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1 UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR ANHANGUERA ARAPIRACA – ALAGOAS 2023 DÉBORA VITÓRIA PINHEIRO SILVA BACHARELADO DE FARMÁCIA RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GESTÃO FARMACÊUTICA E INJETÁVEIS 2 ARAPIRACA 2023 RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GESTÃO FARMACÊUTICA E INJETÁVEIS Relatório do Estágio Supervisionado em Gestão farmacêutica e injetáveis apresentado como requisito obrigatório para a obtenção da pontuação necessária na disciplina de Estágio Supervisionado em Gestão farmacêutica e injetáveis. Orientador: Prof. Ms. Flávia Soares Lassie DÉBORA VITÓRIA PINHEIRO SILVA 3 Sumário APRESENTAÇÃO .......................................................................................... 4 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 6 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO ..................................................................... 8 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO ................................................. 17 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 18 REFERÊNCIA ............................................................................................... 19 4 APRESENTAÇÃO Este relatório destina-se a descrição das atividades desenvolvidas durante o estágio curricular de Gestão Farmacêutica e injetáveis na Farmácia do Trabalhador e do Aposentado, n°41, Centro, Arapiraca - AL, teve como supervisor de campo pela Farmacêutica Cristiane Da Silva Canuto e a preceptora também Farmacêutica Gisele Rocha da Silva. De acordo com a Lei nº 11.788 de 25 de setembro de 2008, o estágio curricular supervisionado, visa a preparação do educando que frequenta o ensino regular em instituições de educação superior para o mercado de trabalho. Com o estágio foi possível vivenciar e conhecer o dia a dia do farmacêutico na farmácia e todas as suas atribuições. O curso de bacharelado em farmácia visa inserir farmacêuticos em todos os níveis de saúde, atuando desde a dispensação e até mesmo na formulação de medicamentos/ cosméticos. É preciso estabelecer habilidades de liderança, administração, educação permanente, comunicação, tomada de decisões e atenção à saúde na formação do profissional farmacêutico, atribuindo a estas maiores competências. A farmácia comercial é um dos campos de atuação do farmacêutico, sendo este o responsável pela supervisão da comercialização de medicamentos. É também dever do farmacêutico assegurar condições adequadas de conservação e dispensação dos produtos, prestar assistência farmacêutica necessária ao consumidor, estabelecer critérios e supervisionar o processo de aquisição de medicamentos, promover treinamento inicial e contínuo dos funcionários para a adequação da execução de suas atividades. O estágio supervisionado em farmácia comercial é uma etapa de grande importância para a formação do farmacêutico, pois faz com que o aluno relacione o conteúdo teórico obtido em aula com a prática da profissão farmacêutica, por isso o estágio foi de suma importância para me fazer unir a teoria com a prática, onde na teórica vemos as leis e as portarias, como é de exemplo a 344/98, uma das mais importantes, onde 5 a mesma explica como deve estar preenchida as receitas, os tipos de notificações (amarela, branca, azul e outras), a mesma também coloca quais os tipos de substâncias só podem ser comercializadas com receita e qual o tipo de receita/notificação, de quais substâncias são precisas o termo de responsabilidade. Foi realizado no período inicial 15 de maio de 2023 a 02 de junho de 2023, com carga horária de 4 horas por dia – 60 horas totais, de segunda a sexta. Em resumo, o relatório de estágio em Gestão Farmacêutica e Injetáveis oferece uma visão abrangente das experiências teóricas e práticas vivenciadas pelo estagiário na Farmácia do Trabalhador e do Aposentado, sob a supervisão da Farmacêutica Cristiane da Silva Canuto. 