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Influenza
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da web, que são relevantes para o aprofundamento do tema 
estudado.
2023. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. 
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – 
Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, 
desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Câmara Brasileira 
do Livro (CBL) - https://www.cblservicos.org.br
Elaboração, distribuição e informações:
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde e 
Ambiente - SVSA
SRTV 702, Via W5 Norte 
Edifício PO 700, 7º andar 
CEP: 70723-040 – Brasília/DF 
Tel.: (61) 3315-3777
E-mail: gabnetesvsa@saude.gov.br
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS 
MUNICIPAIS DE SAÚDE – Conasems
Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B, 
Sala 144
Zona Cívico-Administrativo, Brasília/DF
CEP: 70058-900
Tel.:(61) 3022-8900
Núcleo Pedagógico Conasems
Rua Professor Antônio Aleixo, 756 
CEP 30180-150 
Belo Horizonte/MG 
Tel: (31) 2534-2640
Diretoria Conasems 
Presidente 
Wilames Freire Bezerra
Vice Presidente 
Charles Cézar Tocantins de Souza 
Cristiane Martins Pantaleão 
Diretor Administrativo
Geraldo Reple Sobrinho
Diretor Administrativo
Geraldo Reple Sobrinho
Diretor Financeiro 
Hisham Mohamad Hamida 
Secretário Executivo 
Mauro Guimarães Junqueira
Organização:
Núcleo Pedagógico do Conasems
 
Supervisão-geral:
Rubensmidt Ramos Riani
Coordenação Pedagógica
Cristina Fatima dos Santos Crespo
Valdívia França Marçal 
Coordenação Educacional
Kelly Cristina Santana
Coordenação-técnica:
Edilson Correa de Moura
Luisa Wenceslau 
Elaboração de texto:
Henrique de Castro Mendes
 
Designers Instrucionais:
Pollyanna Lucarelli 
Jacqueline Cristina 
Lais German 
Coordenação de desenvolvimento gráfico:
Cristina Perrone 
 
Diagramação e projeto gráfico:
Aidan Bruno 
Alexandre Itabayana 
Bárbara Napoleão 
Elen Eres Alves 
Lucas Mendonça 
Ygor Baeta Lourenço
Fotografias e ilustrações: 
Fototeca do Conasems
 
Imagens: 
Envato Elements
https://elements.envato.com
Freepik
https://br.freepik.com
 
Revisão linguística:
Keylla Manfili Fioravante 
Assessoria executiva:
Conexões Consultoria em Saúde LTDA.
 
Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde Ebook influenza [livro eletrônico] / Conselho Nacional de 
Secretarias Municipais de Saúde ; [elaboração de texto Henrique de Castro Mendes]. -- 1. ed. -- Brasília, DF : CONASEMS, 2023. PDF
Vários colaboradores. Bibliografia. ISBN 978-85-63923-25-7 
1. Doenças imunológicas - Prevenção 2. Educação a distância 3. Influenza I. Mendes, Henrique de Castro.
CDD-614.4
23-163333 NLM-WA-100
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Tiragem: 1ª edição – 2023 – versão eletrônica
 Índices para catálogo sistemático: 1. Epidemiologia : Saúde pública 614.4 Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129
https://www.cblservicos.org.br
DPOC | Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
GAL | Gerenciador de Ambiente Laboratorial
HA ou H | Hemaglutinina
LACEN | Laboratório Central de Saúde Pública
MS | Ministério de Saúde
NA ou N | Neuraminidase
NP | Nucleoproteína
OMS | Organização Mundial de Saúde
PNI | Programa Nacional de Imunização
RO | Reprodução Básico
RT-PCR | Transcrição Reversa seguida por Reação em Cadeia da Polimerase
SG | Síndrome Gripal
SINAN | Sistema de Informação de Agravos de Notificação
SRAG | Síndrome Respiratória Aguda Grave
Siglas
Lista de 
Tabelas
Tabela 1 | Tratamento Influenza – 64
PATOGÊNESE E RESPOSTA 
IMUNOLÓGICA
10
16
23
26
32
35
Introdução 8
Caracterização do Agente Infeccioso 14
Epidemiologia e Características da Transmissão 21
Pandemias de Gripe 24
Origem dos Vírus Pandêmicos 30
Patogênese e Resposta Imunológica
36Características Clínicas e Laboratoriais da Infecção
33
PATOGÊNESE E RESPOSTA 
IMUNOLÓGICA
Diagnóstico Diferencial e Definições de Caso 41
Complicações 46
53
58
63
73
71
Diagnóstico
Tratamento
Prevenção
Conclusão
Bibliografia
BOAS-
VINDAS
Neste e-book descreveremos os aspectos históricos, epidemiológicos e clínicos da 
infecção pelo vírus Influenza, seu impacto na humanidade e as medidas de 
tratamento e de prevenção disponíveis.
Além do e-book, você também terá acesso à Teleaula, à Aula Web e outros 
materiais complementares que compõem a trilha de conhecimento Trilha de 
Conhecimento.
Este é o seu 
e-book da 
Influenza.
Bons
estudos!
7
Introdução
A Influenza ou gripe, causada pelo vírus Influenza, é uma infecção respiratória 
aguda de grande impacto na saúde global, particularmente, caracterizada pela 
repetição de epidemias, em geral, de periodicidade anual. 
Os sintomas respiratórios são, muitas vezes, acompanhados de febre e de outros 
sintomas sistêmicos, como mialgias e indisposição. O impacto das epidemias 
inclui um excesso de hospitalização e mortalidade, particularmente, em crianças, 
idosos e outros grupos de risco. Além do impacto na saúde da população, 
ressalta-se o impacto social e econômico, bem como a necessidade de 
implementação e adaptação frequentes de Políticas Públicas de Saúde.
9
O que é a 
Influenza?
1173 a 1875
O vírus da Gripe foi identificado, 
inicialmente, em 1933. No entanto, 
a característica de sintomas e a 
ocorrência em epidemias 
permitiram inferências históricas 
que indicam que, nos últimos 400 
anos, a humanidade foi acometida 
a cada 1 a 3 anos com uma 
epidemia de gripe.
1933
Análises históricas indicam que 
entre os anos de 1173 e 1875 
teriam ocorrido 299 surtos de 
infecções (com um intervalo 
médio de 2,4 anos), com as 
mesmas características das 
infecções causadas pelo vírus 
Influenza.
