos' se situa numa
concepção de conjunto da realidade �sica, concepção
cujos traços principais parecem ser: (a) a crença na
existência de 'naturezas' qualita�vamente definidas; e (b)
a crença na existência de um Cosmo […] Assim, mover-se
é mudar, mudar em si mesmo e em relação aos outros.
Por outro lado, isso implica um termo de referência em
relação ao qual a coisa movida muda seu ser ou sua
relação; o que implica – se examinarmos o movimento
local – a existência de um ponto fixo em relação ao qual a
coisa movida se move, um ponto fixo imutável que,
evidentemente, só pode ser o centro do Universo”.
(Koyré)
 
Dentre as proposições dadas abaixo, todas elas, exceto
uma, indicam caracterís�cas da Revolução Cien�fica do
Século XVII, que ocasionou a derrocada da �sica e da
cosmologia aristotélica. Assinalar qual cons�tui a exceção
(ou seja, qual das alterna�vas é a incorreta). 
51@professorferretto @prof_ferretto
a) O rompimento com a �sica qualita�va e a
homogeneização do espaço, com a consequente
subs�tuição da noção de lugares naturais das coisas
pela de espaço homogêneo da geometria, considerado
como real. 
b) A consideração da lei da inércia como princípio
fundamental da natureza, ela que afirma que um
corpo abandonado a si mesmo permanece em seu
estado de repouso ou de movimento tanto tempo
quanto esse estado não for subme�do à ação de uma
força exterior qualquer. 
c) O combate ao princípio de inalterabilidade do céu e a
todo o arcabouço teórico que sustentava a dicotomia
entre céu e Terra. 
d) A destruição do Cosmo, isto é, a subs�tuição da visão
de mundo finito e hierarquicamente ordenado por
uma concepção de universo homogêneo, ligado por
elementos de mesma natureza e regido por leis
necessárias e universais. 
e) A compreensão do movimento como um �po de
mudança que depende da cons�tuição interna do
corpo, de modo que o movimento contrário à natureza
do corpo que se move, como quando arremessamos
uma pedra para o alto, é considerado violento e, como
tal, tende à sua própria destruição. 
FIL0213 - (Ufsj)
“A honra do soberano deve ser maior do que a de
qualquer um, ou a de todos os seus súditos”. 
Assinale a alterna�va que apresenta a fundamentaçãopara essa ideia preconizada por Thomas Hobbes. 
a) “A condição de súdito é muito miserável, mas sujeita a
uma superação, pois se encontra sujeita aos ape�tes e
paixões irregulares daquele ou daqueles que detêm
em suas mãos poder tão ilimitado”. 
b) “É na soberania que está a fonte da honra”. 
c) “O Homem nunca pode deixar de ter uma ou outra
inconveniência e a maior que é possível cair sobre o
povo em geral é de pouca monta se comparada ao
poder do soberano, que deve ser revitalizado de
tempos em tempos”. 
d) “Todos os homens são dotados de grandes lentes de
aumento; todo pagamento parece um imenso fardo, o
que gera lamentos e sofrimentos. Honra maior
consiste em o soberano ter piedade e compreensão
para com tais falhas humanas e doar poderes aos
infelizes”.
FIL0288 - (Uel)
Leia o texto a seguir:
 
O principal argumento humeano contra a explicação da
inferência causal pela razão era que este �po de
inferência dependia da repe�ção, e que a faculdade
chamada “razão” padecia daquilo que se pode chamar
uma certa “insensibilidade à repe�ção”, ou seja, uma
certa indiferença perante a experiência repe�da. Em
completo contraste com isso, o princípio defendido por
nosso filósofo, um princípio para designar o qual propôs
os nomes de “costume ou hábito”, foi concebido como
uma disposição humana caracterizada pela sensibilidade
à repe�ção, podendo assim ser considerado um princípio
adequado à explicação dos raciocínios derivados de
experiências repe�das.
(MONTEIRO, J. P. Novos Estudos Humeanos. São Paulo:
Discurso Editorial, 2003, p. 41)
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o
empirismo, é correto afirmar que Hume 
a) atribui importância à experiência como fundamento
do conhecimento dedu�vo ob�do a par�r da
inferência das relações causais na natureza. 
b) corrobora a afirmação de que a experiência é
insuficiente sem o uso e a intervenção da razão na
demonstração do nexo causal existente entre os
fenômenos naturais. 
c) confere exclusividade à matemá�ca como condição de
fundamentação do conhecimento acerca dos
fenômenos naturais, pois, empiricamente, constata
que a natureza está escrita em caracteres
matemá�cos. 
d) demonstra que as relações causais ob�das pela
experiência representam um conhecimento guiado
por hábitos e costumes e, sobretudo, pela crença de
que tais relações serão igualmente man�das no
futuro. 
e) evidencia a importância do racionalismo, sobretudo as
ideias inatas que atestam o nexo causal dos
fenômenos naturais descobertos pela experiência. 
FIL0264 - (Uel)
Para Locke, o estado de natureza é um estado de
liberdade e de igualdade.
(LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil.
Tradução de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa.
Petrópolis: Vozes, 1994. p. 83.)
 
Com base nos conhecimentos sobre a filosofia polí�ca de
Locke, assinale a alterna�va correta. 
52@professorferretto @prof_ferretto
a) No estado de natureza, a liberdade dos homens
consiste num poder de tudo dispor a par�r da força e
da argúcia. 
b) Os homens são iguais, pois todos têm o mesmo medo
de morte violenta em mãos alheias. 
c) A liberdade dos homens determina que o estado de
natureza é um estado de guerra de todos contra
todos. 
d) A liberdade no estado de natureza não consiste em
permissividade, pois ela é limitada pelo direito
natural. 
e) Nunca houve na história um estado de natureza,
sendo este apenas uma hipótese lógica. 
FIL0293 - (Unesp)
A maior violação do dever de um ser humano consigo
mesmo, considerado meramente como um ser moral (a
humanidade em sua própria pessoa), é o contrário da
veracidade, a men�ra [...]. A men�ra pode ser externa
[...] ou, inclusive, interna. Através de uma men�ra
externa, um ser humano faz de si mesmo um objeto de
desprezo aos olhos dos outros; através de uma men�ra
interna, ele realiza o que é ainda pior: torna a si mesmo
desprezível aos seus próprios olhos e viola a dignidade da
humanidade em sua própria pessoa [...]. Pela men�ra um
ser humano descarta e, por assim dizer, aniquila sua
dignidade como ser humano. [...] É possível que [a
men�ra] seja pra�cada meramente por frivolidade ou
mesmo por bondade; aquele que fala pode, até mesmo,
pretender a�ngir um fim realmente benéfico por meio
dela. Mas esta maneira de perseguir este fim é, por sua
simples forma, um crime de um ser humano contra sua
própria pessoa e uma indignidade que deve torná-lo
desprezível aos seus próprios olhos.
 
Em sua sentença dirigida à men�ra, Kant 
a) considera a condenação rela�va e sujeita a
jus�fica�vas, de acordo com o contexto. 
b) assume que cada ser humano par�cular representa
toda a humanidade. 
c) apresenta um pensamento desvinculado de
pretensões racionais universalistas. 
d) demonstra um juízo condenatório, com jus�ficação
em mo�vações religiosas. 
e) assume o pressuposto de que a razão sempre é
governada pelas paixões. 
FIL0212 - (Ufsj)
Thomas Hobbes afirma que “Lei Civil”, para todo súdito,
é 
a) “construída por aquelas regras que o Estado lhe
impõe, oralmente ou por escrito, ou por outro sinal
suficiente de sua vontade, para usar como critério de
dis�nção entre o bem e o mal”. 
b) “a lei que o deixa livre para caminhar para qualquer
direção, pois há um conjunto de leis naturais que
estabelece os limites para uma vida em sociedade”. 
c) “reguladora e protetora dos direitos humanos, e faz
intervenção na ordem social para legi�mar as relações
externas da vida do homem em sociedade”. 
d) “calcada na arbitrariedade individual, em que as
pessoas buscam entrar num Estado Civil, em
consonância com o direito natural, no qual ele – o
súdito – tem direito sobre a sua vida, a sua liberdade e
os seus bens”. 
FIL0261 - (Uel)
Leia o seguinte texto de Locke:
 
Aquele que se alimentou com bolotas que
colheu sob um carvalho, ou das maçãs que re�rou das
árvores na floresta, certamente se apropriou deles para
si. Ninguém pode negar que a alimentação é sua.
Pergunto então: Quando começaram a lhe pertencer?
Quando os digeriu? Quando os comeu? Quando os
cozinhou?
Quando os levou para casa? Ou quando os apanhou?
(LOCKE, J. Segundo Tratado Sobre o Governo Civil. 3 ed.
Petrópolis: Vozes, 2001, p. 98)
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o
pensamento de John Locke, é correto afirmar que a
propriedade:
 
I. Tem no trabalho a sua origem e fundamento, uma vez
que ao acrescentar algo que é seu aos objetos da
natureza o homem os transforma em sua propriedade.
II. A possibilidade que o homem tem de colher os frutos
da terra, a exemplo das maçãs, confere a ele um direito
sobre eles que gera a possibilidade de acúmulo ilimitado.
III. Animais e frutos, quando disponíveis na natureza e
sem a intervenção humana, pertencem a um direito
comum de todos.
IV. Nasce da sociedade como consequência da ação
cole�va e solidária das comunidades organizadas com o
propósito de formar e dar sustentação ao Estado.
 
Assinale a alterna�va correta. 
53@professorferretto @prof_ferretto
a) Somente as afirma�vas I e II são corretas. 
b) Somente as afirma�vas I e III são corretas. 
c) Somente as afirma�vas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirma�vas I, II e IV são corretas. 
e) Somente as afirma�vas II, III e IV são corretas.
FIL0289 - (Ufsj)
Segundo as considerações sobre a Moral de Hume,
é CORRETO afirmar que 
a) a Moral se derivada Razão. 
b) a Moral é uma subdivisão da Filosofia, e pode ser
enquadrada no âmbito de uma Filosofia prá�ca. 
c) a Filosofia Moral é domínio da Filosofia especula�va. 
d) a Moral tem seus preceitos legais extensamente
extraídos de uma conformidade com a Razão. 
FIL0273 - (Uel)
De acordo com seu conhecimento sobre a é�ca de
Spinoza, é correto afirmar: 
a) A necessidade não se aplica às ações livres do
homem. 
b) O homem virtuoso procura agir com compaixão. 
c) A felicidade é o prêmio da virtude, pois a ação virtuosa
tem como recompensa a felicidade. 
d) Quanto mais um homem se esforça por preservar o
seu ser, mais ele é virtuoso. 
e) O homem é mais livre na solidão, pois aí ele só
obedecea si mesmo. 
FIL0532 - (Unesp)
Texto 1
A crí�ca não se opõe ao procedimento dogmá�co da
razão no seu conhecimento puro […], mas sim ao
dogma�smo […], apoiado em princípios, como os que a
razão desde há muito aplica, sem se informar como e
com que direito os alcançou. O dogma�smo é, pois, o
procedimento dogmá�co da razão sem uma crí�ca prévia
da sua própria capacidade.
(Immanuel Kant. Crí�ca da razão pura, 2018.)
 
Texto 2
Os ques�onamentos cé�cos de Hume abalaram
profundamente Kant, que visava empreender uma defesa
do racionalismo contra o empirismo cé�co e acabou por
elaborar uma filosofia que caracterizou como
racionalismo crí�co, pretendendo precisamente superar
a dicotomia entre racionalismo e empirismo.
(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, 2010.
Adaptado.)
 
Os textos explicitam a noção de “crí�ca”, que
corresponde, na filosofia kan�ana, 
a) à defesa da dúvida metódica. 
b) à impossibilidade do conhecimento cien�fico. 
c) ao exame dos limites da compreensão. 
d) à recusa de elementos transcendentais. 
e) ao estabelecimento das bases da experimentação. 
FIL0263 - (Ueg)
Um dos aspectos mais importantes da filosofia polí�ca de
John Locke é sua defesa do direito à propriedade, que ele
considerava ser algo inerente à natureza humana, uma
vez que o corpo é nossa primeira propriedade. De acordo
com esta perspec�va, o Estado deve 
a) permi�r aos seus cidadãos ter propriedade ou
propriedades. 
b) garan�r que todos os seus cidadãos, sem exceção,
tenham alguma propriedade. 
c) garan�r aos cidadãos a posse vitalícia de bens. 
d) fazer com que a propriedade seja comum a todos os
cidadãos.
FIL0646 - (Uece)
Atente para o seguinte trecho sobre o pensamento de
Benedictus de Spinoza (1632-1677) a respeito da
liberdade divina:
 
“Deus é livre porque tudo decorre necessariamente da
sua própria essência, sem admi�r nela nem
possibilidades nem con�ngências. O que define a
liberdade divina se volta para um ‘interior’ e um ‘si
mesmo’ da necessidade.”
DELEUZE, G. Espinosa: filosofia prá�ca. Trad. bras. Daniel
Lins e Fabien Pascal Lins. São Paulo: Escuta, 2002. –
Adaptado.
 
Considerando a concepção acima apresentada, assinale a
afirmação verdadeira.
a) A liberdade divina se apoia essencialmente no livre e
variável arbítrio de Deus. 
b) A liberdade de Deus está vinculada a causas externas e
suas consequências.
c) A liberdade divina está fundada na necessidade
interna da essência de Deus.
d) A liberdade e a necessidade são noções contraditórias
na essência de Deus.
FIL0655 - (Uece)
54@professorferretto @prof_ferretto
“O medo é a causa que origina, conserva e alimenta a
supers�ção. Poderíamos acrescentar muitos exemplos
que provam com toda a clareza o seguinte: os homens só
se deixam dominar pela supers�ção enquanto têm medo;
todas essas coisas que alguma vez foram inu�lmente
objeto de culto religioso não são mais do que fantasmas
e delírios de um ânimo triste e amedrontado; finalmente,
é quando o Estado se encontra em maiores dificuldades
que os adivinhos detêm o maior poder sobre a plebe e
são mais temidos pelos seus reis”.
SPINOZA, B. Tratado teológico-polí�co. Tradução de
Diogo Pires Aurélio. Lisboa: Casa da moeda, 2004, p. 126.
(Texto adaptado).
 
Conforme Spinoza, o sen�mento de medo conduz o
homem à supers�ção. Por isso, os momentos em que os
adivinhos têm grande influência sobre a população e os
governos são aqueles de grandes dificuldades. A
supers�ção é uma incerteza dos bens desejados, e se
desenvolve na
a) imaginação. 
b) sensibilidade. 
c) razão. 
d) intuição. 
FIL0680 - (Ufpr)
Os homens supõem comumente que todas as coisas da
natureza agem, como eles mesmos, em consideração de
um fim, e até chegam a ter por certo que o próprio Deus
dirige todas as coisas para determinado fim, pois dizem
que Deus fez todas as coisas em consideração do
homem, e que criou o homem para que lhe prestasse
culto.
(ESPINOSA, B. É�ca. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Livro
I. Apêndice. p. 117. Coleção Os Pensadores.)
 
