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IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS
COUADEPE – Coordenação das Uniões de Adolescentes das Assembleias de Deus no Estado de Pernambuco
Pastor Presidente: Ailton José Alves
PADRÃO BÍBLICO PARA O NAMORO CRISTÃO 
INTRODUÇÃO
NAMORO é um tema de grande relevância para os jovens cristãos. Há quem ache desnecessário falar sobre o
assunto, por entender que são os jovens que devem decidir quando, onde, como e com quem namorar. Outros há que
entendem que esse tema é polêmico demais e que cada família deve abordá-lo no contexto familiar. Para essas pessoas, o
tema é um “tabu”, e por essa razão, não deve ser tratado publicamente. Contudo, há os que queiram aprofundar o
conhecimento sobre o assunto e frequentemente fazem perguntas, tais como: o que a Bíblia tem a dizer sobre o namoro?
Com quem, quando e como devo namorar? Como posso me inteirar sobre o assunto? Em nosso estudo, buscaremos
responder a essas e outras perguntas que são comuns entre os jovens.
DEFININDO O NAMORO NUMA PERSPECTIVA BÍBLICA
Discorrer sobre como deve ser o comportamento cristão no que concerne à prática do namoro não é tarefa fácil.
Conquanto seja fato que ao longo da história tenha havido algum tipo de compromisso entre jovens de sexo oposto que
pretendiam casar-se, conforme planejado por Deus (Gn 2.24), esse tipo de relacionamento que denominamos “namoro”
tem a sua origem – pelo menos na forma que conhecemos hoje – à partir da modernidade. Por essa razão, não
encontraremos o vocábulo NAMORO nas páginas das Sagradas Escrituras. Todavia, encontramos na Palavra de Deus os
princípios que devem reger esse compromisso pré-nupcial. Na Bíblia, que é a nossa única regra de fé e prática, podemos
achar várias orientações indicando QUANDO, com QUEM e COMO deve ser o namoro cristão. Elencamos abaixo
algumas dessas orientações:
1. O QUE É O NAMORO CRISTÃO? Iniciaremos com a definição do termo. NAMORO é o primeiro
compromisso formal, firmado entre duas pessoas de sexo oposto, ambas solteiras, QUE TEM COMO
FINALIDADE CONDUZIR OS ENAMORADOS AO CASAMENTO (Gn 2.24). O NAMORO CRISTÃO
não é um tipo de entretenimento, nem um relacionamento inconsequente, mas é a FASE INICIAL DE UM
PROJETO DE CASAMENTO. Considerando a seriedade e relevância desse compromisso, é prudente que
antes de tomar essa decisão, o jovem cristão busque, em oração, a confirmação de Deus para o projeto.
2. SOBRE O PROPÓSITO DO NAMORO CRISTÃO. O namoro tem o objetivo de aproximar os
pretendentes, de maneira que possam se conhecer melhor. Esse conhecimento está relacionado com a família,
o caráter, a espiritualidade, os ideais, as aspirações, o temperamento, a personalidade, entre outros. No
namoro, ambos os pretendentes, descobrirão qual o nível de compromisso da pessoa pretendida com Deus;
qual a sua origem e história (família); como se relaciona com os seus familiares (pai e mãe); o que pensa
sobre o casamento; quais os seus projetos pessoais; o que pensa sobre o futuro (espiritual, acadêmico e
profissional); quais o seus gostos e desgostos, e muitas outras informações que ajudarão os enamorados a
decidirem, com segurança, sobre aquele projeto de casamento. É nessa fase que ambos os pretendentes devem
analisar se é possível somar e alinhar os planos individuais, com o propósito de construírem uma vida a dois.
É prudente compreender que nessa etapa de conhecimento recíproco, jamais deve haver qualquer tipo de
intimidade física entre o casal. O respeito mútuo deve ser preservado a qualquer custo, pois a castidade é uma
das chaves para um casamento bem sucedido. A amizade sincera e o companheirismo verdadeiro devem ser a
marca do namoro cristão (Mt 5.14-16; Ef 5.11,12; 1 Pe 2.15,17; Hb 13.18).