10
De acordo com Harrington et. al. (2021), as pandemias ocorrem em intervalos 
maiores, de forma imprevisível, com taxas variadas de gravidade. Pandemias de 
gripe acontecem quando há a emergência de um novo vírus, para o qual a 
população não tem imunidade prévia e, tampouco, capacidade de prevenção 
com vacinação, que, atualmente, é a melhor forma de minimizar o impacto da 
doença.
Em áreas tropicais e subtropicais, a gripe pode ocorrer durante todo o ano, com 
períodos de maior e menor atividade da infecção. De forma imprevisível, e em 
intervalos maiores, pandemias de gripe também ocorrem, com grande impacto 
adicional.
Estima-se que cerca de 8% da 
população é acometida pela gripe em 
uma típica epidemia sazonal, que 
ocorre, em geral, anualmente, nos 
períodos de inverno.
11
VOCÊ 
SABIA?
Os casos graves, as complicações e as mortes causadas pela infecção ocorrem, 
predominantemente, em crianças (com menos de 2 anos de idade), em 
gestantes, idosos e em pessoas de qualquer idade que apresentem condições 
clínicas crônicas, como a imunodepressão. 
A identificação e a triagem 
adequadas dos pacientes com 
sintomas respiratórios agudos, 
seguidas do diagnóstico e 
tratamento criterioso, é 
fundamental para minimizar as 
consequênciasdanosas da infecção, 
além de possibilitar a 
implementação de medidas de 
prevenção, algumas delas bem 
estabelecidas, como a vacinação. 
Apesar de ser leve e autolimitada, na maioria das vezes, a gripe também é 
responsável por casos graves e complicações - sendo estimadas 290.000 a 
650.000 mortes, por ano, causadas pelo vírus Influenza, no mundo. 
12
A prevenção por meio da vacinação tem eficácia e efetividade comprovadas, e 
deve ser uma das prioridades da Saúde Pública no Brasil e no mundo. O 
reconhecimento da possibilidade de novas pandemias de vírus Influenza reforça a 
importância do estudo histórico das pandemias por vírus, que acometem a 
humanidade. 
Nos últimos anos, após o advento da pandemia de um novo Coronavírus, 
SARS-CoV-2, com consequências inéditas para a saúde global, o diagnóstico 
diferencial e o reconhecimento das infecções por ambos os vírus tornaram-se 
ainda mais importantes. 
1413
Caracterização do 
Agente Infeccioso
Quais são os tipos 
de vírus Influenza?
Há 4 tipos de vírus Influenza - A, B, C e D -, da família Orthomyxoviridae. Desses, 
os vírus A, B e C são capazes de causar infecção em humanos. O vírus Influenza é 
um vírus envelopado, codificado por genomas segmentados de RNA de sentido 
negativo. 
Os vírus dos tipos A e B têm 8 segmentos de RNA de fita única, que se traduzem 
em 12 proteínas. 
Os vírus Influenza A, B e C são diferentes em vários aspectos, o que resulta em 
diferenças clínico-epidemiológicas, mas têm em comum características como: um 
envelope derivado da célula hospedeira e a presença de glicoproteínas de 
superfície importantes para a entrada e saída da célula. 
Os diferentes vírus Influenza seguem uma nomenclatura na qual são incluídos, 
por exemplo, o local e o ano da primeira detecção. 
15
Os tipos de vírus:
Os vírus Influenza A são, ainda, 
subdivididos de acordo com os tipos 
das principais glicoproteínas de 
superfície, Hemaglutinina (HA ou H) e 
Neuraminidase (NA ou N).
Os vírus Influenza A causam infecção em aves e em alguns 
mamíferos, e são os responsáveis por causar pandemias 
em humanos. 
A
Os do tipo B infectam apenas humanos.B
O tipo D, descrito, pela primeira vez, em 2011, está 
relacionado a infecções em bovinos.
D
16
Os vírus do tipo C infectam humanos, suínos e cães.C
EXEMPLOS
Os subtipos mais 
relevantes são: 
H1N1, H2N2, 
H3N2. 
Atualmente, circulam entre as pessoas, mundialmente, os vírus A(H1N1)pdm09, 
A(H3N2), B/Victoria/2/87 e B/Yamagata/16/88. Causam, em geral, doenças mais 
leves e, em sua epidemiologia, não apresentam as características sazonais da 
infecção. 
Os vírus Influenza têm formato esférico ou filamentoso, são envelopados, e em 
sua superfície encontram-se as espículas que correspondem às projeções das 
Glicoproteínas, Hemaglutinina e Neuraminidase.
A HA é a proteína de ligação do agente infeccioso. O sítio de ligação ao receptor 
está situado na cabeça globular de cada molécula. A NA é uma enzima que 
catalisa a remoção dos ácidos siálicos terminais das Glicoproteínas que contêm o 
ácido siálico. O formato da espícula da NA possui o formato de um cogumelo e o 
da HA é de um bastão. 
17
Nos vírus Influenza A foram descritos, pelo menos, 16 tipos diferentes de HA (H1 
a H16) e 9 tipos de NA (N1 a N9), com características antigênicas distintas.
Uma terceira proteína de membrana, a proteína M2, também compõe o 
envelope viral. A estrutura do vírus é mantida pela proteína interna, a M1. Em 
cada virion se encontram 8 segmentos de nucleocapsídeos, com os 
correspondentes 8 segmentos de RNA. 
Influenza A
Os vírions contêm, ainda, uma nucleoproteína (NP), 
um complexo de 3 polimerases (PB1, PB2 e PA), 2 
proteínas não estruturais (NS1 e NS2), com funções 
diversas no ciclo de replicação viral.
Os vírus Influenza B têm estrutura semelhante ao do tipo A, mas não têm a 
mesma variação genética dos antígenos HA e NA. Não há subtipos, no entanto, 
desde 2001, têm circulado entre os humanos duas linhagens do tipo B, 
denominadas “Yamagata” e “Victoria”. 
Influenza B
18
A entrada do vírus na célula acontece por meio da ligação da Glicoproteína HA 
aos receptores da membrana celular, que contêm ácido siálico. Em seguida, o 
vírus é internalizado, e após alterações conformacionais, os segmentos 
genéticos deixam o vírion e entram no citoplasma celular. 
Os segmentos de RNA, assim como as polimerases também presentes no vírus, 
são transportados para o núcleo, onde ocorre a replicação.