Nesta passagem, Espinosa:
a) cri�ca os homens por orientarem suas ações em
consideração de um fim.
b) defende que a natureza foi criada tendo-se em vista
fins desconhecidos pelos homens e conhecidos apenas
por Deus.
c) descreve o modo de pensar que impede os homens de
produzirem uma explicação adequada dos eventos
naturais.
d) explica por que se deve buscar conhecer os fins em
vista dos quais todas as coisas foram criadas por Deus.
e) oferece as razões pelas quais é impossível separar a
ciência da religião.
FIL0703 - (Unesp)
Há alguma razão em fazer o julgamento de um homem
pelos aspectos mais comuns de sua vida; mas, tendo em
vista a natural instabilidade de nossos costumes e
opiniões, muitas vezes me pareceu que mesmo os bons
autores estão errados em se obs�narem em formar de
nós uma ideia constante e sólida. Escolhem um caráter
universal e, seguindo essa imagem, vão arrumando e
interpretando todas as ações de um personagem, e, se
não conseguem torcê-las o suficiente, atribuem-nas à
dissimulação. Creio mais dificilmente na constância dos
homens do que em qualquer outra coisa, e em nada mais
facilmente do que na inconstância. Quem os julgasse nos
pormenores e separadamente, peça por peça, teria mais
ocasiões de dizer a verdade.
Em toda a An�guidade é di�cil escolher uma dúzia de
homens que tenham ordenado sua vida num projeto
definido e seguro, que é o principal obje�vo da
sabedoria. Pois para resumi-la por inteiro numa só
palavra e abranger em uma só todas as regras de nossa
vida, “a sabedoria”, diz um an�go, “é sempre querer a
mesma coisa, é sempre não querer a mesma coisa”, “eu
não me dignaria”, diz ele, “a acrescentar ‘contanto que a
tua vontade esteja certa’, pois se não está certa, é
impossível que sempre seja uma só e a mesma.” Na
verdade, aprendi outrora que o vício é apenas o
desregramento e a falta de moderação; e, por
conseguinte, é impossível o imaginarmos constante. É
uma frase de Demóstenes, dizem, que “o começo de toda
virtude são a reflexão e a deliberação, e seu fim e sua
perfeição, a constância”. Se, guiados pela reflexão,
pegássemos certa via, pegaríamos a mais bela, mas
ninguém pensa antes de agir: “O que ele pediu,
desdenha; exige o que acaba de abandonar; agita-se e
sua vida não se dobra a nenhuma ordem.”
(Michel de Montaigne. Os ensaios: uma seleção, 2010.
Adaptado.)
 
De acordo com Montaigne, as ações humanas
caracterizam-se
a) pela volubilidade. 
b) pela arrogância. 
c) pelo egoísmo. 
d) pela dissimulação.
e) pela obs�nação.
FIL0705 - (Unesp)
Texto 1
Quantas vezes ocorreu-me sonhar, durante a noite, que
estava neste lugar, que estava ves�do, que estava junto
ao fogo, embora es�vesse inteiramente nu dentro de
meu leito? […] Pensando cuidadosamente nisso, lembro-
me de ter sido muitas vezes enganado, quando dormia,
por semelhantes ilusões. E, detendo-me neste
55@professorferretto @prof_ferretto
pensamento, vejo tão manifestamente que não há
quaisquer indícios concludentes, nem marcas assaz
certas por onde se possa dis�nguir ni�damente a vigília
do sono, que me sinto inteiramente pasmado: e meu
pasmo é tal que é quase capaz de me persuadir de que
estou dormindo.
(René Descartes. Obra escolhida, 1973.)
 
Texto 2
O cien�sta Jeremy Bailenson, diretor-fundador do
laboratório que estuda realidade virtual na Universidade
Stanford, nos Estados Unidos, disse, em 2018, que o
tempo passado com óculos de realidade virtual “é
psicologicamente muito mais poderoso do que qualquer
mídia já inventada e se prepara para transformar
drama�camente as nossas vidas. Nosso cérebro fica
confuso o suficiente para entender esses sinais como
realidade? Eu posso te garan�r: a realidade virtual
influência. Para algumas pessoas, a ilusão é tão poderosa
que o sistema límbico [região do cérebro envolvida com
emoções e memória] delas entra em um estado de
a�vidade intensa”.
(Shin Suzuki. “Vida no metaverso: como a realidade
virtual poderá afetar a percepção do mundo ao redor”.
www.bbc.com, 28.11.2021. Adaptado.)
 
Nesses dois textos,observa-se a problema�zação de uma
questão clássica em filosofia, a qual corresponde à
a) relação entre sensação e razão. 
b) evolução das descobertas cien�ficas. 
c) estruturação do raciocínio lógico. 
d) fundamentação do conhecimento comum.
e) combinação entre progresso e tecnologia.
FIL0251 - (Unioeste)
“Através dos princípios de um direito natural preexistente
ao Estado, de um Estado baseado no consenso, de
subordinação do poder execu�vo ao poder legisla�vo, de
um poder limitado, de direito de resistência, Locke expôs
as diretrizes fundamentais do Estado liberal.”
Bobbio.
 
Considerando o texto citado e o pensamento polí�co de
Locke, seguem as afirma�vas abaixo:
 
I. A passagem do estado de natureza para a sociedade
polí�ca ou civil, segundo Locke, é realizada mediante um
contrato social, através do qual os indivíduos singulares,
livres e iguais dão seu consen�mento para ingressar no
estado civil.
II. O livre consen�mento dos indivíduos para formar a
sociedade, a proteção dos direitos naturais pelo governo,
a subordinação dos poderes, a limitação do poder e o
direito à resistência são princípios fundamentais do
liberalismo polí�co de Locke.
III. A violação deliberada e sistemá�ca dos direitos
naturais e o uso con�nuo da força sem amparo legal,
segundo Locke, não são suficientes para conferir
legi�midade ao direito de resistência, pois o exercício de
tal direito causaria a dissolução do estado civil e, em
consequência, o retorno ao estado de natureza.
IV. Os indivíduos consentem livremente, segundo Locke,
em cons�tuir a sociedade polí�ca com a finalidade de
preservar e proteger, com o amparo da lei, do arbítrio e
da força comum de um corpo polí�co unitário, os seus
inalienáveis direitos naturais à vida, à liberdade e à
propriedade.
V. Da dissolução do poder legisla�vo, que é o poder no
qual “se unem os membros de uma comunidade para
formar um corpo vivo e coerente”, decorre, como
consequência, a dissolução do estado de natureza.
 
Das afirma�vas feitas acima 
a) somente a afirmação I está correta. 
b) as afirmações I e III estão corretas. 
c) as afirmações III e IV estão corretas. 
d) as afirmações II e III estão corretas. 
e) as afirmações III e V estão incorretas.
FIL0218 - (Ufsj)
Sobre a ideia de soberania concebida por Hobbes,
é CORRETO afirmar que a soberania:
a) “se dá por meio do sufrágio universal, seja
na república ou na monarquia”. 
b) “é a manifestação da virtù como condição
indispensável no governo do príncipe”. 
c) “reside em um homem ou em uma assembleia de mais
de um”. 
d) “é a realização plena da paz perpétua entre
as nações”. 
FIL0254 - (Ufsj)
Ao inves�gar as origens das ideias, diversos filósofos
fizeram interferências importantes no
pensamento filosófico da humanidade. Dentre eles,
destaca-se o pensamento de John Locke. Assinale a
alterna�va que expressa as origens das ideias para John
Locke.
56@professorferretto @prof_ferretto
a) “Não há dúvida de que todo o nosso conhecimento
começa com a experiência [...] mas embora todo
o nosso conhecimento comece com a
experiência, nem por isso todo ele pode ser atribuído
a esta, mas à imaginação e à ideia.” 
b) “O que sou eu? Uma substância que pensa. O que é
uma substância que pensa? É uma coisa que duvida,
que concebe, que afirma, quenega, que quer,
que não quer, que imagina e que sente, uma ideia em
movimento. 
c) “Quando analisamos nossos pensamentos ou
ideias, por mais complexos e sublimes que sejam,
sempre descobrimos que se resolvem em ideias
simples que são cópias de uma sensação ou
sen�mento anterior, calcado nas paixões.” 
d) “Afirmo que essas duas, a saber, as coisas materiais
externas, como objeto da sensação, e as operações de
nossas próprias mentes, como objeto da reflexão,
são, a meu ver, os únicos dados originais dos quais
as ideias derivam.” 
FIL0554 - (Uece)
Os filósofos polí�cos modernos usaram o conceito de
estado de natureza para colocar a questão sobre o que
legi�ma o contrato (ou pacto) social fundador da
sociedade civil (o Estado). Em outras palavras,
perguntavam-se pelo que torna legí�ma a saída dos
indivíduos do estado de natureza e sua submissão à lei
no Estado, através do contrato (ou pacto). Em úl�ma
instância, essa é uma pergunta pela legi�midade do
Estado. 
 
O filósofo que considerou que a finalidade do contrato é
o estabelecimento da liberdade e da igualdade civis em
subs�tuição à liberdade e à igualdade natural foi 
a) Jean-Jacques Rousseau. 
b) Thomas Hobbes. 
c) John Locke. 
d) François-Marie Voltaire. 
FIL0282 - (Ufsj)
Segundo David Hume, “Todo raciocínio abstruso
apresenta um mesmo inconveniente”, porque 
a) “pode silenciar o antagonista sem convencê-lo; e para
nos darmos conta de sua força, precisamos dedicar-lhe
um estudo tão intenso quanto o que foi necessário
para sua invenção”. 
b) “impregna a mente humana com conceitos do
idealismo que o induzem ao holismo moderno”. 
c) “jus�fica a disposição que a mente humana tem para
se inclinar ao silogismo moderno”. 
d) “convida o raciocínio a enigmá�cas considerações,
direcionando-o ao ce�cismo quinhen�sta”. 
FIL0361 - (Ufsm)
Os filósofos Ame Naess e George Sessions propuseram,
em 1984, diversos princípios para uma é�ca ecológica
profunda, entre os quais se encontra o seguinte:
O bem-estar e o florescimento da vida humana e não
humana na Terra têm valor em si mesmos. Esses valores
são independentes da u�lidade do mundo não humano
para finalidades humanas.
 
Considere as seguintes afirmações:
 
I. A é�ca kan�ana não se baseia no valor de u�lidade das
ações.
II. “Valor intrínseco” é um sinônimo para “valor em si
mesmo”.
III. A é�ca u�litarista rejeita a concepção de que as ações
têm valor em si mesmas.
 
Está(ão) correta(s) 
a) apenas I. 
b) apenas II. 
c) apenas III. 
d) apenas I e II. 
e) I, II e III. 
FIL0272 - (Ufpa)
No contexto da cultura ocidental e na história do
pensamento polí�co e filosófico, as considerações sobre
a necessidade de valores morais prévios na organização
do Estado e das ins�tuições sociais sempre foi um tema
fundamental devido à importância, para esse �po de
questão, dos conceitos de bem e de mal, indispensáveis à
vida em comum.
 
Diante desse fato da história do pensamento polí�co e
filosófico, a afirmação de Espinosa, segundo a qual “Se os
homens nascessem livres, não formariam nenhum
conceito de bem e de mal, enquanto permanecessem
livres” (ESPINOSA, 1983, p. 264), quer dizer o seguinte: 
57@professorferretto @prof_ferretto
a) O homem é, por ins�nto, moralmente livre, fato que
condiciona sua ideia de é�ca social. 
b) Assim como o indivíduo é anterior à sociedade, a
liberdade moral antecede noções como bem e mal. 
c) Os valores morais que servem de base para nossa
socialização são tão naturais quanto nossos direitos. 
d) Não poderíamos falar de bem e de mal se não nos
colocássemos além da liberdade natural. 
e) Não há nenhum vínculo necessário entre viver livre e
saber o que são bem e mal. 
FIL0559 - (Uece)
“A tarefa da bela aparência ar�s�ca, segundo Hegel, é
libertar-nos da aparência sensorial impura e grosseira. No
quadro de um mestre holandês, não é a exata
reprodução dos objetos que nos agrada: é que a ‘magia
da cor e da iluminação’ transfigura as pobres coisas
naturais que são representadas; é que as cenas prosaicas
de quermesses e bebedeiras são metamorfoseadas num
‘domingo da vida’; é que a ‘bela aparência’ torna
fascinante o que, na vida, nos deixava indiferentes.
Assim, a representação ar�s�ca é uma negação sorrateira
do sensível: ante os nossos olhos, o sensível se torna o
que ele não é. Mas, é claro, é sempre ante nossos olhos
que se efetua essa transmutação; é sempre no sensível
que a arte cri�ca o sensível. E porque a obra de arte se
apresenta necessariamente numa matéria sensível, ela
não pode ser ‘o modo de expressão mais elevado da
verdade’. O fato de a obra de arte se dirigir
à aísthesis (sensibilidade) cons�tui, para Hegel, tanto a
sua essência como a sua limitação.”
LEBRUN, G. A mutação da obra de arte. In: Afilosofia e
sua história. São Paulo: Cosac Naify, 2006, p. 332-333 –
Adaptado.
 
Conforme o texto acima, é correto afirmar que, para
Hegel, a arte não pode ser o modo de expressão mais
elevado da verdade, porque 
a) ultrapassa o sensível, tornando-se conceitual. 
b) não abrange toda a realidade por ser sensível. 
c) se limita à pura e grosseira realidade sensível. 
d) modifica o sensível, produzindo uma ilusão. 
FIL0260 - (Unioeste)
“Se os que nos querem persuadir que há princípios inatos
não os �vessem compreendido em conjunto, mas
considerado separadamente os elementos a par�r dos
quais estas proposições são formuladas, não estariam,
talvez, tão dispostos a acreditar que elas eram inatas.
Visto que, se as ideias das quais são formadas essas
verdades não fossem inatas, seria impossível que
as proposiçõesformadas delas pudessem ser inatas, ou
nosso conhecimento delas ter nascido conosco. Se, pois,
as ideias não são inatas, houve um tempo quando a
mente estava sem esses princípios e, desse modo, não
seriam inatos, mas derivados de alguma outra origem.
Pois, se as próprias ideias não o são, não pode haver
conhecimento, assen�mento, nem proposições mentais
ou verbais a respeito delas. […] De onde apreende a
mente todos os materiais da razão e do conhecimento? A
isso respondo, numa palavra, da experiência. Todo o
nosso conhecimento está nela fundado, e dela deriva
fundamentalmente o próprio conhecimento. Empregada
tanto nos objetos sensíveis externos como nas operações
internas de nossas mentes, que são por nós mesmos
percebidas e refle�das, nossa observação supre nossos
entendimentos com todos os materiais do
pensamento.” (Locke)
 
