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<p>2015</p><p>1. Uma paciente de 24 anos, solteira,</p><p>primigesta, comparece à Unidade</p><p>Básica de Saúde para sua primeira</p><p>consulta de pré-natal. O tempo de</p><p>amenorreia é de 14 semanas. Queixa-se</p><p>de náuseas e vômitos frequentes,</p><p>principalmente no período da manhã.</p><p>Refere que os sintomas vêm piorando</p><p>desde que soube estar grávida. O</p><p>exame físico geral está normal e o</p><p>exame obstétrico é compatível com os</p><p>de uma gestação de 14 semanas. As</p><p>náuseas e os vômitos na forma descrita</p><p>pela paciente</p><p>A) constituem sintomas precoce de</p><p>gravidez múltipla, de modo que a</p><p>principal medida no momento é</p><p>aguardar o resultado da</p><p>ultrassonografia para verificar</p><p>gemelaridade.</p><p>B) são sinais de alerta para problemas</p><p>como a neoplasia trofoblástica</p><p>gestacional, sendo recomendada a</p><p>utilização de antieméticos e</p><p>monitorização dos níveis de</p><p>gonadotrofina coriônica.</p><p>C) ocorrem em razão do aumento do</p><p>volume uterino e os sintomas são</p><p>progressivos na gestação. Deve-se</p><p>evitar alimentos no período da manhã e</p><p>recomendar repouso após as refeições.</p><p>D) constituem manifestações</p><p>frequentes no início da gravidez, que se</p><p>dá em razão de alterações hormonais,</p><p>de forma que os sintomas reduzirão</p><p>com o tempo. A alimentação deve ser</p><p>em pequenas quantidades e várias</p><p>vezes ao dia.</p><p>CCQ: Saber a conduta inicial frente às</p><p>náuseas e vômitos gestacionais</p><p>Não é frequente que as bancas cobrem</p><p>a conduta frente aos sinais e sintomas</p><p>de presunção de gravidez, como as</p><p>náuseas e vômitos. No entanto, vamos</p><p>aproveitar a oportunidade para revisar</p><p>um pouco sobre o tema.</p><p>As náuseas e vômitos gestacionais são</p><p>um dos sintomas mais comuns</p><p>relacionados à gestação. Ocorrem</p><p>principalmente no primeiro trimestre,</p><p>com um pico de incidência entre 10 e 16</p><p>semanas. A causa não é bem definida,</p><p>mas existe a teoria de que os altos níveis</p><p>hormonais, principalmente do HCG,</p><p>estrogênio e progesterona, estejam</p><p>envolvidos na ocorrência de náuseas e</p><p>vômitos.</p><p>A conduta é tentar reduzir a ocorrência</p><p>desses sintomas, permitindo a</p><p>adequada nutrição da gestante, sendo</p><p>que aumentar a ingesta hídrica,</p><p>fracionar e aumentar a frequência da</p><p>alimentação, de forma a evitar longos</p><p>períodos de jejum, são medidas que</p><p>auxiliam no controle, além da</p><p>prescrição de antieméticos quando</p><p>necessário. A tendência é que esses</p><p>sintomas reduzam de forma</p><p>significativa e até desapareçam por</p><p>volta das 20 semanas.</p><p>Como um algo a mais, vamos aproveitar</p><p>para relembrar que é importante ficar</p><p>atento(a) ao diagnóstico diferencial</p><p>com hiperêmese gravídica (HG), uma</p><p>condição mais grave, que exige</p><p>hospitalização para o tratamento</p><p>adequado. A HG caracteriza-se por</p><p>vômitos contínuos e intensos que</p><p>impedem a alimentação da gestante,</p><p>ocasionando desidratação, oligúria,</p><p>perda de peso (maior ou igual a 5% do</p><p>peso pré-gravídico) e transtornos</p><p>metabólicos.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Assim como</p><p>as náuseas e vômitos constituem</p><p>sintomas de presunção de gravidez com</p><p>feto único, também é um sintoma nas</p><p>múltiplas e inclusive pode estar um</p><p>pouco mais exacerbado nessa condição.</p><p>No entanto, não é um indicativo de que</p><p>a gestação necessariamente seja</p><p>múltipla.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A neoplasia</p><p>trofoblástica gestacional geralmente</p><p>cursa com níveis elevados de HCG e</p><p>com náuseas e vômitos intensos, até</p><p>quadros de hiperêmese gravídica. A</p><p>forma como os sintomas foram</p><p>descritos nessa paciente, sem</p><p>indicações de alterações orgânicas, nos</p><p>indicam náuseas e vômitos comuns de</p><p>uma gestação de risco habitual.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A teoria mais</p><p>aceita é de que ocorrem pelo aumento</p><p>expressivo dos níveis hormonais, não do</p><p>volume uterino. Além disso, a</p><p>orientação é evitar período de jejum,</p><p>não incentivar um jejum matinal.</p><p>Alternativa D - Correta: Conforme já</p><p>discutido acima.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>_________________________________</p><p>2. Questão anulada</p><p>A) A - item anulado</p><p>B) B - item anulado</p><p>C) C - item anulado</p><p>D) D - item anulado</p><p>3. Um adolescente, com 15 anos de</p><p>idade, procurou a Unidade de Pronto</p><p>Atendimento relatando febre e dores</p><p>que começaram nos joelhos, mas já</p><p>atingem os tornozelos. Apresentou</p><p>quadro de amigdalite purulenta há três</p><p>semanas. Ele relatou, também, que</p><p>teve diagnóstico de febre reumática há</p><p>três anos, mas não está usando a</p><p>penicilina benzatina prescrita. Ao</p><p>exame físico: febril (T = 38,7 oC);</p><p>ausculta cardíaca: taquicardia</p><p>persistente e sopro de regurgitação</p><p>mitral intenso, associado a sopro</p><p>aórtico diastólico. O ECG mostrou</p><p>extrassístoles, alterações de ST-T, baixa</p><p>voltagem e prolongamento dos</p><p>intervalos PR e QTc. Considerando os</p><p>Critérios de Jones modificados e o</p><p>quadro descrito, o paciente</p><p>A) não preenche os critérios de Jones</p><p>pela ausência de eritema marginado e</p><p>de nódulos subcutâneos.</p><p>B) não apresenta diagnóstico de febre</p><p>reumática, pois não está presente a</p><p>Coreia de Sydenham, que é um critério</p><p>maior.</p><p>C) apresenta novo episódio de febre</p><p>reumática, pois estão presentes os</p><p>seguintes critérios maiores: artralgia,</p><p>febre e intervalo PR prolongado no ECG</p><p>D) apresenta recorrência de febre</p><p>reumática, com doença cardíaca</p><p>reumática estabelecida e mais dois</p><p>critérios menores, além da evidência de</p><p>infecção estreptocócica anterior.</p><p>CCQ: Conhecer o quadro clínico e os</p><p>critérios de Jones para a febre</p><p>reumática</p><p>Fala pessoal! Questão clássica de prova</p><p>sobre febre reumática, vamos</p><p>aproveitar para revisar os critérios de</p><p>Jones!</p><p>Critérios de Jones:</p><p>Maiores:</p><p>• J: Joints ( articulações ): Artrite</p><p>ou poliartralgia</p><p>• O: S2 lembre deste O como um</p><p>coração! Pois ele se refere a</p><p>cardite</p><p>• N: Nódulos subcutâneos</p><p>• E: Eritema marginado</p><p>• S: Sydeham ( coreia de</p><p>Sydenham )</p><p>Menores:</p><p>• PCR > 3,0 e VHS > 30,0</p><p>• PR alargado ( > 150ms )</p><p>• Monoartralgia</p><p>• Febre</p><p>Lembre-se que necessitamos para</p><p>confirmar o diagnóstico comprovar a</p><p>infecção passada por Streptococcus do</p><p>grupo A ( pyogenes ).</p><p>Nosso paciente já tem história de febre</p><p>reumática, além disso, ele não faz a</p><p>profilaxia, tem relato de amigdalite</p><p>purulenta há 3 semanas, apresenta</p><p>febre, poliartralgia, evidências de</p><p>cardite e prolongamento do PR! Ou</p><p>seja, é muito provável o diagnóstico de</p><p>recorrência de febre reumática!</p><p>A [Alternativa C - Incorreta] Peca por</p><p>falar que os citados, são critérios</p><p>maiores, quando eles são menores!</p><p>[Alternativa A - Incorreta] e [Alternativa</p><p>B - Incorreta] Pois citam que não tem</p><p>critérios para FR.</p><p>Nos resta a [Alternativa D - Correta].</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa D.</p><p>_________________________________</p><p>4. Em uma cidade, ocorreram vários</p><p>casos de uma doença de notificação</p><p>compulsória, suficientes para</p><p>ultrapassar o limite endêmico superior</p><p>em determinado período. A equipe da</p><p>Vigilância Epidemilógica, após realizar</p><p>investigação, elaborou o gráfico</p><p>ilustrado a seguir, que considera a</p><p>distribuição do número de casos (eixo</p><p>vertical) em função do tempo (eixo</p><p>horizontal), além do período máximo de</p><p>incubação desta doença (linha mais</p><p>espessa, abaixo do eixo horizontal).</p><p>Com base nos dados apresentados,</p><p>como deveria ser caracterizada essa</p><p>epidemia?</p><p>A) Exposição maciça, de fonte comum e</p><p>prolongada.</p><p>B) Exposição maciça, de fonte comum,</p><p>curta duração ou explosiva.</p><p>C) Exposição múltipla, epidemia</p><p>progressiva ou propagada.</p><p>D) Exposição maciça, de fonte múltipla,</p><p>seguida de casos secundários.</p><p>CCQ: Entender que a curva de casos</p><p>de uma epidemia explosiva se</p><p>apresenta com rápido aumento e</p><p>rápida diminuição, com fim dentro do</p><p>período máximo de incubação</p><p>Pessoal, temos aqui uma questão que</p><p>aborda os tipos de evolução de uma</p><p>epidemia com a progressão do tempo,</p><p>um assunto interessante que, apesar de</p><p>não ser tão comum nas questões,</p><p>depois de uma rápida explicação você</p><p>não errará mais. Vamos lá?</p><p>Iremos usar as próprias alternativas</p><p>o</p><p>benefício e minimizar o prejuízo. O</p><p>profissional deve ter a maior convicção</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=ehX813iLFmHcEwwvr8fj</p><p>e informação técnica possíveis que</p><p>assegurem ser o ato médico benéfico ao</p><p>paciente (ação que faz o bem).</p><p>Como o princípio da beneficência</p><p>proíbe infligir dano deliberado, esse</p><p>fato é destacado pelo princípio da não-</p><p>maleficência. Esse estabelece que a</p><p>ação do médico sempre deve causar o</p><p>menor prejuízo ou agravos à saúde do</p><p>paciente (ação que não faz o mal). É</p><p>universalmente consagrado através do</p><p>aforismo hipocrático primum non nocere</p><p>(primeiro não prejudicar), cuja</p><p>finalidade é reduzir os efeitos adversos</p><p>ou indesejáveis das ações diagnósticas</p><p>e terapêuticas no ser humano.</p><p>O princípio da justiça estabelece como</p><p>condição fundamental a equidade:</p><p>obrigação ética de tratar cada indivíduo</p><p>conforme o que é moralmente correto e</p><p>adequado, de dar a cada um o que lhe é</p><p>devido. O médico deve atuar com</p><p>imparcialidade, evitando ao máximo</p><p>que aspectos sociais, culturais,</p><p>religiosos, financeiros ou outros</p><p>interfiram na relação médico-paciente.</p><p>Os recursos devem ser</p><p>equilibradamente distribuídos, com o</p><p>objetivo de alcançar, com melhor</p><p>eficácia, o maior número de pessoas</p><p>assistidas.</p><p>Em relação à divulgação de fotos,</p><p>vamos ver o que o CRM e o Código de</p><p>Ética Médica dizem a respeito:</p><p>Antes X Depois:</p><p>Quando determinados procedimentos</p><p>e terapias têm resultados visíveis, como</p><p>tratamentos dermatológicos e de</p><p>emagrecimento, é grande a vontade de</p><p>divulgar para estimular mais pessoas a</p><p>se cuidarem, não é mesmo?</p><p>• Entretanto, o Artigo 13 da</p><p>Resolução 2.126/2015 veta a</p><p>publicação de fotos de “Antes</p><p>X Depois” como publicidade</p><p>médica nas redes sociais e em</p><p>outros meios.</p><p>• E, mesmo que o paciente</p><p>autorize, essa prática não pode</p><p>ser feita, inclusive para mostrar</p><p>métodos ou técnicas utilizadas</p><p>no tratamento.</p><p>• A conduta pode ser</p><p>caracterizada como uma</p><p>tentativa de autopromoção, o</p><p>que pode levar à concorrência</p><p>desleal.</p><p>• Além disso, podem ser</p><p>investigadas pelo CRM</p><p>situações em que paciente ou</p><p>terceiros publicam “Antes X</p><p>Depois” para promover</p><p>determinado profissional da</p><p>Medicina.</p><p>Agora, vamos dar uma olhada nas</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: O TCLE não</p><p>isenta o médico de responsabilidades,</p><p>apenas conscientiza o paciente dos</p><p>potenciais riscos. No entanto, casos de</p><p>negligência, falta de assistência, erro</p><p>médico e outras falhas podem e devem</p><p>ser questionadas e investigadas.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Enquanto</p><p>chefe da equipe e responsável pelo</p><p>paciente, o médico pode ser</p><p>responsabilizado pela falha destes,</p><p>sempre que se trata de algo evitável.</p><p>Alternativa C - Correta: Isso mesmo.</p><p>Os princípios bioéticos devem nortear</p><p>todos os procedimentos e práticas</p><p>médicas.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Apesar de a</p><p>paciente estar consciente dos riscos, o</p><p>médico é responsável, ainda, por seguir</p><p>todos os princípios éticos no</p><p>atendimento e em procedimentos.</p><p>Portanto, a resposta é a alternativa C.</p><p>_________________________________</p><p>23. Uma lactente de 8 meses, nascida</p><p>prematuramente com 32 semanas de</p><p>gestação, é atendida no pronto-socorro</p><p>com história de tosse há três dias. A</p><p>mãe relata que, hoje, a criança está</p><p>mais pálida, sonolenta e com</p><p>dificuldades para respirar, a ponto de</p><p>impedir a ingestão de alimentos. Ao</p><p>exame físico, a lactente apresenta-se</p><p>irritada, em regular estado geral,</p><p>cianótica, afebril, com sibilância e</p><p>frequência respiratória aumentada para</p><p>a idade, com tiragem intercostal e</p><p>subcostal. A radiografia de tórax na</p><p>posição anteroposterior está</p><p>reproduzida a seguir. Qual a conduta</p><p>apropriada nessa situação?</p><p>A) Determinar internação para iniciar</p><p>oxigenioterapia devido aos sinais de</p><p>gravidade.</p><p>B) Determinar internação para início</p><p>imediato de antibioticoterapia de</p><p>amplo espectro.</p><p>C) Administrar corticosteroides e</p><p>broncodilatadores e manter em</p><p>observação no Pronto Socorro.</p><p>D) Recomendar retorno ao domicílio,</p><p>tendo em vista que a família possui</p><p>inalador para uso da medicação.</p><p>CCQ: O tratamento da bronquiolite</p><p>viral é de suporte, com hidratação e</p><p>oxigenioterapia</p><p>Aluno Aristo, grave esse CCQ com</p><p>carinho! O tratamento da bronquiolite é</p><p>frequentemente cobrado em prova e</p><p>exige que você se lembre de apenas</p><p>alguns detalhes. Vamos recordar</p><p>juntos?</p><p>O enunciado nos apresenta um lactente</p><p>de 8 meses com um quadro clínico de</p><p>infecção das vias aéreas inferiores,</p><p>caracterizado por tosse, dificuldade de</p><p>respirar e alimentar, sonolência, além</p><p>de estar cianótico e pálido. Poderíamos</p><p>estar diante de uma pneumonia</p><p>bacteriana ou bronquiolite viral, mas a</p><p>ausência de febre e a presença de sibilos</p><p>torna a primeira hipótese improvável.</p><p>A bronquiolite viral aguda é a infecção</p><p>de vias aéreas inferiores mais comum</p><p>em lactentes cujo principal agente</p><p>etiológico é o vírus sincicial respiratório.</p><p>• O quadro clínico inicia com</p><p>rinorreia, tosse e febre baixa,</p><p>podendo evoluir para</p><p>dificuldade respiratória</p><p>(dispneia, taquipneia) associada</p><p>a sinais de obstrução brônquica</p><p>e sibilância.</p><p>• A radiografia de tórax costuma</p><p>apresentar hiperinsuflação e</p><p>infiltrados peribrônquicos.</p><p>Assim, é evidente que as manifestações</p><p>clínicas e a radiografia em questão são</p><p>compatíveis com o quadro de</p><p>bronquiolite, sendo necessário instituir</p><p>o tratamento.</p><p>O tratamento da bronquiolite é de</p><p>suporte, com oxigenioterapia e</p><p>hidratação (não vigorosa), visto que não</p><p>há medicação específica capaz de</p><p>mudar a progressão do quadro.</p><p>Agora que revisamos, vamos avaliar as</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta: Como há sinais</p><p>de gravidade (cianose, esforço</p><p>respiratório, sonolência, dificuldade</p><p>para alimentar, palidez), a internação</p><p>hospitalar se torna obrigatória. O</p><p>tratamento é essencialmente de</p><p>suporte e, nos casos de insuficiência</p><p>respiratória, pode ser necessária a</p><p>intubação orotraqueal.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Como se</p><p>trata de uma bronquiolite viral, não há</p><p>indicação de antibiótico. No caso de</p><p>pneumonia bacteriana, a febre</p><p>permaneceria elevada e a radiografia de</p><p>tórax apresentaria consolidação, o que</p><p>não é o caso.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Os</p><p>corticoides e broncodilatadores não</p><p>devem ser administrados em</p><p>bronquiolites, estando reservados para</p><p>casos em que há broncoconstrição por</p><p>um processo inflamatório, e não viral.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Estamos</p><p>diante de uma criança com claros sinais</p><p>de gravidade e, portanto, ela deve ser</p><p>tratada dentro do ambiente hospitalar.</p><p>Sendo assim, a letra correta é a A</p><p>_________________________________</p><p>24. Uma menina de 7 anos de idade é</p><p>trazida pela mãe à Unidade Básica de</p><p>Saúde com queixa de prurido na região</p><p>genital há duas semanas que se mostra</p><p>mais intenso à noite. A mãe relata que</p><p>uma menina da mesma idade, que mora</p><p>na casa ao lado, tem apresentado</p><p>sintomas semelhantes. Ao exame,</p><p>detectou-se ausência de sangramento</p><p>ou corrimento e que a membrana</p><p>himenal está íntegra. Nota-se apenas a</p><p>presença de eritema na região vulvar e</p><p>perianal. Quais são, respectivamente, a</p><p>hipótese diagnóstica e a conduta a ser</p><p>adotada nesse caso?</p><p>A) Enterobiose; receitar mebendazol</p><p>oral.</p><p>B) Herpes genital; investigar violência</p><p>sexual.</p><p>C) Candidíase vulvovaginal; receitar</p><p>antifúngico tópico.</p><p>D) Vulvovaginite bacteriana</p><p>inespecífica; orientar higiene.</p><p>CCQ: Saber que a enterobíase cursa</p><p>com prurido anal que piora no período</p><p>noturno</p><p>Temos aqui uma questão bem bacana</p><p>que trouxe um caso clínico e avaliou sua</p><p>capacidade de identificar e tratar uma</p><p>das parasitoses mais comuns na</p><p>pediatria: a enterobíase.</p><p>A enterobíase, também conhecida</p><p>como oxiuríase, é causada pelo</p><p>Enterobius vermicularis um pequeno</p><p>filarioide esbranquiçado. A transmissão</p><p>dessa doença é fecal-oral pela ingestão</p><p>de ovos embrionados, ovos</p><p>esses que</p><p>são depositados na região anal e</p><p>perineal durante a noite pelas fêmeas</p><p>do verme.</p><p>A principal manifestação clínica dos</p><p>pacientes é o prurido anal com piora</p><p>noturna. Eventualmente, nas meninas,</p><p>pode ocorrer invasão genital com</p><p>produção de corrimento. O diagnóstico</p><p>é realizado principalmente pela</p><p>combinação da clínica com a</p><p>epidemiologia (no nosso caso temos 2</p><p>crianças com os mesmos sintomas).</p><p>Podemos usar a técnica da fita gomada</p><p>(método de Graham) para um</p><p>diagnóstico definitivo.</p><p>Alternativa A - Correta: A partir de</p><p>nossa revisão, podemos perceber que</p><p>se trata de um caso de enterobíase. O</p><p>tratamento pode ser feito com</p><p>mebendazol por 3 dias ou albendazol</p><p>dose única.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A herpes</p><p>genital cursa com lesões vesiculares que</p><p>causam dor/prurido na região genital.</p><p>Não parece ser o caso da paciente.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A candidíase</p><p>vulvovaginal cursa normalmente com</p><p>corrimento esbranquiçado com aspecto</p><p>de “coalhada” e prurido abundante (em</p><p>qualquer hora do dia). Lembre que essa</p><p>doença não é uma infecção</p><p>sexualmente transmissível e pode</p><p>acometer meninas, principalmente no</p><p>verão com o uso prolongado de vestes</p><p>molhadas. Contudo, não parece ser o</p><p>caso da nossa paciente.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Assim como</p><p>na candidíase, a vulvovaginite cursaria</p><p>com algum tipo de corrimento vaginal.</p><p>Logo não é nosso diagnóstico principal.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa A.</p><p>_________________________________</p><p>25. Uma paciente de 37 anos de idade</p><p>encontra-se internada em hospital de</p><p>referência há dois dias, com diagnóstico</p><p>clínico e laboratorial de pancreatite</p><p>aguda leve. Nega quadro semelhante</p><p>previamente. O ultrassom abdominal</p><p>realizado na admissão mostrou</p><p>colelitíase (cálculos múltiplos) sem</p><p>dilatação de vias biliares intra e extra</p><p>hepáticas. Os exames séricos realizados</p><p>na admissão mostraram: hemoglobina</p><p>= 12 g/dL (valor normal = 11 a 15 g/dL);</p><p>hematócrito = 36% (valor normal = 35 a</p><p>45%); glóbulos brancos (GB) = 11.000</p><p>mm3 (9% de bastonetes e 80% de</p><p>segmentados - valores normais: GB</p><p>entre 4.000 e 11.000 mm3 com menos</p><p>de 10% de bastonetes); amilase = 2.120</p><p>mg/dL (até 120 mg/dL); TGO = 76 (até</p><p>40 mg/dL); TGP = 60 (até 25 mg/dL);</p><p>bilirrubina total = 0,6 (até 0,8 mg/dL);</p><p>bilirrubina direta = 0,4 (até 0,5 mg/dL);</p><p>sódio = 134 mEq/L (valor normal entre</p><p>135 e 145 mEq/L) e potássio = 3,6 mEq/L</p><p>(valor normal entre 3,5 e 4,5 mEq/L).</p><p>Com o tratamento instituído, houve</p><p>melhora quase completa da dor</p><p>abdominal e a paciente teve boa</p><p>aceitação da dieta que foi liberada. Qual</p><p>a próxima etapa que deveria ser</p><p>adotada no planejamento terapêutico</p><p>dessa paciente?</p><p>A) Agendamento de colecistectomia</p><p>nessa mesma internação pelo risco de</p><p>recorrência da pancreatite.</p><p>B) Colecistectomia em um período de</p><p>até três meses para permitir que o</p><p>processo inflamatório regrida</p><p>completamente.</p><p>C) Agendamento de colangiografia</p><p>endoscópica retrógada para avaliação</p><p>do colédoco como preparo para</p><p>colecistectomia.</p><p>D) Alta hospitalar com retorno</p><p>ambulatorial e colecistectomia, se</p><p>houver mais um episódio de pancreatite</p><p>aguda nos próximos doze meses.</p><p>CCQ: Todo paciente com pancreatite</p><p>aguda biliar deve ser submetido a</p><p>colecistectomia na mesma internação</p><p>Temos uma paciente de 37 anos com</p><p>diagnóstico de pancreatite aguda biliar</p><p>leve.</p><p>A pancreatite aguda é confirmada pelo</p><p>quadro clínico típico (dor epigástrica em</p><p>barra, náuseas e vômitos) associado a</p><p>aumento de lipase e amilase em 3x o</p><p>limite superior da normalidade.</p><p>As principais causas são a litíase biliar</p><p>(25-50%) e o álcool (5-10%), sendo a</p><p>primeira confirmada no enunciado pela</p><p>presença de cálculos na vesícula biliar,</p><p>sem outros dados que levem a outra</p><p>etiologia. Isso decorre de uma</p><p>obstrução transitória da ampola de</p><p>Vater por um cálculo, aumentando a</p><p>pressão intraductal no pâncreas</p><p>levando a lesão celular e decorrente</p><p>ativação enzimática, com toda a</p><p>fisiopatologia da pancreatite.</p><p>Alternativa A - CORRETA e</p><p>alternativas B e D - INCORRETAS:</p><p>Devido ao alto índice de recorrência do</p><p>quadro na permanência da litíase, todo</p><p>paciente com pancreatite aguda por</p><p>causa biliar deve ser submetido a</p><p>colecistectomia semieletiva, antes da</p><p>alta hospitalar e depois da resolução do</p><p>quadro agudo.</p><p>Alternativa C - INCORRETA: Devido ao</p><p>alto risco de coledocolitíase, deve haver</p><p>exploração do colédoco intraoperatória</p><p>e complementação PÓS-OPERATÓRIA</p><p>com CPRE e papilotomia caso a</p><p>exploração revele cálculos no colédoco.</p><p>Por que motivo a pancreatite aguda</p><p>dessa paciente foi classificada como</p><p>leve?</p><p>• Menos do que 3 critérios de</p><p>Ranson positivos e APACHE II <</p><p>8;</p><p>• Ausência de complicações</p><p>orgânicas sistêmicas.</p><p>Como o escore APACHE II é complexo e</p><p>fora do escopo das provas, tente ver</p><p>somente os critérios de Ranson e</p><p>enxergar que a paciente da questão não</p><p>possui nenhum destes critérios na</p><p>admissão. Nesse caso, o tratamento é</p><p>feito apenas com analgesia,</p><p>hidratação venosa e controle</p><p>hidroeletrolítico e ácido-básico.</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa A.</p><p>_________________________________</p><p>26. Uma mulher de 16 anos de idade,</p><p>parda, foi avaliada em um ambulatório</p><p>de atenção especializada por</p><p>apresentar fraqueza, cansaço e</p><p>episódios de dores musculares e</p><p>articulares, principalmente em mãos e</p><p>pés. Ela relata apresentar o quadro</p><p>desde a infância, com crises frequentes</p><p>de dor de início súbito. Ao exame físico</p><p>apresentava-se com mucosas</p><p>hipocoradas e escleróticas ictéricas,</p><p>além de edema de articulações de mãos</p><p>e pés. Os sinais vitais aferidos</p><p>mostraram pressão arterial = 90 x 50</p><p>mmHg; frequência cardíaca = 108 bpm;</p><p>frequência respiratória = 18 irpm e</p><p>temperatura axilar = 37,1 oC. Os exames</p><p>laboratoriais iniciais revelaram:</p><p>Hemoglobina = 8,3 g/dL (VR = 11,5 - 15</p><p>g/dL); Hematócrito = 25,2% (VR = 35 -</p><p>45%); VCM = 90 fL (VR = 80 – 96 fL);</p><p>Leucócitos = 7.500/mm 3 , com</p><p>contagem diferencial normal;</p><p>Plaquetas = 197.000/mm 3 (VR =</p><p>100.000 - 400.000 mm 3 ) ; Reticulócitos</p><p>= 7,4% (VR = 0,5 – 1,5%); Desidrogenase</p><p>láctica = 870 U/L (VR = 240 – 480 U/L);</p><p>Aspartato aminotransferase = 52 U/L</p><p>(VR = até 38 U/L). Com base no quadro</p><p>descrito, qual exame complementar</p><p>deveria ser realizado a fim de se obter o</p><p>provável diagnóstico etiológico?