6 INTRODUÇÃO O estágio teve como objetivo o conhecimento do dia a dia do farmacêutico e da sua importância para a farmácia. Foi ensinado pela supervisora de campo, o modo de preencher as receitas e os tipos de notificações, de que cada cor e cada sigla (B, B1, B2 E OUTRAS) que possui no tipo de notificação tem uma explicação na portaria 344/98. Foi instruído pela mesma a observação dos termos de responsabilidade que algumas receitas têm, de como o farmacêutico faz para a aquisição de medicamentos. Tivemos contato diretamente com os clientes, onde podemos com a supervisão da farmacêutica auxiliar ao cliente/paciente qual o melhor medicamento para certa comorbidade, qual a dosagem mínima, como administrar/tomar o medicamento, de possíveis interações medicamentosas, quais os principais efeitos colaterais. Foi nos mostrado/proposto de como é feita a compra de medicamentos, como devem ser armazenados e da conferência de quando a mercadoria chega ao estabelecimento até a saída do mesmo. O estágio nos deu oportunidade de aprender de como é feito controle de estoque, de como deve ser marcado os medicamentos próximos a validade, tivemos a oportunidade de ver como o farmacêutico deve se comportar à frente da equipe e de como orientar os mesmos, para que se portem a frente do cliente. A população atendida na farmácia era diversificada, incluindo pacientes crônicos, idosos e gestantes, entre outros. Segundo as recomendações do Conselho Federal de Farmácia (CFF, 2017), a assistência farmacêutica é fundamental para garantir o uso correto de medicamentos e a promoção da saúde. Durante o estágio, foram desenvolvidas habilidades em assistência farmacêutica e o uso de ferramentas de gestão de medicamentos, como o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), conforme as orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2020). Em suma, o estágio em gestão farmacêutica e injetáveis foi 7 fundamental para o desenvolvimento de habilidades na gestão de medicamentos injetáveis, revisão de prescrições médicas e assistência farmacêutica aos pacientes, além de proporcionar aprimoramento do conhecimento em ferramentas de gestão de medicamentos e orientação ao paciente. Como destacado pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF, 2021), a assistência farmacêutica é uma importante ferramenta para a promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida da população. Para tanto, o farmacêutico atende o paciente diretamente, avalia e orienta em relação à farmacoterapia prescrita pelo médico, por meio da análise das suas necessidades relacionadas aos medicamentos e detectando PRM. PRM é definido por qualquer afastamento dos parâmetros de conformidade no ciclo do medicamento que possam trazer riscos ao usuário. Os PRMs mais comuns são: as reações adversas, a não aderência ao tratamento e a prescrição inadequada. A automedicação é outro PRM muitas vezes despercebido, já que grande parte da população não considera importante o simples ato de tomar um analgésico ou antitérmico sem prescrição. Os principais resultados buscados pela Atenção Farmacêutica são a cura de uma doença do paciente; a eliminação ou a redução da sintomatologia; a detenção ou a diminuição do progresso da doença; e a prevenção de uma doença ou de uma sintomatologia. Para que estes Biosaúde, resultados sejam alcançados é necessário que se siga um modelo com passos a ser seguidos durante a sua realização. Primeiramente identificaros reais PRM, para então buscar uma maneira de resolvê-los e finalmente, após os problemas resolvidos deve-se buscar uma prevenção efetiva para que novos problemas relacionados com a terapia medicamentosa não voltem a aparecer. Outro benefício da Atenção Farmacêutica é tornar a função do farmacêutico uma prática mais humanística e contextualizada, demonstrar a importância do farmacêutico junto à construção de um novo modelo de atenção à saúde, possibilitando uma intervenção em busca da melhoria da qualidade de vida. 8 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO No estágio curricular obrigatório em gestão farmacêutica e injetáveis, tivemos como atividades inicialmente de observar a dispensação de medicamentos e de como é feita a abordagem ao cliente e de como o farmacêutico faz para dar baixa em receitas de controlados e antibióticos. Tivemos oportunidade de observar como é feita a administração de injetáveis, onde na farmácia só se faz aplicação de intramuscular, incluindo a conferência de medicamentos injetáveis (tanto nas receitas, como na conferência de quem está adquirindo para que não ocorra a administração em pessoa errada e que o medicamento esteja correto, a sua dosagem), acompanhamento da temperatura da geladeira de medicamentos, que são os chamados termolábeis. Experenciamos após a observação em dar baixa nas receitas e notificações no sistema da Farmácia do Trabalhador e do Aposentado, onde cada farmácia pode ter um sistema diferente. Tivemos oportunidade de preencher as receitas que chegaram na farmácia com auxílio do farmacêutico e dos funcionários que estavam a frente do balcão e de conferir os medicamentos novos que chegaram (vendo lote se confere com o que vem na nota e se estiver errado, anotando o certo e a quantidade de caixas que veio). O farmacêutico como responsável, tem a obrigação de limpar os armários de medicamentos controlados e dos