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Ana Liz

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A TERCEIRA VAGA DOS PDM’S E AS QUESTÕES ESTRATÉGICAS 
José LÚCIO 
UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA 
Departamento de Geografia e Planeamento Regional 
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas 
Av. Berna, 26 C, 1069­061 LISBOA (PORTUGAL) 
Tel.+351.217933519  Fax.217977759  e­mail:joselucio@mail.telepac.pt 
Gonçalo ROSA 
PROGITAPE – Planeamento, Arquitectura e Engenharia, Lda. 
Rua Almirante Barroso, 56 1000­013 LISBOA (PORTUGAL) 
Tel.+351.210303400  Fax.210303401  e­mail:progitape@mail.telepac.pt 
1. Nota Introdutória 
«Os  PDM’s,  na  sua  maior  parte,  são  apenas  policiais, 
planos­zonamento  com  índices  quantitativos.  Poucas 
vezes  explicitam  objectivos  (a  não  ser  de  forma 
genérica)  e,  ainda  menos,  estratégias  e  políticas 
sectoriais». (cf. CARVALHO,2003: 18) 
Na  década  de  noventa  assistiu­se  em  Portugal  a  uma  intensa  produção  de  documentos  de 
ordenamento  territorial,  com  particular  destaque  para  os  designados  Planos  Directores 
Municipais (PDM’s). Tendo em consideração a urgência da sua produção (recorde­se que os 
municípios  que  não  possuíssem  PDM  aprovado  e  plenamente  eficaz,  não  teriam  acesso  a 
determinados  apoios,  enquadrados,  por  exemplo,  sob  a  forma  de  contratos  programa)  e  o 
quadro  temporal  em  que  decorreu  a  sua  elaboração,  percebe­se  que  as  questões  de 
planeamento  físico  assumissem  uma  clara  primazia  em  desfavor  de  outro  tipo  de  leituras 
territoriais, com particular destaque para o domínio estratégico. 
Dez anos decorridos após a segunda vaga de PDM’s, os municípios portugueses  lançam­se, 
desde  já,  no  processo  de  revisão  destes  mesmos  planos.  A  leitura  crítica  do  processo  de 
elaboração dos PDM’s em vigor e o ganho de consciência que não é possível desligar uma
política  de  planeamento  físico  de  uma  reflexão  estratégica  determinaram,  em  grande  parte, 
que no quadro das revisões se atribua um peso considerável ao domínio do desenvolvimento. 
Neste  contexto,  importa  reflectir  sobre  as  expectativas  e  as  implicações  que  o  ganho  de 
relevância  do  domínio  estratégico  poderão  determinar.  A  nossa  comunicação  pretende 
efectuar  uma  leitura  crítica,  baseada  em  algumas  revisões  de  PDM’s  já  em  curso,  sobre  o 
alcance desta nova atitude perante os problemas do planeamento territorial. Equacionar­se­ão, 
também, algumas pistas sobre a possível participação dos geógrafos neste processo. 
Pensamos que é importante salvaguardar, desde já, que o objectivo desta comunicação, tendo 
em  linha de conta a metodologia empregue e as respectivas  limitações (que reconhecemos), 
pretende,  acima  de  tudo,  criar  um  espaço  de  debate.  Assim,  as  conclusões  por  nós 
apresentadas podem constituir elementos de reflexão e debate para outro tipo de estudos.
2. PDM’s e Estratégia 
A produção de documentos de ordenamento à escala do município remete, do ponto de vista 
teórico, para a reflexão em torno do desenvolvimento local. De facto, as questões estratégicas 
a  inserir  em  PDM  podem  e  devem  ser  equacionadas  em  face  das  perspectivas  teóricas 
recentes no domínio do desenvolvimento. 
A aposta numa visão estratégica radica, deste modo, numa leitura ampla dos problemas que, 
nos dias de hoje, afectam as comunidades locais. Entre esses problemas poderíamos destacar: 
§  As questões associadas à reestruturação industrial, nomeadamente as que radicam nos 
novos padrões de distribuição da actividade transformadora e as novas exigências de 
qualificação da mão­de­obra; 
§  As  desigualdades  geográficas  no  desenvolvimento,  nomeadamente  o  ganho  de 
consciência  que,  dez  anos  volvidos  após  a  elaboração  dos  primeiros  PDM’s, 
continuam a subsistir elevadas diferenças nos padrões de qualidade de vida dentro de 
um mesmo espaço administrativo (o município). Daqui resulta a constatação de que os 
Planos Municipais de Ordenamento do Território (PMOT’s) não garantem, por si só, a 
mais equilibrada distribuição de oportunidades de desenvolvimento económico; 
§  Os  problemas  derivados  da  suburbanização  das  populações,  nomeadamente  no  que 
respeita à questões associadas à  integração social e cultural dos novos residentes e à 
efectiva apropriação dos espaços suburbanos pela população residente nesses locais. 
