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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ 
ALEXANDRA MARIA STEIN HAYASHI 
 
 
 
 
 
 
VESTIDOS CONFECCIONADOS PARA DIFERENTES TIPOS DE 
CORPOS COM A TÉCNICA DE MODELAGEM/MOULAGE 
SHINGO SATO 
 
Relatório técnico científico apresentado ao 
Curso de Design de Moda da Faculdade de 
Ciências Exatas e de Tecnologia da 
Universidade Tuiuti do Paraná como 
requisito para obtenção do grau bacharel em 
Design de Moda. 
Orientadora: Prof. Ms. Eunice Lopez Valente 
 
 
 
 
CURITIBA 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para André Hayashi, a luz que ilumina meu caminho. 
E para meus filhos, Luis e Tammy, pelo amor incondicional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço ao amor da minha existência André Hayashi por sempre acreditar em 
mim e caminhar ao meu lado. Você é a força invisível que me faz acreditar na 
vida, mesmo nos momentos em que eu duvido de tudo. 
Aos meus filhos, Luis e Tammy, por sempre me apoiarem e retribuírem todo o 
amor. Vocês me inspiram. 
Aos meus pais e irmã, que são um porto seguro, sempre. 
À minha orientadora e amiga Eunice Lopez Valente, pela paciência, incentivo, 
sabedoria e carinho sempre. 
Aos professores, pelo conhecimento compartilhado. 
A minha amiga Paôla Legnani por estar sempre ao meu lado. 
À Maria Teresa Zanco, por compartilhar seu tempo e me ajudar na construção 
deste projeto. 
E gratidão a todos as outras pessoas que me ajudaram ao longo desse 
percurso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O que você tem, todo mundo pode ter, mas o que você é, ninguém pode ser.” 
Constanza Pascolato 
 
RESUMO 
 
O vestido fez parte do vestuário feminino ao longo de toda a história da moda e 
se tornou um ícone do estilo. A partir do estudo e da percepção de diferentes 
biotipos e da imagem projetada por eles, este projeto consiste na busca pelo 
desenvolvimento de uma coleção de vestidos no estilo cocktail dress, com 
inspiração nas pedras preciosas e na modelagem/moulage tridimensional do 
designer japonês Shingo Sato. O projeto apresenta os resultados de um estudo 
quantitativo aplicado a 257 mulheres com a faixa etária a partir de 25 anos, na 
cidade de Curitiba, no estado do Paraná. Com o objetivo de valorizar o corpo 
feminino nos seus diferentes tipos físicos, a coleção conta com o 
desenvolvimento de cinco roupas criadas para os corpos ampulheta, retângulo, 
triângulo, triângulo invertido e oval. As pedras inspiradoras foram a ametista, a 
esmeralda, o topázio amarelo, o diamante e o rubi em lapidações semelhantes 
aos biotipos que representam, assim como a cartela de cores que as definem. 
Para a compreensão e fundamentação deste projeto, foram utilizados Baxter 
(2011), Treptow (2013), Aguiar (2011) e Pazmino (2015). 
 
Palavras-chave: Vestido; Gemas; Biotipos; Moulage; Shingo Sato. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The dress has been part of the female clothing during the history of fashion and 
became a style icon. From the study and perception of different biotypes and the 
image projected by them, this project is the development of a cocktail dress style 
collection, with the inspiration of gemstones and the tridimensional 
molding/moulage from the Japanese designer Shingo Sato. The project presents 
the results of a quantitative analysis applied on 257 women from the age of 25 in 
the city of Curitiba in the state of Paraná. The collection presents five clothes 
created for the hourglass, rectangle, inverted triangle and oval body shapes with 
the aim of appreciating the female bodies in its different body types. The 
gemstones used were the amethyst, the emerald, the yellow topaz, the diamond 
and the ruby with similar shapes of the body types and also the color pallet that 
define them. For the comprehension and foundation of this project, Baxter (2011), 
Treptow (2013), Aguiar (2011) e Pazmino (2015) were used. 
 
Palavras-chave: Dress; Gemstones; Biotypes; Moulage; Shingo Sato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
FIGURA 01 – FOTO DO PRODUTO.................................................................15 
FIGURA 02 – YOHJI YAMAMOTO.................................................................... 17 
FIGURA 03 – INDUMENTÁRIA DE YOHJI YAMAMOTO..................................17 
FIGURA 04 – REI KAWAKUBO......................................................................... 18 
FIGURA 05 – INDUMENTÁRIA DE REI KAWAKUBO I ................................... 19 
FIGURA 06 - INDUMENTÁRIA DE REI KAWAKUBO II ................................... 19 
FIGURA 07 – ISSEY MIYAKE .......................................................................... 20 
FIGURA 08 – COLEÇÃO PLEATS PLEASE......................................................21 
FIGURA 09 – ORIGAMI DE ISSEY MIYAKE..................................................... 21 
FIGURA 10 – JUNYA WATANABE .................................................................. 22 
FIGURA 11 – INDUMENTÁRIA DE JUNYA WATANABE................................. 23 
FIGURA 12 – HIROAKI OHYA.......................................................................... 24 
FIGURA 13 – INDUMENTÁRIA DE HIROAKI OHYA........................................ 24 
FIGURA 14 – KOJI TATSUNO.......................................................................... 25 
FIGURA 15 – INDUMENTÁRIA DE KOJI TATSUNO........................................ 25 
FIGURA 16 – JUN TAKAHASHI ....................................................................... 26 
FIGURA 17 - INDUMENTÁRIA DE JUN TAKAHASHI...................................... 26 
FIGURA 18 – TIPOS DE CORPOS .................................................................. 28 
FIGURA 19 –SHINGO SATO............................................................................ 31 
FIGURA 20 – TÉCNICAS DA TR SCHOOL – SHINGO SATO......................... 32 
FIGURA 21 – AMETISTA.................................................................................. 55 
FIGURA 22 – ESMERALDA.............................................................................. 56 
FIGURA 23 – DIAMANTE ................................................................................. 57 
FIGURA 24 – RUBI............................................................................................ 57 
FIGURA 25 – TOPÁZIO AMARELO ................................................................. 58 
FIGURA 26 – FOTO VESTIDO AMETISTA........................................................86 
FIGURA 27 – FOTO VESTIDO ESMERALDA....................................................87 
FIGURA 28 – FOTO VESTIDO DIAMANTE.......................................................88 
FIGURA 29 – FOTO VESTIDO RUBI.................................................................89 
FIGURA 30 – FOTO VESTIDO TOPÁZIO AMARELO........................................90 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
QUADRO 01 – AS PEDRAS PRECIOSAS........................................................ 29 
QUADRO 02 – ANÁLISE DIACRÔNICA ............................................................34 
QUADRO 03 – ANÁLISE SINCRÔNICA ............................................................38 
QUADRO 04 – PAINEL DE PÚBLICO-ALVO ....................................................43 
QUADRO 05 – ANÁLISE ESTRUTURAL VESTIDO AMETISTA ......................47 
QUADRO 06 – ANÁLISE ESTRUTURAL VESTIDO ESMERALDA...................48 
QUADRO 07 – ANÁLISE ESTRUTURAL VESTIDO DIAMANTE.......................49 
QUADRO 08 – ANÁLISE ESTRUTURAL VESTIDO RUBI................................49 
QUADRO 09 – ANÁLISE ESTRUTURAL VESTIDO TOPÁZIO AMARELO I......50 
QUADRO 10 – ANÁLISE ESTRUTURAL VESTIDPO TOPÁZIO AMARELO II..51 
QUADRO 11 – ETIQUETA.................................................................................53 
QUADRO 12 – TAG...........................................................................................54não surge do nada, ela vem do 
repertório acumulado pelo individuo e um esforço consciente em busca de uma 
solução. “Portanto, não ocorre aleatoriamente a qualquer pessoa, mas somente 
aquelas que se preparam para recebê-lo” (BAXTER, 2011, p.87). 
 As gemas não possuem uma definição única, mas têm um denominador 
comum. Todas possuem algo especial ou uma beleza em torno delas. Algumas delas 
são extremamente raras e consideradas belas por sua cor, outras por sua resistência 
ou inclusões exclusivas. (SCHUMANN, 2006). 
Existem centenas de espécies e materiais preciosos na natureza. A cor é uma 
das características mais importantes destas pedras. Neste projeto, a forma da 
lapidação delas ou sua configuração no estado bruto irão ajudar a fundamentar a 
inspiração. A lapidação de uma gema não segue uma regra geral, mas está ligada a 
princípios químicos e físicos de resistência de materiais e refração da luz. Baseado 
nesta impressão ótica das rochas lapidadas, elas costumam ser divididas em facetas, 
lisas ou mista. (SCHUMANN, 2006) 
Serão utilizadas como jóias inspiradoras: a ametista, a esmeralda, o diamante, 
o rubi e o topázio imperial. Cada uma das pedras possui características de lapidação 
que serão as referências para a criação do vestido e associadas a um biotipo na 
coleção. As pedras podem ser observadas nas figuras 21,22, 23 24 e 25 juntamente 
com a lapidação escolhida para a inspiração. 
 
FIGURA 21 – AMETISTA 
FONTE: https://st3.depositphotos.com/4875319/14627/i/1600/depositphotos_146270051-stock-photo-
macro-mineral-stone-amethyst-on.jpg 
 56 
A ametista é uma pedra encontrada no Brasil e ela possui uma cor que varia 
do roxo ao violeta-claro. Sua aparência é de cristais pontiagudos e transparentes. 
Pode ser um geodo, um aglomerado ou uma ponta de cristal. É encontrada em vários 
tamanhos. É um dos cristais mais comuns que existem e uma das pedras mais 
apreciadas do grupo dos quartzos. (HALL, 2008). 
A ametista é uma pedra associada as forças sobrenaturais (HALL,2008). No 
projeto, a lapidação escolhida para este cristal, é o seu estado natural na natureza e 
esta pedra irá inspirar o vestido para o biotipo ampulheta. 
 
 
FIGURA 22 – ESMERALDA 
FONTE: https://ae01.alicdn.com/kf/HTB1gXhiIFXXXXaHXXXXq6xXFXXXA/Ret-ngulo-esmeralda-
criado-gemstone-beads-elegante-pedra-pedras-preciosas-flawless-verde-belo-lustre-raridade-
esmeralda.jpg 
 
 A esmeralda é uma pedra Brasileira, mas também é encontrada na Índia, 
Zimbábue, Tanzânia, Egito e Áustria. Sua aparência é de uma gema pequena e 
brilhante ou a de cristais grandes e anuviados. É uma pedra rara, e as que possuem 
qualidade de gemas e podem, se lapidadas, serem muito caras, as esmeraldas no 
estado bruto tem preços mais praticáveis. A lapidação mais comum utilizada para 
esta pedra é em camadas, porém pode ser observada a lapidação brilhante. Sua cor 
é verde (HALL, 2008). 
A esmeralda será utilizada na lapidação em facetas oito por oito, conforme 
figura 22 e servirá de inspiração para o corpo de forma retangular. 
 
 57 
 
FIGURA 23 – DIAMANTE 
FONTE: https://http2.mlstatic.com/joia-foto-unha-diamante-pedra-pedraria-cristal-swarovski-
D_NQ_NP_654974-MLB26936454773_032018-F.jpg 
 
 O diamante é uma gema preciosa encontrada no Brasil. Pequena, transparente 
e sem manchas quando lapidada e polida. Pode ser encontrada nas cores branco, 
amarelo, azul, marrom e cor de rosa. É uma pedra com alto valor comercial 
(HALL,2008). 
O diamante recebeu esse nome devido a sua dureza, pois não existe nada 
comparável a ele. Sua resistência a lapidação é 140 vezes superior a pedras como o 
rubi e safiras. Seu brilho é muito intenso e o distingue de falsificações (SCHUMANN, 
2006). 
 O corpo de forma triângulo invertido terá esta pedra como inspiração e a 
lapidação escolhida é a brilhante completa, conforme figura 23. 
 
 
FIGURA 24 – RUBI 
FONTE: https://http2.mlstatic.com 
 
 Esta pedra vermelha, conhecida como rubi, possui aparência brilhante e 
transparente quando está na sua forma polida. Quando ainda está no estado bruto, 
 58 
possui uma cor opaca. O cristal lapidado é pequeno e como é uma pedra rara, tem 
um custo elevado. É encontrado em vários lugares do mundo (HALL, 2008). 
O rubi deve seu nome à sua cor vermelha, do latim, rubeus. É o mineral com o 
maior índice de dureza depois do diamante, possui frequentemente inclusões, o que 
não desmerece a pedra. Elas são consideradas as gemas mais caras, pois são muito 
raras de serem encontradas em pedras grandes (SCHUMANN, 2006). 
O rubi inspira o vestido desenvolvido para o biótipo oval e a lapidação escolhida 
para esta gema é a lapidação brilhante completa, conforme figura 24. 
 
 
FIGURA 25 – TOPÁZIO AMARELO 
FONTE: https://http2.mlstatic.com/1108ct-maravilhoso-topazio-imperial-natural-D_NQ_NP_851025-
MLB25361744908_022017-F.jpg 
 
 O topázio amarelo é um cristal transparente e pontudo, muitas vezes pequenos 
e facetados ou encontrado em grandes pedaços. É uma pedra comum e fácil de ser 
encontrado em joalherias e lojas especializadas em gemas. É encontrado em vários 
países (HALL, 2008). 
Esta gema em uma lapidação mista, em forma de gota, servirá como inspiração 
do vestido confeccionado para o biótipo de triângulo, conforme figura 25. 
A partir da escolha das pedras que inspiram o projeto e utilizando o estudo da 
semiótica de Peirce, estudado por Santaella, será realizada a análise referente a 
inspiração deste trabalho da seguinte maneira. 
Pierce definiu a existência de “três e não mais que três, elementos formais e 
universais em todos os fenômenos que se apresentam a percepção e a mente”. 
(SANTAELLA, 2016, p.7) 
 
“Num nível de generalização máxima, esses elementos foram chamados de 
primeiridade, secundidade e terceiridade. A primeiridade aparece em tudo 
que estiver relacionado com o acaso, possibilidade, qualidade, sentimento, 
 59 
originalidade, liberdade, mônada. A secundidade está ligada às ideias de 
dependência, determinação, dualidade, ação e reação, aqui e agora, conflito, 
surpresa, dúvida. A terceiridade diz respeito a generalidade, continuidade, 
crescimento, inteligência. A forma mais simples da terceiridade, segundo 
Peirce, manifesta-se no signo, visto que o signo é um primeiro (algo que se 
apresenta à mente), ligando um segundo (aquilo que o signo indica, se refere 
ou representa) a um terceiro (o efeito que o signo irá provocar em um possível 
interprete) “ (SANTAELLA, 2016, p.7). 
 
Compreendendo os requisitos para a análise dos signos que a inspiração 
representa será necessária a análise de primeiridade, secundidade e terceiridade de 
cada uma das gemas da inspiração, conforme disposto nos quadros 13, 14, 15 16, e 
17. 
 
