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<p>Resumo de IMPO</p><p>CONCEITUANDO OS INSTRUMENTOS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO</p><p>Segundo a Portaria Interministerial n.º 4.226/10 (BRASIL, 2011), IMPO’s são um conjunto de armas, munições e equipamentos desenvolvidos com a finalidade de preservar vidas e minimizar danos à integridade das pessoas.</p><p>São características do uso de IMPOs nas ações de intervenção pelos agentes:</p><p>• Reduzir os efeitos colaterais da ação.</p><p>• Promover uma intervenção menos gravosa</p><p>Portaria tem como objetivo estabelecer diretrizes sobre o uso da força pelos agentes de segurança pública, para orientar e padronizar os procedimentos de atuação aos princípios internacionais sobre o uso da força.</p><p>recomenda o porte de, no mínimo, dois instrumentos de menor potencial ofensivo, pelo agente de segurança pública. É possível que você pergunte se isso inclui o recurso clássico de intervenção: o bastão policial. De acordo com pesquisas sobre armas não letais, o bastão policial é reconhecido como “uma arma não letal contundente”</p><p>Importante lembrar: instrumentos de menor potencial ofensivo não se refere ao bastão policial.</p><p>ARMAS, MUNIÇÕES E EQUIPAMENTOS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO</p><p>Todos os tipos de armas, munições e equipamentos enquadrados como instrumentos de menor potencial ofensivo têm como finalidade conter, debilitar ou incapacitar temporariamente a pessoa envolvida na ação.</p><p>CONTER: a limitação da expansão individual ou coletiva; a não continuidade de determinada ação; impedir de prosseguir, controlar a ameaça etc. Essa contenção pode ser feita de várias formas, desde o uso de algemas até com o emprego de uma verbalização, instalação de grades demarcando uma área restrita ou a formação de um “cordão humano”.</p><p>DEBILITAR: significa tirar ou perder a energia física ou a saúde; enfraquecer. Os instrumentos considerados debilitantes baseiam-se principalmente no desconforto ou na inquietação, reduzindo a capacidade agressiva do indivíduo. São exemplos de instrumentos e técnicas debilitantes: as munições de impacto controlado (munições de elastômero) e os espargidores lacrimogêneos (inquietantes).</p><p>INCAPACIRTAR: pode ser entendido como tornar incapaz; inabilitar. Um instrumento de menor potencial ofensivo incapacitante é aquele que atua diretamente no sistema nervoso, causando reações involuntárias no organismo e fazendo com que a pessoa perca a possibilidade de controle sobre seus atos, a exemplo da arma de incapacitação neuromuscular. Assim, mesmo que haja dor ou desconforto no uso desses instrumentos, a pessoa exposta não tem opção entre continuar agindo ou cessar a ação.</p><p>Armas de Menor Potencial Ofensivo = Dentre as armas projetadas e/ou empregadas para um efeito menos nocivo, temos a arma de incapacitação neuromuscular. o agressor, paralisando-o completamente, evitando uma ação de ataque ou fuga, criando, assim, uma “janela de oportunidade” para realizar a imobilização. Tanto as armas de incapacitação neuromuscular como os espargidores de solução lacrimogênea agem para incapacitar e debilitar os sujeitos envolvidos na ação conflituosa.</p><p>Munições de menor potencial ofensivo = São munições projetadas e empregadas, especificamente, para conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas, preservando vidas e minimizando danos a integridade das pessoas envolvidas. Existem alguns tipos de munições de menor potencial ofensivo, são eles: os projéteis de emissão lacrimogênea, as munições de impacto controlado (munições de elastômero) e os cartuchos das armas de incapacitação neuromuscular.</p><p>Projéteis de emissão lacrimogênea são conhecidos também como granadas de emissão lacrimogênea. Assim como os espargidores de emissão lacrimogênea, os projéteis agem como instrumento para debilitar grupos durante a ação policial.</p><p>Munições de impacto controlado (projéteis de borracha) levam esse nome por terem uma capacidade de energia muito menor em comparação com a munição letal, e permitem, assim, um efeito menos grave à pessoa atingida. Normalmente, as munições de impacto controlado e os projéteis de emissão lacrimogênea agem através da debilitação.</p><p>Equipamentos de menor potencial ofensivo = Todos os artefatos que realizam a contenção, debilitação ou incapacitação temporária da pessoa, com exceção das armas e munições, são os equipamentos de menor potencial ofensivo. Temos o exemplo das redes de captura e a plataforma de emissão sonora (quando empregada na função “comunicação”)</p><p>TÉCNICAS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO</p><p>Segundo a Portaria Interministerial n.º 4.226/10, definimos técnicas de menor potencial ofensivo como o conjunto de procedimentos empregados em intervenções que demandem o uso da força, através do uso de instrumentos de menor potencial ofensivo, com intenção de preservar vidas e minimizar danos à integridade das pessoas.</p><p>É importante lembrar: que as técnicas de menor potencial ofensivo não são as técnicas de mãos livres, utilizadas como defesa pessoal (controle de braços e mãos). Tanto as técnicas de menor potencial ofensivo quanto as técnicas de mãos livres possuem efeitos colaterais mínimos e são intervenções menos graves. Ainda assim, a técnica de menor potencial ofensivo requer, necessariamente, o emprego de um IMPO.</p><p>USO LEGAL DOS INSTRUMENTOS E DESVIO DE CONDUTA</p><p>Um aspecto de extrema importância para o uso correto e legal das técnicas e dos instrumentos apresentados é a redução do sofrimento das pessoas abordadas. A utilização dos IMPOs segue as orientações internacionais e nacionais sobre o uso da força e de armas de fogo, são elas:</p><p>1 - O Código de Conduta dos Encarregados de Aplicar a Lei;</p><p>2 - Os Princípios Básicos de Uso da Força e de Armas de Fogo;</p><p>3 - As Diretrizes de Uso da Força implementadas no Brasil.</p><p>Consequências do uso inadequado dos IMPOs:</p><p>· Questionamentos por parte de organismos de Direitos Humanos Proibição do uso dos instrumentos para todos os agentes da corporação, em razão do desvio de conduta de um único profissional;</p><p>· Degradação da imagem dos organismos de Segurança Pública em todo o país;</p><p>· Condenação penal e até a perda da função para o servidor que fizer uso inadequado do instrumento;</p><p>· Solicitações de proibição da utilização dos IMPO por parte de Organizações Sociais e Institucionais.</p><p>PORTARIA INTERMINISTERIAL N.º 4.226 (2010)</p><p>Procedimentos de uso da força e de instrumentos de menor potencial ofensivo. Esta norma foi publicada em 2010, e ganha protagonismo em nosso estudo por ser a diretriz federal mais específica</p><p>e completa sobre os procedimentos de uso da força e de instrumentos de menor potencial ofensivo</p><p>LEI N.º 13.060 (2014)</p><p>Esta lei regulariza o uso dos instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública, em todo o território nacional. Ela também propõe regras gerais, a serem observadas por agentes e órgãos de segurança pública para emprego de instrumentos de menor potencial ofensivo, e, quando necessário, de armas de fogo. Por conta disso, a Portaria Interministerial n.º 4.226/10 é considerada mais específica nos termos e conceitos, ela também aborda com maior precisão o uso a força e emprego dos IMPOs, tornando-se o documento base dos nossos estudos sobre as diretrizes de uso da força.</p><p>MODULO II - Conhecendo os Espargidores de Solução Lacrimogênea</p><p>O QUE É UM ESPARGIDOR DE SOLUÇÃO LACRIMOGÊNEA?</p><p>Espargidor de solução lacrimogênea é um IMPO que se apresenta na forma de cilindro de alumínio pressurizado, contendo um agente químico lacrimogêneo – Oleoresin Capsicum (OC) e ortoclorobenzalmalononitrila (CS) –, que, por meio da ação de um gás propelente, o expulsa para o meio externo.</p><p>CATEGORIAS DE ESPARGIDORES</p><p>Os espargidores lacrimogêneos são produzidos em diversos tamanhos e com capacidades de conteúdo diferentes. Você poderá encontrar espargidores lacrimogêneos com capacidade de conteúdo variando entre 65 g e 900 g.</p><p>Espargidores de emprego individual = são aqueles que produzem jatos com alcance médio de 1,5m envasados em recipientes de 125 gramas de peso líquido de produto ativo. Por essa razão, os instrumentos espargidores de emprego individual são adequados para o porte</p><p>mais discreto, podendo ser utilizados na cintura encobertos por um paletó, bem como em uso ostensivo. Permite aproximadamente 25 jatos de 0,5 segundos, e deve ser empregado contra um só agressor de mãos livres ou, no máximo, dois agressores.