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CENTRO UNIVERSITÁRIO VALE DO CRICARÉ 
CURSO BACHARELADO EM FARMÁCIA
MAYCON FERREIRA PIRES
 
RELATÓRIO FINAL EM FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO:
Farmácia Bioativa
SÃO MATEUS - ES 
2024
MAYCON FERREIRA PIRES
 
RELATÓRIO FINAL EM FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO:
Farmácia Bioativa
Relatório exigido como atividade obrigatória para conclusão da disciplina Estágio em Farmácia de Manipulação, pelo Curso de Farmácia do Centro Universitário Vale do Cricaré.
Orientador: Me. Igo Pinheiro Lopes e Sousa.
SÃO MATEUS – ES
 2024
IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO
As reações químicas necessariamente precisam de uma certa energia para acontecer. Essa energia, no entanto, 
pode ser absorvida pela reação, como acontece nas reações endotérmicas ou, ainda, liberada nas exotérmicas, para 
que, no final, os reagentes se transformem em produtos. Diante disso, neste relatório mostraremos os resultados 
encontrados nos experimentos realizados, onde fizemos duas reações, e com a medição de tempos e temperaturas 
iniciais e finais, identificamos se a reação é exotérmica ou endotérmica. 
As reações químicas necessariamente precisam de uma certa energia para acontecer. Essa energia, no entanto, 
pode ser absorvida pela reação, como acontece nas reações endotérmicas ou, ainda, liberada nas exotérmicas, para 
que, no final, os reagentes se transformem em produtos. Diante disso, neste relatório mostraremos os resultados 
encontrados nos experimentos realizados, onde fizemos duas reações, e com a medição de tempos e temperaturas 
iniciais e finais, identificamos se a reação é exotérmica ou endotérmica. 
Identificação do aluno:
Nome: Maycon Ferreira Pires
Matrícula: 222100276
Identificação da Empresa:
Nome: Bioativa Farmacêutica Ltda EPP
Setor: Farmácia de Manipulação
Endereço: Rua Dr. Arlindo Sodré, 841
CEP: 29.930-290
Cidade/Estado: São Mateus/ES
Telefone: (27) 3763-3938	
E-mail: farmacia_bioativa@hotmail.com
Identificação do Supervisor de Estágio:
Nome: Mariana Morena de O. M. Nelli
Cargo: Farmacêutica
Período de Estágio:
Data de início: 
Data de término: 
Carga Horária Total: 120 horas
APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
Deve conter um texto que apresente a empresa em que o estágio foi realizado, abordando informações sobre um breve histórico da organização, caracterização do segmento de mercado, infraestrutura do local de trabalho e principais atividades realizadas no setor, redigidos de forma resumida até a metade da próxima página.
O texto deve ser digitado obedecendo às regras do modelo de relatório.
RESUMO
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	4
2	METODOLOGIA	5
3	REFERENCIAL TEÓRICO	6
3.1	Histórico dos antibióticos	6
3.2	Mecanismo de resistência bacteriana	7
3.3	Desafios na produção de novos medicamentos	9
3.4	Estrategias para o desenvolvimento de antibióticos	10
3.5	Uso de antibióticos combinados e terapias adjuvantes	11
3.5.1	Combinações de Antibióticos	11
3.5.2	Inibidores de Resistência como Adjuvantes	11
3.5.3	Vacinas e Imunoterapias como Alternativas aos Antibióticos	12
3.6	Resistência e saúde publica	13
4	RESULTADOS E DISCUSSÕES	14
5	CONCLUSÃO	15
6	REFERÊNCIAS	16
 (
4
)
INTRODUÇÃO
O surgimento dos antibióticos transformou o tratamento de infecções bacterianas e marcou uma nova era na medicina. Desde a descoberta da penicilina, esses fármacos se tornaram essenciais para a saúde pública, reduzindo drasticamente a mortalidade associada a doenças infecciosas. No entanto, o uso indiscriminado e muitas vezes inadequado dos antibióticos levou ao aumento da resistência bacteriana, tornando muitos tratamentos ineficazes e representando um grave desafio à medicina moderna.
