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Legislação Esquematizada 
 
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2 
Sumário 
LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006 ............................................................................................................. 3 
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 ........................................................................................................ 41 
LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.............................................................................................................. 72 
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 ................................................................................................................. 95 
LEI Nº 13.869, DE 5 DE SETEMBRO DE 2019 ....................................................................................................... 135 
LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990 ............................................................................................................... 145 
LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997 .................................................................................................................. 149 
LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989 ............................................................................................................. 152 
 
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Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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3 
LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006 
 
Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção 
do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para 
repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. 
 
TÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para 
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece 
normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define crimes. 
 
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de 
causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas (Norma Penal em 
Branco em Sentido Estrito ou Heterogênea) periodicamente pelo Poder Executivo da União. 
 
Definição de Droga 
O legislador não trouxe na Lei n. 11.343/2006 à definição do que seriam essas drogas. 
 
Vamos considerar como sendo drogas, as substâncias ou produtos capazes de causar dependência, assim 
especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pela União (através da Portaria 
344/ANVISA). 
 
Temos aqui uma Norma Penal em Branco, que é aquela cuja compreensão de um preceito primário depende 
de uma complementação. 
 
Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a 
exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a 
hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações 
Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente ritualístico-
religioso. 
 
Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos no caput deste 
artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo predeterminados, mediante 
fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas. 
 
TÍTULO II 
DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS 
 
Art. 3º O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar, organizar e coordenar as atividades relacionadas com: 
 
I - a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes de drogas; 
 
II - a repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas. 
 
§ 1º Entende-se por Sisnad o conjunto ordenado de princípios, regras, critérios e recursos materiais e 
humanos que envolvem as políticas, planos, programas, ações e projetos sobre drogas, incluindo-se nele, 
por adesão, os Sistemas de Políticas Públicas sobre Drogas dos Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 
§ 2º O Sisnad atuará em articulação com o Sistema Único de Saúde - SUS, e com o Sistema Único de 
Assistência Social - SUAS. 
 
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Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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4 
CAPÍTULO I 
DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS 
 
Art. 4º São princípios do Sisnad: 
 
I - o respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, especialmente quanto à sua autonomia e à sua 
liberdade; 
 
II - o respeito à diversidade e às especificidades populacionais existentes; 
 
III - a promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro, reconhecendo-os como fatores 
de proteção para o uso indevido de drogas e outros comportamentos correlacionados; 
 
IV - a promoção de consensos nacionais, de ampla participação social, para o estabelecimento dos 
fundamentos e estratégias do Sisnad; 
 
V - a promoção da responsabilidade compartilhada entre Estado e Sociedade, reconhecendo a importância 
da participação social nas atividades do Sisnad; 
 
VI - o reconhecimento da intersetorialidade dos fatores correlacionados com o uso indevido de drogas, com 
a sua produção não autorizada e o seu tráfico ilícito; 
 
VII - a integração das estratégias nacionais e internacionais de prevenção do uso indevido, atenção e 
reinserção social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao seu 
tráfico ilícito; 
 
VIII - a articulação com os órgãos do Ministério Público e dos Poderes Legislativo e Judiciário visando à 
cooperação mútua nas atividades do Sisnad; 
 
IX - a adoção de abordagem multidisciplinar que reconheça a interdependência e a natureza complementar 
das atividades de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas, 
repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas; 
 
X - a observância do equilíbrio entre as atividades de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção 
social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito, 
visando a garantir a estabilidade e o bem-estar social; 
 
XI - a observância às orientações e normas emanadas do Conselho Nacional Antidrogas - Conad. 
 
Art. 5º O Sisnad tem os seguintes objetivos: 
 
I - contribuir para a inclusão social do cidadão, visando a torná-lo menos vulnerável a assumir 
comportamentos de risco para o uso indevido de drogas, seu tráfico ilícito e outros comportamentos 
correlacionados; 
 
II - promover a construção e a socialização do conhecimento sobre drogas no país; 
 
III - promover a integração entre as políticas de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de 
usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao tráfico ilícito e as políticas 
públicas setoriais dos órgãos do Poder Executivo da União, Distrito Federal, Estados e Municípios; 
 
IV - assegurar as condições para a coordenação, a integração e a articulação das atividades de que trata o 
art. 3º desta Lei. 
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Lei de Antidrogas – Legislaçãooutros meios de transporte e dos 
maquinários, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza utilizados para a prática, habitual ou 
não, dos crimes definidos nesta Lei será imediatamente comunicada pela autoridade de polícia judiciária 
responsável pela investigação ao juízo competente. (Lei 14.322/22) 
 
§ 1º O juiz, no prazo de 30 dias contado da comunicação de que trata o caput , determinará a alienação dos 
bens apreendidos, excetuadas as armas, que serão recolhidas na forma da legislação específica. 
 
§ 2º A alienação será realizada em autos apartados, dos quais constará a exposição sucinta do nexo de 
instrumentalidade entre o delito e os bens apreendidos, a descrição e especificação dos objetos, as 
informações sobre quem os tiver sob custódia e o local em que se encontrem. 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art125
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art366
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv885.htm
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Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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24 
§ 3º O juiz determinará a avaliação dos bens apreendidos, que será realizada por oficial de justiça, no prazo 
de 5 dias a contar da autuação, ou, caso sejam necessários conhecimentos especializados, por avaliador 
nomeado pelo juiz, em prazo não superior a 10 dias. 
 
§ 4º Feita a avaliação, o juiz intimará o órgão gestor do Funad, o Ministério Público e o interessado para se 
manifestarem no prazo de 5 dias e, dirimidas eventuais divergências, homologará o valor atribuído aos bens. 
 
§ 9º O Ministério Público deve fiscalizar o cumprimento da regra estipulada no § 1º deste artigo. 
 
§ 10. Aplica-se a todos os tipos de bens confiscados a regra estabelecida no § 1º deste artigo. 
 
§ 11. Os bens móveis e imóveis devem ser vendidos por meio de hasta pública, preferencialmente por meio 
eletrônico, assegurada a venda pelo maior lance, por preço não inferior a 50% (cinquenta por cento) do valor da 
avaliação judicial. 
 
§ 12. O juiz ordenará às secretarias de fazenda e aos órgãos de registro e controle que efetuem as averbações 
necessárias, tão logo tenha conhecimento da apreensão. 
 
§ 13. Na alienação de veículos, embarcações ou aeronaves, a autoridade de trânsito ou o órgão congênere 
competente para o registro, bem como as secretarias de fazenda, devem proceder à regularização dos bens no 
prazo de 30 dias, ficando o arrematante isento do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores, sem 
prejuízo de execução fiscal em relação ao antigo proprietário. 
 
§ 14. Eventuais multas, encargos ou tributos pendentes de pagamento não podem ser cobrados do arrematante 
ou do órgão público alienante como condição para regularização dos bens. 
 
§ 15. Na hipótese de que trata o § 13 deste artigo, a autoridade de trânsito ou o órgão congênere competente 
para o registro poderá emitir novos identificadores dos bens. 
 
Art. 62. Comprovado o interesse público na utilização de quaisquer dos bens de que trata o art. 61, os órgãos 
de polícia judiciária, militar e rodoviária poderão deles fazer uso, sob sua responsabilidade e com o objetivo de 
sua conservação, mediante autorização judicial, ouvido o Ministério Público e garantida a prévia avaliação dos 
respectivos bens. 
 
§ 1º-A. O juízo deve cientificar o órgão gestor do Funad para que, em 10 dias, avalie a existência do interesse 
público mencionado no caput deste artigo e indique o órgão que deve receber o bem. 
 
§ 1º-B. Têm prioridade, para os fins do § 1º-A deste artigo, os órgãos de segurança pública que participaram 
das ações de investigação ou repressão ao crime que deu causa à medida. 
 
§ 2º A autorização judicial de uso de bens deverá conter a descrição do bem e a respectiva avaliação e indicar 
o órgão responsável por sua utilização. 
 
§ 3º O órgão responsável pela utilização do bem deverá enviar ao juiz periodicamente, ou a qualquer momento 
quando por este solicitado, informações sobre seu estado de conservação. 
 
§ 4º Quando a autorização judicial recair sobre veículos, embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à 
autoridade ou ao órgão de registro e controle a expedição de certificado provisório de registro e licenciamento em 
favor do órgão ao qual tenha deferido o uso ou custódia, ficando este livre do pagamento de multas, encargos e 
tributos anteriores à decisão de utilização do bem até o trânsito em julgado da decisão que decretar o seu 
perdimento em favor da União. 
 
§ 5º Na hipótese de levantamento, se houver indicação de que os bens utilizados na forma deste artigo sofreram 
depreciação superior àquela esperada em razão do transcurso do tempo e do uso, poderá o interessado 
requerer nova avaliação judicial. 
 
§ 6º Constatada a depreciação de que trata o § 5º, o ente federado ou a entidade que utilizou o bem indenizará 
o detentor ou proprietário dos bens. 
 
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Art. 62-A. O depósito, em dinheiro, de valores referentes ao produto da alienação ou a numerários 
apreendidos ou que tenham sido convertidos deve ser efetuado na Caixa Econômica Federal, por meio de 
documento de arrecadação destinado a essa finalidade. 
 
§ 1º Os depósitos a que se refere o caput deste artigo devem ser transferidos, pela Caixa Econômica Federal, 
para a conta única do Tesouro Nacional, independentemente de qualquer formalidade, no prazo de 24 horas, 
contado do momento da realização do depósito, onde ficarão à disposição do Funad. 
 
§ 2º Na hipótese de absolvição do acusado em decisão judicial, o valor do depósito será devolvido a ele pela 
Caixa Econômica Federal no prazo de até 3 dias úteis, acrescido de juros, na forma estabelecida pelo § 4º do 
art. 39 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995. 
 
§ 3º Na hipótese de decretação do seu perdimento em favor da União, o valor do depósito será transformado em 
pagamento definitivo, respeitados os direitos de eventuais lesados e de terceiros de boa-fé. 
 
§ 4º Os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal, por decisão judicial, devem ser efetuados como 
anulação de receita do Funad no exercício em que ocorrer a devolução. 
 
§ 5º A Caixa Econômica Federal deve manter o controle dos valores depositados ou devolvidos. 
 
Art. 63. Ao proferir a sentença, o juiz decidirá sobre: 
 
I - o perdimento do produto, bem, direito ou valor apreendido ou objeto de medidas assecuratórias; e 
 
II - o levantamento dos valores depositados em conta remunerada e a liberação dos bens utilizados nos termos 
do art. 62. 
 
§ 1º Os bens, direitos ou valores apreendidos em decorrência dos crimes tipificados nesta Lei ou objeto de 
medidas assecuratórias, após decretado seu perdimento em favor da União, serão revertidos diretamente ao 
Funad. 
 
§ 2º O juiz remeterá ao órgão gestor do Funad relação dos bens, direitos e valores declarados perdidos, indicando 
o local em que se encontram e a entidade ou o órgão em cujo poder estejam, para os fins de sua destinação nos 
termos da legislação vigente. 
 
§ 4º Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz do processo, de ofício ou a requerimento do Ministério 
Público, remeterá à Senad relação dos bens, direitos e valores declarados perdidos em favor da União, indicando, 
quanto aos bens, o local em que se encontram e a entidade ou o órgão em cujo poder estejam, para os fins de 
sua destinação nos termos da legislação vigente. 
 
§ 4º-A. Antes de encaminhar os bens ao órgão gestor do Funad, o juíz deve: 
 
I – ordenaràs secretarias de fazenda e aos órgãos de registro e controle que efetuem as averbações necessárias, 
caso não tenham sido realizadas quando da apreensão; e 
 
II – determinar, no caso de imóveis, o registro de propriedade em favor da União no cartório de registro de imóveis 
competente, nos termos do caput e do parágrafo único do art. 243 da Constituição Federal, afastada a 
responsabilidade de terceiros prevista no inciso VI do caput do art. 134 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 
(Código Tributário Nacional), bem como determinar à Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da 
União a incorporação e entrega do imóvel, tornando-o livre e desembaraçado de quaisquer ônus para sua 
destinação. 
 
§ 6º Na hipótese do inciso II do caput , decorridos 360 (trezentos e sessenta) dias do trânsito em julgado e do 
conhecimento da sentença pelo interessado, os bens apreendidos, os que tenham sido objeto de medidas 
assecuratórias ou os valores depositados que não forem reclamados serão revertidos ao Funad. 
 
DA APREENSÃO, ARRECADAÇÃO E DESTINAÇÃO DE BENS DO ACUSADO 
 
Art. 63-A. Nenhum pedido de restituição será conhecido sem o comparecimento pessoal do acusado, podendo 
o juiz determinar a prática de atos necessários à conservação de bens, direitos ou valores. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art243
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm#ART134VI
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26 
 
Art. 63-B. O juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens, direitos e objeto de medidas assecuratórias 
quando comprovada a licitude de sua origem, mantendo-se a constrição dos bens, direitos e valores 
necessários e suficientes à reparação dos danos e ao pagamento de prestações pecuniárias, multas e custas 
decorrentes da infração penal. 
 
Art. 63-C. Compete à Senad, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, proceder à destinação dos bens 
apreendidos e não leiloados em caráter cautelar, cujo perdimento seja decretado em favor da União, por meio 
das seguintes modalidades: 
 
I – alienação, mediante: 
 
a) licitação; 
 
b) doação com encargo a entidades ou órgãos públicos, bem como a comunidades terapêuticas acolhedoras que 
contribuam para o alcance das finalidades do Funad; ou 
 
c) venda direta, observado o disposto no inciso II do caput do art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993; 
 
II – incorporação ao patrimônio de órgão da administração pública, observadas as finalidades do Funad; 
 
III – destruição; ou 
 
IV – inutilização. 
 
§ 1º A alienação por meio de licitação deve ser realizada na modalidade leilão, para bens móveis e imóveis, 
independentemente do valor de avaliação, isolado ou global, de bem ou de lotes, assegurada a venda pelo 
maior lance, por preço não inferior a 50% do valor da avaliação. 
 
§ 2º O edital do leilão a que se refere o § 1º deste artigo será amplamente divulgado em jornais de grande 
circulação e em sítios eletrônicos oficiais, principalmente no Município em que será realizado, dispensada a 
publicação em diário oficial. 
 
§ 3º Nas alienações realizadas por meio de sistema eletrônico da administração pública, a publicidade dada 
pelo sistema substituirá a publicação em diário oficial e em jornais de grande circulação. 
 
§ 4º Na alienação de imóveis, o arrematante fica livre do pagamento de encargos e tributos anteriores, sem 
prejuízo de execução fiscal em relação ao antigo proprietário. 
 
§ 5º Na alienação de veículos, embarcações ou aeronaves deverão ser observadas as disposições dos §§ 13 e 15 
do art. 61 desta Lei. 
 
§ 6º Aplica-se às alienações de que trata este artigo a proibição relativa à cobrança de multas, encargos ou 
tributos prevista no § 14 do art. 61 desta Lei. 
 
§ 7º A Senad, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, pode celebrar convênios ou instrumentos 
congêneres com órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como 
com comunidades terapêuticas acolhedoras, a fim de dar imediato cumprimento ao estabelecido neste 
artigo. 
 
§ 8º Observados os procedimentos licitatórios previstos em lei, fica autorizada a contratação da iniciativa privada 
para a execução das ações de avaliação, de administração e de alienação dos bens a que se refere esta Lei. 
 
Art. 63-D. Compete ao Ministério da Justiça e Segurança Pública regulamentar os procedimentos relativos à 
administração, à preservação e à destinação dos recursos provenientes de delitos e atos ilícitos e estabelecer os 
valores abaixo dos quais se deve proceder à sua destruição ou inutilização. 
 
Art. 63-E. O produto da alienação dos bens apreendidos ou confiscados será revertido integralmente ao 
Funad, nos termos do parágrafo único do art. 243 da Constituição Federal, vedada a sub-rogação sobre o valor 
da arrematação para saldar eventuais multas, encargos ou tributos pendentes de pagamento. 
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Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não prejudica o ajuizamento de execução fiscal em relação 
aos antigos devedores. 
 
Art. 63-F. Na hipótese de condenação por infrações às quais esta Lei comine pena máxima superior a 6 anos de 
reclusão, poderá ser decretada a perda, como produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à 
diferença entre o valor do patrimônio do condenado e aquele compatível com o seu rendimento lícito. 
 
§ 1º A decretação da perda prevista no caput deste artigo fica condicionada à existência de elementos 
probatórios que indiquem conduta criminosa habitual, reiterada ou profissional do condenado ou sua 
vinculação a organização criminosa. 
 
§ 2º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo, entende-se por patrimônio do condenado todos os 
bens: 
 
I – de sua titularidade, ou sobre os quais tenha domínio e benefício direto ou indireto, na data da infração penal, 
ou recebidos posteriormente; e 
 
II – transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante contraprestação irrisória, a partir do início da atividade 
criminal. 
 
§ 3º O condenado poderá demonstrar a inexistência da incompatibilidade ou a procedência lícita do 
patrimônio. 
 
Art. 64. A União, por intermédio da Senad, poderá firmar convênio com os Estados, com o Distrito Federal e com 
organismos orientados para a prevenção do uso indevido de drogas, a atenção e a reinserção social de usuários 
ou dependentes e a atuação na repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, com vistas na 
liberação de equipamentos e de recursos por ela arrecadados, para a implantação e execução de programas 
relacionados à questão das drogas. 
 
TÍTULO V 
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL 
 
Art. 65. De conformidade com os princípios da não-intervenção em assuntos internos, da igualdade jurídica e do 
respeito à integridade territorial dos Estados e às leis e aos regulamentos nacionais em vigor, e observado o 
espírito das Convenções das Nações Unidas e outros instrumentos jurídicos internacionais relacionados à questão 
das drogas, de que o Brasil é parte, o governo brasileiro prestará, quando solicitado, cooperação a outros países e 
organismos internacionais e, quando necessário, deles solicitará a colaboração, nas áreas de: 
 
I - intercâmbio de informações sobre legislações, experiências, projetos e programas voltados para atividades de 
prevenção do uso indevido, de atenção e de reinserção social de usuários e dependentesde drogas; 
 
II - intercâmbio de inteligência policial sobre produção e tráfico de drogas e delitos conexos, em especial o tráfico 
de armas, a lavagem de dinheiro e o desvio de precursores químicos; 
 
III - intercâmbio de informações policiais e judiciais sobre produtores e traficantes de drogas e seus precursores 
químicos. 
 
TÍTULO V-A 
DO FINANCIAMENTO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS 
 
TÍTULO VI 
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 
 
Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1º desta Lei, até que seja atualizada a terminologia da lista 
mencionada no preceito, denominam-se drogas substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras 
sob controle especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998. 
 
Art. 67. A liberação dos recursos previstos na Lei nº 7.560, de 19 de dezembro de 1986, em favor de Estados e do 
Distrito Federal, dependerá de sua adesão e respeito às diretrizes básicas contidas nos convênios firmados e do 
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fornecimento de dados necessários à atualização do sistema previsto no art. 17 desta Lei, pelas respectivas 
polícias judiciárias. 
 
Art. 67-A. Os gestores e entidades que recebam recursos públicos para execução das políticas sobre drogas 
deverão garantir o acesso às suas instalações, à documentação e a todos os elementos necessários à efetiva 
fiscalização pelos órgãos competentes. 
 
Art. 68. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão criar estímulos fiscais e outros, destinados 
às pessoas físicas e jurídicas que colaborem na prevenção do uso indevido de drogas, atenção e reinserção social 
de usuários e dependentes e na repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas. 
 
Art. 69. No caso de falência ou liquidação extrajudicial de empresas ou estabelecimentos hospitalares, de 
pesquisa, de ensino, ou congêneres, assim como nos serviços de saúde que produzirem, venderem, adquirirem, 
consumirem, prescreverem ou fornecerem drogas ou de qualquer outro em que existam essas substâncias ou 
produtos, incumbe ao juízo perante o qual tramite o feito: 
 
I - determinar, imediatamente à ciência da falência ou liquidação, sejam lacradas suas instalações; 
 
II - ordenar à autoridade sanitária competente a urgente adoção das medidas necessárias ao recebimento e 
guarda, em depósito, das drogas arrecadadas; 
 
III - dar ciência ao órgão do Ministério Público, para acompanhar o feito. 
 
§ 1º Da licitação para alienação de substâncias ou produtos não proscritos referidos no inciso II do caput deste 
artigo, só podem participar pessoas jurídicas regularmente habilitadas na área de saúde ou de pesquisa científica 
que comprovem a destinação lícita a ser dada ao produto a ser arrematado. 
 
§ 2º Ressalvada a hipótese de que trata o § 3º deste artigo, o produto não arrematado será, ato contínuo à hasta 
pública, destruído pela autoridade sanitária, na presença dos Conselhos Estaduais sobre Drogas e do Ministério 
Público. 
 
§ 3º Figurando entre o praceado e não arrematadas especialidades farmacêuticas em condições de emprego 
terapêutico, ficarão elas depositadas sob a guarda do Ministério da Saúde, que as destinará à rede pública de 
saúde. 
 
Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado ilícito 
transnacional, são da competência da Justiça Federal. 
 
Parágrafo único. Os crimes praticados nos Municípios que não sejam sede de vara federal serão processados 
e julgados na vara federal da circunscrição respectiva. 
 
Atenção! 
STJ/Súmula 528 (Cancelada) STJ/CC 177.882-PR 
Compete ao juiz federal do local da apreensão da 
droga remetida do exterior pela via postal processar 
e julgar o crime de tráfico internacional. 
Compete ao Juízo Federal do endereço do 
destinatário da droga, importada via Correio, 
processar e julgar o crime de tráfico internacional. 
 
Art. 72. Encerrado o processo criminal ou arquivado o inquérito policial, o juiz, de ofício, mediante representação 
da autoridade de polícia judiciária, ou a requerimento do Ministério Público, determinará a destruição das amostras 
guardadas para contraprova, certificando nos autos. 
 
Art. 73. A União poderá estabelecer convênios com os Estados e o com o Distrito Federal, visando à prevenção e 
repressão do tráfico ilícito e do uso indevido de drogas, e com os Municípios, com o objetivo de prevenir o uso 
indevido delas e de possibilitar a atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas. 
 
Art. 74. Esta Lei entra em vigor 45 dias após a sua publicação. 
 
 
 
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Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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Principais Súmulas e Jurisprudências 
 
LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006 
 
TÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para 
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece 
normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define crimes. 
 
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de 
causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas (Norma Penal em 
Branco em Sentido Estrito ou Heterogênea) periodicamente pelo Poder Executivo da União. 
 
STJ/Info 758 
As condutas de plantar maconha para fins medicinais e importar sementes para o plantio não preenchem a 
tipicidade material, motivo pelo qual se faz possível a expedição de salvo-conduto, desde que comprovada a 
necessidade médica do tratamento. 
 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, 
drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às 
seguintes penas: 
 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
 
II - prestação de serviços à comunidade; 
 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
STJ/HC 453.437/SP 
 Consoante o posicionamento firmado pela Suprema Corte, na questão de ordem no RE n. 430.105/RJ, a 
conduta de porte de substância entorpecente para consumo próprio, prevista no art. 28 da Lei n. 
11.343/2006, foi apenas despenalizada pela nova Lei de Drogas, mas não descriminalizada, em outras 
palavras, não houve abolitio criminis. Desse modo, tratando-se de conduta que caracteriza ilícito penal, a 
condenação anterior pelo crime de porte de entorpecente para uso próprio pode configurar, em tese, 
reincidência. 
Contudo, as condenações anteriores por contravenções penais não são aptas a gerar reincidência, 
tendo em vista o que dispõe o art. 63 do Código Penal, que apenas se refere a crimes anteriores. E, se as 
contravenções penais, puníveis com pena de prisão simples, não geram reincidência, mostra-se 
desproporcional o delito do art. 28 da Lei n. 11.343/2006 configurar reincidência, tendo em vista que 
nem é punível com pena privativa de liberdade. 
 
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas 
destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física 
ou psíquica. 
 
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 meses. 
 
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo 
prazo máximo de 10 meses. 
 
STJ/REsp 1.771.304-ES 
A reincidência de quetrata o § 4º do art. 28 da Lei n. 11.343/2006 é a específica. 
 
Não obstante a existência de precedente em sentido diverso (AgRg no HC 497.852/RJ, Rel. Ministra Laurita 
Vaz, Sexta Turma, julgado em 11/06/2019, DJe 25/06/2019) - em que a reincidência genérica era pela 
prática dos delitos de roubo e de porte de arma -, em revisão de entendimento, embora não conste da letra 
da lei, forçoso concluir que a reincidência de que trata o § 4º do art. 28 da Lei n. 11.343/2006 é a específica. 
Com efeito, a melhor exegese, segundo a interpretação topográfica, essencial à hermenêutica, é de que os 
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parágrafos não são unidades autônomas, estando vinculadas ao caput do artigo a que se referem. Vale 
dizer, aquele que reincidir na prática do delito de posse de drogas para consumo pessoal ficará sujeito a 
penas mais severas - pelo prazo máximo de 10 meses -, não se aplicando, portanto, à hipótese vertente, a 
regra segundo a qual ao intérprete não cabe distinguir quando a norma não o fez. Desse modo, condenação 
anterior por crime de roubo não impede a aplicação das penas do art. 28, II e III, da Lei n. 11.343/2006, com 
a limitação de 5 meses de que dispõe o § 3º do referido dispositivo legal. 
 
STF/RHC 178.512/SP 
Viola o princípio da proporcionalidade a consideração de condenação anterior pelo delito do art. 28 da Lei 
11.343/2006, “porte de droga para consumo pessoal”, para fins de reincidência. 
 
STJ/REsp n. 1.672.654/SP 
O prévio apenamento por porte de droga para consumo próprio, nos termos do artigo 28 da Lei de Drogas, 
não deve constituir causa geradora de reincidência. 
 
STJ/REsp 1.795.962-SP 
O processamento do réu pela prática da conduta descrita no art. 28 da Lei de Drogas no curso do período de 
prova deve ser considerado como causa de revogação facultativa da suspensão condicional do processo. 
 
Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, 
preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, 
vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua 
preparação, observadas as demais exigências legais. 
 
STJ/RHC 147.169 
O cultivo de planta psicotrópica para extração de princípio ativo é conduta típica apenas se desconsiderada a 
motivação e a finalidade. A norma penal incriminadora mira o uso recreativo, a destinação para terceiros e o 
lucro, visto que, nesse caso, coloca-se em risco a saúde pública. A relação de tipicidade não vai 
encontrar guarida na conduta de cultivar planta psicotrópica para extração de canabidiol para uso 
próprio, visto que a finalidade, aqui, é a realização do direito à saúde, conforme prescrito pela 
medicina. 
 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em 
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, 
ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
 
Pena - reclusão de 5 a 15 anos e pagamento de 500 a 1.500 dias-multa. 
 
STF/RE 1052700 
É inconstitucional a fixação ex lege, com base no artigo 2º, parágrafo 1º, da Lei 8.072/1990 (Crimes 
hediondos), do regime inicial fechado, devendo o julgador, quando da condenação, ater-se aos 
parâmetros previstos no artigo 33 do Código Penal. 
 
STJ/HC 442.885/SC 
O entendimento desta Corte Superior é no sentido de que, em se tratando do crime de tráfico de 
entorpecentes, a confissão espontânea do acusado que admite a propriedade da droga, no entanto 
afirma ser destinada a consumo próprio, sendo mero usuário, impossibilita o reconhecimento da 
atenuante prevista no art. 65, inciso III, alínea "d", do Código Penal - CP. 
 
STF/HC 127.573/SP 
O reconhecimento da atipicidade da conduta delitiva com fundamento no princípio da insignificância não é 
admissível em relação ao crime de tráfico ilícito de drogas, pois trata-se de crime de perigo abstrato, no 
qual os objetos jurídicos tutelados são a segurança pública e a paz social, sendo irrelevante a 
quantidade da droga apreendida. Precedentes. 3. Habeas corpus não conhecido. (STJ, HC 318936/ SP, 
Rel. Min. Ribeiro Dantas, Dje 27.10.2015) 
 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
 
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I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, 
transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de 
drogas; 
 
STJ/CC 172.464-MS 
A conduta de transportar folhas de coca melhor se amolda, em tese e para a definição de competência, ao 
tipo descrito no § 1º, I, do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, que criminaliza o transporte de matéria-prima 
destinada à preparação de drogas. 
 
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; 
 
STJ/HC 779.289/DF 
As condutas de plantar maconha para fins medicinais e importar sementes para o plantio não preenchem a 
tipicidade material, motivo pelo qual se faz possível a expedição de salvo-conduto, desde que comprovada a 
necessidade médica do tratamento. 
 
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou 
vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. 
 
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, 
sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, 
quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. 
 
STJ/RHC 123.402-RS 
É incabível salvo-conduto para o cultivo da cannabis visando a extração do óleo medicinal, ainda que na 
quantidade necessária para o controle da epilepsia, posto que a autorização fica a cargo da análise do caso 
concreto pela ANVISA. 
 
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: 
 
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, e multa de 100 a 300 dias-multa. 
 
STF/ADI nº 4.274 
- Impossibilidade de restrição ao direito fundamental de reunião que não se contenha nas duas situações 
excepcionais que a própria Constituição prevê: o estado de defesa e o estado de sítio (art. 136, §1º, inciso I, 
alínea “a”, e artigo 139, inciso IV). 
- Ação direta julgada procedente para dar ao §2º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006 interpretação conforme a 
Constituição e dele excluir qualquer significado que enseje a proibição de manifestações e debates públicos 
acerca da descriminalização ou legalização do uso de drogas ou de qualquer substância que leve o ser 
humano ao entorpecimento episódico, ou então viciado, das suas faculdades psicofísicas. 
 
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a 
consumirem: 
 
Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano, e pagamento de 700 a 1.500 dias-multa, sem prejuízo das penas previstas 
no art. 28. 
 
Drogas Oferecidas para Pessoa do Relacionamento - Lei 11.343/06. Art. 33. § 3ºOBS: No caso do indivíduo oferecer drogas, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu 
relacionamento, para juntos a consumirem, poderá ser penalizado com detenção, de 6 meses a 1 ano, e 
pagamento de multa, sem prejuízo das medidas alternativas do Art. 28. da Lei 11.343/06. 
 
Trata-se de um crime de dolo específico. 
 
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§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de 1/6 a 2/3, vedada a 
conversão em penas restritivas de direitos , desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se 
dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. 
 
STF/HC 97.256/RS 
A expressão “vedada a conversão em penas restritivas de direitos” é considerada inconstitucional, 
sendo possível a conversão em penas restritivas de direitos. 
 
STJ/RHC 138.715/MS 
A quantidade de drogas encontrada não constitui, isoladamente, fundamento idôneo para negar o 
benefício da redução da pena previsto no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006. 
 
STJ/REsp 1.985.297-SP 
Configura constrangimento ilegal o afastamento do tráfico privilegiado e da redução da fração de 
diminuição de pena por presunção de que o agente se dedica a atividades criminosas, derivada unicamente 
da análise da natureza ou da quantidade de drogas apreendidas. 
 
STJ/HC 716.210-DF 
A semi-imputabilidade, por si só, não afasta o tráfico de drogas e o seu caráter hediondo, tal como a forma 
privilegiada. 
 
STJ/REsp 1.916.596-SP 
O histórico de ato infracional pode ser considerado para afastar a minorante do art. 33, § 4.º, da Lei n. 
11.343/2006, por meio de fundamentação idônea que aponte a existência de circunstâncias excepcionais, 
nas quais se verifique a gravidade de atos pretéritos, devidamente documentados nos autos, bem como a 
razoável proximidade temporal com o crime em apuração. 
 
STJ/REsp 1.977.027-PR 
É vedada a utilização de inquéritos e/ou ações penais em curso para impedir a aplicação do art. 33, § 4º, da 
Lei n. 11.343/2006. 
 
STJ/Súmula 630 
A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes exige o 
reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a mera admissão da posse ou propriedade 
para uso próprio. 
O indivíduo deve admitir que traficava para obter a atenuação da pena. 
 
Atenção! 
➢ O STJ equipara o Caput do Art. 33 e o § 1º a crimes hediondos, no entanto, o Tráfico Privilegiado, 
não é mais considerado um crime hediondo. 
 
➢ Conforme o STJ, o indivíduo que importa sementes de maconha em pequena quantidade não comete 
crime de tráfico de drogas. 
 
➢ O STJ entende que é possível, excepcionalmente, na falta de laudo toxicológico definitivo, o uso de 
laudo provisório quando o resultado tiver o mesmo grau de certeza do laudo definitivo. 
 
➢ Caso fique demonstrado que ocorreu prejuízo ao réu a juntada do laudo toxicológico fora do prazo, 
poderá ocorrer a anulação. 
 
➢ Conforme o STJ, ausência de apreensão da droga não torna a conduta atípica se existirem outros 
elementos de prova aptos a comprovarem o crime de tráfico. 
 
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos 
crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei: 
 
Pena - reclusão, de 3 a 10 anos, e pagamento de 700 a 1.200 dias-multa. 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Congresso/RSF-05-2012.htm
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Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prática reiterada do 
crime definido no art. 36 desta Lei. 
 
STJ/HC 148.480/BA 
Não obstante a materialidade do crime de tráfico pressuponha apreensão da droga, o mesmo não ocorre 
em relação ao delito de associação para o tráfico, que, por ser de natureza formal, sua materialidade pode 
advir de outros elementos de provas, como por exemplo, interceptações telefônicas. 
 
STJ/HC 721.055-SC 
Demonstradas pela instância de origem a estabilidade e permanência do crime de associação para o tráfico 
de drogas, inviável o revolvimento probatório em sede de habeas corpus visando a modificação do julgado. 
 
STJ/HC 739.951-RJ 
O fato de o flagrante do delito de tráfico de drogas ter ocorrido em comunidade apontada como local 
dominado por facção criminosa, por si só, não permite presumir que os réus eram associados (de forma 
estável e permanente) à referida facção, sob pena de se validar a adoção de uma seleção criminalizante 
norteada pelo critério espacial e de se inverter o ônus probatório, atribuindo prova diabólica de fato negativo 
à defesa. 
 
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: 
 
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a 
transnacionalidade do delito; 
 
STJ/Súmula 607 
A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, inciso I, da Lei n. 11.343/2006) configura-se com a 
prova da destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a transposição de fronteiras. 
 