Tendo presente o texto acima, é correto afirmar, segundo
Locke, que 
a) há duas fontes de nossas ideias, a sensação e a
reflexão, de modo que tudo o que é objeto de nossa
mente, por ser ela como que um papel em branco, é
adquirido por meio de uma ou de outra dessas duas
fontes. 
b) contrariamente ao que afirma o texto, o autor admite
excepcionalmente como inatos alguns princípios
fundamentais e algumas ideias simples. 
c) chama-se experiência a forma de conhecimento que,
produzido por meio das diferentes sensações, nos
permite saber o que as coisas são em sua essência e
na medida em que são independentes de nós. 
d) a ideia de substância é uma ideia simples formada
diretamente a par�r de nossa experiência das coisas e
da capacidade que elas têm de subsis�rem. 
e) todas as nossas percepções ou ideias provém das
sensações externas e de nosso contato com o que
existe fora de nós. 
FIL0336 - (Ueg)
Para Marx, diante da tenta�va humana de explicar a
realidade e dar regras de ação, é preciso considerar as
formas de conhecimento ilusório que mascaram os
conflitos sociais. Nesse sen�do, a ideologia adquire um
caráter nega�vo, torna-se um instrumento de dominação
na medida em que naturaliza o que deveria ser explicado
como resultado da ação histórico-social dos homens, e
universaliza os interesses de uma classe como interesse
de todos. A par�r de tal concepção de ideologia,
constata-se que 
58@professorferretto @prof_ferretto
a) a sociedade capitalista transforma todas as formas de
consciência em representações ilusórias da realidade
conforme os interesses da classe dominante. 
b) ao mesmo tempo que Marx cri�ca a ideologia ele a
considera um elemento fundamental no processo de
emancipação da classe trabalhadora. 
c) a superação da cegueira cole�va imposta pela
ideologia é um produto do esforço individual
principalmente dos indivíduos da classe dominante. 
d) a frase “o trabalho dignifica o homem” parte de uma
noção genérica e abstrata de trabalho, mascarando as
reais condições do trabalho alienado no modo de
produção capitalista. 
FIL0491 - (Uel)
(Uel) obra de Galileu Galilei está indissoluvelmente ligada
à revolução cien�fica do século XVII, a qual implicou uma
“mutação” intelectual radical, cujo produto e expressão
mais genuína foi o desenvolvimento da ciência moderna
no pensamento ocidental. Neste sen�do, destacam-se
dois traços entrelaçados que caracterizam esta revolução
inauguradora da modernidade cien�fica: a dissolução da
ideia greco-medieval do Cosmos e a geometrização do
espaço e do movimento.
(KOYRÉ, A. Estudos Galilaicos. Lisboa: Dom Quixote, 1986.
pp. 13-20; KOYRÉ, A. Estudos de História do Pensamento
Cien�fico. Brasília, Editora UnB, 1982. pp. 152-154.).
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre as
caracterís�cas que marcam revolução cien�fica no
pensamento de Galileu Galilei, assinale a alterna�va
correta. 
a) A dissolução do Cosmos representa a ruptura com a
ideia do Universo como sistema imutável,
heterogêneo, hierarquicamente ordenado, da �sica
aristotélica. 
b) A crença na existência do Cosmos, na �sica
aristotélica, se situa na concepção de um Universo
aberto, indefinido e até infinito, unificado e governado
pelas mesmas leis universais. 
c) Contrária à concepção tradicional de ciência de
orientação aristotélica, a �sica galilaica dis�ngue e
opõe os dois mundos do Céu e da Terra e suas
respec�vas leis. 
d) A geometrização do espaço e do movimento, na �sica
galilaica, aprimora a concepção matemá�ca do
Universo cósmico qualita�vamente diferenciado e
concreto da �sica aristotélica. 
e) A �sica galilaica iden�fica o movimento a par�r da
concepção de uma totalidade cósmica, em cuja ordem
cada coisa possui um lugar próprio conforme sua
natureza. 
FIL0341 - (Ueg)
O termo alienação é polêmico e possui diversas
interpretações filosóficas e cien�ficas. O filósofo Hegel foi
um dos primeiros a oferecer relevância para esse termo.
A concepção mais conhecida de alienação, no entanto, é
a de Karl Marx, que desenvolveu uma discussão
aprofundada sobre o trabalho alienado, que, segundo
ele, é 
a) um processo mental no qual o trabalhador se vê
alienado e fora da realidade, ficando completamente
alheio ao mundo, tal como diziam os alienistas do
século XIX. 
b) um termo filosófico abstrato e ideológico, que deveria
ser subs�tuído pelo conceito de exploração, que
revelava a verdadeira relação entre capitalistas e
trabalhadores. 
c) um conceito universal existente em todas as
sociedades humanas, pois o ser humano precisa
efe�var o trabalho para sobreviver e, assim, é
constrangido a fazer o que não gosta. 
d) uma relação social na qual o não-trabalhador controla
a a�vidade do trabalhador e, por conseguinte, o
resultado do trabalho, explicando assim a origem da
propriedade. 
e) uma ideia ultrapassada produzida por filósofos
materialistas que queriam transferir a alienação da
consciência, tal como colocava Hegel, para o trabalho
humano. 
FIL0346 - (Ufu)
59@professorferretto @prof_ferretto
O botão desaparece no desabrochar da flor, e poderia
dizer-se que a flor o refuta; do mesmo modo que o fruto
faz a flor parecer um falso ser-aí da planta, pondo-se
como sua verdade em lugar da flor: essas formas não só
se dis�nguem, mas também se repelem como
incompa�veis entre si [...].
HEGEL, G.W.F. Fenomenologia do Espírito. Petrópolis:
Vozes, 1988.
 
Com base em seus conhecimentos e na leitura do texto
acima, assinale a alterna�va correta segundo a filosofia
de Hegel. 
a) A essência do real é a contradição sem interrupção ou
o choque permanente dos contrários. 
b) As contradições são momentos da unidade orgânica,
na qual, longe de se contradizerem, todos são
igualmente necessários. 
c) O universo social é o dos conflitos e das guerras sem
fim, não havendo, por isso, a possibilidade de uma
vida é�ca. 
d) Hegel combateu a concepção cristã da história ao
des�tuí-la de qualquer finalidade benevolente. 
FIL0172 - (Ufpa)
Ao pensar como deve comportar-se um príncipe com
seus súditos, Maquiavel ques�ona as concepções
vigentes em sua época, segundo as quais consideravam o
bom governo depende das boas qualidades morais dos
homens que dirigem as ins�tuições. Para o autor, “um
homem que quiser fazer profissão de bondade é natural
que se arruíne entre tantos que são maus. Assim, é
necessário a um príncipe,regidas por tratados, que
buscam por meio da cooperação a melhoria das
condições econômicas, polí�cas e sociais dos associados.
Buscam soluções em comum para resolver conflitos de
interesses entre os Estados membros. A Organização das
Nações Unidas (ONU), fundada em 1945, é a maior
organização internacional do mundo. Tem como obje�vos
principais a manutenção da paz mundial, o respeito aos
direitos humanos e o progresso social da humanidade.
(Benigno Núñez Novo. “Organizações
internacionais”.www.direitonet.com.br, 08.02.2018.
Adaptado.)
 
A organização polí�ca intergovernamental mencionada
no excerto assemelha-se à concepção de Estado da
abordagem contratualista de Hobbes, caracterizada pelo
dever do soberano de
a) proteger a vida humana. 
b) garan�r o direito natural. 
c) superar a desigualdade social. 
d) ampliar a liberdade individual.
e) assegurar a propriedade privada.
FIL0710 - (Unesp)
Ao mostrar que a natureza humana é comum e que a
reta razão é compreensível por todos, o jurista holandês
Hugo Gro�us (1583-1645) defende a hipótese de que o
gênero humano nasce provido de direitos e deveres
naturais que decorrem da própria capacidade de
raciocínio, da própria racionalidade. Para isso, Gro�us
evoca um estado de natureza pacífico anterior a qualquer
história para se opor ao atual estado social dos homens.
Se há uma natureza primi�va anterior, o que inaugura a
alta civilização é o Estado moderno.
(Ricardo Monteagudo. Filosofia polí�ca, 2012. Adaptado.)
 
A hipótese mencionada no excerto, sobre a cons�tuição
de formas de governos, fundamenta-se em uma visão
a) �mocrá�ca, na qual os cidadãos mais honrados têm o
direito de governar. 
b) anárquica, na qual os cidadãos não designam um
governante para si. 
c) sofocrá�ca, na qual o governo é atribuído aos mais
sábios daquela sociedade. 
d) despó�ca, na qual o rei exerce o poder absoluto sob
jus�fica�va divina.
e) contratualista, na qual o governo e o povo
estabelecem um acordo polí�co.
FIL0344 - (Uema)
Leia “Quem é você”, poema de Os Detonautas.
 
Você trabalha feito um burro de carga 
Puxando um sistema podre que é bancado com o seu
suor 
E sexta-feira vai pra igreja comungar com sua família 
A voz sagrada, Jesus Cristo é o Senhor 
E deixa parte do salário em retribuição 
À dádiva divina da palavra do pastor 
É melhor garan�r um lugar no céu 
Aqui nesse inferno tenta sobreviver 
E o que salva é a cervejinha no fim de semana 
Assis�ndo o jogo do seu �me preferido na tv 
Segunda-feira o seu filho tá em casa 
Porque a escola onde estuda não tem nenhum professor 
E o professor está na rua apanhando da polícia 
Tá cobrando seu salário do governo 
Enquanto isso numa casa confortável 
5@professorferretto @prof_ferretto
Uma família abastada reunida assiste televisão 
E pragueja fala mal de quem
Tá na rua enfrentando e dando a cara 
Pra lutar contra a situação
Fonte: CRUZ, Tico Santa. Quem é você. In: Detonautas a
saga con�nua. Rio de Janeiro: Coqueiro Verde Records,
2014. 
 
A realidade social brasileira é caracterizada nesse poema
como 
a) pacífica. 
b) justa. 
c) equita�va. 
d) pagã. 
e) desigual. 
FIL0233 - (Ufms)
Leia atentamente o texto a seguir:
 
“Neste ponto, o filósofo compreendeu que havia uma
crença da qual ele não podia duvidar: a crença na própria
existência. Cada um de nós pensa ou diz: ‘Sou, existo’ – e,
enquanto pensamos ou dizemos isso, não podemos estar
errados. Quando o filósofo tentou aplicar o teste do
gênio maligno a sua crença, percebeu que o gênio só
podia levá-lo a acreditar que ele existe se ele, o próprio
filósofo, de fato exis�r – como ele poderia duvidar da
própria existência, se é preciso exis�r para ter dúvida?
 
O axioma ‘Eu sou, eu existo’ cons�tui a primeira certeza
desse filósofo. Em sua obra anterior, Discurso sobre o
método, ele a apresentou como ‘Penso, logo existo’, mas
abandonou a frase ao escrever suas Meditações, pois o
uso de ‘logo’ leva a afirmação a ser lida como premissa e
conclusão. O filósofo queria que o leitor – o ‘eu’ que
medita – percebesse que, assim que considero o fato de
que existo, sei que isso é verdadeiro. Tal verdade é
instantaneamente apreendida. A percepção de que existo
é uma intuição direta, não a conclusão de um
argumento.” 
(Vários colaboradores. O livro da Filosofia. Tradução
Douglas Kim. São Paulo: Globo, 2011. p. 120. Adaptado).
 
O texto desse enunciado exprime uma vertente do
pensamento racionalista de um importante filósofo
ocidental. Assinale a alterna�va correta que apresenta o
filósofo racionalista autor das reflexões apresentadas. 
a) Nicolau Maquiavel. 
b) São Tomás de Aquino. 
c) René Descartes. 
d) Voltaire. 
e) Immanuel Kant. 
FIL0168 - (Espm)
Cícero e os humanistas afirmavam que "nada é mais
eficaz para defender e manter o poder do que ser amado
e nada é mais danoso do que ser temido”. Um
importante pensador moderno contrapôs: "Seria
desejável ser uma coisa e outra (amado e temido), mas,
como é quase impossível obter ambas as coisas ao
mesmo tempo, é muito mais seguro ser temido que
amado, quando se deve escolher uma des sas condições."
Eugenio Garin. Dal Rinascimento all Illuminismo.
O importante pensador moderno mencio nado no
enunciado é: 
a) Thomas Hobbes; 
b) Nicolau Maquiavel; 
c) Jean Bodin; 
d) Jacques Bossuet; 
e) John Locke. 
FIL0239 - (Upe)
Considere o texto a seguir sobre o paradigma da
Modernidade.
Não nos esqueçamos de outra não menos importante
verdade histórica: a Revolução Cien�fica foi profe�zada
por Bacon, realizada por Galileu, tema�zada por
Descartes, mas só concluída e sistema�zada por Newton.
(JAPIASSU, Hilton. Como Nasceu a Ciência Moderna. Rio
de Janeiro: Imago, 2007, p. 112. Adaptado.)
 
O autor acima retrata, com singularidade, alguns dos
expoentes do pensamento moderno. Sobre esse assunto,
assinale a alterna�va CORRETA. 
6@professorferretto @prof_ferretto
a) Com a revolução galileana, a teologia ganha sua
autonomia, libertando-se da ciência. 
b) O pensamento cartesiano adota uma a�tude de
dúvida metódica para bem conduzir a razão e procurar
a verdade nas ciências. 
c) Galileu Galilei foi o verdadeiro fundador do método
indu�vo na ciência da matemá�ca. 
d) A ciência para Francis Bacon é teórica e contempla�va,
tendo o filósofo profe�zado o papel da religiosidade
no marco da cien�ficidade. 
e) O pensamento newtoniano, com direcionamento na
�sica e na matemá�ca, não foi um marco essencial
para a história e para a filosofia da ciência.
FIL0221 - (Ueg)
Nos séculos XVII e XVIII, ganharam força as teorias
contratualistas, cujo principal ques�onamento é o
fundamento racional do poder soberano. Filósofos como
Thomas Hobbes, John Locke, Jean-Jacques Rousseau
�nham igual propósito de inves�gar a origem do Estado.
Esses pensadores partem da hipótese do estado de
natureza e imaginam as pessoas vivendo antes de
qualquer sociabilidade. Thomas Hobbes, adver�ndo que
a guerra era inevitável no estado natural, conclui que a
única maneira de garan�r a paz seria a delegação de um
poder ilimitado ao soberano. Por defender tais princípios,
Hobbes ficou conhecido como o teórico do 
a) neoliberalismo. 
b) absolu�smo. 
c) liberalismo. 
d) socialismo. 
FIL0177 - (Unisc)
Apar�r do século XVI, com o surgimento das monarquias
nacionais e o desenvolvimento do capitalismo, as
concepções de poder foram elaboradas para se
ajustarem aos novos tempos. Um dos grandes
pensadores dessa época, responsável também pela
inauguração do pensamento polí�co moderno e que
afirmou ser “o poder forjado nas relações humanas e,
como tal, pertence a esse mundo”, foi 
a) Nicolau Maquiavel. 
b) Thomas Hobbes. 
c) John Locke. 
d) Jean-Jacques Rousseau. 
e) Immanuel Kant. 
FIL0316 - (Uece)
Atente para o seguinte trecho de um ar�go de jornal:
“Segundo o coordenador do Setor de Ciências Naturais e
Sociais da Unesco no Brasil, Fabio Eon, os direitos
humanos estão sendo alvo de uma onda conservadora
que trata a expressão como algo poli�zado. — ‘Existe
hoje uma tendência a enxergar direitos humanos comopara se manter, que aprenda a
poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso
segundo a necessidade”.
Maquiavel, O Príncipe, São Paulo: Abril cultural, Os
Pensadores, 1973, p.69.
 
Sobre o pensamento de Maquiavel, a respeito do
comportamento de um príncipe, é correto afirmar que 
a) a a�tude do governante para com os governados deve
estar pautada em sólidos valores é�cos, devendo o
príncipe punir aqueles que não agem e�camente. 
b) o Bem comum e a jus�ça não são os princípios
fundadores da polí�ca; esta, em função da finalidade
que lhe é própria e das dificuldades concretas de
realizá-la, não está relacionada com a é�ca. 
c) o governante deve ser um modelo de virtude, e é
precisamente por saber como governar a si próprio e
não se deixar influenciar pelos maus que ele está
qualificado a governar os outros, isto é, a conduzi-los à
virtude. 
d) o Bem supremo é o que norteia as ações do
governante, mesmo nas situações em que seus atos
pareçam maus. 
e) a é�ca e a polí�ca são inseparáveis, pois o bem dos
indivíduos só é possível no âmbito de uma
comunidade polí�ca onde o governante age conforme
a virtude. 
FIL0210 - (Ufsm)
Sem leis e sem Estado, você poderia fazer o que quisesse.
Os outros também poderiam fazer com você o que
quisessem. Esse é o “estado de natureza” descrito por
Thomas Hobbes, que, vivendo durante as guerras civis
britânicas (1640-60), aprendeu em primeira mão como
esse cenário poderia ser assustador. Sem uma autoridade
soberana não pode haver nenhuma segurança, nenhuma
paz.
Fonte: LAW, Stephen. Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio
de Janeiro: Zahar, 2008.
 
Considere as afirmações:
I. A argumentação hobbesiana em favor de uma
autoridade soberana, ins�tuída por um pacto, representa
inequivocamente a defesa de um regime polí�co
monarquista.
II. Dois dos grandes teóricos sobre o estado de natureza”,
Hobbes e Rousseau, par�lham a convicção de que o afeto
predominante nesse “estado” é o medo.
III. Um traço comum da filosofia polí�ca moderna é a
idealização de um pacto que estabeleceria a passagem
do estado de natureza para o estado de sociedade.
 
Está(ão) correta(s) 
a) apenas I. 
b) apenas II. 
c) apenas III. 
d) apenas I e II. 
e) apenas II e III. 
60@professorferretto @prof_ferretto
FIL0355 - (Ufpa)
No início do século dezenove, mais precisamente com
Hegel, a arte é concebida no interior do domínio do
absoluto, isto é, da verdade enquanto tal e dos
elementos que a expõem. Tendo em vista essa
concepção, é correto afirmar: 
a) O absoluto não se expressa, de uma vez por todas, no
domínio ar�s�co. 
b) Ao apresentar o absoluto sob forma sensível, isto é,
concreta e singular, a obra de arte não efe�va a
transfiguração da realidade. 
c) Na a�vidade ar�s�ca, apenas alguns de seus traços
essenciais estão ligados ao ser verdadeiro. 
d) A beleza é, enquanto produto da arte, manifestação
sensível do absoluto. 
e) Na arte, a totalidade que se torna aparição cumpre
suficientemente suas determinações. 
FIL0258 - (Uel)
Leia o texto a seguir.
 
