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<p>SUMÁRIO</p><p>OS SERVIÇOS DE AUDIÊNCIA ONLINE 4</p><p>O CREDENCIAMENTO COMO FACILITER AUDIENCISTA 5</p><p>O SERVIÇO DE AUDIÊNCIA NA PLATAFORMA 6</p><p>A SOLICITAÇÃO DO CLIENTE 6</p><p>A VINCULAÇÃO E PROCEDIMENTOS 7</p><p>AUDIÊNCIAS VIRTUAIS 8</p><p>O RELATÓRIO DA AUDIÊNCIA 11</p><p>AUDIÊNCIAS PRESENCIAIS 13</p><p>O SUPORTE DO FACILITER AUDIENCISTA 15</p><p>QUALIDADE 16</p><p>FINANCEIRO 16</p><p>AUDIÊNCIAS CÍVEIS 17</p><p>AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO CÍVEL 17</p><p>DE EVENTUAL AUSÊNCIA AO ATO 19</p><p>DA RÉGUA DE TRANSAÇÃO – ATÉ ONDE SE PODERÁ NEGOCIAR 19</p><p>DA CONCLUSÃO - AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO CÍVEL 20</p><p>AUDIÊNCIA UNA - ATO NO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 20</p><p>CONCLUSÃO – AUDIÊNCIA UNA 22</p><p>AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO CÍVEL 23</p><p>DO PONTO DE PARTIDA 23</p><p>ESCOPO DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO – PREPARO E O QUE FAZER NO DIA</p><p>24</p><p>HIPÓTESES DE ADIAMENTO 25</p><p>DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO – TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA E</p><p>ORDEM DE PRODUÇÃO DE PROVAS 26</p><p>DOS QUESTIONAMENTOS BÁSICOS 27</p><p>DOS DEBATES ORAIS OU RAZÕES FINAIS ESCRITAS 28</p><p>DA ATA DE AUDIÊNCIA 28</p><p>DA CONCLUSÃO - DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO 29</p><p>AUDIÊNCIAS TRABALHISTAS 29</p><p>AS AUDIÊNCIAS TRABALHISTAS E SEUS RITOS 29</p><p>RITO SUMÁRIO 29</p><p>RITO SUMARÍSSIMO 30</p><p>RITO ORDINÁRIO 34</p><p>DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 35</p><p>DO PROTESTO EM AUDIÊNCIA 38</p><p>DA MANIFESTAÇÃO ORAL 38</p><p>DOS PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS PELO AUDIENCISTA 39</p><p>AUDIÊNCIAS CRIMINAIS 40</p><p>CONSIDERAÇÕES INICIAIS - PREMISSAS PARA A CORRETA REALIZAÇÃO DE</p><p>AUDIÊNCIA 40</p><p>TIPOS DE AUDIÊNCIAS NA SEARA PENAL 41</p><p>DA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA 41</p><p>PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES GERAIS 41</p><p>PONTOS DE ATENÇÃO E ARGUIÇÕES POSSÍVEIS EM SEDE DE AUDIÊNCIA DE</p><p>CUSTÓDIA 42</p><p>DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO 42</p><p>DAS DIFERENÇAS ENTRE OS RITOS ORDINÁRIO E SUMÁRIO 42</p><p>DA ORDEM DE OITIVAS E DO REQUERIMENTO DE DILIGÊNCIAS 44</p><p>PONTOS DE ATENÇÃO E ARGUIÇÕES POSSÍVEIS EM SEDE DE AUDIÊNCIA DE</p><p>INSTRUÇÃO E JULGAMENTO 44</p><p>PONTOS DE ATENÇÃO E ARGUIÇÕES POSSÍVEIS EM SEDE DE AUDIÊNCIA</p><p>ÂMBITO DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS 45</p><p>DA AUDIÊNCIA PRELIMINAR DE CONCILIAÇÃO 45</p><p>DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO 47</p><p>DA CONCLUSÃO – AUDIÊNCIAS CRIMINAIS 48</p><p>AUDIÊNCIAS PREVIDENCIÁRIAS 48</p><p>DAS ORIENTAÇÕES GERAIS - INSTALAÇÃO DA AUDIÊNCIA 49</p><p>PRODUÇÃO DE PROVA ORAL 50</p><p>EXEMPLOS DE QUESITOS PARA AUDIÊNCIA PREVIDENCIÁRIA -</p><p>COMPROVAÇÃO DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 52</p><p>ALEGAÇÕES FINAIS E SENTENÇA 52</p><p>CONCLUSÃO GERAL 56</p><p>OS SERVIÇOS DE AUDIÊNCIA</p><p>Olá Faciliter!</p><p>Estamos muito felizes com seu interesse em fazer parte do nosso time de</p><p>faciliters audiencistas!</p><p>A Facilita Jurídico é uma startup feita da união de tecnologia com</p><p>conhecimento jurídico, pioneira na elaboração de petições sob medida, totalmente online,</p><p>para todo o Brasil. Hoje somos a extensão do operacional de mais de 1.500 (mil e</p><p>quinhentos) escritórios de advocacia espalhados por todo o Brasil e estamos em constante</p><p>crescimento.</p><p>Nossa missão é auxiliar advogados em sua rotina operacional e para isso,</p><p>buscamos constante aprimoramento de procedimentos para melhoria dos serviços e para</p><p>atender aos anseios de nossos clientes.</p><p>Por isso, e atendendo a muitos pedidos de nossos clientes, além da</p><p>elaboração de documentos jurídicos em geral, a Facilita Jurídico passará a oferecer os</p><p>serviços de audiência online e presencial em várias áreas do Direito: cível, trabalhista,</p><p>criminal e previdenciária.</p><p>Ofereceremos prestação de serviços para diferentes tipos de audiências</p><p>para atender às necessidades dos clientes, realizando audiências de conciliação, instrução,</p><p>oitiva de testemunhas e una.</p><p>Como nosso parceiro, você já sabe que o alicerce da Facilita</p><p>Jurídico é a qualidade e na prestação de serviços de audiências não será</p><p>diferente!</p><p>Por isso, preparamos este ebook exclusivo para os nossos faciliters</p><p>audiencistas com o objetivo de fornecer as informações necessárias para realizar</p><p>audiências eficazes e eficientes, além de ajudá-los a se preparar melhor para lidar com</p><p>situações imprevistas que possam ocorrer durante a audiência.</p><p>Vamos conhecer os procedimentos e padrões do Programa de Faciliter</p><p>Audiencistas?</p><p>O CREDENCIAMENTO COMO FACILITER AUDIENCISTA</p><p>Para os Faciliters que já se encontram ativos na plataforma, a habilitação</p><p>é muito simples e possível para aquele que possuem score igual ou superior a 3.0.</p><p>Vamos ao passo a passo:</p><p>Primeiro passo: entrar em “meu perfil” > “disponibilidade” > “adicionar</p><p>especialidade:</p><p>Segundo passo: incluir a opção audiência presencial e a área de</p><p>atuação (se mais de uma, repetir o procedimento), informando se atua como preposto ou</p><p>se possui preposto para levar em audiência:</p><p>Terceiro passo: clicar em “adicionar comarca”:</p><p>Quarto passo: selecionar as comarcas de atuação, podendo ser mais de</p><p>uma.</p><p>Observação: será também possível a habilitação de faciliters inativos na</p><p>plataforma por meio de contato com o suporte para reativação e posterior realização do</p><p>procedimento supra.</p><p>Agora, para aqueles que ainda não fazem parte de nossa plataforma, as</p><p>etapas são tais como o teste de credenciamento, disponível em:</p><p>https://nosy-singer-e35.notion.site/AUDIENCISTAS-CREDENCIAMENTO-PARA-FACILITERS-</p><p>f1572d792b8647e3b774a6c707e83666?pvs=4</p><p>O SERVIÇO DE AUDIÊNCIA NA PLATAFORMA</p><p>A SOLICITAÇÃO DO CLIENTE</p><p>A Facilita Jurídico desenvolveu formulários específicos para cada tipo de</p><p>serviço cadastrado na plataforma para que o cliente possa nos trazer as informações</p><p>essenciais e nossos faciliters possam elaborar a minuta encomendada.</p><p>Portanto, de acordo com a modalidade selecionada pelo cliente (inicial,</p><p>contestação, recurso, contrato, etc.), o cadastro será direcionado de forma específica para</p><p>que possamos colher os dados e direcionar os redatores na elaboração do documento</p><p>jurídico.</p><p>E para os serviços de audiência não é diferente! Há um formulário</p><p>específico para que o cliente realize o pedido de audiência, sendo requisitadas as</p><p>seguintes informações, além dos autos do processo:</p><p>Observação: para audiências presenciais, não será enviado link para</p><p>ingresso no ato. Ah, e lembra-se que a missão da Facilita Jurídico é otimizar o operacional</p><p>dos escritórios de advocacia?</p><p>Portanto, se o cliente desejar, ele pode solicitar que façamos uma análise</p><p>do caso e que sejam formulados os quesitos a serem realizados em audiência. Para isso,</p><p>será necessário cadastrar uma solicitação adicional de análise de caso, além do serviço de</p><p>audiência.</p><p>O faciliter audiencista deverá preencher o formulário de análise, sendo</p><p>remunerado pelo valor do serviço! Fique tranquilo que antes de se vincular você</p><p>poderá verificar a modalidade do serviço: trata-se de audiência ou análise de</p><p>audiência? Estará expresso na solicitação. Então você poderá se vincular conforme sua</p><p>disponibilidade.</p><p>Mas lembre-se: se o cliente trouxer o direcionamento da audiência e</p><p>perguntas, é seu dever estudar o processo antes de realizar a audiência e se for</p><p>necessário, fazer mais perguntas além daquelas solicitadas pelo cliente, desde que</p><p>pertinentes.</p><p>A VINCULAÇÃO E PROCEDIMENTOS</p><p>O Faciliter audiencista poderá se vincular a uma solicitação através da</p><p>Central de Solicitações, disponível em nossa plataforma. Somente os Faciliters habilitados</p><p>para o serviço de audiências poderão visualizar esse serviço.</p><p>Observação: para aqueles que se habilitaram somente no serviço de</p><p>audiências, não aparecerão as demais modalidades para vinculação na Central.</p><p>O faciliter poderá se vincular a 4 audiências para o mesmo dia e</p><p>não irá interferir na vinculação das petições.</p><p>Atenção: Você vai precisar de muita atenção para gerir a sua</p><p>agenda e entregar os serviços no prazo e com qualidade, PRINCIPALMENTE em</p><p>se tratando de audiências presenciais, ok???</p><p>Ao se vincular em uma solicitação, os dados do faciliter serão</p><p>automaticamente enviados aos comentários da solicitação para que o cliente possa</p><p>confeccionar e protocolar o substabelecimento, o que fica sob a responsabilidade dele.</p><p>Caso não tenha feito o protocolo até a audiência, solicitar prazo e constar em ata.</p><p>Se houver preposto, os dados devem ser inseridos manualmente pelo</p><p>Faciliter no campo comentários, e entrar em contato com o Suporte</p><p>para delimitação do que será aventado em sede de</p><p>resposta à acusação.</p><p>Salienta-se que tal defesa preliminar tem como objetivo precípuo a</p><p>rejeição da denúncia com supedâneo legal no artigo 395 do Código de Ritos - quando</p><p>manifestamente inepta; faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da</p><p>ação penal; ou faltar justa causa para o exercício da ação penal -.</p><p>Frente a isso, ainda que não tenha o cliente indicado eventual</p><p>tese de rejeição da prefacial, a mesma poderá ser levantada pelo advogado</p><p>audiencista porquanto sempre será melhor ao acusado que se verá livre da</p><p>persecução penal.</p><p>Doutro bordo, não sendo acatada eventual tese de rejeição, a audiência se</p><p>iniciará, efetivamente, podendo haver proposta de suspensão condicional do processo,</p><p>nos termos do artigo 89 da Lei n.º 9.099/95.</p><p>Aceitando o acusado os termos da proposta, a audiência se</p><p>encerrará naquele momento. Assim, acaso conste na descrição da solicitação</p><p>pelo cliente o interesse em eventual aceitação dos termos sobreditos, deverá o</p><p>audiencista seguir a audiência corroborando a aceitação do acusado.</p><p>Em sendo o caso de prosseguimento do processo, a audiência de instrução</p><p>prosseguirá com a oitiva da vítima (quando houver); testemunhas de acusação;</p><p>testemunhas de defesa; e, ao final será realizado o interrogatório do acusado (artigo 81</p><p>da Lei n.º 9.099/95).</p><p>Por fim, é dada a palavra às partes para os debates orais, ouvido</p><p>inicialmente o Ministério Público, seguido da defesa, com posterior proferimento de</p><p>sentença pelo juízo.</p><p>Nesta audiência, deverão ser seguidos os pontos já indicados</p><p>anteriormente no tocante a postura, questionamentos e pedidos a serem</p><p>realizados – atentando-se às diferenças entre os ritos -, fazendo-se importante</p><p>o pleito de que as alegações finais sejam apresentadas posteriormente e de</p><p>forma escrita, em substituição aos debates orais previstos na legislação de</p><p>regência, para que, então, o cliente possa melhor elaborá-las e arguir todo o</p><p>necessário na defesa de seu patrocinado.</p><p>DA CONCLUSÃO – AUDIÊNCIAS CRIMINAIS</p><p>Frente a todo exposto, reforça-se a importância de que o audiencista se</p><p>prepare previamente ao ato da audiência, observando todas as premissas</p><p>iniciais indicadas no início deste material, mormente relacionadas à leitura do</p><p>processo em sua integralidade; anotações das informações de maior relevância</p><p>e verificação da estratégia traçada pelo cliente, que deverá constar da</p><p>descrição da solicitação da audiência.</p><p>Certamente, assim o fazendo, estarão preparados para participarem</p><p>das audiências as quais estiverem vinculados, e lograrão êxito na melhor</p><p>defesa dos assistidos.