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Constituição Federal – Legislação Esquematizada 
 
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SUMÁRIO 
TEORIA DA CONSTITUIÇÃO ...................................................................................................................................... 3 
TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais ................................................................................................................. 8 
TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais ............................................................................................. 12 
CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS ......................................................... 14 
CAPÍTULO II – DOS DIREITOS SOCIAIS ............................................................................................................. 30 
TÍTULO III – Da Organização do Estado ................................................................................................................. 37 
CAPÍTULO I – DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA ..................................................................... 37 
CAPÍTULO II – DA UNIÃO ..................................................................................................................................... 39 
CAPÍTULO III - DOS ESTADOS FEDERADOS ..................................................................................................... 48 
CAPÍTULO IV - Dos Municípios ............................................................................................................................. 50 
CAPÍTULO V - DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS ........................................................................ 54 
CAPÍTULO VI - DA INTERVENÇÃO ...................................................................................................................... 55 
CAPÍTULO VII - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ................................................................................................ 59 
CAPÍTULO IV - DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA ................................................................................. 80 
TÍTULO V - Da Defesa do Estado e Das Instituições Democráticas .................................................................... 89 
CAPÍTULO I - DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO ................................................................... 89 
CAPÍTULO II - DAS FORÇAS ARMADAS ............................................................................................................. 91 
CAPÍTULO III - DA SEGURANÇA PÚBLICA ......................................................................................................... 92 
 
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TEORIA DA CONSTITUIÇÃO 
 
Constituição - Sentidos 
Sentido Sociológico 
 
➢ Defensor: Ferdinand Lassalle. (Sentido Sociológico); 
 
➢ A Constituição é criada a partir da soma dos fatores reais do poder dentro de uma sociedade; 
 
➢ A Constituição escrita sem a soma dos fatores reais é considerada uma mera folha de papel. 
 
Sentido Político 
 
➢ Defensor: Carl Schmitt. (Sentido Político) 
 
➢ A Constituição é criada a partir de uma decisão política fundamental do titular do poder constituinte. 
 
➢ Estabelece a diferença entre Constituição e Lei Constitucional. 
 
Constituição Lei Constitucional 
Apresenta matéria de decisão política 
fundamental. 
Não apresenta matéria de decisão política 
fundamental. O que interessa é a forma ou 
processo de como o texto foi criado. 
Trata-se dos principais aspectos (o conteúdo em si, 
parte material) do Texto Constitucional como: 
Parte estrutural do Estado (Poder Executivo, 
Legislativo e Judiciário) e da sociedade, direitos 
individuais, Forma de governo, Sistema governo, 
Forma de Estado. 
Trata-se do restante dos dispositivos do texto 
constitucional que não exercem tanta influência 
material, mas sim formal (Processo Legislativo). 
Sentido Jurídico 
 
➢ Defensor: Hans Kelsen. 
 
➢ A Constituição é criada a partir da vontade racional, sendo norma pura, sem qualquer influência 
sociológica, política, ou filosófica. 
 
➢ Kelsen divide a Constituição em dois sentidos: 
✓ Sentido Lógico-Jurídico; 
✓ Sentido Jurídico-Positivo. 
 
Sentido Lógico-Jurídico Sentido Jurídico-Positivo 
A Constituição é considerada uma norma 
fundamental hipotética. 
Serve como fundamento lógico para validar a 
Constituição no sentido Jurídico-Positivo. 
Trata-se da norma positiva suprema, sendo uma 
série de normas , hierarquicamente, que ajudam na 
criação de outras normas inferiores (Pirâmide de 
Kelsen). 
Normas supostas, hipoteticamente. Normas postas, positivadas. 
 
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Pirâmide de Kelsen 
Trata-se de uma pirâmide estabelecendo a hierarquia das normas jurídicas. As normas jurídicas inferiores 
retiram seu fundamento das normas jurídicas superiores. 
 
Sentido Culturalista 
 
➢ Defensores: José Afonso da Silva e Meirelles Teixeira. 
 
➢ A Constituição apresenta características relacionadas aos fatores reais (Aspectos Sociológicos), 
espirituais, elementos racionais (Aspectos Jurídicos) e voluntaristas, abrangendo a vontade política 
(Aspectos Políticos) da sociedade. É considerada uma Constituição Total, pois engloba os aspectos, 
políticos, sociais e jurídicos de uma sociedade. 
 
Sentido Normativo (Visão Concretista) 
 
➢ Defensor: Konrad Hesse. 
 
➢ Tal Concepção foi feita como resposta de discordância ao Sentido Sociológico, pois a constituição 
escrita, em certos casos, pode determinar e ordenar a alteração da realidade político-social. 
 
 
Conceito Ideal de Constituição 
 
Conforme CANOTILHO, a Constituição Ideal é aquela que contém: 
✓ Um sistema de garantia da liberdade (Direitos individuais); 
✓ Participação dos Cidadãos nos atos do Poder Legislativo; 
✓ A definição e o reconhecimento do princípio da separação dos poderes; 
✓ Sistema democrático formal; 
✓ Texto Escrito. 
 
 
Normas Constitucionais
Constituição, E.C, Tratados Internacionais de Direitos 
humanos aprovados pelo mesmo qórum das EC.
Norma Supra Legal
Tratados Internacionais de Direitos humanos aprovados pelo 
rito ordinário.
Normas Infraconstitucionais
Leis Ordinárias, Complementares, Delegadas, Medidas 
Provisórias, Decretos Leislativos, Resoluções Leislativas, 
Tratados Internacionais gerais e Decretos Autônomos.
Normas Infralegais
Decretos executivos, portarias, instruções normativas.
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Constituição - Classificação 
Quanto à Origem 
Outorgada 
 
A Constituição é criada de forma unilateral pelo Poder Constituinte Originário, 
sem a representação da população. São Constituições Autoritárias, comuns 
em regimes ditatoriais, imperiais e fascistas. 
 
Ex: Constituições de 1824 (Império); 1937 (Era Vargas); 1967 (Regime Militar). 
 
Promulgada ou 
Democrática 
 
A Constituição é feita por meio de representantes do povo (Assembleia 
Nacional Constituinte), eleitos diretamente pela população. 
 
Ex: CF/1988. 
 
Cesarista ou 
Bonapartista 
 
A Constituição é fruto de um projeto elaborado de forma autoritária, sendo a 
participação da população feita por meio de plebiscito ou referendo para 
ratificar o projeto elaborado autoritariamente. 
 
Ex: Ditadura de Pinochet – Chile; Era Napoleônica – França. 
 
Pactuada ou Dualista 
 
A Constituição é formada por meioe à infância, a assistência aos desamparados, na forma 
desta Constituição. 
 
Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda básica familiar, 
garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de renda, cujas normas e requisitos de 
acesso serão determinados em lei, observada a legislação fiscal e orçamentária. (E.C 114/21) 
 
Direitos Sociais 
➢ São direitos de segunda geração ou dimensão. 
 
➢ Rol Exemplificativo; 
 
➢ Criados a partir do poder extroverso (império) do Estado. 
 
➢ Liberdades Positivas; 
 
➢ Alguns direitos podem ter aplicação Imediata; 
 
➢ Assegura a igualdade material entre o ser humano; 
 
➢ O Estado deve atuar adotando políticas públicas com a finalidade de beneficiar os interesses da 
coletividade. 
 
➢ Caráter Positivo; 
 
➢ Aplica-se a Reserva do Possível (Os direitos sociais são implementados pelo Estado dentro dos 
limites dos recursos) e a Teoria do Mínimo Existencial (O Estado deve prestar uma quantidade 
mínima à população em relação aos direitos sociais para não afetar a dignidade da pessoa 
humana). 
 
➢ Aplica-se a Proibição do Retrocesso Social (É vedada a revogação integral ou parcialmente de direitos 
sociais que já se concretizaram). 
 
➢ Sendo omisso o Poder Público em relação a efetividade dos direitos sociais, é possível a invocação 
do Poder Judiciário mediante Mandado de Injunção e Ação Direta de Inconstitucionalidade por 
Omissão. 
 
➢ A cláusula de reserva do possível pode ser alegada pelo Estado como obstáculo à total 
implementação dos direitos sociais. 
 
➢ Por mais que, expressamente, os direitos sociais não sejam cláusulas pétreas, a doutrina majoritária 
entende que, implicitamente, estes são cláusulas pétreas. 
 
Direitos Sociais – Mnemônico 
EDU MORA LA 
 
SAL TRABALHA ALI NO TRANSPORTE 
 
ASSIs PROs SEGue PRESO 
 
Educação; Moradia; Lazer 
 
Saúde; Trabalho; Alimentação; Transporte 
 
Assistência aos desamparados; Proteção a maternidade e a infância; Segurança; Previdência Social. 
 
 
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Direitos Sociais Acrescidos por EC 
Transporte EC nº 90/2015 
Alimento EC nº 64/2010 
Moradia EC nº 26/2000 
Mnemônico: TAM 
 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: 
 
I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou, nos termos de lei complementar, que 
preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; 
 
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
 
III – fundo de garantia do tempo de serviço; 
 
IV – salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais 
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e 
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação 
para qualquer fim; 
 
V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; 
 
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; 
 
VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; 
 
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; 
 
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
 
X – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; 
 
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, 
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; 
 
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 
 
XIII – duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de 
horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
 
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo 
negociação coletiva; 
 
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
 
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal; 
 
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal; 
 
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 dias; 
 
XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
 
 
 
 
 
 
 
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ADCT 
ADCT. Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição: 
 
I – fica limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da porcentagem prevista no art. 
6º, caput e § 1º, da Lei n.º 5.107, de 13 de setembro de 1966; 
 
II – fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: 
 
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, 
desde o registro de sua candidatura até 1 ano após o final de seu mandato; 
 
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. 
 
§ 1º Até que a lei venha a disciplinar o disposto no art. 7º, XIX, da Constituição, o prazo da licença-
paternidade a que se refere o inciso é de cinco dias. 
 
XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; 
 
XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30 dias, nos termos da lei; 
 
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; 
 
XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; 
 
XXIV – aposentadoria; 
 
XXV – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 anos de idade em creches e 
pré-escolas; 
 
XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; 
 
XXVII – proteção em face da automação, na forma da lei; 
 
XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este 
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
 
XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de 5 anos 
para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 2 anos após a extinção do contrato de trabalho; 
 
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de 
sexo, idade, cor ou estado civil; 
 
XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador 
de deficiência; 
 
XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais 
respectivos; 
 
XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 e de qualquer trabalho a 
menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos; 
 
XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador 
avulso. 
 
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos 
IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as 
condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, 
principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, 
IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. 
 
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Trabalhadores Domésticos 
Direitos 
Assegurados 
✓ Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou, nos termos de lei 
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; 
 
✓ Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
 
✓ Fundo de garantia do tempo de serviço; 
 
✓ Salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas 
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, 
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos 
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; 
 
✓ Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; 
 
✓ Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração 
variável; 
 
✓ Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da 
aposentadoria; 
 
✓ Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
 
✓ Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; 
 
✓ Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos 
termos da lei; 
 
✓ Duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 semanais, facultada a 
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção 
coletiva de trabalho; 
 
✓ Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
 
✓ Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal; 
 
✓ Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário 
normal; 
 
✓ Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 
dias; 
 
✓ Licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
 
✓ Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30 dias, nos 
termos da lei; 
 
✓ Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e 
segurança; 
 
✓ Aposentadoria; 
 
✓ Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 anos de 
idade em creches e pré-escolas; 
 
✓ Reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; 
 
✓ Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a 
indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
 
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✓ Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de 
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 
 
✓ Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do 
trabalhador portador de deficiência; 
 
✓ Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 e de 
qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 
14 anos; 
Direitos Não 
Assegurados 
✓ Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; 
 
✓ Participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, 
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; 
 
✓ Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de 
revezamento, salvo negociação coletiva; 
 
✓ Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos 
termos da lei; 
 
✓ Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na 
forma da lei; 
 
✓ Proteção em face da automação, na forma da lei; 
 
✓ Ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo 
prescricional de 5 anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 2 anos 
após a extinção do contrato de trabalho; 
 
✓ Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os 
profissionais respectivos; 
 
✓ Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o 
trabalhador avulso. 
 
Direitos Estendidos aos Servidores Públicos 
✓ Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais 
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, 
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo 
vedada sua vinculação para qualquer fim; 
 
✓ Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; 
 
✓ Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; 
 
✓ Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
 
✓ Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 
 
✓ Duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação 
de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
 
✓ Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
 
✓ Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal; 
 
✓ Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal; 
 
✓ Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 dias; 
 
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✓ Licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
 
✓ Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; 
 
✓ Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; 
 
✓ Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, 
idade, cor ou estado civil; 
 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
 
I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no 
órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical; 
 
II – é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria 
profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores 
interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; 
 
III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em 
questões judiciais ou administrativas; 
 
IV – a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada 
em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva (Contribuição 
Confederativa), independentemente da contribuição (Contribuição Sindical) prevista em lei; 
 
V – ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; 
 
VI – é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; 
 
VII – o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais; 
 
VIII – é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção 
ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até 1 ano após o final do mandato, salvo se 
cometer falta grave nos termos da lei. 
 
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de 
pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. 
 
Não Confundir! 
➢ Contribuição Confederativa: 
✓ Contribuição pagas por profissionais que se afiliam ao sindicato; 
✓ É fixada pela assembleia geral; 
✓ Não é considerado um tributo. 
✓ STF/SúmulaVinculante 40: A contribuição confederativa de que trata o artigo 8º, IV, da Constituição 
Federal, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo. 
 
➢ Contribuição Sindical: 
✓ Contribuição que era paga por todas as pessoas integrantes de uma classe profissional ou 
econômica. 
✓ Deixou de ser: 
• Tributo; 
• Compulsória; 
• Instituída por lei; 
• Obrigatória. 
 
Sucessão Processual 
Trata-se da substituição da parte, em razão da modificação da titularidade do direito material afirmado em 
juízo. É a troca da parte. Uma outra pessoa assume o lugar do litigante originário, fazendo-se parte na 
relação processual. 
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Substituição Processual 
A substituição processual é uma figura extraordinária no processo, em que o substituto defende em nome 
próprio direito alheio. 
Fonte: http://www.tjpi.jus.br/themisconsulta/pdf/17643734 
Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=61723 
 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de 
exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. 
 
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades 
inadiáveis da comunidade. 
 
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. 
 
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em 
que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. 
 
 Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes 
com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. 
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http://www.tjpi.jus.br/themisconsulta/pdf/17643734
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=61723
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TÍTULO III – Da Organização do Estado 
 
CAPÍTULO I – DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA 
 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 
 
 
 
Autonomia 
As capacidades de auto-organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação reconhecidas 
aos estados federados exemplificam a autonomia que lhes é conferida pela Carta Constitucional. 
Auto-organização 
Trata-se da autonomia do ente federativo de elaborar sua própria lei orgânica ou 
Constituição Estadual. 
Autolegislação Trata-se da autonomia do ente federativo criar normas jurídicas e abstratas. 
Autogoverno 
Consiste na autonomia que o ente federativo possui de montar os seus poderes 
(Legislativo, Executivo e Judiciário) e eleger seus representantes. 
Autoadministração Consiste na capacidade do ente federativo gerir a Administração Pública. 
 
 
 
Forma de Estado 
Estado Unitário Estado Federal 
✓ Poder político centralizado; 
 
✓ O Estado é o único que tem poderes, podendo 
se subdividir em províncias ou departamentos 
para fins meramente administrativos, podendo 
o governo central revogar suas competências; 
 
✓ Não há entes com autonomia; 
✓ Poder político descentralizado; 
 
✓ Formado por um Estado soberano constituído 
de estados-membros com autonomia política. 
 
✓ Os Estados federados não podem ter suas 
competências revogadas pelo governo central. 
 
Entidade 
Soberana
Estado Federal 
(República Federativa do Brasil)
Entidades 
Autônomas
Entes Federativos (U/E/DF/M)
Forma de Estado: Federalismo. Forma de Governo: Republicano
Sistema de Governo: 
Presidencialismo
Regime de Governo: Democrático
República Federativa 
do Brasil
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Federalismo 
Por Agregação (Centrípeto) Por Desagregação ou Segregação 
✓ Consiste na formação de um novo Estado 
Federativo a partir da união entre estados 
soberanos e independentes. Os entes eram 
fracionados e se uniram para formar um único 
Estado. 
 
✓ Possui um movimento centrípeto (Fora para 
Dentro). 
 
Ex: EUA, Alemanha. 
✓ Consiste no surgimento de vários Estados-
Membros a partir de um Estado Unitário. 
Ocorre a descentralização do poder político, 
formando, assim, outros Estados com autonomia. 
 
✓ Possui um movimento centrífugo (Dentro para 
Fora). 
 
 
Ex: Brasil. 
 
Federalismo 
Dual Cooperativo 
As atribuições são separadas entre os entes 
federados de forma extremamente rígida. Não 
existindo cooperação entre os Estados-Membros. 
 
 
Ex: EUA. 
As atribuições são mais flexíveis, sendo exercidas 
de maneira comum ou concorrente entre os entes. 
Existe uma maior integração entre os entes 
federativos. 
 
Ex: Brasil (CF/88. Art. 23. E Art. 24.). 
 
 
 
§1º Brasília é a Capital Federal. 
 
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
 
 
 
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou 
formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente 
interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
 
Incorporação, Subdivisão ou Desmembramento entre Estados ou Formação de Novos Estados ou 
Territórios Federais 
✓ Aprovação da população diretamente interessada por plebiscito; 
 
✓ Aprovação de lei complementar federal no Congresso Nacional. 
Características 
da República
Forma de Governo;
Eletividade para os cargos políticos;
Temporariedade: O mandato político é por tempo determinado;
Responsabilidade: O político é responsável pelos seus atos.
Territórios Federais
Integram a União;
Criação, Transformação ou Reintegração ao 
Estado de origem mediante Lei complementar.
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§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, 
dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante 
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade 
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
 
 
 
Modalidades de Formação de Estados Federados 
Incorporação ou Fusão 
União de dois Estados Federados para formação de um novo Estado. 
Ex: Estado X + Estado Y = Estado Z. 
Subdivisão 
Ocorre quando um Estado deixa de existir, passando a se dividir em 
dois ou mais Estados. 
Desmembramento por 
Formação 
Um determinado Estado perde uma parte do seu território para a 
criação de um novo. 
Desmembramento por 
Anexação 
Um determinado Estado perde uma parte do seu território para se 
anexar a outro Estado já existente. 
 
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
 
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com 
eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de 
interesse público; 
 
II – recusar fé aos documentos públicos; 
 
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
 
CAPÍTULO II – DA UNIÃO 
 
Art. 20. São bens da União: 
 
I– os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; 
 
II – as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, 
das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; 
 
Terras Devolutas 
Terras devolutas são todas aquelas que, pertencentes ao domínio público de qualquer das entidades 
estatais, não se acham utilizadas pelo Poder Público, nem destinadas a fins administrativos 
específicos. São bens públicos ainda não utilizados pelos respectivos proprietários 
Fonte: MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 38 ed. São Paulo: Editora Malheiros, 2012, p. 607. 
 