A resistência bacteriana ocorre por meio de vários mecanismos, como a inativação enzimática, modificações nos sítios de ligação e mecanismos de fluxo que removem os antibióticos das células bacterianas. Esse fenômeno se intensifica pela transferência horizontal de genes entre bactérias, o que facilita a disseminação de cepas resistentes. Além disso, o uso excessivo e descontrolado de antibióticos, tanto na medicina humana quanto na veterinária, acelera a seleção de organismos resistentes.
Paralelamente, o desenvolvimento de novos antibióticos enfrenta desafios significativos. A descoberta de novas classes de antimicrobianos tem sido escassa, enquanto os altos custos e as exigências regulatórias desestimulam a pesquisa e a inovação nessa área. A busca por alternativas eficazes envolve estratégias inovadoras, como a aplicação de inteligência artificial, a biotecnologia e a bioprospecção de compostos naturais para o desenvolvimento de novos fármacos.
Nesse contexto, este trabalho analisa os mecanismos de resistência bacteriana, os desafios enfrentados na produção de novos antibióticos e as abordagens inovadoras que buscam superar a resistência microbiana. A conscientização sobre o uso racional de antibióticos e o papel dos profissionais de saúde, especialmente do farmacêutico, são discutidos como elementos fundamentais na luta contra as infecções resistentes, contribuindo para um uso mais seguro e eficaz desses medicamentos essenciais.
 METODOLOGIA
4
O trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas, analisando artigos da internet por meio de consulta à Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), e foram utilizados os sites: Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Latin American and Caribbean Health Sciences (LILACS). Foram utilizados 19 artigos, com publicações entre 2008 e 2024, selecionados por abordarem os seguintes tópicos: a história dos antibióticos, os mecanismos de resistência bacteriana dos antibióticos, os desafios e as estratégias para se desenvolver novos antibióticos, além do uso combinado dos antibióticos e as terapias adjuvantes.
REFERENCIAL TEÓRICO
1.1 Histórico dos antibióticos
No início, a prática médica baseava-se principalmente na observação, e utilizava-se substâncias naturais para tratar lesões e doenças. O termo “antibiótico” foi criado por Waksman em 1942 para designar substâncias produzidas por microrganismos capazes de inibir o crescimento de outros (TEIXEIRA, 2019).
O desenvolvimento dos antibióticos passou por três fases distintas. A primeira fase, conhecida como a era dos alcaloides, inclui o uso de extratos naturais, como o quinino, no tratamento da malária. No final do século XIX, Joseph Lister e outros cientistas estudaram como certas substâncias químicas inibiam bactérias, o que levou ao uso de antissépticos como o fenol (BELLOSO, 2009).
A segunda fase, chamada de era dos compostos sintéticos, teve início com Paul Ehrlich, que desenvolveu o Salvarsan, primeiro tratamento eficaz contra a sífilis. A descoberta das sulfonamidas e da penicilina revolucionou o tratamento de infecções bacterianas nas primeiras décadas do século XX (BELLOSO, 2009).
A terceira fase, ou era moderna, foi caracterizada pela ampliação do uso de antibióticos e pela criação de novas classes, como as penicilinas semissintéticas e as cefalosporinas. Durante a Segunda Guerra Mundial, a penicilina tornou-se amplamente utilizada, e a descoberta de novos antibióticos prosseguiu ao longo das décadas (BELLOSO, 2009)
Atualmente, a resistência bacteriana permanece um dos principais desafios para a medicina, bem como a necessidade de desenvolver novos antibióticos e terapias antifúngicas e antivirais (GARCIA, 2021).
