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<p>TECNOLOGIA EM</p><p>MEIO AMBIENTE</p><p>FOTO CAPA</p><p>RAFAEL AUGUSTO VALENTIM CRUZ MAGDALENA</p><p>51</p><p>UNIDADE 4</p><p>TECNOLOGIAS LIMPAS</p><p>1. AS TECNOLOGIAS LIMPAS, SEU CONCEITO E</p><p>PRINCIPAIS EXEMPLOS</p><p>Uma das características do século XXI se trata da consolidação da sociedade de</p><p>consumo, em que a produção é cada vez maior, com o objetivo de suprir as neces-</p><p>sidades consumistas de aquisição, substituição e descarte de produtos. Porém, esse</p><p>processo cíclico de consumo causa grande degradação à natureza, já que qualquer</p><p>produto necessita de matéria-prima, ou seja, da extração de recursos da natureza.</p><p>Esse ciclo de consumo está conectado a capacidade natural da Terra de se recuperar da</p><p>degradação causada. Porém, a velocidade de degradação tem superado a velocidade</p><p>de recuperação dos recursos naturais do planeta. Desse modo, emerge a urgência</p><p>de se desenvolver formas ou modelos de produção que não degradem a natureza,</p><p>retirando a menor quantidade possível de recursos da natureza.</p><p>Diariamente, acontecem discussões sobre o meio ambiente e o quão frágil ele se</p><p>encontra. Nesse cenário, as ações antrópicas e as mudanças nos climas têm afetado</p><p>cada vez mais a natureza, de forma direta e indireta. Com a necessidade de se consumir</p><p>recursos naturais para atender as necessidades básicas da população e fornecer o</p><p>espaço para que elas vivam, o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade</p><p>ambiental tornam-se, cada vez mais, assunto no cotidiano das pessoas, surgindo as-</p><p>sim a necessidade de buscar formas de impactar menos possível o ambiente em que</p><p>estamos inseridos.</p><p>Essa preocupação com o meio ambiente mobiliza as pessoas e as empresas no</p><p>desenvolvimento de atitudes em defesa da natureza, entretanto, é necessário verificar</p><p>se todas essas ações estão proporcionando uma menor degradação da natureza ou</p><p>apenas diminuindo a velocidade com que a degradação ocorre. Por isso, o desenvolvi-</p><p>mento de tecnologias limpas pode implicar em uma verdadeira redução da degradação.</p><p>Nesse sentido, é importante salientar que existe um conjunto de diversos outros termos de ori-</p><p>gem nacional e internacional que são utilizados para se referir às tecnologias limpas ou a esse</p><p>tipo de tecnologia, também, chamada de tecnologias ambientais. E a diversidade não permane-</p><p>ce apenas na questão terminológica, essa diversidade avança no campo conceitual, por isso,</p><p>é preciso estabelecer uma breve comparação conceitual a respeito das tecnologias limpas.</p><p>U4</p><p>52</p><p>Tecnologias Limpas</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>1.1. AS TECNOLOGIAS LIMPAS, SEU CONCEITO E SEUS</p><p>PRINCIPAIS EXEMPLOS</p><p>Com a intenção de promover ações que seriam capazes de substituir as tecnologias</p><p>produtivas que causam degradação da natureza, as tecnologias limpas foram desen-</p><p>volvidas. No entanto, essas ações receberam uma diversidade de nomes ao decorrer</p><p>dos anos e de acordo com os lugares que foram desenvolvidas.</p><p>Uma das formas de se compreender esse termo, tecnologia limpa, é por meio da</p><p>contraposição às tecnologias resultantes da Revolução Industrial, já que essas</p><p>tecnologias foram planejadas apenas para produzir em larga escala, com menor tempo</p><p>e com o menor custo possível, ou seja, um processo que causa grande degradação</p><p>ambiental. Jabbour (2010, p. 593), por sua vez, chamou essas tecnologias de pro-</p><p>cessos verdes e sustentáveis, de inovações tecnológicas ambientalmente saudáveis,</p><p>entre uma infinidade de outros termos.</p><p>Tabela 01. Diversidade terminológica</p><p>Tecnologias ambientais alternativas (KOLAR, 2000)</p><p>Tecnologias limpas (MAZON, 1992)</p><p>Tecnologias ambientalmente interessantes (UNEP, 2002)</p><p>Tecnologias mais limpas (ONU, 1992)</p><p>Tecnologias ambientalmente sustentáveis (HALL; VRENDENBURG, 2003)</p><p>Tecnologias ambientalmente sensíveis (MAZON, 1992)</p><p>Tecnologias ambientalmente amigáveis (BARBIERI, 2004)</p><p>Tecnologias ambientalmente avançadas (OLSON, 1991)</p><p>Tecnologias não agressivas ao meio ambiente (DONAIRE, 1999)</p><p>Tecnologias naturais avançadas (OLSON, 1991)</p><p>Inovações tecnológicas ambientalmente saudáveis (BARBIERI, 1997)</p><p>Tecnologias verdes (KIVIMAA; MICKWITZ, 2006)</p><p>Soluções ambientalmente amigáveis (MARTINSONS et al., 1997)</p><p>Ecotecnologias (SMITH, 2001)</p><p>Tecnologias ambientalmente benéficas (JAFFE; NEWELL; STAVINS, 2005)</p><p>Tecnologias mais verdes (CONWAY; STEWARD, 1998)</p><p>Fonte: adaptado de Jabbour (2010, p. 594)</p><p>A diversidade na definição do termo desse tipo de tecnologia aponta para uma imprecisão</p><p>do conceito, em que muitos autores acabam se esquivando no momento de estabelecê-</p><p>lo ou optam por recorrer a um conceito sempre muito amplo.