III – os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um 
Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, 
bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; 
 
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas 
oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas 
afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; 
 
V – os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; 
Criação, Incorporação, 
Fusão e Desmembramento 
de Municípios
Ocorrerá por Lei Estadual;
Em período determinado por Lei Complementar Federal;
Dependerá de Consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos 
Municípios envolvidos;
Após Estudos de Viabilidade Municipal apresentados na forma da lei.
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VI – o mar territorial; 
 
VII – os terrenos de marinha e seus acrescidos; 
 
VIII – os potenciais de energia hidráulica; 
 
IX – os recursos minerais, inclusive os do subsolo; 
 
X – as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; 
 
XI – as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
 
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a 
participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de 
geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar 
territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. 
 
§ 2º A faixa de até 150km de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é 
considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. 
 
Repartição de Competências 
A CF/88 exerce os dois tipos de repartições: vertical e Horizontal. 
Repartição Vertical Repartição Horizontal 
Consiste na divisão de competências de maneira 
concorrente, possibilitando que os entes 
federativos legislem sobre os mesmos temas 
dentro de seu próprio âmbito e executem atividades 
comuns. 
 
CF/88. Art. 23. É competência comum da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: 
 
CF/88. Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao 
Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
Consiste na divisão de competências, de forma 
exclusiva ou privativa, para cada ente federativo, 
sem existir atribuições concomitantes. 
 
CF/88. Art. 21. Compete à União: 
 
CF/88. Art. 22. Compete privativamente à União legislar 
sobre: 
 
CF/88. Art. 30. Compete aos Municípios: 
 
Competência Exclusiva ou Comum Competência Privativa ou Concorrente. 
Trata-se de competência administrativa. Trata-se de competência legislativa. 
CF/88. Art. 21. Compete à União: 
 
CF/88. Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios: 
CF/88. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
 
CF/88. Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito 
Federal legislar concorrentemente sobre: 
 
Princípio da Preponderância de Interesse 
Consiste na repartição de competência conforme o grau de responsabilidade de cada ente federativo. 
 
→ União: Trata das matérias de interesse nacional. 
→ Estados: Tratam das matérias de interesse regional. 
→ Distrito Federal: Trata das matérias de interesse regional e local. 
→ Municípios: Tratam das matérias de interesse local. 
 
Art. 21. Compete à União: 
 
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; 
 
II - declarar a guerra e celebrar a paz; 
 
III - assegurar a defesa nacional; 
 
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IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou 
nele permaneçam temporariamente; 
 
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; 
 
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; 
 
VII - emitir moeda; 
 
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as 
de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada; 
 
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento 
econômico e social; 
 
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; 
 
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, 
nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros 
aspectos institucionais; 
 
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: 
 
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; 
 
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em 
articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; 
 
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura aeroportuária; 
 
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que 
transponham os limites de Estado ou Território; 
 
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; 
 
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; 
 
Formas de Delegação 
União Autorização, Permissão e Concessão 
Estados Concessão 
Municípios Concessão e Permissão 
 
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a 
Defensoria Pública dos Territórios; 
 
Atenção! 
A EC/69 excluiu a competência da União de organizar e manter a Defensoria Pública do DF, sendo, desta 
forma, competência do próprio Distrito Federal. 
 
Competências – Não Confundir 
Compete à União Organizar e manter o PJ, o MP do D.F e dos Territórios e a DP dos Territórios; 
Compete ao D.F Organizar e manter a sua Defensoria Pública. 
 
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do 
Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços 
públicos, por meio de fundo próprio; 
 
 
 
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STF/Súmula Vinculante 39 
Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar e 
do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal. 
 
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbitonacional; 
 
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e 
televisão; 
 
XVII - conceder anistia; 
 
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as 
inundações; 
 
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos 
de seu uso; 
 
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e 
transportes urbanos; 
 
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; 
 
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; 
 
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a 
pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e 
seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: 
 
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante 
aprovação do Congresso Nacional; 
 
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para pesquisa e 
uso agrícolas e industriais; (E.C.118/22) 
 
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, a comercialização e a utilização de radioisótopos para 
pesquisa e uso médicos; (E.C.118/22) 
 
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; 
 
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; 
 
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa. 
 
XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o tratamento de dados pessoais, nos termos da lei. (E.C.115/22) 
 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
 
II - desapropriação; 
 
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Competência Legislativa 
Compete à União Fixação do horário bancário, para atendimento ao público. 
Compete aos 
Municípios 
Regulação o horário do comércio local, desde que não infrinjam leis 
estaduais ou federais válidas. 
Compete aos 
Municípios 
Imposição legal de um limite ao tempo de espera em fila dos usuários dos 
serviços prestados pelos cartórios. 
Compete aos 
Municípios 
Medidas que propiciem segurança, conforto e rapidez aos usuários de 
serviços bancários. 
 
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; 
 
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; 
 
Compete privativamente à União legislar sobre: 
* Informática; 
* Telecomunicações; 
* Radiodifusão; 
* Energia; 
*Águas 
Mnemônico: INTERAGIA 
 
V - serviço postal; 
 
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; 
 
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; 
 
STF/ADI 4.701 
Ação direta de inconstitucionalidade. Lei estadual que fixa prazos máximos, segundo a faixa etária dos 
usuários, para a autorização de exames pelas operadoras de plano de saúde. (...) Os arts. 22, VII; e 21, 
VIII, da CF atribuem à União competência para legislar sobre seguros e fiscalizar as operações relacionadas 
a essa matéria. Tais previsões alcançam os planos de saúde, tendo em vista a sua íntima afinidade com a 
lógica dos contratos de seguro, notadamente por conta do componente atuarial. 
 
VIII - comércio exterior e interestadual; 
 
IX - diretrizes da política nacional de transportes; 
 
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; 
 
XI - trânsito e transporte; 
Compete 
privativamente à 
União legislar
CAPACETE DE PM
* Direito Civil;
* Direito Agrário;
* Direito Penal;
* Direito Aeronáutico;
* Direito Comercial;
* Direito Eleitoral;
* Direito do Trabalho;
* Direito Especial;
* Desapropriação;
* Direito Processual;
* Direito Marítimo.
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XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; 
 
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; 
 
XIV - populações indígenas; 
 
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; 
 
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; 
 
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria 
Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; 
 
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; 
 
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; 
 
XX - sistemas de consórcios e sorteios; 
 
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, mobilização, 
inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares; 
 
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais; 
 
XXIII - seguridade social; 
 
 
 
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; 
 
XXV - registros públicos; 
 
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; 
 
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas 
diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto 
no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; 
 
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional; 
 
XXIX - propaganda comercial. 
 
XXX - proteção e tratamento de dados pessoais. (E.C. 115/22) 
 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das 
matérias relacionadas neste artigo. 
 
 
 
Seguridade 
Social
União legisla 
privativamente
Previdência 
Social
U/E/DF legislam 
concorrentemente
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Compete privativamente à União legislar sobre: 
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; 
 
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; 
 
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; 
 
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; 
 
XX - sistemas de consórcios e sorteios; 
Dica: Sistema 
Exceção: CF/88. Art. 21. XIX. 
CF/88. Art. 21. Compete à União: 
 
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de 
direitos de seu uso; 
 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: 
 
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio 
público; 
 
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; 
 
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, 
as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; 
 
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor 
histórico, artístico ou cultural; 
 
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à 
inovação; 
 
VI - protegero meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
 
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; 
 
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; 
 
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de 
saneamento básico; 
 
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos 
setores desfavorecidos; 
 
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos 
hídricos e minerais em seus territórios; 
 
Não Confundir 
Bens da União Recursos minerais, inclusive os do subsolo; 
Compete privativamente 
à União legislar 
Jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; 
É competência comum da 
U/E/DF/M 
Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de 
pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus 
territórios; 
 
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. 
 
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Não Confundir 
Compete privativamente 
à União legislar 
Trânsito e transporte; 
É competência comum da 
U/E/DF/M 
Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do 
trânsito. 
 
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito 
nacional. 
 
Competência 
Concorrente (CF/88. Art. 24) União, Estados e DF 
Comum (CF/88. Art. 23) União, Estados, DF e Municípios 
Privativa (CF/88. Art. 22) União 
 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (Vide Lei nº 13.874, de 2019) 
 
II - orçamento; 
 
 
 
III - juntas comerciais; 
 
IV - custas dos serviços forenses; 
 
V - produção e consumo; 
 
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, 
proteção do meio ambiente e controle da poluição; 
 
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; 
 
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, 
estético, histórico, turístico e paisagístico; 
 
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; 
 
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; 
 
XI - procedimentos em matéria processual; 
 
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; 
 
Competências – Não Confundir 
União Legisla Privativamente U/E/DF Legislam Concorrentemente 
✓ Diretrizes e bases da educação nacional 
✓ Direito processual 
✓ Seguridade Social 
✓ Conflito de competência em matéria tributária 
✓ Educação e Ensino 
✓ Procedimentos em matéria processual 
✓ Previdência Social, proteção e defesa da Saúde 
✓ Direito Tributário 
 
Competência 
concorrente (U/E/DF)
PUFETO
* Direito Penitenciário;
* Direito Urbanístico;
* Direito Financeiro;
* Direito Econômico;
* Direito Tributário;
* Orçamento.
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XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; 
 
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; 
 
XV - proteção à infância e à juventude; 
 
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. 
 
Competência 
Legislativa Estadual 
✓ Obrigar operadoras de plano de saúde a fornecer ao consumidor informações e 
documentos em caso de negativa de cobertura. 
Privativa legislativa 
da União 
✓ Disciplinar a comercialização de títulos de capitalização, estabelecendo 
obrigações e impedimentos para sua venda e publicidade. 
 
✓ Prever prazos máximos para que as empresas de planos de saúde autorizem 
exames médicos aos usuários. 
 
✓ Exigir Certidão negativa de Violação aos Direitos do Consumidor dos 
interessados em participar de licitações e em celebrar contratos com órgãos e 
entidades da Administração pública estadual. 
 
✓ Estabelecer regras para a cobrança pela prestação de serviços privados de 
estacionamento de veículos em áreas particulares. 
 
Competência Concorrente 
Os incisos estão relacionados à (ao): 
✓ Área financeira e comercial; 
✓ Meio ambiente; 
✓ Consumidor; 
✓ Patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; 
✓ Previdência Social, Saúde, Defensoria Pública e Assistência Jurídica; 
✓ Proteção das Pessoas com Deficiência, infância, juventude; 
✓ Direito Penitenciário e Polícias Civis. 
 
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
 
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos 
Estados. 
 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para 
atender a suas peculiaridades. 
 
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for 
contrário. 
 
Competência Suplementar 
É dividida em competência supletiva e complementar. 
Competência Supletiva Competência Complementar 
Ocorre quando inexistindo lei federal sobre 
normas gerais, os Estados exercerão a 
competência legislativa plena, para atender a suas 
peculiaridades. 
Ocorre quando já existe prévia lei federal, podendo 
esta ser especificada pelos E/DF. 
 
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CAPÍTULO III - DOS ESTADOS FEDERADOS 
 
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os 
princípios desta Constituição. 
 
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. 
 
Atenção! 
A União (CF/88. Arts. 21 e 22) e os Municípios (CF/88. Art. 30.) possuem o Rol de competências expresso 
na CF/88. Já a competência dos Estados é residual, conforme o Art. 25. § 1º. 
 
STF/ADI 1.052 
A segurança pública é de competência comum dos Estados-membros, sendo também sua competência 
remanescente a prerrogativa de legislar sobre transporte intermunicipal. 
 
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na 
forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. 
 
 
 
§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações 
urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a 
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. 
 
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: 
 
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na 
forma da lei, as decorrentes de obras da União; 
 
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio 
da União, Municípios ou terceiros; 
 
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; 
 
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. 
 
Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na 
Câmara dos Deputados e, atingido o número de 36, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados 
Federais acima de 12. 
 
§ 1º Será de quatro anos o mandato dosDeputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta 
Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, 
impedimentos e incorporação às Forças Armadas. 
 
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, na razão 
de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, 
observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. 
 
§ 3º Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços 
administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos. 
 
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual. 
 
Gás Canalizado
Estado explora diretamente ou mediante concessão;
Na forma da lei;
Vedada edição de medida provisória.
Dica: Gás Canalizado → Estado
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49 
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de 4 anos, realizar-se-á no 
primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, 
do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de janeiro do ano 
subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 desta Constituição. (E.C 111/21) 
 
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta 
ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. 
 
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de 
iniciativa da Assembleia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 
2º, I. 
 
Fixação de Subsídios do Legislativo e Executivo 
Vereadores 
Fixados pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a 
subsequente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios 
estabelecidos na respectiva Lei Orgânica. 
Prefeito, Vice e 
Secretários Municipais 
Fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal. 
Deputados Estaduais 
Fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, na razão de, no 
máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os 
Deputados Federais. 
Governador, Vice e 
Secretários Estaduais 
Fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa. 
Deputados Federais e 
Senadores 
Fixados por Decreto Legislativo de competência exclusiva do Congresso 
Nacional. 
Presidente, Vice e 
Ministros de Estado 
Fixados por Decreto Legislativo de competência exclusiva do Congresso 
Nacional. 
 
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CAPÍTULO IV - Dos Municípios 
 
Poder Executivo Poder Legislativo Poder Judiciário 
Todos os Entes Federativos Todos os Entes Federativos 
Todos os Entes Federativos, 
exceto Municípios. 
 
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em 2 turnos, com o interstício mínimo de 10 dias, e 
aprovada por 2/3 dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos 
nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos 
 
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de 4 anos, mediante pleito direto e 
simultâneo realizado em todo o País; 
 
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao 
término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77 (Sistema Majoritário Absoluto), no 
caso de Municípios com mais de 200.000 eleitores; 
 
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição; 
 
IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: 
 
a) 9 Vereadores, nos Municípios de até 15.000 habitantes; 
 
b) 11 Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 habitantes e de até 30.000 habitantes; 
: 
: 
x) 55 Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 de habitantes; 
 
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da 
Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 
 
VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a 
subsequente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva 
Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: 
 
a) em Municípios de até 10.000 habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a 20% do subsídio 
dos Deputados Estaduais; 
 
b) em Municípios de 10.001 a 50.000 habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a 30% do 
subsídio dos Deputados Estaduais; 
 
c) em Municípios de 50.001 a 100.000 habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a 40% do 
subsídio dos Deputados Estaduais; 
 
d) em Municípios de 100.001 a 300.000 habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a 50% do 
subsídio dos Deputados Estaduais; 
 
e) em Municípios de 300.001 a 500.000 habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a 60% do 
subsídio dos Deputados Estaduais; 
 
f) em Municípios de mais de 500.000 habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a 75% do 
subsídio dos Deputados Estaduais; 
 
VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco 
por cento da receita do Município; 
 
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na 
circunscrição do Município; (Imunidade Material apenas no âmbito do Município). 
 
 
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IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta 
Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros 
da Assembleia Legislativa; 
 
X - Julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; 
 
XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal; 
 
XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal; 
 
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através 
de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; 
 
XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único. 
 
Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e os 
demais gastos com pessoal inativo e pensionistas, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos 
ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5º do art. 153 e nos arts. 158 e 159 desta 
Constituição, efetivamente realizado no exercício anterior: 
 
I - 7% para Municípios com população de até 100.000 habitantes; 
 
II - 6% para Municípios com população entre 100.000 e 300.000 habitantes; 
 
III - 5% para Municípios com população entre 300.001 e 500.000 habitantes; 
 
IV - 4,5% para Municípios com população entre 500.001 e 3.000.000 de habitantes; 
 
V - 4% para Municípios com população entre 3.000.001e 8.000.000 de habitantes; 
 
VI - 3,5% para Municípios com população acima de 8.000.001 habitantes. 
 
§ 1º. A Câmara Municipal não gastará mais de 70% de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto 
com o subsídio de seus Vereadores. 
 
§ 2º. Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal: 
 
I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo; 
 
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou 
 
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária. 
 
§ 3º. Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o desrespeito ao § 1º (Gasto 
superior a 70% da receita da Câmara Municipal com folha de pagamento) deste artigo. 
Imunidades 
Parlamentares
Deputados Estaduais e 
Distritais
Possuem as mesmas 
prerrogativas dos 
Deputados Federais.
Vereadores
Possuem apenas 
imunidade material dentro 
da circunscrição do 
Município.
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Art. 30. Compete aos Municípios: 
 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; 
 
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da 
obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; 
 
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; 
 
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de 
interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; 
 
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e 
de ensino fundamental; 
 
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da 
população; 
 
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, 
do parcelamento e da ocupação do solo urbano; 
 
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora 
federal e estadual. 
 
Competência Legislativa 
Compete à União Fixação do horário bancário, para atendimento ao público. 
Compete aos 
Municípios 
Regulação o horário do comércio local, desde que não infrinjam leis 
estaduais ou federais válidas. 
Compete aos 
Municípios 
Imposição legal de um limite ao tempo de espera em fila dos usuários dos 
serviços prestados pelos cartórios. 
Compete aos 
Municípios 
Medidas que propiciem segurança, conforto e rapidez aos usuários de 
serviços bancários. 
 
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle 
externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. 
 
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos 
Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. 
 
Fiscalização do Municípios 
Controle Interno → Poder Executivo Municipal; 
 
Controle Externo → Poder Legislativo Municipal (Câmara Municipal + Auxílio dos TCEs ou TCM ou TCMs); 
 
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, 
só deixará de prevalecer por decisão de 2/3 dos membros da Câmara Municipal. 
 
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante 60 dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, 
para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. 
 
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. 
 
 
 
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Não Confundir! 
Tribunal de Contas Municipal Tribunais de Contas dos Municípios 
✓ Órgão Municipal; 
 
✓ Fiscaliza as contas de um Município; 
 
✓ Auxilia apenas uma Câmara Municipal no controle 
de contas; 
 
✓ É vedada a criação de novos Tribunais de Contas 
Municipais. 
 
✓ Há somente dois: TCM/RJ e TCM/SP. 
✓ Órgão Estadual; 
 
✓ Fiscaliza as contas de todos os Municípios; 
 
✓ Auxilia as todas as Câmaras Municipais do 
Estado no controle externo; 
 
✓ É possível a criação de novos Tribunais de 
Contas dos Municípios. 
 
✓ Há somente três: TCM/BA, TCM/GO e TCM/PA. 
 
 
 
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CAPÍTULO V - DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS 
 
Seção I 
DO DISTRITO FEDERAL 
 
Distrito Federal - Características 
➢ Possui natureza jurídica híbrida, apresentando características dos Estados e dos Municípios; 
 
➢ STF: A autonomia do DF é parcialmente tutelada à União, uma vez que a é a União que mantém 
alguns órgãos do D.F. (SV nº 39: Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos 
membros das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal) 
 
➢ Art. 18. CF/88: Considera o DF um ente federado autônomo. 
 
