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Unidade Curricular
Direito Digital 2021.2
Professores
Hercilio Emerich Lentz
Pablo 
Pedra Branca
Evolução do Direito
O Direito Digital ou Informático ou Eletrônico 
consiste na evolução do próprio Direito, abrangendo 
todos os princípios fundamentais e institutos que 
estão vigentes e são aplicados até hoje, assim como 
introduzindo novos institutos e elementos para o 
pensamento jurídico, em todas as suas áreas 
(Direito Civil, Direito Autoral, Direito Contratual, 
Direito Econômico, Direito Financeiro, Direito 
Tributário, Direito Penal, Direito Internacional etc).
Sua idade é estimada em duas décadas. Costuma-se 
dizer que a Portaria Interministerial 147, de 31 de 
maio de 1995, editada pelos ministros da 
Comunicação e da Ciência e Tecnologia, que regulou 
o uso de meios da rede pública de telecomunicações 
para o provimento e a utilização de serviços de 
conexão à Internet, foi o primeiro diploma legal 
desse ramo. 
O Direito Digital nasceu da necessidade de 
se regularem as questões surgidas com a 
evolução da tecnologia e a expansão da 
internet, elementos responsáveis por 
profundas mudanças comportamentais e sociais, 
bem como para fazer frente aos novos dilemas 
da denominada “Sociedade da Informação”.
O A doutrina tem assinalado um aspecto 
interessante desse Direito: afirma que o Direito 
Digital não tem objeto próprio. 
Seria um Direito com um “modus operandi 
diferente, sendo, na verdade, a extensão de 
diversos ramos da ciência jurídica, que cria 
novos instrumentos para atender a anseios e ao 
aperfeiçoamento dos institutos jurídicos em 
vigor” 
De acordo com Patrícia Peck Pinheiro, o Direito 
Digital é a evolução do próprio Direito e abrange 
“todos os princípios fundamentais e institutos 
que estão vigentes e são aplicados até hoje, 
assim como introduzindo novos institutos e 
elementos para o pensamento jurídico, em 
todas as suas áreas” (2008, p. 29).
O Direito Digital é o resultado da relação entre a 
ciência do Direito e a Ciência da Computação 
sempre empregando novas tecnologias
Enfim, o Direito Digital abrange todas as áreas 
do Direito, de maneira transversal, e congrega 
novos elementos para dirimir os conflitos 
surgidos com a tecnologia, especialmente a 
Internet, e regular as relações da denominada 
“sociedade da informação”.
Direito 
Digital
Negócios e 
Contratos 
Jurídicos
Consumidor
Tributário
Empresarial
Penal
Relações 
Internacionais
Nesse consenso, o usuário da Rede Mundial 
de Computadores, deve possuir 
conhecimento sobre ética, para avaliar o 
que é bem vindo ou não desse gigantesco 
aglomerado de informações, para saber 
extrair o que lhe é útil e descartar o fútil.
Características 
do 
direito digital
• Legislativo: criação de leis 
para regulamentar condutas 
online e estabelecer novos 
tipos penais, ocorridos no 
ambiente virtual
• Interpretativo: aplicação das 
leis atuais a situações já 
conhecidas, considerando as 
particularidades de 
acontecerem no ambiente 
online.
Características 
do 
direito digital
• Interpretativo: celeridade, o 
dinamismo, a auto-
regulamentação
Objeto Jurídico 
Todos os bens e interesses juridicamente protegidos 
pelo Direito de forma ampla englobam os Objetos 
Jurídicos, estes que podem ser qualquer elemento 
passível de proteção nos mais determinados 
campos, muitos destes já pré-estabelecidos pela 
Constituição Federal vigente
Tecnologia e o Direito
Da criação do chip ao lançamento do primeiro 
computador com interface gráfica para utilização 
doméstica se passaram quase vinte anos. Depois, as 
mudanças não pararam mais, culminando na 
convergência — nada mais que a integração de 
várias tecnologias criando uma rede única de 
comunicação inteligente e interativa que utiliza 
vários meios para transmitir uma mesma 
mensagem, em voz, dados ou imagem.
As relações comerciais migram para a Internet. A 
possibilidade de visibilidade do mundo atual traz 
também os riscos inerentes à acessibilidade, tais 
como segurança da informação, concorrência 
desleal, plágio, sabotagem por hacker, entre 
outros.