Os novos segmentos de RNA são envoltos em nucleoproteínas e transportados 
para o citoplasma em conjunto com polimerases. 
As proteínas do envelope são glicosiladas e transportadas para a superfície 
celular. Para a saída dos novos vírions da célula, é requerida a ação da NA, 
removendo o ácido siálico dos receptores da superfície celular ou do envelope 
viral.
2019
Uma das mais importantes características do vírus Influenza é a sua capacidade 
de modificação antigênica ao longo do tempo, ocorrendo mutações e 
modificações em suas proteínas que impedem o pronto reconhecimento e 
bloqueio pelo sistema imune adaptativo. 
Essas alterações antigênicas comuns, que modificam o agente, permitem várias 
reinfecções no mesmo indivíduo ao longo da vida. As mutações e alterações 
pequenas, que ocorrem a cada surto ou epidemia, são chamadas de “antigenic 
drift”. 
Como o genoma do vírus Influenza é segmentado, os segmentos podem ser 
trocados entre dois ou mais vírus que infectam a mesma célula, em um 
processo chamado de rearranjo. 
Essa é uma característica importante na geração de novos vírus com potencial 
para causar pandemias, como será visto adiante. Esse rearranjo, gerando um 
vírus completamente novo, é chamado de “antigenic shift”.
20
Epidemologia e 
Características
da Transmissão
Como ocorre a 
transmissão do vírus? 
22
A transmissão da infecção pelos 
vírus dos tipos A e B se dá por meio 
de gotículas ou aerossóis produzidos 
pela tosse, ao falar ou exalar. 
A transmissão acontece de 
pessoa para pessoa em 
distâncias curtas (até 2 
metros).
Os vírus Influenza podem continuar 
infectantes, em condições diversas 
de umidade, por, pelo menos, 
algumas horas após a eliminação.
Objetos que podem 
veicular o agente 
etiológico entre 
diferentes hospedeiros.
Há, também, a possibilidade de transmissão por fômites. 
Os vírus Influenza A e B são endêmicos na humanidade, e são responsáveis por 
epidemias anuais, ao longo de todo o globo. Nos locais de clima temperado, nos 
hemisférios norte e sul, as epidemias ocorrem nos meses de inverno, sendo essas 
as típicas epidemias sazonais. Em áreas tropicais e subtropicais, a infecção 
também ocorre em picos, mas em menor grau de associação com o inverno - as 
infecções podem ser encontradas ao longo de todo o ano. 
Estima-se que as infecções sazonais pelos 
vírus influenza causam 1 bilhão de casos; 3 
a 5 milhões de doença grave e entre 
290.000 e 650.000 mortes respiratórias a 
cada ano (uma taxa de letalidade de 0,1 a 
0,2%). 
23
Clique aqui e veja mais 
informações da Epidemiologia e 
Características da Transmissão ou 
escaneie o QR Code para fazer o 
download. 
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/material-complementar-01-epidemiologia-e-caracteristicas-da-transmissao-1686052388.pdf
Pandemias 
de Gripe
Uma pandemia de gripe, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 
é o período de disseminação global da gripe humana, causada por um novo 
subtipo de vírus Influenza. É associada à emergência de um vírus com uma 
variação antigênica, para a qual a população tem pouca, ou nenhuma, imunidade 
prévia. As pandemias de Influenza são causadas apenas pelos vírus do tipo A.
25
Nas pandemias, que foram registradas desde meados do século 18, as 
características da doença são diferentes em relação às epidemias anuais de 
Influenza. A taxa de ataque e de impacto da doença são maiores, e, tipicamente, 
há umadistribuição diferente nas faixas etárias, com maior impacto nos jovens e, 
relativamente, menor nos idosos. 
Em muitas pandemias, costumam ocorrer várias ondas de transmissão durante o 
seu período de duração. Os intervalos entre as pandemias são muito variáveis e 
imprevisíveis, e seu início pode não respeitar a janela sazonal usual das 
epidemias. As últimas 4 pandemias ocorreram dentro de um período menor que 
100 anos: 
 Gripe espanhola
 Gripe asiática
 Gripe de Hong Kong
 H1N1
26
1918
1957
1968
2009
A variação antigênica do vírus Influenza ocorre, principalmente, nas duas 
proteínas externas do vírus (HA e NA), e, como descrito anteriormente, pode 
ocorrer nas formas de “antigenic drift” e “antigenic shift”. 
A primeira, que pode ocorrer em qualquer dos tipos do vírus Influenza, refere-se 
a mudanças antigênicas relativamente menores nas glicoproteínas da superfície. 
Como a resposta de anticorpos de infecções prévias passa a não neutralizar mais, 
efetivamente, as novas variantes do vírus, essas passam a ser selecionadas e 
suplantam as cepas anteriores, causando os próximos surtos ou epidemias 
sazonais. 
As variações, ocorrem mais comumente, em aminoácidos de sítios antigênicos da 
molécula de HA. Por serem RNA-vírus, não apresentam atividade de revisão de 
erros de transcrição, fazendo com que as mutações sejam comuns.
27
Já nas pandemias, como descrito por Treanor (2020), o que ocorre é uma 
mudança mais radical da antigenicidade do vírus Influenza A, quando ocorre o 
chamado “antigenic shift”, gerando variantes do vírus para as quais a população é 
muito suscetível. Surge um novo vírus, chamado HxNx, para o qual não há 
imunidade adquirida, causando uma nova pandemia. 
Passada a pandemia, esse novo vírus apresenta mutações ao longo do tempo, na 
forma de “antigenic drift”, até que outro vírus pandêmico surja – HyNy -, e a 
história vai se repetindo.
28
A pandemia de 1918, conhecida como “Gripe 
Espanhola”, foi causada por um vírus H1N1 e 
infectou mais da metade da população mundial da 
época, sendo responsável por cerca de 40 a 50 
milhões de mortes.
1918
Os vírus H1N1 voltaram a circular em 1977, sem 
mudanças genéticas em relação aos vírus da década 
de 50 e sem causar uma nova pandemia. 
Continuaram circulando, desde então, os vírus do 
tipo A H3N2 e H1N1.
1977
A pandemia “asiática”, apesar do nome, emergiu no 
Kansas, nos EUA, em 1957, por meio de um vírus 
H2N2.
1957
A pandemia “Hong Kong” ocorreu em 1968, com um 
vírus H3N2.
