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FISIOLOGIA DE PLANTAS FORRAGEIRAS INTRODUÇÃO Prof. Dr. Paulo Alexande Monteiro de Figueiredo 1º Semestre de 2013 INTRODUÇÃO - FISIOLOGIA: definição: Estudo dos mecanismos de controle e regulação dos processos vitais - IMPORTÂNCIA - Estabelecer o manejo mais apropriado para garantir a germinação, brota, rebrota e crescimento. - MANEJO DILEMA - Plantas devem possuir área foliar para fotossíntese ? - Animais devem consumir área foliar para obtenção de nutrientes? - Até quando deve se dar o pastejo ? INTRODUÇÃO • CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO • Conhecimentos dos processos internos • Transformações bioquímicas e metabólicas • Níveis • Celular • Indivíduo • Conhecimentos básicos • Citologia • Anatomia • Bioquímica • Crescimento • Desenvolvimento INTRODUÇÃO • Utilização • Adubação • Espaçamento • Manipulação genética • Outros • Fenômenos • Absorção de água • Fotossíntese • Respiração • Nutrição mineral CRESCIMENTO POPULACIONAL X PRODUÇÃO DE ALIMENTOS - PRODUÇÃO AGRÍCOLA - NOVOS CONHECIMENTOS - TÉCNICAS DE CULTIVO - FENÓTIPO: - GENÓTIPO + MEIO AMBIENTE - AMBIENTE = CONJUNTO DAS CONDIÇÕES QUE CERCAM O SER VIVO, COMPOSTO POR COMPONENTES INTERNOS E EXTERNOS - CINÉTICA DO CRESCIMENTO VEGETAL: 1. RESERVAS DA SEMENTE 2. CRESCIMENTO LENTO 3. ESTABELECIMENTO 4. RÁPIDO CRESCIMENTO = UTILIZAÇÃO DO SUBSTRATO 5. INTENSA ATIVIDADE FOTOSSINTÉTICA 6. REPRODUÇÃO 7. SENESCÊNCIA - PLANTAS ANUAIS: - GERMINAÇÃO – 10% - EMERGÊNCIA – 6% - CRESCIMENTO – 51% - REPRODUÇÃO – 15% - MATURAÇÃO – 8% - SENESCÊNCIA – 10% - CONTROLE DO CRESCIMENTO: - INTRACELULAR = TOTIPOTÊNCIA - INTERCELULAR = REAÇÕES DO INDIVÍDUO - EXTRACELULAR = AMBIENTAL - PRAGAS - DOENÇAS - DANINHAS - VENTO - TEMPERATURA; LUZ; UMIDADE CONSTITUIÇÃO DOS SERES VIVOS - 80 a 90% da MS : C, H, O, N - 65 % de água VIDA E FLUXO DE ENERGIA - Fonte primária de energia: radiação solar Radiação Plantas Energia química Consumidores Seres Autotróficos - energia solar + atmosfera + solo Seres Heterotróficos : consumo dos autotróficos - animais e microorganismos FLUXO DE ENERGIA ENERGIA SOLAR ENERGIA QUÍMICA CONSUMIDORES DECOMPOSITORES CARNÍVOROS CADEIA ALIMENTAR DOS DETRITOS CADEIA ALIMENTAR DE PASTEJO CO2 + CO2 Atmosférico METABOLISMO -TIPOS: - CATABOLISMO - ANABOLISMO -FENÔMENOS VITAIS -FOTOSSÍNTESE -RESPIRAÇÃO -FOTORRESPIRAÇÃO CRESCIMENTO DAS PLANTAS FORRAGEIRAS GERMINAÇÃO - raízes + parte aérea - Raízes - absorção de nutrientes - Parte aérea - fotossíntese - Fase Vegetativa - folhas jovens/senescentes - Fase Reprodutiva - florescimento REBROTA - corte ou pastejo - Intensidade da desfolha - Área foliar remanescente Crescimento de uma planta forrageira ao longo do tempo A B0 TEMPO C FATORES QUE INTERFEREM NO CRESCIMENTO - Fixação de CO2 - ÍNDICE DE ÁREA FOLIAR - m2 de folha / m2 de solo Quanto > IAF > a interceptação da luz solar. - IAF ótimo = taxa de crescimento é máxima ? - Qual o ponto ótimo para pastejo? - Difícil aplicação na prática altura de pastejo - importante é a preocupação com a área foliar remanescente (AFR) * FATORES AMBIENTAIS Crescimento = divisão celular + expansão Temperatura - afeta atividade enzimática - 20ºC a 30ºC em média Qualidade da luz - dias claros x dias encobertos Água - afeta expansão celular - deficit hídrico - encharcamento do solo Nutrientes RESERVAS ORGÂNICAS E ÁREA FOLIAR REMANESCENTE (AFR) DEPENDEM: - Época de corte/estádio - estação do ano, estádio vegetativo ou reprodutivo - Intensidade de Corte - Freqüência de corte - Temperatura - Taxa de respiração - Água - Aplicação de Nitrogênio – importância ? ÁREA FOLIAR REMANESCENTE (AFR) Determina a capacidade fotossintética e a mobilização de nutrientes (reservas) - Boa AFR < uso de reservas - < AFR determina > intervalo entre cortes, em função da demora na recuperação MANEJO : IMPORTANTE CONCILIAR AFR COM RESERVAS INTERAÇÕES ENTRE OS FATORES - Aplicação de N pode mudar relação de crescimento - Plantas anuais x perenes Anuais- reservas - AFR mais importante Perenes- reservas - AFR menos importante - AFR e meristema apical CARACTERÍSTICAS DA DESFOLHAÇÃO Remoção de qualquer parte da planta = Distúrbios a) Freqüência de corte: intervalo de tempo entre sucessivas desfoliações b) Intensidade de corte: proporção e estado fisiológico do material a ser removido c) Época de corte: fase de desenvolvimento e estação do ano em que a planta é cortada - determina o impacto na pastagem “Com a remoção de tecidos meristemáticos, a rebrota é mais lenta, em função do desenvolvimento das gemas axilares e basais = estado de severidade” “A redução na absorção de nutrientes e água é proporcional à intensidade de desfolhação” EFEITOS NA ALOCAÇÃO DE FOTOSSINTATOS Imediatamente após o corte, é reduzido o fornecimento de fotossintatos para as raízes desviando-os para as regiões de maior demanda, que são meristemas e gemas, até que haja o restabelecimento do aparato fotossintético PROCESSOS QUE ATUAM NA REBROTA - Fase mais lenta após desfolha - reajuste na atividade fisiológica - pode levar semanas. A planta busca restabelecer o balanço positivo de carbono; - RECUPERAÇÃO DO APARATO FOTOSSINTÉTICO - Fundamental a manutenção dos meristemas apicais - garantem aparecimento de folhas novas, mais eficientes. ALGUMAS CAUSAS DA BAIXA PRODUTIVIDADE