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PLANEJAMENTO EPLANEJAMENTO E
ORÇAMENTO EM BIMORÇAMENTO EM BIM
PROJETOPROJETO
ARQUITETÔNICO/URBANÍSTICOARQUITETÔNICO/URBANÍSTICO
Au to r ( a ) : M a . Pa t r i c i a d e A l m e i d a
R ev i s o r ( a ) : M a . G a b r i e l a M e l l o Q u i n a D i o g o
Tempo de leitura do conteúdo estimado em 1 hora e 13 minutos.
26/10/2024, 11:15 E-book
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Introdução
Olá, prezado(a) estudante!
O desenvolvimento de um projeto de arquitetura e engenharia começa com o desejo de executá-lo,
seja por uma contratação, seja por iniciativa espontânea. Não existe projeto excelente sem
dedicação em todas as etapas de desenvolvimento. Assim, seguir procedimentos e preparar o
terreno para a fase criativa são tarefas fundamentais.
Você já deve estar acostumado a escutar a palavra “projeto”, caro(a) aluno(a), mas, neste material,
serão apresentados alguns conceitos especí�cos acerca desse assunto. De acordo com a NBR
16.636-1 (ABNT, 2017):
Projeto arquitetônico é representação do conjunto dos elementos conceituais, concebido,
desenvolvido e elaborada por pro�ssional legalmente habilitado, necessária à
materialização de uma ideia arquitetônica, realizada por meio de princípios técnicos e
cientí�cos, visando à consecução de um objetivo ou meta, adequando-se aos recursos
disponíveis, leis, regramentos locais e às alternativas que conduzam à viabilidade da
decisão. Projetos complementares é o conjunto de informações técnicas desenvolvido e
elaborado por pro�ssional legalmente habilitado, que se integra ao projeto técnico
arquitetônico e urbanístico do empreendimento, edi�cado ou não, com vistas a fornecer
parâmetros técnicos e dimensionamentos necessários à materialização da obra,
instalação ou serviço técnico. (NBR 16.636-1, 2017, p.17)
O projeto é um dos principais elementos estruturantes da pro�ssão de arquiteto.
O projeto é o elemento agregador das diversas possibilidades da ação arquitetônica. Segundo o
Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR),
Identificação da Área de
Intervenção a ser
Estudada
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[...] projeto é a criação do espírito, documentada através de representação grá�ca ou
escrita de modo a permitir sua materialização, podendo referir-se a uma obra ou
instalação, a ser realizada através de princípios técnicos e cientí�cos, visando à
consecução de um objetivo ou meta e adequando-se aos recursos disponíveis e às
alternativas que conduzem à viabilidade de sua execução (CAU/BR, 2015, on-line).
Conforme determina a NBR 16.636-1 (ABNT, 2017), algumas características do projeto devem ser
compreendidas. A seguir, apresentaremos quais são essas características.
O projeto é autoral
Depende de escolhas, e você é o
responsável pela concretização da forma,
das ideias e das escolhas, dentre as
muitas possibilidades.
O projeto tem autonomia
disciplinar
É feito por arquitetos e engenheiros.
Todos seguem métodos e processos
individualmente, de acordo com suas
especialidades.
O projeto é indivisível
Apesar de existir um cronograma, para
que as etapas tenham prazos de�nidos,
elas são interdependentes. Deve existir
contato entre os pro�ssionais, para
promover a articulação.
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As etapas são de�nidas em função da complexidade do projeto, podendo ser acrescentadas ou
suprimidas pelo conjunto de autores e pela coordenação. Se for seguido o rito completo de etapas,
há: preliminares, etapa na qual são feitos todos os levantamentos e estudos de viabilidade; estudo
preliminar, já de�nindo o trabalho de criação; anteprojeto; projeto executivo.
O projeto é complexo
Envolve técnicas, conceitos, normas e, até
mesmo, muita experiência do
pro�ssional. Assim, é necessária uma
coordenação geral.
O projeto não é sequencial
As etapas podem ser revisadas em todos
os assuntos ou em todas as disciplinas. A
etapa anterior e a posterior concretizam
melhor as ideias, enquanto está sendo
feito o projeto.
O projeto é único
Não existem outros iguais. Não se trata
de uma operação de rotina e repetitiva.
O projeto é apresentado
mediante variados meios de
comunicação
Geralmente, é utilizada a representação
grá�ca, mas o projeto pode ser mostrado
por meio de outras técnicas.
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Independentemente das etapas a serem de�nidas, é importante determinar o escopo de cada uma.
Para o escopo de trabalho (e para �ns contratuais), devem ser de�nidos os serviços a serem
executados, as datas de entrega e a área que irá executá-los (arquitetura ou engenharia).
Etapas Preliminares
Nas etapas preliminares, são coletados dados que vão embasar todo o projeto, os quais são
fornecidos, em sua maioria, pelo contratante. Como são, em geral, documentos e levantamentos
utilizados para subsidiar as etapas posteriores, podem ser solicitados ao contratante.