</p><p>Sendo assim, é necessária a apresentação de conceitos que se destacam na tentativa</p><p>da compreensão dessa tecnologia. De acordo com a Agenda 21 (ONU, 1992, [n. p.]):</p><p>[...] as tecnologias ambientalmente saudáveis protegem o meio ambiente,</p><p>são menos poluentes, usam todos os recursos de forma mais sustentável,</p><p>reciclam mais seus resíduos e produtos e tratam os dejetos residuais de uma</p><p>maneira mais aceitável que as tecnologias que vieram substituir.</p><p>53</p><p>U4 Tecnologias Limpas</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Já em outras propostas, o conceito de tecnologias limpas está vinculado à resolução de</p><p>problemas ambientais por meio da mitigação dos efeitos de poluentes. De outro ponto</p><p>de vista, pode-se verificar a compreensão que ressalta a sistematização dos critérios</p><p>ambientais durante todo o processo de desenvolvimento de novas tecnologias. Uma</p><p>tecnologia ambiental, ou seja, uma tecnologia limpa possui requisitos para assim ser</p><p>chamada, dessa forma, é necessário que ela atenda as seguintes características: ser</p><p>sustentável; estar baseada em energia limpa e inesgotável; ser capaz de utilizar os</p><p>recursos na máxima eficiência, possibilitando a reciclagem eficiente; estar associada a</p><p>inteligência artificial, capaz de gerar e interpretar dados e informações, com o objetivo</p><p>de monitoramento e produção de alternativas para o menor impacto ambiental possível.</p><p>Figura 06. Requisitos para tecnologia ambiental</p><p>Fo</p><p>nt</p><p>e:</p><p>e</p><p>la</p><p>bo</p><p>ra</p><p>da</p><p>p</p><p>el</p><p>o</p><p>au</p><p>to</p><p>r</p><p>Entre as conceituações mais apropriadas, Kuehr (2007, p. 57) afirma que:</p><p>[...] as tecnologias ambientais fomentam a melhoria contínua de processos,</p><p>produtos e serviços, por meio da adequada conservação de matérias-primas</p><p>e energia, reduzindo o consumo de substâncias tóxicas, desperdícios de</p><p>recursos naturais e geração de poluição durante o ciclo produtivo.</p><p>U4</p><p>54</p><p>Tecnologias Limpas</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Vachon e Klassen (2007, p. 74) entendem que essa tecnologia possa ser estabelecida,</p><p>a partir de sua “ [...] adoção de técnicas de design, equipamentos e procedimentos</p><p>operacionais que limitam ou reduzem os impactos ambientais de produtos e serviços</p><p>no ambiente natural”.</p><p>Já Chen, Lai e Wen (2006, p. 335) apontam o conceito de tecnologia limpa como “[...]</p><p>hardwares ou softwares que se relacionam com o desenvolvimento de produtos e pro-</p><p>cessos verdes, envolvendo tecnologias que reduzem o consumo de energia, previnem</p><p>a poluição e reciclam os resíduos”.</p><p>Segundo Jabbour (2010, p. 600), o conceito de tecnologia ambiental pode ser constitu-</p><p>ído pelo:</p><p>[...] desenvolvimento de hardwares ou softwares, que, por meio da adoção</p><p>de novos conceitos de design, equipamentos e procedimentos operacionais,</p><p>passa a incorporar práticas de melhoria contínua de seu desempenho am-</p><p>biental, principalmente por utilizar matérias-primas de baixo impacto ambien-</p><p>tal, processá-las de forma eficiente e fomentar o reaproveitamento e mínimo</p><p>desperdício de seus produtos finais, alterando os produtos e processos de</p><p>um dado ciclo produtivo.</p><p>Mazon (1992, p. 88), por outro lado, argumenta que toda tecnologia que possua a</p><p>capacidade de promover a redução do custo de produção de produtos, por meio da</p><p>economia do consumo energético e de matéria-prima, mantendo a competitividade e</p><p>reduzindo ou evitando a produção de resíduos ou rejeito, pode ser considerada uma</p><p>tecnologia limpa. No caso dessa proposta, o conceito de tecnologia limpa está bastante</p><p>vinculado aos benefícios econômicos gerados</p><p>para as organizações. Assim, fica em</p><p>evidência a variedade de conceitos sobre tecnologia limpa, que também podem ser</p><p>entendidos como um conjunto de soluções que viabilizem novos modelos de se pensar</p><p>e de se usar os recursos naturais.