</p><p>AUDIÊNCIAS PREVIDENCIÁRIAS</p><p>Em geral, há audiências em processos previdenciários que tratem de</p><p>aposentadorias em que é necessária a comprovação de vínculo de emprego (urbano ou</p><p>rural), ou, ainda, a união estável em caso de pensão por morte de companheiro(a). São</p><p>casos em que a prova testemunhal é elemento imprescindível ao sucesso da</p><p>ação.</p><p>Nos casos de aposentadoria rural, por exemplo, demanda-se audiência de</p><p>instrução porque a prova documental é de difícil produção. O benefício é concedido a</p><p>homens e mulheres com idade igual ou superior a 60 (sessenta) e 55 (cinquenta e cinco)</p><p>anos, respectivamente, que comprovarem ter exercido atividade rural por um período</p><p>mínimo de 15 (quinze) anos.</p><p>Como raramente há registro em Carteira de Trabalho ou documentação, a</p><p>jurisprudência brasileira é pacífica em aceitar a prova oral para concessão da</p><p>aposentadoria. Em tais casos, o maior embasamento para as decisões costuma ser a</p><p>elevada eficácia probatória do contato físico, direto e oral o juiz com a parte autora.</p><p>A esse respeito, o Código de Processo Civil estabelece algumas diretrizes</p><p>quanto à audiência de instrução e julgamento.</p><p>Dessa forma, o artigo 357, § 4º, prevê a fixação de prazo não superior a</p><p>15 (quinze) dias para que as partes apresentem rol de testemunhas:</p><p>Art. 357. […]</p><p>[…]</p><p>§ 4º Caso tenha sido determinada a produção de prova testemunhal,</p><p>o juiz fixará prazo comum não superior a 15 (quinze) dias para que as</p><p>partes apresentem rol de testemunhas.</p><p>Mais adiante, o artigo 450 esclarece quais informações devem estar</p><p>contempladas no rol, sempre que possível:</p><p>Art. 450. O rol de testemunhas conterá, sempre que possível, o nome,</p><p>a profissão, o estado civil, a idade, o número de inscrição no Cadastro</p><p>de Pessoas Físicas, o número de registro de identidade e o endereço</p><p>completo da residência e do local de trabalho.</p><p>Traçadas essas linhas gerais a respeito das audiências no âmbito</p><p>previdenciário, passemos, agora, a analisar como é o deslinde de uma audiência em</p><p>processo previdenciário.</p><p>DAS ORIENTAÇÕES GERAIS - INSTALAÇÃO DA AUDIÊNCIA</p><p>A audiência una é aquela na qual todos os atos são praticados no</p><p>momento da audiência. Iniciando com a conciliação, seguindo com a instrução processual</p><p>e finalizando com o julgamento do mérito, unificando, assim, todos os atos em um só</p><p>momento, visando a celeridade, simplicidade e informalidade que norteia o procedimento</p><p>especial da lei 9099/95.</p><p>No horário e juízo designado, o servidor fará o pregão da audiência, ou</p><p>seja, chamará as partes e advogados para entrarem na sala de audiência.</p><p>O correto é, logo após instalada a audiência, o juiz tentar a</p><p>conciliação. Contudo, não é isso que vem acontecendo na prática, tendo em vista que</p><p>nas peças inaugurais as partes já informam que não desejam a audiência conciliatória.</p><p>Porém, o mais correto é fazer a tentativa de acordo.</p><p>Havendo caso de composição amigável, esta será reduzida a termo e</p><p>homologada pelo juiz togado, na qual a sentença valerá como título executivo judicial, na</p><p>forma do artigo 22, lei. 9099/95. Essa é uma hipótese de sentença.</p><p>Proferida a sentença, caberá recurso ao próprio Juizado Especial Federal</p><p>no prazo de 10 (dez) dias, devendo, em caso de recurso, as partes obrigatoriamente</p><p>serem assistidas por advogado.</p><p>A depender do procedimento realizado pela Comarca onde ocorre a</p><p>audiência, a sentença pode ser proferida de imediato ou posteriormente com expedição</p><p>de intimação às partes, cujo termo inicial do prazo recursal de 10 (dez) dias, inicia-se com</p><p>a ciência da decisão.</p><p>PRODUÇÃO DE PROVA ORAL</p><p>Adentrando na produção de prova oral, vamos traçar algumas orientações</p><p>importantes.</p><p>Se for o caso de uma ação de BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE,</p><p>primeiro, serão ouvidos o perito e os assistentes técnicos, se for o caso.</p><p>Em seguida, será tomado o depoimento pessoal do autor. Por último, serão</p><p>inquiridas as testemunhas, na forma do artigo 361 do Código de Processo Civil, verbis:</p><p>Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se</p><p>nesta ordem, preferencialmente:</p><p>I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de</p><p>esclarecimentos requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não</p><p>respondidos anteriormente por escrito;</p><p>II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;</p><p>III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão</p><p>inquiridas.</p><p>Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes</p><p>técnicos, as partes e as testemunhas, não poderão os advogados e o</p><p>Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz.</p><p>Após o depoimento pessoal do Autor, as testemunhas são ouvidas</p><p>separadamente (ficam fora da chamada de vídeo esperando serem chamadas) – uma</p><p>não houve o depoimento da outra, na forma do artigo 456 do Código de Processo Civil:</p><p>Art. 456. O juiz inquirirá as testemunhas separada e sucessivamente,</p><p>primeiro as do autor e depois as do réu, e providenciará para que uma</p><p>não ouça o depoimento das outras.</p><p>Parágrafo único. O juiz poderá alterar a ordem estabelecida no caput</p><p>se as partes concordarem.</p><p>Antes do depoimento, o servidor fará a qualificação da testemunha (nome,</p><p>onde nasceu, etc.). O juiz irá perguntar se ela tem algum grau de parentesco com o Autor.</p><p>Também perguntará se ela promete falar a verdade e irá alertá-la sobre o crime de falso</p><p>testemunho qualificado, na forma dos artigos 342, 457 e 458</p><p>todos do Código de Processo</p><p>Civil, litteris:</p><p>Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como</p><p>testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo</p><p>judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:</p><p>Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.</p><p>§ 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é</p><p>praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova</p><p>destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil</p><p>em que for parte entidade da administração pública direta ou</p><p>indireta.</p><p>§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em</p><p>que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade. (grifos</p><p>nossos)</p><p>Art. 457. Antes de depor, a testemunha será qualificada, declarará ou</p><p>confirmará seus dados e informará se tem relações de parentesco com</p><p>a parte ou interesse no objeto do processo.</p><p>§ 1o É lícito à parte contraditar a testemunha, arguindo-lhe a</p><p>incapacidade, o impedimento ou a suspeição, bem como, caso a</p><p>testemunha negue os fatos que lhe são imputados, provar a contradita</p><p>com documentos ou com testemunhas, até 3 (três), apresentadas no</p><p>ato e inquiridas em separado.</p><p>§ 2o Sendo provados ou confessados os fatos a que se refere o § 1o, o</p><p>juiz dispensará a testemunha ou lhe tomará o depoimento como</p><p>informante.</p><p>§ 3o A testemunha pode requerer ao juiz que a escuse de depor,</p><p>alegando os motivos previstos neste Código, decidindo o juiz de plano</p><p>após ouvidas as partes.</p><p>Art. 458. Ao início da inquirição, a testemunha prestará o</p><p>compromisso de dizer a verdade do que souber e lhe for perguntado.</p><p>Parágrafo único. O juiz advertirá à testemunha que incorre em sanção</p><p>penal quem faz afirmação falsa, cala ou oculta a verdade.</p><p>Se no processo concreto tiverem quesitos a serem respondidos pelas</p><p>testemunhas, estes são feitos diretamente pelo advogado às testemunhas.</p><p>Na prática, via de regra, os juízes determinam que o advogado</p><p>faça os quesitos primeiramente. O juiz apenas complementa as perguntas</p><p>quando for pertinente.</p><p>Então, aqui cabe uma orientação de ouro para o advogado, vá</p><p>preparado para questionar as testemunhas! E muito cuidado para não tentar</p><p>induzir as testemunhas, pois o juiz certamente não vai admitir.</p><p>Em sequência, também é dada a oportunidade de quesitação ao</p><p>Procurador do INSS, em conformidade com o artigo 459 do Código de Processo Civil,</p><p>veja-se:</p><p>Art. 459. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à</p><p>testemunha, começando pela que a arrolou, não admitindo o juiz</p><p>aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com as</p><p>questões de fato objeto da atividade probatória ou importarem</p><p>repetição de outra já respondida.</p><p>§ 1o O juiz poderá inquirir a testemunha tanto antes quanto depois da</p><p>inquirição feita pelas partes.</p><p>§ 2o As testemunhas devem ser tratadas com urbanidade, não se lhes</p><p>fazendo perguntas ou considerações impertinentes, capciosas ou</p><p>vexatórias.</p><p>§ 3o As perguntas que o juiz indeferir serão transcritas no termo, se a</p><p>parte o requerer.</p><p>Hoje em dia, quase todas as audiências são gravadas, mas, mesmo assim,</p><p>são feitos os termos da audiência que precisam ratificados pelos advogados.</p><p>A seguir, será demonstrado alguns exemplos de quesitos para a audiência</p><p>previdenciária, dos quais o advogado audiencista poderá se valer.</p><p>EXEMPLOS DE QUESITOS PARA AUDIÊNCIA PREVIDENCIÁRIA - COMPROVAÇÃO</p><p>DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO:</p><p>● Desde quando conhece o autor? Quantos anos o Sr. Tinha quando conheceu o autor?</p><p>(Fazer as contas com a idade da pessoa e verificar se a informação é congruente)</p><p>● Onde e como conheceu o autor?</p><p>● O autor trabalhava nesta época? Onde? Com o que?</p><p>● O(a) senhor(a) via o autor trabalhando? O que o autor fazia?</p><p>● Como era a jornada de trabalho do autor? Era o dia inteiro, todo dia, só parte do dia? ●</p><p>Até quando o autor trabalhou neste local? Como o(a) senhora(a) sabe? ● Neste período</p><p>que o autor trabalhou neste local, ele parou de trabalhar lá por algum tempo ou ficou lá</p><p>constantemente até a X data?</p><p>● O autor estudava? Onde? Em que período?</p><p>● Onde o(a) senhor(a) trabalhava?</p><p>● Ainda tem contato com o autor? De que forma? (pergunta visa estabelecer que não são</p><p>amigos íntimos)</p><p>ALEGAÇÕES FINAIS E SENTENÇA</p><p>Após todos esses tramites da audiência, são feitas as alegações finais</p><p>oralmente, primeiro o advogado do autor e depois o Procurador do INSS.</p><p>É possível que o juiz admita as razões finais por escrito, mas já se</p><p>aconselha levar tudo preparado para fazê-las oralmente – aqui, sugere-se buscar</p><p>orientação primeiro com o cliente, para verificar se o mesmo quer ou não a apresentação</p><p>de razões finais por escrito.</p><p>Caso as alegações finais sejam orais, o juiz pode sentenciar na própria</p><p>audiência ou no prazo de 30 (trinta) dias.</p><p>A seguir, preparamos para você um exemplo de alegações finais a ser</p><p>realizada em audiência:</p><p>ALEGAÇÕES FINAIS</p><p>1. BREVE RESUMO DOS FATOS E DO PROCESSO:</p><p>Prezados, o Autor ajuizou ação previdenciária pleiteando a concessão do</p><p>benefício de aposentadoria especial (NB XXX.XXX.XXX-XX), a partir do</p><p>reconhecimento das atividades nocivas desenvolvidas em diversos períodos</p><p>contributivos, na função de mecânico.</p><p>Procedida a citação, a Autarquia Previdenciária apresentou contestação,</p><p>ocasião em que não logrou êxito em descaracterizar os argumentos trazidos na inicial.</p><p>Às fls. XX, o Douto Magistrado designou audiência de instrução e</p><p>julgamento. Aberta a audiência e apregoadas as partes, foi ouvido o autor e as testemunhas</p><p>A B e C.</p><p>Em seguida, os autos vieram para apresentação de alegações finais.</p><p>2. DA AUDIÊNCIA:</p><p>Dado o devido prosseguimento ao feito, foi aberta a fase</p><p>instrutória, com a designação de audiência de instrução e julgamento, com o intuito</p><p>de ser verificado e demonstrado que o ambiente de trabalho do Autor é</p><p>extremamente insalubre.</p><p>Em seu depoimento pessoal, o Autor afirmou que (pontos</p><p>relevantes). Por sua vez, a testemunha A relatou que (pontos</p><p>relevantes).</p><p>A testemunha B esclareceu que (pontos relevantes).</p><p>Por fim, a testemunha C asseverou que (pontos relevantes).