 
 
FONTE: https://st3.depositphotos.com/4875319/14627/i/1600/depositphotos_146270051-
stock-photo-macro-mineral-stone-amethyst-on.jpg 
 
AMETISTA 
Primeiridade/ Ícone Gema 
Secundidade/ Índice Lapidação Bruta 
Terceiridade/ Símbolo Misticismo 
QUADRO 13 – ANÁLISE SEMIÓTICA I 
FONTE: a própria autora 
 
A ametista é uma pedra do grupo dos quartzos. Um cristal de cor que varia 
entre o violeta e vermelho- violeta pálido. O significado do nome é de origem grega e 
quer dizer “não ébrio” não embriagado (Schumann, 2006). Seu formato é de cristais 
que crescem sob um substrato. Possuem pirâmides prismáticas que são símbolo de 
ascensão e desenvolvimento espiritual (Dicionário dos símbolos, 2005). Na maior 
parte desta pedra, as linhas são retas, porém inclinadas e se encontram nas pontas 
formando as pirâmides. As linhas inclinadas nos dois sentidos criam uma 
compensação e equilíbrio visual, além de manter movimento. 
 60 
A cor violeta é associada ao misticismo e tem um profundo efeito sobre a mente 
e são utilizadas pelos psiquiatras para acalmar os pacientes que sofrem problemas 
mentais e nervosos, é uma cor que equilibra a mente e ajuda a transformar as 
obsessões e os medos. Essa cor também promoveuma conexão com a música e a 
arte, o mistério a sensibilidade e a beleza (SIGNIFICADO DAS CORES, 2019). 
Mediante o estudo desta pedra, percebe-se que a sua associação mais comum 
é a de misticismo, que junto a cor violeta servirão de inspiração para este projeto. 
 
 
FONTE: https://ae01.alicdn.com/kf/HTB1gXhiIFXXXXaHXXXXq6xXFXXXA/Ret-ngulo-
esmeralda-criado-gemstone-beads-elegante-pedra-pedras-preciosas-flawless-verde-belo-
lustre-raridade-esmeralda.jpg 
 
ESMERALDA 
Primeiridade/ Ícone Gema 
Secundidade/ Índice Lapidação em facetas oito por oito 
Terceiridade/ Símbolo Equilíbrio 
QUADRO 14 – ANÁLISE SEMIÓTICA II 
FONTE: a própria autora 
 
 A palavra esmeralda tem origem grega “smaragdos” e significa “pedra verde”, 
que varia entre os tons de verde esmeralda, verde-claro, verde-amarelo e verde-
escuro. Pertence ao grupo dos berilos e é considerada a mais nobre das pedras deste 
grupo. Nestas pedras, é comum encontrar inclusões chamadas “jardim”. A lapidação 
mais indicada para este mineral é em camadas ou degraus. (SCHUMANN, 2006). 
 Ao observar a imagem, possui linhas retas que estão associadas a estabilidade 
e perfeição (DICIONÁRIO DOS SÍMBOLOS, 2005). 
 A cor verde pode ser associada ao equilíbrio e significa liberdade, esperança, 
natureza, dinheiro e juventude. Esta coloração acalma e traz equilíbrio ao corpo e ao 
espirito. (SIGNIFICADO DAS CORES, 2019). 
 61 
 É possível constatar que a esmeralda é associada ao equilíbrio e sua forma e 
cor servirão na inspiração deste projeto. 
 
 
 
FONTE: https://http2.mlstatic.com/joia-foto-unha-diamante-pedra-pedraria-cristal-swarovski-
D_NQ_NP_654974-MLB26936454773_032018-F.jpg 
 
DIAMANTE 
Primeiridade/ Ícone Gema 
Secundidade/ Índice Lapidação brilhante completa 
Terceiridade/ Símbolo Pureza 
QUADRO 15 – ANÁLISE SEMIÓTICA III 
FONTE: a própria autora 
 
O diamante é uma pedra de grande dureza e resistência e a origem do seu 
nome vem do grego e quer dizer inconquistável, indomável. É uma gema que tem as 
seguintes cores: incolor, amarelo, castanha, verde, azul, avermelhada e negra. A cor 
mais comum é a transparente. Possui um brilho intenso e é muito resistente. A 
lapidação mais indicada para essa pedra é a facetada brilhante, para melhor 
aproveitamento do seu brilho e perfeição com o número perfeito de 32 facetas 
(SCHUMANN, 2006). 
Esta gema está associada a pureza, por isso é usada em pedidos de noivado 
como símbolo de amor eterno e fidelidade do casal (HALL, 2008). 
Devido a esta simbologia, o diamante servirá como inspiração a coleção com 
sua cor e forma. 
 
 62 
 
FONTE: https://http2.mlstatic.com 
 
RUBI 
Primeiridade/ Ícone Gema 
Secundidade/ Índice Lapidação brilhante completa 
Terceiridade/ Símbolo Paixão 
QUADRO 16 – ANÁLISE SEMIÓTICA IV 
FONTE: a própria autora 
 
O rubi é uma pedra que pertence ao grupo dos córidons. Ela é resistente e com 
a cor predominante vermelho. Essa cor tem origem no latim “rubeus” e significa 
vermelho. Esta cor é associada ao símbolo de princípio da vida, com sua força e brilho, 
ela também é associada a sedução (DICIONÁRIO DE SIMBOLOS, 2005). 
Sua lapidação pode ser realizada de várias maneiras, porém a mais comum é 
a lapidação facetada (SCHUMANN, 2006). 
Para este projeto foi utilizada como inspiração a gema com lapidação em faces. 
Suas linhas curvas, são traços que reforçam a forma feminina e corpo da mulher. 
Estas formas arredondadas também transmitem a ideia de plenitude, eternidade, 
perfeição e de algo sem início e sem fim. 
 Esta gema está associada devido à sua cor a paixão e servirá como inspiração 
a coleção por meio de sua forma. 
 
 63 
 
FONTE: https://http2.mlstatic.com/1108ct-maravilhoso-topazio-imperial-natural-
D_NQ_NP_851025-MLB25361744908_022017-F.jpg 
 
TOPÁZIO AMARELO 
Primeiridade/ Ícone Gema 
Secundidade/ Índice Lapidação mista em forma de gota 
Terceiridade/ Símbolo Empatia 
QUADRO 17 – ANÁLISE SEMIÓTICA V 
FONTE: a própria autora 
 
Este cristal tem a cor amarela e lapidação mista, unindo linhas retas e curvas 
que já foram anteriormente justificadas nas pedras anteriores. Esta gema está 
associada a empatia, pois suaviza, cura, estimula e alinha os meridianos do corpo. 
Sua cor amarela significa brilho, vida e esclarecimento (HALL, 2008). 
A forma desta pedra é mista, ela possui linhas retas que proporcionam a 
sensação de equilíbrio e as curvas que lembram movimento. 
A análise desta rocha remete a inspiração do vestido que será desenvolvido 
para o corpo com biotipo triângulo invertido. 
 
3.8.1 Painel de inspiração 
 
O painel de inspiração é uma das técnicas que ajudam a conceber de forma 
clara a visualização das principais características do projeto e consequente no 
desenvolvimento da geração de alternativas (PAZMINO, 2015). O painel de inspiração 
deste projeto pode ser observado no quadro 18. 
 
 
 64 
 
 
 
QUADRO 18 – PAINEL DE INSPIRAÇÃO 
FONTE: a própria autora 
 
 A pedra ametista está relacionada com o corpo em forma de ampulheta. Esta 
silhueta permite que a mulher utilize qualquer tipo de roupa, pois é o corpo com maior 
equilíbrio entre os biotipos. A relação entre ombros, cintura e quadril é bem 
evidenciada e assim como a pedra da inspiração, a mulher com está forma pode ousar 
em modelagens. 
Na esmeralda esta relação de proporção pode também ser observada, porém, 
existe uma pequena diferença entre as medidas de cintura, ombros e quadril. Esta 
forma da pedra inspirou a cor e o biotipo analisado, assim como a técnica utilizada na 
modelagem que possuem degraus como na lapidação da mesma. 
O diamante representa a mulher com o biotipo de triangulo invertido, quando 
observado em sua vista lateral, o diamante possui esse formato que pode ser 
associado ao corpo analisado pois a proporção entre ombros e quadril, assemelha-se 
com a forma da pedra lapidada. A modelagem nesse caso é posicionada na frente da 
saia e representa a lapidação facetada do diamante em sua vista superior. 
O topázio amarelo representa o biotipo triângulo. Esse corpo assim como a 
pedra lapidada na forma de gota possuem a parte inferior maior do que a superior, 
 65 
para criar equilíbrio na modelagem foram utilizadas técnicas que valorizassem a parte 
superior do torso. 
Para a pedra rubi com lapidação redonda foi associado o biotipo oval pois 
ambos possuem linhas curvas. Para valorizar esse corpo e a pedra da inspiração, foi 
desenvolvida uma modelagem com repetição de linhas nas laterais do vestido por 
meio da técnica de origami. 
 
3.9 CONCEITO 
 
O conceito é a essência comum aos produtos. Segundo Pires apud Sanches 
(2008, p. 292), a função do conceito é estabelecer “parâmetros comunicativos e de 
uso prático mais adequado ao universo consumidor”. 
 
“o Conceito Gerador será traduzido em referências de linguagem visual, 
captadas a partir daquilo que o estilismo, normalmente denomina como tema, 
o qual servirá como fio condutor de integração e harmonia do conjunto de 
produtos que são lançados simultaneamente. Neste contexto, muitas vezes 
é empregada a elaboração de painéis de imagens que expressam estes 
referenciais estético-formais” (SANCHES apud PIRES, 2008, p.292). 
 
A lapidação dá forma à pedra e ressalta a beleza da sua cor, lapidando o corpo 
pela dimensão estética de uma gema, transformando o primitivo, ressaltando o belo e 
valorizando a beleza das curvas da mulher. 
 
3.10 AMBIÊNCIA 
 
A ambiência ajuda na definição e visualização do conceito do produto de 
maneira a simplificar o significado deste. O painel deve ser claro e representar o 
público ao qual se destina. (PAZMINO, 2015) 
 Segundo Baxter (2011), o painel de conceito ou da expressão do produto 
representa o seu significado, a emoção que deve transmitir ao primeiro olhar. 
 
3.10.1 Painel de Ambiência 
 
 A ambiência deste projeto pode ser observada no quadro 19. Ele revela 
imagens que representam o conceito desta coleção.As imagens que compõem este 
painel foram manipuladas para melhor expressar o conceito da coleção, a repetição 
 66 
das pedras selecionadas para o desenvolvimento do projeto, é relacionada oa ao 
procedimento de lapidação, onde a pedra passa por etapas de transformação para 
chegar ao ápice de sua beleza, este conceito de beleza é definido por Shumann (2006, 
p. 66) e baseia-se na impressão óptica das gemas e não segue um juízo de valor 
pessoal, conforme mostra o quadro 11. As cores das pedras estão em evidência no 
painel e fazem parte da cartela de cores que inspira o projeto assim como as suas 
formas. 
 
 
 
QUADRO 19 – PAINEL DE AMBIÊNCIA 
FONTE: a própria autora 
 
 
Este painel pretende reforçar a ideia do conceito gerador, subdividido em 
pedras, biotipos e cores, expressam a visualmente a proposta desta coleção de 
vestidos para mulheres reais. 
 
3.11 PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NO PROCESSO DO PRODUTO 
 
 Durante o desenvolvimento dos moldes, foram utilizadas técnicas mistas de 
modelagem e moulage. Baseado no estudo de Shingo Sato e suas técnicas iniciou-
se o desenvolvimento da peça piloto. 
Cada produto desenvolvido utilizará uma técnica que mais esteja mais 
adequada ao croqui desenhado, conforme propõe as técnicas do estilista. 
 67 
3.11.1 DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO 
 
As etapas da evolução do projeto estarão dispostas e explicadas nos quadros 
20, 21, 22, 23 e 24 ilustrando algumas as etapas de modelagem e moulage dos 
vestidos desenvolvidos. Cada vestido foi desenvolvido sob medida para as modelos 
com o corpo com o biotipo relacionado com as pedras da inspiração. 
 
 
 
 
 
Construção do molde de 
vestido básico. 
 
 
 
Montagem do vestido no papel 
craft. 
 
 
 
 
Montagem do primeiro 
molde em algodão cru. 
 
 
 
Vestido em algodão cru 
preparado para testes. 
 
 
 
inserção das formas 
geométricas da inspiração. 
 
 
 
teste de posicionamento. 
 
 
 
 
vista lateral do modelo teste. 
 
 
 
Estudo para construção dos 
moldes em 2D. 
 
 
 
recorte do molde para 
planificação. 
 
 68 
 
 
 
 
 
inserção de triângulo para o 
desenvolvimento da 
modelagem de Shingo Sato. 
 
 
 
 
Vista superior do vestido 
planificado. 
 
 
 
teste de costura para verificação 
de posicionamento das formas. 
 
 
 
teste de montagem do 
protótipo. 
 
 
 
 
primeiro protótipo para 
ajustes e prova (vista 
frontal). 
 
 
 
primeiro protótipo para ajustes e 
prova (vista lateral/costas). 
 
 
 
 
inicio dos testes no 
tecidoescolhido para o 
vestido desenvolvido 
 
 
 
 
testes com entretela rígida 
para valorização das formas 
 
 
 
teste para colocaçao de 
entretela na parte inferior 
 69 
 
 
 
deformação ocorrida na 
parte inferior. 
 
 
Retirada da entretela e 
aprimoramento da 
modelagem 
 
 
protótipo finalizado para a prova 
na modelo e ajustes finais 
 
QUADRO 20 – PROCESSO DE MODELAGEM/MOULAGE I 
FONTE: a própria autora 
 
A partir dos testes realizados nas etapas descritas no quadro 20, entre elas a 
construção do molde plano em papel craft, testes de modelagem no manequim de 
moulage, desenvolvimento de formas e posicionamento no manequim com algodão 
cru e inserção de técnicas de design de Shingo Sato, chega-se no protótipo do vestido 
que será desenvolvido. O período de desenvolvimento e de testes do protótipo durou 
10 dias distribuídos em 1 mês e 10 dias de estudo, sendo necessário ajustes e testes 
para aperfeiçoamento do vestido. Testes com entretela foram realizados, mas não 
geraram bons resultados, pois alteram a forma original na moulage da parte inferior 
do vestido. O vestuário foi finalizado após quatro tentativas. A parte superior foi 
entretelada, não sendo necessário o uso de corset para a sustentação. Já na parte da 
saia, foi realizada a execução da peça no tecido e com forro para aprimorar o 
acabamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 70 
 
 
 
Desenvolvimento do toile no 
tamanho da modelo. 
 
 
Corte de triângulos para 
inserir as nesgas no 
vestido. 
 
 
Preparação para a costura das 
nesgas. 
 
 
Estudo para inserção das curvas 
da técnica de Shingo Sato. (vista 
frontal). 
 
 
Estudo para inserção das 
curvas da técnica de 
Shingo Sato. (vista 
frontal). 
 
 
 
 
 
 
Estudo para a planificação do 
molde do vestido. 
 
 
 
Molde do vestido planificado 
 
 
Posicionamento do molde 
para o corte no tecido. 
 
 
 
Montagem do vestido 
 
 71 
 
 
Prova do vestido na modelo para 
ajustes. 
 
 
Prova do vestido na 
modelo para ajustes. 
 
 
Prova do vestido na modelo 
para ajustes. 
 
QUADRO 21 – PROCESSO DE MODELAGEM/MOULAGE II 
FONTE: a própria autora 
 
 As etapas desenvolvidas para a construção do vestido inspirado no topázio 
amarelo, quadro 21, iniciaram com o desenvolvimento do molde em papel craft, depois 
de montado em algodão cru e ajustado ao tamanho da modelo, foi realizado o estudo 
de aplicação das curvas para a manipulação para a execução da técnica de Shingo 
Sato. Os pontos são posicionados em pontos críticos da modelagem para melhor 
desenvolvimento da curvatura e costura posterior. O período de desenvolvimento e 
de testes do protótipo durou 4 dias, sendo necessário ajustes e testes para 
aperfeiçoamento do vestido. O vestuário foi finalizado após 3 provas na modelo. A 
parte superior do vestido foi desenvolvida para criar a proporção desejada, não sendo 
necessário o uso de corset para a sustentação. Já na parte da saia, foi realizada a 
execução da peça no tecido e com forro para aprimorar o acabamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 72 
 
 
 
Desenvolvimento de molde 
para o vestido. 
 