➢ Não pode ser dividido em Municípios (CF/88. Art. 32.). 
 
➢ O DF dispõe de: 
✓ Autoadministração; 
✓ Auto-organização; 
✓ Autolegislação; 
✓ Autogoverno. 
 
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois 
turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a 
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. 
 
§ 1º. Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. 
 
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados 
Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração. 
 
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27. 
 
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, da polícia civil, da polícia penal, da 
polícia militar e do corpo de bombeiros militar. 
 
Seção II 
DOS TERRITÓRIOS 
 
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios. 
 
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no 
Capítulo IV deste Título. 
 
§ 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do 
Tribunal de Contas da União. 
 
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de 100 mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta 
Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e 
defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência 
deliberativa. 
 
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55 
CAPÍTULO VI - DA INTERVENÇÃO 
 
Intervenção 
➢ Consiste em um instrumento excepcional que retira, temporariamente, a autonomia do ente político 
(Estados, DF ou Municípios) para prevenir o princípio federativo. 
 
➢ No sistema constitucional brasileiro, a intervenção é excepcional, limitada e taxativa. 
 
➢ Possui rol taxativo e é amparada pelo princípio da proporcionalidade. 
 
➢ Tipos de Intervenção: 
✓ Federal: Ocorre quando a União intervém sobre os Estados, DF ou Municípios Territoriais. 
 
✓ Estadual: Ocorrequando os Estados intervêm sobre os Municípios. 
 
➢ OBS: A União não pode intervir sobre os Municípios, exceto no caso dos Municípios dos Territórios 
Federais. 
 
➢ Quem decreta a intervenção do ente federativo? 
✓ Chefe do Poder Executivo. Podendo ser o Presidente da República, quando se tratar de 
intervenção federal, ou o Governador quando se tratar de intervenção estadual. 
 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: (Rol Taxativo) 
 
I - manter a integridade nacional; 
 
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; 
 
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; 
 
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; 
 
Intervenção Federal por Livre Exercício dos Poderes 
Executivo e 
Legislativo 
Em relação ao Poder Executivo e Legislativo, sendo estes restringidos do seu livre 
exercício, a intervenção deverá ser provocada por solicitação feita pelo Poder 
restringido ao Chefe do Executivo. 
 
A decisão do Chefe do Executivo será discricionária, podendo ou não aceitar a 
solicitação. 
Judiciário 
Em relação ao Poder Judiciário, sendo este restringido do seu livre exercício, a 
intervenção deverá ser provocada por requisição do STF ao Chefe do Executivo. 
 
A decisão do Chefe do Executivo será vinculada, devendo o Chefe do Executivo 
decretar a intervenção federal. 
 
 
 
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: 
Poder Legislativo 
ou Executivo
Intervenção por 
solicitação
Poder Judiciário
Intervenção por 
requisição
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a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de 2 anos consecutivos, salvo motivo de força maior; 
 
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos 
estabelecidos em lei; 
 
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; 
 
Atenção! 
Em se tratando sobre o provimento de execução de ordem ou decisão judicial, o Chefe do Executivo 
será provocado mediante requisição, estando, assim, vinculado a decretar a intervenção. 
 
Atenção! 
No caso de recusa de execução de lei federal, a decretação da intervenção dependerá de provimento, 
pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República. 
 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
 
b) direitos da pessoa humana; 
 
c) autonomia municipal; 
 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de 
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. 
 
Atenção! 
Em se tratando dos princípios constitucionais sensíveis, a decretação da intervenção dependerá de 
provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República. 
 
Intervenção Federal 
Espontânea 
Ocorre quando o Presidente da República decreta a intervenção de ofício, sem a 
necessidade de provocação. 
 
CF/88. Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: 
(Rol Taxativo) 
I - manter a integridade nacional; 
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; 
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; 
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: 
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo 
motivo de força maior; 
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro 
dos prazos estabelecidos em lei; 
Intervenção Federal 
Provocada 
Ocorre quando o Presidente da República precisa ser provocado para decretar a 
intervenção. 
 
CF/88. Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: 
(Rol Taxativo) 
 
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; 
 
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; 
 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino 
e nas ações e serviços públicos de saúde. 
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Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território 
Federal, exceto quando: (Rol Taxativo) 
 
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por 2 anos consecutivos, a dívida fundada; 
 
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; 
 
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino 
e nas ações e serviços públicos de saúde; 
 
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios 
indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. 
 
Atenção! 
O Procurador-Geral de Justiça é o responsável pela representação. 
 
Não é cabível recurso extraordinário contra acórdão de tribunal de justiça que defere pedido de 
intervenção estadual em município, pois a decisão não possui natureza jurídica, mas sim político-
administrativa. 
 
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: 
 
I - no caso do art. 34, IV (garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação), de 
solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo 
Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário; 
 
Poder Legislativo ou Poder Executivo Poder Judiciário 
Intervenção Provocada por Solicitação Intervenção Provocada por Requisição 
 
II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do 
Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral; 
 
Requisição – Órgão Competente 
TSE Quando se tratar de violação de ordem ou decisão da Justiça Eleitoral 
STJ 
Quando se tratar de violação de ordem ou decisão do STJ, Justiça Federal ou Justiça 
Estadual, exceto quando envolver questão de ordem constitucional, sendo o STF 
responsável pela requisição. 
STF Quando se tratar de violação de ordem ou decisão da Justiça do Trabalho, Militar ou STF. 
 
III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na 
hipótese do art. 34, VII (Princípios Constitucionais Sensíveis), e no caso de recusa à execução de lei federal. 
 
Representação do PGR 
Ação de Executoriedade de Lei Federal ADI Interventiva 
Trata-se da representação do Procurador Geral da 
República para prover a execução de lei federal. 
Trata-se da representação do Procurador Geral da 
República para resguardar os princípios 
constitucionais sensíveis. 
 
A ADI Interventiva tem: 
 
✓ Efeito Jurídico: O ato que viola o princípio 
constitucional é tornado invalido. 
 
✓ Efeito Político: Decretação da intervenção 
federal. 
 
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§ 1º O decreto de intervenção, que especificaráa amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se 
couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia 
Legislativa do Estado, no prazo de 24 horas. 
 
§ 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembleia Legislativa, far-se-á convocação 
extraordinária, no mesmo prazo de 24 horas. 
 
§ 3º Nos casos do art. 34, VI (prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial) e VII (Princípios 
Constitucionais Sensíveis), ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela 
Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida 
bastar ao restabelecimento da normalidade. 
 
Casos de Dispensa do Controle Político 
A apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia Legislativa será dispensada, devendo o decreto se 
limitar a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da 
normalidade, nos casos de: 
 
✓ Intervenção Federal para prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; 
 
✓ Intervenção Federal para assegurar os Princípios Constitucionais Sensíveis; 
 
✓ Intervenção Estadual quando o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a 
observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de 
ordem ou de decisão judicial. 
 
§ 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo 
impedimento legal. 
 
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CAPÍTULO VII - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
Seção I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: 
 
Princípios Expressos da 
Administração Pública 
Legalidade; 
Impessoalidade; 
Moralidade; 
Publicidade; 
Eficiência. 
Mnemônico: LIMPE. 
 
Princípio da Legalidade 
➢ Previsto Expressamente na CF/88; 
 
➢ Aplicado aos entes da administração pública direta e indireta, de todos os poderes e esferas de 
governo; 
 
➢ Uma das principais garantias aos direitos individuais, tendo a função de estabelecer limites da 
atuação administrativa; 
 
➢ O princípio da legalidade possui dois sentidos: 
✓ Para os Administrados: Estes poderão fazer tudo o que for permitido por lei e tudo que não for 
proibido; 
 
CF/88, Art.5º, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; 
 
✓ Para a administração pública: A administração pública só atuará quando existir previsão legal, ou 
seja, se limitará à lei; (Princípio da Estrita legalidade). 
 
OBS: A Administração pública não só deve obedecer aos atos normativos primários (leis,CF), como 
também, aos secundários, como as portarias, decretos, instruções. 
 
Princípios da Legalidade X Princípio da Reserva Legal 
➢ Não se confundem; 
 
➢ De acordo com o princípio da legalidade a Administração Pública deve atuar conforme a lei em sentido 
amplo, já o princípio da reserva legal estabelece que certos assuntos sejam regulados por lei 
formal, ou seja, lei em sentido estrito (leis ordinárias e complementares); 
Princípio da Legalidade Princípio da Reserva Legal 
Diz respeito à lei em sentido amplo. 
Certos assuntos são tratados por lei em sentido 
estrito. 
 
Mitigação do Princípio da Legalidade 
➢ O princípio da legalidade pode ser restringido quando se tratar de: 
✓ Edição de Medidas Provisórias; 
 
✓ Decretação do Estado de Defesa; 
 
✓ Decretação do Estado de Sítio. 
 
 
 
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60 
Princípio da Impessoalidade 
➢ É o princípio que busca a finalidade pública, procurando tratar todos os administrados de forma 
isonômica, sendo vedada a promoção pessoal. 
 
➢ Desdobra-se em 04 princípios: 
✓ Princípio da Finalidade; 
 
✓ Princípio da Igualdade ou Isonomia; 
 
✓ Vedação de Promoção Pessoal; 
 
✓ Impedimento e Suspeição. 
 
Princípio da Finalidade 
Estabelece que os atos da administração pública tenham por finalidade a satisfação do interesse 
público (sentido amplo); tendo o ato administrativo finalidade específica apresentada em lei (sentido 
estrito). 
 
Princípio da Igualdade ou Isonomia 
➢ A administração deve tratar todos de forma isonômica, sem discriminações, não podendo favorecer 
pessoas indevidamente; 
 
CF/88, Art.37, II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, 
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração; 
 
CF/88, Art. 37, XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e 
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a 
todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições 
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e 
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 
 
Vedação de Promoção Pessoal 
➢ É vedada a promoção pessoal do agente público, pois estes atuam em nome do Estado. 
 
CF/88, Art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá 
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou 
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
 
OBS: A promoção pessoal fere também os princípios da legalidade e moralidade. 
 
Impedimento e Suspeição 
Tais institutos são utilizados quando a pessoa não possui condições de atuar em um processo 
administrativo ou judicial por causa do parentesco, amizade ou inimizade com as pessoas que fazem 
parte do processo; 
 
Igualdade 
Formal ou Igualdade Jurídica Material, Real ou Substancial 
Trata-se do tratamento imparcial estabelecido 
pela lei aos indivíduos, sem distinção de raça, cor, 
sexo, religião ou etnia. 
Consiste na busca pela igualdade de fato, sendo os 
desiguais tratados em condições desiguais, na 
medida de sua desigualdade. 
 
 
 
 
 
 
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Princípio da Moralidade 
➢ - Expresso na CF/88; 
 
➢ - O agente público deve seguir uma conduta ética, devendo respeitar não só a legalidade, mas 
também a moralidade administrativa; 
 
CF/88, Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, 
a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e 
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
 
CF/88,Art. 14, § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua 
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato 
considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência 
do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou 
indireta. 
 
CF/88, Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato 
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que ode um pacto entre duas forças políticas 
rivais. 
 
Ex: Realeza x Nobreza e Burguesia (Constituição Francesa - 1791); 
 
Quanto à Forma 
Escrita ou 
Instrumental 
 
A Constituição é criada por um único documento constituído de regras 
sistematizadas e organizadas. 
 
Ex: CF/88. 
 
Não Escrita ou 
Costumeira ou 
Consuetudinária 
 
A Constituição é formada por textos esparsos, considerados fundamentais para 
a sociedade devido aos usos, costumes e jurisprudências. Com isso, a 
Constituição não possui regras em um único texto, de forma codificada. 
 
Ex: Constituição da Inglaterra. 
 
Quanto à Extensão 
Sintética 
(Concisas, Breves, 
Sumárias ou Básicas) 
 
São Constituições pequenas, formadas apenas pelos princípios fundamentais 
e estruturais do Estado. São mais duradouras e estáveis. 
 
Ex: Constituição Americana. 
 
Analítica 
(Amplas, Extensas, 
Prolixas, Volumosas) 
 
São Constituições abrangentes, englobam, além dos princípios fundamentais e 
estruturais, diversos assuntos que caberiam a normas infraconstitucionais. 
 
Ex: CF/88. 
 
Quanto ao Conteúdo 
Material 
 
Texto Constitucional que apresenta as normas fundamentais, estruturais e 
organizacionais do Estado (Conteúdo em si), além dos direitos e garantias 
fundamentais. 
 
Ex: Constituição Brasileira de 1824 (Império). 
 
Formal 
 
Constituição formada por um conjunto de normas, independentemente do seu 
conteúdo, além de apresentar o processo de sua formação. 
 
Ex: CF/88. 
 
 
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6 
 
Quanto ao Modo de Elaboração 
Dogmática ou 
Sistemática 
 
Constituição formada a partir de teorias, planos e sistemas prévios, conforme 
os valores e princípios de sua época. São Escritas. 
 
Ex: CF/88. 
 
Histórica 
 
São Constituições formadas a partir de um longo e contínuo processo, 
englobando acontecimentos, tradições e cultura da população. 
 
Ex: Constituição Inglesa. 
 
Quanto à Alterabilidade (Mutabilidade, Estabilidade, Consistência) 
Rígida 
 
São Constituições que possuem um processo legislativo mais dificultoso para 
sua alteração em relação às demais normas não constitucionais. 
 
Ex: Processo de Emenda Constitucional (CF/88. Art. 60. § 2º). 
 
CF/88. Art. 60. § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em 
ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 
 
Flexível (Plástica) 
São Constituições alteradas por meio de um processo legislativo semelhante 
às demais normas infraconstitucionais. Não há hierarquia entre a 
Constituição e Lei infraconstitucional. 
Semirrígida 
(Semiflexível) 
São Constituições que possuem um processo legislativo mais dificultoso em 
determinadas matérias da Constituição e um processo menos dificultoso em 
outras. 
Fixas (Silenciosas) 
São Constituições que somente podem ser alteradas por meio do Poder 
Constituinte Originário. 
Transitoriamente 
Flexível 
Trata-se de uma Constituição que se inicia aceitando um mesmo processo de 
alteração das demais normas infraconstitucionais (Flexível) e posteriormente, 
passa a ter um processo de alteração mais dificultoso (Rígida). 
Imutável 
Trata-se de Constituições que nunca são alteradas, sendo intocáveis ou 
permanentes. 
Super-Rígida 
(Alexandre de Moraes) 
Trata-se da Constituição que possui um processo de alteração dificultoso, 
além de possuir certos assuntos que não podem ser alterados (imutáveis). 
 
O doutrinador Alexandre de Moraes considera a CF/88 como Super-Rígida, 
estabelecendo o Art. 60. § 4º como imutável, sendo uma Cláusula Pétrea. 
 
O STF não possui o mesmo posicionamento, admitindo a alteração das 
matérias apresentadas no Art. 60. § 4º da CF/88, desde que não seja uma 
alteração para abolir, mas sim para ampliar os preceitos. 
 
CF/88. Art. 60. § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
 
 
 
 
 
 
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7 
Quanto à Sistemática 
Reduzida ou Unitária 
ou Codificada 
 
A Constituição se materializa em um único texto. 
 
Ex: CF/88. 
 
Variada ou Legal 
 
Constituição formada por vários textos e documentos esparsos, não se 
apresenta em um único código. 
 
Ex: Constituição Belga (1830). 
 
Quanto à Correspondência com a Realidade (Critério Ontológico) – Karl Loewenstein 
Normativa 
É a Constituição que impõe limites ao poder político, em seu texto, sendo estes 
limites concretizados e respeitados na realidade. 
Nominalista ou 
Nominativa 
É a Constituição que impõe limites ao poder político, em seu texto, porém 
estes limites não se concretizam na realidade. 
Semântica ou 
Instrumentalista 
É a Constituição que não apresenta nenhuma limitação de poder político na 
realidade, servindo somente para conferir legitimidade formal a quem exerce 
o poder. Encontrada em Regimes Autoritários. 
Quanto à Decretação 
Heterônoma 
Trata-se da Constituição decretada por um Estado a outro que irá implantá-la. 
É uma constituição que vem de fora do Estado em que terá vigência. 
Autônoma 
Trata-se da Constituição elaborada pelo próprio Estado que irá implantá-la. 
 
Ex: CF/88. 
Quanto à Dogmática 
Ortodoxa Constituição formada por uma única forma de pensar. 
Eclética 
Constituição formada por uma pluralidade de ideologias. 
 
Ex: CF/88. 
Quanto ao Sistema 
Principiológica 
Constituição com uma predominância de Princípios. Apresenta alto grau de 
abstração. 
 
Ex: CF/88. 
Preceitual 
Constituição com um predomínio de regras. Apresenta baixo grau de abstração. 
 
Ex: Constituição Mexicana. 
Constituição Garantia x Constituição Dirigente x Constituição Balanço 
Constituição Garantia Constituição Dirigente Constituição Balanço 
Visa garantir a liberdade por 
meio dos direitos fundamentais 
de primeira geração, limitando 
o poder do Estado. 
Tem o propósito de estabelecer um 
plano com programas de ação 
futura, tarefas e finalidades 
(normas programáticas) para o 
Estado dirigir uma evolução 
política. 
Visa à criação de uma 
Constituição por certo período 
de tempo. Finalizado o período, 
faz-se um novo balanço para a 
criação de uma nova 
constituição. Reflete um degrau 
de evolução socialista. 
 
Quanto ao Objeto das Constituições - Doutrina – José Afonso da Silva 
“as Constituições têm por objeto estabelecer a estrutura do Estado, a organização de seus órgãos, o modo 
e aquisição do poder e a forma de seu exercício, limites de sua atuação, assegurar os direitos e garantias 
dos indivíduos, fixar o regime político e disciplinar os fins socioeconômicos do Estado, bem como os 
fundamentos dos direitos econômicos, sociais e culturais”. 
 
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8 
PREÂMBULO 
 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado 
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e 
sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução 
pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
FEDERATIVA DO BRASIL. 
 
Preâmbulo 
➢ O preâmbulo apresentaEstado participe, à moralidade administrativa, ao 
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas 
judiciais e do ônus da sucumbência; 
 
➢ Mesmo que o ato praticado pelo agente esteja em conformidade com a lei, caso ofenda a moral, os 
princípios de justiça e de equidade, a ideia de honestidade, estará ocorrendo ofensa não só ao 
princípio da moralidade administrativa, como também ao da impessoalidade, igualdade e eficiência, 
devendo este ato ser anulado. 
 
➢ O STF entende que é vedado o nepotismo na administração pública vindo o fundamento diretamente 
da CF, sem necessidade de lei específica. 
 
➢ Nos cargos de natureza política, não existirá o nepotismo, quando o nomeado realmente possuir 
capacidade técnica para o cargo. Caso contrário, ou seja, a pessoa nomeada para o cargo de natureza 
política não possua capacidade técnica, demonstrando assim a troca de favores, não será possível a 
nomeação. 
 