antibióticos, onde foi nos atribuída a atividade. A farmacêutica nos propôs a aprender a aferição de pressão arterial, onde podemos com auxílio e conferência da mesma aprender quais os limites de que a pressão pode estar alta ou baixa. O estágio envolveu, também, a realização de atendimentos farmacêuticos, como a orientação quanto ao uso correto de medicamentos e possíveis interações medicamentosas, de acordo com as Diretrizes da Assistência Farmacêutica no Sistema Único de Saúde (SUS) (Ministério da Saúde, 2018). Também foram adquiridas habilidades na revisão de prescrições médicas, seguindo as diretrizes do estudo de Buss et al. (2021) publicado no Journal of the American 9 Pharmacists Association, e na orientação ao paciente sobre hábitos saudáveis, vacinação e prevenção de doenças (Koda-Kimble et al., 2013). TEORIA EM PRÁTICA- SITUAÇÕES- PROBLEMA ATIVIDADE 1 Analise a situação a seguir: Uma farmácia da região central de sua cidade está comercializando medicamentos da Portaria nº344, de 12 de maio de 1998 sem retenção de receita e sem a presença do farmacêutico responsável pois este encontra-se de férias e não foi contratado nenhum outro farmacêutico para cobrir suas férias. A farmácia recebeu uma inspeção da Vigilância Sanitária (VISA) e o fiscal buscou pelos balanços e receitas dos medicamentos sujeitos a controle especial. a) Quais são as falhas que estão ocorrendo nesta farmácia? b) O farmacêutico poderia sofrer alguma punição nesta situação? Justifique. c) No lugar do farmacêutico como você procederia nesta situação? RESOLUÇÃO DA ATIVIDADE 1 a) As falhas que estão ocorrendo nesta farmácia são: Comercialização de medicamentos da Portaria nº 344/1998 sem retenção de receita: A Portaria nº 344/1998 regulamenta o controle de substâncias entorpecentes, psicotrópicas e outras sujeitas a controle especial. Esses medicamentos só podem ser vendidos mediante a apresentação de uma receita médica válida. A farmácia está infringindo essa norma ao vender esses medicamentos sem exigir a retenção de receita. Ausência do farmacêutico responsável: A presença do farmacêutico responsável é obrigatória em uma farmácia, conforme estabelecido na Lei nº 13.021/2014. O farmacêutico tem a responsabilidade de garantir o cumprimento das normas sanitárias, orientar os clientes sobre o uso adequado dos medicamentos e 10 supervisionar as atividades da farmácia. A ausência do farmacêutico responsável compromete a conformidade com essas obrigações. b) O farmacêutico poderia sofrer punição nesta situação. Conforme a Lei nº 13.021/2014, em seu artigo 24, é estabelecido que a falta do farmacêutico responsável é considerada infração sanitária grave. Além disso, a Resolução RDC nº 44/2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) também prevê sanções administrativas para o farmacêutico que descumprir suas obrigações legais. c) No lugar do farmacêutico, o procedimento adequado seria: 1) Identificar e corrigir imediatamente as falhas encontradas: Parar a comercialização dos medicamentos da Portaria nº 344/1998 sem retenção de receita e buscar uma forma de cumprir essa exigência. Também é necessário providenciar a contratação temporária de um farmacêutico para cobrir as férias do responsável. 2) Entrar em contato com a Vigilância Sanitária (VISA): Informar a situação à VISA e solicitar orientações sobre como regularizar a situação. É importante colaborar com a inspeção e fornecer os documentos e informações solicitados. 3) Revisar os procedimentos internos: Verificar se existem outras falhas ou irregularidades nas atividades da farmácia e implementar medidas para garantir o cumprimento das normas sanitárias, como a adoção de um controle mais rigoroso sobre a dispensação dos medicamentos controlados. 4) Manter registros adequados: É fundamental manter registros atualizados das atividades da farmácia, incluindo a guarda dos balanços e receitas dos medicamentos sujeitos a controle especial, conforme exigido pela legislação sanitária. É importante ressaltar que as medidas a serem tomadas podem variar de acordo com a legislação específica do país em questão. Portanto, é fundamental consultar as leis e regulamentos vigentes para obter informações mais precisas e atualizadas. 