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, 
poder familiar, guarda ou vigilância; 
 
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de 
ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou 
beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de 
qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de 
unidades militares ou policiais ou em transportes públicos; 
 
STF/HC 138.944/SC 
A aplicação da causa de aumento prevista no art. 40, inciso III, da Lei nº 11.343/06 se justifica quando 
constatada a comercialização de drogas nas imediações de estabelecimentos prisionais, sendo 
irrelevante se o agente infrator visa ou não os frequentadores daquele local. 
 
STJ/HC 405.365/SP 
O acórdão recorrido reconheceu a incidência da majorante em comento com lastro em fundamentação 
idônea, por considerar que a distância de 350 metros entre o estabelecimento de ensino e o local em que 
os fatos ocorreram justificam sua aplicação, concluindo, ainda, que o acusado valia-se da movimentação do 
local para empreender o tráfico de drogas. Modificar o entendimento do Tribunal local e afastar o 
reconhecimento da causa de aumento prevista no artigo 40, inciso III, da Lei n. 11.343/06 implica, sem 
dúvidas, revolvimento fático-probatório, inviável na via estreita do mandamus. 
 
STJ/REsp 1.443.214/MS 
A utilização de transporte público com a única finalidade de levar a droga ao destino, de forma oculta, sem o 
intuito de disseminá-la entre os passageiros ou frequentadores do local, não implica a incidência da causa 
de aumento de pena do inciso III do artigo 40 da Lei 11.343/2006. 
 
STJ/HC 728.750-DF 
No delito de tráfico de drogas praticado nas proximidades ou nas imediações de estabelecimento de ensino, 
pode-se, excepcionalmente, em razão das peculiaridades do caso concreto, afastar a incidência da 
majorante prevista no art. 40, inciso III, da Lei n. 11.343/2006. 
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Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo 
de intimidação difusa ou coletiva; 
 
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal; 
 
STJ/Súmula 587 
Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, V, da Lei 11.343/06, é desnecessária a efetiva 
transposição de fronteiras entre estados da federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da 
intenção de realizar o tráfico interestadual. 
 
STF/HC 122.791 MC/MS 
Para a configuração do tráfico interestadual de drogas (art. 40, V, da Lei 11.343/2006), não se exige a 
efetiva transposição da fronteira, bastando a comprovação inequívoca de que a droga adquirida num estado 
teria como destino outro estado da Federação. 
 
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, 
diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação; 
 
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. 
 
STF/HC 132.909/SP 
Desnecessária a aferição do grau de pureza da droga para realização da dosimetria da pena. A Lei n. 
11.343/2006 dispõe como preponderantes, na fixação da pena, a natureza e a quantidade de 
entorpecentes, independente da pureza e do potencial lesivo da substância. 
 
STJ/HC 250.455/RJ 
A participação do menor pode ser considerada para configurar o crime de associação para o tráfico (art. 
35) e, ao mesmo tempo, para agravar a pena como causa de aumento do art. 40, VI, da Lei nº 11.343/2006. 
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos 
crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei: Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta 
Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: VI — sua prática envolver ou visar a atingir criança ou 
adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e 
determinação. 
Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Aplicação de causa de aumento de pena do inciso VI ao crime de associação para o 
tráfico de drogas com criança ou adolescente. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
. Acesso em: 09/04/2020 
 
STJ/HC 212.528/SC 
A conduta consistente em negociar por telefone a aquisição de droga e também disponibilizar o veículo que 
seria utilizado para o transporte do entorpecente configura o crime de tráfico de drogas em sua forma 
consumada - e não tentada -, ainda que a polícia, com base em indícios obtidos por interceptações 
telefônicas, tenha efetivado a apreensão do material entorpecente antes que o investigado efetivamente o 
recebesse. Inicialmente, registre-se que o tipo penal em análise é de ação múltipla ou conteúdo variado, pois 
apresenta várias formas de violação da mesma proibição, bastando, para a consumação do crime, a prática 
de uma das ações ali previstas. Nesse sentido, a Segunda Turma do STF (HC 71.853-RJ, DJ 19/5/1995) 
decidiu que a modalidade de tráfico "adquirir" completa-se no instante em que ocorre a avença entre 
comprador e vendedor. De igual forma, conforme entendimento do STJ, incide no tipo penal, na modalidade 
"adquirir", o agente que, embora sem receber a droga, concorda com o fornecedor quanto à coisa, não 
havendo necessidade, para a configuração do delito, de que se efetue a tradição da droga adquirida, pois 
que a compra e venda se realiza pelo consenso sobre a coisa e o preço (REsp 1.215-RJ, Sexta Turma, DJ 
12/3/1990). Conclui-se, pois, que a negociação com aquisição da droga e colaboração para seu transporte 
constitui conduta típica, encontrando-se presente a materialidade do crime de tráfico de drogas. 
 
STJ/Súmula 501 
É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas 
disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, 
sendo vedada a combinação de leis. 
 
 
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35/387 
STF/HC 248.844/GO 
O acórdão impugnado entendeu pela desnecessidade do ânimo associativo permanente, reconhecendo que 
a associação para a prática de um crime seria suficiente para condenar a acusada como incursa no art. 35 
da Lei n.º 11.343/06. Entretanto, nos termos da jurisprudência desta Corte Superior de Justiça e do Supremo 
Tribunal Federal, para configuração do tipo de associação para o tráfico, necessário estabilidade e 
permanência na associação criminosa. 
 
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de 
sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de 
direitos. 
 
STF/HC 97.256/RS 
A expressão “vedada a conversão em penas restritivas de direitos” é considerada inconstitucional, 
sendo possível a conversão em penas restritivas de direitos. 
 
STF/HC 104.339/SP 
O STF considerou inconstitucional a expressão “e liberdade provisória” , constante do art. 44, caput, da 
Lei n. 11.343/06. 
 
Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste Título rege-se pelo disposto neste 
Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de Processo Penal e da Lei de Execução 
Penal. 
 
§ 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor 
do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele 
comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias 
necessários. 
 
§ 3º Se ausente a autoridade judicial, as providências previstas no § 2º deste artigo serão tomadas de imediato 
pela autoridade policial, no local em que se encontrar, vedada a detenção do agente. 
 
STF/ADI 3807 
Tendo em vista que, o termo circunstanciado não é procedimento investigativo, mas sim uma mera peça 
informativa com descrição detalhada do fato e as declarações do condutor do flagrante e do autor do fato, 
deve-se reconhecer que a possibilidade de sua lavratura pela autoridade judicial (magistrado) não ofende os 
§§ 1º e 4º do art. 144 da Constituição, nem interfere na imparcialidade do julgador. As normas dos §§ 2º e 3º 
do art. 48 da Lei nº 11.343/2006 foram editadas em benefício do usuário de drogas, visando afastá-lo do 
ambiente policial quando possível e evitar que seja indevidamente detido pela autoridade policial. 
 
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao 
juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 
24 horas. 
 
STJ/EREsp 1544057/RJ 
1. Nos casos em que ocorre a apreensão do entorpecente, o laudo toxicológico definitivo é 
imprescindível à demonstração da materialidade delitiva do delito e, nesse sentido, tem a natureza 
jurídica de prova, não podendo ser confundido com mera nulidade, que corresponde a sanção cominada 
pelo ordenamento jurídico ao ato praticado em desrespeito a formalidades legais. Precedente: HC 
350.996/RJ, Rel. Min. Nefi Cordeiro, 3ª Seção, julgado em 24/08/2016, publicado no DJe de 29/08/2016. 
 
2. Isso, no entanto, não elide a possibilidade de que, em situação excepcional, a comprovação da 
materialidade do crime de drogas possa ser efetuada pelo próprio laudo de constatação provisório, 
quando ele permita grau de certeza idêntico ao do laudo definitivo, pois elaborado por perito oficial, em 
procedimento e com conclusões equivalentes. Isso porque, a depender dograu de complexidade e de 
novidade da droga apreendida, sua identificação precisa como entorpecente pode exigir, ou não, a 
realização de exame mais complexo que somente é efetuado no laudo definitivo. 
 
Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária, remetendo os 
autos do inquérito ao juízo: 
 
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36/387 
I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação do 
delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições em 
que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os 
antecedentes do agente; ou 
 
II - requererá sua devolução para a realização de diligências necessárias. 
 
STJ/HC 301.684/RS 
Esta Corte possui jurisprudência no sentido de que a posse de drogas no interior do estabelecimento 
prisional, ainda que para o uso próprio, configura falta disciplinar de natureza grave, à luz do art. 52 da 
Lei de Execução Penal, não sendo requisito para o seu reconhecimento o trânsito em julgado da 
sentença penal condenatória. 
 
STJ – Teses Sobre a Lei de Drogas – Edição 131 
Tese 01 
É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas 
disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, 
sendo vedada a combinação de leis. 
Tese 02 
A inobservância do art. 55 da Lei n. 11.343/2006, que determina o recebimento da denúncia após a 
apresentação da defesa prévia, constitui nulidade relativa quando forem demonstrados os prejuízos 
suportados pela defesa. 
Tese 03 
O laudo pericial definitivo atestando a ilicitude da droga afasta eventuais irregularidades do laudo preliminar 
realizado na fase de investigação. 
Tese 04 
A falta da assinatura do perito criminal no laudo toxicológico é mera irregularidade que não tem o condão de 
anular o referido exame. 
Tese 05 
O princípio da insignificância não se aplica aos delitos do art. 33, caput, e do art. 28 da Lei de Drogas, pois 
tratam-se de crimes de perigo abstrato ou presumido. 
Tese 06 
A conduta de porte de substância entorpecente para consumo próprio, prevista no art. 28 da Lei n. 
11.343/2006, foi apenas despenalizada pela nova Lei de Drogas, mas não descriminalizada, não havendo, 
portanto, abolitio criminis. 
Tese 07 
As contravenções penais, puníveis com pena de prisão simples, não geram reincidência, mostrando-se, 
portanto, desproporcional que condenações anteriores pelo delito do art. 28 da Lei n. 11.343/2006 
configurem reincidência, uma vez que não são puníveis com pena privativa de liberdade. 
Tese 08 
O crime de uso de entorpecente para consumo próprio, previsto no art. 28 da Lei n. 11.343/2006, é de menor 
potencial ofensivo, o que determina a competência do Juizado Especial estadual, já que ele não está 
previsto em tratado internacional e o art. 70 da Lei n. 11.343/2006 não o inclui dentre os que devem ser 
julgados pela justiça federal. 
Tese 09 
A conduta prevista no art. 28 da Lei n. 11.343/2006 admite tanto a transação penal quanto a suspensão 
condicional do processo. 
Tese 10 
A posse de substância entorpecente para uso próprio configura crime doloso e quando cometido no interior 
do estabelecimento prisional constitui falta grave, nos termos do art. 52 da Lei de Execução Penal - LEP (Lei 
n. 7.210/1984). 
Tese 11 
É imprescindível a confecção do laudo toxicológico para comprovar a materialidade da infração disciplinar e 
a natureza da substância encontrada com o apenado no interior de estabelecimento prisional. 
Tese 12 
A comprovação da materialidade do delito de posse de drogas para uso próprio (art. 28 da Lei n. 
11.343/2006) exige a elaboração de laudo de constatação da substância entorpecente que evidencie a 
natureza e a quantidade da substância apreendida. 
 
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Tese 13 
O tráfico de drogas é crime de ação múltipla e a prática de um dos verbos contidos no art. 33, caput, da Lei 
n. 11.343/2006 é suficiente para a consumação do delito. 
Tese 14 
O laudo de constatação preliminar de substância entorpecente constitui condição de procedibilidade para 
apuração do crime de tráfico de drogas. 
Tese 15 
Para a configuração do delito de tráfico de drogas previsto no caput do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, é 
desnecessária a aferição do grau de pureza da substância apreendida. 
Tese 16 
Não se reconhece a existência de bis in idem na aplicação da causa de aumento de pena pela 
transnacionalidade (art. 40, inciso I, da Lei n. 11.343/2006), em razão do art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006 
prever as condutas de "importar" e "exportar", pois trata-se de tipo penal de ação múltipla, e o simples fato 
de o agente "trazer consigo" a droga já conduz à configuração da tipicidade formal do crime de tráfico. 
Tese 17 
O agente que atua diretamente na traficância e que também financia ou custeia a aquisição de drogas deve 
responder pelo crime previsto no art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006 com a incidência da causa de aumento 
de pena prevista no art. 40, VII, da Lei n. 11.343/2006, afastando-se, por conseguinte, a conduta autônoma 
prevista no art. 36 da referida legislação. 
Tese 18 
É possível a aplicação do princípio da consunção entre os crimes previstos no § 1º do art. 33 e/ou no art. 34 
pelo tipificado no caput do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, desde que não caracterizada a existência de 
contextos autônomos e coexistentes, aptos a vulnerar o bem jurídico tutelado de forma distinta. 
Tese 19 
Quando o agente no exercício irregular da medicina prescreve substância caracterizada como droga, resta 
configurado, em tese, o delito do art. 282 do Código Penal, em concurso formal com o art. 33, caput, da Lei 
n. 11.343/2006. 
Tese 20 
O § 3º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006 traz tipo específico para aquele que fornece gratuitamente substância 
entorpecente a pessoa de seu relacionamento para juntos a consumirem e, por se tratar de norma penal 
mais benéfica, deve ser aplicado retroativamente. 
Tese 21 
O tráfico ilícito de drogas na sua forma privilegiada (art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006) não é crime 
equiparado a hediondo. 
Tese 22 
A causa de diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei de Drogas só pode ser aplicada se todos os 
requisitos, cumulativamente, estiverem presentes. 
Tese 23 
É inviável a aplicação da causa especial de diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei n. 
11.343/2006 quando há condenação simultânea do agente nos crimes de tráfico de drogas e de associação 
para o tráfico, por evidenciar a sua dedicação a atividades criminosas ou a sua participação em organização 
criminosa. 
Tese 24 
A condição de "mula" do tráfico, por si só, não afasta a possibilidade de aplicação da minorante do § 4º do 
art. 33 da Lei n. 11.343/2006, uma vez que a figura de transportador da droga não induz, automaticamente, à 
conclusão de que o agente integre, de forma estável e permanente, organização criminosa. 
Tese 25 
Diante da ausência de parâmetros legais, é possível que a fração de redução da causa de diminuição de 
pena estabelecida no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 seja modulada em razão da qualidade e da 
quantidade de droga apreendida, além das demais circunstâncias do delito. 
Tese 26 
Para a caracterização do crime de associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei n. 11.343/2006) é 
imprescindível o dolo de se associar com estabilidade e permanência. 
Tese 27Para a configuração do crime de associação para o tráfico de drogas, previsto no art. 35 da Lei n. 
11.343/2006, é irrelevante apreensão de drogas na posse direta do agente. 
Tese 28 
O crime de associação para o tráfico de entorpecentes (art. 35 da Lei n. 11. 343/2006) não figura no rol 
taxativo de crimes hediondos ou de delitos a eles equiparados. 
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Tese 29 
Em se tratando de condenado pelo delito previsto no art. 14 da Lei n. 6. 368/1976, deve-se observar as 
reprimendas mínima e máxima estabelecidas pelo art. 8º da Lei n. 8.072/1990 (3 a 6 anos de reclusão), por 
ser norma penal mais benéfica ao réu, impondo-se, inclusive, se for o caso, a exclusão da pena de multa. 
Tese 30 
O crime de financiar ou custear o tráfico ilícito de drogas (art. 36 da Lei n. 11.343/2006) é delito autônomo 
aplicável ao agente que não tem participação direta na execução do tráfico, limitando-se a fornecer os 
recursos necessários para subsidiar as infrações a que se referem os art. 33, caput e § 1º, e art. 34 da Lei de 
Drogas. 
Tese 31 
O crime de colaboração com o tráfico, art. 37 da Lei n. 11.343/2006, é um tipo penal subsidiário em relação 
aos delitos dos arts. 33 e 35 da referida lei e tem como destinatário o agente que colabora como informante, 
de forma esporádica, eventual, sem vínculo efetivo, para o êxito da atividade de grupo, de associação ou de 
organização criminosa destinados à prática de qualquer dos delitos previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 
da Lei de Drogas. 
Tese 32 
A Lei n. 11.343/2006 manteve as condutas descritas no art. 12, § 2º, inciso III, da Lei n. 6.368/1976, razão 
pela qual não há que se falar em abolitio criminis. 
Tese 33 
A Lei n. 11.343/2006 aboliu a majorante da associação eventual para o tráfico prevista no art. 18, III, primeira 
parte, da Lei n. 6.368/1976. 
Tese 34 
A incidência da majorante da segunda parte do inciso III do art. 18 da Lei n. 6. 368/1976 - "visar [o crime] a 
menores de 21 anos" -, segue contemplada no art. 40, inciso VI, da nova Lei de Drogas - "sua prática 
envolver ou visar a atingir criança ou adolescente" -, não restando configurada a abolitio criminis. 
Tese 35 
O art. 40 da Lei n. 11.343/2006 conferiu tratamento mais favorável às causas especiais de aumento de pena, 
devendo ser aplicado retroativamente aos delitos cometidos sob a égide da Lei n. 6.368/1976. 
Tese 36 
Não acarreta bis in idem a incidência simultânea das majorantes previstas no art. 40 da Lei n. 11.343/2006 
aos crimes de tráfico de drogas e de associação para fins de tráfico, porquanto são delitos autônomos, cujas 
penas devem ser calculadas e fixadas separadamente. 
Tese 37 
Para a incidência das majorantes previstas no art. 40, I e V, da Lei n. 11. 343/2006, é desnecessária a 
efetiva transposição de fronteiras, sendo suficiente, respectivamente, a prova de destinação internacional 
das drogas ou a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual. 
Tese 38 
É cabível a aplicação cumulativa das causas de aumento relativas à transnacionalidade e à 
interestadualidade do delito, previstas nos incisos I e V do art. 40 da Lei de Drogas, quando evidenciado que 
a droga proveniente do exterior se destina a mais de um estado da Federação, sendo o intuito dos agentes 
distribuir o entorpecente estrangeiro por mais de uma localidade do país. 
Tese 39 (Sem Validade) 
O rol previsto no inciso III do art. 40 da Lei de Drogas não deve ser encarado como taxativo, pois o objetivo 
da referida lei é proteger espaços que promovam a aglomeração de pessoas, circunstância que facilita a 
ação criminosa. 
 
STJ/AREsp 1.495.549/SP: A prática de crime de tráfico de drogas em praça pública, por si só, não atrai a 
incidência da majorante prevista no art. 40, III, da Lei 11.343/06, porquanto não prevista em lei, sendo 
vedado o uso da analogia in malam partem. 
 
STJ/HC 528.851-SP: Uma vez que, no Direito Penal incriminador, não se admite a analogia in malam partem 
e porque a hipótese dos autos (tráfico de drogas cometido em local próximo a igrejas) não foi contemplada 
pelo legislador no rol das majorantes previstas no inciso III do art. 40 da Lei n. 11.343/2006, deve ser 
afastada a causa especial de aumento de pena em questão. 
Tese 40 
A causa de aumento de pena prevista no inciso III do art. 40 da Lei de Drogas possui natureza objetiva e se 
aplica em função do lugar do cometimento do delito, sendo despicienda a comprovação efetiva do tráfico nos 
locais e nas imediações mencionados no inciso ou que o crime visava a atingir seus frequentadores. 
 
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Tese 41 
A incidência da majorante prevista no art. 40, inciso III, da Lei n. 11.343/2006 deve ser excepcionalmente 
afastada na hipótese de não existir nenhuma indicação de que houve o aproveitamento da aglomeração de 
pessoas ou a exposição dos frequentadores do local para a disseminação de drogas, verificando-se, caso a 
caso, as condições de dia, local e horário da prática do delito. 
Tese 42 
Para a caracterização da causa de aumento de pena do art. 40, III, da Lei n. 11. 343/2006, é necessária a 
efetiva oferta ou a comercialização da droga no interior de veículo público, não bastando, para a sua 
incidência, o fato de o agente ter se utilizado dele como meio de locomoção e de transporte da substância 
ilícita. 
Tese 43 
A aplicação das majorantes previstas no art. 40 da Lei de Drogas exige motivação concreta, quando 
estabelecida acima da fração mínima, não sendo suficiente a mera indicação do número de causas de 
aumento. 
Tese 44 
Para fins de fixação da pena, não há necessidade de se aferir o grau de pureza da substância apreendida 
uma vez que o art. 42 da Lei de Drogas estabelece como critérios "a natureza e a quantidade da substância". 
Tese 45 
A natureza e a quantidade da droga não podem ser utilizadas simultaneamente para justificar o aumento da 
pena-base e para afastar a redução prevista no §4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, sob pena de 
caracterizar bis in idem. 
Tese 46 
A utilização concomitante da quantidade de droga apreendida para elevar a pena-base e para afastar a 
incidência da minorante prevista no § 4º do art. 33 da Lei de Drogas, por demonstrar que o acusado se 
dedica a atividades criminosas ou integra organização criminosa, não configura bis in idem, tratando-se de 
hipótese diversa da Repercussão Geral - TEMA 712/STF. 
Tese 47 
Reconhecida a inconstitucionalidade da vedação prevista na parte final do §4º do art. 33 da Lei de Drogas, 
inexiste óbice à substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos aos condenados pelo 
crime de tráfico de drogas, desde que preenchidos os requisitos do art. 44 do Código Penal. 
Tese 48 
A utilização da reincidência como agravante genérica é circunstância que afasta a causa especial de 
diminuição da pena do crime de tráfico, e não caracteriza bis in idem. 
Tese 49 
Reconhecida a inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei n. 8.072/1990, é possível a fixação de regime 
prisional diferente do fechado para o início do cumprimento de pena imposta ao condenado por tráfico de 
drogas, devendo o magistrado observar as regras previstas no Código Penal para a fixação do regime 
prisional. 
Tese 50 
O juiz pode fixar regime inicial mais gravoso do que aquele relacionado unicamente com o quantum da pena 
ao considerar a natureza ou a quantidade da droga. 
Tese 51 
Configura ofensa ao princípio da proteção integral a aplicação de medida de semiliberdade ao adolescente 
pela prática de ato infracional análogoao crime previsto no art. 28 da Lei n. 11.343/2006. 
Tese 52 
O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente à imposição de 
medida socioeducativa de internação do adolescente. 
Tese 53 
A despeito de não ser considerado hediondo, o crime de associação para o tráfico, no que se refere à 
concessão do livramento condicional, deve, em razão do princípio da especialidade, observar a regra 
estabelecida pelo art. 44, parágrafo único, da Lei n. 11.343/2006: cumprimento de 2/3 (dois terços) da pena e 
vedação do benefício ao reincidente específico. 
Tese 54 
É possível a concessão de liberdade provisória nos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes. 
Tese 55 
É vedada a concessão de indulto aos condenados por crime hediondo ou por crime a ele equiparado, entre 
os quais se insere o delito de tráfico previsto no art. 33, caput e § 1º da Lei n. 11.343/2006, afastando-se a 
referida vedação na hipótese de aplicação da causa de diminuição prevista no art. 33, § 4º, da mesma Lei, 
uma vez que a figura do tráfico privilegiado é desprovida de natureza hedionda. 
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Tese 56 (Sem Validade) 
O requisito objetivo necessário para a progressão de regime prisional aos condenados em crime de tráfico 
ilícito de entorpecentes (delito equiparado a hediondo), praticados antes do advento da Lei n. 11.464/2007, 
deve ser o previsto no art. 112 da Lei de Execução Penal (Lei n. 7.210/1984), qual seja, 1/6 (um sexto); 
posteriormente, passou-se a exigir o cumprimento de 2/5 da pena pelo réu primário e 3/5 pelo reincidente. 
Tese 57 
Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal processar e 
julgar o crime de tráfico internacional. (Súmula n. 528/STJ) 
Tese 58 
A expropriação de bens em favor da União, decorrente da prática de crime de tráfico ilícito de entorpecentes, 
constitui efeito automático da sentença penal condenatória. 
Tese 59 
Não viola o princípio da dignidade da pessoa humana a revista íntima realizada conforme as normas 
administrativas que disciplinam a atividade fiscalizatória, quando houver fundada suspeita de que o visitante 
esteja transportando drogas ou outros itens proibidos para o interior do estabelecimento prisional. 
 
 
 
 
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LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 
 
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e 
dá outras providências. 
 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 1º (VETADO) 
 
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a 
estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de 
conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, 
sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la. 
 
Crimes Ambientais – Características Básicas 
➢ A Lei de crimes ambientais pode: 
✓ Ter crimes comissivos ou omissivos; 
✓ Ocorrer na modalidade dolosa ou culposa; 
✓ Ser aplicada a pessoas físicas e jurídicas; 
✓ Englobar as esferas civis, administrativas e penais. 
 
Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto 
nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou 
de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. 
 
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-
autoras ou partícipes do mesmo fato. 
 
Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao 
ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente. 
 
Teoria Menor da Desconsideração da Personalidade Jurídica 
Lei 9.605/98. Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for 
obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente. 
 
Teoria Maior e Menor da Desconsideração da Personalidade Jurídica 
Teoria Maior da Desconsideração Teoria Menor da Desconsideração 
A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas pode 
ser ignorada, coibindo, desta forma, fraudes e 
abusos praticados por elas. 
 
Nesta teoria, determinados requisitos estabelecidos 
dentro da legalidade precisarão ser atendidos para 
acontecer o ressarcimento do prejuízo, ocorrendo, 
assim, uma maior consistência e segurança aos 
sócios. 
Nesta teoria, não há necessidade de atender 
nenhum dos requisitos descritos na Teoria Maior. 
 
A desconsideração poderá ocorrer em quaisquer 
hipóteses em que for necessária a execução do 
patrimônio do sócio, uma vez a sociedade não tendo 
como arcar com o débito executado. 
Adotada pelo CC/02, Art. 50. Adotada pela Lei de Crimes Ambientais 
 
Art. 5º (VETADO) 
 
CAPÍTULO II 
DA APLICAÇÃO DA PENA 
 
Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará: 
 
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I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas consequências para a saúde pública e 
para o meio ambiente; 
 
II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental; 
 
III - a situação econômica do infrator, no caso de multa. 
 
Art. 7º As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade quando: 
 
I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos; 
 
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os 
motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação 
e prevenção do crime. 
 
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se refere este artigo terão a mesma duração da pena 
privativa de liberdade substituída. 
 
Penas Restritivas de Direito – Pessoa Física 
Lei 9.605/98. Art. 8º As penas restritivas de direito são: 
 
I - prestação de serviços à comunidade; 
 
II - interdição temporária de direitos; 
III - suspensão parcial ou total de atividades; 
IV - prestação pecuniária; 
V - recolhimento domiciliar. 
 
Substituição das Penas Privativas de Liberdade por Penas Restritivas de Direito 
Requisitos 
Lei 9605/98 Código Penal 
Crime doloso: PPL inferior a 4 anos 
Crime doloso: PPL não superior a 4 anos + crime 
cometido sem violência ou grave ameaça 
Crime culposo: qualquer que seja a PPL aplicada Crime culposo: qualquer que seja a PPL aplicada 
Circunstâncias judiciais favoráveis 
Não reincidente em crime doloso 
OBS: Mesmo reincidente, o juiz pode substituir se a 
medida for socialmente recomendada e não seja 
reincidente específico 
 Circunstâncias judiciais favoráveis 
 
Art. 9º A prestação de serviços à comunidade consiste na atribuição ao condenado de tarefas gratuitas junto a 
parques e jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de dano da coisa particular, pública ou 
tombada, na restauração desta, se possível. 
 
Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado contratar com o Poder 
Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de participar de licitações, 
pelo prazo de cinco anos, no casode crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos. 
 
Art. 11. A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às prescrições 
legais. 
 
Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou 
privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um salário mínimo nem superior a 
trezentos e sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual reparação civil a 
que for condenado o infrator. 
 
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Art. 13. O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado, 
que deverá, sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer atividade autorizada, permanecendo 
recolhido nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer local destinado a sua moradia habitual, 
conforme estabelecido na sentença condenatória. 
 
Crimes Ambientais – Penas Restritivas de Direito à Pessoa Física – Art. 8º ao 13. Lei 9.605/98 
➢ São autônomas e substituem as privativas de liberdade quando: 
✓ O crime for culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos. 
 
✓ A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como 
os motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos 
de reprovação e prevenção do crime. 
 
➢ As penas restritivas de direitos dos crimes ambientais terão a mesma duração da pena privativa de 
liberdade substituída. 
Prestação de Serviços à 
Comunidade 
Consiste na atribuição ao condenado de tarefas gratuitas junto a parques e 
jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de dano da 
coisa particular, pública ou tombada, na restauração desta, se possível. 
Interdição Temporária de 
Direitos 
Consiste na proibição de o condenado contratar com o Poder Público, 
de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como 
de participar de licitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes 
dolosos, e de três anos, no de crimes culposos. 
Suspensão Parcial ou Total 
de Atividades 
Aplicada quando estas não estiverem obedecendo às prescrições legais. 
Prestação Pecuniária 
Consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou 
privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um 
salário mínimo nem superior a trezentos e sessenta salários mínimos. 
O valor pago será deduzido do montante de eventual reparação civil a que 
for condenado o infrator. 
Recolhimento Domiciliar 
Baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado, 
que deverá, sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer 
atividade autorizada, permanecendo recolhido nos dias e horários de 
folga em residência ou em qualquer local destinado a sua moradia habitual, 
conforme estabelecido na sentença condenatória. 
 
Interdição Temporária de Direito à Pessoa Física 
Consiste na proibição de o condenado contratar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou 
quaisquer outros benefícios, bem como de participar de licitações. pelo prazo de cinco anos, no caso de 
crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos. 
 
Crime Ambiental Doloso Crime Ambiental Culposo 
Proibição de Contratar por 05 anos. Proibição de Contratar por 03 anos. 
OBS: Quando se tratar de Pessoa Jurídica, o prazo de proibição de contratar com o Estado é de até 10 
anos. 
Lei 9.605/98. Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são: 
 
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou 
doações. 
 
§ 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações não 
poderá exceder o prazo de dez anos. 
 
Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena: 
 
I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente; 
 
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II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação significativa da 
degradação ambiental causada; 
 
III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental; 
 
IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental. 
 
Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: 
 
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental; 
 
II - ter o agente cometido a infração: 
 
a) para obter vantagem pecuniária; 
 
b) coagindo outrem para a execução material da infração; 
 
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente; 
 
d) concorrendo para danos à propriedade alheia; 
 
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime 
especial de uso; 
 
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos; 
 
g) em período de defeso à fauna; 
 
h) em domingos ou feriados; 
 
i) à noite; 
 
j) em épocas de seca ou inundações; 
 
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido; 
 
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais; 
 
n) mediante fraude ou abuso de confiança; 
 
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental; 
 
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada por 
incentivos fiscais; 
 
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes; 
 
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções 
 
Atenuantes e Agravantes – Cleber Masson¹ 
➢ Agravantes e atenuantes genéricas: 
✓ São circunstâncias legais, de natureza objetiva ou subjetiva, não integrantes da estrutura do tipo 
penal, mas que a ele se ligam com a finalidade de aumentar ou diminuir a pena. 
 
✓ São de aplicação compulsória pelo magistrado, que não pode deixar de levá-las em conta, 
quando presentes, na dosimetria da pena. 
Fonte¹: MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado – Parte Geral. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2013. p. 662. 
 
Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de 
condenação a pena privativa de liberdade não superior a três anos. 
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Art. 17. A verificação da reparação a que se refere o § 2º do art. 78 do Código Penal será feita mediante laudo 
de reparação do dano ambiental, e as condições a serem impostas pelo juiz deverão relacionar-se com a 
proteção ao meio ambiente. 
 
Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se ineficaz, ainda que aplicada 
no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista o valor da vantagem econômica 
auferida. 
 
Art. 19. A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível, fixará o montante do prejuízo 
causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa. 
 
Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível poderá ser aproveitada no processo 
penal, instaurando-se o contraditório. 
 
Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o valor mínimo para reparação dos 
danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo meio ambiente. 
 
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá efetuar-seEsquematizada 
 
 
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CAPÍTULO II 
DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS 
 
Seção I 
Da Composição do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas 
 
Art. 7º A organização do Sisnad assegura a orientação central e a execução descentralizada das atividades 
realizadas em seu âmbito, nas esferas federal, distrital, estadual e municipal e se constitui matéria definida no 
regulamento desta Lei. 
 
Seção II 
Das Competências 
 
Art. 8º-A. Compete à União: 
 
I - formular e coordenar a execução da Política Nacional sobre Drogas; 
 
II - elaborar o Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, em parceria com Estados, Distrito Federal, Municípios e 
a sociedade; 
 
III - coordenar o Sisnad; 
 
IV - estabelecer diretrizes sobre a organização e funcionamento do Sisnad e suas normas de referência; 
 
V - elaborar objetivos, ações estratégicas, metas, prioridades, indicadores e definir formas de financiamento 
e gestão das políticas sobre drogas; 
 
VIII - promover a integração das políticas sobre drogas com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
 
IX - financiar, com Estados, Distrito Federal e Municípios, a execução das políticas sobre drogas, observadas 
as obrigações dos integrantes do Sisnad; 
 
X - estabelecer formas de colaboração com Estados, Distrito Federal e Municípios para a execução das políticas 
sobre drogas; 
 
XI - garantir publicidade de dados e informações sobre repasses de recursos para financiamento das políticas 
sobre drogas; 
 
XII - sistematizar e divulgar os dados estatísticos nacionais de prevenção, tratamento, acolhimento, 
reinserção social e econômica e repressão ao tráfico ilícito de drogas; 
 
XIII - adotar medidas de enfretamento aos crimes transfronteiriços; e 
 
XIV - estabelecer uma política nacional de controle de fronteiras, visando a coibir o ingresso de drogas no 
País. 
 
