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<p>; é a. 2 ms</p><p>TéoNE Es OCEDIMENTOS</p><p>à, A DEI L/R i, AS PRIMEIROS SOCORROS</p><p>Conceito de primeiros</p><p>SOCOIros</p><p>Objetivos-de-aprendizagem</p><p>Ao final deste texto, você deve apresentar o5 seguintes aprendizados;</p><p>Nm Identificar os conceitos de primeiros socorros.</p><p>MN Reconhecer as possibilidades e as limitações do professor de educação</p><p>física na prestação dos primeiros socorros,</p><p>NM Relacionar a prática esportiva e as diferentes lesões.</p><p>Introdução S</p><p>Neste capítulo, você vai estudar sobre 05 conceitos de primeiros socorros</p><p>& à sua aplicação na educação física, compreendendo qual é o papel do</p><p>profissional de educação física em situações de risco e acidentes. Um</p><p>acidente pode ocorrer em diversas ocasiões e de diversas formas, inde-</p><p>pendentemente do local onde as pessoas se encontram. Esses acidentes</p><p>podem apresentar também diferentes níveis de gravidade,</p><p>Durante o exercício da profissão, o professor de educação física poderá</p><p>5e encontrar em diversas situações de risco, seja em uma aula escolar ou</p><p>em aulas em outros ambientes e com diferentes públicos. À estrutura</p><p>e o local onde as aulas são aplicadas, a alternância da intensidade dos</p><p>exercícios propostos, a utilização de implementos, à característica da</p><p>atividade, seja coletiva ou individual, são aspectos que também poderão</p><p>influenciar nas situações de risco. Você deverá estar preparado para</p><p>prestar os primeiros socorros caso ocorra algum acidente enquanto você</p><p>está aplicando suas aulas, pois a responsabilidade do zelo pelos alunos</p><p>é do professor.</p><p>O que são primeiros socorros?</p><p>Imagine uma situação na qual você está andando pela rua e, repentinamente,</p><p>a pessoa que está a sua frente tropeça um buraco e cai no chão, gritando</p><p>e com muita dor. Você, sem pensar duas vezes, presta apoio à esta pessoa,</p><p>verificando o motivo do grito de dor, persuntando a ela se está tudo bem, ze</p><p>precisa que chame alum socorro ou 3e quer que chame alguém da família</p><p>para auxilio.</p><p>O ato que você acaba de executar é um ato de primeiros socorros, não que</p><p>esse exemplo seja a maneira ideal e correta de prestar um atendimento de</p><p>Primeiros socorros, porém, à ideia e 03 objetivos são muito parecidos.</p><p>Earren e outros autores (2014, p. 63) classificam como primeiros socorros</p><p>o “[...] atendimento temporário e imediato de uma pessoa que está ferida ou</p><p>que adoece repentimamente”. Essa classificação nos remete a um pensamento</p><p>sobre az diversas vezes em que já prestamos atendimento de primeiros socor-</p><p>TOS. Será que nessas vezes em que realizamos esse atendimento o fizemos de</p><p>maneira correta e coerente?</p><p>Apezar da definição anterior estar colocada de forma simples e objetiva, a</p><p>realidade que cerca o atendimento de primeiros socorros é bem mais complexa,</p><p>sendo essa complexidade relativa à eravidade do acidente e às particularidades</p><p>dele. E importante saber identificar a complexidade que envolve o acidente</p><p>para que a assistência inicial preserve a vida da vítima, colocando-a na melhor</p><p>situação possível para receber o atendimento especializado.</p><p>Fique atento</p><p>Prestar o atendimento de prim siros socorros não faz de você um médico. E im portante</p><p>reconhecer suas funções e seus limites!</p><p>É importante que durante a prestação de atendimento de primeiros sSOCoITOS</p><p>você mantenha a calma e à concentração, mezmo ze a condição em que z2e</p><p>encontrar o coloque sob pressão, pois essa postura trará mais clareza na hora</p><p>de realizar o atendimento, assim como para orientar as pessoas que estiverem</p><p>ao redor. À seguir, são apresentados o5 principaiz objetivos do atendimento de</p><p>primeiros socorros, de acordo com Earren e outros autores (2014):</p><p>O</p><p>analisar e reconhecer as situações que coloquem a vida em risco;</p><p>aplicar, quando necessário, a respiração e a circulação artificiais;</p><p>controlar os diferentes tipos de sangramentos;</p><p>cuidar das demais situações que coloquem a vida em risco;</p><p>controlar as possíveis lesões e complicações subsequentes;</p><p>cuidar das áreas expostas afim de evitar contaminações e mfecções;</p><p>zelar pela vitima, fornecendo conforto até a chegada do atendimento</p><p>especializado:</p><p>N providenciar assistência médica especializada.</p><p>Entre 05 1tens apresentados no quadro anterior, providenciar assistência</p><p>médica especializada é algo que devemos ter atenção especial. No Brasil,</p><p>temos duas principais maneiras de acionar essa assistência, uma é o Serviço de</p><p>Atendimento Móvel de Urgência (SAMT) e o outro é o Serviço de Emergência</p><p>do Corpo de Bombeiros. O SAMU deve ser acionado pelo telefone por meio do</p><p>número 192, enquanto o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo número</p><p>193. Porém, em qual momento devemos acionar o atendimento especializado</p><p>é outro detalhe importante no momento em que se presta o atendimento</p><p>de primeiros socorros. De certa forma, Earren e outros autores (2014) e o</p><p>Mimstério da Saúde (BRASIL, 2006) concordam que o apoto especializado</p><p>devera ser chamado em ocasiões de urgência, ou seja, quando realmente a</p><p>vida da vítima estrver em risco ou em condições de risco de perda funcional.</p><p>O que determinará se o acionamento será imediato ou se poderá levar</p><p>alguns minutos é a avaliação do acidente e das condições das vitimas. Muitas</p><p>vezes, chamar a assistência especializada sem a necessidade, ou para acidentes</p><p>com baixa gravidade, o qual você poderá conduzir a vítima ao atendimento</p><p>especializado, poderá interferir em outros acidentes e em outras vítimas que</p><p>realmente necessitam de um apo1o de urgência.</p><p>Procedimentos gerais</p><p>É pouco provável que você saia de casa preparado para realizar diversos aten-</p><p>dimentos de primeiros socorros. Porém, quando menos esperar, você pode ze</p><p>ver em uma situação na qual é a única pessoa capaz de oferecer apolo à uma</p><p>vitima. Nesses casos, é necessário que você tenha um minimo de preparo para</p><p>efetuar de forma correta e responsável o atendimento de primeiros socorros.</p><p>De uma forma geral, é importante que você identifique inicialmente o local em</p><p>que se encontra a vítima e verifique se é um acidente ou um caso de doença</p><p>repentina. É importante que, com essas informações, você tome cuidados</p><p>para que a sua vida também não seja colocada em risco e, assim, você possa</p><p>prestar o socorro com segurança (RARFEEMN et al., 2014).</p><p>Após identificar a situação em que você se encontra, é necessário iniciar</p><p>o atendimento à vitima. Em relação ao atendimento, o SAMU (BRASIL,</p><p>2016) utiliza um protocolo de atendimento que pode ser adotado como padrão.</p><p>Imcialmente, é necessário realizar a avaliação primária do paciente. Essa ava-</p><p>liação determinará quais os caminhos a serem seguidos para um atendimento</p><p>de qualidade e, prmcipalmente, um atendimento responsável.</p><p>A avaliação primária da vítima é dividida em cinco avaliações. A primeira</p><p>avaliação realizada é sobre a responsividade da vítima, ou seja, ze ela está</p><p>consciente ou se ela está respirando. Caso à vítima esteja responsiva, seguimos</p><p>para a segunda avaliação, com objetivo de verificar se az vias respiratórias</p><p>estão obstruíidas (nesse caso, se houver obstrução, é necessário liberar as</p><p>vias respiratórias). A terceira avaliação a ser realizada é 2 da ventilação,</p><p>verificando se a vitima está tendo oferta do oxigênio suficiente para manter</p><p>a vida até a chegzada do socorro especializado. Faz parte da quarta avaliação</p><p>a verificação de pulso, de hemorragias e coloração da pele. Por fim, a quinta</p><p>avaliação é sobre o estado neurológico da vítima, ou seja, se ela apresenta</p><p>sinais de coma ou estado de choque. Ao final da avaliação, faça a ligação ao</p><p>serviço de emergência solicitando o socorro especializado. No momento da</p><p>ligação, você será questionado sobre o estado da vítima, por is20 é necessária</p><p>a avaliação primária.</p><p>Esza é a sequência de avaliações que ocorre no caso de a vitima estar</p><p>responsiva. Quando temos uma situação inversa, na qual, após a primeira</p><p>avaliação, detectamos que a vítima não está responsiva, é necessário seguir</p><p>um protocolo diferente.</p><p>no sentido da educação 2 desemvolvimento das potencialidades</p><p>Iunnnanas, daqueles aos quais presta serviços.</p><p>Art. 3º São diretrizes para a atuação dos órgãos intezrantes do Sistema CON-</p><p>FEF'CREF:s e para o desempenho da atividade profissional em Educação Fisica:</p><p>1 — comprometimento com a preservação da saúde do indivíduo e da cole-</p><p>tividade, e com o desenvolvimento físico, intelectual, cultural e social do</p><p>beneficiário de sua ação;</p><p>UI — aperfeiçoamento técnico, científico, ético e moral dos Profissionais re-</p><p>gistrados no Sistema CONFEF/CREF:s;</p><p>III — transparência em suas ações e decisões, zarantida por meio do pleno</p><p>acesso dos beneficiários e destinatários às informações relacionadas ao exer-</p><p>cicio de sua competência legal e rezimental;</p><p>TV — autonomia no exercício da profissão, respeitados os preceitos legais e</p><p>éticos e os princípios da bioética;</p><p>WV- priorização do compromisso ético para com a sociedade, cujo interesse será</p><p>colocado acima de qualquer outro, sobretudo do de natureza corporativista:</p><p>VI — integração com o trabalho de profissionais de outras áreas, baseada no</p><p>respeito, na liberdade e independência profissional de cada um e na defesa</p><p>do interesse e do bem-estar dos seus beneficiários.</p><p>Penalidades</p><p>Da mesma maneira que o art. 135 do Código Penal brasileiro fala sobre as</p><p>penalidades possíveis pela omissão de socorro, os profissionais da saúde tam-</p><p>bém podem ser penalizados por atos de neglisência, que são caracterizados</p><p>como a omissão de ajuda ou o descuidado ao presta-la. Do ponto de vista legal,</p><p>o conceito de negligência é mais complexo. Negligência significa falha nos</p><p>padrões de assistência, tendo como consequência agravos adicionais. O não</p><p>cumprimento do atendimento podera ser interpretado como negligência, nos</p><p>casos em que os padrões de assistência não forem obedecidos e o m1mdrviduo</p><p>tenha sequelas por um atendimento inadequado.</p><p>Em tais situações, o profissional pode ser penalizado segundo o código de</p><p>ética preestabelecido para cada profissão. No caso de profissionais de educação</p><p>fisica, o Capítulo V do Código propõe um código para cada infração ética,</p><p>ficando o infrator sujeito a uma das seguintes penalidades, a ser aplicada</p><p>conforme a gravidade da infração (CONFEF, 2015, documento on-line):</p><p>1 — advertência escrita, com ou sem aplicação de muita;</p><p>IIl— censura pública;</p><p>III — suspensão do exercício da Profissão;</p><p>TV — cancelamento do registro profissional e divulgação do fato.</p><p>Com base no exposto anteriormente, tanto no art. 5º das diretrizes do</p><p>sistema CONFEF/CREF como nas penalidades previstas para a categoria por</p><p>infrações éticas, o profissional pode ser acusado de neslisência se o indivi-</p><p>duo lesionado sofrer um agravo na sua condição em detrimento do acidente</p><p>motivado indiretamente por uma ação indevida no atendimento, sendo que a</p><p>abrangência do dano que pode ser de ordem fisica, emocional ou psicológica</p><p>(CONFEF, 2015). Portanto, preste sempre atendimento à vítima e chame o</p><p>serviço de emergência caso as condições excederem suas capacidades.</p><p>Saiba mais</p><p>Casos de negligência podem ser encontrados com facilidade na internet. Um exemplo</p><p>é 0 caso de afogamento durante uma aula teórico-prática de canoagem ministrada no</p><p>rio Tejo, quando um aluno, que não sabia nadar, acabou se afosando momentos antes</p><p>de a aula comerçar, pois os alunos estavam brincando às margens do rio. Os professores</p><p>de educação física foram julgados e condenados por negligência. Para tanto, diversos</p><p>fatores foram considerados, como a permissão para as brincadeiras à margem do rio e</p><p>a permissão para que os alunos que não soubessem nadar participassem da excursão.</p><p>Confira a reportagem na integra a seguir.</p><p>https:/ /goo.gl/LtVo94W</p><p>Suporte básico de vida</p><p>Existem diferentes procedimentos gerais a serem adotados em situações de emer-</p><p>gência em que você, como profissional da área da saúde, deverá atuar com atitudes</p><p>positivas diante do contexto. Você deverá prestar os primeiros socorros sempre</p><p>quando se sentir seguro dos procedimentos realizados. O estresse e o pânico podem</p><p>aumentar os riscos de negligência, o que tem potencial para agravar a situação.</p><p>O profissional da área da saúde tem a obrigatoriedade de prestar os primeiros</p><p>SOCOTToS em casos que sejam necessários, assegurando o direito à vida.</p><p>Os Protocolos Nacionais de Intervenção são guias de ação para agir diante</p><p>das situações de emersência. Esses protocolos foram elaborados com base em</p><p>uma extensa revisão dos procedimentos e das experiências, sendo fundamental</p><p>conhecer e ativar os protocolos em situações de emergências.</p><p>Confira a sesuir 05 protocolos nacionais desenvolvidos pelo Sistema Único</p><p>de Saúde e pelo SAMU para serem aplicados em situações de agravo (BRA-</p><p>SIL, 2016). As orientações estão divididas em avaliação primaria e avaliação</p><p>secundária.</p><p>Avaliação primária do paciente</p><p>Conduta:</p><p>l. Avaliar a responsividade (chamar o paciente) e expansão torácica.</p><p>m Senão responsivo e sem movimentos respiratórios, checar pulso central.</p><p>E Se pulso presente, abrir vias aéreas com manobras manuais (hiperex-</p><p>tensão da cabeça e elevação do queixo).</p><p>Nm Senão responsivo com movimentos respiratórios: garantir a permea-</p><p>bilidade de via aérea e considerar suporte ventilatório.</p><p>Mm Seresponsivo, prosseguir avaliação.</p><p>2. Avaliar permeabilidade de via aérea e corrigir situações de risco com:</p><p>hiperextensão da cabeça, elevação do queixo, aspiração e retirada de</p><p>objetos, se necessário.</p><p>3. Avaliar ventilação.</p><p>m Padrão ventilatório.</p><p>Mm Simetria torácica.</p><p>Nm Frequência respiratória.</p><p>4. Avaliar estado circulatório.</p><p>mm Presença de hemorragias externas de natureza não traumática.</p><p>mm Pulsos periféricos ou centrais: frequência, ritmo, amplitude e simetria.</p><p>m Tempo de enchimento capilar.</p><p>m Pele: coloração e temperatura.</p><p>Mm Na presença de sansramento ativo, considerar compressão direta, se</p><p>possivel.</p><p>5. Avaliar estado neurológico.</p><p>Nm Escala de Coma de Glasgow.</p><p>m Avaliação pupilar: fotorreatividade e simetria.</p><p>Avaliação secundária do paciente</p><p>Em toda abordagem de pacientes com agravo clinico, após a realização da</p><p>avaliação primaria e das intervenções especificas dessa fase do atendimento,</p><p>você deverá seguir esta conduta:</p><p>l.</p><p>L</p><p>E</p><p>E</p><p>E</p><p>E</p><p>.</p><p>E</p><p>BN</p><p>E</p><p>BN</p><p>)</p><p>Realizar a entrevista SAMPLA (com o paciente, os familiares ou os</p><p>terceiros):</p><p>Nome e idade.</p><p>Queixa principal.</p><p>S&S: verificação dos sinais vitais:</p><p>= respiração (frequência, ritmo e amplitude);</p><p>= pulso (frequência, ritmo e amplitude);</p><p>= pressão arterial;</p><p>= pele (temperatura, cor, turgor e umidade).</p><p>A: história de alergias.</p><p>M: medicamentos em uso e/ou tratamentos em curso.</p><p>P: passado médico (problemas de saúde ou doença prévia).</p><p>L: horário da última ingestão de liquidos ou alimentos.</p><p>A: ambiente do evento.</p><p>Realizar a avaliação complementar:</p><p>Instalar oximetria de pulso, se disponível.</p><p>Mensurar a glicemia capilar, se disponível.</p><p>Realizar o exame da cabeça aos pés:</p><p>Cabeça e face:</p><p>= Inspecionar e palpar couro cabeludo, orelhas, ossos da face, olhos,</p><p>pupilas (verificar diâmetro, reação à luz e simetria pupilar), nariz</p><p>e boca</p><p>= Observar alterações na coloração e na temperatura da pele.</p><p>Pescoço:</p><p>m Avaliar região anterior e posterior.</p><p>= Avaliar, em especial, se há distensão das veias jugulares.</p><p>Tórax:</p><p>= Observar, em especial, se há uso de musculatura acessória, tiragem</p><p>intercostal e de fúrcula e movimentos assimétricos.