➢ A doutrina entende que a imoralidade surge do conteúdo (objeto) do ato. Com isso, um ato pode ser 
considerado imoral, mesmo sem o agente ter a intenção de cometer a imoralidade. 
 
Princípio da Publicidade 
➢ O princípio da publicidade exige a ampla divulgação dos atos praticados pela Administração Pública, 
ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas em lei. 
 
➢ O princípio da publicidade tem por finalidade estabelecer a: 
✓ Publicação do ato como requisito para começar a gerar seus efeitos (eficácia), ou seja, não é um 
requisito de validade do ato, mas sim de eficácia; 
 
✓ Transparência da Administração Pública em seus atos para o controle pelos administrados. 
 
Princípio da Eficiência 
➢ Trata-se do princípio que exige dos agentes públicos a busca por melhores resultados com o menor 
custo e tempo possível. 
 
➢ Incluído pela EC 19/98 devido à reforma gerencial com a implementação do Plano Diretor da Reforma 
do Aparelho do Estado; 
 
➢ Nos estudos da doutrinadora DI PIETRO, o princípio da eficiência pode ser levado em consideração à 
atuação do agente público, sendo esperado que este preste o seu serviço da melhor forma possível, 
com um alto desempenho para obter bons resultados. Além disso, tal princípio está diretamente 
relacionado ao modo de organização, estrutura e disciplina do Poder Público visando atingir 
resultados na prestação do serviço público. 
 
 
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62 
CF/88, Art. 37, § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta 
e indireta, regulando especialmente: 
 
I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de 
serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; 
 
CF/88, Art. 41, § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
 
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, 
assegurada ampla defesa. 
 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos 
estabelecidos em lei, (Norma de Eficácia Condicionada) assim como aos estrangeiros, na forma da lei; 
(Norma de eficácia limitada). 
 
Classificação de Agentes Públicos 
➢ O gênero agentes públicos se divide nas seguintes espécies: 
✓ Agentes Políticos; 
✓ Agentes Administrativos; 
✓ Agentes Honoríficos; (Particulares em colaboração com o Poder Público) 
✓ Agentes Delegados; (Particulares em colaboração com o Poder Público) 
✓ Agentes Credenciados. (Particulares em colaboração com o Poder Público) 
✓ Militares. 
 
Servidores Públicos em Sentido Amplo ou Agentes Administrativos 
➢ São pessoas naturais que exercem funções públicas, cargos públicos e empregos públicos nas 
administrações direta e indireta, sendo pagas mediante remuneração (cargos públicos) ou salário 
(empregos públicos) pela administração pública. 
 
➢ São enquadrados como funcionários públicos para efeitos penais, conforme o C.P. 
 
CP/40. Art. 327 – Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou 
sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 
 
➢ Podem ser: 
• Servidores Públicos; 
• Celetistas; 
• Temporários; 
 
Servidores Públicos em Sentido Estrito ou Estatutário 
➢ São aqueles que possuem cargo público, podendo ser em comissão ou efetivo, sendo este último 
mediante concurso público; 
 
➢ Submetem-se ao Regime Jurídico Estatutário; (Vinculo Legal). 
 
➢ Fazem parte da Administração Direta, Autárquica ou Fundação Pública de Direito Público. 
 
Ex. Técnico Judiciário, Analista Judiciário, Auditor de Controle Externo do TCU. 
 
Celetistas ou Empregados Públicos 
➢ São aqueles que possuem emprego público; 
 
➢ Submetidos a CLT, ou seja, a Legislação Trabalhista; 
 
➢ Vínculo de natureza contratual; 
 
➢ Predomina as regras de direito privado; 
 
➢ Fazem parte da Administração Indireta, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista; 
 
EX. CEF, BB; 
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63 
 
Servidores Temporários 
➢ Não possuem cargo ou emprego público, mas apenas função pública. 
 
➢ Vínculo contratual, porém por meio de regime jurídico especial, e não celetista; 
 
CF/88. Art. 37. IX – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a 
necessidade temporária de excepcional interesse público; 
 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de 
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma 
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração; 
 
Segunda Chamada em Testes Físicos 
Regra Exceção 
STF/RE 630.733/DF STF/RE 1.058.333/PR 
Os candidatos em concurso público não têm direito 
à prova de segunda chamada nos testes de 
aptidão física em razão de circunstâncias pessoais, 
ainda que de caráter fisiológico ou de força 
maior, salvo contrária disposição editalícia. 
É constitucional a remarcação do teste de aptidão 
física de candidata que esteja grávida à época de 
sua realização, independentemente da previsão 
expressa em edital do concurso público. 
 
STF/Súmula Vinculante 43 
É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia 
aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na 
qual anteriormente investido. 
 
Servidores Estáveis, porém, Não Efetivos – ADCT Art. 19. 
Os servidores admitidos sem concurso público, que trabalhavam a, pelo menos, 05 anos continuados, antes 
da promulgação da Constituição, são considerados estáveis, porém, não são efetivos. 
Servidores Admitidos sem Concurso antes de 05/10/1983 Estáveis e não efetivos 
Servidores Admitidos sem Concurso após de 05/10/1983 Não são estáveis nem efetivos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Extinção de Cargos Ocorre por lei.
Extinção de Cargos 
Vagos
Lei ou decreto 
autônomo.
Declaração de 
Desnecessidade de Cargo
Não depende de lei.
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64 
Desnecessidade de Concursos Públicos 
➢ Não há necessidade de realizar concursos públicos no caso de: 
✓ Função Pública; 
 
✓ Cargos em Comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
 
✓ Função Temporária: casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade 
temporáriade excepcional interesse público; Normalmente é feito um processo seletivo simplificado. 
 
✓ Cargos Eletivos: Prefeitos, governadores, Presidente da República, senadores, deputados, 
vereadores; 
 
✓ Ministros de Tribunais Superiores, TCU e conselheiros de tribunais de contas. Todos são 
indicações políticas. 
 
✓ Cargos preenchidos pelo Quinto Constitucional; 
 
✓ Ex-combatentes de operações bélicas na Segunda guerra mundial: ADCT, Art. 53. Ao ex-
combatente que tenha efetivamente participado de operações bélicas durante a Segunda Guerra 
Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, serão assegurados o 
aproveitamento no serviço público, sem a exigência de concurso, com estabilidade; 
 
✓ Agentes Comunitários de Saúde e Endemias: Contratados por processo seletivo público. (CF/88 
Art.198, § 4º) 
 
✓ Serviços Sociais Autônomos (Sistema “S”); 
 
✓ Organizações Sociais. 
 
Recusa da Nomeação por parte da Administração 
Requisitos para justificar o não cumprimento do dever de nomeação por parte da Administração Pública: 
✓ Superveniência: os eventuais fatos ensejadores de uma situação excepcional devem ser 
necessariamente posteriores à publicação do edital do certame público; 
✓ Imprevisibilidade: a situação deve ser determinada por circunstâncias extraordinárias, imprevisíveis à 
época da publicação do edital; 
✓ Gravidade: os acontecimentos extraordinários e imprevisíveis devem ser extremamente graves, 
implicando onerosidade excessiva, dificuldade ou mesmo impossibilidade de cumprimento efetivo das 
regras do edital; 
✓ Necessidade: a solução drástica e excepcional de não cumprimento do dever de nomeação deve ser 
extremamente necessária, de forma que a Administração somente pode adotar tal medida quando 
absolutamente não existirem outros meios menos gravosos para lidar com a situação excepcional e 
imprevisível. 
 
III - o prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável uma vez, por igual período; 
 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público 
de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo 
ou emprego, na carreira; 
 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os 
cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais 
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; 
 
Atribuições de Direção, Chefia e Assessoramento 
Funções de confiança e cargos em comissão destinam-se apenas às atribuições de Direção, Chefia e 
Assessoramento. 
Mnemônico: DICA 
 
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65 
Cargos em Comissão 
➢ Pode ser ocupado sem a necessidade de prévia aprovação em concurso público; 
 
➢ Servidor de Cargo efetivo pode exercer Cargo em comissão; 
 
➢ É de livre nomeação e exoneração; 
 
➢ Destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; 
 
➢ A nomeação para cargo em comissão deve ser feita mediante indicação discricionária pela autoridade 
competente. 
 
➢ O TCU não aprecia, para fins de registro, a legalidade dos atos de nomeações para cargo de 
provimento em comissão. 
 
Função de Confiança 
➢ Exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, destinadas apenas às 
atribuições de direção, chefia e assessoramento. 
 
➢ Destina-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; 
 
Cláusulas de Barreira 
➢ É a fixação de uma nota de corte entre os concorrentes que não foram eliminados pelas cláusulas 
eliminatórias. 
 
➢ O STF admite a utilização das cláusulas eliminatórias e de barreira, desde que fundadas em critérios 
objetivos direcionados ao desempenho do mérito do candidato, concretizando o princípio da 
igualdade no âmbito do concurso público. 
 
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; 
 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; 
 
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e 
definirá os critérios de sua admissão; 
 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse público; 
 
Contratação Temporária 
➢ A Contratação temporária é uma forma excepcional de contratar pessoas para determinado serviço. 
 
➢ A pessoa não exerce nem cargo nem emprego público, mas apenas função pública; 
 
➢ Possuem um regime especial, não fazendo parte do regime jurídico único nem celetista. O Vínculo 
do contrato temporário é feito por contrato de direito público, sendo seu regime previdenciário o RGPS; 
 
CF/88. Art. 37. IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a 
necessidade temporária de excepcional interesse público; 
 
➢ O STF entende que para a contratação temporária acontecer são necessários os seguintes 
requisitos: 
✓ Deve existir previsão legal nos casos excepcionais, apresentando situações fáticas, sendo 
inconstitucional lei que apresente hipóteses genéricas; 
✓ O prazo de contratação deve ser predeterminado; 
✓ A Necessidade do serviço deve ser temporária; 
✓ O interesse público deve ser excepcional; 
✓ Necessidade de contratação indispensável, vedada a contratação para serviços permanentes do 
Estado; 
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66 
 
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser 
fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral 
anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; 
 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, 
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra 
espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer 
outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, 
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio 
mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito 
do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte 
e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no 
âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos 
Defensores Públicos; 
 
Teto Constitucional 
➢ O Teto Constitucional obedece ao subsídio mensal dos ministros do STF. 
 
➢ Todas as categorias, da Administração Direta, Autárquica ou fundacional, de todos os poderes e 
esferas de governo, estão sujeitas ao teto. 
 
➢ As Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e Subsidiárias são alcançadas pelo teto se 
receberem recursos do ente federado para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em 
geral. 
 
➢ Excluem-se do teto as parcelas de natureza indenizatória previstas em lei. 
 
➢ Teto Remuneratório dos Municípios: Subsídio do Prefeito. 
 
➢ Teto Remuneratório dos Estados e D.F: 
✓ Poder Executivo: Subsídio do governador; 
 
✓Poder Legislativo: Subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais (Limitado a 75% do subsídio 
dos deputados federais); 
 
✓ Poder Judiciário: Subsídio (até 90,25% do subsídio do STF) dos Desembargadores do TJ. 
Aplicável também aos membros do MP, Procuradores e aos Defensores Públicos. 
 
➢ Os subsídios dos Deputados Federais, governadores e Prefeitos podem ser iguais ao do STF. 
 
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos 
pagos pelo Poder Executivo; 
 
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de 
remuneração de pessoal do serviço público; 
 
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados 
para fins de concessão de acréscimos ulteriores; 
 
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o 
disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. 
 
 
 
 
 
 
 
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Exceções ao Princípio da Irredutibilidade de Vencimentos 
Regra: O subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, 
exceto no caso de: 
✓ Respeito ao limite do teto constitucional; (CF/88. Art. 37. XI) 
 
✓ Acréscimos pecuniários percebidos por servidor público que não serão computados nem 
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (CF/88. Art. 37. XIV) 
 
✓ Fixação de subsídio em parcela única, sendo vedado o acréscimo de qualquer gratificação, 
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória; (CF. Art. 39. §4º); 
 
✓ Imposto de Renda. (CF/88. Art. 153, III, e . §2º); 
 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de 
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: 
 
a) a de dois cargos de professor; 
 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; 
 
Acumulação de Cargos 
➢ Regra: não é possível a acumulação de cargos; 
 
➢ Exceções: 
✓ Dois cargos de professor; (CF/88. Art. 37. XVI) 
 
✓ Um cargo de professor com outro técnico ou científico; (CF/88. Art. 37. XVI) 
 
✓ Dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; 
(CF/88. Art. 37. XVI) 
 
✓ Um cargo de vereador com outro cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do 
cargo eletivo; (CF/88. Art. 38. III.) 
 
✓ Um cargo de juiz com outro de magistério; (CF/88. Art. 95. P.U. I) 
 
✓ Um cargo de membro do Ministério Público com outro de magistério; (CF/88. Art. 125, § 5º, II, “d”) 
 
✓ Militares das Forças Armadas + cargo ou emprego privativo de profissional de saúde, com 
profissões regulamentadas; (CF/88. Art. 142. § 3º); 
 
➢ OBS: Conforme a E.C nº 101, os Policiais Militares e Bombeiros Militares dos Estados passaram a ter 
a possibilidade de acumular seu cargo público com: 
✓ 01 cargo de professor; 
✓ 01 cargo técnico ou científico; 
✓ 01 cargo ou emprego privativo de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; 
 
➢ OBS: Para a acumulação de cargos públicos é necessária à compatibilidade de horários. 
 
➢ OBS: Todos os casos de acumulação estão previstos na CF/88, sendo possível novas hipóteses apenas 
por meio de Emenda Constitucional, não podendo E/DF/M criarem novos tipos de acumulação. 
 
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, 
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou 
indiretamente, pelo poder público; 
 
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XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e 
jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; 
 
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, 
de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as 
áreas de sua atuação; 
 
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas 
no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; 
 
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão 
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os 
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da 
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica 
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (Regulamento) 
 
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades 
essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos 
prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o 
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. 
 
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter 
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
 
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade 
responsável, nos termos da lei. 
 
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, 
regulando especialmente: 
 
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de 
serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; 
 
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o 
disposto no art. 5º, X e XXXIII; 
 
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na 
administração pública. 
 
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da 
função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em 
lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
 
Efeitos dos Atos de Improbidade Administrativa – CF/88. Art. 37. § 4º 
• Perda da Função Pública; 
• Ação Penal Cabível; 
• Ressarcimento ao erário; 
• Indisponibilidade dos bens; 
• Suspensão dos Direitos Políticos; 
Mnemônico: PARIS. 
 
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, 
que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. 
 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos 
responderão pelos danos que seus agentes (Responsabilidade Objetiva), nessa qualidade, causarem a 
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
 
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Responsabilidade Civil do Estado BrasileiroBrasil adota a Responsabilidade Objetiva que faz parte da Teoria do Risco Administrativo; 
Quem participa dessa responsabilidade? 
➢ Administração direta, Autarquias, Fundações Públicas de direito Público; 
 
➢ Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista (APENAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS 
PÚBLICOS); 
 
➢ Pessoas privadas com contrato com a Administração Pública que prestam SERVIÇO PÚBLICO 
através de delegação. 
➢ A responsabilidade civil objetiva não alcança as empresas públicas e sociedades de economia mista que 
forem exploradoras de atividade econômica, pois nesse caso a responsabilidade será subjetiva; 
 
➢ Na responsabilidade civil objetiva é possível o direito de regresso, que é a possibilidade de o Agente 
ou responsável, no caso de dolo ou culpa, indenizar a Administração Pública o que esta indenizou 
ao particular. 
 
CF/88, Art.37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o 
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
➢ A responsabilidade do agente público é subjetiva, ou seja, depende de comprovação de dolo ou 
culpa. 
 
➢ A responsabilidade do Estado é objetiva, ou seja, independe de comprovação de dolo ou culpa. 
 
Requisitos para Responsabilidade Civil do Estado 
➢ Requisitos para ocorrer a responsabilidade civil do estado: 
✓ Conduta; 
✓ Dano; 
✓ Nexo de Causalidade. 
Conduta 
➢ É a ação do agente público que faz com que prejudique o particular; 
 
➢ A conduta do agente público ocorre quando: 
✓ “Estiver no exercício das funções Públicas;” 
✓ “Ainda que não esteja no exercício da função pública, proceda como se estivesse a exercê-la;” 
✓ “O agente atue na qualidade de agente público.” 
 
➢ O Estado será responsabilizado, no caso do agente de fato, desde que o Estado permita a atuação 
deste, não consentido o estado não terá responsabilidade. 
Dano 
➢ Pode ser de natureza patrimonial ou moral; 
 
➢ Ocorre quando a ação do estado atinge um direito do particular devendo indenizá-lo; 
 
➢ O dano deve ser um direito juridicamente tutelado, não sendo não existe dano; 
 
➢ O dano pode ocorrer de uma conduta lícita do Estado. 
Nexo de Causalidade 
É relação entre a conduta estatal e o dano sofrido pelo terceiro; 
 
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta 
e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas. 
 
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§8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e 
indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que 
tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: 
 
I – o prazo de duração do contrato; 
 
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos 
dirigentes; 
 
III – a remuneração do pessoal. 
 
Contratos de Gestão 
➢ Instrumentos que fixam incentivos e garantias tendo de estabelecer objetivos estratégicos, metas e 
prazos a serem cumpridos por entidades ou órgãos que assumem esse tipo de compromisso. 
 
➢ Estimula a Gestão por Resultados e a eficiência, além de tentar reduzir a burocratização. 
 
➢ Tanto entidades da administração pública direta e indireta, quanto órgãos podem firmar Contrato de 
Gestão. Inclusive as Organizações Sociais. 
 
➢ Estão expressamente previstos na CF/88. 
 
➢ Objetivos¹ do contrato de gestão: 
✓ Fortalecer a supervisão e os controles ministeriais sobre os resultados das políticas públicas sob 
sua responsabilidade; 
 
✓ Melhorar o processo de gestão da instituição contratada; e 
 
✓ Promover o controle social sobre os resultados esperados e dar-lhes publicidades. 
Fonte¹: Cadernos MARE da Reforma do Estado. Caderno 2. 5ª ed. Brasília. 1998. 
 
§ 9º O disposto no inciso XI (Teto Constitucional) aplica-se às empresas públicas e às sociedades de 
economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou 
dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. 
 
Não Aplicação do Teto Constitucional 
As empresas públicas e sociedades de economia mista, assim como suas subsidiárias, que não 
receberem recursos dos entes federativos (U/E/DF/M) para pagamento de despesas de pessoal ou de 
custeio em geral, não precisam obedecer ao Limite do Teto Constitucional. 
 
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 
42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na 
forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e 
exoneração. 
 