</p><p>Portanto Emérito Julgador, em brevíssima síntese de todos os</p><p>depoimentos prestados, percebe-se que o Autor sempre desenvolveu a atividade de</p><p>mecânico.</p><p>Tal profissão o expõe de modo habitual e permanente a ambiente</p><p>insalubre e inúmeros agentes químicos e ruído. Dessa forma, é imperioso o</p><p>reconhecimento das atividades especiais desenvolvidas como mecânico.</p><p>3.DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA:</p><p>Face ao exposto, e por ocasião do julgamento do IRDR nº</p><p>5054341- 77.2016.4.04.0000/SC (tema n. 15), foi firmada a seguinte tese: “a mera</p><p>juntada do PPP referindo a eficácia do EPI não elide o direito do interessado em</p><p>produzir prova em sentido contrário”.</p><p>Ainda, o laudo adjunto às fls. XX é prova suficiente da atividade</p><p>especial desenvolvida, tendo em vista que para períodos anteriores a 28/04/1995</p><p>aceita-se qualquer meio de prova e, além disso, a jurisprudência pátria possui</p><p>entendimento absolutamente</p><p>consolidado quanto à eficácia probatória de laudos extemporâneos.</p><p>No mesmo teor é a Súmula 68 da TNU, leia-se: “O laudo pericial</p><p>não contemporâneo ao período trabalhado é apto à comprovação da atividade</p><p>especial do segurado.”</p><p>Outrossim, saliente-se que essa exposição a agentes nocivos à</p><p>saúde ou à integridade física NÃO precisa ocorrer de forma permanente, para o</p><p>reconhecimento de condição especial de trabalho antes de 29/04/1995, nos termos</p><p>da Súmula nº 49 do CJF.</p><p>No mesmo sentido é o entendimento do Superior Tribunal de</p><p>Justiça, que afirma que a exposição habitual e permanente somente foi trazida pela</p><p>Lei 9.032/95, não sendo aplicável às hipóteses anteriores à sua publicação, o que é</p><p>o caso.</p><p>Destarte, comprovada a sujeição aos agentes químicos, é de ser</p><p>reconhecida a atividade especial com base no código 1.2.11 (tóxicos orgânicos –</p><p>hidrocarbonetos) do Decreto 53.831/64.</p><p>Quanto à comprovação efetiva da exposição aos agentes nocivos, o</p><p>Autor apresentou formulários PPP’s baseados nas informações emitidas para</p><p>o Sr.</p><p>XX, no qual constaram como profissionais habilitados.</p><p>De qualquer forma, caso Vossa Excelência entenda necessário,</p><p>poderá ser produzida PROVA PERICIAL.</p><p>Assim, por todo o narrado na petição inicial, na prova testemunhal</p><p>produzida e na presente alegações finais, reitera a parte Autora os pedidos</p><p>formulados na exordial, a fim de que sejam julgados procedentes e, para que não</p><p>pairem quaisquer dúvidas a respeito da exposição aos agentes nocivos, a</p><p>apreciação do pedido de produção de prova pericial.</p><p>CONCLUSÃO GERAL</p><p>Neste ebook disponibilizamos aos nossos parceiros Faciliters Audiencistas</p><p>as informações necessárias para realizar audiências eficazes e eficientes, além de</p><p>ajudá-los a se preparar melhor para lidar com situações imprevistas que possam ocorrer</p><p>durante a audiência.</p><p>Buscamos, dentro das especificidades de cada área, responder aos</p><p>questionamentos: Como me preparar para uma audiência de instrução? Quais os quesitos</p><p>básicos para uma audiência de instrução? O que fazer numa manifestação oral (réplica ou</p><p>alegações finais)? Como me preparar para uma audiência de conciliação? O que fazer</p><p>quando algum pedido for negado pelo juiz? O que deve ser observado numa ata de</p><p>audiência?</p><p>Com o entendimento desse material você realizará audiências de sucesso e</p><p>com o padrão de qualidade da Facilita Jurídico.</p><p>Leia e releia várias vezes, pois conseguirá fixar dicas valiosas para levar</p><p>por toda a sua carreira jurídica!</p><p>A parceria com a Facilita Jurídico é muito mais do que uma prestação de</p><p>serviços, é um aprimoramento jurídico constante e com um bônus, você ganha por isso.</p><p>Aproveite essa oportunidade que é fazer parte da maior plataforma de documentos</p><p>jurídicos do Brasil e crescer junto com ela.</p><p>Lucila Dias de Oliveira</p><p>Sócia Fundadora e COO Facilita Jurídico</p><p>para que ele libere o</p><p>comentário para o cliente IMEDIATAMENTE após a vinculação.</p><p>É que após a vinculação, deve o Faciliter imediatamente analisar o</p><p>cadastro da solicitação e verificar se o cliente inseriu todas as informações necessárias. Se</p><p>houver dúvidas, deverá contatar o cliente, também de imediato, para colher as</p><p>informações com antecedência.</p><p>Portanto, é função do faciliter audiencista realizar uma</p><p>verificação prévia das informações cadastradas pelo cliente na plataforma.</p><p>Na data designada para a audiência, observemos os procedimentos a</p><p>serem seguidos de acordo com cada modalidade – virtual e presencial:</p><p>1. AUDIÊNCIAS VIRTUAIS</p><p>Deverá o faciliter entrar em contato com o suporte 15 (quinze) minutos</p><p>antes do horário de início, comprovando o seu comparecimento com o encaminhamento</p><p>de um print da tela.</p><p>Deverá então, seguir com a participação na Audiência. A audiência</p><p>deverá ser gravada pelo aplicativo OBS Studio e anexado o vídeo na plataforma logo</p><p>após o término do ato.</p><p>Para download grátis do aplicativo mencionado, basta clicar no link:</p><p>https://obsproject.com/welcome, selecionar o sistema operacional da sua máquina</p><p>(windows, macOS ou Linux) e realizar a instalação. Para realizar a gravação, você</p><p>deverá:</p><p>1. Adicionar uma nova fonte: assim que o software iniciar, clique no</p><p>ícone de “+” na seção “Fontes”;</p><p>2. Selecione a captura de tela: clique na opção “Captura de tela” e,</p><p>quando surgir um pop-up, clique em “OK”.</p><p>3. Escolha o monitor: se você tem mais de um monitor, clique no</p><p>menu suspenso ao lado de “Monitor”, escolha a outra tela e depois clique em “OK”. Se</p><p>tiver apenas um, é só clicar em “OK”;</p><p>4. Abra o menu de configurações: clique em “Configurações” no canto</p><p>inferior direito;</p><p>5. Escolha um destino para o arquivo: no menu lateral esquerdo,</p><p>clique na aba “Saída”. Em “Caminho de gravação”, clique em “Explorar” e escolha em qual</p><p>local o arquivo será salvo;</p><p>6. Inicie a gravação: clique em “Iniciar gravação” para começar a</p><p>gravar a tela. Quando quiser encerrar, clique em “Interromper gravação” (que estará</p><p>disponível no mesmo lugar que o “iniciar gravação”.</p><p>Com a captura for concluída, o arquivo final estará disponível na pasta</p><p>de destino, pronto para ser anexado na plataforma.</p><p>O RELATÓRIO DE AUDIÊNCIA</p><p>Assim que finalizada a audiência, o faciliter audiencista deverá preencher</p><p>um relatório informando sobre todos os acontecimentos ocorridos. O prazo de entrega</p><p>que consta na plataforma é justamente o prazo de entrega de tal relatório!</p><p>O relatório será preenchido diretamente na plataforma e enviado ao</p><p>cliente. Ele ficará disponível na solicitação de audiência correspondente, sendo passível de</p><p>pedido de correção para esclarecimentos. Essa correção com esclarecimentos deverá ser</p><p>elaborada pelo faciliter audiencista.</p><p>As informações essenciais para o relatório são:</p><p>Vamos conferir como é o formulário?</p><p>Ainda, como consta indicado na parte final do formulário, se disponível,</p><p>a ata de audiência deverá ser anexada no ID pelo faciliter antes de sua</p><p>conclusão. Você também pode anexar áudios com esclarecimentos que considerar</p><p>pertinentes, mas lembre-se que eles não substituem o relatório.</p><p>Por fim, registramos que caso não haja o encaminhamento do relatório</p><p>finalizado no prazo de entrega, o serviço não será faturado ao parceiro, pois</p><p>prestado de modo incompleto e em inobservância aos procedimentos</p><p>estabelecidos pela plataforma.</p><p>Então, vamos estabelecer um passo a passo?</p><p>1. Imediatamente após vinculação realizar análise da solicitação</p><p>verificando a necessidade de esclarecimentos junto ao cliente;</p><p>2. 15 (quinze) minutos antes da audiência encaminhar print</p><p>comprovando o comparecimento;</p><p>3. Iniciar a gravação da tela pelo app OBS Studio antes de iniciar</p><p>a audiência;</p><p>4. Realizar o upload na plataforma da gravação da audiência pelo</p><p>app OBS Studio, bem como da ata.</p><p>5. Preencher o relatório de audiência logo após a realização.</p><p>2. AUDIÊNCIAS PRESENCIAIS</p><p>Em se tratando de audiências presenciais, o que mudará no procedimento</p><p>será a forma de comprovação de participação no ato.</p><p>Deverá o Faciliter realizar o check in na própria plataforma, conforme</p><p>imagem abaixo:</p><p>Atenção: o check in só será possível se o Faciliter estiver na</p><p>comarca de realização da audiência, pois o sistema possui essa inteligência</p><p>como forma de garantir a participação no ato.</p><p>Após a audiência, o procedimento de relatório seguirá conforme as</p><p>audiências virtuais, assim como o anexo da ata, sendo desnecessária tão somente a</p><p>gravação do ato.</p><p>Vamos ao passo a passo?</p><p>1. Imediatamente após vinculação realizar análise da solicitação</p><p>verificando a necessidade de esclarecimentos junto ao cliente;</p><p>2. 30 (trinta) minutos antes da audiência realizar check in na</p><p>própria plataforma;</p><p>3. Após audiência, preencher o relatório e anexar a ata, caso</p><p>disponível.</p><p>Desde logo deixamos registrado que o descumprimento do compromisso</p><p>quanto às audiências vinculadas terá a penalidade de ENCERRAMENTO DA PARCERIA,</p><p>em todas as suas modalidades. Ainda, é PROIBIDO atrasos em audiência, substabelecer</p><p>para outro colega e pedir desvinculação no dia da audiência.</p><p>O comprometimento do profissional é essencial para que possamos</p><p>prestar os serviços com qualidade e manter um relacionamento de confiança e</p><p>credibilidade com o cliente da Facilita Jurídico, que é o responsável pela manutenção de</p><p>todo o nosso ecossistema.</p><p>O SUPORTE AO FACILITER AUDIENCISTA</p><p>O suporte ao faciliter audiencista é por meio do CONTATO DIRETO COM</p><p>O CLIENTE, via telefone disponibilizado no cadastro da solicitação:</p><p>Atenção!</p><p>Lembre-se que de acordo com os procedimentos que te apresentamos</p><p>acima, quando você se vincular deve imediatamente verificar se o cliente inseriu todos</p><p>os dados e prestou todos os esclarecimentos necessários. Havendo qualquer dúvida</p><p>você deve imediatamente procurar o cliente para colher as informações.</p><p>No momento da audiência, se houver dúvidas supervenientes não</p><p>esclarecidas no cadastro, poderá igualmente contatar o cliente para saná-las.</p><p>Em audiências que envolvem a presença de testemunha, caso essa não entre na sala,</p><p>deverá, também e de forma imediata contatar o cliente para demandá-lo.</p><p>Quem deverá alinhar as questões de audiências com a testemunha e</p><p>partes será o cliente.</p><p>QUALIDADE</p><p>Em relação à avaliação de desempenho do parceiro audiencista, ela será</p><p>realizada diretamente pelo cliente, de acordo com a análise dos relatórios. Eles irão</p><p>atribuir score de satisfação e feedback ao parceiro. Portanto, não há procedimento de</p><p>revisão na modalidade. O score atribuído irá integrar a sua média na plataforma!</p><p>Lembre-se que os feedbacks e score irão apontar os parceiros que estão</p><p>se destacando no programa de audiências e também aqueles que não estão aptos a</p><p>seguir na modalidade.</p><p>FINANCEIRO</p><p>Em relação aos valores que você irá faturar realizando audiências como</p><p>parceiro da Facilita Jurídico, dependerá do tipo do ato e da sua atuação. Os preços são:</p><p>1. Audiências virtuais:</p><p>AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO</p><p>Advogado R$ 20,00 (vinte reais)</p><p>Preposto R$ 20,00 (vinte reais)</p><p>AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E UNA</p><p>Advogado R$ 40,00 (quarenta reais)</p><p>Preposto R$ 40,00 (quarenta reais)</p><p>ANÁLISE DE CASO PARA AUDIÊNCIA</p><p>R$ 15,00 (quinze reais)</p><p>2. Audiências presenciais:</p><p>TODOS OS TIPOS DE AUDIÊNCIAS</p><p>Advogado R$ 150,00 (cento e cinquenta reais)</p><p>Preposto R$ 100,00 (cem reais)</p><p>Lembre-se que todos os serviços que foram concluídos dentro de um mês,</p><p>serão pagos no dia 25 (ou dia útil subsequente) do mês seguinte e que a emissão de nota</p><p>fiscal é OBRIGATÓRIA para recebimento dos serviços prestados.