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<p>AO JUÍZO DE DIREITO DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE TRÊS PASSOS/RS</p><p>Processo nº</p><p>Rodrigo Salgueiro, já qualificado nos autos da ação penal em epígrafe, por intermédio de sua advogada subscrita, conforme procuração em anexo, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência interpor</p><p>RECURSO EM SENTIDO ESTRITO</p><p>Com fundamento no art. 581, inciso IV, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas.</p><p>Neste   sentido, requer   que   seja   recebido   o   presente   recurso   e   que   seja admitido o juízo de retratação, previsto no art. 589 do Código de Processo Penal. Caso não seja o caso de retratação, requer que sejam remetidos os autos para o julgamento da presente medida perante o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, já com as razões inclusas.</p><p>Termos em que,</p><p>Pede deferimento.</p><p>Três Passos, 16 de setembro de 2024.</p><p>Advogado</p><p>OAB/RS 00000</p><p>EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL</p><p>RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO</p><p>Processo no</p><p>Recorrente: Rodrigo Salgueiro</p><p>Recorrido: Ministério Público</p><p>Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul</p><p>Colenda Câmara Criminal</p><p>Nobres Desembargadores</p><p>Em que pese o notório saber jurídico do Juízo a quo, não merece prosperar a referida decisão, sendo imperiosa a reforma por este Tribunal ad quem, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:</p><p>I.             DOS FATOS</p><p>Rodrigo foi denunciado pelo crime de homicídio simples consumado, com a causa de aumento prevista na primeira parte do Art. 121, § 4º, do CP, perante o Tribunal do Júri da Comarca de Três Passos. Ocorre que, no dia dos fatos, câmeras de segurança registraram o momento em que uma pessoa desconhecida, de maneira furtiva, teria colocado substâncias entorpecentes em sua bebida, o que teria causado uma embriaguez completa. Rodrigo, em razão disso, sem motivação, teria desferido um soco na barriga de João, empurrando-o em seguida apenas para que, dele, se afastasse, nem mesmo percebendo que a vítima estaria com uma garrafa de cerveja nas mãos. Este fato, no entanto, foi o suficiente para ocasionar a morte de João. Assim, devido ao descontrole, Rodrigo fora encaminhado para o hospital, visto que estava bastante alterado, no qual, recebeu laudo comprobatório de sua ingestão de entorpecente desconhecido.</p><p>II. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS</p><p>A)           DA NULIDADE POR INFRINGÊNCIA AO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA</p><p>De acordo com o art. 411 do Código de Processo Penal:</p><p>Art. 411. Na audiência de instrução, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se   possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, bem como os esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao   reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se o debate.</p><p>Ocorre que, conforme análise, as testemunhas de defesa foram ouvidas antes das testemunhas de acusação. Isto pois, os policiais estavam atrasados e para adiantar a audiência, o magistrado inverteu a ordem prevista em lei. Assim, ocorreu prejuízo para o réu, visto que as testemunhas de defesa responderam a indagações produzidas sem que elas soubessem o teor da declaração das testemunhas de acusação. Dito isto, há prejuízo no exercício da ampla defesa e contraditório, conforme art. 5º, inc. LV da Constituição, justificando o reconhecimento da nulidade de todos os atos processuais praticados a partir da audiência.</p><p>B)           DA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA</p><p>De acordo com laudo apresentado anteriormente, nota-se que o réu, de fato, encontrava-se em completo estado de embriaguez em razão de substância entorpecente inserida em sua bebida sem que fosse de seu conhecimento. Assim, de acordo com o art. 28, §1º do Código Penal, a situação em si tornaria o agente isento da pena, visto que a incapacidade de entender o caráter ilícito do fato. Então, restaria a absolvição com fundamento no art. 415, inc. IV, do Código de Processo Penal.</p><p>C)          DESCLASSIFICAÇÃO DO CRIME IMPUTADO</p><p>Ainda, caso a absolvição sumária não seja acatada. Cabe ressaltar que, caso reconhecida a imputabilidade de Rodrigo, o crime deverá ser desclassificado com base no art. 419 do Código de Processo Penal. Isto, pois, o réu não pretendia tal resultado e nem o aceitava, isto é, não há o que se falar em dolo eventual. Ocorreu a intenção, mesmo que afetada por agentes externos no momento, de empurrar e desferir o soco, o que caracteriza como o crime de lesão corporal (art. 129 do Código Penal). Com relação ao resultado alcançado com as atitudes de Rodrigo, há apenas “culpa”. Ou seja, não é doloso contra a vida, sendo lesão seguida de morte.</p><p>D) AFASTAMENTO DA CAUSA DE AUMENTO</p><p>Prevê o Art. 121, § 4º, do CP, que a pena será aumentada em 1/3 se o agente deixar de prestar imediato socorro à vítima. Todavia, tal causa de aumento somente seria aplicável quando for imputado o crime de homicídio CULPOSO. No caso, o Ministério Público denunciou e o juiz pronunciou Rodrigo por crime de homicídio doloso, tanto assim que o procedimento foi perante o Tribunal do Júri, logo inaplicável a causa de aumento.</p><p>III. DOS PEDIDOS</p><p>Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência:</p><p>A) ser reconhecida a nulidade dos atos praticados desde a audiência de instrução e julgamento;</p><p>B)    a absolvição sumária, com fundamento no Art. 415, inciso IV, do CPP; b) a absolvição sumária, com fundamento no Art. 415, inciso IV, do CPP</p><p>C)     desclassificação, nos termos do Art. 419 do CPP;</p><p>D)   afastamento da causa de aumento prevista no Art. 121, § 4º, do CP.</p><p>Termos em que,</p><p>Pede deferimento.</p><p>Três Passos, 16 de setembro de 2024.</p><p>Advogado</p><p>OAB 00000</p>

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