Possibilidade de Acumulação de Proventos de Aposentadoria 
➢ É possível a acumulação de proventos de aposentadoria nas hipóteses de: 
✓ Cargos acumuláveis; 
✓ Cargos eletivos; 
✓ Cargos em comissão; 
 
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI (Teto 
Constitucional) do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. 
 
STF/Súmula Vinculante 37 
Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores 
públicos sob o fundamento de isonomia. 
 
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71 
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI (Teto Constitucional) do caput deste artigo, fica facultado aos 
Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei 
Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, 
limitado a 90,25% do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o 
disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. 
 
Subteto Remuneratório de Valor Único 
Os Estados e o DF dispõem de autonomia para fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas 
Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo 
Tribunal de Justiça, limitado a 90,25% do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não 
se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos 
Vereadores. 
 
§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo cujas 
atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade 
física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível de 
escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem. 
 
Requisitos para Readaptação do Servidor 
• Titular de cargo efetivo; 
• Redução da capacidade física ou mental; 
• Cargo com atribuições e responsabilidades compatíveis com sua limitação sofrida, enquanto durar; 
• Habilitação e o nível de escolaridade compatíveis com o cargo de destino; 
• Mesma remuneração do cargo de origem. 
 
§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de cargo, emprego ou 
função pública, inclusive do RGPS, acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de 
contribuição. 
 
§ 15. É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públicos e de pensões por morte a seus 
dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§ 14 a 16 do art.40 ou que não seja prevista em lei 
que extinga regime próprio de previdência social. 
 
Complementação de Aposentadorias 
➢ É possível a complementação de aposentadorias e pensões por morte de servidores públicos que 
sejam: 
✓ De regime de previdência complementar; 
 
✓ Previsto em lei que extinga regime próprio de previdência social. 
 
§ 16. Os órgãos e entidades da administração pública, individual ou conjuntamente, devem realizar avaliação 
das políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e dos resultados alcançados, na forma da 
lei. 
 
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato 
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: 
 
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou 
função; 
 
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar 
pela sua remuneração; 
 
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu 
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo 
compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; 
 
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será 
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; 
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V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a esse regime, 
no ente federativo de origem. 
 
Mandato Eletivo + Cargo Público 
Mandato Eletivo Federal, 
Estadual ou Distrital 
Servidor Público será afastado do cargo, emprego ou função, passando a 
receber por meio de subsídio do cargo político. 
Mandato de Prefeito ou Vice-
Prefeito 
Servidor Público será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe 
facultado optar pela sua remuneração ou subsídio do cargo político; 
Mandato de Vereador Com 
Compatibilidade de Horários 
Servidor Público perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou 
função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo. 
Mandato de Vereador Sem 
Compatibilidade de Horários 
Servidor Público será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe 
facultado optar pela sua remuneração. 
 
Seção II 
DOS SERVIDORES PÚBLICOS 
 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime 
jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das 
fundações públicas. (Artigo suspenso pelo STF via ADIN nº 2.135-4) 
 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de 
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes. 
 
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará: 
 
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira; 
 
II - os requisitos para a investidura; 
 
III - as peculiaridades dos cargos. 
 
STF/Súmula Vinculante 04 
Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de 
base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão 
judicial. 
 
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o 
aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a 
promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes 
federados. 
 
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, 
XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a 
natureza do cargo o exigir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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73 
Direitos Trabalhistas - Servidor Ocupante de Cargo Público 
Direitos Garantidos Direitos Não Garantidos 
* Salário mínimo; 
 
* Garantia de salário mínimo aos que receberem 
remuneração variável; 
 
* Décimo terceiro salário; 
 
* Remuneração do trabalho noturno superior à do 
diurno; 
 
* Salário-família; 
 
* Duração do trabalho normal não superior a oito 
horas diárias e quarenta e quatro semanais; 
 
* Repouso semanal remunerado, preferencialmente 
aos domingos; 
 
* Remuneração do serviço extraordinário superior, no 
mínimo, em 50% à do normal; 
 
* Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo 
menos, 1/3 a mais do que o salário normal; 
 
* Licença à gestante; 
 
* Licença-paternidade; 
 
* Proteção do mercado de trabalho da mulher; 
 
* Redução dos riscos inerentes ao trabalho; 
 
* Proibição de diferença de salários por motivo de 
sexo, idade, cor ou estado civil; 
* Proteção à Despedida Arbitrária 
 
* FGTS; 
 
* Seguro Desemprego; 
 
* Aviso Prévio; 
 
* Participação nos lucros; 
 
* Acordos Coletivos; 
 
* Assistência gratuita em creches até os 5 anos; 
 
* Seguro contra acidente de trabalho; 
 
* Jornada de turnos ininterruptos; 
 
* Adicional de Insalubridade; 
 
* Piso salarial proporcional à extensão e à 
complexidade do trabalho; 
 
* Irredutibilidade de salário. 
 
* Proibição de distinção entre trabalho manual, 
técnico e intelectual. 
 
STF/Súmula Vinculante 16 
Os arts. 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), da Constituição, referem-se ao total da remuneração 
percebida pelo servidor. 
 
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais 
e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo 
de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie 
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. 
 
Subsídio 
➢ É o pagamento fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, 
abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. 
 
➢ O subsídio é aplicado: 
✓ Obrigatoriamente aos agentes políticos; 
✓ Obrigatoriamente a alguns servidores públicos; 
✓ Facultativamente aos servidores públicos organizados em carreira. 
 
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a 
maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI 
(Teto Constitucional). 
 
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§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da 
remuneração dos cargos e empregos públicos. 
 
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos 
orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para 
aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, 
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou 
prêmio de produtividade. 
 
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º (por 
subsídio). 
 
§ 9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao exercício de funçãode 
confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo. 
 
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter 
contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de 
aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. 
 
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado: 
 
I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando insuscetível de 
readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para verificação da 
continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente 
federativo; 
 
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 anos de idade, ou aos 
75 anos de idade, na forma de lei complementar; 
 
III - no âmbito da União, aos 62 anos de idade, se mulher, e aos 65 anos de idade, se homem, e, no âmbito 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante emenda às 
respectivas Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos 
estabelecidos em lei complementar do respectivo ente federativo. 
 
Aposentadoria do Servidor pelo RPPS – E.C nº 103 
Âmbito da U/E/DF/M Âmbito da União 
Antes E.C nº 103 Após E.C nº 103 
Mulher Homem Mulher Homem 
60 Anos de Idade 65 Anos de Idade 62 Anos de Idade 65 Anos de Idade 
OBS: A aposentadoria por idade estabelecida pela 
CF/88 englobava todos os entes federativos. 
 
OBS: Existia tanto aposentadoria por idade, quanto 
aposentadoria por tempo de contribuição. 
OBS: A aposentadoria por idade estabelecida pela 
CF/88 engloba apenas a União. 
 
OBS: A aposentadoria por idade dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, será 
estabelecida, respectivamente, mediante emenda 
às respectivas Constituições e Leis Orgânicas. 
 
OBS: A aposentadoria por tempo de contribuição não 
existe mais. 
 
Aposentadoria do Servidor pelo RPPS – E.C nº 103 
Âmbito da União 
Aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 
(sessenta e cinco) anos de idade, se homem. 
Âmbito dos Estados/DF/M 
Na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas 
Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e 
os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo 
ente federativo. 
 
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§ 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se refere o § 2º do art. 
201 (Salário Mínimo) ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de Previdência 
Social, observado o disposto nos §§ 14 a 16. 
 
Proventos de Aposentadoria do Servidor Público – Após a E.C nº 103 
Não poderão ser inferiores ao valor do salário mínimo ou superiores ao limite máximo do RGPS. 
 
Salário Mínimo > Proventos de Aposentadoria > Limite Máximo do RGPS 
 
§ 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas em lei do respectivo ente 
federativo. 
 
§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios em regime 
próprio de previdência social, ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º. 
 
§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de 
contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência, previamente submetidos a 
avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar. 
 
§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de 
contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente penitenciário, de agente 
socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51 (Polícia Legislativa da 
Câmara dos Deputados), o inciso XIII do caput do art. 52 (Polícia Legislativa do Senado Federal) e os incisos I 
a IV do caput do art. 144 (I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - 
polícias civis;). 
 
§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de 
contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva 
exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, 
vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. 
 
§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos em relação às idades 
decorrentes da aplicação do disposto no inciso III do § 1º, desde que comprovem tempo de efetivo exercício 
das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei 
complementar do respectivo ente federativo. 
 
Requisitos ou Critérios Diferenciados para Aposentadoria – Após E.C nº 103 
Regra Exceções 
É vedada a adoção de requisitos ou critérios 
diferenciados para concessão de benefícios em 
regime próprio de previdência social. 
É possível a adoção de requisitos ou critérios 
diferenciados, por meio de Lei Complementar do 
respectivo ente federativo, no caso de aposentadoria 
de servidores: 
• Com deficiência, previamente submetidos a 
avaliação biopsicossocial realizada por equipe 
multiprofissional e interdisciplinar; 
 
• Ocupantes do cargo de agente penitenciário, de 
agente socioeducativo ou de policial; 
 
• Que exercem atividades com efetiva exposição a 
agentes químicos, físicos e biológicos 
prejudiciais à saúde, ou associação desses 
agentes, vedada a caracterização por categoria 
profissional ou ocupação. 
 
• Ocupantes do cargo de professor com tempo de 
efetivo exercício das funções de magistério na 
educação infantil e no ensino fundamental e 
médio. 
 
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§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é 
vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta de regime próprio de previdência social, 
aplicando-se outras vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios previdenciários 
estabelecidas no Regime Geral de Previdência Social. 
 
§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se tratar da única fonte de renda formal auferida pelo 
dependente, o benefício de pensão por morte será concedido nos termos de lei do respectivo ente federativo, a 
qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte dos servidores de que trata o § 4º-B (cargo de agente 
penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial) decorrente de agressão sofrida no exercício ou em 
razão da função. 
 
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, 
conforme critérios estabelecidos em lei. 
 
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para fins de aposentadoria, 
observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201 (contagem recíproca do tempo de contribuição entre RGPS 
e RPPS e compensação financeira), e o tempo de serviço correspondente será contado para fins de 
disponibilidade. 
 
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. 
 
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando 
decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a 
contribuição para o regimegeral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de 
inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em 
lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. 
 
§ 12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em regime próprio de previdência social, no que 
couber, os requisitos e critérios fixados para o Regime Geral de Previdência Social. 
 
§ 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou de emprego público, o 
Regime Geral de Previdência Social. 
 
Aplicabilidade do RGPS - Após E.C nº 103 
O Regime Geral de Previdência Social será aplicado a quem ocupa: 
✓ Exclusivamente, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
✓ Cargo temporário; 
✓ Cargo Político por meio de Mandato Eletivo; 
✓ Emprego Público. 
 
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa do respectivo Poder 
Executivo, regime de previdência complementar para servidores públicos ocupantes de cargo efetivo, 
observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social para o valor das 
aposentadorias e das pensões em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto no § 16 
(Servidores que ingressaram no serviço público antes a instituição do regime de previdência complementar pela 
E.C nº 20 e tiveram a opção de aceitar ou não a inclusão deste regime). 
 
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 oferecerá plano de benefícios somente na 
modalidade contribuição definida, observará o disposto no art. 202 e será efetivado por intermédio de entidade 
fechada de previdência complementar ou de entidade aberta de previdência complementar. 
 
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao 
servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do 
correspondente regime de previdência complementar. 
 
§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão 
devidamente atualizados, na forma da lei. 
 
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§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata 
este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de 
que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. 
 
§ 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo, o servidor titular de 
cargo efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e que opte por permanecer 
em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente, no máximo, ao valor da sua 
contribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória. 
 
§ 20. É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social e de mais de um órgão ou 
entidade gestora desse regime em cada ente federativo, abrangidos todos os poderes, órgãos e entidades 
autárquicas e fundacionais, que serão responsáveis pelo seu financiamento, observados os critérios, os 
parâmetros e a natureza jurídica definidos na lei complementar de que trata o § 22. 
 
§ 22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social, lei complementar federal 
estabelecerá, para os que já existam, normas gerais de organização, de funcionamento e de 
responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre: 
 
I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime Geral de Previdência Social; 
 
II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos recursos; 
 
III - fiscalização pela União e controle externo e social; 
 
IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; 
 
V - condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária de que trata o art. 249 e para vinculação 
a ele dos recursos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de qualquer natureza; 
 
VI - mecanismos de equacionamento do deficit atuarial; 
 
VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, observados os princípios relacionados com 
governança, controle interno e transparência; 
 
VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles que desempenhem atribuições relacionadas, 
direta ou indiretamente, com a gestão do regime; 
 
IX - condições para adesão a consórcio público; 
 
X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição de alíquota de contribuições ordinárias e 
extraordinárias. 
 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento 
efetivo em virtude de concurso público. 
 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, 
assegurada ampla defesa. 
 
 
 
 
 
 
 
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Hipóteses de Perda do Cargo Público 
➢ O servidor público poderá perder o cargo: 
✓ Em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
 
✓ Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
 
✓ Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, 
assegurada ampla defesa. 
 
✓ Excesso de despesa com pessoal. 
 
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual 
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em 
outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
 
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com 
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 
 
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por 
comissão instituída para essa finalidade. 
 
Requisitos para Estabilidade 
➢ São requisitos para adquirir a estabilidade: 
✓ Aprovação em Concurso Público; 
✓ Cargo deve ser de provimento efetivo; 
✓ Três anos de efetivo exercício; 
✓ Aprovação em avaliação especial de desempenho. 
 
CF/88. Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de 
provimento efetivo em virtude de concurso público. 
 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
 
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
 
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, 
assegurada ampla defesa. 
 
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual 
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em 
outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
 
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com 
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 
 
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade,é obrigatória a avaliação especial de desempenho por 
comissão instituída para essa finalidade. 
 
➢ A Exoneração do servidor público não se confunde com a demissão, sendo esta é uma punição. 
 
Avaliação Especial de Desempenho Avaliação Periódica de Desempenho 
Condição para o servidor adquirir a estabilidade Avaliação feita após a estabilidade do servidor. 
- A Exoneração do servidor público não se confunde com a demissão, sendo esta é uma punição. 
 
Seção III 
DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS 
 
Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na 
hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. 
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§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em 
lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica 
dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos 
governadores. 
 
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado em 
lei específica do respectivo ente estatal. 
 
§ 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios o disposto no art. 37, inciso XVI, com 
prevalência da atividade militar. 
 
Seção IV 
DAS REGIÕES 
 
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e 
social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais. 
 
§ 1º - Lei complementar disporá sobre: 
 
I - as condições para integração de regiões em desenvolvimento; 
 
II - a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos regionais, integrantes dos 
planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes. 
 
§ 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei: 
 
I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do Poder Público; 
 
II - juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias; 
 
III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas; 
 
IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água represadas ou 
represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas. 
 
§ 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a recuperação de terras áridas e cooperará com os 
pequenos e médios proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água e de pequena 
irrigação. 
 
§ 4º Sempre que possível, a concessão dos incentivos regionais a que se refere o § 2º, III, considerará critérios 
de sustentabilidade ambiental e redução das emissões de carbono. (EC 132/2023) 
 
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CAPÍTULO IV - DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA 
 
Funções Essenciais a Justiça (DAMA) 
Defensoria Pública 
Defensor Público-Geral Federal; 
Defensores Públicos Federais; 
Defensores Públicos Estaduais 
Advocacia Pública 
Advogado-Geral da União; 
Advogados da União; 
Procurador da Fazenda Nacional; 
Procuradores Federais, Procuradores do Banco Central; 
Procuradores dos Estados e do DF; 
Procuradores dos Municípios. 
Ministério Público 
Procuradoria Geral da República; 
Procurador-Geral de Justiça; 
Procuradores da República; 
Procuradores de Justiça; 
Promotores de Justiça. 
Advocacia X 
A Advocacia Pública existe tanto na Esfera Federal, Estadual e Municipal, já o MP 
e a DP existem nas esferas Federal e Estadual. 
 
SEÇÃO I - DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais 
indisponíveis. 
 
Atenção! 
➢ O MP tem o papel de custos societatis (Protetor da Sociedade) e custos legis (Protetor da Lei). 
 
➢ A CF/88 ampliou significativamente as competências do MP, fazendo-o atuar nos âmbitos sociais, 
políticos e administrativos. 
 
➢ O MP é uma instituição autônoma e independente, não estando vinculado a nenhum dos Poderes. 
 
➢ O MP vela pelos interesses públicos primários e secundários. 
 
 
 
§ 1º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência 
funcional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Interesse Público
Primário
Direitos difusos e 
coletivos
Secundário Direitos Individuais
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Princípios Institucionais 
Unidade 
➢ O MP é uno, sendo comandado por apenas um chefe, tendo uma divisão meramente 
funcional. Tal princípio se aplica no âmbito de cada MP, não existindo princípio da 
unidade entre MPU e MPEs. 
Indivisibilidade 
➢ Os membros do MP podem ser substituídos uns pelos outros, desde que sejam da 
mesma carreira. 
 
➢ O MP é uma instituição una, podendo seus membros, que não se vinculam aos 
processos nos quais atuam, ser substituídos uns pelos outros de acordo com as 
normas legais. 
 
➢ Corolário do princípio da Unidade. 
Independência 
Funcional 
➢ Cada um dos membros do MP vincula-se somente à sua convicção jurídica, quando 
se trata de assunto relacionado com sua atividade funcional, não podendo existir 
interferência de outros órgãos. 
 
➢ Os membros do MP podem agir no processo de acordo com as suas convicções, 
desde que respeitados os limites legais. 
Os princípios institucionais se aplicam à Defensoria Pública e ao Ministério Público, não englobando a 
Advocacia Pública. 
 
Princípios do Promotor Natural 
➢ Tem por finalidade designar membros do MP para atuar nos processos, obedecendo a regras 
objetivas a partir de critérios preestabelecidos. Esse princípio tem como base o princípio da 
Independência Funcional e da inamovibilidade dos membros. 
 
➢ Princípio da independência funcional e, a fortiori, o princípio do promotor natural protegem o 
membro do Ministério Público (MP) contra ato de superior que pretenda subtrair‐lhe competência 
fixada por critérios predeterminados abstratamente. 
 
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto 
no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-
os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei 
disporá sobre sua organização e funcionamento. 
 
Autonomia Orçamentária, Administrativa e Funcional 
Poder Judiciário Possui. (CF/88. Art. 99 e § 1º) 
Ministério Público Possui. (CF/88. Art. 127. §§ 2 e 3) 
Defensoria Pública Possui. (CF/88. Art. 134. §§ 1 ao 3) 
Advocacia Pública Não Possui. 
 
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias. 
 
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido 
na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta 
orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites 
estipulados na forma do § 3º. 
 
§ 5º Sea proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites 
estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação 
da proposta orçamentária anual. 
 
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a 
assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto 
se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. 
 