</p><p>Abdome:</p><p>= Observar abdome distendido.</p><p>Membros superiores:</p><p>= Observar, em especial, palpação de pulsos distais e perfusão dos</p><p>membros.</p><p>= Avaliar a força motora, solicitando que o paciente aperte a mão do</p><p>profissional e/ou eleve um braço de cada vez, se descartada qualquer</p><p>potencial lesão.</p><p>Membros inferiores:</p><p>= Observar, em especial, a palpação de pulsos distais e perfusão dos</p><p>membros (preenchimento capilar).</p><p>m Avaliar a força motora, solicitando que o paciente</p><p>movimente os pés</p><p>e/ou eleve uma perna de cada vez, se descartada qualquer potencial</p><p>lesão.</p><p>BRASIL. Câmara dos Deputados. Lei nº 10406, de 10 de janeiro de 2002. Instituir o Código</p><p>Civil. Brasilia, DF, 2002. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2018,</p><p>BRASIL Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução Nº 7 de</p><p>31 de março de 2004. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de</p><p>graduação em Educação Fisica, em nivel superior de graduação plena. Brasilia, DF,</p><p>2004, Disponivel em: =. Acesso em: 20 jul. 2018,</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de intervenção</p><p>para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Mivel de Urgincia. Brasilia: Ministério da Saúde,</p><p>2016. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2018,</p><p>BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 5.069, de 13 de julho de 1990 Dispõe</p><p>sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasilia, DF.</p><p>1990, Disponivel em: . Acesso</p><p>em: 20 jul. 2018.</p><p>Reanimação cardiopulmonar</p><p>Uma das manobras mais usadas por socorristas e que vem sendo aperfeiçoada</p><p>ao longo do tempo é à reanimação cardiopulmonar (RCP). Trata-se de uma</p><p>manobra realizada pelo socorrista no intuito de manter a circulação da vitima</p><p>ativa, em casos de paradas cardíacas.</p><p>Num continuo melhoramento das diretrizes para RCP em adultos, foram</p><p>discutidos e alterados diferentes pontos da Guia da RCP (AMERICAN HEART</p><p>ASSOCIATION, 2015). Para tal, você encontrará, neste capítulo, pontos espe-</p><p>cíficos que foram modificados. Serão abordadas principalmente as mudanças</p><p>feitas na guia de 2015 em comparação com a guia de 2010.</p><p>Reconhecimento de uma parada cardiorrespiratória</p><p>e acionamento dos serviços de emergência</p><p>Todos os casos de parada cardiorrespiratória têm um elemento em comum: o</p><p>tempo. Quanto antes os pacientes receberem os devidos atendimentos emer-</p><p>genciais, melhores são os prognósticos de sobrevivência e mais rápida é a</p><p>recuperação. Pensando nisso, o AHA atualizou à guia de reconhecimento e</p><p>acionamento de emerzência, em que postula que:</p><p>[...] os profissionais de saúde devem pedir ajuda nas proximidades ao encon-</p><p>trarem uma vítima que não responde, mas seria bastante prático o profissional</p><p>de saúde continuar a avaliar a respiração e o pulso simultaneamente antes de</p><p>acionar totalmente o serviço médico de emergência (AMERICAN HEART</p><p>ASSOCIATION, 2015, p. 8).</p><p>Essa nova diretriz de 2015 substitui a de 2010, que postula que o profissional</p><p>deveria verificar se há resposta do paciente, olhando para ele, para determinar</p><p>se a respiração está normal ou ausente.</p><p>Identificação de respiração anormal (gasping)</p><p>pelo atendente/operador</p><p>A distinção entre situações que necessitam de RCP ou não são decisivas e nem</p><p>sempre simples. Lembre-se de que você estará sob estresse e poderá ter dificul-</p><p>dade para identificar 03 sinais e sintomas de uma parada cardiorrespiratória.</p><p>Nesse sentido, para ajudar as pessoas presentes no local a reconhecer a parada</p><p>cardiorrespiratória, os atendentes dos sistemas de saúde devem ser treinados</p><p>e preparados para ajudar no reconhecimento de paradas cardiorrespiratórias.</p><p>Deverão perguntar sobre a ausência de resposta da vítima e a qualidade da</p><p>respiração (normal ou anormal). Se a vítima não estiver respondendo e não</p><p>estiver respirando, ou apresentar respiração anormal, o socorrista e o atendente</p><p>devem presumir que a vítima esteja sofrendo uma parada cardiorrespiratória.</p><p>Enfase nas compressões torâácicas</p><p>Ezpera-se que profissionais da área da saúde sejam treinados para executar,</p><p>além das compressões torácicas de alta qualidade, ventilações de resgate a</p><p>qualquer indivíduo que apresente parada cardiorrespiratória. O posicionamento</p><p>de 2010 postula que somente os profissionais do serviço médico de emergência</p><p>e socorristas profissionais possam realizar compressões torácicas e ventilações</p><p>de resgate. O posicionamento do AHA de 2015 atualiza e amplia essa função</p><p>para todos os profissionais da saúde (AMERICAN HEART ASSOCIATION,</p><p>20157.</p><p>Como justificativa, rezsalta-se que o atendimento somente com compressões</p><p>torácicas é recomendado para profissionais leigos, pois é relativamente fácil de</p><p>ser orientado. Espera-se que os profissionais de saúde estejam treinados para</p><p>executar compressões e ventilações de emergência com eficiência. Portanto,</p><p>o guia deixa claro que a prioridade do zocorrista leigo, sobretudo se atuando</p><p>sozinho, ainda é ativar o serviço de emergência médica. Portanto, você deverá</p><p>estar treinado não só para executar compressões de alta qualidade, mas também</p><p>para executar ventilações de emergência eficazes.</p><p>Velocidade das compressões torâácicas</p><p>O posicionamento do guia da AHA de 2010 estabelece uma velocidade mínima</p><p>de compressões torácicas, sendo ela 100 por minuto. O novo posicionamento de</p><p>2015 estabelece que às compressões torâcicas devam ser realizadas em um ritmo</p><p>de 100 a 120 compressões por minuto (AMERICAN HEART ASSOCIATION,</p><p>2015). O estabelecimento de um teto máximo para as compressões veio depois</p><p>de evidências demonstrarem que velocidades acima de 120 compressões por</p><p>minuto apresentavam baixos níveis de compressão torácica (cerca de 50%</p><p>das comprezsões não alcançaram as recomendações). Portanto, é importante</p><p>que os profissionais da área de saúde, incluíndo 03 profissionais de educação</p><p>física, mantenham-se atentos à velocidade e à profundidade das compressões</p><p>durante a RCP.</p><p>Profundidade das compressões torácicas</p><p>A recomendação de 2010 aconselha que o esterno de um adulto deve ser</p><p>comprimido a, no mínimo, 5 cm de profundidade. Já o posicionamento de 2015</p><p>postula uma faixa de trabalho, sendo o mínimo ainda de 5 cm e o máximo de</p><p>6 cm de profundidade (AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2015). Essa</p><p>atualização mantém a profundidade minima, pois a aplicação desta tem demos-</p><p>trado melhores desfechos favoráveis. Já o posicionamento de profundidades</p><p>máximas é mais dificil de ser feito, pois faltam trabalhos para embasar essas</p><p>evidências. Porém, um pequeno trabalho mostrou que lesões no tórax podem</p><p>acontecer com compressões acima de 6 cm de profundidade. A profundidade</p><p>exata de execução é complicada sem dispositivos de feedback, mas você deve</p><p>ter em mente que a profundidade das compressões torácicas é geralmente mais</p><p>superficial do que profunda.</p><p>Retorno do tórax</p><p>O posicionamento de 2015 adiciona importante informação com relação ao</p><p>retorno do tórax, sendo que os socorristas não deverão se apoiar sobre o tórax</p><p>entre as compressões, para permitir o retorno total da parede do tórax em</p><p>adultos. Essa reafirmação do posicionamento de que o tórax deve retornar</p><p>completamente, que ratifica o posicionamento de 2010, é devido ao fato de</p><p>que a caixa torácica, quando retorna ao seu posicionamento natural, cria uma</p><p>pressão intratorácica negativa que favorece o retorno venoso (AMERICAN</p><p>HEART ASSOCIATION, 2015). Portanto, é essencial que você tenha em</p><p>mente essa mportante informação. É importante permitir o retorno completo</p><p>do tórax, polis se manter apoiado sobre ele pode influenciar no desfecho da</p><p>ressuscitação.</p><p>Interrupções durante as compressões torácicas</p><p>O posicionamento de 2015 reafirma o posicionamento de 2010 zobre as in-</p><p>terrupções, sendo que estas devem ser minimizadas ao máximo, seja para</p><p>checar os zinais vitais do paciente ou por distração do socomrista. O novo</p><p>Eosicionamento acrescenta que a intensão deve obter o maior tempo de RCP</p><p>quanto possível (AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2015).</p><p>4 Choque versus RCP. O que fazer primeiro?</p><p>O posicionamento do AHA de 2010 postula em favor do micio imediato de</p><p>RCP quando o evento for presenciado. Já o posicionamento</p><p>de 2015 postula</p><p>que, na presença de desfibrilador, este deve ser usado o mais rápido possível.</p><p>O ECPF 3ó será iniciado antes do choque quando o desfibrilador não estiver</p><p>por perto ou pronto para uso. Essa mudança no posicionamento se baseia no</p><p>fato de que não foram encontradas diferenças no desfecho da ressuscitação</p><p>quando iniciado o RCP antez do choque (tendo como tempo de duração de 1,5</p><p>até 3 minutos) e que, além disso, com novas leis elaboradas, a presença dos</p><p>desfibriladores está maior nos ambientes de grande circulação, logo, havendo</p><p>a possibilidade de ze utilizar a desfibrilação, esta deve ser feita Você devera</p><p>ter em mente o local onde é aguardado o desfibrilador, a distância até ele e suas</p><p>condições de uso. Caso seus treinos sejam realizados na proximidade de um</p><p>desfibrilador externo automático (DE A), este deverá ser usado antes do início</p><p>das compressões. Se a distância até ele for grande, inicie imediatamente a ECP</p><p>enquanto encarrega de que busquem o equipamento (AMERICAN HEART</p><p>ASSOCIATION, 2015).</p><p>Um único socorrista deve iniciar a RCP com 30 compressões torácicas</p><p>seguidas de duas ventilações. Esse procedimento, quando realizado por pessoa</p><p>leiga, pode ser feito sob orientação de um socorrista experiente por telefone.</p><p>Nesses casos, a ênfase deve ser dada às compressões torácicas em ritmo e</p><p>profundidade corretas.</p><p>Importância do uso de desfibrilador</p><p>automatico externo</p><p>Az probabilidades de êxito em situações de parada cardiorrespiratória zão</p><p>inversamente proporcionais ao tempo de demora para a utilização do desfi-</p><p>brilador automático extemo (DE A). Portanto, o acesso público à desfibrilação</p><p>ê um componente fundamental no sistema de atendimento. Um programa de</p><p>acesso público aos desfibriladores é composto por:</p><p>l. identificação dos locais e bairros onde há maior risco de parada cardior-</p><p>respiratória, assim como informações sobre a localização e o uso do</p><p>equipamento para as pessoas presentes no local, gerando uma resposta</p><p>prática, planejada e rápida em situações de emergências;</p><p>treinamento dos possíveis socorristas em RCP e na utilização do DE A; =)</p><p>contato integrado com o serviço médico de emergência local;</p><p>um programa de melhoria contínva da qualidade (AMERICAN HEART</p><p>ASSOCIATION, 2015).</p><p>»</p><p>ts</p><p>Ds sistemas de atendimento imediato para parada cardiorrespiratória extra-</p><p>-hospitalar podem incluir políticas públicas que vinculem o maior número de</p><p>DEA3z em locais públicos, onde a movimentação de pessoas é consideravelmente</p><p>alta. Essas políticas determinam o u20 e à utilização de socorristas leigos, além</p><p>dos profissionais da saúde encarregados dos primeiros socorros. No Brasil,</p><p>o Projeto de Lei nº 4.050-A, de 2004, modificado em 2016, “dispõe sobre a</p><p>obrigatoriedade de equipar com desfibriladores cardíacos os locais e veículos</p><p>que especifica: tendo parecer da Comissão de Segurança Social e Familiar</p><p>[---]] (BRASIL, 2004, documento on-line).</p><p>E</p><p>O Congresso Nacional decreta:</p><p>Art. 1º Os desfibriladores cardiacos externos semi-automáticos são equipa-</p><p>mentos obrigatórios em:</p><p>I- estações rodoviárias e ferroviárias, portos, aeroportos, centros comerciais,</p><p>estádios e ginásios esportivos, hotéis, templos e outros locais com aglome-</p><p>ração ou circulação de pessoas igual ou superior a 4.000 (quatro mil) por dia</p><p>(anteriormente exigia-se circulação de 2.000 pessoas);</p><p>Il — sedez de eventos de qualquer natureza cuja previsão de concentração</p><p>ou circulação de pessoas seja igual ou superior a 4.000 (quatro mil) por dia</p><p>(anteriormente exigia-se circulação de 2.000 pessoas);</p><p>III - trens, metrôs, aeronaves e embarcações com capacidade igual ou superior</p><p>a 100 (cem) passageiros (BRASIL, 2015, documento on-line).</p><p>Ainda no art. 2º, inciso L, caput, o parecer de 2016 postula: “[...] cabe aos</p><p>responsáveis pelo estabelecimento ou evento disponibilizar um desfibrilador</p><p>cardiaco externo para cada grupo de quatro mil pessoas” (BRASIL, 2016,</p><p>documento on-line).</p><p>Além das obrigações decretadas pelo Congresso Nacional, também foi</p><p>providenciada uma lei específica para o uso dos DEAs em centros esportivos,</p><p>sendo que o Projeto de Lei nº 4 443 “[...] dispõe sobre a obrigatoriedade das</p><p>Academias de Ginásticas se equiparem com desfibriladores cardiacos externos</p><p>semi-automáticos e dá outras providências (BRASIL, 2004, documento on-line).</p><p>Portanto, como professor de educação fisica, é sua obrigação saber a lo-</p><p>calização do DEA e estar ciente de sua utilização. Os locais de grande circu-</p><p>lação, por lei, devem apresentar pessoal treinado na prestação de primeiros</p><p>SOCOrros, Mas 15so não o 1senta de realizar os primeiros atendimentos, como</p><p>ligar para os serviços de emergência ou buscar o DEA em casos de paradas</p><p>cardiorrespiratórias.</p><p>Hipoglicemia</p><p>À hipoglicemia é uma condição caracterizada por baixos níveis de glicose</p><p>no sangue, geralmente abaixo de 70 mL/dL. Os sinais dessa condição geram</p><p>diversos sinais e sintomas, como tonturas, dores de cabeça, sudorese, debilidade</p><p>e aumento da frequência cardiaca. Em episódios mais criticos, a hipoglicemia</p><p>pode ocasionar perda da consciência, desmaio ou desorientação.</p><p>Segundo a Associação Americana de Diabetes (CAMERICAN DIABETES</p><p>ASSOCIATION, 2015), você deve dar de 15 a 20 g de carboidratos (uma</p><p>colher de açúcar ou mel), para aumentar imediatamente os níveis de slicose</p><p>sanguinea. Após a ingestão de carboidratos, esperar 15 minutos para avaliar</p><p>novamente os níveis de açúcar no sangue. Dessa forma, é importante sempre</p><p>levar consigo uma bala, um chocolate ou outro doce, principalmente quando</p><p>tiver um aluno diabético. Assim, em caso de hipoglicemia, você terá a oferta</p><p>de açúcar que ele precisa de forma imediata.</p><p>Em casos de hipoglicemia, não se pode injetar insulina, pois a insulina</p><p>é um hormônio que diminui os níveis de glicose na corrente sanguínea. Ao</p><p>contrário, em casos extremos, pode-se aplicar glucagon, um hormônio esti-</p><p>mulante da liberação hepática de glicose, aumentando, assim, seus níveis na</p><p>corrente sanguínea.</p><p>É importante estar atento ao estado de alimentação dos alunos que irão</p><p>iniciar os treinos ou as atividades ou que já iniciaram. Na presença de um ou</p><p>mais sintomas indicativos de hipoglicemia, a atividade deve ser suspendida e</p><p>deve-se questionar o aluno a respeito das últimas refeições.</p><p>Hiperglicemia</p><p>A hiperglicemia é uma condição que se caracteriza por níveis elevados de</p><p>glicose no sangue, geralmente acima de 120 me/dL. Nesse caso, o corpo</p><p>não tem a quantidade de insulina necessária para a mobilização da glucose</p><p>sanguínea, portanto, apresenta-se um aumento anormal de açúcar no sangue.