Alternativamente, o arquiteto pode participar como assessor nessa fase, para auxiliar as
contratações e a escolha dos materiais. Ademais, detalhadamente, há o levantamento e o programa
de necessidades, além do estudo de viabilidades.
Levantamento (LV-ARQ)
Na etapa denominada levantamento, caro(a) estudante, é importante iniciar com uma vistoria e com
fotos do local. Esse levantamento representa a fase de coleta de todas as informações possíveis do
local e do entorno onde se pretende fazer a obra. Esses serviços incluem informações resultantes
de levantamentos físicos, aspectos legais, sociais, de segurança, dentre outras.
Os levantamentos cadastrais e topográ�cos, mostrados na Figura 2.1, são efetuados por empresas
especializadas e são gerados arquivos digitais que servirão de base para as etapas seguintes do
projeto. Sobre a base do levantamento planialtimétrico, são estudadas as ideias arquitetônicas.
Caso haja o aproveitamento de edi�cações locais ou, até mesmo, se for preciso indicar ou
quanti�car demolições, o levantamento cadastral será necessário. Esse levantamento cadastral
inclui todas as edi�cações ou interferências existentes no terreno, posicionadas gra�camente e
transferidas para os arquivos a serem entregues. No caso de ser um projeto de revitalização ou
modernização de uma edi�cação, todas as construções e instalações são importantes.
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É importante salientar que esse levantamento refere-se somente às construções que não se
encontram no subsolo ou nas fundações. Nesse contexto, é preciso ter um cuidado especial com as
estruturas enterradas que podem interferir em áreas escavadas para cortinas, terraplanagem ou na
localização das futuras fundações, que constarão no projeto estrutural. Isso pode acontecer se
houver uma construção preexistente e que deve ser demolida. Essas estruturas preexistentes
enterradas não são o alvo de levantamentos, assim, acabam sendo mapeadas na execução da obra,
gerando alterações nas estruturas de fundação e revisões de projeto.
Figura 2.1 - Planta de mapeamento dos pontos de sondagem
Fonte: Elaborada pela autora.
#PraCegoVer : a imagem apresenta uma planta de um terreno, com as demarcações dos pontos onde
deve ser feita a sondagem do solo. A imagem está em preto e branco.
REFLITA
Na fase de levantamento, é fundamental a identi�cação das
características ambientais, por exemplo, se a área é de
alagamento, se está degradada, quais são as condições climáticas
da região, a orientação solar, dentre outras particularidades locais.
Ademais, nessa fase, é feito o estudo de sondagem do solo, que é
essencial para os projetos estruturais.
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Nos projetos de obras públicas licitados, em paralelo, contrata-se o projeto de sondagem, mostrado
na Figura 2.2, para que haja o dimensionamento das fundações ou de contenções e escavações.
Também, é contratado o levantamento planialtimétrico com cortes, para que o arquiteto tenha uma
clara ideia da topogra�a local. Esses dois documentos não têm um custo elevado e são muito
necessários para o prosseguimento do projeto.
Os levantamentos legais são importantes, caro(a) estudante, para serem cumpridas as condições
impostas pelas diretrizes do plano diretor, das leis de zoneamento, do código de obras, da
identi�cação da propriedade, da taxa de ocupação, dos coe�cientes de aproveitamento, dentre
outras exigências. É na necessária tranquilidade jurídica que um projeto deve estar alicerçado, para
que surpresas desagradáveis não surjam durante os trabalhos.
Desse modo, é aconselhável que esses levantamentos sejam feitos por um pro�ssional com
experiência em legislações, consultas públicas e licenciamento, para evitar possíveis impedimentos
técnicos por questões legais. Por exemplo, é importante evitar ter percentual de áreas permeáveis
ou afastamentos das faces dos vizinhos inferiores ao que é de�nido pela lei.
Figura 2.2 - Levantamento planialtimétrico
Fonte: Elaborada pela autora.
#PraCegoVer : a imagem apresenta uma planta com curvas de nível e áreas hachuradas, conforme o
levantamento feito no planialtimétrico. A imagem está em preto e branco.
S A I B A M A I S
Hoje, é possível acompanhar um levantamento planialtimétrico feito por topógrafos. Atualmente, os
equipamentos são modernos, há o georreferenciamento e o uso de drones e GPS associados aos
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Caro(a) estudante, para fazer um projeto de reurbanização, os dados sociais do local e da
população-alvo são fundamentais. Esses levantamentos sinalizam as melhorias pretendidas no
projeto arquitetônico.
Nesse contexto, os projetos ergonômicos são muito interessantes, devido às pesquisas e
informações que devem ser coletadas dos futuros usuários. O resultado é o dimensionamento de
espaços adequados, baseados na dimensão humana histórica ou particular, se for o caso. O projeto
ergonômico é muito utilizado em projetos corporativos, para melhorar as condições de trabalho dos
usuários.
Programa de Necessidades (PN-ARQ) – briefing
O programa de necessidades é a coleta de todas as necessidades estabelecidas pelo contratante
em relação à edi�cação. Além disso, nesse momento, são identi�cadas as expectativas dos
usuários, no que diz respeito à futura construção.