Assim,  e  em  face  dos  limites  evidentes  dos  documentos  de  Ordenamento  do  Território 
elaborados  no  decurso  dos  anos  noventa,  as  autarquias  voltam­se,  cada  vez  mais,  para  o 
enfoque em questões estratégicas, no pressuposto de que a reflexão e a operacionalização de 
uma  linha  de  desenvolvimento  de  médio/longo  prazo  possa  suprir/responder  às  questões 
deixadas em aberto pelos PDM’s actualmente em vigor. 
Aos novos Planos Municipais de Ordenamento do Território exige­se que possam responder a 
algumas das questões­chave no domínio do desenvolvimento local como sejam a «criação de
novos  empregos  e  o  desenvolvimento  das  capacidades  dos  recursos  humanos»  (cf. 
BLAKELY and BRADSHAW, 2002: 24) 
Por outro  lado,  a  justificação  de  assumir  o  desenvolvimento  local  como uma prioridade no 
quadro de uma política municipal encontra várias linhas de argumentação possíveis: 
§  «Insatisfação  decorrente  da  implementação  de  políticas  de  base  nacional  ou,  em 
alguns casos, regional; 
§  Ganho  de  importância  das  iniciativas  ligadas  às  pequenas  e  médias  empresas  que 
tentam aproveitar excedentes específicos 1  locais; 
§  Necessidade de maior  respeito pelo espaço vivido e pelas necessidades do meio que 
permitam reduzir os custos sociais do desenvolvimento; 
§  Redescoberta  de  variáveis  não  económicas  ­  a  importância  renovada  das  relações 
não mediadas pelo mercado e da solidariedade social; 
§  Necessidade  de  novos  mecanismos  locais  de  intervenção  e  de  ajustamento  face  à 
globalização  crescente  do  capital  e  de  outros  factores  de  produção»  (cf.  POLÈSE, 
1998: 218). 
A  reflexão  sobre  desenvolvimento  local  defende,  portanto,  «uma  articulação  entre  o 
económico,  o  cultural  e  o  social,  associando  todos  os  parceiros,  especialmente  os  que  se 
encontram,  usam  e  apropriam  do  mesmo  espaço.  É  um  conceito  de  desenvolvimento 
integrado, sistémico, complexo e participado» (cf. GUERRA, 1996: 121­122). 
É neste sentido que se devem enquadrar  as  novas orientações programáticas para os Planos 
Directores Municipais, designadamente o ganho de relevância das questões estratégicas e, em 
simultâneo,  a  tomada  de  consciência  de  que  são  necessárias  novas  especialidades  técnico­ 
científicas  para  dar  uma  resposta  cabal  às  exigências  do  desenvolvimento  local.  Conforme 
1  Entendemos  “Excedente  específico”  como  a  «valorização  da  identidade  produtiva,  decorrente  de  uma 
diferenciação cultural e  geográfica  de  base  local que  permite  formar  uma vantagem competitiva»  (cf. REIS, 
1996: 10)
veremos  em  capítulo  posterior  da  nossa  comunicação,  importa  reflectir  sobre  o  papel  dos 
geógrafos neste processo. 
Por  outro  lado,  «é  na  dimensão  participativa  do  desenvolvimento  local,  que  podemos 
encontrar uma das bases fundamentais para justificar o interesse numa intervenção baseada 
no  aproveitamento  e  no  potenciar  dos  recursos  de um  território,  na medida  em que  se  faz 
apelo quer ao papel imprescindível dos recursos humanos, quer à capacidade inovadora do 
próprio meio (incluindo a rede de empresas existentes)» (cf. LÚCIO, 2003: 76). As políticas 
dirigidas  à  promoção  do  desenvolvimento  local  (geralmente  correspondentes  a  políticas 
orientadas para o território urbano ­ cidades) têm, deste modo, especiais preocupações com o 
factor trabalho (recursos humanos), enquanto determinante da localização de actividades: «a 
importância da mão­de­obra (preparação, capacidade de adaptação, formasde reprodução) 
está,  assim,  directamente  ligada  ao  processo  de  produção  e  de  acumulação  do  capital  tal 
como é exigido pelas empresas de um determinado território» (cf. GUERRA, 1996: 121). 
Conforme  resulta  da  leitura  dos  parágrafos  anteriores,  é  expectável  que  os  novos  Planos 
Directores  Municipais  venham  a  atender  a  um  conjunto  diversificado  de  questões,  com 
especial destaque para as que devem garantir a geração continuada de um elevado excedente 
específico e um equilibrado padrão territorial de oportunidades de desenvolvimento. Mais em 
pormenor, espera­se que no quadro da revisão dos actuais Planos Directores Municipais em 
vigor se construam respostas adequadas nos seguintes domínios: 
§  Opções  estratégicas  para  os  desafios  colocados  pela  Nova  Geografia  Económica, 
nomeadamente no que respeita às condições locais de competitividade 2 ; 
§  Adequada programação técnico­financeira das acções previstas em sede de estratégia 
de desenvolvimento 3  – neste ponto encontramos motivos para uma cooperação entre 
geógrafos  e  outros  especialistas  como  sejam  os  engenheiros  do  território  e  os 
economistas; 
§  Definição  de  uma  rede  urbana  local  adequada  à  melhor  e  mais  eficaz  promoção 
territorial das oportunidades de desenvolvimento; 
2 Sobre este assunto ver Porter, 1994. 
3 Neste sentido ver BLAKELY and BRADSHAW, 2002.
§  Transmitir  aos  principais  destinatários  da  estratégia  (as  populações  locais)  o  que  se 
espera  em  termos  da  sua  participação  no  processo  de  desenvolvimento  –  aqui  o 
Marketing  Territorial  poderá  constituir  uma  ferramenta  útil  para  os  planeadores  do 
território; 
§  Procurar  que o  território  local  constitua  e  se  afirme  como um  verdadeiro  espaço  de 
inovação,  aberto  à  novidade,  ao  progresso  e  à  difusão  de  novas  técnicas,  novos 
modelos e novas referências culturais. 