No Direito Digital prevalecem os princípios em 
relação às regras, pois o ritmo de evolução 
tecnológica será sempre mais veloz que o da 
atividade legislativa. Nessa nova era do Direito 
os princípios jurídicos são muito mais relevantes 
do que as próprias leis, pois a tendência é que a 
atividade legislativa sempre esteja atrasada em 
relação às evoluções tecnológicas
Tecnologia e o futuro do direito
Zigmund Balman, sociólogo polonês (1925-1917), 
estabeleceu o conceito da modernidade liquida, para 
este, nos dias em que vivemos nada foi feito para 
durar, isso não somente por conta das relações em 
que nos colocamos, para o sociólogo tudo é muito 
dinâmico, permeado de incertezas, imprevisibilidade 
e insegurança. 
As profissões não ficam isentas desta análise, 
inclusive o direito
Com isso também muda o perfil do profissional 
do direito, isso deve iniciar pelas instituições de 
ensino, algumas delas continuam pensando e 
ensinando o direito de uma forma “tradicional” e 
antiquada.
Inteligência artificial, ODR (Online Dispute 
Resolution), Blockchain, Legal Analytics, 
Machine Learning e Internet das Coisas são 
algumas das novidades em tecnologia que estão 
sendo incorporadas à gestão jurídica com o 
objetivo de melhorar a eficiência e, 
consequentemente, a entrega dos serviços.
O trabalho do advogado do futuro será muito 
mais colaborativo. 
Os fundamentos da advocacia não devem sofrer 
grandes alterações, mas o que muda 
drasticamente daqui por diante, é como os 
serviços jurídicos serão prestados.
Os profissionais do Direito estarão cada vez 
mais conectados aos gerentes de projetos e 
especialistas de tecnologia, por exemplo, para 
co-criar soluções que alcancem as expectativas 
dos clientes e criem valor para o negócio.
As tecnologias ajudarão os advogados a reduzir seus 
custos internos, delegando a algoritmos 
especialistas treinados as atividades elementares e 
triviais, tais como elaboração de petições (?), 
análise de jurisprudência etc. 
Construção de modelo próprios e do software.
O primeiro “advogado” de inteligência artificial 
do mundo, criado pela IBM. “O robô advogado” 
Ross foi construído a partir do Watson, primeira 
máquina cognitiva, também da IBM. 
O Ross foi criado para declamar e interpretar o 
vocabulário oriundo, fabricar pressupostos 
quando interpelado, perquirir e construir 
soluções, e se provou um útil ajudante para os 
advogados de fato.
Mas o operador do direito não precisará ter mais os 
conhecimentos do direito material e processual?
Acredito que não!
Normativo Nacional
A CRFB em seu artigo 5º., visto que todos são 
iguais perante a lei e nos artigos “Art. 24. Compete 
à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: ... IX - educação, cultura, 
ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, 
desenvolvimento e inovação”
e no Art. 218. “O Estado promoverá e incentivará o 
desenvolvimento científico, a pesquisa, a 
capacitação científica e tecnológica e a inovação”;
- Lei Nº 12.737/2012 (conhecida como Lei Carolina 
Dieckmann).
Introduziu 03 tipos penais específicos envolvendo 
crimes informático;
- Decreto Nº 7.962/2013 - Regulamentou o Código 
de Defesa do Consumidor, para dispor sobre a 
contratação no comércio eletrônico;
- Lei Nº 12.965/2014 (Marco Civil da Internet) - 
Estabeleceu princípios, garantias, direitos e deveres 
para o uso da internet no Brasil, tanto para 
provedores de conexão, provedores de aplicação e 
usuários da Internet. É um marco mundial, no que 
concerne ao tratamento da Internet sob a ótica do 
Direito Civil, sendo referenciado por alguns como a 
"Constituição da Internet";
- Lei nº 13.709/18. Sucessora do Marco Civil da 
Internet, de 2014, a chamada Lei Geral de Proteção 
de Dados Pessoais (LGPD) visa regulamentar a 
concessão e o uso de dados no ambiente virtual;
- Lei nº 14.132/2021, que criminaliza 
o stalking e cyberstalking- LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito 
à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios 
digitais. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 202
2, no art. 5º, da CF/88)
http://planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc115.htm#art1
http://planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc115.htm#art1
Introdução ao Letramento Digital
Assim, se há tão pouco tempo, iniciávamos os estudos 
do letramento no Brasil, avançamos para uma outra 
discussão que se insere na perspectiva do letramento 
digital pelos caminhos de uma sociedade da informação 
e da comunicação. A partir desse contexto, este 
trabalho organiza-se por uma revisão bibliográfica, 
intencionando apresentar alguns conceitos que se 
relacionam à necessidade da aquisição de habilidades e 
de competências que possam auxiliar no uso das 
tecnologias em seus mais diversos aspectos. 