</p><p>Posto de modo mais prático, as tecnologias limpas podem ser conceituadas pelos novos</p><p>processos industriais ou pelas alterações realizadas em processos já existentes, com</p><p>o objetivo de promover a menor utilização de matérias-primas, de consumo energético,</p><p>os menores impactos ambientais e, também, a tentativa de minimizar ou, até mesmo,</p><p>zerar os desperdícios.</p><p>O conceito de tecnologia limpa também está associado às ações contínuas dedicadas para</p><p>a melhoria da produção de energia, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa, a conta-</p><p>minação do solo, da água e do ar.</p><p>O Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI, 2013, p. 5) realizou um estudo</p><p>que conceituou as tecnologias limpas como as práticas que previnem ou minimizam</p><p>os problemas no meio ambiente, como o elevado consumo de insumos, de geração de</p><p>resíduos e de poluição. O Cebri (2013, p. 5) apresenta como principal característica</p><p>das tecnologias limpas: os benefícios econômicos em conjunto aos ganhos ambientais,</p><p>já que eles agem para prevenir ou reduzir a poluição ainda na fonte geradora, por meio</p><p>da redução do uso de recursos da natureza.</p><p>55</p><p>U4 Tecnologias Limpas</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Nesse contexto de diversidade de conceitos, pode-se identificar que as tecnologias limpas,</p><p>de forma geral, possuem um conceito amplo e abrangente, porém, se a intenção for obter</p><p>um conceito mais restrito é preciso considerar que, elas devem ser abordadas de forma</p><p>especifica. Em outras palavras, as tecnologias limpas que diminuem o consumo de recursos</p><p>da natureza, causando um menor impacto no meio natural, possuem um conceito diferente</p><p>das tecnologias que estão voltadas à mitigação da poluição gerada no processo produtivo.</p><p>A compreensão, assim, da degradação causada ao meio ambiente é eficaz em justificar</p><p>o desenvolvimento, a ampliação e a dispersão de tecnologias limpas em todas as</p><p>sociedades ao redor do mundo.</p><p>1.2. PRINCIPAIS EXEMPLOS DE TECNOLOGIAS LIMPAS</p><p>A tecnologia limpa é um elemento para promoção da sustentabilidade, que se compro-</p><p>mete com o bem-estar social, econômico e ambiental. Nesse cenário, existem progra-</p><p>mas do governo e organizações não governamentais (ONGs) que apoiam e incentivam</p><p>o desenvolvimento e aplicação de tecnologia limpa.</p><p>Todavia, por ser uma proposta em implantação e que requer investimento financeiro</p><p>que não apresenta um retorno monetário a curto prazo, principalmente no Brasil, muitas</p><p>empresas optam em deixar esse tipo de tecnologia para depois.</p><p>Nesse sentido, alguns excelentes exemplos de tecnologias limpas são obtidos nas áreas de</p><p>produção energética, como a energia solar através dos painéis solares, que podem propiciar</p><p>em pouco tempo a recuperação de todo o dinheiro investido em sua implementação, além</p><p>de promover a médio e longo prazo uma conta de energia elétrica muito baixa.</p><p>Além disso, podemos citar o biocombustível, que, por meio da redução de gases</p><p>poluentes, possibilita uma grande melhoria do ar, ainda sendo renováveis e menos</p><p>prejudiciais ao meio ambiente. Já a energia eólica, a biomassa e a maremotriz também</p><p>são exemplos de tecnologia limpa, fazendo parte, ainda, das fontes energéticas infinitas</p><p>e que não causam degradação à natureza.</p><p>Além das tecnologias voltadas à produção energética, há exemplos relacionados ao</p><p>processo de reciclagem de materiais, ao uso de máquinas para eliminar ou diminuir a</p><p>emissão de gases e de resíduos, entre outras tecnologias limpas.</p><p>SA</p><p>IB</p><p>A</p><p>M</p><p>A</p><p>IS</p><p>Você já parou para pensar que a forma como vivemos deixa marcas no meio ambien-</p><p>te? É isso mesmo, nossa caminhada pela Terra deixa “rastros”, “pegadas”, que podem</p><p>ser maiores ou menores, dependendo de como caminhamos. A Pegada Ecológica,</p><p>por exemplo, é uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia a pressão do</p><p>consumo das populações humanas sobre os recursos naturais. Ela é expressada em</p><p>hectares globais e, dessa forma, permite a comparação de diferentes padrões de con-</p><p>sumo e a verificação se estão dentro da capacidade ecológica do planeta.