No ponto seguinte da nossa comunicação iremos apresentar alguns casos práticos de PDM’s 
que se encontram em fase de revisão e procuraremos determinar qual o tipo de preocupações 
estratégicas neles presentes e em que medida se pode articular a participação do geógrafo na 
elaboração  de  um  Caderno  Prospectivo  de  Desenvolvimento  Local  (i.e.  estratégia  de 
desenvolvimento).
3. Casos Práticos 
O  Plano  Director  Municipal,  enquanto  instrumento  de  elaboração  obrigatória  para  os 
municípios, estabelece o Modelo de Estrutura Espacial do Território Municipal constituíndo 
uma  Síntese  da  Estratégia  de  Desenvolvimento  e  Ordenamento  Local  prosseguida  e 
integrando  as  opções  de  âmbito  nacional  e  regional  com  incidência  na  respectiva  área  de 
intervenção. 
Face  ao  que  antecede,  apercebemo­nos  de  que  um  processo  territorial  confronta­se  sempre 
com dinâmicas  específicas  que  têm  lugar  anteriormente  à  sua  implementação,  devendo por 
isso  ser  tomadas  enquanto  factores  determinantes,  em  termos  de  potencialidades/ 
contrangimentos, àquele. 
Esta  concepção  de  planeamento  compreende  duas  constatações  que  a  teoria  e  prática 
adquirida permitem validar: 
§  O  território  constitui  um recurso  escasso  que  exige uma visão  integrada,  racional  e 
sustentável; 
§  O território constitui um foco de conflito pelo cruzamento de  interesses opostos nas 
intenções de ocupação/utilização. 
Estas  constatações  constituem  um  desafio  acrescido  à  prática  do  planeamento  territorial, 
exigindo que este seja entendido enquanto processo dinâmico e  flexível  face às complexas 
transformações que o caracterizam, bem como às alterações registadas na sua envolvente. 
Como  se  depreende,  tanto  a  promulgação  da  legislação  relacionada  com  a  LBOTU,  que 
contribui para uma clarificação do significado, objectivos e articulações entre instrumentos de 
planeamento,  por  um  lado,  como  a  experiência  entretanto  adquirida  no  âmbito  da  sua 
elaboração e gestão, por outro, potenciam novas reflexões sobre esta temática. Neste sentido, 
a entrada na chamada 3ª geração de PDM’s aconselha a produção de  instrumentos de 
planeamento municipal flexíveis e abrangentes,  integrados em sistemas articulados que 
superem a deslocação de conteúdos que caracterizou as fases anteriores.
O Planeamento Estratégico do Território é condição essencial para a definição de uma nova e 
coerente  política  de  desenvolvimento  e,  cada vez  mais,  os  autarcas  estão  conscientes  dessa 
realidade/necessidade. 
As  questões  estratégicas  surgem,  normalmente  referenciadas  como  promotoras  do 
desenvolvimento, da qualidade de vida e da preservação dos  recursos concelhios. Como  tal 
são peças fundamentais para ajudar a definir qual o modelo de ordenamento mais ajustado 
à realidade e às expectativas criadas. 
Essa  percepção  pode  decorrer,  por  um  lado,  da  análise  de  um  conjunto  de  Cadernos  de 
Encargos e Termos de Referência  integrados em Programas de Concurso e, por outro  lado, 
dos  contactos  que  se  estabelecem  com  autarcas  e  técnicos  das  câmaras  no  decurso  da 
elaboração/revisão  dos  planos.  Efectivamente,  no  âmbito  dos  Concursos  Públicos  para  a 
Revisão  dos  Planos  Directores  Municipais,  tem­se  vindo  a  assistir  a  um  reforço  da 
importância atribuída às questões estratégicas. 
Procedemos então à selecção e análise de um conjunto de elementos que integram Concursos 
Públicos  para  a  Revisão  de  PDM’s.  Em  termos  gerais,  estes  processos  de  concurso  são 
compostos por cinco partes distintas: (I) Anúncio do Concurso; (II) Programa de Concurso; 
(III)  Caderno  de  Encargos;  (IV)  Termos  de  Referência  e,  por  último,  (V)  Especificações 
Técnicas. No presente caso de estudo, a análise que se efectuará incidirá especificamente nos 
Cadernos de Encargos e Termos de Referência dos seguintes PDM’s: 
§  Plano Director Municipal de Abrantes; 
§  Plano Director Municipal de Alenquer; 
§  Plano Director Municipal de Almeida; 
§  Plano Director Municipal de Cuba; 
§  Plano Director Municipal de Lamego; 
§  Plano Director Municipal de Pombal; 
§  Plano Director Municipal de Seia; 
§  Plano Director Municipal de Vidigueira. 