CAPÍTULO II-A 
DA FORMULAÇÃO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS 
 
Seção I 
Do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas 
 
Art. 8º-D. São objetivos do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, dentre outros: 
 
I - promover a interdisciplinaridade e integração dos programas, ações, atividades e projetos dos órgãos e 
entidades públicas e privadas nas áreas de saúde, educação, trabalho, assistência social, previdência social, 
habitação, cultura, desporto e lazer, visando à prevenção do uso de drogas, atenção e reinserção social dos 
usuários ou dependentes de drogas; 
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Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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II - viabilizar a ampla participação social na formulação, implementação e avaliação das políticas sobre drogas; 
 
III - priorizar programas, ações, atividades e projetos articulados com os estabelecimentos de ensino, com a 
sociedade e com a família para a prevenção do uso de drogas; 
 
IV - ampliar as alternativas de inserção social e econômica do usuário ou dependente de drogas, promovendo 
programas que priorizem a melhoria de sua escolarização e a qualificação profissional; 
 
V - promover o acesso do usuário ou dependente de drogas a todos os serviços públicos; 
 
VI - estabelecer diretrizes para garantir a efetividade dos programas, ações e projetos das políticas sobre 
drogas; 
 
VII - fomentar a criação de serviço de atendimento telefônico com orientações e informações para apoio aos 
usuários ou dependentes de drogas; 
 
VIII - articular programas, ações e projetos de incentivo ao emprego, renda e capacitação para o trabalho, 
com objetivo de promover a inserção profissional da pessoa que haja cumprido o plano individual de 
atendimento nas fases de tratamento ou acolhimento; 
 
IX - promover formas coletivas de organização para o trabalho, redes de economia solidária e o 
cooperativismo, como forma de promover autonomia ao usuário ou dependente de drogas egresso de tratamento 
ou acolhimento, observando-se as especificidades regionais; 
 
X - propor a formulação de políticas públicas que conduzam à efetivação das diretrizes e princípios previstos no 
art. 22; 
 
XI - articular as instâncias de saúde, assistência social e de justiça no enfrentamento ao abuso de drogas; e 
 
XII - promover estudos e avaliação dos resultados das políticas sobre drogas. 
 
§ 1º O plano de que trata o caput terá duração de 5 anos a contar de sua aprovação. 
 
§ 2º O poder público deverá dar a mais ampla divulgação ao conteúdo do Plano Nacional de Políticas sobre 
Drogas. 
 
Seção II 
Dos Conselhos de Políticas sobre Drogas 
 
Art. 8º-E. Os conselhos de políticas sobre drogas, constituídos por Estados, Distrito Federal e Municípios, 
terão os seguintes objetivos: 
 
I - auxiliar na elaboração de políticas sobre drogas; 
 
II - colaborar com os órgãos governamentais no planejamento e na execução das políticas sobre drogas, 
visando à efetividade das políticas sobre drogas; 
 
III - propor a celebração de instrumentos de cooperação, visando à elaboração de programas, ações, 
atividades e projetos voltados à prevenção, tratamento, acolhimento, reinserção social e econômica e repressão 
ao tráfico ilícito de drogas; 
 
IV - promover a realização de estudos, com o objetivo de subsidiar o planejamento das políticas sobre drogas; 
 
V - propor políticas públicas que permitam a integração e a participação do usuário ou dependente de drogas 
no processo social, econômico, político e cultural no respectivo ente federado; e 
 
VI - desenvolver outras atividades relacionadas às políticas sobre drogas em consonância com o Sisnad e com os 
respectivos planos. 
 
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CAPÍTULO IV 
DO ACOMPANHAMENTO E DA AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS 
 
Art. 16. As instituições com atuação nas áreas da atenção à saúde e da assistência social que atendam 
usuários ou dependentes de drogas devem comunicar ao órgão competente do respectivo sistema municipal de 
saúde os casos atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a identidade das pessoas, conforme 
orientações emanadas da União. 
 
TÍTULO III 
DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO DO USO INDEVIDO, ATENÇÃO E REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS 
E DEPENDENTES DE DROGAS 
 
CAPÍTULO I 
DA PREVENÇÃO 
 
Seção I 
Das Diretrizes 
 
Art. 18. Constituem atividades de prevenção do uso indevido de drogas, para efeito desta Lei, aquelas 
direcionadas para a redução dos fatores de vulnerabilidade e risco e para a promoção e o fortalecimento 
dos fatores de proteção. 
 
Art. 19. As atividades de prevenção do uso indevido de drogas devem observar os seguintes princípios e 
diretrizes: 
 
I - o reconhecimento do uso indevido de drogas como fator de interferência na qualidade de vida do indivíduo 
e na sua relação com a comunidade à qual pertence; 
 
II - a adoção de conceitos objetivos e de fundamentação científica como forma de orientar as ações dos 
serviços públicos comunitários e privados e de evitar preconceitos e estigmatização das pessoas e dos serviços 
que as atendam; 
 
III - o fortalecimento da autonomia e da responsabilidade individual em relação ao uso indevido de drogas; 
 
IV - o compartilhamento de responsabilidades e a colaboração mútua com as instituições do setor privado e 
com os diversos segmentos sociais, incluindo usuários e dependentes de drogas e respectivos familiares, por 
meio do estabelecimento de parcerias; 
 
V - a adoção de estratégias preventivas diferenciadas e adequadas às especificidades socioculturais das 
diversas populações, bem como das diferentes drogas utilizadas; 
 
VI - o reconhecimento do “não-uso”, do “retardamento do uso” e da redução de riscos como resultados 
desejáveis das atividades de natureza preventiva, quandopelo valor fixado 
nos termos do caput, sem prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamente sofrido. 
 
Penas Aplicáveis às Pessoas Jurídicas 
Lei 9.605/98. Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas, 
de acordo com o disposto no art. 3º, são: 
 
I - multa; 
 
II - restritivas de direitos; 
 
III - prestação de serviços à comunidade. 
 
Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são: 
 
I - suspensão parcial ou total de atividades; 
 
II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade; 
 
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações. 
 
§ 1º A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às disposições legais 
ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente. 
 
§ 2º A interdição será aplicada quando o estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionando sem a devida 
autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com violação de disposição legal ou regulamentar. 
 
§ 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações não 
poderá exceder o prazo de dez anos. 
 
Crimes Ambientais – Penas Restritivas de Direito à Pessoa Jurídica – Art. 22. Lei 9.605/98 
As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são: 
 
I - suspensão parcial ou total de atividades; 
II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade; 
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou 
doações. 
Proibição de contratar com 
o Poder Público 
A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, 
subvenções ou doações não poderá exceder o prazo de dez anos. 
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Interdição Temporária de 
estabelecimento, obra ou 
atividade 
Aplicada quando o estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionando 
sem a devida autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com 
violação de disposição legal ou regulamentar. 
Suspensão Parcial ou Total 
de Atividades 
Aplicada quando estas não estiverem obedecendo às disposições legais 
ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente. 
 
Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica consistirá em: 
 
I - custeio de programas e de projetos ambientais; 
 
II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas; 
 
III - manutenção de espaços públicos; 
 
IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas. 
 
Teoria do Risco Integral – Excepcionalmente Adotada pelo Brasil 
➢ O Brasil adota, excepcionalmente, a Teoria do Risco Integral, nos casos de: 
✓ Acidentes Nucleares; 
✓ Danos Ambientais; 
✓ Atos de Terrorismo ou de guerra; 
Mnemônico: ANDAT 
 
Responsabilidade por Dano Ambiental 
Responsabilidade Penal É subjetiva, sendo possível o afastamento da punição. 
Responsabilidade Civil 
É objetiva, mesmo não respondendo penalmente, o agente 
responderá pela reparação de dano. 
Responsabilidade Administrativa É subjetiva, existindo divergências. 
 
Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou 
ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será 
considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional. 
 
CAPÍTULO III - DA APREENSÃO DO PRODUTO E DO INSTRUMENTO DE INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA OU 
DE CRIME 
 
Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos 
autos. 
 
§ 1º. Os animais serão prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não 
recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades 
assemelhadas, para guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados. 
 
Libertação de Animais 
Regra Serão prioritariamente libertados em seu habitat. 
Se não for 
recomendável? 
Se tal medida for inviável ou não recomendável por questões sanitárias, os animais 
serão entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, 
para guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados. 
 
§ 2º. Até que os animais sejam entregues às instituições mencionadas no § 1º deste artigo, o órgão autuante 
zelará para que eles sejam mantidos em condições adequadas de acondicionamento e transporte que 
garantam o seu bem-estar físico. 
 
§ 3º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes avaliados e doados a instituições 
científicas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes. 
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§ 4° Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou doados a instituições 
científicas, culturais ou educacionais. 
 
§ 5º Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, garantida a sua descaracterização por 
meio da reciclagem. 
 
STF/ADPF 640 
É inconstitucional a interpretação da legislação federal que possibilita o abate imediato de animais 
apreendidos em situação de maus-tratos. 
 
CAPÍTULO IV – DA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL 
 
Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é pública incondicionada. 
 
Parágrafo único. (VETADO) 
 
Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena 
restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, somente poderá 
ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata o art. 74 da 
mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade. 
 
Transação Penal e Suspensão Condicional do Processo 
Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo é possível a formulação da transação penal e 
suspensão condicional do processo, desde que exista prévia composição do dano ambiental, salvo 
em caso de comprovada impossibilidade. 
 
Competência para Julgar Crimes Ambientais Contra a Fauna – STF/RE 835.558 
Regra Competência da Justiça Estadual. 
Exceções 
➢ Competência da Justiça Federal quando: 
(e) a conduta atentar contra bens, serviços ou interesses diretos e específicos da 
União ou de suas entidades autárquicas; 
 
(b) os delitos, previstos tanto no direito interno quanto em tratado ou convenção 
internacional, tiverem iniciada a execução no país, mas o resultado tenha ou 
devesse ter ocorrido no estrangeiro – ou na hipótese inversa; 
 
© tiverem sido cometidos a bordo de navios ou aeronaves; 
 
(d) houver grave violação de direitos humanos; ou ainda 
 
(e) guardarem conexão ou continência com outro crime de competência federal; 
ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral, conforme 
previsão expressa da Constituição. 
Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental de caráter transnacional que envolva 
animais silvestres, ameaçados de extinção e espécimes exóticas ou protegidas por compromissos 
internacionais assumidos pelo Brasil. 
 
STF/RE 835.558 
Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental de caráter transnacional que envolva 
animais silvestres, ameaçados de extinção e espécimes exóticas ou protegidas por compromissos 
internacionais assumidos pelo Brasil. 
 
STF/Info 874 
Conforme o STF, as leis estaduais que proíbem o uso do amianto são constitucionais. 
 
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Crimes Ambientais– Legislação Esquematizada 
 
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48 
Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, aplicam-se aos crimes de menor 
potencial ofensivo definidos nesta Lei, com as seguintes modificações: 
 
I – a declaração de extinção de punibilidade, de que trata o § 5° do artigo referido no caput, dependerá de 
laudo de constatação de reparação do dano ambiental, ressalvada a impossibilidade prevista no inciso I do 
§ 1° do mesmo artigo; 
 
II – na hipótese de o laudo de constatação comprovar não ter sido completa a reparação, o prazo de 
suspensão do processo será prorrogado, até o período máximo previsto no artigo referido no caput, acrescido 
de mais um ano, com suspensão do prazo da prescrição; 
 
III – no período de prorrogação, não se aplicarão as condições dos incisos II, III e IV do § 1° do artigo 
mencionado no caput; 
 
IV – findo o prazo de prorrogação, proceder-se-á à lavratura de novo laudo de constatação de reparação do 
dano ambiental, podendo, conforme seu resultado, ser novamente prorrogado o período de suspensão, até o 
máximo previsto no inciso II deste artigo, observado o disposto no inciso III; 
 
V – esgotado o prazo máximo de prorrogação, a declaração de extinção de punibilidade dependerá de laudo 
de constatação que comprove ter o acusado tomado as providências necessárias à reparação integral do dano. 
 
CAPÍTULO V – DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE 
 
Crimes Ambientais – Espécies 
Crimes contra a Fauna 
Crimes contra os animais. Estão tipificados nos artigos 29 a 37 da Lei 
de Crimes Ambientais. 
Crimes contra a Flora 
Crimes contra as florestas e diversas formas de vegetação. Estão 
tipificados nos artigos 38 a 53 da Lei de Crimes Ambientais. 
Da Poluição e outros Crimes 
Ambientais 
Estão tipificados nos artigos 54 a 61 da Lei de Crimes Ambientais. 
Crimes contra o Ordenamento 
Urbano e o Patrimônio Cultural 
Estão tipificados nos artigos 62 a 65 da Lei de Crimes Ambientais. 
Crimes contra a Administração 
Ambiental 
Condutas que dificultam a fiscalização por parte do Estado em 
relação aos crimes ambientais. Estão tipificados nos artigos 66 a 69-A 
da Lei de Crimes Ambientais. 
 
Classificação dos Crimes Ambientais – Quanto ao Momento da Consumação 
➢ Permanentes: Consiste no delito em que a consumação acaba se estendendo ao longo do tempo por 
vontade do agente. 
 
Ex: Lei 9.605/98. Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação: 
 
Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
➢ Permanente ou Instantâneo: Consiste no delito que é consumado em um determinado instante, de 
forma imediata, sem existir qualquer forma de prolongamento. 
 
Ex: Lei 9.605/98. Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de 
origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que 
deverá acompanhar o produto até final beneficiamento: 
 
Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
➢ Instantâneo de Efeitos Permanentes: Consiste no delito que continua existindo efeitos após a sua 
consumação, independentemente da vontade de quem praticou. 
 
Ex: Lei 9.605/98. Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do 
Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização: 
 
Pena – reclusão, de um a cinco anos. 
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49 
 
Seção I - Dos Crimes contra a Fauna 
 
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, 
sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: 
 
Pena – detenção de seis meses a um ano, e multa. 
 
§ 1º Incorre nas mesmas penas: 
 
I – quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida; 
 
II – quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural; 
 
III – quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou 
transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e 
objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou 
autorização da autoridade competente. 
 
§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, 
considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. 
 
§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e 
quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos 
limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras. 
 
§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado: 
 
I – contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; 
 
II – em período proibido à caça; 
 
III – durante a noite; 
 
IV – com abuso de licença; 
 
V – em unidade de conservação; 
 
VI – com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa. 
 
§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional. 
 
§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca. 
 
Crimes contra a Fauna 
As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca. 
 
OBS: Caso a majorante da pena seja uma das mesmas circunstâncias que agravam a pena (Art. 15. Lei 
9.605/98), aplica-se apenas a majorante devido ao princípio do non bis in idem. 
 
STF/RE 835.558 
Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental de caráter transnacional que envolva 
animais silvestres, ameaçados de extinção e espécimes exóticas ou protegidas por compromissos 
internacionais assumidos pelo Brasil. 
 
Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da 
autoridade ambiental competente: 
 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
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50 
 
Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida por 
autoridade competente: 
 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
 
Crime por Introdução de Espécie Animal no País 
Lei 9.605/98. Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença 
expedida por autoridade competente: 
 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
É admissível tentativa. 
 
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, 
nativos ou exóticos: 
 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
 
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para 
fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. 
 
§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de 
reclusão, de 2 a 5 anos, multa e proibição da guarda. (Incluído pela Lei nº 14.064, de 2020) 
 
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. 
 
Tivemos uma recente atualização com a lei 14.064/2020, trazendo uma qualificadora quando o crime ocorrer 
contra cães e gatos. Essa já era uma demanda da sociedade que muito questionava a baixa reprimenda do 
Estado para os maus tratos a animais domésticos. 
 
O parágrafo segundo traz uma causa de aumento de pena para os casos mais graves,onde ocorre a morte 
do animal. O legislador optou por trazer uma causa de aumento de pena para o crime supracitado. 
 
Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espécimes da 
fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras: 
 
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente. 
 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas: 
 
I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aquicultura de domínio público; 
 
II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão ou 
autorização da autoridade competente; 
 
III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais, 
devidamente demarcados em carta náutica. 
 
Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente: 
 
Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
 
Crime por Pesca em Período Proibido ou em Locais Interditados 
✓ Consiste em um delito abstrato, não sendo exigível a prova de dano; 
 
✓ É considerado um crime formal, sem precisar de resultado naturalístico; 
 
✓ Basta a tentativa para ser caracterizado o crime. 
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51 
 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem: 
 
I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos; 
 
II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas 
e métodos não permitidos; 
 
III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca 
proibidas. 
 
STF/RE 112.563/SC 
AÇÃO PENAL. Crime ambiental. Pescador flagrado com doze camarões e rede de pesca, em desacordo 
com a Portaria 84/02, do IBAMA. Art. 34, parágrafo único, II, da Lei nº 9.605/98. Rei furtivae de valor 
insignificante. Periculosidade não considerável do agente. Crime de bagatela. Caracterização. Aplicação 
do princípio da insignificância. Atipicidade reconhecida. Absolvição decretada. HC concedido para esse 
fim. Voto vencido. 
 
Art. 35. Pescar mediante a utilização de: 
 
I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante; 
 
II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente: 
 
Pena - reclusão de um ano a cinco anos. 
 
Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, 
apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, 
suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes 
nas listas oficiais da fauna e da flora. 
 
Pesca - Conceito 
Lei 9.605/98. Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, 
coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e 
vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies 
ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora. 
 
Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado: 
 
I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família; 
 
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que legal 
e expressamente autorizado pela autoridade competente; 
 
IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente. 
 
Exclusão de Antijuridicidade 
Lei 9.605/98. Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado: 
 
I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família; 
 
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que 
legal e expressamente autorizado pela autoridade competente; 
 
III – (VETADO) 
 
IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente. 
 
 
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Seção II 
Dos Crimes contra a Flora 
 
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou 
utilizá-la com infringência das normas de proteção: 
 
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
 
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. 
 
Área de Preservação Permanente – APP 
Segundo o Código Florestal: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental 
de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo 
gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. 
 
Consumação: 
A consumação desse delito se dá com a destruição ou dano, em suas duas primeiras modalidades, já que se 
trata de crime material. Já a modalidade de utilizar floresta de preservação é crime de perigo e considerada 
como permanente pelo Supremo. 
 
Esse crime admite a forma culposa, conforme previsão expressa do parágrafo único: “Se o crime for culposo, 
a pena será reduzida à metade”. 
 
Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em estágio avançado ou médio de 
regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção: 
 
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
 
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. 
 
Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da autoridade 
competente: 
 
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
 
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do 
Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização: 
 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
 
§ 1º. Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Estações Ecológicas, as Reservas 
Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios de Vida Silvestre. 
 
§ 2º. A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de Conservação 
de Proteção Integral será considerada circunstância agravante para a fixação da pena. 
 
§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. 
 
Art. 40-A. (VETADO) 
 
§ 1º. Entende-se por Unidades de Conservação de Uso Sustentável as Áreas de Proteção Ambiental, as Áreas 
de Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais, as Reservas Extrativistas, as Reservas de Fauna, as 
Reservas de Desenvolvimento Sustentável e as Reservas Particulares do Patrimônio Natural. 
 
§ 2º. A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de Conservação 
de Uso Sustentável será considerada circunstância agravante para a fixação da pena. 
 
§ 3º. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. 
 
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53 
Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta: 
 
Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa. 
 
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa. 
 
Crimes Contra a Flora 
Os delitos apresentados acima, exceto o do Art. 39, possuem modalidadedolosa e culposa. 
 
Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais 
formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano: 
 
Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
 
Art. 43. (VETADO) 
 
Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente, sem prévia 
autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
No delito descrito, o legislador não só protegeu as florestas de preservação permanente, como também 
aquelas de domínio público, que conforme a doutrina são aquelas pertencentes a pessoas jurídicas de direito 
público interno (União, Estados, DF e Municípios). 
O delito vai se consumar quando a extração ocorrer sem autorização de autoridade competente. 
O elemento subjetivo do tipo é o dolo, não sendo punido o agente que agir por culpa. 
 
Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do Poder Público, para fins 
industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, em desacordo com as 
determinações legais: 
 
Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa. 
 
Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de 
origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem 
munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em depósito, transporta ou guarda 
madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem licença válida para todo o tempo da viagem 
ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente. 
 
Art. 47. (VETADO) 
 
Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de 
logradouros públicos ou em propriedade privada alheia: 
 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
 
Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a seis meses, ou multa. 
 
Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas, protetora de 
mangues, objeto de especial preservação: 
 
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54 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio 
público ou devolutas, sem autorização do órgão competente: 
 
Pena - reclusão de 2 a 4 anos e multa. 
 
§ 1º. Não é crime a conduta praticada quando necessária à subsistência imediata pessoal do agente ou de sua 
família. 
 
§ 2º Se a área explorada for superior a 1.000 ha, a pena será aumentada de 1 ano por milhar de hectare. 
 
Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais formas de vegetação, sem licença ou 
registro da autoridade competente: 
 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
 
Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos próprios para caça 
ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridade competente: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é aumentada de 1/6 a 1/3 se: 
 
I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a modificação do regime climático; 
 
II - o crime é cometido: 
 
a) no período de queda das sementes; 
 
b) no período de formação de vegetações; 
 
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra somente no local da infração; 
 
d) em época de seca ou inundação; 
 
e) durante a noite, em domingo ou feriado. 
 
Crimes Contra a Flora - Majoração 
OBS: Caso a majorante da pena seja uma das mesmas circunstâncias que agravam a pena (Art. 15. Lei 
9.605/98), aplica-se apenas a majorante devido ao princípio do non bis in idem. 
Lei 9.605/98. Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o 
crime: 
 
II - ter o agente cometido a infração: 
 
h) em domingos ou feriados; 
 
i) à noite; 
 
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes; 
 
Seção III 
Da Poluição e outros Crimes Ambientais 
 
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à 
saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: 
 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
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55 
§ 1º Se o crime é culposo: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
§ 2º Se o crime: 
 
I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana; 
 
II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas 
afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população; 
III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma 
comunidade; 
 
IV - dificultar ou impedir o uso público das praias; 
 
V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias 
oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos: 
 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
 
§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar, quando assim o exigir a 
autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível. 
 
Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, 
concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa de recuperar a área pesquisada ou explorada, nos 
termos da autorização, permissão, licença, concessão ou determinação do órgão competente. 
 
Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, 
ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio 
ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos: 
 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
§ 1º. Nas mesmas penas incorre quem: 
 
I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput ou os utiliza em desacordo com as normas 
ambientais ou de segurança; 
 
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dá destinação final a resíduos 
perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento. 
 
§ 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena é aumentada de um sexto a um terço. 
 
§ 3º Se o crime é culposo: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, as penas serão aumentadas: 
 
I - de um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à flora ou ao meio ambiente em geral; 
 
II - de um terço até a metade, se resulta lesão corporal de natureza grave em outrem; 
 
III - até o dobro, se resultar a morte de outrem. 
 
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Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo somente serão aplicadas se do fato não resultar crime 
mais grave. 
 
Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, 
estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos 
ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes: 
 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
 
Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, 
à flora ou aos ecossistemas: 
 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
Seção IV 
Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural 
 
Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar: 
 
I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial; 
 
II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar protegido por lei, ato 
administrativo ou decisão judicial: 
 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
 
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis meses a um ano de detenção, sem prejuízo da 
multa. 
 
Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente protegido por lei, ato 
administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico, artístico, histórico, 
cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou 
em desacordo com a concedida: 
 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
 
Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim considerado em razão de seu 
valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou 
monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano: 
 
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa. 
 
§ 1º. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou 
histórico, a pena é de 6 meses a 1 ano de detenção e multa. 
 
§ 2º. Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou 
privado mediante manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo 
locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgão competente 
e a observância das posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos governamentais responsáveis 
pela preservação e conservação do patrimônio histórico e artístico nacional. 
 
Seção V 
Dos Crimes contra a Administração Ambiental 
 
Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar informações ou 
dados técnico-científicos em procedimentos de autorização ou de licenciamento ambiental: 
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Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
 
Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização ou permissão em desacordo com as normas 
ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja realização depende de ato autorizativo do Poder Público: 
 
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
 
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa. 
 
Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse 
ambiental: 
 
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
 
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano, sem prejuízo da multa. 
 
Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões ambientais: 
 
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
 
Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou qualquer outro procedimento 
administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por 
omissão: 
 
Pena - reclusão, de 3 a 6 anos, e multa. 
 
§ 1º. Se o crime é culposo: 
 
Pena - detenção, de 1 a 3 anos. 
 
§ 2º. A pena é aumentada de 1/3 a 2/3, se há dano significativo ao meio ambiente, em decorrência do uso da 
informação falsa, incompleta ou enganosa. 
 
CAPÍTULO VI 
DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA 
 
Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de 
uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. 
 
§ 1º São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo 
os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, 
designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da 
Marinha. 
 
§ 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às autoridades 
relacionadas no parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu poder de polícia. 
 
§ 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a promover a sua apuração 
imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de co-responsabilidade. 
 
§ 4º As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo próprio, assegurado o direito de ampla 
defesa e o contraditório, observadas as disposições desta Lei. 
 
Art. 71. O processo administrativo para apuração de infração ambiental deve observar os seguintes prazos 
máximos: 
 
I - 20 dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados da data da ciência 
da autuação; 
 
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II - 30 dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua lavratura, 
apresentada ou não a defesa ou impugnação; 
 
III - 20 dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do Sistema Nacional do Meio 
Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da Marinha, de acordo com o tipo de 
autuação; 
 
IV – 5 dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação. 
 
Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto no art. 6º: 
 
I - advertência; 
 
II - multa simples; 
 
III - multa diária; 
 
IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos 
ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração; 
 
V - destruição ou inutilização do produto; 
 
VI - suspensão de venda e fabricação do produto; 
 
VII - embargo de obra ou atividade; 
 
VIII - demolição de obra; 
 
IX - suspensão parcial ou total de atividades; 
 
XI - restritiva de direitos. 
 
§ 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, 
as sanções a elas cominadas. 
 
§ 2º A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta Lei e da legislação em vigor, ou de 
preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais sanções previstas neste artigo. 
 
§ 3º A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo: 
 
I - advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no prazo assinalado por órgão 
competente do SISNAMA oupela Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha; 
 
II - opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha. 
 
§ 4° A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do 
meio ambiente. 
 
STJ/Súmula 467 
Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo, a pretensão da Administração 
Pública de promover a execução da multa por infração ambiental. 
 
§ 5º A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo. 
 
§ 6º A apreensão e destruição referidas nos incisos IV e V do caput obedecerão ao disposto no art. 25 desta Lei. 
 
§ 7º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do caput serão aplicadas quando o produto, a obra, a atividade ou o 
estabelecimento não estiverem obedecendo às prescrições legais ou regulamentares. 
 
§ 8º As sanções restritivas de direito são: 
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I - suspensão de registro, licença ou autorização; 
 
II - cancelamento de registro, licença ou autorização; 
 
III - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais; 
 
IV - perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito; 
 
V - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos. 
 
Art. 73. Os valores arrecadados em pagamento de multas por infração ambiental serão revertidos ao Fundo 
Nacional do Meio Ambiente, criado pela Lei nº 7.797, de 10 de julho de 1989, ao Fundo Naval, criado pelo 
Decreto nº 20.923, de 8 de janeiro de 1932, ao Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa 
Civil (Funcap), criado pela Lei nº 12.340, de 1º de dezembro de 2010, e aos fundos estaduais ou municipais de 
meio ambiente, ou correlatos, conforme dispuser o órgão arrecadador. (Lei nº 14.691/23) 
 
§ 1º Reverterão ao Fundo Nacional do Meio Ambiente 50% dos valores arrecadados em pagamento de multas 
aplicadas pela União, percentual que poderá ser alterado a critério dos órgãos arrecadadores. (Lei nº 14.691/23) 
 
Art. 74. A multa terá por base a unidade, hectare, metro cúbico, quilograma ou outra medida pertinente, de acordo 
com o objeto jurídico lesado. 
 
Art. 75. O valor da multa de que trata este Capítulo será fixado no regulamento desta Lei e corrigido 
periodicamente, com base nos índices estabelecidos na legislação pertinente, sendo o mínimo de R$ 50,00 e o 
máximo de R$ 50.000.000,00. 
 
Art. 76. O pagamento de multa imposta pelos Estados, Municípios, Distrito Federal ou Territórios substitui a multa 
federal na mesma hipótese de incidência. 
 
CAPÍTULO VII - DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL PARA A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE 
 
Art. 77. Resguardados a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes, o Governo brasileiro 
prestará, no que concerne ao meio ambiente, a necessária cooperação a outro país, sem qualquer ônus, 
quando solicitado para: 
 
I - produção de prova; 
 
II - exame de objetos e lugares; 
 
III - informações sobre pessoas e coisas; 
 
IV - presença temporária da pessoa presa, cujas declarações tenham relevância para a decisão de uma causa; 
 
V - outras formas de assistência permitidas pela legislação em vigor ou pelos tratados de que o Brasil seja 
parte. 
 
§ 1° A solicitação de que trata este artigo será dirigida ao Ministério da Justiça, que a remeterá, quando 
necessário, ao órgão judiciário competente para decidir a seu respeito, ou a encaminhará à autoridade capaz de 
atendê-la. 
 
§ 2º A solicitação deverá conter: 
 
I - o nome e a qualificação da autoridade solicitante; 
 
II - o objeto e o motivo de sua formulação; 
 
III - a descrição sumária do procedimento em curso no país solicitante; 
 
IV - a especificação da assistência solicitada; 
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V - a documentação indispensável ao seu esclarecimento, quando for o caso. 
 
Art. 78. Para a consecução dos fins visados nesta Lei e especialmente para a reciprocidade da cooperação 
internacional, deve ser mantido sistema de comunicações apto a facilitar o intercâmbio rápido e seguro de 
informações com órgãos de outros países. 
 
CAPÍTULO VIII - DISPOSIÇÕES FINAIS 
 
Art. 79. Aplicam-se subsidiariamente a esta Lei as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal. 
 
Art. 79-A. Para o cumprimento do disposto nesta Lei, os órgãos ambientais integrantes do SISNAMA, 
responsáveis pela execução de programas e projetos e pelo controle e fiscalização dos estabelecimentos e das 
atividades suscetíveis de degradarem a qualidade ambiental, ficam autorizados a celebrar, com força de título 
executivo extrajudicial, termo de compromisso com pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pela construção, 
instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, 
considerados efetiva ou potencialmente poluidores. 
 
§ 1º. O termo de compromisso a que se refere este artigo destinar-se-á, exclusivamente, a permitir que as 
pessoas físicas e jurídicas mencionadas no caput possam promover as necessárias correções de suas 
atividades, para o atendimento das exigências impostas pelas autoridades ambientais competentes, sendo 
obrigatório que o respectivo instrumento disponha sobre: 
 
I - o nome, a qualificação e o endereço das partes compromissadas e dos respectivos representantes legais; 
 
II - o prazo de vigência do compromisso, que, em função da complexidade das obrigações nele fixadas, poderá 
variar entre o mínimo de noventa dias e o máximo de três anos, com possibilidade de prorrogação por igual 
período; 
 
III - a descrição detalhada de seu objeto, o valor do investimento previsto e o cronograma físico de execução e de 
implantação das obras e serviços exigidos, com metas trimestrais a serem atingidas; 
 
IV - as multas que podem ser aplicadas à pessoa física ou jurídica compromissada e os casos de rescisão, em 
decorrência do não-cumprimento das obrigações nele pactuadas; 
 
V - o valor da multa de que trata o inciso anterior não poderá ser superior ao valor do investimento previsto; 
 
VI - o foro competente para dirimir litígios entre as partes. 
 
§ 2º No tocante aos empreendimentos em curso até o dia 30 de março de 1998, envolvendo construção, 
instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, 
considerados efetiva ou potencialmente poluidores, a assinatura do termo de compromisso deverá ser requerida 
pelas pessoas físicas e jurídicas interessadas, até o dia 31 de dezembro de 1998, mediante requerimento escrito 
protocolizado junto aos órgãos competentes do SISNAMA, devendo ser firmado pelo dirigente máximo do 
estabelecimento. 
 
§ 3º Da data da protocolização do requerimento previsto no parágrafo anterior e enquanto perdurar a vigência do 
correspondente termo de compromisso, ficarão suspensas, em relação aos fatos que deram causa à celebração 
do instrumento, a aplicação de sanções administrativas contra a pessoa física ou jurídica que o houver firmado. 
 
§ 4º A celebração do termo de compromisso de que trata este artigo não impede a execução de eventuais multas 
aplicadas antes da protocolização do requerimento. 
 
§ 5º Considera-se rescindido de pleno direito o termo de compromisso, quando descumprida qualquer de suas 
cláusulas, ressalvado o caso fortuito ou de força maior. 
 
§ 6º O termo de compromisso deverá ser firmado em até noventa dias, contados da protocolização do 
requerimento. 
 
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§ 7º O requerimento de celebração do termo de compromisso deverá conter as informações necessárias à 
verificação da sua viabilidade técnica e jurídica, sob pena de indeferimento do plano. 
 
§ 8º Sob pena de ineficácia, os termos de compromisso deverão ser publicados no órgão oficial competente, 
mediante extrato. 
 
Art. 79-A. Para o cumprimento do disposto nesta Lei, os órgãos ambientais integrantes do SISNAMA, 
responsáveis pela execução de programas e projetos e pelo controle e fiscalização dos estabelecimentos e das 
atividades suscetíveis de degradarem a qualidade ambiental, ficam autorizados a celebrar, com força de título 
executivo extrajudicial, termo de compromisso com pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pela construção, 
instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, 
considerados efetiva ou potencialmente poluidores. 
 
§ 1º O termo de compromisso a que se refere este artigo destinar-se-á, exclusivamente, a permitir que as 
pessoas físicas e jurídicas mencionadas no caput possam promover as necessárias correções de suas atividades, 
para o atendimento das exigências impostas pelas autoridades ambientais competentes, sendo obrigatório que o 
respectivo instrumento disponha sobre: 
 
I - o nome, a qualificação e o endereço das partes compromissadas e dos respectivos representantes legais; 
 
II - o prazo de vigência do compromisso, que, em função da complexidade das obrigações nele fixadas, poderá 
variar entre o mínimo de noventa dias e o máximo de três anos, com possibilidade de prorrogação por igual 
período; 
 
III - a descrição detalhada de seu objeto, o valor do investimento previsto e o cronograma físico de execução e de 
implantação das obras e serviços exigidos, com metas trimestrais a serem atingidas; 
 
IV - as multas que podem ser aplicadas à pessoa física ou jurídica compromissada e os casos de rescisão, em 
decorrência do não-cumprimento das obrigações nele pactuadas; 
 
V - o valor da multa de que trata o inciso IV não poderá ser superior ao valor do investimento previsto; 
 
VI - o foro competente para dirimir litígios entre as partes. 
 