3. SOBRE A NATUREZA DO NAMORO CRISTÃO. Nessa aproximação entre um rapaz e uma moça
solteiros, além de participarem de atividades espirituais juntos, tais como: ir aos cultos, evangelizar, cantar no
coro jovem etc., poderão programar momentos de conversas na casa da noiva, com a permissão e supervisão
dos pais dela. Como já mencionado no subtópico anterior, o compromisso do namoro não credencia os
enamorados a experimentarem intimidades ou comportamentos inadequados aquele esperado dos jovens
cristãos solteiros, tais como: beijo na boca, abraços exagerados ou qualquer toque sensual que ative a libido.
Os jovens solteiros não podem esquecer que a intimidade sexual, dentro do projeto de Deus, está reservada
EXCLUSIVAMENTE aos casados. No livro do Gênesis há o indicativo claro de que somente após o Senhor
Deus ter celebrado o primeiro casamento, Adão e Eva tiveram direito a intimidade (Gn 2.24,25). O verso 25
diz: “E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.” Veja que o texto só fala da
intimidade(nudez) do casal, após a celebração do casamento. Como tudo aquilo que foi projetado por Deus
tem o seu tempo próprio, essa deve ser a ordem para o namoro cristão: primeiro o casamento, depois a
intimidade. (ler ainda Ec 3.1-8; Pv 20.21; 1 Co 6.12-20; 1Ts 4.2-7; Cl 3.5-6).
PRINCÍPIOS BÍBLICOS QUE DEVEM REGER O NAMORO CRISTÃO
As recomendações bíblicas no que concerne ao casamento, são bastante claras. A primeira delas, é que um projeto
de casamento de um(a) jovem temente a Deus, tem relação direta com a fé da pessoa pretendida. A BÍBLIA PROÍBE o
casamento entre um rapaz e uma moça que não comungam da mesma fé. No Antigo Testamento, a orientação divina foi
no sentido de que os jovens israelitas não se casassem com alguém que não pertencesse a linhagem do povo de Deus (Ex
34.14-16; Dt 7.1-4; Js 23.11-13; Ne 13.25-27, Am 3.3). Essa recomendação continua válida para o Novo Testamento (2
Co 6.14,17,18). Como os textos bíblicos citados deixam claro, o namoro entre uma pessoa que serve a Deus e outra que
não serve, não é permitido por Deus. Além disso, para prevenir eventuais problemas no relacionamento conjugal,
relacionados a doutrinas, usos e costumes, nossa igreja orienta que o(a) jovem, membro da igreja, não deve casar-se com
um(a) jovem membro de outra denominação. A seguir apresentaremos quatro princípios que devem guiar o namoro
cristão:
1. MOTIVAÇÃO. O NAMORO CRISTÃO deve ter sempre como objetivo o CASAMENTO. Qualquer
motivação diferente, poderá conduzir o(a) jovem a problemas no âmbito espiritual, emocional e social (Rm
12.11; 1 Ts 5.22; 2 Tm 2.22). Dependendo da motivação do namoro, os jovens poderão obter resultados
positivos ou negativos (Gl 6.7,8; Pv 22.8; Os 8.7). Em face do exposto, é imperativo que durante o período do
namoro, ambos os jovens mantenham uma relação respeitosa (Rm 12.9-10; 1 Tm 5.2). Qualquer atitude
egoísta e pecaminosa deve ser repelida com energia (1 Co 10.24; 13.5; Fp 2.3,4; 2 Tm 3.1-5).
2. RESPONSABILIDADE. Oficializar o compromisso do namoro com a devida anuência dos pais,
comunicando essa intenção com antecedência a sua liderança espiritual (Pastor, Coordenador, Presbítero etc.)
e compartilhar essa decisão com os amigos não é algo antiquado, mas a atitude esperada do(a) jovem crente.
A aceitação das orientações e “regras” estabelecidas pelos pais e pela igreja, são um indicativo da verdadeira
motivação do(a) jovem que decide namorar (Gn 24.3-4; Pv 6.20). Dependendo das atitudes daqueles que
assumem esse importante compromisso, o namoro poderá ser de benção, ou trazer seríssimos prejuízos. Um
namoro inconsequente pode machucar os sentimentos, abalar a confiança e a fé em Deus, e até prejudicar a
pessoa no seu desenvolvimento social. Diante disso, é necessário refletir sobre o assunto e entender que, para
se tomar a decisão de namorar, é necessário ter-se maturidade suficiente para assumir tamanha
responsabilidade (Pv 12.19; Ec 3.1; Rm 12.17; 1 Co 13.6; Cl 3.9; Ef 4.25).