</p><p>A hiperglicemia pode se apresentar em pacientes com diabetes tipo 1, em</p><p>que o corpo não produz insulina e é necessária a utilização de meios externos</p><p>para ter insulina no corpo. O procedimento a ser realizado é a injeção de</p><p>insulina, e caso a quantidade de insulina não seja suficiente, um quadro de</p><p>hiperglicemia pode se instaurar. Outro caso bem comum é a hiperglicemia</p><p>em pacientes com diabetes tipo II, em que o corpo produz sua insulina, mas</p><p>tem prejuizos no processo de sinalização e ligação célula-msulina. Esse tipo</p><p>de evento pode ocorrer durante a prática de exercício físico, pois a atividade</p><p>física faz com que o nível de glicose sanguínea aumente em razão das ações</p><p>hormonais. Os sintomas mais comuns em casos de hiperglicemia é a sensação</p><p>de boca seca ou sede, enjoo e náuseas, dificuldade para respirar e finalmente um</p><p>hálito cetônico (com cheiro de fruta). A melhor forma de tratar a hiperglicemia</p><p>é controlando a alimentação e as doses do medicamento a serem ingeridas ou</p><p>aplicadas. A prática de atividade física leve e moderada tem se mostrado um</p><p>ótimo coadjuvante no controle da glicemia, porém, a Associação Americana</p><p>de Diabetes (2015) recomenda que o indivíduo não se exercite com os níveis de</p><p>glicemia acima de 240 mg/dL, principalmente na presença de hálito cetônico</p><p>ou de corpos</p><p>cetônicos na urina (detectável apenas por exame).</p><p>Concussões</p><p>A concussão caracteriza-se por uma lesão cerebral por traumas diretos ou</p><p>indiretos, em que ocorre, principalmente, desaceleração brusca da cabeça,</p><p>causando, assim, um choque entre o cérebro e o crânio. Segundo Kelly e</p><p>Rosenberg (1997, apud SOUZA, 2003, documento on-line), a Associação</p><p>Americana de Neurologia define concussão como uma “[...] alteração trauma-</p><p>-induzida no estado mental que pode ou não envolver perda da consciência”.</p><p>No meio esportivo, o principal esporte que representa a maior quantidade de</p><p>concussões cerebrais é o futebol americano, principalmente pelos constantes</p><p>impactos que os jogadores aplicam'sofrem nessa região. O 5º Consenso sobre</p><p>Concussão, realizado em Berlim, em 2016, atualiza as listas de sintomas que</p><p>podem ser observados em uma situação de concussão, sendo os principais: dor</p><p>de cabeça, tontura, náusea, vômito, dor de estômago, fadiga, sensibilidade à</p><p>luz e ruídos (MCCRORY et al., 2017). Em casos mais graves, pode-se apre-</p><p>sentar perda imediata da consciência. Outros sintomas podem ser observados,</p><p>como diminuição em nível regular de coordenação e/ou equilíbrio, alteração</p><p>do tempo de reação, capacidade geral de jogo, falta de foco e concentração,</p><p>confusão, amnésia ou outros distúrbios da memória. Os sintomas emocionais</p><p>podem apresentar formas inadequadas de se comportar, rindo ou chorando,</p><p>por exemplo.</p><p>Em casos de traumas diretos na cabeça, é importante avaliar a vítima e,</p><p>dependendo do nível de consciência, pode ser identificado o grau de com-</p><p>prometimento da lesão.</p><p>Inconsciente: transferir o mais rápido possível a uma unidade de urgência,</p><p>imobilizar com colar cervical e imobilizador lateral de cabeça em prancha</p><p>rígida, pois nessas situações não pode ser descartada uma lesão cervical.</p><p>Consciente: é importante fazer uma avaliação do estado de consciência da</p><p>vítima. Se os sintomas e sinais não indicam probabilidade de concussão, a</p><p>vítima pode continuar fazendo suas atividades normais. No caso do praticante</p><p>de esporte, este pode retornar ao jogo. No entanto, se apresentar algum sintoma</p><p>que gere suspeita de concussão, é importante para suas atividades fazer uma</p><p>avaliação neurológica mais detalhada.</p><p>Reconhecimento de um acidente vascular cerebral</p><p>O posicionamento do AHAÁ (2015) recomenda que os casos de acidentes</p><p>vasculares cerebrais (AVC) sejam identificados por meio de um sistema de</p><p>avaliação de AVC, como é o FAST, que consiste na avaliação de rosto ( face),</p><p>braço (arm), fala (speech) e tempo (time). Essa recomendação foi feita porque</p><p>o reconhecimento precoce de um AVC, com o uso de um sistema de avaliação</p><p>adequado, diminui o tempo entre o momento em que os sinais e sintomas se</p><p>iniciam e a chegada a um hospital. Essa informação é importante especialmente</p><p>para professores de educação física, uma vez que o aumento da pressão arte-</p><p>rial causada pelo exercício físico pode culminar em AVCs. Saber identificar</p><p>rapidamente os sinais garantirá rapidez no tratamento.</p><p>Necessidade da educação continuada</p><p>A partir da Resolução nº 218, de 1997 (BRASIL, 1997). o profissional de</p><p>educação física passou a ser considerado “oficialmente” um profissional da</p><p>área da saúde, podendo, a partir de então, compor equipes multidisciplinares, o</p><p>que lhe garante novos deveres e novas responsabilidades. Para tal, converte-se</p><p>numa necessidade a atualização dos aspectos básicos da saúde, assim como</p><p>também se converte numa obrigação conhecer as ferramentas, o5 materiais, os</p><p>protocolos e as técnicas básicas para a preservação e a manutenção da saúde.</p><p>O profissional de educação fisica converteu-se num fator-chave para a saúde,</p><p>sendo responsavel pela prevenção e manutenção desta. Nesse sentido, você</p><p>tem o dever de conhecer, compreender e aprender as técnicas de primeiros</p><p>socorros, além de permanecer em constante atualização, sendo que são bas-</p><p>tante típicos as lesões ou 05 acidentes relacionados com a prática esportiva.</p><p>Saiba mais</p><p>Manter-se atualizado lhe dará mais confiança e credibilidade na hora de atuar como</p><p>primeiro socorrista. Não somente o conhecimento teórico será importante, como</p><p>também o conhecimento prático. Existem diversos cursos de aperfeiçoamento que</p><p>são oferecidos particularmente ou para grupos e empresas, como o5 cursos da Cruz</p><p>Vermelha brasileira.</p><p>As informações discutidas neste capítulo deverão nortear suas atuações diante de</p><p>situações de emergência, como administrar pequenas doses de açúcar (um doce e</p><p>refrigerante) a alunos que apresentarem sinais de hipoglicemia, como tonturas, dores de</p><p>cabeça e aumento da sudorese, após treinamento intenso. Da mesma forma, avulsões</p><p>dentárias ocasionadas por choques, como socos durante uma luta profissional ou</p><p>quedas acidentais em uma brincadeira de pega-pega, devem ser tratadas com urgência,</p><p>uma vez que o dente pode “morrer” se não for preservado em líquido que prolongue</p><p>sua duração, como clara de ovo ou leite integral. Por fim, os conhecimentos atualizados</p><p>sobre concussão podem lhe ser úteis em condições em que há choques frequentes de</p><p>cabeça, como em um jogo de futebol, seja cabeceando a bola ou batendo a cabeça</p><p>em outros jogadores. Nessas situações, você deverá avaliar o grau de consciência e à</p><p>resposta cognitiva do jogador. Em caso de queda da cognição, amnésia e lentidão, a</p><p>ajuda médica profissional deve ser procurada imediatamente,</p><p>Você pode acessar também grandes entidades, que frequentemente lançam seus</p><p>posicionamentos, nos links a seguir:</p><p>mM 5º Consenso sobre Concussão no Esporte:</p><p>https:/ /goo.gl/Z9bvpH</p><p>m Portal Prevenção:</p><p>https: / /goo.9l/BJauD</p><p>MN Associação Americana de Cardiologia - Recomendações e Guias:</p><p>https: / /goo.gl/ EjcCHCR</p><p>NH Associação Europeia de Cardiologia:</p><p>https:/ /go0.91/ 1mk7Pq</p><p>AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, Vivir con diabetes hiposlucemia. 2015, Disponível</p><p>em: . Acesso em: 09 ago. 2018.</p><p>AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHÁA)., Guidelines CPR & ECC 2015 destaques da Ame-</p><p>rican Heart Association 2015 - atualização das Diretrizes de RCP e ACE. Dallas, TX, 2015.</p><p>Disponível em: , Acesso em: 09 ago, 2018,</p><p>BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei n. 4050-A, de 2004 Dispõe sobre a obriga-</p><p>toriedade de equipar com desfibriladores cardíacos os locais e veiculos que especifica;</p><p>tendo parecer da Comissão de Seguridade Social e Família, pela aprovação deste, e</p><p>pela rejeição da emenda apresentada na Comissão e do Projeto de Lei n. 4443/2004,</p><p>apensado (relator: Dep. Walter Feldman). Brasilia. DF, 2004. Disponível em: ,</p><p>Acesso em: 09 ago. 2018,</p><p>BRASIL, Câmara dos Deputados. Substitutivo da Câmara dos Deputados ao Projeto de Lei</p><p>n. 4050-6 de 2004 do Senado Federal (PLS n. 344, de 2003 na Cosa de origem), Dispõe sobre</p><p>a obrigatoriedade de equipar com desfibriladores cardíacos os locais e 05 veículos que</p><p>especifica. Brasilia, DF, 2015, Disponível em: . Acesso em: 09 ago. 2018.</p><p>BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução N. 218, de 06 de março de 1997 Resolve</p><p>reconhecer como profissionais de saúde de nível superior as seguintes categorias: 1.</p><p>Assistentes Sociais; 2. Blólogos; 3. Profissionais de Educação Fisica; 4. Enfermeiros...</p><p>Brasilia, DF, 1997. Disponível em: , Acesso em: 09 ago, 2018,</p><p>BRASIL Senado Federal. Gabinete do Senador Ronaldo Caiado. Parecer de 2016, da</p><p>Comissão de Assuntos Sociais, sobre o Substitutivo da Câmara dos Deputados n.</p><p>23, de</p><p>2015, ao Projeto de Lei do Senado n. 344, de 2003. Dispõe sobre a obrigatoriedade de</p><p>Lesões traumáticas 1:</p><p>ferimentos, hemorragias,</p><p>queimaduras e</p><p>afogamentos</p><p>Objetivaos-de-apresdizagem</p><p>Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>MN Identificar os procedimentos a serem adotados durante uma lesão</p><p>por queimadura.</p><p>Nm Enumerar o processo adotado pelo profissional de educação física</p><p>durante um caso de afogamento</p><p>MN Descrever as normas à serem adotadas pelo professor de educação</p><p>física durante um caso de hemorragia</p><p>Introdução</p><p>As lesões traumáticas podem acontecer em qualquer momento da vida</p><p>sendo que você, como profissional de educação física, deve conhecer al-</p><p>suns aspectos básicos sobre os primeiros socorros em situações como he-</p><p>morragias, queimaduras e afogam entos. Você deve atuar, especificamente</p><p>dentro dos protocolos prescritos para os tratam entos pré-hospitalares.</p><p>Neste capítulo, serão abordados 05 aspectos mais elementares de</p><p>procedimento e identificação em casos de lesões traumáticas do tipo</p><p>queim aduras, afogamentos e hemorragias. Você deverá estar preparado</p><p>para reconhecer esses tipos de traumas e atuar conforme os protocolos</p><p>de tal forma que à sua segurança e à da vitima sejam preservadas, e à</p><p>recuperação do indivíduo seja potencializada.</p><p>Procedimentos em situações de queimaduras</p><p>Entende-se por queimadura, segundo a Sociedade Brasileira de Queimaduras</p><p>(SBQ, 02015, documento on-line):</p><p>[.-.] feridas traumáticas causadas, na maioria das vezes, por agentes térmicos,</p><p>quimicos, elétricos ou radioativos. Atuam nos tecidos de revestimento do</p><p>corpo humano, determinando destruição parcial ou total da pele e seus anexos,</p><p>podendo atingir camadas mais profundas, como tecido celular subcutâneo,</p><p>músculos, tendões e ossos. As queimaduras são classificadas de acordo com</p><p>a sua profundidade e tamanho, sendo geralmente mensuradas pelo percentual</p><p>da superfície corporal acometida.</p><p>De acordo com Mendonça (2014), as queimaduras são a quarta maior</p><p>causa de morte entre crianças. Isso ocorre em razão da falta de noção do</p><p>risco e das sequelas causadas por esse trauma. Portanto, centros de atendi-</p><p>mento específicos para o tratamento de queimaduras são uma necessidade.</p><p>No Brasil, segundo a Lei nº 12.026, de 9 de setembro de 2009, no art. 1º, “L..]</p><p>é instituído o Dia Nacional de Luta contra Queimaduras, a ser comemorado</p><p>em todo o território nacional, no dia 6 de junho de cada ano” (BRASIL, 2009,</p><p>documento on-line). Para a Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado</p><p>ao Traumatizado (SBAIT), os dias comemorativos e a difusão de mformação</p><p>à grande sociedade são importantes no combate às queimaduras, uma vez</p><p>que é constatado que a maior parte (62,1%) das ocorrências relacionadas às</p><p>queimaduras ocorre dentro do ambiente doméstico e, geralmente, são ocasio-</p><p>nadas por descuidados dos adultos (SBAIT, 2018). As queimaduras podem ser</p><p>classificadas em três graus, dependendo da gravidade do trauma.</p><p>1º grau — Classificação que indica queimaduras de menor gravidade, mas</p><p>que, no entanto, podem ser dolorosas e apresentar vermelhidão local, porêm</p><p>sem a presença de bolhas e de sangramento; geralmente não chegam a ser</p><p>uma emergência. A aparência da pele é seca e acontece principalmente na</p><p>epiderme, a camada mais superficial da pele. Esse tipo de trauma melhora no</p><p>intervalo de aproximadamente uma semana, podendo descamar, e não deixam</p><p>sequelas. Os exemplos mais característicos são as queimaduras ocasionadas</p><p>pela radiação solar.</p><p>2º grau — Dividida segundo a gravidade, a profundidade e o comprometimento</p><p>epitelial da queimadura, apresentando: 2º grau superficial e 2º grau profundo. À</p><p>queimadura de 2º grau superficial apresenta sintomas similares às queimaduras</p><p>de 1º grau, mas essa lesão inclui a presença de bolhas e aparência úmida. Esse</p><p>tipo de acometimento pode demorar até três semanas para se curar, já que o</p><p>comprometimento da epiderme é maior, além do envolvimento da parte mais</p><p>superficial da derme. É uma lesão que não deixa cicatriz, mas o local afetado</p><p>pode ficar mais claro que o normal. As queimaduras de 2º grau profundas</p><p>são mais similares às queimaduras de 3º grau, já que o comprometimento da</p><p>epiderme e da derme é significativo, de modo a apresentar risco de destruição</p><p>das terminações nervosas da pele (e por isso diminuição da sensibilidade).</p><p>Portanto, esse tipo de lesão pode ser menos doloroso em comparação à quei-</p><p>madura de 1º grau. As glândulas sudoríparas e os folículos capilares também</p><p>podem ser destruídos, fazendo com a pele fique seca e perca seus pelos. Essa</p><p>classificação é uma das queimaduras mais graves que pode acontecer, sendo</p><p>que a cicatrização demora mais de três semanas e costuma deixar cicatrizes.</p><p>3º grau — Queimaduras mais profundas e de maior gravidade. São as quei-</p><p>maduras mais críticas que podem acontecer. As queimaduras de 3º grau</p><p>caracterizam-se principalmente pela destruição da epiderme e da derme,</p><p>além do comprometimento dos tecidos subcutâneos, como ossos, músculos,</p><p>nervos e vasos sanguíneos. Não apresentar dor, em razão da destruição das</p><p>terminações nervosas, além dos folículos pilosos, das glândulas sudoríparas</p><p>e capilares sanguíneas. São lesões esbranquiçadas/acinzentadas, secas, de-</p><p>formantes e que não curam sem apoio cirúrgico, necessitando de enxertos.</p><p>Apresentam um risco muito alto de infeções, já que a camada protetora (pele)</p><p>do corpo foi destruída.</p><p>Na Figura 1 a seguir, você poderá observar os três níveis possíveis de quei-</p><p>maduras. Observe que cada nível de queimadura (representada pela mancha)</p><p>penetra a uma profundidade nas camadas da pele, sendo que a queimadura</p><p>de primeiro grau apresenta apenas a epiderme lesionada e a queimadura de</p><p>terceiro grau apresenta as três camadas lesionadas.</p><p>Epiderme</p><p>Derme</p><p>Subcutâneo</p><p>e | "E Queimadura de</p><p>primeiro grau segundo grau terceiro grau</p><p>Figura 1. Divisão das três classificações possíveis para queimaduras.</p><p>Fonte: Adaptada de Alila Medical Media!Shutterstock.com.</p><p>Lt ,</p><p>Primeiros socorros em situações de queimaduras</p><p>A primeira atitude que você deve tomar diante de uma situação que tenha uma</p><p>vítima de queimadura é extinguir a fonte de calor ou afastar a vitima dela.</p><p>Após o controle do local do acidente e garantida a integridade da vítima, tente</p><p>limpar o local comprometido com água corrente em temperatura ambiente,</p><p>assim, além da limpeza do local afetado, você vai produzir um resfriamento</p><p>da área queimada.</p><p>Procure auxilio no posto de atendimento mais próximo ao local do acidente,</p><p>para serem tomadas as providências necessárias para o sucesso da recuperação</p><p>do ferido, evitando agravamento da lesão e possíveis complicações futuras,</p><p>como infeções.</p><p>Cuidados</p><p>W Nunca passe produtos caseiros no local comprometido, já que substâncias</p><p>ou material contaminado podem propiciar o surgimento de infeções.</p><p>Esse quadro é ainda mais importante quando há o rompimento da pele</p><p>e a exposição do meio interno.</p><p>W Nunca passe pomadas diretamente sobre o local danificado, pois a pele</p><p>fica extremamente sensível, além de comprometer as células subcutâneas</p><p>que estão se recuperando. Aplicar pomadas dessa forma pode provocar</p><p>infeções e irritar a pele.</p><p>mM A bolha é um mecanismo protetor do corpo, portanto, não tente estourá-</p><p>-la. Ela manifesta o grau de comprometimento da lesão. Deixe que um</p><p>profissional da saúde se encargue desse processo.</p><p>mm Em casos de lesões abertas, que expõem as camadas mais profundas do</p><p>tecido (queimaduras de 2º srau profundas e de 3º grau), é importante</p><p>proteger a área afetada até o atendimento médico ser feito. Para proteger</p><p>o ferimento, devem ser utilizados gazes esterilizadas ou panos limpos,</p><p>pois 15so impedirá que a ferida seja exposta a mais agentes infecciosos.</p><p>Nm Evite ao máximo proteger a ferida com materiais que grudem na pele,</p><p>como curativos adesivos ou fitas adesivas, pois, no momento</p><p>de retirar</p><p>o material, você pode arrancar a pele e deixar a ferida exposta a agentes</p><p>contaminantes. Nunca tente tirar a vestimenta da vitima. Em queima-</p><p>duras mais graves, que cobrem maior área corporal, o ideal é molhar a</p><p>vestimenta e permanecer assim até a chegada ao pronto-socorro.</p><p>mm Retire os acessórios da vítima (anéis, pulseiras, etc), pois o corpo</p><p>apresenta um inchaço natural a lesões (inflamação) e esses objetos</p><p>podem ficar presos.</p><p>Situações envolvendo afogamento</p><p>O afogamento é a dificuldade respiratória ocasionada pela submersão ou imer-</p><p>são em meio liquido. Uma vez que o liquido alcance as vias aéreas, ocasiona a</p><p>obstrução destas, o que impede que o oxigênio seja difundido para a corrente</p><p>sanguínea. Os afogzamentos são situações de urgência que, se não remediadas,</p><p>frequentemente levam a óbito.</p><p>Indivíduos em situação de afoszamento podem apresentar uma série de</p><p>sinais e sintomas, como dores de cabeça, tremores, vômitos, cansaço, diarreia,</p><p>entre outros. Esses sinais e sintomas, em geral, são decorrentes do esforço</p><p>fisico realizado na tentativa de se salvar.</p><p>O afogamento é a terceira causa de morte não intencional no mundo.</p><p>Em 2015, aconteceram aproximadamente 360 mil mortes por afogamento,</p><p>segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O risco de afogamento</p><p>é maior em crianças, adolescentes e homens (OMS, c2017). O afogamento é</p><p>definido como o processo de sofrer dificuldades respiratórias (momentos de</p><p>hipóxia) por causa de uma submersão ou imersão em meio liquido, podendo</p><p>levar à morte. No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento</p><p>Aquático (SOBRASA), a cada 84 minutos um brasileiro morre afogado, sendo</p><p>que morrem aproximadamente 17 pessoas por dia (S£PILMAN et al, 2015).</p><p>Dentro desses números, as estatisticas nos mostram que os homens morrem</p><p>seis vezes mais que as mulheres. De acordo com Szpilman e outros autores</p><p>(2015), a maior parte dos óbitos (51%) acomete adultos até os 29 anos, sendo</p><p>mais frequente casos de afogamentos em rios e represas.</p><p>O Brasil apresenta um dos indices de óbito entre os paises pertencentes à</p><p>OMS, ficando atrás somente da Rússia e do Japão. Esse indice varia enorme-</p><p>mente estre 05 estados da federação, sendo que os do Norte brasileiro sustentam</p><p>os maiores indices de mortes por afozamento a cada 100 mil habitantes. Já</p><p>entre 05 municípios essa variação é ainda maior, indo de apenas 0,2 óbito a</p><p>cada 100 mil habitantes em Monte Carlos/MG a até 145 óbitos a cada 100 mil</p><p>habitantes em Davinópolis/GO (SZPILMAN et al 2015). Isso acontece por</p><p>diversos fatores, que serão discutidos a seguir.</p><p>Fatores de risco</p><p>Idade: segundo o manual da SOBRASA, a idade é uns dos principais fatores</p><p>de risco para afogamento. Temos que o maior indice de afogamento para à</p><p>população geral está restrito à faixa etária de 15 a 19 anos. Já entre as crianças,</p><p>a faixa etária que mais apresenta risco é a de 1 a 9 anos (SZ=PILMAN et al ,</p><p>2015). Esse fator de risco está associado diretamente à falta de atenção dos</p><p>adultos responsáveis ou pais. À faixa que menos representa risco de afogamento</p><p>entre crianças e adultos jovens é para crianças menores de 1 ano.</p><p>Sexo: os homens apresentam um indice maior de mortalidade, pois os homens</p><p>apresentam maior exposição ao meio aquático. Também a população masculina</p><p>apresenta maiores porcentagens de consumo de bebidas alcoólicas misturadas</p><p>com a prática de atividades aquáticas.</p><p>Piscinas e o entorno do lar: ter maior acesso à água representa maior risco</p><p>de afogzamentos, pois em paises subdesenvolvidos, onde a prática de pesca</p><p>é consideravelmente alta, a utilização de navegações pequenas e instáveis</p><p>aumentam o risco de afogamento. Ainda, as crianças que moram perto de</p><p>piscinas, poços, rios, cachoeiras e mar apresentam alto perigo de afogamento.</p><p>Embora os óbitos em piscinas representem apenas 2,5% da média total de</p><p>óbitos por afogamento, eles representam 54% dos óbitos por afogamento para</p><p>crianças de 1 a 9 anos.</p><p>Catástrofes (inundações ou tsunamis): altos indices de afozamentos estão</p><p>relacionados a inundações, principalmente quando acometem paises com</p><p>baixos recursos, onde 05 organismos e as ferramentas de alerta são precários,</p><p>apresentando uma incapacidade para alertar, evacuar e proteger a população.</p><p>Assim, pessoas ficam expostas a situações de inundações em locais urbanos,</p><p>trazendo como consequência muitas mortes por afogamento.</p><p>Entre outros fatores de risco, podemos citar: o consumo de álcool dentro</p><p>ou perto de meios aquáticos, as doenças assintomáticas como epilepsia, o</p><p>desconhecimento dos riscos e das particularidades do local, as cãibras durante</p><p>o nado e, uma das mais importantes, a desatenção ou falta de supervisão com</p><p>crianças perto de locais aquáticos.</p><p>Prevenção</p><p>Existem diferentes pautas para prevenir o afogamento. O fato de instalar bar-</p><p>reiras ou cercas para controlar o acesso aos locais que tenham meios aquáticos</p><p>(piscinas ou lagos) pode ser uma forma de prevenir acidentes fatais, como</p><p>também uma boa supervisão para crianças que estejam perto de locais aquáti-</p><p>cos. À natação é uma ferramenta indispensável para crianças que apresentam</p><p>maior contato com o meio aquático, gerando segurança e tranquilidade no</p><p>momento de compartilhar experiências em meios liquidos.</p><p>O plano de prevenção da OMS (c2017) para afogamentos considera en-</p><p>sinar as crianças em idade escolar a nadar como uma das seis intervenções</p><p>selecionadas para reduzir o5 casos de afoszamentos em países em desenvolvi-</p><p>mento. Portanto, a inclusão de aulas de natação, em especial para populações</p><p>ribeirinhas, se faz necessária como uma medida preventiva. O profissional</p><p>de educação física tem papel-chave para aquisição de habilidades básicas e</p><p>autonomia em ambiente aquático, sendo que é o encarregado de propiciar</p><p>esse tipo de aprendizagem para crianças e adultos. No entanto, você, como</p><p>educador fisico, pode deparar-se com situações em que as habilidades aquaá-</p><p>ticas da população são mínimas, o que pode aumentar o risco de situações de</p><p>emergência. Para isso, você deve dominar algumas ferramentas conceituais</p><p>e procedimentais de primeiros socorros.</p><p>Cadeia de sobrevivência do afogamento</p><p>r</p><p>Em casos de afozamentos, é necessário que você tome medidas que, em</p><p>primeiro lugar, resguardem sua sesurança e que proporcionem à vítima a</p><p>devida assistência. À seguir, veja ações que devem ser tomadas em casos de</p><p>afogamento.</p><p>Peça para que alguém chame o sistema de emergência ou um profissional</p><p>equipado e capacitado.</p><p>Observe ou peça a alguém que vigie a vitima dentro da água enquanto</p><p>tenta ajudar.</p><p>Forneça um flutuador sempre que disponível.</p><p>Tente ajudar sem entrar na água; mantenha sua segurança.</p><p>Use uma vara ou uma corda para retirar o afogado.</p><p>Só entre na água se for seguro; utilize material flutuante para a sua</p><p>seourança e para fornecer à vítima.</p><p>Se você não tem boas habilidades no meio aquático, não se aventure,</p><p>pois você poderá se tornar uma vitima também, complicando ainda</p><p>mais o resgate.</p><p>Se o afogado não estiver respirando, inicie imediatamente a reanimação</p><p>cardiopulmonar com ventilação imediata.</p><p>Se estiver respirando, fique com a vítima até a ambulância chegar.</p><p>Procure um hospital caso a vitima apresente sintomas após o afocamento,</p><p>como desmaios, tonturas e vômitos.</p><p>Hemorragias</p><p>O funcionamento de nosso corpo passa por sistemas fechados que mantém à</p><p>homeostase de nosso organismo. Um desses sistemas é o sistema circulatório,</p><p>que é essencial para boa oxisenação dos diferentes órgãos e tecidos do corpo, o</p><p>qual é composto por coração, artérias, velas e capilares. Uma lesão em algum</p><p>desses vasos sanguíneos pode gerar uma hemorragia, que é definida como à</p><p>perda de sangue provocada pelo rompimento de um vaso sanguíneo, podendo</p><p>ser de origem arterial, venosa ou capilar.</p><p>Classificação segundo o vaso atingido:</p><p>Nm Hemorragias arteriais: é quando uma artéria é prejudicada, carate-</p><p>rizada pela saída de sangue em jatos pulsáteis, similares ao ritmo do</p><p>coração. Sua cor é vermelho vivo. É um dos tipos de hemorragias mais</p><p>grave, pois a perda de sangue é rápida e pode ser significativa.</p><p>Nm Hemorragias venosas: acontece com lesões em veias, caraterizada</p><p>pela saída de sangue em forma contínua. Sua cor relaciona-se com um</p><p>vermelho escuro. São situações de menor emergência que hemorragias</p><p>arteriais, pois a velocidade de saída do sangue é menor, porém, ainda</p><p>pode representar uma perda significativa.</p><p>Nm Hemorragias capilares: são as lesões que atinzem os vasos saneuíneos</p><p>mais superficiais. Essa é a mais frequente no dia a dia, caracterizada</p><p>pela saída lenta e em pouca quantidade de sangue.</p><p>As hemorragias também podem ser classificadas com relação a sua loca-</p><p>lização, podendo ser classificadas como externa ou interna.</p><p>Nm Hemorragia externa: as hemorragias são visíveis, portanto, fáceis de</p><p>serem identificadas. Podem ser de forma arterial, venosa ou capilar. As</p><p>hemorragias externas geralmente acometem a pele, sendo caracterizadas</p><p>como capilares. Porém, lesões mais profundas podem perfurar artérias,</p><p>nesse caso as hemorragias externas apresentarão erande volume de</p><p>sangramento. Para controlar esse tipo de hemorragia, é importante</p><p>conhecer os seguintes protocolos de atuação:</p><p>= Compressão manual direita: realizar compressão diretamente sobre</p><p>o local afetado, utilizando compressas esterilizadas ou pano limpo.</p><p>Lembre-se de que você deverá usar materiais de segurança como</p><p>luvas e máscara, já que você poderá ter contato com o sangue do</p><p>ferido. No caso de o volume de sangue ser excessivo, procure não</p><p>tirar as compressas que estão em contato direito com a ferida, pois</p><p>1580 poderia aumentar novamente a hemorragia. O principal objetivo</p><p>nessas situações é tentar evitar que a ferida volte a sanerar. Essa</p><p>técnica pode melhorar quando o membro afetado é elevado acima</p><p>do nível do coração do ferido, pois 1580 faz com que o sangue tenha</p><p>mais dificuldade de chegar ao membro, diminuindo sua perda. No</p><p>caso da presença de objetos encravados, como facas ou pedaços de</p><p>madeira, nunca retirar, pois no momento da retirada do objeto você</p><p>pode desencadear uma hemorragia maior.</p><p>Mm Hemorragia interna: divide-se em hemorragias visíveis e não visíveis.</p><p>As visíveis são identificadas porque o sangue tenta sair por algum</p><p>orifício do corpo (nariz, boca e ouvidos). Já as não visíveis são difíceis</p><p>de se identificar, podendo ser identificada por sinais e sintomas que a</p><p>vitima apresentar. As hemorragias internas são especialmente delicadas,</p><p>pois não é possível sem exames adicionais identificar o local da lesão.</p><p>Então, os sinais e sintomas deverão ser monitorados e, em caso de piora,</p><p>você deverá levar a vítima o mais rápido possível para o centro médico.</p><p>Alguns sintomas que você, como profissional de educação física, pode</p><p>identificar no momento de uma perda excessiva de sangue são: perda de</p><p>consciência, alteração da ventilação, alteração do pulso, alteração da pressão</p><p>arterial, alterações na pele e sensação de sede. Nesses casos o serviço de</p><p>emergência é imprescindível.</p><p>O corpo disponibiliza diferentes mecanismo para manter o funcionamento</p><p>dos órgãos mais importantes de nosso corpo, como o coração e o cérebro,</p><p>portanto, realiza mudanças drásticas na circulação para manter o indivíduo</p><p>com vida. Indivíduos que perderam muito sangue podem apresentar perda</p><p>da consciência, pois, uma vez que o oxigênio não está chegando ao cérebro,</p><p>esse quadro pode levar ao desmaio. Casos de hemorragia também aumentam</p><p>a frequência do pulso, em que ocorre um aumento nos batimentos cardiacos,</p><p>com o objetivo de tentar circular mais rápido o sangue, uma estratégia para</p><p>tentar suprir a necessidade de oxigênio para os tecidos.</p><p>Todas essas mudanças fisiológicas são proporcionadas por nosso organismo,</p><p>sendo que você, como socorrista, deve trabalhar principalmente sobre a origem</p><p>do problema, no caso, a hemorragia. Independentemente do tipo de hemorragia</p><p>apresentada, a melhor opção é tentar controlar o aumento e a continuação dela.</p><p>Portanto, recomenda-se:</p><p>Elevar os membros afetados para que haja redução da perda de sangue.</p><p>Controlar a hemorragia, evitando assim quadros mais complexos como</p><p>estados de choque hipovolêmicos.</p><p>Identificar os antecedentes pessoais e a medicação, como nos casos de</p><p>hemofilia, os serviços médicos deverão ser buscados com urgência.</p><p>Avaliar os parâmetros vitais, se possível, assim você terá um panorama</p><p>da evolução do quadro do ferido.</p><p>Ligar imediatamente ao ponto de socorro e indicar o tipo e a magnitude</p><p>da lesão, pois, assim, poderão lhe orientar sobre medidas emergenciais</p><p>pré-hospitalares.</p><p>Aguardar pelo socorro mantendo a vigilância do ferido, pois, quando</p><p>acordado, o individuo manterá os tônus dos vasos: caso durma, os vasos</p><p>sanguineos relaxarão, fazendo com que perca mais sangue.</p><p>Se o ferido estiver em parada cardiorrespiratória, iniciar de imediato</p><p>as manobras de reanimação cardiopulmonar.</p><p>BRASIL. Presidência da República. Casa Civil Lei n. 12.0?6, de 9 de setembro de 2009.</p><p>Institui o Dia Nacional de Luta contra Queimaduras. Brasília, DF, 2009. Disponível em:</p><p>. Acesso</p><p>em: 10 ago. 2018.</p><p>MENDONÇA, M. L. Queimaduras. 2014. Disponível em: . Acesso em: 10 ago. 2018.</p><p>ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD - OMS. Prevenir los ahogamientos: guia prác-</p><p>tica. Ginebra, OMS, c2017. Disponível em: , Acesso em:</p><p>10 ago. 2018,</p><p>SOCIEDADE BRASILEIRA DE ATENDIMENTO INTEGRADO AQ TRAUMATIZADO - SBAIT.</p><p>Guia SBAIT para prevenção de lesões por queimaduras. 2017. Disponível em: .</p><p>Acesso em: 10 ago. 2018.</p><p>SOCIEDADE BRASILEIRA DE ATENDIMENTO INTEGRADO AQ TRAUMATIZADO - SBAIT.</p><p>Vamos aproveitar o mês das Festas Juninas - Salvando vidas edição queimaduras. 2018.</p><p>Disponível em: . Acesso em: 10 ago. 2018.</p><p>SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUEIMADURAS - SBQO, Queimaduras. c2015, Disponível</p><p>em: . Acesso em:</p><p>10 ago. 2018,</p><p>SZPILMAN, D. et al. Afogamento - medidas de prevenção em diferentes cenários. Rio de</p><p>Janeiro: Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, 2015. Disponível em: . Acesso em: 10 ago. 2018,</p><p>Anotações</p><p>NTRO UNIVERSITÁRIO</p><p>Caso a vítima não responsiva também não apresente</p><p>movimentos respiratórios e pulso central, é necessário iniciar o protocolo de</p><p>ressuscitação cardiopulmonar (RECF.</p><p>Em casos extremos, como o da vítima não responsiva, é necessário so-</p><p>licitar o auxilio de mais uma pessoa no local, para que esta possa chamar o</p><p>atendimento especializado enquanto você realiza os primeiros zocorros. Por</p><p>1520, é importante manter a calma, avaliar o local do acidente e as condições</p><p>das vítimas.</p><p>: Finua atanto |</p><p>Qual é o papel do professor de educação física</p><p>em situações de urgência e emergência?</p><p>De acordo com o que está disposto no art. 3º da Lei nº 9.696, de 1º de setembro</p><p>de 1998 (BRASIL, 1998, documento on-line):</p><p>[.