</p><p>Acesse o link a seguir e calcule a sua pegada ecológica, disponível em: https://www.</p><p>wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/pegada_ecologica/sua_pegada/estilo_vida/.</p><p>Acesso em: 28 fev. 2021.</p><p>https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/pegada_ecologica/sua_pegada/estilo_vida/</p><p>https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/pegada_ecologica/sua_pegada/estilo_vida/</p><p>U4</p><p>56</p><p>Tecnologias Limpas</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Além disso, há tecnologias limpas que podem ser adotadas pelos membros civis da</p><p>sociedade, aqueles que não possuem uma empresa ou são responsáveis por um setor</p><p>industrial para adotar a utilização de Cisternas Domésticas que promovem o reapro-</p><p>veitamento da água da chuva, para descargas e torneiras de jardim, porém, tal ação</p><p>pode exigir uma mudança nos encanamentos do imóvel, mas resultará em uma grande</p><p>economia de água.</p><p>Por exemplo, escolher pela utilização de luzes de LED pode provocar uma intensa redu-</p><p>ção no consumo de energia, pois esse tipo de tecnologia limpa é caracterizado por pro-</p><p>dutos com uma vida útil muito longa, além do baixo consumo para seu funcionamento.</p><p>Embora as tecnologias limpas estejam mais estabelecidas nos países desenvolvidos,</p><p>é possível identificar uma grande capacidade técnico-ambiental no Brasil, mesmo que</p><p>o país não esteja entre as grandes nações desenvolvidas. Nesse sentido, é necessário</p><p>destacar alguns programas internacionais de incentivo às tecnologias limpas, conforme</p><p>o quadro a seguir.</p><p>Tabela 02. Programas de incentivo às tecnologias limpas</p><p>Reino unido WRAP – Waste and Resources Action Programme</p><p>(Programa de Ação em Resíduos e Recursos).</p><p>Etiópia, Vietnã, El Salvador, Cuba,</p><p>Costa Rica, Líbano, Sri Lanka,</p><p>Tanzânia, Quênia e Uganda</p><p>PRE-SME – Promoting Resource Efficiencu in Smes,</p><p>(Promoção da Eficiência de Recursos em Pequenas e Médias Empresas).</p><p>Holanda e outros países da</p><p>União Europeia</p><p>BESS – Benchmarking and Energy Management Schemes in Smes</p><p>(Benchmarking e Esquemas de Gestão Energética em Pequenas e</p><p>Médias Empresas).</p><p>Reino Unido</p><p>East Anglian Waste Minimization in the Food and Drink Industry Project</p><p>(Projeto de Minimização de Resíduos no Setor Alimentício e de Bebi-</p><p>das de East Anglian).</p><p>Colômbia</p><p>CNPMLTA – Centro Nacional de Producción Más Limpia y Tecnologías</p><p>Ambientales</p><p>(Projeto de Redução de Emissões em Tinturarias).</p><p>Fonte: adaptado de Cebri (2013, p. 16-29).</p><p>Os programas apresentados englobam diversas áreas, proporcionando mudanças me-</p><p>todológicas, logísticas, técnicas, instrumentais, entre outras, na busca de benefícios</p><p>econômicos e de melhoria do meio ambiente, de forma concomitante.</p><p>2. O CONCEITO DE P+L E AS ETAPAS E PROCESSOS DE</p><p>SUA IMPLEMENTAÇÃO</p><p>Por meio da produção limpa é possível desenvolver atividades que contribuam positi-</p><p>vamente para o meio ambiente e que amenizem a poluição durante o processo produti-</p><p>vo, e consequentemente reduzam a exploração de recursos da natureza para extração</p><p>de novas matérias-primas, ou seja, muitos materiais que seriam descartados como re-</p><p>57</p><p>U4 Tecnologias Limpas</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>síduos podem apresentar outras utilidades e garantir a eficiência produtiva em diversos</p><p>outros setores.</p><p>Desse modo, é possível conceituar a produção limpa como a tecnologia limpa que con-</p><p>siste na aplicação de uma estratégia econômica, ambiental e técnica, com a finalidade</p><p>de aumentar a eficiência do uso de matérias-primas, possibilitando a não-geração, a</p><p>minimização ou a reciclagem dos resíduos gerados, trazendo assim benefícios para o</p><p>meio ambiente e para a economia dos processos produtivos.