NOS PASTOS 1) DESCONHECIMENTO DO PASTOREIO RACIONAL; 2) AGRESSÃO À MESO E MICROVIDA DO SOLO COM ARAÇÕES, GRADEAÇÕES E OUTRAS; 3) USO INDEVIDO DE ADUBOS MINERAIS E AGROTÓXICOS; 4) DESCONHECIMENTO DA ECOLOGIA DINÂMICA DOS PASTOS; 5) FALTA DE RESPEITO ÀS RESERVAS DAS PLANTAS, BEM COMO DE SUAS PARTICULARIDADES HORMONAIS; 6) POUCA CONSIDERAÇÃO EM RELAÇÃO À IRREGULARIDADE DO CLIMA; 7) DESCONHECIMENTO DA PREFERÊNCIA DOS ANIMAIS; 8) FALTA DO USO OPORTUNO DE ROÇADEIRAS; 9) FALTA DE INSTALAÇÕES COM DISPONIBILIDADE DE ÁGUA; 10) DESRESPEITO À CARGA EFETIVA DE ANIMAIS POR ÁREA. CONSIDERAÇÕES FINAIS DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO AULA 1 CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO Célula: menor unidade estrutural e funcional dos seres vivos Tipos: procariota eucariota - Parede celular: - Envolve externamente a célula - Microfibrilas de celulose, hemicelulose e pectinas - Confere forma e estrutura à célula - Membrana plasmática: - Internamente à PC - Envolve o citoplasma - Mosaico fluido EUCARIOTA EUCARIOTA - Citoplasma: - Núcleo e organelas - Água + substâncias orgânicas e inorgânicas - Citosol = onde estão as organelas - Vacúolo - Membrana tonoplasto - pH = 5,0 EUCARIOTA - Plastídeos - FS - Autoduplicação - Pigmentos – carotenos, clorofilas e outros - Cromoplastos - Leucoplastos - amiloplastos EUCARIOTA - Microcorpos - Peroxissomos = Fotorrespiração - Glioxissomos = Oxidação de ácidos graxos - Citoesqueleto - Elementos proteicos - Microtúbulos e microfilamentos - Arranjos diversos - Responsáveis por movimentos citoplasmáticos - Reorganizam envoltório nuclear EUCARIOTA - Retículo endosplamático - Canais - Armazenamento e transporte - Tipos - RE liso - RE rugoso - Complexo de Golgi - Dictiossomos - Sáculos e vesículas achatadas - Produção e secreçãoEUCARIOTA - Mitocôndrias - Respiração celular - Produção de ATP - Genoma próprio e autoduplicação - Ribossomos - RNAr - Sítios de acoplamento - Tradução - Núcleo - DNA - Controle celular - transcrição EUCARIOTA - Parede celular - Transporte e secreção de substâncias - Sofre alterações em função do meio - Nunca sofre com a pressão de turgescência - Tipos: - 1ª - Cadeias de glicose - Formados no RE - 2ª - Grande presença de lignina – 35% do material seco - Grande resistência mecânica - Forma de “desintoxicação” - Presença de cutina e suberina - Lamela média – elemento cimentante EUCARIOTA - Membranas - 50% de proteínas - Integrais - Periféricas - Características hidrofílicas e hidrofóbicas - Transportes: - Difusão - Difusão facilitada - Osmose - Transporte ativo - Fagocitose / Pinocitose / Clasmocitose TIPOS DE CRESCIMENTO 1º - Primário - longitudinal 2º - Secundário - espessura - APICAL - MAC - MAR - expansão de pêlos - rizóides - tubos polínicos - DIFUSO - uniforme em diversas direções - ex: folhas - MORFOGÊNESE - ORGANOGÊNESE - EMBRIOGÊNESE - GERMINAÇÃO - Absorção de água - crescimento dos MAC e MAR - dermatogênio - periblema - pleroma - Formação de: - raízes - caules - folhas - flores - frutos - sementes CONSIDERAÇÕES FINAIS *GERMINAÇÃO, DOMINÂNCIA APICAL E TROPISMOS GERMINAÇÃO DE SEMENTES - Germinação: - Série de acontecimentos metabólicos - Transformação de embrião em plântula - Sinais ambientais e endógenos - Alterações fisiológicas - Retomada de crescimento do embrião - Gasto de energia = respiração GERMINAÇÃO DE SEMENTES - Semente madura: - 10 a 20 % de umidade - Baixa atividade metabólica - Absorção de água = aumento de volume - Rompimento dos tegumentos - Crescimento da radícula - Eixo embrionário é estimulado por hormônios GERMINAÇÃO DE SEMENTES - Síntese proteica - Transcrição e tradução - 1º - radícula = absorção de nutrientes - 2º - caulículo = área fotossintética - Tipos de germinação - Hipógea = cotilédones abaixo do solo - Epígea = cotilédones acima do solo Germinação epígea: Feijão-de-corda; Mamona; Cebola; Rabanete Germinação hipógea: Milho e Sorgo GERMINAÇÃO DE SEMENTES - Aspectos Fisiológicos: - 3 estágios: - A) EMBEBIÇÃO - GANHO DE ÁGUA POR PROCESSOS FÍSICOS - B) HIDRÓLISE E DEGRADAÇÃO DE RESERVAS - ELEVAÇÃO DA TAXA RESPIRATÓRIA - C) ANABOLISMO E CATABOLISMO - REAÇÕES DE SÍNTESE E DEGRADAÇÃO FATORES QUE AFETAM O PROCESSO GERMINATIVO - ÁGUA - Extremamente importante - Limitante para o cultivo - Reações de hidrólise - Meio de reações químicas FATORES QUE AFETAM O PROCESSO GERMINATIVO - TEMPERATURA - Faixas limites entre 5 e 35 0C - Influencia na absorção de água e nutrientes - Afeta a % de germinação; velocidade de germinação e uniformidade - Temperaturas elevadas - estresse térmico - perda de viabilidade ou dormência - Diminuição da síntese proteica - Desnaturação proteica - Temperaturas baixas - Diminuição do metabolismo - Dormência FATORES QUE AFETAM O PROCESSO GERMINATIVO - GASES - Trocas intensas de O2 e CO2 - Normal entre 21,00% de O2 e 0,33% de CO2 - Gramíneas (Poaceas) possuem tegumentos, como pericarpo, que dificultam a entrada de gases. - Teor de CO2 aumentado atrapalha a germinação - o meio torna-se ácido FATORES QUE AFETAM O PROCESSO GERMINATIVO - LUZ - Fotoblásticas negativas – germinam melhor no escuro - Fotoblásticas positivas – germinam melhor no claro - Fotoblásticas neutras – germinam nas duas condições - Base do fenômeno = fitocromo - FP = luz pode ser substituída por GA3 