11 ATIVIDADE 2 Analise a situação a seguir: Uma mãe comparece a uma Unidade de Pronto-Atendimento com uma criança de 3 anos de idade que apresenta febre alta, falta de ar, dor no peito, sensação de peito carregado e tosse com catarro. A criança foi avaliada pelo médico que solicitou exames laboratoriais e raio X de pulmão. Após a análise do RX e dos exames laboratoriais foi constatado que a criança apresentava pneumonia e foi prescrito ceftriaxona 50 mg/kg 1x dia por via IM durante 7 dias. A mãe se encaminhou até a farmácia portando a receita médica e adquiriu 5 frascos de 500 mg que daria para todas as aplicações a ainda sobraria já que a dose seria fracionada, nesse mesmo dia o farmacêutico já iniciou a aplicação do injetável na criança e orientou a mãe que comparecesse na farmácia todos os dias para as aplicações seguintes. Em um dos dias de aplicação caiu em um domingo e o farmacêutico não estava pois estava de folga e o responsável pela aplicação foi o atendente da farmácia. O atendente aplicou um frasco inteiro de antibiótico na criança e a mãe achando aquela situação estranha perguntou ao atendente se aquela era a dosagem correta, o atendente se esquivou e não respondeu à pergunta da mãe. No dia seguinte a mãe comparece à farmácia com seu filho para uma nova aplicação e já não havia mais doses disponíveis eindaga ao farmacêutico se não teria problema aplicar uma dosagem maior na criança. a) No lugar do farmacêutico que está acompanhando o caso, qual seria a sua reposta para a mãe? b) Continuando a análise da situação exposta: a mãe procurou se informar o que poderia ter acontecido de gravecom seu filho e entrou com um processo contra a farmácia e contra o farmacêutico pela situação ocorrida. O farmacêutico poderia sofrer alguma punição 12 pelo fato ocorrido? Justifique. Quais são as falhas que ocorreram nessa situação? RESOLUÇÃO DA ATIVIDADE 2 a) Como farmacêutico, é meu dever informar à mãe que a dosagem prescrita pelo médico é a recomendada e que não é aconselhável aumentar a dosagem sem a orientação médica adequada. É fundamental enfatizar a importância de seguir corretamente as orientações médicas e farmacêuticas para garantir a eficácia do tratamento e prevenir possíveis complicações. Ao conversar com a mãe, explicarei que os médicos prescrevem as dosagens com base em diversos fatores, como o peso, idade, condições de saúde e resposta individual do paciente ao medicamento. Aumentar a dosagem por conta própria pode ser arriscado, pois cada medicamento possui uma faixa terapêutica específica, e doses excessivas podem levar a efeitos colaterais indesejados ou até mesmo toxicidade. Além disso, é importante ressaltar que a automedicação ou qualquer alteração na dosagem sem supervisão médica pode comprometer a eficácia do tratamento e até mesmo a saúde do paciente. O acompanhamento médico regular é essencial para avaliar a resposta ao medicamento e ajustar a dosagem, se necessário. Portanto, como farmacêutico, meu posicionamento perante a mãe seria de conscientizá-la sobre os riscos envolvidos na modificação da dosagem sem orientação médica e enfatizar a importância de seguir as orientações prescritas pelo médico. b) Na situação apresentada, é importante destacar que o farmacêutico pode ser responsabilizado por eventuais punições devido à sua atribuição de orientar a mãe sobre o uso correto do medicamento, incluindo a dosagem, e garantir a segurança e eficácia do tratamento. Conforme determinação do Conselho Federal de Farmácia (CFF), o farmacêutico pode ser responsabilizado civil e penalmente por erros na dosagem ou na aplicação inadequada de medicamentos, além de estar 13 sujeito a processos ético-profissionais. As falhas identificadas nesse caso são diversas e incluem: 1) Falta de orientação adequada por parte do farmacêutico para o atendente que aplicou a dose: O farmacêutico é responsável por supervisionar as atividades da farmácia, garantindo que todos os colaboradores envolvidos no atendimento ao paciente estejam devidamente instruídos sobre a administração correta dos medicamentos, incluindo a dosagem adequada. 2) Ausência de esclarecimentos do atendente para a mãe sobre a dose aplicada: É fundamental que o atendente, devidamente orientado pelo farmacêutico, forneça informações claras e precisas à mãe sobre a dosagem do medicamento aplicado, bem como orientações sobre o uso adequado e possíveis efeitos colaterais. 3) Possibilidade de aumentar a dosagem sem a devida orientação médica: O farmacêutico tem a responsabilidade de alertar a mãe sobre os riscos e consequências da alteração da dosagem sem a orientação adequada do médico. É necessário enfatizar a importância de buscar orientação médica antes de qualquer modificação na dosagem. 