 Locke divide o poder do governo em três poderes,
cada um dos quais origina um ramo de governo: o poder
legisla�vo (que é o fundamental), o execu�vo (no qual é
incluído o judiciário) e o federa�vo (que é o poder de
declarar a guerra, concertar a paz e estabelecer alianças
com outras comunidades). Enquanto o governo con�nuar
sendo expressão da vontade livre dos membros da
sociedade, a rebelião não é permi�da: é injusta a
rebelião contra um governo legal. Mas a rebelião é aceita
por Locke em caso de dissolução da sociedade e quando
o governo deixa de cumprir sua função e se transforma
em uma �rania.
(LOCKE, John. In: MORA, J. F. Dicionário de Filosofia. São
Paulo: Loyola, 2001. V. III. p. 1770.)
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre John
Locke, é correto afirmar:
 
I. O direito de rebelião é um direito natural e legí�mo de
todo cidadão sob a vigência da legalidade.
II. O Estado deve cuidar do bem-estar material dos
cidadãos sem tomar par�do em questões de matéria
religiosa.
III. O poder legisla�vo ocupa papel preponderante.
IV. Na estrutura de poder, dentro de certos limites, o
Estado tem o poder de fazer as leis e obrigar que sejam
cumpridas.
 
Assinale a alterna�va correta. 
a) Somente as afirma�vas I e II são corretas. 
b) Somente as afirma�vas I e III são corretas. 
c) Somente as afirma�vas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirma�vas I, II e IV são corretas. 
e) Somente as afirma�vas II, III e IV são corretas. 
FIL0618 - (Fer)
“Nenhum conhecimento em nós precede a experiência e
todo conhecimento começa com ela. Mas, embora todo
o nosso conhecimento comece com a experiência, nem
por isso todo ele se origina da experiência. Pois, poderia
bem acontecer que, mesmo o nosso conhecimento de
experiência seja um composto daquilo que recebemos
por impressões e daquilo que nossa própria faculdade de
conhecimento fornece de si mesma. (...) Tais
conhecimentos denominam-se a priori e dis�nguem-se
dos empíricos, que possuem suas fontes a posteriori, ou
seja, na experiência.” 
KANT, Immanuel. Crí�ca da Razão Pura. Introdução, São
Paulo, Abril Cultural, 1980, coleção Os Pensadores
(adaptado).
 
Com base no texto e na teoria do conhecimento de Kant,
assinale a alterna�va INCORRETA:
a) O conhecimento é cons�tuído de matéria e forma.
Para termos conhecimento das coisas, temos de
organizá-las a par�r das formas a priori do espaço e do
tempo.
b) Se a Meta�sica é o conhecimento da essência das
coisas elas mesmas, Kant é, na Crí�ca da Razão Pura,
um defensor da Meta�sica, e não um defensor da
finitude do conhecimento.
c) O conhecimento tem seu início na experiência
sensível; isso não significa, todavia, que ele esteja
preso à experiência e limitado por ela.
d) O ato de conhecer se dis�ngue em duas formas
básicas: conhecimento empírico e conhecimento puro.
e) Podemos conhecer, em relação às coisas em si
mesmas, apenas seu fenômeno, ou seja, a maneira
como elas afetam nossos sen�dos.
FIL0297 - (Uel)
Leia os textos a seguir.
 
Exercita-te primeiro, caro amigo, e aprende o que é
preciso conhecer para te iniciares na polí�ca; antes, não.
Então, primeiro precisarás adquirir virtude, tu ou quem
quer que se disponha a governar ou a administrar não só
a sua pessoa e seus interesses par�culares, como a
cidade e as coisas a ela per�nentes. Assim, o que precisas
alcançar não é o poder absoluto para fazeres o que bem
61@professorferretto @prof_ferretto
entenderes con�go ou com a cidade, porém jus�ça e
sabedoria.
PLATÃO, O primeiro Alcebíades. Trad. Carlos Alberto
Nunes. Belém: EDUFPA, 2004. p. 281-285.
 
Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade,
da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a
incapacidade de fazer uso do seu entendimento sem a
direção de outro indivíduo... Sapere Aude! Tem coragem
de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema
do esclarecimento.
KANT, I. Resposta à pergunta: que é ‘Esclarecimento’
(‘Au�lärung’). Trad. Floriano de Souza Fernandes, 2. ed.
Petrópolis: Vozes, 1985. p. 100-117.
 
Tendo em vista a compreensão kan�ana do
Esclarecimento (Au�lärung) para a cons�tuição de uma
compreensão �picamente moderna do humano, assinale
a alterna�va correta. 
a) Fazer uso do próprio entendimento implica a
destruição da tradição, na medida em que o poder da
tradição impede a liberdade do pensamento. 
b) A superação da condição de menoridade resulta do
uso privado da razão, em que o indivíduo faz uso
restrito do próprio entendimento. 
c) A saída da menoridade instaura uma situação
duradoura, pois as verdadeiras conquistas do
Esclarecimento se afiguram como irreversíveis. 
d) A menoridade é uma tendência decorrente da
natureza humana, sendo, por esse mo�vo, superada
no Esclarecimento, com muito esforço. 
e) A condição fundamental para o Esclarecimento é a
liberdade, concebida como a possibilidade de se fazer
uso público da razão. 
FIL0613 - (Fer)
Mesmo supondo que as faculdades racionais de Adão
fossem inteiramente perfeitas desde o primeiromomento, ele não poderia ter inferido da fluidez e da
transparência da água que ela o afogaria, ou da luz e do
calor do fogo, que este o consumiria. Nenhum objeto
jamais revela, pelas qualidades que aparecem aos
sen�dos, tanto as causas que o produziram como os
efeitos que surgirão dele; nem pode nossa razão, sem o
auxílio da experiência, jamais �rar uma inferência acerca
da existência real e de um fato.
HUME, D. Inves�gação acerca do Entendimento Humano.
São Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 50.
 
Com base no texto e em seus conhecimentos sobre a
teoria do conhecimento de David Hume, assinale a
alterna�va CORRETA:
a) A noção de causalidade entre objetos decorre da
inferência de que há uma conexão necessária entre
eventos similares e constantes.
b) Para Hume, a experiência não é determinante para a
elaboração de nossas regras de conduta, pois
podemos nos equivocar sobre o que sen�mos.
c) A noção de causa é uma força que impulsiona os
objetos e a noção de efeito é a ação resultante sobre
esse mesmo objeto.
d) Há, em nosso pensamento, percepções cuja origem
não remonta, em úl�ma instância, àquilo que é
origem de nossas impressões.
e) Hume não pode ser considerado um filósofo cé�co,
uma vez que defende a possibilidade do conhecimento
das relações de causa e efeito por meio das sensações.
FIL0535 - (Unesp)
Ao cunhar a frase “natureza atormentada,” no início do
século XVII, numa referência ao objeto do conhecimento
cien�fico, Francis Bacon não imaginou que esse ideal iria,
no século XXI, atormentar filósofos e cien�stas. O
“tormento” do mundo natural, para ele, significava
conhecê-lo, não pelo saber desinteressado, mas para
dominar, transformar e, então, u�lizar esse universo da
maneira mais eficiente. O berço da ciência moderna
trazia a estrutura para que o ideal de controle da
natureza pudesse ser realizado. A par�r de então, essa
relação entre ciência e técnica foi naturalmente se
estreitando.
(Carlos Haag. “Natureza atormentada”.
h�ps://revistapesquisa.fapesp.br, agosto de 2005.
Adaptado.)
 
De acordo com o tema abordado pelo excerto, o
“tormento” gerado em filósofos e cien�stas
contemporâneos se dá devido à problema�zação da 
a) eficácia de teorias. 
b) natureza do conhecimento. 
c) noção de progresso. 
d) confiança nos resultados. 
e) verificação dos experimentos. 
FIL0299 - (Uel)
O tempo nada mais é que a forma da nossa intuição
interna. Se a condição par�cular da nossa sensibilidade
lhe for suprimida, desaparece também o conceito de
tempo, que não adere aos próprios objetos, mas apenas
ao sujeito que os intui.
KANT, I. Crí�ca da razão pura. Trad. Valério Rohden e Udo
Baldur Moosburguer.
62@professorferretto @prof_ferretto
São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 47. Coleção Os
Pensadores.
 
Com base nos conhecimentos sobre a concepção
kan�ana de tempo, assinale a alterna�va correta. 
a) O tempo é uma condição a priori de todos os
fenômenos em geral. 
b) O tempo é uma representação rela�va subjacente às
intuições. 
c) O tempo é um conceito discursivo, ou seja, um
conceito universal. 
d) O tempo é um conceito empírico que pode ser
abstraído de qualquer experiência. 
e) O tempo, concebido a par�r da soma dos instantes, é
infinito. 
FIL0482 - (Unioeste)
“Sendo um ato definidor da existência humana, porque
exprime a condição primordial da conservação dela,
permi�ndo ao ser vivo conservado raciocinar sobre si, é a
ele que compete natural e originalmente a qualificação
de ‘técnico’. Ao conceituá-lo como a caracterís�ca de
uma ação, e a isso se resume todo o conteúdo do
termo tecne, o homem quer exprimir que o ato realiza,
enquanto mediação, o fim intencional do agente. Revela-
se-nos, com isso, a essência da técnica. É a mediação na
obtenção de uma finalidade consciente”
(A. Vieira Pinto, O conceito de tecnologia).
 
Nesse trecho, o pensador brasileiro Álvaro Vieira Pinto
evita tratar a técnica como substância e, em vez disso,
endereça-a como adje�vo do ato de produzir. Dessa
forma, é uma ação humana que se qualifica, ou não,
como técnica. Esse passo estabelece uma relação entre
humanidade e técnica que se traduz na asser�va de
que... 
a) … a técnica, por si só, definiu a conservação do
homem e detém o poder sobre sua sorte. 
b) … o homem, e não a técnica, é o autor de seu
des�no. 
c) … dada sua autonomia, a técnica é o principal perigo à
sobrevivência humana. 
d) … com a revolução cien�fica, as sociedades humanas
passaram a viver em uma era tecnológica. 
e) … a técnica é uma realidade que, uma vez instaurada,
escapa ao controle humano. 
FIL0291 - (Uel)
Leia o texto a seguir.
 
Dever é a necessidade de uma ação por respeito à lei. [...]
devo proceder sempre de maneira que eu possa querer
também que a minha máxima se torne uma lei universal.
KANT, Immanuel. Fundamentação da Meta�sica dos
costumes. Trad. Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural,
1974. p. 208-209.
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria
kan�ana do dever, assinale a alterna�va correta. 
a) A máxima de uma ação moral universalizável pode ter
como fundamento os efeitos da ação, sendo
considerada moralmente boa uma ação cujos efeitos
causam o bem. 
b) A obrigação incondicional que a lei moral impõe
advém do reconhecimento da possibilidade de
universalização das máximas da ação. 
c) A men�ra pode, em certas circunstâncias, ser
legi�mada moralmente quando dela resulta uma ação
benéfica ou impede o prejuízo a outrem. 
d) A máxima incondicional de uma ação moral pode ter
como fundamento a experiência, pois os costumes
fornecem elementos suficientes para ela. 
e) O impera�vo categórico, princípio dos impera�vos do
dever, escolhe, dentre os es�mulos fornecidos à
vontade, o que lhe é mais adequado. 
FIL0235 - (Uel)
Leia o texto a seguir.
 
E se escrevo em francês, que é a língua de meu país, e
não em la�m, que é a de meus preceptores, é porque
espero que aqueles que se servem apenas de sua razão
natural inteiramente pura julgarão melhor minhas
opiniões do que aqueles que não acreditam senão nos
livros dos an�gos. E quanto aos que unem o bom senso
ao estudo, os únicos que desejo para meus juízes, não
serão de modo algum, tenho certeza, tão parciais a favor
do la�m que recusem ouvir minhas razões, porque as
explico em língua vulgar.
DESCARTES, R. Discurso do Método. Trad. J. Guinsburg e
Bento Prado Jr. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Coleção
“Os pensadores”. p. 79.
 
Com base nos conhecimentos sobre Descartes e o
surgimento da filosofia moderna, assinale a alterna�va
correta. 
63@professorferretto @prof_ferretto
a) A língua vulgar, o francês, expressa de modo mais
adequado o espírito da modernidade por estar livre
dos preconceitos da língua dos doutos, o la�m. 
b) Redigir o Discurso do Método em francês teve
propósito similar à tradução da bíblia para o alemão
feita por Lutero: facilitar o acesso à sacralidade do
texto em língua vulgar. 
c) O desencantamento do mundo, resultante da radical
crí�ca cartesiana à tradição, teve como consequência
o abandono da referência à divindade. 
d) As ideias expressas por Descartes em seu Discurso do
Método refletem a postura �picamente moderna de
ruptura total com o passado. 
e) A razão natural inteiramente pura é um atributo
inerente à natureza humana, independentemente da
tradição ou da cultura à qual o humano se vincula.
FIL0560 - (Uece)
“Para Hegel, a arte apresenta a realidade e a liberdade do
espírito na forma sensível. Ela apresenta imediatamente,
na forma sensível, toda a gama de relações humanas,
com seus sen�mentos, ações, paixões, conflitos, estados
etc. Diferentemente, a filosofia apreende toda essa
mesma realidade e liberdade das relações humanas no
pensamento, a par�r do pensamento, no conceito.”
SILVA FILHO, A. V. Poesia e prosa: Arte e filosofia na
Esté�ca de Hegel. Campinas, SP: Pontes, 2008. -
Adaptado.
 
Com base na citação acima, compreende-se a metáfora
hegeliana da “morte da arte” no sen�do de que 
a) a arte, por ser sensível, deve perecer como tudo o que
é sensível perece. 
b) aapresentação sensível do real na arte é superada
pela apresentação conceitual. 
c) a arte é falsa: por ser sensível, não consegue
apresentar a verdade do real. 
d) o real apresentado sensivelmente pela arte é diferente
do real conceitualizado. 
FIL0323 - (Uel)
Leia o texto a seguir.
 
A questão não está mais em se um homem é honesto,
mas se é inteligente. Não perguntamos se um livro é
proveitoso, mas se está bem escrito. As recompensas são
prodigalizadas ao engenho e ficam sem glórias as
virtudes. Há mil prêmios para os belos discursos, nenhum
para as belas ações.
(ROUSSEAU, J. J. Discurso sobre as ciências e as artes.
3.ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p.348. Coleção Os
Pensadores.)
 
O texto apresenta um dos argumentos de Rousseau à
questão colocada em 1749, pela Academia de Dijon,
sobre o seguinte problema: O restabelecimento das
Ciências e das Artes terá contribuído para aprimorar os
costumes?
Com base nas crí�cas de Rousseau à sociedade, assinale
a alterna�va correta. 
a) As artes e as ciências geralmente floresceram em
sociedades que se encontravam em pleno vigor moral,
em que a honra era a principal preocupação dos
cidadãos. 
b) A emancipação advém da posse e do consumo
exclusivo e diferenciado de bens de primeira linha,
uma vez que o luxo concede pres�gio para quem o
possui. 
c) Os envolvidos com as ciências e as artes adquirem,
com maior grau de eficiência, conhecimentos que lhes
permitem perceber a igualdade entre todos. 
d) O amor-próprio é um sen�mento posi�vo por meio do
qual o indivíduo é levado a agir moralmente e a
reconhecer a liberdade e o valor dos demais. 
e) O obje�vo das inves�gações era a�ngir celebridade,
pois os indivíduos estavam obcecados em exibir-se,
esquecendo-se do amor à verdade. 
FIL0310 - (Unioeste)
“Em todos os juízos em que for pensada a relação de um
sujeito com o predicado (se considero apenas os juízos
afirma�vos (…)), essa relação é possível de dois modos.
Ou o predicado B pertence ao sujeito A como algo
con�do (ocultamente) nesse conceito A, ou B jaz
completamente fora do conceito A, embora esteja em
conexão com o mesmo”.
Kant.
 