 Mecanismo de resistência bacteriana
Os principais mecanismos de resistência incluem: inativação enzimática, modificações nos sítios de ligação, alterações nos sistemas de transporte e a ação de bombas de fluxo (BAPTISTA, 2013).
Na inativação enzimática, bactérias produzem enzimas que neutralizam os antimicrobianos. Exemplos incluem as penicilinases e as betalactamases (BAPTISTA, 2013).
Em alterações nos sítios de ligação, o local onde o antibiótico atuariaé modificado, tornando-o ineficaz. Isso pode ser observado em alterações da proteína girase, que tornam certos microrganismos resistentes (BAPTISTA, 2013).
Podem também ocorrer mudanças nos sistemas de transporte, especialmente em bactérias gram-negativas, onde as porinas (canais de entrada de antibióticos) sofrem alterações qualitativas ou quantitativas, dificultando a entrada dos fármacos (BAPTISTA, 2013).
Por fim, a bomba de fluxo remove ativamente o antibiótico de dentro da célula bacteriana, como ocorre em bacilos gram-negativos resistentes a tetraciclinas (BAPTISTA, 2013).
Segundo Baptista (2013), a resistência pode se propagar através de diferentes processos: mutações espontâneas, transformação, transdução, conjugação e transposição.
· Mutações espontâneas surgem aleatoriamente e, sob pressão seletiva, permitem a proliferação de bactérias resistentes.
· Transformação ocorre quando uma bactéria incorpora DNA de outra bactéria resistente.
· Transdução é a transferência de genes mediada por bacteriófagos.
· Conjugação envolve a transferência de plasmídeos entre bactérias, geralmente por meio de fímbrias sexuais.
· Transposição ocorre através dos transpósons, que transferem pequenos fragmentos de DNA.
A disseminação da resistência bacteriana é frequentemente impulsionada pela transferência horizontal de genes, onde a resistência se espalha entre bactérias via transformação, transdução ou conjugação. As mutações espontâneas e a seleção
natural, especialmente quando há uso inadequado de antibióticos, promovem a sobrevivência de bactérias resistentes. Além disso, os biofilmes dificultam a ação dos antimicrobianos e facilitam a troca de genes de resistência entre bactérias (OLIVEIRA, 2010).
3.2 Desafios na produção de novos medicamentos
Desde meados do século 20, poucas novas classes de antibióticos têm sido descobertas, levando ao uso contínuo de classes existentes e ao aumento da resistência microbiana. Isso ocorre em parte pela complexidade da descoberta de novas estruturas químicas eficazes contra bactérias resistentes (RAMOS, 2021)
O desenvolvimento de antibióticos é financeiramente desafiador, com um alto custo de pesquisa e desenvolvimento. Além disso, as regulamentações exigem extensa comprovação de segurança e eficácia, o que torna o processo mais demorado e caro. Como os antibióticos são usados por períodos curtos, os retornos financeiros são baixos, reduzindo o interesse das indústrias (ROCHA, 2015).
Muitos antibióticos promissores falham em estágios avançados de testes clínicos devido à falta de eficácia ou à toxicidade para os pacientes. A complexidade de desenvolver antibióticos seguros e eficazes contra patógenos específicos torna o processo ainda mais desafiador (ROCHA, 2015).
 Estratégias para o desenvolvimento de antibióticos
A pesquisa em novas moléculas, especialmente aquelas que atuam de maneira diferente das tradicionais, busca superar a resistência microbiana. Isso inclui peptídeos antimicrobianos e pequenas moléculas com novos mecanismos de ação (MATIAS, 2024).
A IA está sendo utilizada para prever quais moléculas têm maior potencial antimicrobiano e otimizar processos de triagem. A biotecnologia, por sua vez, permite a modificação genética para produzir novas moléculas e melhorar a eficiência no desenvolvimento (MATIAS, 2024).