</p><p>Espargidores de emprego coletivo = são aqueles que produzem jatos de alcance médio de 5m, envasados em recipientes que variam entre 350 gramas e 450 gramas de peso líquido de produto ativo. Por terem tamanho consideravelmente maior, em comparação aos espargidores de emprego individual, não permitem o porte dissimulado, sendo conduzidos de forma ostensiva. Permitem, aproximadamente, 15 espargimentos de 0,5 segundos, sendo destinados para emprego contra grupos de agressores.</p><p>Importante lembrar: Sua aplicação é contraindicada para uso em um único indivíduo, pois sua pressão e quantidade de agente lacrimogêneo espargido podem provocar danos indesejáveis, tais como o deslocamento da retina e queimadura na pele devido à sua concentração.</p><p>Aspectos Básicos dos Agentes Químicos Lacrimogêneos OC e CS</p><p>O QUE SÃO OS AGENTES LACRIMOGÊNEOS?</p><p>São substâncias químicas que provocam efeitos leves e temporários, podendo ocasionar uma ardência na pele e nas mucosas, bem como lacrimejamento e pequena sensação de sufocamento e outros efeitos no organismo humano. Os agentes químicos utilizados nos espargidores de fabricação nacional são o Oleoresin Capsicum (OC), tecnicamente conhecido como o lacrimogênio de pimenta, e o ortoclorobenzalmalononitrila (CS).</p><p>Caracteriza os agentes químicos lacrimogêneos como agente de repressão de distúrbios e os definem como qualquer substância química que não esteja relacionada numa diretriz e que rapidamente provoca irritação sensorial ou efeitos incapacitantes físicos, desaparecendo em curto período, após finalizada a exposição do indivíduo ao agente.</p><p>Oleoresin Capsicum – OC: agente lacrimogêneo de pimenta</p><p>OC é o componente ativo extraído das plantas do gênero Capsicum, popularmente conhecidas como pimentas. Sua forma sólida pode incapacitar um ser humano pelo período de até 40 minutos, produzindo a sensação de ardência nas áreas expostas, bem como dificuldade de respiração.</p><p>Importante lembrar: É eficaz contra animais e pessoas alteradas por substâncias psicoativas e não demanda providências peculiares para a descontaminação de ambientes, roupas e acessórios.</p><p>Ortoclorobenzalmalononitrila – CS: agente lacrimogêneo</p><p>É um produto químico sintético apresentado na forma de micropartículas sólidas, a solução lacrimogênea. É classificado como um agente irritante, lacrimejante e esternutatório (que causa espirros). O efeito inicia-se de 3 a 10 segundos após o contato inicial, e causa lacrimejamento intenso, espirros, irritação da pele, das mucosas e do sistema respiratório.</p><p>Importante lembrar: Não surte efeito contra animais e pode não ser eficaz contra pessoas alcoolizadas ou drogadas. Causa contaminação em roupas e materiais absorventes. Normalmente após 10 minutos os efeitos da atuação do CS desaparecem.</p><p>EFEITOS E DESCONTAMINAÇÃO DOS AGENTES LACRIMOGÊNEOS</p><p>É importante ressaltarmos que os IMPOs não substituem as armas convencionais, apenas conferem a capacidade de uso de maneira seletiva, podendo apoiar estrategicamente o emprego de armas letais, quando necessário. O objetivo principal é debilitar fisicamente, intimidando o(s) agressor(es) e imobilizando-o(s).</p><p>Efeitos fisiológicos – também conhecidos como efeitos lacrimogêneos, podemos destacar os seguintes impactos: forte sensação de queimadura nos olhos, acompanhada de lacrimejamento intenso, sufocação, dificuldade de respiração e constrição do peito, fechamento involuntário dos olhos, sensação de ardência na pele, corrimento nasal e vertigens ou atordoamentos. Concentrações pesadas podem causar náuseas, vômitos e, dependendo de certos fatores, podem até levar à morte. Seus efeitos fisiológicos são bastante peculiares, e podemos conhecer alguns deles na figura a seguir.</p><p>Existem diversas reações causadas pela ação do contato corporal do indivíduo com a substância. Para melhor compreendê-las, destacamos alguns pontos específicos:</p><p>• Ardor: são dores intensas na região afetada pela substância. Geralmente assemelham-se a uma sensação de queimadura e afetam áreas como pele, mucosas e olhos.</p><p>• Lacrimejamento e contração involuntária das pálpebras: quando o agente químico lacrimogêneo entra em contato com os olhos, as glândulas lacrimais produzem fluidos em excesso, na tentativa de lubrificação e limpeza do globo ocular, bem como uma intensa sensação de dor, conjuntivite inflamação da membrana que reveste as pálpebras) e blefaroespasmo (contrações involuntárias das pálpebras).</p><p>• Tosses, espirros e rinorreia: trata-se de uma resposta natural do corpo a qualquer tipo de irritação das vias respiratórias. Em contato com o agente, o corpo entende a possível presença corpos estranhos e age na tentativa de remover o efeito irritante e evitar danos.</p><p>• Efeitos dermatológicos: em contato com a pele, a substância poderá ocasionar eritemas, ou seja, coloração avermelhada da pele ocasionada por vasodilatação capilar, sendo um sinal típico da inflamação. Em alguns casos, poderá evoluir para queimaduras de 1º e 2º grau. Assim sendo, a condução do agressor aos órgãos de assistência médica será imediata.</p><p>PROCESSO DE DESCONTAMINAÇÃO</p><p>Nos casos em que o agente de segurança pública opta pela utilização do espargidor lacrimogêneo como o IMPO mais adequado à situação, ele precisa estar ciente de que, caso venha a ocorrer graves efeitos da substância no(s) agressor(es), eles deverão ser conduzidos obrigatoriamente aos órgãos de assistência médica. Além desse procedimento, o agente de segurança terá de tomar atitudes que visem minimizar os efeitos sobre o organismo do agressor, conforme exemplificado a seguir.</p><p>COMO AGIR NO CASO DE CONTAMINAÇÃO POR AGENTE LACRIMOGÊNEO:</p><p>· Remover o indivíduo contaminado da área da aplicação o mantendo sentado e calmo;</p><p>· Evitar esfregar a região contaminada, pois o ato de esfregar não auxiliará na retirada do excesso do agente, apenas o incidirá;</p><p>· Voltar o contaminado contra o vento;</p><p>· Manter o rosto do indivíduo contaminado para cima, orientando-o a inspirar normalmente pela boca e expirar pelo nariz;</p><p>· Orientar o indivíduo contaminado a não esfregar os olhos, mantendo-os abertos para arejar e eliminar o excesso do agente;</p><p>· Orientar que seja lavado com água fria, limpa, corrente e em abundância;</p><p>· Na hipótese de contaminação aguda na pele, lavar a região com solução de bicarbonato de sódio a 10%.</p><p>Emprego Técnico e Tático dos Espargidores Lacrimogêneos</p><p>OS PRINCÍPIOS DO USO DIFERENCIADO DA FORÇA</p><p>Conforme a Portaria Interministerial n.º 4.226/10, os profissionais de segurança pública deverão utilizar o espargidor de acordo com os princípios do uso diferenciado da força, selecionando, de forma adequada, o instrumento que causará menor lesão possível ao agressor. Assim sendo, podemos destacar esses princípios como:</p><p>· Conveniência = A força não poderá ser empregada quando, em função do contexto, possa ocasionar danos de maior relevância do que os objetivos legais pretendidos;</p><p>· Legalidade = Os agentes de segurança pública só poderão utilizar a força para a consecução de um objetivo legal e nos estritos limites da lei;</p><p>· Moderação = O emprego da força pelos agentes de segurança pública deve sempre que possível, além de proporcional, ser moderado, visando sempre reduzir o emprego da força;</p><p>· Necessidade = Determinado nível de força só pode ser empregado quando níveis de menor intensidade não forem suficientes para atingir os objetivos legais pretendidos;</p><p>· Proporcionalidade = O nível da força utilizado deve sempre ser compatível com a gravidade da ameaça representada pela ação do opositor e com os objetivos pretendidos pelo agente de</p><p>segurança pública.</p><p>QUANDO DEVO UTILIZAR OS ESPARGIDORES?</p><p>O uso dos IMPOs está autorizado após serem esgotados todos os meios de persuasão empregados pelo profissional de segurança pública. Dessa forma, sua aplicação deve ser bem avaliada pelo agente de segurança</p><p>para que não desvie a finalidade do instrumento. Sempre que possível, deve ser usada a verbalização com o agressor antes de se fazer uso do espargidor lacrimogêneo, respeitando os critérios técnicos e táticos da utilização.</p><p>O instrumento é destinado às pessoas que, inevitavelmente, se enquadrem na conduta de resistência física ativa; ou seja, indivíduos que, além de não atender aos comandos verbais do profissional de segurança pública, portam-se de forma agressiva, colocando em risco a integridade física de outras pessoas ou do próprio servidor.</p><p>ESPARGIDORES DE EMPREGO INDIVIDUAL – o operador deve manter uma distância do espargidor para o agressor de aproximadamente 1,5 metros. Se o profissional de segurança pública posicionar o instrumento a uma distância inferior à indicada pelo fabricante, poderá causar danos à integridade física do agressor, pois, quanto mais próximo da fonte de emissão do agente lacrimogêneo, mais alta será a sua concentração e mais forte será a pressão do espargimento sobre os olhos, potencializando, assim, os seus efeitos. Destacamos, a seguir, um passo a passo para a aplicação do espargidor.