</p><p>A) Teste de Coombs direto.</p><p>B) Hematoscopia de sangue periférico.</p><p>C) Teste de solubilidade da</p><p>hemoglobina.</p><p>D) Cromatografia líquida de alto</p><p>desempenho.</p><p>CCQ: Saber como fazer diagnóstico de</p><p>anemia falciforme</p><p>Fala, mentorando! Questão um pouco</p><p>mais complexa sobre anemia</p><p>falciforme, então bora lá entender isso!</p><p>Paciente adolescente com queixa de</p><p>fraqueza, cansaço e dores</p><p>principalmente em mãos e pés. Mais</p><p>um dado importante: apresenta o</p><p>quadro desde a infância! Opa, então é</p><p>algo de muito tempo! Vamos seguir</p><p>com o exame: paciente apresenta</p><p>mucosas hipocoradas e escleróticas</p><p>ictéricas (opa, será que é hemólise?),</p><p>taquicárdica, e a Hb está 8,3 g/dL</p><p>(anêmica). Agora veja os reticulócitos:</p><p>estão elevados - ou seja, é uma anemia</p><p>hiperproliferativa! Temos ainda um</p><p>LDH (desidrogenase láctica elevada), o</p><p>que nos faz pensar em hemólise.</p><p>Agora vem a pergunta: o que pode levar</p><p>uma paciente com anemia</p><p>hiperproliferativa a ter crises dolorosas</p><p>desde a infância? Agora ficou fácil, não</p><p>é? Só faltou a banca colocar o dado de</p><p>asplenia (maioria perde a função do</p><p>baço até as 5 anos de idade).</p><p>Então nossa principal hipótese é a</p><p>famosa anemia falciforme, o que</p><p>explicaria os sintomas da paciente - mas</p><p>o diagnóstico não é com eletroforese de</p><p>hemoglobina? Sim, você está certo se</p><p>pensou nisso! Mas ué... Não temos essa</p><p>alternativa!</p><p>Pois é, agora é hora de você expandir</p><p>seus conhecimentos. Ela pode ser</p><p>diagnosticada por:</p><p>• Eletroforese de hemoglobina</p><p>(mais utilizado)</p><p>• Focalização isoelétrica</p><p>• Cromatografia líquida de alto</p><p>desempenho</p><p>E aí está a nossa resposta! Portanto, o</p><p>gabarito é alternativa D</p><p>_________________________________</p><p>27. O gráfico a seguir mostra a evolução</p><p>da mortalidade infantil em determinada</p><p>região, ao longo do tempo,</p><p>discriminando seus dois compontentes:</p><p>a mortalidade infantil neonatal e a</p><p>mortalidade infantil pós-neonatal ou</p><p>tardia. Gráfico 1 - Mortalidade Infantil</p><p>em determinada região e componentes</p><p>em um período histórico e região.A</p><p>análise do gráfico revela o padrão de</p><p>evolução de uma região</p><p>A) em desenvolvimento, com queda da</p><p>mortalidade infantil representada pela</p><p>linha verde, às custas do componente</p><p>neonatal (linha azul) e pós-neonatal</p><p>(linha vermelha).</p><p>B) desenvolvida, com estabilização da</p><p>mortalidade infantil representada pela</p><p>linha azul, às custas dos componentes</p><p>neonatal (linha verde) e pós-neonatal</p><p>(linha vermelha).</p><p>C) em desenvolvimento, com queda da</p><p>mortalidade infantil representada pela</p><p>linha vermelha, às custas do</p><p>componente neonatal (linha verde) e</p><p>pós-neonatal (linha azul).</p><p>D) desenvolvida, com a mortalidade</p><p>infantil representada pela linha</p><p>vermelha, às custas dos componentes</p><p>neonatal (azul) e pós-neonatal (linha</p><p>verde).</p><p>CCQ: Em regiões em</p><p>desenvolvimento, a tendência é de</p><p>queda na taxa de mortalidade infantil,</p><p>especialmente às custas da redução</p><p>da mortalidade pós-neonatal</p><p>Questão direta que exigia do candidato</p><p>conhecer as subdivisões do coeficiente</p><p>de mortalidade infantil e a evolução do</p><p>indicador. Vamos lembrar que</p><p>mortalidade infantil se refere ao risco</p><p>de nascidos vivos morrerem antes de</p><p>1 ano de idade,, tem reduzido nos</p><p>últimos anos e se divide em:</p><p>• Coeficiente de mortalidade</p><p>neonatal (0-27 dias): por causas</p><p>perinatais e anomalias</p><p>congênitas. Reflete saúde</p><p>materna, assistência pré-natal e</p><p>ao parto. Mais difícil de reduzir</p><p>(não conseguimos interferir em</p><p>malformações congênitas, por</p><p>exemplo).</p><p>• Coeficiente de mortalidade</p><p>pós-neonatal (28 dias - 1 ano):</p><p>por malformações congênitas,</p><p>causas perinatais, doenças do</p><p>trato respiratório, seguida por</p><p>doenças infectoparasitárias.</p><p>Avalia o desenvolvimento</p><p>socioeconômico e infraestrutura</p><p>ambiental, que condicionam a</p><p>desnutrição e as infecções.</p><p>Subdivisão com maior redução</p><p>nos últimos anos, por melhora</p><p>do saneamento básico,</p><p>educação e acesso à saúde.</p><p>Alternativa A - Correta: Analisando o</p><p>gráfico, podemos inferir que se trata de</p><p>uma região em desenvolvimento, pois</p><p>tinha elevadas taxas de mortalidade</p><p>infantil e vem conseguindo reduzir</p><p>(linha verde). Considerando as</p><p>subdivisões, como vimos, a mais</p><p>passível de redução, e responsável pela</p><p>queda da mortalidade infantil nos</p><p>últimos anos, foi a pós-neonatal (linha</p><p>vermelha), ficando a neonatal com</p><p>redução menos acentuada (linha azul),</p><p>pela impossibilidade de controlar a</p><p>maioria de suas causas.</p><p>Assim, ficamos com a alternativa A</p><p>como gabarito.</p><p>_________________________________</p><p>28. Um menino de 7 anos de idade, filho</p><p>de genitor desconhecido, presenciou a</p><p>morte da mãe. Desde então, passou a</p><p>apresentar alterações do sono, com</p><p>terror noturno. Na escola, mudou seu</p><p>comportamento, passou a se isolar das</p><p>brincadeiras com os colegas,</p><p>desmonstrando alteração no humor.</p><p>Além disso, desistiu das aulas de violão</p><p>que antes gostava de frequentar. A tia</p><p>materna, que assumiu sua criação, o</p><p>levou ao ambulatório em busca de</p><p>ajuda. Nesse caso, além da intervenção</p><p>multiprofissional, qual a conduta</p><p>adequada?</p><p>A) Suspender as atividades escolares,</p><p>com retorno progressivo, e prescrever</p><p>clonidina.</p><p>B) Sugerir a manutenção da rotina</p><p>diária e ingresso em terapia cognitiva-</p><p>comportamental.</p><p>C) Sugerir aumento da ingestão de</p><p>cálcio e ingresso em psicoterapia</p><p>individual e em grupo.</p><p>D) Instruir que as atividades escolares</p><p>sejam desempenhadas em casa, e</p><p>prescrever sertralina.</p><p>CCQ: Saber que o transtorno de</p><p>estresse pós-traumático deve ser</p><p>tratado com terapia cognitiva-</p><p>comportamental</p><p>Fala, pessoal! Questão de psiquiatria</p><p>adora cair na prova do revalida, então</p><p>vamos lá aprender sobre essa doença.</p><p>O transtorno de estresse pós-</p><p>traumático (TEPT) é uma condição, na</p><p>qual a pessoa passa por um momento</p><p>de estresse extremo (guerra, violência</p><p>sexual, presenciar morte de familiares,</p><p>entre outros) e a partir deste momento,</p><p>apresentará episódios onde</p><p>revivenciará este mesmo momento de</p><p>estresse, causando muitos prejuízos ao</p><p>paciente, principalmente se pediátrico.</p><p>Nosso paciente presenciou a morte da</p><p>própria mãe, isso é um estresse</p><p>gravíssimo e com uma história de</p><p>mudança de comportamento, terror</p><p>noturno, alteração de humor, deixar de</p><p>fazer coisas que gostava antes nos deixa</p><p>claro, que nosso paciente esta passando</p><p>por um TEPT.</p><p>O tratamento aqui é principalmente por</p><p>meio da psicoterapia (terapia cognitiva-</p><p>comportamental) e mantermos o</p><p>paciente na rotina que ele tinha antes</p><p>de ocorrer este evento na sua vida, pois</p><p>assim ele tem mais chances de superar</p><p>o quadro.</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Os</p><p>medicamentos não apresentam</p><p>grandes melhores neste tipo de</p><p>transtorno, além de que, afastarmos o</p><p>paciente de suas atividades pode piorar</p><p>o quadro.</p><p>Alternativa B - Correta: Exatamente a</p><p>conduta que deve ser tomada no</p><p>momento.</p><p>Alternativa C - Incorreta: O aumento</p><p>da ingestão de cálcio não tem nada a ver</p><p>com TEPT, apesar de que a psicoterapia</p><p>deve ser utilizada.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Como vimos,</p><p>os medicamentos não apresentam</p><p>muitos efeitos na melhora do paciente,</p><p>além de preferencialmente mantermos</p><p>a rotina do indivíduo.</p><p>Portanto, o gabarito é a letra B</p><p>_________________________________</p><p>29. Uma mulher de 35 anos de idade,</p><p>tabagista, assintomática, retorna à</p><p>Unidade Básica de Saúde para</p><p>apresentar exame citopatológico de</p><p>colo uterino. O resultado indica lesão</p><p>intraepitelial escamosa de baixo grau.</p><p>Considerando que, na maioria das</p><p>vezes, a infecção é pelo HPV, conclui-se</p><p>corretamente que se trata de infecção</p><p>A) com potencial oncogênico, devendo-</p><p>se realizar coloposcopia</p><p>imediatamente.</p><p>B) benigna, comum na faixa etária da</p><p>paciente, devendo-se realizar eletro ou</p><p>quimiocauterização do colo.</p><p>C) com espontâneo regresso na maioria</p><p>dos casos, devendo-se repetir a</p><p>citologia em seis meses.</p><p>D) com potencial oncogênico, devendo-</p><p>se solicitar o teste de DNA-HPV para</p><p>identificar subtipos específicos.</p><p>CCQ: Condução do rastreio de lesões</p><p>de colo de útero</p><p>O exame colpocitológico, ou</p><p>citopatológico, é realizado como</p><p>rastreio de lesões precursoras de</p><p>neoplasias de colo uterino, em grande</p><p>parte das vezes, causadas por HPV. O</p><p>resultado alterado determina se a</p><p>investigação deve ser continuada ou</p><p>não.</p><p>Alternativa C - correta - Em lesões</p><p>intraepiteliais de baixo grau (LIE-BG) o</p><p>risco de evolução para carcinoma</p><p>invasor é pequeno, podendo inclusive</p><p>regredir espontâneamente para um</p><p>exame de resultado normal. Esse</p><p>resultado indica repetição de</p><p>colpocitologia em 6 meses ( para</p><p>mulheres maiores de 25 anos) ou em 3</p><p>anos ( menores de 25 anos).</p><p>Alternativa B - incorreta - Com esse</p><p>achado colpocitológico não há</p><p>necessidade de quimiocauterização,</p><p>indicada apenas para lesões suspeitas,</p><p>após colposcopia confirmando lesão</p><p>intraepitelial persistente.</p><p>Alternativa A - incorreta - As lesões</p><p>suspeitas, tem maior potencial</p><p>oncogênico e devem ser seguidas com</p><p>colpocitologia, são elas: lesão</p><p>intraepitelial de alto grau (LIE-AG),</p><p>atipia de alto grau (ASC-H), atipia</p><p>glandular (AG -US) e atipia de origem</p><p>indeterminada (AOI).</p><p>Alternativa E - incorreta - O teste de</p><p>DNA-HPV confirma infecção pelo vírus,</p><p>mas não altera o tratamento, visto que</p><p>mesmo a lesão causada por infecção</p><p>pelo papiloma pode regredir, sendo o</p><p>seguimento da investigação o mesmo.</p><p>Lembre-se que a investigação com o</p><p>exame colpocitológico</p><p>é indicada para</p><p>todas as mulheres entre 25 e 64 anos,</p><p>anualmente e, após dois resultados</p><p>normais consecutivos, a cada três anos.</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa C.</p><p>_________________________________</p><p>30. Um paciente de 15 anos de idade</p><p>procura a Unidade Básica de Saúde</p><p>devido ao aparecimento de tumoração</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=wTNAVRvjRGRILT7pwIut&itemId=ly7QPnl8TJzxOQ7RQTrC</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=wTNAVRvjRGRILT7pwIut&itemId=ly7QPnl8TJzxOQ7RQTrC</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=wTNAVRvjRGRILT7pwIut&itemId=ly7QPnl8TJzxOQ7RQTrC</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=wTNAVRvjRGRILT7pwIut&itemId=ly7QPnl8TJzxOQ7RQTrC</p><p>no antebraço esquerdo há 3 dias. Ao</p><p>exame físico: bom estado geral e sinais</p><p>vitais normais. Apresenta nódulo com 3</p><p>cm de diâmetro, hiperemiado e</p><p>doloroso à palpação, localizado sob a</p><p>pele, levemente elevado, com</p><p>consistência endurecida e sem ponto de</p><p>flutuação. Além de orientar a paciente</p><p>sobre o diagnóstico e cuidados de</p><p>higiene, a conduta é</p><p>A) realizar a drenagem imediata.</p><p>B) prescrever antibiótico e realizar a</p><p>drenagem.</p><p>C) compressa com água morna e</p><p>prescrever antibiótico.</p><p>D) compressa com água morna e</p><p>aguardar drenagem espontânea.</p><p>CCQ: saber quando é o momento</p><p>certo de indicar uma drenagem de</p><p>abcesso</p><p>Fala, mentorando! Questão boa para</p><p>revermos uma conduta bem comum na</p><p>prática médica: a drenagem de um</p><p>abcesso! Então, vamos lá.</p><p>Paciente adolescente, com tumoração</p><p>em antebraço esquerdo. Note que está</p><p>em bom estado geral, então não</p><p>pensamos em sepse, o que nos deixa</p><p>mais tranquilos.</p><p>Agora vem um dado importante: é um</p><p>nódulo hiperemiado, doloroso e, veja o</p><p>pulo do gato, sem ponto de flutuação.</p><p>É a clínica típica de um abscesso que</p><p>ainda não está "maduro" o suficiente</p><p>para drenarmos! Lembre-se que, para</p><p>realizar o procedimento, é necessário</p><p>que encontremos um ponto de</p><p>flutuação!</p><p>Agora vem o ponto chato: fazemos</p><p>antibiótico ou não? Na prática, a</p><p>maioria dos médicos acaba fazendo</p><p>ATB, mas saiba que as diretrizes não</p><p>citam ATBterapia para abcesso</p><p>localizado, sem sintomas sistêmicos!</p><p>Portanto, o tratamento está</p><p>estabelecido somente com a</p><p>drenagem. Outro dado importante é</p><p>que não temos evidência de celulite ao</p><p>redor do nosso abscesso, o que também</p><p>requereria tratamento com ATB, mas</p><p>veja que aí seria pela celulite! Como a</p><p>maioria é por gram positivos, podemos</p><p>utilizar clindamicina ou uma</p><p>cefalosporina de 1ª geração.</p><p>E a compressa com água morna, para</p><p>que serve? Para aumentar o fluxo</p><p>sanguíneo até a região, acelerando o</p><p>processo de "amadurecimento" do</p><p>abscesso! Além disso, pode aliviar os</p><p>sintomas.</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa D.</p><p>_________________________________</p><p>31. Uma mulher de 35 anos de idade é</p><p>encaminhada ao Ambulatório de</p><p>Endocrinologia após a sua médica da</p><p>Unidade de Saúde da Família ter</p><p>detectado, em exame clínico de rotina,</p><p>a presença de um nódulo tireoidiano.</p><p>Na primeira avaliação da especialista, a</p><p>paciente revela estar assintomática e</p><p>receosa, temendo que aquela alteração</p><p>represente uma neoplasia maligna. A</p><p>endocrinologista descreve o nódulo</p><p>como superficial, de diâmetro inferior a</p><p>1 cm, indolor, localizado no lobo direito</p><p>da tireoide, com ausência de linfonodos</p><p>cervicais e supraclaviculares satélites.</p><p>Em seguida, solicita dosagem de TSH,</p><p>T4 e T3 livres e ultrassonografia de</p><p>tireoide. Os resultados evidenciaram</p><p>TSH, T4 e T3 livres normais e nódulo</p><p>tireoidiano de 0,7 cm de diâmetro, com</p><p>margens imprecisas e</p><p>microcalcificações, sem linfonodos</p><p>regionais. Qual deve ser o próximo</p><p>procedimento a ser realizado no</p><p>seguimento dessa paciente?</p><p>A) Punção aspirativa do nódulo</p><p>tireoidiano por agulha fina.</p><p>B) Cintilografia da tireoide para</p><p>avaliação do nódulo tireoidiano.</p><p>C) Excisão cirúrgica do nódulo</p><p>tiroideano e exame histopatológico.</p><p>D) Ultrassonografias sequenciais da</p><p>tireoide para acompanhamento.</p><p>CCQ: PAAF em nódulos de tireóide.</p><p>Nossa principal preocupação em se</p><p>tratando de nódulos de tireoide?</p><p>Possibilidade de ser maligno. Por isso,</p><p>seguimos um fluxo de investigação, em</p><p>que evoluímos de métodos menos</p><p>invasivos para mais invasivos.</p><p>Observe:</p><p>Paciente assintomática vem com</p><p>nódulo palpável --> TSH+T4L+USG --></p><p>Exames normais e USG com achado</p><p>sugestivo de possível malignidade --></p><p>PAAF.</p><p>Quando o nódulo for menor que 1cm,</p><p>temos de nos valer de características</p><p>sonográficas que nos auxiliem na</p><p>distinção de benignidade e</p><p>malignidade:</p><p>• Microcalcificação</p><p>• Margens irregulares</p><p>• Hipoecogenicidade</p><p>• Fluxo vascular central</p><p>• Halo incompleto</p><p>Quando nódulo maior de 1cm, a PAAF</p><p>também é aceita. Dessa forma,</p><p>alternativa A está correta como</p><p>resposta.</p><p>[Alternativa A - Correta]</p><p>[Alternativa B - Incorreta] Cintilografia</p><p>estaria indicada se houvesse alteração</p><p>laboratorial de TSH e T4L.</p><p>[Alternativa C - Incorreta] Caso nódulo</p><p>muito pequeno, seria possível tanto a</p><p>biópsia cirúrgica com anália intra</p><p>operatória, quanto o acompanhamento</p><p>ambulatorial com ultrassom.</p><p>[Alternativa D - Incorreta] Nódulo sem</p><p>alteração laboratorial, menor de 1cm,</p><p>com características possivelmente</p><p>malignas à USG é indicativo de PAAF.</p><p>Portanto, ficamos com a Alternativa A</p><p>como gabarito</p><p>_________________________________</p><p>32. Uma criança de 7 anos de idade é</p><p>levada pelos pais a uma Unidade de</p><p>Saúde da Família. Qual dos quadros</p><p>clínicos a seguir sugere</p><p>encaminhamento a um serviço de</p><p>urgência, correlacionando-se a</p><p>anamnese e o exame clínico da</p><p>paciente?</p><p>A) Dor de cabeça frontal há dois meses.</p><p>Ao exame apresenta-se com 36,0 °C de</p><p>temperatura axilar; frequência cardíaca</p><p>= 96 bpm; frequência respiratória = 20</p><p>irpm; congestão nasal; rinorreia e dor</p><p>facial à palpação.</p><p>B) Falta de ar e cansaço há dois dias.</p><p>Refere episódios semelhantes</p><p>anteriormente. Ao exame apresenta- se</p><p>com 36,5 °C de temperatura axilar,</p><p>frequência cardíaca = 115 bpm;</p><p>frequência respiratória = 28 irpm;</p><p>dispneia moderada; saturação de</p><p>oxigênio capilar de 89%; sibilos difusos.</p><p>C) Dor abdominal há cinco dias e</p><p>episódios prévios semelhantes. Ao</p><p>exame, apresenta-se com 36,0 °C de</p><p>temperatura axilar; frequência cardíaca</p><p>= 78 bpm; frequência respiratória = 21</p><p>irpm; ruídos hidroaéreos presentes e</p><p>dor leve e difusa à palpação, sem</p><p>defesa, ausência de massas.</p><p>D) Dor intensa nas pernas há três dias</p><p>(no final do dia ou durante a noite,</p><p>ausentes pela manhã). Refere episódios</p><p>semelhantes há um ano. Ao exame,</p><p>apresenta- se com 36,2 °C de</p><p>temperatura axilar; frequência cardíaca</p><p>= 79 bpm; frequência respiratória = 23</p><p>irpm; sem sopros, sem limitação ou</p><p>edema articular.</p><p>CCQ: Saber que taquipneia, dispneia e</p><p>baixa saturação de oxigênio indicam</p><p>encaminhamento a serviço de</p><p>urgência</p><p>Pessoal, a avaliação inicial de risco do</p><p>paciente pediátrico é feita com base no</p><p>“Triângulo de avaliação pediátrica”, que</p><p>estabelece a aparência, a respiração e</p><p>a circulação como os primeiros</p><p>parâmetros a serem checados na</p><p>triagem do paciente.</p><p>E como é feita a análise desses</p><p>parâmetros?</p><p>Aparência: reflete a adequada</p><p>oxigenação, ventilação, perfusão</p><p>cerebral, homeostase e função do</p><p>sistema nervoso central. Seus</p><p>componentes são:</p><p>• Tônus</p><p>• Interatividade/estado mental</p><p>• Consolação</p><p>• Olhar</p><p>• Fala</p><p>Respiração: reflete a adequação da via</p><p>aérea, da oxigenação e da ventilação.</p><p>Seus componentes são:</p><p>• Posição do corpo</p><p>• Movimento visível do</p><p>tórax/abdome</p><p>• Frequência respiratória</p><p>• Esforço respiratório</p><p>• Sons da via aérea audíveis</p><p>Circulação: reflete a adequação do</p><p>débito cardíaco e da perfusão dos</p><p>órgãos vitais.</p><p>• Cor da pele</p><p>A avaliação desses três parâmetros,</p><p>portanto, vai nos permitir classificar o</p><p>paciente em estável ou instável e,</p><p>assim, embasar nossa conduta.</p><p>Um algo a mais: para avaliar a</p><p>respiração, é fundamental que você</p><p>saiba os</p><p>valores que definem taquipneia</p><p>para cada faixa etária. Portanto, guarde</p><p>para a sua prova:</p><p>• Até 02 meses: > 60 irpm</p><p>• 2 - 11 meses: > 50irpm</p><p>• 12 meses – 5 anos: > 40 irpm</p><p>• 5 – 8 anos: > 30 irpm</p><p>• Maiores de 8 anos: > 20 irpm</p><p>Sabendo disso, vamos analisar as</p><p>alternativas e definir o quadro clínico</p><p>com maior necessidade de um serviço</p><p>de urgência:</p><p>Alternativa A – Incorreta: Nesse</p><p>quadro, paciente apresenta queixa mais</p><p>arrastada (há 02 meses) de dor facial,</p><p>sem alterações ao exame físico.</p><p>Portanto, nada que indique uma</p><p>conduta urgente, podendo aguardar</p><p>para ser resolvido.</p><p>Alternativa B – Correta: Nesse quadro,</p><p>paciente encontra-se com falta de ar e</p><p>cansaço que se iniciaram há dois dias,</p><p>apresentando uma frequência cardíaca</p><p>mais alta, dessaturação, dispneia</p><p>moderada e alterações à ausculta</p><p>pulmonar, com muitos sibilos.</p><p>Esses dados sugerem um</p><p>comprometimento da respiração/via</p><p>aérea, que pode se agravar a qualquer</p><p>momento, levando a uma insuficiência</p><p>respiratória.</p><p>Por isso, é fundamental que esse</p><p>paciente seja encaminhado a um</p><p>serviço de urgência.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Nesse</p><p>quadro, paciente encontra-se com dor</p><p>abdominal há 5 dias, mas com história</p><p>de episódios prévios semelhantes, além</p><p>de estabilidade hemodinâmica e de vias</p><p>aéreas, constituindo-se em um paciente</p><p>estável, portanto.</p><p>Dessa forma, não existe necessidade de</p><p>encaminhamento à urgência.</p><p>Alternativa D – Incorreta: Nesse</p><p>quadro, paciente encontra-se com dor</p><p>nas pernas há três dias, também com</p><p>história de episódios prévios</p><p>semelhantes e estabilidade</p><p>hemodinâmica e de vias aéreas,</p><p>constituindo-se em um paciente</p><p>estável. Dessa forma, não há</p><p>necessidade de encaminhá-lo à</p><p>urgência.</p><p>Portanto, ficamos com a letra B como</p><p>gabarito!</p><p>_________________________________</p><p>33. Uma menina de 4 anos de idade é</p><p>trazida à Unidade Básica de Saúde, pois</p><p>apresentou há dez dias manchas</p><p>eritematopapulares coalescentes em</p><p>face e palidez perioral, associadas a</p><p>episódio de febre de 37,9 oC. O quadro</p><p>evoluiu nos cinco dias seguintes com</p><p>manchas eritematopapulares em</p><p>braços, tronco e nádegas, que</p><p>esvaneceram com aparência reticulada.</p><p>Oito dias depois, após exposição solar,</p><p>as manchas retornaram na face e no</p><p>tronco. O estado geral é bom, sem</p><p>outras alterações no exame físico. A</p><p>hipótese diagnóstica é de</p><p>A) sarampo.</p><p>B) escarlatina.</p><p>C) exantema súbito.</p><p>D) eritema infeccioso.</p><p>CCQ: Eritema Infeccioso cursa com</p><p>face esbofeteada, rash rendilhado e</p><p>recorrência das lesões</p><p>Olá, mentorando JJ! Questão clássica</p><p>das provas, trazendo uma doença</p><p>exantemática famosa, o eritema</p><p>infeccioso!</p><p>Frente a um caso clínico que associa</p><p>eritema malar bilateral (face</p><p>esbofeteada ou aspecto de asa de</p><p>borboleta), rash com aspecto</p><p>rendilhado e que se exacerba quando</p><p>exposto ao sol, você deve pensar na</p><p>hora em eritema infeccioso. Essa</p><p>doença exantemática é causada pelo</p><p>Parvovírus B19, um eritrovírus.</p><p>Geralmente, não possui pródromos, e</p><p>quando acontecem, costuma ser um</p><p>quadro muito brando.</p><p>O exantema costuma surgir em três</p><p>fases: 1ª fase é o surgimento do eritema</p><p>malar bilateral = face esbofeteada; 2ª</p><p>fase se dá com a disseminação para</p><p>tronco e extremidades de um exantema</p><p>com aspecto rendilhado que</p><p>desaparece sem descamação; a 3ª fase</p><p>é a reincidência, que pode acontecer em</p><p>caso de estresse, sol ou exercício físico.</p><p>A complicação do eritema infeccioso</p><p>que você deve levar para a prova é a</p><p>crise aplástica, principalmente em</p><p>pacientes que possuem alguma</p><p>hemoglobinopatia, como a anemia</p><p>falciforme.</p><p>Alternativa A - Incorreta: O sarampo é</p><p>uma doença altamente contagiosa</p><p>causada por um vírus da família</p><p>Paramyxoviridae e gênero Morbillivirus.