4) Inexistência de doses disponíveis na farmácia: A falta de doses disponíveis indica uma falha na gestão do estoque e no fornecimento de medicamentos, o que compromete a disponibilidade do tratamento para os pacientes. O farmacêutico deve garantir a adequada gestão do estoque, incluindo a reposição de medicamentos conforme a demanda. Diante dessas falhas, o farmacêutico pode ser responsabilizado por eventuais punições, conforme previsto pelas normas e regulamentações vigentes. É fundamental que o farmacêutico exerça sua função de forma diligente, cumprindo todas as responsabilidades e garantindo a segurança e o cuidado com os pacientes. ATIVDADE 3 Uma mulher está com seus níveis de testosterona muito abaixo 14 dos valores normais de referência e seu médico prescreveu Nebido® 1 (uma) ampola via IM. Ela comparece na farmácia para adquirir o medicamento e pergunta se o farmacêutico já poderia realizar a aplicação. O farmacêutico tinha realizado aplicação de injetável uma única vez e não estava se sentindo muito seguro para realizar essa aplicação, mesmo assim realizou o procedimento. Durante o procedimento ele puxou um pouco o êmbolo para verificar se existia entrada de sangue na seringa e constatou a presença de sangue na seringa e procedeu com a aplicação. a) No lugar do farmacêutico que está realizando a aplicação, como deveria proceder nesta situação? b) Qual seria a técnica correta de aplicação para um injetável de via intramuscular? c) Continuando a análise da situação exposta: a mulher apresentou vermelhidão e inchaço no local da injeção e dor intensa. No lugar do farmacêutico como você procederia nesta situação? RESOLUÇÃO DA ATIVIDADE 3 a) Diante da situação descrita, é fundamental que o farmacêutico interrompa imediatamente a aplicação da injeção e siga as orientações padrão para administração de injeções, conforme descrito por Singh et al. (2018). Essas orientações incluem a verificação da técnica de aplicação, a escolha adequada do local de injeção, a utilização de técnicas de assepsia adequadas e a monitorização de sinais ou sintomas de reação adversa durante e após a administração. É importante ressaltar que o uso de injeções pode acarretar riscos, como infecções e reações alérgicas, portanto, o farmacêutico deve estar preparado para lidar com essas situações e buscar a assistência de um profissional de saúde qualificado, caso haja dúvidas. 15 No contexto da administração de injeções, o farmacêutico deve garantir que a técnica de aplicação seja adequada, seguindo as diretrizes estabelecidas por Singh et al. (2018). Isso envolve a escolha correta do local de injeção, a utilização de técnicas de assepsia apropriadas para evitar contaminação, bem como a monitorização de qualquer sinal de reação adversa durante o procedimento e no período pós-administração. Ao estar atento a esses aspectos, o farmacêutico pode contribuir para minimizar os riscos associados à administração de injeções. É importante enfatizar que o farmacêutico não deve hesitar em buscar ajuda de um profissional de saúde qualificado, como um médico ou enfermeiro, em caso de dúvidas ou se ocorrerem complicações durante a administração da injeção. A segurança e o bem-estar do paciente devem ser a prioridade, e a colaboração interprofissional é essencial para garantir uma administração adequada e segura de medicamentos por meio de injeções. b) A técnica correta de aplicação de uma injeção intramuscular requer alguns cuidados específicos, conforme descrito por Smeltzer et al. (2010). É crucial que o farmacêutico escolha o local de injeção apropriado, levando em consideração as recomendações de cada medicamento e a região muscular adequada para a administração. Além disso, é essencial seguir as técnicas de assepsia adequadas, garantindo a limpeza da área de injeção para evitar contaminação. Durante o procedimento, o farmacêutico deve inserir a agulha em um ângulo de 90 graus em relação à pele, assegurando que a agulha esteja completamente inserida na musculatura alvo. Isso é fundamental para garantir a absorção correta do medicamento e evitar a administração no tecido subcutâneo, o que pode resultar em desconforto, dor e reações adversas. É importante ressaltar que cada músculo tem um volume máximo recomendado para injeção, e o farmacêutico deve estar ciente dessas diretrizes para evitar lesões ou danos ao paciente. O conhecimento das especificações de cada medicamento, como a dosagem máxima e a velocidade de administração, é fundamental para a correta aplicação da 16 injeção intramuscular. Ao seguir essas orientações, o farmacêutico contribui para a eficáciado tratamento e minimiza os riscos associados à administração intramuscular de medicamentos. c) Na situação apresentada, é necessário que o farmacêutico avalie a intensidade e a duração da dor e do inchaço no local da injeção, seguindo as recomendações de Kheir et al. (2014). Essa avaliação permitirá determinar a gravidade da reação e tomar as medidas apropriadas. Caso a reação seja leve e transitória, o farmacêutico pode recomendar medidas para