1968
Em 2009, um novo vírus H1N1, de origem suína, 
causou uma nova pandemia, suplantando o H1N1 
prévio - e passando a ser denominado pH1N1.
2009
29
Origem dos Vírus 
Pandêmicos
A origem dos vírus pandêmicos já foi estudada extensamente. As espécies de 
aves aquáticas são reservatórios de uma grande variedade antigênica de vírus 
Influenza A, com documentação de 16 subtipos de HA e 9 subtipos de NA em 
aves migratórias. Parte desses vírus se adaptaram para infectar outros animais, 
como aves domésticas, cães, suínos, cavalos e outros. Assim, vários hospedeiros 
dessas cepas zoonóticas podem ser capazes de prover condições para adaptações 
do vírus, permitindo a transmissão para humanos e inter-humanos. O vírus da 
pandemia de 1918 foi transmitido para os humanos, provavelmente, por meio 
desse mecanismo. De origem aviária, o vírus emergiu de forma quase simultânea 
em humanos e suínos.
Qual a origem 
dos vírus?
Os vírus das pandemias de 1957 e 1968 foram vírus que resultaram de rearranjo, 
derivados de genes de vírus humanos que circulavam anteriormente e de outros 
que vieram de vírus aviário. 
31
Quando dois ou mais vírus infectam a 
mesma célula, os 8 segmentos genéticos 
dos vírus Influenza podem ser 
trocados/substituídos por meio de 
rearranjo, formando um novo vírus, 
caracterizando o “antigenic shift”. 
Uma característica dos vírus aviários, que dificulta a transmissão entre humanos, 
é a ligação a receptores celulares com ácido siálico, que, nas células humanas, 
são do tipo α2,6, e nas células aviárias são do tipo α2,3. Para se adaptar, e poder 
circular entre humanos, o vírus deve ganhar mutações que facilitem sua entrada 
por meio dos receptores virais com ácido siálico do tipo α2,6. As espécies de 
suínos são um ótimo ambiente para tal, pois suas células contêm tanto os tipos 
α2,6 como os α2,3. 
Vírus de origem aviária dos subtipos H5 e H7, predominantemente H5N1 e H7N9, 
também foram causas de surtos de gravidade variável em humanos nas últimas 
décadas. Em geral, dependem do contato com aves contaminadas e há pouca, ou 
nenhuma, evidência de transmissão entre humanos. Essas infecções são 
monitoradas, constantemente, pela OMS, devido ao papel dos vírus aviários na 
geração das pandemias.
Na pandemia de 2009, foi 
demonstrado que o vírus pH1N1, 
originado de suínos, resultou de uma 
série de eventos de rearranjo entre 
vírus aviário, (H3N2 humano e H1N1 
suíno), que produziu um novo vírus 
com capacidade de transmissão 
entre humanos. 
32
6
Patogênese e 
Resposta 
Imunológica
A infecção pelo vírus Influenza se inicia pelo inóculo de secreção com partículas 
virais viáveis no epitélio respiratório, com a infecção das células epiteliais 
colunares. Antes da morte celular, há a liberação de novos vírus, por várias horas, 
permitindo a infecção de novas células e a presença de grande quantidade de 
vírus nas secreções respiratórias. Mesmo sendo característica na gripe a 
ocorrência de sintomas sistêmicos proeminentes, a replicação viral ocorre apenas 
nas vias respiratórias.
A imunidade prévia a infecções pelo vírus Influenza, ou induzida pela vacinação, é 
um dos fatores do hospedeiro que influenciam a evolução, a extensão do 
acometimento e a gravidade da gripe, assim como a imunossenescência e/ou a 
imunossupressão do indivíduo infectado.
Na maioria das vezes, a resposta do hospedeiro se inicia com uma ação 
balanceada da imunidade inata, seguida da resposta da imunidade adquirida, 
culminando com formação de anticorpos e a ativação da imunidade celular. Em 
algumas ocasiões, a resposta pode ser desregulada, com formação excessiva de 
interleucinas inflamatórias, particularmente, a IL-6 - o que pode acentuar a 
injúria pulmonar e a evolução para disfunção de órgãos e sepse. Outras citocinas 
importantes de resposta à infecção são os Interferons do tipo I e o fator de 
Necrose Tumoral Alfa.
34
A infecção viral induz a produção de anticorpos locais e sistêmicos, com 
aparecimento em duas semanas (com o pico entre quatro e sete semanas), além 
da imunidade celular de linfócitos CD4+ e CD8+. É comprovada a resposta de 
anticorpos contra os antígenos HA, NA e as proteínas M e NP.
A presença e a quantidade de vírus eliminado nas secreções respiratórias se 
iniciam, em geral, logo antes do início dos sintomas respiratórios, rapidamente 
atingem um pico, e se mantêm elevadas por 24 a 48 horas, quando ocorre a 
queda progressiva da eliminação viral. O vírus deixa de ser encontrado entre o 
quinto e o décimo dia de infecção, mas em crianças e imunossuprimidos é 
comum a eliminação viral se prolongar por mais tempo.
35
Caraterísticas
Clínicas e 
Laboratoriais da 
Infecção 
Os sintomas consistem, no início:
Quais são os 
sintomas da 
Influenza?
Congestão nasal e 
coriza.
O quadro clínico típico de gripe, em um 
contexto epidemiológico adequado, 
permite uma alta suspeição da etiologia 
pelo vírus Influenza.
37
Tosse.
Febre.
Dor de garganta.
Dor de 
cabeça.
Mal-estar, dor 
no corpo e 
fadiga.
Em muitos casos, o quadro clínico limita as atividades diárias, pois leva o 
indivíduo para a cama. A febre nem sempre está presente, sendo menos comum 
em idosos e em pacientes imunossuprimidos. 
Os sintomas da gripe não complicada duram, em geral, de 5 a 7 dias, embora a 
tosse e indisposição possam durar por duas semanas ou mais.
Pode haver calafrios, dor ocular eprostração. Sintomas de laringite podem 
ocorrer, principalmente, em crianças. 
A presença de sintomas sistêmicos 
proeminentes é, em geral, o que diferencia a 
gripe da infecção por outros vírus respiratórios. 
O espectro clínico, no entanto, é variável e inclui 
desde a infecção assintomática, passando por 
vários níveis de gravidade dos sintomas. 
38
Em pacientes idosos, ou portadores de comorbidades clínicas importantes, as 
manifestações da gripe podem ser diversas, como, por exemplo:
● Febre.
