Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

AROMATERAPIA E CROMOTERAPIA
AULA 5
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Juliana Horstmann Amorim
CONVERSA INICIAL
Nesta aula, falaremos sobre a terapia que utiliza as cores para curar, denominada cromoterapia. Na primeira parte, o tema será introduzido a partir de uma breve explicação sobre as origens do tratamento da saúde por meio da manipulação das cores para, em seguida, adentrarmos em alguns conceitos importantes para a compreensão desta ferramenta terapêutica, como o de energia e luz, e como ocorre a interação dessas forças com o corpo humano. Para tanto, iremos discorrer sobre a anatomia do corpo sutil e os principais centros de força que possui, conhecidos também como chakras. Este caminho é necessário, uma vez que a cromoterapia, além de atuar no tratamento de disfunções no organismo fisiológico, atua primeiramente no corpo energético.
Entenderemos, portanto, como ocorre a integração entre o corpo energético e o físico. Na última parte da aula, adentraremos especificamente ao universo das cores, que chamaremos de cromaticidade, para elencarmos as principais características e propriedades do espectro de cores existentes na natureza. Na parte prática, a proposta será a de realizar um exercício de visualização com cores.
TEMA 1 – CROMOTERAPIA: A CURA ATRAVÉS DAS CORES
Colorometria ou cromoterapia, como é mais conhecido, é um sistema terapêutico que utiliza as cores como ferramenta de cura. O termo cromoterapia é oriundo da língua grega: khrôma = “cor” e therapeia = “terapia”, mas a prática da utilização das cores com o objetivo de restaurar e equilibrar a saúde tem origem em civilizações mais antigas, que reconheciam as propriedades curativas da luz por meio das cores, usadas de distintas maneiras para tratamentos de diferentes enfermidades. A cromoterapia pode ser definida como a ciência que usa as cores para manter ou modificar as frequências de determinado organismo, equilibrando seus sistemas físicos e energéticos. Trata-se de um sistema terapêutico bastante antigo e que atualmente tem sido revisitado por estudiosos de distintas áreas, pois intersecciona diferentes ramos do conhecimento como a medicina, a física e a bioenergética (Balzano, 2004).
Dessa forma, a cromoterapia fundamenta-se em conceitos oriundos desses distintos campos do saber, pois atua no tratamento de doenças a partir da manipulação de energia e seus aspectos eletromagnéticos que constituem as cores, demonstrando como nosso corpo é afetado tanto fisicamente, quanto energeticamente pelas cores (Balzano, 2004)
1.1 ORIGENS E ATUALIDADE
A perspectiva de que as cores possuem propriedades capazes de atuar diretamente no organismo humano para reestabelecer seu equilíbrio e consequentemente promover saúde é muito antiga. A interligação entre o equilíbrio da natureza (e por conseguinte do organismo humano, compreendido como um aspecto do todo) e a luz solar esteve presente nos principais sistemas filosóficos e medicinais que sem têm registros. Civilizações do passado utilizavam a cromoterapia de diferentes maneiras. De acordo com o egiptólogo Paul Ghalioungui, no antigo Egito a medicina pautava-se numa concepção holística relativa ao tratamento da saúde, e diversas técnicas terapêuticas eram utilizadas em templos específicos, nas quais os médicos, dentre outras ferramentas, usavam as cores para tratamentos de saúde (Ghalioungui, 1983).  Por meio de construções especiais, os egípcios manejavam o reflexo da luz solar para produzir as sete cores do espectro e utilizá-las em tratamentos (Amber, 1983, p. 54). Compreendia-se que cada cor de espectro solar, ou seja, dos raios emitidos pelo sol, possuía determinada vibração capaz de operar terapeuticamente sobre os organismos. Na antiga Grécia, Pitágoras fez significativas contribuições à filosofia médica vigente ao refletir sobre as propriedades da luz e das cores e suas relações com o equilíbrio do corpo humano. Sistemas medicinais de outras civilizações antigas também possuíam vastos conhecimentos sobre as propriedades curativas da luz e das cores, como observa-se no Ayurveda dos antigos hindus, entre os povos asiáticos, em suas medicinas tradicionais, entre os médicos árabes, babilônicos, persas e entre os nativos da América. Indícios arqueológicos e fontes escritas indicam que, entre esses povos, os benefícios das cores eram utilizados por meio da ação direta dos raios solares, mas também através de flores, cristais de cor pura e da ingestão de água solarizada, cujos benefícios terapêuticos eram conhecidos, sendo uma prática vastamente utilizada em diferentes partes do mundo (Amber, 1983, p. 54-55).