Segundo Damasceno (2019), é preciso: pesquisar qual será a utilização do espaço a ser projetado;
realizar um programa de uso, contendo os requisitos sociais e funcionais; promover reuniões,
videoconferências, troca de informações, muita conversa e ter empatia com os clientes;
compreender o que se espera da edi�cação. A organização dos dados coletados pode ser
formatada em planilhas, �uxogramas e organogramas. Nesse sentido, é importante salientar que
[...] o programa é o primeiro passo do processo de projeto – porque trata das condições
que deverão ser observadas no decorrer do projeto – e como tal deve se ater à descrição
do contexto ou dos aspectos gerais da forma e evitar sugerir ou impor soluções de
projeto para o edifício. O usuário do edifício é elemento ativo do contexto, e é nele que as
atenções devem estar focadas para se estabelecer as necessidades que a forma
projetada deverá cumprir. Deve-se identi�car as características físicas, psicológicas e
culturais do usuário, bem como suas atividades, desempenhadas no espaço a ser
projetado, e seus valores (KOWALTOWSKI; MOREIRA, 2008, p. 5).
Ainda segundo Damasceno (2019), o brie�ng (resumo, extrato ou apanhado) direciona o raciocínio
do arquiteto contratado. Nas reuniões com os envolvidos, os problemas devem ser mostrados, para
que seja alcançada a melhor solução. Nessas reuniões, muitas coisas não têm uma relação direta
com o que se planeja, assim, o arquiteto tem que �ltrar e resumir os itens relevantes.
Estudo de Viabilidade (EV-ARQ)
No estudo de viabilidade, devem ser feitas análises para a escolha das opções de criação da
edi�cação e das instalações necessárias, conforme de�nem as NBRs 16.636-1 e 16.636-2 (ABNT,
2017). Para que haja a organização desse estudo, é possível separar essa análise em três
segmentos: viabilidade técnica, viabilidade numérica e viabilidade �nanceira, as quais utilizam todas
as informações obtidas nas pesquisas realizadas no programa de necessidades.
softwares , para que seja possível a identi�cação das imagens e das curvas de nível. Essa técnica é muito
útil em áreas de difícil acesso. Para saber mais a respeito desse assunto, leia o artigo “Uso de drone em
levantamento planialtimétrico para obtenção de ortofoto e modelo digital do terreno”, de André Luiz Corrêa
e José Eduardo Quaresma. O texto está disponível em:
https://semanaacademica.org.br/system/�les/artigos/artigo_andre_l_correa_pb_�nal.pdf
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https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo_andre_l_correa_pb_final.pdf
Nesse contexto, é importante salientar que muitos confundem o estudo de viabilidade com apenas
viabilidade �nanceira/econômica, a qual é somente uma das análises a ser fornecida e considera os
recursos disponibilizados e as metas de custo.
A viabilidade técnica utiliza as legislações vigentes, aplicáveis ao local onde será feita a obra. Dessa
forma, a lei de zoneamento, o plano diretor, o código de obras, a pesquisa em cartórios e o código
sanitário ambiental são aspectos que devem ser reunidos e estudados na fase do levantamento (LV-
ARQ).
Muitas vezes, o estudo de viabilidade é realizado para a tomada de decisão acerca da aquisição ou
não de um terreno, cujas limitações técnicas e de legislação, devido à localização, podem não
permitir a concretização da construção. Por exemplo, se a intenção é construir uma edi�cação de
muitos andares próximo a um aeroporto, o estudo vai de�nir as limitações de altura e pode
inviabilizar a obra, apenas por meio dessa condição. Nesse sentido, nessa fase, de�ne-se o
potencial construtivo de um terreno e, muitas vezes, a viabilidade técnica de�ne o prosseguimento
para outras fases.
Nos estudos de legislação da área urbanística, dois quesitos devem ser observados: a taxa de
permeabilidade e, em municípios que considerem essa condição, a cota ambiental. No município de
São Paulo, as duas estão previstas no art. 74 da Lei nº 16.402/2016, Lei de Zoneamento. Segundo
essa lei, há diversos fatores a serem analisados, como mostra a Figura 2.3.
Os itens de quota ambiental e taxa de permeabilidade mínima têm o objetivo de estimular a
qualidade ambiental, principalmente, nos quesitos de retenção e in�ltração de água, aumento de
vegetação e melhoria do microclima. Por sua vez, a viabilidade numérica exige estudos de
volumetria e de implantação no terreno, já existindo os levantamentos de topogra�a da fase LV-
Figura 2.3 - Zoneamento ilustrado
Fonte: São Paulo (2016, p. 37).
#PraCegoVer : a �gura colorida tem desenhos esquemáticos que apresentam os parâmetros da Lei de
Zoneamento de São Paulo. Há uma ilustração para cada item: conceito de aproveitamento, taxa de
ocupação, dimensões mínimas e máximas do lote, cota-parte máxima, gabarito, recuos de frente, fundos e
laterais, usos, fatores de quali�cação ambiental e parâmetros de incomodidade.