FATORES QUE AFETAM O PROCESSO GERMINATIVO - BANCO DE SEMENTES NO SOLO - Regeneração de vegetações a) “Chuva de sementes” – dispersões b) Sementes “armazenadas” no solo c) Banco de plântulas contidas no “sub-bosque” d) Plantas antigas e dominantes e) Rebrota FATORES QUE AFETAM O PROCESSO GERMINATIVO - DISPERSÃO DE SEMENTES - Zoocoria - Endozoocóricas – comidas pelos animais - Epizoocóricas – aderência à pele dos animais - Sinzoocóricas – armazenamento pelo animal durante inverno - Anemocoria - Meteoranemocóricas – baixo peso - Chamaecóricas – forma globular que gira pelo solo - Balísticos – planta com mecanismo ejetor - Hidrocoria - Autocoria - Plantas deiscentes FATORES QUE AFETAM O PROCESSO GERMINATIVO - QUEBRA DE DORMÊNCIA - Luz - Temperatura - Luz e temperatura - Fogo - Hormônios - Abrasão - Ácidos FATORES QUE AFETAM O PROCESSO GERMINATIVO - CONTRA A PREDAÇÃO DE SEMENTES - Estratégias de defesa - Dureza do pericarpo - Espinhos - Toxinas - Palatabilidade - Teor de lignina - Tamanho FATORES QUE AFETAM O PROCESSO GERMINATIVO - DORMÊNCIA E EMERGÊNCIA DE GEMAS - Dormência – plântula não emerge devido as condições endógenas - Quiescência – plântula não emerge devido as condições do ambiente - Teor de Ácido Abscísico - geralmente sintetizado no final do verão - Inverno = alta concentração de ABA - Efeitos da alteração de ABA na membrana plasmática - Perda de cátions K+ - Alteração na transcrição - Inibição de síntese proteica DOMINÂNCIA APICAL - CONTROLE DO CRESCIMENTO DE GEMAS LATERAIS - ELIMINAÇÃO PELA REMOÇÃO DAS GEMAS APICAIS - AUXINA = MAIOR CONCENTRAÇÃO NA PARTE AÉREA - CITOCININA = MAIOR CONCENTRAÇÃO NA RAIZ - AUXINAS = MOVIMENTO BASÍPETO - MOVIMENTO É FAVORECIDO PELA RESPIRAÇÃO - EX: 2,4-D INTERFERE NA RS = DIMINUI AÇÃO HORMONAL E PROVOCA MORTE DO VEGETAL TROPISMOS - HORMÔNIOS PROVOCAM MUDANÇAS NOS ÓRGÃOS, AO NÍVEL CELULAR, EM RELAÇÃO À: - EXTENSIBILIDADE DA PAREDE - PERMEABILIDADE PARA ÁGUA - ALTERAÇÃO NO POTENCIAL OSMÓTICO CAULE RAIZ AIA NO CAULE = [ ] ESTIMULA CRESCIMENTO AIA NA RAIZ = [ ] INIBE CRESCIMENTO RAIZ CAULE CONSIDERAÇÕES FINAIS RELAÇÕES HÍDRICAS AULA 3 CAPÍTULO 3 RELAÇÕES HÍDRICAS - Globo terrestre: - 97,3% de água salgada - 2,7 % de água doce - 2% gelo, neve, icebergs ou polos - 0,6% subterrânea - 0,1% aproveitável pelas plantas Importância da água - Reagentes e produto da FS - Fonte de elétrons - Produção de NADPH - Reações de hidrólise - Meio de transporte de substâncias - Afeta o crescimento e divisão celular - Turgesgência das raízes - Afeta a forma e estrutura do solo - Abertura e fechamento dos estômatos - Produto final da RS aeróbia - Efeito de resfriamento - Afeta os movimentos das estruturas foliares POTENCIAIS DE ÁGUA NOS VEGETAIS - Potencial químico da água = energia livre por mol = capacidade das moléculas de água em executar um trabalho ou movimento - 1 bar = 0,987 atm = 105 Pa = 105dinas/cm2 = 102J/kg POTENCIAIS DE ÁGUA NOS VEGETAIS - Potencial químico da água = energia livre por mol = capacidade das moléculas de água em executar um trabalho ou movimento - Potencial de água = significa a diferença de energia química entre a água em determinado ponto e a água pura nas condições padrão - Água pura é “livre” e com grande movimentação - Movimento da água ocorre de uma região de ALTO POTENCIAL (P) para BAIXOPOTENCIAL (P) - P = Ma – Moa onde: - P = Potencial da água - Ma = potencial químico da água em um determinado sistema - Moa = potencial químico da água pura - Geralmente resultado final NEGATIVO POTENCIAIS DE ÁGUA NOS VEGETAIS - EM UMA CÉLULA VEGETAL: - P = Po + Pm + Pp + Pg onde: - P = potencial da água total - Po = potencial osmótico em função da [ ] vacuolar - Pm = potencial mátrico em função das forças de atração e capilaridade - Pp = potencial de pressão em função da turgescência da célula - Pg = potencial gravitacional POTENCIAIS DE ÁGUA NOS VEGETAIS - Potencial Osmótico refere-se ao nível de energia das moléculas em uma solução - É inversamente proporcional à concentração de solutos - Quanto maior a [ ] de solutos - menor é o Po A ÁGUA NO SOLO Potencial de água no solo depende de componentes que contribuem para torná-lo NEGATIVO A ÁGUA NO SOLO A água tende a se deslocar para pontos com P mais negativo, a fim de atingir o equilíbrio A ÁGUA NO SOLO “Capacidade de Campo” de um solo é a quantidade de água retida no solo após uma irrigação ou chuva abundante, seguida de uma drenagem sem impedimento “-0,5 atm” A ÁGUA NO SOLO “Ponto de Murcha Permanente” é a quantidade de água remanescente no solo quando as raízes não conseguem mais retirar água do mesmo, em quantidade para repor a transpiração “-15 atm” A ÁGUA NO SOLO A chuva ou irrigação contribuem para aumentar a quantidade de água no solo e tornar o Pm (Potencial mátrico – forças de capilaridade) próximo de zero, mas ainda assim um pouco negativo A ÁGUA NA RAIZ - Raiz: - Grande superfície de absorção - Células e tecidos em contato com a solução do solo - Raízes jovens = pelos atuantes - Raízes velhas = epiderme + córtex substituídos pelo súber RELAÇÕES HÍDRICAS NAS CÉLULAS - Suco vacuolar – concentrado em solutos - Po = sempre negativo = -0,5 à -0,3 - Água penetrando na célula - provoca a Pressão de Turgescência Pt ou Pp = Potencial de Pressão - Em turgescência = Po = Pt - DPD = Po – Pt - Se Po = Pt