3. MATURIDADE. Assim como a construção de um edifício, a nossa vida é constituída de etapas. A pessoa
nasce bebê, em seguida, vai crescendo e desenvolvendo a maturidade e a habilidade de administrar a sua
própria existênciana relação com Deus e com o seu semelhante, até que adquire maturidade suficiente para
assumir o compromisso de formar uma nova família através do casamento, então, decide iniciar o processo
através do namoro. Durante a fase de amadurecimento, a pessoa faz descobertas importantes, que auxiliam na
construção de sua história, ajudando o(a) jovem a escalar, com segurança, os degraus de cada fase da vida (Ec
3.1-8; Dt 4.40; Jó 14.5; Sl 90.12; Pv 9.10,11). Portanto, é imprescindível não se apressar para casar-se,
queimando etapas desse processo de amadurecimento, sob pena de não dispor de estrutura capaz de suportar
o peso das responsabilidades inerentes ao casamento (Tt 2.6-8).
4. SANTIDADE. Esse é um tema fundamental para o namoro cristão. O namoro do(a) jovem crente deve ser
realizado sempre a três pessoas: Jesus, você e a pessoa amada. Só assim, a manutenção do princípio de
santidade entre os enamorados poderá ser mantida, e eles terão a aprovação do Espírito Santo em todos os
procedimentos. O PADRÃO DO NAMORO CRISTÃO não pode reproduzir O PADRÃO MUNDANO, pois
as práticas pecaminosas desse tipo de namoro, são completamente condenadas pela Bíblia Sagrada (1Co 6.18-
20; 7.8,9; Gl 5.16,19; Ef 5.11-12; Hb 13.4; 1Pe 4.4). Todo o período de namoro entre jovens cristãos, deve
ser acompanhado de oração e jejuns, ingredientes indispensáveis para quem deseja avançar no processo da
santificação. 
UMA REFLEXÃO SOBRE A IDADE IDEAL PARA NAMORAR
Abriremos este tópico fazendo algumas provocações que nos ajudarão a compreender melhor o tema estudado: O
que determina que um ser humano com idade entre 12 e 18 anos seja considerado adolescente? Por que existe um
conjunto de leis específicas estabelecido para essa faixa etária? Por que pesquisadores (psicólogos, sociólogos, médicos e
neurocientistas) indicam que a pessoa na fase da adolescência não está preparada para a tomada de decisões importantes
na vida? Por que adolescentes não são autorizados a terem a CNH? Por que adolescentes precisam da autorização dos
pais e/ou responsáveis, para se casar? Por que a gravidez na adolescência é considerada precoce? Por que adolescentes
não podem abrir conta bancária sozinhos? Por que pais e responsáveis são orientados a supervisionarem os acessos dos
adolescentes as redes sociais? Por que existem restrições nas leis trabalhistas para adolescentes? Por que adolescentes
necessitam da prévia autorização dos pais ou responsáveis para viajar? Por acaso você já parou para pensar em todas
essas questões?
Considerando a limitação do espaço, não entraremos em discussões técnicas suscitadas por cada uma dessas
questões, no entanto, sugerimos que, usando a razão e fazendo uma pesquisa dedicada, você encontre reposta para cada
uma delas. No entanto, afirmamos que essas e outras questões indicam claramente que durante a fase da adolescência, o
indivíduo ainda não possui maturidade espiritual, psicológica, emocional e econômica suficientes, para assumir
determinadas responsabilidades. Seguem algumas orientações, quanto a idade ideal para alguém assumir o compromisso
do namoro:
1. O TEMPO IDEAL PARA O NAMORO. No período da adolescência a pessoa encontra-se buscando
entender o significado das relações interpessoais. É nesse período que o indivíduo inicia a experiência de
dialogar com outras pessoas de sua idade, desenvolvendo amizades sadias e procurando encontrar o seu lugar
no mundo. É nessa fase que o ser humano começa a conhecer outras pessoas e a fazer boas amizades. Nessa
etapa da vida, o(a) adolescente precisa treinar a sua capacidade de interação e discernimento, que o(a) ajudará
a distinguir entre o certo e o errado, o bom e o ruim, de modo que, no futuro, não venha a tomar decisões
equivocadas. 