Já na era moderna, o primeiro estudo concentrado relativo às propriedades das cores foi elaborado por Leonardo da Vinci no século XV, cuja obra Tratado da Pintura e da Paisagem: Sombra e Luz é a primeira referência sobre como as cores são formadas e distinguidas entre si a partir de conceitos relativos à luz e a fenômenos cromáticos. Partindo de uma perspectiva científica, o físico Isaac Newton, no século XVIII, observou que a luz solar, quando refletida em um prisma de vidro, se decompunha em sete cores. Explicando cientificamente a coloração dos corpos por meio das sete cores do espectro, Newton as denominou como “cores permanentes dos corpos naturais” (Pedrosa, 1982, p. 11), ou seja, as sete cores decompostas pelo prisma são as cores perceptíveis na natureza e que compõem o arco-íris: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta, conforme observamos na imagem abaixo:
Figura 1 – Decomposição da luz branca nas sete cores por prisma
Créditos: ex_artist/Shutterstock.
Outra importante referência no tema é Johannn Wolfang Goethe, que pesquisou profundamente as cores e suas influências tanto nas pessoas, quanto nos ambientes (Pedrosa, 1982). A partir de Goethe, e sua obra Teoria das Cores, uma nova perspectiva referente às propriedades das cores se delineou, resultando na noção de que elas produzem efeitos reais, tanto físicos, quanto mentais e emocionais, em quem as recebe. Foi a partir de suas pesquisas que se entendeu, por exemplo, que a cor vermelha é estimulante, que o amarelo alegra, que o azul é calmante e que o verde é relaxante. A partir de então, diferentes estudos, tanto na área médica, quanto na física, evidenciaram a influência da aplicação das cores na dinâmica do organismo humano.
Atualmente, a Cromoterapia é uma prática terapêutica reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 1976, e no Brasil, integra o arcabouço das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, sendo utilizada por diferentes profissionais que almejam os benefícios propiciados por essa técnica. De acordo com a legislação brasileira, a cromoterapia pode ser definida como uma prática terapêutica que:
Atua do nível físico aos mais sutis com o objetivo de harmonizar o corpo. Antigamente, o uso terapêutico era realizado principalmente através da luz solar, pela forte crença no seu potencial de cura. (...) A cromoterapia, por intermédio das cores, procura estabelecer e restaurar o equilíbrio físico e energético, promovendo a harmonia entre corpo, mente e emoções, pois o desvio da energia vibratória do corpo é responsável por desencadear patologias. Pode ser trabalhada de diferentes formas: por contato, por visualização, com auxílio de instrumentos, com cabines de luz, com luz polarizada, por meditação. (Brasil, 2018)
A partir do trecho citado acima, é possível aferir que a Cromoterapia é um sistema holístico, pois atua no organismo de forma integral, tanto no corpo físico, quanto no energético, promovendo o equilíbrio de todo o sistema vital por meio do uso das cores. Esse equilíbrio é realizado através da incidência dos raios luminosos que cada cor possui no campo eletromagnético das células do corpo, para que assim possíveis disfunções sejam reparadas, pois, conforme o trecho acima destaca, quando a energia vibratória do organismo se desiquilibra, desencadeia-se a possibilidade do desenvolvimento de patologias. Ou seja, estamos diante de uma ferramenta terapêutica que atua no campo energético– ou vibratório – do organismo, corrigindo possíveis disfunções de forma muito profunda. Podemos dizer, assim, que a cromoterapia é um modo de reintroduzir as cores no organismo, por meio da ação energética e vibracional que possuem sobre o corpo, “para alterar ou manter as vibrações do corpo naquela frequência que resulta em saúde, bem-estar e harmonia” (Amber, 1983, p. 13).