No caso da selecção efectuada, as questões estratégicas surgem referenciadas de acordo com o 
quadro  anexo.  Numa  leitura  atenta  à  informação  que  apresenta  conseguimos  encontrar,  em
primeiro lugar, pontos comuns entre as preocupações referenciadas pelas diferentes autarquias 
(o que não é de estranhar uma vez que ao enunciar, em Caderno de Encargos, os objectivos do 
plano  as  autarquias  recorrem  frequentemente  aos  objectivos  definidos  no  Decreto­Lei 
nº380/99  para  os  Planos  Municipais  de  Ordenamento  do  Territórios  –  PMOT’s  e 
especificamente para os PDM’s) e, em segundo, diversidade no tipo de questões enunciadas, 
reflexo das especificidades da área de intervenção de cada um dos PDM,s. 
Avaliação e Actualização do Modelo de Ordenamento 
Ao  longo  do  período  em  que  os  actuais  PDM’s  estiveram  em  vigor  sentiram­se  algumas 
omissões  e  lacunas  que  interessa  às  autarquias  colmatar  através  das  actuais  revisões  dos 
planos.  Genericamente  os  problemas  provinham  da  componente  regulamentar  e  da 
inexistência de uma política estratégica associada à dimensão física. Na realidade assistia­se a 
uma  falta  de  fundamentação  para os objectivos  definidos  e para  as  opções  de ordenamento 
estabelecidas. Neste sentido, as autarquias pretendem, actualmente, avaliar e actualizar o seu 
Modelo de Ordenamento sustentando­o na definição de um quadro estratégico e de objectivos 
ajustado à sua realidade. 
Articulação com outros Planos 
Conforme  o  Decreto­Lei  nº380/99  de  22  de  Setembro  determina,  constitui  preocupação 
fundamental a articulação e compatibilização entre o novo PDM e outras figuras de plano em 
vigor  ou  em  elaboração.Neste  contexto  são  explícitas  as  referências  a  instrumentos  de 
natureza  estratégica  de  âmbito  nacional,  regional  (Planos  Regionais  de  Ordenamento  do 
Território  – PROT’s e Planos de Ordenamento da Orla Costeira – POOC’s) e mesmo  local 
como  são  os  casos,  a  título  de  exemplo,  dos  Planos  Estratégicos  de  nível  concelhio  e  os 
Planos de Salvaguarda dos Centros Históricos. 
Definição de Estratégias de Carácter Sectorial 
Interessa não só que a Revisão do PDM se articule com planos sectoriais como que aprofunde 
e actualize, sempre que necessário, estudos  de índole sectorial de forma a definir/redefinir o 
modelo  de  desenvolvimento  económico  e  social  mais  ajustado  ao  território  concelhio. 
Posteriormente  identificar­se­ão  as  áreas  para  a  localização  das  diversas  actividades 
económicas  que  interagem  no  território  objecto  de  intervenção.  Por  vezes,  conforme  o 
município em causa, existe a preocupação em desenvolver mais determinado estudo sectorial.
Esta atitude pode derivar de aptidões e/ou potencialidades existentes no território em estudo o 
que, por si, justificam a opção. 
Efeitos de Projectos Estruturantes 
É, essencialmente, neste ponto que se inscrevem os factores que resultam da especificidade do 
território  concelhio  em  estudo.  Os  efeitos  decorrentes  de  determinados  projectos  são 
suficientes  para  justificar  a  necessidade  de  redefinir  estratégias  de  actuação  e  propostas  de 
ordenamento, ajustando­as ao(s) novo(s) cenário(s) de desenvolvimento económico e social. 
Não é pois de estranhar que no caso dos municípios de Alenquer (Novo Aeroporto), Cuba e 
Vidigueira (Barragem do Alqueva, Base Aéres de Beja e Terminal de Contentores em Sines) 
seja  atribuída  fulcral  importância  aos  impactes  destes  projectos  na  organização  e  uso  do 
território concelhio bem como nos processos de reestruturação produtiva, isto é, na geografia 
económica local. 
Promoção do Território Concelhio 
Com a efectiva introdução de uma dimensão estratégica nesta fase de revisão dos PDM’s em 
vigor,  as  autarquias  perspectivam  a  promoção  do  território  que  gerem.  Na  realidade 
pretendem  informar,  de  forma  fundamentada  e  planeada,  do  potencial  de  desenvolvimento 
existente  no  concelho  procurando,  com  isso,  atrair  novos  investimentos  e  garantir  a 
sustentabilidade económica e  social do concelho. Neste ponto assumem relevância questões 
associadas  aos  Sistemas  de  Informação  Geográfica,  ao  Marketing  Territorial,  entre  outras. 