</p><p>Outra forma de conceituar a produção mais limpa, ou seja, PmaisL ou P+L, trata-se da:</p><p>[...] aplicação contínua de uma estratégia econômica, ambiental e tecnoló-</p><p>gica</p><p>integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência no</p><p>uso de matérias-primas, água e energia, através da não-geração, minimiza-</p><p>ção ou reciclagem de resíduos gerados em um processo produtivo. (FER-</p><p>NANDES et al., 2001, p. 160)</p><p>A produção limpa apresenta formas de amenizar, ou erradicar, a poluição durante o</p><p>processo de produção e não no final, atender as necessidades de produtos de for-</p><p>ma sustentável, usando com eficiência materiais e energia renováveis, não-nocivas,</p><p>conservando ao mesmo tempo a biodiversidade. Dessa forma, todos os resíduos que</p><p>são gerados em algum processo produtivo custaram dinheiro, pois foram comprados a</p><p>preço de matéria-prima e consumiram insumos como água e energia. Uma vez gera-</p><p>dos, eles continuam a consumir dinheiro, seja sob a forma de gastos de tratamentos e</p><p>armazenamento, seja sob a forma de multas pela falta desses cuidados ou, ainda, pelos</p><p>danos à imagem e à reputação da empresa.</p><p>Essa abordagem assume como pressuposto que a maioria de nossos problemas ambien-</p><p>tais – como o aquecimento global, a poluição e a perda da biodiversidade – são causados</p><p>pela forma e pelo ritmo no qual produzimos e consumimos recursos, extinguindo de forma</p><p>irracional recursos que são fundamentais para a sobrevivência do ser humano e dos demais</p><p>seres vivos existentes.</p><p>Nesse sentido, a produção limpa auxilia no combate do caos que o meio ambiente</p><p>enfrenta, com um planejamento consciente, escolha de materiais que sejam capazes</p><p>de produzir produtos que contribuam de forma positiva para o meio, em que uma vez</p><p>colocados em contato com o ambiente sejam menos agressivos e fáceis de serem re-</p><p>mediados. A produção limpa foi proposta no Programa das Nações Unidas para o Meio</p><p>Ambiente, almejando o auxílio para o desenvolvimento sustentável.</p><p>Dessa forma, a produção limpa não está apenas associada às questões ambientais,</p><p>pois, também atinge as organizações que, por meio da produção limpa, se destacarem</p><p>na sociedade como exemplos competitivos e sustentáveis. O ganho não ocorre somen-</p><p>te em direção ao meio ambiente, já que muitas empresas passam a aplicar uma maior</p><p>eficiência em seus processos, substituindo materiais danosos, gerando menos resíduos</p><p>e promovendo uma melhor imagem perante o cliente.</p><p>Ademais, os bens produzidos de acordo com a produção limpa, geralmente, são ca-</p><p>racterizados por serem constituídos por materiais não tóxicos, reutilizáveis, produzidos</p><p>U4</p><p>58</p><p>Tecnologias Limpas</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>por processos limpos e com baixa utilização de energia, água, matéria-prima, com a</p><p>mínima utilização de embalagens, sendo fácil montar, desmontar, consertar e recicla.</p><p>Causando, assim, o mínimo ou nenhum impacto negativo na natureza, possuindo uma</p><p>destinação final ambientalmente adequada gerida pelo fabricante e presando pela se-</p><p>gurança e saúde do trabalhador.</p><p>2.1. AS ETAPAS DE SUA IMPLEMENTAÇÃO</p><p>As etapas de implementação da produção limpa são específicas e personalizadas para</p><p>cada setor econômico, pois são muitas as possibilidades de ações que podem ser pro-</p><p>movidas. Porém, é possível seguir uma linha de implementação geral, se necessário,</p><p>adequando as necessidades particulares.</p><p>A primeira atitude para a implementação da produção limpa é a realização de uma</p><p>pré-avaliação de toda operação da empresa, verificando a possibilidade de aplicação</p><p>em determinados processos ou setores.</p><p>A segunda atitude se trada da capacitação e da sensibilização dos colaboradores da</p><p>empresa sobre os fundamentos da produção mais limpa, para que o processo seja</p><p>abrangente e efetivo, é preciso que todos estejam empenhados na realização.</p><p>Já a terceira atitude está diretamente ligada aos processos da empresa e ao diag-</p><p>nóstico de impacto ambiental desses processos, por meio da legislação ambiental, a</p><p>fim de compreender o impacto ambiental que os processos podem causar devem ser</p><p>analisados os insumos, os maquinários, a produção, o armazenamento, a logística e o</p><p>tratamento de resíduos, sendo eles sólidos ou líquidos, assim como a análise de emis-</p><p>sões atmosféricas.