 
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82 
Art. 128. O Ministério Público abrange: 
 
I - o Ministério Público da União, que compreende: 
 
a) o Ministério Público Federal; 
 
b) o Ministério Público do Trabalho; 
 
c) o Ministério Público Militar; 
 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; 
 
II - os Ministérios Públicos dos Estados. 
 
Atenção! 
➢ A composição do Art. 128 possui um Rol Taxativo. 
 
➢ O MP é uma instituição autônoma e independente, não estando vinculado a nenhum dos Poderes. 
 
➢ Não existe hierarquia entre o MPU e os MPEs. 
 
➢ Existindo conflito de atribuições entre o MPU e os MPEs, cabe ao CNMP resolver o conflito. 
 
➢ O Ministério Público Eleitoral não possui uma estrutura própria, sendo formado por membros do MPE e 
MPF. 
 
➢ É de iniciativa concorrente do Presidente da República e Procurador Geral da República legislar, 
mediante lei complementar federal, sobre a organização do MPU. 
 
➢ É de iniciativa concorrente dos Governadores e Procuradores‐Gerais de Justiça legislar, mediante lei 
complementar estadual, sobre a organização dos MPE. (Princípio da Simetria) 
 
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo 
Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de 
seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a 
recondução. (Pode ser reconduzido mais de uma vez) 
 
Atenção! 
O PGR pode ser escolhido dentre os membros do MPU (MPT/MPM/MPF/MPDFT); 
 
§ 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser 
precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
 
§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre 
integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado 
pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. (Uma única 
recondução); 
 
Atenção! 
Não existe participação do Poder Legislativo Estadual na nomeação dos PGJs, apenas na destituição. 
 
§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por 
deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva. 
 
§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-
Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, 
relativamente a seus membros: 
 
 
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Atenção! 
Iniciativa de lei concorrente entre PGR e P.R, no âmbito da União, e PGJ e Governadores no âmbito 
estadual. 
 
I - as seguintes garantias: 
 
a) vitaliciedade, após 2 anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada 
em julgado; 
 
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente 
do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; 
 
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, 
II, 153, III, 153, § 2º, I; 
 
Não Confundir 
Princípios Institucionais Garantias 
✓ Unidade; 
✓ Indivisibilidade; 
✓ Independência Funcional. 
✓ Vitaliciedade; 
✓ Inamovibilidade; 
✓ Irredutibilidade de Subsídio. 
Contemplam os membros do Ministério Público e 
da Defensoria Pública. 
Contemplam os membros do Ministério Público. A 
Defensoria Pública tem apenas a garantia a 
inamovibilidade. 
 
II - as seguintes vedações: 
 
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; 
 
b) exercer a advocacia; (Não podem exercer em hipótese alguma estando no cargo) 
 
Atenção! 
➢ O membro do MP que se afastar deve respeitar a quarentena de saída (não pode atuar junto ao tribunal 
que oficiava durante 03 anos após a saída), mas poderá atuar em qualquer outro tribunal; 
 
➢ Os membros do MP que optaram pelo regime anterior do MP antes da CF/88, podem exercer a 
advocacia. 
 
➢ A CF veda aos membros do Ministério Público e da Defensoria Pública, expressamente, o exercício da 
advocacia fora das atribuições institucionais, no entanto, não veda a Advocacia Pública. 
 
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; 
 
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; 
 
e) exercer atividade político-partidária; 
 
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou 
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. 
 
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V. 
 
Quarentena de Saída 
É vedado ao membro do Ministério Público exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, 
antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. 
 
 
 
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Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: (Rol Exemplificativo) 
 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
 
Atenção! 
O MP possui legitimidade para promover atos investigatórios para fundamentar a denúncia da ação 
penal pública. 
 
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos 
assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; 
 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio 
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; 
 
Atenção! 
A ação civil pública não é exclusiva do MP. A Defensoria Pública também pode propor ação civil 
pública, além de outros legitimados. 
 
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos 
Estados, nos casos previstos nesta Constituição; 
 
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; 
 
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e 
documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; 
 
VII - exercer o controle externo da atividade policial (Função de Custos Societatis), na forma da lei 
complementar mencionada no artigo anterior; (Eficácia Limitada). 
 
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos 
jurídicos de suas manifestações processuais; 
 
Atenção! 
O MP pode requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, no entanto, não 
pode realizar e presidir o inquérito policial, sendo estas funções exclusivas da polícia judiciária. 
 
IX - exerceroutras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe 
vedadas a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. 
 
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, 
nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei. 
 
Lei de Ação Civil Pública 
Lei 7.347. Art. 5º. Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: 
 
I - o Ministério Público; 
 
II - a Defensoria Pública; 
 
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
 
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; 
 
V - a associação que, concomitantemente: 
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; 
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, 
ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos 
ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. 
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§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir 
na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. 
 
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, 
assegurada a participação da OAB em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, 3 anos 
de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. 
 
Ingresso na Carreira do Ministério Público - Requisitos 
✓ Concurso Público de Provas e títulos; 
✓ Participação da Ordem dos Advogados do Brasil; 
✓ Bacharel em Direito; 
✓ Ao menos 03 anos de atividade jurídica. 
 
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. 
 
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. 
 
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta 
seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. 
 
Atenção! 
O MP junto ao TCU não faz parte do MPU, mas sim do próprio TCU, integrando sua estrutura e sendo 
regido por lei de iniciativa do TCU. 
 
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de 14 membros nomeados pelo Presidente 
da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de 
dois anos, admitida uma recondução, sendo: 
 
I o Procurador-Geral da República, que o preside; 
 
II 4 membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras; 
 
III 3 membros do Ministério Público dos Estados; 
 
IV 2 juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça; 
 
V 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
 
VI 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro 
pelo Senado Federal. 
 
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos Ministérios 
Públicos, na forma da lei. 
 
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira 
do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe: 
 
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos 
regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; 
 
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos 
administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo 
desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da 
lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas; 
 
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos 
Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da 
instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção ou a disponibilidade e 
aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; 
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IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da 
União ou dos Estados julgados há menos de um ano; 
 
V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério 
Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. 
 
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério 
Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas 
pela lei, as seguintes: 
 
I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos 
seus serviços auxiliares; 
 
II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; 
 
III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de 
órgãos do Ministério Público. 
 
§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho. 
 
§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber 
reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive 
contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público. 
 
Conselho Nacional do Ministério Público 
➢ Composto por 14 membros, sendo: 
✓ PGR, que é o presidente do CNMP. 
✓ 04 membros do MPU, de cada uma das carreiras; 
✓ 03 membros do MPE; 
✓ 02 Juízes, um indicado pelo STF e outro pelo STJ; 
✓ 02 Advogados indicados pelo Conselho Federal da OAB; 
✓ 02 Cidadãos, um indicado pelo Senado Federal e outro pela Câmara dos Deputados. 
 
➢ Nomeação dos membros pelo Presidente da República, após aprovação do Senado Federal por 
maioria absoluta. 
 
➢ Tempo de Mandato: 02 anos, admitida uma recondução. 
 
➢ O PGR é o presidente do CNMP. 
 
➢ Compete ao CNMP atuar na área administrativa e financeira do MP e no cumprimento dos deveres 
funcionais de seus membros. 
 
➢ O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho. 
 
Seção II 
DA ADVOCACIA PÚBLICA 
 
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa 
a União (Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário), judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos 
da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e 
assessoramento jurídico do Poder Executivo. 
 
AGU - Atividades 
Representação Judicial e Extrajudicial Consultoria e Assessoramento Jurídico 
Abrange todos os Poderes da União. Abrande apenas o Poder Executivo. 
 
 
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Atenção! 
➢ A representação judicial do Estado, por seus procuradores, decorre de lei. Por essa razão, dispensa-
se a juntada de instrumento de mandato em autos de processo judicial. 
 
➢os valores, os fundamentos filosóficos, ideológicos, sociais e econômicos 
e, dessa forma, norteia a interpretação do texto constitucional; 
 
➢ Não pode, por si só, servir de parâmetro de controle da constitucionalidade de uma norma; 
 
➢ Não tem força normativa e nem efeito vinculante; 
 
➢ Situa-se no campo da política e não do direito; 
 
➢ Não é norma de reprodução obrigatória nas Constituições Estaduais; 
 
➢ A invocação da proteção de Deus não fere a laicidade do Estado. 
 
TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais 
 
Atenção! 
Os Princípios Fundamentais não se confundem com os Fundamentos da RFB. Os Princípios 
Fundamentais é o gênero. Já os Fundamentos, Objetivos Fundamentais e Princípios Internacionais, 
assim como a Tripartição dos Poderes, são considerados espécies. 
 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito 
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
 
I - a soberania; 
 
II - a cidadania 
 
III - a dignidade da pessoa humana; 
 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
 
V - o pluralismo político. 
 
Atenção! 
➢ A República Federativa do Brasil é a única que possui soberania, os demais entes políticos 
(U/E/DF/M) possuem autonomia. Não há que se falar em competição entre governos subnacionais 
e governo federal, mas sim em distribuição de competências, podendo ser competências legislativas 
privativas, concorrentes ou residuais, além de competências comuns ou exclusivas. 
 
➢ O direito de secessão (separação dos estados-membros) é vedado pela CF/88. Normalmente a 
secessão é comum em Confederações, podendo os Estados soberanos pleitearem a saída da união 
acordada por meio de tratado internacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Dignidade da pessoa humana 
➢ Trata-se de um princípio multidimensional; 
 
➢ Engloba: 
✓ a garantia de condições sociais básicas de vida; 
✓ a atribuição de igual reconhecimento a identidades particulares; 
 
➢ Pode ser relativizada em situações extremamente excepcionais por meio do juízo de ponderação; 
 
➢ É um direito de proteção individual em relação ao Estado e aos demais indivíduos e como dever 
fundamental de tratamento igualitário dos próprios semelhantes. 
 
Não Confundir! 
Pluralismo político Pluripartidarismo 
É a possível e garantida existência de várias 
opiniões e ideias com o respeito por cada uma 
delas. 
 
É o reconhecimento de que a sociedade é formada 
por vários grupos. 
É a existência de vários partidos em um sistema 
político; 
 
Os membros da sociedade civil podem formar seus 
partidos políticos, desde que estes primem pelos 
fundamentos da Constituição; 
 
Estado Brasileiro 
Forma de Estado → Federalismo; 
 
Forma de Governo → Republicano; 
 
Sistema de Governo → Presidencialismo; 
 
Regime de Governo → Democrático. 
 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos (Indireta) ou 
diretamente, nos termos desta Constituição. 
 
Democracia 
 
➢ Conceito: É um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — 
diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação 
de leis, exercendo o poder da governação através do sufrágio universal. 
 
➢ Tipos: 
✓ Democracia Direta: O povo participa ativamente nas tomadas de decisões do estado/país. 
 
✓ Democracia Indireta: O povo escolhe representantes políticos para representá-lo e tomar as 
decisões em seu nome. 
 
✓ Democracia Semidireta: 
• Ocorre quando a população escolhe seus representantes políticos, mas também pode participar 
ativamente de algumas atividades (Plebiscito, Referendo, Ação Popular, Iniciativa popular). 
 
• A CF/88 é Semidireta. 
 
CF/88. Art. 1. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos (Indireta) ou 
diretamente, nos termos desta Constituição. 
 
CF/88. Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual 
para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
 
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Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
 
PODERES FUNÇÃO TÍPICA FUNÇÃO ATÍPICA 
Legislativo 
Legislar e proceder à fiscalização 
contábil, financeira, orçamentária e 
patrimonial do Poder Executivo. 
Executiva: Dispõe sobre a sua organização, 
provendo cargos, concedendo férias... 
 
Jurisdicional: O Senado Federal julga o P.R 
nos crimes de responsabilidade 
Executivo 
Praticar atos de chefia de Estado, chefia 
de governo e atos administrativos. 
Legislativa: o Presidente da República pode 
adotar medida provisória com força de lei. 
 
Jurisdicional: Julga, apreciando defesas e 
recursos administrativos 
Judiciário 
Julgar, dizendo o direito no caso 
concreto e dirimindo os conflitos que lhe 
são levados, quando da aplicação da lei. 
Legislativa: regimento interno de seus 
tribunais; 
 
Executiva: Administra, ao conceder licenças e 
férias. 
 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; 
 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de 
discriminação. 
 
Atenção! 
Os objetivos fundamentais são princípios fundamentais relativos à prestação positiva do Estado. 
 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: 
 
I - independência nacional; 
 
II - prevalência dos direitos humanos; 
 
III - autodeterminação dos povos; 
 
IV - não-intervenção; 
 
V - igualdade entre os Estados; 
 
VI - defesa da paz; 
 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
 
X - concessão de asilo político. 
 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural 
dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
 
 
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Princípios Fundamentais (Gênero) 
Fundamentos (Espécie) Objetivos (Espécie) Princípios Internacionais (Espécie) 
SOberania; 
 
Cidadania; 
 
DIgnidade da pessoa humana; 
 
VAlores sociais do trabalho e da 
livre iniciativa; 
 
PLUralismo político. 
 
CONstruir; 
 
GArantir; 
 
ERRAdicar; 
 
PROmover. 
 
INdependência nacional; 
 
Prevalência dos direitos humanos; 
 
Autodeterminação dos povos; 
 
Não-intervenção; 
 
Igualdade entre os Estados; 
 
COcessão de asilo político; 
 
SOlução pacífica dos conflitos; 
 
DEfesa da paz ; 
 
COoperação entre os povos para o 
progresso da humanidade; 
 
REpúdio ao terrorismo e ao racismo. 
SO CI DI VA PLU CON GA ERRA PRO IN PANICO SO DECORE 
 
 
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12 
TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
 
Direitos dos Homens x DireitosA AGU integra o Poder Executivo. 
 
§ 1º A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo 
Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação 
ilibada. 
 
Atenção! 
➢ Não existe participação do Senado Federal para a aprovação do AGU. O P.R pode nomear uma 
pessoa que não pertença à carreira da advocacia pública. 
 
➢ O STF entende ser inconstitucional a criação de procuradorias autárquicas pelos Estados-membros. 
 
➢ A Advocacia Pública não possui os princípios institucionais (Unidade, Indivisibilidade e 
Independência Funcional) do MP e da DP. 
 
➢ O poder de representação do ente federativo central pelo advogado da União decorre da lei e, portanto, 
dispensa o mandato. 
 
➢ A autonomia administrativa-orçamentária é garantida constitucionalmente ao Ministério Público e à 
defensoria pública, mas não à advocacia pública, pois esta é integrada ao Poder Executivo. 
 
§ 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á mediante 
concurso público de provas e títulos. 
 
§ 3º Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral 
da Fazenda Nacional, observado o disposto em Lei; 
 
Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso 
dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil 
em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades 
federadas. 
 
Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo 
exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das 
corregedorias. 
 
Autonomia Orçamentária, Administrativa e Funcional 
Poder Judiciário Possui. (CF/88. Art. 99 e § 1º) 
Ministério Público Possui. (CF/88. Art. 127. §§ 2 e 3) 
Defensoria Pública Possui. (CF/88. Art. 134. §§ 1 ao 3) 
Advocacia Pública Não Possui. 
 
SEÇÃO III - DA ADVOCACIA 
 
Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações 
no exercício da profissão, nos limites da lei. 
 
SEÇÃO IV - DA DEFENSORIA PÚBLICA 
 
Competências – Não Confundir 
Compete à União Organizar e manter o PJ, o MP do D.F e dos Territórios e a DP dos Territórios; 
Compete ao D.F Organizar e manter a sua Defensoria Pública. 
OBS: A EC/69 excluiu a competência da União de organizar e manter a Defensoria Pública do DF, sendo, 
desta forma, competência do próprio Distrito Federal. 
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88 
 
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, 
a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos 
individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º 
desta Constituição Federal. 
 
§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e 
prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe 
inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da 
inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. 
 
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa 
de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e 
subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. 
 
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal. 
 
Autonomia Orçamentária, Administrativa e Funcional 
Poder Judiciário Possui. (CF/88. Art. 99 e § 1º) 
Ministério Público Possui. (CF/88. Art. 127. §§ 2 e 3) 
Defensoria Pública Possui. (CF/88. Art. 134. §§ 1 ao 3) 
Advocacia Pública Não Possui. 
 
§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência 
funcional, aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 e no inciso II do art. 96 desta Constituição 
Federal; 
 
Atenção! 
A Defensoria Pública poderá propor ao Poder Legislativo: 
✓ A criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares; 
 
✓ A fixação de subsídio dos seus membros, inclusive órgãos inferiores. 
 
 Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo serão 
remunerados na forma do art. 39, § 4º. 
 
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TÍTULO V - Da Defesa do Estado e Das Instituições Democráticas 
 
CAPÍTULO I - DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO 
 
Seção I 
DO ESTADO DE DEFESA 
 
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, 
decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a 
ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por 
calamidades de grandes proporções na natureza. 
 
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a 
serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as 
seguintes: 
I - restrições aos direitos de: 
 
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; 
 
b) sigilo de correspondência; 
 
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; 
 
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, 
respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. 
 
§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma 
vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação. 
 
§ 3º Na vigência do estado de defesa: 
 
I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada 
imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de 
corpo de delito à autoridade policial; 
 
II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do detido no 
momento de sua autuação; 
 
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a 10 dias, salvo quando autorizada pelo 
Poder Judiciário; 
 
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. 
 
§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de 24 horas, 
submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta. 
 
§ 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de 5 dias. 
 
§ 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de 10 dias contados de seu recebimento, devendo 
continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa. 
 
§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa. 
 
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Seção II 
DO ESTADO DE SÍTIO 
 
CF/88. Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa 
Nacional,solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: 
 
 I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida 
tomada durante o estado de defesa; 
 
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. 
 
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua 
prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria 
absoluta. 
 
Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua execução e as 
garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da República 
designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas. 
 
§ 1º - O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem 
prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que 
perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira. 
 
§ 2º - Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do 
Senado Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco 
dias, a fim de apreciar o ato. 
 
§ 3º - O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas. 
 
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas 
contra as pessoas as seguintes medidas: 
 
I - obrigação de permanência em localidade determinada; 
 
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; 
 
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de 
informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; 
 
IV - suspensão da liberdade de reunião; 
 
V - busca e apreensão em domicílio; 
 
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; 
 
VII - requisição de bens. 
 
Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de pronunciamentos de parlamentares 
efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa. 
 
Seção III 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de 
cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de 
defesa e ao estado de sítio. 
 
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da 
responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes. 
 
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Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas aplicadas em sua 
vigência serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao Congresso Nacional, com 
especificação e justificação das providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e indicação das 
restrições aplicadas. 
 
CAPÍTULO II - DAS FORÇAS ARMADAS 
 
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições 
nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade 
suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes 
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. 
 
§ 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo e no 
emprego das Forças Armadas. 
 
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares. 
 