</p><p>O prazo MÁXIMO para emissão e envio da nota fiscal pela plataforma é</p><p>dia 20 de cada mês. Caso não haja o envio dentro do prazo, o valor fica retido e o</p><p>pagamento é realizado na próxima data de pagamento, mediante a emissão da nota fiscal</p><p>correspondente.</p><p>Todos os valores serão repassados para os parceiros habilitados na</p><p>plataforma, de modo que caberá ao parceiro o repasse dos</p><p>valores aos seus prepostos.</p><p>AUDIÊNCIAS CÍVEIS</p><p>AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO CÍVEL</p><p>Passaremos agora a tratar das especificidades das audiências de cada área</p><p>do Direito, iniciando pela área cível.</p><p>Na forma de um trâmite regular de processo de conhecimento cível, com a</p><p>inicial (requisitos do artigo 319 do Código de Processo Civil), o réu poderá ser citado para</p><p>audiência do artigo 334 do Código de Processo Civil. Observe o quadro abaixo, cujas</p><p>determinações do Juiz estão em retângulos azuis:</p><p>Embora no quadro se mencione “para conciliar”, colhe-se da legislação que</p><p>tal audiência será de conciliação ou mediação.</p><p>A audiência será de conciliação quando as partes não tiverem vínculo</p><p>anterior entre si, sendo que, neste caso, o conciliador poderá sugerir soluções para o</p><p>problema (§ 2º do artigo 165 do Código de Processo Civil).</p><p>Por outro lado, a audiência será de mediação quando as partes já tiverem</p><p>entre si vínculo jurídico preestabelecido, caso em que o mediador deverá estimular que as</p><p>próprias partes encontrem uma solução consensual para o litígio (§ 3º do art. 165 do</p><p>Código de Processo Civil).</p><p>Exatamente por esses motivos, a audiência será de conciliação ou de mediação.</p><p>A literatura jurídica também atribui outros nomes à audiência de</p><p>conciliação ou de mediação: inaugural, inicial ou preliminar.</p><p>Se o autor não tiver interesse na designação da audiência de conciliação,</p><p>deverá indicar, na petição inicial, o seu desinteresse na autocomposição. Já o réu deverá</p><p>fazê-lo, também por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência da data da</p><p>audiência (artigo 334, §5º, do Código de Processo Civil).</p><p>Não haverá tal ato, portanto, se: [a] ambas as partes declararem</p><p>expressamente que não se interessam pelo acordo; [b] quando não se admitir transação</p><p>do direito debatido (§ 4º, II, do art. 334 do Código de Processo Civil).</p><p>De qualquer sorte, ao ato interessará a existência ou não de flexibilidade</p><p>de acordo, que trataremos adiante; sendo esse o ponto de partida, após análise de</p><p>eventuais consequências da ausência ao ato.</p><p>DE EVENTUAL AUSÊNCIA AO ATO</p><p>A ausência de qualquer das partes constitui “ato atentatório à dignidade da</p><p>justiça”. A parte que se ausentar será sancionada com multa de até dois por cento do valor</p><p>da causa ou da vantagem econômica pretendida (§ 8º do artigo 334 do Código de</p><p>Processo Civil).</p><p>O comparecimento, porém, não precisa ser pessoal: as partes podem</p><p>comparecer por meio de terceira pessoa — um representante, com poderes (procuração)</p><p>para negociar (§ 10 do artigo 334 do Código de Processo Civil).</p><p>De qualquer forma, as partes, pessoalmente, ou seus procuradores,</p><p>devem estar acompanhadas dos seus respectivos advogados (§ 9º do artigo 334</p><p>do Código de Processo Civil).</p><p>Por fim, na forma do § 11 do mesmo artigo, a autocomposição obtida será</p><p>reduzida a termo e homologada por sentença.</p><p>Daí porque é importantíssimo que o audiencista tenha plena consciência</p><p>de até onde poderá transigir.</p><p>DA RÉGUA DE TRANSAÇÃO – ATÉ ONDE SE PODERÁ NEGOCIAR</p><p>O ato em si é extremamente simples, sendo basicamente questionado se</p><p>há proposta de acordo/concedido prazo para as partes conversarem. Talvez haja</p><p>intervenção de servidor/auxiliar para indicar um caminho que comumente seja seguido,</p><p>mas não há produção de provas nem outros desdobramentos.</p><p>Em tal aspecto, do cadastramento da solicitação de audiência se poderá</p><p>extrair se o cliente irá propor o acordo.</p><p>Não sendo oferecido pelo cliente, esclarecer que pode levar ao patrono</p><p>oferta outra apresentada pela parte adversa e que essa pode propor termos diretamente</p><p>ao patrono constituído, por e-mail. Se o cliente no ato do cadastramento não autorizou</p><p>expressamente que aceite acordo “até tanto”, com “pagamento em tantas vezes”, NÃO</p><p>ACEITAR ACORDO e indicar que se pretende seguir no feito.</p><p>DA CONCLUSÃO - AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO CÍVEL</p><p>Em tais tipos de audiência, além da necessidade de presença sob pena de</p><p>pagamento de multa, como eventual acordo significa sentença, o audiencista deve se</p><p>resguardar a somente propor e aceitar o que expressamente conseguir</p><p>observar das pretensões da solicitação. Esperamos que as dicas te auxiliem!</p><p>AUDIÊNCIA UNA – ATO NO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL</p><p>A audiência una é aquela na qual todos os atos são praticados no</p><p>momento da audiência. Iniciando com a conciliação, seguindo com a instrução processual</p><p>e finalizando com o julgamento do mérito, unificando, assim, todos os atos em um só</p><p>momento, visando a celeridade, simplicidade e informalidade que norteia o procedimento</p><p>especial da lei 9099/95.</p><p>No horário e juízo designado, será realizado o pregão, convocando as</p><p>partes para o comparecimento à sala de audiências, podendo ser presidida por um</p><p>conciliador, juiz leigo ou pelo juiz togado, conforme artigo 7º da lei de Juizados Especiais</p><p>Cíveis.</p><p>Caso uma das partes seja pessoa jurídica, deverá constar carta de</p><p>preposto, contrato social ou estatuto (cuidando-se de proprietário, sócio ou diretor com</p><p>poderes de</p><p>representação), ou ata de assembleia que elegeu o síndico, tratando-se de condomínio,</p><p>conforme artigo 9º, § 4º, da Lei 9.099/95.</p><p>Em caso de ausência da parte demandante, o processo será</p><p>imediatamente extinto sem resolução do mérito, independentemente de intimação pessoal</p><p>das partes (artigo 51, I e § 1º). Essa é primeira hipótese de sentença, conforme quadro</p><p>abaixo, no qual as sentenças são retângulos azuis escuro com letras brancas:</p><p>Para o caso de ausência da parte demandada, o juiz decretará a sua</p><p>revelia, conhecendo como verdadeiros todos os fatos alegados no pedido inicial, na forma</p><p>do artigo 20 da lei sob estudo.</p><p>Iniciada a audiência, o presidente questionará a possibilidade de</p><p>composição amigável, alertando sobre os riscos e custos do processo, explicando aos</p><p>presentes a possibilidade da composição amigável, conforme o artigo 21 da lei em estudo.</p><p>Havendo caso de composição amigável, esta será reduzida a termo e</p><p>homologada pelo juiz togado, na qual a sentença valerá como título executivo judicial</p><p>(artigo 22, lei. 9099/95). Essa é segunda hipótese de sentença, conforme quadro acima</p><p>(as sentenças são retângulos azuis escuro com letras brancas), que se recorta para</p><p>ênfase:</p><p>Se a conciliação não for obtida, o magistrado receberá os documentos</p><p>apresentados pelo autor. Em seguida, concederá a palavra ao réu, para que se manifeste</p><p>sobre a documentação apresentada pelo autor, respeitando os princípios do contraditório e</p><p>da ampla defesa e da bilateralidade da audiência.</p><p>Caso o réu formular pedido contraposto (artigo 31 da Lei nº 9.099/95) o</p><p>magistrado deve conceder vista dos autos ao autor após réplica, para que apresente</p><p>defesa.</p><p>Então, o magistrado concede vista ao autor, para defesa e réplica ou</p><p>apenas para que apresente réplica na própria audiência, combatendo as preliminares do</p><p>artigo 337 do Código de Processo Civil que tenham sido suscitadas e se manifestando</p><p>sobre os documentos que acompanham a contestação.</p><p>Superadas as etapas anteriores, o magistrado ouve o autor e o réu</p><p>(depoimentos pessoais) e as testemunhas até o máximo de três para cada parte (artigo</p><p>34). O Juiz ainda pode determinar a prova pericial, desde que admitida no rito,</p><p>inquirindo técnicos de sua confiança. Podendo também, realizar inspeção em pessoas ou</p><p>coisas, ou, ainda, determinar que seja feito por terceiro de sua confiança (artigo 35).</p><p>Finalizada a oitiva das testemunhas, o magistrado preferencialmente</p><p>prolata sentença no encerramento da audiência de instrução e julgamento (mas nem</p><p>sempre), inaugurando o prazo para a interposição do recurso inominado, ou, os autos</p><p>serão conclusos para a decisão.</p><p>A sentença após instrução é a última das hipóteses do quadro anotado,</p><p>que novamente se recorta para ênfase:</p><p>Caberá recurso ao próprio juizado no prazo de 10 (dez) dias, devendo, em</p><p>caso de recurso, as partes obrigatoriamente serem assistidas por advogado.</p><p>A depender do procedimento realizado pela Comarca onde ocorre a</p><p>audiência, a sentença pode ser proferida de</p><p>imediato ou posteriormente com expedição</p><p>de intimação às partes, cujo termo inicial do prazo recursal de 10 (dez) dias, inicia-se com</p><p>a ciência da decisão.</p><p>CONCLUSÃO – AUDIÊNCIA UNA</p><p>Em tais tipos de audiência, há uma grande concentração de atos.</p><p>Também se destaca a desnecessidade da apresentação do rol de</p><p>testemunhas e da prévia intimação das testemunhas para que compareçam ao ato; a</p><p>impossibilidade de interposição do recurso de agravo de instrumento para o combate de</p><p>decisões interlocutórias proferidas (proferida a decisão interlocutória, a parte deve</p><p>permanecer em silêncio, deixando para impugná-la juntamente com a sentença, como</p><p>preliminar do recurso inominado) e a inexistência de previsão da possibilidade de</p><p>apresentação das razões finais.</p><p>Daí que em respeito ao rito e à concentração dos atos, o ato é mais</p><p>simples do que uma audiência de instrução e julgamento comum do procedimento do</p><p>cível regido pelo Código de Processo Civil e levemente mais complexa do que uma</p><p>audiência de conciliação ou mediação!</p><p>Aqui, valerá o estudo do caso e a atuação oral, para que na própria</p><p>audiência o audiencista se manifeste para buscar a tutela acerca do direito vindicado,</p><p>favorável ao representado.</p><p>AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO CÍVEL</p><p>DO PONTO DE PARTIDA</p><p>Na forma de um trâmite regular de processo de conhecimento cível, com a</p><p>inicial (requisitos do artigo 319, Código de Processo Civil), o réu poderá ser citado para</p><p>audiência de conciliação, conforme determinação judicial (quadro abaixo, as</p><p>determinações do Juiz estão em retângulos azuis); e também poderá haver uma audiência</p><p>denominada “audiência de instrução e julgamento”.</p><p>Os atos estão sendo analisados separadamente, sendo que o presente se</p><p>presta às orientações gerais da instrução, ou seja, aquela designada em sede de</p><p>saneamento. E é exatamente esse o porto de partida.</p><p>Como se sabe, nos termos do artigo 357 do Código de Processo Civil, não</p><p>ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de</p><p>saneamento e de organização do processo:</p><p>I - resolver as questões processuais pendentes, se houver;</p><p>II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade</p><p>probatória, especificando os meios de prova admitidos;</p><p>III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373;</p><p>IV - delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do</p><p>mérito;</p><p>V - designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.</p><p>Daí que em tendo havido saneamento que delimite as questões</p><p>controvertidas é daí que o audiencista poderá concluir para qual rumo deve</p><p>encaminhar seus questionamentos.</p><p>O estudo do caso da audiência deve partir, portanto, do saneador, com</p><p>pinçar-se o que será objeto da prova oral.