</p><p>A quarta atitude, então, deve focar na implementação de novas tecnologias que pos-</p><p>sam minimizar o impacto ambiental de todos os tipos de resíduos gerados. Para isso,</p><p>utiliza-se um balanço tecnológico, econômico e ambiental.</p><p>Na sequência, a quinta atitude é identificar as oportunidades para a aplicação da</p><p>produção mais limpa como solução, preferencialmente, nessa etapa se busca interferir</p><p>nos pontos mais alarmantes, que são capazes de causar grande impacto na natureza</p><p>e baixa eficiência produtiva.</p><p>Por fim, a sexta e última etapa trata-se da prevenção da geração dos resíduos, da</p><p>substituição do consumo de determinada matéria-prima, da substituição de tecnologia</p><p>obsoleta ou de processos obsoletos e da substituição de produtos não sustentáveis por</p><p>outros de uma linha sustentável.</p><p>59</p><p>U4 Tecnologias Limpas</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Figura 07. Etapas de implementação</p><p>Pré-avaliação</p><p>Aplicação</p><p>Diagnótico</p><p>Balanço</p><p>Identificação</p><p>Capacitação</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Fo</p><p>nt</p><p>e:</p><p>e</p><p>la</p><p>bo</p><p>ra</p><p>da</p><p>p</p><p>el</p><p>o</p><p>au</p><p>to</p><p>r</p><p>3. A SÉRIE DE NORMAS ISO 14000 E SEUS OBJETIVOS</p><p>Há uma onda crescente de exigências impostas pelos clientes sobre as organizações</p><p>que os atende, entre as quais estão a estabilidade econômica da empresa, sua atuação</p><p>na comunidade e suas ações em defesa da natureza. As empresas que desejam con-</p><p>quistar esse grupo de clientes precisam cumprir com uma série de normas estabeleci-</p><p>das, como a ISO 14000 (BRASIL, 2015a), que representa uma garantia para o cliente</p><p>que a empresa se adequou a determinados padrões.</p><p>Além disso, existem diversos tipos de padrões adotados pelas organizações, a série</p><p>ISO 9000 (ABNT, 2015b), por exemplo, é destinada à gestão da qualidade; enquanto</p><p>a série ISO 17025 (ABNT, 2017) volta-se para certificação de laboratórios; a série ISO</p><p>50001 (ABNT, 2018) é específica para gestão e conservação de energia; e, finalmente,</p><p>a série ISO 14000 (ABNT, 2015a) está vinculada aos sistemas de gestão ambiental.</p><p>Cada uma dessas séries atendem as necessidades das organizações que buscam por</p><p>uma imagem proativa para apresentarem ao público consumidor.</p><p>U4</p><p>60</p><p>Tecnologias Limpas</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Tabela 03. Série ISSO 14000</p><p>ISO 14001: trata do Sistema de Gestão Ambiental (SGA).</p><p>ISO 14004: trata do Sistema de Gestão Ambiental, sendo destinada ao uso interno da Empresa.</p><p>ISO 14010: são normas sobre as Auditorias Ambientais, que asseguram a credibilidade a todo processo</p><p>de certificação ambiental.</p><p>ISO 14031: são normas sobre Desempenho Ambiental.</p><p>ISO 14020: são normas sobre Rotulagem Ambiental.</p><p>ISO 14040: são normas sobre Análise do Ciclo de Vida.</p><p>Fonte: adaptado de Nahuz (1995, p. 63)</p><p>Antes de tratar das normas, devemos conhecer sobre a proposta da ISO, Organização</p><p>Internacional Não Governamental independente, que estabelece padrões para empre-</p><p>sas públicas e privadas. A sigla ISO significa International Organization for Standardi-</p><p>zation, em português, Organização Internacional para Padronização. A organização foi</p><p>criada em 1947 que, no final dos anos 1980, criou um grupo de assessoria dedicado a</p><p>gestão ambiental, a Strategic Advisory Group on the Environment (SAGE). Esse grupo</p><p>reúne diversos especialistas dispostos a contribuir na elaboração de normas internacio-</p><p>nais relevantes para o mercado e efetivas na resolução de problemas.</p><p>A série de padronização internacional ISO 9000 (ABNT, 2015b) integrou padrões relacio-</p><p>nados ao meio ambiente, dando origem, assim, a série ISO 14000 (ABNT, 2015a). Para</p><p>as organizações, essa série de padrões apresenta um conjunto de ferramentas efetivas</p><p>para utilização na avaliação do impacto ambiental gerado pela atividade das organiza-</p><p>ções e, frequentemente, são utilizadas em Sistemas de Gestão Ambiental. O objetivo</p><p>principal da ISO 14000 (ABNT, 2015a) é buscar o equilíbrio ambiental, evitando a poluição</p><p>entre outros problemas causados pela intervenção das organizações na natureza.