ENTRE CONCEITOS 
Iniciamos a definição de letramento digital considerando 
que vários fatores interferem em qualquer contexto que 
ele possa assumir, pois o processo de letramento digital 
envolve o contexto sociocultural, político e histórico de 
cada indivíduo. Além disso, é preciso reconhecer que, 
em função da evolução tecnológica que se expande 
velozmente, torna-se complexo determinar quem é 
letrado digitalmente. 
Por uma forma mais literal, Serim (SERIM, 
2002 citado por SOUZA, 2007, p. 57) define 
letramento digital como uso da "tecnologia 
digital, ferramentas de comunicação e/ou redes 
para acessar, gerenciar, integrar, avaliar e criar 
informação para funcionar em uma sociedade 
de conhecimento". 
Para o autor “ser letrado digitalmente pressupõe assumir 
mudanças nos modos de ler e escrever os códigos e sinais 
verbais e não-verbais, como imagens, desenhos gráficos, até 
porque o suporte sobre o qual estão os textos digitais é a tela 
digital". (XAVIER, 2007, p. 2). 
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES 
Hoje já não cabe mais a discussão sobre a importância de ser 
letrado digitalmente ou não. Isso já é fato. O que precisa ser 
discutido é como oportunizar o letramento digital de forma a 
instrumentalizar as pessoas a lidar com as informações, dando 
sentido aos textos, verbais ou não, com o intuito de torná-las 
críticas e competentes para o uso das tecnologias. 
Competências e habilidades para o letramento digital 
Competência Computacional: relacionada aos conhecimentos 
básicos para o uso do computador 
 Conhecer os elementos básicos do computador, suas 
funções, terminologias de sistemas operacionais, bem como 
softwares, programas e ferramentas disponíveis. 
 Salvar e recuperar a informação no computador e em 
diferentes suportes (pen-drives, disco rígido, HD externo, 
pastas, nuvem, etc.) 
 Manusear os recursos do computador, operando o básico das 
ferramentas do sistema operacional: explorar discos, copiar, 
executar programas etc.. 
 Utilizar editor de textos para redigir documentos, armazená-
los e imprimi-los. 
 Utilizar editores gráficos para fazer trabalhos.
 Competência Comunicacional: relacionada à expressão oral, 
gestual e escrita 
 Conhecer as diferentes Redes Sociais, utilizando-as para 
contatar pessoas. 
 Digitar adequadamente. 
 Conhecer as diferentes formas de escrita disponíveis, como 
bate-papo, e-mail etc. Competência Multimídia: relacionada 
à utilização de diferentes tipos de mídia 
 Conhecer e manusear tipos de mídia. 
 Ler e compreender textos digitais. 
 Identificar design, páginas da web e outros recursos visuais. 
 Competência Informacional: relacionada à busca, avaliação 
e utilização de informações 
 Conhecer diferentes sites de busca. 
 Conhecer e aprender a utilizar sites de download para 
programas, livros e filmes. 
 Fazer juízos de valor informados por meio das tecnologias. 
 Avaliar diferentes fontes da internet. 
 Comparar e selecionar as informações relevantes. 
 Desenvolver técnicas e instrumentos para a busca, exame e 
seleção de informações. 
Fonte: Saboia et al (2014) 
CONSIDERAÇÕES
Saber empregar as tecnologias, utilizando-as com 
eficiência para atender aos propósitos da vida diária, 
tomando decisões e resolvendo problemas são pontos 
importantes para ser letrado digitalmente. No entanto, 
diante da complexidade dos meios digitais, em meio à 
efemeridade das tecnologias, isso considerando a 
velocidade que cada invenção se “reinventa”, isso não é 
tarefa fácil. 
Diante disso, como dominar as tecnologias se as 
mudanças ocorrem tão rapidamente? Como bancos, 
farmácias, supermercados e outros serviços 
(profissionais), que se valem cada vez mais do meio 
digital, poderão ser usufruídos de forma igualitária por 
todos seus usuários? Reflexões como essas precisam 
ser acompanhadas de discussões pela sociedade 
pensando o que realmente pode ser realizado para a 
inserção de todos ao mundo digital de forma justa. 