TEMA 2 – ENERGIA E LUZ
Para compreendermos como as cores atuam equilibrando o organismo, é importante elencar as premissas que fundamentam a eficácia da cromoterapia. Parte-se do princípio físico de que toda a matéria é formada basicamente por energias, que possuem distintas frequências e ondulações, passíveis de medição e que circulam pelo ambiente. Exemplos são o calor, o magnetismo da terra, o som e a luz, cujas diferenças são apenas relativas às frequências, vibrações e meios de condução que possuem.
A luz, do ponto de vista da Física, é considerada uma faixa de radiação eletromagnética que produz sensação visual, que possui comprimento de onda e frequência, e que se desloca na velocidade de 300.000 km/h através do espaço. O espectro visível da luz pelos olhos humanos abrange do vermelho ao violeta, e essa luz pode ser considerada a melhor expressão da luz solar, reunindo todos os tons que existem na natureza (Pedrosa, 1982, p. 11). 
2.1 ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
Conforme pontuamos, a energia radiante, denominada luz, se desdobra num espectro eletromagnético, cujos comprimentos de onda formam as vibrações cromáticas visíveis (as cores), pois são raios luminosos que sensibilizam a retina dos olhos e que formam, também, ondas com comprimentos que não são visíveis ao olho nu. Entre estas, estão os raios ultravioletas, raios infravermelhos, raios gama, ondas de televisão e de rádio e micro-ondas.
Figura 2 – Espectro eletromagnético
Créditos: VectorMine/Shutterstock.
Na imagem acima, está disposto o espectro das radiações eletromagnéticas mais conhecidas. Conforme é possível observar na Figura 2, as radiações possuem comprimentos de ondas distintos, o que resulta na visibilidade que possuem, ou não, para o olho humano: a luz ultravioleta e infravermelha por exemplo, não são perceptíveis ao olho nu, embora possam ser detectadas de outras maneiras. Notamos a relação da luz com outras ondas e seu espectro, que origina sete variações cromáticas e várias gradações entre elas. As ondas de luz, portanto, são radiações eletromagnéticas e podem ser descritas como um fluxo de fótons, que são micropartículas de onda que formam a base da luz, e “cada uma contém um feixe de energia e, por conseguinte, informação (Energia é informação)” (Dale, 2017, p. 30).
As cores são manifestações de luz, ou seja, de energia radiante (Farina; Perez; Bastos, 2011, p. 16), e estão por todas as partes do planeta, não há vida sem cores. As cores curam, e isso acontece porque a cor é uma forma de energia que possui características específicas, conforme veremos mais adiante, e que atua dinamicamente com outras formas de energias, tanto sutis, quanto mais densas, conforme discorre Gerber (1988) em seu livro Medicina Vibracional:
O reconhecimento que toda matéria é energia constitui a base para compreendermos por que os seres humanos podem ser considerados sistemas energéticos dinâmicos. Por meio da famosa equação, E = mc2, Albert Einstein provou aos cientistas que energia e matéria são duas manifestações diferentes da mesma substância universal. Essa substância universal é a energia ou vibração básica, da qual todos nós somos constituídos. Assim, a tentativa de se curar o corpo através da manipulação desse nível básico energético ou vibracional da substância pode ser chamada de medicina vibracional. Embora a visão einsteiniana tenha aos poucos sido aceito pelos físicos, as profundas descobertas de Einstein ainda estão por ser incorporadas ao modo como os médicos encaram a doença e os seres humanos”. (Gerber,1988, p. 25)
Através das cores e dos espectros luminosos que emitem, é possível modular determinada frequência com a finalidade de regenerar a saúde física, mental e emocional de uma pessoa. As cores que compõem o espectro solar, portanto, são luz, e pode-se dizer que somos muito afetados pela luz e suas cores no cotidiano.