 
Prova do molde no manequim 
de moulage. 
 
 
Corte das partes do molde 
para costura. 
 
 
Corte do molde planificado. 
 
 
Montagem da lateral do 
vestido (parte interna). 
 
 
Montagem da lateral do 
vestido (parte externa). 
 
 
Prova do vestido na modelo 
para ajustes. 
 
 
Vestido com ajustes. 
 
 
Vestido com ajustes (vista 
lateral). 
 
QUADRO 22 – PROCESSO DE MODELAGEM/MOULAGE III 
FONTE: a própria autora 
 
 73 
 O vestido inspirado na pedra rubi, quadro 22, foi desenvolvido para a mulher 
de biotipo oval. A modelagem foi realizada sob medida a partir das medidas retiradas 
da modelo. O recorte em U foi utilizado para valorizar o corpo da mesma, e o 
posicionamento da técnica foi nas laterais para valorizar a cintura que deveria estar 
em destaque. O desenvolvimento da modelagem lateral do vestido foi criado seguindo 
as técnicas de origami em forma de espiral do designer Shingo Sato. 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento da 
modelagem plana do vestido. 
 
 
Desenvolvimento da técnica 
de origami de Shingo Sato no 
vestido. 
 
 
 
Resultado do origami no 
tecido. 
 
 
Montagem do vestido 
 
 
Montagem do vestido e 
posicionamento dos recortes. 
 
 
 
Posicionamento do forro. 
 74 
 
 
Acabamento interno do 
vestido. 
 
 
Prova do vestido na modelo. 
 
 
QUADRO 23 – PROCESSO DE MODELAGEM/MOULAGE IV 
FONTE: a própria autora 
 
 Esta modelagem observada no quadro 23, segue os princípios adotados nos 
vestidos anteriores, inspirado na pedra esmeralda e desenvolvido para o corpo 
retângulo, utiliza-se a técnica de origami bamboo para desenvolvimento da lateral. O 
vestido foi feito sob medida para a modelo, possui barbatanas na parte superior 
dispensando o uso de entretela de sustentação. O forro é costurado na parte interna 
para acabamento aprimorado. 
 
 
 
 
Desenvolvimento de 
modelagem plana. 
 
 
 
Peça cortada para costura. 
 
 
Molde da saia do vestido com 
técnica Shingo Sato. 
 
 75 
 
Posicionamento do molde da 
saia para corte. 
 
Entretela cavalinha alinhavada 
no tecido para costura. 
 
Montagem da parte superior 
para teste. 
 
 
Montagem da parte inferior do 
vestido. 
 
 
Vestido montado no toile. 
 
 
Ajuste da barra e forro do 
vestido. 
 
QUADRO 24 – PROCESSO DE MODELAGEM/MOULAGEV 
FONTE: a própria autora 
 
O último vestido modelo, quadro 24, foi desenvolvido para o corpo triângulo 
invertido e tem como inspiração o diamante. Para esse vestido foi utilizada as medidas 
da modelo como biotipo triângulo invertido, descrito anteriormente. Alguns problemas 
foram diagnosticados ao longo do desenvolvimento da peça. Primeiro a qualidade do 
linho, foi utilizada uma fibra mista que ao ser entretelada encolheu, não havia mais 
tecido disponível para a compra e substituição do mesmo, sendo necessária a 
alteração do tecido da parte superior. Outra questão relevante na modelagem do 
protótipo foi a questão de a modelo estar amamentando. Durante o período da 
amamentação existe uma variação no tamanho da medida do seio da modelo, o q 
dificulta a prova e execução da peça sob medida. A modelagem da saia foi realizando 
utilizando a técnica do designer Shingo Sato. 
 
 
 76 
3.12 CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS 
 
 Segundo Pazmino (2015, p.224), “Inicialmente, são eliminadas as soluções 
absolutamente inadequadas (impraticáveis fisicamente). As alternativas devem 
passar por um “funil” em que as melhores soluções passam a ser avaliadas de forma 
mais criteriosa e outras soluções ficam para trás”. 
 As seleções de alternativas deste projeto devem seguir o planejamento de 
atender os requisitos da inspiração (forma e cor das gemas) e a construção de 
vestidos com característica de cocktail dress, para este será mantida a cintura 
marcada que é uma das características deste tipo de vestuário. Será respeitada a 
idade do público alvo (acima de 25 anos) e os tipos físicos que inspiram o 
desenvolvimento deste. Além destes requisitos estéticos, foi necessário avaliar o 
resultado com melhor vestibilidade e possibilidade de desenvolvimento com a 
moulage e as técnicas de Shingo Sato. 
 
3.13 REQUISITOS PARA O NOVO PRODUTO 
 
O desenvolvimento de novos produtos, deve-se observar as necessidades de 
clientes por meio de registros. Esses documentos são chamados de especificação do 
projeto e auxiliam a equipe de desenvolvimento a não esquecer nenhum detalhe 
durante o desenvolvimento deste. Estes requisitos devem ser possíveis de serem 
descritos como especificações técnicas. (PAZMINO, 2015). 
 
“É um conjunto de informações completas, ou seja, requisitos de um projeto 
com um valor meta atribuído. Para a preparação do documento devem ser 
levadas em consideração que revejam e finalizem os objetivos comerciais do 
produto, a partir da especificação da oportunidade e levantamento de 
informações internas e externas da empresa. Deve-se elaborar uma versão 
preliminar da especificação do projeto para depois submete-la às pessoas 
chave que fornecem as informações iniciais, para finalmente elaborar a 
versão final da especificação” (PAZMINO, 2015, p.28). 
 
A criação de uma coleção de vestidos inspirados em pedras preciosas, foram 
avaliados como requisitos os seguintes descritos abaixo. 
O principal elemento presente na coleção é a inspiração. As pedras preciosas 
são agentes que norteiam todo o processo de criação do produto. Por meio dele foi 
possível estabelecer os tipos de corpos e modelagem/moulage que deveria ser 
aplicado a cada uma das peças desenvolvidas. 
 77 
Encantar o consumidor pelo design e modelagem inovadora das peças também 
deve ser considerado como uma das especificações deste registro. 
As cores escolhidas para cada vestido, sustentam o embasamento na 
inspiração, e, portanto, devem ser considerados para o desdobramento do projeto. 
Além destas especificações, o projeto deve contar com peças que possuam 
praticidade durante o uso, respeitando a ergonomia, beleza e conforto retratando de 
forma coerente a mulher que é objeto da coleção, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 78 
4 RESULTADOS 
 
A coleção de vestidos, inspirados em pedras preciosas e com valorização do corpo 
feminino, visa como resultado construir peças distintas e inovadoras. A modelagem 
dos vestidos é construída com as técnicas do modelista Shingo Sato e pretende-se 
criar o efeito tridimensional em peças de vestuário respeitando as formas das gemas 
preciosas selecionadas e o biotipo das mulheres. 
 
4.1 SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS 
 
A seleção de alternativas foi desenvolvida para cumprir o propósito de 
desenvolvimento deste projeto. A partir da inspiração foram desenhados vestidos para 
as cinco gemas e cinco biotipos, conforme citados anteriormente. O processo de 
criação respeitou cada um dos requisitos da inspiração como linhas e formas, além 
da modelagem/moulage que incentiva esta proposta, conforme apresentado nos 
quadros 25, 26, 27, 28 e 29 dispostos a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 79 
 
 
 
 
QUADRO 25 – SELEÇÃO DE ALTERNATIVA 1 – (CONFECCIONADA) 
FONTE: a própria autora 
 
 
 80 
 
 
 
 
QUADRO 26 – SELEÇÃO DE ALTERNATIVA 2 – (CONFECCIONADA) 
FONTE: a própria autora 
 
 81 
 
 
QUADRO 27 – SELEÇÃO DE ALTERNATIVA 3 – (CONFECCIONADA) 
FONTE: a própria autora 
 
 82 
 
 
 
 
QUADRO 28 – SELEÇÃO DE ALTERNATIVA 4 – (CONFECCIONADA) 
FONTE: a própria autora 
 
 
 83 
 
 
QUADRO 29 – SELEÇÃO DE ALTERNATIVA 5 – (CONFECCIONADA) 
FONTE: a própria autora 
 84 
4. 2 CARTELAS 
 
As cartelas dispostas na sequência deste projeto, tem como finalidade facilitar as 
etapas de produção. As cartelas estão dispostas em quadros para visualização e 
tratam das cores dos tecidos, os aviamentos e materiais utilizados, assim como dos 
tecidos. 
 
4.2.1 Cartela de Cores 
 
As cores selecionadas para o desenvolvimento das cartelas são as cores das 
gemas que inspiram o projeto. São elas o roxo, verde, branco, vermelho e amarelo e 
estão dispostas na cartela de cores, no quadro 30. 
 
 
QUADRO 30 – CARTELA DE CORES 
FONTE: a própria autora 
 
4.2.2 Cartela de Materiais e Aviamentos 
 
Segundo Treptow (2013, p. 122): “os aviamentos são os materiais utilizados 
para a confecção de uma roupa além do tecido base”. 
Os materiais utilizados na coleção são o zíper, nas cores dos vestidos 
respectivos, barbatanas para estruturação dos vestidos, linha para a costura e 
entretela. A cartela de materiais e aviamentos está disposta no quadro 31. 
 85 
 
 
QUADRO 31 – CARTELA DE MATERIAIS E AVIAMENTOS 
FONTE: a própria autora 
 
4.2.3 Cartela de Tecidos 
 
 A cartela de tecidos visa demonstrar os materiais utilizados na coleção. 
(TREPTOW, 2013) 
O tecido selecionado para a produção dos vestidos da coleção é o linho, que é 
uma fibra natural e foi aprovado pelo público consumidor da pesquisa de público alvo. 
O forro utilizado em alguns dos vestidos é de cetim e auxilia no acabamento das 
peças, conforme quadro 32. 
 
QUADRO 32 – CARTELA DE TECIDOS 
FONTE: a própria autora. 
 86 
4.3 PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA 
 
 
 
 
FIGURA 26 – VESTIDO AMETISTA 
FONTE: Paulo Cibin 
 87 
 
 
 
 
FIGURA 27 – VESTIDO ESMERALDA 
FONTE: Paulo Cibin 
 88 
 
 
 
 
FIGURA 28 – VESTIDO DIAMANTE 
FONTE: Paulo Cibin 
 89 
 
 
 
FIGURA 29 – VESTIDO RUBI 
FONTE: Paulo Cibin 
 90 
 
 
 
FIGURA 30 – VESTIDO TOPÁZIO AMARELO 
FONTE: Paulo Cibin 
 91 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Este projeto surgiu da necessidade de desenvolver vestidos com 
modelagem/moulage diferenciada para mulheres com biotipos distintos. Partindo 
dessa percepção, eclode o resultado deste estudo, que se constitui de uma coleção 
de vestidos sob medida, com inspiração em pedras preciosas para corpos femininos 
com modelagem tridimensional. 
O público-alvo foi definido com a utilização de um questionário de interesse 
aplicado nas mídias sociais e com o auxílio das respostas coletadas foi possível 
direcionar o desenvolvimento do projeto. A inspiração nas pedras preciosas e suas 
lapidações surgiram como aliadas na criação das formas dos vestidos e também na 
escolha das cores. 
As peças confeccionadas neste objetoseguiram os pré-requisitos de design 
propostos para o seu desenvolvimento, assim como todas as etapas de projeto e 
construção deste vestuário foram documentadas e dispostas na etapa de processos 
de produto. A modelagem/ moulage do designer e modelista Shingo Sato foram 
referência para a construção dos vestidos. Cada um deles foi criado com uma técnica 
distinta e com alta complexidade para a execução. O estilo cocktail dress – vestido de 
cocktail representado pela cintura marcada proporcionou unidade a coleção e 
valorizou cada um dos biotipos estudados. 
Os vestidos seguiram um padrão de acabamento e execução, proporcionando 
beleza as peças, mesmo sendo peças classificadas como pilotos. Devido a 
complexidade de execução, os vestidos podem ser produzidos sob medida, não sendo 
possível a produção em larga escala. 
A iniciativa aqui desenvolvida poderá ser continuada, por meio de novos 
estudos de outras técnicas do estilista, além da utilização de novas inspirações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 92 
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TSUKIORI, Yoshiko. Stylish Dress Book: simple smocks, dresses and tops. United 
Kingdom: Laurence King, 2013. 
 
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ. Normas técnicas: elaboração e 
apresentação de trabalhos acadêmicos-científicos. 3. ed. Curitiba: UTP, 2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 95 
APÊNDICE 
APÊNDICE A - GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS 
 
 
 
 
QUADRO 33 – GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS I - AMETISTA 
FONTE: a própria autora 
 96 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUADRO 34 – GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS II- ESMERALDA 
FONTE: a própria autora 
 
 97 
 
 
 
 
 
 
 
QUADRO 35 – GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS III - DIAMANTE 
FONTE: a própria autora 
 98 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUADRO 36 – GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS IV - RUBI 
FONTE: a própria autora 
 
 99 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUADRO 37 – GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS V - TOPÁZIO AMARELO 
FONTE: a própria autora 
 
 100 
APÊNDICE B - GRÁFICOS DE PÚBLICO ALVO 
 
 
GRÁFICO 01 – IDADE 
FONTE: google docs 
 
 
 
GRÁFICO 02 – PESO 
FONTE: google docs 
 
 101 
 
GRÁFICO 03 – FORMA DO CORPO 
FONTE: google docs 
 
 
GRÁFICO 04 – MODELAGEM 
FONTE: google docs 
 
 102 
 
GRÁFICO 05 – ALTURA 
FONTE: google docs 
 
 
 
GRÁFICO 06 – ESTILO 
FONTE: google docs 
 
 103 
 
GRÁFICO 07 –RENDA MENSAL 
FONTE: google docs 
 
 
GRÁFICO 08 – ESCOLARIDADE 
FONTE: google docs 
 104 
 
GRÁFICO 09 – ESTADO CIVIL 
FONTE: google docs 
 
 
 
 
GRÁFICO 10 – LAZER 
FONTE: google docs 
 105 
 
GRÁFICO 11 – COMPRAS 
FONTE: google docs 
 
GRÁFICO 12 – FREQUENCIA DE COMPRA 
FONTE: google docs 
 106 
 
GRÁFICO 13 – PRINCIPAIS PROBLEMAS 
FONTE: google docs 
 
GRÁFICO 14 – COMPRIMENTO DE VESTIDOS 
FONTE: google docs 
 107 
 
GRÁFICO 15 – VESTIDOS COM MODELAGEM OU RECORTES DIFERENTES 
FONTE: google docs 
 
 
 
GRÁFICO 16 – INSPIRAÇÃO 
FONTE: google docs 
 108 
 
GRÁFICO 17 – CORES 
FONTE: google docs 
 
 
 
GRÁFICO 18 –TECIDOS 
FONTE: google docs 
 
 
 
 
 
 
 109 
APÊNDICE C - FICHA TÉCNICA 
 
 
 
QUADRO 38 – FICHA TÉCNICA VESTIDO AMETISTA I 
FONTE: a própria autora 
 110 
 
 
 