</p><p>O procedimento de implementação</p><p>da ISO 14000 (ABNT, 2015a) deve ser instruído e</p><p>liderado por um profissional qualificado, que conheça as exigências da série normati-</p><p>va, seja capaz de: promover o treinamento da organização interessada, realizar uma</p><p>revisão dos impactos ambientais causados pela organização contratante e implementar</p><p>um sistema de gestão ambiental, além das demais exigências vinculadas a ISO 14000</p><p>(ABNT, 2015a).</p><p>Nesse viés, é preciso também definir se a organização tem o desejo de simplesmente</p><p>garantir o estabelecimento dos padrões exigidos ou se deseja obter certificações. Em</p><p>ambos os casos, serão necessárias auditorias e revisões periódicas para garantir a</p><p>continuidade da implementação da série, ferramentas de gestão são muito proveitosas</p><p>para a implementação e manutenção dos padrões.</p><p>A ISO 14001 (ABNT, 2015a) é uma das normas do conjunto ISO 14000 (ABNT, 2015a),</p><p>sendo a mais requisitada, pois possibilita certificação dos produtos da empresa que, por</p><p>sua vez, são valorizados e a empresa adquire um grande diferencial de destaque. Além</p><p>disso, o cumprimento da norma auxilia as organizações a cumprirem os regulamentos</p><p>ambientais, estando sempre pronta para a fiscalização, para aquisição de capital, tor-</p><p>nando-se apta a seguradoras e para obtenção de licenças.</p><p>61</p><p>U4 Tecnologias Limpas</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Uma organização certificada pela ISO 14000 (ABNT, 2015a) demonstra comprome-</p><p>timento com a legislação ambiental nacional, além de demonstrar responsabilidade</p><p>social ao capacitar seus colaboradores no aprendizado das normativas. Também de-</p><p>monstra pioneirismo na busca de soluções para seus problemas produtivos e, por fim,</p><p>as séries ISO promovem a visibilidade para as organizações e destacam implantações</p><p>de sistemas avançados de gestão.</p><p>Voltando-se para o contexto nacional, em específico, o Brasil possui uma coletânea de</p><p>normativas relacionadas a série ISO 14000 (ABNT, 2015a), chamada de ABNT NBR</p><p>ISO 14000 (ABNT, 2015a).</p><p>Sugestão: Visita técnica a Natura ou Esmaltec e Podcast com a Natura ou Esmaltec</p><p>U4</p><p>62</p><p>Tecnologias Limpas</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS DO TRABALHO - ABNT. ABNT NBR ISO 14001: sistema de ges-</p><p>tão ambiental. Rio de Janeiro: ABNT, 2015a.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS DO TRABALHO - ABNT. ABNT NBR ISO 9000: sistemas de ges-</p><p>tão da qualidade: fundamentos e vocabulário. Rio de Janeiro: ABNT, 2015b.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS DO TRABALHO - ABNT. ABNT NBR ISO 17025: requisitos gerais</p><p>para competência de laboratórios de ensaio e calibração. Rio de Janeiro: ABNT, 2017.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS DO TRABALHO - ABNT. ABNT NBR ISO 50001: sistemas de</p><p>gestão de energia: requisitos com orientação para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.</p><p>CENTRO BRASILEIRO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS – CEBRI. Inovação Para Pequenas Indústrias.</p><p>Rio de Janeiro, out. 2013. Disponível em: http://www.cebri.org/portal/publicacoes/estudos-e-pesquisas/indic-</p><p>-socioambientais. Acesso em: 5 abr. 2021.</p><p>CHEN, Y.; LAI, S.; WEN, C. The influence of green innovation performance on corporate advantage in Taiwan.</p><p>Journal of Business Ethics, [s.l.], v. 67, p. 331-339, 2006. Disponível em: https://link.springer.com/arti-</p><p>cle/10.1007/s10551-006-9025-5. Acesso em: 10 fev. 2021.</p><p>FERNANDES, J. V. G. et al. Introduzindo práticas de produção mais limpa em sistemas de gestão ambiental</p><p>certificáveis: uma proposta prática. Revista Engenharia Sanitária e Ambiental, Rio de Janeiro, v. 6, n. 3, p.</p><p>157-164, jul./dez. 2001. Disponível em: http://www.abes-dn.org.br/publicacoes/engenharia/resaonline/v6n34/</p><p>v6n34a06.pdf. Acesso em: 15 mar. 2021.</p><p>JABBOUR, C. J. C. Tecnologias ambientais: em busca de um significado. RAP – Revista de Admistração</p><p>Pública, Rio de Janeiro, v. 44, n. 3, p. 591-611, maio/jun. 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rap/</p><p>v44n3/03.pdf. Acesso em: 10 fev. 2021.</p><p>KUEHR, R. Environmental technologies: from a misleading interpretations to an operational categorization</p><p>and definition. Journal of Cleaner Production, [s. l.], v. 15, n. 13–14, p. 1316-1320, set. 2007. Disponível em:</p><p>https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S095965260600268X. Acesso em: 10 fev. 2021.