então DPD = 0 - Célula encontra-se completamente túrgida - Se Pt=0 então DPD = Po - Célula encontra-se completamente flácida TRANSPORTE DE ÁGUA NA PLANTA “A causa fundamental do movimento de água na planta é a diferença entre o potencial de vapor d’água na atmosfera ao redor das folhas e o potencial de água no solo” RELAÇÕES HÍDRICAS NAS CÉLULAS - O fluxo é causado pela diminuição de potencial de água nas folhas - Luz = Abertura estomática - Transpiração = perda de água na forma de vapor ENTRADA E SÁIDA DE ÁGUA NAS PLANTAS - Vias apoplásticas e/ou simplásticas - Espaços intercelulares e paredes celulares - Xilema - Estômatos = transpiração - Hidatódios = gutação - Estômatos = 80-90% da perda - Ttotal = Testomatar + Tcuticular - Exemplo: - Árvore de grande porte - 10 metros de altura - 26000 folhas com superfície de 390 m2 - Transpiração média = 1g/dm2/hora = perda de 390 Kg de água em 10 horas TRATAMENTO QUÍMICO PARA DIMINUIR A TRANSPIRAÇÃO VEGETAL a) Aplicação de produtos químicos – oxietileno docosanol ou polissulfeto de polietileno - para a formação de uma película no limbo foliar b) Silicato de alumínio (caulim) formando uma superfície refletora para abaixar a temperatura e diminuir a transpiração c) Inibidores metabólicos (Atrazine) para abaixar a atividade e abertura estomática ESTÔMATOS - TROCAS DE: - CO2 - OXIGÊNIO - VAPOR D’ÁGUA REGULAÇÃO DOS MOVIMENTOS ESTOMÁTICOS PELO AMBIENTE MOVIMENTOS ESTOMÁTICOS - Luz: - COM LUZ = estômatos abertos - SEM LUZ = estômatos fechados - Presença de luz = [ ] de CO2 diminui - Luz azul é mais eficiente que a luz vermelha - Plantas CAM abrem estômatos à noite MOVIMENTOS ESTOMÁTICOS - GÁS CARBÔNICO - CO2: - Aumento [ ] CO2 = fechamento de estômatos - Diminuição [ ] CO2 = abertura de estômatos - Ambiente – cerca de 0,03% de CO2 MOVIMENTOS ESTOMÁTICOS - TEMPERATURA: - Muito baixas (0 a 10oC) ou muito altas (>30oC) - estômatos se fecham - Em altas temperaturas ocorrem: - Perda de umidade - Aumento da RS – consequente aumento da [ ] de gás carbônico MOVIMENTOS ESTOMÁTICOS - TEOR DE ÁGUA NA FOLHA: - Muita água = estômatos abertos - Pouca água = fecha estômatos “O que importa é o teor de água nas células anexas e nas células guardas” MOVIMENTOS ESTOMÁTICOS - Abertura Estomática: - > FS < RS – diminui quantidade de CO2 - Diminuição de ácidos orgânicos – ácido carbônico - Protoplasma fica mais alcalino - Fosforilase transforma amido em glicose - Glicose = SOA - SOA = Soluto Osmoticamente Ativo - Entrada de K nas células guardas vindo das células anexas - Saída de H das células guardas para as células anexas - Entrada de água vinda das células anexas para as células guardas - Turgescência das células guardas - Afastamento de paredes celulares na região do ostíolo - Abertura dos estômatos MOVIMENTOS ESTOMÁTICOS - Fechamento Estomático: - > RS < FS – aumenta quantidade de CO2 - Aumento de ácidos orgânicos – ácido carbônico - Protoplasma fica mais ácido - Fosforilase transforma glicose em amido - Amido = SONA - SONA = Soluto Osmoticamente Não Ativo - Saída de K das células guardas para as células anexas - Entrada de H nas células guardas vindo das células anexas - Saída de água das células guardas para as células anexas - Plasmólise das células guardas - Encontro de paredes celulares na região do ostíolo - Fechamento dos estômatos MOVIMENTOS ESTOMÁTICOS - DÉFICIT HÍDRICO: - Aumento do teor de ácido abscísico - Reduz a concentração de citocininas - Promove o fechamento dos estômatos - ABA impede a absorção de K e impede a expulsão de H das células guardas - Não saindo H – meio torna-se ácido - Meio ácido = fechamento estomático CONSIDERAÇÕES FINAIS NUTRIÇÃO MINERAL DE PLANTAS RELAÇÃO SOLO PLANTA - Nutrientes - absorção pelas raízes - translocação pelas plantas - Fungos e bactérias = agentes reciclantes - Mineralização = transformação CARACTERÍSTICAS DO SOLO - Material complexo e com diversas origens - Horizontes - A = biogênico - Geralmente com: - 50% poros - 25% ar - 25% água - 50% sólidos - 45% minerais - 5% material orgânico CARACTERÍSTICAS DO SOLO - Propriedades Físicas - Importantes na retenção de água - Fundamentais: - Textura = distribuição de partículas quanto ao tamanho - Estrutura = arranjos com macro e microporos CARACTERÍSTICAS DO SOLO - Fase sólida do solo - Reserva de nutrientes - Argila, silte e areia - CTC – capacidade de troca catiônica - Ânions – presentes na solução do solo CARACTERÍSTICAS DO SOLO - Fase líquida do solo - Solução do solo - Raízes – absorção de ânions e cátions - Menor [ ] água – maior [ ] íons IMPORTÂNCIA E PARTICULARIDADES MACRONUTRIENTES - 1os - N, P, K, - 2os - Ca, Mg, S MICRONUTRIENTES - B, Zn, Na, Mn, Mo, Ni, Cl, Si… C, H, O N, P, K, Ca, Mg, S Cl, B, Cu, Fe, Mn, Zn, Mo, Ni Ni, Na, Co, Si, Se “A DIFERENÇA ENTRE OS MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES ESTÁ NA QUANTIDADE. ENQUANTO, GERALMENTE, OS MACRONUTRIENTES SÃO EXIGIDOSEM Kg POR HECTARE, OS MICRONUTRIENTES SÃO EXIGIDOS EM g POR HECTARE” Baixos teores minerais Necessidade de suplementação CLASSIFICAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO - Depende das forças de retenção - Classificação: - água capilar: fica após a drenagem natural, chegando à CC-Capacidade de Campo - água higroscópica: não pode ser usada pelas plantas devido a grande