Considerando o texto acima e a teoria do conhecimento
de Kant, é incorreto afirmar que 
64@professorferretto @prof_ferretto
a) os juízos sinté�cos a posteriori são os mais
importantes para a teoria do conhecimento de Kant,
pois são con�ngentes e par�culares, estando ligados a
casos empíricos singulares. 
b) Kant denomina o primeiro modo de relacionar sujeito
e predicado de juízo analí�co e o segundo, de juízo
sinté�co. 
c) o problema do conhecimento para Kant envolve
responder “como são possíveis os juízos sinté�cos a
priori?”. 
d) os juízos analí�cos, embora universais e necessários,
não fazem progredir o conhecimento, pois são
tautológicos. 
e) o juízo “Todos os corpos são extensos” é analí�co, pois
não há como pensar o conceito de corpo sem o
conceito de extensão. 
FIL0552 - (Uece)
“Locke caracteriza como �rânico o governo que ignora as
leis e se orienta apenas pela prepotência do governante.
O único remédio que o povo tem contra um governo
�rânico é o direito de resis�r às suas ações até que se
possa subs�tuí-lo. Nesse caso, a lei da natureza, que
mesmo após o estabelecimento do Estado polí�co
con�nua em vigor, representa uma espécie de permissão
moral para a desobediência sempre que o povo entender
que a ação do governante não tem em vista a
preservação da sociedade. ”
OTTONICAR, F. G. C. John Locke e o direito de resistência.
In: Inves�gação Filosófica, v. 10, nº 1, p. 75-85, 2019.
 
Segundo a citação acima, o direito de resistência à �rania
se jus�ficaria porque 
a) todos os direitos naturais dos indivíduos são
transferidos ao pacto social. 
b) os indivíduos preservam todos seus direitos naturais
no pacto social. 
c) a lei da natureza de autopreservação dos indivíduos
vale após o pacto social. 
d) o pacto inclui, na forma da lei, o direito do povo à
resistência e ao �ranicídio. 
FIL0283 - (Ufsj)
Para George Berkeley, a expressão “ser é perceber e ser
percebido” significava que 
a) a realidade é uma relação entre todo ser existente,
medida e consen�da. 
b) a existência da matéria é e não pode não-ser; ela não
se vincula ao estatuto da mente. 
c) a percepção que temos do mundo não passa
necessariamente pelo crivo da razão, mas, sim, pela
auten�cação do real por si mesmo. 
d) toda a realidade depende da ideia que fazemos das
coisas. 
FIL0186 - (Uel)
Leia o texto a seguir.
 
Resta-nos um único e simples método, para alcançar os
nossos intentos: levar os homens aos próprios fatos
par�culares e às suas séries e ordens, a fim de que eles,
por si mesmos, se sintam obrigados a renunciar às suas
noções e comecem a habituar-se ao trato direto das
coisas.
(BACON, F. Novum OrganumTrad. José Aluysio Reis de
Andrade. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 26.)
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o
problema do método de inves�gação da natureza em
Bacon, assinale a alterna�va correta. 
a) O preceito metodológico do “trato direto das coisas”
supõe que cada um já possui em si as condições para
realizar a inves�gação da natureza. 
b) A inves�gação da natureza consiste em aplicar um
conjunto de pressupostos meta�sicos, cuja função é
orientar a inves�gação. 
c) As “séries e ordens” referentes aos fatos par�culares
resultam da aplicação dos pressupostos do método de
inves�gação. 
d) A renúncia às noções que cada um possui é o princípio
do método de inves�gação, que levará a ida aos fatos
par�culares. 
e) O método de interpretação da natureza propõe uma
nova a�tude com relação às coisas e uma nova
compreensão dos poderes do intelecto.
FIL0485 - (Ufpa)
Galileu, ao conceber a ciência, valoriza a experiência e se
preocupa com a descrição quan�ficada dos fenômenos.
Tal descrição torna-se possível, porque ele faz a dis�nção
entre qualidades primárias e secundárias. 
(ARANHA, M. L.; MARTINS, M. H. P. Filosofando. p. 179) 
 
De acordo com o exposto acima, é correto afirmar que 
65@professorferretto @prof_ferretto
a) somente as qualidades primárias devem ser levadas
em consideração pelos cien�stas. 
b) somente as qualidades secundárias são relevantes
para o conhecimento cien�fico. 
c) as qualidades primárias não são susce�veis de
receberem tratamento matemá�co. 
d) somente as qualidades secundárias devem ser
tratadas cien�ficamente por serem consideradas
matema�záveis. 
e) nenhuma das qualidades dos corpos pode ser tratada
quan�ta�vamente. 
FIL0353 - (Unicentro)
Analise as asser�vas e assinale a alterna�va que aponta
a(s) correta(s). Em seu livro História da Filosofia, Hegel
(1770-1831) declara que a filosofia moderna pode ser
considerada o nascimento da filosofiapropriamente dita,
porque nela, segundo Hegel, pela primeira vez, os
filósofos afirmam que
 
I. a filosofia é independente e não se submete a
nenhuma autoridade que não seja a própria razãocomo
faculdade plena de conhecimento. Isto é, os modernos
são os primeiros a demonstrar que oconhecimento
verdadeiro só pode nascer do trabalho interior realizado
pela razão, graças a seupróprio esforço. Só a razão
conhece e somente ela pode julgar a si mesma.
II. a filosofia moderna realiza a primeira descoberta da
subje�vidade propriamente dita porque nela o primeiro
ato do conhecimento, do qual dependerão todos os
outros, é a reflexão e consciência de sireflexiva.
III. a filosofia moderna é a primeira a reconhecer que,
sendo todos os seres humanos seres conscientes e
racionais, todos têm igualmente o direito ao pensamento
e a verdade. Segundo Hegel, essa afirmação do direito ao
pensamento, unida à ideia da recusa de toda censura
sobre o pensamento e palavra, seria a realização
filosófica do princípio da individualidade como
subje�vidade livre que se relaciona livremente com a
verdade.
IV. a filosofia moderna está tão in�mamente vinculada
aos fundamentos dapráxis humana que a ação não pode
ser ignorada na determinação de seus critérios
filosóficos. Para Hegel, os modernos foram os primeirosa
entender que esta prá�ca, no entanto, não deve ser
considerada apenas no sen�do restrito da conduta
pessoal, mas na acepção mais abrangente de experiência
humana em seus vários aspectos, desde histórico até o
nível psicológico.
a) Apenas I, III e IV. 
b) Apenas I, II e III. 
c) Apenas I. 
d) Apenas II, III e IV. 
e) Apenas IV. 
FIL0216 - (Uenp)
“Porque as leis de natureza (como a jus�ça, a equidade, a
modés�a, a piedade, ou, em resumo, fazer aos outros o
que queremos que nos façam) por si mesmas, na
ausência do temor de algum poder capaz de levá-las a ser
respeitadas, são contrárias a nossas paixões naturais, as
quais nos fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a
vingança e coisas semelhantes. E os pactos sem a espada
não passam de palavras, sem força para dar qualquer
segurança a ninguém. Portanto, apesar das leis de
natureza (que cada um respeita quando tem vontade de
respeitá-las e quando pode fazê-lo com segurança), se
não for ins�tuído um poder suficientemente grande para
nossa segurança, cada um confiará, e poderá
legi�mamente confiar, apenas em sua própria força e
capacidade, como proteção contra todos os outros.” 
MALMESBURY, Thomas Hobbes de. Leviatã ou matéria,
forma e poder de um Estado eclesiás�co e civil. 
 
Sobre o pensamento de Hobbes, assinale a alterna�va
incorreta: 
a) O contrato social que dá origem ao Estado só é
obedecido pela força e pelo temor. 
b) Os homens, na sua condição natural, observam
apenas as suas paixões naturais. 
c) O contrato social que dá origem ao Estado pode ser
desfeito quando o soberano desrespeita os direitos
dos súditos e age de forma parcial, visando a seus
próprios interesses. 
d) A concepção de homem natural de Hobbes é marcada
por um profundo pessimismo antropológico. 
e) A filosofia polí�ca hobbesiana é atomista. 
FIL0268 - (Uel)
Leia o texto a seguir.
 
Vimos, assim, que a Alma pode sofrer grandes
transformações e passar ora a uma maior perfeição, ora a
uma menor, paixões estas que nos explicam as afecções
de alegria e de tristeza. Assim, por alegria, entenderei, no
que vai seguir-se, a paixão pela qual a Alma passa a uma
perfeição maior; por tristeza, ao contrário, a paixão pela
qual a Alma passa a uma perfeição menor.
(ESPINOSA, B. É�ca. Trad. Antonio Simões. Lisboa:
Relógio D’Água, 1992. p. 279).
66@professorferretto @prof_ferretto
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o
problema da paixão e da afecção em Espinosa, assinale a
alterna�va correta.
a) A tristeza é uma ação da alma, consistente na afecção
causada por uma paixão, por meio da qual a alma visa
a própria destruição. 
b) As transformações da alma, seja o aumento ou a
diminuição de intensidade, fazem coexis�r paixões
contrárias. 
c) O aumento de perfeição, caracterís�co de afecção da
alegria, vincula-se ao esforço da alma em perceber-se
com mais clareza e dis�nção. 
d) Tristeza e alegria são denominadas paixões porque
resultam da ação de dis�ntas dimensões da alma,
responsáveis pela produção dessas afecções. 
e) Se uma coisa aumenta a potência de agir do corpo, a
ideia dessa mesma coisa diminuirá a potência de
pensar da nossa alma. 
FIL0280 - (Ufsj)
Para David Hume, “os homens são, em grande medida,
governados pelo interesse” e isso é perfeitamente visível,
já que 
a) “tradicionalmente o interesse tem sido visto de dentro
para fora, como algo que observamos em nós
mesmos, mais do que alguma coisa que outros
possam exibir”. 
b) “mesmo quando estendem suas preocupações para
além de si mesmos, não as levam muito longe; na vida
corrente não é muito comum olhar para além dos
amigos mais próximos e dos conhecidos”. 
c) “vão traduzindo a necessidade que eles têm de se
relacionar a par�r de um interesse par�cular, e isso
vem somar-se à sua capacidade para a socialização
para o seu próprio bem-estar”. 
d) “as suas a�tudes morais traduzem as suas condutas
solipsistas votadas aos mais dis�ntos interesses
materiais e espirituais”. 
FIL0666 - (Uece)
“O que caracteriza o conhecimento dialé�co é que o
verdadeiro (Hegel), o racional e o concreto (Hegel, Marx)
são o resultado de um movimento de pensamento.
Resultado do que Hegel chama de ‘trabalho do conceito’,
que mostra progressivamente, a par�r das
determinações mais simples e abstratas do conteúdo,
suas determinações cada vez mais ricas, complexas e
intensas, até o ponto de sua unidade, que não é uma
unidade formal, mas uma unidade sinté�ca de múl�plas
determinações”.
MÜLLER, Marcos Lutz. A dialé�ca como método de
exposição em O capital. Belo Horizonte: Bole�m da SEAF,
1982 (mimeo). (Texto adaptado).
 
A par�r da citação anterior, é correto concluir que, para a
dialé�ca, o esforço do pensamento conceitual em acessar
e conhecer a realidade, deve resultar em um
a) conhecimento parcial dessa mesma realidade. 
b) saber intui�vo e imediato da unidade do real. 
c) conhecimento em totalidade dessa realidade. 
d) fracasso, pois o real se move progressivamente. 
FIL0674 - (U�)
Immanuel Kant (1724-1804): “Esclarecimento é a saída
do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é
culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de
seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O
homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa
dela não se encontra na falta de entendimento, mas na
falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem
a direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem de fazer
uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do
esclarecimento.”
(KANT, I. Resposta à pergunta: Que é “Esclarecimento”.
In. Textos Seletos. 2ª Ed. Petrópolis: Vozes, 1985, p. 100).
 
Assinale, conforme a indicação do texto, a alterna�va
CORRETA:
a) A menoridade tem uma causa específica e retrata a
falta de fé do homem.
b) Ousar saber é ter a coragem de fazer uso de seu
próprio entendimento.
c) Cada um tem seu lema e isso é produto de coragem.
d) O homem é um ser constantemente culpado pelo seu
entendimento.
FIL0677 - (U�)
Francis Bacon (1561-1626): “Só há e só pode haver duas
vias para a inves�gação e para a descoberta da verdade.
Uma, que consiste no saltar-se das sensações e das coisas
par�culares aos axiomas mais gerais e, a seguir,
descobrirem-se os axiomas intermediários a par�r desses
princípios e de sua inamovível verdade. Esta é a que ora
se segue. A outra, que recolhe os axiomas dos dados dos
sen�dos e par�culares, ascendendo con�nua e
gradualmente até alcançar, em úl�mo lugar, os princípios
de máxima generalidade. Este é o verdadeiro caminho,
porém ainda não instaurado.”
BACON, F. Novum organum ou verdadeiras indicações
acerca da interpretação da natureza. São Paulo: Abril
Cultural, 1984, p. 16.
67@professorferretto @prof_ferretto
 
 
Assinale a alterna�va CORRETA em conformidade com o
texto:
a) A verdade é dada por iluminação e vontade divinas, tal
como descrevia Descartes.
b) O conhecimento da natureza é subje�vo e dependente
de uma verdade inamovível.
c) Francis Bacon indica o modelo de conhecimento
caracterís�co da modernidade.
d) Existem várias vias instauradas para a verdade.
68@professorferretto @prof_ferrettoalgo ideológico, o que é um equívoco. Os direitos
humanos não são algo da esquerda ou da direita. São de
todos, independentemente de onde você nasceu ou da
sua classe social. É importante enfa�zar isso para frear
essa onda conservadora’ — ressalta Eon, que sugere um
remédio para o problema: — ‘Precisamos promover uma
cultura de direitos humanos’”.
Disponível em: O Globo.
h�ps://oglobo.globo.com/sociedade/os-direitos-
humanosnao- sao-da-esquerda-ou-da-direita-sao-de-
todos-23088573. 
 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos
foi aprovada pela Assembleia Geral da ONU em 1948. Já
a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi
aprovada durante a primeira fase da Revolução Francesa,
pela Assembleia Nacional Cons�tuinte.
 
No que diz respeito à Declaração dos Direitos do Homem
e do Cidadão, é correto afirmar que 
a) apesar de ser um documento revolucionário moderno,
tem suas premissas filosóficas no pensamento polí�co
de Aristóteles. 
b) é de inspiração hobbesiana, tendo seus primórdios
nos inícios do Estado moderno. 
c) é de inspiração iluminista e liberal, sob influência de
grandes pensadores do século XVIII, tais como Locke e
Rousseau. 
d) é de inspiração marxista, no influxo dos grandes
movimentos grevistas e reivindicatórios que
aconteceram na França durante o século XIX. 
FIL0551 - (Uece)
Leia com atenção o seguinte diálogo entre Galileu e o
garoto Andrea, personagens da peça Vida de Galileu
(1938-39), do dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-
1956):
“GALILEU – Você entendeu o que eu lhe expliquei
ontem?
ANDREA – O quê? Aquela história de Copérnico e da
rotação da Terra?
GALILEU – É.
ANDREA – Por que o senhor quer que eu entenda? É
muito di�cil, e eu ainda não fiz onze anos, vou fazer em
outubro.
GALILEU – Mas eu quero que você entenda. É para que se
entendam essas coisas que eu trabalho e compro livros
caros em vez de pagar o leiteiro.
7@professorferretto @prof_ferretto
ANDREA – Mas eu vejo que o Sol de noite não está onde
estava de manhã. Quer dizer que ele não pode ficar
parado! Nunca, jamais...
GALILEU – Você vê?! O que você vê? Você não vê nada!
Você arregala os olhos, mas arregalar os olhos não é ver.
Galileu põe a bacia de ferro no centro do quarto e diz:
GALILEU – Bem, isto é o Sol (aponta para a bacia). Sente-
se aí (aponta para a cadeira).
Andrea se senta na única cadeira, tendo a bacia à sua
esquerda; Galileu fica de pé, atrás dele, e pergunta:
GALILEU – Onde está o Sol, à direita ou à esquerda?
ANDREA – À esquerda.
GALILEU – Como fazer para ele passar para a direita?
ANDREA – O senhor carrega a bacia para a direita, claro.
GALILEU – E não tem outro jeito?
Galileu levanta Andrea e a cadeira do chão, coloca-os do
outro lado da bacia e pergunta:
GALILEU – Agora, onde está o Sol?
ANDREA – À direita.
GALILEU – E ele se moveu?
ANDREA – Ele, não.
GALILEU – O que é que se moveu?
ANDREA – Eu.
GALILEU (gritando) – Errado, seu desatencioso! A
cadeira! A cadeira se moveu!
ANDREA – Mas eu com ela!
GALILEU – Claro, a cadeira é a Terra. Você está em cima
dela.”
BRECHT, B. A vida de Galileu. Trad. Roberto Schwartz.
In: Bertolt Brecht. Teatro completo, vol. 6.– 3ª ed. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1991. Adaptado.
 