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ARQ. As possibilidades de locação no terreno e os benefícios para a futura construção, como
insolação, drenagem e acessos, são analisados nessa etapa. Ademais, são de�nidas as áreas, as
quais são subdivididas em: computável, não computável, área totalde construção, privativa e
comum. Devem ser considerados, ainda, o número de unidades, o número de vagas de
estacionamento, a quantidade de pavimentos, dentre outros aspectos.
Essa etapa também é conhecida como “estudo de massa”, quando nada foi desenhado
efetivamente do projeto, mas já se tem delineada a possibilidade do empreendimento em relação a
um estudo de volumetria. No estudo de massa, são con�rmadas as limitações futuras do projeto,
como altura máxima, área máxima de construção e dimensão da unidade.
En�m, a viabilidade �nanceira é realizada quando os estudos de viabilidade numérica e técnica já
estão �nalizados. A viabilidade econômico-�nanceira precede a decisão de dar prosseguimento ao
projeto e pode ser feita com base na metragem quadrada multiplicada pelos valores de Custo
Unitário Básico de Construção (CUB/m²), divulgados para cada estado, de forma simpli�cada. No
CUB, estão incluídos: material, mão de obra e equipamentos para um projeto-padrão. Podem ser
adotados percentuais de acréscimo, devido à experiência de mercado e ao tipo de empreendimento,
mas, em geral, o CUB é um bom indicador �nanceiro, porque funciona como estimativa inicial e
considera os padrões construtivos em determinada região.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
A investigação dos processos que ocorrem no espaço de trabalho é uma ferramenta preciosa na
elaboração dos projetos arquitetônicos. Segundo Daniellou (1996), a frágil referência sobre o
trabalho real, consequência da carência de investigação das atividades, pode provocar a
desconformidade dos projetos de arquitetura em relação às reais necessidades dos usuários.
DANIELLOU, F. Questões epistemológicas levantadas pela ergonomia de projeto. In : DANIELLOU,
F. (coord.). A ergonomia em busca de seus princípios . São Paulo: Blücher, 1996. p. 181-198.
Em relação a esse assunto, assinale a alternativa correta.
a) O projeto de arquitetura não precisa considerar os aspectos ergonômicos dos usuários
no programa de necessidades.
b) O projeto de arquitetura deve considerar somente a metragem quadrada, para que, no
espaço, caiba o mobiliário e o número de pessoas.
c) Os usuários de um projeto arquitetônico industrial devem se adaptar ao projeto
arquitetônico padronizado, e não o inverso. As atividades não são base para análise.
d) O programa de necessidades do projeto deve integrar a qualidade funcional a outros
atributos atendidos..
e) Em um projeto de um refeitório industrial, não é necessário que o arquiteto conheça o
�uxo dos usuários ao se servir e circular internamente.
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O estudo preliminar é a “concepção e representação das informações técnicas iniciais e
aproximadas, necessárias à compreensão da edi�cação, podendo incluir soluções alternativas”
(BUNDER; ONO, 2017, p. 4). Nesse contexto, dá-se ênfase à elaboração de croquis e esboços, que
consolidam as ideias e que podem ser feitos por meios digitais, com uso de softwares como
AutoCad, Sketchup, Revit, ou à mão livre, como muitos arquitetos gostam.
O estudo preliminar, caro(a) estudante, é uma peça grá�ca que deve mostrar as plantas de todos os
pavimentos, incluindo, de modo simpli�cado, sugestões de mobiliário, as quais servem para uma
melhor visualização pelo contratante. Essa etapa, fundamental após o fechamento do contrato,
deve apresentar, de forma quali�cada, um maior entendimento da ambientação, da circulação, da
indicação de áreas privativas e comuns, das áreas ajardinadas e permeáveis etc.
Estudo Preliminar (EP-
ARQ) – Iniciar o Processo
de Criação do Projeto
Fonte: Fernando Blanco Calzada / 123rf.
Segundo a NBR 16.636-2 (ABNT, 2017), nessa etapa, há a caracterização da edi�cação, com informações resumidas, mas
su�cientes, incluindo funções, usos, formas, dimensões e implantação das edi�cações no terreno, de forma simpli�cada. Além
disso, é feita a caracterização dos elementos construtivos, com as tecnologias recomendadas. Comparativos de vantagens
com desvantagens também são indicados, para as soluções apresentadas. Ademais, é usual a apresentação de duas opções,
para a escolha do contratante.
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Ainda nessa etapa, são indicadas as propostas das fachadas e da cobertura, as dimensões do pé-
direito, as escolhas das esquadrias e dos revestimentos de cada ambiente etc. Esses aspectos são
importantes nesse momento, para que seja possível antecipar as di�culdades que possam surgir
nas fases seguintes.
Esses desenhos, entretanto, não são de�nitivos e não contêm detalhamentos, considerando que o
projeto ainda vai ser desenvolvido. Assim, essas são apenas as primeiras formatações das ideias
do projetista.