TEMA 3 – ANATOMIA SUTIL
Conforme expresso até agora, as cores afetam diretamente todo o mundo físico e sensível. Fazem parte do todo, e por isso, também fazem parte do nosso corpo. De acordo com diferentes sistemas medicinais orientais, as sete cores, que compõem o espectro visível aos olhos humanos, atuam sobre os corpos sutis que também possuímos. Isso significa que as radiações eletromagnéticas oriundas das cores interpenetram o corpo humano, afetando diretamente sua fisiologia, suas emoções, as qualidades mentais e psíquicas. Assim, incidir determinadas cores sobre o corpo provoca renovação e reforça as energias vitais do organismo. (Amber, 1983, p.22). Essa energia vital que todos possuímos tem diferentes denominações a depender da cultura, ou do viés terapêutico adotado. Para os hindus é chamada de prana, para os chineses de chi, para os tibetanos, ga-llama, e na cultura ocidental, passou a ser designada como bioenergia. De acordo com Cindy Dale, “as principais diferenças entre os campos físico e sutil consistem com frequência apenas na velocidade das informações e da vibração envolvidas” (Dale, 2017, p. 27).
Vale notar que existem campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos que interagem com o corpo humano, assim como a luz e outras formas de energia (Dale, 2017, p. 19). Essas energias, portanto, são produzidas pelo corpo humano, mas também são absorvidas. É importante conhecer esses processos para entender como funciona a terapêutica da Cromoterapia, e assim facilitar o manejo dessa ferramenta no corpo humano. A energia vital entra no corpo por meio da respiração e dos centros energéticos, também conhecidos como chakras, principalmente por meio do chakra coronário, que se localiza no topo da cabeça. Quando essa energia entra no organismo, é processada tanto energeticamente, por meio dos chakras laríngeo e cardíaco, quanto fisiologicamente, pelos pulmões e coração, que a enviam para a corrente sanguínea, chegando a todas as células, que metabolizam essa energia no organismo e a liberam por meio dos poros da pele, formando um campo energético no entorno do corpo também conhecido como aura, campo áurico ou campo de energia humana. O campo áurico é, assim, composto por energia sutil, e emana os fluxos eletromagnéticos das densidades presentes nos órgãos e vísceras do corpo. Para as terapêuticas que trabalham com a anatomia sutil, como é o caso da cromoterapia, esse campo energético é um importante medidor do aspecto mais geral da saúde do paciente. É possível identificar a ocorrência de alguma doença por meio das cores, pois tudo o que passa no corpo físico reflete-se na aura. Dessa forma, um campo áurico equilibrado influencia diretamente a saúde do corpo, tanto física, quanto mental e emocional.
No Decreto da Legislação Brasileira, que regulamenta as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, na descrição referente à aplicação da Cromoterapia para promoção da saúde, aparece menção à possibilidade de cura por meio da aplicação das cores no corpo sutil:
A partir das abordagens dos distintos sistemas complexos das medicinas tradicionais, as cores em suas frequências podem ser utilizadas para neutralizar as condições excessivas do corpo e restabelecer a saúde, podendo serem utilizadas em regiões específicas do corpo, como os centros de força, pontos de acupunturas ou marmas, em consonância com o desequilíbrio identificado no indivíduo. (Brasil, 2018)
A Cromoterapia, nesse sentido, tem o objetivo de alterar as frequências dos campos de energia, dos canais e dos centros de energia do corpo, também designados como chakras, que fazem parte da anatomia energética. De acordo com Dale (2017, p. 309), “ao inserir as cores corretas no campo, você libera bloqueios e a estagnação, preenche buracos e vazamentos, e abre o campo para manifestara sua realidade desejada”. Esses “campos” mencionados dizem respeito à energia sutil da qual é também composta o organismo humano. Neste campo energético, localizam-se centros de energia, que são responsáveis por captar as frequências do ambiente e transformá-las para serem utilizadas pelo organismo físico, conforme já mencionamos. Essas estruturas, apesar de não serem perceptíveis à visão humana, pois possuem uma frequência mais elevada que a matéria densa (Dale, 2017, p. 58), podem ser mensuradas por meio de tecnologias de energia sutil (através do uso de pêndulos, ou pela imposição das mãos, por exemplo, que iremos tratar na próxima aula), já que possuem frequência própria, como veremos no tema seguinte.