---] compete 20 profissional de Educação Fisica coordenar, planejar, progra-</p><p>mar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar traba-</p><p>lhos, programas, planos e projetos, em como prestar serviços de anditoria,</p><p>consultoria e azssezsoria, realizar treinamentos especializado=, participar de</p><p>equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos,</p><p>científicos e pedssógicos, todos nas áreas da atividade física e do dezporte.</p><p>Sendo azsim, az possibilidades de atuação do profissional de educação</p><p>fisica são amplas, levando em consideração as funções que ele pode exercer,</p><p>oz espaços fisicos em que ele pode atuar e os diferentes públicos que ele</p><p>poderá atender.</p><p>O Conselho Federal de Educação Fisica (CCONFEF, 2015) publicou em</p><p>2003 o Código de Ética dos Profissionais de Educação Física, documento que</p><p>norteia a atuação dos professores de educação física e também dispõe sobre</p><p>seu deveres e direitos: sua ultima atualização ocorreu 2015.</p><p>Entre os artigos dispostos no Código de Etica, alguns chamam 2 atenção em</p><p>relação à preservação da vida. Compõe os princípios éticos do profissional de</p><p>educação física o “[...] respeito à vida, à dignidade, à integridade e aos direitos</p><p>do indivíduo” (CONFEF, 2013, documento on-line), bem como também é uma</p><p>diretriz da profissão o “[...] comprometimento com a preservação da saúde do</p><p>individuo e da coletividade, e com o desenvolvimento físico, intelectual, cultu-</p><p>ral e social de beneficiário de sua ação” (CCONFEF, 2013, documento on-line).</p><p>E dever do professor no exercício de sua profissão:</p><p>[...] assegurar a seus beneficiêrios um serviço profissionel seguro, competente</p><p>e atualizado, prestado com o mínimo de sem conhecimento, habilidade e</p><p>experiência: elaborar o prosrama de atividades do beneficiário em função</p><p>da suas condições zerais de saúde: [...] manter o beneficiário informado sobre</p><p>eventuais circunstâncias adversas que possam influenciar o deservcolvimento</p><p>do trabalho que ha será prestado: [...] progoover o 180 adequado dos materiais</p><p>= equipamentos especificos para e prática da educeçõêo fisica (CONFEF, 2015,</p><p>docunento on-line.</p><p>Os trechos anteriores do referido Código de Etica deixam claro o5 seus</p><p>princípios em relação ao cuidado com 2 saúde dos alunos. É muito importante</p><p>- Exizir do educando que obtiver dispensa médica que assista normalmente às promover</p><p>auls de Educação Fisica, pois sera dispensado somente da pratica, não de aula;</p><p>- Utilizar ferramentas para conhecer melhor sen educando (ensmnesze, ava- la a popu-</p><p>liações, testes, etc.); | | plementos</p><p>- Utilizar material e instalações adequadas à faixa etária dos educandos; ilidade do</p><p>- Verificar com e direção da escola quais os procedimentos em caso de acidente;</p><p>- A direção e o5 pais devem ser imediatamente convnicados em caso de a vida de</p><p>acidente; : primeiros</p><p>- Estabelecer junto à Direção da Unidade Escolar 05 procedimentos de emer-</p><p>EÊncia em caso de ocorrência de acidente com o5 educandos, determinando</p><p>2 rotina e à responsabilidade pelos procedimentos de primeiro atendimento que o pro-</p><p>(CREF'SP, 2013, p. 13-13).</p><p>nado para</p><p>; EItuações</p><p>Percebe-se que o profissional de educação física deverá ter um cuidado que 1tes, como</p><p>vai além da prescrição de exercícios ou da elaboração de aulas. Is50 se deve ao 2 que suas</p><p>fato de que dentro de cada atividade proposta podem ocorrer diferentes tipos de</p><p>= - = - 520% EIAvVES</p><p>lesões. Para alguns esportes, existem lesões mais comuns, enquanto que para =</p><p>outras atividades, 03 acidentez podem ocorrer de formas diferentes. E possível à estrutura</p><p>também ter um preparo específico para os acidentes que possam ocorrer de fessores.</p><p>acordo com as condições em que az atividades propostas são realizadas. n diversos</p><p>habilidade</p><p>aulas e da</p><p>Link ão, o Con-</p><p>, em 2013,</p><p>Fara conhecer o que prevê o Código de Ética dos Pro- isstonal de</p><p>fissionais de Educação Fisica e dos direitos e deveres do 1ção nesse</p><p>profissional de educação fisica, acesse o link ou código</p><p>a sequir. PESUTANÇA,</p><p>https:/ /goos.9l/ QBOVG1</p><p>presente em</p><p>vela saúde e</p><p>" = anenternente</p><p>Acidentes durante a realização dezemol</p><p>de atividades fisicas needs anenternente</p><p>ente 05 que</p><p>O profissional de educação física deve estar preparado para a3 mais diversas dos. Alem:</p><p>adversidades durante o exercicio de sua profissão. Prever os riscos aos quais</p><p>zeus alunos podem estar sujeitos é importante em casos de acidentes e neces- 15 que serão</p><p>sidade em prestar 05 primeiros socorros. 1 er TieCO E</p><p>integridade fisica dos educandos e de outros;</p><p>- Não permitir ao educando traje insdequado à prática da atividade fisica;</p><p>- Educandos que, durante o ano, apresentem problemas de saúde que requei-</p><p>ram dispensa des solas práticas de Educação Fisica devem trazer, assim que</p><p>Possível, o atestado médico, contendo nome lezível, carimbo e assinatura do</p><p>médico, data, período e motivo da dispensa:</p><p>= E aa Nua aee Sua ee sue See Ma Nu Mu See See</p><p>É fundamental que o professor de educação física conheça bem seus alunos</p><p>e suas condições de saúde antez de prezcrever aleuma atividade física. O aluno</p><p>poderá apresentar aleoma patologia que possa ser influenciada negativamente</p><p>pela prática de exercício, ou que exija adaptações especificas. Estamos falando</p><p>do caso de idozos, hipertensos, diabéticos, pessoas com necessidades espe-</p><p>ciais (PNE) e lesionados, além das demais condições específicas que podem</p><p>acometer qualquer indivíduo.</p><p>E importante estar preparado para az adversidades comuns que acome-</p><p>tem essas pessoas, como no caso dos diabéticos, em que o seu aluno poderá</p><p>apresentar casos de hipoglicemia e hiperglicemia e o cuidado no controle do</p><p>indice slicêmico e como fazer esse controle são importantes e deverão ser</p><p>de conhecimento do professor. Já os idosos apresentam maior desequilibrio</p><p>em razão das alterações fisiológicas que o organismo sofre no decorrer dos</p><p>anos, como a diminuição da força, da flexibilidade e da mobilidade, levando</p><p>à quedas que resultam em fraturas.</p><p>Hã também os indivíduos com hipertensão, que devem ter um cuidado</p><p>especial ao serem colocados para realizar atividades físicas, sendo importante</p><p>o acompanhamento da pressão arterial antes, durante e após a realização</p><p>da atividade, com o objetivo de evitar esforço excessivo do coração, o que</p><p>poderia levar a uma parada cardíaca ou a um derrame. Tais casos e condições</p><p>devem ser considerados com atenção, pois a prescrição será mais eficiente e</p><p>oz alunos zerão colocados em condições seguras para a prática de exercícios.</p><p>Atualmente, os profissionais de bacharelado em educação física têm como</p><p>principais locais de atuação a área da saúde e da estética e as academias,</p><p>desenvolvendo trabalhos em grupos ou mdividualizados. Nesse ambiente de</p><p>trabalho, apezar de parecer muito seguro, podemos ter diversos acidentes,</p><p>sendo os principais acidentes causados por trauma.</p><p>Casos como quedas de anilhas e halteres nos pés e lesões lizamentares e</p><p>musculares por excesso de sobrecarga ou pela má execução dos movimentos</p><p>estão entre 03 mais comuns. Porém, outros tipos de acidentes podem ocorrer</p><p>nesses ambientes: no caso das academias de ginástica, lesões por torções,</p><p>principalmente de joelho e de</p><p>tomozelo, podem ocorrer.</p><p>Em alta no mercado da prática de atividades físicas, o treinamento funcional</p><p>tem apresentado também alaguns riscos de acidentes e lesões, principalmente</p><p>se não orientados corretamente. Outro campo da educação física em que</p><p>é muito comum encontrar situações de acidentes é a prática esportiva, em</p><p>modalidades coletivas ou individuais e em diferentes níveis de rendimento.</p><p>No caso das modalidades individuais, temos como as mais praticadas</p><p>a natação e az comidas. Nesses esportes, o5 acidentes mais comunz são os</p><p>afozamentos e az quedas, respectivamente. As lesões que podemos encontrar</p><p>na natação são az musculares e igamentares, enquanto nas corridas podemos</p><p>ter entorsez, fraturas e concussões (caso, durante 2 queda, o indivíduo bata</p><p>com a cabeça no chão).</p><p>Durante a prática de modalidades esportivas coletivas, principalmente noz</p><p>esportes de invasão, como futebol, basquete e handebol, os acidentes mais</p><p>comuns são 05 de contato, uma vez que em diversos momentos o5 jogadores</p><p>disputam a posição no campo ou na quadra.</p><p>Fique atento</p><p>Az leões durante as práticas esportivas podem estar relacionadas a contusões, entorses,</p><p>distensões musculares, rupturas de cartilagem e lizamentos, luxações e fraturas,</p><p>variando o nivel de gravidade de acordo com aintensídade do acidente.</p><p>No futebol, é mais comum que az lesões citadas ocorram nos membros</p><p>inferiores, com alsumas exceções para o3 membros soperiores, principalmente</p><p>cabeça e ombro. No caso do basquete e do handebol, em razão de o jogo</p><p>ser mais disputado por posição, as lesões mais comuns acabam sendo as de</p><p>tornozelo, joelho e ombros.</p><p>Em esportes coletivos de não invasão e que são muito praticados pela</p><p>população em geral, temos o voleibol, que também apresenta riscos, sendo que</p><p>os principais ocorrem no tomozelo, em razão da grande quantidade de saltos,</p><p>e no ombro, em razão da srande quantidade de ações de ataque realizadas. É</p><p>fato que essas lesões podem ocorrer em qualquer momento durante a prática</p><p>de atividades físicas, porém, em algumas atividades com caracteristicas es-</p><p>pecíficas, podem elevar o risco para traumas especificos.</p><p>Muitas pessoas têm buscado também a realização de esportes e atividades</p><p>fisicas de aventura, como caminhadas ecológicas, corridas de aventura, ma-</p><p>ratonaz aquáticas, rapel, escalada, entre outras atividades, e todas az lesões</p><p>citadas anteriormente também podem ocorrer com esse público. O importante</p><p>é compreender 03 riscos para evitar o acidente.</p><p>No caso do ambiente escolar, as preocupações e precauções listadas também</p><p>devem ser levadas em consideração, pois, com exceção de idozoz, jovens e ado-</p><p>lescentes podem apresentar as mesmas complicações de saúde e são expostos</p><p>a atividades físicas 19uais, podendo ter 05 mesmos acidentes e devendo ter o5</p><p>mesmos cuidados. Esse ambiente também é um local de prática de exercícios</p><p>que pode proporcionar diversas situações de risco aos alunos. No Brasil, não</p><p>costumamos ter escolas com espaços adequados para a prática de atividades</p><p>fisica, normalmente as quadras são pequenas, a área de segurança é minima</p><p>ou inexistente e az arquibancadas e oz alambrados ficam muito próximos das</p><p>laterais do espaço. Tudo isso contribui para aumentar o risco de acidentes,</p><p>levando em consideração apenas a estrutura fisica. Quando somamos 1380 à</p><p>dinâmica das aulas, temos que levar em consideração a intensidade do exer-</p><p>cicio proposto, a divisão da turma, a vontade e 2 energia com que os alumos</p><p>executam as atividades e também a falta de noção espacial e temporal, no</p><p>caso das idades mais novas, aumentando o múmero de acidentes por colisão.</p><p>E muito importante que o professor de educação física tenha conhecimentos</p><p>básicos de primeiros socorros para que possa, em caso de acidentes, prestar</p><p>o atendmento correto aos alunos. Porém, é importante também reconhecer</p><p>a condição como socorrista e seu preparo, para que a vítima do acidente não</p><p>seja colocada em risco. Nesse ponto, é interessante avaliar a vítima de um</p><p>acidente para saber a real necessidade do socorro imediato. Às vezes, durante</p><p>uma aula de educação física escolar, por exemplo, uma torção ou uma contusão</p><p>por contato podem não ser graves, dispensando a necessidade de acionar os</p><p>serviços especializados, podendo ser feito o encaminhamento ao atendimento</p><p>médico especializado em um segundo momento. É necessário sempre estar</p><p>atento às condições em que as aulas e atividades são propostas, além de haver</p><p>atenção aos principais riscos e lesões que podem ser causadas nessas condi-</p><p>ções. Assim, o professor poderá se preparar melhor para as eventualidades</p><p>que podem ocorrer.</p><p>a. Referências</p><p>BRASIL Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção</p><p>Espercializada. Regulomo mídico dos ungncios. Brasília: Editora MS, 2006. Disponível</p><p>em: .</p><p>Acesso em: 17 jul 2018.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saude. Protocolos de intervenso</p><p>porra o SAMU 197 - Servico de Atendimento Mivel de Urgincio. Brasilia Ministério da</p><p>Saúde, 2016.</p><p>BRASIL Presidência da República Casa Civil Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de</p><p>IF40 Código Penal. Brasilia, DF 1940. Disponível em: =. Acesso em: 18 jul 2018.</p><p>BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lein. 9.596 de 1 de Setembro de 1998 Dispõe</p><p>sobre a regulamentação da Profissão de Educação Fisica e cria 05 respectivos Con-</p><p>selho Federal e Conselhos Regionais de Educação Fisica. Brasilia, DF, 1998. Disponível</p><p>em: . Acesso em: 18 jul 2018.</p><p>CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FISICA - CONMFEF. fesoluero Confef n. 20712015.</p><p>Dispõe sobre o Codigo de Ética dos Profissionais de educação Fisica registrados no</p><p>Sistema CONFEF/CREFs. Rio de Janeiro, RJ, 2015. Disponível em: . Acesso em: 18 7ul. 20H48.</p><p>CONSELHO REGIOHAL DE EDUCAÇÃO FEICA DA 49 REGIÃO - CREF 4/SP Recomendaorões</p><p>sobre condutos e boos práticos do profissional de Edwcodo Fisico na escolo São Paulo, SP</p><p>7013. Disponíieel em: . Acesso em: 12 maio 2048.</p><p>KARREN, É ). et al. Primeiros socorros poro estudontes. 10 ed. Barueri: Manole, 7014.</p><p>Leituras recomendadas</p><p>CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FISICA DA 49 REGIÃO - CREF 4/SP. Crdigo de</p><p>tica. Disponível em: . Acesso em: 12 maio 2018.</p><p>FLEGEL, ftelinda 1. Primeiros socorros no esporte. 4. ed. Baruerí Manole, 2012.</p><p>Emergências e</p><p>urgências coletivas</p><p>Objetivas-de-apresdizagem</p><p>Ao final deste texto, você deve apresentar 05 seguintes aprendizados:</p><p>NM Descrever as características das urgências coletivas.</p><p>Nm Identificar o5 procedimentos gerais que devem ser adotados diante</p><p>de uma urgência coletiva.</p><p>Nm Listar atitudes que devem ser evitadas durante uma urgência coletiva.</p><p>Introdução S</p><p>As equipes de resgate e quadro médico são 05 profissionais mais ca-</p><p>pacitados para lidar com eventos envolvendo múltiplos feridos. Tenha</p><p>sempre em mente que você não está tendo uma formação que o qualifica</p><p>como profissional de resgate, por isso, conheça suas próprias limitações</p><p>de atuação! Você pode ser peça fundam ental para o sucesso do resgate</p><p>pois, por vezes, poderá ser a prim eira pessoa a estar na cena do acidente</p><p>antes da chegada das equipes de resgate,</p><p>Neste capítulo, você vai estudar as principais características de situa-</p><p>ções de emergência e urgência coletiva, assim como a melhor maneira</p><p>de agir e controlar essas situações. Você pode se deparar com essas</p><p>situações em qualquer lugar e à qualquer hora. Por isso, aprimorar seus</p><p>conhecimentos sobre conduta e intervenção em situações de urgências</p><p>coletivas pode</p><p>ser determinante na recuperação ou na sobrevivência</p><p>das vítimas envolvidas.</p><p>Urgências coletivas e individuais</p><p>Antes de começamos, é importante que você entenda a diferença existente</p><p>entre urgência e emergência. Ambos as palavras são usadas na área da med1i-</p><p>cina. Situações de urgência são aquelas situações que não podem ser adiadas,</p><p>devem ser resolvidas rapidamente, uma vez que pode existir risco de morte,</p><p>caso à vitima demore para ser socorrida. Um exemplo dessas situações são</p><p>fraturas. Já as situações de emergência são aquelas situações criticas, em que</p><p>existe grande perigo e a intervenção médica &/ou cirúrgica é imprescindível.</p><p>Fodemos citar as situações de hemorragias mternas e fermentos profundos,</p><p>que possam comprometer órgãos.