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Vestibulares Filosofia Moderna FIL0641 - (Uece) Leia o excerto a seguir, em que René Descartes expressa uma nova concepção de ciência: “[...] tão logo adquiri algumas noções gerais rela�vas à �sica, e, começando a comprová-las em diversas dificuldades par�culares notei até onde podiam conduzir, e o quanto diferem dos princípios que foram u�lizados até o presente, julguei que não podia mantê-las ocultas sem pecar grandemente contra a lei que nos obriga a procurar, no que depende de nós, o bem geral de todos os homens. Pois elas me fizeram ver que é possível chegar a conhecimentos que sejam muito úteis à vida, e que, em vez dessa Filosofia especula�va que se ensina nas escolas, se pode encontrar uma outra prá�ca, pela qual, conhecendo a força e as ações do fogo, da água, do ar, dos astros, dos céus e de todos os outros corpos que nos cercam, tão dis�ntamente como conhecemos os diversos misteres de nossos ar�fices, poderíamos emprega-los da mesma maneira em todos os usos para os quais são próprios, e assim nos tornar como que senhores e possuidores da natureza”. DESCARTES, R. Discurso do método, Parte VI, § 2. Trad. bras. de Jacob Guinsburg e Bento Prado Jr. São Paulo: Difel - Difusão Europeia do Livro, 1962. (Col. Clássicos Garnier). Essa nova concepção de ciência, apresentada por Descartes, se aproxima do que Aristóteles chamara de a) técnica (tékhne). b) experiência (empeiria). c) sensação (aísthēsis). d) ciência (epistéme). FIL0642 - (Uece) Leia atentamente o seguinte trecho da obra de Thomas Hobbes: “Demonstro em primeiro lugar que a condição dos homens fora da sociedade civil (condição esta que podemos adequadamente chamar de estado de natureza) nada mais é que uma simples guerra de todos contra todos, na qual todos os homens têm igual direito a todas as coisas [o que os leva ao egoísmo]; mas, quando todos os homens compreendem essa odiosa condição, desejam [...] libertar-se dessa guerra de todos contra todos. E isso não se pode conseguir a não ser mediante um pacto entre eles, no qual abdiquem daquele direito que têm a todas as coisas”. HOBBES, Thomas. Do cidadão. Trad. bras. Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Mar�ns Fontes, 2002. - Adaptado. Com base na citação acima, é correto afirmar que, para Thomas Hobbes, a) o estado de natureza se caracteriza pela presença de uma moral, por isso, os homens podem desenvolver nele todas suas potencialidades. b) a sociedade civil impede a limitação dos conflitos entre os indivíduos, conflitos estes oriundos do estado de natureza. c) em busca de se autopreservarem, os homens desejam permanecer no estado de natureza, já que nele possuem igual direito a todas as coisas. d) a efe�vação da paz e da segurança entre os homens depende da criação de uma instância comum que regule a relação entre eles, o poder civil. FIL0654 - (Uece) No Discurso do método (1637), o filósofo racionalista René Descartes (1596-1650) estabelece para si o seguinte critério. “[...] jamais acolher alguma coisa como verdadeira que eu não conhecesse evidentemente como tal; isto é, de evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e de nada incluir em meus juízos que não se apresentasse tão clara e tão dis�ntamente a meu espírito, que eu não �vesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida”. DESCARTES, René. Discurso do método, II, 7. São Paulo: Abril Cultural, 1973. 1@professorferretto @prof_ferretto Em se tratando de um filósofo racionalista, podemos entender que os critérios de evidência, clareza e dis�nção a) devem ocorrer na mente, eliminada qualquer dúvida. b) significam que os fatos não deixam dúvidas aos sen�dos. c) exigem uma síntese entre as ideias inatas e as sensações. d) não são possíveis, donde a impossibilidade da ciência. FIL0656 - (Uece) “Hobbes parte do estado de natureza, no qual não exis�ria lei, não exis�ria indústria humana, não exis�ria nada, e o homem é o lobo do próprio homem; e pelo fato de o homem ser an�ssocial por natureza, só se torna possível ele viver em sociedade com um Estado extremamente forte. Com Locke, a coisa é diferente. Locke diz que o homem não é um ser rebelde à vida polí�ca. No estado de natureza, mesmo com ausência de Estado, mesmo com ausência de leis, existe uma vida econômica que torna possível a integração dos indivíduos entre si. Então o Estado nasce para complementar, para tornar possível essa sociabilidade originária, que é a sociabilidade de mercado”. TEIXEIRA, F. J. S. Liberalismo clássico e neoliberalismo: Duas faces da mesma moeda?. Curso on line, aula 02, em 12.09.2022. Disponível em: h�ps://www.youtube.com/watch? v=TA9MUFoRtOo&t=2009s. Acesso em: 9 out. 2022. (Texto adaptado). Essas duas concepções polí�cas são a) ambas liberais. b) ambas absolu�stas. c) absolu�sta, a primeira, e liberal, a segunda. d) liberal, a primeira, e absolu�sta, a segunda. FIL0664 - (Uece) “Podemos dividir todas as percepções do espírito em duas classes ou espécies, que se dis�nguem por seus diferentes graus de força e vivacidade. [...] Pelo termo impressão entendo todas as percepções mais vivas, quando ouvimos, vemos, sen�mos, amamos, odiamos, desejamos ou queremos. E as impressões diferenciam-se das ideias, que são as percepções menos vivas, das quais temos consciência, quando refle�mos sobre quaisquer das sensações ou dos movimentos acima mencionados”. HUME, David. Inves�gação acerca do entendimento humano. Trad. de João Paulo Gomes Monteiro. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 69-70. Coleção Os Pensadores. Com base na passagem anterior, é correto afirmar que, para Hume, a) as ideias têm como fundamento as impressões sensíveis, sen�mentais etc. b) as impressões e as ideias são duas percepções psíquicas independentes. c) as impressões são percepções do espírito; logo, são o mesmo que ideias. d) as impressões são percepções corporais, e as ideias são percepções mentais. FIL0665 - (Uece) Leia com atenção a seguinte passagem da obra de Thomas Hobbes (1588-1679), sobre o estado de natureza. “E dado que a condição do homem [...] é uma condição de guerra de todos contra todos, sendo neste caso cada um governado pela sua própria razão, e nada havendo de que possa lançar mão que não lhe ajude na preservação da sua vida contra os seus inimigos, segue-se que numa tal condição todo homem tem direito a todas as coisas, até mesmo aos corpos uns dos outros. Portanto, enquanto durar este direito natural de cada homem a todas as coisas, não poderá haver para nenhum homem (por mais forte e sábio que seja) a segurança de viver todo o tempo que geralmente a natureza permite aos homens viver.” HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, forma e poder de uma república eclesiás�ca e civil. São Paulo: Mar�ns Fontes, 2014. (Texto adaptado). De acordo com o fragmento anterior, é correto afirmar que, para Hobbes, a) no estado de natureza, encontramos um sistema polí�co e moral que garante a segurança dos homens. b) o estado de natureza se cons�tui de uma existência pacífica, pois os homens têm direito a todas as coisas. c) o estado de natureza é associado ao estado de guerra, pois nele são constantes os riscos à vida. d) o estado de natureza se caracteriza por um poder soberano que promove a paz e a segurança dos homens. FIL0667 - (Uece) 2@professorferretto @prof_ferretto “As ideias da classe dominante são, em cada época, as ideias dominantes; isto é, a classe que é a força material dominante da sociedade é, ao mesmo tempo, sua força espiritual dominante. A classe que tem à sua disposição os meios de produção material dispõe, ao mesmo tempo, dos meios de produção espiritual; por isso, são subme�das à classe dominante as ideias daqueles que não possuem os meios de produção espiritual.” MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. – 4ª ed. São Paulo: Hucitec, 1984, p. 73 (Texto Adaptado). Segundo essa passagem, na qual Marx e Engels apresentam uma tese da concepção materialista da história, as ideias de uma dada sociedade são a) nascidas espontaneamente da psicologia dascondição, desejam [...] libertar-se de tal miséria. HOBBES, Thomas, Do Cidadão, Ed. Mar�ns Fontes, 1992. 19@professorferretto @prof_ferretto a) O estado de natureza não se confunde com o estado de guerra, pois este é apenas circunstancial ao passo que o estado de natureza é uma condição da existência humana. b) A condição de miséria a que se refere o texto é o estado de natureza ou, tal como se pode compreender, o estado de guerra. c) O direito dos homens a todas as coisas não tem como consequência necessária a guerra de todos contra todos. d) A origem do poder nada tem a ver com as noções de estado de guerra e estado de natureza. FIL0306 - (Uel) Leia o texto a seguir. Kant, mesmo que restrito à cidade de Königsberg, acompanhou os desdobramentos das Revoluções Americana e Francesa e foi levado a refle�r sobre as convulsões da história mundial. Às incertezas da Europa plebeia, individualista e provinciana, contrapôs algumas certezas da razão capazes de restabelecer, ao menos no pensamento, a sociabilidade e a paz entre as nações com vista à cons�tuição de uma federação de povos – sociedade cosmopolita. (Adaptado de: ANDRADE, R. C. “Kant: a liberdade, o indivíduo e a república”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos da polí�ca. v.2. São Paulo: Á�ca, 2003. p.49-50.) Com base nos conhecimentos sobre a Filosofia Polí�ca de Kant, assinale a alterna�va correta. a) A incapacidade dos súditos de dis�nguir o ú�l do prejudicial torna impera�vo um governo paternal para indicar a felicidade. b) É chamado cidadão aquele que habita a cidade, sendo considerados cidadãos a�vos também as mulheres e os empregados. c) No Estado, há uma igualdade irrestrita entre os membros da comunidade e o chefe de Estado. d) Os súditos de um Estado Civil devem possuir igualdade de ação em conformidade com a lei universal da liberdade. e) Os súditos estão autorizados a transformar em violência o descontentamento e a oposição ao poder legisla�vo supremo. FIL0267 - (Uece) Sobre a questão da liberdade em Spinoza, a filósofa brasileira Marilena Chauí afirma o seguinte: “[...] o poder teológico-polí�co é duplamente violento. Em primeiro lugar, porque pretende roubar dos homens a origem de suas ações sociais e polí�cas, colocando-as como cumprimento a mandamentos transcendentes de uma vontade divina incompreensível ou secreta, fundamento da ‘razão de Estado’. Em segundo, porque as leis divinas reveladas, postas como leis polí�cas ou civis, impedem o exercício da liberdade, pois não regulam apenas usos e costumes, mas também a linguagem e o pensamento, procurando dominar não só os corpos, mas também os espíritos”. CHAUÍ, Marilena. Espinosa, uma subversão filosófica. Revista CULT, 14 de março de 2010. Disponível em: h�ps://revistacult.uol.com.br/home/baruch- espinosa/. O poder teológico-polí�co é violento, porque a) submete os homens a leis supostamente transcendentes ao negar-lhes a imanência de suas próprias ações. b) re�ra dos homens a esperança de que suas ações tenham como causa e fim a transcendência divina. c) transforma a linguagem e o pensamento dos homens em formas de libertação de corpos e espíritos. d) recusa aos usos e costumes o papel de fundamento transcendente das ações polí�cas e leis civis dos homens. FIL0198 - (Uemg) O Absolu�smo como forma de governo esteve presente na península Ibérica, na França e na Inglaterra, tendo impactado e influenciado as maiores economias de seu tempo. Seus pensadores mais conhecidos e suas teorias foram: 20@professorferretto @prof_ferretto a) Nicolau Maquiavel e sua teoria de que o indivíduo estava subordinado ao Estado; Thomas Hobbes, criador da teoria do Contrato; Jacques Bossuet e Jean Bodin, que defenderam que o Rei era um representante divino. b) Nicolau Maquiavel e a teoria do Contrato; Thomas Hobbes e a teoria da supremacia do Rei como representante divino; Jacques Bossuet e Jean Bodin, que defenderam a subordinação do indivíduo ao Estado. c) Maquiavel, Jacques Bossuet e Jean Bodin, cujas teorias só se diferenciaram na aplicabilidade teológica, bem como Thomas Hobbes, que preconizou o indivíduo como senhor de seus direitos. d) Maquiavel e Thomas Hobbes, que conceberam o Contrato Social, Jacques Bossuet, que estabeleceu o conceito de individualismo primordial, e Jean Bodin, que defendeu a primazia da esfera governamental. FIL0223 - (Ufsj) Em Hobbes, a geração de um Estado é jus�ficada a) pelos limites impostos ao poder do soberano. b) pela condição polí�ca dos homens, que é inerente ao espaço da ágora na vida da polis. c) peloLeviatã na sua iden�ficação como monstro maléfico da guerra civil. d) pelo estado de natureza dos homens, que necessita ser controlado por meio de um pacto. FIL0201 - (Uemg) O Absolu�smo como forma de governo esteve presente na península Ibérica, na França e na Inglaterra, tendo impactado e influenciado as maiores economias de seu tempo. Seus pensadores mais conhecidos e suas teorias foram: a) Nicolau Maquiavel e sua teoria de que o indivíduo estava subordinado ao Estado; Thomas Hobbes, criador da teoria do Contrato; Jacques Bossuet e Jean Bodin, que defenderam que o Rei era um representante divino. b) Nicolau Maquiavel e a teoria do Contrato; Thomas Hobbes e a teoria da supremacia do Rei como representante divino; Jacques Bossuet e Jean Bodin, que defenderam a subordinação do indivíduo ao Estado. c) Maquiavel, Jacques Bossuet e Jean Bodin, cujas teorias só se diferenciaram na aplicabilidade teológica, bem como Thomas Hobbes, que preconizou o indivíduo como senhor de seus direitos. d) Maquiavel e Thomas Hobbes, que conceberam o Contrato Social, Jacques Bossuet, que estabeleceu o conceito de individualismo primordial, e Jean Bodin, que defendeu a primazia da esfera governamental. FIL0493 - (Unesp) A grande síntese da ciência moderna, estabelecendo as leis �sicas do movimento por meio de equações matemá�cas e respondendo a todas as questões surgidas com a cosmologia de Copérnico, foi obra de Isaac Newton. Com ela, a �sica adquiriu um caráter de previsibilidade capaz de impressionar o homem moderno. A evolução do pensamento cien�fico, iniciada por Galileu e Descartes, em direção à concepção de uma natureza descrita por leis matemá�cas chegava, assim, a seu grande desabrochar. (Claudio M. Porto e Maria Beatriz D. S. M. Porto. “A evolução do pensamento cosmológico e o nascimento da ciência moderna”. In: Revista brasileira de ensino de �sica, vol. 30, no 4, 2008. Adaptado.) A base da grande síntese newtoniana foi, de certa forma, preparada pelo humanismo renascen�sta, que a) estabelece uma perspec�va dualista da realidade, fundamentada na filosofia grega. b) restringe o entendimento da natureza, tornando-a objeto de inves�gação somente da �sica. c) recupera teorias da An�guidade para explicar a natureza, com ênfase em uma perspec�va mitológica. d) resgata o racionalismo da An�guidade, valorizando o homem no debate cien�fico. e) mantém o quadro geral de conhecimentos teológicos, tais como os u�lizados durante a Idade Média. FIL0240 - (Ufu) 21@professorferretto @prof_ferretto Na obra Discurso do método, o filósofo francês Renê Descartes descreve as quatro regras que, segundo ele, podem levar ao conhecimento de todas as coisas de que o espírito é capaz de conhecer. Quanto a uma dessas regras, ele diz que se trata de "dividir cada dificuldade que examinasse em tantas partes quantas possíveis e necessárias para melhor resolvê-las". Descartes. Discurso do método,I-II, citado por: MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Tradução de Marcus Penchel. Essa regra, transcrita acima, é denominada a) regra da análise. b) regra da síntese. c) regra da evidência. d) regra da verificação. FIL0202 - (Ufu) Com relação à noção de estado de natureza, que é o estado em que os seres humanos se achavam antes da formação da sociedade, podem-se iden�ficar, na filosofia polí�ca moderna,três tendências: 1. Os seres humanos são naturalmente egoístas e, no estado de natureza, se achavam numa guerra de todos contra todos daí que, por medo uns dos outros, aceitam renunciar à liberdade e cons�tuir um Soberano, o estado, que garanta a paz. 2. Não é por medo uns dos outros, e sim para garan�r o direito à propriedade e à segurança que os seres humanos consentem em criar uma autoridade que possa tornar isso possível. 3. No estado de natureza, os seres humanos eram felizes e foi o advento da propriedade privada e da sociedade civil que tornou alguns escravos de outros. Podem-se atribuir essas três concepções, respec�vamente, a a) Hobbes, Rousseau e Maquiavel. b) Hobbes, Locke e Rousseau. c) Maquiavel, Hobbes e Locke. d) Rousseau, Maquiavel e Locke. FIL0179 - (Unioeste) “Creio que a sorte seja árbitro da metade dos nossos atos, mas que nos permite o controle sobre a outra metade, aproximadamente. Comparo a sorte a um rio impetuoso que, quando enfurecido, inunda a planície, derruba casas e edi�cios, remove terra de um lugar para depositá-la em outro. Todos fogem diante de sua fúria, tudo cede sem que se possa detê-la. Contudo, apesar de ter essa natureza, quando as águas correm quietamente é possível construir defesas contra elas, diques e barragens, de modo que, quando voltam a crescer, sejam desviadas para um canal, para que seu ímpeto seja menos selvagem e devastador. O mesmo se dá com a sorte, que mostra todo o seu poder quando não foi posto nenhum empenho para lhe resis�r, dirigindo sua fúria contra os pontos que não há dique ou barragem para detê-la. [...] O príncipe que baseia seu poder inteiramente na sorte se arruína quando esta muda. Acredito também que é prudente quem age de acordo com as circunstâncias, e da mesma forma é infeliz quem age opondo-se ao que o seu tempo exige”. Maquiavel Considerando o pensamento polí�co de Maquiavel e o texto acima, é INCORRETO afirmar que a) o êxito da ação polí�ca do príncipe depende do modo como ele age de acordo com as circunstâncias. b) a manutenção do poder e a estabilidade polí�ca são proporcionadas pelo príncipe de virtù, independentemente dos meios por ele u�lizados. c) o sucesso ou o fracasso da ação polí�ca para a manutenção do poder depende exclusivamente da sorte e do uso da força bruta e violenta. d) na manutenção do poder, a ação polí�ca do príncipe se fundamenta, não no uso da força bruta e da violência, mas na u�lização da força com virtù. e) o êxito da ação polí�ca, com vistas à manutenção do poder, resulta do saber aproveitar a ocasião dada pelas circunstâncias e da capacidade de entender o que o seu tempo exige. FIL0217 - (Unioeste) “A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro não é suficientemente considerável para que qualquer um possa com base nela reclamar qualquer bene�cio a que outro não possa também aspirar, tal como ele. (...) Desta igualdade quanto à capacidade deriva a igualdade quanto à esperança de a�ngirmos nossos fins. Portanto, se dois homens desejam a mesma coisa, ao mesmo tempo (...) esforçam-se por se destruir ou subjugar um ao outro. (...) Com isto se torna manifesto que, durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum capaz de manter a todos em respeito, eles se encontram naquela 22@professorferretto @prof_ferretto condição a que se chama de guerra; e uma guerra que é de todos os homens contra todos os homens”. Hobbes. Com base no texto citado, seguem as seguintes afirma�vas: I. Os homens, por natureza, são absolutamente iguais, tanto no exercício de suas capacidades �sicas, quanto no exercício de suas faculdades espirituais. II. Sendo os homens, por natureza, “tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito” é razoável que cada um ataque o outro, quer seja para destruí-lo, quer seja para proteger-se de um possível ataque. III. Na inexistência de um “poder comum” que “mantenha a todos em respeito”, a a�tude mais racional é a de manter a paz e a concórdia na “esperança” de que todos e cada um a�njam seus fins. IV. A condição dos homens que vivem sem um poder comum é de guerra generalizada, de todos contra todos. V. O homem, por natureza, vive em sociedade e nela desenvolve suas potencialidades, mantendo relações sociais harmônicas e pacíficas. Assinale a alterna�va correta. a) Apenas I está correta. b) Apenas II e III estão corretas. c) Apenas I e V estão corretas. d) Apenas II e IV estão corretas. e) Todas as afirma�vas estão corretas. FIL0237 - (Upe) Sobre a consciência crí�ca e a filosofia, analise o texto a seguir: Como relata Descartes no Discurso sobre o método, depois de ter lançado tudo à dúvida, somente depois, �ve de constatar que, embora eu quisesse pensar que tudo era falso, era preciso necessariamente que eu, que assim pensava, fosse alguma coisa. E, observando que essa verdade – ‘penso, logo sou’ – era tão firme e sólida que nenhuma das mais extravagantes hipóteses dos cé�cos seria capaz de abalá-la.” (REALE, Giovanni. História da Filosofia: Do Humanismo a Kant. São Paulo: Paulinas, 1990, p. 366). O autor do texto retrata alguns apontamentos sobre o pensamento cartesiano. Com relação a esse assunto, assinale a alterna�va CORRETA. a) As ideias de Descartes enfa�zam que a dúvida tem valor secundário sobre como conduzir bem sua razão. b) O pensamento cartesiano afirma que não devemos rejeitar como falso tudo aquilo do qual não podemos duvidar. c) O cartesianismo é um empirismo, ou seja, prioriza o valor dos sen�dos no âmbito do conhecimento. d) O pensamento de Descartes influenciou, efe�vamente, o mundo cultural francês e retratou a significância do espírito crí�co na inves�gação do conhecimento. e) O método racionalista prioriza a verdade da fé como critério da cien�ficidade. FIL0563 - (Uece) O filósofo cearense Alcântara Nogueira (1918-1989) afirma o seguinte sobre o materialismo histórico: “Marx considera o processo histórico significando uma a�vidade que se exerce em con�nua transformação e que, no final, se realiza como ação em constante modificação renovadora. [...] Existe a realidade obje�va, mas é preciso que esta seja modificada, porque só assim haverá condições para alcançar sua compreensão [...]”. NOGUEIRA, Francisco Alcântara. Poder e humanismo. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1989, p.147. Em outras palavras, a compreensão da realidade a) não depende da ação humana. b) só é possível com a ação humana. c) antecede toda ação humana. d) é o mesmo que a ação humana. FIL0181 - (Ifsp) Reconhecido por muitos como fundador do pensamento polí�co moderno, Maquiavel chocou a sociedade de seu tempo ao propor, em O Príncipe, que 23@professorferretto @prof_ferretto a) a soberania do Estado é ilimitada e que o monarca, embora subme�do às leis divinas, pode interpretá-las de forma autônoma, sem a necessidade de recorrer ao Papa. b) a autoridade do monarca é sagrada, ilimitada e incontestável, pois o príncipe recebe seu poder diretamente de Deus. c) o Estado é personificado pelo monarca, que encarna a soberania e cujo poder não conhece outros limites que não aqueles ditados pela moral. d) a autoridade do príncipe deriva do consen�mento dos governados, pois a função do Estado é promover e assegurar a felicidade dos seus súditos. e) a polí�ca é autonorma�va, jus�ficando seus meios em prol de um bem maior, que é a estabilidade do Estado. FIL0611 - (Fer) Mas eu me persuadi de que nada exis�a no mundo, que não havia nenhum céu, nenhuma terra, espíritos alguns, nem corpos alguns; me persuadi também, portanto, de que eu não exis�a? Certamente não, eu exis�a, sem dúvida, se é que eu me persuadi ou, apenas, pensei alguma coisa. Mas há algum, não sei qual, enganador mui poderoso e mui ardiloso que emprega todaa sua indústria em enganar-me sempre. Não há pois dúvida alguma de que sou, se ele me engana; e, por mais que me engane, não poderá jamais fazer com que eu nada seja, enquanto eu pensar ser alguma coisa. De sorte que, após ter pensado bastante nisto e de ter examinado cuidadosamente todas as coisas, cumpre enfim concluir e ter por constante que esta proposição, penso, logo sou, é necessariamente verdadeira, todas as vezes que a enuncio […]. (René Descartes. Meditações, 1973.) O texto ilustra o método epistemológico defendido por Descartes. Sobre esse método de aquisição de conhecimento, pode-se afirmar que ele busca: a) Fundamentar as certezas a par�r da experiência sensível. b) Chegar a um conhecimento provável, evitando qualquer espécie de dúvida. c) Excluir a meta�sica do campo de estudo da Filosofia, por meio de uma posição cé�ca ante a existência de ideias inatas. d) Chegar ao conhecimento seguro, usando a dúvida como etapa metodológica. e) Duvidar de tudo, exceto das verdades da fé cristã já estabelecidas. FIL0343 - (Unesp) A genuína e própria filosofia começa no Ocidente. Só no Ocidente se ergue a liberdade da autoconsciência. No esplendor do Oriente desaparece o indivíduo; só no Ocidente a luz se torna a lâmpada do pensamento que se ilumina a si própria, criando por si o seu mundo. Que um povo se reconheça livre, eis o que cons�tui o seu ser, o princípio de toda a sua vida moral e civil. Temos a noção do nosso ser essencial no sen�do de que a liberdade pessoal é a sua condição fundamental, e de que nós, por conseguinte, não podemos ser escravos. O estar às ordens de outro não cons�tui o nosso ser essencial, mas sim o não ser escravo. Assim, no Ocidente, estamos no terreno da verdadeira e própria filosofia. (Hegel. Esté�ca, 2000. Adaptado.) De acordo com o texto de Hegel, a filosofia a) visa ao estabelecimento de consciências servis e representações homogêneas. b) é compa�vel com regimes polí�cos baseados na censura e na opressão. c) valoriza as paixões e os sen�mentos em detrimento da racionalidade. d) é inseparável da realização e expansão de potenciais de razão e de liberdade. e) fundamenta-se na inexistência de padrões universais de julgamento. FIL0164 - (Ufpr) Considere a passagem abaixo: A subs�tuição do reino do dever ser, que marca a filosofia anterior, pelo reino do ser, da realidade, leva Maquiavel a se perguntar: como fazer reinar a ordem, como instaurar um Estado estável? O problema central de sua análise polí�ca é descobrir como pode ser resolvido o inevitável ciclo de estabilidade e caos. Ao formular e buscar resolver esta questão, Maquiavel provoca uma ruptura com o saber repe�do pelos séculos. Trata-se de uma indagação radical e de uma nova ar�culação sobre o pensar e fazer polí�ca, que põe fim à ideia de uma ordem natural eterna. A ordem, produto necessário da polí�ca, não é natural, nem a materialização de uma vontade extraterrena, e tampouco resulta do jogo de dados do acaso. Ao contrário, a ordem tem um impera�vo: deve ser construída pelos homens para se evitar o caos e a barbárie, e, uma vez alcançada, ela não será defini�va, pois há sempre, em germe, o seu trabalho em nega�vo, isto é, a ameaça de que seja desfeita. (SADEK, Maria Tereza. Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtù. In: WEFFORT, Francisco 24@professorferretto @prof_ferretto (org.). Clássicos da polí�ca, vol. 01.São Paulo: Á�ca, 2001. p. 17-18.) Considerando o argumento de Maria Tereza Sadek, em seu texto in�tulado Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtù, é correto afirmar: a) Os estudos de Maquiavel sobre o reino do ser na polí�ca levam em consideração a tradição idealista de Platão, Aristóteles e São Tomás de Aquino e rejeitam as interpretações de historiadores an�gos, como Tácito, Políbio, Tucídides e Tito Lívio. b) Em sua obra, Maquiavel coloca em relevo a dimensão efe�vamente social, histórica e polí�ca das relações humanas, explicitando que sua regra metodológica implica o exame da realidade tal como ela é e não como se gostaria que ela fosse. c) A polí�ca, segundo Maquiavel, tem correspondência com as ideias ina�stas, ou seja, de que os indivíduos são predes�nados a um �po de condição que lhes é inerente, não havendo possibilidade de mudança ou qualquer outra forma de alterar as estruturas de poder, por ele denominada de “maquiavélicas”. d) Segundo Sadek, ao formular uma explicação sobre essa questão, Maquiavel não rompeu com os paradigmas que fundavam a polí�ca de seu tempo, por conseguinte, favorecendo a perpetuação de �ranias nos séculos XV e XVI. e) Para Maquiavel, o problema central da polí�ca foi a democracia, e sua construção implicava o fortalecimento de governos descentralizados, o que aproximava seus estudos de liberais como John Locke e Thomas Hobbes. FIL0335 - (Ueg) O ser humano é explicado por diversas abordagens sociológicas e filosóficas que propõem diferentes concepções de natureza humana, chegando mesmo a negá-la. Em relação a tais concepções, tem-se o seguinte: a) Marx compreendia a natureza humana a par�r das necessidades humanas, especialmente o desenvolvimento de sua sociabilidade, e que, com o surgimento das classes sociais e da alienação, essa natureza seria negada. b) a sociologia recusa totalmente a ideia de natureza humana, pois essa natureza seria meta�sica, já que o ser humano é um produto social e histórico e o indivíduo nasce como uma folha em branco, na qual a cultura escreve seu texto. c) Durkheim concebia a existência de uma dupla natureza humana, sendo que uma natureza humana seria caracterizada pela violência e a outra pela razão, cabendo à socialização o papel de superar ambas pela solidariedade. d) para Kant e Hegel, a natureza humana era uma criação ideológica do iluminismo, que deveria ser superada por uma filosofia racionalista que reconhecesse que o ser humano é um projeto gestado pela razão. e) Nietzsche considerava que a essência do ser humano é a racionalidade, e cuja existência é comprovada pelo fato de que somente os seres pensantes possuem certeza de sua existência a par�r do próprio ato de pensar. FIL0236 - (Ueg) John Locke afirmou que a mente é como uma folha em branco na qual a cultura escreve seu texto e Descartes demonstrava desconfiança em relação aos sen�dos como fonte de conhecimento. A respeito desses dois filósofos, verifica-se o seguinte: a) Locke é um representante do racionalismo e Descartes é um representante do empirismo. b) Locke é um representante do empirismo e Descartes é um representante do racionalismo. c) Descartes e Locke possuíam a mesma concepção, pois ambos eram crí�cos do iluminismo. d) Descartes é um representante do teologismo e Locke é um representante do culturalismo. e) Descartes é um representante do materialismo e Locke é um representante do idealismo. FIL0314 - (Unesp) Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direção suprema da vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte indivisível do todo. [...] um corpo moral e cole�vo, composto de tantos membros quantos são os votos da assembleia [...]. Essa pessoa pública, que se forma, desse modo, pela união de todas as outras, tomava an�gamente o nome de cidade e, hoje, o de república ou 25@professorferretto @prof_ferretto de corpo polí�co, o qual é chamado por seus membros de Estado [...]