Por isso, construir boas amizades antes de assumir compromisso de namoro com alguém, é fundamental.
Quanto mais amigos de qualidade o(a) adolescente tiver, maior será a possibilidade dele(a) fazer a escolha
certa para o casamento. Por essa razão, não é recomendável que o(a) adolescente se envolva com namoro,
pois, por falta de maturidade emocional, ele(a) poderá machucar e/ou ser machucado sentimentalmente. Além
do que, os que se permitem dominar pelas paixões da mocidade, adquirem fama de namorador(a), e essa fama
não combina com o testemunho do(a) jovem cristão, pois ele(a) não namora para experimentar e nem para
passar tempo, mas com a intenção de se casar. (2Tm 2.22; Gl 5.24; Cl 3.5; 1Pe 2.11). 
2. CONQUISTANDO A IDENTIDADE PESSOAL POR MEIO DA MATURIDADE. É comum na fase da
adolescência os pais e/ou responsáveis escolherem roupas, alimentos, destinos de passeios e a escola dos
filhos adolescentes. Isso é muito natural, levando-se em conta que, nessa fase da vida, o indivíduo se encontra
no processo de amadurecimento. No entanto, à medida em que o(a) adolescente avança na idade, vai
abandonando as práticas pueris, adquirindo outros interesses mais sérios. Esse amadurecimento, traz consigo
uma mudança significativa no comportamento e na maneira de enxergar o mundo. Nesse processo, o(a)
adolescente vai, aos poucos, conquistando e assumindo o domínio de sua identidade pessoal. Somente ao
final desse processo, ele(a) estará, de fato, apto(a) para assumir o compromisso do casamento. 
Portanto, o(a) adolescente não deve ser encorajado(a) a namorar nessa fase da vida, pois precisa primeiro
dominar o autoconhecimento, para saber quem é, o que quer e aonde planeja chegar. Esse amadurecimento
produzirá convicções bem embasadas sobre a decisão de assumir um projeto de casamento, proporcionando
segurança para si e para a pessoa pretendida. A conquista desse amadurecimento não é alcançada de uma hora
para outra, mas é um processo que se desenvolve ao longo de alguns anos, e precisa ser levado em
consideração. Portanto, se você é adolescente, não deve pensar em namorar, até que tenha concluído essa
etapa da vida. (1 Co 13.11; Hb 5.12-14; Pv 10.1; Ef 5.15-16; 2 Pe 3.18).
3. A CONSTRUÇÃO DE UM PROJETO PARA O FUTURO. Se o namoro é o passo inicial para o
casamento, como uma pessoa desprovida de maturidade e de um projeto de futuro pode assumir esse
compromisso? Como vimos no tópico anterior, a adolescência é a fase onde a pessoa desenvolve a sua
identidade pessoal e, ao mesmo tempo, o seu projeto de futuro. Em decorrência disso, a pergunta inicial desse
tópico revela de forma implícita, que o(a) adolescente não está preparado(a) para assumir o compromisso do
namoro. 
Na fase da adolescência, a pessoa deve utilizar as suas energias na aquisição de conhecimento espiritual,
acadêmico e profissional. Essa é a fase perfeita para se planejar o futuro, e não para se envolver com algo que
ele(a) não pode dar conta (Pv 15.22; 21.5; Ec 11.6; Lc 14.28-30). Aquele(a) que deseja namorar deve estar
seguro quanto ao seu projeto para o futuro. Caso não tenha pelo menos, iniciado o desenvolvimento desse
projeto, não deve, em hipótese alguma, se aventurar assumindo compromisso de casamento. Antes de iniciar
o namoro é necessário a obtenção de maturidade nas seguintes áreas:
a) Área Espiritual. No que concerne a nossa vida aqui na terra, todo o cristão tem a convicção de que Deus
elaborou um plano específico para ele(a). Para se conhecer esse plano, em detalhes, faz-se necessário ter
maturidade espiritual, que é adquirida por meio da comunhão com o Senhor. Quanto maior for a nossa
comunhão com Deus, mais maturidade espiritual teremos. Quanto mais maturidade espiritual tivermos, maior
clareza sobre o plano de Deus para nós. É a maturidade espiritual, por exemplo, que pode garantir que a
pessoa com quem o(a) jovem pretende assumir compromisso de casamento, está dentro do plano de Deus
para ele(a) (Sl 40.8; 143.10; 1 Jo 5.14,15).