Pretende­se, deste modo, traçar um quadro de iniciativas que possibilitem a passagem de uma 
“Imagem de Referência” para uma “Imagem Objectivo”, ou seja, encontra­se aqui implícita a 
necessidade  de  afirmação  do  território  local  num  quadro  espacial  mais  vasto  (região,  país, 
União).
4. Geógrafos nos PDM’s 
Interessa,  neste  ponto,  perceber  qual  o  papel  dos  Geógrafos  no  âmbito  das  revisões  dos 
PDM’s em vigor. A nossa perspectiva pretende determinar até que ponto as potencialidades 
oferecidas pela formação científica dos Geógrafos se encontram devidamente aproveitadas no 
quadro das equipas técnicas que elaboram Planos Municipais de Ordenamento do Território. 
Assim,  interessa  determinar  qual  a  verdadeira  incorporação  de um  “Saber Geográfico” nos 
estudos  e  propostas  que  compõem  um  PDM 4 .  Recorremos,  igualmente,  à  análise  dos 
Programas de Concurso anteriormente referenciados e à experiência decorrente da  forma de 
trabalhar  da  Equipa  Técnica  afecta  à  elaboração  destes  mesmos  planos.  Como  é  óbvio,  na 
sequência  do  conteúdo  da  presente  comunicação  e  da  metodologia  empregue,  é  nosso 
objectivo criar pontos de discussão e não chegar a conclusões inequívocas. 
Assim,  conforme  podemos  observar  no  quadro  que  segue,  em  oito  PDM’s  o  Geógrafo  só 
surge mencionado uma vez (PDM de Alenquer) tal como o acontece com, a título de exemplo, 
o Historiador e o Engenheiro do Território. É importante salientar que, de um modo geral, as 
Câmaras Municipais tendem apenas a exigir as especialidades técnicas definidas na legislação 
em vigor (DL 292/95), apesar daquele documento legal se aplicar a Planos de Urbanização e 
não  especificamente  a  Planos  Directores  Municipais.  Assim,  estamos  perante  uma  visão 
minimalista do apetrechamento técnico e científico das equipas que elaboram os PDM. 
4 Sobre a inserção dos geógrafos no mercado de trabalho do planeamento territorial ver LÚCIO, 1997.
Equipa Técnica exigida em Programa de Concurso 
Abrantes  Alenquer   Almeida  Cuba  Lamego  Pombal  Seia  Vidigueir a 
Arquitecto  g g g g g 
Eng.Civil  g g g g g 
Geógrafo  g 
Eng.Transportes  g 
Arq.Paisagista  g g g g g 
Urbanista  g g g* 
Sociólogo  g g g 
Jurista  g g g g g 
Economista  g g g g g 
Planeamento 
Território  g g g* 
Eng.Ambiente  g g 
Historiador  g 
Geólogo  g g 
Eng.Território  g 
Eng.Agrónomo  g** 
Eng.Florestal  g** 
Topógrafo  g 
g* em alternativa 
g** em alternativa 
Todavia,  é  importante  verificar,  no  âmbito  dos  PDM’s  em  análise,  qual  a  equipa  que 
efectivamente está afecta à produção/revisão dos planos. Neste caso verificamos que, afinal, o 
Geógrafo acaba por intervir em todos os PDM’s sujeitos a revisão adquirindo, assim, alguma 
preponderância  à  semelhança  dos  Arquitectos,  Engenheiros  Civis,  Arquitectos  Paisagistas, 
Juristas, Economistas, etc.
Equipa Técnica integrada em Plano (para o efectivo desenvolvimento dos trabalhos) 
Abrantes  Alenquer   Almeida  Cuba  Lamego  Pombal  Seia  Vidigueir a 
Arquitecto  g g g g g g g g 
Eng.Civil  g g g g g g g g 
Geógrafo  g g g g g g g g 
Eng.Transportes  g g g g g g g g 
Arq.Paisagista  g g g g g g g g 
Urbanista  g g g g g 
Sociólogo  g g g g g 
Jurista  g g g g g g g g 
Economista  g g g g g g g g 
Planeamento 
Território 
Eng.Ambiente 
Historiador  g 
Geólogo 
Eng.Território  g g g g g g g 
Eng.Agrónomo  g g g g g g g g 
Eng.Florestal 
Topógrafo 
Engº Aeronáutica  g 
Tentamos então, com base num Programa de Trabalhos dos mais comuns, identificar quais os 
estudos  e/ou  trabalhos  em  que  um  Geógrafo  pode  intervir.  Criamos  uma  Matriz  de 
Correspondência com a definição de Competências (Coordenação; Enquadramento Regional; 
Regulamento;  etc.)  e  a  correspondência  que  estas  têm  com  a  Área  Técnico  Científica 
correspondente à Geografia e tentamos perceber qual a efectiva contribuição do Geógrafo no 
processo de elaboração/revisão de um PDM.