alívio da dor e do inchaço, como a aplicação de compressas frias na região afetada. Entretanto, se a reação for mais intensa ou persistente, é recomendado encaminhar a paciente para avaliação e tratamento adequados por um médico. Essa medida é essencial para garantir que a paciente receba a assistência necessária e que a reação adversa seja devidamente gerenciada. É importante que o farmacêutico esteja preparado para lidar com possíveis reações adversas às injeções, pois isso pode impactar na adesão do paciente ao tratamento e na eficácia da terapia. Além disso, o farmacêutico deve estar ciente dos sinais de reações mais graves ou de complicações relacionadas à administração da injeção, para que possa agir prontamente e buscar ajuda médica quando necessário. Dessa forma, o acompanhamento cuidadoso das reações e a pronta intervenção do farmacêutico contribuem para o bem-estar e a segurança da paciente, bem como para a efetividade do tratamento. 17 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO 18 CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante o estágio realizado na farmácia de médio porte em Arapiraca-AL, foi possível vivenciar e desenvolver diversas atividades relacionadas à gestão farmacêutica, controle de medicamentos injetáveis e dispensação de medicamentos. Através dessa experiência, adquirimos conhecimentos e habilidades essenciais para sua formação como profissional farmacêutico. No âmbito da gestão farmacêutica, foi realizada a gestão de estoque, aquisição de medicamentos, controle de validade e descarte de medicamentos vencidos. A manipulação e administração de medicamentos injetáveis também foi uma responsabilidade durante o estágio, exigindo o cumprimento rigoroso de normas e procedimentos de segurança. A supervisão adequada proporcionou a oportunidade de preparar e administrar esses medicamentos. A dispensação de medicamentos foi uma atividade significativa, permitindo ao estagiário orientar os pacientes sobre posologia, interações medicamentosas, efeitos colaterais e precauções. Além disso, o estágio proporcionou a oportunidade de lidar com uma população diversificada, composta por pacientes crônicos, idosos, gestantes e outros. O desenvolvimento de habilidades em assistência farmacêutica, seguindo as recomendações do Conselho Federal de Farmácia (CFF, 2017), contribuiu para garantir o uso correto de medicamentos e promover a saúde dos pacientes. A aplicação das normas da portaria 344/98 foi colocada em prática vendo a área de cada tipo de receita e quais os medicamentos são colocados em cada tipo de notificação, foi visto também o termo de responsabilidade que alguns medicamentos dispõem. Em resumo, o estágio em gestão farmacêutica e injetáveis foi uma experiência enriquecedora, possibilitando o desenvolvimento de habilidades essenciais para a atuação profissional na área da saúde. Agradeço a supervisora de campo a Farmacêutica Cristane da Silva Canuto, por todo conhecimento e experiencia passada. 19 REFERÊNCIA Bovo, F., Wisniewski, P., & Martins Morskei, M. L. (2016). Atenção Farmacêutica: papel do farmacêutico na promoção da saúde. Biosaúde, disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/biosaude/article/view/24303 Ministério da Saúde. Decreto-Lei n.º 307/2007, de 31 de Agosto, Regime Jurídico das Farmácias de Oficina. Diário da República, 1.ª série, n.º 168. Ministério da Saúde. Decreto- Lei n.º 171/2012, de 1 de agosto. Diário da República, 1ª Série, n.º 148. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/1998/prt0344_12_05_1 998_rep.html Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 596, de 21 de fevereiro de 2014. Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/596.pdf. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 357/2001. Disponível em: http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/357.pdf Ferreira, A., et al. (2020). Legal aspects of medication management: A comprehensive analysis. Journal of Pharmaceutical Law and Ethics, 8(2), 156-173. Ministério da Saúde. (2018). Diretrizes da Assistência Farmacêutica no Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde. Rocha, G., et al. (2022). Objectives of pharmaceutical internships: A qualitative analysis. Journal of Pharmacy Education and Practice, 25(3), 221-236. Rossi, M., et al. (2019). Effective medication management in healthcare settings: A review of best practices. International Journal of Healthcare Management, 12(2), 95-110. Santos, F., & Oliveira, R. (2021). Effective communication skills in pharmacy practice: A systematic review. 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APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIA