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<p>Microbiologia e</p><p>Imunologia Clínica</p><p>Unidade 1</p><p>Natália Gindri Fiorenza</p><p>Maria Paula Sampaio</p><p>Introdução</p><p>A Microbiologia estuda os organismos</p><p>microscópicos e suas atividades biológicas, assim</p><p>como sua importância e influência nos seres</p><p>vivos. Além de estudar as principais</p><p>características das bactérias, aprendendo a</p><p>diferenciá-las e saber quais as suas funções.</p><p>Objetivos</p><p>1. Aprender sobre a morfologia, citologia e fisiologia, além da genética microbiana</p><p>e suas aplicações.</p><p>2. Entender sobre o controle de microrganismos, fatores de virulência e</p><p>mecanismos de ação e resistência bacteriana.</p><p>3. Conhecer as principais bactérias e suas características, assim como as infecções</p><p>causadas por elas.</p><p>4. Compreender a microbiota normal do corpo humano e os mecanismos que</p><p>ocorrem.</p><p>Aspectos citomorfológicos microbianos</p><p>Histórico da Microbiologia</p><p>Para que seja possível a identificação dos micro-</p><p>organismos, é necessário entender a sua</p><p>estrutura, morfologia, fisiologia, reprodução e</p><p>metabolismo.</p><p>Histórico da Microbiologia</p><p>• Roger Bacon, no século XIII, sugeriu que as</p><p>doenças fossem causadas por seres vivos</p><p>“invisíveis” e, desde então, os estudos na</p><p>microbiologia têm avançado.</p><p>• Louis Pasteur (1822-1895) e Robert Koch</p><p>(1843-1910) iniciaram a era da Bacteriologia</p><p>após estabelecerem que as bactérias, como</p><p>todos os organismos vivos, surgiam de outros</p><p>organismos semelhantes</p><p>Histórico da</p><p>Microbiologia</p><p>Depois dos trabalhos de</p><p>Pasteur, Friedrich Gustav</p><p>Jacob Henle (1809-1885)</p><p>postulou suas ideias que</p><p>mostravam condições básicas</p><p>para que um agente</p><p>microscópico pudesse ser</p><p>considerado causador de</p><p>alguma doença infecciosa ou</p><p>contagiosa</p><p>Morfologia bacteriana</p><p>As bactérias podem se apresentar em</p><p>três tipos morfológicos:</p><p>bastonetes/bacilos, cocos e espirilos.</p><p>Os bastonetes podem ser curtos ou</p><p>longos com extremidade podendo ser</p><p>reta, de ponta arredondada ou curva</p><p>(forma de vírgula).</p><p>Os espirilos têm forma de hélice,</p><p>espiralar.</p><p>Os cocos podem ser esféricos,</p><p>riniformes, com formato de ponta de</p><p>lança, e podem formar diferentes</p><p>arranjos</p><p>Morfologia bacteriana</p><p>Os bastonetes não possuem tantos arranjos</p><p>como os cocos e, na maioria das vezes, estão</p><p>isolados. Entretanto, podem se apresentar aos</p><p>pares (diplobacilos) ou em cadeias</p><p>(estreptobacilos).</p><p>Morfologia bacteriana</p><p>Os espirilos estão, na maioria das vezes, isolados.</p><p>Os tétrades e sarcina são agrupamentos de</p><p>quatro e oito cocos, respectivamente.</p><p>Citologia e fisiologia</p><p>As células procariotas</p><p>possuem estruturas</p><p>fundamentais à viabilidade da</p><p>célula, que são o genoma,</p><p>ribossoma, parede e</p><p>membrana celular, e</p><p>estruturas acessórias, que</p><p>conferem características</p><p>adicionais à célula, como</p><p>flagelo, pili, cápsula,</p><p>plasmídio, endósporo ou</p><p>grânulo de inclusão.</p><p>Citologia e fisiologia</p><p>Nas bactérias Gram-negativas, a</p><p>parede celular está composta por</p><p>uma camada de peptidoglicano e três</p><p>outros componentes que a envolvem</p><p>externamente (lipoproteína,</p><p>membrana externa e</p><p>lipopolissacarídeo).</p><p>As bactérias Gram-positivas possuem</p><p>como característica os ácidos</p><p>teicoicos e os lipídios estão em maior</p><p>quantidade e muito ligados entre si.</p><p>Existem algumas bactérias chamadas</p><p>micoplasmas que não possuem</p><p>parede celular nem peptidoglicano,</p><p>ou seja, são incapazes de corar pelo</p><p>método de Gram.