Matriz de Competências 
Geógrafo 
Coordenação 
Enquadramento Regional  g 
Interdependências Regionais  g 
Demografia e Povoamento  g 
Habitação e Desenvolvimento Urbano  g 
Rede Urbana e Equipamentos Colectivos  g 
Actividades Económicas 
Estratégia de Desenvolvimento  g 
Património Edificado e Valores Histórico­Culturais 
Estrutura Biofísica e Recursos Naturais 
Usos do Solo, Subsolo e Problemas Ambientais 
Acessibilidades e Rede Viária, Sistemas de Transportes 
Águas e Saneamento Básico 
Resíduos Sólidos 
Rede Eléctrica, Telecomunicações e Gás 
Estrutura Urbana/Espaços Urbanos, Urbanizáveis e Industriais 
Financiamento e Programação 
Ambiente e Qualidade de Vida 
Aspectos Jurídicos e Regulamentação 
Sistemas de Informação Geográfica  g 
A leitura comparada dos sucessivos quadros de informação revela que, no âmbito das revisões 
dos Planos Directores Municipais, o Geógrafo tem vindo a ganhar preponderância no domínio 
da reflexão estratégica. Julgamos que este deve ser considerado como um sinal positivo de um 
determinado  “up  grade”  de  afirmação  técnica  dos  licenciados  em  Geografia  pelas 
Universidades  Portuguesas.  No  entanto,  continuam  a  colocar­se  algumas  questões  sobre  as 
quais interessa reflectir: 
•  A  reduzida  participação  do  Geógrafo  na  elaboração  do  “Caderno  Financeiro” 
representa  o  afastamento  face  a  uma  das  etapas  cruciais  de  todo  oprocesso  de 
planeamento:  a  operacionalização  da  estratégia  de  desenvolvimento  territorial.  A 
repartição  dos  recursos  pelos  sectores/iniciativas  considerados  primordiais  para  o 
equilibrado  desenvolvimento  local,  constitui  uma  fase  de  extrema  relevância  para  o 
êxito de todo o processo de planeamento; 
•  Importa dotar o Geógrafo de  formação adequada para que este possa participar mais 
activamente na elaboração de propostas de ordenamento do território,  isto é, na  fase 
crucial da elaboração de propostas de afectação de solo.
•  Do  mesmo  modo,  pensamos  que  o  Geógrafo  se  encontra  particularmente  bem 
colocado para  servir de  “elo de  ligação” entre as diferentes especialidades podendo, 
deste  modo,  afirmar­se  como  um  “Coordenador  Operacional”  de  todo  o  trabalho  a 
elaborar. 
Em  síntese,  pensamos  que  se  abrem  importantes  perspectivas  para  o  padrão  de  inserção 
técnica  e  científica  dos  Geógrafos  no  âmbito  das  actuais  revisões  de  Planos  Directores 
Municipais,  desde  que  continue  a  afirmação  de  um  espírito  empreendedor  e  de  cultura  de 
risco entre os futuros profissionais de planeamento.
Referências Bibliográficas 
BLAKELY,  Edward  and  BRADSHAW,  Ted  (2002)  “Planning  Local  Economic 
Development”, 3rd edition,  Sage Publications, Califórnia. 
CÂMARA  MUNICIPAL  DE  ABRANTES,  2002,  “Concurso  Público  para  o  Fornecimento 
dos Estudos de Revisão do Plano Director Municipal de Abrantes”, CMA, Abrantes. 
CÂMARA  MUNICIPAL  DE  ALENQUER,  2000,  “Concurso  Público  para  a  Revisão  do 
PDM”, CMA, Alenquer. 
CÂMARA MUNICIPAL DE ALMEIDA, 2002, “Concurso Público para a Revisão do Plano 
Director Municipal de Almeida”, CMA, Almeida. 
CÂMARA  MUNICIPAL  DE  CUBA,  2002,  “Concurso  Limitado  sem  Apresentação  de 
Candidaturas para Elaboração de Proposta de Revisão do PDM. de Cuba”, CMC, Cuba. 
CÂMARA MUNICIPAL DE LAMEGO, 2003, “Concurso Público para a Revisão do Plano 
Director Municipal de Lamego”, CML, Lamego. 
CÂMARA MUNICIPAL DE POMBAL, 1999, “Concurso para a Elaboração da Revisão do 
Plano Director Municipal de Pombal”, CMP, Pombal. 
CÂMARA  MUNICIPAL  DE  SEIA,  2002,  “Concurso  Público  para  a  Revisão  do  Plano 
Director Municipal de Seia”, CMS, Seia. 
CÂMARA  MUNICIPAL  DE  VIDIGUEIRA,  2003,  “Concurso  Limitado  sem  Apresentação 
de  Candidaturas  para  Elaboração  de  Proposta  de  Revisão  do  PDM.  de  Vidigueira”,  CMV, 
Vidigueira. 
CARVALHO, Jorge (2003), “Ordenar a Cidade”, Quarteto Editora, Coimbra. 
GUERRA, Isabel (1996) “Economia global e alternativas locais: metrópoles e micrópoles”, in 
Sociedade e Território n.º 23, Porto, pp.115­123.
LÚCIO, José (1997) “Gestores do Território: Estudo da Inserção do Geógrafo nas Actividades 
de  Planeamento  e  Gestão  do  Espaço”,  Faculdade  de  Ciências  Sociais  e  Humanas, 
Universidade Nova de Lisboa. 