 
QUADRO 39 – FICHA TÉCNICA VESTIDO AMETISTA II 
FONTE: a própria autora 
 111 
 
 
QUADRO 40 – FICHA TÉCNICA VESTIDO ESMERALDA 
FONTE: a própria autora 
 
14
6
8
11
14
13
15
39
23
11
0
78
69
5
VESTIDO ESMERALDA VE01CV02
VESTIDO ORIGAMI ESMERALDA BIOTIPO RETÂNGULO
TCC202019/01
SOB MEDIDA
Linho Lullitex Têxtil 1,80m 2m R$80,90 
Cetim Lulitex têxtil 1,50m 1,20m R$29,90
Linha de costura Sancris - 1 retrós R$5,90
zíper invisível YKK 0,60cm 1 unidade R$7,90
Barbatana Flexível AVM 0,25cm 8 unidades R$0,20
Facção Maria Teresa - - R$500,00R$ 713,08
O vestido será desenvolvido em
 técnica mista de moulage e 
modelagem.
As medidas laterais podem variar 
devido a técnica de origami utili-
zada. 
29 05 19 Alexandra Maria Stein Hayashi cm
 112 
 
QUADRO 41 – FICHA TÉCNICA VESTIDO DIAMANTE 
FONTE: a própria autora 
 
 
16
46
64
11
0
4
80
VESTIDO DIAMANTE VD01CV02
VESTIDO ORIGAMI DIAMANTE BIOTIPO TRIÂNGULO INVERTIDO
TCC202019/01
SOB MEDIDA
29 05 19 Alexandra Maria Stein Hayashi cm
Linho Lullitex Têxtil 1,80m 2m R$80,90 
Cetim Lulitex têxtil 1,50m 1,20m R$29,90
Linha de costura Sancris - 1 retrós R$5,90
zíper invisível YKK 0,60cm 1 unidade R$7,90
Facção Maria Teresa - - R$500,00
R$ 711,48
O vestido será desenvolvido em
 técnica mista de moulage e 
modelagem.
Na frente do vestido será utilizada
 a técnica de origami circular para 
a moulage.
As medidas podem variar, não 
sendo possivel estabelecer uma
medida padrão.
 113 
 
QUADRO 42 – FICHA TÉCNICA VESTIDO RUBI 
FONTE: a própria autora 
 
 
 
 
 
Linho Lullitex Têxtil 1,80m 2m R$80,90 
Cetim Lulitex têxtil 1,50m 1,20m R$29,90
Linha de costura Sancris - 1 retrós R$5,90
zíper invisível YKK 0,60cm 1 unidade R$7,90
Facção Maria Teresa - - R$500,00
R$ 711,48
O vestido será desenvolvido
 em técnica mista de moulage 
e modelagem.
A medida das dobras laterais 
é realizado em moulage e 
não é possivel fornecer com
 precisão as medidas.
Alexandra Maria Stein Hayashi cm29 05 19
42
71
4 28
61
113
VESTIDO RUBI VR01CV03
VESTIDO ORIGAMI RUBI BIOTIPO OVAL
TCC202019/01
SOB MEDIDA
 114 
 
QUADRO 43 – FICHA TÉCNICA VESTIDO TOPÁZIO AMARELO I 
FONTE: a própria autora 
 
 
29 05 19 Alexandra Maria Stein Hayashi cm
Linho Lullitex Têxtil 1,80m 2m R$80,90 
Cetim Lulitex têxtil 1,50m 1,20m R$29,90
Linha de costura Sancris - 1 retrós R$5,90
zíper invisível YKK 0,60cm 1 unidade R$7,90
Facção Maria Teresa - - R$500,00
O vestido será desenvolvido em
 técnica mista de moulage e 
modelagem.
Os recortes devem ser realizados em
moulage, com a técnica de manipula-
ção de pontos de Shingo Sato, não 
sendo possivel estabelecer medidas
 precisas no desenho técnico.
VESTIDO TOPÁZIO AMARELO VTA01CV02
VESTIDO DART MANIPULATION TOPÁZIO AMARELO BIOTIPO TRIÂNGULO
TCC202019/01
SOB MEDIDA
711,48
99
24
36
4
120
 115 
 
 
QUADRO 44 – FICHA TÉCNICA VESTIDO TOPÁZIO AMARELO II 
FONTE: a própria autora 
 
37
16
21
41
VESTIDO TOPÁZIO AMARELO (continuação) VTA01CV02
VESTIDO DART MANIPULATION TOPÁZIO AMARELO BIOTIPO TRIÂNGULO
TCC202019/01
SOB MEDIDA
29 05 19 Alexandra Maria Stein Hayashi cm
CONTINUAÇÃO DA FICHA ANTERIOR
Detalhe da manga desenvolvido 
em moulage conforme técnica de 
TR balloon technique de Shingo 
Sato.
 116 
APÊNDICE D - QUADRO DE CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS 
 
 O quadro 30, 31, 32, 33 e 34, foram utilizados como critérios para a escolha 
das alternativas selecionadas em cada um dos vestidos de acordo com a pedra da 
inspiração. As alternativas marcadas com um X são as selecionadas. 
 
ASPECTOS CRITÉRIOS GERAÇÃO DE 
ALTERNATIVAS 
AMETISTA 
1 2 3 4 5 
 
FUNÇÃO 
PRÁTICA 
FECHAMENTO 0 0 X 0 0 
VERSATILIDADE 0 0 0 X X 
ATEMPORALIDADE 0 0 X 0 0 
 
 
FUNÇÃO 
ESTÉTICA 
COR DA GEMA X X X X X 
ELEMENTOS DA INSPIRAÇÃO 0 0 X 0 0 
FORMA DA GEMA X 0 X 0 X 
ASSIMETRIA 0 0 X 0 0 
FUNÇÃO 
SIMBÓLICA 
COR X X X X X 
CONFIGURAÇÃO MODELAGEM 0 0 X 0 X 
 MOULAGEM 0 0 X 0 0 
 RECORTES 0 0 0 X X 
 VOLUMETRIA 0 0 X 0 0 
QUADRO 45 – QUADRO DE CRITÉRIOS AMETISTA 
FONTE: a própria autora 
 
ASPECTOS CRITÉRIOS GERAÇÃO DE 
ALTERNATIVAS 
ESMERALDA 
1 2 3 4 5 
 
FUNÇÃO 
PRÁTICA 
FECHAMENTO X 0 0 0 0 
VERSATILIDADE X 0 0 0 0 
ATEMPORALIDADE X 0 0 0 0 
 COR DA GEMA X X X X X 
 117 
 
FUNÇÃO 
ESTÉTICA 
ELEMENTOS DA INSPIRAÇÃO X 0 0 X 0 
FORMA DA GEMA X 0 0 0 0 
ASSIMETRIA 0 0 X 0 0 
FUNÇÃO 
SIMBÓLICA 
COR X X X X X 
CONFIGURAÇÃO MODELAGEM X 0 X 0 X 
 MOULAGEM X 0 X 0 0 
 RECORTES 0 0 0 0 0 
 VOLUMETRIA X 0 0 0 0 
QUADRO 46 – QUADRO DE CRITÉRIOS ESMERALDA 
FONTE: a própria autora 
 
ASPECTOS CRITÉRIOS GERAÇÃO DE 
ALTERNATIVAS 
DIAMANTE 
1 2 3 4 
 
FUNÇÃO 
PRÁTICA 
FECHAMENTO 0 0 X X 
VERSATILIDADE 0 0 0 X 
ATEMPORALIDADE 0 0 X X 
 
 
FUNÇÃO 
ESTÉTICA 
COR DA GEMA X X X X 
ELEMENTOS DA INSPIRAÇÃO 0 0 X X 
FORMA DA GEMA X 0 X X 
ASSIMETRIA X 0 0 X 
FUNÇÃO 
SIMBÓLICA 
COR X X X X 
CONFIGURAÇÃO MODELAGEM 0 0 X X 
 MOULAGEM 0 0 X X 
 RECORTES 0 0 0 0 
 VOLUMETRIA 0 0 0 X 
QUADRO 47 – QUADRO DE CRITÉRIOS DIAMANTE 
FONTE: a própria autora 
 
 
 
 
 118 
ASPECTOS CRITÉRIOS GERAÇÃO DE 
ALTERNATIVAS 
RUBI 
1 2 3 4 5 
 
FUNÇÃO 
PRÁTICA 
FECHAMENTO X 0 0 0 0 
VERSATILIDADE X 0 0 X X 
ATEMPORALIDADE X 0 X 0 0 
 
 
FUNÇÃO 
ESTÉTICA 
COR DA GEMA X X X X X 
ELEMENTOS DA INSPIRAÇÃO X 0 X 0 0 
FORMA DA GEMA X 0 X 0 X 
ASSIMETRIA 0 0 0 X 0 
FUNÇÃO 
SIMBÓLICA 
COR X X X X X 
CONFIGURAÇÃO MODELAGEM X 0 X 0 X 
 MOULAGEM X 0 X 0 0 
 RECORTES 0 0 0 X X 
 VOLUMETRIA X 0 0 0 0 
QUADRO 48 – QUADRO DE CRITÉRIOS RUBI 
FONTE: a própria autora 
 
ASPECTOS CRITÉRIOS GERAÇÃO DE 
ALTERNATIVAS 
1 2 3 4 5 
 
FUNÇÃO 
PRÁTICA 
FECHAMENTO 0 0 X 0 X 
VERSATILIDADE 0 0 0 X X 
ATEMPORALIDADE 0 0 0 0 X 
 
 
FUNÇÃO 
ESTÉTICA 
COR DA GEMA X X X X X 
ELEMENTOS DA INSPIRAÇÃO 0 0 X 0 X 
FORMA DA GEMA X 0 X 0 X 
ASSIMETRIA 0 0 X 0 X 
FUNÇÃO 
SIMBÓLICA 
COR X X X X X 
CONFIGURAÇÃO MODELAGEM 0 0 X 0 X 
 119 
 MOULAGEM 0 0 X 0 X 
 RECORTES 0 0 0 X X 
 VOLUMETRIA 0 0 0 0 X 
QUADRO 49 – QUADRO DE CRITÉRIOS TOPÁZIO AMARELO 
FONTE: a própria autoraQUADRO 13 – ANÁLISE SEMIÓTICA I............................................................. 59 
QUADRO 14 - ANÁLISE SEMIÓTICA II ............................................................ 60 
QUADRO 15 - ANÁLISE SEMIÓTICA III........................................................... 61 
QUADRO 16 - ANÁLISE SEMIÓTICA IV.......................................................... 62 
QUADRO 17 - ANÁLISE SEMIÓTICA V .......................................................... 63 
QUADRO 18 – PAINEL DE INSPIRAÇÃO ....................................................... 63 
QUADRO 19 – PAINEL DE AMBIÊNCIA .......................................................... 66 
QUADRO 20 – PROCESSOS DE MODELAGEM/MOULAGE I ....................... 69 
QUADRO 21 - PROCESSOS DE MODELAGEM/MOULAGE II ....................... 71 
QUADRO 22 - PROCESSOS DE MODELAGEM/MOULAGE III .......................72 
QUADRO 23 - PROCESSOS DE MODELAGEM/MOULAGE IV .......................74 
QUADRO 24 - PROCESSOS DE MODELAGEM/MOULAGE V ........................75 
QUADRO 25 – SELEÇÃO DE ALTERNATIVA 1 – CONFECCIONADA............ 79 
QUADRO 26 - SELEÇÃO DE ALTERNATIVA 2 – CONFECCIONADA............. 80 
QUADRO 27 - SELEÇÃO DE ALTERNATIVA 3 – CONFECCIONADA............. 81 
QUADRO 28 - SELEÇÃO DE ALTERNATIVA 4 – CONFECCIONADA..............82 
QUADRO 29 - SELEÇÃO DE ALTERNATIVA 5 – CONFECCIONADA..............83 
QUADRO 30 – CARTELA DE CORES...............................................................84 
QUADRO 31 – CARTELA DE MATERIAIS E AVIAMENTOS.............................85 
QUADRO 32 – CARTELA DE TECIDOS............................................................85 
 
QUADRO 33 – GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS I – AMETISTA........................95 
QUADRO 34 – GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS II – ESMERALDA...................96 
QUADRO 35 – GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS III – DIAMANTE......................97 
QUADRO 36 – GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS IV – RUBI ..............................98 
QUADRO 37 – GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS V – TOPÁZIO AMARELO…...99 
QUADRO 38 – FICHA TÉCNICA VESTIDO AMETISTA I...............................109 
QUADRO 39 – FICHA TÉCNICA VESTIDO AMETISTA II..............................110 
QUADRO 40 – FICHA TÉCNICA VESTIDO ESMERALDA.............................111 
QUADRO 41 – FICHA TÉCNICA VESTIDO DIAMANTE................................112 
QUADRO 42 – FICHA TÉCNICA VESTIDO RUBI..........................................113 
QUADRO 43 – FICHA TÉCNICA VESTIDO TOPÁZIO AMARELO I..............114 
QUADRO 44 – FICHA TÉCNICA VESTIDO TOPÁZIO AMARELO II.............115 
QUADRO 45 – QUADRO DE CRITÉRIOS AMETISTA...................................116 
QUADRO 46 – QUADRO DE CRITÉRIOS ESMERALDA...............................116 
QUADRO 47 – QUADRO DE CRITÉRIOS DIAMANETE................................117 
QUADRO 48 – QUADRO DE CRITÉRIOS RUBI............................................118 
QUADRO 49 – QUADRO DE CRITÉRIOS TOPÁZIO AMARELO..................119 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
 
GRÁFICO 1 – IDADE.......................................................................................100 
GRÁFICO 2 – PESO ......................................................................................100 
GRÁFICO 3 – FORMA DO CORPO ................................................................101 
GRÁFICO 4 – MODELAGEM..........................................................................101 
GRÁFICO 5 –ALTURA ...................................................................................102 
GRÁFICO 6 – ESTILO ...................................................................................102 
GRÁFICO 7 – RENDA MENSAL ....................................................................103 
GRÁFICO 8 – ESCOLARIDADE .....................................................................103 
GRÁFICO 9 – ESTADO CIVIL........................................................................ 104 
GRÁFICO 10 – LAZER ....................................................................................104 
GRÁFICO 11 – COMPRAS..............................................................................105 
GRÁFICO 12 – ONDE REALIZA COMPRAS...................................................105 
GRÁFICO 13 – PRINCIPAIS PROBLEMAS.....................................................106 
GRÁFICO 14 – COMPRIMENTO DE VESTIDOS............................................106 
GRÁFICO 15 – VESTIDOS COM MODELAGEM OU RECORTES 
DIFERENTES..................................................................................................107 
GRÁFICO 16 – INSPIRAÇÃO..........................................................................107 
GRÁFICO 17 – CORES...................................................................................108 
GRÁFICO 18 – TECIDOS................................................................................108 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO................................................................................................13 
1.1 FOTO DO PRODUTO..................................................................................15 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................16 
2.1 ESTILISTAS JAPONESES..........................................................................16 
2.2 O CORPO FEMININO E SEUS BIOTIPOS.................................................27 
2.3 AS PEDRAS PRECIOSAS......................................................................... 29 
2.4 MODELAGEM............................................................................................ 30 
2.5 MOULAGE E TÉCNICAS........................................................................... 30 
3 MATERIAIS E MÉTODOS DE PESQUISA .................................................. 33 
3.1 ANÁLISE DIACRÔNICA .............................................................................33 
3.2 ANÁLISE SINCRÔNICA ............................................................................ 38 
3.3 PÚBLICO ALVO ..........................................................................................41 
3.3.1 Painel de público alvo ..............................................................................43 
3.4 FUNÇÕES DO PRODUTO .........................................................................43 
3.4.1 Função Prática .........................................................................................43 
3.4.2 Função Estética .......................................................................................44 
3.4.3 Função Simbólica ....................................................................................45 
3.5 ANÁLISE MORFOLÓGICA .........................................................................46 
3.6 ANÁLISE ESTRUTURAL. ...........................................................................46 
3.7 ANÁLISE ERGONÔMICA ...........................................................................52 
3.7.1 Etiqueta ....................................................................................................53 
3.7.2 Tag ...........................................................................................................54 
3.8 INSPIRAÇÃO ..............................................................................................55 
3.8.1 Painel de inspiração .................................................................................63 
3.9 CONCEITO .................................................................................................65 
3.10 AMBIÊNCIA ..............................................................................................65 
3.10.1 Painel de Ambiência ..............................................................................66 
3.11 PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NO PROCESSO DO PRODUTO........66 
3.11.1 DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO...................................................673.12 CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS ................................76 
3.13 REQUISITOS PARA O NOVO PRODUTO ...............................................76 
 