3 Sociedade da informação e reflexos na produção do 
conhecimento 
A sociedade contemporânea, ou melhor, a chamada sociedade 
da informação, está se caracterizando pela influência e 
dependência das tecnologias. Sua dinâmica se funda no 
acesso às tecnologias. A presença e domínio das relações 
sociais via tecnologias muda a dinamicidade, concepções e 
também aspectos como o tempo, a velocidade e o espaço.
As novas dinâmicas não são mais de poder físico, do mundo da 
força física, mas de uma capacidade mental, uma era imaterial 
e cerebral. De propriedade física, passou-se a valorizar a 
propriedade intelectual de patentes e direitos autorais. Da 
realidade pura e simples, passou-se a considerar a realidade 
virtual, a do ciberespaço, do abstrato, simbólico e o imaterial.
A utilização intensiva de tecnologias de comunicação e 
informação para o movimento do mercado para gerar 
informação em menor intervalo de tempo, proporciona 
uma maior flexibilização na produção e também 
racionalidade nos processos produtivos. 
Rouanet (1987) aponta que o consumismo, a 
informação e o contato social mediado por 
tecnologias/imagens são características 
predominantes na nossa sociedade. 
O algoritmo não é o único mecanismo ou “ator” no ambiente 
numérico, se nos referirmos à teoria Ator-Rede, de Bruno Latour 
(1998, 2012), mas certamente não podemos mais ignorar nas 
nossas pesquisas no campo da comunicação digital, ou em 
estudos que de alguma forma tratam do ambiente digital, que 
este mecanismo de mediação na comunicação está ocupando 
um lugar de inevitável relevância. 
Ou seja, a ação dos influenciadores está sujeita ao 
comportamento do algoritmo, inevitavelmente. Se 
pensarmos no “eu como mercadoria” (Karhawi, 2016, 
p. 38) ou nas marcas que usam os “eus” como 
mercadorias e tentam, através deles, exercer 
influência sobre o seu público alvo, é preciso 
direcionar um ponto de vista institucional em relação 
ao algoritmo (Just & Latzer, 2016). 
É nas mídias sociais, como Facebook e Twitter, entre outras, que vemos a 
ação do algoritmo em “tempo real” e, apesar de muitas empresas no 
mundo todo terem um código de governança para essas mídias, como 
podemos observar no site especializado Social Media Governance5 , 
muitas vezes é preciso lidar com o evento que não foi previsto depois de 
uma campanha ou publicação. Avaliar o perfil do conteúdo, seu formato de 
publicação e voz institucional empregada não é o suficiente para lidar com 
a “caixa preta”. 
A seguir, exploramos essas premissas iniciais, as 
categorias de Gillispie e as relacionamos com o case 
proposto para análise, apontando, para os que 
querem influenciar digitalmente, a importância de 
dimensionarem diretrizes para uma política, seja 
pessoal ou institucional, de governança de algoritmos.
O algoritmo dá uma certa “direção” para a informação, com um 
enquadramento de sentido, e se enquadra na categoria de dinâmica 
de “ciclos de antecipação”, como veremos mais abaixo . O exemplo 
do Google é muito claro neste quesito: 
Figura 1: Busca no Google para os termos “homens” e “mulheres”. 
Fonte: Autora, 13/6/2017
HOMENS MULHERESHomans sign Mulheres
Homens bonitos Mulheres de areia
Homens de honra Mulheres ricas
Homens da luta Mulheres apaixonadas
Homens de coragem Mulheres que amam demais
Outro exemplo da dinâmica do algoritmo é a formação 
de bolhas. Para Pariser (2012), o centro da formação 
da bolha era a atividade do ser humano na interação 
com a internet. Arruda propõe um olhar territorial 
sobre a bolha, sendo que a construção desta é 
fundamentalmente a ação do algoritmo a partir do 
humano:
(...) podemos analisar as bolhas algorítmicas como a formação de um 
território com códigos específicos que são compartilhados e ritualizados 
por aqueles que compartilham desse espaço de sentido. 