Com base no diálogo acima, é correto afirmar que, para o
personagem Galileu, para compreender os fenômenos
astronômicos acima discu�dos, 
a) não é necessário observá-los, pois é suficiente
raciocinar sobre eles. 
b) não é necessário raciocinar sobre eles, basta melhor
observá-los. 
c) é necessário observá-los, com base em raciocínios e
cálculos corretos. 
d) é necessário ler cri�camente o que sobre eles diz a
tradição filosófica. 
FIL0332 - (Uff)
José Bonifácio de Andrada e Silva, homem público e
cien�sta respeitado na Europa, desempenhou papel
decisivo no processo de emancipação do Brasil. De ideias
avançadas, defendeu a ex�nção do escravismo, a
valorização da pequena e da média propriedade, o uso
racional dos recursos naturais e a tese pioneira da
preservação do meio ambiente. Ele achava que a
finalidade úl�ma da ciência é contribuir para o bem da
humanidade de modo racional e eficiente.
 
As ideias que influenciaram diretamente a formação
intelectual e polí�ca de José Bonifácio estão con�das no 
a) Naturalismo. 
b) Iluminismo. 
c) Renascimento. 
d) Socialismo. 
e) Jacobinismo. 
FIL0211 - (Ufsj)
“A soberania é a alma do Estado, e uma vez separada do
corpo os membros deixam de receber dela seu
movimento”.
Esse fragmento representa o pensamento de 
a) Hume em sua memorável defesa dos valores do
Estado e da sua ligação direta com a sua “alma”,
tomada aqui por intransferível soberania. 
b) Hume e a descrição da soberania na perspec�va do
sujeito em termos de impressões e ideias, que a par�r
daí cria um Estado humanizado que dá movimento às
criações dos que nele estão inseridos. 
c) Nietzsche, em sua mais sublime interpretação do agón
grego. Ao centro daquilo que ele propôs como sendo a
alma do Estado e onde a indagação sobre o lugar da
soberania, no permanente desafio da necessária
orquestração das paixões, se faz urgente. 
d) Hobbes e o seu conceito clássico de soberania,
entendido como o princípio que dá vida e movimento
ao corpo inteiro do Estado, por sua vez criado pelo
ar��cio humano para a sua proteção e segurança. 
FIL0250 - (Unicamp)
A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento
cons�tui suficiente prova de que não é inato.
LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano.
São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.
 
O empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia
parte, 
a) afirma que o conhecimento não é inato, pois sua
aquisição deriva da experiência. 
b) é uma forma de ce�cismo, pois nega que os
conhecimentos possam ser ob�dos. 
c) aproxima-se do modelo cien�fico cartesiano, ao negar
a existência de ideias inatas. 
d) defende que as ideias estão presentes na razão desde
o nascimento. 
8@professorferretto @prof_ferretto
FIL0326 - (Uff)
De acordo com o filósofo iluminista Montesquieu, no
livro clássico O Espírito das Leis, quando as mesmas
pessoas concentram o poder de legislar, de executar e de
julgar, instaura-se o despo�smo, pois, para que os
cidadãos estejam livres doabuso de poder, é preciso que
“o poder freie o poder”. 
 
Iden�fique a sentença que melhor resume esse
pensamento de Montesquieu. 
a) Para que a sociedade seja bem governada é necessário
que uma só pessoa disponha do poder de legislar, agir
e julgar. 
b) A separação dos poderes enfraquece o Estado e toma
a sociedade vulnerável aos ataques de seus inimigos. 
c) A separação e independência entre os poderes é uma
das condições fundamentais para que os cidadãos
possam exercer sua liberdade. 
d) A sociedade melhor organizada é aquela em que o
execu�vo goza de poder absoluto. 
e) As mesmas pessoas podem concentrar o poder, desde
que sejam bem intencionadas. 
FIL0257 - (Uncisal)
No período moderno, emergiu uma escola filosófica que
pôs em questão as concepções ina�stas e meta�sicas de
conhecimento. Para os filósofos par�dários dessa escola,
o conhecimento é sempre decorrente da experiência,
jamais podendo exis�r ideias inatas. O nome dessa
corrente filosófica, bem como o nome de um de seus
filósofos representa�vos são, respec�vamente:
a) ina�smo; Descartes. 
b) idealismo; Kant. 
c) escolás�ca; Santo Agos�nho. 
d) empirismo; Locke. 
e) meta�sica; Platão. 
FIL0248 - (Ueg)
John Locke afirmou que a mente é como uma folha em
branco na qual a cultura escreve seu texto e Descartes
demonstrava desconfiança em relação aos sen�dos como
fonte de conhecimento. A respeito desses dois filósofos,
verifica-se o seguinte: 
a) Locke é um representante do racionalismo e Descartes
é um representante do empirismo. 
b) Locke é um representante do empirismo e Descartes é
um representante do racionalismo. 
c) Descartes e Locke possuíam a mesma concepção, pois
ambos eram crí�cos do iluminismo. 
d) Descartes é um representante do teologismo e Locke é
um representante do culturalismo. 
e) Descartes é um representantedo materialismo e
Locke é um representante do idealismo. 
FIL0315 - (Unesp)
Do nascimento do Estado moderno até a Revolução
Francesa, ou seja, do século XVI aos fins do século XVIII, a
filosofia polí�ca foi obrigada a reformular grande parte
de suas teses, devido às mudanças ocorridas naquele
período. O que se buscou na modernidade iluminista foi
fortalecer a filosofia em uma configuração contrária aos
dogmas polí�cos que reforçavam a crença em uma
autoridade divina. 
(Thiago Rodrigo Nappi. “Tradição e inovação na teoria
das formas de governo: Montesquieu e a ideia de
despo�smo”. In: Historiæ, vol. 3, no 3, 2012. Adaptado.)
 
O filósofo iluminista Montesquieu, autor de Do espírito
das leis, cri�cou o absolu�smo e propôs 
a) a divisão dos poderes em execu�vo, legisla�vo e
judiciário. 
b) a restauração de critérios meta�sicos para a escolha
de governantes. 
c) a jus�fica�va do despo�smo em nome da paz social. 
d) a obediência às leis costumeiras de origem feudal. 
e) a re�rada do poder polí�co do povo. 
FIL0178 - (Unicentro)
O filósofo que se relaciona ao pensamento polí�co
moderno é 
a) Aristóteles. 
b) Descartes. 
c) Maquiavel. 
d) Sócrates. 
e) Hume. 
FIL0553 - (Uece)
“A extrema desigualdade na maneira de viver, o excesso
de ociosidade por parte de uns, o excesso de trabalho de
outros, [...] os alimentos demasiadamente requintados,
que nos nutrem de sucos abrasantes e nos
9@professorferretto @prof_ferretto
sobrecarregam de indigestões, a má alimentação dos
pobres, [...]: eis, pois, as funestas garan�as de que a
maioria dos males é fruto de nossa própria obra, e de
que seriam quase todos evitados se conservássemos a
maneira simples, uniforme e solitária de viver, que nos foi
prescrita pela Natureza.”
Rousseau, J.-J. Discurso sobre a origem e os fundamentos
da desigualdade entre os homens. São Paulo: Editora
Nova Cultural, 1999, p. 61 – Coleção Os Pensadores.
 
Por meio do trecho acima, é correto concluir que, para
Rousseau, 
a) as desigualdades existentes entre os homens não são
naturais, mas decorrentes da sociedade. 
b) alguns homens vivem melhor, pois trabalham mais,
enquanto outros vivem no ócio e na pobreza. 
c) as desigualdades entre os homens são resultado da
natureza e independem da vontade humana. 
d) a natureza humana impede que haja desigualdades
entre os homens, mesmo na vida em sociedade. 
FIL0208 - (Ufsj)
“Liberdade significa, em sen�do próprio, a ausência de
oposição [...] e não se aplica menos às criaturas
irracionais e inanimadas do que às racionais”.
 
Esse é um fragmento de texto colhido de 
a) David Hume. 
b) Thomas Hobbes. 
c) Friedrich Nietzsche. 
d) Jean-Paul Sartre. 
FIL0556 - (Uece)
“A moradora de rua Rosângela Sibele, que furtou R$
21,69 em comida para alimentar os filhos, concedeu uma
entrevista ao Brasil Urgente após deixar a cadeia e
contou que tem ‘o sonho de ser gente’. Ela ficou 18 dias
de�da após o episódio e teve a prisão revogada pelo
ministro Joel Ilan Paciornik, do STJ (Superior Tribunal
Federal), na úl�ma quarta-feira, 13. ‘Meu grande sonho é
ser gente. Eu ainda não sei o que é isso, não sei o que é
ser mãe, filha, irmã’, contou ela. A mulher de 41 anos é
mãe de cinco filhos e mora há dez anos nas ruas de São
Paulo. ”
IG DELAS. “Meu sonho é ser gente”, diz mãe que furtou
comida para alimentar os filhos. Disponível em:
h�ps://delas.ig.com.br/2021-10-14/sonho-ser-gente-
mae-furto-filhos.html. Acessado em 14/10/2021.
 
A palavra “gente” na fala dessa mulher, quando
compreendida à luz da É�ca de Immanuel Kant, expressa
seu desejo de 
a) compor a população de um país ou um Estado. 
b) ter sa�sfeitas as suas carências alimentares. 
c) ser solta da cadeia e ficar livre de penalidade. 
d) ser moralmente reconhecida em sua dignidade. 
FIL0222 - (Uff)
De acordo com o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-
1679), em seu estado natural, os seres humanos são
livres, competem e lutam entre si. Mas como têm em
geral a mesma força, o conflito se perpetua através das
gerações, criando um ambiente de tensão e medo
permanentes. Para Hobbes, criar uma sociedade
subme�da à lei e na qual os seres humanos vivam em paz
e deixem de guerrear entre si, pressupõe que todos os
homens renunciem a sua liberdade original e deleguem a
um só deles (o soberano) o poder completo e
inques�onável.
 
Assinale a modalidade de governo que desempenhou
importante papel na Filosofia Polí�ca Moderna e que é
associada à teoria polí�ca de Hobbes. 
a) Monarquia censitária 
b) Monarquia absoluta 
c) Sistema parlamentar 
d) Despo�smo esclarecido 
e) Sistema republicano 
FIL0620 - (Fer)
Afirma o filósofo Galileu Galilei (1564-1642):
“A Filosofia encontra-se escrita neste grande livro que
con�nuamente se abre perante nossos olhos (isto é, o
Universo), que não se pode compreender antes de
entender a língua e conhecer os caracteres com os quais
está escrito. Ele está escrito em língua matemá�ca, os
caracteres são triângulos, circunferências e outras figuras
geométricas, sem cujos meios é impossível entender
humanamente as palavras: sem eles nós vagamos
perdidos dentro de um obscuro labirinto”.
(GALILEI, Galileu. O ensaiador. São Paulo: Abril Cultural,
1973, p. 119 – Coleção Os pensadores).
 
Sobre as ideias de Galileu e a Revolução Cien�fica, julgue
os itens abaixo.
 
I. A nova postura de inves�gação cien�fica, assumida por
Galileu, baseava-se na metodologia da: observação,
experimentação e na valorização da matemá�ca.
II. O abandono da especulação levou Galileu a adotar
pressupostos da filosofia de Aristóteles, pois esse
10@professorferretto @prof_ferretto
pensador possuía uma concepção de experimentação
similar à sua.
III. Segundo Galileu, a bíblia, por registrar literalmente a
palavra divina, apresenta a verdade dos fatos naturais,
tornando-se guia para a ciência.
IV. Galileu é um dos vultos do Renascimento. O
Renascimento vai marcar uma mudança de mentalidade
e a afirmação de novos valores, entre outros, o
individualismo, o humanismo e o antropocentrismo.
 
Está correto o que se afirma em:
a) I, II, III e IV.
b) III e IV somente.
c) I e IV somente.
d) II e III somente.
e) Todas estão erradas.
FIL0555 - (Uece)
Na edição de 2022 do Oscar, o surdo Troy Kotsur recebeu
o prêmio de melhor ator coadjuvante por sua
par�cipação no filme No ritmo do Coração (2021). Essa
premiação ocorreu justamente no ano em que, no Brasil,
se comemoram os 20 anos da Lei que reconhece a Língua
Brasileira de Sinais (Libras), aprovada em 24 de abril de
2002. No seu tempo, o filósofo francês E�enne de
Condillac (1714-1780) buscou fundamentar a língua de
sinais francesa em um ponto de vista filosófico. Ele o fez
dizendo o seguinte sobre o ensino em língua de sinais
que o Abade de l’Épeé (1712-1789), importante professor
de surdos à época, oferecia às crianças surdas:
 
“Com base na linguagem da ação, o abade De l’Epée
criou uma arte metódica, simples e fácil, com a qual dá a
seus pupilos ideias de todo �po e, ouso dizer, ideias mais
precisas do que as que, em geral, se adquirem com a
ajuda da audição. O abade De l’Epée só tem um meio de
dar às crianças surdas ideias sensoriais: é analisar e fazer
com que o pupilo analise junto. Assim, ele os conduz de
ideias sensoriais a ideias abstratas”.
CONDILLAC, E. Apud SACKS, Oliver. Vendo vozes: Uma
viagem ao mundo dos surdos. Trad. bras. Laura Teixeira
Mo�a. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p.30.
Adaptado.
 
A expressão “linguagem da ação” deve ser entendida no
sen�do do que a linguís�ca atual nomeia de língua
gestual-visual. Considerando a citação acima, é correto
afirmar que o ponto de vista filosófico em que Condillac
se baseia para jus�ficar a língua de sinais é 
a) idealista. 
b) racionalista. 
c) marxista. 
d) empirista. 
FIL0333 - (Uncisal)
No século XVIII, ocorreu na Europa um movimento
filosófico denominado Iluminismo, que se caracterizou
pela confiança no poder da razão para a resolução dos
problemas sociais. Alguns filósofos iluministas eram
cé�cos e materialistas, e por issoopunham-se à tradição
representada pela Igreja Católica. A Revolução Francesa e
movimentos de independência, como a Inconfidência
Mineira, foram acontecimentos históricos fortemente
influenciados pelo Iluminismo. 
Assinale a alterna�va que caracteriza, corretamente, esse
importante movimento filosófico.
a) O Iluminismo foi um movimento filosófico
despoli�zado. 
b) O termo “Iluminismo” jus�fica-se pela confiança na luz
da razão em oposição às trevas da ignorância. 
c) Esse movimento intelectual não apresentou
repercussões no Brasil. 
d) Os filósofos iluministas eram dogmá�cos. 
e) A filosofia iluminista caracterizou-se pela crí�ca a
ideais universalistas como liberdade, igualdade e
fraternidade. 
FIL0330 - (Ueg)
No século XIX, influenciados pelo Roman�smo, muitos
intelectuais brasileiros idealizaram a cultura indígena,
considerando-a como autên�ca representante do
nacionalismo brasileiro. Em termos filosóficos, essa
valorização do indígena foi influenciada pelo pensamento
do filósofo 
a) Thomas Hobbes, autor da frase “o homem é o lobo do
homem”, que valorizava o comportamento �pico de
tribos selvagens. 
b) Santo Agos�nho, que, por meio do “livre arbítrio”,
acreditava que as sociedades selvagens eram capazes
de alcançar a graça divina. 
c) Montesquieu, que se inspirou na organização social
dos indígenas para elaborar a famosa teoria dos “três
poderes”. 
d) Jacques Rousseau, que elaborou a teoria do “bom
selvagem”, defendendo a pureza das sociedades
primi�vas. 
FIL0320 - (Ufu)
11@professorferretto @prof_ferretto
Com relação à noção de estado de natureza, que é o
estado em que os seres humanos se achavam antes da
formação da sociedade, podem-se iden�ficar, na filosofia
polí�ca moderna, três tendências:
 
1. Os seres humanos são naturalmente egoístas e, no
estado de natureza, se achavam numa guerra de todos
contra todos daí que, por medo uns dos outros, aceitam
renunciar à liberdade e cons�tuir um Soberano, o estado,
que garanta a paz.
2. Não é por medo uns dos outros, e sim para garan�r o
direito à propriedade e à segurança que os seres
humanos consentem em criar uma autoridade que possa
tornar isso possível.
3. No estado de natureza, os seres humanos eram felizes
e foi o advento da propriedade privada e da sociedade
civil que tornou alguns escravos de outros.
 