b) Área Emocional. A maturidade emocional é a capacidade de entender, gerenciar e expressar as emoções de
maneira saudável e construtiva. Essa maturidade envolve a habilidade de responder a situações e desafios
emocionais de formaequilibrada e consciente, em vez de reagir impulsivamente ou de maneira imatura. Uma
pessoa que não consegue controlar as suas emoções, dificilmente terá condições de administrar as pressões
diárias do casamento. Por isso, a maturidade emocional é um componente indispensável para relacionamentos
saudáveis, tomadas de decisão e bem-estar em geral. Ela se desenvolve ao longo do tempo, através de
experiências de vida, aprendizado e autorreflexão. Penso que tudo isso apenas confirma que a pessoa só deve
namorar quando tiver maturidade emocional. O sábio Salomão escreveu: “Melhor é o longânimo do que o
valente, e o que governa o seu espírito do que o que toma uma cidade” (Pv 16.24). Este texto destaca a
importância do autocontrole e da gestão das emoções. 
c) Psicológica. Maturidade psicológica diz respeito ao desenvolvimento emocional e mental de um indivíduo,
que se manifesta na capacidade de lidar com as situações da vida de forma responsável, equilibrada e
adaptativa. Assim, se alguém não possui esse tipo de maturidade certamente terá muita dificuldade em
conduzir bem o namoro, e mais ainda, o casamento. É importante entender que a maturidade psicológica se
desenvolve ao longo do tempo, e é influenciada por experiências de vida, educação etc. É um processo
contínuo, que pode evoluir na medida em que a pessoa enfrenta diferentes desafios e aprende com eles. Em 1
Co 13.11, lemos: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino,
mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” Essa passagem bíblica indica que há
um processo de amadurecimento pelo qual todo o indivíduo passa, e que existem coisas próprias de menino e
coisas próprias de homem. Namorar, por exemplo, não é coisa própria de criança ou adolescente, mas de
alguém que já adquiriu maturidade psicológica suficiente para assumir o compromisso do casamento.
d) Econômica. A maturidade econômica é a capacidade de planejar, auferir e gerenciar receitas suficientes para
manter um orçamento equilibrado de modo a garantir a estabilidade financeira. Sabemos que o casamento
implica na geração de uma nova família, e toda família tem um orçamento doméstico obrigatório, que deve
ser administrado pelos cônjuges. Assim, antes de assumir compromisso de casamento, sobretudo o homem,
que, segundo as Escrituras é o responsável pela provisão do lar (Gn 2.15) necessita se preparar acadêmica e
profissionalmente, atitude que facilitará a conquista de um trabalho que lhe possibilite auferir os recursos com
os quais manterá a sua família. Penso que não necessitamos prolongar essa reflexão para se perceber que
um(a) adolescente não possui maturidade financeira, portanto, não deve namorar.
Destarte, diante de tudo o que foi apresentado acima, não há como recomendar o namoro a adolescentes. Essa
faixa etária deve se dedicar ao aprendizado, à assimilação do conhecimento em todas as áreas da vida e ao
desenvolvimento espiritual, emocional, acadêmico e profissional. Entendemos que o adolescente cristão não
terá dificuldade em compreender e aceitar essa orientação. Considerando que é nascido de novo, ele(a)
submeterá a condução de sua vida aos princípios exarados na Bíblia Sagrada. Agindo assim, terá um futuro
promissor, no qual constituirá uma família saudável e abençoada.
CONCLUSÃO
Lembremo-nos das palavras escritas pelo apóstolo Paulo, quando exorta que “todas as coisas são lícitas”, no
entanto, arremata que: “nem tudo me convém” (1 Co 6.12-13). A legalidade de algo, não autoriza o cristão a praticá-lo.
Pode até ser legal, mas devo perguntar se aquilo é a vontade Deus para mim. Existem inúmeras coisas que são legais, mas
contrariam o plano de Deus para a minha vida, por isso devo evitá-las. Há um tempo para todas as coisas (Ec 3.1).
Deus vos abençoe!

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