O território por onde a informação circula é determinado, em parte, 
pelas dinâmicas do algoritmo como observamos, por exemplo, nas 
categorias Gillispie como citamos anteriormente: 
1. Padrões de inclusão: as opções anteriores de programação e 
que tornam o algoritmo um produtor de index; o que está excluído 
desse index e como os dados são preparados para o algoritmo;
2. Ciclos de antecipação: as implicações das tentativas dos provedores de 
algoritmos de conhecerem e preverem a interação dos seus usuários, e 
como as conclusões deles agem sobre o desenho dos algoritmos e como 
desenho importa; 3. A avaliação da relevância: os critérios pelos quais os 
algoritmos determinam o que é relevante, como esses critérios são 
obscuros e como eles implementam escolhas políticas sobre 
conhecimento apropriado e legítimo; 4. Promessa da objetividade do 
algoritmo: a maneira como o caráter técnico do algoritmo está posicionado 
como uma garantia de imparcialidade e como essa afirmação é mantida no 
cerne de uma controvérsia; 5. Emaranhamento com a prática: como os 
usuários remodelam suas práticas de acordo com os algoritmos dos quais 
eles dependem, e como eles podem transformar algoritmos em terrenos 
para competição política, às vezes até mesmo para interrogar a política do 
próprio algoritmo; 
6. A produção de públicos calculáveis: como a produção e apresentação do 
público pelo algoritmo molda e é devolvida a estes mesmos públicos como 
percepção coletiva de grupo, e quem está melhor posicionado para se beneficiar 
deste conhecimento. (Gillispie, 2013, p.2-3) Parece-nos que a ligação de 
#homensrisque com as dinâmicas do algoritmo tem uma ressonância importante 
com a categoria 6, “A produção de públicos calculáveis”, pois a campanha teve o 
papel de fazer a percepção do público feminista e feminino reagir, formando uma 
imagem pública de si mesmo no uso da hashtag com o nome da campanha 
através do Twitter. A partir desta experiência, quem pode se beneficiar deste 
conhecimento? Pensamos que as marcas que trabalham com o público 
feminino não podem ignorar essa experiência; há aqui um ensinamento prático a 
respeito da tentativa de exercer influência nas mídias sociais sobre determinados 
públicos. https://www.youtube.com/watch?v=Xo1V_JL1yAg
https://www.youtube.com/watch?v=Xo1V_JL1yAg
Lei da transparência
De acordo com a CRFB, alguns direitos que os 
cidadãos possuem que têm uma natureza 
autoaplicável. Um deles é o direito de receber 
informações sobre os órgãos públicos. 
Essas informações podem ser de natureza 
pessoal, coletiva e de interesse geral, além de 
atos e registros administrativos do próprio 
governo 
5.Lei da transparência
De acordo com a CRFB, alguns direitos que os 
cidadãos possuem que têm uma natureza 
autoaplicável. Um deles é o direito de receber 
informações sobre os órgãos públicos. 
Essas informações podem ser de natureza 
pessoal, coletiva e de interesse geral, além de 
atos e registros administrativos do próprio 
governo
A Lei da Transparência é uma forma de 
combinar esses 3 aspectos em um único 
documento, que garantirá a sua aplicação por 
meio, por exemplo, do uso de tecnologias. 
Isto faz com que seja possível e fácil para os 
diversos órgãos manter e permitir acesso a 
essas informações
Essa é a Lei da Transparência (Lei 
Complementar 131/2009), uma forma de 
regulamentar e explicar para o envolvido o 
que deve ser feito e em determinados casos. 
São mencionados a União, os Municípios e 
Estados, o Distrito Federal, mas até mesmo os 
poderes republicanos, todos os entes 
controlados e até empresas públicas ou de 
controle misto, em que haja associação com o 
Estado
LC 101/2000
LC 131/2009
Lei 12.527/2011
As 3 Leis que lidam com Transparência 
Pública
Uma delas é a Lei 12.527/2011, que é a 
conhecida LAI, ou a Lei de Acesso à Informação. 
Essa Lei também regulamenta o direito de 
acesso às informações públicas.
Seu objetivo é que qualquer pessoa, seja física 
ou jurídica, possa solicitar e receber as 
informações públicas sem precisar nem mesmo 
esclarecer um motivo para isso.
Esta lei é um marco no âmbito da 
Administração Pública brasileira. Ela se aplica 
a todos os órgãos que compõem o Estado. Ela 
se aplica aos três poderes da República, 
também; e mesmo para empresas estatais e 
até para entidades privadas que não possuem 
fins lucrativos e recebem dotações 
orçamentárias para desenvolver suas 
atividades.
A principal diferença entre essas Leis é em 
relação à passividade e atividade. 
A Lei da Transparência exige que os órgãos 
sejam proativos na divulgação das 
informações. 
Por outro lado, a Lei de Acesso à Informação, 
garante que quem solicitar a informação irá 
recebê-la
Exemplos de sites sobre Transparência
https://www.cnj.jus.br/transparencia-cnj/ranking-
da-transparencia/ranking-da-transparencia-2021/
https://www.cnmp.mp.br/portal/institucional/
comissoes/comissao-de-controle-administrativo-e-
financeiro/atuacao/ranking-da-transparencia
https://transparenciainternacional.org.br/ranking/
Quando o assunto é acesso à informação, manter 
esses princípios em mente. Eles são:
 Acesso é regra, sigilo é exceção.