</p><p>ESCOPO DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO – PREPARO E O QUE FAZER NO DIA</p><p>Em assim sendo, forte na disposição do artigo 361 da mesma lei, a</p><p>audiência de instrução e julgamento é o ato processual destinado à produção de provas</p><p>orais, , ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente:</p><p>I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de</p><p>esclarecimentos requeridos no prazo e na forma do art. 477 , caso não</p><p>respondidos anteriormente por escrito;</p><p>II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;</p><p>III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão</p><p>inquiridas.</p><p>Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes</p><p>técnicos, as partes e as testemunhas, não poderão os advogados e o</p><p>Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz.</p><p>De rigor relembrar que essa é a ordem natural das provas, mas que é</p><p>muito comum a sua inversão para que a perícia seja produzida antes e por</p><p>escrito, especialmente em casos nos quais a controvérsia possa ser deslindada sem a</p><p>prova oral.</p><p>Evidentemente, você não pode controlar o que acontecerá em uma</p><p>audiência de instrução e julgamento ou como as partes, testemunhas, especialistas</p><p>técnicos e juiz se comportarão. Mas você deve se preparar para fazer a melhor</p><p>audiência possível, estudando o processo e, principalmente, atentando-se ao</p><p>motivo da audiência, o porquê foi designada, conforme saneador.</p><p>São importantes, portanto, para o preparo:</p><p>1) saiba quem está sendo representado;</p><p>2) tenha completa noção de quais os fatos que estão sendo discutidos;</p><p>3) destaque as provas a favor do representado, sendo que se poderá</p><p>questionar se determinada pessoa em audiência tem conhecimento sobre</p><p>tal documento, até para buscar eventual confissão;</p><p>4) destaque os argumentos que refutem a versão da parte adversária;</p><p>5) caso não se possa extrair do saneador, DEFINA qual são os pontos</p><p>controvertidos (questões a serem esclarecidas) que serão objeto de</p><p>prova na audiência de instrução e julgamento.</p><p>No dia designado para audiência de instrução e julgamento o advogado</p><p>deve se preocupar em estar disponível para adentrar à sala de audiência [ainda que</p><p>virtual], aguardando o chamado “pregão” (artigo 358, Código de Processo Civil – “No dia</p><p>e na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de instrução e julgamento e</p><p>mandará apregoar as partes e os respectivos advogados, bem como outras pessoas que</p><p>dela devam participar”).</p><p>O ato, basicamente, é feito por um servidor ou auxiliar do juízo que</p><p>chamará as partes e seus advogados, alertando-os que a audiência está prestes a</p><p>começar.</p><p>ATENÇÃO</p><p>O juiz poderá dispensar a produção de prova requerida pela parte</p><p>cujo advogado não tenha comparecido à audiência (artigo 362, §2º, Código de</p><p>Processo Civil). Assim, é imprescindível que se esteja disponível com antecedência</p><p>razoável na sala de audiência. A falta do procedimento pode resultar na</p><p>impossibilidade do representado provar o seu direito.</p><p>HIPÓTESES DE ADIAMENTO</p><p>A audiência de instrução e julgamento, por expressa previsão legal, é una</p><p>e contínua, só podendo ser cindida excepcional e justificadamente na ausência de</p><p>perito ou testemunha, desde que haja concordância das partes (art.365, Código de</p><p>Processo Civil).</p><p>Daí que em complemento a tal previsão, o Código de Processo Civil aponta</p><p>que poderá, porém, ser adiada:</p><p>1. Por convenção das partes</p><p>2. Pelo não comparecimento justificado de qualquer pessoa que deva</p><p>necessariamente dela participar</p><p>3. Por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta)</p><p>minutos.</p><p>Dessa maneira, se alguma testemunha-chave do representado não</p><p>comparecer, será o caso de justificar sua ausência e requerer o adiamento do ato</p><p>processual antes da abertura da audiência pelo juiz, caso contrário, será dado</p><p>prosseguimento ao ato processual.</p><p>DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO – TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA E</p><p>ORDEM DE PRODUÇÃO DE PROVAS</p><p>Presentes todas as partes e seus advogados, o juiz declarará aberta a</p><p>audiência e tentará conciliar as partes, mesmo que já tenha ocorrido prévia tentativa de</p><p>conciliação (artigo 359, Código de Processo Civil).</p><p>Em tal aspecto, do cadastramento da solicitação de audiência se</p><p>poderá extrair se o cliente irá propor o acordo.</p><p>Não sendo oferecido pelo cliente, sempre esclarecer que tem poderes</p><p>restritos, sendo que pode levar ao patrono oferta outra ou que sempre poderá a parte</p><p>adversa propor acordo diretamente com o patrono constituído, por e-mail.</p><p>SOMENTE ACEITAR ADIAMENTO DE AUDIÊNCIA PARA EVENTUAL</p><p>ACORDO SE O PATRONO CLIENTE INDICAR INTENÇÃO DE PROTELAR OU</p><p>EXPRESSAMENTE DE QUE TEM ESSE INTERESSE, sendo o objetivo precípuo o de</p><p>fazer produzir as provas, a princípio.</p><p>Assim, essa é a ordem de produção de provas, conforme art. 361, já mencionado:</p><p>Ou seja, inexistindo conciliação entre as partes, serão produzidas as</p><p>provas orais. O rito demanda que as provas orais do autor precederão as provas do réu</p><p>(artigo 361 e artigo 456, Código de Processo Civil), sendo ouvidas as provas orais</p><p>preferencialmente na ordem acima.</p><p>Note que quanto ao depoimento pessoal, como seu intuito é de</p><p>confissão, somente serão feitas perguntas à parte adversa, intuindo o Juiz que o</p><p>que já se pretendeu espontaneamente alegar consta das petições do processo.</p><p>DOS QUESTIONAMENTOS BÁSICOS</p><p>Sugere-se que com o estudo do processo o audiencista tenha um</p><p>panorama geral do que a legislação e a jurisprudência compreendem como imprescindível</p><p>de se demonstrar para a concessão do pedido.</p><p>Por exemplo, em ações possessórias, é imprescindível a comprovação dos</p><p>requisitos do artigo 561 do Código de Processo Civil. Para demandas de responsabilidade</p><p>civil, tem de estar caracterizado o preenchimento dos requisitos do 186 c/c 927 do Código</p><p>de Processo Civil.</p><p>Em tendo consciência dessa matéria é que se buscará qualificar ou</p><p>desqualificar a existência dos requisitos legais. Ou seja, deverá formular as perguntas</p><p>referentes à matéria, de forma mais detalhada possível, para que oralmente se possa</p><p>concluir que houve, no exemplo de posse: posse anterior, turbação/esbulho e data; a</p><p>continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção, ou a perda da posse, na</p><p>ação de reintegração.</p><p>Dessa forma, a cada audiência o audiencista deverá formular os</p><p>questionamentos tendo essa premissa de observar em favor de quem atua, conduzindo</p><p>para confirmar ou negar o que argumentado.</p><p>Diferentemente do que previa o Código de Processo Civil de 1973, o atual</p><p>Código alterou a forma de inquirição das testemunhas, conforme podemos observar pela</p><p>atual redação do artigo 459 do Código de Processo Civil:</p><p>Art. 459. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à</p><p>testemunha, começando pela que a arrolou, não admitindo o juiz</p><p>aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com as</p><p>questões de fato objeto da atividade probatória ou importarem</p><p>repetição de outra já respondida.</p><p>No sistema revogado, no momento de inquirição das testemunhas, as</p><p>perguntas eram feitas pelos Advogados ao Magistrado. Ele, por sua vez, refazia o</p><p>questionamento para a testemunha, o que era demorado e desnecessário. Assim, com o</p><p>novo regramento, o audiencista perguntará diretamente ao perito, contraparte</p><p>ou testemunha.</p><p>DOS DEBATES ORAIS OU RAZÕES FINAIS ESCRITAS</p><p>Na forma do artigo 364, Código de Processo Civil, finda a instrução, o</p><p>advogado do autor e, em seguida, o do réu, terão a palavra por 20 (vinte) minutos,</p><p>prorrogável por 10 (dez) minutos para fazer suas alegações finais (razões finais).</p><p>Havendo litisconsortes, o prazo será de 30 (trinta) minutos, que serão</p><p>divididos entre os do mesmo grupo, se não convencionarem de modo diverso</p><p>Porém, quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de</p><p>direito, o debate oral poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão</p><p>apresentadas pelo autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público, se for o caso de</p><p>sua intervenção, em prazos sucessivos de 15 (quinze) dias, assegurada vista dos autos</p><p>(§2º, artigo 364).</p><p>Pois bem.</p><p>As alegações finais são, por essência, a última manifestação das partes ao</p><p>final da audiência de instrução e antes da sentença. Em regra, pelo Código, sua</p><p>apresentação é de forma oral; mas, como a prática ensina que pela impossibilidade de</p><p>prolação imediata de sentença pelos juízes, assoberbados de trabalho, acabam</p><p>concedendo o prazo de razões escritas para as alegações.</p><p>Caso não o faça, sendo o caso de debate oral, ao audiencista caberá</p><p>reiterar os pontos que observou da produção da prova, destacando OS FAVORÁVEIS À</p><p>TESE DO REPRESENTADO ao Juízo, e, no mais, promover remissão às peças</p><p>processuais do representado (inicial e réplica, ou contestação).</p><p>DA ATA DE AUDIÊNCIA</p><p>De acordo com o regramento, em exercício de seu poder de polícia em</p><p>audiência, o juiz deve fazer registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos</p><p>apresentados em audiência (artigo 361, V, Código de Processo Civil).</p><p>Em tal aspecto, importantíssimo que o audiencista, ao assinar a</p><p>ata, observe se consta tudo o que foi pedido e observe se saem as partes</p><p>intimadas, tudo a verificar se já se inicia o prazo recursal.</p><p>No cível, como não há “protesto” em audiência, as decisões desfavoráveis</p><p>significarão abertura de prazo para recorrer quando de intimação das partes na audiência.</p><p>DA CONCLUSÃO - DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO</p><p>É crucial que o audiencista esteja preparado para o ato, com a leitura do</p><p>processo e das decisões já proferidas. Munido das instruções do cliente e de estudo do</p><p>processo, a audiência de instrução não é motivo para medo, mas oportunidade para</p><p>atuação e aprendizado.</p><p>AUDIÊNCIAS TRABALHISTAS</p><p>AS AUDIÊNCIAS TRABALHISTAS E SEUS RITOS</p><p>O segredo de uma boa ação trabalhista não está apenas na inicial ou na</p><p>defesa, e sim na condução da melhor audiência.</p><p>A audiência trabalhista tem regramento diferente para cada rito, sendo o</p><p>rito ordinário e o sumaríssimo, os mais comuns. A regra geral é a realização da audiência</p><p>una para os três ritos processuais (artigo 849 da Consolidação das Leis do Trabalho).</p><p>Para definir o rito é muito simples, basta definir o valor da causa. Observe</p><p>pelo quadro abaixo:</p><p>RITOS PROCESSUAIS DO</p><p>TRABALHO</p><p>VALOR DA CAUSA</p><p>Sumário Até 2 salários mínimos</p><p>Sumaríssimo Até 40 salários mínimos</p><p>Ordinário Acima de 40 salários mínimos</p><p>Passaremos a abordar como funciona cada rito processual e as regras</p><p>necessárias para o bom desenvolvimento da audiência.</p><p>RITO SUMÁRIO</p><p>O rito sumário é tão peculiar que até as suas regras são previstas em</p><p>outra lei, no caso a Lei nº 5.584/70.</p><p>Boa parte dos doutrinadores pontuam que esse rito foi absorvido pelo rito</p><p>sumaríssimo, no entanto a lei do rito sumaríssimo (Lei nº 9.957/00) não revogou a lei do</p><p>rito sumário (Lei nº 5.584/70), o que significa que ainda existem os três ritos processuais.</p><p>Na verdade, são raras as audiências no rito sumário, mas até no Pje existe</p><p>essa opção.</p><p>A opção pelo rito processual cabe ao reclamante, mas se o Juiz perceber</p><p>que a quantia estipulada não condiz com o conteúdo da inicial, ele pode de ofício ou até</p><p>mesmo a pedido do advogado da outra parte, corrigir o valor da causa e alterar o rito.</p><p>Caso advogado não concorde com essa decisão do juiz, deverá registrar</p><p>seu protesto e depois fazer a impugnação oralmente nas razões finais.</p><p>E se, mesmo assim, o juiz mantiver a alteração do rito e rejeitar a</p><p>impugnação, é cabível um recurso exclusivo do rito sumário nessa situação: Pedido de</p><p>Revisão do Valor da Causa.