§ 2º No tocante aos empreendimentos em curso até o dia 30 de março de 1998, envolvendo construção, 
instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, 
considerados efetiva ou potencialmente poluidores, a assinatura do termo de compromisso deverá ser requerida 
pelas pessoas físicas e jurídicas interessadas, até o dia 31 de dezembro de 1998, mediante requerimento escrito 
protocolizado junto aos órgãos competentes do SISNAMA, devendo ser firmado pelo dirigente máximo do 
estabelecimento. 
 
§ 3º Da data da protocolização do requerimento previsto no § 2o e enquanto perdurar a vigência do 
correspondente termo de compromisso, ficarão suspensas, em relação aos fatos que deram causa à celebração 
do instrumento, a aplicação de sanções administrativas contra a pessoa física ou jurídica que o houver firmado. 
 
§ 4º A celebração do termo de compromisso de que trata este artigo não impede a execução de eventuais multas 
aplicadas antes da protocolização do requerimento. 
 
§ 5º Considera-se rescindido de pleno direito o termo de compromisso, quando descumprida qualquer de suas 
cláusulas, ressalvado o caso fortuito ou de força maior. 
 
§ 6° O termo de compromisso deverá ser firmado em até noventa dias, contados da protocolização do 
requerimento. 
 
§ 7° O requerimento de celebração do termo de compromisso deverá conter as informações necessárias à 
verificação da sua viabilidade técnica e jurídica, sob pena de indeferimento do plano. 
 
§ 8° Sob pena de ineficácia, os termos de compromisso deverão ser publicados no órgão oficial competente, 
mediante extrato. 
 
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Crimes Ambientais na CF/88 
CF/88. Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do 
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de 
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
 
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de 
acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. 
 
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas 
físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar 
os danos causados. 
 
§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, 
necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. 
 
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o 
que não poderão ser instaladas. 
 
STF/Súmula Vinculante 35 
A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada 
material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério 
Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito 
policial. 
 
STF/ADI 5.983 
Padece de inconstitucionalidade formal, por usurpação da competência legislativa da União para editar 
normas gerais sobre caça (CF, art. 24, VI, §1.º), lei estadual que veda a caça científica e restringe a caça 
de controle a órgãos públicos. 
 
STF/APn 888/DF 
A assinatura do termo de ajustamento de conduta com o órgão ambiental estadual não impede a 
instauração da ação penal, pois não elide a tipicidade formal das condutas imputadas ao acusado, 
repercutindo, na hipótese de condenação, na dosimetria da pena. 
As instâncias penal e administrativa são independentes. 
 
STF/APn 888/DF 
A jurisprudência desta Corte admite a aplicação do princípio da insignificância aos crimes ambientais, 
desde que, analisadas as circunstâncias específicas do caso concreto, se observe que o grau de 
reprovabilidade, a relevância da periculosidade social, bem como a ofensividade da conduta não 
prejudiquem a manutenção do equilíbrio ecológico, o que, na hipótese concreta, não é possível de ser 
aferido, de plano, no atual momento processual. 
 
STJ/RMS 39.173/BA 
1. Conforme orientação da 1ª Turma do STF, "O art. 225, § 3º, da Constituição Federal não condiciona a 
responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea persecução penal da 
pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. A norma constitucional não impõe a necessária 
dupla imputação." (RE 548181, Relatora Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 6/8/2013, 
acórdão eletrônico DJe-213, divulg. 29/10/2014, public. 30/10/2014). 
 
2. Tem-se, assim, que é possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais 
independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu nome. 
Precedentes desta Corte. 
 
STJ/Súmula 618 
A inversão do ônus da prova aplica-se às ações de degradação ambiental. 
 
STJ/Súmula 613 
Não se admite a aplicação da teoria do fato consumado em tema de Direito Ambiental. 
 
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63/387 
Principais Súmulas e Jurisprudências 
 
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 
 
 
Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto 
nestaLei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou 
de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. 
 
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-
autoras ou partícipes do mesmo fato. 
 
STJ/RMS 39.173/BA 
1. Conforme orientação da 1ª Turma do STF, "O art. 225, § 3º, da Constituição Federal não condiciona a 
responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea persecução penal da 
pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. A norma constitucional não impõe a necessária 
dupla imputação." (RE 548181, Relatora Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 6/8/2013, 
acórdão eletrônico DJe-213, divulg. 29/10/2014, public. 30/10/2014). 
 
2. Tem-se, assim, que é possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais 
independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu nome. 
Precedentes desta Corte. 
 
3. A personalidade fictícia atribuída à pessoa jurídica não pode servir de artifício para a prática de condutas 
espúrias por parte das pessoas naturais responsáveis pela sua condução. 
 
4. Recurso ordinário a que se nega provimento. 
 
STJ/Informativo 545 
A responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo 
de causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do ato, sendo descabida a 
invocação, pela empresa responsável pelo dano ambiental, de excludentes de responsabilidade civil 
para afastar sua obrigação de indenizar. 
 
Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica consistirá em: 
 
I - custeio de programas e de projetos ambientais; 
 
II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas; 
 
III - manutenção de espaços públicos; 
 
IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas. 
 
STJ/REsp nº 1.374.284/MG 
A responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de 
causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do ato. 
 
STJ/REsp 1.596.081 - PR 
Em que pese a responsabilidade por dano ambiental seja objetiva (e lastreada pela teoria do risco 
integral), faz-se imprescindível, para a configuração do dever de indenizar, a demonstração da existência 
de nexo de causalidade apto a vincular o resultado lesivo efetivamente verificado ao comportamento 
(comissivo ou omissivo) daquele a quem se repute a condição de agente causador. 
 
STJ/REsp nº 1.374.284/MG 
A responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de 
causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do ato. 
 
 
 
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64/387 
 
STJ/REsp 1.596.081 - PR 
Em que pese a responsabilidade por dano ambiental seja objetiva (e lastreada pela teoria do risco 
integral), faz-se imprescindível, para a configuração do dever de indenizar, a demonstração da existência 
de nexo de causalidade apto a vincular o resultado lesivo efetivamente verificado ao comportamento 
(comissivo ou omissivo) daquele a quem se repute a condição de agente causador. 
 
Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos 
autos. 
 
§ 1º. Os animais serão prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não 
recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades 
assemelhadas, para guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados. 
 
Libertação de Animais 
Regra Serão prioritariamente libertados em seu habitat. 
Se não for 
recomendável? 
Se tal medida for inviável ou não recomendável por questões sanitárias, os animais 
serão entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, 
para guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados. 
 
§ 2º. Até que os animais sejam entregues às instituições mencionadas no § 1o deste artigo, o órgão autuante 
zelará para que eles sejam mantidos em condições adequadas de acondicionamento e transporte que 
garantam o seu bem-estar físico. 
 
§ 3º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes avaliados e doados a instituições 
científicas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes. 
 
§ 4° Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou doados a instituições 
científicas, culturais ou educacionais. 
 
§ 5º Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, garantida a sua descaracterização por 
meio da reciclagem. 
 
STF/ADPF 640 
É inconstitucional a interpretação da legislação federal que possibilita o abate imediato de animais 
apreendidos em situação de maus-tratos. 
 
STJ/REsp 1.133.965/BA 
Conforme a 1º Seção do STJ, a liberação de veículo de carga apreendido em transporte ilegal de 
madeira é possível, desde que o proprietário assuma o compromisso com sua guarda e conservação 
na condição de fiel depositário. 
 
STJ/REsp 1.133.965/BA¹ 
O relator, ministro Mauro Campbell Marques, reconheceu que seguir somente o artigo 25 da Lei 9.605/98 
poderia representar violação aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla 
defesa. 
Por outro lado, destacou que a regra do artigo 2º, parágrafo 6º, do Decreto 3.179/99, que admitia o 
pagamento de multa para a liberação do veículo, “constitui verdadeira inovação no ordenamento 
jurídico, destituída de qualquer base legal”. Isso porque, segundo o ministro, o decreto exorbitou do papel 
de apenas regulamentar a lei. 
Nesses casos, afirmou o ministro, é legítimo admitir que a apresentação de defesa administrativa 
impeça a imediata alienação dos bens apreendidos, pois essa conclusão necessariamente deve vir 
precedida da apreciação da demanda instaurada entre a administração e o infrator. “Neste sentido, por este 
interregno até a decisão, veículos e embarcações ficariam depositados em nome do proprietário”, 
considerou. 
Fonte: https://www.conjur.com.br/2018-abr-27/veiculo-usado-crime-ambiental-liberado-dono-stj 
STJ/REsp 1.084.396/RO 
Ademais, exigir que a autoridade ambiental comprove que o veículo é utilizado específica, exclusiva, 
reiterada ou rotineiramente para a prática de delito ambiental caracteriza verdadeira prova diabólica, 
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65/387 
tornando letra morta a legislação que ampara a atividade fiscalizatória. 
STJ/REsp 1.084.396/RO 
Ademais, aquele que realiza a atividade de locação de veículos deve adotar garantias para a prevenção 
e o ressarcimento dos danos causados pelo locatário. Não é possível admitir que o Judiciário 
comprometa a eficácia da legislação ambiental e impeça a apreensão do veículo tão somente porque 
o instrumento utilizado no ilícito originou-se de um contrato de locação, cessão ou de qualquer outro 
meio juridicamente previsto. 
STJ/Informativo 659 
O locador (proprietário) do bem apreendido tem o direito de se defender administrativamente. 
Cumpre ao proprietário do veículo comprovar sua boa-fé, demonstrando que, pelas circunstâncias da 
prática envolvida e apesar de ter tomado as precauções necessárias, não tinha condições de prever a 
utilização do bem no ilícito ambiental. 
 
Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena 
restritiva de direitos ou multa,prevista no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, somente poderá 
ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata o art. 74 da 
mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade. 
 
Competência para Julgar Crimes Ambientais Contra a Fauna - STF/RE 835.558 
Regra Competência da Justiça Estadual. 
Exceções 
➢ Competência da Justiça Federal quando: 
(a) a conduta atentar contra bens, serviços ou interesses diretos e específicos da 
União ou de suas entidades autárquicas; 
 
(b) os delitos, previstos tanto no direito interno quanto em tratado ou convenção 
internacional, tiverem iniciada a execução no país, mas o resultado tenha ou 
devesse ter ocorrido no estrangeiro - ou na hipótese inversa; 
 
(c) tiverem sido cometidos a bordo de navios ou aeronaves; 
 
(d) houver grave violação de direitos humanos; ou ainda 
 
(e) guardarem conexão ou continência com outro crime de competência federal; 
ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral, conforme 
previsão expressa da Constituição. 
Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental de caráter transnacional que envolva 
animais silvestres, ameaçados de extinção e espécimes exóticas ou protegidas por compromissos 
internacionais assumidos pelo Brasil. 
 
STF/RE 835.558 
Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental de caráter transnacional que envolva 
animais silvestres, ameaçados de extinção e espécimes exóticas ou protegidas por compromissos 
internacionais assumidos pelo Brasil. 
 
STF/Info 874 
Conforme o STF, as leis estaduais que proíbem o uso do amianto são constitucionais. 
 
 
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, 
sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: 
 
STF/RE 835.558 
Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental de caráter transnacional que envolva 
animais silvestres, ameaçados de extinção e espécimes exóticas ou protegidas por compromissos 
internacionais assumidos pelo Brasil. 
 
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Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente: 
 
Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem: 
 
I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos; 
 
II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas 
e métodos não permitidos; 
 
III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca 
proibidas. 
 
STJ/REsp 1.409.051/SC 
Conforme o STJ, a devolução de peixe vivo ao rio por determinado agente, não configura crime previsto 
no Art. 34, levando em consideração o princípio da insignificância. 
1. A devolução do peixe vivo ao rio demonstra a mínima ofensividade ao meio ambiente, circunstância 
registrada no "Relatório de Fiscalização firmado pelo ICMBio [em que] foi informado que a gravidade do 
dano foi leve, além do crime não ter sido cometido atingindo espécies ameaçadas." 
 
2. Os instrumentos utilizados - vara de molinete com carretilha, linhas e isopor -, são de uso permitido e não 
configuram profissionalismo, mas ao contrário, demonstram o amadorismo da conduta do denunciado. 
Precedente. 
 
3. Na ausência de lesividade ao bem jurídico protegido pela norma incriminadora (art. 34, caput, da Lei n. 
9.605/1998), verifica-se a atipicidade da conduta. 
 
4. Recurso especial provido para reconhecer a atipicidade material da conduta, restabelecendo a decisão 
primeva de rejeição da denúncia. 
 
STF/RE 112.563/SC 
AÇÃO PENAL. Crime ambiental. Pescador flagrado com doze camarões e rede de pesca, em desacordo 
com a Portaria 84/02, do IBAMA. Art. 34, parágrafo único, II, da Lei nº 9.605/98. Rei furtivae de valor 
insignificante. Periculosidade não considerável do agente. Crime de bagatela. Caracterização. Aplicação 
do princípio da insignificância. Atipicidade reconhecida. Absolvição decretada. HC concedido para esse 
fim. Voto vencido. 
 
STJ/REsp 1.409.051/SC 
Conforme o STJ, a devolução de peixe vivo ao rio por determinado agente, não configura crime previsto 
no Art. 34, levando em consideração o princípio da insignificância. 
1. A devolução do peixe vivo ao rio demonstra a mínima ofensividade ao meio ambiente, circunstância 
registrada no "Relatório de Fiscalização firmado pelo ICMBio [em que] foi informado que a gravidade do 
dano foi leve, além do crime não ter sido cometido atingindo espécies ameaçadas." 
 
2. Os instrumentos utilizados - vara de molinete com carretilha, linhas e isopor -, são de uso permitido e não 
configuram profissionalismo, mas ao contrário, demonstram o amadorismo da conduta do denunciado. 
Precedente. 
 
3. Na ausência de lesividade ao bem jurídico protegido pela norma incriminadora (art. 34, caput, da Lei n. 
9.605/1998), verifica-se a atipicidade da conduta. 
 
4. Recurso especial provido para reconhecer a atipicidade material da conduta, restabelecendo a decisão 
primeva de rejeição da denúncia. 
 
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou 
utilizá-la com infringência das normas de proteção: 
 
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
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STJ/HC 74.950/SP 
O elemento normativo `floresta´, constante do tipo de injusto do art. 38 da Lei 9.605/98, é a formação 
arbórea densa, de alto porte, que recobre área de terra mais ou menos extensa. O elemento central é o 
fato de ser constituída por árvores de grande porte. Dessa forma, não abarca a vegetação rasteira. 
 
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do 
Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização: 
 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
 
§ 1º. Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Estações Ecológicas, as Reservas 
Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios de Vida Silvestre. 
 
§ 2º. A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de Conservação 
de Proteção Integral será considerada circunstância agravante para a fixação da pena. 
 
§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. 
 
STJ/REsp 1.925.717-SC 
O delito de causar dano em unidade de conservação (art. 40 da Lei n. 9.605/1998) pode ser absorvido 
pelo delito de construir em solo que, por seu valor ecológico, não é edificável (art. 64 da Lei n. 
9.605/1998). 
 
O crime que ocasionar danos em unidade de conservação (Art.40 da Lei nº 9.605/98) pode ser absorvido 
pelo delito de construir em solo que, por seu valor ecológico, não é edificável (art. 64 da Lei nº 9.605/98). 
Para analisar a possibilidade de absorção do crime do art. 40 da Lei nº 9.605/98 pelo do art. 64, não é 
relevante a diversidade de bens jurídicos protegidos por cada tipo incriminador; tampouco impede a 
consunção o fato de que o crime absorvido tenha pena maior do que a do crime continente, como se vê na 
própria Súmula 17/STJ. 
 
Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
STJ/REsp 1.498.059/RS 
A tipificação da conduta descrita no artigo 48 daLei n. 9.605/98 prescinde de a área ser de preservação 
permanente. 
 
STJ/REsp 1.639.723/PR 
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. CRIME AMBIENTAL. ARTIGO 48 DA LEI N. 9.605/98. 
IMPEDIR OU DIFICULTAR A REGENERAÇÃO NATURAL DE FLORESTAS E DEMAIS FORMAS DE 
VEGETAÇÃO. DESNECESSIDADE DA ÁREA DEVASTADA SER DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. 
RECURSO IMPROVIDO. 
1. Ocorre o conflito aparente de normas quando há a incidência de mais de uma norma repressiva numa 
única conduta delituosa, sendo que tais normas possuem entre si relação de hierarquia ou 
dependência, de forma que somente uma é aplicável. 
 
2. O crime de destruir floresta nativa e vegetação protetora de mangues dá-se como meio necessário da 
realização do único intento de construir casa ou outra edificação em solo não edificável, em razão do que 
incide a absorção do crime-meio de destruição de vegetação pelo crime-fim de edificação proibida. 
 
3. Dá-se tipo penal único de incidência final (art. 64 da Lei n. 9.605/98), já em tese crime uno, 
diferenciando-se do concurso formal, onde o crime em tese é duplo, mas ocasionalmente praticado por 
ação e desígnio únicos. 
 
Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos próprios para caça 
ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridade competente: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
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68/387 
 
A doutrina o classifica como sendo crime de perigo, já que a consumação se dá com a simples entrada na 
Unidade de Conservação. 
Existem alguns julgados que trazem esse crime como sendo especial em relação ao crime de porte de arma 
de fogo e, portanto, aplicando o princípio da consunção. 
Porém, a maioria entende de maneira diversa. Inclusive, o STJ recentemente afirmou esse entendimento, 
vejamos: 
PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE 
USO PERMITIDO. ART. 14 DA LEI 10.826/2003. INGRESSO IRREGULAR EM UNIDADE DE 
CONSERVAÇÃO PORTANDO SUBSTÂNCIA OU INSTRUMENTO PARA CAÇA OU EXPLORAÇÃO 
FLORESTAL. ART. 52 DA LEI 9.605/1998. PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. 
SÚMULA 7 DO STJ. I - O princípio da consunção pressupõe que seja um delito meio ou fase normal de 
execução de outro crime (crime-meio). Concluiu o Tribunal a quo não ser o delito de porte ilegal de arma de 
fogo (art. 14 da Lei 10.826/2003) de alcance menos abrangente e ter sido praticado como meio necessário, 
fase preparatória ou executória do crime de ingresso irregular em unidade de conservação portando 
substância ou instrumento para caça ou exploração florestal (art. 52 da Lei 9.605/98). Dessa feita, não 
merece acolhida a tese de absorção de um delito pelo outro pela aplicação do princípio da consunção, o qual 
se limita a situações de crime progressivo, progressão criminosa ou crime-meio absorvido por crime-fim, o 
que, repise-se, não se conforma quadro-fático delineado do r. acórdão. Súmula 7/STJ. II - Ademais, o delito 
previsto no art. 14 da Lei 10.826/2003 é tipo misto alternativo, portanto a prática de deter, adquirir, ter em 
depósito arma de fogo, anteriormente à entrada do recorrente na Unidade de Conservação para a caça, 
configuraria, em tese, hipótese de perigo abstrato apta à consumação do delito. III - Tendo o Tribunal a quo 
afirmado que o crime de porte ilegal de arma de fogo não exauriu sua potencialidade lesiva na perpetração 
do delito previsto no art. 52 da Lei 9.605/98, para entender de modo contrário ao estabelecido pelo Tribunal a 
quo, a fim de fazer incidir o princípio da consunção, como pretendido pelo recorrente, seria necessário 
reexaminar todo acervo probatório dos autos, pretensão que não se coaduna com os propósitos atribuídos à 
via eleita. Precedentes. Agravo regimental desprovido. 
(STJ - AgRg no AREsp: 1091901 RJ 2017/0101371-6, Relator: Ministro FELIX FISCHER, Data 
de Julgamento: 06/02/2018, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 16/02/2018). 
 
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à 
saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: 
 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
STJ/EREsp 1.417.279/SC 
O delito previsto na primeira parte do artigo 54 da Lei n. 9.605/1998 possui natureza formal, sendo 
suficiente a potencialidade de dano à saúde humana para configuração da conduta delitiva, não se 
exigindo, portanto, a realização de perícia. 
 
§ 2º Se o crime: 
 
V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias 
oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos: 
 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
 
§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar, quando assim o exigir a 
autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível. 
 
STJ/REsp 1.638.060/RS 
1. O delito descrito no art. 54, § 2.º, V, da Lei n.o 9.605/1998 é de perigo, não se exigindo a ocorrência do 
efetivo dano ao bem jurídico. Noutras palavras, não é necessário que a poluição pelo lançamento de 
resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas afete a saúde, a fauna ou a 
flora. Esse perigo, no entanto, é concreto, cabendo ao órgão acusatório demonstrar concretamente que 
esses bens jurídicos foram expostos a perigo. 
Sintetizando, trata-se de um crime de perigo abstrato, não sendo necessária que a poluição pelo 
lançamento de resíduos sólidos de óleos ou substâncias oleosas afete a saúde, a fauna ou a flora. 
 
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69/387 
 
Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, 
ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio 
ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos: 
 
STJ/REsp 1.439.150/RS 
1. A conduta ilícita prevista no art. 56, caput, da Lei n.9.605/1998 é norma penal em branco, cuja 
complementação depende da edição de outras normas, que definam o que venha a ser o elemento 
normativo do tipo "produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde pública ou ao meio ambiente". 
No caso específico de transporte de tais produtos ou substâncias, o Regulamento para o Transporte 
Rodoviário de Produtos Perigosos (Decreto n. 96.044/1988) e a Resolução n. 420/2004 da Agência 
Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, constituem a referida norma integradora, por 
inequivocamente indicar os produtos e substâncias cujo transporte rodoviário é considerado perigoso. 
 
2. Por outro lado, a conduta ilícita prevista no art. 56, caput, da Lei n. 9.605/1998 é de perigo abstrato. Não 
é exigível, pois, para o aperfeiçoamento do crime, a ocorrência de lesão ou de perigo de dano concreto 
na conduta de quem produz, processa, embala, importa, exporta, comercializa, fornece, transporta, 
armazena, guarda, tem em depósito ou usa produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde 
humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus 
regulamentos. 
 
3. Embora seja legítimo aspirar a um Direito Penal de mínima intervenção, não pode a dogmática penal 
descurar de seu objetivo de proteger bens jurídicos de reconhecido relevo, assim entendidos, na dicção de 
Claus Roxin, como "interesses humanos necessitados de proteção penal", qual a proteção ao meio ambiente 
e à incolumidade pública. 
 
Não se pode, assim, esperar a concretização de danos,da definição dos objetivos a serem alcançados; 
 
VII - o tratamento especial dirigido às parcelas mais vulneráveis da população, levando em consideração as 
suas necessidades específicas; 
 
VIII - a articulação entre os serviços e organizações que atuam em atividades de prevenção do uso indevido de 
drogas e a rede de atenção a usuários e dependentes de drogas e respectivos familiares; 
 
IX - o investimento em alternativas esportivas, culturais, artísticas, profissionais, entre outras, como forma 
de inclusão social e de melhoria da qualidade de vida; 
 
X - o estabelecimento de políticas de formação continuada na área da prevenção do uso indevido de drogas 
para profissionais de educação nos 3 níveis de ensino; 
 
XI - a implantação de projetos pedagógicos de prevenção do uso indevido de drogas, nas instituições de ensino 
público e privado, alinhados às Diretrizes Curriculares Nacionais e aos conhecimentos relacionados a drogas; 
 
XII - a observância das orientações e normas emanadas do Conad; 
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Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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8 
 
XIII - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle social de políticas setoriais específicas. 
 
Parágrafo único. As atividades de prevenção do uso indevido de drogas dirigidas à criança e ao adolescente 
deverão estar em consonância com as diretrizes emanadas pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança 
e do Adolescente - Conanda. 
 
Seção II 
Da Semana Nacional de Políticas Sobre Drogas 
 
Art. 19-A. Fica instituída a Semana Nacional de Políticas sobre Drogas, comemorada anualmente, na quarta 
semana de junho. 
 
§ 1º No período de que trata o caput , serão intensificadas as ações de: 
 
I - difusão de informações sobre os problemas decorrentes do uso de drogas; 
 
II - promoção de eventos para o debate público sobre as políticas sobre drogas; 
 
III - difusão de boas práticas de prevenção, tratamento, acolhimento e reinserção social e econômica de usuários 
de drogas; 
 
IV - divulgação de iniciativas, ações e campanhas de prevenção do uso indevido de drogas; 
 
V - mobilização da comunidade para a participação nas ações de prevenção e enfrentamento às drogas; 
 
VI - mobilização dos sistemas de ensino previstos na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional , na realização de atividades de prevenção ao uso de drogas. 
 
CAPÍTULO II 
DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO, TRATAMENTO, ACOLHIMENTO E DE REINSERÇÃO SOCIAL E 
ECONÔMICA DE USUÁRIOS OU DEPENDENTES DE DROGAS 
 
Seção I 
Disposições Gerais 
 
Art. 20. Constituem atividades de atenção ao usuário e dependente de drogas e respectivos familiares, para 
efeito desta Lei, aquelas que visem à melhoria da qualidade de vida e à redução dos riscos e dos danos 
associados ao uso de drogas. 
 
Art. 21. Constituem atividades de reinserção social do usuário ou do dependente de drogas e respectivos 
familiares, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para sua integração ou reintegração em redes sociais. 
 
Atividades de Atenção – Art. 20. Atividades de Reinserção Social – Art. 21. 
Constituem atividades de atenção ao usuário e 
dependente de drogas e respectivos familiares, para 
efeito desta Lei, aquelas que visem à melhoria da 
qualidade de vida e à redução dos riscos e dos 
danos associados ao uso de drogas. 
Constituem atividades de reinserção social do 
usuário ou do dependente de drogas e respectivos 
familiares, para efeito desta Lei, aquelas 
direcionadas para sua integração ou 
reintegração em redes sociais. 
 
Art. 22. As atividades de atenção e as de reinserção social do usuário e do dependente de drogas e respectivos 
familiares devem observar os seguintes princípios e diretrizes: 
 
I - respeito ao usuário e ao dependente de drogas, independentemente de quaisquer condições, observados 
os direitos fundamentais da pessoa humana, os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde e da 
Política Nacional de Assistência Social; 
 
II - a adoção de estratégias diferenciadas de atenção e reinserção social do usuário e do dependente de drogas 
e respectivos familiares que considerem as suas peculiaridades socioculturais; 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm
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Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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9 
 
III - definição de projeto terapêutico individualizado, orientado para a inclusão social e para a redução de 
riscos e de danos sociais e à saúde; 
 
IV - atenção ao usuário ou dependente de drogas e aos respectivos familiares, sempre que possível, de forma 
multidisciplinar e por equipes multiprofissionais; 
 
V - observância das orientações e normas emanadas do Conad; 
 
VI - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle social de políticas setoriais específicas. 
 
VII - estímulo à capacitação técnica e profissional; 
 
VIII - efetivação de políticas de reinserção social voltadas à educação continuada e ao trabalho; 
 
IX - observância do plano individual de atendimento na forma do art. 23-B desta Lei; 
 
X - orientação adequada ao usuário ou dependente de drogas quanto às consequências lesivas do uso de 
drogas, ainda que ocasional. 
 
Seção II 
Da Educação na Reinserção Social e Econômica 
 
Art. 22-A. As pessoas atendidas por órgãos integrantes do Sisnad terão atendimento nos programas de 
educação profissional e tecnológica, educação de jovens e adultos e alfabetização. 
 
Seção IV 
Do Tratamento do Usuário ou Dependente de Drogas 
 
Art. 23. As redes dos serviços de saúde da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios 
desenvolverão programas de atenção ao usuário e ao dependente de drogas, respeitadas as diretrizes do 
Ministério da Saúde e os princípios explicitados no art. 22 desta Lei, obrigatória a previsão orçamentária 
adequada. 
 
Art. 23-A. O tratamento do usuário ou dependente de drogas deverá ser ordenado em uma rede de atenção à 
saúde, com prioridade para as modalidades de tratamento ambulatorial, incluindo excepcionalmente formas 
de internação em unidades de saúde e hospitais gerais nos termos de normas dispostas pela União e 
articuladas com os serviços de assistência social e em etapas que permitam: 
 
I - articular a atenção com ações preventivas que atinjam toda a população; 
 
II - orientar-se por protocolos técnicos predefinidos, baseados em evidências científicas, oferecendo 
atendimento individualizado ao usuário ou dependente de drogas com abordagem preventiva e, sempre que 
indicado, ambulatorial; 
 
III - preparar para a reinserção social e econômica, respeitando as habilidades e projetos individuais por meio 
de programas que articulem educação, capacitação para o trabalho, esporte, cultura e acompanhamento 
individualizado; e 
 
IV - acompanhar os resultados pelo SUS, Suas e Sisnad, de forma articulada. 
 
§ 1º Caberá à União dispor sobre os protocolos técnicos de tratamento, em âmbito nacional. 
 
§ 2º A internação de dependentes de drogas somente será realizada em unidades de saúde ou hospitais 
gerais, dotados de equipes multidisciplinares e deverá ser obrigatoriamente autorizada por médico 
devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o estabelecimento 
no qual se dará a internação. 
 
§ 3º São considerados 2 tipos de internação: 
 
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Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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10 
I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do dependenteou exigir a demonstração de riscos concretos para a 
punição de condutas que representam potencial produção de danos ao ecossistema e, por consequência, a 
pessoas indeterminadas. 
 
4. O eventus periculi, advindo da prática de quem incorre em uma das condutas previstas no art. 56, caput, 
da Lei n. 9.605/1998, portanto, é presumido e, por conseguinte, prescinde da realização de perícia para 
comprovar a nocividade da substância ou produto, bastando, para tanto, que o "produto ou substância 
tóxica, perigosa ou nociva para a saúde humana ou o meio ambiente" esteja declinado ex lege, ou 
seja, no caso, que esteja elencado na Resolução n. 420/04 da ANTT. 
 
5. Recurso especial conhecido e provido, para restabelecer a condenação dos recorridos e determinar ao 
Tribunal de origem que reexamine a apelação defensiva, partindo da premissa de que a mera ausência de 
prova pericial não constitui óbice à manutenção do édito condenatório. 
 
Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim considerado em razão de seu 
valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou 
monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida: 
 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
STJ/REsp 1.639.723/PR 
1. Ocorre o conflito aparente de normas quando há a incidência de mais de uma norma repressiva numa 
única conduta delituosa, sendo que tais normas possuem entre si relação de hierarquia ou 
dependência, de forma que somente uma é aplicável. 
 
2. O crime de destruir floresta nativa e vegetação protetora de mangues dá-se como meio necessário da 
realização do único intento de construir casa ou outra edificação em solo não edificável, em razão do que 
incide a absorção do crime-meio de destruição de vegetação pelo crime-fim de edificação proibida. 
 
3. Dá-se tipo penal único de incidência final (art. 64 da Lei n. 9.605/98), já em tese crime uno, 
diferenciando-se do concurso formal, onde o crime em tese é duplo, mas ocasionalmente praticado por 
ação e desígnio únicos. 
 
 
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Crimes Ambientais – Legislação Esquematizada 
 
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70/387 
STJ/REsp 1.639.723/PR 
1. Ocorre o conflito aparente de normas quando há a incidência de mais de uma norma repressiva numa 
única conduta delituosa, sendo que tais normas possuem entre si relação de hierarquia ou 
dependência, de forma que somente uma é aplicável. 
 
2. O crime de destruir floresta nativa e vegetação protetora de mangues dá-se como meio necessário da 
realização do único intento de construir casa ou outra edificação em solo não edificável, em razão do que 
incide a absorção do crime-meio de destruição de vegetação pelo crime-fim de edificação proibida. 
 
3. Dá-se tipo penal único de incidência final (art. 64 da Lei n. 9.605/98), já em tese crime uno, 
diferenciando-se do concurso formal, onde o crime em tese é duplo, mas ocasionalmente praticado por 
ação e desígnio únicos. 
 
Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto no art. 6º: 
 
II - multa simples; 
 
III - multa diária; 
 
§ 4° A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do 
meio ambiente. 
 
STJ/Súmula 467 
Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo, a pretensão da Administração 
Pública de promover a execução da multa por infração ambiental. 
 
STF/Súmula Vinculante 35 
A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada 
material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério 
Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito 
policial. 
 
STF/ADI 5.983 
Padece de inconstitucionalidade formal, por usurpação da competência legislativa da União para editar 
normas gerais sobre caça (CF, art. 24, VI, §1.º), lei estadual que veda a caça científica e restringe a caça 
de controle a órgãos públicos. 
 
STF/APn 888/DF 
A assinatura do termo de ajustamento de conduta com o órgão ambiental estadual não impede a 
instauração da ação penal, pois não elide a tipicidade formal das condutas imputadas ao acusado, 
repercutindo, na hipótese de condenação, na dosimetria da pena. 
As instâncias penal e administrativa são independentes. 
 
STF/APn 888/DF 
A jurisprudência desta Corte admite a aplicação do princípio da insignificância aos crimes ambientais, 
desde que, analisadas as circunstâncias específicas do caso concreto, se observe que o grau de 
reprovabilidade, a relevância da periculosidade social, bem como a ofensividade da conduta não 
prejudiquem a manutenção do equilíbrio ecológico, o que, na hipótese concreta, não é possível de ser 
aferido, de plano, no atual momento processual. 
 
STJ/RMS 39.173/BA 
1. Conforme orientação da 1ª Turma do STF, "O art. 225, § 3º, da Constituição Federal não condiciona a 
responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea persecução penal da 
pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. A norma constitucional não impõe a necessária 
dupla imputação." (RE 548181, Relatora Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 6/8/2013, 
acórdão eletrônico DJe-213, divulg. 29/10/2014, public. 30/10/2014). 
 
2. Tem-se, assim, que é possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais 
independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu nome. 
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Crimes Ambientais – Legislação Esquematizada 
 
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71/387 
Precedentes desta Corte. 
3. A personalidade fictícia atribuída à pessoa jurídica não pode servir de artifício para a prática de condutas 
espúrias por parte das pessoas naturais responsáveis pela sua condução. 
 