 As hipóteses de sigilo são claras e estabelecidas na 
Lei.
 O requerente não precisa dizer para qual objetivo 
ele quer a informação.
 A divulgação de informações de interesses gerais 
deve ser proativa.
A Lei de Responsabilidade Fiscal ( Lei 101/2000) 
também tem como objetivo a transparência pública. 
Nesse caso, o documento está mais voltado para 
orçamento e finanças públicas, através da gestão 
fiscal. 
O objetivo dessa Lei é garantir um maior controle 
das contas públicas, evitando que o governo 
contraia dívidas ou assuma empréstimos fora do 
cabível. Portanto, é uma forma de promover tanto a 
transparência, quanto a fiscalização.
O conjunto desses três pontos – valores, leis e 
informatização – se transmuda na produção de 
direitos para a sociedade. É importante não 
perder isto de vista: a informação pública, a 
transparência na gestão e a democratização ao 
acesso só existem porque a sociedade isto 
anseia e requer.
6.Provedores de acesso e de conteúdo
6.1. Internet 
Com a publicação da Lei 12.965/2014, que 
institui o Marco Civil da Internet, muitos dos 
elementos que compõem a rede mundial de 
computadores foram definidos 
normativamente. 
A Internet foi definida como “o sistema 
constituído do conjunto de protocolos lógicos, 
estruturado em escala mundial para uso público 
e irrestrito, com a finalidade de possibilitar a 
comunicação de dados entre terminais por meio 
de diferentes redes” (art. 5º, I).
Classificação conforme a doutrina 
A natureza jurídica de cada espécie de provedor 
de internet é apresentada a seguir:
Provedores de Backbone
O backbone, ou “espinha dorsal”, representa o 
nível máximo de hierarquia de uma rede de 
computadores. Consiste nas estruturas físicas 
pelas quais trafega a quase totalidade de dados 
transmitidos através da internet, e é composto de 
múltiplos cabos de fibra ótica de alta velocidade
Provedores de acesso 
É a pessoa jurídica fornecedora de serviços 
que possibilitem o acesso de seus 
consumidores à internet. Normalmente, essas 
empresas dispõem de uma conexão a um 
backbone ou operam a sua própria 
infraestrutura para a conexão direta
Provedoresde correio eletrônico
São aqueles que dependem do acesso prévio 
à internet. Seu funcionamento é 
relativamente simples: o provedor de correio 
eletrônico fornece ao usuário um nome e 
uma senha para o uso exclusivo em um 
sistema informático que possibilita o envio e 
o recebimento de mensagens
Provedores de hospedagem 
É a pessoa jurídica que oferece o 
armazenamento de dados em servidores 
próprios de acesso remoto, possibilitando o 
acesso de terceiros a esses dados, de acordo 
com as condições estabelecidas com o 
contratante do serviço. Podem oferecer 
serviços adicionais como registro de nomes 
de domínio, cópias periódicas de segurança 
do conteúdo do web site armazenado entre 
outros
Provedor de conteúdo, é toda pessoa natural 
ou jurídica que disponibiliza na internet as 
informações criadas ou desenvolvidas pelos 
provedores de informação, utilizando para 
armazená-las servidores próprios ou os serviços 
de um provedor de hospedagem
É frequente que provedores ofereçam mais de 
uma modalidade de serviço de Internet; daí a 
confusão entre essas diversas modalidades. 
Entretanto, a diferença conceitual subsiste e é 
indispensável à correta imputação da 
responsabilidade inerente a cada serviço 
prestado
Classificação conforme o Superior Tribunal 
de Justiça (STJ) 
A partir do Marco Civil da Internet, em razão 
de suas diferentes responsabilidades e 
atribuições, a jurisprudência do Superior 
Tribunal de Justiça é possível distinguir 
simplesmente duas categorias de provedores: 
(i) os provedores de conexão; e (ii) os 
provedores de aplicação
Provedores de conexão 
Os provedores de conexão são aqueles que 
oferecem “a habilitação de um terminal para 
envio e recebimento de pacotes de dados pela 
internet, mediante a atribuição ou autenticação 
de um endereço IP” (art. 5º, V, MCI)
No Brasil, os provedores de conexão acabam, 
em sua maioria, confundindo-se com os 
próprios prestadores de serviços de 
telecomunicações, que em conjunto detêm a 
esmagadora maioria de participação neste 
mercado.