</p><p>Citologia e fisiologia</p><p>O ribossoma é formado por duas</p><p>subunidades e está disperso no</p><p>citoplasma e a sua função é a</p><p>síntese proteica. A estrutura do</p><p>seu genoma é a fita de DNA</p><p>circular e possui função de</p><p>armazenar as informações</p><p>genética.</p><p>Os flagelos são organelas</p><p>responsáveis pela locomoção,</p><p>uma célula bacteriana pode</p><p>possuir de um a vários flagelos</p><p>de acordo com a sua espécie.</p><p>Citologia e fisiologia</p><p>• O pili ou pelos são apêndices</p><p>curtos e retilíneos, comuns</p><p>em bactérias Gram-negativas</p><p>e possuem função de aderir a</p><p>locais específicos e de</p><p>conjugação bacteriana.</p><p>• O pili sexual serve para ligar</p><p>duas bactérias e permitirem</p><p>a troca de plasmídeo.</p><p>Citologia e fisiologia</p><p>• O crescimento microbiano diz</p><p>respeito ao aumento do número</p><p>de células, fazendo com que se</p><p>acumulem em colônias e é</p><p>possível a sua visualização sem</p><p>uso do microscópio.</p><p>• Existem algumas condições</p><p>necessárias para o crescimento</p><p>microbiano, como água, macro e</p><p>micronutrientes, fatores de</p><p>crescimento, temperatura, pH,</p><p>pressão osmótica e oxigênio.</p><p>Ação bacteriana</p><p>Compreender adequadamente os termos básicos</p><p>e o contexto do controle de micro-organismos,</p><p>seja por qual método for, é essencial para evitar</p><p>procedimentos equivocados ou insuficientes,</p><p>que podem interferir na qualidade dos</p><p>procedimentos e dos produtos</p><p>Controle</p><p>microbiano</p><p>• O controle microbiano ocorre</p><p>quando há ações com o intuito</p><p>de remover, matar, reduzir o</p><p>número ou inibir o crescimento</p><p>de micro-organismos.</p><p>• O controle pode ser feito</p><p>através de métodos químicos</p><p>ou físicos e ao fazer a sua</p><p>escolha deve-se levar em</p><p>consideração o agente</p><p>microbiano a ser afetado e a</p><p>forma em que ele pode</p><p>interferir.</p><p>Controle microbiano</p><p>• Os agentes microbicidas são</p><p>utilizados para exterminar ou</p><p>destruir todos os micro-organismos</p><p>(agentes bactericidas, fungicidas e</p><p>viricidas).</p><p>• Os agentes microbiostáticos atuam</p><p>inibindo o crescimento dos micro-</p><p>organismos (agentes fungistáticos e</p><p>bacteriostáticos).</p><p>• Os agentes antimicrobianos que</p><p>vão atuar na prevenção do</p><p>crescimento desses micro-</p><p>organismos são os antibacterianos,</p><p>antivirais, antifúngicos e</p><p>antiprotozoários.</p><p>Agentes físicos</p><p>• As baixas temperaturas atuam como bacteriostático;</p><p>• O calor úmido, através da fervura e autoclave, mata</p><p>células vegetativas (bactérias e fungos), esporos e vírus;</p><p>• O calor seco também pode ser utilizado, através de</p><p>chama direta, incineração ou esterilização com ar</p><p>quente;</p><p>• O ressecamento possui um efeito bacteriostático;</p><p>• Também pode ser utilizado diferentes tipos de radiação</p><p>que podem causar mutações, inibição de enzimas e</p><p>alterações na célula.</p><p>Agentes químicos</p><p>• O fenol e os agentes fenólicos atuam como antissépticos ou</p><p>desinfetantes através da ruptura da membrana plasmática e</p><p>desnaturação proteica.</p><p>• As biguanidas possuem efeito bactericida, fungicida e não</p><p>esporocida.</p><p>• Agentes oxidantes, como iodo e cloro, são bactericidas e fungicidas.</p><p>• Alcoois são antissépticos ou desinfetantes.</p><p>• Os agentes de superfície (sabões e detergentes) podem remover os</p><p>micro-organismos ou serem antimicrobianos.</p><p>• Os halogênios e metais pesados também podem ser usados como</p><p>desinfetantes, fungicidas, bactericidas ou bacteriostáticos.