. (Jean-Jacques Rousseau. Os pensadores, 1983.) O texto, produzido no âmbito do Iluminismo francês, apresenta a doutrina polí�ca do a) cole�vismo, manifesto na rejeição da propriedade privada e na defesa dos programas socialistas de esta�zação. b) humanismo, presente no projeto liberal de valorizar o indivíduo e sua realização no trabalho. c) socialismo, presente na crí�ca ao absolu�smo monárquico e na defesa da completa igualdade socioeconômica. d) corpora�vismo, presente na proposta fascista de unir o povo em torno da iden�dade e da vontade nacional. e) contratualismo,manifesto na reação ao An�go Regime e na defesa dos direitos de cidadania. FIL0224 - (Ufu) Segundo Thomas Hobbes, o estado de natureza é caracterizado pela “guerra de todos contra todos”, porque, não havendo nenhuma regra ou limite, todos têm direito a tudo o que significa que ninguém terá segurança de seus bens e de sua vida. A saída desta situação é o pacto ou contrato social, “uma transferência mútua de direitos”. HOBBES, T. Leviatã.Coleção Os Pensadores. Trad. João P. Monteiro e Maria B. N. da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 78-80. Com base nestas informações e nos seus conhecimentos sobre a obra de Hobbes, assinale a alterna�va que caracteriza o pacto social. a) Pelo pacto social, cria-se o Estado, que con�nua sendo uma mera reunião de indivíduos somente com laços de sangue. b) Pelo pacto social, a mul�dão de indivíduos passa a cons�tuir um corpo polí�co, uma pessoa ar�ficial: o Estado. c) Pelo pacto social, cria-se o Estado, mas os indivíduos que o compõem con�nuam senhores de sua liberdade e de suas propriedades. d) O pacto social pressupõe que o Estado deverá garan�r a segurança dos cidadãos, mas em nenhum momento fará uso da força pública para isso. FIL0285 - (Ufsj) Os termos “impressões” e “ideias”, para David Hume, são, respec�vamente, por ele definidos como a) “nossas percepções mais fortes, tais como nossas sensações, afetos e sen�mentos; percepções mais fracas ou cópias daquelas na memória e imaginação”. b) “aquilo que se imprime à memória e nos permite a�var a imaginação; lampejos inéditos sobre o objeto e sua natureza”. c) “o que fica impresso na memória independentemente da força: ação de criar a par�rdo dado sensorial”. d) “vaga noção do sensível; raciocínio com força de lei que legi�ma a natureza no âmbito da razão”. FIL0557 - (Uece) “Todo o ser que só pode agir sob a ideia da liberdade é, por isso mesmo, em sen�do prá�co, verdadeiramente livre. Quer dizer, para ele valem todas as leis que estão inseparavelmente ligadas à liberdade, exatamente como se a sua vontade fosse definida como livre em si mesma. A todo o ser racional que tem uma vontade, temos que atribuir-lhe necessariamente também a ideia de liberdade, sob a qual ele unicamente pode agir.” Kant, I. Fundamentação da meta�sica dos costumes. Trad. port. Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, p. 16 – Adaptado. Considerando a citação acima, é correto afirmar que a) vontade livre é a vontade determinada pela razão. b) o agir livre, na prá�ca, é espontâneo e involuntário. c) o ser racional é impulsivo e necessariamente livre. d) liberdade é verdadeiramente agir pelas paixões. FIL0182 - (Unesp) Analise o texto polí�co, que apresenta uma visão muito próxima de importantes reflexões do filósofo italiano Maquiavel, um dos primeiros a apontar que os domínios da é�ca e da polí�ca são prá�cas dis�ntas. “A polí�ca arruína o caráter”, disse O�o von Bismarck (1815-1898), o “chanceler de ferro” da Alemanha, para quem men�r era dever do estadista. Os ditadores que agora enojam o mundo ao reprimir ferozmente seus próprios povos nas praças árabes foram colocados e man�dos no poder por nações que se enxergam como faróis da democracia e dos direitos humanos: Estados Unidos, Inglaterra e França. Isso é condenável? Os ditadores eram a única esperança do Ocidente de con�nuar tendo acesso ao petróleo árabe e de manter um mínimo de informação sobre as organizações terroristas islâmicas. Antes de condenar, reflita sobre a frase do mais extraordinário diplomata americano do século passado, George Kennan, morto aos 101 anos em 2005: “As sociedades não vivem para conduzir sua 26@professorferretto @prof_ferretto polí�ca externa: seria mais exato dizer que elas conduzem sua polí�ca externa para viver”. (Veja, 02.03.2011. Adaptado.) A associação entre o texto e as ideias de Maquiavel pode ser feita, pois o filósofo a) considerava a ditadura o modelo mais apropriado de governo, sendo simpá�co à repressão militar sobre populações civis. b) foi um dos teóricos da democracia liberal, demonstrando-se avesso a qualquer �po de manifestação de autoritarismo por parte dos governantes. c) foi um dos teóricos do socialismo cien�fico, respaldando as ideias de Marx e Engels. d) foi um pensador escolás�co que preconizou a moralidade cristã como base da vida polí�ca. e) refle�u sobre a polí�ca através de aspectos prioritariamente pragmá�cos. FIL0494 - (Unesp) Galileu tornou-se o criador da �sica moderna quando anunciou as leis fundamentais do movimento. Formulando tais princípios, ele estruturou todo o conhecimento cien�fico da natureza e abalou os alicerces que fundamentavam a concepção medieval do mundo. Destruiu a ideia de que o mundo possui uma estrutura finita, hierarquicamente ordenada e subs�tuiu-a pela visão de um universo aberto, infinito. Pôs de lado o finalismo aristotélico e escolás�co, segundo o qual tudo aquilo que ocorre na natureza ocorre para cumprir desígnios superiores; e mostrou que a natureza é fundamentalmente um conjunto de fenômenos mecânicos. (José Américo M. Pessanha. Galileu Galilei, 2000. Adaptado.) A importância da obra de Galileu para o surgimento da ciência moderna jus�fica-se porque seu pensamento a) resgatou uma concepção medieval de mundo. b) baseou-se em uma visão teológica sobre a natureza. c) fundamentou-se em conceitos meta�sicos. d) fundou as bases para o desenvolvimento da alquimia. e) atribuiu regularidade matemá�ca aos fenômenos naturais. FIL0193 - (Uel) [...] é necessário, ainda, introduzir-se um método completamente novo, uma ordem diferente e um novo processo, para con�nuar e promover a experiência. Pois a experiência vaga, deixada a si mesma [...] é um mero tateio, e presta-semais a confundir os homens que a informá-los. Mas quando a experiência proceder de acordocom leis seguras e de forma gradual e constante, poder-se-á esperar algo de melhor da ciência. [...] A infeliz situação em que se encontra aciência humana transparece até nas manifestações do vulgo. Afirma-se corretamente que o verdadeiro saber é o saber pelas causas. E, não indevidamente, estabelecem- se quatro coisas: a matéria, a forma, a causa eficiente, a causa final. Destas, a causa final longe está de fazer avançar as ciências, pois na verdade as corrompe; mas pode ser de interesse para as ações humanas. (BACON, F. Novo Organum ou verdadeiras indicações acerca da interpretação da natureza. São Paulo: Abril Cultural. 1973. p. 72; 99-100.) Com base no texto e no pensamento de Francis Bacon acercada verdadeira indução experimental como interpretação da natureza, é correto afirmar. a) Na busca do conhecimento, não se podem encontrar verdades indubitáveis, sem submeter as hipóteses ao crivo da experimentação e da observação. b) A formulação do novo método cien�fico exige submeter a experiência e a razão ao princípio de autoridade para a conquista do conhecimento. c) O desacordo entre a experiência e a razão, prevalecendo esta sobre aquela, cons�tui o fundamento para o novo método cien�fico. d) Bacon admite o finalismo no processo natural, por considerar necessário ao método perguntar para que as coisas são e como são. e) O estabelecimento de um método experimental, baseado na observação e na medida, aprimora o método escolás�co. FIL0165 - (Ufpr) Quando se conquistam Estados habituados a reger-se por leis próprias e em liberdade, há três modos de manter a sua posse: primeiro, arruiná-los; segundo, ir habitá-los; terceiro, deixá-los viver com suas leis, arrecadando um tributo e criando um governo de poucos, que se conserve amigos. [...] Quem se torna senhor de uma cidade tradicionalmente livre e não a destrói será destruído por ela. Tais cidades têm sempre por bandeira, nas rebeliões, a liberdade e suas an�gas leis, que não esquecem nunca, nem com o correr do tempo, nem por influência dos bene�cios recebidos. Por muito que se faça, quaisquer que sejam as precauções tomadas, se não se promovem o dissídio e a desagregaçãodos habitantes, não deixam eles de se lembrar daqueles princípios e, em toda 27@professorferretto @prof_ferretto oportunidade, em qualquer situação, a eles recorrem [...]. Assim, para conservar uma república conquistada, o caminho mais seguro é destruí-la ou habitá-la pessoalmente. (MAQUIAVEL, N. O príncipe. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 21-22.) Com base nessa passagem, extraída da obra O Príncipe, de Maquiavel, assinale a alterna�va correta. a) O poder emanado do príncipe deve ter a capacidade de não apenas levar a cabo os planos de expansão de seu próprio governo, mas sobretudo criar condições para que esse poder mantenha-se de forma plena e garanta a legi�midade da própria dominação. b) A passagem refere-se em especial às repúblicas que ainda não passaram por um processo de amadurecimento de suas ins�tuições democrá�cas. Repúblicas que dependem de orientação externa e de outras nações na formação da sua própria iden�dade polí�ca, a fim de suplantar o ódio �pico dessas repúblicas. c) Para Maquiavel, “habitar” a república conquistada é uma possibilidade mais condizente com a posição do Príncipe. Considerando que o autor �nha laços com o pensamento humanista, “destruir” uma república conquistada implicaria lançar mão da força militar, com a qual Maquiavel não concordava. d) No mundo moderno e contemporâneo, o Príncipe, garan�dor da ordem e da segurança pública, pode e deve intervir com o argumento de preservar as ins�tuições democrá�cas e republicanas, mesmo que para isso seja necessário o uso da força. e) O Príncipe pode, por meio de pleito eleitoral, plebiscito ou consulta popular, agir em nome do povo e garan�r a soberania de seu Estado. Pode invadir as nações que coloquem em risco a sua própria liberdade. Pode combater o ódio das outras repúblicas, e que essa nação seja destruída ou habitada pelo Príncipe, a fim de assegurar a ordem democrá�ca. FIL0619 - (Fer) Resta-nos um único e simples método, para alcançar os nossos intentos: levar os homens aos próprios fatos par�culares e às suas séries e ordens, a fim de que eles, por si mesmos, se sintam obrigados a renunciar às suas noções e comecem a habituar-se ao trato direto das coisas. (BACON, F. Novum Organum Trad. José Aluysio Reis de Andrade. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 26.) Considerando as ideias do filósofo britânico Francis Bacon sobre o método de produção do conhecimento, assinale a alterna�va correta. a) Francis Bacon é considerado um defensor do método indu�vo de inves�gação cien�fica. b) A concepção baconiana de mundo está ligada à corrente racionalista que associa a ideia divina revelada ao processo de descoberta da verdade. c) Há na alma humana, para Bacon, algumas ideias inatas que permi�riam a compreensão dos dados captados pelos sen�dos. d) A inves�gação da natureza consiste em aplicar um conjunto de pressupostos meta�sicos, cuja função é orientar a inves�gação, aos dados fornecidos pelos sen�dos. e) Por defender o empirismo, Bacon afirma que o conhecimento sensível anula o conhecimento racional e se contrapõe a ele. FIL0259 - (Ufu) Os filósofos contratualistas elaboraram suas teorias sobre os fundamentos ou origens do poder do Estado a par�r de alguns conceitos fundamentais tais como, a soberania, o estado de natureza, o estado civil, o estado de guerra, o pacto social etc. [...] O estado de guerra é um estado de inimizade e destruição [...] nisto temos a clara diferença entre o estado de natureza e o estado de guerra, muito embora certas pessoas os tenham confundido, eles estão tão distantes um do outro [...]. LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo. São Paulo: Ed. Abril Cultural, 1978. Leia o texto acima e assinale a alterna�va correta. a) Para Locke, o estado de natureza é um estado de destruição, inimizade, enfim uma guerra “de todos os homens contra todos os homens”. b) Segundo Locke, o estado de natureza se confunde com o estado de guerra. c) Segundo Locke, para compreendermos o poder polí�co, é necessário dis�nguir o estado de guerra do estado de natureza. d) Uma das semelhanças entre Locke e Hobbes está no fato de ambos u�lizarem o conceito de estado de natureza exatamente com o mesmo significado. FIL0311 - (Unicamp) “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais não deixa de ser mais escravo do que eles. (...) A ordem social, porém, é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. (...) Haverá sempre uma grande diferença entre subjugar uma mul�dão e reger uma sociedade. Sejam homens 28@professorferretto @prof_ferretto isolados, quantos possam ser subme�dos sucessivamente a um só, e não verei nisso senão um senhor e escravos, de modo algum considerando-os um povo e seu chefe. Trata-se, caso se queira, de uma agregação, mas não de uma associação; nela não existe bem público, nem corpo polí�co.” (Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social. [1762]. São Paulo: Ed. Abril, 1973, p. 28,36.) Sobre Do Contrato Social, publicado em 1762, e seu autor, é correto afirmar que: a) Rousseau, um dos grandes autores do Iluminismo, defende a necessidade de o Estado francês subs�tuir os impostos por contratos comerciais com os cidadãos. b) A obra inspirou os ideais da Revolução Francesa, ao explicar o nascimento da sociedade pelo contrato social e pregar a soberania do povo. c) Rousseau defendia a necessidade de o homem voltar a seu estado natural, para assim garan�r a sobrevivência da sociedade. d) O livro, inspirado pelos acontecimentos da Independência Americana, chegou a ser proibido e queimado em solo francês. FIL0338 - (Uece) Atente para o seguinte trecho, que apresenta o pensamento de Karl Marx sobre a realidade: “O concreto é concreto porque é a síntese de muitas determinações, unidade do diverso. Por isso o concreto aparece no pensamento como resultado, não como ponto de par�da efe�vo. Por isso é que Hegel caiu na ilusão de conceber o real como resultado do pensamento que se sinte�za a si e se move por si mesmo. Mas este não é de modo nenhum o processo da gênese do próprio concreto”. MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos e outros textos. Os Pensadores. São Paulo: Abril cultural, 1978. Adaptado. Sobre a forma como Karl Marx entendia o seu método de análise da realidade, é correto afirmar que a) contra o pensamento burguês, Marx propunha uma análise que chamava de ideal-proposi�va, que se opunha ao idealismo puro, cuja visão de realidade era excessivamente idealizada. b) tal método era denominado de materialismo histórico e se propunha a fazer uma análise da realidade concreta que, em si, era contraditória; as contradições eram da realidade e não do pensamento. c) seu método estava em concordância com o que defendiam os jovens hegelianos, sobretudo com o materialismo de Ludwig Feuerbach, a quem dedicou um livro de análise. d) seguia os passos de seu maior influenciador, Friedrich Hegel, aderindo ao pensamento dialé�co, cuja forma de abordagem da realidade era processual e se expressava na contradição das ideias. FIL0331 - (Unioeste) “A passagem do estado de natureza para o estado civil determina no homem uma mudança muito notável, subs�tuindo na sua conduta o ins�nto pela jus�ça dando às suas ações a moralidade que antes lhes faltava. É só então que, tomando a voz do dever o lugar do impulso �sico, e o direito o lugar do ape�te, o homem, até aí levando em consideração apenas sua pessoa, vê-se forçado a agir baseado em outros princípios e a consultar e ouvir a razão antes de ouvir suas inclinações. Embora nesse estado se prive de muitas vantagens que frui da natureza, ganha outras de igual monta: suas faculdades se exercem e se desenvolvem, suas ideias se alargam, seus sen�mentos se enobrecem, toda sua alma se eleva a tal ponto que (...) deveria sem cessar bendizer o instante feliz que dela o arrancou para sempre e fez, de um animal estúpido e limitado, um ser inteligente e um homem”. Rousseau. Com base no texto, seguem as seguintesafirma�vas: I. A mudança significa�va que ocorre para o homem, na passagem do estado natural para o estado civil, é a de que o homem passa a conduzir-se pelos ins�ntos, como um “animal estúpido e limitado”. II. A conduta do homem, no estado natural, é baseada na jus�ça e na moralidade e em conformidade com princípios fundados na razão. III. Ao ingressar no estado civil, na sua conduta, o homem subs�tui a jus�ça pelo ins�nto e ape�te, orientando-se, apenas, pelas suas inclinações e não pela “voz do dever” e sem “ouvir a razão”. IV. Com a passagem do estado de natureza para o estado civil, o homem passa a agir baseado em princípios da jus�ça e da moralidade, orientando-se antes pela razão do que pelas inclinações. 29@professorferretto @prof_ferretto V. Com a passagem do estado de natureza para o estado civil, o homem obtém vantagens que o faz um “ser inteligente e um homem”, obtendo, assim a “liberdade civil”, submetendo-se, apenas, “à lei que prescrevemos a nós mesmos”. Assinale a alterna�va correta. a) Apenas I e II estão corretas. b) Apenas II e III estão corretas. c) Apenas I e V estão corretas. d) Apenas IV e V estão corretas. e) Apenas II e V estão corretas. FIL0691 - (Ufu) É necessário a um príncipe, para se manter no poder, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a necessidade. E ainda, que não lhe importe incorrer na fama de ter certos defeitos, sem os quais dificilmente poderia salvar o governo, pois, considerando bem, podemos encontrar coisas que parecem virtudes e que, se pra�cadas o levariam à ruína, e outras que poderão parecer vícios e que, sendo seguidas, trazem a segurança e o bem estar do governante [...]. MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 69. De acordo com a teoria polí�ca de Maquiavel (1469- 1527), assinale a alterna�va correta. a) Maquiavel afirma que um bom governante precisa, antes de tudo, ser amado pelos seus súditos. b) Segundo Maquiavel, a ação polí�ca não pode ser autônoma em relação aos preceitos da religião e da moralidade. c) Para manter o poder, segundo Maquiavel, o governante deve considerar como virtudes o que todos consideram como vícios e vice-versa. d) Maquiavel destaca como virtude de um governante menos suas qualidades morais ou sua obediência a preceitos teóricos e mais sua astúcia com regras prá�cas. FIL0188 - (Ufsm) O conhecimento é uma ferramenta essencial para a sobrevivência humana. Os principais filósofos modernos argumentaram que nosso conhecimento do mundo seria muito limitado se não pudéssemos ultrapassar as informações que a percepção sensível oferece. No período moderno, qual processo cogni�vo foi ressaltado como fundamental, pois permi�a obter conhecimento direto, novo e capaz de antecipar acontecimentos do mundo �sico e também do comportamento social? a) Dedução. b) Indução. c) Memorização. d) Testemunho. e) Oratória e retórica. FIL0334 - (Ufpa) “A soberania não pode ser representada pela mesma razão por que não pode ser alienada, consiste essencialmente na vontade geral e a vontade absolutamente não se representa. (...). Os deputados do povo não são nem podem ser seus representantes; não passam de comissários seus, nada podendo concluir defini�vamente. É nula toda lei que o povo diretamente não ra�ficar; em absoluto, não é lei.” (ROSSEAU, J.J. Do Contrato social, São Paulo, Abril Cultural, 1973, livro III, cap. XV, p. 108-109) Rousseau, ao negar que a soberania possa ser representada preconiza como regime polí�co: a) um sistema misto de democracia semidireta, no qual atuariam mecanismos corre�vos das distorções da representação polí�ca tradicional. b) a cons�tuição de uma República, na qual os deputados teriam uma par�cipação polí�ca limitada. c) a democracia direta ou par�cipa�va, man�da por meio de assembleias frequentes de todos os cidadãos. d) a democracia indireta, pois as leis seriam elaboradas pelos deputados distritais e aprovadas pelo povo. e) um regime comunista no qual o poder seria ex�nto, assim como as diferenças entre cidadão e súdito. FIL0242 - (Unesp) Todas as vezes que mantenho minha vontade dentro dos limites do meu conhecimento, de tal maneira que ela não formule juízo algum a não ser a respeito das coisas que lhe são claras e dis�ntamente representadas pelo entendimento, não pode acontecer que eu me equivoque; pois toda concepção clara e dis�nta é, com certeza, alguma coisa de real e de posi�vo, e, assim, não pode se originar do nada, mas deve ter obrigatoriamente Deus como seu autor; Deus que, sendo perfeito, não pode ser causa de equívoco algum; e, por conseguinte, é necessário concluir que uma tal concepção ou um tal juízo é verdadeiro. René Descartes. Vida e Obra. Os pensadores, 2000. Sobre o racionalismo cartesiano, é correto afirmar que 30@professorferretto @prof_ferretto a) sua concepção sobre a existência de Deus exerceu grande influência na renovação religiosa da época. b) sua valorização da clareza e dis�nção do conhecimento cien�fico baseou-se no irracionalismo. c) desenvolveu as bases racionais para a crí�ca do mecanicismo como método de conhecimento. d) formulou conceitos filosóficos fortemente contrários ao heliocentrismo defendido por Galileu. e) se tratou de um pensamento responsável pela fundamentação do método cien�fico moderno. FIL0191 - (Uel) Leia o texto a seguir. O pensamento moderno caracteriza-se pelo crescente abandono da ciência aristotélica. Um dos pensadores modernos desconfortáveis com a lógica dedu�va de Aristóteles – considerando que esta não permi�a explicar o progresso do conhecimento cien�fico – foi Francis Bacon. No livro Novum Organum, Bacon formulou o método indu�vo como alterna�va ao método lógico-dedu�vo aristotélico. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Bacon, é correto afirmar que o método indu�vo consiste a) na derivação de consequências lógicas com base no corpo de conhecimento de um dado período histórico. b) no estabelecimento de leis universais e necessárias com base nas formas válidas do silogismo tal como preservado pelos medievais. c) na postulação de leis universais com base em casos observados na experiência, os quais apresentam regularidade. d) na inferência de leis naturais baseadas no testemunho de autoridades cien�ficas aceitas universalmente. e) na observação de casos par�culares revelados pela experiência, os quais impedem a necessidade e a universalidade no estabelecimento das leis naturais. FIL0247 - (Uece) Leia atentamente o seguinte excerto: “A liberdade do homem em sociedade consiste em não estar subme�do a nenhum outro poder legisla�vo senão àquele estabelecido no corpo polí�co mediante consen�mento, nem sob o domínio de qualquer vontade ou sob a restrição de qualquer lei afora as que promulgar o poder legisla�vo, segundo o encargo a este confiado”. LOCKE, John. Dois tratados sobre o governo. Mar�ns Fontes, 1998, p. 401-402. Adaptado. Considerando a definição de liberdade do homem em sociedade, de John Locke, atente para as seguintes afirmações: I. A concepção de liberdade do homem em sociedade de Locke elimina totalmente o direito de cada um de agir conforme a sua vontade. II. A concepção de liberdade do homem em sociedade de Locke consiste em viver sob a restrição das leis promulgadas pelo poder legisla�vo. III. A concepção de liberdade do homem em sociedade de Locke consiste em viver segundo uma regra permanente e comum que todos devem obedecer. É correto o que se afirma em a) I e II apenas. b) I e III apenas. c) II e III apenas. d) I, II e III. FIL0174 - (Ufu) Em seus estudos sobre o Estado, Maquiavel busca decifrar o que diz ser uma verità effe�uale, a “verdade efe�va” das coisas que permeiam os movimentos da mul�facetada história humana/polí�ca através dos tempos. Segundo ele, há certos traços humanos comuns e imutáveis no decorrer daquela história. Afirma, por exemplo, que os homens são “ingratos,volúveis, simuladores, covardes ante os perigos, ávidos de lucro”. (O Príncipe, cap. XVII) Para Maquiavel: a) A “verdade efe�va” das coisas encontra-se em plano especula�vo e, portanto, no “dever-ser”. b) Fazer polí�ca só é possível por meio de um moralismo piedoso, que redime o homem em âmbito estatal. c) Fortuna é poder cego, inabalável, fechado a qualquer influência, que distribui bens de forma indiscriminada. d) A Virtù possibilita o domínio sobre a Fortuna. Esta é atraída pela coragem do homem que possui Virtù. FIL0356 - (Ufu) Em Marx, o conceito de ideologia designa uma forma de consciência inver�da, que distorce e encobre as formas de dominação existentes nas relações sociais. Tomando isso em consideração, marque a alterna�va que apresenta corretamente a relação entre os conceitos de 31@professorferretto @prof_ferretto estrutura e superestrutura no pensamento de Marx. a) Marx afirma que a superestrutura projeta falsamente as relações sociais de produção como justas, e que uma sociedade igualitária somente poderá surgir com a revolução da estrutura econômica da sociedade. b) Marx afirma que a superestrutura jurídica é o fundamento da divisão social do trabalho, e que toda revolução deve principiar com a alteração da legislação que regulamenta a a�vidade econômica. c) Marx afirma que os homens retêm em sua consciência uma imagem transparente das relações sociais de produção, e que somente a alteração da consciência de cada indivíduo pode conduzir à revolução dessas relações sociais de produção. d) Marx afirma que a democracia burguesa e os par�dos polí�cos são o motor da história. Logo, toda revolução social principia no domínio polí�co, que é a esfera em que podem se manifestar legi�mamente os conflitos de interesses. FIL0180 - (Ufu) A Itália do tempo de Nicolau Maquiavel (1469 – 1527) não era um Estado unificado como hoje, mas fragmentada em reinos e repúblicas. Na obra O Príncipe, declara seu sonho de ver a península unificada. Para tanto, entre outros conceitos, forjou as concepções de virtú e de fortuna. A primeira representa a capacidade de governar, agir para conquistar e manter o poder; a segunda é rela�va aos “acasos da sorte” aos quais todos estão subme�dos, inclusive os governantes. Afinal, como registrado na famosa ópera de Carl Orff: Fortuna imperatrix mundi (A Fortuna governa o mundo). Por isso, um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de exis�r. MAQUIAVEL, N. “O príncipe”. Coleção os Pensadores. São Paulo: Abril Cultura, 1973, p. 79 - 80. Com base nas informações acima, assinale a alterna�va que melhor interpreta o pensamento de Maquiavel. a) Trata-se da fortuna, quando Maquiavel diz que “as causas que o determinaram cessem de exis�r”; e devirtú, quando Maquiavel diz que o príncipe deve ser “prudente”. b) Trata-se da virtú, quando Maquiavel diz que as “causas mudaram”; e de fortuna quando se refere ao príncipe prudente, pois um príncipe com tal qualidade saberia acumular grande quan�dade de riquezas. c) Apesar de ser uma frase de Maquiavel, conforme o texto introdutório, ela não guarda qualquer relação com as noções de virtú e fortuna. d) O fragmento de Maquiavel expressa bem a noção de virtú, ao dizer que o príncipe deve ser prudente, mas não se relaciona com a noção de fortuna, pois em nenhum momento afirma que as “circunstâncias” podem mudar. FIL0328 - (Upe) A Idade Moderna se caracterizou, no plano filosófico- cultural, por um projeto iluminista: tudo o que se faz é feito com a convicção de que as luzes da razão natural iluminam os homens, eliminando as trevas da ignorância. (SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia, 1994, p. 61). Coloque V nas afirma�vas verdadeiras e F nas falsas referentes ao Projeto Iluminista e à Filosofia Moderna. (__) A expressão ‘as luzes’ foi preparada nos séculos anteriores com o racionalismo cartesiano, a revolução cien�fica, o processo de laicização da polí�ca e da moral. (__) Tomaremos como Idade Moderna o período que se inicia com o Renascimento e vai até a primeira década do século XIX. Esse foi um período de conflitos intelectuais, intenso movimento ar�s�co e muitas crises. (__) A filosofia moderna se caracterizou pela preocupação com as questões do conhecer, capazes de produzir a nova ciência, ou seja, recursos que pudessem proporcionar a passagem da especulação meta�sica para as explicações experimentais. (__) O empirismo é, juntamente com o racionalismo, uma das grandes correntes formadoras da filosofia moderna. (__) A filosofia moderna desenvolve uma visão meta�sica do mundo e do homem, com base na nova perspec�va de abordagem do real: o modo meta�sico de pensar, sem dúvida, é o primeiro fruto do projeto iluminista da Modernidade. Assinale a alterna�va que apresenta a sequência correta. 32@professorferretto @prof_ferretto a) V, F, V, V, V. b) V, V, V, V, F. c) F, V, V, F, F. d) F, F, V, F, V. e) V, V, V, F, V. FIL0364 - (Uff) O posi�vismo foi um sistema filosófico criado no século XIX por Augusto Comte e que exerceu grande influência no Brasil, especialmente entre militares, médicos, cien�stas e em algumas correntes de republicanos que par�ciparam diretamente da proclamação da República e ocuparam postos de governo no início do novo regime. Dentre as inovações adotadas no início do regime republicano brasileiro sob influência de ideias posi�vistas estão a) sufrágio universal, direito de voto do analfabeto e das mulheres. b) esta�zação das fábricas, cole�vização da agricultura e par�do único. c) liberdade sindical, leis trabalhistas e salário-mínimo. d) separação da igreja e do estado, liberdade religiosa e casamento civil. e) indenização aos proprietários de escravos, deses�mulo à pequena propriedade e abolição de impostos rurais. FIL0238 - (Unesp) De um lado, dizem os materialistas, a mente é um processo material ou �sico, um produto do funcionamento cerebral. De outro lado, de acordo com as visões não materialistas, a mente é algo diferente do cérebro, podendo exis�r além dele. Ambas as posições estão enraizadas em uma longa tradição filosófica, que remonta pelo menos à Grécia An�ga. Assim, enquanto Demócrito defendia a ideia de que tudo é composto de átomos e todo pensamento é causado por seus movimentos �sicos, Platão insis�a que o intelecto humano é imaterial e que a alma sobrevive à morte do corpo. (Alexander Moreira-Almeida e Saulo de F. Araujo. “O cérebro produz a mente?: um levantamento da opinião de psiquiatras”. www.archivespsy.com, 2015.) A par�r das informações e das relações presentes no texto, conclui-se que a) a hipótese da independência da mente em relação ao cérebro teve origem no método cien�fico. b) a dualidade entre mente e cérebro foi conceituada por Descartes como separação entre pensamento e extensão. c) o pensamento de Santo Agos�nho se baseou em hipóteses empiristas análogas às do materialismo. d) os argumentos materialistas resgatam a meta�sica platônica, favorecendo hipóteses de natureza espiritualista. e) o progresso da neurociência estabeleceu provas obje�vas para resolver um debate originalmente filosófico. FIL0487 - (Uel) Leia o seguinte texto: A filosofia está escrita neste imenso livro que con�nuamente está aberto diante de nossos olhos (estou falando do universo), mas que não se pode entender se primeiro não se aprende a entender sua língua e conhecer os caracteres em que está escrito. Ele está escrito em linguagem matemá�ca e seus caracteres são círculos, triângulos e outras figuras geométricas, meios sem os quais é impossível entender humanamente suas palavras: sem tais meios, vagamos inu�lmente por um escuro labirinto. (GALILEI, G. Il saggiatore. Apud REALE, G. & ANTISERI, D. História da filosofia. São Paulo: Paulinas, 1990, v. 2, p. 281.) Tendo em mente o texto acima e os conhecimentos sobre o pensamento de Galileu acerca dométodo cien�fico, considere as seguintes afirma�vas. I. Galileu defende o desenvolvimento de uma ciência voltada para os aspectos obje�vos e mensuráveis da natureza, em oposição à �sica qualita�va de Aristóteles. II. Para Galileu, é possível obter conhecimento cien�fico sobre objetos matemá�cos, tais como círculos e triângulos, mas não sobre objetos do mundo sensível. III. Galileu pensa que uma ciência quan�ta�va da natureza é possível graças ao fato de que a própria natureza está configurada de modo a exibir ordem e simetrias matemá�cas. IV. Galileu considera que a observação não faz parte do método cien�fico proposto por ele, uma vez que todo o conhecimento cien�fico pode ser ob�do por meio de demonstrações matemá�cas. Assinale a alterna�va que contém todas as afirma�vas corretas, mencionadas anteriormente. 33@professorferretto @prof_ferretto a) I e III. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. FIL0358 - (Unioeste) Texto 1 “Por princípio da u�lidade entende-se aquele princípio que aprova ou desaprova qualquer ação, segundo a tendência que tem a aumentar ou a diminuir a felicidade da pessoa cujo interesse está em jogo, ou, o que é a mesma coisa em outros termos, segundo a tendência de promover ou comprometer a referida felicidade. Digo qualquer ação, com o que tenciono dizer que isto vale não somente para qualquer ação de um indivíduo par�cular, mas também de qualquer ato ou medida de governo. [...] A comunidade cons�tui um corpo fic�cio, composto de pessoas individuais que se consideram como cons�tuindo os seus membros. Qual é, nesse caso, o interesse da comunidade? A soma dos interesses dos diversos membros que integram a referida comunidade”. BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação.São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 10. Texto 2 “Para compreendermos o valor que Mill atribui à democracia, é necessário observar com mais atenção a sua concepção de sociedade e indivíduo [...]