</p><p>PASSO 1 = Direcione o espargidor para o rosto do agressor e pressione o atuador com o dedo indicador, por um período de 0,5 segundos a 1 segundo. Dessa forma, você terá melhor direcionamento do espargimento e a sua empunhadura ficará totalmente fechada no corpo do espargidor. O dedo polegar poderá ser utilizado no pressionamento do atuador</p><p>PASSO 2 = • Você deve lembrar que a distância de utilização de 1,5 metros é entre o espargidor e o agressor, e não do corpo do operador para o agressor. Respeite fielmente a distância de aplicação. Caso o operador posicione o espargidor a uma distância menor que a recomendada, poderá perdê-lo para o agressor ou até mesmo ser agarrado por ele. Se o instrumento for posicionado a uma distância maior que a indicada, provavelmente não surtirá efeito. • Utilize sempre o instrumento a favor do vento, em relação ao agressor. Se ele não estiver na posição adequada, verbalize com o agressor e tente ajustá-lo à posição ideal, para que ele fique em condições de receber o espargimento. Se você não identificar corretamente a direção do vento, poderá ser alvo do próprio espargimento</p><p>Lembre-se de procurar auxílio médico imediato quando constatar reação fisiológica adversa ou estranha decorrente do uso do espargidor. Enquanto o auxílio médico não acontecer, lave com água corrente a área afetada no(s) agressor(es) e o(s) mantenha(m) em local ventilado e arejado.</p><p>Lembre-se de que as negociações verbais devem sempre anteceder as situações em que se faz necessário o uso do material.</p><p>1 - Identifique o local no cinto onde está o material, saque-o e o direcione para o alvo;</p><p>2 - Posicione-o à 1,0 metro do(s) agressor(es).</p><p>3 - Aponte-o na direção do rosto do(s) infrator(es).</p><p>4 - Acione-o durante 0,5 segundos à 1 segundo, aproximadamente, repetindo o acionamento, se necessário.</p><p>Após a realização dos procedimentos demonstrados anteriormente, observe o comportamento do agressor e, se ele cessar a ação antissocial, você deverá imobilizá-lo fisicamente por meio de bastão policial ou uso de algemas. Por fim, descontamine o infrator e registre o fato em documento específico para a ocorrência (boletim de ocorrência ou termo circunstanciado, por exemplo), mencionando a utilização do espargidor e as medidas adotadas em decorrência de seu uso.</p><p>Principais erros em relação à descontaminação</p><p>1 - Utilizar o material fora do prazo de validade ou das especificações do fabricante.</p><p>2 - Deixar de providenciar atendimento médico em casos de reações adversas.</p><p>3 - Não se ater para a forma que posicionou o cidadão que está sendo conduzido, podendo ocasionar uma asfixia postural.</p><p>4 - Colocar o agressor contaminado em contato direto com outras pessoas antes de descontaminá-lo.</p><p>5 - Conduzir o infrator em compartimento fechado de viatura sem ter feito a descontaminação.</p><p>6 - Deixar de registrar o fato em documento específico, descrevendo a utilização do espargidor.</p><p>Além dessas possibilidades apresentadas anteriormente, jamais utilize um espargidor não fornecido pela instituição de segurança, bem como não use força desnecessária após ter dominado o(s) agressor(es), isto pode incorrer em ilícito penal e administrativo.</p><p>ESPARGIDORES DE EMPREGO COLETIVO = a distância que o operador deve manter entre o espargidor e o grupo de agressores é de aproximadamente entre 2 e 5 metros. Se o profissional de segurança pública posicionar o material a uma distância inferior à indicada, poderá causar danos à integridade física do agressor, pois, quanto mais próximo da fonte de emissão do agente lacrimogêneo, mais alta será a sua concentração e mais forte será a pressão do espargimento</p><p>sobre os olhos, potencializando, assim, os seus efeitos. Para sua aplicação, direcione o espargidor para o grupo de agressores e pressione o atuador por um período de 0,5 segundo a 1 segundo.</p><p>Para você utilizar corretamente os espargidores de agente lacrimogêneo, é importante ainda conhecer o modo adequado de conservação desse instrumento.</p><p>1 – Conserve-o em local fresco, seco e arejado.</p><p>2 – Transporte-o em coldre próprio no seu cinto de segurança. Na ausência deste, conduza-o em bolsas ou bornais.</p><p>3 – Mantenha-o sempre na posição vertical, pois em outra posição a solução de agente químico poderá vazar.</p><p>4 – Geralmente, tem vida útil de 05 (cinco) anos. Verifique o prazo de validade registrado no corpo do espargidor.</p><p>5 – Nunca forneça o espargidor para pessoas não habilitadas.</p><p>Além dos riscos ao ser humano, os gases da explosão gerada pelo agente lacrimogêneo trazem danos ao meio ambiente, visto que, em altas concentrações, as substâncias podem ser tóxicas, podendo contaminar as águas.</p><p>Espargidores de Solução Lacrimogênea em Espuma, Gel e Jato Líquido Direcionado: um Enfoque Distinto</p><p>ESPARGIDORES MULTIAMBIENTES</p><p>De forma diferente dos outros tipos de diluentes, os espargidores de espuma, gel e jato líquido direcionado têm pouco efeito sobre as vias respiratórias, tendo a sua ação concentrada principalmente na irritação dos olhos, provocando seu fechamento involuntário. Esses instrumentos são conhecidos como espargidores multiambientes pelo fato de poderem ser utilizados em diversos ambientes – incluindo espaços abertos e confinados – e direcionados a um agressor, sem contaminar o ambiente, promovendo uma ação pontual sobre alvo específico.</p><p>Já os espargidores aerossóis, ou de dispersão cônica, são restritos a ambientes abertos, pois a dispersão do agente químico satura a atmosfera do local em que foi aplicado. Esse comportamento de dispersão cônica não permite que o espargidor seja empregado em ambientes confinados.</p><p>OS ESPARGIDORES DE SOLUÇÃO LACRIMOGÊNEA EM ESPUMA E GEL</p><p>O espargimento do agente químico lacrimogêneo se dará de forma direcionada e pontual, não contaminando o ambiente, pois a solução lacrimogênea que será espargida não será uma “névoa” e sim uma solução viscosa e com densidade ponderada. Para utilizá-lo, você deve pressionar o atuador por meio segundo, repetindo o procedimento caso haja necessidade. Ao pressionar o atuador de forma contínua por um período de tempo longo, mesmo sendo do tipo multiambiente, poderá provocar inconvenientes (tosses e coceiras) nas pessoas que estão no ambiente fechado.</p><p>OS ESPARGIDORES DE JATO LÍQUIDO DIRECIONADO</p><p>Com o mesmo propósito dos espargidores de espuma e gel lacrimogêneos, os espargidores de jato líquido direcionado, através de sua alta pressão e precisão, atingem alvo específico e não saturam o ambiente, pois o que será espargido é a solução lacrimogênea líquida, como se fosse um esguicho, diretamente nos olhos do agressor.</p><p>OS ESPARGIDORES LACRIMOGÊNEOS E SUA APLICAÇÃO NA CENA DE USO DE DROGAS</p><p>A aplicação de espargidores nas ações em locais onde haja consumo de drogas deve ser bem avaliada pelo profissional de segurança pública. No entanto, nesse cenário, não é recomendável utilizar os espargidores de dispersão cônica (aerossol), pois esse modelo contaminará todo o ambiente,</p><p>causando a saturação da atmosfera e, consequentemente, o usuário de drogas irá inalar o ar afetado. Para evitar que o indivíduo inale a solução lacrimogênea espargida, você deve empregar, obrigatoriamente, os espargidores multiambientes (espuma, gel e jato líquido direto). Dessa forma, você preservará a integridade física do agressor, pois não irá provocar a mistura dos efeitos fisiológicos do agente lacrimogêneo com os da droga, evitando uma possível potencialização dos efeitos das substâncias psicoativas. A atuação dos profissionais de segurança pública em espaços onde há consumo de substâncias psicoativas se faz através de programas do governo federal que visam fornecer tratamento clínico às pessoas dependentes de drogas. Vários órgãos atuam em conjunto com o poder governamental, realizando uma atuação no formato de multiagências (assistência social, conselhos tutelares, entre outros) com o objetivo de viabilizar intervenção clínica aos dependentes químicos.</p><p>Modulo IV – Munições de Impacto Controlado: Contextualização e Características</p><p>O TREINAMENTO E A CAPACITAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA</p><p>O governo federal busca, através das capacitações, proporcionar a disseminação de informações sobre as técnicas e instrumentos de menor potencial ofensivo (IMPOs) e o seu emprego nas ações de segurança pública, a fim de</p><p>promover a desmistificação dos seus usos, sempre seguindo a doutrina do Uso Diferenciado da Força, formalizado pela Portaria Interministerial n.