LÚCIO,  José  (2003)  “O  Papel  das  Comunidades  de  Base  no  Desenvolvimento  Local.  A 
Importância  da Doutrina  da  Igreja Católica  em  Diadema”, Faculdade  de Ciências Sociais  e 
Humanas, Universidade Nova de Lisboa. 
POLÈSE, Mario (1998) “Economia Urbana e Regional”, APDR, Coimbra. 
PORTER, Michael (dir.) (1994) “Construir as vantagens competitivas de Portugal”, Edição do Fórum 
para a Competitividade, Lisboa. 
REIS, José (1996) “As territorializações do desenvolvimento: qual é a escala de observação 
adequada”, in Sociedade e Território n.º 23, Porto, pp.8­18.
Anexo 
Caderno de Encargos 
Abrantes 
1. Capítulo II – Especificações Técnicas; Ar tigo 21º ­ Disposições Gerais 
“A  necessidade  de  assegurar  a  harmonização  dos  vários  interesses  públicos  com 
expressão  espacial,  tendo  em  conta  as  estratégias  de  desenvolvimento  económico  e 
social, bem como a sustentabilidade e a solidariedade intergeracional na ocupação e 
utilização do território” 
2.  Secção  I  –  Condições  Técnicas;  Ar tigo  22º  ­  Natureza,  Âmbito  e  Área  de 
Intervenção 
“A  tradução,  no  âmbito  local,  do  quadro  de  desenvolvimento  do  território 
estabelecido nos instrumentos de natureza estratégica de âmbito nacional e regional” 
“A expressão territorial da estratégia de desenvolvimento local” 
“Garantir a  sua articulação com planos sectoriais, com  incidência  territorial, planos 
especiais  e  planos  regionais  de  ordenamento  do  território  e  programa  nacional  da 
política de ordenamento do território” 
3. Secção I – Condições Técnicas; Ar tigo 24º ­ Conteúdo Mater ial 
“A identificação das áreas e a definição de estratégias de localização, distribuição e 
desenvolvimento das actividades industriais, turísticas, comerciais e de serviços” 
“A  definição  de  estratégias  para  o  espaço  rural,  identificando  aptidões, 
potencialidades e referências aos usos múltiplos possíveis” 
Alenquer  
1. Par te II – Cláusulas Técnicas; Introdução 
“A  construção  de  uma  infra­estrutura  da  dimensão  e  características  do  Novo 
Aeroporto  de  Lisboa  comportará,  obviamente,  diversos  e  grandes  impactes  na 
organização  e  uso  do  território,  os  quais  deverão,  por  isso,  ser  identificados  e 
privilegiados na análise, diagnóstico e definição da estratégia e modelo de ocupação 
do território” 
2. Par te II – Cláusulas Técnicas; Conteúdo do Plano; Conteúdo Mater ial 
““A identificação das áreas e a definição de estratégias de localização, distribuição e 
desenvolvimento das actividades industriais, turísticas, comerciais e de serviços” 
“A  definição  de  estratégias  para  o  espaço  rural,  identificando  aptidões, 
potencialidades e referências aos usos múltiplos possíveis” 
3. Par te II – Cláusulas Técnicas; Faseamento 
“1ª Fase: Inclui designadamente: 
a)  Estudos  (global  e  sectoriais)  de  caracterização  e  diagnóstico  do  território 
municipal; 
b)  Definição  do  modelo  estratégico  de  desenvolvimento  económico  e  social  do 
Município e de ocupação do território.” 
Almeida 
1. Objectivos e Especificações Técnicas 
“Compatibilização  do  Plano  com  outros  instrumentos  de  planeamento  que  se 
encontram  em  elaboração,  nomeadamente  os  Planos  de  Salvaguarda  dos  Centros 
Históricos de Almeida, Castelo Mendo e Castelo Bom, bem como no que respeita ao 
estudo para uma Estratégia de Ordenamento, Reabilitação e Desenvolvimento para a 
vila de Vila Formoso” 
Garantir a disponibilidade de terrenos devidamente inseridos na estrutura urbana, de 
modo a permitir a concretização de uma estratégia de localização de equipamentos e a 
criação de zonas de lazer e recreio” 
Cuba 
1.  Objectivos  e  Especificações  Técnicas;  Objectivos  da  Revisão  do  Plano 
Director  Municipal 
“...  evidente  inadequação  do  mesmo  aos  novos  prssupostos  em  que  assentará  o
desenvolvimento do Concelho, dos quais se destacam os seguintes: 
­  a construção da barragem do Alqueva; 
­  Terminal Internacional de Contentores em Sines; 
­  Base Aérea de Beja; 
­  O turismo, principalmente nas suas vertentes cultural e de natureza; 
­  ...” 