TEMA 4 – OS SETE CHAKRAS E AS SETE CORES
Os centros de energia presentes na anatomia sutil também são conhecidos, de acordo com a filosofia hindu, pelo termo em sânscrito, que os denomina como chakras, que significa “círculo”, ou “roda”. São, portanto, centros, vórtices de energia em constante movimento circular, que realizam a entrada, a modulação e a saída de energia vital entre o ambiente externo e o ambiente interno (corpo humano). São sete principais chakras que se situam ao longo da coluna vertebral, começando da base da coluna, subindo até o topo da cabeça, conforme é possível observar na imagem a seguir:
Figura 3 – Os sete chakras principais
 
Créditos: Illizium/Shutterstock.
Do ponto de vista da fisiologia, cada um deles conecta-se a outro por meio de pequenos canais, chamados nadis, por onde circula a energia vital. Esses canais, por sua vez, estão conectados ao sistema nervoso, aos órgãos e glândulas endócrinas, atuando diretamente sobre todo o sistema orgânico corporal. Assim, os chakras regulam tanto o funcionamento da energia sutil, quanto dos sistemas hormonais do corpo humano, tendo uma função extremamente importante para o equilíbrio da saúde. 
Figura 4 – Os chakras ao longo da coluna vertebral
Créditos: Zanna Art/Shutterstock.
Como é possível observar na imagem acima, cada chakra possui abertura e saída no lado anterior e posterior do corpo, atuando como sensores, controlando o fluxo de energia física, psíquica e espiritual, e cada chakra está associado a uma cor, com a qual entra em ressonância. Deste modo, “uma compreensão da natureza dos chakras e de suas ligações energéticas superiores com a fisiologia do corpo nos ajuda a compreender as razões que estão por trás do uso de determinadas cores para curar doenças específicas” (Gerber, 1988, p. 186).
 4.1 OS CHAKRAS
· 1º Chakra: Básico/Muladhara (nome simples e nome em sânscrito). Localizado na base da coluna. Está ligado à conexão do corpo com a terra. Rege a estrutura do corpo e é responsável pela energia de preservação da vida. Absorve energia telúrica. Ligado às glândulas suprarrenais, cólon e reto. Cor: vermelho. Em desiquilíbrio, gera: fadiga, desânimo, medo, falta de coragem e disfunções na fisiologia correspondente.
· 2º Chakra: Esplênico/Swadhisthana. Localizado logo abaixo do umbigo, na região pélvica. Rege as gônadas, o sistema reprodutivo e a energia da criatividade e alegria. Cor: laranja. Em desequilíbrio, gera: problemas nos sistemas reprodutores, solidão, apatia.
· 3ª Chakra: Plexo Solar/Manipura. Localizado na região do estômago, acima do umbigo. Rege a absorção da energia dos alimentos. Ligado ao sistema digestório. É o centro das emoções. Cor: amarelo. Em desequilíbrio, gera: problemas digestivos, ansiedade, agitação mental.
· 4º Chakra: Cardíaco/Anahata. Localizado no centro do tórax. Ligado ao coração e à glândula Timo. É o canal de expressão dos sentimentos, ligado ao amor incondicional. É o ponto de equilíbrio entre os três primeiros chakras e os três seguintes. Cor: verde. Em desequilíbrio, gera: sentimento de perda, tristeza, pânico.
· 5º Chakra: Laríngeo/Vishudha Localizado na garganta. Ligado à tireoide. Relativo à expressão da fala, das ideias e dos sentimentos. Rege a comunicação. Cor: azul. Em desiquilíbrio, gera: disfunções na garganta, raiva, mágoas reprimidas, bloqueio criativo.