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser 
fixadas em lei, as seguintes disposições: 
 
I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da 
República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos 
os títulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças 
Armadas; 
 
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, ressalvada a 
hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", será transferido para a reserva, nos termos da lei; 
 
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil 
temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso 
XVI, alínea "c", ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, 
ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e 
transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a 
reserva, nos termos da lei; 
 
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; 
 
V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; 
 
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por 
decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de 
guerra; 
 
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por 
sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior; 
 
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos 
XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alínea 
"c"; 
 
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras condições 
de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras 
situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas 
por força de compromissos internacionais e de guerra. 
 
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei. 
 
§ 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após 
alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de 
convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar. 
 
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§ 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, 
porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir. 
 
CAPÍTULO III - DA SEGURANÇA PÚBLICA 
 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a 
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
 
I - polícia federal; 
 
II - polícia rodoviária federal; 
 
III - polícia ferroviária federal; 
 
IV - polícias civis; 
 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
 
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. 
 
Órgãos de Segurança Pública 
STF/ADPF 995/DF: As guardas municipais são reconhecidamente órgãos de segurança pública e 
aquelas devidamente criadas e instituídas integram o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP). 
 
STJ/HC 830.530-SP: O fato de as guardas municipais não haverem sido incluídas nos incisos do art. 144, 
caput, da CFnão afasta a constatação de que elas exercem atividade de segurança pública e integram 
o Sistema Único de Segurança Pública. Isso, todavia, não significa que possam ter a mesma amplitude 
de atuação das polícias. 
 
 
 
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado 
em carreira, destina-se a: 
 
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses 
da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática 
tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; 
 
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem 
prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; 
 
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; 
 
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. 
 
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em 
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. 
 
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, 
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. 
 
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da 
União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. 
 
Órgãos de Segurança 
Pública
PF PRF PFF PCs PMs e CBMs PPs
Guardas 
Municipais
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STF/ADI 5.591/SP 
A autonomia dos estados para dispor sobre autoridades submetidas a foro privilegiado não é ilimitada, não 
pode ficar ao arbítrio político do constituinte estadual e deve seguir, por simetria, o modelo federal. Extrapola 
a autonomia do estado previsão, em constituição estadual, que confere foro privilegiado a Delegado Geral da 
Polícia Civil. 
 
STF/ADI 5.522/SP 
É inconstitucional norma estadual que assegure a independência funcional a delegados de polícia, bem 
como que atribua à polícia civil o caráter de função essencial ao exercício da jurisdição e à defesa da ordem 
jurídica. 
 
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de 
bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil. 
 
§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador do sistema penal da unidade federativa a que 
pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos penais. 
 
§ 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-
se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e distrital, aos Governadores dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Territórios. 
 
 
§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de 
maneira a garantir a eficiência de suas atividades. 
 
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e 
instalações, conforme dispuser a lei. 
 
STF/RE 658.570 
É constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício de poder de polícia de trânsito, 
inclusive para imposição de sanções administrativas legalmente previstas. 
 
§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na 
forma do § 4º do art. 39. 
 
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do 
seu patrimônio nas vias públicas: 
 
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, 
que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e 
 
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou 
entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei. 
 
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file:///C:/Users/lucas/Desktop/www.quebrandoquestoes.comFundamentais x Direitos Humanos 
Direitos dos Homens 
São direitos jusnaturalistas e universalistas, não possuindo positivação 
em nenhuma norma, mas aplicáveis a qualquer tempo para a proteção de 
todas as pessoas. 
Direitos Fundamentais 
São regras e princípios positivados (inseridos em norma constitucional – 
Âmbito Interno), que limitam o poder do Estado e asseguram benefícios e 
garantias às pessoas, sendo aplicados dentro de um determinado Estado 
(ambiente interno). 
Direitos Humanos 
Possui Duas Correntes: 
Jusnaturalista: Os direitos humanos possuem aplicabilidade imediata e, 
portanto, não dependem de regulamentação por lei para que sejam exigíveis. 
Tais direitos fundamentam-se em uma ordem superior, universal, imutável e 
inderrogável. 
 
Juspositivista: Os direitos humanos para serem aplicáveis dependem de leis 
que os regulamentem e tornem possível sua exigibilidade. São direitos 
fundamentais positivados em âmbito internacional e aplicáveis a todos os 
Estados que visam assegurar benefícios e garantias às pessoas, limitando o 
poder dos Estados. 
 
Direitos e Garantias Fundamentais 
Os Direitos e Garantias Fundamentais são gênero das espécies: 
➢ Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (CF/88. Art. 5º); 
➢ Direitos Sociais (CF/88. Art. 6º ao Art. 11); 
➢ Direitos de Nacionalidade (CF/88. Art. 12 – Art. 13); 
➢ Direitos Políticos (CF/88. Art. 14 ao Art. 16); 
➢ Partidos Políticos (CF/88. Art. 17). 
 
Características dos Direitos Fundamentais 
Universalidade 
Todos os indivíduos, sem distinção de raça, nacionalidade, religião, cor, entre 
outras divergências, podem usufruir dos direitos fundamentais. 
Indivisibilidade 
Os direitos fundamentais devem ser estudados de forma sistematizada, e 
não separadamente. A violação a um dos direitos fundamental afeta os 
demais. 
Interdependência É a vinculação existente entre os direitos fundamentais. 
Imprescritibilidade 
Os direitos fundamentais poderão ser sempre exercidos, não perdendo o 
seu valor com o decorrer do tempo. 
Inalienabilidade 
Os direitos fundamentais são intransferíveis, indisponíveis e não podem ser 
negociados. 
Historicidade 
Os direitos fundamentais surgem com o desenrolar do tempo, estando em 
constante desenvolvimento. 
Irrenunciabilidade 
Em regra, os direitos fundamentais não podem ser renunciados por quem o 
exerce, no entanto, conforme o STF, excepcionalmente será possível. 
Ex.: Relativização da intimidade e privacidade em reality shows. 
Vedação ao 
Retrocesso 
É inadmissível o retrocesso de um direito fundamental já concedido, sendo 
vedado revogar normas garantidoras de políticas públicas. 
Efetividade 
O Estado deve ser o mais efetivo possível na aplicação dos direitos 
fundamentais. 
 
 
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Relatividade ou 
Limitabilidade 
Todos os direitos fundamentais são relativos, existindo a ponderação entre 
eles no caso de conflitos, não existindo direito fundamental absoluto. 
 
Eficácia dos Direitos Fundamentais 
Vertical 
Consiste na relação dos direitos fundamentais entre o Estado e os 
Particulares. 
Horizontal ou 
Externa ou Privada 
Consiste na relação dos direitos fundamentais entre Particulares. 
Diagonal 
Consiste na relação dos direitos fundamentais entre Particulares, no entanto, 
em nível de desigualdade. 
 
Dimensões dos Direitos Fundamentais – Paulo Bonavides 
Primeira Dimensão 
✓ Princípio da Liberdade; 
✓ Liberdades Negativas, Clássicas ou formais (Representam os Direitos Civis e Políticos); 
✓ O Estado não intervém nos direitos de primeira dimensão; 
✓ Caráter Negativo; 
✓ Ex.: Direito à vida; à liberdade; à propriedade, à liberdade de expressão; 
Segunda Dimensão 
✓ Assegura a igualdade material entre o ser humano; (Representam os Direitos Sociais, Econômicos e 
Culturais). 
✓ O Estado deve atuar adotando políticas públicas com a finalidade de beneficiar os interesses da 
coletividade. 
✓ Caráter Positivo. 
✓ Ex.: Direito à saúde, educação, trabalho, habitação, previdência social, assistência social. 
Terceira Dimensão 
✓ Princípio da solidariedade ou fraternidade 
✓ Refere-se aos direitos transindividuais. Materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos 
genericamente a todas as formações sociais; 
✓ Possuem natureza indivisível; 
✓ Protege interesses de titularidade coletiva ou difusa. 
✓ Ex.: Direito ao Meio ambiente, de Comunicação, autodeterminação dos povos. 
Quarta Dimensão 
✓ Consiste no direito à democracia, informação e pluralismo de ideias, além da normatização do 
patrimônio genético. 
✓ Consiste no respeito à cidadania, além de envolver a globalização política. 
Quinta Dimensão 
✓ Direito à paz. 
✓ Obs.: A CESPE e a VUNESP já consideraram o Direito à paz como de Terceira Dimensão. Seguindo a 
doutrina de Norberto Bobbio. 
 
 
 
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CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
 
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
 
Atenção! 
O STF entende que os estrangeiros em trânsito temporário no Brasil possuem prerrogativas básicas 
asseguradas pela CF/88. 
 
 
 
 
 
I. Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; 
 
 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; 
D
ir
e
it
o
 à
 V
id
a
É considerado o mais importante dos direitos apresentados na CF/88.
O direito à vida consiste em o indivíduo “estar e permanecer vivo” possuindo uma boa 
condição física e psicológica, além de ter o direito de exercer sua vida de forma 
digna com o auxílio do Estado nos serviços essenciais.
Não é absoluto.
A interrupção de gravidez de feto anencéfalo e a pesquisa com células-tronco 
embrionárias não viola o direito à vida.
Protege tanto a vida intrauterina, quanto a extrauterina.
Hipóteses de 
Aborto
A vida da gestante estiver ameaçada;
A gravidez for gerada por estupro;
O feto for anencéfalo (ausência parcial do encéfalo e da calota 
craniana).
Igualdade
Formal ou 
Jurídica
Trata-se do tratamento imparcial 
estabelecido pela lei aos 
indivíduos, sem distinção de raça, 
cor, sexo, religião ou etnia.
Material, Real 
ou Substancial
Consiste na busca pela igualdade 
de fato, sendo os desiguais 
tratados em condições desiguais, 
na medida de sua desigualdade. 
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III. Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; 
 
IV. É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
 
 
 
Peças Apócrifas 
Regra Exceção 
Peças apócrifas não podem ser formalmente 
incorporadas a procedimentos instaurados pelo 
Estado. 
É possível a utilização de peças apócrifas quando: 
✓ Produzidas pelo acusado; 
 
✓ Constituírem, elas próprias, o corpo de delito. 
 
V. É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral 
ou à imagem; 
 
VI. É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos 
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 
 
VII. É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva; 
 
VIII. Ninguémserá privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, 
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei (Norma de eficácia Contida); 
 
 
Liberdade de 
Expressão
•Conceito: É direito fundamental que viabiliza a autodeterminação do indivíduo e 
guarda estreita relação com a dignidade da pessoa humana, possuindo, ademais, 
dimensões instrumental e substancial.
•Dimensão Instrumental: Trata-se da utilização de meios adequados à 
expressão e à veiculação do que se pensa e do que se cria.
•Dimensão Substancial: É o conteúdo formado pela pessoa. Ocorre quando o 
indivíduo pensa, tem a capacidade de criar sua própria opinião e consegue 
exteriorizá-la.
Escusa de 
Consciência
A escusa de consciência permite a todo indivíduo, por motivos de crenças
religiosas, filosóficas ou políticas, eximir-se de cumprir alguma obrigação
imposta a todos, por exemplo, o serviço militar obrigatório; entretanto, o
indivíduo será privado, definitivamente, de seus direitos políticos, quando a sua
oposição se manifestar, inclusive, a respeito do cumprimento de uma obrigação
alternativa.
Se não existir lei estabelecendo prestação alternativa, o indivíduo que não
cumpriu obrigação legal não será privado dos seus direitos.
STF/ADI 4.439: Os ministros entenderam que o ensino religioso nas escolas
públicas brasileiras pode ter natureza confessional, ou seja, vinculado às
diversas religiões.
STF/RE 494.601: É constitucional a lei de proteção animal que, a fim de
resguardar a liberdade religiosa, permite o sacrifício ritual de animais em
cultos de religiões de matriz africana.
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16 
 
IX. É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de 
censura ou licença; 
 
X. São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
 
XI. A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo 
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 
 
 
 
 
Casa – CP/40. Art. 150. 
A expressão “casa” compreende A expressão “casa” não compreende 
I - qualquer compartimento habitado; 
 
II - aposento ocupado de habitação coletiva; 
 
III - compartimento não aberto ao público, onde 
alguém exerce profissão ou atividade. 
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra 
habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a 
restrição do n.º II do parágrafo anterior; 
 
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo 
gênero. 
 
XII. É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins 
de investigação criminal ou instrução processual penal (Norma de eficácia Contida); 
 
Requisição de Informações Bancárias das Instituições Financeiras 
➢ Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs): Em regra, as CPIs Federais, Estaduais e Distritais 
poderão requerer informações, salvo as CPIs Municipais. (LC 105/01. Art. 4º. § 1º) 
 
➢ Receita Federal: O fiscal que requisitar as informações bancárias não atuará na quebra do sigilo bancário. 
(LC 105/01. Art. 6º.) 
 
➢ Fiscais Estaduais, Distritais e Municipais: É possível a requisição de informações bancárias, desde que 
criem regulamento. (LC 105/01. Art. 6º.) 
 
➢ Ministério Público: Depende de autorização do Poder Judiciário, salvo quando as informações 
bancárias forem de entidades públicas. (STJ HC 160.646/SP + STJ/HC 308.493/CE) 
 
➢ Tribunal de Contas da União: Depende de autorização do Poder Judiciário, salvo quando se tratar de 
operações de crédito de recursos públicos. 
 
➢ Polícia: Depende de autorização do Poder Judiciário. 
 
Violação de 
Residência
Regra
A casa é asilo inviolável do indivíduo, 
ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador.
Exceção
Derterminação judicial (Durante o dia);
Flagrante delito, Desastre ou Prestação de 
Socorro (Qualquer horário).
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XIII. É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a 
lei estabelecer (Norma de eficácia Contida); 
 
XIV. É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao 
exercício profissional; 
 
XV. É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, 
nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 
 
XVI. Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de 
autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas 
exigido prévio aviso à autoridade competente; 
 
Liberdade de Reunião 
Todos podem reunir-se: 
➢ Pacificamente; 
➢ Sem Armas; 
➢ Em locais abertos ao público; 
➢ Não precisando de Autorização do Estado; 
➢ Desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada no mesmo local; 
➢ Desde que tenham avisado previamente a autoridade competente. 
 
STF/RE 806.339/SE 
A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao direito de reunião é satisfeita com a veiculação 
de informação que permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de forma pacífica ou para 
que não frustre outra reunião no mesmo local. 
Desta forma, conforme o STF, o aviso prévio não é condicionante, sendo dispensável. 
 
Prévio Aviso ao Direito de Reunião 
CF/88 STF 
É exigido conforme o Art. 5º. XVI. É dispensável. 
 
XVII. É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
 
Associações - Características 
➢ As associações são constituídas a partir da união estável de pessoas (Pluralidade de indivíduos) com 
pensamentos semelhantes que visão a alcançar objetivos comuns. 
 
➢ A simples reunião eventual e sem frequência entre pessoas não caracterizam uma associação. 
 
XVIII. A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada 
a interferência estatal em seu funcionamento; 
 
XIX. As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por 
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; 
 
Dissolução e Suspensão de Associações 
Dissolução Compulsória Suspensão das Atividades 
Decisão Judicial, sendo necessário o trânsito em 
julgado; 
Decisão Judicial, não exige o trânsito em julgado. 
OBS: Não é possível a dissolução ou suspensão das atividades de uma associação por meio de ato 
administrativo, e sim decisão judicial. 
 
XX. Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
 
XXI. As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus 
filiados judicial ou extrajudicialmente; (Trata-se da Representação Processual) 
 
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Associações - Características 
Representação Processual x Substituição Processual 
É necessária a autorização expressa do 
representado para um terceiro atuar no nome 
daquele. (Associações); 
Não é necessária a autorização expressa do 
representado para um terceiro atuar no nome 
daquele. (Sindicatos);Não se faz necessária a autorização expressa dos associados quando se tratar da impetração de 
mandado de segurança coletivo em favor daqueles. 
Ação Civil Pública Ação Coletiva 
Tratando-se de Ação Civil Pública em defesa dos 
direitos individuais dos associados, as 
Associações precisam de autorização dos seus 
filiados; 
Tratando-se de Ação Coletiva para a defesa dos 
direitos e interesses coletivos ou individuais 
homogêneos, não é necessária a autorização dos 
filiados. 
 
XXII. É garantido o direito de propriedade; 
 
XXIII. A propriedade atenderá a sua função social; 
 
XXIV. A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por 
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta 
Constituição; 
 
Direito de Propriedade 
O indivíduo tem direito de propriedade, no entanto trata-se de um direito relativo, pois a propriedade 
deve exercer sua função social e mesmo a exercendo é possível a desapropriação nos casos de: 
➢ Necessidade Pública; 
➢ Utilidade Pública; 
➢ Interesse Social. 
Formas de Indenização 
Desapropriação Indenização 
Por necessidade pública, Utilidade pública e 
interesse social. 
Justa e prévia em dinheiro. 
No caso de iminente perigo público Ulterior, se existir dano. 
Imóvel urbano devido ao não cumprimento da 
função social 
Mediante títulos da dívida pública. 
Imóvel rural devido ao não cumprimento da 
função social 
Mediante títulos da dívida agrária. 
Observação 
Não existe indenização no caso de desapropriação confiscatória ou expropriação. Tal desapropriação 
ocorre em propriedades urbanas e rurais que fazem culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a 
exploração de trabalho escravo. 
 
XXV. No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, 
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; 
 
XXVI. A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto 
de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios 
de financiar o seu desenvolvimento; 
 
XXVII. Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, 
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
 
XXVIII. São assegurados, nos termos da lei: 
 
a) A proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, 
inclusive nas atividades desportivas; 
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b) O direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos 
criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; 
 
XXIX. A lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como 
proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, 
tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 
 
XXX. É garantido o direito de herança; 
 
XXXI. A sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do 
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; 
 
XXXII. O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; 
 
STF/ADI 2.591/DF 
O Código de Defesa do Consumidor alcança as instituições financeiras. 
 
XXXIII. Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
 
XXXIV. São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
 
a) O direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; 
 
b) A obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
 
Direito de Petição 
✓ É um remédio constitucional administrativo de natureza não-jurisdicional; 
✓ O direito de petição cabe a qualquer pessoa jurídica ou física, nacional ou estrangeira. 
✓ É possível impetração da petição em favor de interesses próprios, coletivos e de terceiros; 
✓ Caso o direito de petição seja negado pelo poder público, é cabível o MS. 
 
Atenção! 
Caso a certidão seja negada pelo poder público, é cabível o MS. 
 
