Prévia do material em texto
CONCRETO ARMADO: VIGAS E LAJES Denise Itajahy Sasaki Gomes Venturi Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Descrever a importância e os tipos de cobrimento das armaduras. � Identificar semelhanças entre lajes e escadas. � Reconhecer conceitos básicos de viga parede. Introdução Neste capítulo, você vai aprender sobre a importância do cobrimento para garantir a durabilidade das estruturas em concreto armado. O cobrimento é responsável por proteger o aço das armaduras de efeitos agressivos diversos. Devido à sua grande importância, os seus valores mínimos são delimitados por normas com base na classe de agressividade ambiental (CAA). Você irá aprender também sobre o cálculo e o dimensionamento de escadas. As escadas são analisadas como lajes inclinadas que contêm os degraus com valores de pisos e espelhos que devem fornecer conforto durante o seu uso. Você também aprenderá sobre o comportamento de vigas parede, sendo esses elementos de chapas caracterizados pela baixa relação existente entre a altura e o vão da viga, atuando, portanto, com cargas no plano da estrutura. 1 Cobrimento das armaduras A NBR 6118: projeto de estruturas de concreto: procedimento, ABNT (2014), estabelece critérios que devem ser seguidos para garantir a durabilidade das estruturas de concreto armado, entre eles, cita-se o cobrimento das armaduras. O cobrimento pode ser entendido como uma capa de concreto que tem como função principal proteger a armadura de agentes agressivos diversos. O seu valor mínimo normativo é definido a partir da CAA. A CAA diz respeito à classificação do ambiente quanto ao risco de deterioração da estrutura. A Tabela 6.1 da NBR 6118, ABNT (2014), apresenta a CAA de acordo com os ambientes (Quadro 1). Fonte: Adaptado de ABNT (2014). CAA Agressividade Classificação geral do tipo de ambiente para efeito de projeto Risco de deterioração da estrutura I Fraca Rural Insignificante Submersa II Moderada Urbanaa,b Pequeno III Forte Marinha Grande Industriala,b IV Muito forte Industriala,c Elevado Respingos de maré a Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (uma classe aci- ma) para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura). b Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima) em obras em regi- ões de clima seco com umidade média relativa do ar menor ou igual a 65% e partes da estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos ou regiões onde raramente chove. c Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes e indústrias químicas. Quadro 1. Correspondência entre a CAA e o cobrimento nominal para ∆c = 10mm A Tabela 7.2 da NBR 6118, ABNT (2014) apresenta a correspondência entre a CAA e o cobrimento nominal para uma tolerância de execução para o cobrimento de ∆c = 10mm (Quadro 2). Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes2 Fonte: Adaptado de ABNT (2014). Tipo de estrutura Componente ou elemento CAA I II III IVc Cobrimento nominal (mm) Concreto armado Lajeb 20 25 35 45 Viga/ilar 25 30 40 50 Elementos estruturais em contato com o solod 30 40 40 Concreto protendidoa Laje 25 30 40 50 Viga/pilar 30 35 45 55 a Cobrimento nominal da bainha ou dos fios, cabos e cordoalhas. O cobrimento da armadura passiva deve respeitar os cobrimentos para o concreto armado. b Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento, como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros, as exigências da Tabela 7.2 podem ser substituídas pelas da 7.4.7.5, respeitado um cobrimento nominal ≥ 15mm. c Nas superfícies expostas a ambientes agressivos, como reservatórios, estações de tratamento de água e esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamente agressivos, devem ser atendidos os cobrimentos da classe de agressividade IV. d No trecho dos pilares em contato com o solo junto aos elementos de fundação, a armadura deve ter cobrimento nominal ≥ 45mm. Quadro 2. Correspondência entre a classe de agressividade ambiental e o cobrimento nominal, para ∆c = 10mm O cobrimento