4. Recurso ordinário a que se nega provimento. 
 
STJ/EREsp 1.318.051/RJ 
Ocorre que, conforme assentado pela Segunda Turma no julgamento do REsp 1.251.697/PR, de minha 
relatoria, DJe de 17/4/2012), "a aplicação de penalidades administrativas não obedece à lógica da 
responsabilidade objetiva da esfera cível (para reparação dos danos causados), mas deve obedecer à 
sistemática da teoria da culpabilidade, ou seja, a conduta deve ser cometida pelo alegado transgressor, 
com demonstração de seu elemento subjetivo, e com demonstração do nexo causal entre a conduta e o 
dano. 
 
STJ/REsp 1.223.092/SC 
É imprescritível a pretensão reparatória de danos ao meio ambiente. 
 
STJ/Tese 6 
O termo inicial da incidência dos juros moratórios é a data do evento danoso nas hipóteses de 
reparação de danos morais e materiais decorrentes de acidente ambiental. 
 
STJ/Súmula 618 
A inversão do ônus da prova aplica-se às ações de degradação ambiental. 
 
STJ/Súmula 613 
Não se admite a aplicação da teoria do fato consumado em tema de Direito Ambiental. 
 
STJ/REsp 1.667.087 RS 
Não há o que se falar em direito adquirido à manutenção de situação que gere prejuízo ao meio 
ambiente. 
 
STJ/REsp 1.784.755/MT 
A aferição da extensão do dano ambiental é tarefa deveras complexa, pois não se limita a avaliar 
isoladamente o quantitativo que excedeu a autorização de transporte de madeira previsto na respectiva guia. 
O equilíbrio ecológico envolve um imbricado esquema de relações entre seus diversos componentes, de 
modo que a deterioração de um deles pode acarretar reflexos imprevisíveis aos demais. Nesse sentido, a 
gravidade da conduta de quem transporta madeira em descompasso com a respectiva guia de 
autorização não se calcula com base no referido quantitativo em excesso. Sobredita infração 
comprometea eficácia de todo o sistema de proteção ambiental, seja no tocante à atividade de planejamento 
e fiscalização do uso dos recursos ambientais, seja quanto ao controle das atividades potencial ou 
efetivamente poluidoras, seja no que diz respeito à proteção de áreas ameaçadas de degradação. Logo, a 
medida de apreensão deve compreender a totalidade da mercadoria transportada, apenando-se a 
conduta praticada pelo infrator e não apenas o objeto dela resultante. 
 
 
 
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Lei Maria da Penha – Legislação Esquematizada 
 
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72 
LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006 
 
Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 
da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as 
Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe 
sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo 
Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. 
 
TÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos 
termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de 
Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a 
Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação 
dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e 
proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar. 
 
STJ/Info 732 
A Lei n. 11.340/2006 (Maria da Penha) é aplicável às mulheres trans em situação de violência doméstica. 
 
Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível 
educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe 
asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental 
e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social. 
 
Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, 
à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à 
cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. ) 
 
§ 1º O poder público desenvolverá políticas que visem garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito 
das relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las de toda forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão. 
 
§ 2º Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as condições necessárias para o efetivo exercício dos 
direitos enunciados no caput. 
 
Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins sociais a que ela se destina e, especialmente, as 
condições peculiares das mulheres em situação de violência doméstica e familiar. 
 
Lei Maria da Penha 
• Trata-se de uma norma que cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar 
contra a mulher, criando Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, além de 
estabelecer Medidas de assistência e proteção àquelas que estão em situação de violência doméstica e 
familiar. 
 
• Possui um caráter programático, apresentando medidas a serem desenvolvidas pelo Estado para 
assegurar os direitos fundamentais exercidos pelas mulheres. 
 
TÍTULO II 
DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 
 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou 
omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano 
moral ou patrimonial: 
 
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Lei Maria da Penha – Legislação Esquematizada 
 
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73 
 
 
Transexual Feminina como Sujeito Passivo 
No caso dos crimes de violência doméstica, não temos um sujeito ativo obrigatório − ou seja, não é 
necessário que seja um homem −, mas o sujeito passivo é necessariamente uma mulher. 
Sobre o sujeito passivo é importante ressaltar que em dois julgados recentes o STF garantiu o direito aos 
transgêneros e aos transexuais, afirmando o direito à igualdade, sem discriminações, abrangendo a 
identidade ou a expressão de gênero. Com base nessa decisão, é de rigor a conclusão no sentido de que, 
na eventualidade de um transgênero (ou transexual) proceder à alteração de seu gênero diretamente no 
registro civil, identificando-se, a partir de então, como mulher, poderá ser sujeito passivo da violência 
doméstica e familiar, prevista na Lei Maria da Penha. 
“(...) Com efeito, é de se ver que a expressão "mulher" abrange tanto o sexo feminino, definido naturalmente, 
como o gênero feminino, que pode ser escolhido pelo indivíduo ao longo de sua vida, como ocorre com os 
transexuais e transgêneros, de modo que seria incongruente acreditar que a lei que garante maior 
proteção às "mulheres" se refere somente ao sexo biológico, especialmente diante das 
transformações sociais. Ou seja, a lei deve garantir proteção a todo aquele que se considere do 
gênero feminino.” 
Acórdão 1152502, 20181610013827RSE, Relator: SILVANIO BARBOSA DOS SANTOS, Segunda Turma Criminal, data de julgamento: 
14/2/2019, publicado no DJe: 20/2/2019. 
 
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com 
ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; 
 
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram 
aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; 
 
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, 
independentemente de coabitação. 
 
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual. 
 
STJ/Súmula 600 
Para configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei 11.340/2006, Lei Maria da 
Penha, não se exige a coabitação entre autor e vítima. 
 
Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos 
humanos. 
 
CAPÍTULO II 
DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 
 
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: 
 
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal; 
 
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da 
autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas 
ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, 
isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, 
ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde 
psicológica e à autodeterminação; 
 
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar 
de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a 
comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método 
contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez,ao aborto ou à prostituição, mediante coação, 
chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e 
reprodutivos; 
 
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Lei Maria da Penha – Legislação Esquematizada 
 
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74 
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição 
parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou 
recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; 
 
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. 
 
Formas de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher 
Violência Física Entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal; 
Violência 
Psicológica 
Entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da 
autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise 
degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante 
ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, 
perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, 
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause 
prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação; 
Violência Sexual 
Entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a 
participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou 
uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua 
sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force 
ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, 
chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus 
direitos sexuais e reprodutivos; 
Violência 
Patrimonial 
Entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição 
parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, 
bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer 
suas necessidades; 
Violência Moral Entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. 
 
TÍTULO III 
DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR 
 
CAPÍTULO I 
DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO 
 
Art. 8º A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio de um 
conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de ações não-
governamentais, tendo por diretrizes: 
 
I - a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com as áreas de 
segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação; 
 
II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a perspectiva de 
gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às conseqüências e à freqüência da violência doméstica e 
familiar contra a mulher, para a sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação 
periódica dos resultados das medidas adotadas; 
 
III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa e da família, de 
forma a coibir os papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a violência doméstica e familiar, de acordo 
com o estabelecido no inciso III do art. 1º , no inciso IV do art. 3º e no inciso IV do art. 221 da Constituição Federal 
 
IV - a implementação de atendimento policial especializado para as mulheres, em particular nas Delegacias 
de Atendimento à Mulher; 
 
V - a promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência doméstica e familiar contra a 
mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e a difusão desta Lei e dos instrumentos de 
proteção aos direitos humanos das mulheres; 
 
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75 
VI - a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros instrumentos de promoção de 
parceria entre órgãos governamentais ou entre estes e entidades não-governamentais, tendo por objetivo a 
implementação de programas de erradicação da violência doméstica e familiar contra a mulher; 
 
VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros e dos 
profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados no inciso I quanto às questões de gênero e de raça 
ou etnia; 
 
VIII - a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de irrestrito respeito à dignidade 
da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia; 
 
IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos aos 
direitos humanos, à eqüidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica e familiar 
contra a mulher. 
 
CAPÍTULO II 
DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR 
 
Art. 9º A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma 
articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, no 
Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas e políticas públicas de 
proteção, e emergencialmente quando for o caso. 
 
§ 1º O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de violência doméstica e familiar no 
cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal. 
 
§ 2º O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua integridade 
física e psicológica: 
 
I - acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração direta ou indireta; 
 
II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de trabalho, por até seis 
meses. 
 
 III - encaminhamento à assistência judiciária, quando for o caso, inclusive para eventual ajuizamento da ação 
de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução de união estável perante o juízo 
competente. 
 
§ 3º A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá o acesso aos benefícios 
decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo os serviços de contracepção de 
emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e da Síndrome da 
Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros procedimentos médicos necessários e cabíveis nos casos de 
violência sexual. 
 
§ 4º Aquele que, por ação ou omissão, causar lesão, violência física, sexual ou psicológica e dano moral ou 
patrimonial a mulher fica obrigado a ressarcir todos os danos causados, inclusive ressarcir ao Sistema 
Único de Saúde (SUS), de acordo com a tabela SUS, os custos relativos aos serviços de saúde prestados para o 
total tratamento das vítimas em situação de violência doméstica e familiar, recolhidos os recursos assim 
arrecadados ao Fundo de Saúde do ente federado responsável pelas unidades de saúde que prestarem os 
serviços. 
 
§ 5º Os dispositivos de segurança destinados ao uso em caso de perigo iminente e disponibilizados para o 
monitoramento das vítimas de violência doméstica ou familiar amparadas por medidas protetivas terão seus 
custos ressarcidos pelo agressor. 
 
§ 6º O ressarcimento de que tratam os §§ 4º e 5º deste artigo não poderá importar ônus de qualquer natureza 
ao patrimônio da mulher e dos seus dependentes, nem configurar atenuante ou ensejar possibilidade desubstituição da pena aplicada. 
 
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Lei Maria da Penha – Legislação Esquematizada 
 
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76 
§ 7º A mulher em situação de violência doméstica e familiar tem prioridade para matricular seus dependentes 
em instituição de educação básica mais próxima de seu domicílio, ou transferi-los para essa instituição, 
mediante a apresentação dos documentos comprobatórios do registro da ocorrência policial ou do processo de 
violência doméstica e familiar em curso. 
 
§ 8º Serão sigilosos os dados da ofendida e de seus dependentes matriculados ou transferidos conforme o 
disposto no § 7º deste artigo, e o acesso às informações será reservado ao juiz, ao Ministério Público e aos 
órgãos competentes do poder público. 
 
CAPÍTULO III 
DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL 
 
Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, a autoridade 
policial que tomar conhecimento da ocorrência adotará, de imediato, as providências legais cabíveis. 
 
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao descumprimento de medida protetiva de 
urgência deferida. 
 
Art. 10-A. É direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar o atendimento policial e pericial 
especializado, ininterrupto e prestado por servidores - preferencialmente do sexo feminino - previamente 
capacitados. 
 
§ 1º A inquirição de mulher em situação de violência doméstica e familiar ou de testemunha de violência 
doméstica, quando se tratar de crime contra a mulher, obedecerá às seguintes diretrizes: 
 
I - salvaguarda da integridade física, psíquica e emocional da depoente, considerada a sua condição peculiar 
de pessoa em situação de violência doméstica e familiar; 
 
II - garantia de que, em nenhuma hipótese, a mulher em situação de violência doméstica e familiar, familiares e 
testemunhas terão contato direto com investigados ou suspeitos e pessoas a eles relacionadas; 
 
III - não revitimização da depoente, evitando sucessivas inquirições sobre o mesmo fato nos âmbitos criminal, 
cível e administrativo, bem como questionamentos sobre a vida privada. 
 
§ 2º Na inquirição de mulher em situação de violência doméstica e familiar ou de testemunha de delitos de que 
trata esta Lei, adotar-se-á, preferencialmente, o seguinte procedimento: 
 
I - a inquirição será feita em recinto especialmente projetado para esse fim, o qual conterá os equipamentos 
próprios e adequados à idade da mulher em situação de violência doméstica e familiar ou testemunha e ao tipo 
e à gravidade da violência sofrida; 
 
II - quando for o caso, a inquirição será intermediada por profissional especializado em violência doméstica e 
familiar designado pela autoridade judiciária ou policial; 
 
III - o depoimento será registrado em meio eletrônico ou magnético, devendo a degravação e a mídia integrar o 
inquérito. 
 
Inquirição da Vítima e das Testemunhas nos Crimes de Violência Doméstica 
Deve ser garantida a proteção da integridade física, psíquica e emocional da depoente; em nenhuma 
hipótese a vítima ou as testemunhas deverão ter contato direto com os suspeitos; e a Lei trouxe ainda 
a previsão de não ser permitida a “revitimização” da depoente. 
 
A lei garante que o atendimento às vítimas e às testemunhas de violência doméstica deve se dar em local 
apropriado, contendo equipamentos próprios e adequados à idade da mulher em situação de violência. 
 
 
 
 
 
 
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Revitimização 
Se refere ao sofrimento continuado da vítima, sempre que for necessária a narração dos fatos. A vítima 
não é obrigada a reviver a situação de violência diversas vezes. 
 
A revitimização no atendimento às mulheres em situação de violência, por vezes, tem sido associada à 
repetição do relato de violência para profissionais em diferentes contextos o que pode gerar um processo 
de traumatização secundária na medida em que, a cada relato, a vivência da violência é reeditada. 
Além da revitimização decorrente do excesso de depoimentos, revitimizar também pode estar 
associado a atitudes e comportamentos, tais como: paternalizar; infantilizar; culpabilizar; generalizar 
histórias individuais; reforçar a vitimização; envolver-se em excesso; distanciar-se em excesso; não 
respeitar o tempo da mulher; transmitir falsas expectativas. A prevenção da revitimização requer o 
atendimento humanizado e integral, no qual a fala da mulher é valorizada e respeitada. BRASIL. Diretrizes 
gerais e protocolos de atendimento. Programa “Mulher, viver sem violência”. Governo Federal: Secretaria Especial de Políticas para 
Mulheres, 2015. 
 
Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, 
entre outras providências: 
 
I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder 
Judiciário; 
 
II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal; 
 
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver 
risco de vida; 
 
IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrência 
ou do domicílio familiar; 
 
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis, inclusive os de 
assistência judiciária para o eventual ajuizamento perante o juízo competente da ação de separação judicial, de 
divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução de união estável. 
 
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, 
deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos 
no Código de Processo Penal: 
 
I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada; 
 
II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias; 
 
III - remeter, no prazo de 48 horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de 
medidas protetivas de urgência; 
 
IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames periciais 
necessários; 
 
V - ouvir o agressor e as testemunhas; 
 
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes criminais, 
indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra ele; 
 
VI-A - verificar se o agressor possui registro de porte ou posse de arma de fogo e, na hipótese de existência, 
juntar aos autos essa informação, bem como notificar a ocorrência à instituição responsável pela concessão 
do registro ou da emissão do porte, nos termos da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 (Estatuto do 
Desarmamento); 
 
VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público. 
 
§ 1º O pedido da ofendida será tomado a termo pela autoridade policial e deverá conter: 
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I - qualificação da ofendida e do agressor; 
 
II - nome e idade dos dependentes; 
 
III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida. 
 
IV - informação sobre a condição de a ofendida ser pessoa com deficiência e se da violência sofrida resultou 
deficiência ou agravamento de deficiência preexistente. 
 
§ 2º Aautoridade policial deverá anexar ao documento referido no § 1º o boletim de ocorrência e cópia de 
todos os documentos disponíveis em posse da ofendida. 
 
§ 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos 
de saúde. 
 
Art. 12-A. Os Estados e o Distrito Federal, na formulação de suas políticas e planos de atendimento à mulher em 
situação de violência doméstica e familiar, darão prioridade, no âmbito da Polícia Civil, à criação de Delegacias 
Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams), de Núcleos Investigativos de Feminicídio e de equipes 
especializadas para o atendimento e a investigação das violências graves contra a mulher. 
 
Art. 12-B. (VETADO). 
 
§ 3º A autoridade policial poderá requisitar os serviços públicos necessários à defesa da mulher em situação 
de violência doméstica e familiar e de seus dependentes. 
 
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou psicológica da mulher 
em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado 
do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida: (Redação dada pela Lei nº 14.188, de 2021) 
 
I - pela autoridade judicial; 
 
II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou 
 
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no 
momento da denúncia. 
 
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo máximo de 24 
horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência 
ao Ministério Público concomitantemente. 
 
§ 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva de urgência, não 
será concedida liberdade provisória ao preso. 
 
STF/ADI 6.138/DF 
É válida a atuação supletiva e excepcional de delegados de polícia e de policiais a fim de afastar o agressor 
do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida, quando constatado risco atual ou iminente à vida ou 
à integridade da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, conforme o 
art. 12-C inserido na Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). 
 
TÍTULO IV - DOS PROCEDIMENTOS 
 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à execução das causas cíveis e criminais decorrentes da prática de 
violência doméstica e familiar contra a mulher aplicar-se-ão as normas dos Códigos de Processo Penal e 
Processo Civil e da legislação específica relativa à criança, ao adolescente e ao idoso que não conflitarem 
com o estabelecido nesta Lei. 
 
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Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com 
competência cível e criminal, poderão ser criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos 
Estados, para o processo, o julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de violência doméstica e 
familiar contra a mulher. 
 
Parágrafo único. Os atos processuais poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas 
de organização judiciária. 
 
Art. 14-A. A ofendida tem a opção de propor ação de divórcio ou de dissolução de união estável no Juizado de 
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. 
 
§ 1º Exclui-se da competência dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher a pretensão 
relacionada à partilha de bens. 
 
§ 2º Iniciada a situação de violência doméstica e familiar após o ajuizamento da ação de divórcio ou de 
dissolução de união estável, a ação terá preferência no juízo onde estiver. 
 
Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado: 
 
I - do seu domicílio ou de sua residência; 
 
II - do lugar do fato em que se baseou a demanda; 
 
III - do domicílio do agressor. 
 
STJ/Info 755 
Após o advento do art. 23 da Lei n. 13.431/2017, nas comarcas em que não houver vara especializada em 
crimes contra a criança e o adolescente, compete à vara especializada em violência doméstica, onde houver, 
processar e julgar os casos envolvendo estupro de vulnerável cometido pelo pai (bem como pelo padrasto, 
companheiro, namorado ou similar) contra a filha (ou criança ou adolescente) no ambiente doméstico ou 
familiar. 
 
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será 
admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, 
antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público. 
 
STJ/Súmula 542 
A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é 
pública incondicionada. 
 
Ação Penal Pública 
Regra Exceção 
Ações penais públicas condicionadas à 
representação da ofendida. 
A ação penal relativa ao crime de lesão corporal 
resultante de violência doméstica contra a mulher 
é pública incondicionada. 
 
STJ/Súmula 536 
A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos 
sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha. 
 
STJ/Súmula 588 
A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente 
doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. 
 
STJ/Súmula 589 
É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados contra a 
mulher no âmbito das relações domésticas. 
 
 
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STF/ADI 7.267 
O art. 16 da Lei Maria da Penha integra o conjunto de normas que preveem o atendimento por equipe 
multidisciplinar. Sua função é a de permitir que a ofendida, sponte propria e assistida necessariamente por 
equipe multidisciplinar, possa livremente expressar sua vontade. 
 
Apenas a ofendida pode requerer a designação da audiência para a renúncia à representação, sendo 
vedado ao Poder Judiciário designá-la de ofício ou a requerimento de outra parte. 
 
Ação direta julgada parcialmente procedente, para reconhecer a inconstitucionalidade da designação, de 
ofício, da audiência nele prevista, assim como da inconstitucionalidade do reconhecimento de que 
eventual não comparecimento da vítima de violência doméstica implique retratação tácita ou 
renúncia tácita ao direito de representação. 
 
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta 
básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento 
isolado de multa. 
 
CAPÍTULO II 
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA 
 
Seção I 
Disposições Gerais 
 
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 horas: 
 
I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência; 
 
II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso, 
inclusive para o ajuizamento da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de 
dissolução de união estável perante o juízo competente; 
 
III - comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis. 
 
IV - determinar a apreensão imediata de arma de fogo sob a posse do agressor. 
 
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério 
Público ou a pedido da ofendida. 
 
§ 1º As medidas protetivasde urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente de audiência 
das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado. 
 
§ 2º As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e poderão ser 
substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei 
forem ameaçados ou violados. 
 
§ 3º Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas 
protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à proteção da ofendida, de seus 
familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério Público. 
 
§ 4º As medidas protetivas de urgência serão concedidas em juízo de cognição sumária a partir do 
depoimento da ofendida perante a autoridade policial ou da apresentação de suas alegações escritas e poderão 
ser indeferidas no caso de avaliação pela autoridade de inexistência de risco à integridade física, psicológica, 
sexual, patrimonial ou moral da ofendida ou de seus dependentes. (Lei 14.550/23) 
 
§ 5º As medidas protetivas de urgência serão concedidas independentemente da tipificação penal da violência, 
do ajuizamento de ação penal ou cível, da existência de inquérito policial ou do registro de boletim de ocorrência. 
(Lei 14.550/23) 
 
§ 6º As medidas protetivas de urgência vigorarão enquanto persistir risco à integridade física, psicológica, 
sexual, patrimonial ou moral da ofendida ou de seus dependentes. (Lei 14.550/23) 
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Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão preventiva do 
agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação da 
autoridade policial. 
 
Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, verificar a falta de 
motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. 
 
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, especialmente dos 
pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constituído ou do defensor 
público. 
 
Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor . 
 
Seção II 
Das Medidas Protetivas de Urgência que Obrigam o Agressor 
 
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz 
poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas 
de urgência, entre outras: 
 
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos termos 
da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 ; 
 
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; 
 
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: 
 
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre 
estes e o agressor; 
 
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação; 
 
c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida; 
 
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento 
multidisciplinar ou serviço similar; 
 
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios. 
 
VI – comparecimento do agressor a programas de recuperação e reeducação; e 
 
VII – acompanhamento psicossocial do agressor, por meio de atendimento individual e/ou em grupo de 
apoio. 
 
§ 1º As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas na legislação em vigor, 
sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem, devendo a providência ser comunicada 
ao Ministério Público. 
 
§ 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o agressor nas condições mencionadas no caput e 
incisos do art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz comunicará ao respectivo órgão, 
corporação ou instituição as medidas protetivas de urgência concedidas e determinará a restrição do porte de 
armas, ficando o superior imediato do agressor responsável pelo cumprimento da determinação judicial, 
sob pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou de desobediência, conforme o caso. 
 
§ 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer 
momento, auxílio da força policial. 
 
§ 4º Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que couber, o disposto no caput e nos §§ 5º e 6º do art. 461 
da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil). 
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Seção III 
Das Medidas Protetivas de Urgência à Ofendida 
 
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas: 
 
I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de 
atendimento; 
 
II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento 
do agressor; 
 
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos 
filhos e alimentos; 
 
IV - determinar a separação de corpos. 
 
V - determinar a matrícula dos dependentes da ofendida em instituição de educação básica mais próxima do 
seu domicílio, ou a transferência deles para essa instituição, independentemente da existência de vaga. 
 
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade particular da 
mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas, entre outras: 
 
I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida; 
 
II - proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de propriedade 
em comum, salvo expressa autorização judicial; 
 
III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor; 
 
IV - prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da 
prática de violência doméstica e familiar contra a ofendida. 
 
Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins previstos nos incisos II e III deste 
artigo. 
 
STJ/CC 190.666-MG 
O juízo do domicílio da vítima em situação de violência doméstica é competente para processar e julgar o 
pedido de medidas protetivas de urgência, independentemente de as supostas condutas criminosas que 
motivaram o pedido terem ocorrido enquanto o autor e a vítima encontravam-se em viagem fora do domicílio 
desta. 
 
Seção IV 
 
Do Crime de Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência 
Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência 
 
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas nesta Lei: 
 
Pena – detenção, de 3 meses a 2 anos. 
 
§ 1º A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que deferiu as medidas. 
 
§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá conceder fiança. 
 
§ 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis. 
 
STJ/Súmula 600 
Para configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei 11.340/2006, Lei Maria da 
Penha, não se exige a coabitação entre autor e vítima. 
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CAPÍTULO III - DA ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
Art. 25. O Ministério Público intervirá, quando não for parte, nas causas cíveis e criminais decorrentes da 
violência doméstica e familiar contra a mulher. 
 
Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras atribuições, nos casos de violência doméstica e 
familiar contra a mulher, quando necessário: 
 
I - requisitar força policial e serviços públicos de saúde, de educação, de assistência social e de 
segurança, entre outros; 
II - fiscalizar os estabelecimentos públicos e particulares de atendimento à mulher em situação de violência 
doméstica e familiar, e adotar, de imediato, as medidas administrativas ou judiciais cabíveis no tocante a 
quaisquer irregularidades constatadas; 
 
III - cadastrar os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher. 
 
CAPÍTULO IV 
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA 
 
Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência doméstica e 
familiar deverá estar acompanhada de advogado, ressalvado o previsto no art. 19 desta Lei. 
 
Art. 28. É garantido a toda mulher em situação de violência doméstica e familiar o acesso aos serviços de 
Defensoria Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da lei, em sede policial e judicial, 
mediante atendimento específico e humanizado. 
 
TÍTULO V 
DA EQUIPE DE ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR 
 
Art. 29. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher que vierem a ser criados poderão contar 
com uma equipe de atendimento multidisciplinar, a ser integrada por profissionais especializados nas áreas 
psicossocial, jurídica e de saúde. 
 
Art. 30. Compete à equipe de atendimento multidisciplinar, entre outras atribuições que lhe forem reservadas 
pela legislação local, fornecer subsídios por escrito ao juiz, ao Ministério Público e à Defensoria Pública, 
mediante laudos ou verbalmente em audiência, e desenvolver trabalhos de orientação, encaminhamento, 
prevenção e outras medidas, voltados para a ofendida, o agressor e os familiares, com especial atenção às 
crianças e aos adolescentes. 
 
Art. 31. Quando a complexidade do caso exigir avaliação mais aprofundada, o juiz poderá determinar a 
manifestação de profissional especializado, mediante a indicação da equipe de atendimento multidisciplinar. 
 
Art. 32. O Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta orçamentária, poderá prever recursos para a 
criação e manutenção da equipe de atendimento multidisciplinar, nos termos da Lei de Diretrizes 
Orçamentárias. 
 
TÍTULO VI 
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS 
 
Art. 33. Enquanto não estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, as varas 
criminais acumularão as competências cível e criminal para conhecer e julgar as causas decorrentes da 
prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, observadas as previsões do Título IV desta Lei, 
subsidiada pela legislação processual pertinente. 
 
Parágrafo único. Será garantido o direito de preferência, nas varas criminais, para o processo e o julgamento 
das causas referidas no caput. 
 
 
 
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TÍTULO VII 
DISPOSIÇÕES FINAIS 
 
Art. 34. A instituição dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher poderá ser acompanhada 
pela implantação das curadorias necessárias e do serviço de assistência judiciária. 
 
Art. 35. A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover, no limite das 
respectivas competências: 
 
I - centros de atendimento integral e multidisciplinar para mulheres e respectivos dependentes em situação de 
violência doméstica e familiar; 
 
II - casas-abrigos para mulheres e respectivos dependentes menores em situação de violência doméstica e 
familiar; 
 
III - delegacias, núcleos de defensoria pública, serviços de saúde e centros de perícia médico-legal 
especializados no atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar; 
 
IV - programas e campanhas de enfrentamento da violência doméstica e familiar; 
 
V - centros de educação e de reabilitação para os agressores. 
 
Art. 36. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão a adaptação de seus órgãos e de 
seus programas às diretrizes e aos princípios desta Lei. 
 
Art. 37. A defesa dos interesses e direitos transindividuais previstos nesta Lei poderá ser exercida, 
concorrentemente, pelo Ministério Público e por associação de atuação na área, regularmente constituída há 
pelo menos um ano, nos termos da legislação civil. 
 
Parágrafo único. O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz quando entender que não há 
outra entidade com representatividade adequada para o ajuizamento da demanda coletiva. 
 
Art. 38. As estatísticas sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher serão incluídas nas bases de dados 
dos órgãos oficiais do Sistema de Justiça e Segurança a fim de subsidiar o sistema nacional de dados e 
informações relativo às mulheres. 
 
Parágrafo único. As Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal poderão remeter 
suas informações criminais para a base de dados do Ministério da Justiça. 
 
Art. 38-A. O juiz competente providenciará o registro da medida protetiva de urgência. 
 
Parágrafo único. As medidas protetivas de urgência serão, após sua concessão, imediatamente registradas em 
banco de dados mantido e regulamentado pelo Conselho Nacional de Justiça, garantido o acesso instantâneo do 
Ministério Público, da Defensoria Pública e dos órgãos de segurança pública e de assistência social, com vistas à 
fiscalização e à efetividade das medidas protetivas. (Lei 14.310/22) 
 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no limite de suas competências e nos termos das 
respectivas leis de diretrizes orçamentárias, poderão estabelecer dotações orçamentárias específicas, em 
cada exercício financeiro, para a implementação das medidas estabelecidas nesta Lei. 
 
Art. 40. As obrigações previstas nesta Lei não excluem outras decorrentes dos princípios por ela adotados. 
 
Art. 40-A. Esta Lei será aplicada a todas as situações previstas no seu art. 5º, independentemente da causa ou 
da motivação dos atos de violência e da condição do ofensor ou da ofendida. (Lei 14.550/23) 
 
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena 
prevista, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. 
 
 
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Principais Súmulas e Jurisprudências 
 
LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006 
 
Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos 
termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de 
Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a 
Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação 
dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e 
proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar. 
 
STJ/Info 732 
A Lei n. 11.340/2006 (Maria da Penha) é aplicável às mulheres trans em situação de violência doméstica. 
 
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou 
omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual oupsicológico e dano 
moral ou patrimonial: 
 
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com 
ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; 
 
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram 
aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; 
 
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, 
independentemente de coabitação. 
 
STJ/Súmula 600 
Para configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei 11.340/2006, Lei Maria da 
Penha, não se exige a coabitação entre autor e vítima. 
 
Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos 
humanos. 
 
STJ/HC 181.217/RS 
O namoro evidencia uma relação íntima de afeto que independe de coabitação. Portanto, agressões e 
ameaças de namorado contra a namorada – mesmo que o relacionamento tenha terminado – que 
ocorram em decorrência dele caracterizam violência doméstica. 
Não existe necessidade de coabitação para ser configurada a violência doméstica contra a mulher. 
 
STJ/HC 277.561-AL 
É possível a incidência da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) nas relações entre mãe e filha. Isso 
porque, de acordo com o art. 5º, III, da Lei 11.340/2006, configura violência doméstica e familiar contra a 
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual 
ou psicológico e dano moral ou patrimonial em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva 
ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. Da análise do dispositivo citado, 
infere-se que o objeto de tutela da Lei é a mulher em situação de vulnerabilidade, não só em relação ao 
cônjuge ou companheiro, mas também qualquer outro familiar ou pessoa que conviva com a vítima, 
independentemente do gênero do agressor. Nessa mesma linha, entende a jurisprudência do STJ que o 
sujeito ativo do crime pode ser tanto o homem como a mulher, desde que esteja presente o estado de 
vulnerabilidade caracterizado por uma relação de poder e submissão. 
 
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou psicológica da mulher 
em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado 
do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida: 
 
I - pela autoridade judicial; 
 
II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou 
 
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86 
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no 
momento da denúncia. 
 
STF/ADI 6.138/DF 
É válida a atuação supletiva e excepcional de delegados de polícia e de policiais a fim de afastar o agressor 
do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida, quando constatado risco atual ou iminente à vida ou 
à integridade da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, conforme o 
art. 12-C inserido na Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). 
 
Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado: 
 
I - do seu domicílio ou de sua residência; 
 
II - do lugar do fato em que se baseou a demanda; 
 
III - do domicílio do agressor. 
 
STJ/Info 755 
Após o advento do art. 23 da Lei n. 13.431/2017, nas comarcas em que não houver vara especializada em 
crimes contra a criança e o adolescente, compete à vara especializada em violência doméstica, onde houver, 
processar e julgar os casos envolvendo estupro de vulnerável cometido pelo pai (bem como pelo padrasto, 
companheiro, namorado ou similar) contra a filha (ou criança ou adolescente) no ambiente doméstico ou 
familiar. 
 
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será 
admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, 
antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público. 
 
STJ/Súmula 542 
A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é 
pública incondicionada. 
 
STJ/Súmula 536 
A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos 
sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha. 
 
STJ/Súmula 588 
A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente 
doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. 
 
STJ/Súmula 589 
É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados contra a 
mulher no âmbito das relações domésticas. 
 
STJ/HC 167.898/MG 
1. O art. 16 da Lei Maria da Penha determina que deverá ser designada uma audiência, antes do 
recebimento da denúncia, na qual será admitida renúncia da vítima em casos de ação penal pública 
condicionada à representação. 
 
2. Contudo, tal ato processual não se reveste de caráter obrigatório, sendo providência excepcional, 
cuja realização deverá ocorrer se a parte manifestar interesse expresso ou tácito em renunciar à 
representação feita, antes do recebimento da denúncia, o que não ocorreu na espécie. 
 
STJ/AgRg no REsp 1.946.824-SP 
A realização da audiência prevista no art. 16 da Lei n. 11.340/2006 somente se faz necessária se a vítima 
houver manifestado, de alguma forma, em momento anterior ao recebimento da denúncia, ânimo de desistir 
da representação. 
 
 
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87 
STF/ADI 7.267 
O art. 16 da Lei Maria da Penha integra o conjunto de normas que preveem o atendimento por equipe 
multidisciplinar. Sua função é a de permitir que a ofendida, sponte propria e assistida necessariamente por 
equipe multidisciplinar, possa livremente expressar sua vontade. 
 
Apenas a ofendida pode requerer a designação da audiência para a renúncia à representação, sendo 
vedado ao Poder Judiciário designá-la de ofício ou a requerimento de outra parte. 
 
Ação direta julgada parcialmente procedente, para reconhecer a inconstitucionalidade da designação, de 
ofício, da audiência nele prevista, assim como da inconstitucionalidade do reconhecimento de que 
eventual não comparecimento da vítima de violência doméstica implique retratação tácita ou 
renúncia tácita ao direito de representação. 
 
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta 
básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento 
isolado de multa. 
 