4 RESULTADOS...............................................................................................78 
4.1 SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS..................................................................78 
4.2 CARTELAS ...............................................................................................84 
4.2.1 Cartela de Cores ......................................................................................84 
4.2.2 Cartela de Materiais e Aviamentos ..........................................................84 
4.2.3 Cartela de Tecidos ...................................................................................85 
4.3 PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA ....................................................................86 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................91 
REFERÊNCIAS.................................................................................................92 
APÊNDICE .......................................................................................................95 
APÊNDICE A - GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS .............................................95 
APÊNDICE B - GRÁFICOS DE PÚBLICO ALVO ...........................................100 
APÊNDICE C - FICHA TÉCNICA ...................................................................109 
APÊNDICE D - QUADRO DE CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE 
ALTERNATIVAS. .............................................................................................116
 13 
1 INTRODUÇÃO 
 
O vestuário e a moda evoluíram com o passar do tempo. O homem tornou-se 
um ser social e desenvolveu habilidades para conviver em sociedade. A mulher 
passou de figurante à protagonista e sua narrativa pode ser contada por meio do 
vestido e da moda. Para Palomino: 
 
“Tratar de moda implica em lidar com elementos os mais complexos, 
especialmente quando combinados. Entrando nesse assunto tangemos 
valores como imagem, auto-imagem, auto-estima, política, sexo, gender-
bending,(troca de sexos, ou o bom e velho masculino e feminino), estética, 
padrões de beleza e inovações tecnológicas, além de um caleidoscópio de 
outros temas: desde condições climáticas, bailes, festas, restaurantes ou 
uniformes até cores ( e a ausência delas), modelos, top models, supermodels 
ou gente “normal”, mídia, fotografia de moda, moda de rua tribos ( e a 
ausência delas); música e diversão, mas também crise e recessão, 
criatividade e talento. Dinheiro também. E vaidade, competitividade, ego, 
modismos, atemporalidades, história e futuro, excessos, radicalismos e 
básicos. Não necessariamente nessa ordem” (PALOMINO, 2002, p.8). 
 
Profissionais da moda entendem que o corpo vestido não é apenas um corpo 
com uma roupa, pois utilizam-se de mecanismos para valorizar o torso e obter, com 
isso, o máximo de suas possibilidades enquanto agente de transformação. (AGUIAR, 
2015) 
 Levando em conta essas considerações e abordando a valorização do corpo 
feminino, a proposta deste projeto é criar uma coleção de vestidos, no estilo cocktail 
dress1 seguindo uma abordagem mais atual, com design inspirado nas pedras 
preciosas e nas técnicas de modelagem/moulage do designer japonês Shingo Sato. 
 Sua técnica é conhecida como TR cutting e a escola do designer é conhecida 
por desenvolver a Transformational Reconstruction – reconstrução na transformação, 
que apresenta criações em três dimensões para a moda. A técnica TR é um processo 
de design orgânico mais intuitivo do que os sistemas de corte padrão baseados em 
matemática +1 / -1 convencionais aos quais estamos habituados permitindo, por meio 
de tentativa e erro, a descoberta de novas possibilidades, como a combinação de 
 
1 Cocktail dress: segundo Christian Dior, os vestidos para coquetéis são especialmente elaborados, de 
alcinhas ou com o design bastante decotado, com um pequeno bolero por cima (DIOR, 2009). 
“São vestidos usados em festas e ocasiões formais ou semi-formais, com cintura marcada e com 
comprimento variando até cerca de 5cm acima dos tornozelos, o chamado longuete. Um vestido de 
coquetel pode ser simples ou ricamente decorado e confeccionados com tecidos finos como a seda, o 
cetim e o chiffon”. (AMBROSE, 2012, p. 264) 
 
 14 
design complicado e soluções criativas imprevistas ou até mesmo a mais Avant Garde 
- vanguardista do que o previsto originalmente em projetos de modelagem (SATO, 
2014). 
 Unindo esta técnica de design ao estudo de biotipos, a coleção reforça a ideia 
de criar vestidos que valorizem o corpo feminino em suas diferenças. Como objeto de 
união destas propostas aparecem as pedras preciosas que mostram as formas de 
corpos e surgem como inspiração. 
Este projeto divide-se em cinco partes, são elas: Introdução, fundamentação 
teórica, materiais e métodos de pesquisa, resultados e considerações finais. 
Como metodologia, são utilizados os autores Baxter (2011) e Pazmino (2015). 
No capítulo de fundamentação teórica, são apresentados a história do vestido, o corpo 
feminino e os biotipos, as pedras preciosas, o estudo da modelagem e da moulage. 
Os principais autores que delineiam o estudo são Treptow (2013), Fogg (2015), Taylor 
(2014), Fischer (2010) e Aguiar (2015). 
Dando prosseguimento ao programa, parte-se para os materiais e métodos, 
que tem como objetivo mostrar a metodologia de pesquisa e o desenvolvimento 
aplicados neste estudo. Entre eles estão as análises sincrônicas, diacrônicas, 
estrutural e ergonômica. Também são apresentados o público alvo, as funções do 
produto, testes e requisitos para um novo produto. Na penúltima etapa, são 
apresentados os resultados da seleção de alternativas, as cartelas de cores, 
materiais, aviamentos e a cartela de tecidos, juntamente à produção fotográfica. 
Como resultante final deste projeto, apresenta-se uma coleção de vestidos 
inspirados nas pedras preciosas, com modelagem tridimensional e respeito aos 
corpos femininos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
 
1.1 FOTO DO PRODUTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 01 – FOTO DO PRODUTO 
FONTE: Paulo Cibin 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 Nesta etapa do desenvolvimento do projeto serão analisados: o percurso dos 
estilistas japoneses na moda, a inspiração nas pedras preciosas, o estudo dos corpos 
femininos e seus tipos e a modelagem/moulage tridimensional de Shingo Sato. Este 
capítulo servirá como fundamentação para o desenvolvimento desta coleção de 
vestidos. Os principais autores que norteiam a pesquisa são: Treptow (2013), Fogg 
(2015), Taylor (2014), Fischer (2010) e Aguiar (2015). 
 
2.1 DESIGNERS JAPONESES 
 
Durante a década de 1980 surgiu um movimento de invasão japonesa na França. 
O cenário da moda entrou em contato com estilistas de vanguarda que alteraram os 
padrões de silhuetas marcadas e cores exageradas definidos pelo ocidente. 
Distorcendo as formas dos corpos e criando um novo padrão de beleza a partir de 
modelagem diferente da tradicional praticada naquele período. (PALOMO-LOVINSKI, 
2010). 
Yohji Yamamoto é um estilista japonês nascido em 1943 na cidade de Tóquio. Sua 
mãe era costureira e seu pai morreu durante a segunda guerra mundial. Graduou-se 
em direito pela Universidade de Keio, em Tóquio e somente em 1969 formou-se na 
escola de moda Bunka. Em 1972, abriu sua própria empresa de moda, realizando, em 
1977, sua primeira coleção no Japão. Em 1981 estreou na moda em Paris, na França. 
(PALOMO-LOVINSKI, 2010). 
Yamamoto, junto a outros estilistas japoneses, ajudou a redefinir o vestuário e o 
uso de cores, formas e modelos e sua relação com o corpo feminino, indagando os 
ideais e estereótipos de beleza ocidental, questionando o que significa ser mulher na 
sociedade atual,estabelecendo no seu vestuário o sentido de nobreza e inteligência 
(PALOMO-LOVINSKI, 2010). 
Utilizando-se de uma cartela de cores muito minimalista, de pregas e moulage, 
que são características marcantes do seu estilo, o designer cria peças com atributos 
atemporais e com influência da cultura japonesa. Yamamoto trata a moda como arte, 
distanciando-se das tendências e do consumo desenfreado da atualidade. Apresenta-
se o estilista na figura 02 e uma amostra do seu trabalho na figura 03. 
 17 
 
FIGURA 02 – YOHJI YAMAMOTO 
FONTE: https://format-com-cld-res.cloudinary.com/image/private 
 
 
FIGURA 03 – INDUMENTÁRIA DE YOHJI YAMAMOTO 
FONTE: https://cdn.taschen.com/media/images/1640 
 
Estilista japonesa, nascida em 1942 em Tóquio, formada na Universidade de Keio 
em Filosofia, literatura e belas artes, Rei Kawakubo, figura 04, ajudou a introduzir a 
filosofia desconstrutiva no cenário fashion, é considerada uma visionária, mesmo sem 
nunca ter frequentado uma escola de moda. Em 1969, criou sua marca sob o nome 
 18 
de Comme des Garçons, que significa, “como garotos”. Em 1981, apresentou sua 
coleção junto de Yohji Yamammoto (PALOMO-LOVINSKI, 2010). 
 
Segundo Palomo-Lovinski (2010, p. 166), “Rei Kawakubo 
influenciou radicalmente a perspectiva ocidental sobre adornos 
corporais e o significado da roupa, bem como a percepção 
japonesa do que significa ser mulher em uma sociedade 
machista. Kawakubo ajudou a estimular o intelectualismo na 
moda e sua influência pode ser vista em coleções de diversos 
estilistas”. 
 
Seu vestuário seguia o conceito japonês de wabi-sabi2, a maneira oriental de se 
vestir e as tradições da cultura japonesa presentes em seus desfiles com a marca 
Comme des Garçons, deixaram clara estas associações, conforme a figura 05. 
Kawakubo explora a tradição artesanal japonesa para experimentar a forma do tecido 
e do drapeado através da construção e desconstrução. Resultando em distorções e 
aparência exageradas, conforme figura 06 (PALOMO-LOVINSKI, 2010). 
 
 
FIGURA 04 – REI KAWAKUBO 
FONTE:https://static1.squarespace.com/static/5a8e33abcd39c3de866b7211/t/5a91c93ec830257a
34472da2/1519503689036/theBrillianceofReiKawakuboCW.jpg 
 
 
 
2 Wabi-sabi: aceitação da transitoriedade da imperfeição, no transitório, no provisório e no 
incompleto e a identificação da beleza presente nisso (PALOMO-LOVINSKI, 2010). 
 
 19 
 
FIGURA 05 – INDUMENTÁRIA REI KAWAKUBO I 
FONTE:https://alaintruong2014.files.wordpress.com/2014/11/kawakuborei_springsummer2007_ky
otocostumeinstitute_ac011636_001.jpg?w=529&h=657 
 
 
 
FIGURA 06 – INDUMENTÁRIA REI KAWAKUBO II 
FONTE: https://i.pinimg.com/originals/39/ee/af/39eeaf1ca3ffe19fa864d8ead37ad062.jpg 
 
Issey Miyake é um estilista japonês nascido em Hiroshima no ano de 1938, figura 
07. Graduado em design gráfico na Universidade Tama de arte em Tóquio, perdeu 
sua família no ataque americano com a bomba atômica. Em 1965, Miyake abandonou 
o Japão para estudar alfaiataria e costura e tornou-se aprendiz de Guy Laroche. Virou 
assistente de Givenchy, e depois mudou-se para Nova York para trabalhar com 
 20 
Geofrey Beene. Em 1970, retornou ao Japão e abriu o Miyake Design Studio 
(PALOMO-LOVINSKI, 2010). 
Miyake criou roupas usáveis, confortáveis, práticas e com um conceito inovador; 
sendo, desse modo, consideradas por seus clientes tão universais quanto o jeans. O 
estilista, apesar do aprendizado das técnicas francesas, valorizava os procedimentos 
artesanais e a estética japonesa, desenvolvendo diversas habilidades de produção 
eficientes, o que permitiu solucionar problemas inerentes aos processos artesanais 
(PALOMO-LOVINSKI, 2010). 
Suas roupas possuem como característica muita suavidade, ao contrário de rei 
Kawakubo e Yohji Yamamoto. Miyake desenvolveu um plissado, chamado Pleats, que 
utilizava uma técnica de produção única, com tecnologia de ponta, na qual a roupa é 
primeiro cortada e depois pregueada, como é possível de ser observado na figura 08. 
Ele também desenvolveu origamis vestíveis nas suas modelagens, conforme imagem 
da figura 09 (PALOMO-LOVINSKI, 2010). 
Segundo o próprio estilista “ a curiosidade e a felicidade são a base do meu 
trabalho. O desenho nunca é algo de estático; aliás, só é materializável depois de um 
intercâmbio de ideias, de estética e sensibilidade”. (TIPÓGRAFOS.net, 2019). 
 
 
FIGURA 07 – ISSEY MIYAKE 
FONTE: http://tipografos.net/design/ied.jpg 
 
 21 
 
FIGURA 08 – COLEÇÃO PLEATS PLEASE 
FONTE: https://www.prlog.org/11721307-pleats-please-issey-miyake-stylert-5.jpg 
 
 
 
FIGURA 09 – ORIGAMI DE ISSEY MIYAKE 
FONTE: http://2.bp.blogspot.com/_JgFsFQu2kbc/TLcmtvjG-
VI/AAAAAAAACzM/765zTrsccpo/s1600/dzn_1325_by_ISSEY_MIYAKE01.jpg 
 
Atualmente, entre os principais designers japoneses que figuram no cenário da 
moda estão: Junya Watanabe, estilista da Comme des garçons, Hiroaki Ohya, cujo 
trabalho pode ser observado na marca Ohya, Koji Tatsuno, da marca homônima, e 
Jun Takahashi, da Undercover (NEW YORK TIMES MAGAZINE, 2019). 
 22 
Junya Watanabe, figura 10, é um designer japonês, nascido em Fukushima em 
1961. É um discípulo de Rei Kawakubo, formado na escola de moda Bunka, em Tókio, 
e iniciou na Comme des Garçons como modelista. Em 1987 foi promovido a 
responsável pela linha de malhas e depois para a linha casa. Em 1992, desenvolveu 
sua própria marca na própria Comme des garçons. Watanabe, assim como sua 
mentora, é um renomado designer de roupas inovadoras, com tecidos sintéticos e 
tecnologicamente avançados. Ele é considerado um “techno couture” – alta costura 
techno. Criando roupas estruturadas com materiais tecnológicos (NEW YORK TIMES 
MAGAZINE, 2019). 
 As roupas de Watanabe são a manifestação de uma dualidade, uma luta entre 
simplicidade e complexidade, roupas com hiper construções, conforme pode ser 
observado na figura 11. 
 