. O governo democrá�co é melhor porque nele encontramos as condições que favorecem o desenvolvimento das capacidades de cada cidadão”. WEFFORT, F. (org.). Os clássicos da polí�ca 2. 3 ed. São Paulo: Á�ca, 1991. p. 197-98. Sobre o u�litarismo e o pensamento de Bentham e Stuart Mill, é INCORRETO afirmar. a) Para o u�litarismo clássico, o principal critério para a moralidade é o princípio da u�lidade, que defende como morais as ações que promovem a felicidade e o bem-estar para o maior número de pessoas envolvidas. b) Para os u�litaristas Bentham e Stuart Mill, uma ação é considerada moralmente correta se promove a felicidade e o bem-estar para o indivíduo, não importando suas consequências em relação ao conjunto da sociedade. c) U�litaristas como Bentham defendem que o papel do legislador é o de produzir leis que sejam do interesse dos indivíduos que cons�tuem uma comunidade e que resultem na maior felicidade para o maior número deles. d) O pensamento de Stuart Mill propõe mudanças importantes à agenda polí�ca, na medida em que reconhece que a par�cipação polí�ca não pode ser tomada como privilégio de poucos. O Estado deverá, portanto, adotar mecanismos que garantam a ins�tucionalização da par�cipação mais ampliada dos cidadãos. e) Enquanto Bentham defendia a democracia representa�va como sendo uma forma de impedir que os governos imponham seus interesses aos do povo, Stuart Mill defende tal forma de governo como a melhor forma para se controlar os governantes e ao mesmo tempo aumentar a riqueza total da sociedade. FIL0292 - (Uece) As seguintes máximas exemplificam a solução apresentada por Immanuel Kant na formulação do princípio supremo da moralidade: “Age como se a máxima de tua ação se devesse tornar, pela tua vontade, em lei universal da natureza”. “Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim e nunca simplesmente como meio”. KANT, Immanuel. Fundamentação da meta�sica dos costumes. Trad. Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70.1997. Essas máximas são impera�vos categóricos, sobre os quais é correto afirmar que 34@professorferretto @prof_ferretto a) estabelecem, segundo Kant, a universalização da ação moral através de uma finalidade a ser a�ngida fora da razão e estabelecida a par�r do processo de análise racional da realidade. b) são, inicialmente, de caráter hipoté�co, ao buscar avaliar as ações possíveis, como meio de alcançar alguma coisa que se deseja ou que se queira a�ngir concretamente. c) são chamados categóricos, por serem mandamentos da própria razão autônoma e por servirem de procedimento para testar o caráter universalizável e, portanto, moral de uma máxima. d) determinam, categoricamente, que, para a�ngir um determinado fim, é necessário que se usem certos meios, o que expressa a universalização da moral pragmá�ca kan�ana. FIL0171 - (Uel) Leia o texto a seguir. A República de Veneza e o Ducado de Milão ao norte, o reino de Nápoles ao sul, os Estados papais e a república de Florença no centro formavam ao final do século XV o que se pode chamar de mosaico da Itália sujeita a constantes invasões estrangeiras e conflitos internos. Nesse cenário, o floren�no Maquiavel desenvolveu reflexões sobre como aplacar o caos e instaurar a ordem necessária para a unificação e a regeneração da Itália. (Adaptado de: SADEK, M. T. “Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtú”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos da polí�ca. v.2. São Paulo: Á�ca, 2003. p.11-24.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia polí�ca de Maquiavel, assinale a alterna�va correta. a) A anarquia e a desordem no Estado são aplacadas com a existência de um Príncipe que age segundo a moralidade convencional e cristã. b) A estabilidade do Estado resulta de ações humanas concretas que pretendem evitar a barbárie, mesmo que a realidade seja móvel e a ordem possa ser desfeita. c) A história é compreendida como re�línea, portanto, a ordem é resultado necessário do desenvolvimento e aprimoramento humano, sendo impossível que o caos se repita. d) A ordem na polí�ca é inevitável, uma vez que o âmbito dos assuntos humanos é resultante da materialização de uma vontade superior e divina. e) Há uma ordem natural e eterna em todas as questões humanas e em todo o fazer polí�co, de modo que a estabilidade e a certeza são constantes nessa dimensão. FIL0318 - (Uel) Leia o texto a seguir. Por que só o homem é susce�vel de tornar-se imbecil? [...] O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. Lourdes Santos Machado, 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. pp. 243; 259. Com base nos conhecimentos sobre sociedade civil, propriedade e natureza humana no pensamento de Rousseau, assinale a alterna�va correta. 35@professorferretto @prof_ferretto a) A instauração da propriedade decorre de um ato legí�mo da sociedade civil, na medida em que busca atender às necessidades do homem em estado de natureza. b) A instauração da propriedade e da sociedade civil cria uma ruptura radical do homem consigo mesmo e de distanciamento da natureza. c) A fundação da sociedade civil é legi�mada pela racionalidade e pela universalidade do ato de instauração da propriedade privada. d) O sen�mento mais primi�vo do homem, que o leva a ins�tuir a propriedade, é o reconhecimento da necessidade da propriedade para garan�r a subsistência. e) A sociedade civil e a propriedade são expressões da perfec�bilidade humana, ou seja, da sua capacidade de aperfeiçoamento. FIL0349 - (Ueg) Um dos elementos mais conhecidos da filosofia de Hegel é a dialé�ca, baseada no pressuposto de que uma ideia (tese) produz uma ideia oposta (an�tese), resultando, consequentemente, numa conciliação (síntese)entre as duas ideias opostas. Nesse sen�do, ao u�lizar esse princípio hegeliano para interpretar os sistemas polí�cos contemporâneos, percebe-se que a síntese entre os princípios do liberalismo e os do marxismo foi efe�vada no a) Estado de bem-estar social. b) anarquismo de Bakunin. c) nazismo alemão. d) fascismo italiano. FIL0612 - (Fer) Considere o seguinte texto: Maquiavel rejeita a polí�ca norma�va dos gregos, a qual, ao explicar “como o homem deve agir”, cria sistemas utópicos. A nova polí�ca, ao contrário, deve procurar a verdade efe�va, ou seja, “como o homem age de fato”. O método de Maquiavel es�pula a observação dos fatos, o que denota uma tendência comum aos pensadores do Renascimento, preocupados em superar, através da experiência, os esquemas meramente dedu�vos da Idade Média. Seus estudos levam à constatação de que os homens sempre agiram pelas formas da corrupção e da violência. (Maria Lúcia Aranha e Maria Helena Mar�ns. Filosofando, 1986. Adaptado.) Com base no texto e no pensamento polí�co de Maquiavel, assinale a alterna�va correta: a) A questão da manutenção do poder é o principal desafio ao príncipe e, por isso, ele não precisa cumprir a palavra dada, desde que autorizado pela Igreja. b) Há uma ordem natural e eterna em todas as questões humanas e em todo o fazer polí�co, de modo que a estabilidade e a certeza são constantes nessa dimensão. c) O mundo da polí�ca obriga o governante a tomar decisões que contrariam os seus ideais de moralidade e de virtude em nome da conservação do regime polí�co. d) O mundo da polí�ca exige ações más, porém disfarçadas de bondade, isto é, a total hipocrisia do polí�co. e) O governante deve ser um modelo de virtude, e é precisamente por saber como governar a si próprio e não se deixar influenciar pelos maus que ele está qualificado a governar os outros, isto é, a conduzi-los à virtude. FIL0265 - (Ufu) O pensamento polí�co de John Locke contém uma teoria da cidadania que anuncia certos aspectos da filosofia do século XVIII. Pela anuência à vida civil e pela confiança que deposita no poder público, o indivíduo se faz cidadão. Incorporando-se livremente ao corpo polí�co, cada um par�cipa de sua gestão: alcança assim a dignidade polí�ca. Acerca do pensamento de Locke, considere o texto acima e marque a alterna�va correta. a) Um governante que usa, à margem da lei, a força contra os interesses de seus súditos destrói sua própria autoridade. O súdito tem o direito a resis�r- lhe. b) O contrato tem a finalidade de ins�tuir a vida é�ca no seio do Estado. c) Locke afirma que o contrato emerge da base material da sociedade, independentemente das decisões dos indivíduos. d) A transferência de poder torna-se irrevogável após o contrato, porque a soberania é ilimitada e absoluta. FIL0200 - (Unesp) Os homens, diz an�go ditado grego, atormentam-se com a ideia que têm das coisas e não com as coisas em si. Seria grande passo, em alívio da nossa miserável condição, se se provasse que isso é uma verdade absoluta. Pois se o mal só tem acesso em nós porque 36@professorferretto @prof_ferretto julgamos que o seja, parece que estaria em nosso poder não o levarmos a sério ou o colocarmos a nosso serviço. Por que atribuir à doença, à indigência, ao desprezo um gosto ácido e mau se o podemos modificar? Pois o des�no apenas suscita o incidente; a nós é que cabe determinar a qualidade de seus efeitos. (Michel de Montaigne. Ensaios, 2000. Adaptado.) De acordo com o filósofo, a diferença entre o bem e o mal a) representa uma oposição de natureza meta�sica, que não está sujeita a rela�vismos existenciais. b) relaciona-se com uma esfera sagrada cujo conhecimento é autorizado somente a sacerdotes religiosos. c) resulta da queda humana de um estado original de bem-aventurança e harmonia geral do Universo. d) depende do conhecimento do mundo como realidade em si mesma, independente dos julgamentos humanos. e) depende sobretudo da qualidade valora�va estabelecida por cada indivíduo diante de sua vida. FIL0214 - (Ufsj) “Algumas criaturasvivas, como as abelhas e as formigas, que vivem socialmente umas com as outras [...] tendem para o bene�cio comum”. Para Thomas Hobbes, essa tendência não ocorre entre os homens porque a) esses insetos, dentroda sua irracionalidade natural, dão lições de conduta aos seres humanos; seja na tarefa diária, seja na poli�zação paradoxal do modelo comunista difundido por JosephStalin e Karl Marx. b) as abelhas e as formigas têm a peculiaridade de construir suas sociedades dentro de uma unidade dinâmica e circular, que poderia ser bem definida como um contrato social se elas fossem humanas. Os seres humanos não a�ngiram tal estágio ainda. c) estes estão constantemente envolvidos numa compe�ção pela honra e pela dignidade e se julgam uns mais sábios que outros para exercer opoder público, reformam e inovam, o que muitas vezes leva o país à desordem e àguerra civil. d) o mo�vo maior que guia a vida de tais criaturas é a engrenagemda soberania da vontade de criar, da vontade de poder,retomada por Nietzsche e pelo existencialismo. FIL0187 - (Unesp) Os ídolos e noções falsas que ora ocupam o intelecto humano e nele se acham implantados não somente o obstruem a ponto de ser di�cil o acesso da verdade, como, mesmo depois de superados, poderão ressurgir como obstáculo à própria instauração das ciências, a não ser que os homens, já precavidos contra eles, se cuidem o mais que possam. O homem se inclina a ter por verdade o que prefere. Em vista disso, rejeita as dificuldades, levado pela impaciência da inves�gação; rejeita os princípios da natureza, em favor da supers�ção; rejeita a luz da experiência, em favor da arrogância e do orgulho, evitando parecer se ocupar de coisas vis e efêmeras; rejeita paradoxos, por respeito a opiniões vulgares. Enfim, inúmeras são as fórmulas pelas quais o sen�mento, quase sempre impercep�velmente, se insinua e afeta o intelecto. (Francis Bacon. Novum Organum [publicado originalmente em 1620], 1999. Adaptado.) Na história da filosofia ocidental, o texto de Bacon preconiza a) um pensamento cien�fico racional afastado de paixões e preconceitos. b) uma crí�ca à hegemonia do paradigma cartesiano no âmbito cien�fico. c) a defesa do ina�smo das ideias contra os pressupostos da filosofia empirista. d) a valorização român�ca de aspectos sen�mentais e intui�vos do pensamento. e) uma crí�ca de caráter é�co voltada contra a frieza do trabalho cien�fico. FIL0197 - (Uel) “[...] Aristóteles estabelecia antes as conclusões, não consultava devidamente a experiência para estabelecimento de suas resoluções e axiomas. E tendo, ao seu arbítrio, assim decidido, subme�a a experiência como a uma escrava para conformá-la às suas opiniões”. (BACON, Francis. Novum Organum. Trad. de José Aluysio Reis de Andrade. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 33.) Com base no texto, assinale a alterna�va que apresenta corretamente a interpretação que Bacon fazia da filosofia aristotélica. 37@professorferretto @prof_ferretto a) A filosofia aristotélica estabeleceu a experiência como o fundamento da ciência. b) Aristóteles consultava a experiência para estabelecer os resultados e axiomas da ciência. c) Aristóteles afirmava que o conhecimento teórico deveria submeter-se, como um escravo, ao conhecimento da experiência. d) Aristóteles desenvolveu uma concepção de filosofia que tem como consequência a desvalorização da experiência. e) Aristóteles valorizava a experiência, por considerá-la um caminho seguro para superar a opinião e a�ngir o conhecimento verdadeiro. FIL0558 - (Uece) Quando argumenta que um Estado não tem direito a apropriar-se de outro Estado, seja por herança de seus soberanos, troca, compra ou doação, Kant afirma: “Um Estado não é patrimônio (como, por exemplo, o solo em que ele tem a sua sede). É uma sociedade de homens sobre a qual mais ninguém a não ser ele próprio tem de mandar e dispor. Enxertá-lo noutroEstado significa eliminar a sua existência como pessoa moral e fazer desta úl�ma uma coisa, contradizendo, por conseguinte, a ideia do contrato originário, sem a qual é impossível pensar Direito algum sobre um povo”. KANT, Immanuel. À paz perpétua: Um projeto filosófico. Trad. port. Artur Morão. Covilhã, Portugal: Universidade da Beira Interior, 2008, p.5. Adaptado. Baseado na citação acima, é correto afirmar que a) o Estado é uma coisa, por isso só pode ser tomado pela força. b) o Estado, sendo uma coisa, pode ser herdado, comprado ou doado. c) cada Estado, como pessoa moral, só obedece às suas próprias leis. d) o Estado é uma pessoa moral, pois o território é sagrado para seu povo. FIL0345 - (Ufu) A dialé�ca de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, frio- calor). b) é incapaz de explicar o movimento e a mudança verificados tanto no mundo quanto no pensamento. c) é interna nas coisas obje�vas, que só podem crescer e perecer em virtude de contradições presentes nelas. d) é um método (procedimento) a ser aplicado ao objeto de estudo do pesquisador. FIL0199 - (Ueg) O movimento de ideias, conhecido como Renascença, foi caracterizado na literatura e na arte por um esmerado cul�vo da forma e por uma admiração entusiasta da an�guidade pagã. Mudanças foram experimentadas em todas as áreas de atuação humana. Dentre os pensadores que marcaram esse período, destacam-se os seguintes: a) Kant, Hegel e Marx b) Descartes, Bacon e Comte c) Sócrates, Platão e Aristóteles d) Giordano Bruno, Maquiavel e Jean Bodin FIL0190 - (Uel) A figura do homem que triunfa sobre a natureza bruta é significa�va para se pensar a filosofia de Francis Bacon (1561-1626). Com base no pensamento de Bacon, considere as afirma�vas a seguir. I. O homem deve agir como intérprete da natureza para melhor conhecê-la e dominá-la em seu bene�cio. II. O acesso ao conhecimento sobre a natureza depende da experiência guiada por método indu�vo. III. O verdadeiro pesquisador da natureza é um homem que parte de proposições gerais para, na sequência e à 38@professorferretto @prof_ferretto luz destas, clarificar as premissas menores. IV. Os homens de experimentos processam as informações à luz de preceitos dados a priori pela razão. Assinale a alterna�va correta. a) Somente as afirma�vas I e II são corretas. b) Somente as afirma�vas II e IV são corretas. c) Somente as afirma�vas III e IV são corretas. d) Somente as afirma�vas I, II e III são corretas. e) Somente as afirma�vas I, III e IV são corretas. FIL0490 - (Uff) Aristóteles afirmava que “se algum corpo está em movimento, é porque está sendo movido por alguma coisa”. Essa concepção predominou até a Revolução Cien�fica dos séculos XVI e XVII, quando a questão do movimento foi o tema principal dos cien�stas. A concepção que contestou e subs�tuiu a que era defendida por Aristóteles foi a de a) atomismo. b) inércia. c) heliocentrismo. d) preformismo. e) ímpeto. FIL0617 - (Fer) Immanuel Kant afirma que o impera�vo categórico é o princípio obje�vo da moralidade válido para todos os seres humanos como fundamento de determinação da vontade e critério de escolha de máximas morais. Sobre a moral kan�ana, marque V, se for verdadeiro, e F, se for falso. (__) Immanuel Kant defende a tese de que as ações humanas morais são mo�vadas unicamente pelos sen�mentos inerentes à natureza humana e ao ins�nto, por exemplo, o sen�mento de piedade em relação ao próximo. (__) Para Kant, devemos pensar e agir de tal modo que todas as nossas ações se transformem em lei universal. (__) Liberdade e obrigação são conceitos que se opõem mutuamente, pois, se uma ação é considerada livre e, portanto, dependente apenas do querer do agente, então é inaceitável, de acordo com Kant, que seres humanos tenham deveres morais. (__) Kant acreditava que era possível desenvolver um sistema moral consistente e par�cular, u�lizando apenas as experiências sensíveis. A sequência correta, de cima para baixo, é: a) V, V, V, V. b) V, F, V, F. c) F, V, F, F. d) V, V, V, F. e) F, V, V, F. FIL0279 - (Uel) Leia o texto a seguir. As ideias produzem as imagens de si mesmas em novas ideias, mas, como se supõe que as primeiras ideias derivam de impressões, con�nua ainda a ser verdade que todas as nossas ideias simples procedem, mediata ou imediatamente, das impressões que lhes correspondem. HUME, D. Tratado da Natureza Humana. Trad. De Serafim da Silva Fontes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. p.35. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a questão da sensibilidade, razão e verdade em David Hume, considere as afirma�vas a seguir. I. Geralmente as ideias simples, no seu primeiro aparecimento, derivam das impressões simples que lhes correspondem. II. A conexão entre as ideias e as impressões provém do acaso, de modo que há uma independência das ideias com relação às impressões. III. As ideias são sempre as causas de nossas impressões. IV. Assim como as ideias são as imagens das impressões, é também possível formar ideias secundárias, que são imagens das ideias primárias. Assinale a alterna�va correta. a) Somente as afirma�vas I e II são corretas. b) Somente as afirma�vas I e IV são corretas. c) Somente as afirma�vas III e IV são corretas. d) Somente as afirma�vas I, II e III são corretas. e) Somente as afirma�vas II, III e IV são corretas. FIL0307 - (Ufu) Autonomia da vontade é aquela sua propriedade graças à qual ela é para si mesma a sua lei (independentemente da natureza dos objetos do querer). O princípio da autonomia é, portanto: não escolher senão de modo a que as máximas da escolha estejam incluídas simultaneamente, no querer mesmo, como lei universal. KANT, Immanuel. Fundamentação da Meta�sica dos Costumes. Tradução de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1986, p. 85. 39@professorferretto @prof_ferretto De acordo com a doutrina é�ca de Kant: a) O Impera�vo Categórico não se relaciona com a matéria da ação e com o que deve resultar dela, mas com a forma e o princípio de que ela mesma deriva. b) O Impera�vo Categórico é um cânone que nos leva a agir por inclinação, vale dizer, tendo por obje�vo a sa�sfação de paixões subje�vas. c) Inclinação é a independência da faculdade de ape�ção das sensações, que representa aspectos obje�vos baseados em um julgamento universal. d) A boa vontade deve ser u�lizada para sa�sfazer os desejos pessoais do homem. Trata-se de fundamento determinante do agir, para a sa�sfação das inclinações. FIL0486 - (Upe-ssa) Sobre Paradigma da Modernidade, leia o texto a seguir: Com a revolução cien�fica moderna (século XVII), a ciência deixa de ser contempla�va ou teórica para tornar- se a�va, detendo um poder de exercer uma ação eficaz. Adquire um outro estatuto: torna-se um saber, tendo por obje�vo conhecer o mundo no sen�do de dominá-lo, sobre ele exercer um poder, converter o homem em seu mestre e possuidor. JAPIASSU, Hilton. Ciência e Des�no Humano. Rio de Janeiro: Imago, p. 211, 2005. No contexto do Paradigma da Modernidade, com especificidade no âmbito da revolução cien�fica moderna, o autor faz algumas observações per�nentes sobre o novo estatuto do saber. Sobre esse assunto, é CORRETO afirmar que a) o saber cien�fico e a técnica começam a formar um par dissociável. b) na revolução cien�fica moderna, a ciência contempla�va alicerça as bases cons�tu�vas da ação eficaz. c) o conhecimento cien�fico teórico tem significância maior frente à ação eficaz. d) com a revolução cien�fica moderna, o novo estatuto, com a ciência a�va, não só é relevante mas também deseja a dominação, a subjugação, a manipulação da natureza, exercendo sobre esta poder. e) com o novo estatuto teórico, a ciência perde o seu poder. Doravante, o homem é o senhor e o mestre da natureza. FIL0262 - (Unioeste) Locke é um dos principais representantes do contratualismo clássico. Tem como ponto de par�daraças dessa sociedade. b) socialmente produzidas, com base nas relações sociais de poder. c) sempre herdadas de épocas anteriores, por isso são históricas. d) formas de a classe dominante enganar e manipular os dominados. FIL0668 - (Uece) Leia atentamente o seguinte trecho da obra de Maquiavel (1469-1527) acerca da liberdade republicana. “Direi que quem condena os conflitos entre os nobres e a plebe [povo] parece cri�car as coisas que foram a primeira causa da liberdade de Roma e leva mais em consideração as confusões entre as pessoas e o falatório sobre tais conflitos do que os bons efeitos que eles geravam; e não consideram que em toda república há dois humores (estados de espírito, temperamentos) diferentes, o do povo, e o dos grandes, dos nobres, e que todas as leis que se fazem em favor da liberdade nascem do conflito deles, como facilmente se pode ver que ocorreu em Roma.” MAQUIAVEL, Nicolau. Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio. São Paulo: Mar�ns Fontes, 2007. (Texto adaptado). Com base no trecho anterior, é correto afirmar que, para Maquiavel, a) os conflitos entre os nobres e o povo são prejudiciais à liberdade da República Romana. b) os conflitos sociais entre o povo e os nobres são a causa da liberdade republicana. c) a liberdade é fruto de uma concessão feita pelo príncipe �rano ao povo e aos nobres. d) a questão da liberdade é fruto de uma dinâmica harmoniosa entre os nobres e o povo. FIL0673 - (Uece) Leia com atenção essas duas estrofes do poeta cearense e, em seguida, marque a alterna�va que apresenta uma ideia jusnaturalista moderno presente no poema. Camponeses, meus irmãos, E operários da cidade, É preciso dar as mãos E gritar por liberdade. Em favor de cada um, Formar um corpo comum, Operário e camponês! Pois, só com essa aliança, A estrela da bonança Brilhará para vocês! Uns com os outros se entendendo, Esclarecendo as razões. E todos, juntos, fazendo Suas reivindicações! Por uma Democracia De direito e garan�a Lutando, de mais a mais! São estes os belos planos, Pois, nos Direitos Humanos, Nós todos somos iguais! PATATIVA DO ASSARÉ. O agregado e o operário. In: Antologia poé�ca. Org. Gilmar de Carvalho. – 8ª ed. Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha, 2015. a) A defesa do desenvolvimento econômico. b) A luta de classes de operários e camponeses. c) A igualdade natural entre os seres humanos. d) A democracia com direitos sociais dos pobres. FIL0675 - (U�) Karl Marx (1818-1881): “E vossa educação, não é ela também determinada pela sociedade? Não é determinada pelas relações sociais nas quais educais vossos filhos, pela ingerência mais ou menos direta ou indireta da sociedade através das escolas, etc.? Os comunistas não inventaram a influência da sociedade 3@professorferretto @prof_ferretto sobre a educação; procuraram apenas transformar o seu caráter, arrancando a educação da influência da classe dominante. A fraseologia burguesa sobre a família e a educação, sobre os afetuosos vínculos entre criança e pais, torna-se tanto mais repugnante quanto mais a grande indústria rompe todos os laços familiares dos proletários e transforma suas crianças em simples ar�gos de comércio e em simples instrumentos de trabalho.” (MARX, K. Manifesto do par�do comunista. 6ª Ed. Petrópolis: Vozes, 1996, p. 83-84). Conforme o texto é CORRETO afirmar: a) Os comunistas são contra a família e as relações sociais. b) As crianças devem ser educadas pela sociedade burguesa. c) Não existe nenhuma relação entre classes sociais e educação. d) A educação não deve ser determinada pela classe dominante. FIL0681 - (Ufpr) As afirmações a seguir são de Hylas e foram todas re�radas do Diálogo entre Hylas e Philonous, de George Berkeley. Qual delas mostra que Hylas finalmente admi�u o idealismo defendido por seu interlocutor, Philonous? (BERKELEY, George. Três diálogos entre Hylas e Philonous. Curi�ba: UFPR. SCHLA, 2012, p. 29, 73, 37, 63 e 51, respec�vamente.) a) “Exis�r é uma coisa, ser percebido é outra.” b) “Tudo que posso fazer é formar ideias na minha própria mente. [...] E isso está longe de ser prova de que posso concebê-las exis�ndo fora das mentes de todos os espíritos.” c) “O calor e o frio são apenas sensações que existem em nossas mentes. Entretanto, ainda restam qualidades suficientes para assegurar a realidade das coisas externas.” d) “Cores, sons, sabores, resumindo, tudo aquilo denominado qualidades secundárias, certamente não existem fora da mente. Mas ao admi�-lo, não significa que eu rejeite qualquer coisa da realidade da matéria ou dos objetos externos.” e) “Considero uma grande omissão o fato de não ter dis�nguido suficientemente objeto e sensação. Embora a sensação não possa exis�r sem a mente, disso não se segue que o objeto não possa.” FIL0683 - (Ufpr) Maquiavel considera que é muito ú�l “poder acusar perante o povo, perante um magistrado ou mesmo perante um conselho, os cidadãos que pra�carem algum ato contra o estado livre”. Pois, com isso, escreve ele, “se ins�tui um lugar para o desafogo daqueles humores que crescem nas cidades contra qualquer cidadão. Quando estes humores não têm onde se desafogar ordinariamente, buscam modos extraordinários.” (MAQUIAVEL, Nicolau. Discursos sobre a Primeira década de Tito Livio. In: MARÇAL, J. (org.). Antologia de textos filosóficos. Curi�ba: SEED, 2009. p. 437). Nessa passagem, Maquiavel elogia a ins�tuição romana da acusação pública porque ela: a) reconhece os direitos dos cidadãos de maneira equita�va. b) confere soberania ao povo, reconhecendo-o como a fonte das leis. c) oferece um lugar ins�tucional para a manifestação de conflitos. d) garante a todos os indivíduos a plena liberdade de expressão. e) impõe obediência às leis. FIL0687 - (Ufu) No dizer de Descartes, não temos certeza sequer se exis�mos, pois podemos estar em um sonho ou ser ví�mas de um ser maior do que nós e que nos engana, fazendo-nos crer que exis�mos quando, na verdade, não somos mais do que a imaginação desse ser. No entanto, mesmo quando nos enganamos, precisamos do pensamento, quer dizer, para nos enganarmos, temos de pensar; e, para pensar, precisamos exis�r. Ora, se podemos nos enganar, então pensamos e, se pensamos, então, exis�mos. SAVIAN FILHO, Juvenal. Filosofia e filosofias. Belo Horizonte: Autên�ca, 2016. p. 67. A respeito da filosofia de Descartes (1596-1650), considere as afirmações a seguir. I. Para Descartes, colocar todo conhecimento em dúvida é um método para chegar a um conhecimento indubitável. II. O conhecimento ob�do por meio dos cinco sen�dos é a única garan�a do que é verdadeiro. III. A evidência do pensamento é o fundamento para outras verdades como a existência de Deus e as verdades matemá�cas. Assinale a alterna�va que apresenta afirmação(ões) correta(s). 4@professorferretto @prof_ferretto a) Apenas I e II. b) Apenas I e III. c) Apenas II e III. d) Apenas I. FIL0688 - (Ufu) Sobre o ser humano no estado de natureza, Thomas Hobbes (1588-1679) escreveu o seguinte: O direito de natureza, a que os autores geralmente chamam jus naturale, é a liberdade que cada homem possui de usar seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua vida; e, consequentemente, de fazer tudo aquilo que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse fim. HOBBES, Thomas. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 82. Par�ndo desse texto como premissa, para Hobbes, a) enquanto persis�r o estado de natureza, persiste um estado de guerra de todos contra todos. b) no estado de natureza, os seres humanos são felizes porque são naturalmente livres. c) para a cons�tuição do Estado, ninguém deve renunciar a sua liberdade natural. d) por natureza, a liberdade de cada ser humano não entra em conflito com a liberdade dos demais. FIL0706 - (Unesp) Também conhecidas como Organizações Intergovernamentais, essas ins�tuições são criadas por países (Estados soberanos),de seu pensamento polí�co o estado de natureza, de modo que, através do contrato (pacto) social, realiza-se a passagem para o Estado civil. Assinale a alterna�va que não corresponde à concepção liberal de polí�ca de Locke. a) O estado de natureza é um estado de guerra generalizada de todos contra todos. b) No estado de natureza, todos os homens são livres e iguais, tendo todos o direito à vida, à liberdade e à propriedade. c) O estado de natureza é um estado de rela�va paz, por falta de um juiz imparcial que julgue os possíveis conflitos entre os indivíduos. d) O Estado civil tem sua origem e fundamento no pacto de consen�mento unânime de indivíduos livres e iguais, sendo que na escolha da forma de governo segue-se o princípio da maioria. e) No centro do pensamento polí�co de Locke se encontra a defesa dos direitos naturais inalienáveis do indivíduo à vida, à liberdade e à propriedade, que devem ser garan�dos e protegidos pelo Estado civil. FIL0195 - (Uel) Segundo Francis Bacon, “são de quatro gêneros os ídolos que bloqueiam a mente humana. Para melhor apresentá- los, lhes assinamos nomes, a saber: Ídolos da Tribo; Ídolos da Caverna; Ídolos do Foro e Ídolos do Teatro”. Fonte: BACON, F. Novum Organum.Tradução de José Aluysio Reis de Andrade. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 21. Com base nos conhecimentos sobre Bacon, os Ídolos da Tribo são: a) Os ídolos dos homens enquanto indivíduos. b) Aqueles provenientes do intercurso e da associação recíproca dos indivíduos. c) Aqueles que imigraram para o espírito dos homens por meio das diversas doutrinas filosóficas. d) Aqueles que chegam ao espírito humano por meio de regras viciosas de demonstração. e) Aqueles fundados na própria natureza humana. FIL0302 - (Uema) Fraqueza e covardia são as causas pelas quais a maioria das pessoas permanece infan�l mesmo tendo condição de libertar-se da tutela mental alheia. Por isso, fica fácil para alguns exercer o papel de tutores, pois muitas pessoas, por comodismo, não desejam se tornar adultas. 