Figura 2.4: Planta sem dimensões com mobiliário
Fonte: Leremy / Freepik.
#PraCegoVer : a �gura colorida mostra a planta de uma casa, com sala de jantar (com mesa retangular de
seis lugares), sala de estar (com rack e três sofás sobre um tapete), copa e cozinha integradas, escritório,
uma suíte, lavanderia e banheiro de serviço e quintal fechado.
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A NBR 16.636-2 (ABNT, 2017) de�ne os documentos que devem ou podem ser desenvolvidos nessa
etapa, como desenhos, textos (opcional), perspectivas (opcional), maquetes (opcional), fotogra�as
ou montagens (opcionais) e recursos audiovisuais (opcional). Esses aspectos devem ser
esclarecidos no instrumento contratual.
Segundo a norma, o pacote mínimo a ser mostrado ao cliente deve conter desenhos. Detalhando
um pouco mais esse item, podemos citar a entrega de plantas de implantação, conforme mostrou a
Figura 2.5, dos pavimentos e de cobertura, os cortes longitudinais e transversais, as elevações
(fachadas) e, se necessário, alguns detalhes.
Espera-se que o contrato para a elaboração dessa fase esteja formalizado com os pro�ssionais
arquitetos e engenheiros. Caso isso não tenha ocorrido, situação que existe no mercado
eventualmente, esse é o último momento para se fechar o contrato, com as discussões e a escolha
da alternativa de projeto. O processo criativo e de análise dos elementos levantados demanda
tempo e deve ser cobrado como uma etapa entregue previamente.
Figura 2.5 - Planta de implantação com paisagismo
Fonte: toa55 / Freepik.
#PraCegoVer : a �gura colorida mostra uma planta de uma área aberta, com indicação de projeto de
paisagismo. Trata-se de uma imagem com áreas verdes e divisão de espaços. Aparecem duas mãos, uma
delas segura um lápis verde e desenha.
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Caro(a) estudante, quando se chega às etapas denominadas anteprojeto e projeto legal, já se tem o
estudo preliminar e os levantamentos, assim, é possível dar prosseguimento à criação e à
representatividade de elementos técnicos, embora ainda não de�nitivos. Ademais, o projeto básico
consolida o anteprojeto, quando é compatibilizado com todas as disciplinas, logo, são obtidos os
detalhamentos de arquitetura, a estrutura e as instalações compatibilizadas, informações
su�cientes para que sejam feitas as estimativas de custo e de prazo da obra.
O art. 6° da Lei nº 8.666/1993, relacionado às obras públicas, apresenta as seguintes
especi�cações:
IX – Projeto Básico – conjunto de elementos necessários e su�cientes, com nível de
precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou
serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos
preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto
ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a
de�nição dos métodos e do prazo de execução (BRASIL, 1993, on-line).Portanto, devemos salientar a importância de se compreender essa etapa, visto que ela possibilita,
inclusive, a licitação de obras públicas, a partir dos documentos �nalizados, tal é a relevância dos
projetos e da edi�cação.
Projeto Básico
O projeto básico é fundamental no que diz respeito às obras públicas, pois é um objeto que será
licitado com recursos públicos. Se o instrumento não tiver elementos su�cientes para o bom
entendimento técnico da obra, pode gerar prejuízos na fase executiva. Não se pretende, somente, ter
uma obra com o menor valor possível. Na verdade, deseja-se ter uma obra licitada com valores que
suportem todas as especi�cações presentes nos projetos e no memorial descritivo e com o menor
preço entre os concorrentes. Essa é uma consideração importante feita pelos tribunais de contas,
quando auditam obras públicas. Os aditivos de valor devem ser justi�cados e, quando surgem por
de�ciência dos projetos e memoriais, os responsáveis pelas exigências não atendidas são
contestados.
Segundo as NBRs 16.636-1 e 2 (ABNT, 2017), esse projeto também é denominado pré-execução
(PR-ARQ). Ainda, as normas apresentam a importância de se de�nir, claramente, no instrumento
contratual, os elementos a serem entregues e o prazo acordado, quando estiverem discriminadas a
etapa prévia denominada estudo preliminar e a posterior, projeto executivo.
Portanto, no projeto básico, devem ser produzidas todas as informações técnicas da edi�cação,
incluindo-se o interior e o exterior, e, obrigatoriamente, devem ser �nalizados os documentos de
texto e as plantas.
Anteprojeto (AP) e Projeto
Legal
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As plantas são subdivididas em: planta de implantação; planta e cortes de terraplenagem em
terrenos que demandem essa frente de serviço; plantas dos pavimentos e da cobertura;
cortes transversais e longitudinais; elevações ou fachadas; detalhes. Esses detalhes são os
que permitem o entendimento da edi�cação e a elaboração de orçamentos mais exatos.
Os documentos de texto referem-se ao memorial descritivo, o qual descreve, de modo geral,
a obra e, ao mesmo tempo, especi�ca os elementos construtivos, os sistemas estruturais e
os materiais empregados na estrutura, nas vedações, nos acabamentos e no paisagismo.