º 4.226, de 31 de dezembro de 2010.</p><p>As munições de impacto controlado são as unidades modernas das armas de fogo onde se reúnem os elementos projetados e necessários à alimentação da arma e que possibilitam seu emprego tático/operacional contra as pessoas de maneira menos gravosa, tendo como objetivo não causar lesões permanentes, tampouco a letalidade na pessoa atingida.</p><p>Para que você tenha uma ideia da diferença de energia cinética entre uma munição de impacto controlado e uma munição letal de mesmo calibre, faremos uma comparação entre a energia cinética de munições de elastômero e de chumbo no calibre 12. Enquanto uma munição de elastômero possui energia cinética entre 100 J e 300 J (máximo), a munição de chumbo calibre 12 (letal) tem energia da ordem de 3.000 J. Além disso, possui alto poder de intimidação psicológica. Já a potência de impacto é utilizada para se referir ao espaço ou à profundidade da ferida produzida após um dado impacto.</p><p>ESTRUTURA BÁSICA DA MUNIÇÃO DE IMPACTO CONTROLADO</p><p>As munições de impacto controlado são empregadas nas espingardas, quando forem calibre 12, e através de lançadores nos calibres 37mm, 38,1mm e 40mm. O calibre significa a medida padrão do projétil, cujo diâmetro coincide, normalmente, com o diâmetro do cano da arma utilizada. Seguindo o que conceitua Oliveira, Gomes e Flores (2001), munições são elementos necessários à alimentação da arma em uma única unidade. Observando as munições de impacto controlado, é possível perceber que elas são, na verdade, cartuchos compostos por elementos conforme apresentado na imagem a seguir.</p><p>As munições de impacto controlado possuem características específicas de acordo com o calibre e a arma que será utilizada no seu emprego. Como dito anteriormente, algumas são utilizadas em espingardas e outras são usadas por lançadores.</p><p>Estojo – é a capsula onde encontramos os demais itens de uma munição. No calibre 12, o estojo tem como característica principal ser confeccionado em plástico branco translúcido, para permitir a visualização do projétil presente em seu interior, o que possibilita ao agente diferenciar se o cartucho contém balins ou balotes de chumbo (normalmente vermelhos). Seu formato é cilíndrico e possui base reforçada de metal, facilitando a extração do estojo.</p><p>Espoleta e Pólvora – Dentro do estojo da munição encontramos as espoletas citadas anteriormente, na estrutura das munições também encontramos as espoletas citadas anteriormente. Uma espoleta é um pequeno corpo metálico que contém determinada quantidade de mistura explosiva destinada a inflamar a carga de projeção. Nas munições de impacto controlado, ela é fixada na base o estojo e, através de pressão e do impacto que ocorre quando ela é comprimida, a mistura sensível ao choque inflama-se e dá início à combustão da carga de projeção (pólvora) do cartucho.</p><p>Projéteis – é um objeto sólido que se move no espaço, abandonando sua base depois de haver recebido impulso, o projétil é lançado no alvo.</p><p>Buchas – é um pequeno disco que serve para vedar os gases, mantendo-os dentro do estojo, e conduz o projétil, lançando-o para fora.</p><p>O Uso das Munições de Impacto Controlado: Técnicas de Menor Potencial Ofensivo</p><p>APLICAÇÃO SEGURA</p><p>Ao atingir um ser humano, as munições de impacto controlado podem causar hematomas e fortes dores, com alto poder de intimidação psicológica, que é o principal objetivo do tiro de impacto controlado. Ao utilizá-las, o profissional de segurança pública deve ter o cuidado de atirar somente nos membros inferiores, ou seja, na região das pernas. Você deve ajustar o cano da arma para a direção das pernas do agressor, evitando, portanto, a cabeça, o tórax, o abdômen e o baixo ventre, pois o risco de lesões permanentes na caixa craniana e nos demais órgãos é muito alto.</p><p>MODELOS DE MUNIÇÕES DE IMPACTO CONTROLADO NO CALIBRE 12</p><p>São munições compostas por projéteis de elastômero (borracha). Podem ser disparadas por espingardas tipo “pump action”, ou mesmo por espingardas semiautomáticas no regime pump (bombeamento). Possuem carga de projeção menor, sendo assim, as espingardas são utilizadas a uma distância que varia entre 20 e 50 metros. Fique sempre atento às orientações da cartilha técnica de cada munição.</p><p>Temos três modelos de munição de impacto controlado disponíveis neste calibre, a munição de mono impacto com projétil cilíndrico, a munição de mono impacto de precisão com projétil dotado de saia estabilizadora e de base oca e a munição de tri-impacto com projéteis esféricos, todos eles são munições de elastômero. Vejamos a seguir quais são as características de estrutura e de uso de cada uma delas.</p><p>Munições de monoimpacto no calibre 12 – Quando caracterizamos a munição de impacto controlado como sendo de mono impacto, significa que em seu estojo encontramos somente um projétil, produzindo um único impacto no agressor.</p><p>Munição de monoimpacto com projétil cilíndrico – não é muito eficaz nas intervenções, tendo em vista atingir o alvo de maneira imprecisa, podendo causar lesões do tipo corte. Isso ocorre porque as armas empregadas para a sua projeção não possuem raiamento e a forma do projétil (cilíndrico) sofre grande influência do ar, interferindo na estabilidade da projeção, no eixo de rotação e na sua trajetória.</p><p>As munições de monoimpacto mais indicadas nas operações são aquelas com projétil dotado de saia estabilizadora e de base oca. Esses modelos são altamente recomendáveis, por proporcionarem aos operadores a realização de tiros seletivos, dada a sua maior precisão em razão da sua estrutura.</p><p>Munição de tri-impacto no calibre 12 – As munições de impacto controlado do tipo tri-impacto possuem três projéteis esféricos de elastômero, produzindo impacto triplo no agressor. Segundo os fabricantes, as munições tri-impacto podem ser disparadas contra uma ou mais pessoas.</p><p>MODELOS DE MUNIÇÕES DE IMPACTO CONTROLADO NOS CALIBRES 37MM, 38,1MM E 40MM</p><p>Diferente do calibre 12, as munições de calibres 38,1mm, juntamente com o 40mm e o menos utilizado, 37mm, são para armas de apenas um tiro ou armas com sistema de repetição tipo tambor de revólver, chamadas de multilançadores de granadas. Vejamos a seguir os dois modelos utilizados e as respectivas munições.</p><p>Os calibres 37mm e 38,1mm são calibres mais utilizados por forças policiais. Existem dois modelos de munição de borracha para lançadores de granadas de 38,1 mm: a munição com três projéteis esféricos de elastômeros, com diâmetro aproximado de 38 mm, e a munição com 12 projéteis esféricos de elastômeros, com diâmetros aproximados de 12 mm.</p><p>Munição tri-impacto super com projéteis esféricos – Em alternativa ao uso de munições tidas como letais, as munições tri-impacto super, nos calibres de 37mm a 40mm, podem ser disparadas contra uma ou mais pessoas, com a finalidade de deter ou dispersar os infratores. Porém, não custa lembrar que as boas práticas do tiro de impacto controlado prezam que tal disparo deve visar uma pessoa por vez, por considerar que o tiro deve ser pontual e seletivo, e que o profissional de segurança pública não pode alvejar pessoas que porventura não estejam envolvidas na ação conflituosa.</p><p>Munição multi-impacto super com projéteis esféricos – Os projéteis das munições multi-impacto super, por possuírem pouca massa, estão mais suscetíveis às influencias de fatores externos como o vento, podendo alterar sensivelmente a sua trajetória e aumentar o cone de dispersão.</p><p>Modulo 05 – As Granadas de Mão para Aplicação Policial</p><p>As granadas para aplicação policial são artefatos de menor potencial ofensivo, estão divididas entre as explosivas e as de emissão, e ambas são empregadas sem a capacidade de causar um| efeito colateral danoso.</p><p>As granadas explosivas possuem como carga principal um explosivo de baixa velocidade, ou seja, na sua aplicação elas deflagram, produzindo uma energia controlável e, se empregadas dentro dos parâmetros técnicos, não causam efeitos colaterais danosos.</p><p>As granadas de emissão essas não possuem carga explosiva, seu efeito principal é a emissão de gás na atmosfera através do processo de queima da sua massa química. O gás produzido pelas granadas de emissão pode ser do tipo lacrimogêneo ou do tipo que produz fumaça, um agente químico que não provoca os efeitos fisiológicos lacrimogêneos. As granadas de emissão não geram gases imediatamente perigosos à vida das pessoas, devido à baixa toxidez dos agentes lacrimogêneos e fumígenos, quando empregados dentro dos parâmetros técnicos.