</p><p>A forma de transmissão é pelo trato</p><p>respiratório ou conjuntivo após o</p><p>indivíduo entrar em contato com gotas</p><p>ou aerossóis de gotículas onde o vírus</p><p>está presente.</p><p>Apresenta-se com pródromos de 3 a 4</p><p>dias com tosse seca, conjuntivite,</p><p>fotofobia e enantema (manchas</p><p>branco-azuladas na mucosa oral</p><p>localizadas lateralmente aos molares</p><p>inferiores, chamadas de manchas de</p><p>Koplik, que são patognomônicas de</p><p>sarampo). A fase exantemática se inicia</p><p>atrás do pavilhão auricular e se</p><p>dissemina para pescoço, face e tronco</p><p>(disseminação crânio-caudal). É</p><p>maculopapular eritematoso,</p><p>morbiliforme com áreas de confluência</p><p>e que descamam (descamação</p><p>furfurácea).</p><p>Alternativa B - Incorreta: A escarlatina</p><p>é causada pelo Streptococcus pyogenes</p><p>(beta-hemolítico do grupo A). Cursa</p><p>com pródromos de febre elevada,</p><p>cefaleia, odinofagia e vômitos. Após 12</p><p>a 24 horas, inicia-se exantema</p><p>micropapular, iniciando no pescoço/</p><p>tórax, com aspecto de lixa à palpação,</p><p>que sofre descamação lamelar. É mais</p><p>intenso em regiões de pregas cutâneas</p><p>com aspecto de linhas transversais na</p><p>face flexora (sinal de Pastia).</p><p>Há hiperemia facial, com palidez</p><p>perioral (sinal de Filatov), e enantema</p><p>oral e na língua (língua em morango</p><p>vermelho). O diagnóstico é clínico e</p><p>complementar com pesquisa de</p><p>Streptococcus pyogenes (ASLO,</p><p>DNAse). O tratamento visa evitar as</p><p>complicações supurativas e a febre</p><p>reumática. É feito com penicilina G</p><p>benzatina, sendo a penicilina oral e a</p><p>amoxicilina possíveis alternativas, por</p><p>10 dias.</p><p>Alternativa C - Incorreta: O exantema</p><p>súbito, que também pode ser chamado</p><p>de roséola, é uma doença causada pelo</p><p>herpesvírus humano tipo 6 e 7 com</p><p>transmissão por gotículas de saliva.</p><p>Tem uma fase prodrômica (febre alta</p><p>que desaparece) e a fase exantemática</p><p>(inicia no tronco e pescoço</p><p>disseminando centrifugamente). A</p><p>complicação mais cobrada é a crise</p><p>febril, podendo acontecer em até 8%</p><p>dos casos.</p><p>Alternativa D - Correta: Como</p><p>elucidado anteriormente, temos um</p><p>caso clássico de eritema infeccioso.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>_________________________________</p><p>34. Uma mulher de 19 anos de idade</p><p>não fez pré- natal e foi internada na</p><p>maternidade em trabalho de parto.</p><p>Nasceu uma criança do sexo masculino</p><p>em boas condições. Os exames</p><p>realizados na admissão da paciente</p><p>revelaram sorologia positiva para HIV.</p><p>Em relação à amamentação, assinale a</p><p>orientação correta:</p><p>A) Estimular o aleitamento materno sob</p><p>livre demanda.</p><p>B) Inibir a lactação com cabergolina e</p><p>iniciar fórmula láctea para o recém-</p><p>nascido.</p><p>C) Realizar a alimentação do recém-</p><p>nascido com o leite materno, após</p><p>ordenha e pasteurização.</p><p>D) Liberar a amamentação após</p><p>avaliação da carga viral e início da</p><p>terapia antiretroviral para a mãe.</p><p>CCQ: Conhecer as principais</p><p>condições que contraindicam a</p><p>amamentação</p><p>É comum que as provas cobrem de você</p><p>esse CCQ! Por mais que essa questão</p><p>fosse sobre HIV, no final das contas, a</p><p>informação que você precisava dominar</p><p>é de que filhos de mães com HIV não</p><p>devem ser amamentados. Por isso,</p><p>vamos aproveitar para revisar as</p><p>principais condições que contraindicam</p><p>a amamentação.</p><p>São as principais condições cobradas</p><p>nas provas:</p><p>• Mãe portadora do vírus HIV ou</p><p>HTLV;</p><p>• Mãe com infecção herpética</p><p>ativa (contra indicado somente</p><p>na mama acometida);</p><p>• Mãe com varicela cinco dias</p><p>antes do parto ou até dois dias</p><p>após o parto (o aleitamento</p><p>pode retornar quando todas as</p><p>lesões estiverem crostosas);</p><p>• Mãe com doença de Chagas</p><p>aguda;</p><p>• Recém nascido com</p><p>galactosemia.</p><p>O caso clínico dessa questão apresenta</p><p>uma mãe que teve um teste rápido</p><p>positivo para HIV. Por mais que</p><p>investigações adicionais ainda devam</p><p>ser feitas, somente pelo teste positivo</p><p>ela já tem contra indicação à</p><p>amamentação.</p><p>Como um algo a mais, vamos falar</p><p>sobre condições que exigem um</p><p>cuidado particular na amamentação e</p><p>que as bancas também adoram cobrar:</p><p>• Mãe com tuberculose: mesmo</p><p>bacilífera é permitido</p><p>amamentar, contanto que com</p><p>máscara, em local arejado;</p><p>• Mãe com abscesso mamário: a</p><p>amamentação somente</p><p>deve</p><p>ser suspensa na mama</p><p>acometida se estiver ocorrendo</p><p>drenagem purulenta pelo</p><p>mamilo;</p><p>• Recém-nascido com</p><p>fenilcetonúria: é possível</p><p>amamentar, contanto que</p><p>esteja sob monitoramento e</p><p>cuidados específicos com a</p><p>pediatria.</p><p>Visto isso, vamos analisar cada</p><p>alternativa.</p><p>Alternativa A - Incorreta: A mãe teve</p><p>um teste de HIV positivo e, portanto,</p><p>tem contra indicação à amamentação.</p><p>Alternativa B - Correta: Como a mãe</p><p>não irá amamentar, a conduta é inibir a</p><p>lactação e a cabergolina é um dos</p><p>medicamentos que exerce essa função.</p><p>Para o recém-nascido, a fórmula láctea</p><p>acaba sendo uma opção para a nutrição,</p><p>já que o leite materno está indisponível.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Nem com a</p><p>pasteurização o leite materno da mãe</p><p>com HIV deve ser utilizado para</p><p>amamentar o recém-nascido.</p><p>Alternativa D - Incorreta: O HIV é uma</p><p>contraindicação permanente à</p><p>amamentação. Por isso, mesmo após o</p><p>início da TARV, a mãe não poderá</p><p>amamentar.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B.</p><p>_________________________________</p><p>35. Um paciente de 23 anos de idade,</p><p>vítima de um assalto ao sair da</p><p>faculdade, sofreu ferimento por arma</p><p>branca em parede abdominal anterior</p><p>há 30 minutos. Foi levado pelos colegas</p><p>à Unidade de Pronto Atendimento</p><p>(UPA). Está assintomático, e como o</p><p>local era pouco iluminado, não viu o</p><p>tamanho da faca. Ao exame físico, há</p><p>um ferimento inciso horizontal (2,5</p><p>centímetros) na região hipogástrica a</p><p>cerca de 3 cm à direita da linha alba,</p><p>apresentando mínimo sangramento,</p><p>dor abdominal apenas no local do</p><p>ferimento, sem sinais de irritação</p><p>peritoneal, pressão arterial = 120 x 80</p><p>mmHg, frequência cardíaca = 92 bpm,</p><p>mucosas normocoradas e enchimento</p><p>capilar ungueal normal Qual seria a</p><p>conduta adequada a ser tomada nesse</p><p>caso?</p><p>A) Suturar o ferimento e encaminhar o</p><p>paciente ao serviço de cirurgia para</p><p>realização de tomografia</p><p>computadorizada de abdome.</p><p>B) Realizar radiografias simples e</p><p>ortostática de abdome e tórax, e</p><p>manter o paciente em observação, se</p><p>não houver achados positivos.</p><p>C) Realizar a exploração local do</p><p>ferimento da parede abdominal e</p><p>definir conduta de acordo com a</p><p>presença ou não de violação peritoneal.</p><p>D) Não suturar o ferimento e</p><p>encaminhar o paciente imediatamente</p><p>ao serviço de cirurgia para realização de</p><p>laparotomia exploradora.</p><p>CCQ: A conduta no trauma</p><p>penetrante abdominal depende do</p><p>acometimento peritoneal</p><p>Temos aqui um paciente vítima de</p><p>trauma abdominal penetrante por arma</p><p>branca. Sempre que lidamos com um</p><p>ferimento penetrante em cavidade</p><p>abdominal, nossa primeira pergunta é:</p><p>há necessidade de laparotomia?</p><p>E quando sabemos que há necessidade?</p><p>Quanto temos instabilidade</p><p>hemodinâmica, sinais de peritonite,</p><p>empalamento, evisceração ou</p><p>sangramento de TGI (sonda</p><p>nasogástrica ou toque retal).</p><p>Veja que não temos nenhum desses</p><p>sinais no nosso paciente, e portanto,</p><p>passamos para a avaliação da ferida.</p><p>Deve ser avaliado se houve violação</p><p>peritoneal com a exploração e uso do</p><p>FAST; se a exploração for negativa,</p><p>pode-se suturar a ferida e o paciente</p><p>não precisa de avaliação adicional. Caso</p><p>haja, fazemos uso de exames</p><p>complementares, especialmente o</p><p>lavado peritoneal diagnóstico (LPD) e a</p><p>tomografia computadorizada (TC),</p><p>além de observação clínica seriada.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Não</p><p>podemos suturar a ferida antes de</p><p>sabermos se houve violação do</p><p>peritônio.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A radiografia</p><p>simples não é um exame muito</p><p>confiável na avaliação do trauma</p><p>abdominal. Pode mostrar sinais de</p><p>pneumoperitônio, que indicaria</p><p>violação peritoneal, e presença de</p><p>corpos estranhos abdominais, mas não</p><p>diagnostica lesão de vísceras, não</p><p>sendo utilizada de rotina.</p><p>Alternativa C - Correta: Como visto</p><p>acima, em pacientes sem indicação de</p><p>laparotomia, a conduta será guiada pela</p><p>presença da violação peritoneal após</p><p>exploração da ferida e/ou uso do FAST.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Não há</p><p>indicação de laparotomia de urgência.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>_________________________________</p><p>36. Uma mulher de 50 anos de idade,</p><p>branca, empregada doméstica, procura</p><p>atendimento ambulatorial por</p><p>apresentar artralgias de mãos, punhos,</p><p>ombros e tornozelos há cerca de 4</p><p>meses. O quadro articular é aditivo,</p><p>mesmo em uso de diclofenaco de sódio</p><p>(150 mg/dia). Ela se queixa de limitação</p><p>do movimento por dor no período da</p><p>manhã, com duração de</p><p>aproximadamente 1 hora. Ao exame</p><p>encontra-se em bom estado geral,</p><p>afebril, com sinais de artrite nas</p><p>articulações interfalangeanas proximais</p><p>e metacarpofalangeanas de 2° e 3°</p><p>dedos das mãos, mas sem desvios. Ao</p><p>exame da pele, observam- se “nódulos”</p><p>subcutâneos nas superfícies extensoras</p><p>e regiões periarticulares. Considerando</p><p>o quadro descrito, quais são,</p><p>respectivamente, o diagnóstico e o</p><p>medicamento a ser indicado nesse</p><p>momento?</p><p>A) Osteoartrite; azatioprina 1</p><p>mg/kg/dia.</p><p>B) Artrite psoriásica; sulfasalazina 2</p><p>mg/dia</p><p>C) Síndrome de Reiter; prednisona 1</p><p>mg/kg/dia.</p><p>D) Artrite reumatoide; metrotexate 7,5</p><p>mg/semana.</p><p>CCQ: Saber diagnosticar artrite</p><p>reumatoide</p><p>Fala, galera! Questão de reumatologia</p><p>que assusta muita gente! Mas isso não</p><p>vai acontecer com você, então revisar!</p><p>Para acertarmos essa questão,</p><p>tínhamos que reconhecer a clínica da</p><p>artrite reumatoide, e nada melhor do</p><p>que relembrar os critérios do colégio</p><p>americano de reumatologia. Para</p><p>fecharmos o diagnóstico, o paciente</p><p>precisa apresentar pelo menos 4 dos</p><p>seguintes:</p><p>• Rigidez matinal superior a 1</p><p>hora;</p><p>• Artrite de 3 ou mais áreas</p><p>articulares, com derrame</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=wTNAVRvjRGRILT7pwIut&itemId=vpw0fUEmOW0hvsVkT77J</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=wTNAVRvjRGRILT7pwIut&itemId=vpw0fUEmOW0hvsVkT77J</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=wTNAVRvjRGRILT7pwIut&itemId=vpw0fUEmOW0hvsVkT77J</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=wTNAVRvjRGRILT7pwIut&itemId=vpw0fUEmOW0hvsVkT77J</p><p>articular ou edema de partes</p><p>moles;</p><p>• Artrite das articulações das</p><p>mãos;</p><p>• Artrite simétrica;</p><p>• Nódulos reumatoides;</p><p>• Fator reumatoide sérico;</p><p>• Alterações radiográficas de</p><p>mãos e punhos.</p><p>Já deixamos em negrito os 4 critérios</p><p>que nossa paciente possui. Então</p><p>pensamos em AR como principal</p><p>hipótese, e agora vem o tratamento!</p><p>Lembre-se das drogas modificadoras</p><p>de curso de doença, que são</p><p>quimioterápicos e imunobiológicos,</p><p>geralmente:</p><p>• Metotrexate</p><p>• Leflunomida</p><p>• Sulfasalazina</p><p>Podemos utilizar outras drogas que</p><p>ajudam no controle dos sintomas, como</p><p>corticoides e AINEs, mas lembre-se que</p><p>as drogas que modificam o curso da</p><p>doença são os quimioterápicos e</p><p>imunobiológicos (foram citados os mais</p><p>frequentes, mas não são os únicos).</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta Osteoartrite</p><p>de várias articulações, de forma aditiva,</p><p>meio difícil, e o tratamento não é com</p><p>azatioprina.</p><p>Alternativa B - Incorreta Artrite</p><p>psoriásica se manifesta principalmente</p><p>por artrite de falanges distais com</p><p>lesões em saca bocado!</p><p>Alternativa C - Incorreta Síndrome de</p><p>reiter é a tríade formada por: Uretrite</p><p>não gonoccócica, artrite migratória e</p><p>conjuntivite.</p><p>Alternativa D - Correta Como</p><p>explicado acima.</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa D.</p><p>_________________________________</p><p>37. Um homem de 23 anos de idade</p><p>procura a Unidade de Saúde da Família</p><p>mais próxima da fazenda em que</p><p>trabalha com queixa de forte dor de</p><p>cabeça, náuseas, dor abdominal em</p><p>cólica e salivação excessiva. Apresenta-</p><p>se prostrado e relata quatro episódios</p><p>de vômitos. Ao exame clínico, o</p><p>paciente apresenta dispneia e sudorese</p><p>de intensidade leve a moderada após</p><p>pulverização da lavoura. Diante do caso</p><p>de intoxicação por organofosforado que</p><p>deve ser notificado à vigilância, qual a</p><p>gravidade do caso e a conduta mais</p><p>apropriada?</p><p>A) Intoxicação aguda</p><p>grave;</p><p>atendimento inicial pela equipe, que</p><p>estabiliza o paciente, solicita exames</p><p>laboratoriais (hemograma completo</p><p>com reticulócitos e dosagem da</p><p>acetilcolinesterase) e acompanha o</p><p>paciente no ambulatório.</p><p>B) Intoxicação aguda moderada;</p><p>atendimento inicial pela equipe, que</p><p>administra hidratação oral e</p><p>antiemético, para, então, encaminhá-lo</p><p>ao Serviço de Urgência para diagnóstico</p><p>clínico-laboratorial (incluindo a</p><p>dosagem plasmática da</p><p>acetilcolinesterase) e tratamento.</p><p>C) Intoxicação aguda leve; atendimento</p><p>inicial pelo médico da equipe, que</p><p>prescreverá antiemético e solicitará</p><p>exames laboratoriais (dosagem</p><p>plasmática da aceilcolinesterase e</p><p>glicemia de jejum), recomendando</p><p>retorno breve para acompanhamento</p><p>na Unidade de Saúde da Família.</p><p>D) Intoxicação crônica leve;</p><p>atendimento inicial pelo médico da</p><p>equipe, que administra hidratação oral</p><p>e antiemético, para, então, encaminhá-</p><p>lo ao ambulatório especializado de</p><p>referência em saúde do trabalhador</p><p>para diagnóstico clínico-laboratorial</p><p>(incluindo a dosagem da</p><p>acetilcolinesterase) e tratamento.</p><p>CCQ: Saber que dispneia e sudorese</p><p>leve + sintomas de intoxicação por</p><p>organosfosforados indicam uma</p><p>intoxicação aguda moderada</p><p>Fala mentorando! Questão meio atípica</p><p>do INEP, pois apesar do assunto</p><p>intoxicações exógenas ser muito</p><p>frequente, a gravidade de uma</p><p>intoxicação específica é um tema bem</p><p>raro, mas vamos lá!</p><p>Quando falamos de intoxicação por</p><p>organofosforados devemos nos</p><p>lembrar da seguinte frase</p><p>"Hipersecreção por todos os lados", e</p><p>por que essa afirmação nos ajudaria?</p><p>Pela clínica que se apresenta</p><p>principalmente com: Hipersalivação,</p><p>hipersecreção brônquica, vômitos,</p><p>diarreia, sudorese. Com esses sintomas,</p><p>você acertará a maioria das questões</p><p>sobre o assunto, mas vamos para a</p><p>classificação de gravidade quanto a</p><p>intoxicação por esta substância:</p><p>Leve:</p><p>• Agitação psicomotora,</p><p>midríase, cólicas,</p><p>hipersalivação, cefaleia, chiado</p><p>no peito, PA elevada.</p><p>Moderada:</p><p>• Midríase mais acentuada,</p><p>agitação psicomotora mantida,</p><p>defecação e micção</p><p>involuntárias, dispneia e</p><p>sudorese moderada.</p><p>Grave:</p><p>• Coma, hipoxia grave, hipo ou</p><p>arreflexia, distúrbios na</p><p>respiração (irregulares),</p><p>bradicardia ou taquicardia, PA</p><p>em queda, edema, hemorragias,</p><p>cianose</p><p>O tratamento para esta intoxicação</p><p>pode ser feito com atropina</p><p>(principalmente para sintomas</p><p>respiratórios) e pralidoxima</p><p>(principalmente para sintomas</p><p>neuromusculares). Agora vamos às</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta Como vimos,</p><p>estamos diante de uma intoxicação</p><p>moderada.</p><p>Alternativa B - Correta Exatamente!</p><p>Intoxicação moderada, onde nossa</p><p>conduta deve ser hidratação +</p><p>antieméticos, com investigação do</p><p>caso, como nossa principal hipótese de</p><p>intoxicação por organofosforados</p><p>devemos realizar a dosagem de</p><p>acetilcolinesterase, que estará</p><p>diminuída. Assim instituímos o</p><p>tratamento preconizado com atropina e</p><p>pralidoxima.</p><p>Alternativa C e D - Incorretas Como</p><p>vimos, a intoxicação no nosso paciente</p><p>é de moderada intensidade,</p><p>principalmente pelo fato de apresentar</p><p>dispneia e sudorese leve para</p><p>moderado.</p><p>Questão meio fora de pareto,</p><p>dificilmente cairá de novo desta</p><p>maneira, mas a intoxicação por</p><p>organofosforados é algo comum de</p><p>provas! Guarde os CCQs descritos aqui,</p><p>que você acertará a maioria das</p><p>questões sobre o assunto.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B.</p><p>_________________________________</p><p>38. Um lactente de 4 meses de vida é</p><p>trazido à consulta de Puericultura em</p><p>Unidade Básica de Saúde. A mãe relata</p><p>lacrimejamento persistente no olho</p><p>esquerdo, desde o nascimento.</p><p>Realizou tratamento para conjuntivite</p><p>com colírio de tobramicina por três</p><p>vezes nos últimos dois meses, sem</p><p>melhoras. Ao exame físico, constatou-</p><p>se lacrimejamento em olho esquerdo,</p><p>com leve hiperemia conjuntival, sem</p><p>secreção ou edema palpebral. A</p><p>conduta adequada nesse caso é</p><p>A) coletar material para cultura.</p><p>B) indicar colírio antialérgico.</p><p>C) tratar com novo colírio antibiótico.</p><p>D) massagear a região nasolacrimal</p><p>para desobstrução.</p><p>CCQ: Lacrimejamento fisiológico não</p><p>tem secreção purulenta ou edema</p><p>Aluno Aristo, questões sobre</p><p>lacrimejamento não são comuns nas</p><p>provas de Pediatria, entretanto é um</p><p>assunto corriqueiro na clínica e</p><p>eventualmente pode garantir alguns</p><p>pontos tendo em vista que com</p><p>algumas definições você já gabaritava a</p><p>questão. Então, vamos juntos revisar</p><p>esse tema?</p><p>Quando devemos pensar em um</p><p>lacrimejamento fisiológico?</p><p>Estaremos diante de um quadro</p><p>arrastado, nos primeiros meses de vida</p><p>e sem sinais flogísticos. Ou seja, não</p><p>teremos hiperemia importante, edema,</p><p>secreção purulenta e nem irritabilidade.</p><p>A obstrução do ducto nasolacrimal é a</p><p>causa mais comum de lacrimejamento</p><p>no primeiro ano de vida, ocorrendo em</p><p>aproximadamente 4 a 6% dos recém-</p><p>nascidos e na maior parte das vezes de</p><p>forma unilateral. a principal causa de</p><p>obstrução é a persistência de uma</p><p>membrana na região da válvula de</p><p>Hasner, ou seja: a válvula não está</p><p>funcionando bem!</p><p>O tratamento da obstrução é, a</p><p>princípio, conservador, já que</p><p>aproximadamente 90% dos casos</p><p>apresentam resolução espontânea.</p><p>orienta-se aos cuidadores realizar a</p><p>higiene local removendo a secreção em</p><p>excesso, e a massagem de Crigler (em</p><p>região nasolacrimal).</p><p>Caso estejamos diante de um quadro</p><p>agudo com qualquer um dos sinais</p><p>flogísticos, precisamos pensar em</p><p>diagnósticos infecciosos (virais ou</p><p>bacterianos).</p><p>Agora que revisamos o tema, vamos</p><p>avaliar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Não há</p><p>nenhuma indicação de que haja um</p><p>processo infeccioso local com</p><p>resistência à tobramicina e que</p><p>necessite de cultura.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Não há</p><p>indícios de reação alérgica.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Não há sinais</p><p>de processo infeccioso.</p><p>Alternativa D - Correta: Exatamente!</p><p>Deve-se orientar os cuidadores a fazer a</p><p>higiene local e massagear o ducto</p><p>nasolacrimal.</p><p>Sendo assim, a letra correta é a D!</p><p>_________________________________</p><p>39. Uma mulher puérpera de 32 anos de</p><p>idade teve o parto vaginal do seu</p><p>primeiro filho há 5 dias. Ela procura o</p><p>ambulatório com queixa de febre de até</p><p>38 °C e dor nas mamas. Está</p><p>amamentando e nega outras queixas.</p><p>Ao exame, observa-se mamas</p><p>aumentadas de volume, brilhantes,</p><p>endurecidas e dolorosas. Não há</p><p>hiperemia ou área de flutuação. Para</p><p>esse caso, qual seria a conduta</p><p>apropriada?</p><p>A) Prescrever cabergolina por via oral.</p><p>B) Iniciar antibioticoterapia por via oral</p><p>C) Suspender a amamentação por 48</p><p>horas.</p><p>D) Corrigir a técnica do aleitamento e</p><p>manter amamentação.</p><p>CCQ: Diagnóstico e tratamento de</p><p>ingurgitamento mamário</p><p>É comum que as bancas apresentem um</p><p>quadro clínico de ingurgitamento</p><p>mamário ou de mastite puerperal e</p><p>cobrem a conduta inicial. O tratamento</p><p>de ambas situações é relativamente</p><p>simples de memorizar, portanto, o mais</p><p>importante é conseguir decifrar sobre</p><p>qual dessas duas condições a questão se</p><p>trata. Então, vamos aproveitar para</p><p>revisar brevemente sobre esse tema.</p><p>Em relação à apresentação clínica, o</p><p>ingurgitamento mamário (que decorre</p><p>do esvaziamento ineficaz das mamas,</p><p>geralmente entre o terceiro e quinto dia</p><p>pós-parto) normalmente se apresenta</p><p>com hiperemia, dor difusa, aumento de</p><p>volume das mamas e mamilos</p><p>achatados, o que dificulta ainda mais a</p><p>saída do leite, além de febre que</p><p>eventualmente pode estar presente,</p><p>assim como o caso clínico da questão.</p><p>Já a mastite puerperal também é uma</p><p>consequência do esvaziamento</p><p>ineficaz, que pode conduzir a um</p><p>quadro inflamatório agudo e</p><p>possibilitar a proliferação bacteriana</p><p>(normalmente por Staphylococcus</p><p>aureus). A apresentação mais comum é</p><p>com dor mamária, geralmente</p><p>unilateral, associada a febre e sinais</p><p>flogísticos localizados.</p><p>Em ambas situações, o mais importante</p><p>é realizar o esvaziamento adequado das</p><p>mamas e analgesia, como terapia</p><p>inicial. No entanto, na mastite é</p><p>necessário complementar com</p><p>antibioticoterapia devido ao processo</p><p>infeccioso.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Nem o</p><p>ingurgitamento mamário, nem a</p><p>mastite puerperal aguda contraindicam</p><p>a amamentação de forma que seja</p><p>necessária a prescrição de um inibidor</p><p>da lactação, como a cabergolina. A</p><p>conduta é estimular o esvaziamento</p><p>mamário adequado.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Essa conduta</p><p>seria considerada correta, caso o caso</p><p>clínico fosse compatível com mastite</p><p>puerperal aguda.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Ao contrário,</p><p>a conduta é incentivar a amamentação</p><p>para que o esvaziamento mamário</p><p>ocorra de forma eficaz.</p><p>Alternativa D - Correta: Conforme já</p><p>discutido acima.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>________________________________</p><p>40. Uma paciente de 40 anos de idade</p><p>procura a Unidade Básica de Saúde com</p><p>ferimento corto-contuso de 7 cm de</p><p>extensão na face anterior da coxa</p><p>direita, de bordas regulares,</p><p>acometendo pele, tecido subcutâneo e</p><p>musculatura, causado por vidro, o</p><p>sangramento local é de pequena</p><p>monta. Informa reforço de vacina</p><p>antitetânica há 1 ano. Após antissepsia</p><p>local, bloqueio anestésico e limpeza da</p><p>ferida constatando-se que não há</p><p>corpos estranhos, deve-se realizar o</p><p>reparo da ferida com</p><p>A) fio absorvível 3-0 para a musculatura,</p><p>fio absorvível 3-0 para o tecido celular</p><p>subcutâneo e fio não absorvível 3-0 para</p><p>a pele.</p><p>B) fio absorvível 5-0 para a musculatura,</p><p>fio absorvível 5-0 para o tecido celular</p><p>subcutâneo e fio absorvível 4-0 para a</p><p>pele.