O projeto básico é um conjunto de peças feitas por muitas mãos e foi regularizado pelo Conselho
Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), que, em 1991, reunia as carreiras de arquitetura e
engenharias. As diretrizes e os requisitos presentes na Resolução nº 361, de 10 de dezembro de
1991, assemelham-se à Lei nº 8.666/1993. Com base nessa resolução, o projeto básico deve conter
os itens apresentados no infográ�co a seguir.
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Memorial Descritivo
O memorial descritivo é o documento que detalha as atividades técnicas, as especi�cações e os
métodos construtivos que foram projetados para a edi�cação. Esse documento depende do
#PraCegoVer : o infográ�co tem o título “Projeto Básico” e apresenta oito quadrados numerados. O
primeiro quadrado tem o texto “Alternativa viável, técnica, econômica e ambiental”. O segundo quadrado
apresenta o texto “Visualização global da obra”. O terceiro quadrado apresenta o texto “Especi�cação do
desempenho previsto”. O quarto quadrado contém o texto “Fornecimento de soluções técnicas atribuídas
à obra, com memórias de cálculo e critérios conceituais”. O quinto quadrado apresenta o texto
“Especi�cação dos tipos de serviços a executar, além de materiais e equipamentos”. O sexto quadrado
contém o texto “Levantamento do quantitativo e dos custos dos serviços, com precisão de mais ou menos
15% de margem de erro”. No sétimo quadrado, é apresentado o texto “Informações su�cientes para o
planejamento da obra”. O último quadrado é composto pelo texto “Programas ambientais adotados”.
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trabalho de todas as áreas envolvidas (arquitetura e engenharias) e, nele, todas as normas técnicas
utilizadas devem ser referenciadas.
A seguir, apresentaremos os itens que mais se destacam no que se refere aos projetos de
engenharia ou complementares.
Segmento Estrutural
Em resumo, os itens que devem constar no projeto são os apresentados a seguir.
Portanto, em relação à arquitetura, o memorial descritivo deve apresentar as considerações gerais,
os parâmetros de implantação (funcionais e estéticos), a de�nição dos espaços, a descrição dos
ambientes, os elementos construtivos, a acessibilidade e as normas de referência.
Segmento de Instalações
No que se refere ao segmento de instalações, em resumo, o projeto deve apresentar os itens a
seguir.
Instalações de água fria (com dimensionamentos da demanda de água fria), sistema de
bombeamento, localização de hidrômetros, capacidade dos reservatórios e as normas
relacionadas.
Instalações de águas pluviais, com dimensionamento e indicação das formas de captação e
destinação, com as normas de embasamento.
Instalações de esgoto sanitário, com dimensionamento e destinação, além da previsão de
elementos especiais, para atender às condições ambientais e legislações.
Instalações elétricas, com dimensionamento e indicação das tensões, dos quadros
alimentadores, das luminárias, tomadas e cabines de força, se necessário.
Instalações de gás, de proteção contra incêndio, sistemas de exaustão, dentre outras.
Orçamentos
A peça orçamentária, em geral, é executada por especialistas em levantamento de quantitativos e
orçamentação. Apesar de, muitas vezes, os levantamentos serem feitos por estagiários, deve haver
É preciso de�nir o que será usado: concreto armado, protendido, estrutura metálica ou
outra opção, com as indicações técnicas da norma com a qual os elementos foram
dimensionados.
De�nição das fundações e a justi�cativa para a escolha, como cargas levantadas e
boletins de sondagem fornecidos.
Elementos de vedação: tijolos maciços, vazados, de concreto, cerâmicos, dimensões,
incluindo as normas aplicáveis.
Tipo de estrutura plana: laje maciça, laje pré-fabricada, laje protendida ou sem
utilização de laje (no caso de coberturas).
Telhado com a especi�cação da estrutura de suporte utilizada e a especi�cação das
telhas e dos caimentos.
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a supervisão de um pro�ssional experiente da arquitetura ou da engenharia. Em relação às obras
públicas, a peça orçamentária é obrigatória e deve apresentar as quantidades dos projetos
executados, de forma muito criteriosa.
Para dar prosseguimento ao orçamento, o anteprojeto deve estar concluído, para evitar retrabalhos,
inde�nições ou alterações. O orçamento, além de apresentar os elementos quantitativos, deve
utilizar custos unitários con�áveis e atualizados, com base na região. A Tabela de Composição de
Preços para Orçamentos (TCPO), desenvolvida pela Editora Pini e pelo Sistema Nacional de
Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) é um exemplo de tabela de custos
unitários que pode ser utilizada nos orçamentos.
Muitas vezes, quando executado de forma antecipada, em função da necessidade de detalhamento
dessa peça, o orçamento demanda informações adicionais, dando margem às lacunas ou
de�ciências de projeto, que geram revisões e aprimoramentos, provocando o retrabalho. É válido
salientar que um projeto feito com critério e com elementos su�cientes, colabora com a exatidão do
orçamento.