</p><p>OBSERVAÇÕES IMPORTANTES</p><p>● Neste rito é opcional ao Juiz constar em ata o resumo dos relatos das partes</p><p>(depoimentos pessoais e testemunhais);</p><p>● A sentença deste rito é conhecida como decisão em única instância. Isso</p><p>porque no rito sumário:</p><p>● Não cabe ação rescisória</p><p>● Não cabe mandado de segurança</p><p>● Somente admite recurso se houver ofensa contra a matéria da Constituição Federal.</p><p>Ou seja, não cabe nenhum recurso de uma sentença neste</p><p>procedimento como Recurso Ordinário, Revista ou Embargos ao Tribunal</p><p>Superior do Trabalho, exceto se a matéria ferir a Constituição Federal.</p><p>E se violar a Constituição Federal cabe a interposição de Recurso</p><p>Extraordinário que vai ser apreciado pelo Supremo Tribunal Federal.</p><p>RITO SUMARÍSSIMO</p><p>O que define o rito sumaríssimo são causas que não ultrapassem 40</p><p>(quarenta) vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação</p><p>trabalhista.</p><p>Quanto ao rito em apreço, seguem as seguintes ponderações:</p><p>1. Não cabe a parte a escolha do rito processual</p><p>É norma de ordem pública!</p><p>Quer dizer que quando o valor da causa não exceder a 40 vezes o</p><p>salário-mínimo, obrigatoriamente, o rito é sumaríssimo e pouco importa a complexidade</p><p>da causa.</p><p>2. Somente se aplica para dissídios individuais</p><p>Em outras palavras, causas de dissídio coletivo jamais seguem o rito</p><p>sumaríssimo. Outrossim, não se aplica para ações civis públicas e também ações civis</p><p>coletivas.</p><p>Todavia, nada impede do procedimento ser aplicável para ações plúrimas</p><p>(várias reclamações trabalhistas, acumuladas em único processo e com identidade da</p><p>matéria), desde que o teto desse procedimento seja respeitado.</p><p>3. Não participam do rito sumaríssimo</p><p>São partes que nunca participarão no rito sumaríssimo:</p><p>● Administração Pública Direta (União, Estados e Municípios)</p><p>● Autarquias</p><p>● Fundações</p><p>O que significa que o ajuizamento de uma ação</p><p>contra qualquer um dos</p><p>entes acima mencionados não deve seguir o rito sumaríssimo.</p><p>4. Pauta Especial</p><p>Uma vez ajuizada a ação nesse rito, a audiência deve ser designada para o</p><p>prazo máximo de 15 (quinze) dias. Aqui existem 2 pontos que todo advogado deve ficar</p><p>atento:</p><p>Ponto 1 - O pedido deve ser certo ou determinado e líquido</p><p>Todos os pedidos precisam ser calculados, caso contrário sua ação é</p><p>arquivada e o cliente poderá pagar as custas processuais sobre o valor</p><p>da causa (artigo 825-B, parágrafo único da Consolidação das Leis do</p><p>Trabalho).</p><p>Ponto 2 - Indicação certa do endereço do reclamado.</p><p>Indicar o nome ou endereço da parte contrária de forma incorreta ou</p><p>gerar o fracasso da notificação via postal, enseja o arquivamento e</p><p>pagamento de custas, visto que não há chances para corrigir. Todavia,</p><p>a parte só poderá ser penalizada com o arquivamento se ficar provado</p><p>que de forma culposa ela provocou, direta ou indiretamente, a</p><p>frustração postal.</p><p>5. Momento da Audiência</p><p>A. Tipo de Audiência</p><p>Como regra geral as demandas submetidas ao rito sumaríssimo possuem</p><p>Audiência Una (conciliação + instrução + julgamento), exceto em situações que</p><p>permitem o fracionamento.</p><p>Assim, todos os atos obrigatoriamente ocorrem em uma única data e todas</p><p>as provas são produzidas em audiência, ainda que não requisitadas pelas partes.</p><p>A Audiência Una em geral funciona da seguinte maneira no rito sumaríssimo:</p><p>● Tentativa de conciliação (pode ocorrer em qualquer fase da</p><p>audiência); ● Apresentação da defesa;</p><p>● Manifestação aos documentos oralmente;</p><p>● Depoimento das partes:</p><p>● Reclamante (o juiz e o advogado da reclamada fazem perguntas ao autor); ●</p><p>Reclamada (o juiz e advogado do reclamante fazem perguntas ao preposto do</p><p>réu) ● Oitiva das testemunhas das partes, peritos e técnicos;</p><p>● Primeiro o juiz ouve as testemunhas do reclamante (máximo:2) e depois da</p><p>reclamada (máximo:2);</p><p>● A testemunha deve comparecer independentemente de intimação, de modo que</p><p>se não comparecer, poderá ser intimada, mas apenas se ficar comprovado o</p><p>convite (artigo 852-H, §3º da Consolidação das Leis do Trabalho);</p><p>● Razões finais (não há previsão na lei);</p><p>● Sentença em audiência ou com data específica pra ser elaborada e publicada.</p><p>O juiz de início vai perguntar se as partes têm proposta de acordo. Se</p><p>tiver, ótimo. Necessário que se acompanhe de perto os detalhes do acordo que serão</p><p>redigidos. Caso não tenha acordo, o procedimento seguirá para o próximo andamento</p><p>conforme acima.</p><p>B. Incidentes ou Exceções</p><p>Não havendo acordo entre as partes, o magistrado passa a avaliar todos</p><p>os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência, como por</p><p>exemplo: arguições de suspeição e impedimento (impugnar a imparcialidade do juiz),</p><p>exceção de incompetência relativa (questionar a competência daquele juízo).</p><p>Se detectada a exceção, o juiz julga na própria audiência ou designa</p><p>instrução específica para o caso, se necessário.</p><p>Já no caso de arguições de suspeição e impedimento não é o juiz que</p><p>julga, mas o Tribunal Regional do Trabalho.</p><p>Todavia, não havendo exceções ou incidentes, a reclamada entrega a</p><p>defesa (processo físico) ou o juiz libera a defesa no sistema do Pje e disponibiliza esta</p><p>peça à parte contrária para manifestação oral.</p><p>C. Fracionamento</p><p>Sem incidentes e exceções, o juiz avalia as ressalvas quanto a</p><p>indivisibilidade da audiência (artigo 852, H da Consolidação das Leis do Trabalho):</p><p>● Impossibilidade de impugnar em audiência os documentos da parte contrária ●</p><p>Intimação de testemunha comprovadamente convidada deixar de comparecer à</p><p>audiência</p><p>● Realização de prova técnica quando o fato ou a lei exigir.</p><p>Caso também não ocorra qualquer hipótese de fracionamento, a audiência</p><p>segue normalmente.</p><p>D. Manifestação imediata</p><p>A audiência una obriga a parte a impugnar todos os documentos</p><p>apresentados pela parte contrária oralmente na própria audiência, exceto em caso de</p><p>absoluta impossibilidade.</p><p>E. Número de Testemunhas e Carta Convite</p><p>O número de testemunhas neste rito é limitado a no máximo duas para</p><p>cada parte, sendo que o comparecimento das testemunhas é independente de intimação.</p><p>Ou seja, caso a testemunha não apareça no dia, o juiz somente poderá intimá-la se for</p><p>apresentada a carta convite.</p><p>Caso tenha sido apresentada a carta convite, intimação feita com sucesso</p><p>e a testemunha mesmo assim não compareceu, o magistrado pode determinar a</p><p>condução forçada da testemunha.</p><p>Necessário avaliar muito bem com o cliente quem é essa testemunha, sua</p><p>personalidade e se de fato ela é essencial como prova. Visto que às vezes, forçar uma</p><p>prova testemunhal, pode ser um problema, porque quem vai contra a sua vontade pode</p><p>querer prejudicar o cliente.</p><p>F. Prova Pericial</p><p>É possível produzir prova pericial no procedimento sumaríssimo quando a</p><p>lei obrigar ou o fato exigir. Por exemplo: perícia para apurar a existência de</p><p>insalubridade. É uma prova de fato sujeita a apuração - classificação e grau - e que por</p><p>isso depende de perícia técnica.</p><p>O juiz fixa de imediato o prazo, o objeto da perícia e designará o perito.</p><p>Se houver razão justificável como oitiva de testemunhas por carta</p><p>precatória e prova pericial, por exemplo, é possível interromper a audiência nesse rito,</p><p>mas a continuação deve ocorrer no máximo em 30 (trinta) dias.</p><p>G. Manifestação ao Laudo</p><p>Anexado aos autos o laudo, o juiz intima as partes para se manifestar, no</p><p>prazo comum, de 5 (cinco) dias.</p><p>No procedimento ordinário a estipulação do prazo fica à critério do juiz.</p><p>H. Sentença</p><p>Em regra, a sentença deveria ser proferida na própria audiência e se isso</p><p>ocorrer, o prazo para recorrer começa neste exato momento. Mas a realidade é que</p><p>poucos os juízes que proferem sentença em audiência.</p><p>A sentença neste rito dispensa o relatório (resumo da inicial e da defesa) e</p><p>os recursos no rito sumaríssimo tem algumas restrições.</p><p>RITO ORDINÁRIO</p><p>Neste rito é fundamental a liquidação dos pedidos, caso contrário a</p><p>reclamação é arquivada. Existem juízes mais flexíveis que permitem ao advogado</p><p>emendar, complementar e até retificar a petição inicial em 15 dias, só que essa</p><p>possibilidade vem da aplicação secundária do Código de Processo Civil.</p><p>No rito ordinário o Juízo designará audiência INICIAL e após, audiência</p><p>de INSTRUÇÃO.</p><p>No caso da audiência INICIAL o magistrado fará a primeira tentativa de</p><p>conciliação e não havendo composição entre as partes, receberá a defesa da reclamada.</p><p>A parte reclamante poderá se manifestar oralmente quanto aos</p><p>termos da contestação no prazo de 20 (vinte) minutos. É possível ao Juízo</p><p>conceder prazo ao reclamante para manifestação, o que deverá ser feito até a</p><p>próxima audiência ou de acordo com o comando judicial.</p><p>Designada a audiência de INSTRUÇÃO são colhidos os depoimentos</p><p>pessoais das partes (Reclamante e Preposto).</p><p>Neste momento é imprescindível atentar para a possibilidade de confissão</p><p>da parte, momento em que o patrono deverá requerer ao Juízo a aplicação da pena de</p><p>confissão assim que a parte terminar de falar.</p><p>Após, dá-se seguimento através dos depoimentos das testemunhas,</p><p>iniciando pelas testemunhas da parte reclamante e em seguida, da parte reclamada.</p><p>Finalizados os depoimentos, é o momento para apresentação das Razões</p><p>Finais, as quais poderão ser orais, no prazo de 10 (dez) minutos para cada parte, ou</p><p>então remissivas, reiterando-se os termos da inicial e contestação ou ainda, escritas no</p><p>prazo a ser estabelecido pelo Juízo.</p><p>Por fim, é novamente feita tentativa de conciliação e não sendo esta</p><p>exitosa, é designado julgamento para prolação da sentença.</p><p>DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO</p><p>É muito comum na Justiça do Trabalho ocorrer acordo entre as partes seja</p><p>antes da audiência ou depois da sentença.</p><p>O acordo cabe em qualquer fase do processo e em muitos casos é o ideal</p><p>ao cliente. Mas para isso é necessário que o audiencista fique atento a tudo que for</p><p>inserido em ata.</p><p>Desta feita, necessária a observância dos seguintes pressupostos:</p><p>1 - Valor do acordo e dados para pagamento: É de extrema</p><p>importância a observância das informações de valores e dados para pagamento, visto que</p><p>um dado errado de conta pode gerar ao cliente um problema. No caso, os dados a serem</p><p>observados são:</p><p>– Valor líquido ou bruto do acordo;</p><p>– Quem vai pagar (se tiver mais de uma reclamada);</p><p>– Responsabilidade ou exclusão das demais reclamadas (se for o caso);</p><p>– Se o acordo é com ou sem vínculo (em casos de pedido de vínculo);</p><p>– Parcelamento com número, valor e data (se for o caso);</p><p>– Forma de pagamento (normalmente depósito);</p><p>– Quitação do acordo através de juntada dos recibos ou mediante silêncio, a critério</p><p>do juiz; – Multa de no mínimo 50% sobre o valor em aberto + juros e correção em</p><p>caso de não pagamento;</p><p>– Vencimento antecipado das demais parcelas, em caso de não</p><p>pagamento; – Natureza das verbas (salariais ou indenizatórias);</p><p>– Recolhimentos de IR e INSS pela reclamada, se for o caso;</p><p>– Baixa na CTPS, incluindo data e carimbo (se for o caso);</p><p>– Expedição de alvará para levantamento de FGTS e Seguro Desemprego (se for</p><p>o caso); – Devolução de uniforme, computador e outros materiais (se for o</p><p>caso);</p><p>– Quitação geral (ao contrato ou ao processo, dependendo do que for melhor para o</p><p>seu cliente);</p><p>– Homologação judicial;</p><p>– Custas pelo autor (com ou sem isenção).</p><p>2 - Custas: No caso de representação da parte reclamada, o ideal é sempre</p><p>tentar a dispensa das custas.