das armaduras é sempre referido à superfície da armadura externa (face externa do estribo, em geral), conforme pode ser visto na Figura 1. O cobrimento nominal (cnon) de uma determinada barra, conforme item 7.4.7.5 da NBR 6118, ABNT (2014), deve sempre ser: 3Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes Figura 1. Cobrimento de armaduras. É importante ressaltar que o cobrimento é essencial para a proteção das armaduras e que cuidados devem ser tomados na fase de execução, de forma que o cobrimento definido em projeto seja respeitado. Uma forma usual de garantir o cobrimento mínimo de projeto é a partir da utilização de elementos denominados de espaçadores. Os espaçadores são elementos fabricados em materiais diversos (plástico, metal ou a própria argamassa) posicionados entre a armadura e a forma. Os espaçadores podem ser produzidos no canteiro de obras, assim como podem ser adquiridos de empresas especializadas. Merece atenção, também na obra, uma fiscalização adequada da equipe responsável pelo posicionamento das armaduras nas formas, visando a garantir o uso dos espaçadores em quantidade e espaçamento adequados para garantir o atendimento ao cobrimento mínimo em toda a região do elemento estrutural. 2 Escadas Existem escadas das mais variadas formas. Essas formas dependem do espaço físico em que elas serão posicionadas, bem como do projeto arquitetônico. As escadas usuais são apoiadas em vigas intermediárias de pavimentos ou paredes de alvenaria ou concreto. Quanto ao posicionamento das armaduras, as lajes das escadas podem ser classificadas como armadas transversalmente, armadas longitudinalmente ou armadas em cruz, de acordo com Araújo (2014). Essa classificação indica a armadura principal da laje da escada. Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes4 As escadas são compostas por uma laje de sustentação e degraus. A altura dos degraus recebe o nome de espelho, ao passo que a sua largura recebe o nome de piso (Figura 2) e o trecho reto estendido é chamado de patamar. O ângulo de inclinação (α) da escada pode ser determinado a partir da relação entre o piso e o espelho dos degraus. Esse valor é calculado por: Em relação ao conforto e à segurança do usuário, sugere-se que as escadas sejam projetadas respeitando o valor máximo de 19cm para a altura do espelho e o valor mínimo de 25cm para a largura do piso, obedecendo a Fórmula de Blondel: s + 2e = 62 a 64cm onde: � s: largura do piso ou passo; � e: altura do espelho. Araújo (2003a) sugere 16 ≤ e ≤ 19cm para o espelho e 25 ≤ s ≤ 32cm. Figura 2. Corte longitudinal de uma escada típica. Fonte: Adaptada de Araújo (2003a). 5Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes As relações trigonométricas em um triângulo retângulo devem ser utilizadas para obter a inclinação de escadas a partir das relações entre o espelho e o piso. As regras trigonométricas envolvendo o triângulo retângulo são: O valor do ângulo, em graus, é então obtido a partir da aplicação da função inversa para os valores de sin, cos e tan obtidos nas relações acima indicadas. Ações Conforme você verificou na Figura 2, as escadas usuais podem ser compostas por trechos inclinados contendo degraus e por trechos retos. O trecho incli- nado é considerado como uma laje inclinada e o trecho reto recebe o nome de patamar. As ações atuantes nas escadas são o peso próprio, os revestimentos ecar- regamento referentes à existência de parapeitos enquanto ações permanentes, e a carga acidental sobre o parapeito e sobrecargas enquanto ações variáveis acidentais. A NBR 6120: ações para o cálculo de estruturas de edificações, ABNT (2019), deve ser consultada para verificar e aplicar a carga acidental no parapeito e a sobrecarga distribuída uniformemente sobre a escada que deve ser aplicada sobre esta. As ações aplicadas nas escadas são verticais e calculadas por m2 de projeção horizontal. Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes6 Peso próprio: é calculado para a região do patamar e para a região com degraus. Região do patamar: Peso próprio patamar = γconc · hp Região com degraus: O peso próprio do trecho inclinado com degraus é calculado a partir de uma espessura média (hm), que é dada por: e Assim, o peso próprio da região inclinada é dado por: Peso próprio região inclinada = γconc · hm onde: � hp: espessura da laje do patamar; � hm: espessura média da laje na região dos degraus; � h: espessura da laje na região dos degraus; � e: espelho; � γconc: peso específico do concreto armado (tomado igual a 25kN/m3). Revestimento — O peso do revestimento, também calculado para uma projeção da área horizontal da escada, depende do material utilizado como revestimento. Araújo (2003a) indica a utilização do valor de 1,0kN/m2 para a consideração do revestimento da escada na ausência de um projeto detalhado dos degraus. 7Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes Parapeitos — Segundo Araújo (2003a), quando a escada é apoiada em vigas laterais inclinadas, o parapeito se apoia nessas vigas e não entra na compo- sição das ações atuantes na escada. Na inexistência das vigas inclinadas de apoio, o peso do parapeito deve ser calculado. O peso do parapeito depende do material da escada. As escadas podem ter parapeitos em materiais leves, como alumínio ou tubos vazados, além de serem feitos em materiais mais robustos, como alvenarias. Ainda conforme Araújo (2003a), deve-se aplicar uma carga acidental vertical mínima de 2,0kN/m, além de uma carga horizontal de 0,8kN/m na altura do corrimão. A carga do parapeito deve ser transformada em uma carga distribuída por unidade de área da escada. Ação variável — Uma carga variável de utilização, uniformemente distribuída sobre a escada, deve ser aplicada, assim como recomenda a Tabela 6.1 da NBR 6120, ABNT (2019). O valor da carga é de: � escadas sem acesso ao público — 2,5kN/m2; � escadas com acesso ao público — 3,0kN/m2; � exceto casos específicos, como shoppings e arquibancadas, por exemplo, cujos valores devem ser consultados na referida norma. Esforços A obtenção dos esforços das escadas é feita da mesma forma que para as lajes, uma vez que as escadas são lajes inclinadas. Dessa forma, a obtenção dos esforços irá depender do vão de apoio e da direção das armaduras principais. Escadas armadas transversalmente (Figura 3) — São aquelas com a pre- sença de vigas paralelas inclinadas que servem de sustentação para a escada. O momento fletor e o esforço cortante atuantes são obtidos por: Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes8 onde: � ℓ: vão teórico da escada; � p: força total uniformemente distribuída. Segundo Melges, Pinheiro e Giongo (1997), as escadas transversalmente armadas resultam em armadura mínima de flexão, sendo essa armadura mí- nima calculada com base na espessura h1 ou h (do trecho inclinado da escada). Figura 3. Escadas armadas transversalmente. Fonte: Melges, Pinheiro e Giongo (1997, p. 8). Escadas armadas longitudinalmente (Figura 4) — São aquelas com apoios em vigas contidas nas extremidades das escadas. A ação é usualmente aplicada na vertical a partir do m2 de projeção da área da escada. Segundo Melges, Pi- nheiro e Giongo (1997), a aplicação da ação para a laje inclinada é pouco usual. O momento de cálculo para essas escadas é obtido por: ou 9Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes O momento fletor é dado por: onde: � ℓ: vão da escada na direção horizontal; � p: força vertical uniformemente distribuída; � ℓi: vão da escada na direção inclinada; � pi: força uniformemente distribuída perpendicular ao vão inclinado. Segundo Melges, Pinheiro e Giongo (1997, p. 10), “[…] a força resultante projetada na direção do vão inclinado (P sen α) irá produzir reações pl sen α/2, de tração na extremidade superior e de compressão na extremidade inferior”. Contudo, de açodo com os autores, uma vez que as tensões produzidas são geralmente pequenas, elas não precisam ser levadas em consideração. Figura 4. Escadas armadas longitudinalmente. Fonte: Melges, Pinheiro e Giongo (1997, p. 8). Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes10 Escadas armadas em cruz (Figura 5) — Assim como as lajes armadas em duas direções, os esforços são calculados de acordo com tabelas. As ações são consideradas verticais e os vãos são medidos na horizontal. Figura 5. Escadas armadas longitudinalmente. Fonte: Melges, Pinheiro e Giongo (1997, p. 8). A armadura das escadas armadas transversal ou longitudinalmente podem ser obtidas a partir da consideração da laje da escada como uma viga de base (bw) igual a 1m e altura igual à espessura da laje da escada, dessa forma, as equações de vigas podem ser utilizadas para a obtenção dos esforços e da área de aço. Para escadas armadas em cruz, pode-se recorrer a tabelas e ábacos disponibilizados por autores diversos, como na obra Curso de concreto armado: volume 3, de José Milton de Araújo. 11Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes Exemplo de cálculo de escada Considere o trecho de escada indicado pela imagem abaixo com dimensões dadas em cm. Pede-se para: a) Verificar se a escada oferece conforto ao usuário em relação ao espelho e ao piso. A condição de conforto ao usuário pode ser considerada atendida se satisfizer a condição de s + 2e = 62 a 64cm. Sendo: a = 30cm e e = 16,5cm Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes12 tem-se: 30 + 2 ∙ 16,5 = 63cm Logo, nesse caso, a condição de conforto está atendida. b) Calcular o peso próprio da escada por unidade de área quadrada. Considera-se então o peso específico do concreto igual a 25kN/m3. Para calcular o peso próprio da escada, deve-se, inicialmente, encontrar o ângulo α, que pode ser encontrado por: A altura média da laje no trecho inclinado é obtida por: O peso próprio da escada por m2 é dado por: peso próprio = (25kN/m3) · (hm) peso próprio = 25 · 0,2102 = 5,255kN/m2 13Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes c) Calcular o momento de projeto, considerando uma escada com acesso ao público sem cargas de parapeito e com revestimento de 1,0kN/m2. Considera-se um vão L de 2,10m (vigas V1 e V2 com largura de 20cm). O peso próprio do revestimento é de 1,0kN/m2. Como a escada terá acesso ao público, deve ser considerada uma carga acidental de 3,0kN/m2. A ação total a ser considerada no dimensionamento da escada é de: d) Calcular a armadura principal da escada considerando Fck = 25 MPa, aço CA-50, bitola da armadura principal em 1,25cm e cobrimento das arma- duras em 3cm. Deve-se considerar o coeficiente para as ações em 1,4 e das resistências em 1,15 e 1,4 para o aço e o concreto, respectivamente. Após a obtenção do momento fletor, a armadura pode ser obtida a partir da consideração da laje da escada como uma viga, com bw de 100cm, altura igual à altura média da laje (hm = 0,21m) e altura útil igual a 17cm. � Cobrimento: 3cm � Armadura principal: ∅ = 1,25cm Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes14 Posição da linha neutra: Área de aço: Para o trecho de escada indicado, deve-se utilizar a armadura mínima de: As,min = 0,15 ∙ hm = 3,15cm2/m Os detalhes das armaduras (obtenção da armadura principal e demais armaduras e detalhes da escada) podem ser consultados em Araújo (2003a). 3 Vigas parede A NBR 6118, em seu item 14.4.2.2, ABNT (2014, p. 84), define as vigas parede como “[…] chapas de concreto em que o vão for menorque três vezes a maior dimensão da seção transversal [...]”, apontando também que as chapas são “[…] elementos de superfície plana, sujeitos principalmente a ações contidas em seu plano”. A Figura 6 ilustra uma viga parede. Esse modelo de viga é muito utilizado em fachadas de edifícios, além de ser utilizado nas paredes de 15Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes reservatórios superiores (reservatórios elevados), nas paredes de reservatórios inferiores (enterrados e semienterrados) e em paredes de elevadores, sendo essas usadas também para a redução das vibrações nas estruturas. Figura 6. Vigas parede: chapas apoiadas como vigas. Fonte: Melges, Pinheiro e Giongo (1997, p. 8). Conforme o item 13.2.2 da NBR 6118, ABNT (2014), as vigas parede, em geral, não podem apresentar uma largura menor que 15cm. Valores entre 10 e 15cm podem ser aceitos desde que atendam a condições específicas de posi- cionamento de armaduras e lançamento e vibração do concreto especificados pela referida norma. Os limites entre as vigas parede e as vigas esbeltas são definidos a partir da relação vão (l)/altura (h). A viga é definida como viga parede se: Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes16 Segundo Araújo (2003b, p. 90), quando a relação l/h ≤ 1, o momento re- sistente da viga parede permanece aproximadamente constante (Figura 7), o que “[…] indica que apenas a parte inferior da parede, com uma altura aproximadamente igual a l, colabora na resistência e que a parte superior atua como uma carga uniformemente distribuída”. Portanto, conforme o autor, é usual definir uma altura efetiva (he) para a viga parede, a qual é dada por: Uma vez que são definidas como chapas, as vigas parede têm compor- tamento distinto das vigas usuais, cujos modelos de cálculo se baseiam em elementos lineares (em que uma dimensão é muito maior que as outras duas dimensões do elemento). Para as vigas parede, já não é válida a hipótese das seções planas de Navier-Bernoulli (permanência plana da seção após a deformação e a proporcionalidade das tensões em relação à linha neura da seção), sendo assim, as deformações não são lineares ao longo da altura da viga (ARAÚJO, 2003b). Figura 7. Escadas armadas longitudinalmente. Fonte: Melges, Pinheiro e Giongo (1997, p. 8). 17Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes O dimensionamento das vigas parede para obtenção das armaduras deve ser realizado de forma que sejam considerados os possíveis modos de ruptura desses elementos, como, por exemplo: escoamento da armadura longitudinal do banzo tracionado, ruptura da ancoragem da armadura longitudinal do banzo tracionado, esmagamento do concreto nas diagonais comprimidas próximas aos apoios e ruptura da armadura de suspensão para as cargas penduradas (ARAÚJO, 2003b). As vigas parede são usualmente projetadas e dimensionadas com modelos que conside- ram o escoamento da armadura longitudinal no banzo tracionado. Mais informações so- bre esse procedimento podem ser obtidas no livro Curso de concreto armado: volume 4, de José Milton de Araújo. ABNT. ABNT NBR 6118: projeto de estruturas de concreto: procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014. ABNT. ABNT NBR 6120: ações para o cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 2019. ARAÚJO, J. M. Curso de concreto armado: volume 3. 2. ed. Rio Grande: DUNAS, 2003a. ARAÚJO, J. M. Curso de concreto armado: volume 4. 2. ed. Rio Grande: DUNAS, 2003b. ARAÚJO, J. M. Curso de concreto armado: volume 4. 4. ed. Rio Grande: DUNAS, 2014. MELGES, J. L. P.; PINHEIRO, L. M.; GIONGO, J. S. Concreto armado: escadas. São Carlos: Universidade de são Paulo, 1997. Disponível em: http://www.fec.unicamp.br/~almeida/ ec802/Escada/19%20Escadas.pdf. Acesso em: 24 set. 2020. Leituras recomendadas ARAÚJO, J. M. Curso de concreto armado: volume 1. 4. ed. Rio Grande: DUNAS, 2014. ARAÚJO, J. M. Curso de concreto armado: volume 2. 4. ed. Rio Grande: DUNAS, 2014. ARAÚJO, J. M. Curso de concreto armado: volume 3. 4. ed. Rio Grande: DUNAS, 2014. Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes18 Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. MAGNUS, T. S.; VARGAS, A. Análise comparativa de diferentes métodos de cálculo para escadas de concreto armado. Revista Técnico-Científica de Engenharia Civil da UNESC, v. 1, n. 1, p.36-50, 2018. Disponível em: http://periodicos.unesc.net/engcivil/article/ view/4353/4023. Acesso em: 24 set. 2020. MOURA, J. Estádios do concreto: aprenda na prática. Guia de Engenharia, 2019. Dis- ponível em: https://www.guiadaengenharia.com/estadios-deformacao-concreto/. Acesso em: 24 set. 2020. 19Curiosidades fundamentais sobre vigas e lajes