Projeto Legal
O projeto legal destina-se à obtenção de um alvará de licença, que pode ser para a aprovação de
uma residência nova, de reforma, de execução, de demolição, dentre outras possibilidades. De modo
concomitante aos demais projetos, caro(a) aluno(a), pode ser contratadoo projeto legal, como
mostra a Figura 2.6. Essa etapa inclui a elaboração dos documentos de aprovação e pode ser
contratado um pro�ssional diferente do que está executando o projeto arquitetônico, em função da
facilidade e da expertise , por exemplo.
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Figura 2.6 - Modelo de planta de projeto legal da prefeitura de Barueri-SP
Fonte: Barueri (2021, on-line).
#PraCegoVer : a planta de projeto legal é colorida e tem três plantas: na esquerda, há as curvas de nível e
as indicações do pavimento térreo; no meio, há o primeiro pavimento; na direita, há o segundo pavimento.
As plantas fazem parte de um modelo de projeto legal, com carimbo especí�co de cada prefeitura.
Essas informações técnicas estão formatadas em exigências legais e são necessárias para o
prosseguimento da análise e a aprovação pelas autoridades competentes, desde a aprovação do
projeto até a execução da edi�cação. As exigências são legais (municipal, estadual e federal) e
visam à obtenção do alvará, das licenças ou dos demais documentos indispensáveis.
Para as reformas internas, não é necessária essa aprovação. No caso de apartamentos, os
condomínios exigem documentação técnica prévia, com recolhimento da taxa ao conselho
pertinente. Em capitais, geralmente, há o licenciamento eletrônico. Essa implantação aconteceu
antes da pandemia de Covid-19, mas auxiliou, sobremaneira, essa fase não presencial.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
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(Atividade não pontuada)
Leia o trecho a seguir:
“Nas empresas de construção de edifícios, pelas próprias peculiaridades do mercado consumidor,
a motivação pela implementação de um sistema da qualidade deve estar predominantemente
vinculada à redução de custos �nais dos produtos, já que hoje existe a consciência de que se deve
buscar maior competitividade e que as perdas no processo de produção, os custos de retrabalho
e correções pós-entrega são signi�cativos, embora nem sempre conhecidos”.
MELHADO, S. B. Qualidade do projeto na construção de edifícios : aplicação ao caso das
empresas de incorporação e construção. 1994. 294 f. Tese (Doutorado em Engenharia) – Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1994. p. 19. Disponível em:
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-09052019-085538/pt-br.php . Acesso em: 18
maio 2021.
A partir desse contexto, assinale a alternativa correta.
a) A etapa do anteprojeto não é determinante para reduzir retrabalhos e revisões, os
quais podem ser ajustados, sem prejuízos.
b) A etapa de projeto executivo tem a função de descobrir todos os erros feitos nas etapas
de estudo preliminar e de anteprojeto.
c) É possível fazer apenas o estudo preliminar em um projeto e fazer a completação com
um projeto legal, contendo as dimensões.
d) As etapas do anteprojeto e do projeto básico devem ser concretizadas entre o estudo
preliminar e o projeto executivo e caracterizam a edi�cação.
e) O início de um projeto de uma edi�cação ocorre pela necessidade da construção.
Apesar disso, o anteprojeto é opcional.
O projeto executivo é o detalhamento de todo o trabalho realizado nas etapas anteriores, em
especial, o anteprojeto ou projeto básico. Segundo a NBR 13.531 (ABNT, 1995), nessa fase, todos os
elementos técnicos, as instalações e os componentes da edi�cação devem ser detalhados e
su�cientes, para que não surjam dúvidas na execução da obra. Assim, devem ser apresentados
desenhos, documentos de texto, perspectivas, maquetes, fotogra�as e recursos audiovisuais.
Projeto Executivo (PE-ARQ)
e Detalhamento
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https://teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-09052019-085538/pt-br.php
Dentre os documentos de acréscimo, estudante, estão os detalhes, que incluem, nas escalas
necessárias, as plantas, os cortes, as elevações e as perspectivas de elementos e de componentes.
Nessa etapa, também há: portas, janelas, forro, parapeitos, beirais, paginação de piso, proteções,
dentre outros aspectos.
Os documentos podem ser aceitos ou rejeitados pelo contratante, em quaisquer etapas, condição
que deve constar no contrato. Nesse sentido, o cronograma físico-�nanceiro do projeto deve prever
o tempo para a análise de cada etapa, a entrega e o recebimento dos honorários. A aceitação ou a
recusa devem ser justi�cadas por escrito pelo contratante, em cada etapa. Ademais, o contrato
pode prever o acompanhamento da obra ou assessorias eventuais.
Observe, estudante, que todos os projetos de engenharia ou complementares estão sujeitos à
aceitação. Caso o contratante não tenha expertise para a análise desses documentos técnicos, é
aconselhável ter uma assessoria.
Exemplo de uma obra com paginação de
piso especí�ca e que demanda
detalhamento preciso. A arquitetura
mostrada é de uma área aberta, com
estrutura robusta e iluminação aberta
com insolação.