Podem-se atribuir essas três concepções,
respec�vamente, a 
a) Hobbes, Rousseau e Maquiavel. 
b) Hobbes, Locke e Rousseau. 
c) Maquiavel, Hobbes e Locke. 
d) Rousseau, Maquiavel e Locke. 
FIL0339 - (Uece)
Relacione, corretamente, as definições sobre o papel do
poder polí�co ou do Estado, com seus respec�vos
pensadores, numerando os parênteses abaixo, de acordo
com a seguinte indicação:
 
1. Karl Marx
2. John Locke
3. Thomas Hobbes
4. Agos�nho de Hipona
 
(__) Poder polí�co do Estado, como resultante de um
pacto de consen�mento, cons�tuído para consolidar os
direitos naturais e individuais de cada homem.
(__) Poder do Estado, como poder de origem espiritual,
voltado às necessidades mundanas e à vigilância da
re�dão dos indivíduos.
(__) Poder polí�co do Estado, originário da necessidade
de um grupo manter seu domínio econômico, pelo
domínio polí�co, sobre outros grupos.
(__) Poder polí�co do Estado, com poder absoluto, fruto
da renúncia de direitos naturais originários e garan�dores
da paz.
 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
a) 3, 1, 4, 2. 
b) 2, 3, 4, 1. 
c) 2, 4, 1, 3. 
d) 4, 1, 3, 2. 
FIL0204 - (Uema)
Para Thomas Hobbes, os seres humanos são livres em
seu estado natural, compe�ndo e lutando entre si, por
terem rela�vamente a mesma força. Nesse estado, o
conflito se perpetua através de gerações, criando um
ambiente de tensão e medo permanente. Para esse
filósofo, a criação de uma sociedade subme�da à Lei, na
qual os seres humanos vivam em paz e deixem de
guerrear entre si, pressupõe que todos renunciem à sua
liberdade original. Nessa sociedade, a liberdade
individual é delegada a um só dos homens que detém o
poder inques�onável, o soberano.
Fonte: MALMESBURY, Thomas Hobbes de. Leviatã ou
matéria, forma e poder de um estado eclesiás�co e civil.
Trad. João Paulo Monteiro; Maria Beatriz Nizza da Silva.
São Paulo: Editora NOVA Cultural, 1997. 
 
A teoria polí�ca de Thomas Hobbes teve papel
fundamental na construção dos sistemas polí�cos
contemporâneos que consolidou a (o) 
a) Monarquia Paritária. 
b) Despo�smo Soberano. 
c) Monarquia Republicana. 
d) Monarquia Absolu�sta. 
e) Despo�smo Esclarecido. 
FIL0325 - (Espm)
Os textos abaixo referem-se a pensadores cujas obras e
ideias exerceram forte influência em importantes eventos
ocorridos nos séculos XVII e XVIII. Leia-os e aponte a
alterna�va que os relaciona corretamente a seus autores:
 
I. “O filósofo desenvolveu em seus Dois Tratados Sobre
Governo a ideia de um Estado de base contratual.
Essecontrato imaginário entre o Estado e os seus
cidadãos teriapor objeto garan�r os direitos naturais do
homem, ouseja, liberdade, felicidade e prosperidade. A
maioria temo direito de fazer valer seu ponto de vista e,
quando o Estadonão cumpre seus obje�vos e não
assegura aos cidadãosa possibilidade de defender seus
direitos naturais,os cidadãos podem e devem pegar em
armas contra seusoberano para assegurar um contrato
justo e a defesa dapropriedade privada”.
II. “O filósofo propôs um sistema equilibrado de governo
em que haveria a divisão de poderes (legisla�vo,
execu�vo e judiciário). Em sua obra O Espírito das
12@professorferretto @prof_ferretto
Leis alegava que tudo estaria perdido se o mesmo
homem ou a mesma corporação exercesse esses três
poderes: o de fazer leis, o de executar e o de julgar os
crimes ou as desavenças dos par�culares. 
 
Afirmava que só se impede o abuso do poder quando
pela disposição das coisas só o poder detém o poder”. 
a) I – John Locke; II – Voltaire; 
b) I – John Locke; II – Montesquieu; 
c) I – Rousseau; II – John Locke; 
d) I – Rousseau; II – Diderot; 
e) I – Montesquieu; II – Rousseau. 
FIL0167 - (Unioeste)
Considerando-se o seguinte fragmento de Maquiavel,
indique qual das alterna�vas abaixo está CORRETA.
 
“Um príncipe prudente deve, portanto, conduzir-se de
uma terceira maneira escolhendo no seu Estado homens
sábios, e só a esses deve dar o direito de falar-lhe a
verdade a respeito, porém apenas das coisas que ele lhes
perguntar. Deve consultá-los a respeito de tudo e ouvir-
lhes a opinião e deliberar depois como bem entender e
com conselhos daqueles; conduzir-se de tal modo que
eles percebam que com quanto mais liberdade falarem,
mais facilmente as suas opiniões serão seguidas”
(MAQUIAVEL, 1973, p. 105). 
a) De acordo com Maquiavel, o príncipe, na direção do
seu Estado, não deve consultar ninguém ao tomar
decisões. 
b) Maquiavel considera que todos têm o direito de
cri�car as ações do príncipe. 
c) Maquiavel afirma que homens sábios podem falar ao
príncipe o que quiserem, e na hora que bem
entenderem, sendo obrigação do príncipe acatá-los. 
d) Conforme Maquiavel, o príncipe deve cercar-se de
conselheiros sábios, mas eles nunca devem ter
liberdade para falar a verdade. 
e) Maquiavel defende que, como o príncipe precisa da
opinião livre dos sábios, deve dar-lhes o direito de
falar-lhes a verdade, mas apenas das coisas que ele lhe
perguntar. 
FIL0489 - (Uncisal)
Um movimento intelectual que influenciou fortemente o
surgimento da filosofia moderna foi a Revolução
Cien�fica, ocorrida entre os séculos XIV e XVII. Algumas
de suas caracterís�cas mais marcantes foram a
subs�tuição da concepção geocêntrica do cosmos pela
concepção heliocêntrica, a valorização da
experimentação, a ar�culação entre saberes teóricos e
realizações prá�cas e a contestação de dogma�smos
religiosos. Portanto, sobre a Revolução Cien�fica, pode-
se afirmar que
a) foi um movimento intelectual sem repercussões no
campo filosófico. 
b) uma de suas consequências marcantes foi a
formulação de um modelo cósmico para o qual o sol
seria o centro do universo. 
c) caracterizou-se pela divulgaçãoda tese geocêntrica. 
d) consagrou a concepção segundo a qual a natureza
seria um âmbito sagrado e não passível de
conhecimento e dominação pelos homens. 
e) foi um movimento intelectual que ocorreu em
harmonia com as ins�tuições e dogmas religiosos. 
FIL0246 - (Unesp)
Nada acusa mais uma extrema fraqueza de espírito do
que não conhecer qual é a infelicidade de um homem
sem Deus; nada marca mais uma má disposição do
coração do que não desejar a verdade das promessas
eternas; nada é mais covarde do que fazer-se de bravo
contra Deus. Deixem então essas impiedades para
aqueles que são bastante mal nascidos para ser
verdadeiramente capazes disso. Reconheçam enfim que
não há senão duas espécies de pessoas a quem se
possam chamar razoáveis: ou os que servem a Deus de
todo o coração porque o conhecem ou os que o buscam
de todo o coração porque não o conhecem.
(Blaise Pascal. Pensamentos, 2015. Adaptado.)
 
O pensamento desse filósofo é ni�damente influenciado
por uma ó�ca 
a) cien�fica. 
b) ateísta. 
c) antropocêntrica. 
d) materialista. 
e) teológica. 
FIL0244 - (Unicamp)
A dúvida é uma a�tude que contribui para o surgimento
do pensamento filosófico moderno. Neste
comportamento, a verdade é a�ngida através da
supressão provisória de todo conhecimento, que passa a
ser considerado como mera opinião. A dúvida metódica
aguça o espírito crí�co próprio da Filosofia.
(Adaptado de Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar.
Porto Alegre: Editora Globo, 1970, p. 11.)
A par�r do texto, é correto afirmar que: 
13@professorferretto @prof_ferretto
a) A Filosofia estabelece que opinião, conhecimento e
verdade são conceitos equivalentes. 
b) A dúvida é necessária para o pensamento filosófico,
por ser espontânea e dispensar o rigor
metodológico. 
c) O espírito crí�co é uma caracterís�ca da Filosofia e
surge quando opiniões e verdades são coincidentes. 
d) A dúvida, o ques�onamento rigoroso e o espírito
crí�co são fundamentos do pensamento filosófico
moderno. 
FIL0249 - (Unesp)
Posto que as qualidades que impressionam nossos
sen�dos estão nas próprias coisas, é claro que as ideias
produzidas na mente entram pelos sen�dos. O
entendimento não tem o poder de inventar ou formar
uma única ideia simples na mente que não tenha sido
recebida pelos sen�dos. Gostaria que alguém tentasse
imaginar um gosto que jamais impressionou seu paladar,
ou tentasse formar a ideia de um aroma que nunca
cheirou. Quando puder fazer isso, concluirei também que
um cego tem ideias das cores, e um surdo, noções reais
dos diversos sons.
(John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano,
1991. Adaptado.)
 
De acordo com o filósofo, todo conhecimento origina-se 
a) da reminiscência de ideias originalmente
transcendentes. 
b) da combinação de ideias meta�sicas e empíricas. 
c) de categorias a priori existentes na mente humana. 
d) da experiência com os objetos reais e empíricos. 
e) de uma relação dialé�ca do espírito humano com o
mundo. 
FIL0284 - (Ueg)
David Hume nasceu na cidade de Edimburgo, em pleno
Século das Luzes, denominação pela qual ficou conhecido
o século XVIII. Para inves�gar a origem das ideias e como
elas se formam, Hume parte, como a maioria dos
filósofos empiristas, do co�diano das pessoas. Do ponto
de vista de um empirista, 
a) não existem ideias inatas. 
b) não existem ideias abstratas. 
c) não existem ideias a posteriori. 
d) não existem ideias formadas pela experiência. 
FIL0206 - (Unesp)
A China é a segunda maior economia do mundo. Quer
garan�r a hegemonia no seu quintal, como fizeram os
Estados Unidos no Caribe depois da guerra civil. As
Filipinas temem por um atol de rochas desabitado que
disputam com a China. O Japão está de plantão por umas
ilhotas de pedra e vento, que a China diz que lhe
pertencem. Mesmo o Vietnã desconfia mais da China do
que dos Estados Unidos. As autoridades de Hanói gostam
de lembrar que o gigante americano invadiu o México
uma vez. O gigante chinês invadiu o Vietnã dezessete.
(André Petry. O Século do Pacífico. Veja, 24.04.2013.
Adaptado.)
 
A persistência histórica dos conflitos geopolí�cos
descritos na reportagem pode ser filosoficamente
compreendida pela teoria 
a) iluminista, que preconiza a possibilidade de um estado
de emancipação racional da humanidade. 
b) maquiavélica, que postula o encontro da virtude com
a fortuna como princípios básicos da geopolí�ca. 
c) polí�ca de Rousseau, para quem a submissão à
vontade geral é condição para experiências de
liberdade. 
d) teológica de Santo Agos�nho, que considera que o
processo de iluminação divina afasta os homens do
pecado. 
e) polí�ca de Hobbes, que conceitua a compe�ção e a
desconfiança como condições básicas da natureza
humana. 
FIL0483 - (Uff)
Galileu Galilei é considerado um dos grandes nomes da
história da ciência graças às suas revolucionárias
observações astronômicas por meio do telescópio e aos
seus estudos sobre 
a) a economia polí�ca. 
b) a composição da luz. 
c) a anatomia humana. 
d) o movimento dos corpos. 
e) a circulação do sangue. 
FIL0614 - (Fer)
Contra o obscuran�smo, o Iluminismo/Esclarecimento
sustentou que a ignorância não é uma virtude e que a
obediência cega à autoridade é incompa�vel com nossa
natureza racional. A esse respeito, Immanuel Kant foi
taxa�vo:
“Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento,
tal é o lema do esclarecimento [«Au�lärung»]”.
KANT, Immanuel. Resposta à pergunta Que é
“Esclarecimento”? (Au�lärung) Trad. Floriano de Souza
14@professorferretto @prof_ferretto
Fernandes, 2 ed. Petrópolis, Editora Vozes, 1985. p. 100.
 
De acordo com o texto e com seus conhecimentos sobre
o movimento Iluminista, assinale a alterna�va correta:
a) A razão defendida pelos iluministas depende de Deus,
en�dade transcendente que banha a Terra de luz
resplandecente.
b) O pensamento iluminista busca superar a sacralização
da realidade e coloca o homem como centro da
reflexão, de modo que a razão humana passa a ser
parâmetro do conhecimento.
c) No campo polí�co o Iluminismo adotou
unanimemente uma posição de defesa do sufrágio
universal como único instrumento para instaurar um
Estado democrá�co.
d) As teorias iluministas desenvolveram-se
principalmente no âmbito das sociedades secretas
europeias, uma vez que o conhecimento era
considerado perigoso demais para ser divulgado
publicamente.
e) A crí�ca ao An�go Regime incluiu a Igreja Católica, de
modo que os filósofos do Esclarecimento são todos
ateus.
FIL0207 - (Ufu)
Porque as leis de natureza (como a jus�ça, a equidade, a
modés�a, a piedade, ou, em resumo, fazer aos outros o
que queremos que nos façam) por si mesmas, na
ausência do temor de algum poder capaz de levá-las a ser
respeitadas, são contrárias a nossas paixões naturais, as
quais nos fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a
vingança e coisas semelhantes. 
HOBBES, Thomas. Leviatã. Cap. XVII. Tradução de João
Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo:
Nova Cultural, 1988, p. 103. 
 
Em relação ao papel do Estado, Hobbes considera que: 
a) O seu poder deve ser parcial. O soberano que nasce
com o advento do contrato social deve assiná-lo, para
submeter-se aos compromissos ali firmados. 
b) A condição natural do homem é de guerra de todos
contra todos. Resolver tal condição é possível apenas
com um poder estatal pleno. 
c) Os homens são, por natureza, desiguais. Por isso, a
criação do Estado deve servir como instrumento de
realização da isonomia entre tais homens. 
d) A guerra de todos contra todos surge com o Estado
repressor. O homem não deve se submeter de bom
grado à violência estatal. 
FIL0363 - (Unicentro)
Sobre o posi�vismo, é correto afirmar que é uma
doutrina 
a) do século II a.C. 
b) que acolhe os postulados socrá�cos. 
c) que privilegia o estudo meta�sico da natureza. 
d) que não decorreu do desenvolvimento das ciências
modernas. 
e) nascida no ambiente cien�ficista nos finais do século
XVIII e início do século XIX. 
FIL0298 - (Unioeste)
Na obra Fundamentaçãoda Meta�sica dos Costumes,
Kant apresenta uma formulação do impera�vo
categórico: “Age apenas segundo uma máxima tal que
possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei
universal”.
KANT, Immanuel. Fundamentação da meta�sica dos
costumes. 
São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 129
 
Em relação ao pensamento de Kant, é CORRETO afirmar. 
a) O propósito do impera�vo categórico é o de permi�r
que o indivíduo decida suas ações sem que tenha que
se preocupar com os demais. 
b) O impera�vo categórico tem por obje�vo desfazer o
conflito entre a providência divina, relacionada à
cidade de Deus, e o espaço terreno. 
c) O impera�vo categórico vincula a conduta moral a
uma norma universal. 
d) Para Kant, não é possível que o indivíduo cons�tua um
fim em si mesmo. Por isso mesmo, ele precisa
espelhar-se na ação dos demais para a sua ação. 
e) O impera�vo categórico corresponde à condição do
estado de natureza, que é anterior à ins�tuição do
Estado civil. 
FIL0304 - (Ufsm)
A necessidade de conviver em grupo fez o homem
desenvolver estratégias adapta�vas diversas. Darwin,
num estudo sobre a evolução e as emoções, mostrou que
o reconhecimento de emoções primárias, como raiva e
medo, teve um papel central na sobrevivência. Estudos
an�gos e recentes têm mostrado que a moralidade ou
comportamento moral está associado a outros �pos de
emoções, como a vergonha, a culpa, a compaixão e a
empa�a. Há, no entanto, teorias é�cas que afirmam que
as ações boas devem ser mo�vadas exclusivamente pelo
dever e não por impulsos ou emoções. Essa teoria é a
é�ca 
15@professorferretto @prof_ferretto
a) deontológica ou kan�ana. 
b) das virtudes. 
c) u�litarista. 
d) contratualista. 
e) teológica. 
FIL0286 - (Ufu)
O texto abaixo comenta a correlação entre ideias e
impressões em David Hume.
 