● Confusão mental.
● Queda do estado geral.
● Mal-estar. 
● Anorexia.
● Piora dos sintomas da doença de base. 
Em uma situação de epidemia tais sintomas, e até mesmo condições clínicas mais 
sutis, devem ser considerados como suspeitas da etiologia viral em estudo. 
39
O exame físico de pacientes com infecção pelo vírus Influenza pode evidenciar 
sinais de toxemia, sinais faciais de hiperemia, congestão e secreção nasal (sem 
obstrução) e olhos avermelhados. Linfonodos cervicais levemente aumentados, 
muitas vezes, podem ser apalpados, particularmente, em crianças. A ausculta 
respiratória é normal, na maioria dos casos. 
Laboratorialmente, a infecção pelo vírus Influenza demonstra, geralmente, uma 
contagem de leucócitos normal ou reduzida, podendo ocorrer Linfopenia, que é 
comum em pacientes hospitalizados, assim como a Plaquetopenia. 
A Proteína C Reativa pode ficar elevada em mais de 70% nos pacientes 
internados. No entanto, a Procalcitonina é normal na maior parte deles. 
40
Diagnóstico 
Diferencial e
Definições de 
caso
Nos casos mais leves, os vírus causadores 
do resfriado comum devem ser 
lembrados, como:
Infecções por diversos outros vírus respiratórios podem apresentar-se com 
quadro clínico semelhante ao descrito na infecção pelo vírus Influenza. 
42
A Síndrome Gripal é definida como um resfriado comum. Em geral, a síndrome 
clínica é de gravidade leve a moderada, com sintomas predominantes de vias 
aéreas superiores, como: rinorreia, congestão nasal, espirros, dor e irritação na 
orofaringe, podendo haver tosse. 
Na maioria dos casos, por serem leves, não há a necessidade de diagnóstico 
etiológico específico. No entanto, em determinadas situações, principalmente, 
em pacientes de grupos de risco para infecções mais graves, o diagnóstico 
específico pode modificar a conduta terapêutica, com o uso precoce de antivirais 
direcionados ao Influenza, por exemplo. Nesse sentido, podem ser muito úteis as 
definições da Síndrome Gripal (SG) e da Síndrome Respiratória Aguda Grave 
(SRAG). 
De acordo com o Protocolo de Tratamento da Influenza do Ministério da Saúde, a 
Síndrome Gripal é definida quando um indivíduo apresenta febre de início súbito, 
acompanhada de tosse ou dor de garganta, e de, pelo menos, um dos seguintes 
sintomas: cefaleia, mialgia e artralgia - na ausência de outro diagnóstico 
específico. 
43
A Síndrome Respiratória Aguda Grave -SRAG ocorre quando um indivíduo com 
Síndrome Gripal desenvolve dispneia ou os seguintes sinais de gravidade:
Todo o caso de SRAG hospitalizado 
deve ser notificado. Nos casos de 
surtos, a Vigilância Epidemiológica 
local deverá ser prontamente 
notificada/informada. 
Sinais de 
desconforto 
respiratório ou 
Taquipneia. 
Saturação de 
SpO2 menor que 
95%.
Hipotensão.Piora das 
condições clínicas 
de base.
44
AVISO 
IMPORTANTE!
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Durante o período sazonal da gripe, aqueles pacientes com quadro de 
Insuficiência Respiratória Aguda podem ser considerados suspeitos de SRAG. 
Considerando a Nota Técnica No 31/2022, da Coordenação Geral do Programa 
Nacional de Imunizações, no contexto da pandemia de SARS-CoV-2, a SRAG deve 
ser reconhecida naquele “indivíduo com SG que apresenta dispneia/desconforto 
respiratório OU pressão persistente no tórax OU saturação de O2 menor que 95% 
em ar ambiente OU coloração azulada dos lábios ou rosto” (Nota Técnica No 
31/2022-GGPNI/DEIDT/SVS/MS, 2022, p.2.).
A doença causada pelo SARS-CoV-2, conhecida por Covid-19, apresentou casos de 
infecção respiratória aguda, com padrão de Pneumonia viral difusa, de 
características superponíveis aos causados por Influenza, evidenciando a 
importância do diagnóstico diferencial, para a definição da condução dos casos e 
medidas de controle epidemiológico.
45
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/ficha-de-notificacao-influenza-humana-por-novo-subtipo-sinan-1679405077.pdf
Complicações
O quadro clínico da gripe, na maioria das vezes, é benigno e autolimitado, mas a 
ocorrência de complicações aumenta a morbidade e a mortalidade, que pode ser 
maior ou menor em diferentes anos, variando conforme a gravidade da infecção 
e da patogenicidade dos vírus predominantes a cada surto, epidemia ou 
pandemia.
As complicações e infecções graves pela gripe, assim como a mortalidade, são 
maiores em grupos de risco, que incluem:
47
Idosos com 
mais de 65 
anos.
Mulheres 
durante a 
gestação e no 
puerpério.
Crianças 
até 5 anos 
e idade.
Pessoas com 
comorbidades cardíacas, 
pulmonares, 
neurológicas, 
metabólicas e 
imunossuprimidos.
Na pandemia de 2009 a obesidade, também, foi caracterizada como um dos 
fatores de risco relevantes. Entre mulheres na idade fértil hospitalizadas por 
Influenza, 27,9% estavam grávidas, e dessas, 62% estavam no terceiro trimestre 
da gestação. Pessoas entre 50 e 64 anos de idade também têm maior 
morbimortalidade em comparação com os adultos mais jovens.
As complicações mais comuns são as respiratórias. Em crianças podem ocorrer 
laringite, bronquiolite, traqueobronquite. Em qualquer idade, a pneumonia viral 
pelo Influenza pode se instalar, embora seja mais comum a pneumonia 
comunitária bacteriana Pós-Influenza. Nesses casos, há maior incidência de 
Streptococcus Pneumoniae e Staphylococcus Aureus. 
48
A Pneumonia Viral Primária pelo vírus Influenza é caracterizada pela progressão 
da doença inicial, ocorrendo infiltrado pulmonar, em geral bilateral e intersticial, 
acompanhado de dispneia, hipoxemia, tosse e, em muitas casos, evolução para 
achados da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
 A análise do escarro não demonstra bactérias além da flora normal e a cultura de 
vírus pode demonstrar títulos elevados do agente. A mortalidade é alta, não 
havendo resposta ao uso de antibióticos. A Pneumonia por Influenza é mais 
comum em pessoas com doença cardiovascular. No entanto, na pandemia de 
1918, grande parte da mortalidade em indivíduos considerados, previamente, 
saudáveis (jovens) pode ter se dado pelo desenvolvimento de Pneumonia Viral 
Grave.