 
FIGURA 10 - JUNYA WATANABE 
https://process.fs.grailed.com/AJdAgnqCST4iPtnUxiGtTz/cache=expiry:max/rotate=deg:exif/resize
=width:2400,fit:crop/output=quality:70/compress/https://process.fs.grailed.com/NDjZL3T5QuWJ6FmfS
6SL 
 
 23 
 
FIGURA 11 – INDUMENTÁRIA DE JUNYA WATANABE 
FONTE: https://static01.nyt.com/images/2016/10/17/t-magazine/watanabe-slide-PYUU/watanabe-
slide-PYUU-superJumbo.jpg?quality=90&auto=webp 
 
 Hiroaki Ohya, figura 12, é o criador da marca OHYA. Nascido em Kumamoto 
em 1970, estudou na escola de moda Bunka em 1992. Apresentou sua primeira 
coleção da marca Ohya em Paris em 1996, após se formar na academia e logo em 
seguida começou a trabalhar com Issey Miyake, o que auxiliou na sua evolução como 
designer. Seu trabalho se tornou conhecido devido a sua experimentação e inovação 
em trabalhos futuristas, conforme pode ser observado na figura 13. É muito conceitual 
e nem sempre vestível, considerado como arte (FASHION MODEL DIRECTORY, 
2019). 
 
 24 
 
FIGURA 12 - HIROAKI OHYA 
FONTE: https://images.fashionmodeldirectory.com/images/designers/hiroaki-ohya_956-profile.jpg 
 
 
 
FIGURA 13 – INDUMENTÁRIA DE HIROAKI OHYA 
FONTE: https://alaintruong2014.files.wordpress.com/2014/11/923.jpg 
 
Koji Tatsuno, figura 14, nasceu em Tóquio no ano de 1964. Ele era autodidata, 
não frequentou as escolas tradicionais de moda. Em 1982, chegou em Londres e 
trabalhou como antiquário, como negociante de arte e chamou a atenção com suas 
camisetas feitas de quimonos (FASHION MODEL DIRECTORY, 2019). 
Financiado por Yohji Yamamoto, abriu sua própria marca em 1987. Tatsuno 
utiliza o conceito de designer de arquitetura na moda, suas criações possuem 
 25 
tridimensionalidade aliada a materiais simples, como pode ser observado na figura 15. 
Traduz o extraordinário no comum. (FASHION MODEL DIRECTORY, 2019). 
 
 
FIGURA 14 – KOJI TATSUNO 
FONTE: http://lounge.obviousmag.org/alpendre/koji6.jpg 
 
 
 
FIGURA 15 – INDUMENTÁRIA DE KOJI TATSUNO 
FONTE: https://alaintruong2014.files.wordpress.com/2014/11/1115.jpgJun Takahashi, figura 16, é o criador da marca japonesa chamada Undercover. 
Nascido em Kiryu, frequentou a escola de moda Bunka. Takahashi também foi 
vocalista da banda cover “Tokyo Sex Pistols”, e sua ídola era Vivienne Westwood. 
Após lançar sua marca, participou da semana de moda do Japão em 1995. Rei 
Kawakubo, da Comme des Garçons, tornou-se sua mentora e o trouxe para Paris. Em 
 26 
2002, a marca do estilista estreia seu desfile em Paris. Atualmente a estética das 
roupas desenvolvidas por Takahashi continua subversiva, desafiando as regras, 
porém com mais técnica, como pode ser visto na figura 17 (WIKIPEDIA, 2019). 
 
 
FIGURA 16 – JUN TAKAHASHI 
FONTE: https://artforum.com/uploads/upload.002/id00514/toptenbio_1064x.jpg 
 
 
 
FIGURA 17 – INDUMENTÁRIA DE JUN TAKAHASHI 
FONTE: https://alaintruong2014.files.wordpress.com/2014/11/1213.jpg 
 
 
 
 
 27 
2.2 O CORPO FEMININO E SEUS BIOTIPOS 
 
Após apresentar os principais estilistas e designers orientais que 
revolucionaram a moda e as principais referências deste estilo, constata-se que esta 
visão de moda e a relação do corpo não tradicional deram inicio a um novo movimento 
de vanguarda, revolucionando a moda indicada pelas grandes maisons de luxo 
francesas que, mesmo sem o conhecimento técnico de consultoria de moda, 
começaram a usar o que lhes agradava mais (AGUIAR, 2011). 
Nos dias de hoje, a aparência social dos indivíduos é observada como um dos 
objetos de distinção social pela imagem que é projetada aos outros (AGUIAR, 2011). 
 
“a imagem visual que você transmite nos primeiros dez segundos a uma 
pessoa que o vê pela primeira vez é o suficiente para que ela tire todas as 
impressões sobre você baseada em sua aparência pessoal. Estudos indicam 
que 55% da primeira impressão que as pessoas têm de você é baseada em 
sua aparência, 38% no seu tom de voz e 7% no que você diz, demonstrando 
que somos criaturas visuais. Nos primeiros dez segundos você estará sendo 
julgado quanto à classe social, à situação financeira, à personalidade ao nível 
de sucesso. Essas impressões ditam como será a integração com a pessoa 
julgada: se positiva, aceitamo-la, mas se negativa, a tendência é fechar a 
porta para ela” (AGUIAR, 2011, p.25) 
 
Com o auxílio do estudo dos tipos físicos, pode-se estabelecer algumas 
relações entre os corpos e de forma mais ativa utilizar alguns recursos de estilo para 
valorizar o torso e o que se possui de melhor (AGUIAR, 2011). 
Como os corpos das pessoas são muito diferentes, como pode ser observado 
na figura 18, a análise dos biotipos é fundamental para entender como cada corpo 
funciona e, desta forma, criar uma ilusão de um corpo mais proporcional (AGUIAR, 
2011). 
Aguiar (2011) define cinco padrões mais comuns para o torso feminino. São 
eles: ampulheta, triângulo invertido, triângulo, retângulo e oval. O corpo ampulheta 
tem como características de silhueta os ombros e quadril da mesma largura com uma 
cintura bem definida, costas largas e coxa volumosa. O triângulo invertido possui 
muito busto, ombros largos, quadril estreito e pernas finas. A mulher triângulo já possui 
quadril e coxas mais acentuadas do que os ombros, os ombros são estreitos, quadril 
largo e coxas volumosas. Retângulo é o biótipo que representa as mulheres com 
corpos com a cintura não definida, existe a harmonia entre as medidas de ombro e do 
quadril, porém os braços e pernas são finos em relação ao corpo além de possuir 
 28 
poucas curvas. O corpo oval possui uma silhueta arredondada com volume nos 
quadris, cintura e busto, mas com barriga mais proeminente (AGUIAR, 2011). 
 
 
FIGURA 18 – TIPOS DE CORPOS 
FONTE: https://areademulher.r7.com/wp-content/uploads/2018/11/descubra-os-5-tipos-de-
corpo-e-qual-deles-e-o-seu-6.jpg 
 
A partir da constatação destes modelos de referência, pode-se propor soluções 
para criar corpos mais proporcionais, seguindo a análise detalhada do biotipo 
estudado e a utilização de roupas apropriados para cada corpo. No caso do torso 
ampulheta essa solução é pela utilização de roupas que valorizem a cintura. O biotipo 
triângulo invertido pode ser valorizado com o balanceamento entre o volume de 
ombros e quadril com roupas que possuam cava americana, decotes, saias com 
volume na parte inferior e vestidos com pences. Para o corpo em forma de triângulo, 
o objetivo passa a ser esconder o quadril largo e aumentar a largura dos ombros, 
chamando a atenção para a parte superior e chegar a um equilíbrio visual pela 
utilização de volumes nas mangas, vestidos e saias evasês. A silhueta retângulo pode 
ser valorizada pela utilização de roupas com pences que acinturem o corpo, detalhes 
verticais que criem uma linha para a cintura assim como vestidos com recortes que 
afinem a silhueta. No caso do corpo oval a objetivo passa a ser alongar o corpo, pelo 
uso de decotes, roupas no tamanho apropriado, alças mais largas e saias retas o 
ligeiramente evasê. 
Neste projeto será desenvolvida uma minicoleção de vestidos que valorize 
esses corpos. O objetivo é criar uma silhueta harmônica para cada um desses tipos 
com inspiração em pedras preciosas e por meio da modelagem e moulage avançada 
do designer japonês Shingo Sato (AGUIAR, 2011). 
 
 29 
2.3 AS PEDRAS PRECIOSAS 
 
 As pedras preciosas fazem parte da vida humana e despertam atração nas 
pessoas. Elas integram os registros históricos do planeta e da humanidade e contam 
a nossa história paralelamente com a do vestuário. Desde a antiguidade, elas 
representavam poder, proteção, cura e misticismo (HALL, 2008). 
 
“as pedras preciosas e semipreciosas só eram usadas por reis e sacerdotes. 
O sumo sacerdote do judaísmo usava um peitoral cravejado de pedras 
preciosas que muito mais do que uma insígnia de um cargo honorífico, era 
um objeto que transmitia poder a quem usasse”. (HALL, 2008, p.18) 
 
 Os cristais podem ser utilizados como adorno e neste projeto serão utilizados 
como inspiração. A partir da análise da forma da esmeralda, rubi, topázio, diamante e 
ametista lapidados ou em seu estado bruto, conforme apresentados no QUADRO 01, 
será construída a base do estudo para cada um dos tipos físicos descritos 
anteriormente. Suas cores e formas farão parte deste projeto, inspirando os vestidos 
desenvolvidos. 
 
 
 
QUADRO 01 - AS PEDRAS PRECIOSAS 
FONTE: a própria autora. 
 
 
 
 30 
2.4 MODELAGEM 
 
Para Treptow (2013, p.151), “a modelagem está para o design assim como a 
engenharia está para a arquitetura”. A modelagem pode ser realizada de duas formas: 
pela técnica de modelagem plana ou pela moulage. Na modelagem plana os moldes 
são traçados no papel, seguindo uma tabela de medidas e alguns cálculos 
geométricos. As medidas utilizadas nesta tabela representam o corpo a ser vestido. 
 
“A tabela de medidas representa a circunferência de busto ou tórax, 
cintura e quadril, medidas com a fita métrica rente ao corpo. Outras medidas 
como distância entre seios, largura das costas e diversas medidas de altura, 
também se fazem importantes na elaboração das bases” (TREPTOW, 2011, 
p.151). 
 
Este método de modelagem plana traduz para duas dimensões o corpo 
humano e deve ser o mais correto possível para evitar gastos e falhas na cadeia 
produtiva. No Brasil, devido a diversidade de biotipos e etnias, não existe uma tabela 
de medidas única, não sendo possível unificar as medidas entre as confecções que 
acabam escolhendo seus próprios corpos de prova para execução de moldes, de 
acordo com seu respectivo público alvo (TREPTOW, 2011). 
Outra forma de construção da modelagem plana são os softwares. Alguns 
programas como CAD/CAM e Lectra, possibilitam a construção de moldes com a 
inserção das corretas medidas no programa. Também podem ser utilizados moldes 
desenvolvidos à mão e depois digitalizados conforme instruções do software. 
(TREPTOW, 2011). 
 
2.5 MOULAGE E TÉCNICAS 
 
A definição de moulage, segundo Duburg, (2012, p. 9)é: o termo francês 
“moulage” vem de moule, molde, e originalmente significa “dar forma a um objeto com 
o auxílio de um molde”. Ou, de modo geral, moldar algo. Moulage significa, portanto, 
modelagem”. 
Esta é uma técnica artesanal de modelagem tridimensional para o 
desenvolvimento de peça de vestuário. É confeccionada sobre um manequim 
apropriado, possibilitando a criação do design e modelagem simultaneamente. É uma 
técnica mais livre, pois as únicas limitações são o corpo e o material a ser utilizado, 
 31 
que é chamado de toile3. Quando ele é finalizado, retira-se do manequim e ele é 
desmontado. Cada peça vai dar origem ao molde final da peça desenvolvida. Uma 
das vantagens dessa técnica é a possibilidade de visualização imediata do resultado 
(DUBURG, 2012). 
 A moulage é utilizada na alta costura pois confere individualidade e 
exclusividade, além de ser um trabalho que necessita muita precisão e extrema 
habilidade do executor. A utilização dessa metodologia está diretamente ligada à 
qualidade e exclusividade do produto final (DUBURG, 2012). 
Para o desenvolvimento da moulage deste projeto será utilizada a técnica da 
TR Cutting School, que é a escola do modelistas japonês Shingo Sato que desenvolve 
modelagens tridimensionais complexas, conforme figura 19 e 20. 
 
 
FIGURA 19 – SHINGO SATO 
FONTE:https://www.ferrarifashionschool.it/wp-content/uploads/2018/09/ 
Masterclass-Shingo-Sato-avanzados.jpg 
 
 
3 Toile: é uma expressão francesa que se refere a uma versão do vestuário feito pelo estilista para 
testar sua modelagem. Geralmente o toile é feito em tecido barato, pois vários toiles podem ser 
produzidos durante o processo de aperfeiçoamento da peça. Diferencia-se do protótipo ou da amostra, 
porque já é feito com o tecido escolhido e os adornos. 
 
 
 32 
 
FIGURA 20 – TÉCNICAS DA TR SCHOOL - SHINGO SATO 
FONTE: https://yt3.ggpht.com/a-
/AAuE7mCeaJHx99q_uIyh_Xq78O_ikFuqPv7o_3qGPA=s900-mo-c-c0xffffffff-rj-k-no 
 
 
As principais técnicas desenvolvidas neste projeto estão na figura 20 deste 
projeto e são chamadas de box integration advanced-integração avançada de caixas 
(A) no vestido inspirado na ametista para o biotipo ampulheta, dart manipulation – 
manipulação de pontos (B) com a trompe l’oeil techinique- técnica de manipulação 
visual (D), podem ser observadas no vestido topázio amarelo para o corpo triângulo, 
já a técnica de origami bamboo – origami de bambo (C) está nos vestidos esmeralda, 
rubi e diamante. Todos os estudos de modelagem podem ser observados nos livros 
do autor criador e professor das técnicas, Shingo Sato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
3 MATERIAIS E MÉTODOS DE PESQUISA 
 
Para dar continuidade ao desenvolvimento deste projeto de vestidos, é necessário 
definir alguns objetivos. A metodologia utilizada nessa pesquisa será a de Mike Baxter 
(2011). 
Nesse capítulo, serão apresentadas as etapas fundamentais para o 
desenvolvimento da coleção de vestidos. São elas: analise diacrônica, sincrônica, 
morfológica, estrutural e ergonômica; a elaboração do publico alvo; as funções do 
produto; a inspiração e conceito do projeto; os procedimentos usados no processo; 
critérios para seleção de alternativas e os requisitos de um novo produto. 
 
3.1 ANÁLISE DIACRÔNICA 
A análise diacrônica é uma ferramenta de avaliação referente à evolução de 
um produto. Neste caso, será ilustrado o referencial teórico que mostra a os principais 
estilistas japoneses e suas criações, configurando, assim, as principais variações 
dessa peça do vestuário que se assemelham as peças desenvolvidas neste projeto. 
Segundo Pazmino (2015, p.78) “é um levantamento das características do produto a 
ser desenvolvido ou da necessidade a ser satisfeita mostrando as mudanças ao longo 
do tempo“. 
Segundo Lorgus (2011, p.58): “trata da coleta de material histórico que 
demonstre as transformações ocorridas em determinado produto no transcurso do 
tempo”. 
A divisão desta análise será com um recorte a partir da participação destes 
designers nas semanas de moda francesa e suas principais criações com 
modelagem/moulage, conforme exposto no quadro 02. A fundamentação teórica da 
parte histórica está em Taylor (2014), Fogg (2015), Palomino (2002). 
 