força de retenção, levando ao PMP - Ponto de Murcha Permanente - água disponível: diferença entre CC e PMP FATORES QUE INFLUENCIAM NA ABSORÇÃO DE ÁGUA - TRANSPIRAÇÃO - DISPONIBILIDADE DE ÁGUA NO SOLO - CONCENTRAÇÃO SALINA - TEMPERATURA DO SOLO - AERAÇÃO DO SOLO - EFICIÊNCIA RADICULAR FASE GASOSA DO SOLO - GASES SÃO DISSOLVIDOS NA SOLUÇÃO DO SOLO - OXIGÊNIO – ESSENCIAL PARA A RESPIRAÇÃO DAS RAÍZES - NITROGÊNIO – MUITO ABUNDANTE NO ESPAÇO POROSO DO SOLO FASE BIOLÓGICA DO SOLO - PLANTAS - QUILÔMETROS DE RAÍZES - PRESENÇA DE MICRORGANISMOS - PRESENÇA DE MICORRIZAS = AUMENTO DA SUPERFÍCIE DE CONTATO - RAÍZES: - PIVOTANTES - FASCICULADO - FASE BIOLÓGICA É ESSENCIAL PARA A CICLAGEM DE NUTRIENTES Transporte de nutrientes até xilema Consumo de nutrientes pelas plantas Macros orgânicos: C (42%), O (44%), H (6%) Macros minerais: N (2%), P (0,4%), K (2,5 %) Ca (1,3%), Mg (0,4%), S (0,4%) Micros minerais: Cl, B, Cu, Fe, Mn, Zn, Mo (1%) Baixos teores minerais Necessidade de suplementação • QP = Quantidade a produzir • QE = Quantidade Extraída x Exportada • VA = Via de aplicação • QF = Qualidade do fertilizantes • QS = Quanto tem no solo • DN = Disponibilidade do nutriente • UR = Uso de reservas • P = Perdas • AS = Agentes simbióticos • f = Eficiência do fertilizante Volatilização Fixação Lixiviação Erosão Micorrizas Ryzobium B. nitrificantes etc. • Conservação do Solo • Uso Sustentável • Nutrição de Plantas • Fertilidade do Solo • Fertilizantes • Agentes Simbióticos • Relação solo/planta • etc. Nutriente Interceptação Fluxo de massa Difusão N 2 168 0 P 1 2 33 K 4 35 136 Ca 60 150 0 Mg 15 100 0 S 1 19 0 B 0,02 0,7 0 Cu 0,01 0,4 0 Fe 0,2 1 0,7 Mn 0,1 0,4 0 Mo 0,001 0,02 0 Zn 0,1 0,1 0,1 Quantidades de nutrientes (kg ha-1) necessárias para produção de 9 t de milho por hectare. (Malavolta, 1980) Nutriente essencial Nutriente Elemento essencial Elemento X Um elemento químico considerado essencial às plantas • Sua deficiência impede o completo ciclo de vida • Não pode ser substituido • Participe diretamente do metabolismo da planta • Estrutural (Composto Orgânico) • Estrutural (Enzima) • Ativador Enzimático Comp. orgânico Enzima Enzima M M M Grupo prostético Estrutural Ativador - Estrutura de aa, proteínas, enzimas vitaminas, pigmentos - FS, respiração, multiplicação, herança - Def: clorose parte velha - Estrutura de ácidos nucléicos, nucleotídeos, fosfolipídios - FS, transp. Cel., respiração, multiplicação, herança, FBN, síntese prot. - Def: roxeamento nas pontas e margens de folhas expostas - Não participa de estruturas orgânicas - Transporte, abertura estômatos, ativador enzimático - Def: clorose seguida de necrose - pontas e bordas folhas - Estrutura de pectato, carbonato, calmodulinas - ATPase, amilase, estrutura parede, ativador enzimas - Def: morte ponteiros, clorose e deformação bordas folhas - Estrutura de clorofila - FS, respiração, ativador enzimas - Def: perda de clorofila folhas + velhas, clorose internerval - Estrutura de aa, proteínas, enzimas vitaminas - FS, respiração, síntese de proteínas, FBN - Def: clorose parte nova da planta, produção reduzida - Membrana, crescimento reprodutivo (polen) - Síntese parede celular, transporte carboidrato - Def: encurtamento internódios, baixa prod. sementes - Constituinte enzimático - Controle hormonal (AIA), síntese proteica - Def: encurtamento internódios, estrias cloróticas nas folhas - Ativação de enzimas (ATPase, descarb. pirúvica, etc.) - FS (R. Hill), respiração, controle hormonal, sínt. proteínas - Def: reticulado grosso folhas mais novas, internerval - Constituinte e ativador enzimas - Leg hemoglobina, redutase nitrito e nitrato, ferredoxina - Def: reticulado fino folhas novas - Constituinte e ativador enzimático - FS, respiração, FBN - Def: manchas verdes (ilhas), amarelecimento folhas novas - Constituinte enzimático, relacionado a N e S - FBN, nitrogenase, redutase nitrato e nitrito - Def: semelhante deficiência de N - Reação de Hill - Estímula ATPase, síntese asparagina, divisão celular - Def: raizes curtas (no campo não tem aparecido) Na – Abertura estomatal Ni – Urease Si – Resistência a secas Se – Controle de algumas doenças Co – Leg hemoglobina Fonte: Malavolta et al. (2006) Material de origem Textura Aeração Práticas culturais Características genéticas da planta Altas produtividades (Lei do mínimo) Fonte: Malavolta et al. (2006) Práticas culturais Calagem CONSIDERAÇÕES FINAIS FOTOSSÍNTESE 1º Semestre de 2013 FOTOSSÍNTESE - FORNECIMENTO DE ALIMENTO - BIOMASSA - COMBUSTÍVEL FÓSSIL - OXIGÊNIO - ENERGIA QUÍMICA – ATP - PODER REDUTOR - NADPH FOTOSSÍNTESE - APENAS 5 % DA ENERGIA SOLAR QUE ALCANÇA A SUPERFÍCIE TERRESTRE PODE SER CONVERTIDA EM CARBOIDRATOS - A GRANDE MAIORIA DOS RAIOS TEM COMPRIMENTOS DE ONDA MUITO CURTOS OU MUITO LONGOS - RADIAÇÃO SOLAR ATINGE - MÁXIMO – VERÃO - MÍNIMO – INVERNO - ENERGIA SOLAR = INVERSAMENTE PROPORCIONAL AO COMPRIMENTO DE ONDAS - “CO” LONGOS – BAIXA ENERGIA - “CO” CURTOS – ALTA ENERGIA - SERES VIVOS - APROVEITAMENTO ENTRE 400 e 700 nm - FAIXA FOTOBIOLÓGICA FOTOSSÍNTESE - PIGMENTOS FOTOSSINTETIZANTES - CLOROFILAS - A e B - EFICIENTES NAS FAIXAS ENTRE AZUL E VERMELHO - CAROTENÓIDES E FICOBILINAS - AUMENTAM A EFICIÊNCIA NA CAPTAÇÃO DO ESPECTRO DE LUZ MESÓFILO “Tecido mais ativo fotossinteticamente” - Reações