49
Na Pneumonia Bacteriana Pós-Influenza, o paciente, em geral, tem uma melhora 
inicial
dos sintomas de gripe, e, após um período de até 14 dias, pode voltar a 
apresentar febre, associada a sintomas e sinais clássicos da Pneumonia 
Bacteriana Comunitária,como a tosse produtiva e os sinais de consolidação 
pulmonar. O Staphylococcus Aureus, incomum na Pneumonia Comunitária em 
geral, nessa situação se torna umagente importante - além do Pneumococo e do 
Haemophilus Influenzae. No paciente hospitalizado, e com coinfecção pelo vírus 
Influenza e Pneumonia Bacteriana, o Acinetobacter Baumannii foi o agente 
bacteriano mais encontrado em alguns estudos.
50
A coinfecção do vírus Influenza com outros vírus respiratórios também pode 
ocorrer, sendo que no caso da associação com o SARS-CoV-2, por exemplo, a 
doença pode ser mais grave que a infecção isolada de um ou de outro agente. 
As complicações não respiratórias da gripe são de grande relevância, 
principalmente, as cardiovasculares, podendo ocorrer exacerbação de doenças 
cardíacas de base em muitos pacientes, Miocardite em pacientes previamente 
hígidos, bem como Pericardite. As complicações cardiovasculares mais comuns 
são a Doença Isquêmica Miocárdica Aguda, incluindo Infarto do Miocárdioe 
Insuficiência Cardíaca.
51
Exacerbações de Asma Brônquica e 
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, 
seguidas àinfecção pelo vírus Influenza 
são comuns, com piora da função 
pulmonar e necessidade de aumento do 
tratamento. Sinusite Bacteriana e Otite 
Média, principalmente em crianças, 
também ocorrem como complicações 
da Influenza.
Outras complicações não respiratórias menos comuns são as 
musculoesqueléticas e as neurológicas. A Miosite, algumas vezes 
com Rabdomiólise, é mais vista em crianças. 
Complicações neurológicas diversas podem ocorrer, como 
Encefalopatia, Encefalite, Mielite Transversa e Convulsões Febris em 
crianças. São incomuns a Síndrome de Guillain-Barré e a Síndrome 
de Reye (primariamente, em crianças em uso de salicilatos).
A Síndrome de Reye ocorre, também, em associação com outros 
vírus, e, tipicamente, manifesta-se como uma piora do estado 
mental alguns dias após a infecção viral, podendo haver letargia, 
torpor, delírio, coma e parada respiratória.
52
Diagnóstico
Como é feito o diagnóstico?
A acurácia do diagnóstico clínico durante um surto de Influenza pode chegar a 
80-90%. Todavia, um estudo demonstrou que a sensibilidade e especificidade do 
diagnóstico clínico em um Pronto Atendimento de hospital terciário foram baixas, 
com a sensibilidade menor que 40%. 
O diagnóstico da infecção pelo vírus Influenza é, na maioria das vezes, feito em 
bases clínicas, considerando as características do quadro clínico apresentado, o 
histórico de contato e a presença de surto, epidemia ou pandemia em curso na 
região. No entanto, o diagnóstico clínico é, frequentemente, impreciso, devido à 
superposição de outros vírus respiratórios circulando ao mesmo tempo, podendo 
causar infecção na mesma população, incluindo o SARS-CoV-2. 
54
Os testes diagnósticos para a detecção do vírus Influenza 
em espécimes respiratórios incluem um teste rápido de 
antígeno, que detecta proteínas virais nos espécimes de 
vias aéreas superiores. 
O teste é rápido e tem alta especificidade, no entanto, a 
sensibilidade é relativamente baixa, em torno de 40-80%. 
Os testes moleculares, de amplificação de ácidos nucleicos, 
como o RT-PCR, têm alta sensibilidade e especificidade, 
podem detectar o vírus por mais tempo que os testes de 
antígeno e demorar de 15 a 20 minutos (ou até algumas 
horas), para obter o resultado. Alguns testes podem 
pesquisar, no mesmo espécime, vários vírus respiratórios ao 
mesmo tempo. 
A cultura de vírus é importante para investigações 
epidemiológicas e para estudos de vacinas, mas não traz 
resultados a tempo de modificar a conduta clínica, como 
descrito por Uyeki et. al. (2022). 
Qual é a 
função do 
diagnóstico?
55
Testes diagnósticos rápidos e prontamente disponíveis (“point-of-care testing”) 
podem ser realizados, inclusive, fora do ambiente hospitalar. Podem ser 
comprados em farmácias e podem facilitar algumas tomadas de decisão clínica, 
como a rápida prescrição do tratamento após o início dos sintomas. Já são 
comuns testes que investigam os antígenos para Influenza e SARS-CoV-2 no 
mesmo kit.
A confirmação do diagnóstico laboratorial da infecção por Influenza pode trazer 
diversos benefícios clínicos aos pacientes. O uso e a adequada interpretação dos 
testes disponíveis permitem identificar precocemente o diagnóstico em pacientes 
com Influenza, e, com isso, reduzir testes diagnósticos adicionais desnecessários, 
reduzir o uso de antibióticos e aumentar o uso apropriado de tratamento 
antiviral, além de permitir realizar a prevenção por meio de medidas de controle 
da transmissão.
56
Alguns grupos de pacientes devem ser priorizados para a realização dos testes 
diagnósticos de identificação do vírus, pois os resultados podem ser relevantes 
nas decisões clínicas. 
Pacientes hospitalizados, com febre, durante uma epidemia de Influenza devem 
ser testados independentemente do início dos sintomas. Os hospitalizados 
admitidos por motivo de piora de condições crônicas, como DPOC e Insuficiência 
Cardíaca, devem ser testados em períodos de surtos ou atividade da gripe 
sazonal, mesmo na ausência de febre ou Síndrome Gripal. 
Pacientes ambulatoriais de maior risco para complicações podem se beneficiar 
do diagnóstico, sendo que os testes em espécimes respiratórios devem ser 
coletados dentro do período 4 a 5 dias do início dos sintomas, lembrando que 
crianças e imunossuprimidos podem permanecer positivos por mais tempo. 