 
 
 
 
 
 34 
 
 
 
FONTE:https://collectionapi.metmuseum.org/ 
api/collection/v1/iiif/137302/250009/restricted 
 
 
YOJI YAMAMOTO 
Em 1981, Yoji Yamamoto desfila sua 
primeira coleção na França. Essa 
coleção surpreendeu a moda com 
silhuetas não tracionais em roupas 
desestruturadas, soltas e volumosas 
(COLLON, 2007). 
Na imagem, observa-se um exemplar 
original da coleção desfilada na 
França, está peça está no 
Metropolitan museum of art. 
 
 
 
FONTE:http://images.metmuseum.org/CRD 
Images/ci/mobile-large/2010.303_F.jpg 
 
 
 
REI KAWAKUBO 
Vestidos da coleção outono /Inverno 
de 1984, da Comme des garçons, da 
estilista Rei Kawakubo. O vestido 
mostra a silhueta desconstruída, que 
propunham reconstruir a imagem do 
vestuário feminino (COLLON, 2007). 
Na imagem, observa-se exemplares 
originais da coleção, está peça está 
no Metropolitan museum of art. 
 
 
FONTE: 
https://www.metmuseum.org/toah/images/hb/ 
hb_2003.79.16.jpg 
 
ISSEY MIYAKE 
Vestido criado por Issey Miyake, em 
1985 com shape inspirado na 
arquitetura. 
O casaco "Seashell" é uma de suas 
criações mais celebradas e 
independentes, com um pós-
processamento que coincide com as 
faixas de cor no design inicial de 
tricô (METMUSEUM, 2019). 
 
 35 
 
 
 
FONTE:http://images.metmuseum.org/CRD 
Images/ci/mobile-large/DT1686.jpg 
 
 
ISSEY MIYAKE 
Vestido da coleção pleats please, de 
1994, com as pregas criadas por 
Issey Miyake. O vestido é parte do 
acervo do Metropolitan museum of 
art. 
 
 
 
FONTE:http://images.metmuseum.org/CRDImages 
/ci/mobile-large/DP-12623-001.jpg 
 
 
COMME DES GARÇONS 
Vestuário da coleção de 
Primavera/verão de 2015 da marca 
Comme des Garçons. Este exemplar 
encontr-se no Metropolitan museum 
of art. Confeccionado em lã, nylon, 
algodão e poliuretano, ele mostra a 
modelagem ousada da marca. 
 
 
 
FONTE:http://images.metmuseum.org/CRD 
Images/ci/mobile-large/DP-14989-042.jpg 
 
 
 
COMME DES GARÇONS 
Na coleção de 2017 de 
outono/inverno da Comme des 
garçons, pode ser observada as 
formas e modelagem características 
da marca. Desenvolvidos em lã, 
algodão, nylon e poliuretano, as 
pecas estão expostas no mesmo 
museu. 
 
 36 
 
 
FONTE:https://collectionapi.metmuseum.org/api/ 
collection/v1/iiif/746842/1754100/restricted 
 
 
COMME DES GARÇONS 
A modelagem avançada da comme 
des garçon na coleção de 
primavera/verão de 2017. 
 
 
 
FONTE: https://www.vogue.com/fashion-
shows/spring-2017-ready-to-wear/junya-watanabe 
 
 
JUNYA WATANABE 
Coleção de primavera/verão, 2017 de 
Junya Watanabe. O estilista que 
sofreu grande influência de Rei 
Kawabuco, utiliza de modelagem 
tridimensional para construção das 
roupas de sua coleção. 
 
 
 
FONTE: 
https://alaintruong2014.files.wordpress.com 
 
 
HIROAKI OHYA 
Hiroaki Ohya criou roupas abstratas 
inspiradas em origamis. Alinhado 
com as tradições japonesas o 
estilista utiliza técnicas 
tridimensionais para a construção de 
vestuário. 
 37 
 
 
FONTE: https://i1.wp.com/artcentron.com/wp-
content/uploads/2014/11/Koji-Tatsuno-Autumn-
Winter-1993.jpg?resize=770%2C592 
 
KOJI TATSUNO 
Amostra do trabalho desenvolvido 
pelo designer Koji Tatsuno para a 
coleção de Outono /Inverno de 1993-
94 de sua marca. O trabalho de 
volumetria pode ser observado na 
sua indumentária. 
 
 
 
 
FONTE:https://alaintruong2014.files. 
wordpress.com 
 
 
JUN TAKAHASHI 
 
Criador da marca Undercover, o 
estilista Jun Takahashi, é conhecido 
pelo trabalho com modelagem e 
moulage no estilo japonês.pode ser 
observado um pouco da sua técnica 
nas imagens de suas coleções 
QUADRO 02 – ANÁLISE DIACRÔNICA 
FONTE: a própria autora 
 
Adesconstrução do vestuário feminino proposta no inicio da década de 1980 
pelos designers japoneses foi fundamental para uma nova abordagem na moda da 
época. Estes estilistas buscavam com seu trabalho um novo olhar para o feminino. É 
possível perceber a estética desconstruída e a modelagem/ moulage trabalhada pelas 
marcas, por meio de seus trajes rasgados e amassados, formas geometrizadas, cores 
sóbrias e muitas vezes pela imagem assexuada que é traduzida nos conceitos das 
marcas atuais. 
 
 
 
 38 
3.2 ANÁLISE SINCRÔNICA 
 
Para Pazmino (2015), a análise sincrônica é uma comparação crítica dos 
produtos já́ existentes no mercado ou de concorrentes, levando em consideração que 
similares são produtos que atendem as mesmas funções. 
“É aquela que reconhece o “universo” do produto analisado para evitar 
reinvenções” (BONSIEPE 1984, p38), onde uma comparação crítica é realizada. Com 
fundamento em critérios comuns” (LORGUS, 2011 p.58). 
Esta análise é fundamental para avaliar e compreender os produtos que já 
estão no mercado da moda, além de auxiliar na geração de alternativas e na tomada 
de decisões para o desenvolvimento deste projeto. “Também se deve decidir sobre 
as características dos produtos concorrentes que interessam ser analisadas. Isso 
dependerá de como você vê os produtos concorrentes” (BAXTER, 2011, p.180). 
Neste projeto será realizada a análise de similares de vestidos que possuem 
modelagem/moulage, composição e preços existentes no mercado e será 
apresentada no quadro 03 disposto a seguir. 
 
 
 
FONTE:https://cdn.shoppingscanner.com/co
m/farfetch/12433540_mini.jpg 
 
 
Descrição: vestido de laço com 
bordados. 
Marca: DELPOZO 
Composição: Algodão 
Preço: $2.292,00 
 
 
FONTE::https://i.stylebop.com/product 
 
 
Descrição: vestido sem alças. 
Marca: DELPOZO 
Composição: cotton/ algodão 
Preço: U$D 610,00 
 39 
 
 
FONTE:https://assetsprx.matchesfa-
shion.com/img/product/1385/1209231_1.jpg 
 
 
Descrição: vestido de lã de um 
ombro só. 
Marca:VALENTINO 
Composição: Lã 
Preço: $5.400,00 
 
 
 
FONTE:https://assetsprx.matchesfashion.co
m/img/product/1385/1215916_5.jpg 
 
 
Descrição: vestido Aylin com manga 
de sino. 
Marca: ROKSANDA 
Composição: 97% poliéster 3% 
elastano detalhes em 100% seda. 
Preço: $1.500,00 
 
 
FONTE: https://cdn-images.farfetch-
contents.com/13/45/73/39/13457339_155618
16_480.jpg 
 
 
 
Descrição: mini vestido com detalhe 
na gola 
 
Marca: ROTATE 
 
Composição: 64% seda sintética, 
31% nylon, 5% elastano. 
 
Preço: R$1.534,00 
 
 
 
FONTE: https://zacposen.com 
 
 
Descrição: vestido de alças com 
detalhe frontal e zíper invisível. 
 
Marca: ZAC POSEN 
 
Composição: Triacetato e Poliester. 
 
Preço: $950,00 
 40 
 
 
FONTE: https://cdn-images.farfetch-
contents.com/13/02/68/09/13026809_137992
65_480.jpg 
 
Descrição: vestido midi com cinto 
 
Marca: TUFI DUEK 
 
Composição: 51% algodão, 
46%poliester, 3% elastano. 
 
Preço: R$ 1.490,00 
 
 
FONTE:http://www.azziandosta.com/sites/def
ault/files/WEB-13B.jpg 
 
 
Descrição: vestido de alta costura 
 
Marca: Azzi e Osta 
 
Composição: sem descrição 
 
Preço: sem descrição 
 
 
FONTE:https://assetsprx.matchesfashion.co
m/img/product/1385/outfit_1268829_1.jpg 
 
 
Descrição: vestido plissado de seda. 
 
Marca: GIVENCHY 
 
Composição: seda 
 
Preço: $7.395,00 
 
 
FONTE:https://assetsprx.matchesfashion.co
m/img/product/1385/1267536_5.jpg 
 
Descrição: vestido de tafetá de seda 
 
Marca: CALVIN KLEIN 
 
Composição: tafetá de seda 
 
Preço: $5.900,00 
QUADRO 03 – ANÁLISE DE SIMILARES 
FONTE: elaborado pela autora 
 41 
 Os vestidos analisados no quadro 03 podem ser considerados como possíveis 
similares aos vestidos no estilo cocktail dress, propostos nesse projeto, pois possuem 
como características comuns a modelagem/moulage no desenvolvimento do produto 
de moda. Entretanto, observa-se que estes detêm um custo muito elevado, o que 
dificulta o acesso a esses produtos de design similares ao sugerido por esse projeto. 
Os tecidos dos similares são na maioria tecidos nobres e com fibras têxteis variadas. 
 
3.3 PÚBLICO ALVO 
 
Para definir o melhor público alvo para este projeto e certificar-se de que o 
produto desenvolvido está de acordo com o consumidor projetado foi realizada 
pesquisa baseada em um questionário disposto na internet e no Facebook. 
 Segundo Pazmino (2015, p.104): “para a definição de público alvo é preciso 
então conhecer os seguintes aspectos: Quem é ou seriam seus usuários? Qual a sua 
faixa etária? Qual a sua classe social? Quais são os hábitos de compra? Qual o tipo 
de moradia? Qual o tipo de trabalho? O que faz nas horas de lazer? Quais os produtos 
que usa? Que lugares frequentam? Que estilos e comportamentos possuem?”. 
Para este estudo, foram entrevistadas 257 mulheres no período de 3 dias, com 
diferentes níveis culturais e sociais, escolaridade, e estilo de vida, resultando no perfil 
de público descrito abaixo. 
 Das mulheres entrevistadas, 44,1 % estão entre 25 e 30 anos, 16% estão entre 
31 e 35 anos, 19,5 % entre 36 e 40 anos e 20,3 % 40 anos ou mais. O peso destas 
mulheres é 5,1% entre 40 a 49 quilos, 34,4% de 50 a 59 quilos, 31,6% tem entre 60 a 
69 quilos e 28,9% possuem mais de 70 quilos. 
Das 257 mulheres entrevistadas, 53,5% possuem o corpo com biotipo 
ampulheta, 16,1% retângulo, 10,6% oval, 11,4% triângulo e 8,3% triângulo invertido. 
Destas mulheres, 98,4% avaliam que é importante usar modelagens que valorizem 
seu corpo e apenas 1,6% acreditam que não é necessário. 
 Sobre seu estilo, as mulheres entrevistadas responderam que 55,3% 
conhecem seu estilo, 16,5% não conhecem e 28,3% talvez conheçam. 
 O grau de escolaridade das mulheres que responderam o questionário 
apresenta-se da seguinte forma: 23,4% superior incompleto, 24,6% superior 
completo, 39,1% pós-graduação, % mestrado e % doutorado. O estado civil delas está 
 42 
dividido em 50,6% casadas, 45,1% solteiras e 4,3% dividem-se entre viúvas e 
divorciadas. 
Como atividade para o lazer, 64,8% preferem viajar, 12,9% sair à noite, 9,4% 
cinema e 12,9% dividem-se entre praticar esportes e passear no parque. 
 A maioria das entrevistadas, 57,4%, realizam compras em lojas de shopping, 
25% em lojas de rua, 11,3% em e-commerce e 6,3% em brechós. Elas percebem que 
o principal problema relacionado a compra de vestidos está em tecidos ou 
modelagens que não vestem bem, o que corresponde a 48,8% de mulheres, 29,3% 
avaliam a necessidade de ajuste e 21,9% modelos ou cores que não agradam. 
Um total de 66,8% das mulheres, conforme analisado, usariam vestidos com 
modelagens ou recortes diferentes, 32% talvez usaria e 1,2% não usaria. Quando 
questionadas sobre a inspiração em pedras preciosas, 73,8% responderam que 
usariam uma coleção com este tema, 25,4% talvez usariam e apenas 0,8% não 
usariam. Com relação as cores, 81,7% usariam as cores das pedras preciosas nos 
vestidos, 15,2% talvez usaria e 3,1% não usariam. Quando questionadas sobre os 
tecidos, 86,8% responderam que usariam tecidos como algodão, linho ou rami, 11,3% 
talvez usariam e 1,9% não usariam. 
 Após a pesquisa de público alvo foi possível constatar que existe um grupo de 
mulheres com mais de 25 anos que possuem interesse em consumir vestidos feitos 
sob medida, para diferentes biotipos e com modelagem diferenciada. A relação entre 
elementos e materiais de inspiração assim como suas cores também foram validadas 
durante este processo. 
 
3.3.1 Painel de público alvo 
 
 43 
 
QUADRO 04 – PAINEL DE PÚBLICO ALVO 
FONTE: elaborado pela autora 
 
3.4 FUNÇÕES DO PRODUTO 
 
 As funções do produto correspondem a etapa de avaliação do produto 
desenvolvido em um projeto de design. Para Löbach (2001, p.59): “as funções são 
todas as relações entre um produto e seu usuário. No processo de uso se satisfazem 
as necessidades do usuário por meio das funções de produto”.Estas funções são classificadas em: função prática, função estética e função 
simbólica. 
 
3.4.1 Função Prática 
 
 A função prática corresponde aos aspectos de um produto em atender a 
necessidade de uso. Segundo Löbach (2001, p.58): “são todas as relações entre um 
produto e seus usuários que se situam no nível orgânico- corporal, isto é, fisiológicas”. 
 Seguindo esse conceito e facilitando o uso, os vestidos são confeccionados 
utilizando o linho, que é uma fibra natural com propriedades que permitem que a pele 
respire, o que é prático em climas quentes e fácil lavagem (UDALE, 2009, p.43). As 
peças possuem fechamento em zíper e foram desenvolvidas para uso em diversas 
ocasiões dependendo do estilo pessoal da usuária. Como é uma peça única e não 
 44 
precisa combinação com outras peças, o vestido proporciona uma solução rápida na 
escolha do que vestir. 
 