</p><p>Az situações de emergências coletivas distinguem-se das situações de emer-</p><p>gências individuais por algumas características. O número de vítimas é uma</p><p>das principais caracteristicas (mais que cinco vítimas é urgência coletiva), além</p><p>da forma como o primeiro socorrista deverá agir. Às demandas dos sistemas</p><p>de saúde serão acionadas e há complexidade na logistica do tratamento e no</p><p>transporte dos feridos. Com relação à forma com que o socomista deverá agir,</p><p>nas urgências coletivas, a principal diferença entre az urgências simples reside</p><p>na triagem, que é um método de avaliação inicial do acidentado, cujo objetivo</p><p>é definir a ordem de atendimento. Já nas urgências mdividuais, a mtervenção</p><p>e o atendimento assumem prioridade sobre a classificação do acidentado.</p><p>Comumente, você, como professor de educação fisica, encontrará mais</p><p>situações de urgências individuais do que coletivas, como lesões decorrentes</p><p>da prática desportiva ou da atividade fisica. Porém, situações emergenciais</p><p>podem acontecer a qualquer hora e com qualquer pessoa, portanto, 05 conhe-</p><p>cimentos sobre a ação em situações com múltiplos feridos são importantes</p><p>para sua formação como profissional da área de saúde.</p><p>Certamente as situações de urgência múltiplas que você encontrar serão</p><p>as mais complexas e desafiadoras, tanto para você quanto para o sistema de</p><p>atendimento hospitalar e prê-hozpitalar, sendo que os sistemas localz zão sobre-</p><p>carrezados com esse tipo de urgência, exigindo dos centros de saúde estratégias</p><p>diferenciadas de atendimento e tratamento, dando principal atenção aos casos</p><p>classificados como de maior prioridade. Diariamente temos em nosso país</p><p>diversos tipos de acidentez com múltiplas vitimas, estes xão, principalmente,</p><p>caracterizados por apresentarem um número de vítimas superior a cinco.</p><p>Diante de uma zituação de urgência múltipla, o conceito de “melhor esforço</p><p>e primeiros cuidados e melhor recurso médico para a vítima mais grave” deve</p><p>dar lugar ao conceito de “melhor cuidado e esforço para o maior número de</p><p>vitimas no local, no menor tempo possível e no momento de maior necessidade”.</p><p>Saiba mais</p><p>Podemos considerar catâstrofes como situações em que as necessidades médicas</p><p>superam 05 recursos disponiveis, havendo necessidade de ajuda externa. As catástrofes</p><p>podem ser classificadas em naturais (como terremotos e enchentes) ou causadas pelo</p><p>homem |como desabamentos ou descamilamentos de trens). Catástrofes também são</p><p>situações que costumam apresentar multiplas vitimas.</p><p>Primeiros cuidados em urgências coletivas</p><p>O objetivo de atendimento em situações de urgência coletiva é, com os recur-</p><p>sos disponíveis, dar a melhor assistência àquelas vítimas que mais precisam.</p><p>Dessa maneira, à postura de atendimento individualizado “todos os esforços</p><p>para uma só vitima” dá lngar a três princípios básicos: triazem, transporte</p><p>e tratamento.</p><p>À triazem é a principal função de um primeiro socormista, visto que o</p><p>transporte e o tratamento exizem conhecimentos aprofundados e devem zer</p><p>executados por profissionais do resgate. A palavra triazem significa classifi-</p><p>car ou separar. No atendimento a múltiplos acidentados, sienífica classificar</p><p>os acidentados em diferentes graus para o tratamento e o transporte dessas</p><p>vitimas. A iriazem consiste numa avaliação rápida das condições clinicas das</p><p>vítimas e é um processo essencial para determinar az prioridades da ação.</p><p>Fique atento</p><p>A triagem deve ser usada em situações nas quais há multiplos feridos que estão</p><p>concorrendo por assistência médica e primeiros socorros. Existem situações em que</p><p>há a presença de múltiplos feridos, mas não se faz necessário o uso da triagem, com o</p><p>alguns desabamentos. Yocê perceberá que em alguns desabamentos a refirada de</p><p>vitimas se dá de forma lenta, sendo que cada uma consegue receber um bom aten -</p><p>dim ento médico inicial.</p><p>Realizando uma triagem</p><p>Você deve se mover entre uma vítima e outra rapidamente, mas saiba que um</p><p>simples olhar não será capaz de te dar todas as informações necessárias para</p><p>realizar uma boa triagem, prestando atendimento limitado de salvamento e</p><p>identificando az vítimas para assistência posterior (elimine do local objetos</p><p>que possam comprometer ainda mais o acidentado e, 2e necessário, mova o</p><p>paciente para um local mais seguro). Realizar a triagem organizará o local para</p><p>que a equipe de resgate seja mais eficiente, podendo focalizar o atendimento</p><p>nos pacientes que apresentam maior probabilidade de sobrevivência.</p><p>Você deve ser capaz de avaliar rapidamente as funções vitais das vítimas,</p><p>como à prezença de respiração e circulação sansuínea. Você deve sastar de</p><p>60 a 90 segundos entre as vítimas. Identificando a prioridade de cada vítima,</p><p>sera mais fácil você designar material e pessoal para o atendimento das vítimas</p><p>de alta prioridade. Quando o socorro chegar, primeiro indique o que foi feito</p><p>e providencie o transporte das vítimas de alta prioridade, mas lembre-se que</p><p>nem sempre as vítimas de alta prioridade serão as que apresentam as lesões</p><p>Mais sérias, aqueles que apresentam lesões que obviamente não resultarão em</p><p>óbito devem ser classificados como baixa prioridade, uma vez que, se forem</p><p>classificados como de alta prioridade, receberão auxilio dos socorristas que</p><p>poderiam estar auxiliando pessoas com maior probabilidade de sobrevivência.</p><p>É importante que você permaneça atento e faça a reavaliação das vítimas</p><p>regularmente. Avalie 2e sua condição piorou ou melhorou e, caso seja neces-</p><p>zário, modifique a classificação. Sezundo o Corpo de Bombeiros do Paraná</p><p>2006), você poderá utilizar o método de triazem START. Este é um método</p><p>simples que classifica az vitimas por cores (vermelho, amarelo, verde e preto),</p><p>zendo que cada cor reprezenta uma prioridade de atendimento.</p><p>Vermelho: prioridade imediata — Respiração somente após manobra para</p><p>liberação das vias aéreas ou apresenta frequência respiratória maior que 30 por</p><p>minuto: ou apresenta hemorragia com choque, traumaz ou queimaduras graves.</p><p>Amarelo: prioridade atrasada — Vítimas que apresentam fraturas e lezão</p><p>torácica ou abdominal sem sinal de choque.</p><p>Verde: prioridade menor — Vítimas que estão caminhando pelo local e apre-</p><p>sentam lesões pequenas, não havendo necessidade de atendimento emergencial.</p><p>Preto: óbito — Falta de sinais vitais mesmo após manobras simples, como</p><p>liberação das vias aéreas.</p><p>4 Transportando as vitimas</p><p>sempre que for possível. você não deverá mover o paciente. Os socorristas</p><p>devem cuidar do paciente no local de emergência, assim como garantir o</p><p>transporte adequado para as vítimas de acordo com o esrau de prioridade</p><p>estabelecido. Manter o paciente em repouso será sua melhor escolha até a</p><p>chegada do pessoal qualificado. Lembre-se que você poderá não ter notado</p><p>os sinais de um trauma ou de uma emergência clinica durante a avaliação</p><p>do paciente, o que poderá resultar em sérios danos caso você tente movê-lo.</p><p>Existem, porém, momentos em que você deverá transportar um paciente.</p><p>Essas situações são chamadas de transportes de emergência. Um transporte</p><p>de emergência deve ser feito quando:</p><p>= olocal do acidente oferecer perigo iminente:</p><p>= existam cuidados que</p><p>precisam de reposicionamento;</p><p>NH épreciso ter acesso a outros pacientes.</p><p>Saiba mais</p><p>Existem outras abordagens para se realizar as triagens. Por exemplo, podemos usar uma</p><p>triazem de apenas dois níveis, sendo atendimento imediato e atendimento protelado.</p><p>Em protocolos de triazem pré-hospitalar, a escala de trauma revisada costuma ser</p><p>utilizada, pois ela avalia o nível de consciência, respiração e circulação.</p><p>Acidentes com veículos — São certamente as situações que encontrará com</p><p>mais frequência. Diante dessas situações, sua primeira consideração sempre</p><p>deverá ser com relação a sua própria segurança. Faça apenas aquilo que se</p><p>sentir seguro para fazer, use 05 equipamentos necessários e, se possível, sempre</p><p>peça auxilio das pessoas que estiverem presentes. Lembre-se que você não</p><p>terá controle sobre outros motoristas que trafegam pela via, por 1550, aja com</p><p>cautela e faça o devido desvio do trânsito. Estacione seu próprio carro de modo</p><p>a proteger o local do acidente. À seguir, veja as principais diretrizes de ação.</p><p>NH Avalie o local e só aja se tiver certeza de que está seguro.</p><p>NH Acione o serviço de emergência o quanto antes. Lembre-se de que o</p><p>serviço de emergência tem melhores recursos e conhecimentos para</p><p>agir nessas situações.</p><p>W Use, sempre que possível, material individual, como máscaras e luvas.</p><p>NH Faça somente aquilo que você se sentir confiante para fazer.</p><p>Nm Procure ajuda se achar necessário.</p><p>Após a chesada do resgate, comunique a eles todos os procedimentos</p><p>que foram adotados, sempre indicando 05 motivos que o levaram a fazer. O</p><p>resgate pode pedir que você ajude na triazem ou no transporte dos pacientes.</p><p>Podem lhe pedir também que dê apoio emocional aos pacientes, familiares</p><p>e presentes no local. Frequentemente o ressate pedirá para controlar o local.</p><p>Você deve fixar os dispositivos de emersência, como luzes, triângulos e lanternas</p><p>para advertir as pessoas que trafegam pela estrada. Em estradas que permitem alta</p><p>velocidade, sempre coloque esses dispositivos a mais de 70 metros do local do acidente.</p><p>Em estradas de baixa velocidade, fixe os dispositivos a, pelo menos, 30 metros do local</p><p>do acidente. Sempre utilize alauns metros a mais de segurança quando se tratar de</p><p>acidentes em curvas.</p><p>Cenas envolvendo fogo — Essas situações também são frequentes e podem</p><p>resultar em múltiplos feridos. Lembre-se que os individuos mais preparados</p><p>para lidar com cenas envolvendo fogo são os bombeiros. O seu dever no local</p><p>do incêndio deve ser centralizado em promover cuidado aos feridos, sempre</p><p>numa área segura. Mesmo após a chegada do resgate, não deixe o local, não</p><p>é incomum que oz profissionais do resgate acabem se tornando vítimas tam-</p><p>bém. Sua ajuda pode ser essencial no local. Você deve assumir 05 seguintes</p><p>procedimentos:</p><p>NH Use sempre um extintor de incêndio para combater az chamas. Você</p><p>pode identificar qual o extintor apropriado para a situação pela rápida</p><p>leitura de suas indicações de uso. Para melhor eficiência no combate</p><p>às chamas, sempre aponte o jato do extintor para a baze da chama e se</p><p>mantenha, no minimo, à distância de 3 metros da chama por proteção.</p><p>EN Nunca tente entrar em um edifício, rezidência ou veículo que esteja</p><p>pegando fogo, até mesmo ze ele for de pequeno porte, pois a fumaça</p><p>pode ser tóxica e você pode se tornar uma vítima a mais.</p><p>Nm Se você estiver em um local onde há fumaça, para sua segurança,</p><p>rasteje próximo ao chão.</p><p>N Pequenas ações, como a retirada de vítimas próximas ao local de in-</p><p>cêndio para áreas seguras, irão ajudar os serviços do resgate.</p><p>Desabamentos e deslizamentos — As cenas de dezabamentos zão mais raras</p><p>de acontecerem e costumam envolver construções, minas e cazas construídas</p><p>em locais inapropriados. Muitos desses acidentes envolvem crianças que esta-</p><p>vam brincando em situações de risco. Lembre-se que deslizamentos de terra,</p><p>por exemplo, podem acontecer mesmo depois de fortez chuvas. O salvamento</p><p>no caso de dezabamentos requer habilidades especiais, normalmente essas</p><p>habilidades irão superar suas qualificações. Sempre tenha em mente que à</p><p>prioridade é sua própria segurança. À zeguir, veja alguns procedimentos que</p><p>você deverá adotar diante dessas situações.</p><p>N Tenha certeza de que o resgate foi acionado, o tempo nessas situações</p><p>é fundamental para a sobrevida das vítimas soterradas.</p><p>NE Você não deverá praticar nenhuma ação, a não ser que o local esteja</p><p>completamente sesuro. Verifique pilares, pilastras ou a possibilidade</p><p>de um segundo deslizamento de terra.</p><p>Nm Encoraje os observadores e as vitimas que estejam em boas condições</p><p>a desempenhar pequenas tarefas.</p><p>Nm Identifique-se, mantenha a autoconfiança e a simpatia e, de modo</p><p>prático, renove a confiança das vitimas ansiosas ou dos observadores.</p><p>Não force conversações nem piadas sobre o incidente.</p><p>m Mantenha os observadores longe das vítimas, mas não deixa as vitimas</p><p>sozinhas. Se todo o pessoal do resgate estiver ocupado com as lesões</p><p>fisicas, designe a algum observador a responsabilidade de ficar com</p><p>alguém que demonstre comportamento incomum.</p><p>Nm Respeite o direito das vítimas de demonstrar seus sentimentos e aceite</p><p>suas limitações fisicas e emocionais.</p><p>Nm AÁceite suas próprias limitações, pois ha limites no que pode ser feito,</p><p>lembre-se de que você não é um profissional do resgate. Não se expo-</p><p>nha de maneira que possa se comprometer ou comprometer a saúde da</p><p>vitima. Por exemplo, tratar de feridas abertas sem luvas de proteção.</p><p>O controle da cena do acidente pode evitar que o caos local seja transferido</p><p>ao hospital mais próximo, além de evitar o transporte inadequado dos pacientes.</p><p>Quais atitudes devem ser tomadas e</p><p>quais devem ser evitadas?</p><p>Acidentes com veiculos automotores requerem que você considere os mecanis-</p><p>mos de trauma nas avaliações dos pacientes. Trauma no pescoço, na coluna, na</p><p>cabeça e no tórax são comuns. Traumas e sangramentos internos são dificeis</p><p>de detectar. Nessas situações, as vitimas devem ser movimentadas somente</p><p>se o local oferecer risco à vida dos envolvidos.</p><p>O fogo deve ser combatido pelo corpo de bombeiro. Não se coloque em</p><p>perigo desnecessário. Quando cuidar de um paciente em um local de fogo,</p><p>preste atenção nas queimaduras evidentes, inalação de fumaça e ataques</p><p>cardiacos. Monitore de tempo em tempo os paciente para ver se o quadro</p><p>não evoluiu para pior.</p><p>Salvamento em desabamentos requerem um treinamento especial. Não tente</p><p>um resgate, a menos que tenha certeza de que o local esteja seguro. Descubra</p><p>a vítima até a cintura para verificar a respiração. Não remova o paciente até</p><p>que ele esteja completamente descoberto.</p><p>Controlando a situação</p><p>Nuitas vezes, você deverá assumir a liderança em uma situação com mul-</p><p>tiplos feridos, pois, embora não seja ideal, dependendo da localidade e das</p><p>condições climáticas, o resgate pode demorar a chegar no local do acidente.</p><p>Nanter a calma é fundamental enquanto estiver trabalhando sob pressão e</p><p>orientar outras pessoas a fazerem o mesmo será de extrema importância. Ao</p><p>demonstrar competência e escolher bem as palavras de mcentivo, você deverá</p><p>ganhar a confiança das outras pessoas presentes, que poderão lhe prestar</p><p>importante ajuda.</p><p>A seguir, elencamos alsumas atitudes que devem ser tomadas diante de</p><p>uma situação de emergência e urgência coletiva.</p><p>Nm Não se impressione com as dimensões do desastre. Ajude aqueles que</p><p>precisam. Avalie cuidadosamente as lesões e determine quais vítimas</p><p>devem ser atendidas primeiro.</p><p>Nm Obtenha e distribua informações a respeito do desastre e das vítimas.</p><p>As famílias das vítimas merecem informações precisas sobre a situação.</p><p>Nm Reúna as vítimas e seus familiares o mais rápido possível. Haverá</p><p>benefícios, pois o estresse emocional será minimizado, é os membros</p><p>familiares serão capazes de fornecer histórico clínico das vítimas, o</p><p>que poderá ajudar na abordagem que será usada.</p><p>Lembre-se de que o</p><p>estresse produzido no trabalho e nas cenas de emer-</p><p>gência podem te afetar. Converse com o pessoal do resgate sobre problemas</p><p>e experiências relacionadas a esse estresse.