</p><p>C) fio não absorvível 3-0 para a</p><p>musculatura, fio não absorvível 3-0 para</p><p>o tecido celular subcutâneo e fio não</p><p>absorvível 3-0 para a pele.</p><p>D) fio não absorvível 5-0 para a</p><p>musculatura, fio não absorvível 5-0 para</p><p>o tecido celular subcutâneo e fio não</p><p>absorvível 4-0 para a pele.</p><p>CCQ: Saber as indicações de utilização</p><p>de fios com relação à absorbilidade e</p><p>tensão</p><p>Os fios de sutura podem ser</p><p>classificados quanto à absorbilidade em</p><p>absorvíveis e inabsorvíveis. Os fios</p><p>absorvíveis são os que não necessitam</p><p>ser removidos, já que serão absorvidos</p><p>pelo corpo.</p><p>São usados em camadas mais</p><p>profundas, como músculo e tecido</p><p>subcutâneo. Como exemplo desses fios</p><p>temos: categute (mais barato) e os de</p><p>ácido poliglicólico. Com relação aos fios</p><p>inabsorvíveis, o de melhor resultado em</p><p>pele são os de náilon.</p><p>Com relação à espessura do fio, a regra</p><p>básica para utilização em pele é:</p><p>• 5-0 ou 6-0 nas pálpebras;</p><p>• 4-0 ou 5-0 na face;</p><p>• 4-0 no pescoço;</p><p>• 3-0 ou 4-0 no tronco;</p><p>• 3-0 para nuca, couro cabeludo e</p><p>membros. Nas extremidades</p><p>dos dedos, regiões de pés e</p><p>mãos com menor tensão, pode</p><p>ser utilizado fios mais finos.</p><p>São muitas as classificações de n.º de</p><p>fios, mas é importante que você saiba</p><p>que quanto maior o n.º do fio, mais fino</p><p>ele é. Por isso, menos tensão suporta.</p><p>Alternativa A — Correta: Fio absorvível</p><p>3-0 para a musculatura, fio absorvível 3-</p><p>0 para o tecido celular subcutâneo e fio</p><p>não absorvível 3-0 para a pele.</p><p>Alternativas B, C e D — Incorretas: Fio</p><p>5-0 para a musculatura e para tecido</p><p>celular subcutâneo não fornece a</p><p>tensão necessária para sutura desses</p><p>tecidos. Para pele é indicado fio não</p><p>absorvível. Fio 4-0 só é indicado para a</p><p>pele em casos de suturas em</p><p>extremidades dos dedos e regiões de</p><p>pés e mãos com menor tensão. Nosso</p><p>paciente necessita de sutura na face</p><p>anterior de coxa por isso não pode ser</p><p>utilizado fio 4-0 para pele.</p><p>O enunciado pede a alternativa</p><p>correta, portanto o gabarito é a letra</p><p>A.</p><p>_________________________________</p><p>41. Um homem de 42 anos de idade,</p><p>morador de rua, usuário de crack e de</p><p>drogas ilícitas injetáveis, comparece à</p><p>Unidade de Saúde da Família</p><p>apresentando quadro de tosse</p><p>produtiva e febre ao final do dia, há 2</p><p>meses. Relata despertar na madrugada</p><p>por sudorese, inapetência e perda</p><p>ponderal de 20 kg no período. Ao</p><p>exame físico, apresentava-se</p><p>consciente, orientado, hipocorado</p><p>(+/4+), anictérico, desidratado, febril</p><p>(temperatura axilar = 37,8°C), com</p><p>frequência cardíaca = 120 bpm e</p><p>pressão arterial = 120 x 60 mmHg.</p><p>Aparelho respiratório com tiragem</p><p>intercostal bilateral e diminuição global</p><p>do murmúrio vesicular. Aparelho</p><p>cardiovascular: ritmo cardíaco regular</p><p>em 2 tempos e bulhas hiperfonéticas.</p><p>Abdome indolor à palpação superficial e</p><p>levemente doloroso à palpação</p><p>profunda sobre a loja hepática,</p><p>hepatimetria a 2 cm do rebordo costal</p><p>direito, de consistência lisa e borda</p><p>romba. Baço palpável a 1,5 cm do</p><p>rebordo costal esquerdo. Resultados de</p><p>exames: teste rápido para HIV positivo;</p><p>hemograma completo - hemoglobina =</p><p>8,0 g/dL (normal de 12 a 15 g/dL),</p><p>hemotócrito = 24% (normal = 35 a 45%)</p><p>e leucopenia = 800 leucócitos/mm 3</p><p>(normal entre 4.000 e 11.000/mm 3 );</p><p>pesquisa de BAAR negativa em 3</p><p>amostras de escarro. Foi realizada</p><p>tomografia computadorizada de tórax,</p><p>reproduzida na figura a seguir. A partir</p><p>do quadro clínico, laboratorial e da</p><p>imagem apresentada, qual seria uma</p><p>conduta terapêutica adequada?</p><p>A) Iniciar o tratamento com</p><p>antirretroviral (lamivudina + efavirenz +</p><p>tenofovir) e, após 2 semanas, RIPE</p><p>(rifampicina + isoniazida + pirazinamida</p><p>+ etambutol) por 6 meses.</p><p>B) Inciar o tratamento com</p><p>antirretroviral (lamivudina + zidovudina</p><p>+ efavirenz), simultaneamente com o</p><p>esquema antituberculose estruturado,</p><p>com rifabutina, por 6 meses.</p><p>C) Iniciar tratamento com RIPE</p><p>(rifampicina + isoniazida + pirazinamida</p><p>+ etambutol) com duração de 6 meses</p><p>e, após 4 semanas, introduzir</p><p>tratamento com antirretrovirais</p><p>(lamivudina + tenofovir + efavirenz).</p><p>D) Iniciar o tratamento com RIPE</p><p>(rifampicina + isoniazida + pirazinamida</p><p>+ etambutol) recomendado por 6 meses</p><p>e, após 1 semana, introduzir o</p><p>tratamento antirretroviral ( lamivudina</p><p>+ zidovudina + lopinavir com ritonavir).</p><p>CCQ: Conhecer o tratamento da</p><p>coinfecção HIV-TB</p><p>Temos um paciente com quadro clínico</p><p>e radiológico compatível com</p><p>tuberculose pulmonar e exame</p><p>laboratorial fazendo o diagnóstico da</p><p>infecção pelo HIV. Nos casos de</p><p>coinfecção TB-HIV o Ministério da</p><p>Saúde recomenda o início da TARV</p><p>independente da forma clínica de</p><p>apresentação da TB, o que vai mudar é</p><p>quando iniciar:</p><p>1. Alternativa C - correta, demais</p><p>alternativas - incorretas:</p><p>Diagnóstico de TB e HIV no</p><p>mesmo momento: Iniciar</p><p>esquema RIPE para tuberculose,</p><p>a TARV será iniciada de acordo</p><p>com o grau de</p><p>imunossupressão, avaliado pelo</p><p>CD4, se CD4<50 iniciar em 2</p><p>semanas do início do RIPE, se</p><p>CD4>50, iniciar em 8 semanas</p><p>(isso tudo para evitar a síndrome</p><p>de reconstituição imune)</p><p>2. Diagnóstico de HIV durante o</p><p>tratamento para TB: indicação</p><p>de início da TARV em 2 semanas</p><p>se CD4<50, e 8 semanas se</p><p>CD4>50</p><p>3. Diagnóstico de TB em paciente</p><p>que já está usando TARV: Iniciar</p><p>RIPE, trocar TARV apenas se</p><p>houver interação</p><p>medicamentosa.</p><p>Vamos aproveitar para lembrar que o</p><p>esquema recomendado para a</p><p>coinfecção TB-HIV é: Tenofovir +</p><p>Lamivudina + Efavirenz, caso o paciente</p><p>tenha critérios de gravidade (CD4<100,</p><p>presença de outra infecção oportunista,</p><p>necessidade de internação hospitalar</p><p>ou TB disseminada) o esquema</p><p>recomendado é Tenofovir + Lamivudina</p><p>+ Raltegravir</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa C.</p><p>_________________________________</p><p>42. Questão anulada</p><p>A) A - item anulado</p><p>B) B - item anulado</p><p>C) C - item anulado</p><p>D) D - item anulado</p><p>_______________________________</p><p>43. Um menino de 9 anos de idade vem</p><p>à Unidade Básica de Saúde, trazido pela</p><p>mãe, para consulta de rotina, sem</p><p>queixas. Ao exame físico, encontra-se</p><p>descorado (+/4+), sem outras</p><p>alterações. A mãe traz os seguintes</p><p>resultados de hemograma solicitado na</p><p>última consulta: Hb = 10,5 g/dL (VR =</p><p>11,5 - 15g/dL); Ht = 30% (VR = 35 - 45%);</p><p>VCM = 70 fl/dL (VR = 80 - 96 fl/dL); HCM</p><p>= 20 (VR = 80 - 100 fl/dL); Leucócitos</p><p>8.120/mm 3 (53% neutrófilos, 39%</p><p>linfócitos, 4% monócitos e 2%</p><p>eosinófilos) (VR = 4.000 - 11.000 mm 3 );</p><p>Plaquetas: 305.000 / mm 3 (VR =</p><p>100.000 a 400.000 mm 3 );</p><p>Reticulócitos: 5,5% (0,5 – 1,5%). O</p><p>menino apresenta-se eutrófico, com</p><p>crescimento adequado,</p><p>desenvolvimento neuropsico motor</p><p>adequado para a idade e vacinação</p><p>correta e completa para a idade. Nesse</p><p>caso, qual exame deve ser solicitado e</p><p>qual a hipótese diagnóstica mais</p><p>provável, respectivamente?</p><p>A) Dosagem de ferro sérico; anemia</p><p>falciforme.</p><p>B) Dosagem de transferrina; anemia</p><p>ferropriva.</p><p>C) Eletroforese de hemoglobina; traço</p><p>falciforme.</p><p>D) Dosagem de protoporfirina</p><p>eritrocitária livre; esferocitose.</p><p>CCQ: Saber que quadro de paciente</p><p>com anemia leve, reticulocitose e</p><p>microcítica sugere traço falcêmico</p><p>Fala pessoal! Questão um pouco mais</p><p>complicada da banca do INEP, mas com</p><p>um tema muito frequente, então vamos</p><p>aprender sobre o assunto.</p><p>Os pacientes que apresentam a</p><p>mutação para anemia falciforme</p><p>podem apresentar 2 formas clínicas</p><p>diferentes. Há o paciente com anemia</p><p>falciforme propriamente dita (a doença</p><p>em si), que seria o que apresenta os 2</p><p>alelos responsáveis; este é o paciente</p><p>que apresentará a clínica (crises álgicas,</p><p>dactilites, síndrome torácica aguda,</p><p>asplenismo, entre outras) e</p><p>complicações que tanto conhecemos</p><p>desta doença.</p><p>Agora, temos outro espectro, que seria</p><p>o paciente com o traço falciforme, que</p><p>pode apresentar anemia leve, mas sem</p><p>sintomas maiores; ele conviverá com</p><p>essa anemia normalmente durante sua</p><p>vida, sem muitos prejuízos.</p><p>Como nesse paciente com traço</p><p>falcêmico a anemia se dá por hemólise</p><p>(igual na anemia falciforme), teremos</p><p>uma medula hiperfuncionante, que</p><p>pode ser detectada por um nível alto de</p><p>reticulócitos (eritrócitos imaturos que</p><p>são lançados na corrente sanguínea).</p><p>Esse dado nos afasta de diagnósticos</p><p>como anemia ferropriva, pois esta,</p><p>classicamente, cursa com reticulócitos</p><p>diminuídos!</p><p>Opa, isso nos leva a uma classificação</p><p>das anemias, lembra?</p><p>• Anemia com reticulócitos altos:</p><p>hiperproliferativa;</p><p>• Anemia com reticulócitos</p><p>baixos: hipoproliferativa.</p><p>Voltando à questão, note que nosso</p><p>paciente apresenta então um quadro de</p><p>anemia leve (sem maiores sintomas)</p><p>microcítica, o HCM provavelmente está</p><p>com erro de digitação então vamos</p><p>desconsiderá-lo, mas geralmente</p><p>estará normal na anemia falciforme</p><p>(este erro é da própria prova do</p><p>Revalida!) com reticulócitos</p><p>aumentados. Então estamos frente a</p><p>uma anemia hiperproliferativa.</p><p>Agora, vamos ver dentre as</p><p>alternativas, qual pode ser nossa</p><p>hipótese.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Como vimos,</p><p>a dosagem de ferro sérico em um</p><p>primeiro momento não é necessária,</p><p>além de anemia falciforme ser um</p><p>quadro bem mais grave do que o</p><p>descrito.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A anemia</p><p>ferropriva não cursa com reticulócitos</p><p>aumentados!</p><p>Alternativa C - Correta: É a nossa</p><p>principal hipótese aqui, como já</p><p>descrito, pelo quadro de anemia leve e</p><p>hiperproliferativa.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A</p><p>esferocitose é um exemplo de anemia</p><p>hiperproliferativa também, mas o</p><p>principal método diagnóstico é por</p><p>meio do teste da fragilidade osmótica.</p><p>Além de que esta anemia se apresenta</p><p>em crises de hemólise, o que não é</p><p>descrito na questão.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>_________________________________</p><p>44. Uma mulher de 42 anos de idade</p><p>realizou auto- exame das mamas e</p><p>detectou nodulação na mama direita,</p><p>com aumento da sensibilidade local. Na</p><p>consulta com o médico foi realizado</p><p>exame das mamas, que revelou mamas</p><p>difusamente densas à palpação, sem</p><p>nódulos palpáveis, descarga papilar ou</p><p>linfonodomegalia. Foi solicitada</p><p>mamografia, com o seguinte resultado:</p><p>mamas densas difusamente, BI-RADS 0</p><p>(resultado inconclusivo). Para</p><p>elucidação diagnóstica, nesse caso,</p><p>indica-se</p><p>A) repetir a mamografia.</p><p>B) encaminhar para biópsia.</p><p>C) solicitar ultrasonografia mamária.</p><p>D) solicitar dosagem de marcadores</p><p>tumorais.</p><p>CCQ: Conhecer a classificação de BI-</p><p>RADS</p><p>As provas adoram cobrar a classificação</p><p>de BI-RADS, tanto a interpretação do</p><p>resultado, quanto a conduta inicial em</p><p>cada situação. Domine bem esse</p><p>assunto para garantir um ponto</p><p>precioso na sua prova!</p><p>Portanto, vamos aproveitar essa</p><p>questão para revisar brevemente sobre</p><p>o tema:</p><p>• BI-RADS 0: Avaliação</p><p>incompleta, sendo necessário</p><p>complementar com outro</p><p>método de imagem ou com</p><p>incidências especiais na</p><p>mamografia.</p><p>• BI-RADS 1: Negativo. Sugere</p><p>seguimento de rotina.</p><p>• BI-RADS 2: Achados benignos.</p><p>Sugere seguimento de rotina.</p><p>• BI-RADS 3: Achados</p><p>provavelmente benignos.</p><p>Sugere seguimento da lesão em</p><p>6, 12 e 24 meses.</p><p>• BI-RADS 4: Anormalidade</p><p>suspeita. A biópsia deve ser</p><p>considerada.</p><p>• BI-RADS 5: Altamente sugestivo</p><p>de malignidade. A indicação é</p><p>de biópsia com estudo</p><p>anatomopatológico.</p><p>• BI-RADS 6: Malignidade</p><p>conhecida, quando o câncer já</p><p>foi determinado por biópsia</p><p>prévia.</p><p>A paciente da questão apresentou uma</p><p>classificação zero no BI-RADS,</p><p>portanto, a conduta é pedir outro</p><p>exame que avalie as mamas ou solicitar</p><p>novamente a mamografia, mas com</p><p>incidências especiais. Visto isso, vamos</p><p>analisar as alternativas.</p><p>Alternativa A, B e D - Incorretas: A</p><p>mamografia é uma opção nesse caso,</p><p>porém somente se solicitadas</p><p>incidências especiais, por isso que a</p><p>alternativa A está incorreta. As demais</p><p>alternativas não são compatíveis com</p><p>uma classificação de BI-RADS zero,</p><p>conforme foi elucidado acima.</p><p>Alternativa C - Correta: A</p><p>ultrassonografia é uma boa alternativa</p><p>para a avaliação das mamas quando a</p><p>mamografia foi inconclusiva.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>_________________________________</p><p>45. Em uma Unidade de Saúde da</p><p>Família, um adolescente de 16 anos de</p><p>idade procura atendimento. Ele conta</p><p>que há 3 dias está com febre de 37,9 °C</p><p>e dores no corpo, especialmente na</p><p>região abdominal. Hoje ficou</p><p>assustado, pois teve importante</p><p>sangramento gengival. O exame físico</p><p>no momento está normal. O teste do</p><p>laço é negativo. Qual deveria ser a</p><p>conduta adotada em relação a esse</p><p>paciente?</p><p>A) Orientar repouso domiciliar e</p><p>hidratação oral, pois ainda não existe</p><p>sinal de alarme.</p><p>B) Solicitar hemograma, pois o quadro</p><p>de leucocitose indicará a gravidade da</p><p>doença na fase aguda.</p><p>C) Solicitar internação hospitalar, pois a</p><p>fragilidade capilar associada à dor</p><p>abdominal indica gravidade da doença.</p><p>D) Solicitar sorologia para dengue e</p><p>aguardar o resultado para instituir o</p><p>tratamento, orientando repouso e</p><p>hidratação oral em casa.</p><p>CCQ: conhecer os sinais de alarme da</p><p>dengue.</p><p>Fala mentorando! Questão clássica de</p><p>dengue e que cobra um CCQ que você</p><p>precisa saber, tanto para sua prática</p><p>clínica, como para a sua prova: os sinais</p><p>de alarme da dengue! Então bora lá!</p><p>Dengue é uma doença infecciosa,</p><p>transmitida através de um vetor, se</p><p>caracteriza por uma síndrome febril,</p><p>mialgia, cefaleia retro-ocular,</p><p>exantema, plaquetopenia (lembre-se</p><p>que a plaquetopenia é imunomediada,</p><p>por isso devemos evitar fazer</p><p>transfusão plaquetária).</p><p>Agora vem o CCQ importantíssimo! Os</p><p>sinais de alarme da dengue:</p><p>• dor abdominal intensa e</p><p>contínua, ou dor à palpação do</p><p>abdome;</p><p>• vômitos persistentes;</p><p>• acumulação de líquidos (ascites,</p><p>derrame pleural, derrame</p><p>pericárdico);</p><p>• sangramento de mucosa ou</p><p>outra hemorragia;</p><p>• aumento progressivo do</p><p>hematócrito;</p><p>• queda abrupta das plaquetas.</p><p>Lembre-se que sinais de alarme já</p><p>classificam nosso paciente como grupo</p><p>C! E ele deve ser internado!</p><p>Deixei em negrito os sinais de alarme</p><p>que nosso paciente apresentou, então o</p><p>classificamos como classe C e o</p><p>internamos.</p><p>Agora, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta. Esta seria</p><p>nossa</p><p>conduta se o nosso paciente fosse</p><p>um classe A, que é o paciente: sem</p><p>sinais de alarme, sem comorbidades,</p><p>prova do laço negativa.</p><p>Alternativa B - Incorreta. Solicitar</p><p>hemograma é uma conduta adequada</p><p>para pacientes classe B, que são: com</p><p>comorbidades ou prova do laço</p><p>positiva, mas a ideia do hemograma é</p><p>para avaliar hemoconcentração, e não</p><p>leucocitose!</p><p>Alternativa C - Correta. Como</p><p>explicado acima, paciente com sinais de</p><p>alarme, classificamos como classe C e</p><p>devemos interná-lo.</p><p>Alternativa D - Incorreta. Não</p><p>necessitamos aguardar a sorologia para</p><p>iniciar o tratamento, pois se lembre:</p><p>• Tratamento da dengue é com</p><p>hidratação e sintomáticos!</p><p>Não se esqueça da classe D da dengue,</p><p>onde temos um paciente com sinais e</p><p>sintomas de choque! O qual deve ser</p><p>internado em leito de UTI!</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa C.</p><p>_________________________________</p><p>46. Um lactente de 3 meses de idade,</p><p>do sexo masculino, em aleitamento</p><p>materno exclusivo, é trazido pelos pais</p><p>ao Pronto Socorro em razão de ter</p><p>apresentado, há poucas horas, um</p><p>episódio de perda de consciência e</p><p>hipotonia, necessitando de estímulo</p><p>excessivo para voltar ao normal. Os</p><p>pais, muito assustados com o ocorrido,</p><p>negam outras queixas e informam que o</p><p>bebê é prematuro, nascido de parto</p><p>normal, sem intercorrências. Ao exame</p><p>físico, revela-se eutrófico com todos os</p><p>sinais vitais normais. Qual a conduta</p><p>mais apropriada diante desse quadro?</p><p>A) Autorizar o retorno ao domicílio</p><p>considerando que o bebê está bem, mas</p><p>orientar retorno imediato ao Pronto</p><p>Socorro se o episódio se repetir.</p><p>B) Liberar com medicação sintomática e</p><p>encaminhar para o neuropediatra, em</p><p>razão do quadro de hipotonia e perda</p><p>de consciência.</p><p>C) Determinar internação para fins de</p><p>avaliação do neuropediatra e</p><p>investigação de síndrome convulsiva</p><p>com hipotonia.</p><p>D) Determinar internação para</p><p>observação clínica e investigação das</p><p>principais causas, verificando os fatores</p><p>de risco.</p><p>CCQ: Saber que, na síndrome</p><p>convulsiva com hipotonia, está</p><p>indicada a internação para observação</p><p>clínica e investigação das principais</p><p>causas</p><p>Pessoal, que questão melindrosa, não é</p><p>mesmo? Ela nos apresenta um lactente</p><p>de 3 meses de idade, que é trazido pelos</p><p>pais ao Pronto Socorro em razão de ter</p><p>apresentado perda de consciência,</p><p>hiporresponsividade e hipotonia. No</p><p>entanto, nenhum outro dado nos é</p><p>apresentado a fim de que possamos</p><p>estabelecer hipóteses a partir da</p><p>associação clínico-epidemiológica.</p><p>Dessa forma, para não ficarmos no</p><p>escuro, temos de pensar em termos</p><p>sindrômicos. E o que esse paciente</p><p>aparentemente apresenta é uma</p><p>síndrome convulsiva, do tipo atônica, o</p><p>que pode ser corroborado pela perda de</p><p>consciência, pela hipotonia e pela</p><p>demora para recuperar a</p><p>responsividade (período pós-ictal).</p><p>Como esse foi seu primeiro episódio,</p><p>devemos internar o paciente, a fim de</p><p>observarmos recorrência e também</p><p>para descartarmos causas secundárias,</p><p>como distúrbios hidroeletrolíticos,</p><p>reações adversas à vacinação (lembra</p><p>do episódio hipotônico</p><p>hiporresponsivo, que ocorre após</p><p>vacinação da DTP?), e investigarmos</p><p>fatores de risco.</p><p>Um algo a mais: você se lembra da</p><p>síndrome de West? Ela surge entre 4 e 6</p><p>meses de idade e se manifesta com a</p><p>tríade espasmos + atraso no</p><p>desenvolvimento neuropsicomotor +</p><p>hipsarritmia no eletroencefalograma. O</p><p>tratamento é feito com prednisolona e</p><p>vigabatrina.</p><p>Tendo isso em mente, vamos às</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Não</p><p>podemos autorizar o retorno do bebê</p><p>ao domicílio, pois, como foi seu</p><p>primeiro episódio convulsivo, devemos</p><p>interná-lo para observar se haverá</p><p>recorrência, e também para investigar</p><p>possíveis causas secundárias e fatores</p><p>de risco. Liberá-lo sem uma</p><p>investigação apropriada poderia</p><p>aumentar os riscos de uma recorrência</p><p>mais grave.</p><p>Alternativa B - Incorreta: É o primeiro</p><p>episódio convulsivo desse lactente,</p><p>logo, não podemos liberá-lo sem uma</p><p>investigação mais profunda e sem</p><p>observá-lo, clinicamente, por um</p><p>período de tempo maior.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Devemos,</p><p>sim, interná-lo, mas não para fins de</p><p>avaliação especializada; devemos</p><p>interná-lo para observá-lo</p><p>clinicamente, para verificar recorrência</p><p>e para investigar causas secundárias e</p><p>fatores de risco. O encaminhamento</p><p>para o especialista deve ocorrer em um</p><p>momento posterior!</p><p>Alternativa D - Correta: Como vimos,</p><p>essa é a conduta mais apropriada no</p><p>momento.</p><p>Portanto, ficamos com letra D como</p><p>gabarito!</p><p>_________________________________</p><p>47. Uma mulher de 27 anos de idade,</p><p>solteira, nulípara, chega à Unidade</p><p>Básica de Saúde queixando-se de que</p><p>há dois ou três dias vem sentindo mal-</p><p>estar geral, sensação de febre e ardor ao</p><p>urinar. Ontem à noite notou “feridas na</p><p>vagina”. O exame da vulva demonstrou</p><p>lesões ulcerosas bilaterais dolorosas, de</p><p>pequenas dimensões. Diante desse</p><p>quadro, quais são, respectivamente, a</p><p>hipótese diagnóstica mais provável e o</p><p>tratamento indicado?</p><p>A) Cancroide; azitromicina 1 g por via</p><p>oral em dose única.</p><p>B) Linfogranuloma inguinal; doxiciclina</p><p>100 mg, duas vezes ao dia, por 14 dias.</p><p>C) Herpes genital; aciclovir 400 mg por</p><p>via oral, três vezes ao dia, por 7 a 10 dias.</p><p>D) Sífilis; penicilina benzatina 2,4</p><p>milhões de unidades via intramuscular,</p><p>a cada 7 dias, por 3 semanas.</p><p>CCQ: Saber que múltiplas lesões</p><p>ulcerosas dolorosas de pequenas</p><p>dimensões sugeres quadro de herpes</p><p>genital</p><p>Fala, mentorando! Questão clássica</p><p>sobre úlceras genitais. Bora lá revisar</p><p>sobre o assunto.</p><p>Quando falamos de úlceras genitais,</p><p>podemos dividi-las em:</p><p>Dolorosas:</p><p>• Herpes genital: úlceras rasas,</p><p>múltiplas, podendo estar</p><p>acompanhadas de vesículas</p><p>que se rompem;</p><p>• Cancro mole: úlceras "feias",</p><p>com fundo necrótico e fétido, e</p><p>expansivas.</p><p>Não Dolorosas:</p><p>• Sífilis primária: cancro duro,</p><p>úlcera "bonita", bordas</p><p>elevadas, fundo limpo;</p><p>• Donovanose: úlcera indolor</p><p>causada pela klebsiella</p><p>granulomatis; importante saber</p><p>que geralmente o linfonodo não</p><p>fistuliza;</p><p>• Linfogranuloma venéreo:</p><p>apesar de causar úlceras</p><p>indolores, o que devemos saber</p><p>aqui é o tipo de fistulização dos</p><p>linfonodos, que é descrito como</p><p>"bico de regador", além de</p><p>sabermos o agente causador</p><p>que é a Chlamydia trachomatis.</p><p>Com essa revisão ficou fácil, não é?</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Cancroide é</p><p>outro nome para cancro mole; apesar</p><p>de o tratamento ser feito com</p><p>azitromicina, não é nossa principal</p><p>hipótese.</p><p>Alternativa B - Incorreta:</p><p>Linfogranuloma inguinal (venéreo)</p><p>pode ser tratado com doxiciclina, mas a</p><p>úlcera aqui seria indolor.</p><p>Alternativa C - Correta: Exatamente!</p><p>Nossa principal hipótese, que tem como</p><p>tratamento o aciclovir.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Sífilis</p><p>primária leva ao famoso cancro duro,</p><p>uma úlcera geralmente única e indolor,</p><p>portanto, não é nossa principal</p><p>hipótese, apesar do tratamento</p><p>descrito para sífilis primária estar</p><p>correto.