Mesmo em pacientes ambulatoriais de menor risco e sem gravidade, o teste, 
positivo ou negativo, pode trazer informações relevantes, tanto para o início de 
tratamento antiviral, quanto para o isolamento ou outras medidas preventivas, 
como tratamento profilático de contatos.
57
Tratamento
O tratamento do paciente com gripe deve incluir medidas não farmacológicas, 
como repouso, hidratação e medicações sintomáticas (antipiréticos e 
antitussígenos), quando indicadas. 
Em pacientes hospitalizados, o tratamento inclui medidas de suporte clínico e 
respiratório, abordagens das complicações, incluindo a antibioticoterapia, em 
caso de suspeita de infecção bacteriana concomitante.
59
Os medicamentos, atualmente, em uso são os inibidores da neuraminidase - 
ativos contra os vírus Influenza A e B. Um novo agente, Baloxavir, inibidor da 
polimerase, também está aprovado em alguns países para uso, em dose única, 
com efeito nos tipos A e B da infecção.
O benefício do uso de agentes antivirais para o tratamento da infecção pelo vírus 
Influenza é maior quando iniciado precocemente - logo após o início dos 
sintomas. Atualmente, os medicamentos Amantadina e Rimantadina, inibidores 
da atividade do canal iônico na proteína M2, com atividade apenas nos vírus 
Influenza A, não são mais utilizados, devido ao desenvolvimento de resistência e 
à perda da sua efetividade na grande maioria dos vírus circulantes. 
60
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informações sobre Tratamento 
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fazer o download. 
Os inibidores da NA bloqueiam, competitivamente, a atividade da enzima dos 
vírus Influenza A e B, impedindo a remoção dos ácidos siálicos terminais das 
glicoproteínas na superfície das células e, com isso, bloqueiam a liberação dos 
novos vírus da célula infectada, reduzindo a propagação do vírus no trato 
respiratório. O inibidor de NA mais prescrito no mundo é o Oseltamivir, usado por 
via oral. O Zanamivir é utilizado por via inalatória. 
A maior parte dos estudos clínicos com inibidores da neuraminidase também 
utilizaram o Oseltamivir, com demonstração de eficácia para alguns desfechos 
clínicos, como será descrito no material complementar. 
61
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/material-complementar-02-tratamento-1686052398.pdf
Clique aqui e veja o Protocolo 
de tratamento de Influenza 
2017 ou escaneie o QR Code 
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O Ministério da Saúde publicou, em 2017, o Protocolo de Tratamento de 
Influenza, no qual há informações adicionais sobre o tratamento antiviral 
recomendado no Brasil. Nesse protocolo, a posologia e a administração das 
drogas antivirais para crianças e adultos foram resumidas na tabela abaixo:
Fonte: BVSMS. Protocolo de Tratamento de Influenza, 2017. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_tratamento_influenza_2017.pdf. Acesso em: 
13 mar. 2023.
 
Tabela 1 - Tratamento Influenza
62
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/protocolo-tratamento-influenza-2017-1679405097.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_tratamento_influenza_2017.pdf
Prevenção
As medidas de prevenção da gripe podem ser não-farmacológicas, como a 
prevenção de contato com pacientes sintomáticos, ou farmacológicas, como o 
uso de antivirais em pessoas que tiveram contato com pessoas infectadas. No 
entanto, a principal arma de prevenção, atualmente, é a vacinação de pessoas 
acima de 6 mesesde idade, principalmente, aquelas com fatores de risco para 
infecção mais grave e mortalidade. 
Nos anos de 2020 e 2021, quando houve, pela pandemia de Covid-19, a 
implementação de extensas medidas não farmacológicas, que restringiram o 
contato entre as pessoas e a transmissão de gotículas respiratórias, houve uma 
drástica redução da atividade de infecção pelo vírus Influenza. Por apresentar, 
basicamente, o mesmo mecanismo de transmissão, o fechamento de escolas, a 
proibição de eventos públicos, a instituição de trabalho remoto, o distanciamento 
pessoal e o uso de máscaras faciais em locais públicos foram medidas que se 
associaram a uma redução das infecções e o seu impacto na população. Após a 
retirada da maioria dessas medidas, o vírus voltou a circular nos moldes 
anteriores no último ano. Recomenda-se o controle da fonte, com o uso de 
máscaras faciais por pacientes ambulatoriais e pacientes com sintomas 
respiratórios agudos em departamentos de emergência, incluindo aqueles com 
suspeita de gripe.
64
Tratamento 
preventivo
O uso de Oseltamivir, na dose de 75 mg/dia, por 10 dias, pode ser indicado como 
tratamento preventivo para pacientes com fatores de risco que tiveram contato 
com pacientes com o diagnóstico de gripe. 
A profilaxia deve ser iniciada entre 1 e 2 dias do contato próximo.
O medicamento pode ser utilizado, preventivamente, em pacientes de risco 
residentes em instituições fechadas e hospitais de longa permanência para o 
controle de surtos nessas instituições.
65
Vacinas contra o vírus Influenza têm sido 
produzidas, de forma regular, desde os anos 
1940. Vários tipos de vacinas já foram e são 
utilizados, como, por exemplo, as vacinas de 
vírus vivo atenuado, as inativadas, com vírus 
inteiro
Os métodos para cultura dos vírus Influenza foram 
desenvolvidos na década de 1930. 1930
1935
Vacinação
Em 1935, foi sugerida a cultura em ovos 
embrionados. Por meio dessa técnica, 
conseguiu-se concentrações maiores de vírus do 
que aquela verificada em hospedeiros animais, 
inicialmente utilizados. A partir da mesma época, 
métodos para cultura usando células foram 
desenvolvidos. 
1942
Em 1942, a resposta imune a uma vacina de vírus 
inteiro inativado foi avaliada em um estudo, que 
continha um vírus do tipo A e outro do tipo B.
ou partes fragmentadas, e as vacinas recombinantes, podendo ser produzidas por 
meio da reprodução viral em ovos ou em cultura de células.
66
Em 1943, um estudo clínico maior utilizou uma 
vacina trivalente de vírus inteiro inativado, 
demonstrando a proteção.
1943
1945
As doses foram testadas e estabelecidas em 
outros estudos e, em 1945, a primeira vacina de 
vírus Influenza inativado foi licenciada nos EUA. 