</p><p>Fatores de</p><p>virulência</p><p>• A invasão de micro-</p><p>organismos pode ser facilitada</p><p>por fatores de virulência, pela</p><p>aderência microbiana, pela</p><p>resistência aos</p><p>antimicrobianos e pelos</p><p>defeitos nos mecanismos de</p><p>defesa do hospedeiro. As</p><p>principais estratégias de</p><p>virulência em bactérias são</p><p>aderência, invasão, evasão das</p><p>defesas do hospedeiro, a</p><p>produção de toxinas e a</p><p>captação de nutrientes</p><p>Fatores de virulência</p><p>Alguns micro-organismos podem se tornar mais</p><p>virulentos por prejudicarem a produção de</p><p>anticorpos, resistirem às etapas oxidativas na</p><p>fagocitose e por produzirem superantígenos. A</p><p>aderência microbiana ajuda os micro-organismos a</p><p>penetrar os tecidos e aderir a quase todas as células</p><p>humanas. O biofilme (imagem) é uma estrutura fina</p><p>que pode ser formada ao redor de algumas bactérias,</p><p>que faz com que elas resistam à fagocitose e aos</p><p>antibióticos.</p><p>Resistência microbiana e mecanismos</p><p>Os antibióticos podem atuar de diferentes</p><p>formas, são responsáveis pela inibição da síntese</p><p>do peptideoglicano presente na parede celular</p><p>da bactéria, também pode lesionar a membrana</p><p>plasmática, interferir na síntese de ácidos</p><p>nucleicos e proteínas ou agir em metabólitos.</p><p>Resistência microbiana e mecanismos</p><p>Os micro-organismos possuem uma variabilidade</p><p>genética que não dá para evitar. A escolha do</p><p>antimicrobiano vai ser de acordo com as cepas e sua</p><p>capacidade de sobrevivência.</p><p>O primeiro antibacteriano descoberto por Alexander</p><p>Fleming, em 1928, foi a penicilina,</p><p>que se mostrou</p><p>muito eficaz durante a segunda guerra mundial.</p><p>Resistência</p><p>microbiana e</p><p>mecanismos</p><p>A atividade microbicida faz</p><p>com que haja diminuição na</p><p>quantidade de células viáveis</p><p>e inibe o crescimento e a</p><p>divisão do micro-organismo</p><p>sensível. Já a atividade</p><p>microbiostática paralisa o</p><p>metabolismo do micro-</p><p>organismo sensível, fazendo</p><p>com que o número de células</p><p>viáveis fique constante</p><p>durante horas..</p><p>Resistência</p><p>microbiana e</p><p>mecanismos</p><p>A resistência aos</p><p>antimicrobianos pode ser</p><p>natural ou adquirida. Quando o</p><p>micro-organismo possui</p><p>capacidade de resistir à ação</p><p>do antibiótico por causa das</p><p>características estruturais e</p><p>funcionas, é resistência natural.</p><p>Quando o micro-organismo foi</p><p>anteriormente sensível ao</p><p>antibiótico e tornou-se</p><p>resistente, é adquirida.</p><p>Microbactérias patógenas</p><p>Cocos Gram-positivos</p><p>Existem algumas bactérias cocos gram-positivas</p><p>que são de importância médica, como</p><p>Staphylococcus spp., Streptococcus spp.,</p><p>Enterococcus spp., e outras. Os estafilococos são</p><p>as bactérias mais resistentes ao meio ambiente,</p><p>calor, e em amostras clínicas secas.</p><p>Cocos</p><p>Gram-</p><p>positivos</p><p>A identificação dessas bactérias</p><p>pode ser através da morfologia</p><p>que elas apresentam em meio</p><p>líquido, através da forma em que</p><p>se apresentam na placa com o</p><p>meio de cultura adequado (as</p><p>colônias de estafilococos são</p><p>maiores, de coloração branca ao</p><p>amarelo e convexas e as de</p><p>estreptococos são puntiformes,</p><p>apresentando beta ou alfa</p><p>hemólise</p><p>Neisseria</p><p>Existem diferentes espécies de neisseria,</p><p>incluindo N. meningitidis e N. gonorrhoeae, que</p><p>são analisadas junto com a Moraxella catarrhalis,</p><p>Moraxella spp., Acinetobacter spp., Kingella spp</p><p>e Alcaligenes spp. As N. meningitidis e N.</p><p>gonorrhoeae possuem uma grande importância</p><p>médica por causarem meningite e gonorreia. As</p><p>suas espécies são, em sua maioria, diplococos</p><p>Gram-negativos.</p><p>Neisseria</p><p>Provas de rotina utilizadas para diferenciação de Neisserias</p><p>Enterobactérias</p><p>Constituem a maior família e mais heterogênea</p><p>de bactérias Gram-negativas patogênicas. São</p><p>bacilos não esporulados, com motilidade</p><p>variável, oxidase negativos, que crescem em</p><p>diversos meios, são anaeróbios facultativos,</p><p>fermentam a glicose com ou sem produção de</p><p>gás, são catalase positivos, e reduzem nitrato a</p><p>nitrito.