40@professorferretto @prof_ferretto Se tenho um livro que pensa por mim; um sacerdote que dirige minha consciência moral; um médico que me prescreve receitas e, assim por diante, não necessito preocupar-me com minha vida. Se posso adquirir orientações, não necessito pensar pela minha cabeça: transfiro ao outro esta penosa tarefa de pensar. Fonte: I. Kant, O que é a ilustração. In: F. Weffort (org). Os clássicos da polí�ca, v. 2, 6 ed. São Paulo: Saraiva, 2006. Esse fragmento compõe o livro de Kant que trata da importância da(o) a) juízo. b) razão. c) cultura. d) costume. e) experiência. FIL0616 - (Fer) Considere os fragmentos a seguir: A única maneira de ins�tuir um tal poder comum é conferir toda sua força e poder a um homem ou a uma assembleia de homens. É como se cada homem dissesse a cada homem: Cedo e transfiro meu direito de governar- me a mim mesmo a este homem, ou a esta assembleia de homens, com a condição de transferires a ele teu direito, autorizando de maneira semelhante todas as suas ações. Feito isso, à mul�dão assim unida numa só pessoa se chama Estado. Adaptado de: HOBBES, T. Leviatã. Trad. de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p.109. Coleção Os Pensadores. A monarquia absoluta é incompa�vel com a sociedade civil, não podendo ser uma forma de governo civil, porque o obje�vo da sociedade civil consiste em evitar e remediar os inconvenientes do estado de natureza que resultam necessariamente de poder cada homem ser juiz em seu próprio caso, estabelecendo-se uma autoridade conhecida para a qual todos os membros dessa sociedade podem apelar por qualquer dano que lhe causem ou controvérsia que possa surgir, e à qual todos os membros dessa sociedade terão que obedecer. Adaptado de: LOCKE, J. Segundo Tratado sobre o Governo (ou Ensaio sobre o Governo Civil). 5.ed. São Paulo: Nova Cultural, 1991. p.250 Com base nos fragmentos e nos conhecimentos sobre a filosofia polí�ca de Thomas Hobbes e John Locke, assinale a alterna�va correta: a) Os autores, representantes do contratualismo britânico, defendem a criação de um Estado absolu�sta, capaz de impor o poder aos súditos. b) Hobbes nega a existência de direitos naturais, pois o homem somente passa a ser sujeito de direitos depois da cons�tuição do Estado, por meio do Contrato Social. c) Para Hobbes, o poder soberano ins�tuído mediante o pacto de submissão é um poder limitado, restrito e revogável, pois no estado civil permanecem em vigor os direitos naturais à vida, à liberdade e à propriedade. d) John Locke, filósofo inglês do século XVII, foi um crí�co do poder absoluto dos reis, e suas ideias polí�cas fundamentaram as revoluções liberais ocorridas na Europa e nas Américas, a par�r do final do século XVIII. e) Locke formulou a tese de que, no estado de natureza, os homens viviam em permanente estado de guerra, o que gerava insegurança, anarquia e miséria. No seu entendimento, o Estado surgiu para fazer cessar essa “guerra de todos contra todos”. FIL0561 - (Uece) “A contradição aparece em todo desenvolvimento. O desenvolvimento da árvore é a negação da semente, e a floração é a negação das folhas, pois estas não marcam a mais alta e verdadeira existência da árvore; por úl�mo, a floração é negada pelo fruto. Mas este úl�mo não pode chegar à atualidade sem a precedente existência dos outros estágios.” HEGEL, G. W. F. Introdução à história da filosofia. Trad. port. Antônio Pinto de Carvalho. Coimbra: Arménio Amado, 1961. – Adaptado Em sua concepção dialé�ca, Hegel explica o desenvolvimento do real, usando os termos “negação”, “contradição” e “atualidade”, porque a) o desenvolvimento da realidade só é possível com a negação da contradição, que o impede. b) a contradição, que impulsiona o desenvolvimento, só deixa de exis�r na atualização das potências. c) a contradição presente na realidade nega-a em seu estágio anterior e a eleva a outro estágio. d) a atualização das potências da realidade é contraditória com a negação dos estágios anteriores. FIL0352 - (Uema) A palavra ideologia, criada por Destu� de Tracy (1754- 1836), significa estudo da gênese e do desenvolvimento das ideias. Com Karl Marx, o termo ideologia adquiriu um significado crí�co e nega�vo. Iden�fique, nas opções 41@professorferretto @prof_ferretto abaixo, a única que contém informação correta sobre a concepção de Marx sobre ideologia. a) Conjunto de ideias que apresenta a sociedade dividida em duas classes, dominantes e dominados, visando à conscien�zação dos indivíduos. b) Conjunto de ideias que mostra a totalidade da realidade, levando os indivíduos a compreenderem-na em si mesma. c) Conjunto de ideias que dissimula e oculta a realidade, mostrando-a de maneira parcial e distorcida em relação ao que de fato é. d) Conjunto de ideias que esclarece de forma contundente a realidade, mostrando que apenas pessoas da classe dominante podem governar. e) Conjunto de ideias que es�mula a classe dominada a alcançar o poder. FIL0615 - (Fer) Ora, nada é mais meigo do que o homem em seu estado primi�vo, quando, colocado pela natureza a igual distância da estupidez dos brutos e das luzes funestas do homem civil, é impedido pela piedade natural de fazer mal a alguém. Mas, desde o instante em que se percebeu ser ú�l a um só contar com provisões para dois, desapareceu a igualdade, introduziu-se a propriedade, o trabalho tornou-se necessário e as vastas florestas transformaram-se em campos que se impôs regar com o suor dos homens e nos quais logo se viu a escravidão e a miséria germinarem e crescerem com as colheitas. Rousseau. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, 1991. Adaptado. Considerando a teoria contratualista de Rousseau, julgue os itens: I. A exemplo de John Locke, Rousseau apresenta uma concepção posi�va da propriedade como elemento fundamental na consolidação do pacto social e da opiniãogeral. II. O homem, degenerado pela civilização, só poderá recuperar a felicidade no estado de natureza com o retorno à vida isolada no meio das florestas. III. Para Rousseau, o processo de desigualdade consolidou-se com o estabelecimento da lei e do direito de propriedade. IV. A felicidade original do bom selvagem se realiza no suor de seu trabalho em sua propriedade, de onde re�ra o necessário para a sua sobrevivência. Estão corretas as afirma�vas: a) Todas estão corretas. b) Somente I, III e IV estão corretas. c) Somente II e IV estão corretas. d) Somente II e III estão corretas. e) Somente a afirma�va III está correta. FIL0209 - (Ufpa) “Desta guerra de todos os homens contra todos os homens também isto é consequência: que nada pode ser injusto. As noções de bem e de mal, de jus�ça e injus�ça, não podem aí ter lugar. Onde não há poder comum não há lei, e onde não há lei não há injus�ça. Na guerra, a força e a fraude são as duas virtudes cardeais. A jus�ça e a injus�ça não fazem parte das faculdades do corpo ou do espírito. Se assim fosse, poderiam exis�r num homem que es�vesse sozinho no mundo, do mesmo modo que seus sen�dos e paixões.” HOBBES, Leviatã, São Paulo: Abril cultural, 1979, p. 77. Quanto às jus�fica�vas de Hobbes sobre a jus�ça e a injus�ça como não pertencentes às faculdades do corpo e do espírito, considere as afirma�vas: I. Jus�ça e injus�ça são qualidades que pertencem aos homens em sociedade, e não na solidão. II. No estado de natureza, o homem é como um animal: age por ins�nto, muito embora tenha a noção do que é justo e injusto. III. Só podemos falar em jus�ça e injus�ça quando é ins�tuído o poder do Estado. IV. O juiz responsável por aplicar a lei não decide em conformidade com o poder soberano; ele favorece os mais fortes. Estão corretas as afirma�vas: a) I e II b) I e III c) II e IV d) I, III e IV e) II, III e IV FIL0232 - (Ufpr) Nas primeiras linhas das Meditações Meta�sicas, Descartes declara que “recebera muitas falsas opiniões por verdadeiras” e que “aquilo que fundou sobre princípios mal assegurados devia ser muito duvidoso e incerto”. (DESCARTES, R. Meditações Meta�sicas, In: MARÇAL, J. CABARRÃO, M.; FANTIN, M. E. (org.) Antologia de textos filosóficos, Curi�ba: SEED-PR, 2009, p. 153.) 42@professorferretto @prof_ferretto A fim de dar bom fundamento ao conhecimento cien�fico, Descartes entende que é preciso: a) confiar nas próprias opiniões. b) cer�ficar-se de que os outros pensam como nós. c) seguir as opiniões dos mais sábios. d) par�r de princípios seguros e proceder com método. e) aceitar que o conhecimento é duvidoso e incerto. FIL0241 - (Upe) O bom senso é a coisa do mundo melhor par�lhada, pois cada qual pensa estar tão bem provido dele que mesmo os que são mais di�ceis de contentar em qualquer outra coisa, não costumam desejar tê-lo mais do que o têm. E não é verossímil que todos se enganem a tal respeito; mas isso antes testemunha que o poder de bem julgar e dis�nguir o verdadeiro do falso, que é propriamente o que se denomina o bom senso ou a razão, é naturalmente igual em todos os homens. DESCARTES, René.Discurso do Método, 1973, p. 37. Na perspec�va de René Descartes, a) o conhecimento filosófico prioriza a sensação, deixando à margem o valor da razão, isto é, o que vale é ter bom senso. b) o conhecimento filosófico é natural em todos os homens, mesmo sem fazerem uso do bom senso. c) o conhecimento filosófico salienta a importância capital de bem conduzir a própria razão para a aquisição da ciência. d) o conhecimento filosófico delimita a faculdade de julgar o absoluto, desprezando o valor do conhecimento. e) o conhecimento filosófico enfa�za que a essência do homem consiste nos sen�dos, uma vez que o bom senso acentua o caráter rela�vo e par�cular da razão. FIL0256 - (Unioeste) John Locke afirma em Ensaio acerca do entendimento: “é de grande u�lidade para o marinheiro saber a extensão de sua linha, embora não possa com ela sondar toda a profundidade do oceano. É conveniente que saiba que ela é suficientemente longa para alcançar o fundo dos lugares necessários para orientar sua viagem, e preveni- lo de esbarrar contra escolhos que podem destruí-lo. Não nos diz respeito conhecer todas as coisas, mas apenas as que se referem à nossa conduta. Se pudermos descobrir aquelas medidas por meio das quais uma criatura racional, posta nesta situação do homem no mundo, pode e deve dirigir suas opiniões e ações delas dependentes, não devemos nos molestar por que outras coisas escapam ao nosso conhecimento”. Tendo em conta o texto acima e a teoria do conhecimento de Locke, é incorreto afirmar que a) o homem, u�lizando suas faculdades racionais, pode conhecer tudo sobre todas as coisas do mundo. b) o homem deve saber os limites da razão para ter conhecimento certo daquilo que é possível conhecer. c) há certas coisas que a razão do homem não pode conhecer. d) assim como o marinheiro guia sua viagem por uma sonda de tamanho conhecido, o homem deve orientar sua conduta por aquilo que conhece. e) o conhecimento, para Locke, só é certo se houver conformidade entre nossas ideias e a realidade das coisas. FIL0287 - (Uel) Leia o texto a seguir: Ao empreender a análise da estrutura e dos limites do conhecimento, Kant tomou a �sica e a mecânica celeste elaboradas por Newton como sendo a própria ciência. Entretanto, era preciso salvá-la do ce�cismo de Hume quanto à impossibilidade de fundamentar as inferências indu�vas e de alcançar um conhecimento necessário da natureza. Com base no pensamento de David Hume acerca do entendimento humano, é correto afirmar: a) Dentre os objetos da razão humana, as relações de ideias se originam das impressões associadas aos conceitos inatos dos quais se obtém dedu�vamente o entendimento dos fatos. b) As conclusões acerca dos fatos ob�das pelo sujeito do conhecimento realizam-se sem auxílio da experiência, recorrendo apenas aos raciocínios abstratos a priori. c) O postulado que afirma a inexistência de conhecimento para além daquele que possa vir a resultar do hábito funda-se na ideia meta�sica de relação causal como conexão necessária entre os fatos. d) O sujeito do conhecimento opera associações de suas percepções, sensações e impressões semelhantes ou sucessivas recebidas pelos órgãos dos sen�dos e re�das na memória. e) Pelo raciocínio o sujeito é induzido a inferir as relações de causa e efeito entre percepções e impressões acerca da regularidade de fenômenos semelhantes que se repetem na sucessão do tempo. FIL0301 - (Uel) Leia o texto a seguir. 43@professorferretto @prof_ferretto As leis morais juntamente com seus princípios não só se dis�nguem essencialmente, em todo o conhecimento prá�co, de tudo o mais onde haja um elemento empírico qualquer, mas toda a Filosofia moral repousa inteiramente sobre a sua parte pura e, aplicada ao homem, não toma emprestado o mínimo que seja ao conhecimento do mesmo (Antropologia). KANT, I. Fundamentação da Meta�sica dos Costumes. Trad. de Guido A. de Almeida. São Paulo: Discurso Editorial, 2009. p.73. Com base no texto e na questão da liberdade e autonomia em Immanuel Kant, assinale a alterna�va correta. a) A fonte das ações morais pode ser encontrada através da análise psicológica da consciência moral, na qual se pesquisa mais o que o homem é, do que o que ele deveria ser. b) O elemento determinante do caráter moral de uma ação está na inclinação da qual se origina, sendo as inclinações serenas moralmente mais perfeitas do que as passionais. c) O sen�mento é o elemento determinante para a ação moral, e a razão, por sua vez, somente pode dar uma direção à presente inclinação, na medida em que fornece o meio para alcançar o que é desejado. d) O ponto de par�da dos juízos morais encontra-se nos “propulsores” humanos naturais, os quais se direcionam ao bem próprio e ao bem do outro. e) O princípio supremo da moralidade deve assentar-se na razão prá�ca pura, e asleis morais devem ser independentes de qualquer condição subje�va da natureza humana. FIL0270 - (Ufsm) Revoltas e movimentos sociais, como os ocorridos recentemente no Brasil, estão frequentemente envolvidos no aperfeiçoamento da vida social e podem ter papel adapta�vo. Na história da filosofia polí�ca moderna, alguns filósofos conceberam seres humanos como átomos individuais movidos por ape�tes ou desejos guiados pelo prazer e dor, sendo o ape�te fundamental do homem a autopreservação. Numa situação de escassez de bens, com pessoas guiadas exclusivamente por desejos antecipadores de prazer e voltados à autopreservação, haverá, inevitavelmente, conflito social. Que alterna�va(s) racional(is) soluciona(m) o conflito? I. Uso da força e violência. II. Uso da ideologia e controle da informação. III. Acordo e deliberação cole�va. IV. Apelo à tradição e costume. Está(ão) correta(s) a(s) alterna�va(s) a) I e II apenas. b) I, II e III apenas. c) III apenas. d) III e IV apenas. e) IV apenas. FIL0309 - (Unioeste) “Como toda lei prá�ca representa uma ação possível como boa e por isso como necessária para um sujeito pra�camente determinável pela razão, todos os impera�vos são fórmulas da determinação da ação que é necessária segundo o princípio de uma vontade boa de qualquer maneira. No caso da ação ser apenas boa como meio para qualquer outra coisa, o impera�vo é hipoté�co; se a ação é representada como boa em si, por conseguinte, como necessária numa vontade em si conforme à razão como princípio dessa vontade, então o impera�vo é categórico”. Kant Considerando o pensamento é�co de Kant e o texto acima, é correto afirmar que a) o impera�vo hipoté�co representa a necessidade prá�ca de uma ação como subje�vamente necessária para um ser determinável pelas inclinações. b) o impera�vo categórico representa a necessidade prá�ca de uma ação como meio para se a�ngir um fim possível ou real. c) os impera�vos (hipoté�co e categórico) são fórmulas de determinação necessária, segundo o princípio de uma vontade que é boa em si mesma. d) o impera�vo categórico representa a ação como boa em si mesma e como necessária para uma vontade em si conforme a razão. e) o impera�vo hipoté�co declara a ação como obje�vamente necessária independentemente de qualquer intenção ou finalidade da ação. FIL0322 - (Ufsm) Sem leis e sem Estado, você poderia fazer o que quisesse. Os outros também poderiam fazer com você o que quisessem. Esse é o “estado de natureza” descrito por Thomas Hobbes, que, vivendo durante as guerras civis britânicas (1640-60), aprendeu em primeira mão como esse cenário poderia ser assustador. Sem uma autoridade soberana não pode haver nenhuma segurança, nenhuma paz. 44@professorferretto @prof_ferretto Fonte: LAW, Stephen. Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. Considere as afirmações: I. A argumentação hobbesiana em favor de uma autoridade soberana, ins�tuída por um pacto, representa inequivocamente a defesa de um regime polí�co monarquista. II.Dois dos grandes teóricos sobre o estado de natureza”, Hobbes e Rousseau, par�lham a convicção de que o afeto predominante nesse “estado” é o medo. III. Um traço comum da filosofia polí�ca moderna é a idealização de um pacto que estabeleceria a passagem do estado de natureza para o estado de sociedade. Está(ão) correta(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. e) apenas II e III. FIL0253 - (Uff) O filósofo inglês John Locke (1632-1704) é um dos fundadores da concepção liberal da vida polí�ca. Em sua defesa da liberdade como um atributo que o homem possui desde que nasce, ele diz: “Para compreender corretamente o que é o poder polí�co e derivá-lo a par�r de sua origem, devemos considerar qual é a condição em que todos os homens se encontram segundo a natureza. E esta condição é a de completa liberdade para poder decidir suas ações e dispor de seus bens e pessoas do modo que quiserem, respeitados os limites das leis naturais, sem precisar solicitar a permissão ou de depender da vontade de qualquer outro ser humano.” Assinale o documento histórico que foi diretamente influenciado pelo pensamento de Locke. a) O livro “O que é a propriedade?”, de Proudhon (1840) b) O “Manifesto Comunista”, de Karl Marx e Frederico Engels (1848) c) A “Concordata” estabelecida entre Napoleão e o Va�cano (1801) d) A declaração da “Doutrina Monroe” (1823) e) A “Declaração de Independência” dos Estados Unidos (1776) FIL0337 - (Ufms) Karl Marx foi um filósofo alemão que se destacou ao desenvolver um método de análise que ficou conhecido como materialismo histórico. Para Marx, a dimensão econômica era a base da sociedade. Para explicá-la, Marx analisou a sociedade do ponto de vista produ�vo, os chamados “modos de produção”. A respeito do modo de produção escravista, segundo as ideias de Marx, assinale a alterna�va correta. a) Era caracterizado por religião primi�va; organização comunitária; propriedade cole�va, sem classes sociais; as forças produ�vas baseadas no cul�vo da terra, caça e colheita. b) Era caracterizado por uma religião de Estado; impérios centralizados; senhores x escravos; e cul�vo da terra com base na escravidão. c) Era caracterizado por uma religião primi�va; impérios centralizados; senhores x escravos; e cul�vo da terra com base na escravidão. d) Era caracterizado por uma religião de Estado; impérios centralizados; estados x escravos; propriedade estatal; e escravidão. e) Era caracterizado pela religião católica; poder descentralizado; senhores x servos; cul�vo da terra; e arrendamento. FIL0252 - (Ufu) Para bem compreender o poder polí�co e derivá-lo de sua origem, devemos considerar em que estado todos os homens se acham naturalmente, sendo este um estado de perfeita liberdade para ordenar-lhes as ações e regular-lhes as posses e as pessoas conforme acharem conveniente, dentro dos limites da lei de natureza, sem pedir permissão ou depender da vontade de qualquer outro homem. LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo. São Paulo: Abril Cultural, 1978. A par�r da leitura do texto acima e de acordo com o pensamento polí�co do autor, assinale a alterna�va correta. a) Segundo Locke, o estado de natureza se confunde com o estado de servidão. b) Para Locke, o direito dos homens a todas as coisas independe da conveniência de cada um. c) Segundo Locke, a origem do poder polí�co depende do estado de natureza. d) Segundo Locke, a existência de permissão para agir é compa�vel com o estado de natureza. FIL0290 - (Unicentro) 45@professorferretto @prof_ferretto Assinale a alterna�va correta. Para David Hume (1711- 1776), a) a alma é como uma tábula rasa (uma tábua onde não há inscrições), ou seja, o conhecimento só começa depois da experiência sensível. b) o que nos faz ultrapassar o dado e afirmar mais do que pode ser alcançado pela experiência é o hábito criado através da observação de casos semelhantes. c) “saber é poder”, ou seja, o conhecimento não é contempla�vo e desinteressado, mas sim um saber instrumental, direcionado para a u�lidade da ciência para a vida. d) as ideias claras e dis�ntas são ideias inatas, não derivam do par�cular, mas já se encontram no espírito. Por isso, não estão sujeitas ao erro, pois vêm da razão, isto é, são independentes das ideias que vêm “de fora”, formadas pela ação dos sen�dos. e) o posi�vismo corresponde à maturidade do espírito humano. O reino da ciência é o reino da necessidade. No mundo da necessidade, não há lugar para a liberdade. FIL0275 - (Ufu) Hume descreveu a confiança que o entendimento humano deposita na probabilidade dos resultados dos eventos observados na natureza. Ele comparou essa convicção ao lançamento de dados, cujas faces são previamente conhecidas, porém, nas palavras do filósofo: [...] verificando que maior número de faces aparece mais em um evento do que no outro, o espírito [o entendimento humano] converge com mais frequênciapara ele e o encontra muitas vezes ao considerar as várias possibilidades das quais depende o resultado defini�vo. HUME, D. Inves�gação acerca do entendimento humano. Tradução de Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 93. Coleção “Os Pensadores”. Esse �po de raciocínio, descrito por Hume, conduz o entendimento humano a uma situação dis�nta da certeza racional, uma espécie de “falha”, representada pelo(a) a) verdade da fantasia, que é superior à certeza racional. b) crença, que ocupa o lugar da certeza racional. c) sen�do visual, que é mais verídico que a certeza sensível. d) ideia inata, que atua como o a priori da razão humana. FIL0219 - (Uel) (Uel) Leia o texto a seguir. Jus�ça e Estado apresentam-se como elementos indissociáveis na filosofia polí�ca hobbesiana. Ao romper com a concepção de jus�ça defendida pela tradição aristotélico-escolás�ca. Hobbes propõe uma nova moralidade relacionada ao poder polí�co e sua cons�tuição jurídica. O Estado surge pelo pacto para possibilitar a jus�ça e, na conformidade com a lei, se sustenta por meio dela. No Leviatã (caps. XIV-XV), a jus�ça hobbesiana fundamenta-se, em úl�ma instância, na lei natural concernente à autoconservação, da qual deriva a segunda lei que impõe a cada um a renúncia de seu direito a todas as coisas, para garan�r a paz e a defesa de si mesmo. Desta, por sua vez, implica a terceira lei natural: que os homens cumpram os pactos que celebrarem. Segundo Hobbes, “onde não há poder comum não há lei, e onde não há lei não há injus�ça. Na guerra, a força e a fraude são as duas virtudes cardeais”. (HOBBES, T. Leviatã.Trad. J. Monteiro e M. B. N. da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1997. Coleção Os Pensadores, cap. XIII.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Hobbes, é correto afirmar: a) A humanidade é capaz, sem que haja um poder coerci�vo que a mantenha submissa, de consen�r na observância da jus�ça e das outras leis de natureza a par�r do pacto cons�tu�vo do Estado. b) A jus�ça tem sua origem na celebração de pactos de confiança mútua, pelos quais os cidadãos, ao renunciarem sua liberdade em prol de todos, removem o medo de quando se encontravam na condição natural de guerra. c) A jus�ça é definida como observância das leis naturais e, portanto, a injus�ça consiste na submissão ao poder coerci�vo que obriga igualmente os homens ao cumprimento dos seus pactos. d) As noções de jus�ça e de injus�ça, como as de bem e de mal, têm lugar a par�r do momento em que os homens vivem sob um poder soberano capaz de evitar uma condição de guerra generalizada de todos. e) A jus�ça torna-se vital para a manutenção do Estado na medida em que as leis que a efe�vam sejam criadas, por direito natural, pelos súditos com o obje�vo de assegurar solidariamente a paz e a segurança de todos. FIL0312 - (Unicamp) “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais não deixa de ser mais escravo do que eles. (...) A ordem social, porém, é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. (...) Haverá sempre uma grande diferença entre subjugar 46@professorferretto @prof_ferretto uma mul�dão e reger uma sociedade. Sejam homens isolados, quantos possam ser subme�dos sucessivamente a um só, e não verei nisso senão um senhor e escravos, de modo algum considerando-os um povo e seu chefe. Trata-se, caso se queira, de uma agregação, mas não de uma associação; nela não existe bem público, nem corpo polí�co.” (Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social. [1762]. São Paulo: Ed. Abril, 1973, p. 28,36.) No trecho apresentado, o autor a) argumenta que um corpo polí�co existe quando os homens encontram-se associados em estado de igualdade polí�ca. b) reconhece os direitos sagrados como base para os direitos polí�cos e sociais. c) defende a necessidade de os homens se unirem em agregações, em busca de seus direitos polí�cos. d) denuncia a prá�ca da escravidão nas Américas, que obrigava mul�dões de homens a se submeterem a um único senhor. FIL0234 - (Ufpr) Mas, logo em seguida, adver� que enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos cé�cos não seriam capazes de abalar, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que procurava. (DESCARTES. Discurso do método. Col. Os Pensadores. Trad. J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1991, p. 46.) O texto citado corresponde a uma das passagens mais marcantes da filosofia de Descartes, um filósofo considerado por muitos intérpretes como o pai do racionalismo. Com base no texto e na ideia geral de racionalismo, é correto afirmar: a) O racionalismo tem como garan�a de verdade a experiência. b) Descartes é um filósofo empirista, visto que faz experiências de pensamento. c) Descartes inaugura um �po de busca pela verdade que se ampara no exercício. d) A expressão “penso, logo existo” é uma das suposições dos cé�cos sobre o conhecimento. e) Descartes não buscava um princípio seguro, pois duvidava de todas as coisas. FIL0357 - (Unesp) Tradição de pensamento é�co fundada pelos ingleses Jeremy Bhentam e John Stuart Mill, o u�litarismo almeja muito simplesmente o bem comum, procurando eficiência: servirá aos propósitos morais a decisão que diminuir o sofrimento ou aumentar a felicidade geral da sociedade. No caso da situação dos povos na�vos brasileiros, já se des�nou às reservas indígenas uma extensão de terra equivalente a 13% do território nacional, quase o dobro do espaço des�nado à agricultura, de 7%. Mas a mortalidade infan�l entre a população indígena é o dobro da média nacional e, em algumas etnias, 90% dos integrantes dependem de cestas básicas para sobreviver. Este é um ponto em que o cômputo u�litarista de prejuízos e bene�cios viria a calhar: a felicidade dos índios não é proporcional à extensão de terra que lhes é dado ocupar. (Veja, 25.10.2013. Adaptado.) A aplicação sugerida da é�ca u�litarista para a população indígena brasileira é baseada em a) uma é�ca de fundamentos universalistas que deprecia fatores conjunturais e históricos. b) critérios pragmá�cos fundamentados em uma relação entre custos e bene�cios. c) princípios de natureza teológica que reconhecem o direito inalienável do respeito à vida humana. d) uma análise dialé�ca das condições econômicas geradoras de desigualdades sociais. e) critérios antropológicos que enfa�zam o respeito absoluto às diferenças de natureza étnica. FIL0266 - (Uel) Tendo por base a concepção de contrato social em Locke, considere as afirma�vas a seguir. I. Os homens firmam entre si um pacto de submissão, por meio do qual transferem a um terceiro o poder de coerção, trocando a condição de desigualdade do Estado de Natureza pela segurança e liberdade do Estado social. II. Os homens firmam um pacto de consen�mento, no qual concordam livremente em formar a sociedade para preservar e consolidar os direitos que possuíam originalmente no Estado de natureza. III. O exercício legí�mo da autoridade, no Estado social, baseia-se na teoria do direito divino, em que os monarcas, herdeiros dos patriarcas, são representantes diretos que garantem o contrato social. IV. O que leva os homens a se unirem e estabelecerem livremente entre si o contrato social é a falta de lei estabelecida, de juiz imparcial e de uma força coerci�va para impor a execução das sentenças. 47@professorferretto @prof_ferretto Estão corretas apenas as afirma�vas: a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, III e IV. e) II, III e IV. FIL0276 - (Uel) Leia o texto a seguir. Podemos definir uma causa como um objeto, seguido de outro, tal que todos os objetos semelhantes ao primeiro são seguidos por objetos semelhantes ao segundo. Ou, em outras palavras, tal que,se o primeiro objeto não exis�sse, o segundo jamais teria exis�do. O aparecimento de uma causa sempre conduz a mente, por uma transição habitual, à ideia do efeito; disso também temos experiência. Em conformidade com essa experiência, podemos, portanto, formular uma outra definição de causa e chamá-la um objeto seguido de outro, e cujo aparecimento sempre conduz o pensamento àquele outro. Mas, não temos ideia dessa conexão, nem sequer uma noção dis�nta do que é que desejamos saber quando tentamos concebê-las. Adaptado de: HUME, D. Inves�gação sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. Seção VII, 29. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: UNESP, 2004. p. 115. Com base no texto e nos conhecimentos acerca das noções de causa e efeito em David Hume, assinale a alterna�va correta. a) As noções de causa e efeito fazem parte da realidade e por isso os fenômenos do mundo são explicados através da indicação da causa. b) A presença do efeito revela a causa nele envolvida, o que garante a explicação de determinado acontecimento. c) A causa e o efeito são noções que se baseiam na experiência e, por meio dela, são apreendidas. d) A causa e o efeito são conhecidos obje�vamente pela mente e não por hábitos formados pela percepção do mundo. e) A causa e o efeito proporcionam, necessariamente, explicações válidas sobre determinados fatos e acontecimentos. FIL0351 - (Ufsj) Para Caio Prado Jr., a observação de Engels: “O núcleo que encerra as verdadeiras descobertas de Hegel ... o método dialé�co na sua forma simples em que é a única forma justa do desenvolvimento do pensamento”, revela a) a herança da dialé�ca hegeliana assumida por Karl Marx. b) a filosofia de Marx com sua herança escolás�ca par�lhada por Hegel. c) a perspec�va dialé�ca do Homem,que permite considerá-lo capaz de conceituar termos cien�ficos no aspecto ou feição do Universo. d) o tema central da filosofia, a saber, o desenvolvimento da dialé�ca do serhumano, fator determinante do existencialismo contemporâneo. FIL0347 - (Uncisal) Observe o trecho da música “Admirável Gado Novo”, de Zé Ramalho, e perceba que sua análise pode nos levar a discu�r o conceito de alienação. O povo foge da ignorância Apesar de viver tão perto dela E sonha com melhores tempos idos Contemplam essa vida numa cela... Espera nova possibilidade De ver este mundo se acabar A Arca de Noé, o dirigível Não voam nem se pode flutuar Seguindo o pensamento de Karl Marx, veremos que a alienação se dá em uma situação determinada que gera toda uma gama de desdobramentos e consequências. Tal situação ocorre na esfera a) religiosa, por meio das concepções escatológicas. b) cien�fica, com a ampliação do conhecimento. c) polí�ca, por meio da organização par�dária. d) cultural, com o avanço da cultura de massa. e) produ�va, a par�r das relações de produção. FIL0319 - (Uece) Três pensadores modernos marcaram a reflexão sobre a questão polí�ca: Hobbes, Locke e Rousseau. Um ponto comum perpassa o pensamento desses três filósofos a respeito da polí�ca: a origem do Estado está no contrato social. Partem do princípio de que o Estado foi cons�tuído a par�r de um contrato firmado, entendendo o contrato como um acordo. Portanto, o Estado deve ser gerado a par�r do consenso entre as pessoas em torno de alguns elementos essenciais para garan�r a existência social. Todavia, há nuances entre eles. 48@professorferretto @prof_ferretto Considerando o enunciado acima, atente para o que se diz a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso. (__) Em comum, esses pensadores buscavam jus�ficar reformas do Estado para limitar o poder despó�co dos monarcas absolutos. (__) Para Hobbes, o contrato social é a renúncia dos direitos individuais ao soberano em nome da paz civil. (__) Para Locke, o contrato social é a renúncia parcial dos direitos naturais em favor da liberdade e da propriedade. (__) Para Rousseau, contrato social é a transferência dos direitos individuais para a vontade geral em favor da liberdade e da igualdade civis. A sequência correta, de cima para baixo, é: a) F, V, F, V. b) V, F, V, F. c) V, F, F, F. d) F, V, V, V. FIL0255 - (Unioeste) “Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, porque abrirá ele mão dessa liberdade, porque abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder? Ao que é óbvio responder que, embora no estado de natureza tenha tal direito, a fruição do mesmo é muito incerta e está constantemente exposta à invasão de terceiros porque, sendo todos reis tanto quanto ele, todo homem igual a ele, e na maior parte pouco observadores da equidade e da jus�ça, a fruição da propriedade que possui nesse estado é muito insegura, muito arriscada. Estas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma condição que, embora livre, está cheia de temores e perigos constantes; e não é sem razão que procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros que estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua conservação da vida, da propriedade e dos bens a que chamo de 'propriedade'”. Locke Sobre o pensamento polí�co de Locke e o texto acima, seguem as seguintes afirma�vas: I. No estado de natureza, os homens usufruem plenamente, e com absoluta segurança, os direitos naturais. II. O obje�vo principal da união dos homens em comunidade, colocando-se sob governo, é a preservação da “propriedade”. III. No estado de natureza, falta uma lei estabelecida, firmada, conhecida, recebida e aceita mediante consen�mento, como padrão do justo e injusto e medida comum para resolver quaisquer controvérsias entre os homens. IV. Os homens entram em sociedade, abandonando a igualdade, a liberdade e o poder execu�vo que �nham no estado de natureza, apenas com a intenção de melhor preservar a propriedade. V. No estado de natureza, há um juiz conhecido e imparcial para resolver quaisquer controvérsias entre os homens, de acordo com a lei estabelecida. Das afirma�vas feitas acima a) somente a afirmação I está correta. b) as afirmações I e III estão corretas. c) as afirmações II e V estão corretas. d) as afirmações IV e V estão corretas. e) as afirmações II, III e IV estão corretas. FIL0189 - (Ufsj) Sobre os ídolos preconizados por Francis Bacon, é CORRETO afirmar que: a) “A consequência imediata da ação dos ídolos é a inscrição do Homem num universo de massacre e sofrimento racional-indu�vo, onde o conhecimento cien�fico se distancia da filosofia, se deteriora e se amesquinha”. b) “Toda idolatria é forjada no hábito e na subje�vidade humanos”. c) “Os ídolos invadem a mente humana e para derrogá- los, é necessário um esforço racional-dedu�vo de análise, como bem adver�u Aristóteles”. d) “Os ídolos da caverna são os homens enquanto indivíduos, pois cada um [...] tem uma caverna ou uma covaque intercepta e corrompe a luz da natureza”. FIL0350 - (Ueg) Para Hegel, a razão é a relação interna e necessária entre as leis do pensamento e as leis do real. Assim, ela é a unidade entre a razão subje�va e a razão obje�va. Hegel denominou essa unidade de espírito absoluto. Dessa forma, um evento real pode expressar e ser resultado das ideias que o precedem. Um exemplo da obje�vação dessas ideias é o seguinte evento: 49@professorferretto @prof_ferretto a) a subida de Adolf Hitler ao poder na Alemanha, representando os ideais sionistas germânicos. b) a Queda de Dom Pedro I do trono brasileiro, representando a crise do sistema colonial português. c) a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder, representando o ideal iluminista de igualdade social. d) a coroação de Dom Pedro II no trono brasileiro, representando a vitória dos ideais puritanos de moral. FIL0527 - (Ufpr) Há em toda república dois humores diversos, quais sejam, aquele do povo e aquele dos grandes, (…) todas as leis que são feitas em favor da liberdadenascem desta desunião. (MAQUIAVEL. Discursos sobre a Primeira década de Tito Livio. Seleção de textos, tradução e notas Carlo Gabriel Kzsam Pancera. In: MARÇAL, J. (org.) Antologia de textos filosóficos, SEED, 2009, p. 432.) De acordo com a passagem acima e com a obra de que foi extraída, é correto afirmar que, segundo Maquiavel: a) as leis nascem do conflito e levam à sua superação, produzindo harmonia social. b) as leis não passam de um instrumento de dominação do povo pelos grandes. c) para que haja liberdade, as leis devem ser feitas pelo povo, que é soberano. d) o conflito entre os grandes e o povo é o motor da vida polí�ca, o que produz e aperfeiçoa as leis. e) cabe aos grandes fazer as leis, mas sem re�rar a liberdade do povo. FIL0530 - (Unesp) Texto 1 É com Descartes que a oposição homem-natureza se tornará mais completa, cons�tuindo-se no centro do pensamento moderno e contemporâneo. O homem, instrumentalizado pelo método cien�fico, pode penetrar os mistérios da natureza e, assim, tornar-se “senhor e possuidor da natureza”. (Carlos W. P. Gonçalves. Os (des)caminhos do meio ambiente, 1989. Adaptado.) Texto 2 Quando a gente quis criar uma reserva da biosfera em uma região do Brasil, foi preciso jus�ficar para a Unesco [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura] por que era importante que o planeta não fosse devorado pela mineração. Para essa ins�tuição, é como se bastasse manter apenas alguns lugares como amostra grá�s da Terra. (Ailton Krenak. Ideias para adiar o fim do mundo, 2019.) Ailton Krenak constata os princípios da filosofia cartesiana ao reconhecer que a) a natureza operacionalizada serve aos humanos de forma harmônica e reforça a relevância de todos os seres vivos. b) o método cartesiano tem sido u�lizado na natureza a par�r de medidas ecológicas estabelecidas pela Unesco. c) os órgãos oficiais vêm se esforçando pelo equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação da natureza. d) as ins�tuições que representam a humanidade negligenciam a integral manutenção do meio ambiente. e) a dúvida cartesiana não permite afirmações sobre o desenvolvimento sustentável, por estas serem inconclusivas. FIL0329 - (Uel) 90 milhões em ação, pra frente, Brasil, do meu coração. Todos juntos, vamos, pra frente, Brasil, salve a seleção. De repente é aquela corrente pra frente. Parece que todo o Brasil deu a mão. Todos ligados na mesma emoção. Tudo é um só coração. Todos juntos, vamos, pra frente, Brasil, Brasil, Salve a seleção. (Canção: Pra frente Brasil/ Copa 1970. Autor: Miguel Gustavo) Na obra “Resposta à questão: o que é o esclarecimento?”, Kant discute conceitos como uso público e privado da razão e a superação da menoridade. À luz do pensamento kan�ano, o fenômeno contemporâneo do uso polí�co dos eventos espor�vos 50@professorferretto @prof_ferretto a) torna o indivíduo dependente, já que a sua menoridade impede o esclarecimento e a possibilidade de pensar por si próprio. b) forma o indivíduo autônomo, uma vez que amplia a sua capacidade de fazer uso da própria razão para agir autonomamente. c) impede que o indivíduo pense de forma restrita, pois, mesmo estando cercado por tutores, facilmente rompe com a menoridade. d) proporciona esclarecimento polí�co das massas, pois tais eventos promovem o aprendizado crí�co mediante a afirmação da ideia de nacionalidade. e) confere liberdade às massas para superar a dependência gerada pela aceitação da tutela de outrem. FIL0562 - (Uece) “O comportamento efe�vo, a�vo do homem para consigo mesmo na condição de ser genérico, ou o acionamento de seu ser genérico como um ser genérico efe�vo, na condição de ser humano, somente é possível porque ele efe�vamente expõe todas as suas forças genéricas – o que é possível apenas mediante a ação conjunta dos homens, somente enquanto resultado da história –, comportando-se diante delas como frente a objetos.” Marx, K. Manuscritos Econômico-filosóficos. Trad. bras. Jesus Ranieri. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004, p. 22 – Adaptado. Considerando a citação acima, é correto afirmar que a) a história resulta da a�vidade prá�ca pela qual o homem, em relação com outros, desenvolve-se como gênero humano. b) o homem, na história, é determinado por forças, estranhas a ele, que o conduzem em direção a uma ação genérica. c) as forças genéricas são o resultado de forças exteriores ao homem postas como objetos frente a ele. d) a história resulta da relação que os homens, isoladamente, estabelecem com os objetos que a natureza lhes impõe. FIL0525 - (Ufpr) Ampliando suas inves�gações para além de suas capacidades, e deixando seus pensamentos vagarem em profundezas, a tal ponto de lhes faltar apoio seguro para o pé, não é de admirar que os homens levantem questões e mul�pliquem disputas acerca de assuntos insolúveis, servindo apenas para prolongar e aumentar suas dúvidas, e para confirmá-los ao fim num perfeito ce�cismo. (LOCKE. Ensaio acerca do entendimento humano. Trad. Anoar Aiex. Coleção Os Pensadores, vol. XVIII. São Paulo: Victor Civita, 1973, introdução, p. 147.) Considerando a passagem acima e a obra de que foi extraída, segundo Locke, os homens tornam-se cé�cos porque: a) são capazes de obter apenas um conhecimento provável acerca das coisas. b) não limitam suas inves�gações ao que é possível conhecer. c) dependem da experiência sensível para conhecer, sendo essa experiência enganosa. d) não são capazes de encontrar um apoio seguro para os seus pensamentos. e) encontram prazer na mera disputa. FIL0492 - (Unioeste) “A �sica de Aristóteles […] é uma '�sica', isto é, uma ciência altamente elaborada, embora não o seja matema�camente. […] A dis�nção entre movimentos 'naturais' e movimentos 'violentos' se situa numa concepção de conjunto da realidade �sica, concepção cujos traços principais parecem ser: (a) a crença na existência de 'naturezas' qualita�vamente definidas; e (b) a crença na existência de um Cosmo […] Assim, mover-se é mudar, mudar em si mesmo e em relação aos outros. Por outro lado, isso implica um termo de referência em relação ao qual a coisa movida muda seu ser ou sua relação; o que implica – se examinarmos o movimento local – a existência de um ponto fixo em relação ao qual a coisa movida se move, um ponto fixo imutável que, evidentemente, só pode ser o centro do Universo”. (Koyré) Dentre as proposições dadas abaixo, todas elas, exceto uma, indicam caracterís�cas da Revolução Cien�fica do Século XVII, que ocasionou a derrocada da �sica e da cosmologia aristotélica. Assinalar qual cons�tui a exceção (ou seja, qual das alterna�vas é a incorreta). 51@professorferretto @prof_ferretto a) O rompimento com a �sica qualita�va e a homogeneização do espaço, com a consequente subs�tuição da noção de lugares naturais das coisas pela de espaço homogêneo da geometria, considerado como real. b) A consideração da lei da inércia como princípio fundamental da natureza, ela que afirma que um corpo abandonado a si mesmo permanece em seu estado de repouso ou de movimento tanto tempo quanto esse estado não for subme�do à ação de uma força exterior qualquer. c) O combate ao princípio de inalterabilidade do céu e a todo o arcabouço teórico que sustentava a dicotomia entre céu e Terra. d) A destruição do Cosmo, isto é, a subs�tuição da visão de mundo finito e hierarquicamente ordenado por uma concepção de universo homogêneo, ligado por elementos de mesma natureza e regido por leis necessárias e universais. e) A compreensão do movimento como um �po de mudança que depende da cons�tuição interna do corpo, de modo que o movimento contrário à natureza do corpo que se move, como quando arremessamos uma pedra para o alto, é considerado violento e, como tal, tende à sua própria destruição. FIL0213 - (Ufsj) “A honra do soberano deve ser maior do que a de qualquer um, ou a de todos os seus súditos”. Assinale a alterna�va que apresenta a fundamentaçãopara essa ideia preconizada por Thomas Hobbes. a) “A condição de súdito é muito miserável, mas sujeita a uma superação, pois se encontra sujeita aos ape�tes e paixões irregulares daquele ou daqueles que detêm em suas mãos poder tão ilimitado”. b) “É na soberania que está a fonte da honra”. c) “O Homem nunca pode deixar de ter uma ou outra inconveniência e a maior que é possível cair sobre o povo em geral é de pouca monta se comparada ao poder do soberano, que deve ser revitalizado de tempos em tempos”. d) “Todos os homens são dotados de grandes lentes de aumento; todo pagamento parece um imenso fardo, o que gera lamentos e sofrimentos. Honra maior consiste em o soberano ter piedade e compreensão para com tais falhas humanas e doar poderes aos infelizes”. FIL0288 - (Uel) Leia o texto a seguir: O principal argumento humeano contra a explicação da inferência causal pela razão era que este �po de inferência dependia da repe�ção, e que a faculdade chamada “razão” padecia daquilo que se pode chamar uma certa “insensibilidade à repe�ção”, ou seja, uma certa indiferença perante a experiência repe�da. Em completo contraste com isso, o princípio defendido por nosso filósofo, um princípio para designar o qual propôs os nomes de “costume ou hábito”, foi concebido como uma disposição humana caracterizada pela sensibilidade à repe�ção, podendo assim ser considerado um princípio adequado à explicação dos raciocínios derivados de experiências repe�das. (MONTEIRO, J. P. Novos Estudos Humeanos. São Paulo: Discurso Editorial, 2003, p. 41) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o empirismo, é correto afirmar que Hume a) atribui importância à experiência como fundamento do conhecimento dedu�vo ob�do a par�r da inferência das relações causais na natureza. b) corrobora a afirmação de que a experiência é insuficiente sem o uso e a intervenção da razão na demonstração do nexo causal existente entre os fenômenos naturais. c) confere exclusividade à matemá�ca como condição de fundamentação do conhecimento acerca dos fenômenos naturais, pois, empiricamente, constata que a natureza está escrita em caracteres matemá�cos. d) demonstra que as relações causais ob�das pela experiência representam um conhecimento guiado por hábitos e costumes e, sobretudo, pela crença de que tais relações serão igualmente man�das no futuro. e) evidencia a importância do racionalismo, sobretudo as ideias inatas que atestam o nexo causal dos fenômenos naturais descobertos pela experiência. FIL0264 - (Uel) Para Locke, o estado de natureza é um estado de liberdade e de igualdade. (LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Tradução de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 83.) Com base nos conhecimentos sobre a filosofia polí�ca de Locke, assinale a alterna�va correta. 52@professorferretto @prof_ferretto a) No estado de natureza, a liberdade dos homens consiste num poder de tudo dispor a par�r da força e da argúcia. b) Os homens são iguais, pois todos têm o mesmo medo de morte violenta em mãos alheias. c) A liberdade dos homens determina que o estado de natureza é um estado de guerra de todos contra todos. d) A liberdade no estado de natureza não consiste em permissividade, pois ela é limitada pelo direito natural. e) Nunca houve na história um estado de natureza, sendo este apenas uma hipótese lógica. FIL0293 - (Unesp) A maior violação do dever de um ser humano consigo mesmo, considerado meramente como um ser moral (a humanidade em sua própria pessoa), é o contrário da veracidade, a men�ra [...]. A men�ra pode ser externa [...] ou, inclusive, interna. Através de uma men�ra externa, um ser humano faz de si mesmo um objeto de desprezo aos olhos dos outros; através de uma men�ra interna, ele realiza o que é ainda pior: torna a si mesmo desprezível aos seus próprios olhos e viola a dignidade da humanidade em sua própria pessoa [...]. Pela men�ra um ser humano descarta e, por assim dizer, aniquila sua dignidade como ser humano. [...] É possível que [a men�ra] seja pra�cada meramente por frivolidade ou mesmo por bondade; aquele que fala pode, até mesmo, pretender a�ngir um fim realmente benéfico por meio dela. Mas esta maneira de perseguir este fim é, por sua simples forma, um crime de um ser humano contra sua própria pessoa e uma indignidade que deve torná-lo desprezível aos seus próprios olhos. Em sua sentença dirigida à men�ra, Kant a) considera a condenação rela�va e sujeita a jus�fica�vas, de acordo com o contexto. b) assume que cada ser humano par�cular representa toda a humanidade. c) apresenta um pensamento desvinculado de pretensões racionais universalistas. d) demonstra um juízo condenatório, com jus�ficação em mo�vações religiosas. e) assume o pressuposto de que a razão sempre é governada pelas paixões. FIL0212 - (Ufsj) Thomas Hobbes afirma que “Lei Civil”, para todo súdito, é a) “construída por aquelas regras que o Estado lhe impõe, oralmente ou por escrito, ou por outro sinal suficiente de sua vontade, para usar como critério de dis�nção entre o bem e o mal”. b) “a lei que o deixa livre para caminhar para qualquer direção, pois há um conjunto de leis naturais que estabelece os limites para uma vida em sociedade”. c) “reguladora e protetora dos direitos humanos, e faz intervenção na ordem social para legi�mar as relações externas da vida do homem em sociedade”. d) “calcada na arbitrariedade individual, em que as pessoas buscam entrar num Estado Civil, em consonância com o direito natural, no qual ele – o súdito – tem direito sobre a sua vida, a sua liberdade e os seus bens”. FIL0261 - (Uel) Leia o seguinte texto de Locke: Aquele que se alimentou com bolotas que colheu sob um carvalho, ou das maçãs que re�rou das árvores na floresta, certamente se apropriou deles para si. Ninguém pode negar que a alimentação é sua. Pergunto então: Quando começaram a lhe pertencer? Quando os digeriu? Quando os comeu? Quando os cozinhou? Quando os levou para casa? Ou quando os apanhou? (LOCKE, J. Segundo Tratado Sobre o Governo Civil. 3 ed. Petrópolis: Vozes, 2001, p. 98) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de John Locke, é correto afirmar que a propriedade: I. Tem no trabalho a sua origem e fundamento, uma vez que ao acrescentar algo que é seu aos objetos da natureza o homem os transforma em sua propriedade. II. A possibilidade que o homem tem de colher os frutos da terra, a exemplo das maçãs, confere a ele um direito sobre eles que gera a possibilidade de acúmulo ilimitado. III. Animais e frutos, quando disponíveis na natureza e sem a intervenção humana, pertencem a um direito comum de todos. IV. Nasce da sociedade como consequência da ação cole�va e solidária das comunidades organizadas com o propósito de formar e dar sustentação ao Estado. Assinale a alterna�va correta. 53@professorferretto @prof_ferretto a) Somente as afirma�vas I e II são corretas. b) Somente as afirma�vas I e III são corretas. c) Somente as afirma�vas III e IV são corretas. d) Somente as afirma�vas I, II e IV são corretas. e) Somente as afirma�vas II, III e IV são corretas. FIL0289 - (Ufsj) Segundo as considerações sobre a Moral de Hume, é CORRETO afirmar que a) a Moral se derivada Razão. b) a Moral é uma subdivisão da Filosofia, e pode ser enquadrada no âmbito de uma Filosofia prá�ca. c) a Filosofia Moral é domínio da Filosofia especula�va. d) a Moral tem seus preceitos legais extensamente extraídos de uma conformidade com a Razão. FIL0273 - (Uel) De acordo com seu conhecimento sobre a é�ca de Spinoza, é correto afirmar: a) A necessidade não se aplica às ações livres do homem. b) O homem virtuoso procura agir com compaixão. c) A felicidade é o prêmio da virtude, pois a ação virtuosa tem como recompensa a felicidade. d) Quanto mais um homem se esforça por preservar o seu ser, mais ele é virtuoso. e) O homem é mais livre na solidão, pois aí ele só obedecea si mesmo. FIL0532 - (Unesp) Texto 1 A crí�ca não se opõe ao procedimento dogmá�co da razão no seu conhecimento puro […], mas sim ao dogma�smo […], apoiado em princípios, como os que a razão desde há muito aplica, sem se informar como e com que direito os alcançou. O dogma�smo é, pois, o procedimento dogmá�co da razão sem uma crí�ca prévia da sua própria capacidade. (Immanuel Kant. Crí�ca da razão pura, 2018.) Texto 2 Os ques�onamentos cé�cos de Hume abalaram profundamente Kant, que visava empreender uma defesa do racionalismo contra o empirismo cé�co e acabou por elaborar uma filosofia que caracterizou como racionalismo crí�co, pretendendo precisamente superar a dicotomia entre racionalismo e empirismo. (Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, 2010. Adaptado.) Os textos explicitam a noção de “crí�ca”, que corresponde, na filosofia kan�ana, a) à defesa da dúvida metódica. b) à impossibilidade do conhecimento cien�fico. c) ao exame dos limites da compreensão. d) à recusa de elementos transcendentais. e) ao estabelecimento das bases da experimentação. FIL0263 - (Ueg) Um dos aspectos mais importantes da filosofia polí�ca de John Locke é sua defesa do direito à propriedade, que ele considerava ser algo inerente à natureza humana, uma vez que o corpo é nossa primeira propriedade. De acordo com esta perspec�va, o Estado deve a) permi�r aos seus cidadãos ter propriedade ou propriedades. b) garan�r que todos os seus cidadãos, sem exceção, tenham alguma propriedade. c) garan�r aos cidadãos a posse vitalícia de bens. d) fazer com que a propriedade seja comum a todos os cidadãos. FIL0646 - (Uece) Atente para o seguinte trecho sobre o pensamento de Benedictus de Spinoza (1632-1677) a respeito da liberdade divina: “Deus é livre porque tudo decorre necessariamente da sua própria essência, sem admi�r nela nem possibilidades nem con�ngências. O que define a liberdade divina se volta para um ‘interior’ e um ‘si mesmo’ da necessidade.” DELEUZE, G. Espinosa: filosofia prá�ca. Trad. bras. Daniel Lins e Fabien Pascal Lins. São Paulo: Escuta, 2002. – Adaptado. Considerando a concepção acima apresentada, assinale a afirmação verdadeira. a) A liberdade divina se apoia essencialmente no livre e variável arbítrio de Deus. b) A liberdade de Deus está vinculada a causas externas e suas consequências. c) A liberdade divina está fundada na necessidade interna da essência de Deus. d) A liberdade e a necessidade são noções contraditórias na essência de Deus. FIL0655 - (Uece) 54@professorferretto @prof_ferretto “O medo é a causa que origina, conserva e alimenta a supers�ção. Poderíamos acrescentar muitos exemplos que provam com toda a clareza o seguinte: os homens só se deixam dominar pela supers�ção enquanto têm medo; todas essas coisas que alguma vez foram inu�lmente objeto de culto religioso não são mais do que fantasmas e delírios de um ânimo triste e amedrontado; finalmente, é quando o Estado se encontra em maiores dificuldades que os adivinhos detêm o maior poder sobre a plebe e são mais temidos pelos seus reis”. SPINOZA, B. Tratado teológico-polí�co. Tradução de Diogo Pires Aurélio. Lisboa: Casa da moeda, 2004, p. 126. (Texto adaptado). Conforme Spinoza, o sen�mento de medo conduz o homem à supers�ção. Por isso, os momentos em que os adivinhos têm grande influência sobre a população e os governos são aqueles de grandes dificuldades. A supers�ção é uma incerteza dos bens desejados, e se desenvolve na a) imaginação. b) sensibilidade. c) razão. d) intuição. FIL0680 - (Ufpr) Os homens supõem comumente que todas as coisas da natureza agem, como eles mesmos, em consideração de um fim, e até chegam a ter por certo que o próprio Deus dirige todas as coisas para determinado fim, pois dizem que Deus fez todas as coisas em consideração do homem, e que criou o homem para que lhe prestasse culto. (ESPINOSA, B. É�ca. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Livro I. Apêndice. p. 117. Coleção Os Pensadores.) Nesta passagem, Espinosa: a) cri�ca os homens por orientarem suas ações em consideração de um fim. b) defende que a natureza foi criada tendo-se em vista fins desconhecidos pelos homens e conhecidos apenas por Deus. c) descreve o modo de pensar que impede os homens de produzirem uma explicação adequada dos eventos naturais. d) explica por que se deve buscar conhecer os fins em vista dos quais todas as coisas foram criadas por Deus. e) oferece as razões pelas quais é impossível separar a ciência da religião. FIL0703 - (Unesp) Há alguma razão em fazer o julgamento de um homem pelos aspectos mais comuns de sua vida; mas, tendo em vista a natural instabilidade de nossos costumes e opiniões, muitas vezes me pareceu que mesmo os bons autores estão errados em se obs�narem em formar de nós uma ideia constante e sólida. Escolhem um caráter universal e, seguindo essa imagem, vão arrumando e interpretando todas as ações de um personagem, e, se não conseguem torcê-las o suficiente, atribuem-nas à dissimulação. Creio mais dificilmente na constância dos homens do que em qualquer outra coisa, e em nada mais facilmente do que na inconstância. Quem os julgasse nos pormenores e separadamente, peça por peça, teria mais ocasiões de dizer a verdade. Em toda a An�guidade é di�cil escolher uma dúzia de homens que tenham ordenado sua vida num projeto definido e seguro, que é o principal obje�vo da sabedoria. Pois para resumi-la por inteiro numa só palavra e abranger em uma só todas as regras de nossa vida, “a sabedoria”, diz um an�go, “é sempre querer a mesma coisa, é sempre não querer a mesma coisa”, “eu não me dignaria”, diz ele, “a acrescentar ‘contanto que a tua vontade esteja certa’, pois se não está certa, é impossível que sempre seja uma só e a mesma.” Na verdade, aprendi outrora que o vício é apenas o desregramento e a falta de moderação; e, por conseguinte, é impossível o imaginarmos constante. É uma frase de Demóstenes, dizem, que “o começo de toda virtude são a reflexão e a deliberação, e seu fim e sua perfeição, a constância”. Se, guiados pela reflexão, pegássemos certa via, pegaríamos a mais bela, mas ninguém pensa antes de agir: “O que ele pediu, desdenha; exige o que acaba de abandonar; agita-se e sua vida não se dobra a nenhuma ordem.” (Michel de Montaigne. Os ensaios: uma seleção, 2010. Adaptado.) De acordo com Montaigne, as ações humanas caracterizam-se a) pela volubilidade. b) pela arrogância. c) pelo egoísmo. d) pela dissimulação. e) pela obs�nação. FIL0705 - (Unesp) Texto 1 Quantas vezes ocorreu-me sonhar, durante a noite, que estava neste lugar, que estava ves�do, que estava junto ao fogo, embora es�vesse inteiramente nu dentro de meu leito? […] Pensando cuidadosamente nisso, lembro- me de ter sido muitas vezes enganado, quando dormia, por semelhantes ilusões. E, detendo-me neste 55@professorferretto @prof_ferretto pensamento, vejo tão manifestamente que não há quaisquer indícios concludentes, nem marcas assaz certas por onde se possa dis�nguir ni�damente a vigília do sono, que me sinto inteiramente pasmado: e meu pasmo é tal que é quase capaz de me persuadir de que estou dormindo. (René Descartes. Obra escolhida, 1973.) Texto 2 O cien�sta Jeremy Bailenson, diretor-fundador do laboratório que estuda realidade virtual na Universidade Stanford, nos Estados Unidos, disse, em 2018, que o tempo passado com óculos de realidade virtual “é psicologicamente muito mais poderoso do que qualquer mídia já inventada e se prepara para transformar drama�camente as nossas vidas. Nosso cérebro fica confuso o suficiente para entender esses sinais como realidade? Eu posso te garan�r: a realidade virtual influência. Para algumas pessoas, a ilusão é tão poderosa que o sistema límbico [região do cérebro envolvida com emoções e memória] delas entra em um estado de a�vidade intensa”. (Shin Suzuki. “Vida no metaverso: como a realidade virtual poderá afetar a percepção do mundo ao redor”. www.bbc.com, 28.11.2021. Adaptado.) Nesses dois textos,observa-se a problema�zação de uma questão clássica em filosofia, a qual corresponde à a) relação entre sensação e razão. b) evolução das descobertas cien�ficas. c) estruturação do raciocínio lógico. d) fundamentação do conhecimento comum. e) combinação entre progresso e tecnologia. FIL0251 - (Unioeste) “Através dos princípios de um direito natural preexistente ao Estado, de um Estado baseado no consenso, de subordinação do poder execu�vo ao poder legisla�vo, de um poder limitado, de direito de resistência, Locke expôs as diretrizes fundamentais do Estado liberal.” Bobbio. Considerando o texto citado e o pensamento polí�co de Locke, seguem as afirma�vas abaixo: I. A passagem do estado de natureza para a sociedade polí�ca ou civil, segundo Locke, é realizada mediante um contrato social, através do qual os indivíduos singulares, livres e iguais dão seu consen�mento para ingressar no estado civil. II. O livre consen�mento dos indivíduos para formar a sociedade, a proteção dos direitos naturais pelo governo, a subordinação dos poderes, a limitação do poder e o direito à resistência são princípios fundamentais do liberalismo polí�co de Locke. III. A violação deliberada e sistemá�ca dos direitos naturais e o uso con�nuo da força sem amparo legal, segundo Locke, não são suficientes para conferir legi�midade ao direito de resistência, pois o exercício de tal direito causaria a dissolução do estado civil e, em consequência, o retorno ao estado de natureza. IV. Os indivíduos consentem livremente, segundo Locke, em cons�tuir a sociedade polí�ca com a finalidade de preservar e proteger, com o amparo da lei, do arbítrio e da força comum de um corpo polí�co unitário, os seus inalienáveis direitos naturais à vida, à liberdade e à propriedade. V. Da dissolução do poder legisla�vo, que é o poder no qual “se unem os membros de uma comunidade para formar um corpo vivo e coerente”, decorre, como consequência, a dissolução do estado de natureza. Das afirma�vas feitas acima a) somente a afirmação I está correta. b) as afirmações I e III estão corretas. c) as afirmações III e IV estão corretas. d) as afirmações II e III estão corretas. e) as afirmações III e V estão incorretas. FIL0218 - (Ufsj) Sobre a ideia de soberania concebida por Hobbes, é CORRETO afirmar que a soberania: a) “se dá por meio do sufrágio universal, seja na república ou na monarquia”. b) “é a manifestação da virtù como condição indispensável no governo do príncipe”. c) “reside em um homem ou em uma assembleia de mais de um”. d) “é a realização plena da paz perpétua entre as nações”. FIL0254 - (Ufsj) Ao inves�gar as origens das ideias, diversos filósofos fizeram interferências importantes no pensamento filosófico da humanidade. Dentre eles, destaca-se o pensamento de John Locke. Assinale a alterna�va que expressa as origens das ideias para John Locke. 