Fontes como o solo, oceanos e ambientes extremos estão sendo exploradas para identificar compostos naturais com atividade antimicrobiana. A bioprospecção de micro-organismos em ambientes diversos é uma estratégia para encontrar moléculas únicas e potentes contra patógenos resistentes (LOPES, 2014).
 Uso de antibióticos combinados e terapias adjuvantes
As terapias combinadas, que utilizam dois ou mais antibióticos com diferentes mecanismos de ação, têm sido cada vez mais aplicadas no combate a infecções bacterianas resistentes. Esse método visa tanto aumentar a eficácia do tratamento quanto dificultar o desenvolvimento de resistência bacteriana (PRADO, 2023).
3.2.1 Combinações de antibióticos
O uso combinado de antibióticos pode atrasar o surgimento da resistência, pois obriga as bactérias a desenvolverem múltiplas mutações simultaneamente para sobreviver ao tratamento (BASSETTI et al., 2018). Essa abordagem reduz a seleção de cepas resistentes, uma vez que a ação conjunta dos fármacos se mostra mais potente que a de cada antibiótico utilizado de forma isolada. A terapia combinada é uma estratégia promissora no tratamento de infecções por patógenos multirresistentes (O’NEILL, 2019).
3.2.2 Inibidores de resistência como adjuvantes
Inibidores de resistência atuam como adjuvantes, potencializando os antibióticos ao bloquear as defesas das bactérias. As beta-lactamases, enzimas que certas bactérias produzem para neutralizar antibióticos beta-lactâmicos, são um dos principais alvos desses inibidores. Exemplos de inibidores incluem o clavulanato, sulbactam e tazobactam, frequentemente combinados com beta-lactâmicos para ampliar o espectro de ação e restaurar a eficácia contra cepas resistentes (BUSH et al., 2020). Além disso, inibidores de bombas de fluxo e agentes que desestruturam biofilmes bacterianos também têm sido estudados para aumentar a eficácia dos antibióticos tradicionais (BUSH et al., 2020).
3.2.3 Vacinas e imunoterapias como alternativas aos antibióticos
Com o aumento da resistência e a escassez de novos antibióticos, vacinas e imunoterapias surgem como alternativas viáveis para prevenir e tratar infecções bacterianas. As vacinas são ferramentas poderosas para reduzir a ocorrência de infecções, diminuindo a necessidade de uso de antibióticos e, assim, o risco de resistência. Vacinas contra patógenos como Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae tipo b têm mostrado eficácia significativa em diminuir a incidência de doenças graves e a demanda por antimicrobianos (RAPPUOLI et al., 2019).
Já as imunoterapias utilizam o sistema imunológico do próprio paciente para combater infecções, empregando anticorpos monoclonais específicos que neutralizam toxinas bacterianas ou promovem a eliminação de bactérias resistentes (FERRARA et al., 2019). Bacteriófagos, vírus que infectam e destroem bactérias, também estão sendo explorados como uma alternativa aos antibióticos convencionais, especialmente para infecções causadas por bactérias multirresistentes (ROSSI, 2010).
 Resistência e saúde pública
A resistência bacteriana está relacionada a um aumento expressivo na morbidade e mortalidade entre pacientes infectados. De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2020), estima-se que infecções causadas por bactérias resistentes sejam responsáveis por cerca de 700 mil mortes anuais globalmente, com projeções que indicam que esse número pode chegar a 10 milhões de mortes por ano até 2050 caso não sejam implementadas medidas eficazes. Entre essas ações estão o uso adequado de antimicrobianos, educação da comunidade, vigilância de resistência e infecções em ambientes de saúde, além do cumprimento das normas de prescrição e dispensação desses medicamentos. A elevada taxa de mortalidade é frequentemente atribuída à ineficácia dos antibióticos de primeira linha, o que força o uso de tratamentos alternativos mais caros, tóxicos e com menor eficácia (OMS, 2020).