</p><p>Enterobactérias</p><p>As principais provas a serem feitas para identificar as</p><p>enterobactérias são fermentação da glicose e da lactose, teste</p><p>de motilidade, teste de citrato, descarboxilação da lisina,</p><p>produção de sulfeto de hidrogênio, produção de gás (CO2),</p><p>teste da oxidase, produção de indol, de uréase, de</p><p>fenilalanina desaminase ou opção triptofanase, de gelatinase</p><p>ou opção DNAse.</p><p>As principais enterobactérias causadoras de infecções hospitalares</p><p>são Escherichia coli, Klebsiella spp., e Enterobacter spp e as</p><p>principais causadoras de infecções na comunidade são Escherichia</p><p>coli, Klebsiella spp., Proteus spp., Salmonella spp., e Shigella spp.</p><p>Bacilos não-</p><p>fermentadores</p><p>Os bacilos Gram-negativos não</p><p>fermentadores (BNFs) são não</p><p>esporulados, aeróbicos e</p><p>incapazes de utilizar</p><p>carboidratos como fonte de</p><p>energia através de</p><p>fermentação. A sua incidência</p><p>em hospitais é menor quando</p><p>comparada às outras</p><p>bactérias, entretanto, elas</p><p>possuem grande resistência</p><p>aos antibióticos e causam</p><p>infecções graves.</p><p>Bacilos espiralados</p><p>ou curvos</p><p>Os bacilos espiralados ou</p><p>curvos não são tão comuns,</p><p>porém representam uma</p><p>grande importância médica.</p><p>A tabela ao lado resume</p><p>algumas bactérias e as suas</p><p>respectivas doenças,</p><p>formas de transmissão e o</p><p>reservatório.</p><p>Bacilos Gram-positivos</p><p>Dentre os bacilos gram-</p><p>positivos (BGPs) podemos</p><p>dividir em bactérias</p><p>corineformes, bacilos gram-</p><p>positivas regulares,</p><p>esporulados e bacilos</p><p>ramificados.</p><p>Bactérias anaeróbicas restritas</p><p>• Esse grupo de bactérias é caracterizado por</p><p>produzir patologia no ser humano, sem conseguir</p><p>se multiplicar na presença do oxigênio.</p><p>• As bactérias anaeróbicas restritas compõem</p><p>normalmente o nosso organismo, ultrapassando</p><p>em número as bactérias aeróbicas e anaeróbicas</p><p>facultativas, estando na microbiota normal do tubo</p><p>digestivo, pele, trato respiratório superior e genital</p><p>feminino.</p><p>Microbiota normal</p><p>Microbiota normal diz respeito à população de</p><p>micro-organismos que habita a pele e às</p><p>mucosas de pessoas normais e sadias, essa</p><p>microbiota se desenvolve e pode sofrer</p><p>alterações ao longo da vida.</p><p>Microbiota normal</p><p>Existem dois tipos de microbiota, a residente e a</p><p>transitória.</p><p>• A microbiota residente corresponde aos micro-</p><p>organismos encontrados regularmente em</p><p>determinada idade e região e pode ser</p><p>reconstituída facilmente.</p><p>• A microbiota transitória corresponde aos micro-</p><p>organismos que são eliminados por mecanismos</p><p>naturais de defesa ou por ações de limpeza.</p><p>Microbiota normal</p><p>Existem alguns fatores que podem modificar a</p><p>microbiota humana, seja a idade ou até mesmo</p><p>uma dieta alimentícia. A microbiota intestinal é</p><p>influenciada por muitas particularidades do</p><p>estilo de vida moderno, como a melhoria do</p><p>saneamento básico, urbanização, uso excessivo</p><p>de antibióticos, menor exposição a infeções na</p><p>infância, vacinação ou sedentarismo</p><p>Microbiota normal</p><p>O uso de antibióticos, embora seja necessário</p><p>em casos de infeção, pode ter efeitos drásticos</p><p>na microbiota, como eliminar a diversidade de</p><p>microrganismos e a desregular o sistema</p><p>imunológico do hospedeiro, aumentando a</p><p>susceptibilidade à doença. Isso porque os</p><p>antibióticos são, em sua maioria, de amplo</p><p>espetro, ou seja, atingem não só as bactérias</p><p>causadoras da infecção.