56@professorferretto @prof_ferretto a) “Não há dúvida de que todo o nosso conhecimento começa com a experiência [...] mas embora todo o nosso conhecimento comece com a experiência, nem por isso todo ele pode ser atribuído a esta, mas à imaginação e à ideia.” b) “O que sou eu? Uma substância que pensa. O que é uma substância que pensa? É uma coisa que duvida, que concebe, que afirma, quenega, que quer, que não quer, que imagina e que sente, uma ideia em movimento. c) “Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos e sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias simples que são cópias de uma sensação ou sen�mento anterior, calcado nas paixões.” d) “Afirmo que essas duas, a saber, as coisas materiais externas, como objeto da sensação, e as operações de nossas próprias mentes, como objeto da reflexão, são, a meu ver, os únicos dados originais dos quais as ideias derivam.” FIL0554 - (Uece) Os filósofos polí�cos modernos usaram o conceito de estado de natureza para colocar a questão sobre o que legi�ma o contrato (ou pacto) social fundador da sociedade civil (o Estado). Em outras palavras, perguntavam-se pelo que torna legí�ma a saída dos indivíduos do estado de natureza e sua submissão à lei no Estado, através do contrato (ou pacto). Em úl�ma instância, essa é uma pergunta pela legi�midade do Estado. O filósofo que considerou que a finalidade do contrato é o estabelecimento da liberdade e da igualdade civis em subs�tuição à liberdade e à igualdade natural foi a) Jean-Jacques Rousseau. b) Thomas Hobbes. c) John Locke. d) François-Marie Voltaire. FIL0282 - (Ufsj) Segundo David Hume, “Todo raciocínio abstruso apresenta um mesmo inconveniente”, porque a) “pode silenciar o antagonista sem convencê-lo; e para nos darmos conta de sua força, precisamos dedicar-lhe um estudo tão intenso quanto o que foi necessário para sua invenção”. b) “impregna a mente humana com conceitos do idealismo que o induzem ao holismo moderno”. c) “jus�fica a disposição que a mente humana tem para se inclinar ao silogismo moderno”. d) “convida o raciocínio a enigmá�cas considerações, direcionando-o ao ce�cismo quinhen�sta”. FIL0361 - (Ufsm) Os filósofos Ame Naess e George Sessions propuseram, em 1984, diversos princípios para uma é�ca ecológica profunda, entre os quais se encontra o seguinte: O bem-estar e o florescimento da vida humana e não humana na Terra têm valor em si mesmos. Esses valores são independentes da u�lidade do mundo não humano para finalidades humanas. Considere as seguintes afirmações: I. A é�ca kan�ana não se baseia no valor de u�lidade das ações. II. “Valor intrínseco” é um sinônimo para “valor em si mesmo”. III. A é�ca u�litarista rejeita a concepção de que as ações têm valor em si mesmas. Está(ão) correta(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. e) I, II e III. FIL0272 - (Ufpa) No contexto da cultura ocidental e na história do pensamento polí�co e filosófico, as considerações sobre a necessidade de valores morais prévios na organização do Estado e das ins�tuições sociais sempre foi um tema fundamental devido à importância, para esse �po de questão, dos conceitos de bem e de mal, indispensáveis à vida em comum. Diante desse fato da história do pensamento polí�co e filosófico, a afirmação de Espinosa, segundo a qual “Se os homens nascessem livres, não formariam nenhum conceito de bem e de mal, enquanto permanecessem livres” (ESPINOSA, 1983, p. 264), quer dizer o seguinte: 57@professorferretto @prof_ferretto a) O homem é, por ins�nto, moralmente livre, fato que condiciona sua ideia de é�ca social. b) Assim como o indivíduo é anterior à sociedade, a liberdade moral antecede noções como bem e mal. c) Os valores morais que servem de base para nossa socialização são tão naturais quanto nossos direitos. d) Não poderíamos falar de bem e de mal se não nos colocássemos além da liberdade natural. e) Não há nenhum vínculo necessário entre viver livre e saber o que são bem e mal. FIL0559 - (Uece) “A tarefa da bela aparência ar�s�ca, segundo Hegel, é libertar-nos da aparência sensorial impura e grosseira. No quadro de um mestre holandês, não é a exata reprodução dos objetos que nos agrada: é que a ‘magia da cor e da iluminação’ transfigura as pobres coisas naturais que são representadas; é que as cenas prosaicas de quermesses e bebedeiras são metamorfoseadas num ‘domingo da vida’; é que a ‘bela aparência’ torna fascinante o que, na vida, nos deixava indiferentes. Assim, a representação ar�s�ca é uma negação sorrateira do sensível: ante os nossos olhos, o sensível se torna o que ele não é. Mas, é claro, é sempre ante nossos olhos que se efetua essa transmutação; é sempre no sensível que a arte cri�ca o sensível. E porque a obra de arte se apresenta necessariamente numa matéria sensível, ela não pode ser ‘o modo de expressão mais elevado da verdade’. O fato de a obra de arte se dirigir à aísthesis (sensibilidade) cons�tui, para Hegel, tanto a sua essência como a sua limitação.” LEBRUN, G. A mutação da obra de arte. In: Afilosofia e sua história. São Paulo: Cosac Naify, 2006, p. 332-333 – Adaptado. Conforme o texto acima, é correto afirmar que, para Hegel, a arte não pode ser o modo de expressão mais elevado da verdade, porque a) ultrapassa o sensível, tornando-se conceitual. b) não abrange toda a realidade por ser sensível. c) se limita à pura e grosseira realidade sensível. d) modifica o sensível, produzindo uma ilusão. FIL0260 - (Unioeste) “Se os que nos querem persuadir que há princípios inatos não os �vessem compreendido em conjunto, mas considerado separadamente os elementos a par�r dos quais estas proposições são formuladas, não estariam, talvez, tão dispostos a acreditar que elas eram inatas. Visto que, se as ideias das quais são formadas essas verdades não fossem inatas, seria impossível que as proposiçõesformadas delas pudessem ser inatas, ou nosso conhecimento delas ter nascido conosco. Se, pois, as ideias não são inatas, houve um tempo quando a mente estava sem esses princípios e, desse modo, não seriam inatos, mas derivados de alguma outra origem. Pois, se as próprias ideias não o são, não pode haver conhecimento, assen�mento, nem proposições mentais ou verbais a respeito delas. […] De onde apreende a mente todos os materiais da razão e do conhecimento? A isso respondo, numa palavra, da experiência. Todo o nosso conhecimento está nela fundado, e dela deriva fundamentalmente o próprio conhecimento. Empregada tanto nos objetos sensíveis externos como nas operações internas de nossas mentes, que são por nós mesmos percebidas e refle�das, nossa observação supre nossos entendimentos com todos os materiais do pensamento.” (Locke) Tendo presente o texto acima, é correto afirmar, segundo Locke, que a) há duas fontes de nossas ideias, a sensação e a reflexão, de modo que tudo o que é objeto de nossa mente, por ser ela como que um papel em branco, é adquirido por meio de uma ou de outra dessas duas fontes. b) contrariamente ao que afirma o texto, o autor admite excepcionalmente como inatos alguns princípios fundamentais e algumas ideias simples. c) chama-se experiência a forma de conhecimento que, produzido por meio das diferentes sensações, nos permite saber o que as coisas são em sua essência e na medida em que são independentes de nós. d) a ideia de substância é uma ideia simples formada diretamente a par�r de nossa experiência das coisas e da capacidade que elas têm de subsis�rem. e) todas as nossas percepções ou ideias provém das sensações externas e de nosso contato com o que existe fora de nós. FIL0336 - (Ueg) Para Marx, diante da tenta�va humana de explicar a realidade e dar regras de ação, é preciso considerar as formas de conhecimento ilusório que mascaram os conflitos sociais. Nesse sen�do, a ideologia adquire um caráter nega�vo, torna-se um instrumento de dominação na medida em que naturaliza o que deveria ser explicado como resultado da ação histórico-social dos homens, e universaliza os interesses de uma classe como interesse de todos. A par�r de tal concepção de ideologia, constata-se que 58@professorferretto @prof_ferretto a) a sociedade capitalista transforma todas as formas de consciência em representações ilusórias da realidade conforme os interesses da classe dominante. b) ao mesmo tempo que Marx cri�ca a ideologia ele a considera um elemento fundamental no processo de emancipação da classe trabalhadora. c) a superação da cegueira cole�va imposta pela ideologia é um produto do esforço individual principalmente dos indivíduos da classe dominante. d) a frase “o trabalho dignifica o homem” parte de uma noção genérica e abstrata de trabalho, mascarando as reais condições do trabalho alienado no modo de produção capitalista. FIL0491 - (Uel) (Uel) obra de Galileu Galilei está indissoluvelmente ligada à revolução cien�fica do século XVII, a qual implicou uma “mutação” intelectual radical, cujo produto e expressão mais genuína foi o desenvolvimento da ciência moderna no pensamento ocidental. Neste sen�do, destacam-se dois traços entrelaçados que caracterizam esta revolução inauguradora da modernidade cien�fica: a dissolução da ideia greco-medieval do Cosmos e a geometrização do espaço e do movimento. (KOYRÉ, A. Estudos Galilaicos. Lisboa: Dom Quixote, 1986. pp. 13-20; KOYRÉ, A. Estudos de História do Pensamento Cien�fico. Brasília, Editora UnB, 1982. pp. 152-154.). Com base no texto e nos conhecimentos sobre as caracterís�cas que marcam revolução cien�fica no pensamento de Galileu Galilei, assinale a alterna�va correta. a) A dissolução do Cosmos representa a ruptura com a ideia do Universo como sistema imutável, heterogêneo, hierarquicamente ordenado, da �sica aristotélica. b) A crença na existência do Cosmos, na �sica aristotélica, se situa na concepção de um Universo aberto, indefinido e até infinito, unificado e governado pelas mesmas leis universais. c) Contrária à concepção tradicional de ciência de orientação aristotélica, a �sica galilaica dis�ngue e opõe os dois mundos do Céu e da Terra e suas respec�vas leis. d) A geometrização do espaço e do movimento, na �sica galilaica, aprimora a concepção matemá�ca do Universo cósmico qualita�vamente diferenciado e concreto da �sica aristotélica. e) A �sica galilaica iden�fica o movimento a par�r da concepção de uma totalidade cósmica, em cuja ordem cada coisa possui um lugar próprio conforme sua natureza. FIL0341 - (Ueg) O termo alienação é polêmico e possui diversas interpretações filosóficas e cien�ficas. O filósofo Hegel foi um dos primeiros a oferecer relevância para esse termo. A concepção mais conhecida de alienação, no entanto, é a de Karl Marx, que desenvolveu uma discussão aprofundada sobre o trabalho alienado, que, segundo ele, é a) um processo mental no qual o trabalhador se vê alienado e fora da realidade, ficando completamente alheio ao mundo, tal como diziam os alienistas do século XIX. b) um termo filosófico abstrato e ideológico, que deveria ser subs�tuído pelo conceito de exploração, que revelava a verdadeira relação entre capitalistas e trabalhadores. c) um conceito universal existente em todas as sociedades humanas, pois o ser humano precisa efe�var o trabalho para sobreviver e, assim, é constrangido a fazer o que não gosta. d) uma relação social na qual o não-trabalhador controla a a�vidade do trabalhador e, por conseguinte, o resultado do trabalho, explicando assim a origem da propriedade. e) uma ideia ultrapassada produzida por filósofos materialistas que queriam transferir a alienação da consciência, tal como colocava Hegel, para o trabalho humano. FIL0346 - (Ufu) 59@professorferretto @prof_ferretto O botão desaparece no desabrochar da flor, e poderia dizer-se que a flor o refuta; do mesmo modo que o fruto faz a flor parecer um falso ser-aí da planta, pondo-se como sua verdade em lugar da flor: essas formas não só se dis�nguem, mas também se repelem como incompa�veis entre si [...]. HEGEL, G.W.F. Fenomenologia do Espírito. Petrópolis: Vozes, 1988. Com base em seus conhecimentos e na leitura do texto acima, assinale a alterna�va correta segundo a filosofia de Hegel. a) A essência do real é a contradição sem interrupção ou o choque permanente dos contrários. b) As contradições são momentos da unidade orgânica, na qual, longe de se contradizerem, todos são igualmente necessários. c) O universo social é o dos conflitos e das guerras sem fim, não havendo, por isso, a possibilidade de uma vida é�ca. d) Hegel combateu a concepção cristã da história ao des�tuí-la de qualquer finalidade benevolente. FIL0172 - (Ufpa) Ao pensar como deve comportar-se um príncipe com seus súditos, Maquiavel ques�ona as concepções vigentes em sua época, segundo as quais consideravam o bom governo depende das boas qualidades morais dos homens que dirigem as ins�tuições. Para o autor, “um homem que quiser fazer profissão de bondade é natural que se arruíne entre tantos que são maus. Assim, é necessário a um príncipe,regidas por tratados, que buscam por meio da cooperação a melhoria das condições econômicas, polí�cas e sociais dos associados. Buscam soluções em comum para resolver conflitos de interesses entre os Estados membros. A Organização das Nações Unidas (ONU), fundada em 1945, é a maior organização internacional do mundo. Tem como obje�vos principais a manutenção da paz mundial, o respeito aos direitos humanos e o progresso social da humanidade. (Benigno Núñez Novo. “Organizações internacionais”.www.direitonet.com.br, 08.02.2018. Adaptado.) A organização polí�ca intergovernamental mencionada no excerto assemelha-se à concepção de Estado da abordagem contratualista de Hobbes, caracterizada pelo dever do soberano de a) proteger a vida humana. b) garan�r o direito natural. c) superar a desigualdade social. d) ampliar a liberdade individual. e) assegurar a propriedade privada. FIL0710 - (Unesp) Ao mostrar que a natureza humana é comum e que a reta razão é compreensível por todos, o jurista holandês Hugo Gro�us (1583-1645) defende a hipótese de que o gênero humano nasce provido de direitos e deveres naturais que decorrem da própria capacidade de raciocínio, da própria racionalidade. Para isso, Gro�us evoca um estado de natureza pacífico anterior a qualquer história para se opor ao atual estado social dos homens. Se há uma natureza primi�va anterior, o que inaugura a alta civilização é o Estado moderno. (Ricardo Monteagudo. Filosofia polí�ca, 2012. Adaptado.) A hipótese mencionada no excerto, sobre a cons�tuição de formas de governos, fundamenta-se em uma visão a) �mocrá�ca, na qual os cidadãos mais honrados têm o direito de governar. b) anárquica, na qual os cidadãos não designam um governante para si. c) sofocrá�ca, na qual o governo é atribuído aos mais sábios daquela sociedade. d) despó�ca, na qual o rei exerce o poder absoluto sob jus�fica�va divina. e) contratualista, na qual o governo e o povo estabelecem um acordo polí�co. FIL0344 - (Uema) Leia “Quem é você”, poema de Os Detonautas. Você trabalha feito um burro de carga Puxando um sistema podre que é bancado com o seu suor E sexta-feira vai pra igreja comungar com sua família A voz sagrada, Jesus Cristo é o Senhor E deixa parte do salário em retribuição À dádiva divina da palavra do pastor É melhor garan�r um lugar no céu Aqui nesse inferno tenta sobreviver E o que salva é a cervejinha no fim de semana Assis�ndo o jogo do seu �me preferido na tv Segunda-feira o seu filho tá em casa Porque a escola onde estuda não tem nenhum professor E o professor está na rua apanhando da polícia Tá cobrando seu salário do governo Enquanto isso numa casa confortável 5@professorferretto @prof_ferretto Uma família abastada reunida assiste televisão E pragueja fala mal de quem Tá na rua enfrentando e dando a cara Pra lutar contra a situação Fonte: CRUZ, Tico Santa. Quem é você. In: Detonautas a saga con�nua. Rio de Janeiro: Coqueiro Verde Records, 2014. A realidade social brasileira é caracterizada nesse poema como a) pacífica. b) justa. c) equita�va. d) pagã. e) desigual. FIL0233 - (Ufms) Leia atentamente o texto a seguir: “Neste ponto, o filósofo compreendeu que havia uma crença da qual ele não podia duvidar: a crença na própria existência. Cada um de nós pensa ou diz: ‘Sou, existo’ – e, enquanto pensamos ou dizemos isso, não podemos estar errados. Quando o filósofo tentou aplicar o teste do gênio maligno a sua crença, percebeu que o gênio só podia levá-lo a acreditar que ele existe se ele, o próprio filósofo, de fato exis�r – como ele poderia duvidar da própria existência, se é preciso exis�r para ter dúvida? O axioma ‘Eu sou, eu existo’ cons�tui a primeira certeza desse filósofo. Em sua obra anterior, Discurso sobre o método, ele a apresentou como ‘Penso, logo existo’, mas abandonou a frase ao escrever suas Meditações, pois o uso de ‘logo’ leva a afirmação a ser lida como premissa e conclusão. O filósofo queria que o leitor – o ‘eu’ que medita – percebesse que, assim que considero o fato de que existo, sei que isso é verdadeiro. Tal verdade é instantaneamente apreendida. A percepção de que existo é uma intuição direta, não a conclusão de um argumento.” (Vários colaboradores. O livro da Filosofia. Tradução Douglas Kim. São Paulo: Globo, 2011. p. 120. Adaptado). O texto desse enunciado exprime uma vertente do pensamento racionalista de um importante filósofo ocidental. Assinale a alterna�va correta que apresenta o filósofo racionalista autor das reflexões apresentadas. a) Nicolau Maquiavel. b) São Tomás de Aquino. c) René Descartes. d) Voltaire. e) Immanuel Kant. FIL0168 - (Espm) Cícero e os humanistas afirmavam que "nada é mais eficaz para defender e manter o poder do que ser amado e nada é mais danoso do que ser temido”. Um importante pensador moderno contrapôs: "Seria desejável ser uma coisa e outra (amado e temido), mas, como é quase impossível obter ambas as coisas ao mesmo tempo, é muito mais seguro ser temido que amado, quando se deve escolher uma des sas condições." Eugenio Garin. Dal Rinascimento all Illuminismo. O importante pensador moderno mencio nado no enunciado é: a) Thomas Hobbes; b) Nicolau Maquiavel; c) Jean Bodin; d) Jacques Bossuet; e) John Locke. FIL0239 - (Upe) Considere o texto a seguir sobre o paradigma da Modernidade. Não nos esqueçamos de outra não menos importante verdade histórica: a Revolução Cien�fica foi profe�zada por Bacon, realizada por Galileu, tema�zada por Descartes, mas só concluída e sistema�zada por Newton. (JAPIASSU, Hilton. Como Nasceu a Ciência Moderna. Rio de Janeiro: Imago, 2007, p. 112. Adaptado.) O autor acima retrata, com singularidade, alguns dos expoentes do pensamento moderno. Sobre esse assunto, assinale a alterna�va CORRETA. 6@professorferretto @prof_ferretto a) Com a revolução galileana, a teologia ganha sua autonomia, libertando-se da ciência. b) O pensamento cartesiano adota uma a�tude de dúvida metódica para bem conduzir a razão e procurar a verdade nas ciências. c) Galileu Galilei foi o verdadeiro fundador do método indu�vo na ciência da matemá�ca. d) A ciência para Francis Bacon é teórica e contempla�va, tendo o filósofo profe�zado o papel da religiosidade no marco da cien�ficidade. e) O pensamento newtoniano, com direcionamento na �sica e na matemá�ca, não foi um marco essencial para a história e para a filosofia da ciência. FIL0221 - (Ueg) Nos séculos XVII e XVIII, ganharam força as teorias contratualistas, cujo principal ques�onamento é o fundamento racional do poder soberano. Filósofos como Thomas Hobbes, John Locke, Jean-Jacques Rousseau �nham igual propósito de inves�gar a origem do Estado. Esses pensadores partem da hipótese do estado de natureza e imaginam as pessoas vivendo antes de qualquer sociabilidade. Thomas Hobbes, adver�ndo que a guerra era inevitável no estado natural, conclui que a única maneira de garan�r a paz seria a delegação de um poder ilimitado ao soberano. Por defender tais princípios, Hobbes ficou conhecido como o teórico do a) neoliberalismo. b) absolu�smo. c) liberalismo. d) socialismo. FIL0177 - (Unisc) Apar�r do século XVI, com o surgimento das monarquias nacionais e o desenvolvimento do capitalismo, as concepções de poder foram elaboradas para se ajustarem aos novos tempos. Um dos grandes pensadores dessa época, responsável também pela inauguração do pensamento polí�co moderno e que afirmou ser “o poder forjado nas relações humanas e, como tal, pertence a esse mundo”, foi a) Nicolau Maquiavel. b) Thomas Hobbes. c) John Locke. d) Jean-Jacques Rousseau. e) Immanuel Kant. FIL0316 - (Uece) Atente para o seguinte trecho de um ar�go de jornal: “Segundo o coordenador do Setor de Ciências Naturais e Sociais da Unesco no Brasil, Fabio Eon, os direitos humanos estão sendo alvo de uma onda conservadora que trata a expressão como algo poli�zado. — ‘Existe hoje uma tendência a enxergar direitos humanos comopara se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a necessidade”. Maquiavel, O Príncipe, São Paulo: Abril cultural, Os Pensadores, 1973, p.69. Sobre o pensamento de Maquiavel, a respeito do comportamento de um príncipe, é correto afirmar que a) a a�tude do governante para com os governados deve estar pautada em sólidos valores é�cos, devendo o príncipe punir aqueles que não agem e�camente. b) o Bem comum e a jus�ça não são os princípios fundadores da polí�ca; esta, em função da finalidade que lhe é própria e das dificuldades concretas de realizá-la, não está relacionada com a é�ca. c) o governante deve ser um modelo de virtude, e é precisamente por saber como governar a si próprio e não se deixar influenciar pelos maus que ele está qualificado a governar os outros, isto é, a conduzi-los à virtude. d) o Bem supremo é o que norteia as ações do governante, mesmo nas situações em que seus atos pareçam maus. e) a é�ca e a polí�ca são inseparáveis, pois o bem dos indivíduos só é possível no âmbito de uma comunidade polí�ca onde o governante age conforme a virtude. FIL0210 - (Ufsm) Sem leis e sem Estado, você poderia fazer o que quisesse. Os outros também poderiam fazer com você o que quisessem. Esse é o “estado de natureza” descrito por Thomas Hobbes, que, vivendo durante as guerras civis britânicas (1640-60), aprendeu em primeira mão como esse cenário poderia ser assustador. Sem uma autoridade soberana não pode haver nenhuma segurança, nenhuma paz. Fonte: LAW, Stephen. Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. Considere as afirmações: I. A argumentação hobbesiana em favor de uma autoridade soberana, ins�tuída por um pacto, representa inequivocamente a defesa de um regime polí�co monarquista. II. Dois dos grandes teóricos sobre o estado de natureza”, Hobbes e Rousseau, par�lham a convicção de que o afeto predominante nesse “estado” é o medo. III. Um traço comum da filosofia polí�ca moderna é a idealização de um pacto que estabeleceria a passagem do estado de natureza para o estado de sociedade. Está(ão) correta(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. e) apenas II e III. 60@professorferretto @prof_ferretto FIL0355 - (Ufpa) No início do século dezenove, mais precisamente com Hegel, a arte é concebida no interior do domínio do absoluto, isto é, da verdade enquanto tal e dos elementos que a expõem. Tendo em vista essa concepção, é correto afirmar: a) O absoluto não se expressa, de uma vez por todas, no domínio ar�s�co. b) Ao apresentar o absoluto sob forma sensível, isto é, concreta e singular, a obra de arte não efe�va a transfiguração da realidade. c) Na a�vidade ar�s�ca, apenas alguns de seus traços essenciais estão ligados ao ser verdadeiro. d) A beleza é, enquanto produto da arte, manifestação sensível do absoluto. e) Na arte, a totalidade que se torna aparição cumpre suficientemente suas determinações. FIL0258 - (Uel) Leia o texto a seguir. Locke divide o poder do governo em três poderes, cada um dos quais origina um ramo de governo: o poder legisla�vo (que é o fundamental), o execu�vo (no qual é incluído o judiciário) e o federa�vo (que é o poder de declarar a guerra, concertar a paz e estabelecer alianças com outras comunidades). Enquanto o governo con�nuar sendo expressão da vontade livre dos membros da sociedade, a rebelião não é permi�da: é injusta a rebelião contra um governo legal. Mas a rebelião é aceita por Locke em caso de dissolução da sociedade e quando o governo deixa de cumprir sua função e se transforma em uma �rania. (LOCKE, John. In: MORA, J. F. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2001. V. III. p. 1770.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre John Locke, é correto afirmar: I. O direito de rebelião é um direito natural e legí�mo de todo cidadão sob a vigência da legalidade. II. O Estado deve cuidar do bem-estar material dos cidadãos sem tomar par�do em questões de matéria religiosa. III. O poder legisla�vo ocupa papel preponderante. IV. Na estrutura de poder, dentro de certos limites, o Estado tem o poder de fazer as leis e obrigar que sejam cumpridas. Assinale a alterna�va correta. a) Somente as afirma�vas I e II são corretas. b) Somente as afirma�vas I e III são corretas. c) Somente as afirma�vas III e IV são corretas. d) Somente as afirma�vas I, II e IV são corretas. e) Somente as afirma�vas II, III e IV são corretas. FIL0618 - (Fer) “Nenhum conhecimento em nós precede a experiência e todo conhecimento começa com ela. Mas, embora todo o nosso conhecimento comece com a experiência, nem por isso todo ele se origina da experiência. Pois, poderia bem acontecer que, mesmo o nosso conhecimento de experiência seja um composto daquilo que recebemos por impressões e daquilo que nossa própria faculdade de conhecimento fornece de si mesma. (...) Tais conhecimentos denominam-se a priori e dis�nguem-se dos empíricos, que possuem suas fontes a posteriori, ou seja, na experiência.” KANT, Immanuel. Crí�ca da Razão Pura. Introdução, São Paulo, Abril Cultural, 1980, coleção Os Pensadores (adaptado). Com base no texto e na teoria do conhecimento de Kant, assinale a alterna�va INCORRETA: a) O conhecimento é cons�tuído de matéria e forma. Para termos conhecimento das coisas, temos de organizá-las a par�r das formas a priori do espaço e do tempo. b) Se a Meta�sica é o conhecimento da essência das coisas elas mesmas, Kant é, na Crí�ca da Razão Pura, um defensor da Meta�sica, e não um defensor da finitude do conhecimento. c) O conhecimento tem seu início na experiência sensível; isso não significa, todavia, que ele esteja preso à experiência e limitado por ela. d) O ato de conhecer se dis�ngue em duas formas básicas: conhecimento empírico e conhecimento puro. e) Podemos conhecer, em relação às coisas em si mesmas, apenas seu fenômeno, ou seja, a maneira como elas afetam nossos sen�dos. FIL0297 - (Uel) Leia os textos a seguir. Exercita-te primeiro, caro amigo, e aprende o que é preciso conhecer para te iniciares na polí�ca; antes, não. Então, primeiro precisarás adquirir virtude, tu ou quem quer que se disponha a governar ou a administrar não só a sua pessoa e seus interesses par�culares, como a cidade e as coisas a ela per�nentes. Assim, o que precisas alcançar não é o poder absoluto para fazeres o que bem 61@professorferretto @prof_ferretto entenderes con�go ou com a cidade, porém jus�ça e sabedoria. PLATÃO, O primeiro Alcebíades. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2004. p. 281-285. Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso do seu entendimento sem a direção de outro indivíduo... Sapere Aude! Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. KANT, I. Resposta à pergunta: que é ‘Esclarecimento’ (‘Au�lärung’). Trad. Floriano de Souza Fernandes, 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1985. p. 100-117. Tendo em vista a compreensão kan�ana do Esclarecimento (Au�lärung) para a cons�tuição de uma compreensão �picamente moderna do humano, assinale a alterna�va correta. a) Fazer uso do próprio entendimento implica a destruição da tradição, na medida em que o poder da tradição impede a liberdade do pensamento. b) A superação da condição de menoridade resulta do uso privado da razão, em que o indivíduo faz uso restrito do próprio entendimento. c) A saída da menoridade instaura uma situação duradoura, pois as verdadeiras conquistas do Esclarecimento se afiguram como irreversíveis. d) A menoridade é uma tendência decorrente da natureza humana, sendo, por esse mo�vo, superada no Esclarecimento, com muito esforço. e) A condição fundamental para o Esclarecimento é a liberdade, concebida como a possibilidade de se fazer uso público da razão. FIL0613 - (Fer) Mesmo supondo que as faculdades racionais de Adão fossem inteiramente perfeitas desde o primeiromomento, ele não poderia ter inferido da fluidez e da transparência da água que ela o afogaria, ou da luz e do calor do fogo, que este o consumiria. Nenhum objeto jamais revela, pelas qualidades que aparecem aos sen�dos, tanto as causas que o produziram como os efeitos que surgirão dele; nem pode nossa razão, sem o auxílio da experiência, jamais �rar uma inferência acerca da existência real e de um fato. HUME, D. Inves�gação acerca do Entendimento Humano. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 50. Com base no texto e em seus conhecimentos sobre a teoria do conhecimento de David Hume, assinale a alterna�va CORRETA: a) A noção de causalidade entre objetos decorre da inferência de que há uma conexão necessária entre eventos similares e constantes. b) Para Hume, a experiência não é determinante para a elaboração de nossas regras de conduta, pois podemos nos equivocar sobre o que sen�mos. c) A noção de causa é uma força que impulsiona os objetos e a noção de efeito é a ação resultante sobre esse mesmo objeto. d) Há, em nosso pensamento, percepções cuja origem não remonta, em úl�ma instância, àquilo que é origem de nossas impressões. e) Hume não pode ser considerado um filósofo cé�co, uma vez que defende a possibilidade do conhecimento das relações de causa e efeito por meio das sensações. FIL0535 - (Unesp) Ao cunhar a frase “natureza atormentada,” no início do século XVII, numa referência ao objeto do conhecimento cien�fico, Francis Bacon não imaginou que esse ideal iria, no século XXI, atormentar filósofos e cien�stas. O “tormento” do mundo natural, para ele, significava conhecê-lo, não pelo saber desinteressado, mas para dominar, transformar e, então, u�lizar esse universo da maneira mais eficiente. O berço da ciência moderna trazia a estrutura para que o ideal de controle da natureza pudesse ser realizado. A par�r de então, essa relação entre ciência e técnica foi naturalmente se estreitando. (Carlos Haag. “Natureza atormentada”. h�ps://revistapesquisa.fapesp.br, agosto de 2005. Adaptado.) De acordo com o tema abordado pelo excerto, o “tormento” gerado em filósofos e cien�stas contemporâneos se dá devido à problema�zação da a) eficácia de teorias. b) natureza do conhecimento. c) noção de progresso. d) confiança nos resultados. e) verificação dos experimentos. FIL0299 - (Uel) O tempo nada mais é que a forma da nossa intuição interna. Se a condição par�cular da nossa sensibilidade lhe for suprimida, desaparece também o conceito de tempo, que não adere aos próprios objetos, mas apenas ao sujeito que os intui. KANT, I. Crí�ca da razão pura. Trad. Valério Rohden e Udo Baldur Moosburguer. 62@professorferretto @prof_ferretto São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 47. Coleção Os Pensadores. Com base nos conhecimentos sobre a concepção kan�ana de tempo, assinale a alterna�va correta. a) O tempo é uma condição a priori de todos os fenômenos em geral. b) O tempo é uma representação rela�va subjacente às intuições. c) O tempo é um conceito discursivo, ou seja, um conceito universal. d) O tempo é um conceito empírico que pode ser abstraído de qualquer experiência. e) O tempo, concebido a par�r da soma dos instantes, é infinito. FIL0482 - (Unioeste) “Sendo um ato definidor da existência humana, porque exprime a condição primordial da conservação dela, permi�ndo ao ser vivo conservado raciocinar sobre si, é a ele que compete natural e originalmente a qualificação de ‘técnico’. Ao conceituá-lo como a caracterís�ca de uma ação, e a isso se resume todo o conteúdo do termo tecne, o homem quer exprimir que o ato realiza, enquanto mediação, o fim intencional do agente. Revela- se-nos, com isso, a essência da técnica. É a mediação na obtenção de uma finalidade consciente” (A. Vieira Pinto, O conceito de tecnologia). Nesse trecho, o pensador brasileiro Álvaro Vieira Pinto evita tratar a técnica como substância e, em vez disso, endereça-a como adje�vo do ato de produzir. Dessa forma, é uma ação humana que se qualifica, ou não, como técnica. Esse passo estabelece uma relação entre humanidade e técnica que se traduz na asser�va de que... a) … a técnica, por si só, definiu a conservação do homem e detém o poder sobre sua sorte. b) … o homem, e não a técnica, é o autor de seu des�no. c) … dada sua autonomia, a técnica é o principal perigo à sobrevivência humana. d) … com a revolução cien�fica, as sociedades humanas passaram a viver em uma era tecnológica. e) … a técnica é uma realidade que, uma vez instaurada, escapa ao controle humano. FIL0291 - (Uel) Leia o texto a seguir. Dever é a necessidade de uma ação por respeito à lei. [...] devo proceder sempre de maneira que eu possa querer também que a minha máxima se torne uma lei universal. KANT, Immanuel. Fundamentação da Meta�sica dos costumes. Trad. Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 208-209. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria kan�ana do dever, assinale a alterna�va correta. a) A máxima de uma ação moral universalizável pode ter como fundamento os efeitos da ação, sendo considerada moralmente boa uma ação cujos efeitos causam o bem. b) A obrigação incondicional que a lei moral impõe advém do reconhecimento da possibilidade de universalização das máximas da ação. c) A men�ra pode, em certas circunstâncias, ser legi�mada moralmente quando dela resulta uma ação benéfica ou impede o prejuízo a outrem. d) A máxima incondicional de uma ação moral pode ter como fundamento a experiência, pois os costumes fornecem elementos suficientes para ela. e) O impera�vo categórico, princípio dos impera�vos do dever, escolhe, dentre os es�mulos fornecidos à vontade, o que lhe é mais adequado. FIL0235 - (Uel) Leia o texto a seguir. E se escrevo em francês, que é a língua de meu país, e não em la�m, que é a de meus preceptores, é porque espero que aqueles que se servem apenas de sua razão natural inteiramente pura julgarão melhor minhas opiniões do que aqueles que não acreditam senão nos livros dos an�gos. E quanto aos que unem o bom senso ao estudo, os únicos que desejo para meus juízes, não serão de modo algum, tenho certeza, tão parciais a favor do la�m que recusem ouvir minhas razões, porque as explico em língua vulgar. DESCARTES, R. Discurso do Método. Trad. J. Guinsburg e Bento Prado Jr. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Coleção “Os pensadores”. p. 79. Com base nos conhecimentos sobre Descartes e o surgimento da filosofia moderna, assinale a alterna�va correta. 63@professorferretto @prof_ferretto a) A língua vulgar, o francês, expressa de modo mais adequado o espírito da modernidade por estar livre dos preconceitos da língua dos doutos, o la�m. b) Redigir o Discurso do Método em francês teve propósito similar à tradução da bíblia para o alemão feita por Lutero: facilitar o acesso à sacralidade do texto em língua vulgar. c) O desencantamento do mundo, resultante da radical crí�ca cartesiana à tradição, teve como consequência o abandono da referência à divindade. d) As ideias expressas por Descartes em seu Discurso do Método refletem a postura �picamente moderna de ruptura total com o passado. e) A razão natural inteiramente pura é um atributo inerente à natureza humana, independentemente da tradição ou da cultura à qual o humano se vincula. FIL0560 - (Uece) “Para Hegel, a arte apresenta a realidade e a liberdade do espírito na forma sensível. Ela apresenta imediatamente, na forma sensível, toda a gama de relações humanas, com seus sen�mentos, ações, paixões, conflitos, estados etc. Diferentemente, a filosofia apreende toda essa mesma realidade e liberdade das relações humanas no pensamento, a par�r do pensamento, no conceito.” SILVA FILHO, A. V. Poesia e prosa: Arte e filosofia na Esté�ca de Hegel. Campinas, SP: Pontes, 2008. - Adaptado. Com base na citação acima, compreende-se a metáfora hegeliana da “morte da arte” no sen�do de que a) a arte, por ser sensível, deve perecer como tudo o que é sensível perece. b) aapresentação sensível do real na arte é superada pela apresentação conceitual. c) a arte é falsa: por ser sensível, não consegue apresentar a verdade do real. d) o real apresentado sensivelmente pela arte é diferente do real conceitualizado. FIL0323 - (Uel) Leia o texto a seguir. A questão não está mais em se um homem é honesto, mas se é inteligente. Não perguntamos se um livro é proveitoso, mas se está bem escrito. As recompensas são prodigalizadas ao engenho e ficam sem glórias as virtudes. Há mil prêmios para os belos discursos, nenhum para as belas ações. (ROUSSEAU, J. J. Discurso sobre as ciências e as artes. 3.ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p.348. Coleção Os Pensadores.) O texto apresenta um dos argumentos de Rousseau à questão colocada em 1749, pela Academia de Dijon, sobre o seguinte problema: O restabelecimento das Ciências e das Artes terá contribuído para aprimorar os costumes? Com base nas crí�cas de Rousseau à sociedade, assinale a alterna�va correta. a) As artes e as ciências geralmente floresceram em sociedades que se encontravam em pleno vigor moral, em que a honra era a principal preocupação dos cidadãos. b) A emancipação advém da posse e do consumo exclusivo e diferenciado de bens de primeira linha, uma vez que o luxo concede pres�gio para quem o possui. c) Os envolvidos com as ciências e as artes adquirem, com maior grau de eficiência, conhecimentos que lhes permitem perceber a igualdade entre todos. d) O amor-próprio é um sen�mento posi�vo por meio do qual o indivíduo é levado a agir moralmente e a reconhecer a liberdade e o valor dos demais. e) O obje�vo das inves�gações era a�ngir celebridade, pois os indivíduos estavam obcecados em exibir-se, esquecendo-se do amor à verdade. FIL0310 - (Unioeste) “Em todos os juízos em que for pensada a relação de um sujeito com o predicado (se considero apenas os juízos afirma�vos (…)), essa relação é possível de dois modos. Ou o predicado B pertence ao sujeito A como algo con�do (ocultamente) nesse conceito A, ou B jaz completamente fora do conceito A, embora esteja em conexão com o mesmo”. Kant. Considerando o texto acima e a teoria do conhecimento de Kant, é incorreto afirmar que 64@professorferretto @prof_ferretto a) os juízos sinté�cos a posteriori são os mais importantes para a teoria do conhecimento de Kant, pois são con�ngentes e par�culares, estando ligados a casos empíricos singulares. b) Kant denomina o primeiro modo de relacionar sujeito e predicado de juízo analí�co e o segundo, de juízo sinté�co. c) o problema do conhecimento para Kant envolve responder “como são possíveis os juízos sinté�cos a priori?”. d) os juízos analí�cos, embora universais e necessários, não fazem progredir o conhecimento, pois são tautológicos. e) o juízo “Todos os corpos são extensos” é analí�co, pois não há como pensar o conceito de corpo sem o conceito de extensão. FIL0552 - (Uece) “Locke caracteriza como �rânico o governo que ignora as leis e se orienta apenas pela prepotência do governante. O único remédio que o povo tem contra um governo �rânico é o direito de resis�r às suas ações até que se possa subs�tuí-lo. Nesse caso, a lei da natureza, que mesmo após o estabelecimento do Estado polí�co con�nua em vigor, representa uma espécie de permissão moral para a desobediência sempre que o povo entender que a ação do governante não tem em vista a preservação da sociedade. ” OTTONICAR, F. G. C. John Locke e o direito de resistência. In: Inves�gação Filosófica, v. 10, nº 1, p. 75-85, 2019. Segundo a citação acima, o direito de resistência à �rania se jus�ficaria porque a) todos os direitos naturais dos indivíduos são transferidos ao pacto social. b) os indivíduos preservam todos seus direitos naturais no pacto social. c) a lei da natureza de autopreservação dos indivíduos vale após o pacto social. d) o pacto inclui, na forma da lei, o direito do povo à resistência e ao �ranicídio. FIL0283 - (Ufsj) Para George Berkeley, a expressão “ser é perceber e ser percebido” significava que a) a realidade é uma relação entre todo ser existente, medida e consen�da. b) a existência da matéria é e não pode não-ser; ela não se vincula ao estatuto da mente. c) a percepção que temos do mundo não passa necessariamente pelo crivo da razão, mas, sim, pela auten�cação do real por si mesmo. d) toda a realidade depende da ideia que fazemos das coisas. FIL0186 - (Uel) Leia o texto a seguir. Resta-nos um único e simples método, para alcançar os nossos intentos: levar os homens aos próprios fatos par�culares e às suas séries e ordens, a fim de que eles, por si mesmos, se sintam obrigados a renunciar às suas noções e comecem a habituar-se ao trato direto das coisas. (BACON, F. Novum OrganumTrad. José Aluysio Reis de Andrade. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 26.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o problema do método de inves�gação da natureza em Bacon, assinale a alterna�va correta. a) O preceito metodológico do “trato direto das coisas” supõe que cada um já possui em si as condições para realizar a inves�gação da natureza. b) A inves�gação da natureza consiste em aplicar um conjunto de pressupostos meta�sicos, cuja função é orientar a inves�gação. c) As “séries e ordens” referentes aos fatos par�culares resultam da aplicação dos pressupostos do método de inves�gação. d) A renúncia às noções que cada um possui é o princípio do método de inves�gação, que levará a ida aos fatos par�culares. e) O método de interpretação da natureza propõe uma nova a�tude com relação às coisas e uma nova compreensão dos poderes do intelecto. FIL0485 - (Ufpa) Galileu, ao conceber a ciência, valoriza a experiência e se preocupa com a descrição quan�ficada dos fenômenos. Tal descrição torna-se possível, porque ele faz a dis�nção entre qualidades primárias e secundárias. (ARANHA, M. L.; MARTINS, M. H. P. Filosofando. p. 179) De acordo com o exposto acima, é correto afirmar que 65@professorferretto @prof_ferretto a) somente as qualidades primárias devem ser levadas em consideração pelos cien�stas. b) somente as qualidades secundárias são relevantes para o conhecimento cien�fico. c) as qualidades primárias não são susce�veis de receberem tratamento matemá�co. d) somente as qualidades secundárias devem ser tratadas cien�ficamente por serem consideradas matema�záveis. e) nenhuma das qualidades dos corpos pode ser tratada quan�ta�vamente. FIL0353 - (Unicentro) Analise as asser�vas e assinale a alterna�va que aponta a(s) correta(s). Em seu livro História da Filosofia, Hegel (1770-1831) declara que a filosofia moderna pode ser considerada o nascimento da filosofiapropriamente dita, porque nela, segundo Hegel, pela primeira vez, os filósofos afirmam que I. a filosofia é independente e não se submete a nenhuma autoridade que não seja a própria razãocomo faculdade plena de conhecimento. Isto é, os modernos são os primeiros a demonstrar que oconhecimento verdadeiro só pode nascer do trabalho interior realizado pela razão, graças a seupróprio esforço. Só a razão conhece e somente ela pode julgar a si mesma. II. a filosofia moderna realiza a primeira descoberta da subje�vidade propriamente dita porque nela o primeiro ato do conhecimento, do qual dependerão todos os outros, é a reflexão e consciência de sireflexiva. III. a filosofia moderna é a primeira a reconhecer que, sendo todos os seres humanos seres conscientes e racionais, todos têm igualmente o direito ao pensamento e a verdade. Segundo Hegel, essa afirmação do direito ao pensamento, unida à ideia da recusa de toda censura sobre o pensamento e palavra, seria a realização filosófica do princípio da individualidade como subje�vidade livre que se relaciona livremente com a verdade. IV. a filosofia moderna está tão in�mamente vinculada aos fundamentos dapráxis humana que a ação não pode ser ignorada na determinação de seus critérios filosóficos. Para Hegel, os modernos foram os primeirosa entender que esta prá�ca, no entanto, não deve ser considerada apenas no sen�do restrito da conduta pessoal, mas na acepção mais abrangente de experiência humana em seus vários aspectos, desde histórico até o nível psicológico. a) Apenas I, III e IV. b) Apenas I, II e III. c) Apenas I. d) Apenas II, III e IV. e) Apenas IV. FIL0216 - (Uenp) “Porque as leis de natureza (como a jus�ça, a equidade, a modés�a, a piedade, ou, em resumo, fazer aos outros o que queremos que nos façam) por si mesmas, na ausência do temor de algum poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são contrárias a nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a vingança e coisas semelhantes. E os pactos sem a espada não passam de palavras, sem força para dar qualquer segurança a ninguém. Portanto, apesar das leis de natureza (que cada um respeita quando tem vontade de respeitá-las e quando pode fazê-lo com segurança), se não for ins�tuído um poder suficientemente grande para nossa segurança, cada um confiará, e poderá legi�mamente confiar, apenas em sua própria força e capacidade, como proteção contra todos os outros.” MALMESBURY, Thomas Hobbes de. Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiás�co e civil. Sobre o pensamento de Hobbes, assinale a alterna�va incorreta: a) O contrato social que dá origem ao Estado só é obedecido pela força e pelo temor. b) Os homens, na sua condição natural, observam apenas as suas paixões naturais. c) O contrato social que dá origem ao Estado pode ser desfeito quando o soberano desrespeita os direitos dos súditos e age de forma parcial, visando a seus próprios interesses. d) A concepção de homem natural de Hobbes é marcada por um profundo pessimismo antropológico. e) A filosofia polí�ca hobbesiana é atomista. FIL0268 - (Uel) Leia o texto a seguir. Vimos, assim, que a Alma pode sofrer grandes transformações e passar ora a uma maior perfeição, ora a uma menor, paixões estas que nos explicam as afecções de alegria e de tristeza. Assim, por alegria, entenderei, no que vai seguir-se, a paixão pela qual a Alma passa a uma perfeição maior; por tristeza, ao contrário, a paixão pela qual a Alma passa a uma perfeição menor. (ESPINOSA, B. É�ca. Trad. Antonio Simões. Lisboa: Relógio D’Água, 1992. p. 279). 66@professorferretto @prof_ferretto Com base no texto e nos conhecimentos sobre o problema da paixão e da afecção em Espinosa, assinale a alterna�va correta. a) A tristeza é uma ação da alma, consistente na afecção causada por uma paixão, por meio da qual a alma visa a própria destruição. b) As transformações da alma, seja o aumento ou a diminuição de intensidade, fazem coexis�r paixões contrárias. c) O aumento de perfeição, caracterís�co de afecção da alegria, vincula-se ao esforço da alma em perceber-se com mais clareza e dis�nção. d) Tristeza e alegria são denominadas paixões porque resultam da ação de dis�ntas dimensões da alma, responsáveis pela produção dessas afecções. e) Se uma coisa aumenta a potência de agir do corpo, a ideia dessa mesma coisa diminuirá a potência de pensar da nossa alma. FIL0280 - (Ufsj) Para David Hume, “os homens são, em grande medida, governados pelo interesse” e isso é perfeitamente visível, já que a) “tradicionalmente o interesse tem sido visto de dentro para fora, como algo que observamos em nós mesmos, mais do que alguma coisa que outros possam exibir”. b) “mesmo quando estendem suas preocupações para além de si mesmos, não as levam muito longe; na vida corrente não é muito comum olhar para além dos amigos mais próximos e dos conhecidos”. c) “vão traduzindo a necessidade que eles têm de se relacionar a par�r de um interesse par�cular, e isso vem somar-se à sua capacidade para a socialização para o seu próprio bem-estar”. d) “as suas a�tudes morais traduzem as suas condutas solipsistas votadas aos mais dis�ntos interesses materiais e espirituais”. FIL0666 - (Uece) “O que caracteriza o conhecimento dialé�co é que o verdadeiro (Hegel), o racional e o concreto (Hegel, Marx) são o resultado de um movimento de pensamento. Resultado do que Hegel chama de ‘trabalho do conceito’, que mostra progressivamente, a par�r das determinações mais simples e abstratas do conteúdo, suas determinações cada vez mais ricas, complexas e intensas, até o ponto de sua unidade, que não é uma unidade formal, mas uma unidade sinté�ca de múl�plas determinações”. MÜLLER, Marcos Lutz. A dialé�ca como método de exposição em O capital. Belo Horizonte: Bole�m da SEAF, 1982 (mimeo). (Texto adaptado). A par�r da citação anterior, é correto concluir que, para a dialé�ca, o esforço do pensamento conceitual em acessar e conhecer a realidade, deve resultar em um a) conhecimento parcial dessa mesma realidade. b) saber intui�vo e imediato da unidade do real. c) conhecimento em totalidade dessa realidade. d) fracasso, pois o real se move progressivamente. FIL0674 - (U�) Immanuel Kant (1724-1804): “Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento.” (KANT, I. Resposta à pergunta: Que é “Esclarecimento”. In. Textos Seletos. 2ª Ed. Petrópolis: Vozes, 1985, p. 100). Assinale, conforme a indicação do texto, a alterna�va CORRETA: a) A menoridade tem uma causa específica e retrata a falta de fé do homem. b) Ousar saber é ter a coragem de fazer uso de seu próprio entendimento. c) Cada um tem seu lema e isso é produto de coragem. d) O homem é um ser constantemente culpado pelo seu entendimento. FIL0677 - (U�) Francis Bacon (1561-1626): “Só há e só pode haver duas vias para a inves�gação e para a descoberta da verdade. Uma, que consiste no saltar-se das sensações e das coisas par�culares aos axiomas mais gerais e, a seguir, descobrirem-se os axiomas intermediários a par�r desses princípios e de sua inamovível verdade. Esta é a que ora se segue. A outra, que recolhe os axiomas dos dados dos sen�dos e par�culares, ascendendo con�nua e gradualmente até alcançar, em úl�mo lugar, os princípios de máxima generalidade. Este é o verdadeiro caminho, porém ainda não instaurado.” BACON, F. Novum organum ou verdadeiras indicações acerca da interpretação da natureza. São Paulo: Abril Cultural, 1984, p. 16. 67@professorferretto @prof_ferretto Assinale a alterna�va CORRETA em conformidade com o texto: a) A verdade é dada por iluminação e vontade divinas, tal como descrevia Descartes. b) O conhecimento da natureza é subje�vo e dependente de uma verdade inamovível. c) Francis Bacon indica o modelo de conhecimento caracterís�co da modernidade. d) Existem várias vias instauradas para a verdade. 68@professorferretto @prof_ferrettoalgo ideológico, o que é um equívoco. Os direitos humanos não são algo da esquerda ou da direita. São de todos, independentemente de onde você nasceu ou da sua classe social. É importante enfa�zar isso para frear essa onda conservadora’ — ressalta Eon, que sugere um remédio para o problema: — ‘Precisamos promover uma cultura de direitos humanos’”. Disponível em: O Globo. h�ps://oglobo.globo.com/sociedade/os-direitos- humanosnao- sao-da-esquerda-ou-da-direita-sao-de- todos-23088573. A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi aprovada pela Assembleia Geral da ONU em 1948. Já a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi aprovada durante a primeira fase da Revolução Francesa, pela Assembleia Nacional Cons�tuinte. No que diz respeito à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, é correto afirmar que a) apesar de ser um documento revolucionário moderno, tem suas premissas filosóficas no pensamento polí�co de Aristóteles. b) é de inspiração hobbesiana, tendo seus primórdios nos inícios do Estado moderno. c) é de inspiração iluminista e liberal, sob influência de grandes pensadores do século XVIII, tais como Locke e Rousseau. d) é de inspiração marxista, no influxo dos grandes movimentos grevistas e reivindicatórios que aconteceram na França durante o século XIX. FIL0551 - (Uece) Leia com atenção o seguinte diálogo entre Galileu e o garoto Andrea, personagens da peça Vida de Galileu (1938-39), do dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898- 1956): “GALILEU – Você entendeu o que eu lhe expliquei ontem? ANDREA – O quê? Aquela história de Copérnico e da rotação da Terra? GALILEU – É. ANDREA – Por que o senhor quer que eu entenda? É muito di�cil, e eu ainda não fiz onze anos, vou fazer em outubro. GALILEU – Mas eu quero que você entenda. É para que se entendam essas coisas que eu trabalho e compro livros caros em vez de pagar o leiteiro. 7@professorferretto @prof_ferretto ANDREA – Mas eu vejo que o Sol de noite não está onde estava de manhã. Quer dizer que ele não pode ficar parado! Nunca, jamais... GALILEU – Você vê?! O que você vê? Você não vê nada! Você arregala os olhos, mas arregalar os olhos não é ver. Galileu põe a bacia de ferro no centro do quarto e diz: GALILEU – Bem, isto é o Sol (aponta para a bacia). Sente- se aí (aponta para a cadeira). Andrea se senta na única cadeira, tendo a bacia à sua esquerda; Galileu fica de pé, atrás dele, e pergunta: GALILEU – Onde está o Sol, à direita ou à esquerda? ANDREA – À esquerda. GALILEU – Como fazer para ele passar para a direita? ANDREA – O senhor carrega a bacia para a direita, claro. GALILEU – E não tem outro jeito? Galileu levanta Andrea e a cadeira do chão, coloca-os do outro lado da bacia e pergunta: GALILEU – Agora, onde está o Sol? ANDREA – À direita. GALILEU – E ele se moveu? ANDREA – Ele, não. GALILEU – O que é que se moveu? ANDREA – Eu. GALILEU (gritando) – Errado, seu desatencioso! A cadeira! A cadeira se moveu! ANDREA – Mas eu com ela! GALILEU – Claro, a cadeira é a Terra. Você está em cima dela.” BRECHT, B. A vida de Galileu. Trad. Roberto Schwartz. In: Bertolt Brecht. Teatro completo, vol. 6.– 3ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991. Adaptado. Com base no diálogo acima, é correto afirmar que, para o personagem Galileu, para compreender os fenômenos astronômicos acima discu�dos, a) não é necessário observá-los, pois é suficiente raciocinar sobre eles. b) não é necessário raciocinar sobre eles, basta melhor observá-los. c) é necessário observá-los, com base em raciocínios e cálculos corretos. d) é necessário ler cri�camente o que sobre eles diz a tradição filosófica. FIL0332 - (Uff) José Bonifácio de Andrada e Silva, homem público e cien�sta respeitado na Europa, desempenhou papel decisivo no processo de emancipação do Brasil. De ideias avançadas, defendeu a ex�nção do escravismo, a valorização da pequena e da média propriedade, o uso racional dos recursos naturais e a tese pioneira da preservação do meio ambiente. Ele achava que a finalidade úl�ma da ciência é contribuir para o bem da humanidade de modo racional e eficiente. As ideias que influenciaram diretamente a formação intelectual e polí�ca de José Bonifácio estão con�das no a) Naturalismo. b) Iluminismo. c) Renascimento. d) Socialismo. e) Jacobinismo. FIL0211 - (Ufsj) “A soberania é a alma do Estado, e uma vez separada do corpo os membros deixam de receber dela seu movimento”. Esse fragmento representa o pensamento de a) Hume em sua memorável defesa dos valores do Estado e da sua ligação direta com a sua “alma”, tomada aqui por intransferível soberania. b) Hume e a descrição da soberania na perspec�va do sujeito em termos de impressões e ideias, que a par�r daí cria um Estado humanizado que dá movimento às criações dos que nele estão inseridos. c) Nietzsche, em sua mais sublime interpretação do agón grego. Ao centro daquilo que ele propôs como sendo a alma do Estado e onde a indagação sobre o lugar da soberania, no permanente desafio da necessária orquestração das paixões, se faz urgente. d) Hobbes e o seu conceito clássico de soberania, entendido como o princípio que dá vida e movimento ao corpo inteiro do Estado, por sua vez criado pelo ar��cio humano para a sua proteção e segurança. FIL0250 - (Unicamp) A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento cons�tui suficiente prova de que não é inato. LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13. O empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia parte, a) afirma que o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da experiência. b) é uma forma de ce�cismo, pois nega que os conhecimentos possam ser ob�dos. c) aproxima-se do modelo cien�fico cartesiano, ao negar a existência de ideias inatas. d) defende que as ideias estão presentes na razão desde o nascimento. 8@professorferretto @prof_ferretto FIL0326 - (Uff) De acordo com o filósofo iluminista Montesquieu, no livro clássico O Espírito das Leis, quando as mesmas pessoas concentram o poder de legislar, de executar e de julgar, instaura-se o despo�smo, pois, para que os cidadãos estejam livres doabuso de poder, é preciso que “o poder freie o poder”. Iden�fique a sentença que melhor resume esse pensamento de Montesquieu. a) Para que a sociedade seja bem governada é necessário que uma só pessoa disponha do poder de legislar, agir e julgar. b) A separação dos poderes enfraquece o Estado e toma a sociedade vulnerável aos ataques de seus inimigos. c) A separação e independência entre os poderes é uma das condições fundamentais para que os cidadãos possam exercer sua liberdade. d) A sociedade melhor organizada é aquela em que o execu�vo goza de poder absoluto. e) As mesmas pessoas podem concentrar o poder, desde que sejam bem intencionadas. FIL0257 - (Uncisal) No período moderno, emergiu uma escola filosófica que pôs em questão as concepções ina�stas e meta�sicas de conhecimento. Para os filósofos par�dários dessa escola, o conhecimento é sempre decorrente da experiência, jamais podendo exis�r ideias inatas. O nome dessa corrente filosófica, bem como o nome de um de seus filósofos representa�vos são, respec�vamente: a) ina�smo; Descartes. b) idealismo; Kant. c) escolás�ca; Santo Agos�nho. d) empirismo; Locke. e) meta�sica; Platão. FIL0248 - (Ueg) John Locke afirmou que a mente é como uma folha em branco na qual a cultura escreve seu texto e Descartes demonstrava desconfiança em relação aos sen�dos como fonte de conhecimento. A respeito desses dois filósofos, verifica-se o seguinte: a) Locke é um representante do racionalismo e Descartes é um representante do empirismo. b) Locke é um representante do empirismo e Descartes é um representante do racionalismo. c) Descartes e Locke possuíam a mesma concepção, pois ambos eram crí�cos do iluminismo. d) Descartes é um representante do teologismo e Locke é um representante do culturalismo. e) Descartes é um representantedo materialismo e Locke é um representante do idealismo. FIL0315 - (Unesp) Do nascimento do Estado moderno até a Revolução Francesa, ou seja, do século XVI aos fins do século XVIII, a filosofia polí�ca foi obrigada a reformular grande parte de suas teses, devido às mudanças ocorridas naquele período. O que se buscou na modernidade iluminista foi fortalecer a filosofia em uma configuração contrária aos dogmas polí�cos que reforçavam a crença em uma autoridade divina. (Thiago Rodrigo Nappi. “Tradição e inovação na teoria das formas de governo: Montesquieu e a ideia de despo�smo”. In: Historiæ, vol. 3, no 3, 2012. Adaptado.) O filósofo iluminista Montesquieu, autor de Do espírito das leis, cri�cou o absolu�smo e propôs a) a divisão dos poderes em execu�vo, legisla�vo e judiciário. b) a restauração de critérios meta�sicos para a escolha de governantes. c) a jus�fica�va do despo�smo em nome da paz social. d) a obediência às leis costumeiras de origem feudal. e) a re�rada do poder polí�co do povo. FIL0178 - (Unicentro) O filósofo que se relaciona ao pensamento polí�co moderno é a) Aristóteles. b) Descartes. c) Maquiavel. d) Sócrates. e) Hume. FIL0553 - (Uece) “A extrema desigualdade na maneira de viver, o excesso de ociosidade por parte de uns, o excesso de trabalho de outros, [...] os alimentos demasiadamente requintados, que nos nutrem de sucos abrasantes e nos 9@professorferretto @prof_ferretto sobrecarregam de indigestões, a má alimentação dos pobres, [...]: eis, pois, as funestas garan�as de que a maioria dos males é fruto de nossa própria obra, e de que seriam quase todos evitados se conservássemos a maneira simples, uniforme e solitária de viver, que nos foi prescrita pela Natureza.” Rousseau, J.-J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1999, p. 61 – Coleção Os Pensadores. Por meio do trecho acima, é correto concluir que, para Rousseau, a) as desigualdades existentes entre os homens não são naturais, mas decorrentes da sociedade. b) alguns homens vivem melhor, pois trabalham mais, enquanto outros vivem no ócio e na pobreza. c) as desigualdades entre os homens são resultado da natureza e independem da vontade humana. d) a natureza humana impede que haja desigualdades entre os homens, mesmo na vida em sociedade. FIL0208 - (Ufsj) “Liberdade significa, em sen�do próprio, a ausência de oposição [...] e não se aplica menos às criaturas irracionais e inanimadas do que às racionais”. Esse é um fragmento de texto colhido de a) David Hume. b) Thomas Hobbes. c) Friedrich Nietzsche. d) Jean-Paul Sartre. FIL0556 - (Uece) “A moradora de rua Rosângela Sibele, que furtou R$ 21,69 em comida para alimentar os filhos, concedeu uma entrevista ao Brasil Urgente após deixar a cadeia e contou que tem ‘o sonho de ser gente’. Ela ficou 18 dias de�da após o episódio e teve a prisão revogada pelo ministro Joel Ilan Paciornik, do STJ (Superior Tribunal Federal), na úl�ma quarta-feira, 13. ‘Meu grande sonho é ser gente. Eu ainda não sei o que é isso, não sei o que é ser mãe, filha, irmã’, contou ela. A mulher de 41 anos é mãe de cinco filhos e mora há dez anos nas ruas de São Paulo. ” IG DELAS. “Meu sonho é ser gente”, diz mãe que furtou comida para alimentar os filhos. Disponível em: h�ps://delas.ig.com.br/2021-10-14/sonho-ser-gente- mae-furto-filhos.html. Acessado em 14/10/2021. A palavra “gente” na fala dessa mulher, quando compreendida à luz da É�ca de Immanuel Kant, expressa seu desejo de a) compor a população de um país ou um Estado. b) ter sa�sfeitas as suas carências alimentares. c) ser solta da cadeia e ficar livre de penalidade. d) ser moralmente reconhecida em sua dignidade. FIL0222 - (Uff) De acordo com o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588- 1679), em seu estado natural, os seres humanos são livres, competem e lutam entre si. Mas como têm em geral a mesma força, o conflito se perpetua através das gerações, criando um ambiente de tensão e medo permanentes. Para Hobbes, criar uma sociedade subme�da à lei e na qual os seres humanos vivam em paz e deixem de guerrear entre si, pressupõe que todos os homens renunciem a sua liberdade original e deleguem a um só deles (o soberano) o poder completo e inques�onável. Assinale a modalidade de governo que desempenhou importante papel na Filosofia Polí�ca Moderna e que é associada à teoria polí�ca de Hobbes. a) Monarquia censitária b) Monarquia absoluta c) Sistema parlamentar d) Despo�smo esclarecido e) Sistema republicano FIL0620 - (Fer) Afirma o filósofo Galileu Galilei (1564-1642): “A Filosofia encontra-se escrita neste grande livro que con�nuamente se abre perante nossos olhos (isto é, o Universo), que não se pode compreender antes de entender a língua e conhecer os caracteres com os quais está escrito. Ele está escrito em língua matemá�ca, os caracteres são triângulos, circunferências e outras figuras geométricas, sem cujos meios é impossível entender humanamente as palavras: sem eles nós vagamos perdidos dentro de um obscuro labirinto”. (GALILEI, Galileu. O ensaiador. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 119 – Coleção Os pensadores). Sobre as ideias de Galileu e a Revolução Cien�fica, julgue os itens abaixo. I. A nova postura de inves�gação cien�fica, assumida por Galileu, baseava-se na metodologia da: observação, experimentação e na valorização da matemá�ca. II. O abandono da especulação levou Galileu a adotar pressupostos da filosofia de Aristóteles, pois esse 10@professorferretto @prof_ferretto pensador possuía uma concepção de experimentação similar à sua. III. Segundo Galileu, a bíblia, por registrar literalmente a palavra divina, apresenta a verdade dos fatos naturais, tornando-se guia para a ciência. IV. Galileu é um dos vultos do Renascimento. O Renascimento vai marcar uma mudança de mentalidade e a afirmação de novos valores, entre outros, o individualismo, o humanismo e o antropocentrismo. Está correto o que se afirma em: a) I, II, III e IV. b) III e IV somente. c) I e IV somente. d) II e III somente. e) Todas estão erradas. FIL0555 - (Uece) Na edição de 2022 do Oscar, o surdo Troy Kotsur recebeu o prêmio de melhor ator coadjuvante por sua par�cipação no filme No ritmo do Coração (2021). Essa premiação ocorreu justamente no ano em que, no Brasil, se comemoram os 20 anos da Lei que reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras), aprovada em 24 de abril de 2002. No seu tempo, o filósofo francês E�enne de Condillac (1714-1780) buscou fundamentar a língua de sinais francesa em um ponto de vista filosófico. Ele o fez dizendo o seguinte sobre o ensino em língua de sinais que o Abade de l’Épeé (1712-1789), importante professor de surdos à época, oferecia às crianças surdas: “Com base na linguagem da ação, o abade De l’Epée criou uma arte metódica, simples e fácil, com a qual dá a seus pupilos ideias de todo �po e, ouso dizer, ideias mais precisas do que as que, em geral, se adquirem com a ajuda da audição. O abade De l’Epée só tem um meio de dar às crianças surdas ideias sensoriais: é analisar e fazer com que o pupilo analise junto. Assim, ele os conduz de ideias sensoriais a ideias abstratas”. CONDILLAC, E. Apud SACKS, Oliver. Vendo vozes: Uma viagem ao mundo dos surdos. Trad. bras. Laura Teixeira Mo�a. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p.30. Adaptado. A expressão “linguagem da ação” deve ser entendida no sen�do do que a linguís�ca atual nomeia de língua gestual-visual. Considerando a citação acima, é correto afirmar que o ponto de vista filosófico em que Condillac se baseia para jus�ficar a língua de sinais é a) idealista. b) racionalista. c) marxista. d) empirista. FIL0333 - (Uncisal) No século XVIII, ocorreu na Europa um movimento filosófico denominado Iluminismo, que se caracterizou pela confiança no poder da razão para a resolução dos problemas sociais. Alguns filósofos iluministas eram cé�cos e materialistas, e por issoopunham-se à tradição representada pela Igreja Católica. A Revolução Francesa e movimentos de independência, como a Inconfidência Mineira, foram acontecimentos históricos fortemente influenciados pelo Iluminismo. Assinale a alterna�va que caracteriza, corretamente, esse importante movimento filosófico. a) O Iluminismo foi um movimento filosófico despoli�zado. b) O termo “Iluminismo” jus�fica-se pela confiança na luz da razão em oposição às trevas da ignorância. c) Esse movimento intelectual não apresentou repercussões no Brasil. d) Os filósofos iluministas eram dogmá�cos. e) A filosofia iluminista caracterizou-se pela crí�ca a ideais universalistas como liberdade, igualdade e fraternidade. FIL0330 - (Ueg) No século XIX, influenciados pelo Roman�smo, muitos intelectuais brasileiros idealizaram a cultura indígena, considerando-a como autên�ca representante do nacionalismo brasileiro. Em termos filosóficos, essa valorização do indígena foi influenciada pelo pensamento do filósofo a) Thomas Hobbes, autor da frase “o homem é o lobo do homem”, que valorizava o comportamento �pico de tribos selvagens. b) Santo Agos�nho, que, por meio do “livre arbítrio”, acreditava que as sociedades selvagens eram capazes de alcançar a graça divina. c) Montesquieu, que se inspirou na organização social dos indígenas para elaborar a famosa teoria dos “três poderes”. d) Jacques Rousseau, que elaborou a teoria do “bom selvagem”, defendendo a pureza das sociedades primi�vas. FIL0320 - (Ufu) 11@professorferretto @prof_ferretto Com relação à noção de estado de natureza, que é o estado em que os seres humanos se achavam antes da formação da sociedade, podem-se iden�ficar, na filosofia polí�ca moderna, três tendências: 1. Os seres humanos são naturalmente egoístas e, no estado de natureza, se achavam numa guerra de todos contra todos daí que, por medo uns dos outros, aceitam renunciar à liberdade e cons�tuir um Soberano, o estado, que garanta a paz. 2. Não é por medo uns dos outros, e sim para garan�r o direito à propriedade e à segurança que os seres humanos consentem em criar uma autoridade que possa tornar isso possível. 3. No estado de natureza, os seres humanos eram felizes e foi o advento da propriedade privada e da sociedade civil que tornou alguns escravos de outros. Podem-se atribuir essas três concepções, respec�vamente, a a) Hobbes, Rousseau e Maquiavel. b) Hobbes, Locke e Rousseau. c) Maquiavel, Hobbes e Locke. d) Rousseau, Maquiavel e Locke. FIL0339 - (Uece) Relacione, corretamente, as definições sobre o papel do poder polí�co ou do Estado, com seus respec�vos pensadores, numerando os parênteses abaixo, de acordo com a seguinte indicação: 1. Karl Marx 2. John Locke 3. Thomas Hobbes 4. Agos�nho de Hipona (__) Poder polí�co do Estado, como resultante de um pacto de consen�mento, cons�tuído para consolidar os direitos naturais e individuais de cada homem. (__) Poder do Estado, como poder de origem espiritual, voltado às necessidades mundanas e à vigilância da re�dão dos indivíduos. (__) Poder polí�co do Estado, originário da necessidade de um grupo manter seu domínio econômico, pelo domínio polí�co, sobre outros grupos. (__) Poder polí�co do Estado, com poder absoluto, fruto da renúncia de direitos naturais originários e garan�dores da paz. A sequência correta, de cima para baixo, é: a) 3, 1, 4, 2. b) 2, 3, 4, 1. c) 2, 4, 1, 3. d) 4, 1, 3, 2. FIL0204 - (Uema) Para Thomas Hobbes, os seres humanos são livres em seu estado natural, compe�ndo e lutando entre si, por terem rela�vamente a mesma força. Nesse estado, o conflito se perpetua através de gerações, criando um ambiente de tensão e medo permanente. Para esse filósofo, a criação de uma sociedade subme�da à Lei, na qual os seres humanos vivam em paz e deixem de guerrear entre si, pressupõe que todos renunciem à sua liberdade original. Nessa sociedade, a liberdade individual é delegada a um só dos homens que detém o poder inques�onável, o soberano. Fonte: MALMESBURY, Thomas Hobbes de. Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiás�co e civil. Trad. João Paulo Monteiro; Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Editora NOVA Cultural, 1997. A teoria polí�ca de Thomas Hobbes teve papel fundamental na construção dos sistemas polí�cos contemporâneos que consolidou a (o) a) Monarquia Paritária. b) Despo�smo Soberano. c) Monarquia Republicana. d) Monarquia Absolu�sta. e) Despo�smo Esclarecido. FIL0325 - (Espm) Os textos abaixo referem-se a pensadores cujas obras e ideias exerceram forte influência em importantes eventos ocorridos nos séculos XVII e XVIII. Leia-os e aponte a alterna�va que os relaciona corretamente a seus autores: I. “O filósofo desenvolveu em seus Dois Tratados Sobre Governo a ideia de um Estado de base contratual. Essecontrato imaginário entre o Estado e os seus cidadãos teriapor objeto garan�r os direitos naturais do homem, ouseja, liberdade, felicidade e prosperidade. A maioria temo direito de fazer valer seu ponto de vista e, quando o Estadonão cumpre seus obje�vos e não assegura aos cidadãosa possibilidade de defender seus direitos naturais,os cidadãos podem e devem pegar em armas contra seusoberano para assegurar um contrato justo e a defesa dapropriedade privada”. II. “O filósofo propôs um sistema equilibrado de governo em que haveria a divisão de poderes (legisla�vo, execu�vo e judiciário). Em sua obra O Espírito das 12@professorferretto @prof_ferretto Leis alegava que tudo estaria perdido se o mesmo homem ou a mesma corporação exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar e o de julgar os crimes ou as desavenças dos par�culares. Afirmava que só se impede o abuso do poder quando pela disposição das coisas só o poder detém o poder”. a) I – John Locke; II – Voltaire; b) I – John Locke; II – Montesquieu; c) I – Rousseau; II – John Locke; d) I – Rousseau; II – Diderot; e) I – Montesquieu; II – Rousseau. FIL0167 - (Unioeste) Considerando-se o seguinte fragmento de Maquiavel, indique qual das alterna�vas abaixo está CORRETA. “Um príncipe prudente deve, portanto, conduzir-se de uma terceira maneira escolhendo no seu Estado homens sábios, e só a esses deve dar o direito de falar-lhe a verdade a respeito, porém apenas das coisas que ele lhes perguntar. Deve consultá-los a respeito de tudo e ouvir- lhes a opinião e deliberar depois como bem entender e com conselhos daqueles; conduzir-se de tal modo que eles percebam que com quanto mais liberdade falarem, mais facilmente as suas opiniões serão seguidas” (MAQUIAVEL, 1973, p. 105). a) De acordo com Maquiavel, o príncipe, na direção do seu Estado, não deve consultar ninguém ao tomar decisões. b) Maquiavel considera que todos têm o direito de cri�car as ações do príncipe. c) Maquiavel afirma que homens sábios podem falar ao príncipe o que quiserem, e na hora que bem entenderem, sendo obrigação do príncipe acatá-los. d) Conforme Maquiavel, o príncipe deve cercar-se de conselheiros sábios, mas eles nunca devem ter liberdade para falar a verdade. e) Maquiavel defende que, como o príncipe precisa da opinião livre dos sábios, deve dar-lhes o direito de falar-lhes a verdade, mas apenas das coisas que ele lhe perguntar. FIL0489 - (Uncisal) Um movimento intelectual que influenciou fortemente o surgimento da filosofia moderna foi a Revolução Cien�fica, ocorrida entre os séculos XIV e XVII. Algumas de suas caracterís�cas mais marcantes foram a subs�tuição da concepção geocêntrica do cosmos pela concepção heliocêntrica, a valorização da experimentação, a ar�culação entre saberes teóricos e realizações prá�cas e a contestação de dogma�smos religiosos. Portanto, sobre a Revolução Cien�fica, pode- se afirmar que a) foi um movimento intelectual sem repercussões no campo filosófico. b) uma de suas consequências marcantes foi a formulação de um modelo cósmico para o qual o sol seria o centro do universo. c) caracterizou-se pela divulgaçãoda tese geocêntrica. d) consagrou a concepção segundo a qual a natureza seria um âmbito sagrado e não passível de conhecimento e dominação pelos homens. e) foi um movimento intelectual que ocorreu em harmonia com as ins�tuições e dogmas religiosos. FIL0246 - (Unesp) Nada acusa mais uma extrema fraqueza de espírito do que não conhecer qual é a infelicidade de um homem sem Deus; nada marca mais uma má disposição do coração do que não desejar a verdade das promessas eternas; nada é mais covarde do que fazer-se de bravo contra Deus. Deixem então essas impiedades para aqueles que são bastante mal nascidos para ser verdadeiramente capazes disso. Reconheçam enfim que não há senão duas espécies de pessoas a quem se possam chamar razoáveis: ou os que servem a Deus de todo o coração porque o conhecem ou os que o buscam de todo o coração porque não o conhecem. (Blaise Pascal. Pensamentos, 2015. Adaptado.) O pensamento desse filósofo é ni�damente influenciado por uma ó�ca a) cien�fica. b) ateísta. c) antropocêntrica. d) materialista. e) teológica. FIL0244 - (Unicamp) A dúvida é uma a�tude que contribui para o surgimento do pensamento filosófico moderno. Neste comportamento, a verdade é a�ngida através da supressão provisória de todo conhecimento, que passa a ser considerado como mera opinião. A dúvida metódica aguça o espírito crí�co próprio da Filosofia. (Adaptado de Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar. Porto Alegre: Editora Globo, 1970, p. 11.) A par�r do texto, é correto afirmar que: 13@professorferretto @prof_ferretto a) A Filosofia estabelece que opinião, conhecimento e verdade são conceitos equivalentes. b) A dúvida é necessária para o pensamento filosófico, por ser espontânea e dispensar o rigor metodológico. c) O espírito crí�co é uma caracterís�ca da Filosofia e surge quando opiniões e verdades são coincidentes. d) A dúvida, o ques�onamento rigoroso e o espírito crí�co são fundamentos do pensamento filosófico moderno. FIL0249 - (Unesp) Posto que as qualidades que impressionam nossos sen�dos estão nas próprias coisas, é claro que as ideias produzidas na mente entram pelos sen�dos. O entendimento não tem o poder de inventar ou formar uma única ideia simples na mente que não tenha sido recebida pelos sen�dos. Gostaria que alguém tentasse imaginar um gosto que jamais impressionou seu paladar, ou tentasse formar a ideia de um aroma que nunca cheirou. Quando puder fazer isso, concluirei também que um cego tem ideias das cores, e um surdo, noções reais dos diversos sons. (John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano, 1991. Adaptado.) De acordo com o filósofo, todo conhecimento origina-se a) da reminiscência de ideias originalmente transcendentes. b) da combinação de ideias meta�sicas e empíricas. c) de categorias a priori existentes na mente humana. d) da experiência com os objetos reais e empíricos. e) de uma relação dialé�ca do espírito humano com o mundo. FIL0284 - (Ueg) David Hume nasceu na cidade de Edimburgo, em pleno Século das Luzes, denominação pela qual ficou conhecido o século XVIII. Para inves�gar a origem das ideias e como elas se formam, Hume parte, como a maioria dos filósofos empiristas, do co�diano das pessoas. Do ponto de vista de um empirista, a) não existem ideias inatas. b) não existem ideias abstratas. c) não existem ideias a posteriori. d) não existem ideias formadas pela experiência. FIL0206 - (Unesp) A China é a segunda maior economia do mundo. Quer garan�r a hegemonia no seu quintal, como fizeram os Estados Unidos no Caribe depois da guerra civil. As Filipinas temem por um atol de rochas desabitado que disputam com a China. O Japão está de plantão por umas ilhotas de pedra e vento, que a China diz que lhe pertencem. Mesmo o Vietnã desconfia mais da China do que dos Estados Unidos. As autoridades de Hanói gostam de lembrar que o gigante americano invadiu o México uma vez. O gigante chinês invadiu o Vietnã dezessete. (André Petry. O Século do Pacífico. Veja, 24.04.2013. Adaptado.) A persistência histórica dos conflitos geopolí�cos descritos na reportagem pode ser filosoficamente compreendida pela teoria a) iluminista, que preconiza a possibilidade de um estado de emancipação racional da humanidade. b) maquiavélica, que postula o encontro da virtude com a fortuna como princípios básicos da geopolí�ca. c) polí�ca de Rousseau, para quem a submissão à vontade geral é condição para experiências de liberdade. d) teológica de Santo Agos�nho, que considera que o processo de iluminação divina afasta os homens do pecado. e) polí�ca de Hobbes, que conceitua a compe�ção e a desconfiança como condições básicas da natureza humana. FIL0483 - (Uff) Galileu Galilei é considerado um dos grandes nomes da história da ciência graças às suas revolucionárias observações astronômicas por meio do telescópio e aos seus estudos sobre a) a economia polí�ca. b) a composição da luz. c) a anatomia humana. d) o movimento dos corpos. e) a circulação do sangue. FIL0614 - (Fer) Contra o obscuran�smo, o Iluminismo/Esclarecimento sustentou que a ignorância não é uma virtude e que a obediência cega à autoridade é incompa�vel com nossa natureza racional. A esse respeito, Immanuel Kant foi taxa�vo: “Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento [«Au�lärung»]”. KANT, Immanuel. Resposta à pergunta Que é “Esclarecimento”? (Au�lärung) Trad. Floriano de Souza 14@professorferretto @prof_ferretto Fernandes, 2 ed. Petrópolis, Editora Vozes, 1985. p. 100. De acordo com o texto e com seus conhecimentos sobre o movimento Iluminista, assinale a alterna�va correta: a) A razão defendida pelos iluministas depende de Deus, en�dade transcendente que banha a Terra de luz resplandecente. b) O pensamento iluminista busca superar a sacralização da realidade e coloca o homem como centro da reflexão, de modo que a razão humana passa a ser parâmetro do conhecimento. c) No campo polí�co o Iluminismo adotou unanimemente uma posição de defesa do sufrágio universal como único instrumento para instaurar um Estado democrá�co. d) As teorias iluministas desenvolveram-se principalmente no âmbito das sociedades secretas europeias, uma vez que o conhecimento era considerado perigoso demais para ser divulgado publicamente. e) A crí�ca ao An�go Regime incluiu a Igreja Católica, de modo que os filósofos do Esclarecimento são todos ateus. FIL0207 - (Ufu) Porque as leis de natureza (como a jus�ça, a equidade, a modés�a, a piedade, ou, em resumo, fazer aos outros o que queremos que nos façam) por si mesmas, na ausência do temor de algum poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são contrárias a nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a vingança e coisas semelhantes. HOBBES, Thomas. Leviatã. Cap. XVII. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 103. Em relação ao papel do Estado, Hobbes considera que: a) O seu poder deve ser parcial. O soberano que nasce com o advento do contrato social deve assiná-lo, para submeter-se aos compromissos ali firmados. b) A condição natural do homem é de guerra de todos contra todos. Resolver tal condição é possível apenas com um poder estatal pleno. c) Os homens são, por natureza, desiguais. Por isso, a criação do Estado deve servir como instrumento de realização da isonomia entre tais homens. d) A guerra de todos contra todos surge com o Estado repressor. O homem não deve se submeter de bom grado à violência estatal. FIL0363 - (Unicentro) Sobre o posi�vismo, é correto afirmar que é uma doutrina a) do século II a.C. b) que acolhe os postulados socrá�cos. c) que privilegia o estudo meta�sico da natureza. d) que não decorreu do desenvolvimento das ciências modernas. e) nascida no ambiente cien�ficista nos finais do século XVIII e início do século XIX. FIL0298 - (Unioeste) Na obra Fundamentaçãoda Meta�sica dos Costumes, Kant apresenta uma formulação do impera�vo categórico: “Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal”. KANT, Immanuel. Fundamentação da meta�sica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 129 Em relação ao pensamento de Kant, é CORRETO afirmar. a) O propósito do impera�vo categórico é o de permi�r que o indivíduo decida suas ações sem que tenha que se preocupar com os demais. b) O impera�vo categórico tem por obje�vo desfazer o conflito entre a providência divina, relacionada à cidade de Deus, e o espaço terreno. c) O impera�vo categórico vincula a conduta moral a uma norma universal. d) Para Kant, não é possível que o indivíduo cons�tua um fim em si mesmo. Por isso mesmo, ele precisa espelhar-se na ação dos demais para a sua ação. e) O impera�vo categórico corresponde à condição do estado de natureza, que é anterior à ins�tuição do Estado civil. FIL0304 - (Ufsm) A necessidade de conviver em grupo fez o homem desenvolver estratégias adapta�vas diversas. Darwin, num estudo sobre a evolução e as emoções, mostrou que o reconhecimento de emoções primárias, como raiva e medo, teve um papel central na sobrevivência. Estudos an�gos e recentes têm mostrado que a moralidade ou comportamento moral está associado a outros �pos de emoções, como a vergonha, a culpa, a compaixão e a empa�a. Há, no entanto, teorias é�cas que afirmam que as ações boas devem ser mo�vadas exclusivamente pelo dever e não por impulsos ou emoções. Essa teoria é a é�ca 15@professorferretto @prof_ferretto a) deontológica ou kan�ana. b) das virtudes. c) u�litarista. d) contratualista. e) teológica. FIL0286 - (Ufu) O texto abaixo comenta a correlação entre ideias e impressões em David Hume. Em contrapar�da, vemos que qualquer impressão, da mente ou do corpo, é constantemente seguida por uma ideia que a ela se assemelha, e da qual difere apenas nos graus de força e vividez. A conjunção constante de nossas percepções semelhantes é uma prova convincente de que umas são as causas das outras; [...]. HUME, D. Tratado da natureza humana. São Paulo: Editora da Unesp/Imprensa Oficial do Estado, 2001. p. 29. Assinale a alterna�va que, de acordo com Hume, indica corretamente o modo como a mente adquire as percepções denominadas ideias. a) Todas as nossas ideias são formas a priori da mente e, mediante essas ideias, organizamos as respec�vas impressões na experiência. b) Todas as nossas ideias advêm das nossas experiências e são cópias das nossas impressões, as quais sempre antecedem nossas ideias. c) Todas as nossas ideias são cópias de percepções inteligíveis, que adquirimos através de uma experiência meta�sica, que transcende toda a realidade empírica. d) Todas as nossas ideias já existem de forma inata, e são apenas preenchidas pelas impressões, no momento em que temos algum contato com a experiência. FIL0484 - (Upe-ssa) Considere o texto a seguir sobre o paradigma da Modernidade. Não nos esqueçamos de outra não menos importante verdade histórica: a Revolução Cien�fica foi profe�zada por Bacon, realizada por Galileu, tema�zada por Descartes, mas só concluída e sistema�zada por Newton. (JAPIASSU, HIlton. Como Nasceu a Ciência Moderna. Rio de Janeiro: Imago, 2007, p. 112. Adaptado.) O autor acima retrata, com singularidade, alguns dos expoentes do pensamento moderno. Sobre esse assunto, assinale a alterna�va CORRETA. a) Com a revolução galileana, a teologia ganha sua autonomia, libertando-se da ciência. b) O pensamento cartesiano adota uma a�tude de dúvida metódica para bem conduzir a razão e procurar a verdade nas ciências. c) Galileu Galilei foi o verdadeiro fundador do método indu�vo na ciência da matemá�ca. d) A ciência para Francis Bacon é teórica e contempla�va, tendo o filósofo profe�zado o papel da religiosidade no marco da cien�ficidade. e) O pensamento newtoniano, com direcionamento na �sica e na matemá�ca, não foi um marco essencial para a história e para a filosofia da ciência. FIL0196 - (Uel) Em sua obra Nova Atlân�da, Francis Bacon descreve uma ins�tuição imaginária chamada Casa de Salomão, cuja finalidade “[...] é o conhecimento das causas e dos segredos dos movimentos das coisas e a ampliação dos limites do império humano para a realização de todas as coisas que forem possíveis.” (BACON, Francis.Nova Atlân�da. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 245.) Sobre a concepção de ciência em Francis Bacon, é correto afirmar: 16@professorferretto @prof_ferretto a) A ciência jus�fica-se por si própria e está desvinculada da necessidade de proporcionar conhecimento sobre a natureza. b) O obje�vo da ciência é fornecer a quem a controla um instrumento de domínio social sobre os outros homens. c) Para a ciência, o enfrentamento das questões econômicas e sociais tem maior relevância do que o conhecimento da natureza, porque proporciona uma vida boa para os indivíduos. d) A origem da ciência está dada em pressupostos a priori, sendo desnecessário o recurso ao saber prá�co e empírico. e) A ciência visa o conhecimento da natureza com a intenção de controle e domínio sobre ela para que o homem possa ter uma vida melhor. FIL0296 - (Ufu) Leia a citação a seguir. A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma direção estranha, con�nuem no entanto de bom grado menores durante toda a vida. São também as causas que explicam porque é tão fácil que os outros se cons�tuam em tutores deles. KANT, I. Resposta à pergunta: que é “Esclarecimento”? (Au�larung). In: ______. Textos seletos. Tradução de Raimundo Vier. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2005, p. 64. A menoridade de que fala Kant é a condição daqueles que não fazem o uso da razão. Essa condição evidencia a ausência a) do idealismo necessário para a ampliação dos horizontes existenciais. b) da autonomia para fazer uso próprio da razão sem a tutela de outrem. c) da religião encarregada de fazer feliz o homem indigente de pensamento. d) da ignorância, pois quem se deixa guiar pelos outros acerta sempre. FIL0342 - (Ufu) Segundo Karl Marx (1818-1883), "não é a consciência dos homens que determina o seu ser; é o seu ser social que, inversamente, determina a sua consciência". Contribuição à crí�ca da economia polí�ca. São Paulo: M. Fontes, 1977. p. 23. Essa citação sinte�za o pensamento filosófico, polí�co, histórico e econômico desse pensador, que se convencionou chamar de a) Liberalismo de esquerda. b) Idealismo dialé�co. c) Atomismo econômico. d) Materialismo histórico. FIL0194 - (Uel) [...] chamamos esses lugares de regiões superiores. [...] Tais torres, conforme sua altura e posição, servem para experimentos de isolamento, refrigeração e conservação, e para as observações atmosféricas, como o estudo dos ventos, da chuva, da neve, granizo e de alguns meteoros ígneos. (BACON, F. Nova Atlân�da. São Paulo: Nova Cultural. 1997. P; 246.) De acordo com o texto e os conhecimentos sobre os subtemas, pode-se afirmar que o pensamento de Francis Bacon: a) Reconhece e valoriza o distanciamento da realidade preconizado pelos autores da escolás�ca. b) Rejeita a máxima “saber é poder” e compreende a ciência como meio de controle sobre os seres humanos. c) Está voltado para o problema do método e para a defesa da experimentação. d) Considera o acesso à verdade como um processo que resulta do método dialé�co e que parte dos dados gerais para chegar ao par�cular. e) Estrutura, assim como de Platão, sua “utopia polí�ca”, tendo como base a sociedade organizada em trabalhadores, soldados e governantes. FIL0192 - (Uff) Segundo o filósofo inglês Francis Bacon (1561-1626), o ser humano tem o direito de dominar a natureza e as técnicas; as ciências são os meios para exercer esse poder. Que processo histórico pode ser diretamente associado a essas ideias? a) Os ideais de retornoà vida natural. b) O bloqueio con�nental imposto à Europa por Napoleão Bonaparte. c) A Contrarreforma promovida pela Igreja Católica. d) O surgimento do es�lo barroco nas artes. e) A Revolução Industrial. FIL0531 - (Unesp) 17@professorferretto @prof_ferretto É como se cada homem dissesse a cada homem: Autorizo e transfiro o meu direito de me governar a mim mesmo a este homem, ou a esta assembleia de homens, com a condição de transferires para ele o teu direito, autorizando de uma maneira semelhante todas as suas ações. Feito isso, à mul�dão assim unida numa só pessoa se chama Estado. (Thomas Hobbes. Leviatã, 2003. Adaptado.) No texto, o autor expressa sua teoria sobre a origem do Estado. Nessa teoria, o Estado tem sua origem na a) atribuição de um poder absoluto ao soberano. b) criação de leis aplicáveis ao povo e ao governante. c) ins�tuição de um governo pelos mais sábios. d) manipulação do povo pelos chefes de Estado. e) gestão do cole�vo no estado de natureza. FIL0340 - (Uece) Relacione, corretamente, os pensadores com seus respec�vos pensamentos acerca da forma como o conhecimento da realidade se verifica, numerando os parênteses abaixo, de acordo com a seguinte indicação: 1. Immanuel Kant 2. Karl Marx 3. Renè Descartes 4. G.W.F. Hegel (__) A reflexão filosófica deve par�r de um exame da formação da consciência e a experiência da consciência não é só uma experiência teórica: é necessariamente histórica. (__) Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência. É a ideologia a responsável por produzir uma alienação da consciência humana de sua situação real. (__) É sempre possível duvidar de um princípio, ques�onar as bases de uma teoria. É preciso colocar em questão todo o conhecimento adquirido. (__) O conhecer é um ato de autodeterminação do sujeito, é anterior a toda experiência, e trata não tanto dos objetos, mas dos conceitos a priori sobre os objetos. A sequência correta, de cima para baixo, é: a) 1, 3, 2, 4. b) 3, 1, 4, 2. c) 4, 2, 3, 1. d) 2, 4, 1, 3. FIL0215 - (Ufu) [...] a condição dos homens fora da sociedade civil (condição esta que podemos adequadamente chamar de estado de natureza) nada mais é do que uma simples guerra de todos contra todos na qual todos os homens têm igual direito a todas as coisas; [...]. HOBBES, Thomas. Do Cidadão. Campinas: Mar�ns Fontes, 1992. De acordo com o trecho acima e com o pensamento de Hobbes, assinale a alterna�va correta. a) Segundo Hobbes, o estado de natureza se confunde com o estado de guerra, pois ambos são uma condição original da existência humana. b) Para Hobbes, o direito dos homens a todas as coisas está desvinculado da guerra de todos contra todos. c) Segundo Hobbes, é necessário que a condição humana seja analisada sempre como se os homens vivessem em sociedade. d) Segundo Hobbes, não há vínculo entre o estado de natureza e a sociedade civil. FIL0354 - (Ueg) Hegel, prosseguindo na árdua tarefa de unificar o dualismo de Kant, subs�tuiu o eu de Fichte e o absoluto de Schelling por outra en�dade: a ideia. A ideia, para Hegel, deve ser subme�da necessariamente a um processo de evolução dialé�ca, regido pela marcha triádica da a) experiência, juízo e raciocínio. b) realidade, crí�ca e conclusão. c) matéria, forma e reflexão. d) tese, an�tese e síntese. FIL0169 - (Unioeste) Texto 1 “[...] Quando um homem deseja professar a bondade, natural é que vá à ruína, entre tantos maus. Assim, é preciso que, para se conservar, um príncipe aprenda a ser mau, e que se sirva ou não disso de acordo com a necessidade”. MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 2004, p. 99. Texto 2 “[...] Assim deve o príncipe tornar-se temido, de sorte que, se não for amado, ao menos evite ódio, pois é fácil ser, a um só tempo, temido e não odiado, o que ocorrerá uma vez que se prive da posse dos bens e das mulheres dos cidadãos e dos súditos, e, mesmo quando forçado a derramar o sangue de alguém, poderá fazê-lo apenas se houver jus�fica�va apropriada e causa manifesta” [...]. Idem, p. 106-7. 18@professorferretto @prof_ferretto Considerando o pensamento de Maquiavel e os textos citados, assinale a alterna�va CORRETA. a) O pensamento de Maquiavel volta-se à realidade e busca alterna�vas para estabelecer um Estado estável onde a ordem possa reinar. b) Maquiavel, assim como Platão, revela-se um idealista ao estabelecer padrões ao governante fundamentados na bondade natural do homem. c) O príncipe deve ser um homem dotado de boas virtudes (virtù) e dinheiro (fortuna) para que todos o respeitem e ele possa fazer reinar a estabilidade. d) Estado e Igreja se fundem, de acordo com o filósofo. De nada adianta ao príncipe tentar estabelecer a ordem, já que ela depende de um estado natural das coisas e de uma força extraterrena, tornando todo seu esforço em vão. e) O obje�vo úl�mo do pensamento polí�co de Maquiavel é o de evitar a guerra a todo custo, pois as atrocidades da guerra desafiam os valores é�cos que determinam a ação polí�ca. FIL0170 - (Unicamp) Quanto seja louvável a um príncipe manter a fé, aparentar virtudes e viver com integridade, não com astúcia, todos o compreendem; contudo, observa-se, pela experiência, em nossos tempos, que houve príncipes que fizeram grandes coisas, mas em pouca conta �veram a palavra dada, e souberam, pela astúcia, transtornar a cabeça dos homens, superando, enfim, os que foram leais (...). Um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de exis�r. (Nicolau Maquiavel, O Príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1997, p. 73-85.) A par�r desse excerto da obra, publicada em 1513, é correto afirmar que: a) O jogo das aparências e a lógica da força são algumas das principais ar�manhas da polí�ca moderna explicitadas por Maquiavel. b) A prudência, para ser vista como uma virtude, não depende dos resultados, mas de estar de acordo com os princípios da fé. c) Os princípios e não os resultados é que definem o julgamento que as pessoas fazem do governante, por isso é louvável a integridade do príncipe. d) A questão da manutenção do poder é o principal desafio ao príncipe e, por isso, ele não precisa cumprir a palavra dada, desde que autorizado pela Igreja. FIL0348 - (Unicentro) “Na produção social de sua existência, os homens estabelecem relações determinadas, necessárias, independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a um determinado grau de desenvolvimento das forças produ�vas materiais.” IN: Karl Marx, Contribuição à crí�ca da economia polí�ca.São Paulo: Mar�ns Fontes, 1977, p. 23. APUD: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando – introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 4. ed., 2009. A par�r da análise desse fragmento de texto, é correto afirmar: a) A existência para Marx se reduz à transcendência. b) O pensamento marxista pode ser denominado de materialista mecanicista. c) As relações de produção para Marx determinam a produção social da existência. d) As forças produ�vas materiais não têm importância para o pensamento marxista. e) O conceito de relações de produção, em Marx, está restrito às classes dominantes. FIL0220 - (Ufu) Os filósofos contratualistas elaboraram suas teorias sobre os fundamentos ou origens do poder do Estado a par�r de alguns conceitos fundamentais tais como, a soberania, o estado de natureza, o estado civil, o estado de guerra, o pacto social etc. Com base em seus conhecimentos e no texto abaixo, assinale a alterna�va correta, segundo Hobbes. [...] a condição dos homens fora da sociedade civil (condição esta que podemos adequadamente chamar de estado de natureza) nada mais é do que uma simples guerra de todos contra todos na qual todos os homens têm igual direito a todas as coisas; [...] e que todos os homens, tão cedo chegam a compreender essa odiosa