</p><p>MAZON, R. Em direção a um novo paradigma de gestão ambiental – tecnologias limpas ou preven-</p><p>ção da poluição. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 32, n. 2, p. 78-98, abr./</p><p>jun. 1992. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rae/v32n2/a09v32n2.pdf. Acesso em: 10 fev. 2021.</p><p>NAHUZ, M. A. R. O Sistema ISO 14000 e a certificação ambiental. RAE Publicações, São Paulo, v. 35, p.</p><p>55-66, nov./dez. 1995. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rae/v35n6/a07v35n6.pdf. Acesso em: 10 fev.</p><p>2021.</p><p>http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=article%2525255Edlibrary&format=iso.pft&lang=i&nextAction=lnk&indexSearch=AU&exprSearch=JABBOUR,+CHARBEL+JOSE+CHIAPPETTA</p><p>63</p><p>U4 Tecnologias Limpas</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU. Ministério do Meio Ambiente. Agenda 21 e biodiversidade:</p><p>caderno de debate e sustentabilidade. Rio de Janeiro: CM-MED, 1992. Disponível em: https://antigo.mma.</p><p>gov.br/estruturas/agenda21/_arquivos/CadernodeDebates9.pdf. Acesso em: 10 fev. 2021.</p><p>SOUZA, C. B. P. de. Produção Mais Limpa (P+L) – O pouco que você precisa saber. Portogente, jun. 2020.</p><p>Disponível em: https://portogente.com.br/portopedia/112370-producao-mais-limpa-pml-o-pouco-que-voce-</p><p>-precisa-saber. Acesso em: 10 fev. 2021.</p><p>VACHON, S.; KLASSEN, R. D. Supply chain management and environmental technologies: the role of integra-</p><p>tion. International Journal of Production Research, [s. l.], v. 42, n. 2, p. 401-423, 22 fev. 2007. Disponível</p><p>em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/00207540600597781. Acesso em: 10 fev. 2021.</p><p>Tecnologia e o pensamento científico na história</p><p>2. Tecnologia e o pensamento científico na Pré-História</p><p>3. Tecnologia e o pensamento científico na Idade Antiga</p><p>4. Tecnologia e o pensamento científico na Idade Média</p><p>5. Tecnologia e o pensamento científico na</p><p>Idade Moderna</p><p>6. Tecnologia e o pensamento científico na</p><p>Idade Contemporânea</p><p>7. Grandes desastres ambientais contemporâneos</p><p>A tecnologia e o uso dos Recursos Naturais</p><p>2. Questão ambiental e produção tecnológica</p><p>3. O papel da tecnologia no âmbito dos recursos naturais</p><p>Processos tecnológicos e seus resíduos</p><p>2. Classificações de resíduos, dentre eles, os resíduos industriais</p><p>3. Normas e métodos de descarte de resíduos no ambiente, com foco nos resíduos industriais</p><p>Tecnologias Limpas</p><p>2. O CONCEITO DE P+L E AS ETAPAS E PROCESSOS DE</p><p>SUA IMPLEMENTAÇÃO</p><p>3. A SÉRIE DE NORMAS ISO 14000 E SEUS OBJETIVOS</p><p>Ecoeficiência</p><p>2. Quais são as aplicações da ecoeficiência?</p><p>3. Exemplos de medidas ecoeficientes</p><p>Desempenho Ambiental</p><p>e Benchmarking</p><p>2. A implementação do Desempenho Ambiental e o conceito de indicadores e seus tipos</p><p>3. O histórico evolutivo geral das ações de benchmarking. Os tipos de benchmarking e suas vantagens e desvantagens. Benchmarking ambiental</p><p>Sustentabilidade Ambiental – Programas e Rotulagem</p><p>2. As diferenças entre eco-labelling</p><p>e eco-certification</p><p>3. Os tipos de programas de rotulagem ambiental</p><p>4. Os tipos de selo emitidos e as partes envolvidas</p><p>5. Exemplos de programas de rotulagem</p><p>6. Rotulagem ambiental no Brasil</p><p>Avaliação de Ciclo de Vida: Economia Circular</p><p>2. Histórico da Avaliação de Ciclo de Vida</p><p>3. Etapas na metodologia de Avaliação de Ciclo de Vida</p><p>Tecnologias aplicadas a prevenção e tratamento de corpos hídricos</p><p>2. Infraestrutura verde-azul</p><p>3. Tecnologias aplicadas ao tratamento de afluentes e efluentes</p><p>Tecnologias aplicadas ao controle e tratamento da poluição do ar e do solo</p><p>2. Multiciclones, lavadores de gás e filtros de manga</p><p>3. Biorremediação</p><p>Tecnologias aplicadas a gestão energética</p><p>2. Tecnologias com baixa emissão de carbono</p><p>3. Matriz energética nacional e o crescimento do consumo energético vinculado à crescente demanda tecnológica nos centros urbanos</p><p>Cidades Inteligentes</p><p>“Smart Cities”</p><p>2. Tecnologia de informação e comunicação</p><p>3. Sistemas de informação</p>

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