STJ/HC 277.561-AL 
É possível a incidência da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) nas relações entre mãe e filha. Isso 
porque, de acordo com o art. 5º, III, da Lei 11.340/2006, configura violência doméstica e familiar contra a 
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual 
ou psicológico e dano moral ou patrimonial em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva 
ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. Da análise do dispositivo citado, 
infere-se que o objeto de tutela da Lei é a mulher em situação de vulnerabilidade, não só em relação ao 
cônjuge ou companheiro, mas também qualquer outro familiar ou pessoa que conviva com a vítima, 
independentemente do gênero do agressor. Nessa mesma linha, entende a jurisprudênciado STJ que o 
sujeito ativo do crime pode ser tanto o homem como a mulher, desde que esteja presente o estado de 
vulnerabilidade caracterizado por uma relação de poder e submissão. 
 
STJ/HC 181.217/RS 
O namoro evidencia uma relação íntima de afeto que independe de coabitação. Portanto, agressões e 
ameaças de namorado contra a namorada – mesmo que o relacionamento tenha terminado – que 
ocorram em decorrência dele caracterizam violência doméstica. 
 
STJ/REsp 1.775.341-SP 
Independentemente da extinção de punibilidade do autor, a vítima de violência doméstica deve ser ouvida 
para que se verifique a necessidade de prorrogação/concessão das medidas protetivas. 
 
 
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz 
poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas 
de urgência, entre outras: 
 
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos termos 
da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 ; 
 
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; 
 
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: 
 
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre 
estes e o agressor; 
 
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação; 
 
c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida; 
 
 
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88 
TJDFT/Acórdão 1.083.749 
1. A Lei protetiva que busca diminuir a violência no seio doméstico e familiar contra as mulheres não prevê 
expressamente um prazo para a vigência das tutelas de urgência, cuja incidência e duração ficam a 
cargo da autoridade judicial, à vista do caso concreto. Contudo, o parâmetro fornecido pela própria Lei é 
a máxima efetividade dos direitos fundamentais, in casu, reprimir e prevenir situações de violência no âmbito 
doméstico e familiar. 
 
2. Não se afigura viável, tampouco prudente, generalizar e padronizar uma medida excepcional que reclama 
o exame da situação específica, levando-se em conta as peculiaridades do caso concreto. As medidas 
protetivas restringem ou privam direitos. Por conseguinte, devem ser aferidas pelo juiz da causa que, na 
situação específica, avalia a pertinência e o prazo de duração de cada uma delas. 
 
3. À vista dos fundamentos apresentados e da situação de risco presente, é prudente a aplicação das 
medidas protetivas dentro dos prazos razoáveis de duração do processo criminal. 
 
4. Reclamação parcialmente provida para determinar que as medidas protetivas de urgência permaneçam 
em vigor até o julgamento da respectiva ação penal. 
 
STJ/REsp 1.977.124 
A Lei Maria da Penha se aplica aos casos de violência doméstica ou familiar contra mulheres transexuais. 
Este julgamento versa sobre a vulnerabilidade de uma categoria de seres humanos, que não pode ser 
resumida à objetividade de uma ciência exata. As existências e as relações humanas são complexas, e o 
direito não se deve alicerçar em discursos rasos, simplistas e reducionistas, especialmente nestes tempos de 
naturalização de falas de ódio contra minorias. 
 
STJ/REsp 1.966.556-SP 
Incabível o arbitramento de aluguel em desfavor da coproprietária vítima de violência doméstica, que, em 
razão de medida protetiva de urgência decretada judicialmente, detém o uso e gozo exclusivo do imóvel de 
cotitularidade do agressor. 
 
STJ/REsp 2.009.402-GO 
As medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do art. 22 da Lei Maria da Penha têm 
natureza de cautelares penais, não cabendo falar em citação do requerido para apresentar contestação, 
tampouco a possibilidade de decretação da revelia, nos moldes da lei processual civil. 
 
STJ/HC 605.113-SC 
É ilegal a fixação ad eternum de medida protetiva, devendo o magistrado avaliar periodicamente a 
pertinência da manutenção da cautela imposta. 
 
STJ/Info 750 
É indevida a manutenção de medidas protetivas na hipótese de conclusão do inquérito policial sem 
indiciamento do acusado. 
 
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade particular da 
mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas, entre outras: 
 
STJ/CC 190.666-MG 
O juízo do domicílio da vítima em situação de violência doméstica é competente para processar e julgar o 
pedido de medidas protetivas de urgência, independentemente de as supostas condutas criminosas que 
motivaram o pedido terem ocorrido enquanto o autor e a vítima encontravam-se em viagem fora do domicílio 
desta. 
 
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas nesta Lei: 
 
Pena – detenção, de 3 meses a 2 anos. 
 
STJ/HC 277.561-AL 
É possível a incidência da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) nas relações entre mãe e filha. Isso 
porque, de acordo com o art. 5º, III, da Lei 11.340/2006, configura violência doméstica e familiar contra a 
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89 
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual 
ou psicológico e dano moral ou patrimonial em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva 
ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. Da análise do dispositivo citado, 
infere-se que o objeto de tutela da Lei é a mulher em situação de vulnerabilidade, não só em relação ao 
cônjuge ou companheiro, mas também qualquer outro familiar ou pessoa que conviva com a vítima, 
independentemente do gênero do agressor. Nessa mesma linha, entende a jurisprudência do STJ que o 
sujeito ativo do crime pode ser tanto o homem como a mulher, desde que esteja presente o estado de 
vulnerabilidade caracterizado por uma relação de poder e submissão. 
 
STJ/Súmula 600 
Para configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei 11.340/2006, Lei Maria da 
Penha, não se exige a coabitação entre autor e vítima. 
 
STJ/HC 277.561-AL 
É possível a incidência da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) nas relações entre mãe e filha. Isso 
porque, de acordo com o art. 5º, III, da Lei 11.340/2006, configura violência doméstica e familiar contra a 
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual 
ou psicológico e dano moral ou patrimonial em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva 
ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. Da análise do dispositivo citado, 
infere-se que o objeto de tutela da Lei é a mulher em situação de vulnerabilidade, não só em relação ao 
cônjuge ou companheiro, mas também qualquer outro familiar ou pessoa que conviva com a vítima, 
independentemente do gênero do agressor. Nessa mesma linha, entende a jurisprudência do STJ que o 
sujeito ativo do crime pode ser tanto o homem como a mulher, desde que esteja presente o estado de 
vulnerabilidade caracterizado por uma relação de poder e submissão. 
 
STJ/Súmula 588 
A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente 
doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. 
 
STJ/Súmula 589 
É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados contra a 
mulher no âmbito das relações domésticas. 
 
STJ/Súmula 536 
A suspensão condicional do processo e a transação penal nãose aplicam na hipótese de delitos 
sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha. 
 
STJ/Súmula 588 
A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente 
doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. 
 
STJ/Súmula 589 
É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados contra a 
mulher no âmbito das relações domésticas. 
 
STJ/Súmula 542 
A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é 
pública incondicionada. 
 
STJ/Súmula 600 
Para a configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei nº 11.340/2006 (Lei 
Maria da Penha) não se exige a coabitação entre autor e vítima. 
 
 
 
 
 
 
 
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90 
STJ – Teses Sobre o Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher – Edição 41 
Tese 01 
A Lei n. 11.340/2006, denominada Lei Maria da Penha, objetiva proteger a mulher da violência doméstica e 
familiar que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, e dano moral ou patrimonial, 
desde que o crime seja cometido no âmbito da unidade doméstica, da família ou em qualquer relação íntima 
de afeto. 
Tese 02 
A Lei Maria da Penha atribuiu às uniões homoafetivas o caráter de entidade familiar, ao prever, no seu artigo 
5º, parágrafo único, que as relações pessoais mencionadas naquele dispositivo independem de orientação 
sexual. 
Tese 03 
O sujeito passivo da violência doméstica objeto da Lei Maria da Penha é a mulher, já o sujeito ativo pode ser 
tanto o homem quanto a mulher, desde que fique caracterizado o vínculo de relação doméstica, familiar ou 
de afetividade, além da convivência, com ou sem coabitação. 
Tese 04 
A violência doméstica abrange qualquer relação íntima de afeto, dispensada a coabitação. 
Tese 05 
Para a aplicação da Lei n. 11.340/2006, há necessidade de demonstração da situação de vulnerabilidade ou 
hipossuficiência da mulher, numa perspectiva de gênero. 
 
A hipossuficiência e a vulnerabilidade da mulher em contexto de violência doméstica e familiar são 
presumidas, o que torna desnecessária a demonstração da subjugação feminina para aplicação da Lei Maria 
da Penha. 
Tese 06 
A vulnerabilidade, hipossuficiência ou fragilidade da mulher têm-se como presumidas nas circunstâncias 
descritas na Lei n. 11.340/2006. 
Tese 07 
A agressão do namorado contra a namorada, mesmo cessado o relacionamento, mas que ocorra em 
decorrência dele, está inserida na hipótese do art. 5º, III, da Lei n. 11.340/06, caracterizando a violência 
doméstica. 
Tese 08 
Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher têm competência cumulativa para o 
julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a 
mulher, nos termos do art. 14 da Lei n. 11.340/2006. 
Tese 09 
O descumprimento de medida protetiva de urgência não configura o crime de desobediência, em face da 
existência de outras sanções previstas no ordenamento jurídico para a hipótese. 
Tese 10 
Não é possível a aplicação dos princípios da insignificância e da bagatela imprópria nos delitos praticados 
com violência ou grave ameaça no âmbito das relações domésticas e familiares. 
Tese 11 
O crime de lesão corporal, ainda que leve ou culposo, praticado contra a mulher no âmbito das relações 
domésticas e familiares, deve ser processado mediante ação penal pública incondicionada. 
Tese 12 
É cabível a decretação de prisão preventiva para garantir a execução de medidas de urgência nas hipóteses 
em que o delito envolver violência doméstica. 
Tese 13 
Nos crimes praticados no âmbito doméstico e familiar, a palavra da vítima tem especial relevância para 
fundamentar o recebimento da denúncia ou a condenação, pois normalmente são cometidos sem 
testemunhas. 
Tese 14 
A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao 
rito da Lei Maria da Penha. (Súmula n. 536/STJ) 
Tese 15 
É inviável a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos nos casos de violência 
doméstica, uma vez que não preenchidos os requisitos do art. 44 do CP. 
Tese 16 
O habeas corpus não constitui meio idôneo para se pleitear a revogação de medidas protetivas previstas no 
art. 22 da Lei n. 11.340/2006 que não implicam constrangimento ao direito de ir e vir do paciente. 
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91 
Tese 17 
A audiência de retratação prevista no art. 16 da Lei n. 11.340/06 apenas será designada no caso de 
manifestação expressa ou tácita da vítima e desde que ocorrida antes do recebimento da denúncia. 
 
STJ – Teses Sobre Medidas Protetivas na Lei Maria da Penha I – Edição 205 
Tese 01 
As medidas protetivas previstas na Lei n. 11.340/2006 são aplicáveis às minorias, como transexuais, 
transgêneros, cisgêneros e travestis em situação de violência doméstica, afastado o aspecto meramente 
biológico. 
Tese 02 
As medidas protetivas impostas pela prática de violência doméstica e familiar contra a mulher possuem 
natureza satisfativa, motivo pelo qual podem ser pleiteadas de forma autônoma, independentemente da 
existência de outras ações judiciais. 
Tese 03 
Não se aplica o art. 308 do CPC/2015, que exige o ajuizamento de ação principal no prazo de trinta dias, à 
medida protetiva de alimentos deferida com fundamento na Lei n. 11.340/2006, que possui natureza 
satisfativa, e não cautelar. 
Tese 04 
A medida protetiva de alimentos deferida com fundamento na Lei n. 11.340/2006 subsiste enquanto perdurar 
a situação de vulnerabilidade desencadeada pela prática de violência doméstica e familiar, e não apenas 
durante a situação de violência. 
Tese 05 
O Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher é competente para executar os alimentos 
fixados como medida protetiva de urgência em decorrência de aplicação da Lei Maria da Penha pela Vara 
especializada. 
Tese 06 
A decisão proferida em processo penal que fixa alimentos em razão de prática de violência doméstica 
constitui título hábil para imediata cobrança e, em caso de inadimplemento, é possível a decretação de 
prisão civil. 
Tese 07 
Não é possível decretar a prisão do paciente por descumprimento de cautelar de prestação de alimentos 
sem a indicação concreta de prejuízo efetivo à vítima quando há contra ele a imputação de ataques físicos e 
morais à vítima e foram fixadas diversas medidas protetivas que preservam a segurança dela. 
Tese 08 
O Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher é competente para conhecer e julgar ação de 
divórcio ou de reconhecimento e dissolução de união estável na hipótese em que houve anterior promoção 
de medida protetiva, ainda que tenha sido extinta por homologação de acordo entre as partes. 
Tese 09 
O Juízo da Vara Especializada em Violência Doméstica e Familiar ou, na ausência deste, o Juízo Criminal é 
competente para apreciar o pedido de imposição de medida protetiva de manutenção de vínculo trabalhista 
da ofendida em razão de afastamento do trabalho decorrente de violência doméstica e familiar. 
Tese 10 
Compete à Justiça Federal apreciar pedido de medida protetiva de urgência decorrente de crime de ameaça 
contra mulher, iniciado no estrangeiro com resultado no Brasil e cometido por meio de rede social de grande 
alcance. 
 
STJ – Teses Sobre Medidas Protetivas na Lei Maria da Penha II – Edição 206 
Tese 01 
É desnecessária a demonstração de subjugação feminina para o deferimento de medidas protetivasde drogas; 
 
II - internação involuntária: aquela que se dá, sem o consentimento do dependente, a pedido de familiar ou 
do responsável legal ou, na absoluta falta deste, de servidor público da área de saúde, da assistência 
social ou dos órgãos públicos integrantes do Sisnad, com exceção de servidores da área de segurança 
pública, que constate a existência de motivos que justifiquem a medida. 
 
Internação Voluntária do Dependente Internação Involuntária do Dependente 
Aquela que se dá com o consentimento do 
dependente de drogas; 
Aquela que se dá, sem o consentimento do 
dependente, a pedido de familiar ou do 
responsável legal ou, na absoluta falta deste, de 
servidor público da área de saúde, da assistência 
social ou dos órgãos públicos integrantes do 
Sisnad, com exceção de servidores da área de 
segurança pública, que constate a existência de 
motivos que justifiquem a medida. 
 
§ 4º A internação voluntária: 
 
I - deverá ser precedida de declaração escrita da pessoa solicitante de que optou por este regime de 
tratamento; 
 
II - seu término dar-se-á por determinação do médico responsável ou por solicitação escrita da pessoa que 
deseja interromper o tratamento. 
 
§ 5º A internação involuntária: 
 
I - deve ser realizada após a formalização da decisão por médico responsável; 
 
II - será indicada depois da avaliação sobre o tipo de droga utilizada, o padrão de uso e na hipótese 
comprovada da impossibilidade de utilização de outras alternativas terapêuticas previstas na rede de atenção 
à saúde; 
 
III - perdurará apenas pelo tempo necessário à desintoxicação, no prazo máximo de 90 dias, tendo seu 
término determinado pelo médico responsável; 
 
IV - a família ou o representante legal poderá, a qualquer tempo, requerer ao médico a interrupção do 
tratamento. 
 
§ 6º A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares 
se mostrarem insuficientes. 
 
§ 7º Todas as internações e altas de que trata esta Lei deverão ser informadas, em, no máximo, de 72 horas, 
ao Ministério Público, à Defensoria Pública e a outros órgãos de fiscalização, por meio de sistema 
informatizado único, na forma do regulamento desta Lei. 
 
§ 8º É garantido o sigilo das informações disponíveis no sistema referido no § 7º e o acesso será permitido 
apenas às pessoas autorizadas a conhecê-las, sob pena de responsabilidade. 
 
§ 9º É vedada a realização de qualquer modalidade de internação nas comunidades terapêuticas 
acolhedoras. 
 
§ 10. O planejamento e a execução do projeto terapêutico individual deverão observar, no que couber, o 
previsto na Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001 , que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas 
portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. 
 
 
 
 
 
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Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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Seção V 
Do Plano Individual de Atendimento 
 
Art. 23-B. O atendimento ao usuário ou dependente de drogas na rede de atenção à saúde dependerá de: 
 
I - avaliação prévia por equipe técnica multidisciplinar e multissetorial; e 
 
II - elaboração de um Plano Individual de Atendimento - PIA. 
 
§ 1º A avaliação prévia da equipe técnica subsidiará a elaboração e execução do projeto terapêutico individual a 
ser adotado, levantando no mínimo: 
 
I - o tipo de droga e o padrão de seu uso; e 
 
II - o risco à saúde física e mental do usuário ou dependente de drogas ou das pessoas com as quais convive. 
 
§ 3º O PIA deverá contemplar a participação dos familiares ou responsáveis, os quais têm o dever de contribuir 
com o processo, sendo esses, no caso de crianças e adolescentes, passíveis de responsabilização civil, 
administrativa e criminal, nos termos da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do 
Adolescente . 
§ 4º O PIA será inicialmente elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica do primeiro projeto terapêutico 
que atender o usuário ou dependente de drogas e será atualizado ao longo das diversas fases do atendimento. 
 
§ 5º Constarão do plano individual, no mínimo: 
 
I - os resultados da avaliação multidisciplinar; 
 
II - os objetivos declarados pelo atendido; 
 
III - a previsão de suas atividades de integração social ou capacitação profissional; 
 
IV - atividades de integração e apoio à família; 
 
V - formas de participação da família para efetivo cumprimento do plano individual; 
 
VI - designação do projeto terapêutico mais adequado para o cumprimento do previsto no plano; e 
 
VII - as medidas específicas de atenção à saúde do atendido. 
 
§ 6º O PIA será elaborado no prazo de até 30 dias da data do ingresso no atendimento. 
 
§ 7º As informações produzidas na avaliação e as registradas no plano individual de atendimento são 
consideradas sigilosas. 
 
Art. 24. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão conceder benefícios às instituições 
privadas que desenvolverem programas de reinserção no mercado de trabalho, do usuário e do dependente de 
drogas encaminhados por órgão oficial. 
 
Art. 25. As instituições da sociedade civil, sem fins lucrativos, com atuação nas áreas da atenção à saúde e da 
assistência social, que atendam usuários ou dependentes de drogas poderão receber recursos do Funad, 
condicionados à sua disponibilidade orçamentária e financeira. 
 
Art. 26. O usuário e o dependente de drogas que, em razão da prática de infração penal, estiverem cumprindo 
pena privativa de liberdade ou submetidos a medida de segurança, têm garantidos os serviços de atenção à 
sua saúde, definidos pelo respectivo sistema penitenciário. 
 
 
 
 
 
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Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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Seção VI 
Do Acolhimento em Comunidade Terapêutica Acolhedora 
 
Art. 26-A. O acolhimento do usuário ou dependente de drogas na comunidade terapêutica acolhedora 
caracteriza-se por: 
 
I - oferta de projetos terapêuticos ao usuário ou dependente de drogas que visam à abstinência; 
 
II - adesão e permanência voluntária, formalizadas por escrito, entendida como uma etapa transitória para a 
reinserção social e econômica do usuário ou dependente de drogas; 
 
III - ambiente residencial, propício à formação de vínculos, com a convivência entre os pares, atividades 
práticas de valor educativo e a promoção do desenvolvimento pessoal, vocacionada para acolhimento ao 
usuário ou dependente de drogas em vulnerabilidade social; 
 
IV - avaliação médica prévia; 
 
V - elaboração de plano individual de atendimento na forma do art. 23-B desta Lei; e 
 
VI - vedação de isolamento físico do usuário ou dependente de drogas. 
 
§ 1º Não são elegíveis para o acolhimento as pessoas com comprometimentos biológicos e psicológicos de 
natureza grave que mereçam atenção médico-hospitalar contínua ou de emergência, caso em que deverão 
ser encaminhadas à rede de saúde. 
 
CAPÍTULO III 
DOS CRIMES E DAS PENAS 
 
Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como 
substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor. 
 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, 
drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às 
seguintes penas: 
 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
 
II - prestação de serviços à comunidade; 
 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou cursode 
urgência previstas na Lei Maria da Penha. 
Tese 02 
As medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do art. 22 da Lei Maria da Penha têm 
natureza jurídica de cautelares penais e, por isso, devem ser analisadas à luz do Código de Processo Penal, 
logo não há falar em citação do requerido para apresentar contestação, tampouco em decretação da revelia, 
nos moldes da lei processual civil. 
Tese 03 
As medidas protetivas deferidas com base no art. 22, incisos I, II e III, da Lei n. 11.340/2006 possuem 
natureza penal, por essa razão deve ser reconhecida a incompetência das Câmaras Cíveis para apreciar e 
julgar recursos propostos contra referidas medidas. 
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Lei Maria da Penha – Legislação Esquematizada 
 
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Tese 04 
A competência para a persecução penal de crimes praticados no âmbito da violência doméstica e familiar 
contra a mulher é do Juízo do local dos fatos; se, posteriormente, a vítima requerer e obtiver medidas 
protetivas de urgência no Juízo cível de seu novo domicílio, não ocorrerá prevenção nem modificação de 
competência para a análise de feito criminal 
Tese 05 
Compete à Vara Especializada da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher julgar pedido incidental de 
natureza civil, realizado em medida protetiva de urgência, que envolva autorização para viagem ao exterior e 
guarda unilateral de infante. 
Tese 06 
O Código de Processo Penal e a Lei Maria da Penha não fixam prazo para a vigência das medidas protetivas 
de urgência, entretanto sua duração temporal deve ser pautada pelo princípio da razoabilidade, pois não é 
possível a eternização da restrição a direitos individuais. 
Tese 07 
É indevida a manutenção de medidas protetivas de urgência na hipótese de conclusão do inquérito policial 
sem indiciamento do acusado. 
Tese 08 
Não é cabível a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos no crime de 
descumprimento de medidas protetivas de urgência, haja vista que um dos bens jurídicos tutelados é a 
integridade física e psíquica da mulher em favor de quem se fixaram tais medidas. 
Tese 09 
O descumprimento de ordem judicial que impõe medida protetiva de urgência em favor de vítima de violência 
doméstica autoriza decretação da prisão preventiva. 
Tese 10 
Cabe habeas corpus para apurar eventual ilegalidade na fixação de medida protetiva de urgência consistente 
na proibição de aproximar-se de vítima de violência doméstica e familiar, pois limita a liberdade de ir e vir do 
paciente. 
 
STJ – Teses Sobre Julgamentos com Perspectiva de Gênero – Edição 209 
Tese 01 
Para a configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria 
da Penha) não se exige a coabitação entre autor e vítima. 
Tese 02 
A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública 
incondicionada 
Tese 03 
É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados contra a mulher no 
âmbito das relações domésticas. 
Tese 04 
A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente 
doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos 
Tese 05 
A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao 
rito da Lei Maria da Penha. 
Tese 06 
A vulnerabilidade, hipossuficiência ou fragilidade da mulher têm-se como presumidas nas circunstâncias 
descritas na Lei n. 11.340/2006. 
Tese 07 
As medidas protetivas previstas na Lei n. 11.340/2006 são aplicáveis às minorias, como transexuais, 
transgêneros, cisgêneros e travestis em situação de violência doméstica, afastado o aspecto meramente 
biológico. 
Tese 08 
A pessoa transgênero tem direito fundamental subjetivo à alteração de seu prenome e de sua classificação 
de gênero no registro civil independentemente da realização de cirurgia de transgenitalização. 
Tese 09 
A exposição pornográfica de imagem, sem o consentimento da vítima, viola os direitos da personalidade com 
propensão a configurar grave forma de violência de gênero. 
Tese 10 
Tipifica-se como "conduta escandalosa" o comportamento praticado por servidor público que, dolosamente, 
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Lei Maria da Penha – Legislação Esquematizada 
 
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produz e armazena, sem consentimento, por meio de câmera escondida, vídeos de alunas, de servidoras 
e/ou de funcionárias terceirizadas, no ambiente de trabalho. 
 
STJ – Teses Sobre Julgamentos com Perspectiva de Gênero II – Edição 210 
Tese 01 
A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do 
ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente. 
Tese 02 
É possível a remarcação de curso de formação ou de teste de aptidão física - TAF em concurso público com 
o objetivo de proporcionar a participação de candidata gestante ou lactante à época de sua realização, 
independentemente de previsão expressa nesse sentido no edital. 
Tese 03 
O estabelecimento de critérios diferenciados para promoção de militares, em razão das peculiaridades de 
gênero, não ofende os princípios da igualdade e isonomia. 
Tese 04 
A diferenciação de critério de altura mínima entre homem e mulher para ingresso, mediante concurso, nas 
carreiras militares, por si só, não ofende o princípio da isonomia. 
Tese 05 
Não é cabível o arbitramento de aluguel em desfavor da coproprietária vítima de violência doméstica e 
familiar, que, em razão da decretação de medida protetiva de urgência, detém o uso e gozo exclusivo do 
imóvel que possui em cotitularidade com o agressor. 
Tese 06 
O resultado falso negativo de exame de DNA realizado para fins de investigação de paternidade implica 
responsabilidade objetiva do laboratório por danos morais à genitora, pois atinge de maneira grave sua 
honra e reputação. 
Tese 07 
É possível responsabilizar civilmente laboratório que distribui medicamento anticoncepcional ineficaz, sem 
princípio ativo, e, assim, frustra a opção de a consumidora escolher o melhor momento para gravidez. 
Tese 08 
É possível substituir a pena privativa de liberdade, em regime fechado ou semiaberto, por prisão domiciliar 
para as presas gestantes ou mães de menor ou de pessoa com deficiência, durante a execução provisória 
ou definitiva da pena. 
Tese 09 
A concessão de prisão domiciliar à mulher com filho de até 12 anos incompletos não está condicionada à 
comprovação da imprescindibilidade de cuidados maternos, que é legalmente presumida. 
Tese 10 
É possível o indeferimento da prisão domiciliar às presas gestantes, mães de menor ou responsáveis por 
pessoa com deficiência, após juízo de ponderação entre o direito à segurança pública e a aplicação dos 
princípios da proteção integral da criança e da pessoa com deficiência. 
Tese 11 
É possível substituir a prisão civil de devedora de alimentos em regime fechado por prisão domiciliar, pois a 
restrição de liberdade deve compatibilizar a necessidade de obter recursos financeiros para quitar a dívida 
alimentar em relação ao credor e a de suprir as necessidades básicas do outro filho, menor de 12 anos, sob 
sua guarda. 
 
STJ – Teses Sobre Julgamentos com Perspectiva de Gênero III – Edição 211 
Tese 01 
Nos casos de violência contra a mulher praticados no âmbito doméstico e familiar, é possível a fixação de 
valor mínimo indenizatório a título de dano moral, desde que haja pedido expresso da acusação ou da parte 
ofendida, ainda que não especificada a quantia, e independentemente de instrução probatória. 
Tese 02 
No âmbitoda violência doméstica e familiar contra a mulher, a indenização por dano moral é in re ipsa 
(presumido), ou seja, exsurge da própria conduta típica, independentemente de produção de prova 
específica. 
Tese 03 
É admissível a condenação do advogado a reparar os danos morais causados à parte adversária em virtude 
do uso, em ação de investigação de paternidade, de ofensas gratuitas tendentes a desqualificar a conduta, a 
imagem e a reputação da mãe biológica, dissociadas de defesa técnica, por meio de um discurso odioso, 
sexista, machista e misógino. 
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Lei Maria da Penha – Legislação Esquematizada 
 
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Tese 04 
A mulher em situação de violência doméstica pode optar pelo foro de seu domicílio ou de sua residência 
para o ajuizamento de ação de reconhecimento e dissolução de união estável. 
Tese 05 
O fator meramente etário, por si só, não é capaz de afastar a competência da vara especializada, pois, para 
a incidência do subsistema da Lei n. 11.340/2006, basta verificar se o crime foi praticado contra a mulher de 
qualquer idade no âmbito da unidade doméstica, da família ou de qualquer relação íntima de afeto. 
Tese 06 
É possível a aplicação da Lei Maria da Penha no caso de violência doméstica praticada contra empregada 
doméstica. 
Tese 07 
É possível aplicar a Lei Maria da Penha no caso de violência praticada por neto contra avó. 
Tese 08 
A prática de crime em contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher, quando vigente medida 
protetiva de urgência deferida em favor da vítima, autoriza a exasperação da pena-base. 
Tese 09 
Nos delitos praticados em contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher não é possível a 
consunção entre o crime de descumprimento de medidas protetivas de urgência e o crime de ameaça. 
Tese 10 
A aplicação da agravante prevista no art. 61, II, f, do Código Penal, de modo conjunto com outras 
disposições da Lei n. 11.340/2006 não acarreta bis in idem, pois a Lei Maria da Penha visou recrudescer o 
tratamento dado para a violência doméstica e familiar contra a mulher. 
Tese 11 
A imputação simultânea das qualificadoras de motivo torpe e de feminicídio no crime de homicídio praticado 
contra mulher em situação de violência doméstica e familiar não caracteriza bis in idem. 
Tese 12 
É inadmissível a utilização da tese da "legítima defesa da honra" como argumento no feminicídio e nos 
crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher, pois se trata de alegação discriminatória que 
contribui para a perpetuação da violência de gênero. 
Tese 13 
Para a caracterização do crime de estupro de vulnerável, basta que o agente tenha conjunção carnal ou 
pratique qualquer ato libidinoso com menina menor de 14 anos, assim, as questões atinentes ao 
consentimento da menor, a eventual experiência sexual anterior ou a existência de relacionamento amoroso 
entre agressor e vítima não afastam a ocorrência do crime. 
Tese 14 
Presente o dolo específico de satisfazer à lascívia, própria ou de terceiro, a prática de ato libidinoso com 
menina menor de 14 anos configura o crime de estupro de vulnerável, independentemente da ligeireza ou da 
superficialidade da conduta, assim não é possível a desclassificação para o delito de importunação sexual. 
Tese 15 
Os documentos nos quais conste o genitor, o cônjuge ou o companheiro como lavrador são início de prova 
material razoável para o reconhecimento da condição de rurícola da mulher, pois esta funciona como 
extensão da qualidade de segurado especial daquele. 
 
 
 
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ECA – Aspectos Penais e Processuais – Legislação Esquematizada 
 
 
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LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 
 
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. 
 
Título I 
Das Disposições Preliminares 
 
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e 
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. 
 
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre 
dezoito e vinte e um anos de idade. 
 
Aplicação do ECA 
Criança Adolescente 
Pessoa até 12 anos de idade incompletos. Pessoa entre 12 e 18 anos de idade. 
OBS: O ECA é aplicado excepcionalmente a pessoas entre 18 e 21 anos. 
 
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem 
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as 
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em 
condições de liberdade e de dignidade. 
 
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem 
discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, 
condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de 
moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. 
 
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com 
absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, 
ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e 
comunitária. 
 
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: 
 
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; 
 
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; 
 
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; 
 
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. 
 
CF/88 ECA 
CF/88. Art. 227. É dever da família, da sociedade e 
do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao 
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à 
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao 
respeito, à liberdade e à convivência familiar e 
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda 
forma de negligência, discriminação, exploração, 
violência, crueldade e opressão. 
Lei 8.069/90. Art. 4º É dever da família, da 
comunidade, da sociedade em geral e do poder 
público assegurar, com absoluta prioridade, a 
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à 
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, 
à liberdade e à convivência familiar e comunitária. 
 
 
 
 
 
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ECA – Aspectos Penais e Processuais – Legislação Esquematizada 
 
 
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Direito a Proteção Especial - Aspectos 
CF/88. Art. 227. § 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos: 
 
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII; 
 
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; 
 
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola; 
 
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação 
processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica; 
 
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa 
em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativada liberdade; 
 
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da 
lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado; 
 
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao jovem 
dependente de entorpecentes e drogas afins. 
 
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos 
seus direitos fundamentais. 
 
Título II 
Dos Direitos Fundamentais 
 
Capítulo I 
Do Direito à Vida e à Saúde 
 
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas 
sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas 
de existência. 
 
Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento 
materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade. 
 
§ 1º Os profissionais das unidades primárias de saúde desenvolverão ações sistemáticas, individuais ou coletivas, 
visando ao planejamento, à implementação e à avaliação de ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento 
materno e à alimentação complementar saudável, de forma contínua. 
 
§ 2º Os serviços de unidades de terapia intensiva neonatal deverão dispor de banco de leite humano ou unidade 
de coleta de leite humano. 
 
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: 
 
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais; 
 
II - opinião e expressão; 
 
III - crença e culto religioso; 
 
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; 
 
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação; 
 
VI - participar da vida política, na forma da lei; 
 
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação. 
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ECA – Aspectos Penais e Processuais – Legislação Esquematizada 
 
 
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Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do 
adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, 
dos espaços e objetos pessoais. 
 
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer 
tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. 
 
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de 
tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos 
pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas 
socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. 
 
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se: 
 
I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou 
o adolescente que resulte em: 
 
a) sofrimento físico; ou 
 
b) lesão; 
 
II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao 
adolescente que: 
 
a) humilhe; ou 
 
b) ameace gravemente; ou 
 
c) ridicularize. 
 
Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos executores de 
medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, 
educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de 
correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções 
cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: 
 
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; 
 
II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; 
 
III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; 
 
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; 
 
V - advertência. 
 
VI - garantia de tratamento de saúde especializado à vítima. (Lei 14.344/22) 
 
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras 
providências legais. 
 
Capítulo III - Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária 
 
Seção I - Disposições Gerais 
 
Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, 
em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu 
desenvolvimento integral. 
 
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§ 1º Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá 
sua situação reavaliada, no máximo, a cada 3 meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em 
relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela 
possibilidade de reintegração familiar ou pela colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades 
previstas no art. 28 desta Lei. 
 
§ 2º A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará 
por mais de 18, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente 
fundamentada pela autoridade judiciária. 
 
§ 3º A manutenção ou a reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a 
qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em serviços e programas de proteção, apoio e 
promoção, nos termos do § 1 o do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do 
art. 129 desta Lei. 
 
§ 4º Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio 
de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade 
responsável, independentemente de autorização judicial. 
 
§ 5º Será garantida a convivência integral da criança com a mãe adolescente que estiver em acolhimento 
institucional. 
 