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>_________________________________</p><p>48. Um menino de 7 anos de idade deu</p><p>entrada na Unidade de Pronto</p><p>Atendimento (UPA), trazido pela</p><p>ambulância de suporte básico do</p><p>SAMU, imobilizado em prancha rígida e</p><p>colar cervical, vítima de traumatismo</p><p>crânio-encefálico (TCE) após queda da</p><p>própria altura quando corria pela casa,</p><p>há 40 minutos. Nega perda da</p><p>consciência. Refere cefaleia discreta,</p><p>sem piora desde o trauma e um</p><p>episódio de vômito. Ao exame clínico,</p><p>apresenta-se choroso, respiração</p><p>espontânea e escore de coma de</p><p>Glasgow = 15. As pupilas estão</p><p>isocóricas e fotorreagentes. Não</p><p>apresenta ferimento corto-contuso em</p><p>couro cabeludo, apenas pequeno</p><p>hematoma subgaleal. Não foram</p><p>acrescentadas novas informações após</p><p>a anamnese e o exame físico. Os pais</p><p>são bem orientados e possuem veículo</p><p>próprio. Qual a conduta a</p><p>para explicar os quatro tipos de gráfico</p><p>mais comuns para representar a</p><p>evolução de uma epidemia e com</p><p>imagens, por coincidência, tiradas da</p><p>mesma fonte que a imagem da questão:</p><p>o Guia de Vigilância Epidemiológica do</p><p>Ministério da Saúde.</p><p>Alternativa A – Incorreta: Aqui nós</p><p>também temos apenas uma curva</p><p>subindo e descendo, por ser de fonte</p><p>comum, mas pela exposição ser mais</p><p>prolongada, temos uma subida um</p><p>pouco mais lenta dos casos e uma</p><p>diminuição também mais lenta que</p><p>inclusive ultrapassa o período máximo</p><p>de incubação.</p><p>Alternativa B – Correta: Nesse tipo de</p><p>evolução nós temos uma rápida subida</p><p>do número de casos e, logo depois, uma</p><p>rápida diminuição, tudo ocorrendo em</p><p>um período menor que o tempo</p><p>máximo de incubação da doença, assim</p><p>como vemos na imagem do enunciado.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Aqui nós</p><p>temos uma subida lenta, pela exposição</p><p>prolongada, mas que por diversos</p><p>motivos (período de incubação curto,</p><p>diversos focos, entre outros) a epidemia</p><p>se mantém podendo apresentar</p><p>diversas ondas até que se esgotem os</p><p>indivíduos suscetíveis.</p><p>Alternativa D – Incorreta: Aqui nós</p><p>temos uma situação que inicialmente é</p><p>parecida com a curva da alternativa A,</p><p>pois a exposição é prolongada e a curva</p><p>também sobe e desce de maneira mais</p><p>lenta, porém nós podemos ter uma</p><p>segunda curva, novamente subindo e</p><p>descendo. Também ultrapassa o</p><p>período máximo de incubação.</p><p>Afinal, você lembra como nós definimos</p><p>que um aumento no número de casos é</p><p>uma epidemia?</p><p>Primeiro nós precisamos construir um</p><p>gráfico com a média de casos em cada</p><p>mês nos últimos anos. Quando a curva</p><p>de casos ultrapassa uma linha chamada</p><p>limiar epidêmico, isto é, 2 desvios-</p><p>padrão, nós temos uma epidemia.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B!</p><p>_________________________________</p><p>5. Lactente masculino de três meses de</p><p>idade é trazido pela mãe ao</p><p>ambulatório de Pediatria. A mãe refere</p><p>que há um mês a criança iniciou com</p><p>coriza mucossanguinolenta e</p><p>irritabilidade com choro fácil. Ao</p><p>nascimento: peso = 2,2 Kg; perímetro</p><p>cefálico = 35 cm; comprimento = 48 cm.</p><p>Ao exame físico verifica-se dor à</p><p>mobilização de braço esquerdo com</p><p>choro intenso, coriza</p><p>mucossanguinolenta bilateral e erosões</p><p>em lábio superior; palidez cutâneo-</p><p>mucosa ++/4+; fígado a 3,5 cm do</p><p>rebordo costal direito e 3,5 cm do</p><p>apêndice xifoide; baço a 4 cm do</p><p>rebordo costal esquerdo. Considerando</p><p>a principal hipótese diagnóstica, quais</p><p>são, respectivamente, o exame a ser</p><p>solicitado e o resultado mais provável?</p><p>A) Tomografia computadorizada do</p><p>crânio; velamento dos seios da face.</p><p>B) Tomografia computadorizada de</p><p>crânio; calcificações cranianas corticais.</p><p>C) Radiograma de crânio; microcefalia e</p><p>suturas cranianas parcialmente</p><p>soldadas.</p><p>D) Radiograma de ossos longos; lesões</p><p>osteolíticas em epífise e espessamento</p><p>periosteal.</p><p>CCQ: Pensar em sífilis congênita nos</p><p>lactentes com coriza muco</p><p>sanguinolenta e solicitar raio-x de</p><p>ossos longos</p><p>Olá pessoal! Temos aqui uma questão</p><p>sobre as infecções congênitas na</p><p>pediatria em que foi cobrado o pareto</p><p>em relação à sífilis congênita. Vamos</p><p>aproveitar para revisar esse conteúdo</p><p>tão importante.</p><p>Sabemos que a sífilis congênita resulta</p><p>da disseminação hematogênica</p><p>transplacentária do Treponema</p><p>pallidum durante a gestação. No</p><p>momento do nascimento, a criança</p><p>pode estar assintomática e as</p><p>manifestações podem surgir após</p><p>algumas semanas de vida.</p><p>Alterações inespecíficas, como</p><p>visceromegalias, e também mais</p><p>típicas, como a rinite sifilítica. As</p><p>alterações ósseas são as manifestações</p><p>clínicas mais frequentes na sífilis</p><p>congênita.</p><p>O acometimento ósseo doloroso é</p><p>simétrico, localizado em ossos longos:</p><p>rádio, ulna, úmero, tíbia, fêmur e fíbula.</p><p>Geralmente são autolimitadas, curando</p><p>com ou sem tratamento. Por conta da</p><p>dor a criança permanece com o</p><p>membro imóvel e chora ao mínimo</p><p>manuseio, exatamente como na</p><p>história apresentada.</p><p>Alternativa A - Incorreta: O velamento</p><p>dos seios da face está mais presente nos</p><p>casos de sinusite, não é o quadro do</p><p>paciente.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A presença</p><p>de calcificações encefálicas é mais</p><p>comum na infecção congênita por</p><p>citomegalovírus e na toxoplasmose.</p><p>As calcificações difusas (por Todo o</p><p>cérebro) são mais características da</p><p>toxoplasmose congênita. Enquanto que</p><p>as calcificações periventriculares falam</p><p>mais a favor de citomegalovirose</p><p>congênita.</p><p>Alternativa C - Incorreta: As alterações</p><p>ósseas da sífilis congênita são mais</p><p>evidentes nos ossos longos e não no</p><p>crânio.</p><p>Alternativa D - Correta: Diversos</p><p>exames deverão ser feitos: VDRL do</p><p>sangue periférico, hemograma,</p><p>avaliação do líquor e, obviamente,</p><p>radiografia de ossos longos. As lesões</p><p>compatíveis com a osteocondrite são as</p><p>lesões metafisárias (não diafisárias).</p><p>Também pode haver periostite, que</p><p>aparece na radiografia como</p><p>espessamento diafisário.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>_________________________________</p><p>6. Uma mulher de 27 anos de idade</p><p>apresenta ciclos menstruais irregulares,</p><p>variando entre 15 e 60 dias, com</p><p>duração do sangramento variável de 2 a</p><p>10 dias. Relata que já sofreu dois</p><p>abortamentos espontâneos sucessivos</p><p>antes de 12 semanas de gestação,</p><p>sendo o último há um ano. Refere,</p><p>também, ganho de peso progressivo</p><p>desde que se casou. Ao exame físico,</p><p>constatou-se IMC = 32,1 kg/m2 e</p><p>presença de galactorreia à expressão</p><p>mamária. Para elucidação diagnóstica,</p><p>que exame complementar deveria ser</p><p>solicitado?</p><p>A) Dosagem de FSH e LH.</p><p>B) Dosagem de TSH e prolactina.</p><p>C) Dosagem de estradiol e</p><p>progesterona.</p><p>D) Dosagem de androstenediona e</p><p>testosterona livre.</p><p>CCQ: Investigação de irregularidade</p><p>menstrual.</p><p>Lembre-se que o ciclo menstrual</p><p>depende do bom funcionamento dos</p><p>compartimentos responsáveis pela</p><p>menstruação : hipotálamo, hipófise,</p><p>ovários e útero. Então, na investigação</p><p>de uma amenorreia ou sangramento</p><p>uterino anormal, temos que avaliar</p><p>cada um desses compartimentos. No</p><p>entanto, a investigação deve seguir</p><p>uma sequência lógica a partir da</p><p>exclusão de diagnósticos mais comuns</p><p>ou mais prováveis a partir da clínica da</p><p>paciente.</p><p>Alternativa B - Correta O primeiro</p><p>exame a ser feito é dosagem de TSH e</p><p>prolactina. As alterações tireoidianas</p><p>são causas comuns de amenorreia e a</p><p>dosagem é acessível. Além disso, no</p><p>caso em questão a paciente apresenta</p><p>ganho de peso e abortamentos,</p><p>possivelmente causadas por</p><p>tireoidopatia. O hipotireoidismo é</p><p>causa de hiperprolactinemia e por isso a</p><p>prolactina deve ser dosada</p><p>simultaneamente. Neste caso a</p><p>paciente apresenta galactorreia, mas</p><p>nem sempre está presente na</p><p>hiperprolactinemia e portanto dosamos</p><p>prolactina mesmo na ausência desse</p><p>sintoma.</p><p>Alternativa A - Incorreta A dosagem de</p><p>FSH e LH é usada na avaliação de</p><p>função hipofisária. Os valores desses</p><p>hormônios alteram de acordo com a</p><p>fase do ciclo e diante de uma</p><p>irregularidade menstrual pode ser difícil</p><p>a avaliação. Além disso, caso estivesse</p><p>alterados, ainda seria necessário avaliar</p><p>a função hipotalâmica com dosagem de</p><p>TSH e prolactina. Portanto não é o</p><p>primeiro exame a ser pedido nessa</p><p>investigação.</p><p>Alternativa C - Incorreta A dosagem de</p><p>estradiol e progesterona não é</p><p>solicitada de rotina pois também se</p><p>altera de acordo com a fase do ciclo</p><p>menstrual. Quando queremos avaliar a</p><p>presença desses hormônios geralmente</p><p>é feito reposição com anticoncepcionais</p><p>orais e avalia-se o sangramento após a</p><p>suspensão. Se houver sangramento</p><p>após o uso desses hormônios podemos</p><p>dizer que eles não estão sendo</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=Ei4Qm4gyULkblPohfT72</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=Ei4Qm4gyULkblPohfT72</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=Ei4Qm4gyULkblPohfT72</p><p>produzidos de maneira eficaz</p><p>fisiologicamente.</p><p>Alternativa D - Incorreta A dosagem de</p><p>ser tomada</p><p>diante desse quadro?</p><p>A) Trata-se de traumatismo leve, porém</p><p>não é possível estimar o risco sem que</p><p>se obtenha pelo menos uma radiografia</p><p>simples de crânio para descartar</p><p>possíveis fraturas.</p><p>B) Trata-se de traumatismo leve de alto</p><p>risco e o paciente deve ser</p><p>encaminhado para hospital de</p><p>referência para realização de</p><p>tomografia computadorizada de crânio</p><p>e avaliação neurocirúrgica.</p><p>C) Trata-se de traumatismo leve.</p><p>Porém, como a criança apresentou</p><p>cefaleia e vômito, deve ser mantida em</p><p>observação na UPA por, no mínimo, 12</p><p>horas até sua alta definitiva, caso fique</p><p>assintomática.</p><p>D) Trata-se de traumatismo leve de</p><p>baixo risco e o paciente deve receber</p><p>alta, orientando-se a família que</p><p>mantenha observação domiciliar sobre</p><p>os sinais de alerta e que retorne caso a</p><p>criança venha a apresentar</p><p>manifestações clínicas</p><p>CCQ: diagnóstico de trauma leve em</p><p>crianças</p><p>Consideramos como trauma leve em</p><p>crianças saudáveis ≥ 2 anos:</p><p>1. Estado mental normal no exame</p><p>inicial;</p><p>2. Exame neurológico sem</p><p>achados anormais ou focais;</p><p>3. Não há evidência física de</p><p>fratura de crânio.</p><p>Nessa questão, a banca nos trouxe uma</p><p>criança com TCE leve, correto? Pois</p><p>bem, devemos saber diferenciar em</p><p>quais casos indicaremos a TC ou não.</p><p>Para isso, analisaremos sinais de alto</p><p>risco:</p><p>• Achados neurológicos focais;</p><p>• Fratura de crânio,</p><p>especialmente sinais de fratura</p><p>de base do crânio;</p><p>• Estado mental alterado</p><p>(agitação, letargia, resposta</p><p>verbal lenta, perguntas</p><p>repetitivas);</p><p>• Convulsões;</p><p>• Perda de consciência</p><p>prolongada.</p><p>[Alternativa D - Correta]: visto que o</p><p>nosso paciente teve um TCE leve e não</p><p>apresenta sinais de alto risco, a melhor</p><p>conduta seria uma observação</p><p>cautelosa em casa. Caso a criança</p><p>apresente piora, persistência da</p><p>cefaleia, novos episódios de vômito,</p><p>mudança no estado mental ou no</p><p>comportamento, marcha instável,</p><p>incoordenação motora ou convulsão, é</p><p>fundamental o retorno imediato ao</p><p>hospital (por isso, a informação que a</p><p>família possui veículo próprio).</p><p>Gabarito: letra D</p><p>_________________________________</p><p>49. Uma paciente do sexo feminino,</p><p>com 20 anos de idade, sexualmente</p><p>ativa, apresenta urgência miccional e</p><p>disúria há três dias, sem outras</p><p>comorbidades. A urina encontra-se com</p><p>coloração turva e cheiro forte. Não tem</p><p>queixas ginecológicas. Segundo ela, é a</p><p>quarta vez no ano que tem episódios</p><p>semelhantes, sempre tratados com</p><p>sulfametaxozol. Qual é a conduta mais</p><p>adequada para esse caso?</p><p>A) Orientar a paciente a utilizar</p><p>cefalexina apenas após o resultado do</p><p>hemograma.</p><p>B) Orientar a a paciente a utilizar</p><p>ciprofloxacina imediatamente após a</p><p>coleta da urocultura.</p><p>C) Orientar a paciente a utilizar</p><p>amoxicilina imediatamente após o</p><p>resultado do exame sumário de urina.</p><p>D) Orientar a paciente a utilizar</p><p>lincomicina imediatamente após coleta</p><p>da urina e o resultado de dosagem de</p><p>creatinina sérica.</p><p>CCQ: Saber que devemos iniciar o</p><p>tratamento antibiótico após a coleta</p><p>da cultura de urina em pacientes com</p><p>cistite recorrente</p><p>Fala, pessoal! Questão um pouco</p><p>atípica e fora do Pareto, pois cistite não</p><p>é um assunto tão comum,</p><p>principalmente se fora da gravidez, mas</p><p>bora lá!</p><p>Disúria, polaciuria, tenesmo e urgência</p><p>miccional são sintomas que nos</p><p>sugerem o diagnóstico de cistite, a</p><p>famosa ITU não complicada. Quando</p><p>um paciente apresenta ≥2 infecções em</p><p>06 meses ou ≥3 infecções em 1 ano,</p><p>temos o diagnóstico de cistite</p><p>recorrente.</p><p>O tratamento desta condição é feito</p><p>com antibioticoterapia em um primeiro</p><p>momento (tratamos a infecção do</p><p>momento neste caso) e,</p><p>posteriormente, com</p><p>antibioticoprofilaxia, que pode ser:</p><p>contínua, pós-coito ou autotratamento;</p><p>não entraremos em muitos detalhes</p><p>para esta profilaxia, mas devemos saber</p><p>que, para iniciá-la, devemos ter um</p><p>antibiograma antes! E este é feito a</p><p>partir de uma urocultura.</p><p>Por isso, antes de iniciarmos o</p><p>tratamento da cistite no momento,</p><p>fazemos a coleta de urina para</p><p>urocultura, para podermos tomar a</p><p>conduta profilática posteriormente.</p><p>Agora, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: O</p><p>diagnóstico de cistite é clínico! Então,</p><p>não devemos esperar um HMG para</p><p>iniciar a antibioticoterapia.</p><p>Alternativa B - Correta: Exatamente!</p><p>Como explicado anteriormente,</p><p>paciente com cistite deve ser tratado</p><p>com a antibioticoterapia, mas se</p><p>fizermos a dose antes da coleta de</p><p>urocultura, o antibiótico pode interferir</p><p>nesta cultura! Por isso, imediatamente</p><p>após a coleta, podemos já iniciar nosso</p><p>medicamento.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Não</p><p>necessitamos aguardar o resultado de</p><p>um sumário de urina (urina simples)</p><p>para iniciar a antibioticoterapia.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Não é um</p><p>medicamento tão utilizado no</p><p>tratamento de cistite e, mesmo assim,</p><p>precisamos de uma urocultura, além de</p><p>não necessitarmos do resultado de</p><p>creatinina sérica.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B.</p><p>_________________________________</p><p>50. Uma mulher de 23 anos de idade foi</p><p>admitida na Emergência em trabalho de</p><p>parto, com ruptura de bolsa uterina. Ela</p><p>estava na 40a semana de gestação e</p><p>com pressão arterial de 170 x 100</p><p>mmHg. Duas horas após o parto,</p><p>apresentou crise convulsiva, sendo</p><p>controlada com medicação. Uma hora</p><p>depois, apresentou nova crise</p><p>convulsiva, que evoluiu para coma,</p><p>seguido de parada cardíaca irreversível</p><p>e óbito. A figura a seguir apresenta o</p><p>formulário relativo ao atestado de</p><p>óbito. Como se deve preencher</p><p>adequadamente o atestado de óbito?</p><p>A) Parte I: a - coma; b - crise convulsiva;</p><p>c - crise hipertensiva. Parte II: (sem</p><p>preenchimento).</p><p>B) Parte I: a - parada cardíaca; b - coma;</p><p>c - edema cerebral; d - crise convulsiva.</p><p>Parte II: eclâmpsia.</p><p>C) Parte I: a - parada cardíaca; b - coma;</p><p>c - crise convulsiva; d - crise</p><p>hipertensiva. Parte II: hipertensão.</p><p>D) Parte I: a - coma; b - edema cerebral;</p><p>c - crise convulsiva; d - eclâmpsia no</p><p>puerpério. Parte II: gestação de 40</p><p>semanas.</p><p>CCQ: Saber que a parte I da</p><p>Declaração de Óbito deve conter a</p><p>causa básica, intermediária e</p><p>imediata</p><p>Galera, esse tema é pareto dentro da</p><p>preventiva, fiquem atentos! A parte I da</p><p>Declaração de Óbito (D.O.) deve ser</p><p>preenchida nas linhas, conforme a</p><p>imagem abaixo.</p><p>Lembre-se que a causa básica é aquela</p><p>que desencadeou a cadeia de eventos</p><p>que levaram ao óbito, enquanto a causa</p><p>imediata é o último evento que</p><p>culminou no óbito.</p><p>Na parte II, o médico deve declarar</p><p>outras comorbidades pré-existentes e</p><p>sem relação direta com a morte, que</p><p>podem ter contribuído com piora do</p><p>desfecho, mas não entraram na</p><p>sequência causal declarada na parte I.</p><p>Importante: Para um preenchimento</p><p>adequado, não devemos registrar</p><p>diagnósticos imprecisos que não</p><p>esclarecem sobre a causa básica da</p><p>morte, como parada cardíaca, parada</p><p>respiratória ou parada</p><p>cardiorrespiratória.</p><p>No caso em análise, a gestante chegou</p><p>à emergência em trabalho de parto e</p><p>com a pressão arterial muito elevada.</p><p>Após o parto evoluiu com eclâmpsia</p><p>(causa básica), que desencadeou uma</p><p>crise convulsiva, seguida de edema</p><p>cerebral (causas intermediárias) que por</p><p>fim causou o coma (causa imediata) e o</p><p>óbito da paciente. A gestação anterior</p><p>foi a condição predisponente para</p><p>ocorrência de eclâmpsia, uma vez que</p><p>esta só ocorre em gestantes ou</p><p>puérperas, portanto esta condição deve</p><p>constar na parte II.</p><p>Vamos às alternativas?</p><p>Alternativa A – incorreta: A parte II</p><p>deve ser preenchida com o fator que</p><p>contribuiu para o desfecho, nesse caso</p><p>a gestação anterior com 40 semanas.</p><p>Alternativa B – incorreta: Como</p><p>explicado acima, o termo parada</p><p>cardíaca deve ser evitado no</p><p>preenchimento da declaração de óbito.</p><p>Além disso, a eclâmpsia deveria constar</p><p>na parte I como causa básica e não</p><p>como comorbidade sem relação direta</p><p>com o óbito.</p><p>Alternativa C – incorreta:</p><p>Mais uma</p><p>vez, a parada cardíaca não deveria estar</p><p>listada como causa imediata. O</p><p>enunciado também não cita que a</p><p>paciente era previamente hipertensa,</p><p>então esse dado não poderia constar na</p><p>parte II. A eclâmpsia deveria ser</p><p>considerada a causa básica e não a</p><p>“crise hipertensiva”.</p><p>Alternativa D – correta: Exatamente,</p><p>pessoal! Conforme explicado acima, a</p><p>eclâmpsia foi a causa básica, seguida</p><p>por convulsão, edema cerebral e</p><p>culminou em uma lesão irreversível,</p><p>apresentando coma seguido de óbito.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>_________________________________</p><p>51. Um menino de 7 anos e nove meses</p><p>de idade chega à Unidade Básica de</p><p>Saúde acompanhado por sua mãe. Na</p><p>última consulta, há um mês, a mãe se</p><p>mostrava preocupada, pois disse que</p><p>“ele não crescia como outros de mesma</p><p>idade”. Ele foi amamentado</p><p>exclusivamente até o sexto mês de vida,</p><p>sem histórico de doença aguda ou</p><p>crônica até o momento. Apresenta bom</p><p>apetite, alimenta-se bem. O médico</p><p>solicitou radiografia do punho, que</p><p>mostrou idade óssea de 5 anos e 9</p><p>meses. A altura do pai e da mãe,</p><p>respectivamente, são 167 cm e 154 cm.</p><p>O exame físico resultou normal. Os</p><p>gráficos de altura e peso estão</p><p>ilustrados na figura a seguir.</p><p>Considerando os dados apresentados,</p><p>qual a causa mais provável da baixa</p><p>estatura dessa criança?</p><p>A) Nutricional.</p><p>B) Hormonal.</p><p>C) Constitucional.</p><p>D) Doença genética.</p><p>CCQ: Saber que baixa estatura com</p><p>idade óssea menor que idade</p><p>cronológica é de causa constitucional</p><p>Galera, temos uma criança trazida ao</p><p>serviço de saúde pela mãe, que tem a</p><p>seguinte queixa: “não cresce como os</p><p>outros da mesma idade”. Diante disso,</p><p>como deveria ser nossa abordagem?</p><p>Bem, podemos dividi-la em dois</p><p>momentos, a saber:</p><p>1. Definir se realmente há baixa</p><p>estatura, isto é, se a criança se</p><p>encontra abaixo do percentil 3</p><p>para altura x idade;</p><p>2. Avaliar a velocidade de</p><p>crescimento (VC):</p><p>o Se VC normal para a</p><p>idade, solicitaremos</p><p>radiografia de punho</p><p>para definir idade óssea e</p><p>pensaremos em</p><p>variantes da</p><p>normalidade, como</p><p>baixa estatura familiar</p><p>(quando idade óssea =</p><p>idade cronológica) ou</p><p>atraso constitucional</p><p>(quando idade óssea <</p><p>idade cronológica);</p><p>o Se VC baixa, pensaremos</p><p>em variantes</p><p>patológicas, como</p><p>síndromes, estado</p><p>nutricional e</p><p>endocrinopatias.</p><p>Com base nisso, podemos perceber que</p><p>temos uma criança com baixa estatura,</p><p>comprovada pelo gráfico de</p><p>crescimento que demonstra um p < 3</p><p>para altura x idade. Assim, devemos</p><p>seguir para o próximo passo e analisar a</p><p>velocidade de crescimento. De acordo</p><p>com o gráfico, percebemos que a</p><p>criança tem crescido 5 cm/ano, o que se</p><p>encontra dentro do padrão para a sua</p><p>faixa etária (5-7 cm/ano para pré-</p><p>púberes).</p><p>Dessa forma, temos uma criança com</p><p>baixa estatura e velocidade de</p><p>crescimento normal. Com isso,</p><p>devemos solicitar radiografia de punho</p><p>para avaliar idade óssea. Percebam que</p><p>a idade óssea foi inferior à idade</p><p>cronológica, o que sugere um atraso</p><p>constitucional do crescimento.</p><p>Agora que construímos nosso</p><p>raciocínio, vamos resolver a questão:</p><p>Alternativa A - Incorreta: A criança</p><p>apresenta bom apetite e alimenta-se</p><p>bem, portanto, seu déficit estatural</p><p>dificilmente se deve a um problema</p><p>nutricional.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A criança</p><p>apresenta velocidade de crescimento</p><p>normal para a idade, o que enfraquece a</p><p>hipótese de uma endocrinopatia, na</p><p>qual encontraríamos velocidade de</p><p>crescimento alterada.</p><p>Alternativa C - Correta: Como vimos,</p><p>quando a velocidade de crescimento</p><p>está normal, e a idade óssea é menor</p><p>que a idade cronológica, o atraso do</p><p>crescimento é constitucional!</p><p>Alternativa D - Incorreta: Síndromes</p><p>genéticas levariam a uma velocidade de</p><p>crescimento alterada. No entanto, a</p><p>velocidade de crescimento do nosso</p><p>paciente é normal.</p><p>Portanto, ficamos com letra C como</p><p>gabarito!</p><p>________________________________</p><p>52. Em consulta no ambulatório de</p><p>Ginecologia, uma paciente de 25 anos</p><p>de idade retorna para apresentar</p><p>resultado de citologia cervicovaginal.</p><p>Relata que teve um parto normal há 5</p><p>anos e que atualmente está em uso de</p><p>contraceptivo oral. Nega queixas gerais</p><p>ou ginecológicas no momento. O</p><p>resultado da citologia cérvicovaginal</p><p>demonstra: citologia satisfatória com</p><p>presença de atipias em células</p><p>escamosas tipo lesão intra-epitelial de</p><p>alto grau. Qual a conduta preconizada</p><p>para essa paciente?</p><p>A) Proceder à colposcopia com biópsia</p><p>dirigida de qualquer eventual alteração</p><p>identificada.</p><p>B) Proceder à coloposcopia, que deverá</p><p>ser repetida se o resultado for lesões</p><p>com aparência de baixo grau.</p><p>C) Realizar exame clínico do colo</p><p>uterino e, se não houver lesão visível,</p><p>repetir a citologia em 6 meses.</p><p>D) Colher nova citologia para</p><p>confirmação diagnóstica, antes de</p><p>prosseguir com qualquer outra</p><p>investigação.</p><p>CCQ: Saber que a conduta para</p><p>pacientes com resultado HSIL é</p><p>encaminhar para a realização de</p><p>colposcopia</p><p>O rastreamento do câncer de colo</p><p>uterino sempre está presente nas</p><p>provas. Cobrar a periodicidade da</p><p>citologia oncótica é uma das formas</p><p>mais clássicas de cobrarem esse tema</p><p>na prova, porém, eventualmente</p><p>pedem também a conduta frente ao</p><p>resultado da citologia, como foi o caso</p><p>dessa questão. Por isso, vamos</p><p>aproveitar para revisar brevemente o</p><p>tema.