</p><p>Entre as diferenças dos dois tipos de granadas de mão para aplicação policial, as granadas explosivas utilizam o processo da explosão para causar o efeito desejado, sua principal estrutura é a carga explosiva. Já as granadas de emissão não explodem, sua ação concentra-se na emissão de agentes químicos na forma de gás. Suas principais estruturas são o misto incandescente e a massa química que será sublimada, ou seja, a partir da sua forma sólida, essa massa química transforma-se em gás pelo processo de queima.</p><p>Granadas Explosivas – ela possui um emprego tático voltado principalmente para a intimidação psicológica através do fenômeno da explosão, são empregadas com intuito de obter vantagem tática para as forças de segurança nas ações que necessitem de intervenções com alto poder de intimidação psicológica. Possuem em sua estrutura básica um dispositivo acionador (conjunto EOT ou similar) e uma carga explosiva de baixa velocidade acomodada em recipientes próprios. Somado a essas estruturas, pode-se encontrar cargas de agentes químicos dos mais variados tipos, como, por exemplo, um agente químico lacrimogêneo.</p><p>Na estrutura da base do dispositivo acionador EOT você encontra:</p><p>• O percussor.</p><p>• A espoleta (ou cápsula iniciadora).</p><p>• A primeira coluna de retardo (pequena coluna de pólvora que age como um pavio).</p><p>As granadas explosivas possuem um sistema de duplo estágio que funciona da seguinte maneira: após a incitação da espoleta e depois de iniciada a queima da primeira coluna de retardo, tal queima chega até a carga de depotagem, um propelente sólido que possui queima controlada e progressiva, e ao queimar gera gases a uma velocidade muito rápida, e que ocupam volumes maiores que os sólidos que os geraram. Após essa ação, a EOT é separada da granada.</p><p>A separação da EOT do corpo da granada nos indica o primeiro estágio de funcionamento e, em seguida, logo após a queima total da coluna de retardo da carga explosiva, ocorrerá o segundo estágio, ou seja, a explosão propriamente dita. Tal separação se faz necessária para evitar que a base da EOT transforme-se em um projétil secundário e, durante o seu deslocamento, atinja pessoas, provocando ferimentos.</p><p>O tempo de retardo – é um evento que ocorre tanto nas granadas explosivas quanto nas granadas de emissão. Nós chamamos de tempo de retardo o lapso temporal que a granada leva para apresentar seu resultado, uma variação de 1,5 segundos a 3 segundos. O retardo dará ao operador tempo suficiente para que, após o arremesso da granada, ela percorra sua trajetória, toque no chão e somente depois exploda.</p><p>TIPOS DE GRANADAS EXPLOSIVAS E SEUS OBJETIVOS</p><p>Como citado anteriormente, as granadas explosivas são utilizadas com o intuito obter vantagem tática, vantagem</p><p>esta que pode ser alcançada através de alguns recursos que as granadas possuem, tais como os efeitos lacrimogêneos, o efeito moral, entre outros. Como exemplo, veja alguns aspectos das granadas explosivas de efeito moral e das</p><p>granadas explosivas lacrimogêneas:</p><p>Granadas explosivas de efeitos moral – têm como principal objetivo provocar a intimidação psicológica dos indivíduos que estão sujeitos aos seus efeitos desestimulando a continuidade das ações antissociais do grupo de agressores. Através de uma carga explosiva que pulveriza um agente químico inócuo na atmosfera, as granadas de efeito moral alcançam seu resultado na dissuasão dos agressores. Caso não ocorra a intimidação psicológica dos agressores, deve-se recorrer às granadas lacrimogêneas como uma progressão natural do uso da força.</p><p>Granadas explosivas Lacrimogêneas – que contém carga lacrimogênea. São empregadas em ações policiais com intuito de provocar a contaminação lacrimogênea nos agressores para que esses tenham a sua capacidade agressiva diminuída (debilitar). Os agentes químicos lacrimogêneos mais usados nestas granadas são o CS (Ortoclorobenzalmolononitrilo) e o OC (Oleoresin Capsicum). O percentual desses agentes químicos encontrados nas granadas explosivas lacrimogêneas, segundo os fabricantes nacionais, diz respeito a 10% da massa química</p><p>Granadas explosivas para ambiente aberto – Entende-se como área aberta qualquer ambiente amplo, não coberto, que não permita o confinamento da onda positiva da explosão das granadas explosivas. Essas granadas são bastante conhecidas pelo vocábulo da língua inglesa outdoor, que, fazendo uma tradução livre, entende-se como “ao ar livre” ou “do lado de fora”. Elas podem atingir um pico máximo de pressão sonora, em torno de 175 decibéis.</p><p>O tempo de retardo para as granadas explosivas para ambiente aberto comercializadas no mercado nacional é de 3 segundos. Esse tempo pode variar de fabricante para fabricante, mas sempre estarão entre 2,5 e 3 segundos, tempo suficiente para fazer o agente arremessar a granada por cima ou por baixo, dependendo da necessidade tática da operação</p><p>Granadas explosivas para ambiente fechado – As granadas explosivas para ambiente fechado são próprias para locais fechados, entendendo-se como ambiente fechado qualquer espaço coberto e cercado por paredes de alvenaria ou madeira, lonas ou qualquer outra estrutura ou material que crie uma barreira para propagação da onda positiva da explosão. Essas granadas são conhecidas também como granadas explosivas indoor, um vocábulo da língua inglesa que, em uma tradução livre, significa “interior”, ou “do lado de dentro”. Elas podem atingir um pico máximo de pressão sonora, em torno de 165 decibéis.</p><p>Se comparadas com as granadas para ambiente aberto, as granadas para ambiente fechado possuem uma carga explosiva menor, bem como uma carga química menor que as lacrimogêneas. Apesar da sua indicação específica de emprego em ambientes fechados, as granadas explosivas para ambiente fechado podem ser utilizadas em</p><p>ambiente aberto como uma alternativa tática, quando a distância não for suficientemente segura</p><p>para a utilização destas. Com relação à distância de segurança que a granada deve ter dos agressores e da equipe policial, os fabricantes não especificam. A orientação, com base na inteligência prática, é que essas granadas não sejam lançadas a menos de dois metros</p><p>do agressor.</p><p>O arremesso das granadas indoor deve sempre ser realizado rente ao solo, pois, se você realizar o arremesso por cima,</p><p>esse artefato deflagrará no ar bem ao nível da altura das pessoas, podendo ferir os olhos ou outra região sensível</p><p>com a fragmentação do corpo da granada. Além disso, se a deflagração ocorrer em níveis mais altos, o operador perderá</p><p>uma granada sem ter alcançado seu objetivo. As granadas explosivas para ambiente fechado têm um curto</p><p>tempo de funcionamento no que diz respeito ao seu tempo de retardo. As granadas dessa categoria que são comercializadas no mercado nacional têm um tempo de retardo de 1,5 segundo. Esse tempo permite uma ação mais rápida por parte dos operadores no caso de tomada de ambiente, as conhecidas “invasões táticas”.</p><p>PROCEDIMENTO DE USO DAS GRANADAS EXPLOSIVAS</p><p>Os procedimentos de uso das granadas explosivas para ambiente aberto e fechado devem obedecer aos seguintes passos:</p><p>1. Segure a granada de forma que a alça metálica fique voltada para a palma da mão. Dessa forma, a argola e o grampo de segurança ficarão voltados para o operador, e este terá contato visual com a estrutura e poderá realizar com facilidade a extração da argola juntamente com o grampo de segurança.</p><p>2. Caso a sua mão forte seja a esquerda, sugere-se que a granada seja posicionada de cabeça para baixo e igualmente com alça metálica voltada para a palma da mão, assim a argola e o grampo de segurança ficarão voltados para você.</p><p>3. Após ajustar a empunhadura, você deverá realizar a extração da argola juntamente com o grampo de segurança.</p><p>Só faça a referida extração se tiver a certeza de que irá empregar a granada; caso contrário, não o faça.</p><p>4. Para a retirada da argola juntamente com o grampo de segurança, utilize o dedo indicador envolvendo a argola; faça simultaneamente um movimento de rotação no sentido horário combinado com o movimento de tração no sentido do corpo do operador. Dessa forma a extração será completa. Se a granada em questão possuir apenas a argola e um pino, realize somente o movimento de tração.</p><p>5. Após a extração da argola juntamente com o grampo de segurança, a granada não iniciará o seu funcionamento enquanto houver pressão da mão sobre a alça metálica. O funcionamento só ocorrerá quando o operador arremessar a granada, momento em que o percussor, que está preso por uma mola tensionada, irá ejetar a alça de segurança e percutir a espoleta, dando início à queima da primeira coluna de retardo da granada. Você já deve ter percebido que não há muitas diferenças entre a granada de explosão para ambientes abertos e fechados, ambas possuem as mesmas características de segurança, principalmente quando falamos do transporte das granadas: elas não devem ser carregadas junto ao colete, uma vez que um disparo por arma de fogo pode atingir a granada e fazê-la explodir em seu corpo.