 RESULTADOS E DISCUSSÕES
O estudo destaca a relação entre o desenvolvimento de novos antibióticos e a crescente resistência bacteriana. Apesar dos avanços científicos, o número de antibióticos eficazes vem diminuindo devido à rápida adaptação bacteriana aos tratamentos disponíveis. A análise das abordagens de pesquisa para novos antimicrobianos aponta que produtos naturais, como microrganismos e compostos do solo, permanecem como fontes relevantes de novas classes de antibióticos. Estudos utilizando ferramentas genômicas também mostram promissor potencial para identificar novos alvos terapêuticos, facilitando a criação de antibióticos sintéticos ou semissintéticos (CORREIA, 2014).
Outro ponto avaliado foi a eficácia das combinações de antibióticos para retardara resistência bacteriana, mostrando-se uma estratégia complementar relevante. Contudo, o desenvolvimento de antibióticos ainda enfrenta desafios financeiros e temporais, pois o ciclo de desenvolvimento leva, em média, 10 anos, exigindo altos investimentos e apoio governamental (PRADO, 2023).
Os resultados ressaltam que a produção de novos antibióticos enfrenta tanto barreiras técnicas quanto econômicas, limitando a introdução de agentes inovadores no mercado em ritmo suficiente para acompanhar a resistência bacteriana. A resistência rápida das bactérias, devido ao uso excessivo e inadequado de antibióticos, é um fator crítico que reforça a necessidade de soluções inovadoras. Estratégias como a exploração de produtos naturais, o uso de ferramentas genômicas e a produção de antibióticos sintéticos oferecem caminhos promissores, mas demandam maior investimento e incentivos (GARCIA, 2021).
Além das barreiras na produção, a questão do uso racional de antibióticos é essencial para prevenir a resistência. O acesso descontrolado a esses medicamentos e a automedicação são fatores agravantes. A conscientização da população e dos profissionais de saúde sobre o uso responsável de antibióticos torna-se uma ação imprescindível para reduzir a resistência bacteriana. Nessa linha, o papel do farmacêutico se destaca como essencial na educação dos pacientes e no suporte ao uso racional de medicamentos, podendo atuar em campanhas educativas e na orientação correta da prescrição (GARCIA, 2021).
5 CONCLUSÃO
A resistência bacteriana representa um dos maiores desafios da medicina contemporânea, com sérias implicações para a saúde pública e para o manejo de infecções em escala global. O uso excessivo e inadequado de antibióticos tem intensificado a seleção de cepas resistentes, o que compromete a eficácia dos tratamentos existentes e leva à necessidade de alternativas mais complexas e dispendiosas. Diante da escassez de novas classes de antibióticos, a pesquisa precisa recorrer a estratégias inovadoras, como a inteligência artificial, a biotecnologia e a bioprospecção, para acelerar o desenvolvimento de medicamentos eficazes.
Este trabalho mostrou que, além das barreiras científicas e financeiras na criação de novos antibióticos, a resistência bacteriana é impulsionada por fatores que podem ser mitigados pela educação e pelo uso racional dos antimicrobianos. Nesse sentido, a conscientização da população e dos profissionais de saúde é fundamental. Profissionais como os farmacêuticos desempenham um papel estratégico ao orientar a população e garantir a correta dispensação dos antibióticos, atuando como agentes essenciais na prevenção da resistência microbiana.
É imprescindível que governos e instituições reforcem investimentos em pesquisa e incentivem o uso prudente dos antibióticos. Medidas educacionais, políticas de prescrição controlada e novos enfoques terapêuticos são elementos cruciais para mitigar o avanço da resistência bacteriana e garantir que os tratamentos antimicrobianos permaneçam eficazes no futuro.
15
6 REFERÊNCIAS
1. BAPTISTA, M. G. F. M. MECANISMOS DE RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS. Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia. 2013.