“A necessidade de articulação do Plano com outras estratégias de âmbito Regional e 
Municipal” 
“Aprofundamento  e  actualização  dos  estudos  sectoriais,  com  o  objectivo  de  se 
redefinirem as perspectivas de desenvolvimento económico e social a curto e médio 
prazo, bem como a  integração dos estudos, projectos para compatibilização com os 
planos  que  têm  vindo  a  ser  realizados,  a  fim  de  se  criarem  os  contextos  mais 
adequados ao desenvolvimento global do território concelhio” 
“Definição de estratégias e objectivos que promovam o desenvolvimento, a qualidade 
de vida das populações e a preservação dos recursos naturais” 
“Revisão  das  estratégias  e  das  propostas  de  ordenamento  definidas  no  PDM, 
adaptando­as  à  evolução  das  perspectivas  de  desenvolvimento  económico  e  social 
previstas para o concelho” 
Lamego 
1.  Cláusulas  Técnicas  –  Par te  II;  Ar tigo  25º  ­  Objectivoda  Revisão  do  Plano 
Director  Municipal de Lamego 
“A necessidade de articulação do Plano com outras estratégias de âmbito Regional e 
Municipal” 
“Aprofundamento  e  actualização  dos  estudos  sectoriais,  com  o  objectivo  de  se 
redefinirem as perspectivas de desenvolvimento económico e social a curto e médio 
prazo,  bem  como  a  integração  dos  estudos,  projectos  e  compatibilização  com  os 
planos que têm vindo a ser realizados, dado que introduzem uma nova perspectiva de 
evolução e desenvolvimento do território concelhio” 
“Definição de estratégias e objectivos que promovam o desenvolvimento, a qualidade 
de vida das populações e a preservação dos recursos naturais” 
“Revisão  das  estratégias  e  das  propostas  de  ordenamento  definidas  no  PDM, 
adaptando­as  à  evolução  das  perspectivas  de  desenvolvimento  económico  e  social 
previstas para o concelho” 
Pombal 
1. Disposições Técnicas; Elementos a Apresentar  
“A  equipa  técnica  seleccionada  terá  de  apresentar  um  documento  justificativo  da 
necessidade  de  revisão  do  Plano  Director  Municipal,  que  deverá  traduzir,  por  um 
lado, as limitações e os problemas sebtidos na implementação do actual Plano e, por 
outro, as principais estratégias e objectivos de desenvolvimento do concelho” 
“Compatibilização e articulação do Plano com outros  instrumentos de planeamento, 
nomeadamente  com  o  Plano  Regional  de  Ordenamento  do  Território  do  Centro 
Litoral e o Plano de Ordenamento da Orla Costeira (a Câmara Municipal de Pombal 
tem também disponível o Plano Estratégico da Cidade de Pombal)” 
Seia 
1. Anexo I – Documento de Enquadramento à Decisão de Alteração/Revisão do 
Plano Director  Municipal do Concelho de Seia ­ Enquadramento 
“Em síntese, um processo de alteração/revisão do PDM justifica­se, neste momento 
entre outras razões, nas perspectivas fundamentais, de um processo de avaliação e de 
um processo de actualização/evolução do modelo de  ordenamento na sua dimensão 
regulamentar e estratégica” 
“Considera­se de suscitar uma evolução ao papel do actual PDM, numa perspectiva 
de  acrescentar  ao  seu  papel  regulamentador  as  funções  de  orientação  e  promoção 
activa  do  desenvolvimento  concelhio.  Tais  objectivos  apenas  serão  viáveis  pela 
introdução de uma dimensão estratégica no conteúdo do Plano”
Vidigueir a 
1. Objectivos e Especificações Técnicas; Nota Prévia 
“ O PDM com âmbito territorial concelhio tem como propósito estabelecer o modelo 
de  estrutura  espacial,  assente  na  classificação  do  solo,  consubstanciando­se  numa 
síntese  da  estratégia  de  desenvolvimento  e  de  ordenamento  local,  integrando  as 
opções e outros ditames de âmbito nacional e regional” 
“Identificação  das  áreas  e  a  definição  de  estratégias  de  localização,  distribuição  e 
desenvolvimento das actividades industriais, turísticos, comerciais e de serviços” 
“...  evidente  inadequação  do  mesmo  aos  novos  prssupostos  em  que  assentará  o 
desenvolvimento  do  Concelho  face  à  nova  realidade,  entretanto  surgida,  de  que  se 
destaca: 
­  a construção da barragem do Alqueva; 
­  Base Aérea de Beja; 
­  O turismo, principalmente nas suas vertentes cultural e de natureza; 
­  ...” 
1. Objectivos e Especificações Técnicas; Objectivos 
“A necessidade de articulação do Plano com outras estratégias de âmbito Regional e 
Municipal” 
“Aprofundamento  e  actualização  dos  estudos  sectoriais,  com  o  objectivo  de  se 
redefinirem as perspectivas de desenvolvimento económico e social a curto e médio 
prazo, bem como a  integração dos estudos, projectos para compatibilização com os 
planos  que  têm  vindo  a  ser  realizados,  a  fim  de  se  criarem  os  contextos  mais 
adequados ao desenvolvimento global do território concelhio” 
“Definição de estratégias e objectivos que promovam o desenvolvimento, a qualidade 
de vida das populações e a preservação dos recursos naturais” 
“Revisão  das  estratégias  e  das  propostas  de  ordenamento  definidas  no  PDM, 
adaptando­as  à  evolução  das  perspectivas  de  desenvolvimento  económico  e  social 
previstas para o concelho”

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