</p><p>Além disso, há o perigo de a alça da EOT afrouxar acidentalmente e fazer com que a granada seja acionada. Elas devem ser transportadas, por sua vez, em bolsas próprias para transporte de granada. Levando em conta que a distância de segurança é destinada tanto para os agressores quanto para a equipe policial, podemos concluir que a distância de utilização das granadas explosivas para ambiente fechado é de quatro metros.</p><p>ORIENTAÇÕES BÁSICAS DE TREINAMENTO</p><p>Como qualquer instrumento de uso tático pelos profissionais de segurança pública, os exercícios com granadas explosivas e simulacros de granadas devem ser sempre realizados sob a supervisão de um profissional capacitado e com a observância das normas de segurança. Assim, tomando por base a Portaria PMDF n.º 265, de 29 de março de 2000 (com adaptações), esses exercícios com granadas explosivas ativas e simulacros de granadas devem obedecer às seguintes regras:</p><p>Antes da realização de qualquer exercício com granada ativa, deve-se realizar atividades com granadas inertes. O manuseio e a remoção do grampo de segurança das granadas só deverão ser realizados no momento do arremesso. Os engenhos que falharem deverão ser destruídos de acordo com as normas de segurança, sendo expressamente proibido tentar recuperá-los e/ou experimentá-los.</p><p>Algumas orientações básicas acerca do espaço de treinamento com granadas explosivas:</p><p>· A área de arremesso deverá ser devidamente isolada, e livre de cascalhos ou material semelhante, que possam ser projetados com a expansão dos gases.</p><p>· O local para o arremesso de granadas deverá ser em declive, no sentido do arremesso, de modo que, mesmo que a granada escape da mão do agente em treinamento, ela role na direção do objetivo por força da gravidade.</p><p>· Deverá ser evitado arremesso de granada em terrenos com vegetações ou outros obstáculos, tendo em vista que, pela irregularidade desse e decorrente da vegetação, a granada poderá ficar retida próximo ao agente em treinamento ou ter destino diverso do planejado por ele, com consequências desastrosas.</p><p>Granadas de Emissão – são artefatos que possuem em sua estrutura básica um dispositivo acionador (conjunto EOT ou similar), um composto iniciador da queima e uma carga lacrimogênea ou fumígena, acomodados em recipientes próprios. Essas granadas, não explodem, pois em sua estrutura não utilizam carga explosiva para ruptura do seu recipiente. O objetivo é provocar a queima do composto em seu interior, transformando-o em gás. Na composição de uma granada de emissão, temos uma estrutura bem mais simples do que nas granadas explosivas. Atualmente, no mercado nacional, temos as granadas de emissão com o acionador do tipo EOT (espoleta de ogiva de tempo).</p><p>O gás proveniente dessas granadas tem melhor capacidade de abranger maiores áreas, tendo em vista a grande quantidade de gás emitido, por isso são consideradas uma boa técnica de dispersão. Usam a queima como processo de dispersão, ou seja, o misto iniciador inflama e queima a massa química provocando a sua sublimação, consequentemente produzindo a fumaça do agente químico e dispersando-a na atmosfera que se pretende contaminar. Por atuar pelo processo de queima, as granadas de emissão aquecem, atingindo altas temperaturas. Como medida de segurança, o operador não deverá tocar no corpo da granada sob o risco de sofrer queimaduras.</p><p>TEMPO DE RETARDO – é o tempo que a granada leva para iniciar sua ação. Nas granadas de emissão, esse tempo geralmente varia entre 1 e 3 segundos. Assim como na granada de explosão, o tempo de retardo dará tempo suficiente para que a granada percorra sua trajetória e comece a emitir o agente químico na forma de gás, a uma distância segura.</p><p>TEMPO DE EMISSÃO – o período em que a granada leva para emitir todo o seu agente químico na atmosfera. Existem granadas com tempos de emissão de 15 segundos e outras que podem chegar até 4 minutos de emissão. Esse tempo varia conforme o modelo e a finalidade das granadas.</p><p>Geralmente, as granadas de emissão lacrimogêneas possuem tempos de emissão entre 15 e 45 segundos.</p><p>TIPOS DE GRANADAS DE EMISSÃO E SEUS OBJETIVOS</p><p>As granadas de emissão podem ser classificadas em dois importantes grupos:</p><p>• Granadas de emissão lacrimogênea;</p><p>• Granadas de emissão fumígena.</p><p>Granadas de emissão lacrimogênea – são aquelas que utilizam a queima do agente químico lacrimogêneo, emitindo-o na atmosfera através de vapor. As granadas de emissão lacrimogênea são empregadas nas ocorrências em áreas abertas, com intuito de contaminar com agente químico lacrimogêneo um grupo de agressores, visando reduzir exponencialmente a capacidade agressiva desses. Sua ação lacrimogênea é bem mais eficaz do que a ação de uma granada explosiva lacrimogênea, por ter uma melhor capacidade de abrangência na atmosfera: o gás, por excelência, propaga-se com rapidez no ar e consequentemente contamina uma área maior.</p><p>Granadas de emissão fumígena - elas emitem agente químico sem o efeito fisiológico lacrimogêneo, produzindo somente uma fumaça colorida. Essa é a principal diferença entre as granadas. Como você pode perceber, ambas as granadas possuem as mesmas indicações em relação ao processo de</p><p>acionamento, arremesso seguro e ambientes propícios para utilização, mudando apenas o efeito causado durante seu emprego.</p><p>O emprego das granadas de emissão:</p><p>1 - O processo de acionamento das granadas de emissão obedece aos mesmos passos adotados para as granadas explosivas.</p><p>2 - Sempre que possível utilize luvas com proteção térmica para operar as granadas de emissão.</p><p>3 - Ao acionar a granada de emissão não direcione para o seu rosto ou para outra pessoa, ao acionar é natural ocorrer a saída de faíscas dos orifícios de emissão da granada.</p><p>4 - Depois de acionada arremesse o quanto antes a granada, não espere ela esquentar para arremessar. Este procedimento não é seguro uma vez que essas granadas podem ter um aumento abrupto da temperatura e causar ferimentos ao operador.</p><p>5 - Antes de arremessar faça uma avaliação rápida e identifique a direção do vento para que este possa direcionar o gás para o ponto correto.</p><p>6 - Evite o uso de granadas de emissão em terrenos com vegetações secas, pois o risco de incêndio é grande.</p><p>7 - Não utilize granadas de emissão em ambientes fechados.</p><p>Quando falamos de granadas de emissão, existem dois pontos importantes sobre seu uso, são elas:</p><p>O primeiro deles é a dificuldade de controle na dispersão do agente químico emitido pela granada. Uma vez arremessada, a “nuvem” lacrimogênea ficará a mercê da corrente de ar previamente identificada, fenômeno que dificilmente ocorreria com as granadas explosivas lacrimogêneas, tendo em vista que o agente químico pulverizado na explosão tem um peso maior, se comparado ao gás.</p><p>O segundo ponto diz respeito ao emprego das granadas de emissão em atmosferas explosivas, como postos de combustíveis e plataformas petrolíferas: o vapor formado no interior dos reservatórios de combustíveis é altamente inflamável e, como estão encapsulados pelos tanques, tornam-se explosivos. As granadas de emissão geram grandes temperaturas, por isso não se recomenda o seu uso nesses ambientes.</p><p>Importante lembrar:</p><p>Principal regra da Lei nº 13.060/2014: uso prioritário de IMPO</p><p>Segundo a nova Lei, os órgãos de segurança pública, quando estiverem atuando em suas funções, deverão, prioritariamente, utilizar instrumentos de menor potencial ofensivo, que são conhecidos pela sigla IMPO.</p><p>Definição de IMPO – Instrumentos de menor potencial ofensivo são aqueles projetados especificamente para, com baixa probabilidade de causar mortes ou lesões permanentes, conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas.</p><p>Exemplos de IMPO – Spray de pimenta, gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral, agentes fumígenos, pistolas de impulsos elétricos (como é o caso do taser).</p><p>Uso da força – O policial somente poderá deixar de lado a utilização de instrumentos de menor potencial ofensivo e passar a usar a força se houver risco à sua integridade física ou psíquica. Mesmo assim, o uso da força deverá obedecer aos seguintes princípios:</p><p>I - legalidade;</p><p>II - necessidade;</p><p>III - razoabilidade e proporcionalidade.