2. BASSETTI, M., RIGHI, E., VENA, A., GRAZIANO, E., RUSSO, A., E PEGHIN, M. ROLE OF COMBINATION THERAPY FOR COMMUNITY-ACQUIRED PNEUMONIA. Current Opinion in Infectious Diseases, 31(3), 235-246. DOI: 10.1097/QCO.0000000000000454, 2018.
3. BLAIR J. M., WEBBER M. A., BAYLAY A. J., OGBOLU D. O., PIDDOCK L. J. MOLECULAR MECHANISMS OF ANTIBIOTIC RESISTANCE. Nature reviews Microbiology. 2015;13(1):42-51. Epub 2014.
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7. GUIMARÃES, D. O.; MOMESSO, L. da S.; PUPO, Mônica Tallarico. ANTIBIÓTICOS: IMPORTÂNCIA TERAPÊUTICA E PERSPECTIVAS PARA A DESCOBERTA E DESENVOLVIMENTO DE NOVOS AGENTES. Química nova, v. 33, p. 667-679, 2010. 
8. LOPES, M. BUSCA POR NOVA BACTÉRIAS LEVA PESQUISADORES A AMBIENTES EXTREMOS. FAPESP. 2014.
9. MATIAS, L. L. R. NOVAS ALTERNATIVAS PARA O TRATAMENTO CONTRA INFECÇÕES BACTERIANAS: AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DO INIBIDOR DE TRIPSINA ISOLADO DE SEMENTE DE TAMARINDO (ITT) COMO AGENTE ANTI-INFECCIOSO. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS. 2024.
10. O’NEILL, J. TACKLING DRUG-RESISTANT INFECTIONS GLOBALLY: FINAL REPORT AND RECOMMENDATIONS. Review on Antimicrobial Resistance, 2019.
11. OLIVEIRA, M. M. M.; BRUGNERA, D. F.; PICCOLI, R. H. BIOFILMES MICROBIANOS NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS: UMA REVISÃO. Revista do Instituto Adolfo Lutz, v. 69, n. 3, p. 277-284, 2010.
12. PAGES J. M., JAMES C. E., WINTERHALTER M. THE PORIN AND THE PERMEATING ANTIBIOTIC: A SELECTIVE DIFFUSION BARRIER IN GRAM-NEGATIVE BACTERIA. Nature reviews Microbiology. 2008;6(12):893-903. Epub 2008.
13. PRADO, G. S. B. et al. MECANISMOS DE RESISTÊNCIA A ANTIBIÓTICOS EM BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS: NOVAS ABORDAGENS TERAPÊUTICAS. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 9, n. 7, p. 1920-1930, 2023.
14. RAMOS, M. C.; GOMES, L.; ZANLORENSSI, G. ANTIBIÓTICOS. Unicamp. 2021.
15. RAPPUOLI, R., PIZZA, M., GIUDICE, G., E GREGORIO, E. VACCINES, NEW OPPORTUNITIES FOR A NEW SOCIETY. Proceedings of the National Academy of Sciences, 116(1), 46-52. DOI: 10.1073/pnas.1814850115, 2019.
16. RICE L. B. MECHANISMS OF RESISTANCE AND CLINICAL RELEVANCE OF RESISTANCE TO BETALACTAMS, GLYCOPEPTIDES, AND FLUOROQUINOLONES. Mayo Clinic proceedings Mayo Clinic. 2012;87(2):198-208. Epub 2012.
17. ROCHA. L. Resistência causada pelo uso indiscriminado de antibióticos. IOC/Fiocruz. 2015.
18. SOARES, I. C., GARCIA, P. C. RESISTÊNCIA BACTERIANA: A RELAÇÃO ENTRE O CONSUMO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS E O SURGIMENTO DE SUPERBACTÉRIAS. FACULDADE ATENAS, v. 19, 2020.
19. TEIXEIRA, A. R. et al. RESISTÊNCIA BACTERIANA RELACIONADA AO USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS. 2019.
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