Provedores de aplicação 
Por sua vez, utilizando as definições 
estabelecidas pelo art. 5º, VII, do Marco Civil 
da Internet, uma “aplicação de internet” é o 
conjunto de funcionalidades que podem ser 
acessadas por meio de um terminal conectado 
à internet. 
Essas funcionalidades podem ser as mais 
diversas possíveis, tais como serviços de e-mail, 
redes social, hospedagem de dados, 
compartilhamento de vídeos, e muitas outras 
ainda a serem inventadas. 
Por consequência, os provedores de aplicação 
são aqueles que, sejam com ou sem fins 
lucrativos, organizam-se para o fornecimento 
dessas funcionalidades na internet.
Decisão do STJ sobre os provedores de 
Internet
RECURSO ESPECIAL Nº 1.193.764 - SP 
(2010/0084512-0)
O PAPEL DA GOVERNANÇA DA INTERNET NA DEFESA DOS 
DIREITOS HUMANOS 
Lançada em 2006, o WikiLeaks é uma organização que obtém 
e divulga na Internet documentos confidenciais de empresas e 
de governos do mundo todo. Julian Assange é o líder e 
fundador do site. 
Em dezembro de 2010, o jovem Mohamed Boauzizi, tunisiano, ateou fogo ao 
próprio corpo em um ato desesperado, devido à ausência de oportunidades 
em seu país para jovens como ele. Iniciou-se aí a chamada Primavera Árabe.
Segundo Castells (2015), os movimentos sociais na 
contemporaneidade apresentam a estrutura social da era da 
informação, com características da sociedade em rede. 
O artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que 
"todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este 
direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, 
receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e 
independentemente de fronteiras.”. 
O princípio fundamental da liberdade da Internet é que o 
gozo dos direitos humanos, para todos os indivíduos, 
também se aplica à Internet (BILDT, 2012). 
Os governos não atuam sozinhos no ambiente online, onde as companhias 
detêm e desenvolvem a maioria dos serviços e tecnologias. Contudo, o principal 
responsável em assegurar a proteção dos direitos humanos é o Estado, que 
deve, ao invés de aumentar a regulamentação da Internet ou criar mais leis, 
garantir que a competição entre as empresas, os direitos humanos e as licenças 
para comercialização sejam adequadamente aplicadas. (SCHAAKE, 2012). 
À medida que se promove a liberdade na Internet, deve-se também 
enfrentar a questão da segurança da Internet. Proteger os fluxos e 
sistemas digitais é a chave para seguir em direção ao sucesso da 
globalização. (BILDT, 2012)
Bildt (2012) afirma que é de suma importância não permitir que 
questões legítimas de segurança crie pretextos para que regimes 
autoritários restrinja as liberdades individuais e os direitos humanos. 
Quanto mais importante se torna a utilização das TICs 
nos países em desenvolvimento, mais importante é 
proteger as liberdades digitais em sentido estrutural. 
Por exemplo, a disponibilização online do orçamento 
e dos gastos do Estado podem reduzir as 
oportunidades para corrupção. (SCHAAKE, 2012).
Por outro lado, segundo Bildt (2012), o fato da governança de a 
Internet ter deixado de lado o controle exclusivo dos governos tem sido 
essencial para seu sucesso. Deve-se questionar o modelo atual da 
governança da Internet e refletir sobre como ele pode ser melhorado. 
Encontrar soluções de como, no mundo em desenvolvimento, 
efetivamente incluir mais usuários da Internet. 
BIBLIOGRAFIA 
BARTKOWIAK, Jaqueline Zandona; FONSECA, Thatiane de Almeida; 
MATTOS, Gabriel Motta; SOUZA, Vitor Henrique do Carmo. A Primavera 
Árabe e as Redes Sociais: o uso das redes sociais nas manifestações da 
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https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/30432/30432.PDF. Acesso em: 20 jul. 
2019 
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UFMG/FUMEC/Dom Helder Câmara, 24., 2015, Florianópolis. Poder, 
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CONPEDI, 2015. 374 p. Disponível em: 
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em: 15 jul. 2019. 
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https://www.marietjeschaake.eu/wp-content/uploads/2012/11/mind_04b
erlin.pdf. Acesso em: 3 nov. 2019
DESINFORMAÇÃO COMO TERRENO FÉRTIL 
Não é possível pensar o fenômeno de circulação de informações falsas sem 
pensar também o ambiente informativo em que este fenômeno se proliferou. 