</p><p>Exemplo</p><p>Em um acidente ocorrido na BR-116, próximo a Curitiba, com um ônibus com cerca</p><p>de 140 passageiros, em que houve 36 mortos no local e mais de 50 feridos, surgiu</p><p>um número enorme de ambulâncias, socorristas, populares e até helicóptero, todos</p><p>agindo por conta própria sem uma coordenação, Resultado: pouquissimas vitimas</p><p>com atendimento médico adequado; imobilização e transporte inadequado, e o</p><p>caos levado à um dos hospitais, que recebeu mais de 40 vitimas, enquanto o5 outros</p><p>dois hospitais receberam 12 e oito vitimas, respectivamente (CORPO DE BOMBEIROS</p><p>DO PARANÁ, 2006).</p><p>sempre que agir como um socorrista, seu principal dever é providenciar</p><p>cuidados ao paciente. Os primeiros cuidados podem se estender dessa loco-</p><p>moção do paciente para locais que não ofereçam riscos a ele, manobras de</p><p>desbloqueio das vias respiratórias ou assistência psicológica, como escutar</p><p>e prestar atenção ao que ele sente. Depois que o resgate chegar, eles podem</p><p>precisar que você ajude com os cuidados aos pacientes ou outras ações. Você</p><p>não só transfere os pacientes para o resgate, mas também imforma e relata</p><p>os cuidados que já foram prestados. Permaneça no local para acompanhar os</p><p>casos, polis muitas vezes as situações podem progredir e sua ajuda se torna</p><p>necessária.</p><p>Introdução</p><p>Diferentes tipos de acidentes exigirão diferentes procedimentos de</p><p>atendimento. Você precisará estar preparado para os mais diversos ti-</p><p>pos de emergência que poderão surgir, Nesse cenário de incerteza, é</p><p>necessário estar munido de equipamentos especificos para tornar o seu</p><p>atendimento mais rápido e mais seguro, tanto para você como para o</p><p>individuo acidentado.</p><p>A montagem de uma caixa de primeiros socorros que atenda suas</p><p>necessidades será decisiva na hora de prestar os primeiros socorros, Você</p><p>poderá ter caixas de primeiros socorros voltadas a situações que envolvam</p><p>hemorragias, fraturas, ferimentos perfurocortantes, entre outras. Serã</p><p>importante você identificar quais são as potenciais lesões que podem</p><p>se desenvolver no seu ambiente de trabalho.</p><p>Neste capitulo, você vai encontrar os itens que devem compor uma</p><p>caixa de primeiros socorros, assim como a descrição e a utilização destes,</p><p>Você vai ver, também, como identificar situações de trauma e estratégias</p><p>para lidar com elas.</p><p>O que é necessário constar em uma caixa</p><p>de primeiros socorros?</p><p>A maioria das pessoas pode se deparar com diferentes situações emergenciais.</p><p>No entanto, nem todas as pessoas estão preparadas para atuar nesses tipos</p><p>de situações, sendo que isso pode diferir entre à vida e a morte da vítima.</p><p>Portanto, é importante estar preparado para prestar um atendimento básico e</p><p>imediato com pequenos materiais, equipamentos e ferramentas. Esses equi-</p><p>pamentos e essas ferramentas podem ser adquiridos em diferentes locais,</p><p>como farmácias, lojas de venda de material hospitalar e lojas especializadas</p><p>em venda de equipamentos para primeiros socorros.</p><p>Você deverá sempre montar sua caixa de primeiros socorros voltada as</p><p>suas nacessidades, por exemplo, se você é um professor de natação, não deverá</p><p>dar tanta importância a equipamentos utilizados em lesões perfurocortantes,</p><p>mas será necessário equipamento voltado a lesões traumáticas e de afoga-</p><p>mento. Confira os materiais básicos que devem ser usados em uma situação</p><p>de emergência:</p><p>Nm Bandagem triangular: composta por algodão, é utilizada para imobi-</p><p>lizações de qualquer natureza, e pode ser usada também como tipoia.</p><p>Nm Ataduras creporm: produzidas em algodão, são faixas compridas, que</p><p>se apresentam enroladas antes da aplicação. Utilizadas para terapias</p><p>compressivas, imobilização e procedimentos ortopédicos.</p><p>W Esparadrapo: fitas adesivas que ajudam a imobilizar membros ou para</p><p>segurar compressas no local de uma ferida.</p><p>EH Curativos oclusivos: podemos encontrar na forma de plástico ou po-</p><p>mada, tendo como função evitar o contato da ferida com o ambiente.</p><p>Devem ser aplicados por toda a extensão da ferida.</p><p>Nm Tesoura sem ponta: servirá para cortar as bandagens e cortar a roupa</p><p>da vítima, em caso de imobilização ou de que ela esteja presa pela roupa.</p><p>MN Jogo de talas para imobilização de membros superiores e inferiores:</p><p>talas de madeira ou material rigido como de EVA aramado emborra-</p><p>chado. É aplicado no membro que será imobilizado, sendo preso por</p><p>fitas e farxas flexíveis como panos.</p><p>Nm Pinça: instrumento metálico que tem como finalidade tirar objetos en-</p><p>cravados na pele (somente quando necessário), pois em casos de objetos</p><p>encravados, o melhor 2 ser feito é procurar os serviços de emergência.</p><p>NH Compressas esterilizadas: compostas de tecido poroso, podendo ser</p><p>de algodão ou não, são usadas como curativos para evitar infecções.</p><p>Mm Gazes esterilizadas para cobrir feridas: tecido leve, poroso, geral-</p><p>mente feito de alzodão, servirá para estancar sangramentos.</p><p>m Película aderente: papel plástico fino e transparente, usado para fixar</p><p>Os curativos ao corpo.</p><p>Nm Solução de glicose e pacotes de acúcar: para pessoas que estejam</p><p>zofrendo de hipoglicemia, o que é comum quando temos o engajamento</p><p>de pessoas mal-alimentadas em atividades físicas.</p><p>m Ligaduras: fitas de tecido de algodão, zeralmente poroso, que podem</p><p>zer elásticas. Utilizadas para fixação de curativos no corpo.</p><p>Fique atento</p><p>Todos 05 materiais de primeiros socorros expostos anteriormente devem estar quar-</p><p>dados em uma caixa especifica para primeiros socorros e guardados num lugar fresco,</p><p>seco e visível. É importantíssimo verificar periodicamente à data de validade dos</p><p>produtos que compõem essa caixa.</p><p>Todas az empresas devem ter caixas de primeiros socorros, essa é uma</p><p>norma do guia trabalhista (BRASIL, 1994). À caixa deve estar em local de</p><p>fácil acesso e boa visibilidade. Muitos profissionais da saúde acabam execu-</p><p>tando trabalhos fora de empresas, como personal trainers, fisioterapeutas,</p><p>entre outros. Recomenda-ze que esses profissionais também tenham caixas</p><p>de primeiros socorros com materiais mais simples, que facilitem o transporte.</p><p>Equipamentos de proteção individual</p><p>Da mesma maneira que são importantes 05 materiais básicos ou o X&it de</p><p>emergência, é sumamente importante os equipamentos básicos de proteção</p><p>individual, os quais deverão ser utilizados pelos socorristas ao iniciar o processo</p><p>de primeiros socorros. Os socorristas deverão utilizar esses equipamentos</p><p>para prevenir doenças ocasionadas pela contaminação por agentes infecciosos</p><p>(doenças contagiosas) que podem ser transmitidas pelo sangue ou outros fluidos,</p><p>como hepatite e virus da aids. Os materiais para uso próprio 2ão os seguintes:</p><p>Nm Luvas: podem ser fabricadas em látex, vinil ou outro material sintético</p><p>e impermeável. Inspecione suas mãos, verificando presença de cortes</p><p>ou lesões, antes de colocar as luvas. Faça isso antes do contato com o</p><p>paciente. Se necessário, u32e duas luvas. Troque de luvas a cada paciente</p><p>que você atender e sempre lave az mãos depois do atendimento.</p><p>m Proteção ocular: as membranas mucosas dos olhos podem absorver</p><p>fluidos e são um caminho para a infecção. Use protetor ocular que</p><p>protege a frente e as laterais dos olhos.</p><p>MW Máscaras ou protetores faciais para sangue ou fluidos expelidos,</p><p>use máscaras do tipo cirúrgico; para particulas respiratórias menores</p><p>(tosse e espirro), use máscara com filtro de alta eficiência; máscaras do</p><p>tipo cirúrgico podem ser usadas por pacientes se ele estiver acordado e</p><p>cooperando (nesse caso, é preciso controlar a respiração).</p><p>NM Avental: protege as roupas e a pele descoberta, nos casos de feridos em</p><p>que artérias jorram sangue, no parto ou em pacientes com múltiplos</p><p>ferimentos e sangramento grave.</p><p>Saiba mais</p><p>Em bora falem 05, neste capítulo, em lesões causadas por instrum</p><p>entos perfurocortantes</p><p>e traumas, também podemos encontras diferentes casos nos quais deveremos utilizar</p><p>equipamentos e materiais adaptados e criados para emergências específicas, sejam</p><p>afogamentos, queimaduras, intoxicações, entre outras.</p><p>Ferimentos</p><p>Feridas: lesões perturbadoras em qualquer tecido, sendo resultado de um</p><p>trauma direto contra a pele. À pele é considerada o maior e mais superficial</p><p>órgão do corpo humano, portanto, está mais exposta a receber ferimentos</p><p>em comparação com outros órgãos do corpo. À perda de sua integridade</p><p>constitui uma ameaça pelo risco de hemorragia (sansramento), infecção e</p><p>trauma secundário. Pode ser, inclusive, um fator determinante pera a vida.</p><p>As feridas classificam-se em fechadas ou abertas. As fechadas são cau-</p><p>zadas por contusões diretamente sobre o3 tecidos, provocando internamente</p><p>hematomas ou equimoses. Os hematomas são extravasamentos de sangue entre</p><p>oz tecidos (subcutâneo, fáscia, músculo e órgãos) com formação de coleção</p><p>(aumento de volume) pela ruptura de vazos. Já a equimose é o extravasamento</p><p>de sangue subcutânea sem formação de coleção. Essas feridas apresentam</p><p>como característica a coloração roxa, preta e azulada. Az feridas abertas</p><p>são classificadas em escoriações, feridas mcisivas, lacerações, avulsões e</p><p>ferimentos perfurantesz. À seguir, descreveremos brevemente cada uma dessas</p><p>lesões e 05 procedimentos básicos a serem adotados.</p><p>Escoriações: consistem em esfoliação da epiderme ou das mucosas, não</p><p>atingido as partes mais profundas. E produzida pelo atrito da pele em uma</p><p>superfície áspera. As escoriações podem vir acompanhadas de sujeira (areia,</p><p>pedriscos, graxa e residuos do asfalto) e é importante realizar a higienização</p><p>do local utilizando soro fisiológico ou água e sabão. À área afetada deve zer</p><p>protegida com gaze estéril, fixada com bandagem elástica ou triangular.</p><p>Feridas incisivas ou cortantes: são feridas produzidas por material cortante,</p><p>como facas, bisturis e estiletes. As bordas das feridas são características por</p><p>se apresentarem lineares, sem traumas. Essas feridas podem provocar intenso</p><p>sangramento, portanto, as bordas das feridas devem ser aproximadas e fixadas</p><p>com curativos. Sua fixação pode ser feita com bandagzem elástica ou triangular.</p><p>Lacerações: são lezões utegulares causadas por pressão ou tração na pele.</p><p>Nessas situações, é importante controlar o sansramento utilizando métodos</p><p>de pressão direta ou elevação do membro. Deve ser colocada uma gaze es-</p><p>terilizada no local e firmemente fixá-la com bandagem. Algumas zituações</p><p>mais graves exigirão imobilização dos membros, que poderão ser feitas com</p><p>talas de madeira ou aramadas.</p><p>Avulsões/amputações: parte do como é cortada ou arrancada (como membros,</p><p>dedos e orelhas). Nesses casos, você deverá controlar o zaneramento e, em</p><p>caso de retalhos na pele, você poderá recolocar, com cuidado, a pele no lugar,</p><p>após realizar a limpeza, fixando-a com curativo. Em casos de amputações,</p><p>ê importante o controle do sangramento por compressão direta, elevação do</p><p>membro e, em último caso, tornmiquete. O membro amputado deve zer levado</p><p>junto com o paciente, sendo resfriado em saco plástico, nunca congelado.</p><p>Ferimentos perfurantes: são ferimentos causados por objetos pontiagudos e</p><p>finos, capazes de perfurar a pele e os tecidos adjacentes. Podem zer causados</p><p>por projéteis de ama de fogo. Nessas situações, az feridas de entrada e saída</p><p>do projétil devem ser protegidas. Objetos pontiazgudos que permanecem no</p><p>corpo não devem ser retirados, mas sim fixados de maneira a não se moverem</p><p>durante o transporte. Você pode fixar os objetos com bandagens ao entorno</p><p>do objeto.</p><p>As feridas podem ser causadas por diferentes agentes mecânicos, sendo que</p><p>apresentarão características distintas, dependendo do causador da moléstia.</p><p>Observe o Quadro 1, que associa o agente mecânico ao tipo de ferida.</p><p>”</p><p>govadro 1. Agente mecânico e tipo de ferida</p><p>Traumas Tipos Agentes</p><p>Agentes E Perfurantes: objetos pontiagudos, | 8 Espinho, agulha,</p><p>mecânicos capazes de perfurar à pele e outros prego e estilete,</p><p>tecidos.</p><p>MN Perfurocortantes: objetos = Punhal e sabre</p><p>pontiagudos que apresentam</p><p>lâmina.</p><p>MN Cortantes: objetos afiados MN Faca, navalha e cacos</p><p>(também se enquadram aqui as de vidro.</p><p>armas brancas).</p><p>Mm Contundentes: objetos que E Barra de ferro, pedra</p><p>podem causar perfurações em madeira e martelo.</p><p>razão da pressão causada pelo</p><p>impacto, mas que não são afiados,</p><p>Mm Perfurocontundentes: objetos E Projéteis de arma de</p><p>capazes de perfurar os tecidos, fogo e estilhaços.</p><p>mas que não apresentam lâmina.</p><p>Fonte: Adaptado de Valente (1999, apud AGUIAR, 2004, p. 3)</p><p>As lesões perfurocortantes são conhecidas por sua alta relação com he-</p><p>morragias, já que uma de suas principais caracteristicas é a profundidade do</p><p>ferimento.</p><p>As hemorragias externas podem ser classificadas em hemorragia arterial</p><p>, Venosa ou capilar . Na hemorragia arterial, o fluxo de sangue é vermelho</p><p>vivo, feito em jatos, muitas vezes pulsando na mesma sintonia do batimento</p><p>cardíaco. A perda de sangue e rápida e abundante. Na hemorragia venosa,</p><p>a cor do sangue é vermelho escuro e o fluxo sanguíneo é constante. Já na</p><p>hemorragia capilar, o fluxo de sangue é lento, como é visto em arranhões e</p><p>cortes superficiais da pele.</p><p>Materiais básicos para lesões perfurocortantes</p><p>Bandagem triansular: é utilizada de diferentes formas, tanto para 05 inem-</p><p>bros mferiores como para o5 membros superiores. Pode ser utilizado para</p><p>imobilizações, diminuindo o sangramento e facilitando o transporte do ferido</p><p>até o centro assistencial mais próximo.</p><p>Ataduras: são utilizadas para fixação de curativos, mobilizações e enfar-</p><p>xamentos. Pode-se encontrar de algodão, poliéster, elastano, entre outros</p><p>materiais. Na forma de utilização, deve ser justa, porém não apertada demais,</p><p>a ponto de mterferir na circulação sanguinea. Se ocorrer inchaço, manchas,</p><p>sensação de frio, entorpecimento ou formigamento da área afetada, devem</p><p>ser afrouxadas.</p><p>Esparadrapo: é uma fita adesiva utilizada para fixação dos curativos. Desta-</p><p>cam-se os adesivos que são impermeáveis e transparentes, já que têm maior</p><p>adesão sobre as bandagens. Também podem ajudar a imobilizar membros.</p><p>Curativos: são um tipo de bandagem que pode ser coloca na ferida. Depen-</p><p>dendo do tamanho e da gravidade da ferida, são recomendados diferentes tipos</p><p>de curativos. A principal função do curativo é atuar como barreira mecânica</p><p>contra a entrada de bactérias e manter a umidade entre a ferida e o curativo,</p><p>favorecendo a rápida epitelização, a diminuição da dor e a aceleração da des-</p><p>truição de tecidos necrosados. Além disso, serve para manter uma temperatura</p><p>adequada, o que gera maior estimulo na divisão celular e, consequentemente,</p><p>estimulará o processo de cicatrização.</p><p>Lesões musculoesqueléticas</p><p>As lesões musculoesqueléticas são lesões que atinzem o aparelho locomotor</p><p>(formado pelo conjunto de ossos, articulações, lizamentos, músculos e nervos).</p><p>A maior parte das lesões musculoesqueléticas é de origem ocupacional, como as</p><p>lesões por esforço repetitivo (LER), como as dores lombares em trabalhadores</p><p>de escritório ou tendinites em pessoas que digitam muito.</p><p>As lesões musculoesqueléticas podem acontecer por três causas principais.</p><p>Aplicação de força direita, a aplicação de força indireta e a força de rotação</p><p>ou de entorse. A aplicação dessas forças são as causas principais das lesões</p><p>musculoesqueléticas, assim que esses tipos de forças podem levar a diferentes</p><p>tipos de traumas, provocando dor, edema e/ou deformidades. Portanto, nestes</p><p>tópicos, falaremos especificamente dos danos ou das modificações ocasionadas</p><p>nos liszamentos, nas articulações, no osso e nos músculos do organismo.</p><p>Considera-se que os traumas causados pela aplicação de força direta possam</p><p>desencadear diferentes tipos de lesões, como entorses, distensões, luxações e</p><p>fraturas</p><p>(abertas ou fechadas).