que buscam: - Oxidar água - Produzir ATP e NADPH - Produzir oxigênio - Reduzir CO2 - Produzir CHO Fase fotodependente Fase fotoindependente FOTOSSÍNTESE - 1) Reações de luz - Membrana dos Tilacóides dos cloroplastos - Fotoquímicas; Fase Clara ou Fotodependente - Produção de ATP e NADPH - Liberação de O2 - Fotofosforilação cíclica - Fotofosforilação acíclica - 2) Reações de escuro - Estroma ou Matriz dos cloroplastos - Bioquímica; Fase Escura ou Fotoindependente - Fixação de CO2 - Utilização de ATP e NADPH - Formação de Carboidratos Hidrólise da água Formação de NADPH Formação de ATP RESUMO DO PROCESSO FOTOSSINTÉTICO FOTOSSÍNTESE - Antena – conjunto de pigmentos que captam energia em pacotes de fótons - 50 a 1000 moléculas de clorofilas e pigmentos acessórios - Centro de reação - Excitação de elétrons - a) perda de calor - b) emissão de fóton – fluorescência - c) transporte de elétrons - transferência de energia - d) formação de ATP FOTOSSÍNTESE - LUZ – QUEBRA MOLÉCULAS DE ÁGUA - FOTÓLISE - ÁGUA - DOADORA DE ELÉTRONS - LIBERA OXIGÊNIO - FORNECE HIDROGÊNIO ADP + P = ATP TIPOS DE ASSIMILAÇÃO DO CARBONO - A) C3 - B) C4 - C) CAM C3 - Primeiro produto estável possui 3 carbonos - 3-APG – ácido fosfoglicérico - Incorporação de CO2 na RUBP – Ribulose 1,5 bifosfato - Enzima = Rubisco - Rubisco – Ribulose 1,5 Bifosfatocarboxilaseoxigenase - Formação de Trioses Fosfatos - Regeneração de novas Ribuloses - “Ciclo de Calvin-Benson ou Via das Pentoses” > CO2 > O2 Benson C4 - Primeiro composto estável possui 4 carbonos – ácido oxalacético (AOA) - Via metabólica suplementar de fixação de CO2 antes de cedê-loao Ciclo de Calvin - Plantas C4 possuem uma bainha de células ao redor do feixe vascular – Anatomia Kranz - Células com paredes espessas e pouco permeáveis aos gases CO2 e H2O - Proporção de CO2 fixado por unidade de H2O transpirada é superior nas C4 do que nas C3 - AOA reduzido a malato (ácido málico) ou aspartato (ácido aspártico) – produtos estáveis - Presenças da PEPcase e Rubisco - PEPcase = Fosfoenolpiruvatocarboxilase - PEPcase – maior afinidade com o CO2 do que a Rubisco - Malato ou aspartato descarboxilam para fornecimento de CO2 no Ciclo de Calvin - FIXAÇÃO E REDUÇÃO DO CO2 - Separação em função do espaço – Mesófilo/Bainha Vascular - No Mesófilo = PEPcase - Na Bainha Vascular = rubisco CICLO C4 CICLO C4 CAM - CAM – Metabolismo Ácido das Crassuláceas - Fecham os estômatos durante o dia - Assimilam o CO2 durante a noite via PEPCase com formação de AOA e após, a formação de malato - Acúmulo de malato durante a noite nos vacúolos - Durante o dia ocorre a liberação de CO2 para o ciclo de Calvin - Plantas com adaptação a um meio árido, com alta radiação solar e muita temperatura - Pouca precipitação - Com muita umidade = estômatos das plantas CAM abrem durante o dia. Nesse caso utiliza diretamente o ciclo de Calvin - FIXAÇÃO E REDUÇÃO DO CO2 - Separação em função do tempo – Dia/Noite DIA NOITE DESACIDIFICAÇÃO DO CITOPLASMA À NOITE ABERTURA ESTOMÁTICA ACIDIFICAÇÃO DO CITOPLASMA DE DIA FECHAMENTO ESTOMÁTICO FL = FB - R FOTORRESPIRAÇÃO - Utilização de O2 ao invés de CO2 na presença de luz, pela rubisco, alterando a finalidade da ribulose, não mais para a FS - Rubisco é carboxilase (afinidade com CO2) e oxigenase (afinidade com Oxigênio) - O2 + RUBP = formação de Fosfoglicolato (2C) - Fosfoglicolato é convertido a glicolato = substrato para a FOTORRESPIRAÇÃO - 3 organelas: - Cloroplasto = Fosfoglicolato sofre desfosforilação para formar Glicolato - Peroxissomo = Glicolato oxidado a Glioxilato, que é transaminado para formar glicina. A enzima catalase tranforma H2O2 em H2O e O2 - Mitocôndria = 2 moléculas de glicina formam serina, liberam NH4 e CO2 NH4 + CO2 Ciclo 2C RS 1 2 3 1 – FS < RS = CONSUMO 2 – FS = RS = ESTABILIDADE (PC) 3 – FS > RS = CRESCIMENTO CONSIDERAÇÕES FINAIS TRANSLOCAÇÃO ORGÂNICA DISTRIBUIÇÃO DE FOTOASSIMILADOS - SEIVA BRUTA x SEIVA ELABORADA - ANELAMENTO DA CASCA DE UMA ÁRVORE - ACÚMULO DE FOTOASSIMILADOS - PULGÕES - INSETOS SUGADORES - Tuberolachnus salignus - PRODUTOS TRANSLOCADOS PELO FLOEMA CARREGAMENTO DO FLOEMA - PROCESSO PRINCIPALMENTE ATIVO - NECESSITA DA UTILIZAÇÃO DE ATP TRANSFERÊNCIA DE CÉLULA A CÉLULA - CÉLULAS COMPANHEIRAS - SUBSTÂNCIAS LIBERADAS SELETIVA E ATIVAMENTE NO INTERIOR DOS TUBOS CRIVADOS - TRIOSE FOSFATO PRODUZIDA NO ESTROMA DEVE IR PARA O CITOPLASMA PARA CONVERSÃO EM GLICOSE - APÓS, É FORMADA A SACAROSE, QUE MIGRA DAS CÉLULAS DO MESÓFILO PARA OS TUBOS CRIVADOS - A SACAROSE ENTRA NO COMPLEXO “CÉLULAS COMPANHEIRAS- TUBOS CRIVADOS” VIAS SIMPLÁSTICAS E APOPLÁSTICAS CARREGAMENTO DO FLOEMA - NAS FOLHAS FONTES, O ACÚMULO DE SACAROSE NO COMPLEXO CÉLULAS COMPANHEIRAS-TUBOS CRIVADOS FAZ COM QUE O Po SEJA MAIS NEGATIVO DO QUE NO MESÓFILO - SACAROSE ENTRA NO COMPLEXO CÉLULAS COMPANHEIRAS-TUBO CRIVADO ATRAVÉS DE UM CARREGADOR LOCALIZADO NA MEMBRANA CITOPLASMÁTICA – ATUAÇÃO DE ATPase - NO CARREGAMENTO SIMPLÁSTICO, GERALMENTE, HÁ TRANSFORMAÇÃO DE GLICOSE EM RAFINOSE, MOLÉCULA GRANDE QUE IMPEDE SUA VOLTA PARTIÇÃO DE ASSIMILADOS - RELAÇÃO FONTE-DRENO - NAS FONTES, APÓS A FOTOSSÍNTESE, PLANTAS ARMAZENAM CARBONO: - NA FORMA DE AMIDO NOS CLOROPLASTOS - SACAROSE NOS VACÚOLOS, QUE SÃO TRANSLOCADAS PELO FLOEMA transpiração transporte reserva Translocador de fosfato RESPIRAÇÃO FATORES