</p><p>A Portaria Interministerial nº 4226/2010 define o que são esses princípios:</p><p>Princípio da Legalidade: os agentes de segurança pública só poderão utilizar a força para a consecução de um objetivo legal e nos estritos limites da lei.</p><p>Princípio da necessidade: determinado nível de força só pode ser empregado quando níveis de menor intensidade não forem suficientes para atingir os objetivos legais pretendidos.</p><p>Princípio da proporcionalidade: o nível da força utilizado deve sempre ser compatível com a gravidade da ameaça representada pela ação do opositor e com os objetivos pretendidos pelo agente de segurança pública.</p><p>Vedação ao uso de arma de fogo</p><p>A Lei nº 13.060/2014 traz expressamente duas situações em que não é legítimo (não é permitido) o uso de arma de fogo:</p><p>I - contra pessoa em fuga que esteja desarmada ou que não represente risco imediato de morte ou de lesão aos agentes de segurança pública ou a terceiros; e</p><p>II - contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, exceto quando o ato represente risco de morte ou lesão aos agentes de segurança pública ou a terceiros.</p><p>EXERCÍCIO</p><p>1 - Conforme a Lei nº 13.060/2014 que disciplina o uso dos instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública, em todo o território nacional. Analise os itens a seguir. Não é legítimo o uso de arma de fogo:</p><p>I – contra pessoa em fuga que esteja armada ou que represente risco imediato de morte ou de lesão aos agentes de segurança pública ou a terceiros;</p><p>II – contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, exceto quando o ato represente risco de morte ou lesão aos agentes de segurança pública ou a terceiros;</p><p>Alternativas</p><p>A A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.</p><p>B As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é um complemento da I.</p><p>C A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.</p><p>D As asserções I e II são proposições falsas.</p><p>E As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é um complemento da I.</p><p>2 - Em 2014, por intermédio da Lei Federal nº 13.060, disciplinou-se, em todo o território nacional, o uso dos instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública. Com base no presente instrumento legal, assinale a alternativa correta.</p><p>AÉ entendido como não legítimo o uso de arma de fogo contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, exceto se houver alerta de roubo ou furto, comprovado pelo número da placa, ante o veículo que descumpriu ordem de parada.</p><p>BApesar de não ser obrigatória, deve ser estimulada, nos cursos de formação e capacitação dos agentes de segurança pública, a inclusão de conteúdo programático que os habilite ao uso de instrumentos não letais.</p><p>CSão entendidos como instrumentos de menor potencial ofensivo aqueles projetados especificamente para conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas, mesmo que impliquem risco considerável de causar mortes ou lesões permanentes.</p><p>DCompete ao Exército a edição de regulamento que classifique e discipline a utilização de instrumentos não letais.</p><p>EDesde que não coloque em risco a integridade física ou psíquica dos policiais, o uso de instrumentos de menor potencial ofensivo deve ser priorizado.</p><p>3 - À luz da Lei n.º 13.060/2014, que disciplina o uso dos instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública no território nacional, assinale a opção correta.</p><p>A Os órgãos de segurança pública deverão priorizar a utilização dos instrumentos de menor potencial ofensivo, mesmo que o seu uso ponha em risco a integridade física ou psíquica dos policiais.</p><p>B Não é legítimo o uso de arma de fogo contra pessoa em fuga que esteja armada ou que não represente risco imediato de morte ou de lesão aos agentes de segurança pública ou a terceiros.</p><p>C É legítimo o uso de arma de fogo contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública somente quando o ato represente risco de morte ou lesão aos agentes de segurança pública ou a terceiros.</p><p>D Sempre que o uso da força pelos agentes de segurança pública causar ferimentos em pessoas, serão assegurados imediata assistência e socorro médico aos feridos, sem a necessidade de comunicação do ocorrido à família ou à pessoa por eles indicada.</p><p>E São considerados instrumentos de menor potencial ofensivo os projetados especificamente para, com baixa ou média probabilidade de causar mortes ou lesões permanentes, conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas.</p><p>4 - Há certos princípios básicos para o uso da força pela autoridade policial, entre eles os da legalidade, da necessidade, da proporcionalidade e o da conveniência. Acerca desses princípios, avalie as seguintes afirmativas:</p><p>I. Legalidade: o uso da força é permitido apenas para atingir um objetivo legítimo;</p><p>II. Necessidade: o uso da força somente deve ocorrer quando outros meios forem ineficazes para atingir o objetivo desejado.</p><p>III. Proporcionalidade: o uso da força deve ser usado de forma proporcional à resistência oferecida, levando-se em</p><p>conta os meios dos quais o policial dispõe.</p><p>IV. Conveniência: mesmo sendo legal, necessário e proporcional o uso da força, é preciso observar se ele não coloca em risco outras pessoas e se é razoável e de bom-senso lançar mão desse meio.</p><p>Estão corretas as afirmativas</p><p>A I e II, apenas.</p><p>B III e IV, apenas.</p><p>C I, II e III, apenas.</p><p>D II, III e IV, apenas.</p><p>E I, II, III e IV.</p><p>5 - Como Instrumento de Menor Potencial Ofensivo (IMPO), as granadas são de emprego intenso no controle de distúrbios de rua e em ambientes penitenciários pelos Agentes de Segurança. A que possui efeito sonoro da detonação da carga explosiva e a formação de nuvem de pó inócuo, provocando surpresa e atordoamento, é a Granada:</p><p>A Pimenta.</p><p>B de Luz e Som.</p><p>C de Efeito Moral.</p><p>D Lacrimogênea.</p><p>E Tríplice.</p><p>6 - De acordo com os conceitos apresentados e, dentro do contexto do emprego de IMPO, associe a segunda coluna de acordo coma primeira:</p><p>1 -</p><p>Tirar ou perder a energia física ou a saúde; enfraquecer. Quando do emprego de certos instrumentos de menor potencial ofensivo seus efeitos baseiam-se principalmente na dor, no desconforto ou na inquietação, reduzindo a capacidade agressiva do indivíduo.</p><p>( )</p><p>Incapacitar</p><p>2 -</p><p>Pode ser interpretado como a limitação da expansão individual ou coletiva; a não continuidade de determinada ação; impedir de prosseguir; controlar a ameaça.</p><p>( )</p><p>Debilitar</p><p>3 -</p><p>É a ação direita no sistema nervoso, causando reações involuntárias do organismo, fazendo que a pessoa perca a possibilidade de controle sobre seus atos cessando de imediato a ação antissocial.</p><p>( )</p><p>Conter</p><p>7 - A Portaria Interministerial nº 4.226/10, disciplina o uso dos instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública, em todo o território nacional.</p><p>( ) Certo		( ) Errado</p><p>8 - Os espargidores multiambientes, nas aplicações em cenas de uso de entorpecentes, tem como escopo a preservação da integridade física do agressor usuário de drogas, no sentido de não provocar a mistura dos efeitos fisiológicos do agente lacrimogêneo com os efeitos da droga.</p><p>( ) Certo 		( ) Errado</p><p>9 - Os espargidores multiambiente (espuma, gel e jato líquido direto) podem ser utilizados em ambientes abertos e fechados, pois não ocorrerá a saturação da respectiva atmosfera.</p><p>( ) Certo 		( ) Errado</p><p>10 - Ao utilizar o espargidor de emprego individual, as boas práticas recomendam que o pressionamento do atuador seja realizado com o dedo polegar. Desta forma, a utilização do espargidor será mais segura e versátil.</p><p>( ) Certo		( ) Errado</p><p>11 – Marque (V) para as sentenças verdadeiras e (F) para as falsas:</p><p>( ) A munição de elastômero, notadamente uma munição de menor potencial ofensivo, não tem a capacidade de debilitar as pessoas e sim e incapacitá-las.</p><p>( ) Dentro do conceito de armas de menor potencial ofensivo não podemos considerar o espargidor de solução lacrimogênea, pois não há previsão legal para tal.</p><p>( ) Instrumentos de menor potencial ofensivo é o conjunto de armas, munições e equipamentos desenvolvidos com a finalidade de preservar vidas e minimizar danos à integridade das pessoas.</p><p>( ) A estrutura conhecida como atuador tem a função de dispersão cônica no interior do espargidor e transferi-la para o dispersador.</p><p>( ) O espargidor de emprego individual dever ser empregado preservando uma distância de 1,0m (um metro) do operador para o agressor.</p><p>( ) O espargidor de solução lacrimogênea que provoca a dispersão cônica do agente químico (aerossol) não deve ser empregado em ambientes confinados.