· 6º Chakra: Frontal/Ajna. Localizado entre as sobrancelhas. Ligado à glândula pituitária. Rege os controles do corpo, por meio do lobo frontal, a saúde dos olhos e do nariz. Conhecido também como terceiro olho, rege a intuição e o autoconhecimento. Cor: índigo. Em desiquilíbrio, gera: fobias, compulsões, raciocínio lento.
· 7º Chakra: Coronário/Sahasrara. Localizado no topo da cabeça. Ligado à glândula pineal. É a conexão com o cosmos. Rege as funções mentais e a produção de serotonina. Representa a sabedoria e a conexão com o todo. Cor: violeta. Em desiquilíbrio, gera: desorientação, histeria, insônia, disfunções no sistema nervoso.
TEMA 5 – AS PROPRIEDADES DAS CORES
A partir do que elencamos até aqui, já é possível compreender a importância das cores para a vida humana. É importante elencarmos alguns pontos sobre as cores antes de adentrarmos nas qualidades individuais de cada uma das cores do espectro eletromagnético. O primeiro ponto é que não há vida sem cor, e cada cor possui uma vibração própria. As cores permeiam tudo. Dessa maneira, tomando o corpo humano como objeto de análise, é possível dizer que cada órgão possui uma cor (vibração). Cada cor possui uma inteligência própria, ou seja, segue leis da física ao interagir com o campo do organismo humano, atuando de forma seletiva, chegando onde precisa chegar.
As doenças que se manifestam no corpo possuem também uma vibração e cores particulares, podendo ser tratadas com cores específicas para cada caso (Amber, 1983, p. 103). Trataremos agora das cores, seus conceitos físicos, características e propriedades, para que seja possível, num segundo momento, discorrer sobre os potenciais de cura de cada uma das sete cores principais individualmente.
 5.1 CROMATICIDADE
Conforme apontamos anteriormente, a cor é uma onda de luz que em si não possui as tonalidades que percebemos. De acordo com Pedrosa (1982):
A cor não tem existência material: é apenas sensação produzida por certas organizações nervosas sob a ação da luz – mais precisamente, é a sensação provocada pela ação da luz sobre o órgão da visão. Seu aparecimento está condicionado, portanto, a ação de dois elementos: a luz (objeto físico, agindo como estímulo), e o olho (aparelho receptor, funcionando como decifrador do fluxo luminoso, decompondo-o ou alterando-o através da função seletora da retina). (Pedrosa, 1982, p. 17)
Infere-se, portanto, que a cor ocorre quando sua energia atinge a retina dos olhos, e suas gradações percebidas variam de acordo com características relativas aos seus comprimentos de onda eletromagnéticas, que caracterizam seu matiz, que é sua gradação, o valor que possuem, que caracterizam sua luminosidade, o croma, relativo à saturação da cor, entre outros fatores. São essas ondas que agem sobre o organismo, regulando desiquilíbrios. É possível, dessa maneira, definir cor como uma radiação, sendo uma das qualidades da luz. Também pode ser definida como uma sensação produzida pelo cérebro por meio do mecanismo da visão, que converte o raio de luz branco num espectro cromático, que nos mostra todas as cores, suas tonalidades e posicionamentos dentro do espectro. A partir do círculo cromático, todas as cores e seus matizes podem ser observados:
Figura 5 – Círculo cromático
.
Créditos: Albachiaraa/Shutterstock.
As cores são classificadas de acordo com alguns critérios, relacionados a seguir:
· Quanto seu matiz: cores primárias: ou seja, as que são puras e sem misturas, e que não podem ser decompostas nem criadas a partir da mistura de outras cores. São: o vermelho, o amarelo e o azul.
Figura 6 – Cores primárias
Fonte: Aprender Design, 2019.
Cores secundárias: são aquelas que se originam a partir da mistura de duas cores primárias. São: o laranja (vermelho+amarelo), o verde (amarelo+azul) e o violeta (vermelho+azul).
Figura 7 – Cores secundárias
Fonte: Aprender Design, 2019.