QUE AFETAM A RESPIRAÇÃO - DISPONIBILIDADE DE SUBSTRATO - Deficiência de amido, frutanos e açúcares diminuem a taxa respiratória - DISPONIBILIDADE DE O2 e CO2 - Menor que 5 % de O2 e maior que 5% de CO2 - RS é comprometida - TEMPERATURA - Média máxima de 30º C - Altas ou baixas temperaturas – comprometimento da RS - DANOS E DOENÇAS - Aumento da RS – tentativa de regeneração com gasto de energia CONSIDERAÇÕES FINAIS FOTOMORFOGÊNESE LUZ E DESENVOLVIMENTO - Luz - Fonte primária para crescimento e desenvolvimento das plantas - Fundamental para FS - Relevante no controle do desenvolvimento vegetal - Plantas possuem respostas à luz - Fototropismo - Morfogênese – aparência das plantas - Estímulo hormonal - Expansão foliar - Produção de clorofila e outros pigmentos - Controle de crescimento e desenvolvimento do caule e raiz - Germinação de sementes - Floração LUZ E FOTOSSÍNTESE - Maioria dos processos fotomorfogênicos ocorrem na faixa de espectro de luz visível – 400 a 700 nm - Alguns pigmentos estão envolvidos na percepção e captação de sinais em comprimentos abaixo de 400nm e acima de 700 nm - Germinação de sementes no escuro - geralmente as que possuem muitas reservas provenientes da FS - Germinação de sementes no claro – FS “compensaria” a falta de reservas FOTORRECEPTORES - Para que a luz exerça influência sobre o desenvolvimento vegetal, a planta deve absorvê-la através dos pigmentos fotorreceptores - Tipos de fotorreceptores: - Protoclorofilídeo A - Absorve luz azul e vermelha - Fotorreceptor UV-B - Absorve luz azul e ultravioleta de ondas longas – 280-320 nm - Criptocromo - Absorve luz azul e ultravioleta de ondas longas – 320-400 nm - Fitocromo - Absorve luz mais eficientemente no vermelho (V) e vermelho extremo (VE) 1ª INATIVA FV - vermelho 2ª ATIVA FVe - vermelho extremo Respostas fotomorfogenéticas induzidas pelos fitocromos em plantas CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO - Aplicações das análises de crescimento - Método descritivo das condições morfofisiológicas - Obedece intervalos de tempo entre amostragens - Acompanha a dinâmica de crescimento da produção - Avalia fenômenos - Matéria seca acumulada - Fotossíntese - Respiração - Expansão Foliar - Maturação de frutos - Outros CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO - Parâmetros ambientais - Radiação solar - Temperatura - Umidade - Nutrientes - Gás carbônico - Oxigênio - Outros CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO - Vegetais - Crescimento contínuo durante toda a vida - Meristemas apicais - Caule - MAC - Raiz – MAR - Crescimentos - Vertical - Horizontal CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO - Crescimento “Aumento permanente de substâncias e volume de partes vivas e não vivas” CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO - Desenvolvimento - Descreve mudanças estruturais e funcionais - Acompanha a gênesis - Formação - Crescimento - Maturação - Declínio - Sucessão REGULAÇÃO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO - Hormônios vegetais - Fator endógeno - Afetam a transcrição e tradução - Provocam reações sinérgicas ou antagônicas – depende da concentração - Estimulam - Crescimento e desdiferenciação - Orientação para o crescimento - Atividade metabólica - Estoque e mobilização de materiais nutritivos REGULAÇÃO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO - Efeitos dos fatores externos - Gravidade - Vento - Temperatura - Radiação - Luz - Duração - Intensidade - Distribuição - Fotoestimulação da biossíntese - Aumenta a produção de clorofila e síntese enzimática - Estimula a formação e produção de cloroplastos - Controla o fotoperíodo – periodicidade do crescimento REGULAÇÃO DO CRESCIMENTO EDESENVOLVIMENTO - Fotomodulação - Reações reversíveis que provocam mudanças de acordo com a luminosidade. Exemplo: Maior ou menor produção de clorofila - Fotomorfogênese - Ativação enzimática para regulação da atividade genética REGULAÇÃO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO - Germinação - Fotobláticas positivas – necessitam do estímulo da luz - Fotoblásticas negativas – não necessitam do estímulo da luz - Efeito da temperatura sobre o desenvolvimento - Em baixas temperaturas – germinação lenta - Em altas temperaturas – germinação lenta - Em faixa ótima – aumento exponencial – entre 30 e 40 oC - Dormência – estado de latência - Quebra - Água quente - Choques - Ácidos - Escarificação - Óleos quentes - Outros REGULAÇÃO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO - Formação de flores - Exposição do meristema apical à temperaturas adequadas - Plantas geralmente acumulam graus dias - Formação de frutos e sementes - Geralmente requerem mais calor para amadurecimento ESTÁGIOS DE VIDA DA PLANTA 1) Fase embrionária - Fertilização e maturação da semente - Intensas divisões celulares - Diferenciações - Formação de órgãos - Acúmulo de lipídeos, CHO, proteínas e outros no endosperma - Tamanho da semente – influencia na capacidade de germinação - Plantas sob estresse – óvulos mal formados e sementes imperfeitas ESTÁGIOS DE VIDA DA PLANTA 2) Germinação e estabelecimento - Embebição com água - Ativação do metabolismo - Produção de energia via glicólise – RS - Síntese hormonal - Multiplicação celular - Aparecimento da radícula - Germinação – período entre embebição da semente e emissão da radícula - Extremos climáticos e solos com altas concentrações salinas – limitantes para o estabelecimento das plantas - O estabelecimento é fundamental para a adequada ocupação do habitat pela espécie ESTÁGIOS DE VIDA DA PLANTA 3) Fase vegetativa - Período de maior crescimento - Plantas assumem as formas típicas - Equilíbrio da razão “Parte Aérea/Raiz” - Crescimentos alométricos – diferenciados - Fase de plasticidade fenotípica ESTÁGIOS DE VIDA DA PLANTA 4) Fase Reprodutiva - Floração e frutificação - Fase de maturidade – capacidade de formação de flores - Alteração morfofisiológica do MAC - Indução floral - Luz - ToC - Água - Pressão atmosférica - Relação carbono/proteína - Formação de flores – remove reservas para crescimento ESTÁGIOS DE VIDA DA PLANTA 5) Fase de senescência - Fase de envelhecimento - Decréscimo das atividades metabólicas - Perda de CHO - Regulada pelo padrão genético que estimula a coordenação hormonal - Degradação de clorofila no cloroplasto - Vacúolo – atuação como lisossomo – morte celular COLETA DE DADOS - Fatores avaliados - Tamanho da comunidade - Tipos de plantas - Hábitos de crescimento - Intervalo de amostragens - Ciclos das plantas MEDIDAS DE CRESCIMENTO - Equipamentos - Réguas - Tesouras - Paquímetros - Balanças - Estufas - Sacos de papel, plástico, etc MEDIDAS LINEARES - Alturas de plantas - Comprimento do caule - Largura das folhas - Diâmetro do caule - Comprimento das inflorescências - Outros MEDIDAS - 1) AFE – Área Foliar Específica - Relaciona superfície da folha com o peso da própria folha - Disponibilidade de área por peso de folha - AFE = Af (dm2) / Pf (g) MEDIDAS - 2) RPF – Razão de Peso Foliar - Matéria seca produzida não utilizada pela respiração - RPF = Pf (g) / Pplanta (g) MEDIDAS - 3) RAF – Razão de Área Foliar - RAF = Área folha (dm2) / Massa seca de folhas (g) MEDIDAS - 4) TCA – Taxa de Crescimento Absoluto - Ganho de matéria seca sem levar em conta o material existente na origem do ganho - TCA = P2 – P1 / T2 – T1 - Sendo: - P = peso de matéria seca - T = tempo MEDIDAS - 5) TCR – Taxa de Crescimento Relativo - Ganho de matéria seca, levando em conta o material existente na origem do ganho - TCR = ln P2 – ln P1 / T2 – T1 - Sendo: - ln = logarítimo neperiano - P = peso de matéria seca - T = tempo MEDIDAS - 6) IAF – Índice de Área Foliar - Relação entre área das lâminas foliares e superfície do terreno ocupada pelas mesmas - Indica a cobertura do terreno e interceptação de luz e autosombreamento - IAF = soma da área foliar / área do solo MEDIDAS 7) IVE - Índice de velocidade de emergência IVE = (G1.N1-1 + G2.N2-1 +... + Gn.Nn-1), sendo: G1, G2, ... Gn, os números de plântulas emergidas por observação; N1, N2, ... Nn, os números de dias após a semeadura CONSIDERAÇÕES FINAIS HORMÔNIOS E REGULADORES VEGETAIS IMPORTÂNCIA E PARTICULARIDADES DOS PRINCIPAIS HORMÔNIOS VEGETAIS HORMÔNIOS SECUNDÁRIOS - BRASSINOESTERÓIDES - Encontrados em muitas partes das plantas - Efeitos semelhantes aos das Auxinas - Alongação de hastes - Crescimento de raízes - Promoção de transporte da plasmalema - Aumento de resistência a frio, doenças, estresse salino - Diminui aborto de flores e frutos - Melhora a germinação HORMÔNIOS SECUNDÁRIOS - ÁCIDO SALICÍLICO - Formação de gemas florais em associação com outros hormônios - Aumenta a temperatura do corpo vegetal - Aumenta o processo respiratório e acelera o metabolismo - Aumenta a resistência das plantas a doenças HORMÔNIOS SECUNDÁRIOS - JASMONATOS - Inibição ou estímulo de processo fisiológicos - Ação similar ao ABA e etileno - Atuam em: - Crescimento de plantas - Crescimento de micorrizas - Biossíntese de carotenos - Senescência - Abscisão - Degradação de clorofila Em um fruto climatério, o amadurecimento inicia-se com a elevação da atividade respiratória, acarretando uma série de transformações em suas características físicas e químicas, como perda da clorofila, síntese de carotenóides e amolecimento EFEITOS DA AUSÊNCIA DE LUZ SOBRE A GERMINAÇÃO DE PLANTAS GIBERELINAS E O FLORESCIMENTO CONSIDERAÇÕES FINAIS FOTOPERIODISMO E FLORESCIMENTO FOTOPERIODISMO - Respostas dos organismos à duração relativa do dia e da noite - Abscisão foliar, dormência de gemas e formação de tubérculos - proteção contra efeitos deletérios do frio - Variação das horas de luz e escuro TRANSMISSÃO DO ESTÍMULO FOTOPERIÓDICO - Pode ocorrer com apenas 1 folha - Atuação hormonal sobre a floração = folha modificada - Competência para florescer - Idade de resposta ao florígeno em função ao amadurecimento - Classes fotoperiódicas quanto ao florescimento - PDC – plantas de dias curtos - Número de horas de luz inferior à um certo limite - PDL – plantas de dias longos - Número de horas de luz superior à um certo limite - PN – plantas neutras - Florescimento não é controlado pelo fotoperíodo Muita luz e pouco escuro = florescimento das PDL Muita luz e pouco escuro = florescimento das PDL Muita luz e pouco escuro = florescimento das PDL “Muita luz” e “pouco”escuro = florescimento das PDL Pouca luz e muito escuro = florescimento das PDC Pouca luz e muito escuro = florescimento das PDC DIAS CURTOS DIAS LONGOS balanço Processo pelo qual o florescimento é promovido por um tratamento a frio CONSIDERAÇÕES FINAIS