Moisés de Lemos Martins, Presidente do V Congresso da Associação 
Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM), refere-se a uma crise 
da cultura, de contornos nietzscheanos, advinda do descolamento da ética, 
da verdade e dos fatos. 
A desinformação é um conceito antigo que nasce ligado a projetos militares de 
contrainformação e espionagem, mas extrapola para os meios de comunicação e 
para aparelhos privados e estatais. A desinformação pode estar presente em livros 
de história ou em discursos políticos, em histórias em quadrinhos ou em jornais de 
ampla circulação. O conceito de desinformação de Pascual Serrano que destrincha 
os vários artifícios utilizados em veículos de comunicação é a base para uma 
primeira problematização. Serrano sublinha que “os mecanismos de 
desinformação e manipulação são mais complexos que a mentira grosseira” 
(SERRANO, 2010, p.31). 
A informação que circula hoje nos meios de comunicação tradicionais 
e nas redes digitais parece não ser mais o produto a ser comprado, e 
sim um meio de atração de leitores. 
Alguns dos mecanismos de desinformação são: 
a) O alinhamento aos interesses do poder econômico e do poder 
político nos meios de informação e comunicação;
b) A dificuldade do usuário/leitor de interpretar as origens, fundamentos, 
contextos, funcionamentos e motivações das informações e fatos;
c) O apartamento da ética de maneira geral; 
d) A elaboração da maioria das notícias que circulam nos meios de 
comunicação hegemônicos e nas redes sociais de forma resumida, sem 
crítica, sem contraste; 
e) A manipulação do silenciamento, frivolização, desvio de atenção, etc.;
f) O excesso de informação; 
g) O excesso de comoção; 
h) A interpretação e visão de mundo que já vêm prontas; 
i) O tratamento desigual das garantias democráticas,; 
j) A produção e disseminação de informações sem contexto nem antecedentes; 
k) A definição de hierarquias pré-estabelecidas; 
l) A fetichização do imagético.
Concordando com Serrano (2010), entendemos que aos indivíduos é 
ofertada uma concepção de mundo maniqueísta de bem/mal, branco/preto, 
certo/errado, de informações sem matizes. 
 FAKE NEWS
A definição de fake news que utilizaremos aqui, baseada em artigo de Allcott 
e Gentzkow (2017, p.213), é a de sinais distorcidos e desconectados da 
verdade, que dificultam a visão da verdade ou do estado verdadeiro do 
mundo. 
No entanto, o termo fake news tem sido utilizado de maneira abrangente, de 
forma a esbarrar no significado de desinformação. A significância fixada na 
descrição acima permite categorizar melhor as fake news bem como pensar 
criticamente os outros tipos de informação que são compartilhados.
As polarizações em torno das ideologias também proporcionam um terreno fértil 
para as fake news, uma vez que cada lado, revestido de sentimentos negativos em 
relação ao “oponente”, tende a acreditar mais facilmente em informações falsas 
sobre o outro. Os algoritmos ajudam nesse sentido, bem como os bots, 
aproveitando-se da bolha informacional em que o usuário se encontra. 
Existem, pelo menos, duas motivações para a fabricação e circulação 
de fake news. Em primeiro lugar, fake news são um negócio lucrativo. 
A segunda motivação é ideológica. Pessoas que acreditam em uma 
determinada ideologia e querem atrapalhar, humilhar, desacreditar etc. o 
“outro lado”, “ajudando” assim o “seu lado”. 
REFERÊNCIAS 
ALLCOTT, H.; GENTZKOW, M. Social media and fake news in the 2016 
election. Journal of Economic Perspectives, 31(2), 211-36. 2017. 
BAUDRILLARD, Jean. Televisão/Revolução: O Caso Romênia. In: 
PARENTE, A. (Org.). Imagemmáquina: a era das tecnologias do virtual. Rio 
de Janeiro, 1993. 
BELLUZZO, R. C. B. Competências na era digital: desafios tangíveis para 
bibliotecários e educadores. Educação Temática Digital, 6 (2), 30. 2005. 
BEZERRA, Arthur Coelho; SCHNEIDER, Marco; BRISOLA, Anna Cristina. 
Pensamento reflexivo e gosto informacional: disposições para competência 
crítica em informação. Informação & sociedade: estudos, João Pessoa, v.27, 
n.1, p. 7-16, jan./abr. 2017.
Obrigado
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