</p><p>No caso de resultado citopatológico</p><p>indicando lesão intraepitelial de alto</p><p>grau (HSIL), a conduta,</p><p>independentemente da idade da</p><p>paciente, é encaminhar para a</p><p>realização de colposcopia. Na</p><p>colposcopia, o método de escolha para</p><p>a abordagem das lesões tem sido o</p><p>excisional (“ver e tratar”), pois, além de</p><p>permitir diagnosticar os casos de</p><p>invasão não detectados, serve de</p><p>tratamento quando a lesão é</p><p>intraepitelial. No entanto, a diretriz do</p><p>Ministério da Saúde prevê que, em</p><p>locais onde não seja possível realizar a</p><p>terapia excisional, a biópsia pode ser</p><p>considerada uma conduta aceitável.</p><p>Como um algo a mais, vamos relembrar</p><p>que, de acordo com o Ministério da</p><p>Saúde (MS), o exame citopatológico de</p><p>rastreamento deve ser realizado “em</p><p>mulheres de 25 a 64 anos de idade, uma</p><p>vez por ano e, após dois exames anuais</p><p>consecutivos negativos, a cada três</p><p>anos.” Além disso, só deve ser realizado</p><p>em mulheres que já tiveram relação</p><p>sexual, inclusive se a mulher estiver</p><p>gestante no momento previsto para a</p><p>coleta.</p><p>Alternativa A - Correta: Conforme</p><p>discutido acima.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Na</p><p>colposcopia, deve ser realizada biópsia</p><p>ou excisão da lesão.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A diretriz do</p><p>Ministério da Saúde considera</p><p>inadmissível realizar nova coleta de</p><p>citologia ao invés de encaminhar a</p><p>paciente à colposcopia.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A diretriz do</p><p>Ministério da Saúde considera</p><p>inadmissível realizar nova coleta de</p><p>citologia ao invés de encaminhar a</p><p>paciente à colposcopia.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa A.</p><p>________________________________</p><p>53. Uma paciente de 24 anos de idade,</p><p>com queimaduras pelo corpo, chega à</p><p>Unidade de Pronto Atendimento (UPA)</p><p>trazida pelo marido. Acidentou-se ao</p><p>jogar álcool na churrasqueira. A</p><p>paciente está consciente e orientada,</p><p>com queimaduras de segundo grau no</p><p>tronco anterior e em face anterior do</p><p>membro superior direito, e queimadura</p><p>de terceiro grau de 10 cm na mama.</p><p>Queixa- se de muita dor. Diante disso o</p><p>médico resolveu interná-la para</p><p>tratamento. O médico se baseou para</p><p>indicar a internação na presença de</p><p>A) queimaduras de segundo grau em</p><p>20% da superfície corporal.</p><p>B) queimaduras no tórax, havendo</p><p>suspeita de lesão de vias aéreas.</p><p>C) queimaduras de terceiro grau em</p><p>mais de 5% da superfície corporal.</p><p>D) queimadura circunferencial no</p><p>braço, com risco de síndrome de</p><p>compartimento.</p><p>CCQ: QUEIMADURA DE 2º GRAU ></p><p>20% = INTERNAÇÃO.</p><p>Nessa questão, a banca deseja saber</p><p>quem deve ou não</p><p>ser internado pós</p><p>queimadura.</p><p>Todo paciente com ´grande queimado´</p><p>que tem necessidade de cuidados</p><p>especializados, deve ser internado. São</p><p>eles:</p><p>1. Queimaduras de 2º grau com</p><p>área corporal atingida maior do</p><p>que 20%;</p><p>2. Queimaduras de 3º grau;</p><p>3. Queimaduras de 2º ou 3º grau</p><p>atingindo o períneo, mão ou pé</p><p>ou face ou pescoço ou axila;</p><p>4. Queimaduras por corrente</p><p>elétrica ou química graves;</p><p>5. Lesão inalatória;</p><p>6. Pacientes que podem ter suas</p><p>comorbidades pioradas pela</p><p>queimadura.</p><p>Portanto, como o paciente tem</p><p>queimaduras de 2º grau em mais que</p><p>20%, a resposta correta está na letra A.</p><p>NB.: Lembrar que 1% é a palma da sua</p><p>mão, mais ou menos.</p><p>Portanto, ficamos com a Alternativa A</p><p>como gabarito.</p><p>________________________________</p><p>54. Uma mulher de 45 anos de idade</p><p>sedentária e tabagista (5 cigarros/dia),</p><p>procura atendimento em uma Unidade</p><p>de Saúde da Família por estar acima do</p><p>peso e ter o diagnóstico de diabetes</p><p>confirmado há cerca de 6 meses. Ela</p><p>informou que, apesar da prescrição de</p><p>tratamento para o diabetes, não o</p><p>segue conforme recomendado. Ao</p><p>exame físico, constatou-se IMC = 33</p><p>kg/m 2 (VR = 18 - 25 m2 /Kg) e PA = 140</p><p>x 80 mmHg. O abdome tinha aspecto</p><p>globoso, indolor à palpação, sem</p><p>visceromegalias. Constatou-se</p><p>concentração de gordura corpórea em</p><p>abdome e pescoço. A avaliação do</p><p>aparelho cardiovascular evidenciou</p><p>ausência de alterações. Os exames</p><p>laboratoriais revelaram: Glicemia de</p><p>jejum = 150 mg/dL (VR = 75 a 99 mg/dL)</p><p>Hemoglobina glicosilada = 7,0% (VR =</p><p>3,8 a 6,4%) Colesterol total = 230 mg/dL</p><p>(VR = < 200 mg/dL) Triglicerídeos = 260</p><p>mg/dL (VR = < 260 mg/dL)</p><p>Considerando o caso, qual das</p><p>seguintes recomendações é a mais</p><p>adequada para o tratamento do</p><p>diabetes mellitus dessa paciente?</p><p>A) Iniciar tratamento com</p><p>insulinoterapia noturna.</p><p>B) Realizar restrição dietética e praticar</p><p>atividade física diária.</p><p>C) Utilizar as biguanidas como drogas</p><p>de primeira escolha.</p><p>D) Utilizar as glitazonas, em razão das</p><p>complicações do diabetes</p><p>apresentadas.</p><p>CCQ: saber que as biguanidas são as</p><p>drogas de escolha para início de</p><p>tratamento em paciente com diabetes</p><p>mellitus tipo 2.</p><p>Fala, pessoal! Questão clássica de</p><p>diabetes!</p><p>Temos uma paciente sedentária, obesa</p><p>(IMC 33) e tabagista. A banca afirma que</p><p>ela teve diagnóstico confirmado de</p><p>diabetes há 6 meses, mas não faz o</p><p>tratamento adequado (podemos ver</p><p>pela HbA1C de 7%). Ah, e um detalhe: a</p><p>paciente apresenta concentração de</p><p>gordura em abdome, ou seja, mais um</p><p>fator de risco.</p><p>Iniciamos o tratamento geralmente</p><p>com uma biguanida, por seus poucos</p><p>efeitos colaterais e um grande efeito</p><p>para descenso de HbA1C. Em alguns</p><p>casos, podemos iniciar diretamente</p><p>com insulina:</p><p>• Glicemia > 300 ou HbA1C</p><p>próximo a 10%.</p><p>Agora, a banca nos pergunta qual é a</p><p>terapia recomendada, vamos às</p><p>alternativas para entendermos melhor:</p><p>Alternativa A - Incorreta: pessoal,</p><p>paciente não tem taxas tão altas de</p><p>glicemia nem de hemoglobina glicada,</p><p>além do mais, ela já refere não seguir</p><p>tratamento recomendado (que, apesar</p><p>de não informado, provavelmente foi</p><p>com medicação oral), ou seja, se</p><p>iniciarmos insulina, que é uma aplicação</p><p>invasiva, temos quase a certeza que ela</p><p>não seguirá o tratamento novamente!</p><p>Alternativa B - Incorreta: nossa</p><p>paciente já apresenta muitos fatores de</p><p>risco e diabetes confirmado! É</p><p>necessário o tratamento</p><p>medicamentoso!</p><p>Alternativa C - Correta: as biguanidas</p><p>(metformina) são a droga de escolha</p><p>para início de tratamento no diabetes</p><p>mellitus tipo 2, e, junto com as</p><p>sulfonilureias, são a medicação por VO</p><p>que causam o maior descenso de</p><p>HbA1C! E, com um ponto a mais, não</p><p>causam hipoglicemia (sulfonilureias</p><p>causam hipoglicemia).</p><p>Alternativa D - Incorreta: pioglitazonas</p><p>tem como efeito colateral o aumento de</p><p>peso (pelo acúmulo de líquidos) e</p><p>aumento do risco de exacerbação de</p><p>doença cardíaca. Note que nossa</p><p>paciente, apesar de não ter doença</p><p>cardiovascular, apresenta muitos</p><p>fatores de risco e, dentre eles, temos a</p><p>obesidade. Além de glitazonas serem</p><p>fármacos que geralmente não</p><p>escolhemos no início do tratamento da</p><p>diabetes, a paciente também tem</p><p>contraindicação.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>_________________________________</p><p>55. Na Enfermaria de um quartel militar</p><p>constatou-se um aumento súbito e</p><p>importante de casos de afecções</p><p>entéricas. Foram identificados 180</p><p>indivíduos adultos, do sexo masculino,</p><p>que apresentaram às 14h (mediana do</p><p>tempo de início dos sintomas) do dia 13</p><p>de janeiro de 2015, quadro de diarreia</p><p>frequente e não volumosa, contendo</p><p>pus ou sangue, dores abdominais</p><p>intensas e febre. Não foram detectados</p><p>casos de maior gravidade. Todos os</p><p>doentes haviam participado de um</p><p>jantar comemorativo ocorrido no</p><p>quartel no dia anterior. Estavam</p><p>presentes no jantar 220 pessoas. Após a</p><p>investigação, o fato foi considerado um</p><p>Surto de Doença Diarreica Aguda por</p><p>transmissão alimentar. Duas possíveis</p><p>fontes de infecção foram identificadas,</p><p>conforme tabela a seguir: Número total</p><p>de indivíduos adultos, do sexo</p><p>masculino, que participaram do jantar</p><p>comemorativo no quartel, no dia 12 de</p><p>janeiro de 2015. Analisando os dados do</p><p>surto epidêmico e a tabela acima, é</p><p>correto concluir-se que</p><p>A) a ingestão de frango associada à</p><p>ingestão de ovos diminuiu a</p><p>probabilidade de adoecimento durante</p><p>o surto epidêmico avaliado.</p><p>B) o ovo pode ser apontado como o</p><p>alimento com maior probabilidade de</p><p>ser a fonte de contaminação do surto</p><p>epidêmico descrito</p><p>C) a ingestão de frango associada à</p><p>ingestão de ovos aumentou a</p><p>probabilidade de adoecimento durante</p><p>o surto epidêmico avaliado.</p><p>D) o frango pode ser apontado como o</p><p>alimento com maior probabilidade de</p><p>ser a fonte de contaminação do surto</p><p>epidêmico descrito.</p><p>CCQ: Saber que a probabilidade de um</p><p>fator ser causal associa-se ao</p><p>percentual de casos relacionados ao</p><p>fator</p><p>Pessoal, questão interessante e de um</p><p>estilo consideravelmente comum nas</p><p>provas. Vamos entendê-la?</p><p>Para analisar a probabilidade de um</p><p>fator ser a causa de determinado</p><p>evento, o primeiro passo é determinar o</p><p>percentual de casos que tiveram relação</p><p>com o fator.</p><p>Primeiro, vamos calcular o percentual</p><p>de casos de doença em indivíduos que</p><p>comeram ovos:</p><p>• O total de pessoas que comeram</p><p>ovos é 200. Desses, 173 ficaram</p><p>doentes (90 + 83). Então, o</p><p>percentual é: 173/200 = 86,5%.</p><p>Agora, vamos calcular o percentual de</p><p>casos de doença em indivíduos que</p><p>comeram frango:</p><p>• O total de pessoas que comeram</p><p>frango é 110. Desses, 86 ficaram</p><p>doentes (83 + 3). Então, o</p><p>percentual é: 86/110 = 78,2%.</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Veja, a</p><p>combinação ingestão de ovos +</p><p>ingestão de frango gerou 83 doentes, o</p><p>que corresponde a 46,1% do total de</p><p>doentes (83/180). Essa certamente não</p><p>é uma combinação com baixa</p><p>probabilidade, e é maior que outras</p><p>combinações, como, por exemplo,</p><p>qualquer uma formada com a não</p><p>ingestão de ovos.</p><p>Alternativa B - Correta: Exatamente! O</p><p>percentual de casos de doença em</p><p>indivíduos que comeram ovos foi de</p><p>86,5%, bem maior que o percentual de</p><p>casos em indivíduos que comeram</p><p>frango.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Essa</p><p>afirmação não faz sentido, já que,</p><p>dentre os doentes que comeram ovos, a</p><p>maioria comeu também frango.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Pelo</p><p>contrário, é o ovo que pode ser</p><p>apontado como o alimento com maior</p><p>probabilidade de ser a fonte de</p><p>contaminação do surto epidêmico</p><p>descrito.</p><p>Portanto, a alternativa correta é a</p><p>letra B.</p><p>_________________________________</p><p>56. Um adolescente do sexo masculino</p><p>de 12 anos de idade é levado à</p><p>Emergência para avaliação clínica.</p><p>Apresenta quadro de febre, cefaleia e</p><p>vômitos com 12h de evolução. A mãe</p><p>nega antecedentes patológicos</p><p>relevantes. Exame físico: bom estado</p><p>geral, com</p><p>fotofobia, hipocorado 1+/4+,</p><p>desidratado 1+/4+, anictérico e</p><p>acianótico. Aparelho respiratório,</p><p>ausculta cardíaca e exame abdominal</p><p>sem anormalidades. Não apresenta</p><p>sinais focais e as pupilas são isocóricas e</p><p>fotorreativas. Apresenta sinal de</p><p>Brudzinski positivo. Exame do líquor</p><p>evidencia glicose = 40 mg/dL (VR = 40 -</p><p>70 mg/dL); 1.000 células/mm3 , 80% de</p><p>neutrófilos (VR = 0 - 5 células/mm3 );</p><p>proteínas = 150 mg/dL (VR = 8 - 32</p><p>mg/dL). Tendo em vista o quadro acima</p><p>descrito, o diagnóstico mais provável e</p><p>o respectivo tratamento são</p><p>A) meningite fúngica e anfotericina B.</p><p>B) meningite bacteriana e ceftriaxone.</p><p>C) meningite viral e medicação</p><p>sintomática.</p><p>D) meningite tuberculosa e esquema</p><p>tríplice.</p><p>CCQ: Saber que exame do líquor com</p><p>hipoglicorraquia e</p><p>hiperproteinorraquia são sugestivos</p><p>de meningite bacteriana</p><p>Olá Mentorando JJ! As meningites são</p><p>um tema quente para a prova de</p><p>pediatria e as alterações do líquido</p><p>cefalorraquidiano (LCR) costumam ser</p><p>cobradas para o diagnóstico diferencial</p><p>correto.</p><p>Temos na nossa questão um paciente</p><p>que apresenta clínica de irritação</p><p>meníngea, isso é evidenciado pelo sinal</p><p>de Brudzinski (SB) positivo.</p><p>Mas afinal, o que é esse sinal?</p><p>O SB é caracterizado pela flexão</p><p>involuntária da perna sobre a coxa ao</p><p>fletir passivamente a cabeça do</p><p>paciente. Outro sinal bastante cobrado</p><p>é o sinal de Kernig que consiste na</p><p>impossibilidade de estender o joelho</p><p>mais que 135º ao fletirmos o quadril do</p><p>paciente em decúbito dorsal.</p><p>Além dessas alterações também fica</p><p>evidenciado um perfil liquórico de</p><p>pleocitose com predomínio</p><p>neutrofílico, com hipoglicorraquia e</p><p>hiperproteinorraquia.</p><p>Tendo em vista essas alterações vamos</p><p>relembrar quais são as características</p><p>do líquor das principais etiologias de</p><p>meningite?</p><p>Alternativa A - Incorreta: Na meningite</p><p>fúngica temos uma baixa quantidade de</p><p>leucócitos, com predomínio de</p><p>linfócitos, proteinorraquia moderada e</p><p>glicose normal.</p><p>Alternativa B - Correta: A partir do</p><p>perfil liquórico de pleocitose com</p><p>predomínio neutrofílico, com</p><p>hipoglicorraquia e hiperproteinorraquia</p><p>pensamos inicialmente em uma</p><p>meningite bacteriana aguda.</p><p>Dentre os principais agentes etiológicos</p><p>mais comuns, temos 3: Meningococo</p><p>(N. meningitidis - diplococo Gram-</p><p>negativo), Hemófilo (H. influenzae tipo</p><p>B - cocobacilo Gram-negativo) e</p><p>Pneumococo (S. pneumoniae -</p><p>diplococo Gram-positivo).</p><p>Devemos usar cefotaxima (200</p><p>mg/kg/dia, 6/6h) ou ceftriaxona (100</p><p>mg/kg/dia, 12/12h) na terapia empírica</p><p>inicial. Para o N. meningitidis, o</p><p>tratamento é feito com penicilina</p><p>cristalina intravenosa (400.000</p><p>U/kg/dia) por 5-7 dias.</p><p>Vale lembrar que a ceftriaxona não é</p><p>recomendada no período neonatal</p><p>porque, assim como outras</p><p>cefalosporinas, pode deslocar a</p><p>bilirrubina da albumina sérica, piorando</p><p>o quadro de hiperbilirrubinemia, com</p><p>risco de kernicterus.</p><p>Alternativa C - Incorreta: As alterações</p><p>no líquor não falam a favor da etiologia</p><p>viral.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A meningite</p><p>tuberculosa é uma complicação da</p><p>infecção tuberculosa, que pode ser</p><p>diferenciada por apresentar um liquor</p><p>límpido ou xantocrômico, o que não é</p><p>compatível com o do paciente em</p><p>questão.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B.</p><p>_________________________________</p><p>57. O Serviço de Atendimento Móvel de</p><p>Urgência (SAMU) foi encaminhado para</p><p>atendimento de uma gestante de 19</p><p>anos de idade, com idade gestacional</p><p>de 9 semanas (confirmada por</p><p>ultrassonografia precoce) e queixa de</p><p>sangramento vaginal intenso. A</p><p>paciente nega comorbidades ou</p><p>trauma. Ao exame físico, revela-se</p><p>hipocorada (++/4+); PA = 90 X 60</p><p>mmHg; FC = 110 bpm. O exame</p><p>ginecológico evidenciou útero</p><p>intrapélvico e aumentado de volume,</p><p>colo amolecido com 1 cm de dilatação,</p><p>presença de sangramento vaginal ativo</p><p>e saída de restos ovulares. A paciente</p><p>foi encaminhada para atendimento</p><p>hospitalar. Quais seriam,</p><p>respectivamente, o diagnóstico e a</p><p>conduta corretos nesse caso?</p><p>A) Ameaça de aborto; realizar</p><p>ultrassonografia transvaginal.</p><p>B) Aborto completo; estabilizar o</p><p>quadro hemodinâmico e realizar</p><p>curetagem uterina.</p><p>C) Aborto incompleto; estabilizar o</p><p>quadro hemodinâmico e realizar</p><p>curetagem uterina.</p><p>D) Aborto infectado; iniciar</p><p>antibioticoterapia de largo espectro e</p><p>realizar curetagem uterina.</p><p>CCQ: Saber que no aborto incompleto</p><p>devemos esvaziar a cavidade uterina</p><p>A questão traz um quadro clínico</p><p>compatível com abortamento, e pede</p><p>pra que você defina qual tipo de</p><p>abortamento e qual a conduta para o</p><p>caso. Perceba também que a paciente</p><p>está hipotensa, taquicárdica e</p><p>hipocorada, sugerindo sangramento</p><p>em grande quantidade e instabilidade</p><p>hemodinâmica que também precisa ser</p><p>resolvida.</p><p>Os tipos clínicos de abortamentos</p><p>podem ser diferenciados pelo tamanho</p><p>uterino (compatível ou não com a idade</p><p>gestacional), a presença de BCF</p><p>(batimento cardíaco fetal), o colo</p><p>uterino pérvio ou não e a</p><p>ultrassonografia. A conduta varia de</p><p>acordo com o tipo de abortamento.</p><p>Vamos analisar as alternativas para</p><p>definir qual se enquadra neste caso.</p><p>Alternativa A - Incorreta na ameaça de</p><p>abortamento, ocorre sangramento</p><p>uterino, mas não há perda fetal,</p><p>portanto, o útero tem aumento</p><p>compatível com a idade gestacional, o</p><p>colo está impérvio e há BCF presente.</p><p>Neste caso, a conduta é expectante.</p><p>Alternativa B - Incorreta no</p><p>abortamento completo, há expulsão de</p><p>todo conteúdo fetal, o útero não está</p><p>mais aumentado, e o colo uterino está</p><p>impérvio. Como não há restos ovulares</p><p>intrauterinos ou no canal cervical, não é</p><p>necessário curetagem.</p><p>Alternativa C - Correta no</p><p>abortamento incompleto, o embrião já</p><p>foi expulso, logo não há BCF, mas ainda</p><p>restam restos ovulares intrauterinos ou</p><p>no canal cervical, por isso, o colo ainda</p><p>é pérvio e o útero ainda está</p><p>aumentado. É compatível com o</p><p>descrito neste caso. É indicada</p><p>curetagem uterina para retirar os restos</p><p>ovulares, além de estabilização</p><p>hemodinâmica.</p><p>Alternativa D - Incorreta no</p><p>abortamento infectado, os restos</p><p>ovulares geraram infecção associada. O</p><p>útero está aumentado e o colo pérvio</p><p>com saída de secreção purulenta ou</p><p>fétida. Pode haver também</p><p>comprometimento sistêmico com febre</p><p>associada. Neste caso, é necessária</p><p>curetagem e antibioticoterapia.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>_________________________________</p><p>58. Um paciente de 57 anos de idade</p><p>apresentava queixas dispépticas há</p><p>cerca de dois anos, quando procurou</p><p>atendimento médico. Na época</p><p>recebeu orientações, tratamento</p><p>sintomático e foi solicitado o exame de</p><p>endoscopia digestiva alta. Porém, por</p><p>ter apresentado melhora com o</p><p>tratamento instituído, não realizou o</p><p>exame. Há cerca de 1 mês, voltou a</p><p>apresentar piora do quadro álgico com</p><p>as mesmas características e o exame</p><p>endoscópico agora realizado</p><p>apresentou laudo sugestivo de lesão</p><p>maligna não ulcerada, de 5 centímetros,</p><p>na porção alta do corpo gástrico. O</p><p>exame anatomopatológico mostrou</p><p>adenocarcinoma bem diferenciado. A</p><p>tomografia computadorizada de</p><p>abdome para estadiamento não</p><p>mostrou qualquer outro achado.</p><p>Considerando os resultados dos</p><p>exames, a conduta terapêutica a ser</p><p>tomada deveria incluir a</p><p>A) ressecção cirúrgica ampla como</p><p>tratamento exclusivo.</p><p>B) erradicação do H. Pylori com</p><p>antibióticos, seguida da ressecção</p><p>cirúrgica ampla.</p><p>C) radioterapia associada a</p><p>quimioterapia, seguida de ressecção</p><p>cirúrgica ampla.</p><p>D) ressecção cirúrgica ampla, seguida</p><p>de quimioterapia neoadjuvante</p><p>conforme estadiamento.</p><p>CCQ: Conduta no câncer gástrico</p><p>Essa questão deveria ter sido</p><p>ANULADA. Vamos entender:</p><p>Para iniciar, temos que tentar fazer o</p><p>estadiamento do tumor. Temos a</p><p>informação de que o tumor tem 5cm e</p><p>não há sinais de metástase. Nossa</p><p>primeira conclusão é de que o tumor</p><p>não é T1a, já que tem mais de 2cm.</p><p>Por</p><p>isso, o tratamento envolverá cirurgia. É</p><p>importante saber que o fato de o</p><p>adenocarcinoma ser bem diferenciado</p><p>não interfere no nosso estadiamento.</p><p>Não temos informações suficientes</p><p>para fazer o estadiamento T adequado,</p><p>que é a parte do estadiamento que</p><p>muda nossa conduta (já que T1b tem</p><p>tratamento endoscópico e T4b já indica</p><p>tratamento paliativo, independente da</p><p>condição dos linfonodos e da presença</p><p>de metástases). Não sabemos qual a</p><p>profundidade do tumor e por isso não é</p><p>possível saber se ele é T1b, T2, T3 ou</p><p>T4a, que definiria nossa conduta em</p><p>relação à necessidade ou não de</p><p>quimiorradioterapia.</p><p>Caso o tumor fosse T1b ou T2, a</p><p>ressecção cirúrgica poderia ser indicada</p><p>sem a necessidade de adjuvância. Não</p><p>há como saber se o paciente tem</p><p>indicação de receber</p><p>quimiorradioterapia adjuvante, que</p><p>estaria indicada em tumores T3, T4a ou</p><p>com acometimento de linfonodos. Se</p><p>tivéssemos um tumor T4a ou com</p><p>linfonodos acometidos, a quimioterapia</p><p>neoadjuvante também poderia ser</p><p>indicada. A erradicação do H. pylori não</p><p>tem nenhuma indicação em um</p><p>adenocarcinoma de estômago já</p><p>diagnosticado.</p><p>Alternativa D – incorreta A ressecção</p><p>cirúrgica deve ser ampla, já que o</p><p>tratamento cirúrgico inclui a</p><p>linfadenectomia a D2. Nessa</p><p>alternativa, a quimioterapia</p><p>neoadjuvante foi descrita como sendo</p><p>realizada DEPOIS da cirurgia, mas o</p><p>correto é ANTES.</p><p>Gabarito: a questão deveria ter sido</p><p>ANULADA, já que não tem gabarito.</p><p>_________________________________</p><p>59. Uma paciente de 65 anos de idade</p><p>foi encaminhada ao ambulatório de</p><p>Cirurgia após realizar uma radiografia</p><p>simples de tórax durante uma consulta</p><p>de rotina na Unidade Básica de Saúde,</p><p>tendo sido constatada a presença de</p><p>nódulo único arredondado com</p><p>aproximadamente 3,2 centímetros em</p><p>região central do pulmão direito.</p><p>Durante a consulta relatou ao médico</p><p>que fumou 3 maços de cigarro/dia por</p><p>mais de 30 anos, mas cessou o vício há 1</p><p>ano. Nega história familiar de</p><p>neoplasias. Qual das seguintes</p><p>condutas deve ser tomada diante desse</p><p>quadro?</p><p>A) Solicitar ressonância magnética de</p><p>tórax.</p><p>B) Solicitar tomografia</p><p>computadorizada de tórax com secção</p><p>transnodular.</p><p>C) Realizar broncoscopia com biópsia</p><p>transbrônquica e exame</p><p>anatomopatológico.</p><p>D) Realizar seguimento semestral com</p><p>radiografia simples de tórax e dosagem</p><p>de marcadores tumorais séricos.</p><p>CCQ: Saber como fazer a investigação</p><p>de nódulo pulmonar</p><p>Fala, pessoal! Questão boa do INEP</p><p>para revisarmos alguns parâmetros de</p><p>nódulos pulmonares. Então vamos lá!</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=wTNAVRvjRGRILT7pwIut&itemId=qVkE3aIV4vUemIS2WuZv</p><p>Temos um paciente com 65 anos de</p><p>idade, com um nódulo no pulmão de 3,2</p><p>centímetros (> 3cm já chamamos de</p><p>massa, e isso já é indicação de</p><p>investigação!). Agora vem algo</p><p>importante: paciente fumou 3 maços</p><p>de cigarro/dia por 30 anos! Isso dá uma</p><p>carga tabágica de 90 maços/ano, que é</p><p>uma carga muito alta! Só com isso já</p><p>poderíamos pensar que teríamos que</p><p>investigar melhor esta massa.</p><p>Uma radiografia não nos aporta dados</p><p>muito fidedignos! Por isso faríamos a</p><p>indicação de uma TC de tórax com</p><p>secção transnodular, e aí teríamos uma</p><p>certeza maior para a indicação de</p><p>biópsia.</p><p>Vamos relembrar alguns outros</p><p>parâmetros que indicam nódulo</p><p>pulmonar maligno:</p><p>• Paciente fumante</p><p>• Tumor > 2cm</p><p>• Tumor espiculado, margem</p><p>irregular</p><p>• Crescimento do nódulo</p><p>acelerado</p><p>• Calcificação excêntrica,</p><p>pontilhada</p><p>São características que serão</p><p>encontradas na TC de tórax! E não na</p><p>Radiografia!