</p><p>( ) Dentro do conceito de armas de menor potencial ofensivo não podemos considerar o espargidor de solução lacrimogênea, pois não há previsão legal para tal.</p><p>( ) Instrumentos de menor potencial ofensivo é o conjunto de armas, munições e equipamentos desenvolvidos com a finalidade de preservar vidas e minimizar danos à integridade das pessoas.</p><p>( ) A munição de elastômero, notadamente uma munição de menor potencial ofensivo, não tem a capacidade de debilitar as pessoas e sim de incapacitá-las.</p><p>12 – Quanto aos efeitos fisiológicos dos agentes lacrimogêneos CS e OC, podemos destacar os seguintes: forte sensação de queimadura nos olhos, acompanhada de lacrimejamento intenso, sufocação, dificuldade de respiração e constrição do peito, fechamento involuntário dos olhos, sensação de ardência na pele úmida, corrimento nasal e vertigens ou aturdimento. Concentrações pesadas podem causar náuseas e vômitos.</p><p>( ) Certo 		( ) Errado</p><p>13 – De acordo com a estrutura mecânica e química dos espargidores, associe a segunda coluna de acordo com a primeira:</p><p>1</p><p>É um gás pressurizado em equilíbrio com a solução lacrimogênea. Tem a função de provocar a saída da solução lacrimogênea para o meio externo.</p><p>( )</p><p>Dispersador</p><p>2</p><p>É o orifício que permite a saída da solução lacrimogênea. Nos espargidores aerossóis, esta estrutura provoca a dispersão cônica da solução lacrimogênea (semelhante aos sprays desodorantes). De outra forma, nos espargidores de solução lacrimogênea em espuma ou gelo dispersador cria um jato direcionado, pontual</p><p>( )</p><p>Atuador ou botão de acionamento</p><p>3</p><p>Estrutura responsável pelo funcionamento do espargidor. É sobre ele que o dedo do operador exerce pressão fazendo espargir a solução lacrimogênea.</p><p>( )</p><p>Propelente</p><p>14 – Em 2014, por intermédio da Lei Federal nº 13.060, disciplinou-se, em todo o território nacional, o uso dos instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública. Com base no presente instrumento legal, assinale a alternativa correta.</p><p>A) É entendido como não legítimo o uso de arma de fogo contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, exceto se houver alerta de roubo ou furto, comprovado pelo número da placa, ante o veículo que descumpriu ordem de parada.</p><p>B) Apesar de não ser obrigatória, deve ser estimulada, nos cursos de formação e capacitação dos agentes de segurança pública, a inclusão de conteúdo programático que os habilite ao uso de instrumentos não letais.</p><p>C) São entendidos como instrumentos de menor potencial ofensivo aqueles projetados especificamente para conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas, mesmo que impliquem risco considerável de causar mortes ou lesões permanentes.</p><p>D) Compete ao Exército a edição de regulamento que classifique e discipline a utilização de instrumentos não letais.</p><p>E) Desde que não coloque em risco a integridade física ou psíquica dos policiais, o uso de instrumentos de menor potencial ofensivo deve ser priorizado.</p><p>15 - Como Instrumento de Menor Potencial Ofensivo (IMPO), as granadas são de emprego intenso no controle de distúrbios de rua e em ambientes penitenciários pelos Agentes de Segurança. A que possui efeito sonoro da detonação da carga explosiva e a formação de nuvem de pó inócuo, provocando surpresa e atordoamento, é a Granada:</p><p>A) Pimenta.</p><p>B) de Luz e Som.</p><p>C) de Efeito Moral.</p><p>D) Lacrimogênea.</p><p>E) Tríplice.</p><p>16 - Dentre as munições menos letais, a SAP/SC adota o MONOPACT AM-403-Calibre 12, fabricado no Brasil, que foi desenvolvido para uso no controle de distúrbios e combate à criminalidade, e deve ser utilizado levando em conta o seguinte cuidado essencial:</p><p>A) os disparos deverão ser efetuados em qualquer ponto do corpo abaixo da linha do pescoço, evitando-se os órgãos genitais.</p><p>B) os disparos podem ser direcionados ao solo, uma vez que a munição não tem possibilidade de dar ricochetes.</p><p>C) pode ser utilizado para imobilizar um grupo inteiro de pessoas, de uma só vez.</p><p>D) o disparo do cartucho acima da linha do tórax tem baixo poder de intimidação psicológica, não provocando hematomas e nem fortes dores no indivíduo.</p><p>E) a distância mínima de utilização não deve ser menor que 20 metros do alvo, objetivando não causar lesões graves e até letais, exceto em intervenção prisional quando essa situação assim exigir.</p><p>17 - Os espargidores de solução lacrimogênea em espuma ou gel são altamente</p><p>recomendáveis para controle de grupos de agressores, tendo em vista sua</p><p>efetividade</p><p>contra alvos múltiplos.</p><p>( ) Certo		( ) Errado</p><p>18 - Ao atingir o ser humano, as munições de impacto controlado podem causar</p><p>hematomas e fortes dores, com alto poder de intimidação psicológica, que é o</p><p>principal objetivo do tiro de impacto controlado.</p><p>( ) Certo		( ) Errado</p><p>19 – Se empregadas a distâncias inferiores das recomendadas pelos fabricantes, as</p><p>munições de impacto controlado poderão causar grave lesão ou mesmo o resultado</p><p>morte à pessoa atingida.</p><p>( ) Certo		( ) Errado</p><p>20 – As granadas de emissão para aplicação policial não geram gases imediatamente</p><p>perigosos à vida das pessoas.</p><p>( ) Certo		( ) Errado</p><p>21 – As granadas explosivas são empregadas com intuito de obter vantagem tática</p><p>para as forças de segurança nas ações que necessitem de intervenções com alto</p><p>poder de intimidação psicológica</p><p>( ) Certo		( ) Errado</p><p>22 – As granadas explosivas para ambiente aberto, ao contrário das granadas</p><p>explosivas para ambiente fechado, podem ser utilizadas em ambiente fechado</p><p>caso não se tenha a distância de segurança necessária para o seu emprego.</p><p>( ) Certo		( ) Errado</p><p>23 – Denomina-se “tempo de retardo” o lapso temporal que a granada leva para</p><p>apresentar seu resultado. No caso das granadas explosivas, entende-se como o</p><p>tempo em que ela leva para explodir depois de arremessada</p><p>( ) Certo		( ) Errado</p><p>24 – Para evitar a invasão de um prédio público, a equipe alfa de u ma força de</p><p>segurança pública utiliza granada explosiva para ambiente aberto logo em</p><p>frente à entrada do prédio. A granada em questão parou exatamente a 2 metros</p><p>dos invasores, evitando a entrada destes. Desta forma, a intervenção foi bem</p><p>sucedida principalmente em relação ao aspecto técnico de emprego da</p><p>granada.</p><p>( ) Certo		( ) Errado</p><p>25 - O Supremo Tribunal Federal recordou, por ocasião do julgamento da ADPF 635, que o Brasil foi condenado na Corte Interamericana de Direitos Humanos pelo uso inadequado da força em chacinas ocorridas na Favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão (RJ), em 1994 e 1995. Com fundamento em códigos de conduta e princípios básicos estabelecidos no Direito Internacional, foi editada a Portaria Interministerial nº 4.226/10 que estabelece diretrizes sobre o uso da força pelos agentes de segurança pública.</p><p>Relacione as diretrizes sobre o uso da força e armas de fogo pelos agentes de segurança pública e suas correspondentes definições.</p><p>1. Princípio da moderação.</p><p>2. Princípio da necessidade.</p><p>3. Uso diferenciado da força.</p><p>4. Nível do uso da força.</p><p>(   ) Intensidade da força escolhida pelo agente de segurança pública em relação a uma ameaça real ou potencial.</p><p>(   ) O emprego da força pelos agentes de segurança pública deve sempre que possível, além de proporcional, ser moderado, visando sempre reduzir o emprego da força.</p><p>(   ) Determinado nível de força só pode ser empregado quando níveis de menor intensidade não forem suficientes para atingir os objetivos legais pretendidos.</p><p>(   ) Seleção apropriada do nível de uso da força em resposta a uma ameaça real ou potencial visando limitar o recurso a meios que possam causar ferimentos ou mortes.</p><p>Assinale a opção que indica a relação correta, na ordem apresentada.</p><p>A) 1 — 3 — 4 — 2.</p><p>B) 4 — 1 — 2 — 3.</p><p>C) 3 — 2 — 1 — 4.</p><p>D) 2 — 4 — 3 — 1.</p><p>E) 4 — 1 — 3 — 2.</p><p>Respostas:</p><p>1 – A</p><p>2 – E</p><p>3 – C</p><p>4 – E</p><p>5 – C</p><p>6 – 3,1,2</p><p>7 – Errado</p><p>8 – Certo</p><p>9 – Certo</p><p>10 – Errado</p><p>11 –</p><p>F</p><p>F</p><p>V</p><p>F</p><p>F</p><p>V</p><p>F</p><p>V</p><p>F</p><p>12 – Certo</p><p>13 – 2,3,1</p><p>14 – E</p><p>15 – C</p><p>16 – E</p><p>17 – Errado</p><p>18 – Certo</p><p>19 – Certo</p><p>20 – Certo</p><p>21 – Certo</p><p>22 – Errado</p><p>23 – Certo</p><p>24 – Errado</p><p>25 - B</p><p>image5.png</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p>

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