</p><p>3 - Discriminação das verbas: Sempre discrimine as verbas que</p><p>integram o acordo na ata e fique atento para as explicação das novas regras da Lei</p><p>nº Lei nº 13.876/2019:</p><p>● Inicial com pedidos de verbas indenizatórias: não há</p><p>incidência de INSS e IR sobre o acordo;</p><p>● Inicial com pedidos de verbas remuneratórias e</p><p>indenizatórias: observar no acordo as novas regras do artigo 832, §3º</p><p>A, I e II, da Consolidação das Leis do Trabalho.</p><p>A ausência de discriminação das parcelas do acordo gera contribuição</p><p>previdenciária sobre o valor integral do acordo (Orientação Jurisprudencial nº 368 da</p><p>Seção de Dissídios Individuais I do Tribunal Superior do Trabalho). À título de exemplo,</p><p>segue discriminação de verbas indenizatória:</p><p>As partes declaram que a transação é composta de 100% (cem por cento) de</p><p>parcelas de natureza indenizatória, sobre as quais não há incidência de contribuição</p><p>previdenciária sendo discriminadas para tanto as seguintes parcelas:</p><p>Multa Convencional ......................................................................</p><p>R$ 100,00; FGTS</p><p>............................................................................................. R$</p><p>310,00;</p><p>Multa art. 477, § 8º da CLT..............................................................</p><p>R$ 1.090,00; TOTAL GERAL</p><p>........................................................................... R$ 1.500,00.</p><p>Segue exemplo de discriminação de verbas remuneratórias:</p><p>Conforme pormenorizado e descrito nos documentos de natureza probatória em</p><p>anexo, segue discriminação dos valores percebidos em rescisão, nos termos do</p><p>disposto no artigo 447 § 2º da CLT:</p><p>DAS VERBAS RESCISÓRIAS</p><p>O total bruto das verbas rescisórias equivale ao montante de R$ xxxxx (xxxxxxx), sendo:</p><p>R$ xxxxx (xxxxxx) a título de saldo de 13/dias salário; com Natureza</p><p>Salarial; R$ xxxxx (cento xxxxxx) referente a férias proporcionais</p><p>1/12avos; com natureza indenizatória;</p><p>R$ xxxxx (xxxxxx), referente ao terço constitucional de férias; com Natureza Indenizatória.</p><p>4 - Quitação geral: este pressuposto dependerá da parte representada:</p><p>● Advogado do reclamante: quitação apenas quanto ao objeto</p><p>da inicial, o que abre a oportunidade de ajuizar nova ação para</p><p>matérias que não foram levantadas na primeira ação;</p><p>● Advogado da reclamada: quitação geral e plena quanto ao</p><p>extinto contrato de trabalho. Assim nada mais pode ser objeto de ação</p><p>trabalhista contra aquele empregador em ação posterior (Orientação</p><p>Jurisprudencial nº 132 Seção de Dissídios Individuais I do Tribunal</p><p>Superior do Trabalho);</p><p>5 - Exclusão de outras Reclamadas: No caso da parte reclamante é</p><p>necessário ter certeza que a parte responsável pelo acordo tem condições financeiras de</p><p>honrá-lo. E somente faça isso se o cliente autorizar a exclusão. Caso contrário, não</p><p>aceite a exclusão das demais reclamadas para que futuramente possa executar qualquer</p><p>um dos responsáveis.</p><p>6 - Multa por descumprimento do acordo: É comum os juízes já</p><p>terem essa cláusula definida. Todavia, se há conhecimento de que a outra parte é mal</p><p>pagadora, necessário que seja explicado ao juiz e seja estabelecida a multa de 100%</p><p>sobre o valor total do acordo. Caso esteja reclamada a multa deverá ter o menor</p><p>percentual possível.</p><p>7 - Documentos e Alvarás: Necessário atentar:</p><p>● CTPS: Registre um prazo razoável para a parte reclamada</p><p>cumprir essa obrigação e de preferência estabeleça a responsabilidade</p><p>da parte reclamante de levar o documento até a reclamada;</p><p>● Devolução: Registre em ata toda e qualquer devolução</p><p>pretendida.</p><p>● Alvará: Se for o caso, este é o momento de solicitar ao juiz a</p><p>expedição de autorização para liberar as guias de FGTS ou Seguro</p><p>Desemprego.</p><p>DO PROTESTO EM AUDIÊNCIA</p><p>No decorrer do presente material foi esclarecido que sempre que houver</p><p>algum ato que a parte representada não concorde, deve ser registrado o protesto em ata</p><p>de audiência.</p><p>O PROTESTO está previsto no artigo 795 c/c artigo 817 da Consolidação</p><p>das Leis do Trabalho, sendo uma manifestação do advogado que discorda da atitude do</p><p>juiz naquele momento. O patrono deve registrar em ata o protesto para que este</p><p>possa ser matéria objeto de recurso, a fim de atacar o ponto de discordância ocorrido</p><p>em audiência.</p><p>O protesto visa evitar a preclusão e possibilitar a arguição de nulidades no recurso.</p><p>Deste modo, o protesto deve ser utilizado e arguido quando:</p><p>● Discordar de alguma atitude ou decisão do juiz;</p><p>● O juiz indeferir uma pergunta relevante;</p><p>● Algum pedido importante for indeferido.</p><p>O protesto deve ser arguido no mesmo momento que o fato ocorrer,</p><p>devendo ser expressado de forma cordial, como: “Excelência, pela ordem, gostaria de</p><p>constar em ata os protestos da parte reclamante/reclamada (esclarecer o fato</p><p>e fundamentá-lo)”.</p><p>IMPORTANTÍSSIMO!</p><p>VERIFICAR SE O PROTESTO CONSTOU EM ATA E, SE NÃO</p><p>CONSTAR, REFORCE SUA PRETENSÃO COM O JUIZ PARA QUE O</p><p>PEDIDO SEJA REGISTRADO</p><p>DA MANIFESTAÇÃO ORAL</p><p>Sendo determinado pelo Juízo a manifestação oral da parte, para que esta</p><p>seja realizada da melhor forma possível, é necessário que o advogado audiencista</p><p>tenha amplo conhecimento da ação.</p><p>Para tanto, é primordial que antes da audiência baixe todo o processo e</p><p>destaque os principais trechos, inclusive de documentos que deva se manifestar.</p><p>Para a parte reclamante, é preciso que na manifestação seja impugnada</p><p>ponto a ponto da defesa, visto que a manifestação será uma réplica da inicial. Já para a</p><p>parte reclamada, esta apresenta a defesa e aguarda a réplica.</p><p>DOS PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS PELO AUDIENCISTA</p><p>Para que a audiência seja realizada sem percalços é necessário que o</p><p>advogado tome as seguintes medidas:</p><p>1. LEIA O PROCESSO COMPLETO</p><p>O advogado deve ser a pessoa que conhece o processo integralmente.</p><p>Deste modo, é necessária a completa leitura, bem como a realização das anotações</p><p>necessárias, tornando aquele conteúdo intuitivo para o audiencista.</p><p>2. ANOTE OS DADOS</p><p>Realize a anotação dos dados importantes:</p><p>● Nome das partes</p><p>● Número do processo</p><p>● Hora da audiência</p><p>● Tipo de audiência e rito</p><p>3. SEPARE OS REQUERIMENTOS</p><p>Identifique os requerimentos que precisam ser feitos. Por exemplo:</p><p>● Retificação do polo</p><p>● Chamamento ao processo</p><p>● Inversão do ônus da prova</p><p>● Adiamento</p><p>● Expedição de carta precatória</p><p>● Retorno ao Perito</p><p>● Juntada de documento novo</p><p>4. SEPARE AS MATÉRIAS QUE PRECISAM DE PROVA E</p><p>ESTABELEÇA DE QUEM É O ÔNUS</p><p>As matérias de direito não precisam ser provadas em audiência, apenas</p><p>as matérias de fato. Separe as provas que já foram produzidas no processo e quais</p><p>ainda precisam ser feitas. Exemplo:</p><p>● Precisa de prova testemunhal?</p><p>● Ouvidas na hora ou por precatória?</p><p>● Há necessidade de perícia?</p><p>● De que tipo (médica? técnica? grafotécnica)?</p><p>● Precisa ouvir um especialista?</p><p>● Precisa de tradutor?</p><p>Também é importante saber de quem é o ônus da prova, pois isso</p><p>influenciará diretamente nas provas que você terá que produzir.</p><p>5. ELABORE AS PERGUNTAS</p><p>É importante que o audiencista tenha consigo um esboço e ajuste o rol de</p><p>perguntas de acordo com aquilo que constar do cadastro do cliente.</p><p>6. ESTEJA PREPARADO PARA IMPREVISTOS</p><p>A audiência é MUITO dinâmica, então esteja preparado para acrescentar</p><p>perguntas, excluir perguntas, contraditar testemunhas, pedir a aplicação da pena de</p><p>confissão, desistir da oitiva de testemunhas.</p><p>7. ANOTE OS PRÓXIMOS PASSOS</p><p>Não se esqueça de anotar os prazos conferidos em audiência (ex.: prazo</p><p>para juntada de documento, quesitos, indicação de testemunha, réplica, etc.) e os</p><p>próximos passos (ex.: redesignação, data de julgamento, etc.).</p><p>AUDIÊNCIAS CRIMINAIS</p><p>CONSIDERAÇÕES INICIAIS - PREMISSAS PARA A CORRETA REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA</p><p>Para a boa realização de uma audiência na seara penal, deve-se partir das</p><p>seguintes premissas:</p><p>1. Estudo do caso por meio de:</p><p>a) Leitura do processo em sua integralidade, contemplando todas as</p><p>movimentações da persecução penal, incluída a fase investigatória;</p><p>b) Análise minuciosa das principais movimentações processuais –aquelas</p><p>constantes do inquérito policial; denúncia; peças acusatórias apresentadas e,</p><p>sobretudo, mas não somente, petitórios atravessados aos autos pela defesa</p><p>para constatação das teses anteriormente arguidas;</p><p>c) Anotações de informações cruciais constantes das peças sobreditas para que</p><p>possam ser, mediante necessidade, aventadas em sede de audiência;</p><p>0. Verificação da estratégia traçada pelo cliente, que deverá</p><p>constar da descrição da solicitação da audiência.</p><p>Pois bem. Realizadas as primeiras considerações, passa-se à análise de</p><p>audiências realizadas em âmbito criminal, com a discriminação de suas peculiaridades e</p><p>indicação das possibilidades de arguições em cada ato.</p><p>TIPOS DE AUDIÊNCIAS NA SEARA PENAL</p><p>DA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA</p><p>PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES GERAIS</p><p>Como se sabe, a lei 13.964, de 2019 incorporou ao Código de Processo</p><p>Penal Brasileiro a previsão da realização da audiência de custódia, sendo ela direito de</p><p>todas as pessoas presas em flagrante, a ser realizada em até 24 horas após a constrição.</p><p>Veja-se da redação do artigo 310 do Código de Ritos Penal:</p><p>Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo</p><p>de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz</p><p>deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado,</p><p>seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o</p><p>membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá,</p><p>fundamentadamente: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de</p><p>2019) (Vigência)</p><p>I -relaxar a prisão ilegal; ou (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).</p><p>II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes</p><p>os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem</p><p>inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão;</p><p>ou (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).</p><p>III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. (Incluído</p><p>pela Lei nº 12.403, de 2011).</p><p>Igualmente encontra guarida a realização da audiência de custódia nos</p><p>termos da Convenção Americana dos Direitos Humanos e no Pacto Internacional sobre</p><p>Direitos Civis e Políticos, ratificados e incorporados no ordenamento jurídico brasileiro, por</p><p>meio dos Decretos n° 678/92 e 592/92, respectivamente.</p><p>A saber, referida audiência deverá ocorrer em quaisquer dos ritos</p><p>penais – ordinário, sumário e sumaríssimo -, em que pese as particularidades e distinções</p><p>entre os ritos, a serem melhor esmiuçados adiante.</p><p>A presença do advogado na audiência de custódia é obrigatória,</p><p>consoante dicção do artigo 310, caput, retro colacionado, devendo o audiencista voltar-se</p><p>aos pontos elencados no tópico subsequente quando de sua participação no ato.</p><p>PONTOS DE ATENÇÃO E ARGUIÇÕES POSSÍVEIS EM SEDE DE AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA</p><p>Passa-se à análise e indicação de como deve se portar o audiencista em</p><p>audiência de custódia, salientando o que poderá e deverá - se o caso - alegar em favor do</p><p>patrocinado:</p><p>1. Após verificação das condições da prisão, aventar a ocorrência de eventual</p><p>nulidade no auto respectivo, requestando pelo seu relaxamento e,</p><p>consequentemente, pela liberdade do constrito, nos termos do artigo 310, I do</p><p>Código de Ritos Penal;</p><p>2. Arguir teses a rechaçar a necessidade de prisão preventiva, evidenciando</p><p>estarem ausentes os requisitos para constrição cautelar – dentre aqueles previstos</p><p>no artigo 312 do Código de Processo Penal-, de forma, assim, a evitar que o</p><p>flagranteado tenha sua prisão em flagrante convertida em preventiva,</p><p>consoante permissivo do inciso II do artigo supracitado;</p><p>3. Requerer, de forma subsidiária, e acaso haja a conversão da prisão, a aplicação</p><p>de medidas cautelares alternativas, nos termos do artigo 319 do Diploma</p><p>legal retro citado, viabilizando que o assistido possa permanecer solto</p><p>durante a persecução penal.