Cores terciárias: são aquelas obtidas através da mistura de uma cor primária com uma cor secundária. São: índigo (azul+violeta),limão (verde+amarelo), flamingo (vermelho+laranja).
Figura 8 – Cores terciárias
Fonte: Aprender Design, 2019.
· Quanto à tonalidade e temperatura que transmitem: as diferenças de matizes, tonalidades e temperatura entre as cores produzem diferenças entre as qualidades das cores e os efeitos que produzem: os raios das cores claras, como o amarelo e o verde, possuem maior poder de penetração que os raios das cores escuras, como o azul, o violeta e o índigo. Estas últimas são consideradas cores frias e dão a sensação de recuo, de retração, fazendo com que um ambiente, por exemplo, parece maior do que realmente é. Já as cores vermelho, amarelo e laranja são quentes, e produzem a sensação de avanço, ou seja, tem alto poder de penetração, fazem um ambiente parecer menor que é. É possível dizer, portanto, que as cores possuem temperatura e que isso está ligado à ação de repelir ou de concentrar os raios. Cores quentes: que possuem qualidade estimulante, associadas ao calor e à força: vermelho, laranja e amarelo. Cores frias: que possuem qualidade calmante: azul, índigo e violeta. Cores equilibrantes e neutras: que possuem qualidade de harmonização e equilíbrio: verde e magenta. E também aquelas que não refletem a luz, como marrom e cinza.
· E quanto à posição que ocupam no círculo cromático: as cores podem ser usadas individualmente ou combinadas entre si. Neste caso, é importante conhecer as cores que se complementam, pois podem atuar em conjunto. Cores complementares: são as cores diretamente opostas (como é possível observar a partir do círculo cromático). São as cores antagônicas. Exemplo: vermelho e verde, azul e laranja. O mapa das cores complementares é o seguinte: o vermelho é complementar do azul, e o azul é complementar do vermelho. O amarelo é complementar do violeta, e o violeta é complementar do amarelo. O laranja é complementar do violeta, e o violeta é complementar do laranja. O verde é complementar do magenta, e o magenta é complementar do verde. Cores análogas: são as cores vizinhas e que possuem semelhanças entre si. Exemplo: vermelho, laranja e amarelo.
· Quanto à luminosidade: cores neutras: branco, preto, cinza, marrom. Cores acromáticas: são as que não são consideradas de fato cores: preto, branco e cinza (Farina; Perez; Bastos, 2011).
A soma das cores primárias, (chamada de síntese aditiva) vermelho, amarelo e azul origina o branco: soma aditiva (luz). A subtração das cores (chamada de síntese subtrativa) origina o preto: mistura subtrativa (pigmentos). A seguir, as imagens das combinações acima mencionadas:
Figura 9 – Classificação das cores do círculo cromático
Créditos: VASRAN/Shutterstock.
NA PRÁTICA
Através da decomposição da luz branca, proveniente dos raios solares, são formadas as cores do espectro solar, que são as cores que visualizamos no arco-íris. Um importante exercício para quem inicia a prática com a cromoterapia é, além da parte teórica, que fundamenta este ramo terapêutico, conhecer também os efeitos práticos da eficácia do tratamento através das cores. Assim, neste momento, a proposta é a realização de um exercício que você poderá realizar individualmente, e também usá-lo para auxiliar algum paciente, conduzindo a prática.
Esta divide-se em cinco partes:
1. Escolher um local em que possa permanecer por alguns minutos sem ser incomodado (a). Desligar o celular e adotar uma posição confortável, pode ser sentado (a) ou deitado (a). Concentrar-se apenas na própria respiração e relaxar mantendo os olhos fechados.
2. Visualizar a luz branca, que simboliza a energia cósmica, entrando através do topo da cabeça, pelo chakra coronário. Permitir que a luz desça pelo corpo e se espalhe por todas as partes, principalmente naquelas que podem estar tensas ou doloridas.
3. Na medida em que a luz branca se espalha no organismo, sentir como ela se propaga atingindo cada espaço, promovendo o relaxamento por onde passa.