3.4.2 Função Estética 
 
De acordo com Löbach (2001, p.59): “a função estética é a relação entre um 
produto e um usuário no nível dos processos sensoriais. Ela diz respeito a capacidade 
do produto em sensibilizar ao menos um dos sentidos humanos. 
A coleção de moda foi inspirada em pedras preciosas e suas formas. Pode-se 
observar unidade de coleção e valorização estética dos corpos das usuárias, pela 
análise de biotipos e construção dos shapes - formas dos vestidos para cada um dos 
tipos de corpos. A análise de corpos, segue o guia de personal stylist - estilo pessoal, 
de Aguiar (2011), ela define os cinco biotipos femininos como ampulheta, triângulo 
invertido, triângulo, retângulo e oval. Com uma análise detalhada de cada um deles, 
é sugerido algumas roupas, formas ou recortes para valorização de cada um destes 
corpos. As principais ideias sugeridas serão descritas na sequência. 
 Para o corpo em forma de ampulheta, cuja silhueta possui ombros e quadril na 
mesma largura e cintura bem definida, o objetivo é a valorização da cintura, pois a 
mulher com este corpo pode usar quase todos os tipos de roupa, caso seja esbelta. 
 No corpo em forma de triângulo invertido cujo corpo é caracterizado por uma 
silhueta com muito busto, ombros largos, quadril estreito e pernas finas, o objetivo é 
balancear o volume entre os ombros e quadril utilizando-se da cava americana ou 
manga raglã, saia evasê rodada ou reta, camisas mais decotadas e com linhas 
simples, além de vestidos acinturados com pences. 
No caso da silhueta em triângulo, cujo quadril e coxas são mais acentuados 
que os ombros que por sua vez são mais estreitos, o objetivo é esconder o quadril 
largo e a coxa volumosa e aumentar a largura do ombro, chamando a atenção para a 
parte superior do corpo, obtendo assim mais equilíbrio visual. Para tanto é necessário 
utilizar volume nos ombros, ombreiras discretas, mangas com volumes saias e 
vestidos evasê e vestidos com largura média que marcam a cintura. 
O corpo com silhueta retângulo possui cintura discreta, harmonia entre as 
medidas do ombro e do quadril, braços e pernas finas em relação ao corpo e poucas 
curvas. Para a valorização deste corpo o objetivo é criar uma falsa cintura através de 
looks acromáticos, pences, detalhes verticais e recortes que afinem a silhueta. 
 45 
No caso do biotipo oval a silhueta possui formas arredondadas, com volume no 
quadril, cintura e busto e com barriga proeminente. Neste caso o objetivo é criar uma 
linha que alongue este corpo chamando a atenção para rosto e ombros com a 
utilização de decotes em forma de V ou U, blusas com alças mais largas, recortes, 
pences e saias retas ou ligeiramente evasê. 
 Os tecidos selecionados para a confecção dos mesmos foram escolhidos não 
apenas pela sua qualidade, mas também por serem tecidos nobres e a modelagem 
/moulage, assim como as cores, seguem a estética proposta pela inspiração da 
coleção. 
 
3.4.3 Função Simbólica 
 
Esta função diz respeito ao significado cultural expresso pelo produto e 
identificado pelo usuário. “A função simbólica de produtos industriais só será efetivada 
se for baseada na aparência percebida sensorialmente e na capacidade mental da 
associação de ideias” (Lobach, 2001, p. 64-65) 
O simbolismo encontrado nos produtos desenvolvidos está diretamente ligado 
a inspiração e ao conceito do projeto. As pedras preciosas são objeto de desejo de 
várias mulheres ao longo da história humana, pois representam poder e suas cores e 
formas criam vontade de possuí-las. Suas cores representam características próprias. 
O diamante é símbolo de pureza e riqueza, é considerado uma pedra que 
confere qualidades como destemor, invencibilidade e pureza e foi associado ao biotipo 
do triângulo invertido, não apenas pela forma, mas também pela mulher desse biotipo 
passar uma imagem de muita força, devido a sua estrutura física, no primeiro contato. 
O rubi e a cor vermelha estão associadas a energia, vigor e equilíbrio. É uma pedra 
associada ao coração. A lapidação escolhida para esta pedra, seguiu a forma do corpo 
que a representa no projeto. A esmeralda é considerada uma fonte de inspiração e 
infinita paciência. É considerada a pedra do amor bem-sucedido, é fonte de força de 
caráter e regeneração e representa o corpo retangular, que também é a sua lapidação 
mais comum. O topázio amarelo é por tradição conhecido como fonte do amor e da 
sorte e ajuda a descobrir a riqueza interior. Sua forma lapidada em gota, foi escolhida 
para representar o corpo feminino de triângulo invertido. O biotipo ampulheta foi 
representado pela pedra ametista, que possui uma variação de cor do roxo ao violeta 
 46 
claro, ela é considerada a pedra espiritual. Sua forma de inspiração é no estado bruto 
e representa a mulher que pode usar tudo (HALL, 2008). 
 
3.5 ANÁLISE MORFOLÓGICA 
 
Também conhecida como matriz morfológica, a análise morfológica consiste 
em uma “ferramenta criativa que busca criar um grande número de possíveis 
soluções, por meio da combinação de alternativas de componentes, formas, cores 
funções, etc. que permitam encontrar algo novo” (PAZMINO, 2015, p. 210). 
A coleção utiliza como cores da sua cartela roxo, branco, amarelo, vermelho e 
verde, cada uma seguindo a pedras preciosa que a inspira. 
As formas de construção deste vestuário são inspiradas em gemas preciosas 
e possuem modelagem/moulage tridimensional. Cada uma das peças desenvolvidas 
tem características particulares, possuindo linhas verticais e horizontais, quando 
seguem a influência das gemas com lapidação em camadas, linhas curvas 
representando as rochas com lapidação arredondada e as formas pontiagudas 
representando a rocha bruta. 
 A textura do tecido que compõe os vestidos é natural, de uma fibra nobre, lisa 
e ecológica. A parte interna da peça possui forro e acabamento que proporcionam 
conforto durante o seu uso. 
 Os aviamentos utilizados para o desenvolvimento da coleção seguem as cores 
da inspiração e tem como objetivo facilitar seu uso. 
 
3.6 ANÁLISE ESTRUTURAL 
 
 Segundo Pazmino (2015, p. 140), a análise estrutural “é uma ferramenta que 
serve para reconhecer e compreender tipos e números de componentes, subsistemas, 
princípios de montagem, e tipos de conexões de um produto”. 
 Os quadros 05, 06, 07, 08, 09 e 10 dispostos abaixo mostram a análise 
estrutural de cada um dos vestidos confeccionados. 
 
 47 
 
Nº QUANT. COMPONENTES MATERIAL 
1 1 Triângulo de origami (entretelado) 100% Linho 
2 1 Parte superior do vestido (entretelado) 100% linho 
3 2 Fita cabide 100% Poliéster 
4 1 Pence - 
5 1 Triângulo altura aproximada 7cm - 
6 1 Triângulo altura aproximada 13cm - 
7 1 Triângulo altura aproximada 26cm - 
8 1 Triângulo altura aproximada 30cm - 
9 1 Triângulo altura aproximada 35cm - 
10 1 Triângulo altura aproximada 26cm - 
11 1 Zíper de 60cm 100% Poliester 
12 1 Recorte - 
QUADRO 05 – ANÁLISE ESTRUTURAL VESTIDO AMETISTA 
FONTE: a própria autora48 
 
Nº QUANT. COMPONENTES MATERIAL 
1 1 Barbatana 100% Silicone 
2 1 Barbatana 100% Silicone 
3 1 Barbatana 100% Silicone 
4 1 Barbatana 100% Silicone 
5 2 Fita cabide 100% Poliéster 
6 14 Origami bamboo technique 100% Linho 
7 1 Barbatana 100% Silicone 
8 1 Barbatana 100% Silicone 
9 1 Zíper de 60 cm 100% Poliéster 
QUADRO 06 – ANÁLISE ESTRUTURAL VESTIDO ESMERALDA 
FONTE: a própria autora 
 
 
1
2 3 4
5
6
7 8
9
 49 
 
Nº QUANT. COMPONENTES MATERIAL 
1 2 Pence lateral 100% Linho 
2 1 Origami bamboo circular technique 100% Linho 
3 2 Pence das costas 100% Linho 
4 1 Zíper de 60 cm 100% Poliéster 
QUADRO 07 – ANÁLISE ESTRUTURAL VESTIDO DIAMANTE 
FONTE: a própria autora 
 
 
Nº QUANT. COMPONENTES MATERIAL 
1
2
3
4
1
2
3
4
 50 
1 2 Pence lateral 100% Linho 
2 2 Pence das costas 100% Linho 
3 2 Origami bamboo technique 100% Linho 
4 1 Zíper de 60 cm 100% Poliéster 
QUADRO 08 – ANÁLISE ESTRUTURAL VESTIDO RUBI 
FONTE: a própria autora 
 
 
Nº QUANT. COMPONENTES MATERIAL 
1 1 Recorte da gola em U 100% Linho 
2 2 Pence lateral 100% Linho 
3 Decidida em 
moulage 
Recorte com a técnica de manipulação 
de pontos, com pesponto na mesma 
cor do tecido. 
100% Linho 
4 4 Pence das costas 100% Linho 
5 1 Zíper de 60 cm 100% Poliéster 
QUADRO 09 – ANÁLISE ESTRUTURAL VESTIDO TOPÁZIO AMARELO I 
FONTE: a própria autora 
 
1
2
3
4
5
 51 
 
Nº QUANT. COMPONENTES MATERIAL 
1 2 TR balloon technique 100% Linho 
2 2 Pence frontal 100% Linho 
3 2 Curva no desenho da silhueta do 
corpo 
100% Linho 
4 2 Pence das costas 100% Linho 
QUADRO 10 – ANÁLISE ESTRUTURAL VESTIDO TOPÁZIO AMARELO II 
FONTE: a própria autora 
 
 A coleção contém elementos da inspiração nas pedras preciosas e as técnicas 
do designer que norteiam a criação deste projeto. As cores e formas são as principais 
características retiradas dos mesmos. As peças são confeccionadas sob medida, em 
máquina caseira, respeitando o processo que proporciona exclusividade as peças. O 
vestido ametista possui entretela na parte superior para garantir sustentação aos 
sólidos geométricos ali inseridos. O vestido inspirado no topázio amarelo, possui 
pesponto para valorizar as curvas da técnica de trompe l’oeil com dart manipulation, 
no casaco que é parte desse vestido também foi utilizada a técnica de TR Balloon. Foi 
utilizada a técnica de origami nos vestidos que representam o rubi, a esmeralda e o 
diamante, cada um deles observando os elementos de inspiração para representar as 
formas das pedras da inspiração. Todos os vestidos possuem forro no acabamento 
da peça, assim como etiqueta de composição e tag acompanhando o vestido. 
 
 
 
 
 
 
1
2
3 4
 52 
3.7 ANÁLISE ERGONÔMICA 
 
Para Iida (2005, p.02): “a ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao 
homem”. Desta forma, pode ser compreendida como o estudo das pessoas e suas 
relações com as atividades por elas desempenhadas, além do ambiente físico e 
organizacional que o cercam. A ergonomia tem uma visão ampla, abrangendo 
atividades de planejamento e projeto, que ocorrem antes do trabalho ser executado, 
mas também se preocupa com o que ocorre durante e após esse trabalho, para que 
sejam alcançados os objetivos do trabalho desenvolvido. 
Durante o desenvolvimento deste projeto, foi utilizado um tecido de fibra natural 
na parte exterior do vestido e na parte interna da peça, utilizou-se um tecido de 
poliéster, esta fibra possui um toque suave para conforto da usuária e maior agilidade 
ao vestir a peça pois ela desliza sobre o corpo. Todas as costuras foram realizadas 
em máquina caseira e à mão, com fechamento no interior da peça de forma a não 
tocar o corpo da usuária, evitando assim qualquer desconforto durante o uso ou 
marcas posteriores ao mesmo. 
A construção deste projeto foi realizada em técnica mista de modelagem e 
moulage para corpos específicos, respeitando diferentes biotipos, ou seja, sob 
medida. Iida (2005, p.140) classifica esse tipo de projeto como adaptado aos 
indivíduos, “produtos projetados especificamente para um indivíduo. São os casos de 
aparelhos ortopédicos, roupas feitas sob medida pelo alfaiate”. Este tipo de 
construção proporciona melhor adaptação entre o produto e seu usuário, porém é 
mais oneroso, não sendo muito viável do ponto de vista industrial. A utilização da 
técnica de moulage também possibilitou que costuras desnecessárias fossem 
descartadas, e pences e recortes que valorizassem o biotipo da modelo fossem 
inseridas dependendo de cada caso. 
Para a confecção dos produtos não foi utilizada uma tabela de medida, pois os 
vestidos foram confeccionados sob medida para os corpos analisados. 
Como fechamento foi utilizado zíper invisível, de metal. O zíper possui a medida 
de 60 centímetros, de poliéster, facilitando a abertura e consequentemente o vestir. 
Iida (2005) também aborda a questão do controle, ou seja, qualquer movimento 
executado pelo homem, através das mãos e dos pés, em que transmita uma energia 
à uma determinada máquina. Os controles são classificados em discreto ou contínuo. 
 53 
No caso do zíper utilizado nesse projeto, o controle é contínuo, assim como o ato de 
vestir os vestidos da coleção. 
Outra forma de controle, segundo Iida (2005) é o manejo, ele é o domínio com 
as mãos de pegar, prender ou manipular objetos e se divide em fino e grosseiro. Junto 
ao manejo podem ser observadas as pegas, divididas em geométricas e antromorfa. 
Utilizando-se destas análises de manejo e pegas os vestidos da coleção possuem 
manejo fino ao pegar e vestir as peças, assim como ao colocar as alças sobre os 
ombros e ao abrir e fechar os zíperes e em relação as pegas podem ser classificadas 
como geométrica, realizada no momento de manuseio dos zíperes. 
 
3.7.1 Etiqueta 
 
 A etiqueta tem como objetivo informar o consumidor sobre o produto. Segundo 
a normatização da ABNT as etiquetas devem conter a razão social ou marca do 
fabricante ou importador, CNPJ, país de origem, composição do tecido têxtil, tamanho 
da peça e simbologia. 
 Neste projeto a etiqueta foi desenvolvida atendendo todos os requisitos acima, 
impressa em tamanho 3X7cm, conforme mostra o quadro 11. 
 
 
 QUADRO 11 – ETIQUETA 
FONTE: a própria autora 
 
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SOB MEDIDA
PARA VOCÊ
FEITO NO BRASIL
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 54 
 As etiquetas não seguem a tabela de medidas tradicional, pois foram 
desenvolvidos sob medida para cada um dos corpos analisados neste projeto. Desta 
forma a etiqueta de composição contém a informação de que a peça foi desenvolvida 
sob medida para a cliente. 
 
3.7.2 Tag 
 
O tag deste projeto foi desenvolvida para traduzir o conceito de exclusividade 
do produto sob medida. Segundo Carlota (2002), os tags são recursos para valorizar 
a coleção, assim como as embalagens, eles podem ser pendurados ou aplicados na 
peça e constituem uma forma de destacar ou segmentar uma linha de produtos. 
Para esta coleção foi criado um carimbo de madeira, no tamanho 2,6x0,5 cm, 
que é aplicado sobre resíduos do tecido de algodão cru que foram utilizados para a 
confecção da moulage da peça. O tag é fixado a peça com um alfinete de segurança 
apropriado e pode ser observada no quadro 12 . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUADRO 12 – TAG 
FONTE: a própria autora 
 
 
 
 55 
3.8 INSPIRAÇÃO 
 
 A inspiração deste projeto surgiu nas pedras preciosas. Segundo Baxter, (2011, 
p.87): “A inspiração é o primeiro sinal que surge na mente, para uma descoberta 
criativa”. A criatividade geralmente surge de associações, combinações, sob uma 
nova visão do que já existe. Uma grande ideia

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