</p><p>DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO</p><p>DAS DIFERENÇAS ENTRE OS RITOS ORDINÁRIO E SUMÁRIO</p><p>Nos termos do artigo 394, 1º, I e II do Código de Ritos, o rito a ser</p><p>seguido será o ordinário “quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada</p><p>for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade” e, noutro bordo,</p><p>sumário, “quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4</p><p>(quatro) anos de pena privativa de liberdade”.</p><p>Ressalta-se que ambos os ritos se assemelham, na prática, com exceção</p><p>das regras atinentes a quantidade de testemunhas e prazo para a realização da</p><p>audiência.</p><p>No rito ordinário, poderão ser arroladas até 8 (oito) testemunhas, tanto</p><p>pela acusação quanto pela defesa, e a audiência deve ser realizada no prazo máximo de</p><p>60 (sessenta) dias:</p><p>Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no</p><p>prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de</p><p>declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela</p><p>acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222</p><p>deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às</p><p>acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando</p><p>se, em seguida, o acusado</p><p>Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito)</p><p>testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa.</p><p>§ 1o Nesse número não se compreendem as que não prestem</p><p>compromisso e as referidas.</p><p>§ 2o A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das</p><p>testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste</p><p>Código. (Grifos nossos)</p><p>Noutro bordo, no rito sumário, o número máximo de testemunhas é de 05</p><p>(cinco) e a audiência deverá ser realizada no prazo máximo de 30 (trinta) dias. Veja-se do</p><p>Código de Processo Penal:</p><p>Art. 531. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no</p><p>prazo máximo de 30 (trinta) dias, proceder-se-á à tomada de</p><p>declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas</p><p>arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o</p><p>disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos</p><p>peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas,</p><p>interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se, finalmente,</p><p>ao debate. (grifo nosso)</p><p>Art. 532. Na instrução, poderão ser inquiridas até 5 (cinco)</p><p>testemunhas arroladas pela acusação e 5 (cinco) pela defesa. (grifo</p><p>nosso)</p><p>Outro ponto de distinção relevante refere-se à ausência de previsão de</p><p>"requerimento de diligências" no rito sumário, tal como existente no rito ordinário,</p><p>segundo a previsão do artigo 402 do Diploma de Regência.</p><p>Por fim, destaca-se, ainda, que no procedimento sumário, ao contrário do</p><p>ordinário, não há previsão legal para apresentação de alegações finais por</p><p>escrito, todavia, verifica-se na prática a concessão de prazo pelo juízo.</p><p>Inobstante, deve o audiencista preparar-se para arguir</p><p>oralmente, ao término da audiência</p><p>de instrução e julgamento, suas alegações</p><p>finais com base no caso e no descritivo apresentado pelo cliente.</p><p>DA ORDEM DE OITIVAS E DO REQUERIMENTO DE DILIGÊNCIAS</p><p>Salienta-se que as considerações a seguir elencadas referem-se tanto ao</p><p>procedimento ordinário quanto sumário, ressalvadas as questões já suscitadas no tópico</p><p>anterior e que serão adiante reforçadas.</p><p>Pois bem.</p><p>A dinâmica da audiência de instrução e julgamento nos ritos sobreditos</p><p>observará a seguinte ordem de oitivas:</p><p>1º - Tomada de declaração do ofendido - se houver;</p><p>2º - Inquirição de testemunhas acusatórias e defensivas, sempre nesta ordem;</p><p>com ressalva ao disposto no artigo 222 da Lei Adjetiva Penal, pelo qual “A</p><p>testemunha que morar fora da jurisdição do juiz será inquirida pelo juiz do lugar de</p><p>sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável,</p><p>intimadas as partes.”;</p><p>3º - Esclarecimentos dos peritos, acareações e reconhecimento de pessoas e</p><p>coisas, se o caso;</p><p>4º - Por fim, o interrogatório do acusado, sempre ouvido ao final da audiência e</p><p>anteriormente ao término da instrução.</p><p>Relembre-se que, no rito ordinário, “Produzidas as provas, ao final da</p><p>audiência, o Ministério Público, o querelante e o assistente e, a seguir, o acusado poderão</p><p>requerer diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados na</p><p>instrução.” (artigo 402 do Código de Processo Penal).</p><p>Frente ao exposto, acaso o audiencista entenda pela necessidade e</p><p>pertinência de requerer novas diligências a fim de comprovar a inocência do</p><p>assistido, e, ainda, caso o cliente tenha de forma expressa, na solicitação,</p><p>indicado tal necessidade, dever-se-á aproveitar do ato para requerê-las.</p><p>PONTOS DE ATENÇÃO E ARGUIÇÕES POSSÍVEIS EM SEDE DE AUDIÊNCIA DE</p><p>INSTRUÇÃO E JULGAMENTO</p><p>1. Verificar, na descrição da solicitação, as perguntas a serem</p><p>dirigidas às vítimas - se o caso -, informantes, testemunhas acusatórias e defensivas,</p><p>lembrando que, inicialmente, os questionamentos são feitos pelo magistrado, seguido da</p><p>acusação e, por fim, da defesa, e direcionados inicialmente à vítima, seguida das</p><p>testemunhas de acusação, defesa, procedendo-se ao final com o interrogatório do</p><p>réu;</p><p>2. Após detida análise dos autos e seguindo a estratégia processual delimitada pelo</p><p>cliente, se verificados outros questionamentos pertinentes, fazê-los no momento oportuno;</p><p>3. Atentar-se aos questionamentos realizados pelo Magistrado, pela acusação – e,</p><p>eventualmente, pelo assistente de acusação, caso haja -, de forma a combater eventuais</p><p>alegações desfavoráveis por meio de perguntas específicas às partes, quando do momento</p><p>de fala da defesa;</p><p>4. Ainda, atuar de forma diligente nos questionamentos realizados a fim de</p><p>esclarecer os pontos controversos da questão, focando-se em descaracterizar o delito</p><p>ou amenizar a situação do acusado;</p><p>5. Elaborar perguntas diretas e que não deixem margem a</p><p>interpretações dúbias, de forma que todas as partes compreendam exatamente o que se</p><p>está questionando; 6. Focar, acaso viável, nos questionamentos que possam culminar</p><p>em eventuais nulidades processuais;</p><p>7. Buscar, nos questionamentos realizados às testemunhas de acusação e</p><p>vítimas, descaracterizar a certeza sobre a ocorrência do fato, e/ou sobre a participação do</p><p>acusado, para que, se possível, venha-se a postular pela absolvição pela</p><p>insuficiência de provas, nos termos do artigo 386, II, V, VI e/ou VII do Código</p><p>de Processo Penal, em observância ao in dubio pro reo - tese massivamente</p><p>utilizada na seara penal-;</p><p>8. Ainda, nos questionamentos a serem feitos à parte adversa, buscar</p><p>contradições que possam ser aventadas posteriormente em alegações finais escritas, ou</p><p>orais; 9. Não realizar perguntas abrangentes e, sobretudo, que possam levar o</p><p>patrocinado a “falar mais do que deve”, prejudicando a sua situação;</p><p>10. Ao final, requestar pela produção de eventuais provas que se fizerem</p><p>necessárias à busca da verdade real dos fatos, nos termos do artigo 402 do Código de</p><p>Processo Penal, independentemente do rito seguido, conforme declinado anteriormente e</p><p>observância as regras da prática criminal;</p><p>11. Realizar pedido de revogação da prisão preventiva – se o caso -, nos</p><p>termos do artigo 316 do Código de Ritos, permitindo ao acusado que possa recorrer em</p><p>liberdade – caso condenado;</p><p>12. Requerer que as alegações finais sejam apresentadas de forma</p><p>escrita, nos termos do artigo 403, parágrafo 3º do Código de Processo Penal, também</p><p>independentemente do rito;</p><p>13. Em não sendo concedida a possibilidade de alegações finais</p><p>por memoriais em qualquer dos ritos, seguir a estratégia de defesa</p><p>apresentada pelo cliente, arguindo de forma oral as teses cabíveis ao caso,</p><p>realizando, ao final, os pedidos pertinentes (tanto principais, quanto</p><p>subsidiários).</p><p>ÂMBITO DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS</p><p>DA AUDIÊNCIA PRELIMINAR DE CONCILIAÇÃO</p><p>A Lei 9.099/95 trouxe a obrigatoriedade de audiência preliminar de</p><p>conciliação, tratando-se de exceção ao princípio da obrigatoriedade da ação penal previsto</p><p>na legislação. Possui, pois, como objetivo a despenalização, tornando possível</p><p>uma compensação civil.</p><p>Trata-se, pois, de ato contemplado pelo procedimento sumaríssimo, para o</p><p>julgamento de infrações penais de menor potencial ofensivo - contravenções penais ou</p><p>crimes cujas penas máximas em abstrato não ultrapassem 2 anos -, nos termos do artigo</p><p>394, 1º, III, do Código de Processo Penal e artigo 60 da Lei dos Juizados Criminais.</p><p>Salienta-se que pela dicção do artigo 2º da legislação de regência – Lei 9.099/95 - , “O</p><p>processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia</p><p>processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação.”</p><p>A saber, a diferença entre os ritos ordinário/sumário e o rito sumaríssimo origina se desde</p><p>os primórdios da persecução, na qual, neste, lavra-se termo circunstanciado em eventual</p><p>prisão em flagrante, e, ainda, em caso de comparecimento espontâneo, o então</p><p>averiguado assinará termo de compromisso informando comparecimento em audiência em</p><p>data e local marcados.</p><p>Nesta audiência prévia, haverá, inicialmente, tentativa de conciliação em</p><p>observância aos postulados norteadores do rito sumaríssimo – retro indicados -,</p><p>abarcando-se, aqui duas possibilidades:</p><p>1. Composição Civil, que consiste em acordo entre vítima e acusado</p><p>para se alcançar a reparação do dano causado;</p><p>2. Transação Penal, consistente em acordo entre o acusado e o</p><p>Ministério Público, no qual será estabelecida pena alternativa que, acaso aceita, obstará o</p><p>Órgão Ministerial de oferecer denúncia.</p><p>Neste ato, portanto, o audiencista deverá ter atenção ao indicado</p><p>pelo cliente quando do cadastro da solicitação e proceder de acordo, seguindo a</p><p>aceitação, ou não dos termos propostos.</p><p>DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO</p><p>Em não havendo acordo entre as partes, nos termos do tópico anterior,</p><p>será designada nova audiência, dessa vez para instrução e julgamento do processo, após</p><p>oferecimento de denúncia oral pelo Ministério Público, reduzida a termo, nos termos dos</p><p>artigos 77 e 78 da legislação de regência.</p><p>Pontua-se que, na prática, em que pese a previsão legislativa, a exordial</p><p>acusatória é oferecida de forma escrita.</p><p>No dia da audiência, poderá ser oferecida transação penal – caso</p><p>não tenha sido possível anteriormente em audiência preliminar -, novamente</p><p>fazendo-se necessária atenção à solicitação do cliente quanto a aceitação, ou</p><p>não dos termos propostos pelo Parquet.</p><p>Não havendo transação, inicialmente a palavra é dada à defesa, a qual</p><p>competirá realizar a resposta à acusação de forma oral, “após o que o Juiz receberá, ou</p><p>não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as</p><p>testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente,</p><p>passando-se imediatamente aos debates orais e à prolação da sentença.” (artigo 31 da Lei</p><p>9.099/95)</p><p>Aqui, novamente se faz necessária a observância da descrição da</p><p>solicitação pelo cliente</p>

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