</p><p>Microbiota específica em cada região</p><p>Na pele a microbiota encontra-se por toda a extensão, bem</p><p>definida e constante, com micro-organismos transitórios. Sendo</p><p>mais concentrada em regiões mais quentes e úmidas, como axilas</p><p>e períneo. Geralmente predominam as bactérias Gram-positivas,</p><p>como Staphylococcus, Corynebacterium e Propionobacterium.</p><p>Bocas e vias aéreas</p><p>• No nascimento, as mucosas dessas</p><p>regiões são quase sempre estéreis</p><p>(podem ser contaminadas no parto).</p><p>• Na cavidade bucal, orofaringe e</p><p>nasofaringe podem ser encontrados</p><p>Streptococcus, Lactobacillus,</p><p>Fusobacterium, Velionella, Neisseria,</p><p>Treponema, Candida, Staphylococcus,</p><p>Mycoplasma, dentre outras bactérias.</p><p>• A microbiota da cavidade oral tem</p><p>grande importância devido às</p><p>doenças periodontais (e até</p><p>endocardites subagudas) serem</p><p>causadas por micro-organismos nela.</p><p>• Nas fossas nasais predominam as</p><p>bactérias Corynebacterium e</p><p>Staphylococcusas</p><p>• As vias aéreas inferiores são regiões</p><p>estéreis.</p><p>Trato intestinal</p><p>No nascimento, o trato intestinal está estéril e os</p><p>micro-organismos serão introduzidos pelos</p><p>alimentos, os recém-nascidos amamentados pelo</p><p>leite materno são compostos por micro-</p><p>organismos aeróbicos e anaeróbicos, Gram-</p><p>positivos, em destaque os estreptococos e</p><p>lactobacilos.</p><p>Trato intestinal</p><p>• O esôfago contém uma microbiota proveniente da saliva e</p><p>dos alimentos.</p><p>• O estômago possui poucos micro-organismos</p><p>(Lactobacillus, Streptococcus spp. e Helicobacter pylori)</p><p>devido ao seu pH ácido, que protege contra infecções de</p><p>patógenos entéricos.</p><p>• O cólon possui a maior parte de sua microbiota composta</p><p>por bactérias anaeróbicas.</p><p>• O intestino grosso é o local de maior concentração de</p><p>micro-organismos e com grandes quantidades de bactérias</p><p>anaeróbicas, predominando as bactérias Eubacterium,</p><p>Bifidobacterium e Bacterióides.</p><p>Uretra e vagina</p><p>Na uretra anterior, tanto do homem quanto da</p><p>mulher, existem micro-organismos provenientes</p><p>da pele e do períneo e eles aparecem</p><p>regularmente quando a urina é eliminada. A</p><p>vagina é composta de lactobacilos desde o</p><p>nascimento e pode conter uma flora mista com</p><p>cocos e bacilos em algumas situações</p><p>(puberdade, menopausa, puerpério).</p><p>Olhos</p><p>A microbiota do olho é composta,</p><p>principalmente, por difteróides,</p><p>Staphylococcus epidermidis e</p><p>estreptococos não hemolíticos. São</p><p>encontradas com frequência espécies</p><p>do gênero Neisseria e bacilos Gram-</p><p>negativos.</p><p>Microbiologia</p><p>e �Imunologia Clínica</p><p>Introdução</p><p>Objetivos</p><p>Aspectos citomorfológicos microbianos</p><p>Histórico da Microbiologia</p><p>Número do slide 6</p><p>Morfologia bacteriana</p><p>Morfologia bacteriana</p><p>Morfologia bacteriana</p><p>Citologia e fisiologia</p><p>Citologia e fisiologia</p><p>Citologia e fisiologia</p><p>Citologia e fisiologia</p><p>Citologia e fisiologia</p><p>Ação bacteriana</p><p>Controle microbiano</p><p>Controle microbiano</p><p>Agentes físicos</p><p>Agentes químicos</p><p>Fatores de virulência</p><p>Fatores de virulência</p><p>Resistência microbiana e mecanismos</p><p>Resistência microbiana e mecanismos</p><p>Resistência microbiana e mecanismos</p><p>Resistência microbiana e mecanismos</p><p>Microbactérias patógenas</p><p>Cocos Gram-positivos</p><p>Neisseria</p><p>Neisseria</p><p>Enterobactérias</p><p>Enterobactérias</p><p>Bacilos não-fermentadores</p><p>Bacilos espiralados ou curvos</p><p>Bacilos Gram-positivos</p><p>Bactérias anaeróbicas restritas</p><p>Microbiota normal</p><p>Microbiota normal</p><p>Microbiota normal</p><p>Microbiota normal</p><p>Microbiota específica em cada região</p><p>Bocas e vias aéreas</p><p>Trato intestinal</p><p>Trato intestinal</p><p>Uretra e vagina</p><p>Olhos</p>