</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta Exame que</p><p>poderia ser utilizado, mas não é</p><p>primeira escolha, por ser mais caro e</p><p>aportar os mesmos dados de uma TC.</p><p>Alternativa B - Correta Como</p><p>explicado acima, nosso paciente</p><p>apresenta uma radiografia com padrão</p><p>de massa com uma história de</p><p>tabagismo importante! Apesar de</p><p>termos uma alta suspeita para</p><p>malignidade, necessitaríamos de uma</p><p>TC para melhor análise dessa massa.</p><p>Alternativa C - Incorreta Como citado</p><p>antes, necessitamos de uma melhor</p><p>análise antes de indicar um exame mais</p><p>invasivo.</p><p>Alternativa D - Incorreta Nosso</p><p>paciente é um paciente com alta</p><p>suspeita para malignidade, por isso</p><p>devemos continuar a investigação.</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa B.</p><p>_________________________________</p><p>60. Questão anulada</p><p>A) A - item anulado</p><p>B) B - item anulado</p><p>C) C - item anulado</p><p>D) D - item anulado</p><p>________________________________</p><p>61. Um menino de 6 anos de idade é</p><p>levado ao Pronto Socorro em razão de</p><p>uma picada de aranha na face dorsal da</p><p>mão esquerda, ocorrida há cerca de 24</p><p>horas. Os pais relatam que,</p><p>inicialmente, a criança queixou-se de</p><p>dor local, que melhorou com analgesia</p><p>oral. Por essa razão, a família não havia</p><p>buscado atendimento. Hoje pela</p><p>manhã, no entanto, os pais observaram</p><p>o surgimento de bolha com piora da</p><p>dor. A criança descreve que “é como se</p><p>queimasse”. A aranha não foi coletada,</p><p>mas a mãe descreve que ela era</p><p>pequena e “amarronzada”. Ao exame</p><p>físico, além da lesão descrita, observa-</p><p>se palidez e temperatura axilar de 39 °C.</p><p>Qual aracnídeo está associado ao</p><p>quadro descrito e qual seria uma</p><p>conduta adequada?</p><p>A) Loxosceles; debridamento imediato,</p><p>pois a lesão pode evoluir para necrose.</p><p>B) Phoneutria; tratamento tópico da</p><p>lesão, sendo dispensável a soroterapia</p><p>C) Phoneutria; soroterapia devido a</p><p>manifestações sistêmicas, tais como a</p><p>febre.</p><p>D) Loxosceles; realização de exames</p><p>laboratoriais para avaliação de</p><p>hemólise intravascular.</p><p>CCQ: Saber que o nome científico da</p><p>aranha marrom é Loxosceles e que a</p><p>complicação da forma cutânea-</p><p>visceral é a hemólise intravascular</p><p>maciça</p><p>Olá, aluno Aristo! Temos aqui uma</p><p>questão super bacana sobre acidente</p><p>com animal peçonhento. Esse assunto</p><p>não é dos mais cobrados na prova de</p><p>residência, mas quando cai pega uma</p><p>galera desprevenida. Vamos revisar o</p><p>Pareto em relação à picada de aranhas</p><p>para que você se destaque mais na</p><p>prova.</p><p>As aranhas são artrópodes super</p><p>comuns no nosso dia a dia e é</p><p>importante que saibamos diferenciar as</p><p>duas espécies que costumam ter</p><p>importância médica: a Loxosceles e a</p><p>Phoneutria.</p><p>A Loxosceles é conhecida popularmente</p><p>como aranha marrom, ela é pequena,</p><p>amarronzada e com pernas bem</p><p>compridas que acabam passando</p><p>despercebidas por gostarem de ficar</p><p>escondidas dentro de roupas, calçados</p><p>e atrás de móveis. A picada geralmente</p><p>não é valorizada pelos pacientes que</p><p>costumam buscar atendimento médico</p><p>cerca de 12 a 24 horas após o evento</p><p>sem saberem informar ao certo a</p><p>história de contato com o animal. O</p><p>componente mais importante do</p><p>veneno loxoscélico é a enzima</p><p>esfingomielinase-D que atua sobre os</p><p>constituintes das membranas do</p><p>endotélio vascular e das hemácias. O</p><p>acidente por Loxosceles pode</p><p>desencadear no paciente apenas um</p><p>quadro cutâneo (com ou sem necrose)</p><p>ou um quadro visceral (hemólise</p><p>maciça), ou ainda um quadro cutâneo-</p><p>visceral.</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: No quadro</p><p>cutâneo temos uma instalação</p><p>progressiva com dor, edema endurado</p><p>e eritema no local da picada. A lesão</p><p>característica cursa com dor em</p><p>queimação, edema endurado, eritema,</p><p>lesões hemorrágicas focais</p><p>(equimóticas/violáceas) mescladas com</p><p>áreas pálidas de isquemia (placa</p><p>marmórea) e necrose de grau variável</p><p>ou bolha serosanguinolento ou</p><p>hemorrágica. Devemos aplicar bolsas</p><p>frias nessas lesões e limpeza periódica,</p><p>nos casos de necrose debridamento do</p><p>tecido deve ser realizado apenas</p><p>quando houver a delimitação da área de</p><p>necrose, que ocorre geralmente após a</p><p>segunda semana.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A Phoneutria</p><p>é conhecida popularmente como</p><p>aranha armadeira, ela é grande (até 15</p><p>cm!!!), coberta de pelos cinzentos e tem</p><p>comportamento agressivo (elas</p><p>apoiam-se nas patas traseiras e</p><p>erguem</p><p>as dianteiras ficando em posição de</p><p>ataque). A picada é beeeeem dolorida e</p><p>os pacientes costumam procurar</p><p>atendimento logo após o evento. O</p><p>veneno tem uma ação neurotóxica</p><p>periférica causando dor local imediata,</p><p>de forte intensidade, podendo irradiar</p><p>até a raiz do membro afetado. A</p><p>presença de manifestações sistêmicas é</p><p>incomum e pode ser observado a</p><p>presença de sudorese profusa, vômitos,</p><p>taquicardia, hipertensão arterial,</p><p>prostração, alterações do ritmo</p><p>cardíaco e/ou respiratório, palidez,</p><p>priapismo, convulsões, diarreia,</p><p>estertores a ausculta pulmonar</p><p>(indicativos de provável edema</p><p>pulmonar) e presença de sinais</p><p>sugestivos de choque.</p><p>O tratamento consiste principalmente</p><p>na aplicação de procedimentos</p><p>terapêuticos para alívio da dor como</p><p>infiltração anestésica local, analgésicos</p><p>administrados por via oral ou sistêmica.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Nas formas</p><p>mais graves onde há o acometimento</p><p>sistêmico podemos utilizar soroterapia</p><p>antiveneno (soro antiaracnídico</p><p>(Loxosceles e Phoneutria) e</p><p>antiescorpiônico) aliada a medidas de</p><p>suporte vital. Mas lembre-se que a</p><p>manifestação sistêmica pela picada da</p><p>aranha armadeira é bem incomum</p><p>(menos de 10% dos casos)</p><p>Alternativa D - Correta: No quadro</p><p>Cutâneo-Hemolítico da picada pela</p><p>_Loxosceles _ a anemia aguda</p><p>geralmente vem acompanhada de</p><p>icterícia e hemoglobinúria, que surgem</p><p>nas primeiras 72 horas após</p><p>envenenamento. Insuficiência renal</p><p>aguda (IRA) pode ser observada, e, com</p><p>menor frequência, coagulação</p><p>intravascular disseminada (CIVD).</p><p>Observa-se anemia de intensidade</p><p>variável, reticulocitose, leucocitose com</p><p>neutrofilia, aumento de bilirrubinas</p><p>total com predomínio de bilirrubina</p><p>indireta e diminuição da haptoglobina</p><p>livre. Alterações da função renal e dos</p><p>testes de coagulação e plaquetopenia</p><p>podem ocorrer. O tratamento nos casos</p><p>graves é feito com o Soro</p><p>Antiloxoscélico (SALox), ou na falta</p><p>deste o Soro antiaracnídico (Loxosceles</p><p>e Phoneutria) e antiescorpiônico</p><p>(SAAr).</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>________________________________</p><p>62. Uma paciente de 20 anos de idade,</p><p>Gesta 2, Para 1, Aborto 1, procura</p><p>atendimento médico para orientação</p><p>quanto à contracepção. Desde os 8 anos</p><p>de idade tem diagnóstico de epilepsia</p><p>de difícil controle, estando atualmente</p><p>em uso de carbamazepina (1.000</p><p>mg/dia) e ácido valpróico (1.500</p><p>mg/dia). Diante desse quadro, seria</p><p>mais recomendado</p><p>A) o dispositivo intrauterino.</p><p>B) a laqueadura tubária bilateral.</p><p>C) o diafragma com geleia espermicida.</p><p>D) a anticoncepção hormonal</p><p>combinado de baixa dosagem.</p><p>CCQ: Saber que os métodos</p><p>combinados são categoria 3 em</p><p>pacientes que usam carbamazepina</p><p>Pessoal, questão clássica sobre</p><p>métodos anticoncepcionais. Tema que</p><p>devemos dominar.</p><p>Nesta questão, deveríamos lembrar que</p><p>o uso de métodos combinados é</p><p>categoria 3 em pacientes que utilizam a</p><p>carbamazepina.</p><p>Vamos às alternativas.</p><p>Alternativa A – Correta: O dispositivo</p><p>intrauterino, seja de cobre ou de</p><p>progesterona, é categoria 1 em</p><p>pacientes utilizando carbamazepina.</p><p>Alternativa B – Incorreta: A laqueadura</p><p>é um considerada um método definitivo</p><p>que pode ser utilizada para pacientes</p><p>com 25 anos ou mais, OU 2 filhos vivos,</p><p>caso haja interesse.</p><p>Alternativa C – Incorreta: O diafragma</p><p>é um método com altas taxas de falha.</p><p>Logo, não é o método mais</p><p>recomendado.</p><p>Alternativa D – Incorreta: Como vimos,</p><p>os métodos combinados são categoria 3</p><p>para pacientes em uso de</p><p>carbamazepina.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa A</p><p>_________________________________</p><p>63. Uma paciente de 35 anos de idade,</p><p>no 2o pós- operatório de</p><p>apendicectomia, encontra-se internada</p><p>em enfermaria coletiva (6 leitos) de</p><p>pequeno hospital secundário. O achado</p><p>cirúrgico foi uma apendicite aguda em</p><p>fase flegmonosa e realizou-se apenas</p><p>antibioticoprofilaxia durante a cirurgia,</p><p>com administração de cefazolina. Foi</p><p>iniciada a alimentação por via oral com</p><p>boa aceitação, após a eliminação de</p><p>flatos e fezes. Não apresentou febre. Ao</p><p>exame clínico, a ferida cirúrgica</p><p>encontra-se em bom estado. No</p><p>planejamento da alta hospitalar para</p><p>esta paciente, além de orientá-la</p><p>quanto aos sinais de alerta para</p><p>infecção da ferida, deve-se</p><p>A) iniciar a antibioticoterapia e fazer</p><p>curativos diários até o retorno</p><p>ambulatorial no 7o dia.</p><p>B) permanecer sem o uso de</p><p>antibióticos, dispensando- se os</p><p>curativos, com retirada dos pontos no</p><p>7o dia.</p><p>C) permanecer sem uso de antibióticos,</p><p>mas fazer curativos diários, com</p><p>retirada dos pontos no 7º dia.</p><p>D) prolongar a antibioticoprofilaxia</p><p>utilizada até o 5o dia, sem a</p><p>necessidade de curativos, com retirada</p><p>dos pontos no 7o dia.</p><p>CCQ: após 48h, já temos a</p><p>epitelização inicial da ferida, sem</p><p>necessidade de fechá-la com curativo</p><p>Interessante a questão, bem prática</p><p>com conceitos importantes. Temos um</p><p>paciente no segundo dia de pós-</p><p>operatório de uma apendicectomia que</p><p>não evidenciou infecção no apêndice ou</p><p>periapendicular, apenas inflamação.</p><p>Nesse momento, o paciente se</p><p>apresenta com boa evolução, sem</p><p>intercorrências ou complicações, sem</p><p>antibiótico. Qual seria a conduta mais</p><p>adequada? Alta hospitalar.</p><p>[Alternativa B - Correta]: isso mesmo, o</p><p>paciente pode ir para casa o mais rápido</p><p>possível, pois apresenta boa evolução.</p><p>Devemos apenas fazer algumas</p><p>recomendações a serem seguidas, tais</p><p>com evitar esforço físico, ficar atento a</p><p>qualquer sinal de complicação (dor</p><p>abdominal, saída de secreção pela</p><p>ferida, febre) e estando presente, voltar</p><p>ao hospital, caso contrário, o retorno</p><p>será apenas para retirada dos pontos.</p><p>Não é necessário iniciar o tratamento</p><p>com antibiótico, nem fazer curativos</p><p>diários, apenas cuidados com ferida</p><p>operatória.</p><p>Vejamos: Nas apendicites agudas não</p><p>complicadas, em que a cirurgia é</p><p>precoce, basta uma dose pré-operatória</p><p>de 2 g de cefazolina IV, seguida de</p><p>outras 3 doses pós-operatórias em</p><p>intervalos de 6h. Nas apendicites</p><p>complicadas, está indicada a</p><p>antibioticoterapia por 7-10 dias após a</p><p>cirurgia, com cefalosporina de 3ª</p><p>geração + metronidazol. Além disso, a</p><p>troca diária de curativos permite uma</p><p>vigilância da ferida e facilita a</p><p>identificação precoce de problemas.</p><p>Infelizmente, nessa questão, o uso do</p><p>trecho "segundo pós-operatório" pode</p><p>ter confundido alguns alunos, pois é</p><p>usado com frequência para denominar</p><p>o dia do pós-operatório e não que foi a</p><p>segunda apendicectomia realizada.</p><p>Alternativa correta: letra B.</p><p>_________________________________</p><p>64. Uma mulher de 32 anos de idade</p><p>apresentou quadro de cefaleia de forte</p><p>intensidade, de início abrupto, seguido</p><p>de náuseas, vômitos, fotofobia e rigidez</p><p>de nuca nas últimas 2 horas. Ela foi</p><p>atendida em um serviço de emergência.</p><p>Durante a anamnese, negou febre ou</p><p>uso de drogas ilícitas. Em relação a seus</p><p>antecedentes pessoais, informou</p><p>hipertensão arterial sistêmica</p><p>controlada com uso de captopril 25 mg,</p><p>duas vezes ao dia. Ao exame físico,</p><p>apresentava-se sonolenta, sem sinais</p><p>neurológicos de localização. Os sinais</p><p>vitais indicaram pressão arterial = 100 x</p><p>65 mmHg; frequência cardíaca = 104</p><p>bpm; frequência respiratória = 18 irpm.</p><p>Os exames laboratoriais iniciais</p><p>mostraram: Hemoglobina = 12,2 g/dL</p><p>(VR = 11,5 - 15g/dL); Leucócitos =</p><p>4.500/mm3 (contagem diferencial</p><p>normal) (VR = 4.000 - 11.000 mm3 );</p><p>Plaquetas = 297.000/mm3 (VR =</p><p>100.000 - 400.000 mm3 ); INR</p><p>(International Normalized Ratio) = 1,27</p><p>(valor de referência até 1,3); Sódio = 130</p><p>mEq/L (VR = 136-145 mEq/L); Potássio =</p><p>3,8 mEq/L (VR = 3,5-5 mEq/L). O exame</p><p>fundoscópico revelou a presença de</p><p>hemorragias pré-retinianas, com</p><p>papilas ópticas mal definidas.</p><p>Considerando esse caso, após avaliação</p><p>da relação risco- benefício, qual</p><p>procedimento diagnóstico imediato</p><p>deve ser empreendido para</p><p>investigação etiológica</p><p>do quadro</p><p>neurológico?</p><p>A) Angiografia cerebral.</p><p>B) Ecodoppler transcraniano.</p><p>C) Ressonância magnética cerebral.</p><p>D) Tomografia computadorizada</p><p>cerebral.</p><p>CCQ: conhecer o quadro de</p><p>hemorragia subaracnoide e como é</p><p>feito seu diagnóstico</p><p>Fala mentorando! Questão típica de</p><p>cefaleia! Se você ficou em dúvida nessa</p><p>questão preste bastante atenção, pois</p><p>existem muitas questões como esta!</p><p>Temos uma mulher que apresenta</p><p>cefaleia súbita, com náuseas, vômitos,</p><p>fotofobia e rigidez de nuca, note que os</p><p>dados que deixei em negrito são</p><p>altamente específicos na sua prova para</p><p>um quadro de hemorragia</p><p>subaracnoide!</p><p>Então, guarde este quadro clínico com</p><p>carinho. A banca nos da uma ajudinha a</p><p>mais para pensarmos em cefaleia</p><p>secundária, nos dizendo que a paciente</p><p>se apresenta sonolenta, opa temos que</p><p>ficar espertos!</p><p>Agora que pensamos em uma</p><p>hemorragia, qual o melhor exame para</p><p>ver sangue no cérebro? Isso mesmo!</p><p>Uma TC de crânio sem contraste, isso</p><p>mesmo é sem contraste! Pois o sangue</p><p>tem a mesma densidade do contraste e</p><p>isso pode atrapalhar a visualização!</p><p>Vamos relembrar os sinais de alarme</p><p>para cefaleia secundária:</p><p>• Início súbito.</p><p>• Alterações no exame</p><p>físico/neurológico.</p><p>• Primeira ou pior dor da vida.</p><p>• Início > 50 anos.</p><p>• Imunodepressão.</p><p>• Quadro infeccioso.</p><p>• Cefaleia noturna ou ao acordar.</p><p>Agora sim, podemos responder à</p><p>questão com confiança!</p><p>Necessitaríamos de uma TC de crânio</p><p>para uma investigação a primeira</p><p>momento!</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa D.</p><p>________________________________</p><p>65. Em razão do aparecimento de casos</p><p>autóctones de febre amarela em um</p><p>município, foi necessário realizar</p><p>vacinação de bloqueio para evitar a</p><p>disseminação da doença. A aplicação da</p><p>vacina foi feita por técnicos do</p><p>Ministério da Saúde, as seringas e</p><p>vacinas foram adquiridas com recursos</p><p>do município e o Estado ao qual</p><p>pertence o município participou com a</p><p>garantia da realização de análises</p><p>laboratoriais de interesse da Vigilância.</p><p>Analisando esse evento, segundo as</p><p>atribuições de participação dos entes</p><p>federativos no SUS (Lei no 8.080, de 19</p><p>de setembro de 1990 e Portaria no</p><p>1.378, de 9 de Julho de 2013), é correto</p><p>afirmar-se que</p><p>A) as participações do Município,</p><p>Estado e União estão de acordo com os</p><p>princípios, diretrizes e legislação do</p><p>SUS.</p><p>B) apenas a participação do Município</p><p>na campanha de vacinação está de</p><p>acordo com os princípios, diretrizes e</p><p>legislação do SUS</p><p>C) apenas a participação da União na</p><p>campanha de vacinação está de acordo</p><p>com os princípios, diretrizes e legislação</p><p>do SUS.</p><p>D) apenas a participação do Estado na</p><p>campanha de vacinação está de acordo</p><p>com os princípios, diretrizes e legislação</p><p>do SUS.</p><p>CCQ: Quando o Município não tem</p><p>recursos ou é incapaz por algum outro</p><p>motivo de executar determinada</p><p>tarefa, seu Estado assume essa</p><p>responsabilidade</p><p>Conforme a Lei 8.080, existem</p><p>atribuições que são específicas de cada</p><p>esfera política. O macete mágico para</p><p>acertar as questões sobre o assunto é o</p><p>seguinte:</p><p>• FEDERAÇÃO: formula, define e</p><p>implementa.</p><p>• ESTADOS: coordenam e</p><p>prestam apoio aos municípios.</p><p>• MUNICÍPIOS: executam as</p><p>ações.</p><p>Apenas com esses conhecimentos</p><p>conseguimos acertar a questão.</p><p>Alternativas A e C - incorretas: Quem</p><p>EXECUTOU a APLICAÇÃO da vacina? O</p><p>Ministério da Saúde, uma entidade da</p><p>União! Quem deve EXECUTAR as</p><p>ações em saúde é o Município.</p><p>Alternativa B - incorreta: O Estado</p><p>também assumiu sua função</p><p>corretamente, pois prestou apoio ao</p><p>Município para garantir a realização de</p><p>análises laboratoriais. Um ponto</p><p>importante é: quando o Município não</p><p>tem recursos ou é incapaz por algum</p><p>outro motivo de executar</p><p>determinada tarefa, seu Estado</p><p>assume essa responsabilidade.</p><p>Alternativa D - correta: Os recursos</p><p>para a compra de seringas e vacinas</p><p>deveriam ter vindo do Fundo Nacional</p><p>de Saúde, pois dizem respeito a uma</p><p>medida de Vigilância em Saúde. De</p><p>modo geral, custos com vacinações</p><p>devem vir da União, e não do Município.</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa D.</p><p>________________________________</p><p>66. Um menino de 2 anos de idade,</p><p>previamente hígido, foi atendido em</p><p>uma Unidade Básica de Saúde em</p><p>consulta pediátrica de rotina. No exame</p><p>clínico genital, o médico observou que o</p><p>prepúcio não expõe a glande, devido à</p><p>aderência balanoprepucial importante,</p><p>sem anel fibroso e sem sinais flogísticos</p><p>local. A mãe informa que,</p><p>eventualmente, ao trocar a fralda da</p><p>criança, observa discreta hiperemia</p><p>local, sem edema ou saída de secreções</p><p>e sem dor. A melhor conduta para o</p><p>caso clínico relatado é</p><p>A) estimular a retração prepucial</p><p>manual diária.</p><p>B) aguardar resolução espontânea da</p><p>aderência.</p><p>C) descolar manualmente a aderência</p><p>durante a consulta.</p><p>D) encaminhar a criança para resolução</p><p>cirúrgica da aderência.</p><p>CCQ: Saber que a aderência balano-</p><p>prepucial apresenta resolução</p><p>espontânea normalmente até os 3</p><p>anos</p><p>E aí, pessoal? Mais uma questão de</p><p>urologia pediátrica e com um tema</p><p>recorrente no dia a dia, mas nem tanto</p><p>nas provas: a fimose! Apesar disso,</p><p>devemos lembrar alguns detalhes</p><p>chaves para resolver qualquer questão</p><p>sobre o assunto.</p><p>Antes de continuarmos, precisamos ter</p><p>algo em mente: a aderência balano-</p><p>prepucial é algo comum e também</p><p>pode ser chamada de fimose fisiológica.</p><p>Isso ocorre porque, como na fimose</p><p>propriamente dita, a glande não é</p><p>exposta devido ao prepúcio e a</p><p>evolução dos dois é semelhante.</p><p>Assim, com o intuito educativo, vamos</p><p>revisar fimose e conferir as diferenças</p><p>depois.</p><p>Primeiro, precisamos fazer o</p><p>diagnóstico. A fimose é uma condição</p><p>clínica comum em que não há exposição</p><p>total da glande porque o prepúcio não</p><p>permite. Assim, o diagnóstico é clínico.</p><p>Geralmente, o quadro se resolve</p><p>sozinho com o crescimento da criança.</p><p>Por isso, é recomendado postergar a</p><p>cirurgia o máximo possível nos casos</p><p>assintomáticos (maioria). Nesse meio</p><p>tempo, podemos utilizar corticoides</p><p>tópicos, mas é contraindicada a</p><p>retração manual por aumentar a chance</p><p>de lesões.</p><p>Por outro lado, pode apresentar</p><p>sintomas como dor local, edema,</p><p>disúria, entre outros, indicando algum</p><p>grau de retenção urinária, infecções do</p><p>trato urinário recorrentes ou</p><p>balanopostites. Nesses casos, devemos</p><p>optar pela resolução cirúrgica.</p><p>Assim, na questão temos uma criança</p><p>de 2 anos com problema para expor a</p><p>glande devido à aderência, mas que não</p><p>apresenta sintomas. A única</p><p>incomodação é uma hiperemia local</p><p>discreta, mas sem sinais de infecção ou</p><p>outras complicações.</p><p>Logo, o melhor seria esperar a</p><p>resolução do caso, pois como a fimose</p><p>tende a se resolver sozinha com o</p><p>tempo, e caso apresente sintomas, seria</p><p>recomendada a cirurgia.</p><p>Para gravar então: em criança com</p><p>problema de expor a glande e sem</p><p>sintomas, não há necessidade de</p><p>cirurgia. É só esperar resolução</p><p>espontânea. Caso apresente</p><p>complicações, aí optamos por conduta</p><p>cirúrgica.</p><p>Agora, vamos para as afirmativas!</p><p>Alternativa A - Incorreta: Não é</p><p>recomendado a retração prepucial</p><p>manual devido à chance de lesão local,</p><p>podendo predispor a infecções e</p><p>sangramentos.</p><p>Alternativa B - Correta: Geralmente, a</p><p>fimose e as aderências se resolvem</p><p>sozinhas com o crescimento da criança,</p><p>não necessitando de cirurgia na maioria</p><p>dos casos. Não existe idade de corte</p><p>específica, cada caso deve ser estudado</p><p>individualmente. Porém, se</p><p>assintomático, não há indicação</p><p>cirúrgica.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Existem</p><p>grandes chances de tentar descolar a</p><p>aderência na consulta e ter alguma</p><p>sequela na criança. Esse tipo de</p><p>procedimento é cirúrgico, pois é</p><p>necessário a preparação do paciente</p><p>para não causar sequelas, como cortar</p><p>demais ou machucar a criança.</p><p>Além disso, esse tipo de quadro se</p><p>resolve espontaneamente na maioria</p><p>dos casos. Assim, mesmo que fosse</p><p>recomendada</p><p>a intervenção, não seria</p><p>no consultório.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Como</p><p>explicado anteriormente, não é</p><p>necessário encaminhamento cirúrgico</p><p>no momento, pois a aderência tende a</p><p>se resolver sozinha. Além disso, o</p><p>paciente é assintomático, não</p><p>justificando intervenção antes.</p><p>Portanto, o gabarito é letra B.</p><p>_________________________________</p><p>67. Um homem de 70 anos de idade é</p><p>atendido no Ambulatório de</p><p>Cardiologia com queixa de dispneia aos</p><p>grandes esforços há um mês, com</p><p>progressão para os médios esforços.</p><p>Trata-se de paciente hipertenso, em</p><p>tratamento irregular com clortalidona</p><p>(25 mg/dia), tabagista há 30 anos (20</p><p>cigarros/dia). Ao exame físico, estava</p><p>orientado, hipocorado (++/4+),</p><p>hidratado. A ausculta cardíaca</p><p>apresenta-se com ritmo cardíaco</p><p>regular, hiperfonese em B2, sem</p><p>sopros; ausculta pulmonar com sibilos</p><p>esparsos e estertores crepitantes em</p><p>bases. Pressão arterial = 170 x 90</p><p>mmHg, frequência cardíaca = 85 bpm e</p><p>IMC = 32 kg/m2. Eletrocardiogramas</p><p>anteriores demonstravam sobrecarga</p><p>atrial esquerda. O ecocardiograma</p><p>atual evidencia parede posterior do</p><p>ventrículo esquerdo de 14 mm (VR < 11</p><p>mm), septo interventricular de 14 mm</p><p>(VR < 11 mm), fração de ejeção de 65%</p><p>(VR > 58%). A radiografia de tórax</p><p>demonstra área cardíaca normal, com</p><p>inversão de trama vascular. Quais são,</p><p>respectivamente, a hipótese</p><p>diagnóstica mais provável e a conduta</p><p>apropriada a ser estabelecida nesse</p><p>caso?</p><p>A) Insuficiência cardíaca diastólica</p><p>secundária a doença pulmonar</p><p>obstrutiva crônica; recomendar</p><p>repouso associado a bloqueador de</p><p>canal de cálcio.