Em contrapar�da, vemos que qualquer impressão, da
mente ou do corpo, é constantemente seguida por uma
ideia que a ela se assemelha, e da qual difere apenas nos
graus de força e vividez. A conjunção constante de nossas
percepções semelhantes é uma prova convincente de
que umas são as causas das outras; [...].
HUME, D. Tratado da natureza humana. São Paulo:
Editora da Unesp/Imprensa Oficial do Estado, 2001. p. 29.
 
Assinale a alterna�va que, de acordo com Hume, indica
corretamente o modo como a mente adquire as
percepções denominadas ideias. 
a) Todas as nossas ideias são formas a priori da mente e,
mediante essas ideias, organizamos as respec�vas
impressões na experiência. 
b) Todas as nossas ideias advêm das nossas experiências
e são cópias das nossas impressões, as quais sempre
antecedem nossas ideias. 
c) Todas as nossas ideias são cópias de percepções
inteligíveis, que adquirimos através de uma
experiência meta�sica, que transcende toda a
realidade empírica. 
d) Todas as nossas ideias já existem de forma inata, e são
apenas preenchidas pelas impressões, no momento
em que temos algum contato com a experiência. 
FIL0484 - (Upe-ssa)
Considere o texto a seguir sobre o paradigma da
Modernidade.
Não nos esqueçamos de outra não menos importante
verdade histórica: a Revolução Cien�fica foi profe�zada
por Bacon, realizada por Galileu, tema�zada por
Descartes, mas só concluída e sistema�zada por Newton.
(JAPIASSU, HIlton. Como Nasceu a Ciência Moderna. Rio
de Janeiro: Imago, 2007, p. 112. Adaptado.)
 
O autor acima retrata, com singularidade, alguns dos
expoentes do pensamento moderno. Sobre esse assunto,
assinale a alterna�va CORRETA. 
a) Com a revolução galileana, a teologia ganha sua
autonomia, libertando-se da ciência. 
b) O pensamento cartesiano adota uma a�tude de
dúvida metódica para bem conduzir a razão e procurar
a verdade nas ciências. 
c) Galileu Galilei foi o verdadeiro fundador do método
indu�vo na ciência da matemá�ca. 
d) A ciência para Francis Bacon é teórica e contempla�va,
tendo o filósofo profe�zado o papel da religiosidade
no marco da cien�ficidade. 
e) O pensamento newtoniano, com direcionamento na
�sica e na matemá�ca, não foi um marco essencial
para a história e para a filosofia da ciência. 
FIL0196 - (Uel)
Em sua obra Nova Atlân�da, Francis Bacon descreve uma
ins�tuição imaginária chamada Casa de Salomão, cuja
finalidade “[...] é o conhecimento das causas e dos
segredos dos movimentos das coisas e a ampliação dos
limites do império humano para a realização de todas as
coisas que forem possíveis.”
(BACON, Francis.Nova Atlân�da. São Paulo: Nova
Cultural, 1996. p. 245.)
 
Sobre a concepção de ciência em Francis Bacon, é correto
afirmar:
16@professorferretto @prof_ferretto
a) A ciência jus�fica-se por si própria e está desvinculada
da necessidade de proporcionar conhecimento sobre a
natureza. 
b) O obje�vo da ciência é fornecer a quem a controla um
instrumento de domínio social sobre os outros
homens. 
c) Para a ciência, o enfrentamento das questões
econômicas e sociais tem maior relevância do que o
conhecimento da natureza, porque proporciona uma
vida boa para os indivíduos. 
d) A origem da ciência está dada em pressupostos a
priori, sendo desnecessário o recurso ao saber prá�co
e empírico. 
e) A ciência visa o conhecimento da natureza com a
intenção de controle e domínio sobre ela para que o
homem possa ter uma vida melhor. 
FIL0296 - (Ufu)
Leia a citação a seguir. 
 
A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma
grande parte dos homens, depois que a natureza de há
muito os libertou de uma direção estranha, con�nuem no
entanto de bom grado menores durante toda a vida. São
também as causas que explicam porque é tão fácil que os
outros se cons�tuam em tutores deles. 
KANT, I. Resposta à pergunta: que é “Esclarecimento”?
(Au�larung). In: ______. Textos seletos. Tradução de
Raimundo Vier. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2005, p. 64. 
 
A menoridade de que fala Kant é a condição daqueles
que não fazem o uso da razão. Essa condição evidencia a
ausência 
a) do idealismo necessário para a ampliação dos
horizontes existenciais. 
b) da autonomia para fazer uso próprio da razão sem a
tutela de outrem. 
c) da religião encarregada de fazer feliz o homem
indigente de pensamento. 
d) da ignorância, pois quem se deixa guiar pelos outros
acerta sempre. 
FIL0342 - (Ufu)
Segundo Karl Marx (1818-1883), "não é a consciência dos
homens que determina o seu ser; é o seu ser social que,
inversamente, determina a sua consciência".
Contribuição à crí�ca da economia polí�ca. São Paulo: M.
Fontes, 1977. p. 23.
 
Essa citação sinte�za o pensamento filosófico, polí�co,
histórico e econômico desse pensador, que se
convencionou chamar de 
a) Liberalismo de esquerda. 
b) Idealismo dialé�co. 
c) Atomismo econômico. 
d) Materialismo histórico. 
FIL0194 - (Uel)
[...] chamamos esses lugares de regiões
superiores. [...] Tais torres, conforme sua altura e
posição, servem para experimentos de isolamento,
refrigeração e conservação, e para as observações
atmosféricas, como o estudo dos ventos, da chuva, da
neve, granizo e de alguns meteoros ígneos.
(BACON, F. Nova Atlân�da. São Paulo: Nova Cultural.
1997. P; 246.)
 
De acordo com o texto e os conhecimentos sobre os
subtemas, pode-se afirmar que o pensamento de Francis
Bacon: 
a) Reconhece e valoriza o distanciamento da realidade
preconizado pelos autores da escolás�ca. 
b) Rejeita a máxima “saber é poder” e compreende a
ciência como meio de controle sobre os seres
humanos. 
c) Está voltado para o problema do método e para a
defesa da experimentação. 
d) Considera o acesso à verdade como um processo que
resulta do método dialé�co e que parte dos dados
gerais para chegar ao par�cular. 
e) Estrutura, assim como de Platão, sua “utopia polí�ca”,
tendo como base a sociedade organizada em
trabalhadores, soldados e governantes. 
FIL0192 - (Uff)
Segundo o filósofo inglês Francis Bacon (1561-1626), o
ser humano tem o direito de dominar a natureza e as
técnicas; as ciências são os meios para exercer esse
poder.
 
Que processo histórico pode ser diretamente associado a
essas ideias? 
a) Os ideais de retornoà vida natural. 
b) O bloqueio con�nental imposto à Europa por
Napoleão Bonaparte. 
c) A Contrarreforma promovida pela Igreja Católica. 
d) O surgimento do es�lo barroco nas artes. 
e) A Revolução Industrial. 
FIL0531 - (Unesp)
17@professorferretto @prof_ferretto
É como se cada homem dissesse a cada homem: Autorizo
e transfiro o meu direito de me governar a mim mesmo a
este homem, ou a esta assembleia de homens, com a
condição de transferires para ele o teu direito,
autorizando de uma maneira semelhante todas as suas
ações. Feito isso, à mul�dão assim unida numa só pessoa
se chama Estado.
(Thomas Hobbes. Leviatã, 2003. Adaptado.)
 
No texto, o autor expressa sua teoria sobre a origem do
Estado. Nessa teoria, o Estado tem sua origem na 
a) atribuição de um poder absoluto ao soberano. 
b) criação de leis aplicáveis ao povo e ao governante. 
c) ins�tuição de um governo pelos mais sábios. 
d) manipulação do povo pelos chefes de Estado. 
e) gestão do cole�vo no estado de natureza. 
FIL0340 - (Uece)
Relacione, corretamente, os pensadores com seus
respec�vos pensamentos acerca da forma como o
conhecimento da realidade se verifica, numerando os
parênteses abaixo, de acordo com a seguinte indicação:
 
1. Immanuel Kant
2. Karl Marx
3. Renè Descartes
4. G.W.F. Hegel
 
(__) A reflexão filosófica deve par�r de um exame da
formação da consciência e a experiência da consciência
não é só uma experiência teórica: é necessariamente
histórica.
(__) Não é a consciência que determina a vida, mas a
vida que determina a consciência. É a ideologia a
responsável por produzir uma alienação da consciência
humana de sua situação real.
(__) É sempre possível duvidar de um princípio,
ques�onar as bases de uma teoria. É preciso colocar em
questão todo o conhecimento adquirido.
(__) O conhecer é um ato de autodeterminação do
sujeito, é anterior a toda experiência, e trata não tanto
dos objetos, mas dos conceitos a priori sobre os objetos.
 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
a) 1, 3, 2, 4. 
b) 3, 1, 4, 2. 
c) 4, 2, 3, 1. 
d) 2, 4, 1, 3. 
FIL0215 - (Ufu)
[...] a condição dos homens fora da sociedade civil
(condição esta que podemos adequadamente chamar de
estado de natureza) nada mais é do que uma simples
guerra de todos contra todos na qual todos os homens
têm igual direito a todas as coisas; [...].
HOBBES, Thomas. Do Cidadão. Campinas: Mar�ns
Fontes, 1992.
 
De acordo com o trecho acima e com o pensamento de
Hobbes, assinale a alterna�va correta. 
a) Segundo Hobbes, o estado de natureza se confunde
com o estado de guerra, pois ambos são uma condição
original da existência humana. 
b) Para Hobbes, o direito dos homens a todas as coisas
está desvinculado da guerra de todos contra todos. 
c) Segundo Hobbes, é necessário que a condição humana
seja analisada sempre como se os homens vivessem
em sociedade. 
d) Segundo Hobbes, não há vínculo entre o estado de
natureza e a sociedade civil. 
FIL0354 - (Ueg)
Hegel, prosseguindo na árdua tarefa de unificar o
dualismo de Kant, subs�tuiu o eu de Fichte e
o absoluto de Schelling por outra en�dade: a ideia. A
ideia, para Hegel, deve ser subme�da necessariamente a
um processo de evolução dialé�ca, regido pela marcha
triádica da 
a) experiência, juízo e raciocínio. 
b) realidade, crí�ca e conclusão. 
c) matéria, forma e reflexão. 
d) tese, an�tese e síntese. 
FIL0169 - (Unioeste)
Texto 1
“[...] Quando um homem deseja professar a bondade,
natural é que vá à ruína, entre tantos maus. Assim, é
preciso que, para se conservar, um príncipe aprenda a ser
mau, e que se sirva ou não disso de acordo com a
necessidade”.
MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Nova
Cultural, 2004, p. 99.
 
Texto 2
“[...] Assim deve o príncipe tornar-se temido, de sorte
que, se não for amado, ao menos evite ódio, pois é fácil
ser, a um só tempo, temido e não odiado, o que ocorrerá
uma vez que se prive da posse dos bens e das mulheres
dos cidadãos e dos súditos, e, mesmo quando forçado a
derramar o sangue de alguém, poderá fazê-lo apenas se
houver jus�fica�va apropriada e causa manifesta” [...].
Idem, p. 106-7.
18@professorferretto @prof_ferretto
 
Considerando o pensamento de Maquiavel e os textos
citados, assinale a alterna�va CORRETA. 
a) O pensamento de Maquiavel volta-se à realidade e
busca alterna�vas para estabelecer um Estado estável
onde a ordem possa reinar. 
b) Maquiavel, assim como Platão, revela-se um idealista
ao estabelecer padrões ao governante fundamentados
na bondade natural do homem. 
c) O príncipe deve ser um homem dotado de boas
virtudes (virtù) e dinheiro (fortuna) para que todos o
respeitem e ele possa fazer reinar a estabilidade. 
d) Estado e Igreja se fundem, de acordo com o filósofo.
De nada adianta ao príncipe tentar estabelecer a
ordem, já que ela depende de um estado natural das
coisas e de uma força extraterrena, tornando todo seu
esforço em vão. 
e) O obje�vo úl�mo do pensamento polí�co de
Maquiavel é o de evitar a guerra a todo custo, pois as
atrocidades da guerra desafiam os valores é�cos que
determinam a ação polí�ca.
FIL0170 - (Unicamp)
Quanto seja louvável a um príncipe manter a fé,
aparentar virtudes e viver com integridade, não com
astúcia, todos o compreendem; contudo, observa-se,
pela experiência, em nossos tempos, que houve príncipes
que fizeram grandes coisas, mas em pouca conta �veram
a palavra dada, e souberam, pela astúcia, transtornar a
cabeça dos homens, superando, enfim, os que foram
leais (...). Um príncipe prudente não pode nem deve
guardar a palavra dada quando isso se lhe torne
prejudicial e quando as causas que o determinaram
cessem de exis�r.
(Nicolau Maquiavel, O Príncipe. São Paulo: Nova Cultural,
1997, p. 73-85.)
 
A par�r desse excerto da obra, publicada em 1513, é
correto afirmar que: 
a) O jogo das aparências e a lógica da força são algumas
das principais ar�manhas da polí�ca moderna
explicitadas por Maquiavel. 
b) A prudência, para ser vista como uma virtude, não
depende dos resultados, mas de estar de acordo com
os princípios da fé. 
c) Os princípios e não os resultados é que definem o
julgamento que as pessoas fazem do governante, por
isso é louvável a integridade do príncipe. 
d) A questão da manutenção do poder é o principal
desafio ao príncipe e, por isso, ele não precisa cumprir
a palavra dada, desde que autorizado pela Igreja. 
FIL0348 - (Unicentro)
“Na produção social de sua existência, os homens
estabelecem relações determinadas, necessárias,
independentes da sua vontade, relações de produção
que correspondem a um determinado grau de
desenvolvimento das forças produ�vas materiais.” 
IN: Karl Marx, Contribuição à crí�ca da economia
polí�ca.São Paulo: Mar�ns Fontes, 1977, p. 23. APUD:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena
Pires. Filosofando – introdução à Filosofia. São Paulo:
Moderna, 4. ed., 2009.
 
A par�r da análise desse fragmento de texto, é correto
afirmar: 
a) A existência para Marx se reduz à transcendência. 
b) O pensamento marxista pode ser denominado de
materialista mecanicista. 
c) As relações de produção para Marx determinam a
produção social da existência. 
d) As forças produ�vas materiais não têm importância
para o pensamento marxista. 
e) O conceito de relações de produção, em Marx, está
restrito às classes dominantes. 
FIL0220 - (Ufu)
Os filósofos contratualistas elaboraram suas teorias sobre
os fundamentos ou origens do poder do Estado a par�r
de alguns conceitos fundamentais tais como, a soberania,
o estado de natureza, o estado civil, o estado de guerra, o
pacto social etc. 
 
Com base em seus conhecimentos e no texto abaixo,
assinale a alterna�va correta, segundo Hobbes.
 
 [...] a condição dos homens fora da sociedade civil
(condição esta que podemos adequadamente chamar de
estado de natureza) nada mais é do que uma simples
guerra de todos contra todos na qual todos os homens
têm igual direito a todas as coisas; [...] e que todos os
homens, tão cedo chegam a compreender essa odiosa

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