§ 6º A mãe adolescente será assistida por equipe especializada multidisciplinar. 
 
Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o 
nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude. 
 
§ 1º A gestante ou mãe será ouvida pela equipe interprofissional da Justiça da Infância e da Juventude, que 
apresentará relatório à autoridade judiciária, considerando inclusive os eventuais efeitos do estado gestacional e 
puerperal. 
 
§ 2º De posse do relatório, a autoridade judiciária poderá determinar o encaminhamento da gestante ou mãe, 
mediante sua expressa concordância, à rede pública de saúde e assistência social para atendimento 
especializado. 
 
§ 3º A busca à família extensa, conforme definida nos termos do parágrafo único do art. 25 desta Lei, respeitará o 
prazo máximo de 90 dias, prorrogável por igual período. 
 
§ 4º Na hipótese de não haver a indicação do genitor e de não existir outro representante da família extensa apto 
a receber a guarda, a autoridade judiciária competente deverá decretar a extinção do poder familiar e determinar a 
colocação da criança sob a guarda provisória de quem estiver habilitado a adotá-la ou de entidade que desenvolva 
programa de acolhimento familiar ou institucional.§ 5º Após o nascimento da criança, a vontade da mãe ou de ambos os genitores, se houver pai registral ou pai 
indicado, deve ser manifestada na audiência a que se refere o § 1 o do art. 166 desta Lei, garantido o sigilo sobre 
a entrega. 
 
§ 6º Na hipótese de não comparecerem à audiência nem o genitor nem representante da família extensa para 
confirmar a intenção de exercer o poder familiar ou a guarda, a autoridade judiciária suspenderá o poder familiar 
da mãe, e a criança será colocada sob a guarda provisória de quem esteja habilitado a adotá-la. 
 
§ 7º Os detentores da guarda possuem o prazo de 15 (quinze) dias para propor a ação de adoção, contado do dia 
seguinte à data do término do estágio de convivência. 
 
§ 8º Na hipótese de desistência pelos genitores - manifestada em audiência ou perante a equipe interprofissional - 
da entrega da criança após o nascimento, a criança será mantida com os genitores, e será determinado pela 
Justiça da Infância e da Juventude o acompanhamento familiar pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias. 
 
§ 9º É garantido à mãe o direito ao sigilo sobre o nascimento, respeitado o disposto no art. 48 desta Lei. 
 
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§ 10. Serão cadastrados para adoção recém-nascidos e crianças acolhidas não procuradas por suas famílias no 
prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir do dia do acolhimento. 
 
Art. 19-B. A criança e o adolescente em programa de acolhimento institucional ou familiar poderão participar de 
programa de apadrinhamento. 
 
§ 1º O apadrinhamento consiste em estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente vínculos externos à 
instituição para fins de convivência familiar e comunitária e colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos 
social, moral, físico, cognitivo, educacional e financeiro. 
 
§ 2º Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18 anos não inscritas nos cadastros de adoção, 
desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte. 
 
§ 3º Pessoas jurídicas podem apadrinhar criança ou adolescente a fim de colaborar para o seu 
desenvolvimento. 
 
§ 4º O perfil da criança ou do adolescente a ser apadrinhado será definido no âmbito de cada programa de 
apadrinhamento, com prioridade para crianças ou adolescentes com remota possibilidade de reinserção 
familiar ou colocação em família adotiva. 
 
§ 5º Os programas ou serviços de apadrinhamento apoiados pela Justiça da Infância e da Juventude poderão ser 
executados por órgãos públicos ou por organizações da sociedade civil. 
 
§ 6º Se ocorrer violação das regras de apadrinhamento, os responsáveis pelo programa e pelos serviços de 
acolhimento deverão imediatamente notificar a autoridade judiciária competente. 
 
Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e 
qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. 
 
Art. 21. O pátrio poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que 
dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordância, recorrer à 
autoridade judiciária competente para a solução da divergência. 
 
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no 
interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais. 
 
Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm direitos iguais e deveres e responsabilidades 
compartilhados no cuidado e na educação da criança, devendo ser resguardado o direito de transmissão familiar 
de suas crenças e culturas, assegurados os direitos da criança estabelecidos nesta Lei. 
 
Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão 
do pátrio poder familiar. 
 
§ 1º Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o adolescente será 
mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em serviços e programas oficiais 
de proteção, apoio e promoção. 
 
§ 2º A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto na hipótese de 
condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar 
ou contra filho, filha ou outro descendente. 
 
Art. 24. A perda e a suspensão do pátrio poder familiar serão decretadas judicialmente, em procedimento 
contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de descumprimento injustificado dos 
deveres e obrigações a que alude o art. 22. 
 
Seção II 
Da Família Natural 
 
Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus 
descendentes. 
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Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade 
pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente 
convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. 
 
Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, 
no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que 
seja a origem da filiação. 
 
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou suceder-lhe ao falecimento, se 
deixar descendentes. 
 
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo 
ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça. 
 
Seção III 
Da Família Substituta 
 
Subseção I 
Disposições Gerais 
 
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da 
situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei. 
 
§ 1º Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe interprofissional, 
respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua 
opinião devidamente considerada. 
 
§ 2º Tratando-se de maior de 12 anos de idade, será necessário seu consentimento, colhido em audiência. 
 
§ 3º Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de afinidade ou de 
afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida. 
 
§ 4º Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família substituta, ressalvada 
a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que justifique plenamente a excepcionalidade de 
solução diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais. 
 
§ 5º A colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua preparação gradativa e 
acompanhamento posterior, realizados pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da 
Juventude, preferencialmente com o apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de 
garantia do direito à convivência familiar. 
 
§ 6º Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou proveniente de comunidade remanescente de 
quilombo, é ainda obrigatório: 
 
I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural, os seus costumes e tradições, bem 
como suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais reconhecidospor 
esta Lei e pela Constituição Federal; 
 
II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua comunidade ou junto a membros da mesma 
etnia; 
 
III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável pela política indigenista, no caso de 
crianças e adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a equipe interprofissional ou multidisciplinar que irá 
acompanhar o caso. 
 
Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente admissível na 
modalidade de adoção. 
 
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101 
Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério 
Público. 
 
Subseção III 
Da Tutela 
 
Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 anos incompletos. 
 
Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do pátrio poder 
familiar e implica necessariamente o dever de guarda. 
 
Subseção IV 
Da Adoção 
 
Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta Lei. 
 
§ 1º A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os 
recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa, na forma do parágrafo único 
do art. 25 desta Lei. 
 
§ 2º É vedada a adoção por procuração. 
 
§ 3º Em caso de conflito entre direitos e interesses do adotando e de outras pessoas, inclusive seus pais 
biológicos, devem prevalecer os direitos e os interesses do adotando. 
 
Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a 
guarda ou tutela dos adotantes. 
 
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive 
sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. 
 
§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado 
e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes. 
 
§ 2º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o adotante, seus ascendentes, 
descendentes e colaterais até o 4º grau, observada a ordem de vocação hereditária. 
 
Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 anos, independentemente do estado civil. 
 
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando. 
 
§ 2º Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união 
estável, comprovada a estabilidade da família. 
 
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando. 
 
§ 4º Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar conjuntamente, contanto 
que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na 
constância do período de convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade 
com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão. 
 
Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no registro civil mediante 
mandado do qual não se fornecerá certidão. 
 
Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o pátrio poder familiar dos pais naturais. 
 
Art. 52-A. É vedado, sob pena de responsabilidade e descredenciamento, o repasse de recursos provenientes de 
organismos estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de adoção internacional a organismos nacionais ou 
a pessoas físicas. 
 
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Parágrafo único. Eventuais repasses somente poderão ser efetuados via Fundo dos Direitos da Criança e do 
Adolescente e estarão sujeitos às deliberações do respectivo Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente 
 
Capítulo IV 
Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer 
 
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, 
preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: 
 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
 
II - direito de ser respeitado por seus educadores; 
 
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores; 
 
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis; 
 
V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento 
a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica. 
 
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da 
definição das propostas educacionais. 
 
STF/ADI 7.149/RJ 
É constitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que determina a reserva de vagas, no mesmo 
estabelecimento de ensino, para irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo escolar, pois disciplina 
medida que visa consolidar políticas públicas de acesso ao sistema educacional e do maior convívio familiar 
possível. 
 
Art. 53-A. É dever da instituição de ensino, clubes e agremiações recreativas e de estabelecimentos congêneres 
assegurar medidas de conscientização, prevenção e enfrentamento ao uso ou dependência de drogas 
ilícitas. 
 
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: 
 
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; 
 
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; 
 
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular 
de ensino; 
 
IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade; 
 
STF/RE 1.008.166/SC 
1. A educação básica em todas as suas fases — educação infantil, ensino fundamental e ensino médio 
constitui direito fundamental de todas as crianças e jovens, assegurado por normas constitucionais de 
eficácia plena e aplicabilidade direta e imediata. 
 
2. A educação infantil compreende creche (de zero a 3 anos) e a pré-escola (de 4 a 5 anos). Sua oferta pelo 
Poder Público pode ser exigida individualmente, como no caso examinado neste processo. 
 
3. O Poder Público tem o dever jurídico de dar efetividade integral às normas constitucionais sobre acesso à 
educação básica. 
 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada 
um; 
 
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador; 
 
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VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, 
transporte, alimentação e assistência à saúde. 
 
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. 
 
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa 
responsabilidade da autoridade competente. 
 
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, 
junto aos pais ou responsável, pela frequência à escola. 
 
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos classificados como 
adequados à sua faixa etária. 
 
Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e permanecer nos locais de 
apresentação ou exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável. 
 
Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exibirão, no horário recomendado para o público infanto 
juvenil, programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas. 
 
Parágrafo único. Nenhum espetáculo será apresentado ou anunciado sem aviso de sua classificação, antes de 
sua transmissão, apresentação ou exibição. 
 
Art. 78. As revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a crianças e adolescentes 
deverão ser comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência de seu conteúdo. 
 
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas que contenham mensagens pornográficas ou obscenas 
sejam protegidas com embalagem opaca. 
 
Seção II 
Dos Produtos e Serviços 
 
Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de: 
 
I - armas, munições e explosivos; 
 
II - bebidas alcoólicas; 
 
III - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda que por utilização indevida; 
 
IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de 
provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida; 
 
V - revistas e publicações a que alude o art. 78; 
 
VI - bilhetes lotéricos e equivalentes. 
 
Art. 82. É proibida a hospedagem de criança ou adolescente em hotel, motel, pensão ou estabelecimento 
congênere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsável. 
 
Seção III 
Da Autorização para Viajar 
 
Art. 83. Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 anos poderá viajar para fora da comarca onde reside 
desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem expressa autorização judicial. 
 
§ 1º A autorização não será exigida quando: 
 
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104 
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança ou do adolescente menor de 16 anos, se na mesma 
unidade da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana; 
 
b) a criança ou o adolescente menor de 16 anos estiver acompanhado: 
 
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco; 
 
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável. 
 
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder autorização válida por dois 
anos. 
 
Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se a criança ou adolescente: 
 
I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável; 
 
II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através de documento com 
firma reconhecida. 
 
Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou adolescente nascido em território 
nacional poderá sair do País em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior. 
 
Autorização para Viajar 
Precisa de Autorização Não Precisa de Autorização 
Criança ou adolescente menor de 16 anos que 
viajar para fora da comarca onde reside 
desacompanhado dos pais ou dos responsáveis. 
A autorização não será exigida quando: 
 
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da 
criança ou do adolescente menor de 16 anos, se na 
mesma unidade da Federação, ou incluída na 
mesma região metropolitana; 
 
b) a criança ou o adolescente menor de 16 anos 
estiver acompanhado: 
 
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro 
grau, comprovado documentalmente o parentesco; 
 
2) de pessoa maior, expressamente autorizada 
pelo pai, mãe ou responsável. 
 
Viagem para fora do País 
Precisa de Autorização Não Precisa de Autorização 
Sem prévia e expressa autorização judicial, 
nenhuma criança ou adolescente nascido em 
território nacional poderá sair do País em companhia 
de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior. 
A autorização é dispensável, se a criança ou 
adolescente: 
 
I - estiver acompanhado de ambos os pais ou 
responsável; 
 
II - viajar na companhia de um dos pais, 
autorizado expressamente pelo outro através de 
documento com firma reconhecida. 
 
Art. 89. A função de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e municipais dos direitos da criança 
e do adolescente é considerada de interesse público relevante e não será remunerada. 
 
Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de acolhimento familiar ou institucional deverão adotar os 
seguintes princípios: 
 
I - preservação dos vínculos familiares e promoção da reintegração familiar; 
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105 
 
II - integração em família substituta, quando esgotados os recursos de manutenção na família natural ou extensa; 
 
III - atendimento personalizado e em pequenos grupos; 
 
IV - desenvolvimento de atividades em regime de coeducação; 
 
V - não desmembramento de grupos de irmãos; 
 
VI - evitar, sempre que possível, a transferência para outras entidades de crianças e adolescentes abrigados; 
 
VII - participação na vida da comunidade local; 
 
VIII - preparação gradativa para o desligamento; 
 
IX - participação de pessoas da comunidade no processo educativo. 
 
§ 1º O dirigente de entidade que desenvolve programa de acolhimento institucional é equiparado ao guardião, 
para todos os efeitos de direito. 
 
§ 2º Os dirigentes de entidades que desenvolvem programas de acolhimento familiar ou institucional remeterão à 
autoridade judiciária, no máximo a cada 6 meses, relatório circunstanciado acerca da situação de cada criança ou 
adolescente acolhido e sua família, para fins da reavaliação prevista no § 1 o do art. 19 desta Lei. 
 
§ 3º Os entes federados, por intermédio dos Poderes Executivo e Judiciário, promoverão conjuntamente a 
permanente qualificação dos profissionais que atuam direta ou indiretamente em programas de acolhimento 
institucional e destinados à colocação familiar de crianças e adolescentes, incluindo membros do Poder Judiciário, 
Ministério Público e Conselho Tutelar. 
 
§ 4º Salvo determinação em contrário da autoridade judiciária competente, as entidades que desenvolvem 
programas de acolhimento familiar ou institucional, se necessário com o auxílio do Conselho Tutelar e dos órgãos 
de assistência social, estimularão o contato da criança ou adolescente com seus pais e parentes, em cumprimento 
ao disposto nos incisos I e VIII do caput deste artigo. 
 
§ 5º As entidades que desenvolvem programas de acolhimento familiar ou institucional somente poderão receber 
recursos públicos se comprovado o atendimento dos princípios, exigências e finalidades desta Lei. 
 
§ 6º O descumprimento das disposições desta Lei pelo dirigente de entidade que desenvolva programas de 
acolhimento familiar ou institucional é causa de sua destituição, sem prejuízo da apuração de sua 
responsabilidade administrativa, civil e criminal. 
 
§ 7º Quando se tratar de criança de 0 a 3 anos em acolhimento institucional, dar-se-á especial atenção à atuação 
de educadores de referência estáveis e qualitativamente significativos, às rotinas específicas e ao atendimento 
das necessidades básicas, incluindo as de afeto como prioritárias. 
 
Art. 93. As entidades que mantenham programa de acolhimento institucional poderão, em caráter excepcional e 
de urgência, acolher crianças e adolescentes sem prévia determinação da autoridade competente, fazendo 
comunicação do fato em até 24 horas aoJuiz da Infância e da Juventude, sob pena de responsabilidade. 
 
Parágrafo único. Recebida a comunicação, a autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público e se necessário 
com o apoio do Conselho Tutelar local, tomará as medidas necessárias para promover a imediata reintegração 
familiar da criança ou do adolescente ou, se por qualquer razão não for isso possível ou recomendável, para seu 
encaminhamento a programa de acolhimento familiar, institucional ou a família substituta, observado o disposto no 
§ 2º do art. 101 desta Lei. 
 
Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de internação têm as seguintes obrigações, entre outras: 
 
I - observar os direitos e garantias de que são titulares os adolescentes; 
 
II - não restringir nenhum direito que não tenha sido objeto de restrição na decisão de internação; 
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106 
 
III - oferecer atendimento personalizado, em pequenas unidades e grupos reduzidos; 
 
IV - preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito e dignidade ao adolescente; 
 
V - diligenciar no sentido do restabelecimento e da preservação dos vínculos familiares; 
 
VI - comunicar à autoridade judiciária, periodicamente, os casos em que se mostre inviável ou impossível o 
reatamento dos vínculos familiares; 
 
VII - oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança e 
os objetos necessários à higiene pessoal; 
 
VIII - oferecer vestuário e alimentação suficientes e adequados à faixa etária dos adolescentes atendidos; 
 
IX - oferecer cuidados médicos, psicológicos, odontológicos e farmacêuticos; 
 
X - propiciar escolarização e profissionalização; 
 
XI - propiciar atividades culturais, esportivas e de lazer; 
 
XII - propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de acordo com suas crenças; 
 
XIII - proceder a estudo social e pessoal de cada caso; 
 
XIV - reavaliar periodicamente cada caso, com intervalo máximo de seis meses, dando ciência dos resultados 
à autoridade competente; 
 
XV - informar, periodicamente, o adolescente internado sobre sua situação processual; 
 
XVI - comunicar às autoridades competentes todos os casos de adolescentes portadores de moléstias 
infectocontagiosas; 
 
XVII - fornecer comprovante de depósito dos pertences dos adolescentes; 
 
XVIII - manter programas destinados ao apoio e acompanhamento de egressos; 
 
XIX - providenciar os documentos necessários ao exercício da cidadania àqueles que não os tiverem; 
 
XX - manter arquivo de anotações onde constem data e circunstâncias do atendimento, nome do adolescente, 
seus pais ou responsável, parentes, endereços, sexo, idade, acompanhamento da sua formação, relação de seus 
pertences e demais dados que possibilitem sua identificação e a individualização do atendimento. 
 
§ 1º Aplicam-se, no que couber, as obrigações constantes deste artigo às entidades que mantêm programas de 
acolhimento institucional e familiar. 
 
§ 2º No cumprimento das obrigações a que alude este artigo as entidades utilizarão preferencialmente os recursos 
da comunidade. 
 
Título II 
Das Medidas de Proteção 
 
Capítulo I 
Disposições Gerais 
 
Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos 
nesta Lei forem ameaçados ou violados: 
 
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; 
 
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107 
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável; 
 
III - em razão de sua conduta. 
 
Capítulo II 
Das Medidas Específicas de Proteção 
 
Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como 
substituídas a qualquer tempo. 
 
Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas 
que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. 
 
Parágrafo único. São também princípios que regem a aplicação das medidas: 
 
I - condição da criança e do adolescente como sujeitos de direitos: crianças e adolescentes são os titulares 
dos direitos previstos nesta e em outras Leis, bem como na Constituição Federal; 
 
II - proteção integral e prioritária: a interpretação e aplicação de toda e qualquer norma contida nesta Lei deve 
ser voltada à proteção integral e prioritária dos direitos de que crianças e adolescentes são titulares; 
 
III - responsabilidade primária e solidária do poder público: a plena efetivação dos direitos assegurados a 
crianças e a adolescentes por esta Lei e pela Constituição Federal, salvo nos casos por esta expressamente 
ressalvados, é de responsabilidade primária e solidária das 3 esferas de governo, sem prejuízo da municipalização 
do atendimento e da possibilidade da execução de programas por entidades não governamentais; 
 
IV - interesse superior da criança e do adolescente: a intervenção deve atender prioritariamente aos interesses 
e direitos da criança e do adolescente, sem prejuízo da consideração que for devida a outros interesses legítimos 
no âmbito da pluralidade dos interesses presentes no caso concreto; 
 
V - privacidade: a promoção dos direitos e proteção da criança e do adolescente deve ser efetuada no respeito 
pela intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida privada; 
 
VI - intervenção precoce: a intervenção das autoridades competentes deve ser efetuada logo que a situação de 
perigo seja conhecida; 
 
VII - intervenção mínima: a intervenção deve ser exercida exclusivamente pelas autoridades e instituições cuja 
ação seja indispensável à efetiva promoção dos direitos e à proteção da criança e do adolescente; 
 
VIII - proporcionalidade e atualidade: a intervenção deve ser a necessária e adequada à situação de perigo em 
que a criança ou o adolescente se encontram no momento em que a decisão é tomada; 
 
IX - responsabilidade parental: a intervenção deve ser efetuada de modo que os pais assumam os seus deveres 
para com a criança e o adolescente; 
 
X - prevalência da família: na promoção de direitos e na proteção da criança e do adolescente deve ser dada 
prevalência às medidas que os mantenham ou reintegrem na sua família natural ou extensa ou, se isso não for 
possível, que promovam a sua integração em família adotiva; 
 
XI - obrigatoriedade da informação: a criança e o adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento e 
capacidade de compreensão, seus pais ou responsável devem ser informados dos seus direitos, dos motivos que 
determinaram a intervenção e da forma como esta se processa; 
 
XII - oitiva obrigatória e participação: a criança e o adolescente, em separado ou na companhia dos pais, de 
responsável ou de pessoa por si indicada, bem como os seus pais ou responsável, têm direito a ser ouvidos e a 
participar nos atos e na definição da medida de promoção dos direitos e de proteção, sendo sua opinião 
devidamente considerada pela autoridade judiciária competente, observado o disposto nos §§ 1 o e 2 o do art. 28 
desta Lei. 
 
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108 
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente poderá determinar, 
dentre outras, as seguintes medidas: 
 
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; 
 
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários; 
 
III - matrícula e frequênciaobrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; 
 
IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da 
criança e do adolescente; 
 
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; 
 
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; 
 
VII - acolhimento institucional; 
 
VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar; 
IX - colocação em família substituta. 
 
ATENÇÃO! 
As Medidas de Proteção são aplicáveis às crianças e aos adolescentes. 
 
§ 1º O acolhimento institucional e o acolhimento familiar são medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis 
como forma de transição para reintegração familiar ou, não sendo esta possível, para colocação em família 
substituta, não implicando privação de liberdade. 
 
Título III 
Da Prática de Ato Infracional 
 
Capítulo I 
Disposições Gerais 
 
Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal. 
 
Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei. 
 
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato. 
 
Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas previstas no art. 101. 
 
STJ/Súmula 108 
A aplicação de medida socioeducativa ao adolescente, pela prática de ato infracional, é de competência 
exclusiva do juiz. 
 
Capítulo II 
Dos Direitos Individuais 
 
Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem 
escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente. 
 
Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser 
informado acerca de seus direitos. 
 
Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local onde se encontra recolhido serão incontinenti 
comunicados à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada. 
 
Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e sob pena de responsabilidade, a possibilidade de liberação 
imediata. 
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109 
 
Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de quarenta e cinco dias. 
 
Parágrafo único. A decisão deverá ser fundamentada e basear-se em indícios suficientes de autoria e 
materialidade, demonstrada a necessidade imperiosa da medida. 
 
Internação do Adolescente Infrator 
Antes da Sentença Após a Sentença 
Prazo determinado: No máximo 45 dias. 
Prazo indeterminado, no entanto, não é possível 
exceder 03 anos. 
Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser 
determinada pelo prazo máximo de quarenta e 
cinco dias. 
Art. 121. § 2º A medida não comporta prazo 
determinado, devendo sua manutenção ser 
reavaliada, mediante decisão fundamentada, no 
máximo a cada seis meses. 
 
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de 
internação excederá a três anos. 
 
Internação Prazos 
Provisória (Antes da Sentença) Até 45 dias. 
Por Descumprimento Reiterado e Injustificável Até 03 meses. 
Definitiva (Após a Sentença) Até 03 anos. 
 
Art. 109. O adolescente civilmente identificado não será submetido a identificação compulsória pelos órgãos 
policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de confrontação, havendo dúvida fundada. 
 
STJ/RHC 13.435/AC 
I — O prazo de internação provisória de menor infrator não pode ultrapassar aquele previsto no Estatuto da 
Criança e do Adolescente – 45 dias – sob pena de se contrariar o propósito da Legislação do Menor, que 
pretende a celeridade dos processos e a internação como medida adotada apenas excepcionalmente. 
 
II — Configura-se o constrangimento ilegal se verificado que, através de sucessivas prorrogações do 
período de internação provisória, este excede o prazo máximo permitido pela legislação especial. 
Precedente. 
 
III — Recurso provido, para determinar a desinternação do menor. 
 
STJ/HC 105.723/MS 
O prazo para internação provisória de menor é de quarenta e cinco dias, conforme determina o Estatuto da 
Criança e do Adolescente, não se admitindo a permanência da custódia do agente por injustificáveis três 
meses, sem sentença. A periculosidade abstrata do agente, assim como a probabilidade de prática de 
novos crimes, sem fundamento concreto, não serve como embasamento para manutenção da 
internação provisória do menor, por tempo indeterminado. Ordem concedida, salvo se o paciente estiver 
internado por outro motivo. 
 
Capítulo III 
Das Garantias Processuais 
 
Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o devido processo legal. 
 
Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes garantias: 
 
I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação ou meio equivalente; 
 
II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas e produzir todas as 
provas necessárias à sua defesa; 
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110 
 
III - defesa técnica por advogado; 
 
IV - assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei; 
 
V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente; 
 
VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer fase do procedimento. 
 
Capítulo IV 
Das Medidas Socioeducativas 
 
Seção I 
Disposições Gerais 
 
ATENÇÃO! 
As Medidas socioeducativas não se aplicam às crianças, mas apenas aos adolescentes e, 
excepcionalmente, aos Jovens adultos entre 18 e 21 anos. 
 
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as 
seguintes medidas: (Rol Taxativo) 
 
I - advertência; 
 
II - obrigação de reparar o dano; 
 
III - prestação de serviços à comunidade; 
 
IV - liberdade assistida; 
 
V - inserção em regime de semiliberdade; 
 
VI - internação em estabelecimento educacional; 
 
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI. 
 
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a 
gravidade da infração. 
 
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de trabalho forçado. 
 
§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão tratamento individual e especializado, 
em local adequado às suas condições. 
 
Art. 113. Aplica-se a este Capítulo o disposto nos arts. 99 e 100. 
 
Art. 114. A imposição das medidas previstas nos incisos II a VI do art. 112 pressupõe a existência de provas 
suficientes da autoria e da materialidade da infração, ressalvada a hipótese de remissão, nos termos do art. 127. 
 
Parágrafo único. A advertência poderá ser aplicada sempre que houver prova da materialidade e indícios 
suficientes da autoria. 
 
STJ/Súmula 268 
É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da medida socioeducativa. 
 
Seção II 
Da Advertência 
 
Art. 115. A advertência consistirá em admoestação verbal, que será reduzida a termo e assinada. 
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111 
 
Seção III 
Da Obrigação de Reparar o Dano 
 
Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá determinar,se for o 
caso, que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou, por outra forma, compense o 
prejuízo da vítima. 
 
Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída por outra adequada. 
 
Seção IV 
Da Prestação de Serviços à Comunidade 
 
Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste na realização de tarefas gratuitas de interesse geral, 
por período não excedente a seis meses, junto a entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros 
estabelecimentos congêneres, bem como em programas comunitários ou governamentais. 
 
Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as aptidões do adolescente, devendo ser cumpridas 
durante jornada máxima de oito horas semanais, aos sábados, domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a 
não prejudicar a frequência à escola ou à jornada normal de trabalho. 
 
Seção V 
Da Liberdade Assistida 
 
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada para o fim de 
acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente. 
 
§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual poderá ser recomendada por 
entidade ou programa de atendimento. 
 
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a qualquer tempo ser 
prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o Ministério Público e o defensor. 
 
STJ/HC 147.318/SP 
A diretriz jurisprudencial desta Corte assentou a orientação de que, para o cálculo do prazo prescricional da 
pretensão socioeducativa, caso a medida tenha sido aplicada sem termo final, será utilizado o prazo 
máximo de duração da medida de internação, que, conforme disposto no art. 121 , § 3º , do Estatuto da 
Criança e do Adolescente , é de 3 anos. 
 
Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão da autoridade competente, a realização dos 
seguintes encargos, entre outros: 
 
I - promover socialmente o adolescente e sua família, fornecendo-lhes orientação e inserindo-os, se necessário, 
em programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência social; 
 
II - supervisionar a frequência e o aproveitamento escolar do adolescente, promovendo, inclusive, sua matrícula; 
 
III - diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente e de sua inserção no mercado de trabalho; 
 
IV - apresentar relatório do caso. 
 
Seção VI 
Do Regime de Semiliberdade 
 
Art. 120. O regime de semiliberdade pode ser determinado desde o início, ou como forma de transição para o 
meio aberto, possibilitada a realização de atividades externas, independentemente de autorização judicial. 
 
§ 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo, sempre que possível, ser utilizados os 
recursos existentes na comunidade. 
 
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112 
§ 2º A medida não comporta prazo determinado aplicando-se, no que couber, as disposições relativas à 
internação. 
 
Seção VII 
Da Internação 
 
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, 
excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. 
 
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa 
determinação judicial em contrário. 
 
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão 
fundamentada, no máximo a cada seis meses. 
 
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos. 
 
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o adolescente deverá ser liberado, colocado em regime 
de semi-liberdade ou de liberdade assistida. 
 
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade. 
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autorização judicial, ouvido o Ministério Público. 
 
§ 7º A determinação judicial mencionada no § 1 o poderá ser revista a qualquer tempo pela autoridade judiciária. 
 
STJ/Súmula 338 
A prescrição penal é aplicável nas medidas socioeducativas. 
 
STJ/Súmula 492 
O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente à imposição de 
medida socioeducativa de internação do adolescente. 
 
STJ/HC 78.371 RJ 
1. Esta Corte de Justiça firmou o entendimento de que "A prescrição penal é aplicável nas medidas sócio-
educativas" (Súmula 338/STJ). 
 
2. Sedimentou-se, ainda, a orientação de que o prazo prescricional deve ter por parâmetro, tratando-se de 
medida socioeducativa aplicada sem termo, a duração máxima da medida de internação (três anos), 
ou, havendo termo, a duração da medida socioeducativa estabelecida pela sentença. 
 
3. No caso, não restou demonstrada a ocorrência da alegada prescrição, uma vez que a sentença transitou 
em julgado em 17/12/03, portanto, ainda, não transcorrido o lapso temporal de quatro anos, persistindo a 
razão de ser da aplicação da referida medida socioeducativa. 
 
Medida Socioeducativa – Parâmetro do Prazo Prescricional 
Aplicada Sem Termo Aplicada Com Termo 
Prazo de duração máxima da medida de 
internação (três anos). 
Prazo de duração da medida socioeducativa 
estabelecida pela sentença. 
 
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando: 
 
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa; 
 
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves; 
 
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta. 
 
§ 1º O prazo de internação na hipótese do inciso III (descumprimento reiterado e injustificável) deste artigo não 
poderá ser superior a 3 meses, devendo ser decretada judicialmente após o devido processo legal. 
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113 
 
§ 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida adequada. 
 
Internação Prazos 
Provisória (Antes da Sentença) Até 45 dias. 
Por Descumprimento Reiterado e Injustificável Até 03 meses. 
Definitiva (Após a Sentença) Até 03 anos. 
 
Art. 123. A internação deverá ser cumprida em entidade exclusiva para adolescentes, em local distinto daquele 
destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por critérios de idade, compleição física e gravidade da 
infração. 
 
Parágrafo único. Durante o período de internação, inclusive provisória, serão obrigatórias atividades pedagógicas. 
 
Art. 124. São direitos do adolescente privado de liberdade, entre outros, os seguintes: 
 
I - entrevistar-se pessoalmente com o representante do Ministério Público; 
 
II - peticionar diretamente a qualquer autoridade; 
 
III - avistar-se reservadamente com seu defensor; 
 
IV - ser informado de sua situação processual, sempre que solicitada; 
 
V - ser tratado com respeito e dignidade; 
 
VI - permanecer internado na mesma localidade ou naquela mais próxima ao domicílio de seus pais ou 
responsável; 
 
VII - receber visitas, ao menos, semanalmente; 
 
VIII - corresponder-se com seus familiares e amigos; 
 
IX - ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio pessoal; 
 
X - habitar alojamento em condições adequadas de higiene e salubridade; 
 
XI - receber escolarização e profissionalização; 
 
XII - realizar atividades culturais, esportivas e de lazer: 
 
XIII - ter acesso aos meios de comunicação social; 
 
XIV - receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e desde que assim o deseje; 
 
XV - manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de local seguro para guardá-los, recebendo comprovante 
daqueles porventura depositados empoder da entidade; 
 
XVI - receber, quando de sua desinternação, os documentos pessoais indispensáveis à vida em sociedade. 
 
§ 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade. 
 
§ 2º A autoridade judiciária poderá suspender temporariamente a visita, inclusive de pais ou responsável, se 
existirem motivos sérios e fundados de sua prejudicialidade aos interesses do adolescente. 
 
Art. 125. É dever do Estado zelar pela integridade física e mental dos internos, cabendo-lhe adotar as medidas 
adequadas de contenção e segurança. 
 
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114 
Capítulo V 
Da Remissão 
 
Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o representante do Ministério 
Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo, atendendo às circunstâncias e 
consequências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor 
participação no ato infracional. 
 
Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da remissão pela autoridade judiciária importará na 
suspensão ou extinção do processo. 
 
Art. 127. A remissão não implica necessariamente o reconhecimento ou comprovação da responsabilidade, nem 
prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir eventualmente a aplicação de qualquer das medidas 
previstas em lei, exceto a colocação em regime de semiliberdade e a internação. 
 
Art. 128. A medida aplicada por força da remissão poderá ser revista judicialmente, a qualquer tempo, mediante 
pedido expresso do adolescente ou de seu representante legal, ou do Ministério Público. 
 
Título IV 
Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável 
 
Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável: 
 
I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família; 
 
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; 
 
III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; 
 
IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; 
 
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e aproveitamento escolar; 
 
VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado; 
 
VII - advertência; 
 
VIII - perda da guarda; 
 
IX - destituição da tutela; 
 
X - suspensão ou destituição do pátrio poder familiar. 
 
Parágrafo único. Na aplicação das medidas previstas nos incisos IX e X deste artigo, observar-se-á o disposto nos 
arts. 23 e 24. 
 
Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou abuso sexual impostos pelos pais ou responsável, a 
autoridade judiciária poderá determinar, como medida cautelar, o afastamento do agressor da moradia 
comum. 
 