4. Repetir as partes 1 a 3, escolhendo alguma cor para substituir a luz branca no processo. Perceber quais são as sensações que sente, os sentimentos e as imagens que podem surgir enquanto faz o processo com a cor escolhida.
5. Quando houver a sensação de que a quantidade de luz e cor necessária percorreu todo o corpo, levando a energia para o seu reequilíbrio, abrir lentamente os olhos, espreguiçar-se e finalizar a prática.
FINALIZANDO  
O uso dos raios solares e das cores para tratamentos de saúde é bastante antigo, e esteve presente em diferentes culturas do passado, que utilizavam ferramentas variadas para inserir cores específicas no organismo visando seu reequilíbrio. Através da decomposição da luz solar, originam-se as cores que podemos observar na natureza: o vermelho, o amarelo, o laranja, o verde, o azul, o anil e o violeta, e que estão presentes por toda a parte, sendo fundamentais para a propagação da vida. Atualmente, a cromoterapia é reconhecida pela OMS e, no Brasil, integra o arcabouço das PICS, sendo definida pela legislação brasileira como uma técnica terapêutica que utiliza as cores para promover o equilíbrio do corpo físico, mental, emocional e energético. A cromoterapia é, portanto, um sistema holístico que intersecciona alguns campos do saber, como a medicina, a física e a bioenergética. A prática do uso das cores na saúde fundamenta-se em conceitos da Física relativos à luz e à energia, que explicam as propriedades das cores e porque são benéficas para o equilíbrio da saúde. Entende-se que possuem frequências capazes de entrar em ressonância com o campo vibratório do organismo humano, corrigindo possíveis disfunções de forma muito profunda. Essa interação entre as cores e o corpo humano ocorre através da anatomia sutil, que abarca o sistema de chakras, os centros de energia responsáveis pelo equilíbrio da energia vital que circula pelo corpo, mantendo o bom funcionamento dos órgãos, glândulas e vísceras.
Além do mais, cada um dos sete chakras principais possui uma cor específica com a qual sintoniza-se para reestabelecer a saúde do organismo. Essas cores podem ser observadas no círculo cromático, no qual estão dispostas conforme suas propriedades. Cada uma das cores possui características físicas específicas relacionadas ao comprimento de ondas que possuem, frequência e vibração, e também às suas composições, podendo ser classificadas entre primárias, secundárias e terciárias. Essas propriedades que as cores possuem são relativas aos seus diferentes matizes, tonalidades e temperaturas, que nos produzem diferentes sensações: podem ser estimulantes, sedativas, neutras ou ainda quentes e frias. As cores permeiam tudo e não há vida sem elas, sendo importantes ferramentas de cura.
REFERÊNCIAS
AMBER, R. Cromoterapia: a cura através das cores. Cultrix: São Paulo, 1983.
BALZANO, O. Cromoterapia prática – medicina quântica. Rio de Janeiro: Própria, 2004.
BRASIL. Portaria n. 702, de 21 de março de 2018. Diário Oficial da União. Poder legislativo, Brasília, DF, 22 mar. 2018.
DALE, C. Manual prático do corpo sutil: o guia definitivo para compreender a cura energética. 1. ed. São Paulo: Cultrix, 2017.
FARINA, M.; PEREZ, C.; BASTOS, D. Psicodinâmica das cores em comunicação. 6. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2011.
GERBER, R. Medicina vibracional. São Paulo: Cultrix, 1988.
GHALIOUNGUI, P. La médecine des pharaons. Magie et science médicale dans l’Egypte ancienne. Paris: Robert Laffont, 1983.
LEADBEATER, C. W. Os chakras. São Paulo: Pensamento, 1993.
PEDROSA, I. Da cor à cor inexistente. 3. ed. Rio de Janeiro: Co-e
image6.png
image7.png
image8.png
image9.jpeg
image1.jpeg
image2.jpeg
image3.jpeg
image4.jpeg
image5.jpeg

Mais conteúdos dessa disciplina