Os métodos para a produção de vacinas foram melhorando com o tempo. 
Foram utilizadas, inicialmente, vacinas com vírus inteiro; em seguida, com 
partes do vírus separadas por detergentes, e, posteriormente, vacinas 
fragmentadas em subunidades purificadas compostas dos antígenos de 
superfície, HA e NA. A segurança e a indução de reações adversas melhoraram, 
progressivamente, com essas modificações.
1960
As vacinas de vírus inativado também sofreram 
melhoramentos, como o desenvolvimento, nos anos 
1960, de atenuação em ovos embrionados em baixa 
temperatura, o que gerou variantes sensíveis à 
temperatura, com a capacidade de se reproduzir na 
mucosa nasal, mas não no restante do trato 
respiratório. A vacina mais utilizada no mundo, e no 
Brasil, é a vacina de Influenza inativada e fragmentada. 
Ela é produzida pela replicação viral em ovos 
embrionados podendo ser trivalente ou tetravalente.
67
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informações sobre prevenção 
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Desde o início, foi demonstrado que a 
eficácia da vacina dependia da correlação 
entre os antígenos presentes nos vírus da 
vacina e aqueles das cepas circulantes na 
estação subsequente. Como os vírus da 
gripe são instáveis geneticamente, as 
mutações frequentes – “antigenic drift” - 
passaram a ser objeto de monitoramento 
pela OMS, desde 1952, indicando, desde 
então, quais são as recomendações de 
vírus para as vacinas dos hemisférios 
norte e sul. Inicialmente, eram 
recomendadas vacinas trivalentes, com 
dois vírus do tipo A e um do tipo B, mas 
após a constatação de cocirculação de 
duas linhagens do vírus B, a maior parte 
das vacinas disponíveis no mundo passou 
a ser a quadrivalente. 
Nem sempre a vacinação vai ter a 
efetividade esperada, pois a previsão dos 
vírus que serão predominantes na 
epidemia sazonal não é sempre acurada, 
podendo haver incompatibilidade 
antigênica. Por isso, existem esforços para 
se desenvolver uma vacina universal ou 
de maior abrangência.
A modificação antigênica, que 
ocorre entre as epidemias sazonais, 
por meio do “antigenic drift”, e a 
consequente necessidade de 
atualização das vacinas de acordo 
com o monitoramento, leva à 
necessidade de vacinação anual. 
Além disso, a perda da imunidade 
com o tempo é uma das 
justificativas para a recomendação 
da repetição anual da vacinação. Os 
anticorpos séricos têm um pico 
entre 2 e 4 semanas após a 
vacinação, mas reduzem 
rapidamente em seguida, voltando 
à situação basal antes da próxima 
estação de Influenza. Como os 
anticorpos podem reduzir ainda 
durante a estação de gripe, a 
vacinação, também, não deve ser 
antecipada. A época de vacinação 
deve ser coordenada para que se 
atinja o pico de anticorpos, 
coincidindo com o início previsto da 
epidemia.
68
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/material-complementar-03-prevencao-1686052408.pdf
A segurança das vacinas de vírus inativados foram, repetidamente, confirmadas e 
centenas de milhões dessas vacinas são administradas, a cada ano, para crianças, 
adultos e idosos. Os eventos adversos mais comuns são a sensibilidade ou a dor 
no local da aplicação. A maioria dessas reações são leves e sem interferência nas 
atividades das pessoas vacinadas. Reações sistêmicas são raras, e a taxa de 
incidência foi similar em pacientes que tomaram vacina e placebo, em estudos 
controlados. As vacinas contra Influenza são, também, consideradas seguras em 
todo o período da gestação.
Reações de hipersensibilidade podem ocorrer. É contraindicada a vacinação em 
pessoas que, anteriormente, apresentaram reações alérgicas graves à vacina. A 
vacinação contra a gripe foi associada, ocasionalmente, à ocorrência da Síndrome 
de Guillain-Barré. Em uma meta-análise, de 39 estudos, entre 1981 e 2014, 
houve um risco, ligeiramente, maior da Síndrome após a vacinação contra 
Influenza – risco relativo de 1,41 (95%IC, 1,20 – 1,66).
69
Existem esforços para o desenvolvimento de vacinas mais efetivas, mais 
duradouras e que possam, em tempo hábil, serem efetivas nas pandemias. As 
vacinas, atualmente disponíveis, são seguras e oportunizam, como visto, não só a 
redução do número de infecções, bem como os desfechos importantes, como a 
admissão na UTI e a mortalidade, com redução de risco de 26% e 31%, 
respectivamente, conforme observado em estudos de efetividade com desenho 
de teste negativo. 
Há recomendações para vacinação em diferentes países. No Brasil, as 
recomendações são, anualmente, atualizadas pelo Ministério da Saúde (MS), por 
meio do Programa Nacional de Imunização (PNI).
70
Conclusão
Chegamos ao final do conteúdo da Influenza! Você viu que a gripe é uma 
infecção que pode acometer até 10% da população, a cada ano. A infecção, 
mesmo que na maioria das vezes, seja leve e autolimitada, tem impacto na 
qualidade de vida da população. Além disso, particularmente, em pessoas com 
fatores de risco, a infecção pelo vírus Influenza aumenta a morbidade, podendo 
ser a causa de eventos cardiovasculares agudos e descompensação de doenças 
crônicas. O aumento da mortalidade causado pela infecção, muitas vezes, é 
subestimado,mas já demonstrado, de forma clara, na literatura médica. A gripe é 
considerada uma doença imunoprevenível e, como demonstrado, há vacinas 
seguras e com eficácia/efetividade comprovadas, que podem reduzir o impacto 
da doença. 
O tratamento antiviral também é seguro e traz benefícios. Entretanto, em 
estudos controlados e randomizados não se comprovou, por meio dele, a 
redução da mortalidade - o que torna ainda mais importante a prevenção pela 
vacinação. Tanto na vacinação como no tratamento existem esforços contínuos, 
para o aprimoramento e desenvolvimento de opções com maior efetividade. 
Esforços também são requeridos para o desenvolvimento de opções para a 
prevenção do impacto das raras pandemias de gripe, que aparecem de forma 
imprevisível e com impacto variável, algumas vezes, de grande magnitude.
Consulte, também, a Teleaula, a Aula Web e os 
Materiais Complementares disponíveis no AVA.
72
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