Parágrafo único. Da medida cautelar constará, ainda, a fixação provisória dos alimentos de que necessitem a 
criança ou o adolescente dependentes do agressor. 
 
Título V - Do Conselho Tutelar 
 
Capítulo I - Disposições Gerais 
 
Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade 
de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei. 
 
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Art. 132. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 Conselho 
Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de 5 membros, escolhidos pela população 
local para mandato de 4 anos, permitida recondução por novos processos de escolha. 
 
Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos: 
 
I - reconhecida idoneidade moral; 
 
II - idade superior a vinte e um anos; 
 
III - residir no município. 
 
Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia e horário de funcionamento do Conselho Tutelar, 
inclusive quanto à remuneração dos respectivos membros, aos quais é assegurado o direito a: 
 
I - cobertura previdenciária; 
 
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 do valor da remuneração mensal; 
 
III - licença-maternidade; 
 
IV - licença-paternidade; 
 
V - gratificação natalina. 
 
Parágrafo único. Constará da lei orçamentária municipal e da do Distrito Federal previsão dos recursos 
necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e formação continuada dos conselheiros 
tutelares. 
 
Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público relevante e estabelecerá 
presunção de idoneidade moral. 
 
Capítulo II 
Das Atribuições do Conselho 
 
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar: 
 
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas 
no art. 101, I a VII; 
 
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII; 
 
III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto: 
 
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança; 
 
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações. 
 
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os 
direitos da criança ou adolescente; 
 
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência; 
 
VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o 
adolescente autor de ato infracional; 
 
VII - expedir notificações; 
 
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário; 
 
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IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de 
atendimento dos direitos da criança e do adolescente; 
 
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso 
II, da Constituição Federal ; 
 
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar, após 
esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à família natural. 
 
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e treinamento para o 
reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes. 
 
XIII - adotar, na esfera de sua competência, ações articuladas e efetivas direcionadas à identificação da agressão, 
à agilidade no atendimento da criança e do adolescente vítima de violência doméstica e familiar e à 
responsabilização do agressor; (Lei 14.344/22) 
 
XIV - atender à criança e ao adolescente vítima ou testemunha de violência doméstica e familiar, ou submetido a 
tratamento cruel ou degradante ou a formas violentas de educação, correção ou disciplina, a seus familiares e a 
testemunhas, de forma a prover orientação e aconselhamento acerca de seus direitos e dos encaminhamentos 
necessários; (Lei 14.344/22) 
 
XV - representar à autoridade judicial ou policial para requerer o afastamento do agressor do lar, do domicílio ou 
do local de convivência com a vítima nos casos de violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente; 
(Lei 14.344/22) 
 
XVI - representar à autoridadeeducativo. 
 
Penas 
Prestação de serviços à comunidade; 
Advertência sobre os efeitos das drogas; 
Medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
Mnemônico: PAM. 
 
STJ 
O uso de drogas para consumo pessoal caracteriza crime, no entanto, ocorreu a despenalização da 
conduta, não existindo mais a aplicação da pena privativa de liberdade. Contudo o Art. 28 da Lei 
antidrogas apresenta certas medidas alternativas como: 
 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
 
II - prestação de serviços à comunidade; 
 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
 
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13 
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas 
destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física 
ou psíquica. 
 
§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da 
substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e 
pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. 
 
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 meses. 
 
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo 
prazo máximo de 10 meses. 
 
§ 5º A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades educacionais 
ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se 
ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de 
drogas. 
 
§ 6º Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que 
injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: 
 
I - admoestação verbal; 
 
II - multa. 
 
§ 7º O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento 
de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado. 
 
STF/RHC 178.512/SP 
Viola o princípio da proporcionalidade a consideração de condenação anterior pelo delito do art. 28 da Lei 
11.343/2006, “porte de droga para consumo pessoal”, para fins de reincidência. 
 
Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se refere o inciso II do § 6º do art. 28, o juiz, atendendo à 
reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-multa, em quantidade nunca inferior a 40 (quarenta) nem 
superior a 100, atribuindo depois a cada um, segundo a capacidade econômica do agente, o valor de um trinta 
avos até 3 vezes o valor do maior salário mínimo. 
 
Parágrafo único. Os valores decorrentes da imposição da multa a que se refere o § 6º do art. 28 serão creditados 
à conta do Fundo Nacional Antidrogas. 
 
Art. 30. Prescrevem em 2 anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à interrupção do 
prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal. 
 
TÍTULO IV 
DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃO AUTORIZADA E AO TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS 
 
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, 
preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, 
vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua 
preparação, observadas as demais exigências legais. 
 
Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, que 
recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições 
encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. 
 
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Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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14 
§ 3º Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a plantação, observar-se-á, além das cautelas necessárias 
à proteção ao meio ambiente, o disposto no Decreto nº 2.661, de 8 de julho de 1998, no que couber, dispensada a 
autorização prévia do órgão próprio do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama. 
 
§ 4º As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da 
Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor. 
 
CAPÍTULO II - DOS CRIMES 
 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em 
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, 
ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
 
Pena - reclusão de 5 a 15 anos e pagamento de 500 a 1.500 dias-multa. 
 
Crime de Tráfico de Drogas – Lei 11.343/06. Art. 33 
➢ Trata-se de um delito de ação múltipla (crime que apresenta várias condutas (exportar, remeter, 
preparar) no mesmo dispositivo). Com isso, caso o agente realize mais de uma ação em uma mesma 
situação, terá que responder apenas por um único crime. 
 
➢ OBS: O agente que cometer de forma simultânea um dos delitos do caput do Art. 33 juntamente com o 
do § 1º, responderá apenas pelo primeiro, pois não existe concurso material em relação aos delitos 
do caput e do § 1º, ou seja, o agente só responde por um crime, sendo enquadrado nas situações de 
equiparação (§ 1º), apenas quando não for possível enquadrá-lo nas situações do Caput do Art. 33, 
ou seja, atua de modo subsidiário. 
 
STF/RE 1052700 
É inconstitucional a fixação ex lege, com base no artigo 2º, parágrafo 1º, da Lei 8.072/1990 (Crimes 
hediondos), do regime inicial fechado, devendo o julgador, quando da condenação, ater-se aos 
parâmetros previstos no artigo 33 do Código Penal. 
 
STF/HC 127.573/SP 
O reconhecimento da atipicidade da conduta delitiva com fundamento no princípio da insignificância não é 
admissível em relação ao crime de tráfico ilícito de drogas, pois trata-se de crime de perigo abstrato, no 
qual os objetos jurídicos tutelados são a segurança pública e a paz social, sendo irrelevante a 
quantidade da droga apreendida. Precedentes. 3. Habeas corpus não conhecido. (STJ, HC 318936/ SP, 
Rel. Min. Ribeiro Dantas, Dje 27.10.2015) 
 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
 
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, 
transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de 
drogas; 
 
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; 
 
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou 
vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. 
 
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, 
sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, 
quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. 
 
§ 2º Induzir, instigar oujudicial para requerer a concessão de medida protetiva de urgência à criança ou ao 
adolescente vítima ou testemunha de violência doméstica e familiar, bem como a revisão daquelas já concedidas; 
(Lei 14.344/22) 
 
XVII - representar ao Ministério Público para requerer a propositura de ação cautelar de antecipação de produção 
de prova nas causas que envolvam violência contra a criança e o adolescente; (Lei 14.344/22) 
 
XVIII - tomar as providências cabíveis, na esfera de sua competência, ao receber comunicação da ocorrência de 
ação ou omissão, praticada em local público ou privado, que constitua violência doméstica e familiar contra a 
criança e o adolescente; (Lei 14.344/22) 
 
XIX - receber e encaminhar, quando for o caso, as informações reveladas por noticiantes ou denunciantes 
relativas à prática de violência, ao uso de tratamento cruel ou degradante ou de formas violentas de educação, 
correção ou disciplina contra a criança e o adolescente; (Lei 14.344/22) 
 
XX - representar à autoridade judicial ou ao Ministério Público para requerer a concessão de medidas cautelares 
direta ou indiretamente relacionada à eficácia da proteção de noticiante ou denunciante de informações de crimes 
que envolvam violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente. (Lei 14.344/22) 
 
Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do 
convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os 
motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família. 
Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de 
quem tenha legítimo interesse. 
 
Título VI 
Do Acesso à Justiça 
 
Capítulo I 
Disposições Gerais 
 
Art. 141. É garantido o acesso de toda criança ou adolescente à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao 
Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos. 
 
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§ 1º. A assistência judiciária gratuita será prestada aos que dela necessitarem, através de defensor público ou 
advogado nomeado. 
 
§ 2º As ações judiciais da competência da Justiça da Infância e da Juventude são isentas de custas e 
emolumentos, ressalvada a hipótese de litigância de má-fé. 
 
Art. 142. Os menores de dezesseis anos serão representados e os maiores de dezesseis e menores de vinte 
e um anos assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da legislação civil ou processual. 
 
Parágrafo único. A autoridade judiciária dará curador especial à criança ou adolescente, sempre que os 
interesses destes colidirem com os de seus pais ou responsável, ou quando carecer de representação ou 
assistência legal ainda que eventual. 
 
Art. 143. E vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos que digam respeito a crianças e 
adolescentes a que se atribua autoria de ato infracional. 
 
Parágrafo único. Qualquer notícia a respeito do fato não poderá identificar a criança ou adolescente, vedando-
se fotografia, referência a nome, apelido, filiação, parentesco, residência e, inclusive, iniciais do nome e 
sobrenome. 
 
Seção II 
Do Juiz 
 
Art. 146. A autoridade a que se refere esta Lei é o Juiz da Infância e da Juventude, ou o juiz que exerce essa 
função, na forma da lei de organização judiciária local. 
 
Art. 147. A competência será determinada: 
 
I - pelo domicílio dos pais ou responsável; 
 
II - pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou responsável. 
 
§ 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar da ação ou omissão, observadas as 
regras de conexão, continência e prevenção. 
 
§ 2º A execução das medidas poderá ser delegada à autoridade competente da residência dos pais ou 
responsável, ou do local onde sediar-se a entidade que abrigar a criança ou adolescente. 
 
§ 3º Em caso de infração cometida através de transmissão simultânea de rádio ou televisão, que atinja mais de 
uma comarca, será competente, para aplicação da penalidade, a autoridade judiciária do local da sede estadual 
da emissora ou rede, tendo a sentença eficácia para todas as transmissoras ou retransmissoras do respectivo 
estado. 
 
STJ/Súmula 383 
A competência para processar e julgar as ações conexas de interesse de menor é, em princípio, do foro 
do domicílio do detentor de sua guarda. 
 
Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é competente para: 
I - conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público, para apuração de ato infracional atribuído a 
adolescente, aplicando as medidas cabíveis; 
 
II - conceder a remissão, como forma de suspensão ou extinção do processo; 
 
III - conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes; 
 
IV - conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos afetos à criança e ao 
adolescente, observado o disposto no art. 209; 
 
V - conhecer de ações decorrentes de irregularidades em entidades de atendimento, aplicando as medidas 
cabíveis; 
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VI - aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra norma de proteção à criança ou 
adolescente; 
 
VII - conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas cabíveis. 
 
Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou adolescente nas hipóteses do art. 98, é também competente a 
Justiça da Infância e da Juventude para o fim de: 
 
a) conhecer de pedidos de guarda e tutela; 
 
b) conhecer de ações de destituição do pátrio poder poder familiar , perda ou modificação da tutela ou guarda; 
 
c) suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento; 
 
d) conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou materna, em relação ao exercício do pátrio poder 
poder familiar ; 
 
e) conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os pais; 
 
f) designar curador especial em casos de apresentação de queixa ou representação, ou de outros 
procedimentos judiciais ou extrajudiciais em que haja interesses de criança ou adolescente; 
 
g) conhecer de ações de alimentos; 
 
h) determinar o cancelamento, a retificação e o suprimento dos registros de nascimento e óbito. 
 
Seção III 
Dos Serviços Auxiliares 
 
Art. 150. Cabe ao Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta orçamentária, prever recursos para 
manutenção de equipe interprofissional, destinada a assessorar a Justiça da Infância e da Juventude. 
 
Art. 151. Compete à equipe interprofissional dentre outras atribuições que lhe forem reservadas pela legislação 
local, fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver 
trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento, prevenção e outros, tudo sob a imediata 
subordinação à autoridade judiciária, assegurada a livre manifestação do ponto de vista técnico. 
 
Parágrafo único. Na ausência ou insuficiência de servidores públicos integrantes do Poder Judiciário responsáveis 
pela realização dos estudos psicossociais ou de quaisquer outras espécies de avaliações técnicas exigidas por 
esta Lei ou por determinação judicial, a autoridade judiciária poderá proceder à nomeação de perito, nos termos 
do art. 156 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil) . 
 
Seção V 
Da Apuração de Ato Infracional Atribuído a Adolescente 
 
Atenção! 
Maior de Idade Menor de Idade 
Preso. Apreendido. 
 
Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem judicial será, desde logo, encaminhadoauxiliar alguém ao uso indevido de droga: 
 
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, e multa de 100 a 300 dias-multa. 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art243
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Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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STF/ADI nº 4.274 
- Impossibilidade de restrição ao direito fundamental de reunião que não se contenha nas duas situações 
excepcionais que a própria Constituição prevê: o estado de defesa e o estado de sítio (art. 136, §1º, inciso I, 
alínea “a”, e artigo 139, inciso IV). 
- Ação direta julgada procedente para dar ao §2º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006 interpretação conforme a 
Constituição e dele excluir qualquer significado que enseje a proibição de manifestações e debates públicos 
acerca da descriminalização ou legalização do uso de drogas ou de qualquer substância que leve o ser 
humano ao entorpecimento episódico, ou então viciado, das suas faculdades psicofísicas. 
 
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a 
consumirem: 
 
Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano, e pagamento de 700 a 1.500 dias-multa, sem prejuízo das penas previstas 
no art. 28. 
 
Drogas Oferecidas para Pessoa do Relacionamento - Lei 11.343/06. Art. 33. § 3º 
OBS: No caso do indivíduo oferecer drogas, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu 
relacionamento, para juntos a consumirem, poderá ser penalizado com detenção, de 6 meses a 1 ano, e 
pagamento de multa, sem prejuízo das medidas alternativas do Art. 28. da Lei 11.343/06. 
 
Trata-se de um crime de dolo específico. 
 
Drogas para consumo pessoal 
Drogas Oferecida para Pessoa do 
Relacionamento 
O uso de drogas para consumo pessoal caracteriza 
crime, no entanto, ocorreu a despenalização da 
conduta, não existindo mais a aplicação da pena 
privativa de liberdade. Contudo o Art. 28 da Lei 
antidrogas apresenta certas medidas alternativas 
como: 
 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
 
II - prestação de serviços à comunidade; 
 
III - medida educativa de comparecimento a 
programa ou curso educativo. 
Lei 11.343/06. Art. 33. § 3º Oferecer droga, 
eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa 
de seu relacionamento, para juntos a 
consumirem: 
 
Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano, e pagamento 
de 700 a 1.500 dias-multa, sem prejuízo das penas 
previstas no art. 28. 
 
OBS: No caso do indivíduo oferecer drogas, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu 
relacionamento, para juntos a consumirem, poderá ser penalizado com detenção, de 6 meses a 1 ano, e 
pagamento de multa, sem prejuízo das medidas alternativas do Art. 28. da Lei 11.343/06. 
 
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de 1/6 a 2/3, vedada a 
conversão em penas restritivas de direitos , desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se 
dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. 
 
Tráfico Privilegiado – Lei 11.343/06. Art. 33 § 4º 
➢ Lei 11.343/06. Art. 33. § 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser 
reduzidas de 1/6 a 2/3,vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja: 
✓ Primário; 
✓ De bons antecedentes; 
✓ Não se dedique às atividades criminosas; 
✓ Nem integre organização criminosa. 
 
STF/HC 97.256/RS 
A expressão “vedada a conversão em penas restritivas de direitos” é considerada inconstitucional, 
sendo possível a conversão em penas restritivas de direitos. 
 
 
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Lei de Antidrogas – Legislação Esquematizada 
 
 
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Atenção! 
➢ O STF entende que o agente não terá o direito à mitigação da pena quando incorrer em habitualidade 
no crime e/ou participar de qualquer tipo de organização criminosa. 
 
➢ A redução da pena poderá ser aplicada para pessoas condenadas por tráfico transnacional de 
drogas, assim como às pessoas que forem pegues pela primeira vez transportando pequenas 
quantidades de drogas (mula ocasional). 
 
➢ O agente que for pegue, de forma isolada, com uma quantidade expressiva de drogas, não terá por 
conta apenas disso o seu direito à Mitigação da Pena anulado. 
 
Atenção! 
➢ O STJ equipara o Caput do Art. 33 e o § 1º a crimes hediondos, no entanto, o Tráfico Privilegiado, 
não é mais considerado um crime hediondo. 
 
➢ Conforme o STJ, o indivíduo que importa sementes de maconha em pequena quantidade não comete 
crime de tráfico de drogas. 
 
➢ O STJ entende que é possível, excepcionalmente, na falta de laudo toxicológico definitivo, o uso de 
laudo provisório quando o resultado tiver o mesmo grau de certeza do laudo definitivo. 
 
➢ Caso fique demonstrado que ocorreu prejuízo ao réu a juntada do laudo toxicológico fora do prazo, 
poderá ocorrer a anulação. 
 
➢ Conforme o STJ, ausência de apreensão da droga não torna a conduta atípica se existirem outros 
elementos de prova aptos a comprovarem o crime de tráfico. 
 
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, 
guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto 
destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar: 
 
Pena - reclusão, de 3 a 10 anos, e pagamento de 1.200 a 2.000 dias-multa. 
 
Tráfico de Maquinário – Lei 11.343/06. Art. 34. 
➢ A doutrina majoritária entende que se equipara ao crime hediondo. 
 
➢ Caso o indivíduo pratique crime de tráfico de drogas (Art. 33) juntamente com o crime de Tráfico de 
Maquinário, o primeiro absorve o segundo, sendo o delito de tráfico de maquinário aplicado de forma 
subsidiária. O concurso em relação aos dois delitos só ocorrerá se for provada a autonomia de ambos 
os crimes. 
 
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos 
crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei: 
 
Pena - reclusão, de 3 a 10 anos, e pagamento de 700 a 1.200 dias-multa. 
 
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prática reiterada do 
crime definido no art. 36 desta Lei. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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17 
Associação para o Tráfico – Lei 11.343/06. Art. 35. 
➢ Trata-se de um delito formal, sem precisar de resultado naturalístico. 
 
➢ Caso os indivíduos cometerem o crime de tráfico de drogas juntamente com o crime de Associação 
para o tráfico, ocorrerá o concurso material. 
 
➢ Tal dispositivo tem a finalidade de tipificar como crime os atos preparatórios relacionados ao tráfico de 
drogas. 
 
➢ É considerado um delito autônomo, pois o tráfico de drogas não precisa ser consumado. 
 
➢ Tem finalidade específica. Ocorre a associação de duas ou mais pessoas com a finalidade 
específica de praticar: 
✓ Tráfico de drogas e crimes equiparados. 
✓ Tráfico de máquinas para drogas. 
 
➢ Para o delito ser caracterizado é necessária que a associação seja permanente e estável, casoseja 
eventual, não será considerado crime, mas sim concurso de agentes. 
 
Tráfico de Drogas (Art. 33) Associação para o Tráfico (Art. 35) 
Crime de natureza material. Crime de natureza formal. 
É preciso que a droga seja apreendida para o 
indivíduo ser condenado por tráfico de drogas. 
Não existe a necessidade de apreender a droga, 
sendo possível comprovar o crime por outras provas. 
 
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta 
Lei: 
 
Pena - reclusão, de 8 a 20 anos, e pagamento de 1.500 a 4.000 dias-multa. 
 
Crime de Financiamento do Tráfico – Lei 11.343/06. Art. 36. 
➢ Equiparado a crime hediondo. 
 
➢ Para ser tipificado crime de financiamento do tráfico é necessário está direcionado a prática de: 
✓ Tráfico de drogas e crimes equiparados. 
✓ Tráfico de máquinas para drogas. 
 
➢ Caso o indivíduo, além de estar comentando o delito de Tráfico de Drogas, estiver financiando ou 
custeando a sua prática, responderá como pelo crime de tráfico com a majoração da pena de 1/6 a 2/3. 
 
➢ Sintetizando: Tráfico + Financiamento ou Custeio = Indivíduo responde por crime de tráfico com 
aumento de pena. 
 
Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer 
dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei: 
 
Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e pagamento de 300 a 700 dias-multa. 
 
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em 
doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
 
Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa. 
 
Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao Conselho Federal da categoria profissional a que pertença 
o agente. 
 
 
 
 
 
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18 
Crime de Prescrição Culposa de Drogas – Lei 11.343/06. Art. 38. 
➢ Não é equiparado a crime hediondo. 
 
➢ Caso a prescrição seja dolosa, o indivíduo responderá por tráfico de drogas. 
 
➢ Caso a conduta praticada não seja feita por profissionais da área de saúde, ocorrerá a tipificação no 
crime de tráfico de drogas. 
 
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade 
de outrem: 
 
Pena - detenção, de 6 meses a 3 anos, além da apreensão do veículo, cassação da habilitação respectiva ou 
proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 
400 dias-multa. 
 
Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas cumulativamente com as demais, serão de 4 a 6 anos e de 
400 a 600 
dias-multa, se o veículo referido no caput deste artigo for de transporte coletivo de passageiros. 
 
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: 
 
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a 
transnacionalidade do delito; 
 
STJ/Súmula 607 
A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, inciso I, da Lei n. 11.343/2006) configura-se com a 
prova da destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a transposição de fronteiras. 
 
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, 
poder familiar, guarda ou vigilância; 
 
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de 
ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou 
beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de 
qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de 
unidades militares ou policiais ou em transportes públicos; 
 
STF/HC 138.944/SC 
A aplicação da causa de aumento prevista no art. 40, inciso III, da Lei nº 11.343/06 se justifica quando 
constatada a comercialização de drogas nas imediações de estabelecimentos prisionais, sendo 
irrelevante se o agente infrator visa ou não os frequentadores daquele local. 
 
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo 
de intimidação difusa ou coletiva; 
 
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal; 
 
STJ/Súmula 587 
Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, V, da Lei 11.343/06, é desnecessária a efetiva 
transposição de fronteiras entre estados da federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da 
intenção de realizar o tráfico interestadual. 
 
STF/HC 122.791 MC/MS 
Para a configuração do tráfico interestadual de drogas (art. 40, V, da Lei 11.343/2006), não se exige a 
efetiva transposição da fronteira, bastando a comprovação inequívoca de que a droga adquirida num estado 
teria como destino outro estado da Federação. 
 
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, 
diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação; 
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VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. 
 
STF/HC 132.909/SP 
Desnecessária a aferição do grau de pureza da droga para realização da dosimetria da pena. A Lei n. 
11.343/2006 dispõe como preponderantes, na fixação da pena, a natureza e a quantidade de 
entorpecentes, independente da pureza e do potencial lesivo da substância. 
 
STJ/Súmula 501 
É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas 
disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, 
sendo vedada a combinação de leis. 
 
STF/HC 248.844/GO 
O acórdão impugnado entendeu pela desnecessidade do ânimo associativo permanente, reconhecendo que 
a associação para a prática de um crime seria suficiente para condenar a acusada como incursa no art. 35 
da Lei n.º 11.343/06. Entretanto, nos termos da jurisprudência desta Corte Superior de Justiça e do Supremo 
Tribunal Federal, para configuração do tipo de associação para o tráfico, necessário estabilidade e 
permanência na associação criminosa. 
 
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal 
na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do 
crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de 1/3 a 2/3. 
 
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código 
Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente. 
 
Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os arts. 33 a 39 desta Lei, o juiz, atendendo ao que dispõe o art. 42 
desta Lei, determinará o número de dias-multa, atribuindo a cada um, segundo as condições econômicas dos 
acusados, valor não inferior a um trinta avos nem superior a 5 vezes o maior salário-mínimo. 
 
Parágrafo único. As multas, que em caso de concurso de crimes serão impostas sempre cumulativamente, podem 
ser aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação econômica do acusado, considerá-las o juiz 
ineficazes, ainda que aplicadas no máximo. 
 
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de 
sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas emrestritivas de 
direitos. 
 
STF/HC 97.256/RS 
A expressão “vedada a conversão em penas restritivas de direitos” é considerada inconstitucional, 
sendo possível a conversão em penas restritivas de direitos. 
 
STF/HC 104.339/SP 
O STF considerou inconstitucional a expressão “e liberdade provisória” , constante do art. 44, caput, da 
Lei n. 11.343/06. 
 
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o 
cumprimento de 2/3 da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico. 
 
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito 
ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal 
praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
 
Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este apresentava, à época do 
fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o 
seu encaminhamento para tratamento médico adequado. 
 
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Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstâncias previstas no art. 
45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 
Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base em avaliação que ateste a necessidade de 
encaminhamento do agente para tratamento, realizada por profissional de saúde com competência específica 
na forma da lei, determinará que a tal se proceda, observado o disposto no art. 26 desta Lei. 
 
 
CAPÍTULO III 
DO PROCEDIMENTO PENAL 
 
Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste Título rege-se pelo disposto neste 
Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de Processo Penal e da Lei de Execução 
Penal. 
 
§ 1º O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, salvo se houver concurso com os crimes 
previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na forma dos arts. 60 e seguintes da Lei nº 9.099, 
de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais. 
 
§ 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor 
do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele 
comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias 
necessários. 
 
§ 3º Se ausente a autoridade judicial, as providências previstas no § 2º deste artigo serão tomadas de imediato 
pela autoridade policial, no local em que se encontrar, vedada a detenção do agente. 
 
STF/ADI 3807 
Tendo em vista que, o termo circunstanciado não é procedimento investigativo, mas sim uma mera peça 
informativa com descrição detalhada do fato e as declarações do condutor do flagrante e do autor do fato, 
deve-se reconhecer que a possibilidade de sua lavratura pela autoridade judicial (magistrado) não ofende os 
§§ 1º e 4º do art. 144 da Constituição, nem interfere na imparcialidade do julgador. As normas dos §§ 2º e 3º 
do art. 48 da Lei nº 11.343/2006 foram editadas em benefício do usuário de drogas, visando afastá-lo do 
ambiente policial quando possível e evitar que seja indevidamente detido pela autoridade policial. 
 
§ 4º Concluídos os procedimentos de que trata o § 2º deste artigo, o agente será submetido a exame de corpo 
de delito, se o requerer ou se a autoridade de polícia judiciária entender conveniente, e em seguida liberado. 
 
§ 5º Para os fins do disposto no art. 76 da Lei nº 9.099, de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais 
Criminais, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena prevista no art. 28 desta Lei, a ser 
especificada na proposta. 
 
Art. 49. Tratando-se de condutas tipificadas nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei, o juiz, sempre que 
as circunstâncias o recomendem, empregará os instrumentos protetivos de colaboradores e testemunhas 
previstos na Lei nº 9.807, de 13 de julho de 1999. 
 
Seção I 
Da Investigação 
 
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao 
juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 
24 horas. 
 
§ 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é 
suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta 
deste, por pessoa idônea. 
 
§ 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º deste artigo não ficará impedido de participar da 
elaboração do laudo definitivo. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art76
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9807.htm
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§ 3º Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 dias, certificará a regularidade formal 
do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra 
necessária à realização do laudo definitivo. 
 
§ 4º A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 dias na 
presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. 
 
§ 5º O local será vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas referida no § 3º , sendo lavrado 
auto circunstanciado pelo delegado de polícia, certificando-se neste a destruição total delas. 
 
Art. 50-A. A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por 
incineração, no prazo máximo de 30 dias contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à 
realização do laudo definitivo. 
 
Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 dias, 
quando solto. 
 
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério 
Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária. 
 
Destruição de Drogas – Lei 11.343/06 
Com prisão em flagrante 
A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia 
competente no prazo de 15 dias na presença do Ministério Público e da 
autoridade sanitária. 
Sem prisão em flagrante 
A destruição das drogas será feita por incineração, no prazo máximo de 30 
dias contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à 
realização do laudo definitivo. 
Plantações Ilícitas 
As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelas autoridades de 
polícia judiciária. 
 
Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária, remetendo os 
autos do inquérito ao juízo: 
 
I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação do 
delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições em 
que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os 
antecedentes do agente; ou 
 
II - requererá sua devolução para a realização de diligências necessárias. 
 
Parágrafo único. A remessa dos autos far-se-á semprejuízo de diligências complementares: 
 
I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato, cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente 
até 3 dias antes da audiência de instrução e julgamento; 
 
II - necessárias ou úteis à indicação dos bens, direitos e valores de que seja titular o agente, ou que figurem 
em seu nome, cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente até 3 dias antes da audiência de 
instrução e julgamento. 
 
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos 
previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes procedimentos 
investigatórios: 
 
I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, constituída pelos órgãos especializados 
pertinentes; 
 
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II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos utilizados 
em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar e responsabilizar maior 
número de integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível. 
 
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será concedida desde que sejam conhecidos 
o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores. 
 
Seção II 
Da Instrução Criminal 
 
Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito policial, de Comissão Parlamentar de Inquérito ou peças de 
informação, dar-se-á vista ao Ministério Público para, no prazo de 10 dias, adotar uma das seguintes 
providências: 
 
I - requerer o arquivamento; 
 
II - requisitar as diligências que entender necessárias; 
 
III - oferecer denúncia, arrolar até 5 testemunhas e requerer as demais provas que entender pertinentes. 
 
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por 
escrito, no prazo de 10 dias. 
 
§ 1º Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado poderá argüir preliminares e invocar 
todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas que pretende produzir e, 
até o número de 5, arrolar testemunhas. 
 
§ 2º As exceções serão processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 a 113 do Decreto-Lei nº 3.689, de 
3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal. 
 
§ 3º Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em 10 dias, 
concedendo-lhe vista dos autos no ato de nomeação. 
 
§ 4º Apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 dias. 
 
§ 5º Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximo de 10 dias, determinará a apresentação do preso, 
realização de diligências, exames e perícias. 
 
Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, ordenará 
a citação pessoal do acusado, a intimação do Ministério Público, do assistente, se for o caso, e requisitará os 
laudos periciais. 
 
§ 1º Tratando-se de condutas tipificadas como infração do disposto nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta 
Lei, o juiz, ao receber a denúncia, poderá decretar o afastamento cautelar do denunciado de suas atividades, se 
for funcionário público, comunicando ao órgão respectivo. 
 
§ 2º A audiência a que se refere o caput deste artigo será realizada dentro dos 30 dias seguintes ao recebimento 
da denúncia, salvo se determinada a realização de avaliação para atestar dependência de drogas, quando se 
realizará em 90 dias. 
 
Art. 57. Na audiência de instrução e julgamento, após o interrogatório do acusado e a inquirição das 
testemunhas, será dada a palavra, sucessivamente, ao representante do Ministério Público e ao defensor do 
acusado, para sustentação oral, pelo prazo de 20 minutos para cada um, prorrogável por mais 10, a critério 
do juiz. 
 
Parágrafo único. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser 
esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante. 
 
Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz sentença de imediato, ou o fará em 10 dias, ordenando que os 
autos para isso lhe sejam conclusos. 
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Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei, o réu não poderá apelar sem 
recolher-se à prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes, assim reconhecido na sentença condenatória. 
 
CAPÍTULO IV 
DA APREENSÃO, ARRECADAÇÃO E DESTINAÇÃO DE BENS DO ACUSADO 
 
Art. 60. O juiz, a requerimento do Ministério Público ou do assistente de acusação, ou mediante 
representação da autoridade de polícia judiciária, poderá decretar, no curso do inquérito ou da ação penal, 
a apreensão e outras medidas assecuratórias nos casos em que haja suspeita de que os bens, direitos ou 
valores sejam produto do crime ou constituam proveito dos crimes previstos nesta Lei, procedendo-se na forma 
dos arts. 125 e seguintes do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal . 
 
§ 3º Na hipótese do art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal , o juiz 
poderá determinar a prática de atos necessários à conservação dos bens, direitos ou valores. 
 
§ 4º A ordem de apreensão ou sequestro de bens, direitos ou valores poderá ser suspensa pelo juiz, ouvido o 
Ministério Público, quando a sua execução imediata puder comprometer as investigações. 
 
Art. 60-A. Se as medidas assecuratórias de que trata o art. 60 desta Lei recaírem sobre moeda estrangeira, 
títulos, valores mobiliários ou cheques emitidos como ordem de pagamento, será determinada, 
imediatamente, a sua conversão em moeda nacional. 
 
§ 1º A moeda estrangeira apreendida em espécie deve ser encaminhada a instituição financeira, ou 
equiparada, para alienação na forma prevista pelo Conselho Monetário Nacional. 
 
§ 2º Na hipótese de impossibilidade da alienação a que se refere o § 1º deste artigo, a moeda estrangeira será 
custodiada pela instituição financeira até decisão sobre o seu destino. 
 
§ 3º Após a decisão sobre o destino da moeda estrangeira a que se refere o § 2º deste artigo, caso seja verificada 
a inexistência de valor de mercado, seus espécimes poderão ser destruídos ou doados à representação 
diplomática do país de origem. 
 
§ 4º Os valores relativos às apreensões feitas antes da data de entrada em vigor da Medida Provisória nº 885, de 
17 de junho de 2019, e que estejam custodiados nas dependências do Banco Central do Brasil devem ser 
transferidos à Caixa Econômica Federal, no prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias, para que se proceda à 
alienação ou custódia, de acordo com o previsto nesta Lei. 
 
§ 5º Decretadas quaisquer das medidas previstas no caput deste artigo, o juiz facultará ao acusado que, no prazo 
de 5 dias, apresente provas, ou requeira a produção delas, acerca da origem lícita do bem ou do valor objeto da 
decisão, exceto no caso de veículo apreendido em transporte de droga ilícita. (Lei 14.322/22) 
 
§ 6º Provada a origem lícita do bem ou do valor, o juiz decidirá por sua liberação, exceto no caso de veículo 
apreendido em transporte de droga ilícita, cuja destinação observará o disposto nos arts. 61 e 62 desta Lei, 
ressalvado o direito de terceiro de boa-fé. (Lei 14.322/22) 
 
Art. 61. A apreensão de veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer

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