Os projetos de luminotécnica e de
instalações em ambientes corporativos
podem ser contratados no projeto
executivo. O projeto de acessibilidade é
contratado no anteprojeto e pode ser
detalhado nos itens construtivos do
projeto executivo.
Segundo a NBR 16.636-1 (ABNT, 2017),
são opcionais: perspectivas, maquetes,
fotos e recursos audiovisuais. Na prática,
maquetes eletrônicas são contratadas
nessa fase.
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Além disso, deve ser desenvolvido o cronograma físico-�nanceiro da obra, elaborado com base no
melhor planejamento executivo e na disponibilização dos recursos informados pelo contratante. O
memorial descritivo, por sua vez, deve ser complementado com todos os elementos detalhados e
com os projetos adicionais incorporados.
Para que a exatidão do orçamento do projeto seja maior, você deve conceber um
planejamento e�ciente para determinar o nível de recursos que serão necessários […].
Quanto à qualidade, o conjunto das características de um produto ou serviço concebido
em um projeto deve ser planejado com base na análise das especi�cações funcionais e
técnicas (CONSALTER, 2012, p. 21).
São também partes integrantes de pacotes do projeto executivo vários outros documentos que
podem ser imprescindíveis, caso a caso.
praticar
Vamos Praticar
Maquete física artesanal X maquete eletrônica X maquete física 3D impressa
O uso de maquetes eletrônicas, aos poucos, vem conquistando espaço no mercado de projetos.
As maquetes físicas, com custos mais elevados, devido à confecção, ao transporte e à
manutenção, ganharam um aliado importante: a impressora 3D. Esse equipamento possibilita um
trabalho híbrido, pois demanda uma interface grá�ca, assim, pode ser obtido um resultado
automatizado e �el ao projeto. Nesse sentido, re�ita acerca das vantagens de cada modelo,
considerando as necessidades do mercado.
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Material
Complementar
W E B
Projetos de prefeitura: o que devem conter?
Ano : 2017.
Comentário : O vídeo apresenta o passo a passo de um projeto legal, sem
“atropelos”. O projeto legal, apesar de ser uma fase não criativa, representa
uma importante etapa para o pro�ssional receber honorários. No vídeo,
discute-se esse assunto e mostra-se, de forma interessante, essa
possibilidade.
ACESSAR
L I V R O
Project professional 2016: gestão e
desenvolvimento de projetos
Editora : Érica.
Autores : Maurício Moreira e Silva Bernardes, Adriano Grangeiro Pilger e
Geísa Gaiger de Oliveira.
ISBN : 853-65-1746-8.
Comentário : Esse é um manual para a utilização do MS-Project 2016 e que
contém um passo a passo, além de estudos de caso. O grá�co de Gantt,as
relações de dependências e o lançamento de atividades são alguns dos
itens relevantes presentes nesta obra.
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Conclusão
Caro(a) estudante, neste material, discutimos aspectos relacionados ao planejamento e ao orçamento em
BIM (Building Information Modeling). Todas as etapas dos projetos devem ser vivenciadas pelos
pro�ssionais, para adquirirem a expertise do segmento. Existe grande possibilidade de excelência em um
projeto que tenha seguido as orientações das normas, a experiência e a pesquisa.
Sempre é válido salientar a importância do início do processo de um projeto, as etapas preliminares, pois
elas são a base das demais etapas. Não existe projeto perfeito, pois cada um tem suas particularidades e,
como a capacidade criativa é livre, surgem muitas opções e boas ideias.
Ademais, é fundamental de�nir uma data de término para a entrega do projeto, visto que algumas
premissas são encerradas, sendo possível demonstrá-las gra�camente e nos memoriais. Nesse sentido, é
possível considerar o projeto a fotogra�a do momento vivenciado. O melhor projeto é o que se transforma
na obra, de fato, é aquele que sai dos arquivos e do papel e vira história.
Referências
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NBR 16.636-1 : elaboração e desenvolvimento de serviços
técnicos especializados de projetos arquitetônicos e
urbanísticos. Parte 1: diretrizes e terminologia. Rio de Janeiro:
ABNT, 2017. Disponível em: https://www.caubr.gov.br/wp-
content/uploads/2017/07/P_ABNTNBR16636-1_2017CN.pdf .
Acesso em: 16 maio 2021.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16.636-2 : elaboração e desenvolvimento
de serviços técnicos especializados de projetos arquitetônicos e urbanísticos Parte 2: projeto
arquitetônico. Rio de Janeiro: ABNT, 2017. Disponível em: https://www.caubr.gov.br/wp-
content/uploads/2017/07/P_ABNTNBR16636-2_2017CN-1.pdf . Acesso em: 18 maio 2021.
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SÃO PAULO. Lei n° 16.402, de 22 de março de 2016 . Parcelamento, uso e ocupação do solo. Zoneamento
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https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2016/03/GEST%C3%83O2-smdu-zoneamento_ilustrado.pdf

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