</p><p>Entorses: são lesões dos liszamentos de uma articulação, sem que haja o</p><p>deslocamento da superfície articular. O tornozelo é a região mais afetada por</p><p>entorses, mas pode se desenvolver na altura dos joelhos e arcos dos pés. É um</p><p>tipo de trauma recorrente durante a prática de atividades fisicas e esportes.</p><p>Existem três tipos de entorses possíveis, e são classificados de acordo com</p><p>a magnitude da lesão. Temos a entorse de grau 1, em que há o estiramento</p><p>leve do lizamento: apresenta dor leve ou inexistente. Temos a entorse de grau</p><p>2, em que há o rompimento de algumas fibras do ligamento, a área afetada</p><p>apresenta dor e inflamação e o movimento é dificultado: frequentemente vem</p><p>acompanhado de hematoma. Por fim, temos a entorse de grau 3, em que hã o</p><p>rompimento completo dos lizamentos, 2 área afetada se torna extremamente</p><p>dolorida, inchada e apresenta hematoma. O tratamento das entorses varia</p><p>conforme a gravidade do trauma, indo desde aplicações de crioterapia (bolsas</p><p>de gelo) e anticinflamatórios para entorses de grau 1 e 2, como processos</p><p>cirúrgicos para entorses de erau 3.</p><p>Distensão: são lesões que acometem a junção entre o músculo (parte vermelha)</p><p>e o tendão de um músculo. As causas da distensão muscular incluem o esforço</p><p>excessivo para realizar um gesto motor, como uma corrida durante um jogo</p><p>de futebol. Por 1580, esse tipo de lesão é mais frequente entre esportistas. Os</p><p>músculos posteriores da coxa e da panturrilha costumam ser os músculos</p><p>mais afetados, porém, distansões podem ocorrer em outros músculos do corpo</p><p>submetidos à força excessiva. As distensões também são classificadas em três</p><p>graus, sendo que cada grau representa um nível diferente de comprometimento</p><p>da estrutura musculotendiínea. As distensões de grau 1 apresentam estiramento</p><p>das fibras sem que haja ruptura destas. A distensão de grau 2 apresenta lacera-</p><p>ção do músculo ou do tendão e existe a presença de dor, acompanhada ou não</p><p>de inflamação e hematoma. Por fim, a distensão de grau 3 apresenta ruptura</p><p>total do complexo musculotendineo e há dor intensa, hematoma, inchaço e</p><p>calor na região afetada. É importante, em situações nas quais esse tipo de</p><p>lesão esteja presente. o cuidado na manipulação do paciente, pois poderá ser</p><p>agravada a situação. A imobilização do membro pode ser necessária para o</p><p>deslocamento até o hospital mais próximo. A aplicação de bolsas de gelo é</p><p>recomendada para diminuir o processo inflamatório e a dor.</p><p>Luxações: é o deslocamento do osso de uma articulação para uma posição</p><p>anormal, a luxação pode acontecer praticamente em qualquer articulação do</p><p>corpo humano, porém, aleuns locais são mais afetados, como az articulações</p><p>do ombro, nos dedos da mão e do pé e no tornozelo. As luxações podem ser</p><p>facilmente identificadas, uma vez que o deslocamento do 0350 dentro da ar-</p><p>ticulação zera danos aos lizamentos e à cápsula articular, o que é seguido de</p><p>grande inflamação e dor no local. Para tratar esse tipo de lesão, é importante |</p><p>a aplicação de gelo para diminuição da inflamação e da dor. O osso deverá</p><p>ser recolocado no lugar por um especialista, no caso, um médico ortopedista.</p><p>Fraturas: são traumas que acometem o tecido ósseo. São lesões extremamente</p><p>dolorosas e podem ser classificadas em abertas e fechada. Fraturas abertas</p><p>caracterizam-se principalmente por fraturas ósseas que levam ao rompimento</p><p>da pele, ocasionando possíveis hemorragias. São situações graves, UMa vez</p><p>que o ambiente externo do corpo foi exposto, o que facilita o quadro para</p><p>infecções. Nessas situações, você deve ter especial atenção e não recolocar</p><p>o os30 “no usar”, mas sim imobilizar o membro, conter o sansramento e</p><p>transportar a vítima para um hospital. Já nas fraturas fechadas, que são mais</p><p>comuns, não há rompimento da pele e, em geral, são de menor emergência que</p><p>az fraturas abertas. No entanto, os danos aos ossos podem ser grandes e pode</p><p>haver hemorragia interna por rompimento de artérias. Também são situações</p><p>que irão exigir a devida imobilização antes do transporte do paciente.</p><p>Para entender melhor o conteúdo, observe o Quadro 2.</p><p>Quadro 2. Lesão e local danificado</p><p>Lesão Local danificado</p><p>Entorse Ligamento</p><p>Distensão Músculo</p><p>Luxação Articulação</p><p>Fratura Osso</p><p>Equipamentos básicos para lesões musculoesqueléticas</p><p>Talas infláveis: são talas de material plástico, destinadas à imobilização de</p><p>membros superiores e inferiores. são colocadas e infladas pelo socorrista,</p><p>soprando na valvula existente.</p><p>Talas maleáveis: são talas de material sintético (talafix) ou de papelão, acol-</p><p>choadas, que permitem ser moldadas para realizar uma imobilização adequada</p><p>Tração de fêmur: são equipamentos portateis, utilizados para a fixação total</p><p>do membro inferior, especialmente nos casos de fraturas de fêmur. Constru-</p><p>idos em aluminio e aço inox, com regulagem de comprimento, dispondo de</p><p>apoios de borracha ou espuma e cintas elásticas que permitam a fixação do</p><p>membro inferior.</p><p>Colete de imobilização dorsal: destinado à imobilização da coluna cervical,</p><p>torácica e lombar superior de vitimas acidentadas. É um colete de nAyvÍOMN,</p><p>ajustável ao tronco da vitima e fixado por meio de tiras de nylon, além de duas</p><p>tiras para fixação dos membros inferiores: tem almofada para cabeça, fixada</p><p>por duas tiras de espuma e velcro; é radiotransparente, com estrutura interna</p><p>composta por tiras de madeira</p><p>Colar cervical: é um dispositivo que permite a imobilização da coluna cervical,</p><p>principalmente os movimentos axiais. Um bom colar deve ter um desenho</p><p>assimétrico, ser dobrável e plano, com janela extra grande para acesso à região</p><p>cervical anterior (pulso carotideo e acesso cirúrgico de via aérea superior),</p><p>fornecer uma perfeita adaptação à cabeça e ao ombro da vitima, confeccionado</p><p>em polietileno, ser radiotransparente, com enchimento de espuma em todas as</p><p>fases de contato com a pele da vítima, e ser dotado de apoio para mandíbula.</p><p>Imobilizador lateral de cabeça: são dispositivos colocados em tábuas de</p><p>imobilização, ajudantes do colar cervical na imobilização da cabeça, cons-</p><p>tituidos de espuma rígida. revestidos com material impermeavel e lavável e</p><p>radiotransparente.</p><p>Tábuas de imobilização (prancha longa): permitem a imobilização de toda</p><p>a vítima deitada. São construídas em PVC ou compensado naval de cedro ou</p><p>pinho de 25 mm de espessura. Devem ter orifícios laterais para a fixação de</p><p>cintos de segurança e para permitir o posicionamento das mãos do socorrista</p><p>e devem ser impermeabilizadas com material resistente.</p><p>Cintos de fixação: são cintos nylon, flexíveis e resistentes, com aproximada-</p><p>mente 5 cm de largura e 1,8 m de comprimento, com fivela e nylon resistente</p><p>para fixar a vítima na tábua de imobilização.</p><p>Bandagem triangular: material para imobilizações provisórias ou fixação de</p><p>curativos. É feita em tecido de algodão cru em forma de triângulo-retângulo,</p><p>90 cm de lado.</p><p>AGUIAR, À. 5, W. et al. Atendimento emergencial do paciente portador de traumatismos</p><p>deface. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v. 17, n. 1, p. 37-43, 2004. Disponível em:</p><p>=. Acesso em: 19 jul. 2018.</p><p>VALENTE, C. Emergências em bucomasxilofacia!: clínicas, ciróroicas e traumatológicas.</p><p>Rio de Janeiro: Revinter, 1999,</p><p>Obrigatoriedade do</p><p>profissional da saúde</p><p>de prestar socorro</p><p>Ao final deste texto, você deve apresentar o5 seguintes aprendizados:</p><p>NM Apresentar o5 pontos do Código Civil e do Estatuto da Criança e</p><p>do Adolescente que descrevem à obrigatoriedade em prestar</p><p>atendimento.</p><p>Nm Relacionar a obrigatoriedade em prestar atendimento com o Código</p><p>de Ética do Profissional de Educação Física.</p><p>Nm Explicar os procedimentos</p><p>gerais a serem adotados durante uma</p><p>situação de emergência</p><p>« Introdução -</p><p>Existem diferentes leis, códigos e estatutos que favorecem a preservação</p><p>da vida sob quaisquer circunstâncias. O Código Civil o Estatuto da Criança</p><p>e do Adolescente e o Código Penal brasileiros enfatizam primordialmente</p><p>à proteção do direito à vida. Por outro lado, você também encontra as-</p><p>pectos éticos diretamente do regulamento do profissional de educação</p><p>física e suas relações com 05 primeiros socorros</p><p>Neste capítulo, você vai estudar 05 aspectos legais da prestação de</p><p>primeiros socorros e as obrigatoriedades e deveres de cada um, sejam</p><p>profissionais da área da saúde ou não, Além disso, você vai verificar alauns</p><p>procedimentos gerais a serem adotados em situações de emergência.</p><p>passando por avaliação primária e secundária, antes de o ferido ser trans-</p><p>portado ao centro de assistência mais próximo.</p><p>É sempre importante frizsarmos que o: profissionais mais qualificados e com-</p><p>petentes em prestar socorros são o3 integrantes das equipes de emergência,</p><p>como Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e bombeiros.</p><p>Forém, nem sempre esses serviços estarão disponíveis de imediato, sendo</p><p>que sua atuação será não só necessária, como fundamental e prevista em lei.</p><p>Os primeiros socorros podem ser considerados desde os atendimentos mais</p><p>simples, como fazer uma lização para solicitar ajuda, até triazem envolvendo</p><p>múltiplos feridos. Os primeiros socorros têm como objetivo resolver o mais</p><p>rápido possível as situaçõez de emergência, garantindo o melhor atendimento</p><p>aos mais necessitados.</p><p>Do ponto de vista legal, a prestação de primeiros socorros é uma obri-</p><p>gatoriedade da sociedade, de modo que todos os cidadãos devem conhecer</p><p>oz aspectos mais básicos para prestar os primeiros socorros em situações</p><p>de emerzência, considerando que foram criados leis e códigos de diferentes</p><p>órgãos institucionais para tornar o3 primeiros socorros um dever, e não uma</p><p>opção. O Código Civil e o Estatuto da Criança e do Adolescente, por exemplo,</p><p>focam principalmente na proteção e na conzervação da vida sob qualquer</p><p>circunstância. O art. 4º, a, do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº</p><p>8.069/907 aponta:</p><p>É dever da familia, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público</p><p>assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida,</p><p>à saúde, à alimentação, à educação, 20 exporte, ao lazer, à profissionalização,</p><p>à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência famuliar e</p><p>comunitária (BRASIL, 1990, documento on-line).</p><p>No mesmo texto podemos encontrar a informação de que as crianças e os</p><p>adolescentes têm a “[...] primazia de receber proteção e socorro em quaisquer</p><p>circunstâncias” (BRASIL, 1990, documento on-line). Portanto, segundo o</p><p>Estatuto da Criança e do Adolescente, é um dever prestar primeiros socorros</p><p>em situações que envolvam crianças e adolescentes, indicando e enfatizando</p><p>pontualmente sob “[...] quaisquer circunstâncias” (BRASIL, 1990, documento</p><p>on-line). Desse modo, converte-se numa obrigação saber, conhecer e atuar</p><p>em situações de emergência, sempre que você esteja com plena confiança e</p><p>sesurança dos procedimentos a serem realizados.</p><p>O Código Federal (art. 227) aponta que:</p><p>É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao ado-</p><p>lescente. com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à</p><p>educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à</p><p>liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo</p><p>de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade</p><p>e opressão (BRASIL, 2002, documento on-line).</p><p>Desse modo, o Código Civil expressa: “[...] absoluta prioridade, o direito à</p><p>vida e à saúde” (BRASIL, 2002, documento on-line). Isso torna novamente um</p><p>dever social a prestação de primeiros socorros em situações de emergência.</p><p>O Código Civil, em seu art. 135, também discorre sobre a obrigatoriedade</p><p>da prestação de socorro. Em específico, trata das penalidades em casos de</p><p>omissão:</p><p>Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, a</p><p>pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou</p><p>não pedir o socorro da autoridade pública é crime. À penalidade pode ser</p><p>pagamento de muita ou detenção. Esta varia de um à seis meses, podendo</p><p>ser aumentada em metade caso haja omissão e esta resulte em lesão corporal</p><p>Erave; e triplicada, se resultar morte (BRASIL, 2002, documento on-line).</p><p>Observamos que a prestação de primeiros socorros é um dever garantido por</p><p>lei, sendo passível, em caso de omissão, de punições como multas e reclusão.</p><p>Portanto, é sempre importante manter-se atualizado e preparado para possíveis</p><p>situações em que os primeiros cuidados serão necessários.</p><p>Aspectos legais dos primeiros socorros</p><p>feitos pelo profissional da saúde</p><p>Neste capítulo, enfatizaremos principalmente as obrigações e os deveres dos</p><p>profissionais da área da saúde, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas,</p><p>psicólogos e educadores físicos. Nesse caso, enfocaremos o texto para que</p><p>você, futuro profissional de educação fisica, conheça seus deveres e suas</p><p>obrigações na prestação de primeiros socorros em situações de emergência.</p><p>As situações de emergências ou urgências podem surgir em escolas, aca-</p><p>demias, grupos de atividade física ou até mesmo em situações que vão além</p><p>do seu trabalho. Só pelo fato de ser profissional na área de saúde, você tem o</p><p>dever e a obrigação de proteger a vida sob qualquer circunstância.</p><p>A Resolução nº 7, de 31 de março de 2004, do Conselho Nacional de Edu-</p><p>cação (BRASIL, 2004), que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para</p><p>os cursos de graduação em Educação Física, em nivel superior de graduação</p><p>plena, dispõe, em zeu art. 3º, que o profissional de educação física é:</p><p>A Educação Fisica é uma área de conhecimento e de mtervenção acadêmico-</p><p>-profissional que tem como objeto de estudo e de aplicação o movimento</p><p>humano, com foco nas diferentes formas e modalidades do exercicio fisico, da</p><p>ginástica, do jogo, do esporte, da luts/arte marcial, da dança, nas perspectivas</p><p>da prevenção de problemas de azravo da saúde, promoção, proteção e reabr</p><p>litação da saúde, da formação cultural, da educação e da reeducação motora,</p><p>do rendimento fisico-esportrvo, do lazer, da gestão de empreendimentos</p><p>relacionados às atividades fisicas, recreativas e esportivas, além de outros</p><p>campos que oportunizem ou venham 2 oportunizar 2 prática de atividades</p><p>fisicas, recreativas e esportivas (BRASIL, 2004, documento on-lme).</p><p>Tendo esse aspecto em mente, o educador fisico, além das obrigações de</p><p>prestar primeiros socorros nas situações de emergências citadas no Estatoto da</p><p>Criança e do Adolescente, 105 Código Civil e no Código Penal, também deve</p><p>atuar em prol da saúde, portanto, deverá estar apto à realizar 03 procedimentos</p><p>a serem adotados em situações de emergência, preservando o direito à vida,</p><p>como expressa o Capítulo II, Dos Princípios e Diretrizes, do Código de Ética</p><p>do Profissional de Educação Fisica. Segundo o Conselho Federal de Educação</p><p>Fisica (CONFEF, 2015, documento on-line), o art. 4º expressa que:</p><p>O axercício profissional em Educação Fisica pautar-se-á pelos seguintes</p><p>Principios:</p><p>I — o respeito à vida, à diegmdade, à ntestidade e aos direitos do individuo;</p><p>O — a responsabilidade social;</p><p>II — a ausência de diserminação ou preconceito de qualquer natureza:</p><p>IV — o respeito à ética nas diversas atividades profissionais;</p><p>V— a valorização da identidade profissional no campo das atividades fisicas,</p><p>esportivas e similares;</p><p>VI— a sustentabilidade do meio ambiente:</p><p>VII — a prestação, sempre, do melhor serviço 2 um múmero cada vaz maior de</p><p>pessoas, com competência, responsabilidade e honestidade;</p><p>VIII — a atuação dentro das especificidades do seu campo e área do conhe-</p><p>cimento,</p>