Não confundir 
CF/88. Art. 5. XXXIV. São a todos assegurados, 
independentemente do pagamento de taxas: 
 
a) O direito de petição aos Poderes Públicos em 
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso 
de poder; 
b) A obtenção de certidões em repartições 
públicas, para defesa de direitos e esclarecimento 
de situações de interesse pessoal; 
CF/88. Art. 5. LXXVI. São gratuitos para os 
reconhecidamente pobres, na forma da lei: 
 
a) O registro civil de nascimento; 
b) A certidão de óbito; 
 
CF/88. Art. 5. LXXIV. O Estado prestará 
assistência jurídica integral e gratuita aos que 
comprovarem insuficiência de recursos; 
 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sistema Inglês ou Judiciário ou de Jurisdição Una 
➢ BR ADOTA; 
 
➢ Nesse sistema, o Poder Judiciário tem a competência de apreciar e decidir, em julgamento, quanto a 
legalidade, todas as matérias do direito, sendo o único a fazer realmente a matéria transitar em 
julgado. 
 
➢ Com isso, apesar de transitar em julgado, no âmbito administrativo, acionando o judiciário, é 
possível que este aprecie e julgue novamente a matéria. 
 
➢ É expressamente previsto na CF/88. 
 
CF/88, Art. 5º. XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; (Princípio da 
Inafastabilidade de Jurisdição) 
 
➢ Apesar de não existir decisão definitiva dos órgãos da Administração Pública, existem alguns casos em 
que será preciso utilizar primeiramente a via administrativa para depois acionar o Poder Judiciário, 
como no caso: 
✓ Da Justiça Desportiva; 
 
✓ De ato administrativo ou omissão da Administração Pública que contrarie Súmula Vinculante; 
 
✓ De Habeas Data; 
 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; 
 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: 
 
a) a plenitude de defesa; 
 
b) o sigilo das votações; 
 
c) a soberania dos veredictos; 
 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
 
STF/Súmula Vinculante 45 
A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função 
estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual. 
 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; 
 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; 
 
XLII. A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos 
da lei; 
 
XLIII. A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles 
respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
 
XLIV.Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o Estado Democrático; 
 
 
 
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Crimes 
Inafiançável e Imprescritível Inafiançável e Insuscetível de Graça ou Anistia 
Racismo e Ação de grupos 
armados, civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático. 
Tortura, Tráfico de Drogas, Terrorismo; 
Hediondo. 
Ração é inafiançável e imprescritível 3TH é inafiançável e insuscetível 
 
STF/HC 154.248/DF 
O STF firmou o entendimento que o crime de injúria racial se equipara ao racismo, sendo assim 
considerado imprescritível, podendo ocorrer sua punição a qualquer tempo. 
Crimes Imprescritíveis: Racismo, Ação de grupos armados e Injúria Racial. 
 
XLV. Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação 
do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o 
limite do valor do patrimônio transferido; 
 
XLVI. A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
 
a) Privação ou restrição da liberdade; 
 
b) Perda de bens; 
 
c) Multa; 
 
d) Prestação social alternativa; 
 
e) Suspensão ou interdição de direitos 
 
XLVII. Não haverá penas: 
 
a) De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
 
b) De caráter perpétuo; 
 
c) De trabalhos forçados; 
 
d) De banimento; 
 
e) Cruéis; 
 
Penas 
Aceitas Vedadas 
✓ Privação ou restrição da liberdade; 
✓ Perda de bens; 
✓ Multa; 
✓ Prestação social alternativa; 
✓ Suspensão ou interdição de direitos; 
✓ Morte, salvo em caso de guerra declarada; 
✓ Caráter perpétuo; 
✓ Trabalhos forçados; 
✓ Banimento; 
✓ Cruéis; 
 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o 
sexo do apenado; 
 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 
 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o 
período de amamentação; 
 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da 
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma 
da lei; 
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Extradição 
Brasileiro Nato Nunca será extraditado. 
Brasileiro 
Naturalizado 
Extradição nos casos de: 
* Crime comum antes da naturalização; 
 
* Envolvimento em tráfico ilícito de drogas antes ou depois da 
naturalização. 
Estrangeiro No caso de crime político ou de opinião, não se extradita. 
 
LII. Não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; 
 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
 
Princípio do Juiz Natural 
CF/88. Art. 5. LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
 
É vedada a formação de Tribunal ou Juízo de exceção. 
 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; 
 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas 
em lei; 
 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; 
 
LX. A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o 
interesse social o exigirem; 
 
LXI. Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária 
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
 
Possibilidade de Prisão 
✓ Nos casos de Flagrante delito; 
 
✓ Por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente. 
 
✓ Nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei, sem necessidade de 
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária. 
 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a 
assistência da família e de advogado; 
 
STF/Súmula Vinculante 11 
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à 
integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por 
escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da 
prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. 
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LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; 
 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; 
 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem 
fiança; 
 
LXVII. Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e 
inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
 
STF/Súmula Vinculante 25 
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito. 
 
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer (Habeas Corpus - Repressivo) ou se achar 
ameaçado de sofrer (Habeas Corpus - Preventivo) violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder; 
 
Habeas corpus 
✓ Considerado a primeira garantia de direitos fundamentais da história; 
 
✓ É um Remédio Constitucional gratuito, de natureza penal e rito sumário; 
 
✓ Previsto, expressamente, pela primeira vez na Constituição Federal de 1891. 
 
✓ Impetrantes (Autor da Ação) do HC: Qualquer pessoa física (Brasileira ou Estrangeira) atuando em 
favor de terceiros ou para defesa de si mesma. O MP e a pessoa jurídica podem ser impetrantes, 
desde que o paciente seja pessoa física. 
 
✓ Impetrado ou Autoridade Coatora do HC: Pessoa que restringiu a liberdade de locomoção do 
sujeito passivo por meio da ilegalidade ou abuso de poder. 
 
✓ O Habeas corpus pode ser impetrado por pessoa jurídica, tendo como paciente pessoa física. O 
Habeas corpus é impossível ter como paciente pessoa. 
 
✓ O Juiz, o Desembargador e os Ministros, quando em atividade jurisdicional, poderão conceder o 
Habeas corpus de ofício, sendo uma exceção ao princípio da Inércia. 
 
✓ É cabível Habeas corpus para trancamento de ação penal ou inquérito policial, além de ser 
possível contra pessoa jurídica privada. 
 
✓ É possível a impetração de Habeas corpus sem advogado, não sendo necessário este no caso de 
recurso ordinário contra decisão de Habeas corpus. 
 
O Habeas corpus pode ser: 
Preventivo 
A pessoa está achando a sua liberdade de locomoção ameaçada, por ilegalidade ou 
abuso de poder, sendo cabível o Habeas corpus para prevenir. Nesse caso,não ocorreu 
a consumação 
Repressivo 
A pessoa está sem a sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, 
sendo cabível o Habeas corpus para restaurar a liberdade de locomoção do indivíduo. 
Aqui o ato está consumado. 
 
 
 
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Não é Cabível Habeas Corpus 
✓ No caso de pena em processo administrativo disciplinar (PAD); 
 
✓ Na impugnação de quebra de sigilo bancário, fiscal ou telefônico, quando não for possível a 
condenação à pena privativa de liberdade; 
 
✓ Quando a pena privativa de liberdade pessoa estiver extinta; 
 
✓ Para pleitear direito a visitas íntimas; 
 
✓ Para pleitear trancamento de processo de impeachment. 
 
✓ Impugnar a suspensão dos direitos políticos; 
 
✓ Contra sanções de exclusão militar ou perda de patente ou função pública; 
 
✓ Em relação ao julgamento do mérito de sanções disciplinares militares. 
 
✓ Na impugnação de decisões do STF, inclusive as monocráticas. 
 
LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas 
corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou 
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 
 
Mandado de Segurança 
✓ É considerado uma ação de natureza civil e rito sumário; É possível o uso de MS em processos 
penais. 
✓ Possui caráter residual, pois seu cabimento será para proteger direito líquido e certo, não amparado 
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for 
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. 
✓ É cabível MS contra atos discricionários (referentes ao abuso de poder) ou vinculados (referentes à 
ilegalidade). 
 
Quem pode impetrar MS? 
1. Qualquer pessoa física ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com ou sem domicílio no país; 
2. Órgãos de grau superior, com a finalidade de defender suas prerrogativas e atribuições; 
3. Ministério Público; 
 
Prazo do MS 
✓ Prazo de 120 dias, começando a partir da ciência do interessado; 
✓ Possui um prazo decadencial, não sendo possível a suspensão ou interrupção; 
✓ É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de mandado de segurança. 
 
Não é Cabível Mandado de Segurança 
✓ Contra decisões jurisdicionais do STF, salvo excepcionalmente; 
✓ Contra ato de natureza jurisdicional, ressalvado os casos excepcionais de decisões equivocadas 
que acarretem ilegalidade ou abuso de poder; 
✓ Contra decisão transitada em julgado; 
✓ Contra decisão judicial ou ato administrativo que seja possível recurso com efeito suspensivo; 
✓ Contra leis de efeitos gerais e abstratos, salvo se produzirem efeitos concretos. 
 
 
 
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Desistência de MS 
Pode ocorrer: 
➢ Antes do Trânsito em Julgado; 
➢ Depois da decisão de mérito; 
➢ Sem anuência da parte contrária. 
 
LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há 
pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; 
 
* Mandado de Segurança Coletivo * 
➢ Trata-se de um remédio constitucional de natureza cível. 
 
➢ Acionado para defender os direitos da coletividade e os direitos individuais homogêneos; 
 
➢ Rol de pessoas com o poder de impetrar MS Coletivo é taxativo, sendo possível apenas as pessoas 
apresentadas no Art. 5º, LXX da CF/88; 
 
➢ O MS coletivo não pode ser impetrado para defender direitos difusos; 
 
➢ É possível a substituição processual; 
 
➢ Tratando-se de entidades de classe, associação, organização social, o MS Coletivo não precisa ser em 
favor de todos os membros, sendo possível ser impetrado para defender apenas direito de certa 
parte dos membros. 
Legitimados para impetrar MS Coletivo – Rol Taxativo 
✓ Partido Político com representação no Congresso Nacional; 
✓ Entidade de Classe; 
✓ Associação em funcionamento há pelo menos 1 ano; 
✓ Organização sindical. 
Mnemônico: PEÃO 
 
LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o 
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania 
e à cidadania; 
 
* Mandado de Injunção * 
➢ Remédio constitucional de natureza cível, aplicável em normas constitucionais de eficácia limitada; Não 
é gratuito, sendo necessário o apoio de advogado; 
 
➢ Qualquer pessoa, física ou jurídica, pode impetrar Mandado de Injunção quando existir ausência de 
norma regulamentadora. 
 
➢ É cabível tanto o Mandado de Injunção Individual, quanto o coletivo. 
 
➢ É cabível o Mandado de Injunção para omissões de caráter total ou parcial. 
 
➢ O Mandado de Injunção coletivo tem por função proteger uma coletividade indeterminada de 
pessoas ou determinada por grupo, classe ou categoria. 
 
➢ Vale dizer, cabe mandado de injunção tanto nas relações de natureza pública como nas relações 
privadas, como, por exemplo, nas relações de emprego privado, hipótese que envolve os direitos 
previstos no art. 7º do texto constitucional.¹ 
 
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* Mandado de Injunção – Continuação * 
➢ Pode impetrar Mandado de Injunção Coletivo: 
✓ Partido Político com representação no CN; 
 
✓ Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos um ano; 
 
✓ Ministério Público; 
 
✓ Defensoria Pública. 
 
➢ Não é cabível mandado de injunção quando: 
✓ Existir norma regulamentadora; 
 
✓ Tratar da inexistência norma infraconstitucional; 
 
✓ Não for obrigatória a regulamentação; 
 
✓ Faltar regulamentação de medida provisória não transformada em lei pelo Congresso Nacional. 
 
Mandado de Injunção – Eficácia da Decisão 
Corrente Não Concretista Corrente Concretista 
O Poder Judiciário reconhece a omissão do Poder 
Público em relação à norma tratada e envia sua 
decisão ao órgão responsável para este editar a 
norma regulamentadora. 
O Poder Judiciário reconhece a omissão do 
Poder Público em relação à norma tratada e efetiva 
a concretização do direito. 
Corrente Concretista Geral 
A decisão do judiciário abrange todos os titulares 
afetados pela omissão. 
Corrente Concretista Individual (Direta) 
A decisão do judiciário abrange apenas quem 
impetrou o Mandado de Injunção. 
Corrente Concretista Individual Intermediária 
(STF Adota) 
Determina que o Judiciário deve, primeiramente, 
declarar a omissão ao órgão responsável pela 
criação da norma reguladora, apresentando um 
prazo para o suprimento da lacuna. Ultrapassado o 
prazo, o Judiciário passa a poder suprir a lacuna 
inter partes. 
Fonte¹: SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 31ª Ed – São Paulo: Malheiros, 2008, p. 450. 
 
LXXII – conceder-se-á habeas data: 
 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante (Ação Personalíssima), 
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; 
 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; 
 
* Habeas Data * 
➢ Originado nos EUA (1974) com a finalidade de possibilitar que o particular acesse informações de 
registros públicos.➢ É um remédio constitucional gratuito, possui caráter civil, conteúdo e rito sumário; É preciso da 
assistência de advogado; 
 
➢ O HD não possui prazo decadencial ou prescricional; 
 
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* Habeas Data * 
➢ Conforme SILVA, O Habeas Data é um remédio constitucional que tem por objeto proteger a esfera 
íntima dos indivíduos contra: 
✓ Usos abusivos de registros de dados pessoais coletados por meios fraudulentos, desleais ou 
ilícitos; 
 
✓ Introdução nesses registros de dados sensíveis (assim chamados os de origem racial, opinião 
política, filosófica ou religiosa, filiação partidária e sindical, orientação sexual, etc.); 
 
✓ Conservação de dados falsos ou com fins diversos dos autorizados em lei. 
 
✓ O impetrante pode ser qualquer pessoa, física ou jurídica, desde que as informações sejam ao 
seu respeito. No entanto, o STF, como situação excepcional, admite a impetração de Habeas Data 
para obter informações de terceiros, no caso de cônjuge sobrevivente na defesa de interesse do 
falecido. 
 
➢ A legitimatio ad causam para impetração de Habeas Data estende-se às pessoas físicas e jurídicas, 
nacionais e estrangeiras, porquanto garantia constitucional aos direitos individuais ou coletivas. 
 
➢ Trata-se de uma ação de jurisdição condicionada, pois o cabimento de HD só é possível depois que 
autoridade administrativa nega o acesso aos dados do impetrante. 
 
➢ OBS: No caso de obtenção de certidões ou informações de interesse particular, coletivo ou geral, e 
também no caso de acesso aos autos de processo administrativo, o remédio constitucional a ser 
utilizado será o Mandado de Segurança. 
 
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio 
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus 
da sucumbência; 
 
* Ação Popular * 
➢ Teve origem no Direito Romano e possui previsão nas Constituições Brasileiras de 1824, 1934, 1946, 
1967, 1969 e 1988. 
 
➢ Trata-se de um remédio constitucional de natureza coletiva; 
 
➢ Legitimado para impetrar Ação Popular: Qualquer cidadão (pessoa física que está em dia com os seus 
direitos civis e políticos); Trata-se de um dos meios de democracia direta. 
 
➢ OBS: O MP não pode impetrar ação popular, porém pode ser o substituto ou sucessor do autor, 
assim como parte pública autônoma, atuando com fiscal da lei, e também como auxiliar do cidadão 
que impetrou a ação popular. 
 
➢ A impetração de ação popular não depende de dano material ou pecuniário, bastando apenas à 
ilegalidade. 
 
➢ Não é cabível ação popular contra decisão jurisdicional que lesa o patrimônio público, sendo cabível 
apenas em relação às atividades administrativas da Administração Pública. 
 
➢ A regra do foro por prerrogativa de função não se estende à ação popular, sendo as autoridades, 
com tal prerrogativa, julgadas em primeira instância. 
 
STF/Súmula 365 
Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular. 
 
LXXIV. O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de 
recursos; 
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LXXV. O Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo 
fixado na sentença; 
 
LXXVI. São gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: 
 
a) O registro civil de nascimento; 
 
b) A certidão de óbito; 
 
LXXVII. São gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao 
exercício da cidadania. 
 
Remédios Constitucionais 
Habeas Corpus Gratuito. 
Habeas Data Gratuito. 
Mandado de Segurança Não é gratuito. 
Mandado de Injunção Não é gratuito. 
Ação Popular Gratuito, salvo comprovada má-fé. 
 
LXXVIII. A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os 
meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
 
LXXIX – é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios digitais. 
(E.C 115/22) 
 
§1º. As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. 
 
§2º. Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos 
princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja 
parte. 
 
§3º. Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa 
do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais. 
 
Tratados e Convenções Internacionais – Força de Emenda Constitucional 
➢ Tratar sobre Direitos humanos; 
 
➢ Ser aprovado, em dois turnos, em cada Casa do Congresso Nacional; 
 
➢ É necessário 3/5 dos votos dos respectivos membros de cada Casa do Congresso Nacional; 
 
Tratados e Convenções Internacionais 
Comuns Direitos Humanos 
Status de Lei Ordinária 
* Status de Emenda Constitucional, se aprovado 
pelo quórum qualificado (CF/88. Art. 5º. §3º). 
 
* Status de Norma Supralegal, se aprovado sem o 
quórum de Emenda. 
 
§4º. O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado 
adesão. 
 
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Aplicabilidade das Normas Constitucionais 
Normas de Eficácia Plena 
✓ Normas que possuem aplicabilidade imediata, direta e integral; 
✓ Não precisam de lei posterior para gerar seus efeitos; 
✓ Seus efeitos são produzidos a partir da vigência da Constituição; 
✓ O legislador não pode contê-las. 
Normas de Eficácia Contida (Redutível, prospectiva ou plena restringível) 
✓ Normas com aplicabilidade imediata, direta e restringível; 
✓ Não precisam de lei posterior para gerar seus efeitos; 
✓ Seus efeitos são produzidos a partir da vigência da Constituição; 
✓ São normas que podem ser contidas ou restringidas. 
Exemplos: Art. 5º, VIII, XII, XIII, XXII, LVIII, LX, LXI (parte final); 
Normas de Eficácia limitada, mediata, reduzida ou mínima diferida 
✓ Normas constitucionais que dependem de atuação posterior do poder público; 
✓ Possuem forma mediata, diferida, ainda limitada; 
✓ Possuem eficácia jurídica; 
Princípios 
institutivos ou 
organizativos 
Consiste na criação de instituições, órgãos e entidades por meio do Poder 
Constituinte Originário, sendo possível a estruturação definitiva, mediante 
normas infraconstitucionais. 
Princípios 
programáticos 
Normas que traçam objetivos de finalidade pública a serem alcançados pelo 
Estado. 
Tipos de efeitos das normas de eficácia limitada: 
➢ Efeito negativo: Ocorre quando a norma de eficácia limitada tem o efeito de revogar dispositivos e 
normas que são contraditórios ao seu comando. 
➢ Efeito vinculativo: O poder legislativo tem por obrigação criar as leis regulamentadoras. 
 
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CAPÍTULO II – DOS DIREITOS SOCIAIS 
 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a 
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade

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