</p><p>B) Insuficiência cardíaca diastólica</p><p>secundária a hipertensão arterial;</p><p>recomendar repouso associado a</p><p>inibidores da enzima conversora de</p><p>angiotensina.</p><p>C) Insuficiência cardíaca sistólica</p><p>secundária a hipertensão pulmonar;</p><p>recomendar dieta com redução da</p><p>ingestão de sal associada a beta</p><p>bloqueadores.</p><p>D) Insuficiência cardíaca sistólica</p><p>secundária a miocardiopatia</p><p>hipertrófica; recomendar redução da</p><p>ingestão de sal associada a antagonista</p><p>da aldosterona.</p><p>CCQ: saber reconhecer a causa de uma</p><p>insuficiência cardíaca de fração de</p><p>ejeção normal</p><p>Temos aqui um paciente com sintomas</p><p>e sinais de insuficiência cardíaca com</p><p>ecocardiograma compatível. A história</p><p>de hipertensão arterial crônica mal</p><p>controlada e idade são fatores</p><p>predisponentes, além disso, a ausculta</p><p>cardíaca e pulmonar corroboram a</p><p>clínica (hiperfonese de B2 e estertores</p><p>crepitantes em base pulmonar,</p><p>indicando congestão). O</p><p>ecocardiograma mostra que é uma</p><p>insuficiência cardíaca de fração de</p><p>ejeção normal (o normal é acima de</p><p>50%), o que antigamente era chamado</p><p>de insuficiência cardíaca diastólica.</p><p>Vamos analisar as alternativas:</p><p>Alternativa A - errada: uma das causas</p><p>mais comum de insuficiência cardíaca</p><p>de fração de ejeção normal é a</p><p>hipertensão arterial, e, pelo</p><p>ecocardiograma desse paciente temos</p><p>esse tipo de insuficiência cardíaca,</p><p>porém não pensamos na DPOC como</p><p>causa dessa IC, já que não temos essa</p><p>clínica, e pneumopatias crônicas</p><p>tendem a causar insuficiência cardíaca</p><p>de fração de ejeção reduzida (ou</p><p>também chamadas de sistólica).</p><p>Alternativa B - correta: como vimos, ele</p><p>tem uma insuficiência cardíaca</p><p>diastólica, sendo que é secundária à</p><p>hipertensão arterial sistêmica, já que</p><p>temos hipertrofia de ventrículo</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=S3HVMKSc47ejZlzliDjL&itemId=VpCeKbl7lRqX4sD8PQYc</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=S3HVMKSc47ejZlzliDjL&itemId=VpCeKbl7lRqX4sD8PQYc</p><p>esquerdo e epidemiologicamente é</p><p>uma causa importante. Para tratar,</p><p>podemos usar um inibidor da ECA para</p><p>controle da hipertensão e, assim, ajudar</p><p>na insuficiência cardíaca.</p><p>Alternativa C - errada: não é uma</p><p>insuficiência cardíaca sistólica</p><p>secundária a uma hipertensão</p><p>pulmonar.</p><p>Alternativa D - errada: não é uma</p><p>insuficiência cardíaca sistólica.</p><p>Gabarito: alternativa B.</p><p>________________________________</p><p>68. Na Unidade de Saúde da Família,</p><p>uma criança com 4 anos de idade é</p><p>atendida com febre e exantema</p><p>pruriginoso com vesículas, pústulas e</p><p>crostas na região do pescoço e tronco,</p><p>verificadas ao exame físico. Segundo a</p><p>mãe, as lesões surgiram há dois dias. Na</p><p>creche frequentada pela paciente,</p><p>outras crianças apresentam quadro</p><p>semelhante há 4 dias. Ao visitar a</p><p>creche, o médico da Unidade percebe</p><p>que três crianças ainda apresentam</p><p>lesões. Uma das cuidadoras está</p><p>grávida, com 5 meses de gestação, e</p><p>refere não ter tido a doença</p><p>previamente. Além do afastamento das</p><p>crianças com lesões, até que todas,</p><p>estejam em crostas, quais são as outras</p><p>medidas profiláticas necessárias?</p><p>A) Administração de imunoglobulina</p><p>para a gestante e vacinação das</p><p>crianças maiores de 9 meses de idade</p><p>suscetíveis, até 8 semanas após o</p><p>último caso.</p><p>B) Administração de imunoglobulina</p><p>para a gestante e vacinação das</p><p>crianças maiores de 9 meses de idade</p><p>suscetíveis, até 4 semanas após o</p><p>último caso.</p><p>C) Administração de imunoglobulina</p><p>para as crianças suscetíveis e, também,</p><p>vacinação das menores de 9 meses de</p><p>idade, até 4 semanas após o último</p><p>caso.</p><p>D) Administração de imunoglobulina</p><p>para as crianças suscetíveis e, também,</p><p>vacinação das que forem menores de 9</p><p>meses de idade, até 8 semanas após o</p><p>último caso.</p><p>CCQ: Saber quais pacientes tem</p><p>indicação de profilaxia pós-exposição</p><p>à varicela</p><p>As profilaxias pós-exposição são</p><p>cobradas tanto na parte de pediatria,</p><p>quanto na de preventiva e</p><p>eventualmente até na de G.O., por isso,</p><p>é importante memorizar as indicações.</p><p>Vamos aproveitar essa questão para</p><p>revisar a profilaxia contra a varicela.</p><p>Imunocomprometidos, gestantes e</p><p>recém-nascidos expostos à varicela</p><p>materna (com manifestação 5 dias</p><p>antes do parto até 2 dias após o parto)</p><p>tem indicação de imunoglobulina anti-</p><p>VZV como profilaxia pós-exposição,</p><p>devendo ser aplicada até 96 horas após</p><p>a exposição.</p><p>Já no caso de surto em creche, como o</p><p>descrito na questão, a recomendação é</p><p>identificar as crianças acima de 9 meses</p><p>que não tiveram varicela e que</p><p>frequentaram a instituição nas últimas</p><p>quatro semanas, para atualização do</p><p>esquema vacinal.</p><p>Como um algo a mais, vamos relembrar</p><p>que a primeira dose da vacina contra a</p><p>varicela é indicada pelo calendário</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=S3HVMKSc47ejZlzliDjL&itemId=VpCeKbl7lRqX4sD8PQYc</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=S3HVMKSc47ejZlzliDjL&itemId=VpCeKbl7lRqX4sD8PQYc</p><p>vacinal do Ministério da Saúde somente</p><p>aos 15 meses de idade (com segunda</p><p>dose aos 4 anos), porém, em caso de</p><p>surtos, pode ser realizada a partir dos 9</p><p>meses de idade.</p><p>Alternativa A - Incorreta: A indicação</p><p>de vacina é para crianças suscetíveis e</p><p>que frequentaram a creche nas últimas</p><p>4 semanas.</p><p>Alternativa B - Correta: Conforme</p><p>discutido acima.</p><p>Alternativa C e D - Incorretas: As</p><p>crianças somente receberiam</p><p>imunoglobulina se tivesse alguma</p><p>informação na questão de que elas</p><p>fossem imunocomprometidas, a</p><p>susceptibilidade por si só não é uma</p><p>indicação de imunoglobulina.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B</p><p>_________________________________</p><p>69. Uma puérpera vem à Unidade</p><p>Básica de Saúde com seu recém-</p><p>nascido (RN) de 4 dias de vida. Segundo</p><p>ela, o bebê está “muito amarelo”. Ela</p><p>refere ainda que na alta do hospital, há</p><p>2 dias, o RN já estava amarelo, mas que</p><p>houve aumento progressivo da</p><p>amarelidão. O exame físico revela pele</p><p>ictérica até região umbilical, sem outras</p><p>alterações. A carteira de saúde do RN</p><p>mostra os seguintes dados: Idade</p><p>gestacional = 38 semanas; Peso do RN =</p><p>2.900 g; Comprimento = 49 cm; Apgar =</p><p>8/9; Tipagem sanguínea do RN = O</p><p>positivo; Tipagem sanguínea da mãe =</p><p>O positivo; Ausência de intercorrências</p><p>no nascimento. Quais são,</p><p>respectivamente, a hipótese</p><p>diagnóstica mais provável e a conduta</p><p>adequada nesse caso?</p><p>A) Icterícia</p><p>fisiológica; indicar</p><p>necessidade de banhos de sol.</p><p>B) Icterícia fisiológica; solicitar exames</p><p>para definição da causa.</p><p>C) Icterícia patológica; internação para</p><p>realização de fototerapia.</p><p>D) Icterícia patológica; solicitar exames</p><p>para definição da conduta a ser tomada.</p><p>QUESTÃO DESATUALIZADA</p><p>Pessoal, quase todos os recém-nascidos</p><p>desenvolvem hiperbilirrubinemia</p><p>neonatal, que pode se manifestar como</p><p>icterícia, a questão tem uma conduta</p><p>desatualizada, mas é boa para vermos</p><p>como a banca gosta de cobrar sobre o</p><p>assunto! Bora lá!</p><p>Na grande maioria das vezes, ela sera</p><p>fisiológica. Mas é importante que você</p><p>saiba os sinais de uma icterícia</p><p>patológica, as provas amam cobrar isso.</p><p>São eles:</p><p>• Aparece em menos de 24h de</p><p>vida;</p><p>• Bilirrubina total > 12 mg/dl e/ou</p><p>ascendendo > 5 mg/dl/dia;</p><p>• Apresenta alterações clínicas</p><p>importantes;</p><p>• Dura > 10-14 dias;</p><p>• Tem sinais de colestase;</p><p>• Está na zona ≥ 3 de Kramer</p><p>(ultrapassa o nível do umbigo)</p><p>Relembre também as zonas de</p><p>Kramer, que usamos para avaliar a</p><p>icterícia clinicamente:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Atenção com</p><p>a questão, pois ela é de 2015 e está</p><p>desatualizada. O tratamento com</p><p>banho de sol já foi muito indicado para</p><p>a icterícia, mas hoje não está mais</p><p>indicado. Além de não ajudar a reduzir</p><p>nem prevenir a hiperbilirrubinemia, os</p><p>banhos de sol podem gerar</p><p>desidratação e queimaduras na pele do</p><p>bebê.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Vejam que a</p><p>criança está bem, sem sintomas,</p><p>icterícia começou após 48h e está na</p><p>zona II de Kramer. Diante do exposto,</p><p>não há necessidade de exames</p><p>complementares. É fisiológico.</p><p>Alternativas C - Incorreta: A icterícia</p><p>do neonato apareceu no 2° dia devida,</p><p>vai até zona II, assintomático, sem fator</p><p>de risco (mãe e bebê são O positivos, o</p><p>que exclui uma incompatibilidade</p><p>ABO/Rh). Podemos dizer que o caso é</p><p>compatível com diagnóstico de icterícia</p><p>fisiológica.</p><p>Alternativas D - Incorreta: Como dito</p><p>acima, nosso bebê não tem sinais de</p><p>icterícia patológica.</p><p>Gabarito da banca: letra A!</p><p>Gabarito Aristo: questão</p><p>desatualizada.</p><p>Portanto, não há resposta correta!</p><p>_________________________________</p><p>70. Uma adolescente de 17 anos de</p><p>idade comparece à Unidade Básica de</p><p>Saúde com queixa de nunca ter tido</p><p>menstruação. Ela informa que sente</p><p>dores abdominais, aumento da</p><p>sensibilidade nas mamas e mudanças</p><p>no estado de humor, e que esses</p><p>sintomas se repetem ciclicamente.</p><p>Apresenta distribuição pilosa e</p><p>desenvolvimento mamário compatíveis</p><p>com a idade. Nega atividade sexual.</p><p>Para confirmação da provável hipótese</p><p>diagnóstica deve-se realizar</p><p>A) ultra-sonografia pélvica.</p><p>B) dosagem dos hormônios FSH e LH.</p><p>C) exame para avaliar permeabilidade</p><p>vaginal.</p><p>D) teste terapêutico com</p><p>anticoncepcional, aguardando- se a</p><p>menstruação.</p><p>CCQ: Investigação de amenorreia</p><p>primária</p><p>A questão traz um caso clínico de</p><p>amennorreia primária e quer saber qual</p><p>o próximo passo na investigação a partir</p><p>de um diagnóstico provável. Tanto na</p><p>amenorreia primária quanto na</p><p>secundária precisamos lembrar que a</p><p>causa está em um dos compartimentos</p><p>responsáveis pelo ciclo menstrual:</p><p>útero, ovários, hipófise e hipotálamo.</p><p>Note que a paciente teve</p><p>desenvolvimento dos caracteres</p><p>secundários (desenvolvimento</p><p>mamário e distribuição pilosa normais),</p><p>o que nos indica que o ciclo hormonal</p><p>está funcionando e portanto não deve</p><p>haver alteração nos ovários, hipófise e</p><p>hipotálamo. Fora isso, a paciente</p><p>pararece sentir alterações cíclicas</p><p>menstruais.</p><p>Alternativa C - correta - Temos que</p><p>pensar então em alguma alteração</p><p>uterina ou vaginal, provavelmente, de</p><p>origem anatômica. Inicialmente</p><p>podemos realizar exame físico para</p><p>avaliar a permeabilidade vaginal.</p><p>Hímen imperfurado é uma hipótese</p><p>diagnóstica provável neste caso.</p><p>Alternativa A - incorreta - Outras</p><p>alterações anatômicas também devem</p><p>ser avaliadas e a ultrassonografia é um</p><p>bom exame para isso. No entanto, só é</p><p>necessário ultrassom após a avaliação</p><p>por exame físico e a impermeabilidade</p><p>vaginal, nossa principal hipótese, não é</p><p>verificada no ultrassom.</p><p>Alternativa B - incorreta - A presença de</p><p>caracteres secundários e alterações</p><p>cíclicas compatíveis com ciclo</p><p>menstrual indicam que não há alteração</p><p>na função das gonadotrofinas (FSH e</p><p>LH)</p><p>Alternativa D - incorreta - O teste com</p><p>anticoncepcional é usado na avaliação</p><p>de amenorreia secundária para avaliar</p><p>se há sangramento após a reposição</p><p>hormonal semelhante a um ciclo</p><p>fisiológico. Neste caso, nunca houve</p><p>menstruação, então é necessário</p><p>primeiro avaliação anatômica de que o</p><p>sangramento existe mas não se</p><p>exterioriza.</p><p>**Portanto, o gabarito é alternativa C.</p><p>**</p><p>_________________________________</p><p>71. Uma paciente de 33 anos de idade,</p><p>portadora de quadro de hérnia inguinal</p><p>à esquerda, procura o hospital de sua</p><p>cidade onde é indicada cirurgia</p><p>ambulatorial com anestesia local, por</p><p>tratar-se de paciente magra, hígida,</p><p>sem comorbidades, com hérnia de</p><p>pequeno tamanho, mas que a</p><p>incomodava durante as corridas que</p><p>pratica regularmente. Qual a conduta</p><p>adequada nesse caso em relação à</p><p>utilização do checklist do protocolo de</p><p>cirurgia segura de acordo com a</p><p>Organização Mundial de Saúde (OMS) ?</p><p>A) Dispensa-se o uso do checklist, por</p><p>ser uma cirurgia de pequeno porte.</p><p>B) Deve-se seguir à risca o protocolo,</p><p>contemplando os três momentos: pré,</p><p>trans e pós-operatório.</p><p>C) Dispensa-se o preenchimento da fase</p><p>pós-operatória, por ser um caso de</p><p>cirurgia com anestesia local.</p><p>D) Deve ser aplicado somente no</p><p>período anterior e posterior ao término</p><p>da cirurgia, por ser uma cirurgia</p><p>ambulatorial.</p><p>CCQ: Independente do procedimento,</p><p>devemos SEMPRE seguir o checklist</p><p>do protocolo de cirurgia</p><p>O checklist do protocolo de cirurgia</p><p>segura é uma revisão de todos os dados</p><p>pertinentes ao paciente, ao período de</p><p>internação e o procedimento cirúrgico.</p><p>O protocolo da OMS citado na questão</p><p>envolve checklist que devem ser</p><p>empregados em 3 momentos distintos</p><p>visando aumentar a segurança do ato</p><p>cirúrgico:</p><p>1. Antes da indução anestésica</p><p>(pré-operatório): confirmação</p><p>da identidade do paciente;</p><p>verificação se o local da cirurgia</p><p>está marcado; verificação se</p><p>todo o material anestésico</p><p>encontra-se disponível;</p><p>certificação do funcionamento</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=9weuHeJLPVfx8opTAs41&itemId=h4eVp75vo84pplFV5gmz</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=9weuHeJLPVfx8opTAs41&itemId=h4eVp75vo84pplFV5gmz</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=9weuHeJLPVfx8opTAs41&itemId=h4eVp75vo84pplFV5gmz</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=9weuHeJLPVfx8opTAs41&itemId=h4eVp75vo84pplFV5gmz</p><p>do oxímetro de pulso; avaliação</p><p>se o paciente apresenta alergia,</p><p>risco de via aérea difícil ou de</p><p>perda exagerada de sangue;</p><p>2. Antes da incisão da pele</p><p>(transoperatório): confirmação</p><p>do nome do paciente, do</p><p>procedimento e do local da</p><p>incisão; verificação se a</p><p>antibioticoprofilaxia cirúrgica foi</p><p>administrada;</p><p>3. Antes do paciente deixar a sala</p><p>de cirurgia (pós-operatório):</p><p>verificação da recuperação do</p><p>paciente.</p><p>Cuidado para não confundir esse</p><p>protocolo com a avaliação clínica pré-</p><p>operatória do risco cirúrgico. Esse</p><p>protocolo deve ser encarado como</p><p>conduta universal, independente do</p><p>procedimento, se de pequeno ou</p><p>grande porte, esse protocolo reduz as,</p><p>complicações pós-operatórias e</p><p>melhora o atendimento ao paciente,</p><p>sendo sempre indicado. Deste modo,</p><p>mesmo para uma cirurgia de correção</p><p>de hérnia inguinal, ele deve ser seguido</p><p>em sua plenitude.</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa B.</p><p>_________________________________</p><p>72. Um homem de 46 anos de idade</p><p>compareceu a consulta médica na</p><p>Unidade Básica de Saúde relatando</p><p>febre alta e calafrios que se iniciaram</p><p>durante a noite. Além disso, descreve</p><p>aparecimento de dor na perna</p><p>esquerda. Ele apresentava</p><p>antecedentes de varizes e edema</p><p>crônico nos membros inferiores. Ao</p><p>exame físico apresenta: temperatura</p><p>axilar = 39 °C, PA = 140 x 90 mmHg e FC</p><p>= 100 bpm. Além disso, observam-se</p><p>extenso eritema, edema e aumento da</p><p>temperatura no membro inferior</p><p>esquerdo, com dermatofitose (Tinea</p><p>pedis), manifestando-se como</p><p>descamação e fissuras interdigitais no</p><p>pé esquerdo. No centro da lesão,</p><p>visualiza-se uma área de rubor mais</p><p>intensa com formação de flictena.</p><p>Diante do quadro apresentado, qual</p><p>seria o tratamento mais indicado?</p><p>A) Repouso e elevação do membro</p><p>inferior esquerdo, uso de anti-</p><p>inflamatórios não hormonais e</p><p>aplicação de amicacina 500 mg via</p><p>intramuscular de 12/12 horas.</p><p>B) Manter deambulação normal para</p><p>evitar trombose venosa, uso de</p><p>sulfametoxazol + trimetopim, 2</p><p>comprimidos de 12/12 horas,</p><p>tratamento das dermatofitoses com</p><p>mupirocina.</p><p>C) Repouso e elevação do membro</p><p>inferior esquerdo, uso de penicilina G - 1</p><p>a 2 milhões de unidades por via</p><p>endovenosa de 4/4 horas, e aplicação de</p><p>miconazol para tratamento da</p><p>dermatofitose.</p><p>D) Manter deambulação normal para</p><p>evitar trombose venosa, aplicação de</p><p>penicilina benzatina 1.2 milhões UI</p><p>intramuscular, e uso de mupirocina 2%</p><p>sobre a área comprometida e sobre as</p><p>lesões interdigitais por 3 dias.</p><p>CCQ: saber reconhecer um quadro</p><p>clínico de erisipela bolhosa.</p><p>Fala mentorando! Questão que foge um</p><p>pouco do pareto, mas depois da</p><p>explicação aqui, você não errará mais</p><p>questões como esta! Então bora lá!</p><p>Temos um paciente com histórico de</p><p>varizes (opa fator de risco), que refere</p><p>dor na perna esquerda.</p><p>Ao exame físico temos eritema, edema</p><p>e aumento da temperatura do MII</p><p>(sinais inflamatórios), agora vem o</p><p>ponto importante: no centro da lesão</p><p>temos uma área de rubor mais intensa</p><p>com formação de flictena!</p><p>Lembre-se deste quadro mentorando!</p><p>Quadro típico de erisipela bolhosa, que</p><p>é uma forma mais grave da erisipela,</p><p>que inclusive pode se manifestar com</p><p>febre, note a temperatura do nosso</p><p>paciente, esta 39º!</p><p>Agora vem a parte importante da</p><p>questão, a erisipela bolhosa deve ser</p><p>tratada com Penicilina G EV de 4 em 4h!</p><p>Falta-nos a outra metade da questão,</p><p>qual seria nossa conduta quanto a</p><p>dermatofitose? Vamos trata-la! Veja</p><p>que nosso paciente já apresenta as</p><p>varizes como fator de risco, essa</p><p>dermatofitose, pode aumentar o risco!</p><p>Pois ela também pode ser uma porta de</p><p>entrada para as bactérias!</p><p>E o tratamento da dermatofitose é feito</p><p>com um antifúngico de administração</p><p>tópica, como o miconazol.</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta. Amicacina</p><p>não seria um antibiótico adequado, os</p><p>aminoglicosídeos são efetivos contra</p><p>gram negativos principalmente!</p><p>Alternativa B - Incorreta. Não</p><p>manteremos a deambulação!</p><p>O bactrim</p><p>(sulfametoxazol+trimetoprim) é</p><p>recomendado em infecções cutâneas,</p><p>principalmente por literaturas norte</p><p>americanas. Porém, não seria</p><p>adequado na erisipela bolhosa, que é</p><p>uma variante mais grave da erisipela!</p><p>Por último temos que mupirocina não é</p><p>adequada para tratamento de fungos.</p><p>Alternativa C - Correta. Como</p><p>explicado acima.</p><p>Alternativa D - Incorreta. O antibiótico</p><p>de eleição para erisipela bolhosa é a</p><p>penicilina G sódica por via EV! E não a</p><p>penicilina G benzatina.</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa C.</p><p>_________________________________</p><p>73. O gestor de um município com 70</p><p>mil habitantes, de baixo índice de</p><p>desenvolvimento humano (IDH),</p><p>recebe a demanda do Conselho</p><p>Municipal de Saúde relacionada a um</p><p>grande número de pacientes com</p><p>acidente vascular cerebral atendidos na</p><p>Unidade de Urgência. Tem sido</p><p>relatada demora no acesso ao</p><p>atendimento especializado. A porta de</p><p>entrada do sistema se dá por cinco</p><p>Unidades Básicas de Saúde tradicionais</p><p>e duas Unidades de Saúde da Família,</p><p>com duas equipes em cada uma. Faltam</p><p>vagas para internação no hospital</p><p>regional, que fica em outro município. O</p><p>local não possui Núcleo de Apoio à</p><p>Saúde da Família e tem sido</p><p>identificada dificuldade em relação ao</p><p>acesso aos serviços de Fisioterapia e</p><p>Fonoaudiologia, após a alta dos</p><p>pacientes. Considerando a necessidade</p><p>de organização de uma rede integrada</p><p>de serviços, quais seriam as estratégias</p><p>necessárias para a redução dos casos?</p><p>A) Reorganizar a Urgência e</p><p>Emergência, transformando algumas</p><p>Unidades Básicas de Saúde tradicionais</p><p>em Pronto Atendimento 24 horas, criar</p><p>protocolos de atendimento para</p><p>urgência, além de contratar mais</p><p>profissionais, facilitando o atendimento</p><p>no próprio município.</p><p>B) Organizar o sistema de informação</p><p>em saúde para integrar os serviços,</p><p>fortalecer e ampliar o número de</p><p>Equipes da Estratégia de Saúde da</p><p>Família, criar Núcleos de Apoio à Saúde</p><p>da Família, com equipes multi e</p><p>interprofissionais e fortalecer a</p><p>integração entre os diversos pontos da</p><p>rede de atenção.</p><p>C) Ofertar porta de entrada do sistema</p><p>com acesso direto no nível secundário</p><p>ambulatorial, no qual deverá funcionar</p><p>um Núcleo de Apoio à Saúde da Família</p><p>com equipes multi e interprofissionais,</p><p>para evitar o atraso nas referências da</p><p>atenção básica, facilitando o acesso ao</p><p>nível hospitalar da rede de atenção.</p><p>D) Organizar o sistema de informação</p><p>em saúde, priorizar a ampliação do</p><p>número de ambulatórios de</p><p>especialidades e de serviços de urgência</p><p>e emergência, contratando mais</p><p>especialistas e estabelecendo</p><p>protocolos de encaminhamento para o</p><p>hospital, além de aumentar o número</p><p>de ambulâncias e a cota de exames.</p><p>QUESTÃO COM POSSIBILIDADE DE</p><p>RECURSO</p><p>Questão típica do Revalida, que nos</p><p>exige muito mais que o conhecimento</p><p>de um tema específico, mas uma</p><p>interpretação frente a uma situação</p><p>problema.</p><p>Nesse caso, temos uma cidade de baixo</p><p>IDH que está tendo problemas com os</p><p>altos índices de AVC. Dentre os</p><p>problemas, o enunciado nos cita as</p><p>poucas UBS’s, ausência de NASF,</p><p>atendimento de urgência apenas em</p><p>outra cidade, de difícil acesso e com</p><p>pouca comunicação com a APS. Ao fim,</p><p>o enunciado nos pede quais as medidas</p><p>que poderiam reduzir os casos de AVC,</p><p>todavia, nenhuma das alternativas</p><p>apresentam ações de prevenção, o que</p><p>seria o adequado, portanto, o correto</p><p>era anular a questão.</p><p>Uma resposta adequada passaria por</p><p>aumentar a estrutura de ESF,</p><p>estudando os fatores de risco</p><p>relacionados ao AVC, estabelecendo</p><p>medidas socioeducativas e de</p><p>prevenção, como identificação e</p><p>combate aos fatores de risco, tais como</p><p>obesidade, tabagismo, sedentarismo,</p><p>hipertensão e dislipidemia, entre</p><p>outros.</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Diminuir as</p><p>Unidades Básicas de Saúde em prol de</p><p>fornecer um serviço de urgência não é</p><p>adequado, aumentaria ainda mais a</p><p>desassistência.</p><p>Alternativa B - Incorreta: São medidas</p><p>que ajudariam a resolver o problema da</p><p>população, mas com exceção do</p><p>aumento da ESF, nenhuma delas</p><p>conseguiria reduzir os casos de AVC de</p><p>maneira prática.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Além de não</p><p>reduzir o número de casos de AVC, não</p><p>é o fluxo correto de pacientes do NASF.</p><p>Alternativa D - Incorreta: São medidas</p><p>importantes, mas nenhuma delas</p><p>reduziria o número de casos de AVC.</p><p>Gabarito oficial: alternativa B.</p><p>Gabarito JJ: nenhuma das alternativas</p><p>está correta.</p><p>_________________________________</p><p>74. Um lactente de 18 meses de vida é</p><p>levado à unidade de Emergência</p><p>Pediátrica com quadro clínico de</p><p>convulsão tônico-clônica generalizada,</p><p>iniciado há 5 minutos, e febre (38,2 °C).</p><p>Após medidas de suporte,</p><p>administração de antitérmico e infusão</p><p>de benzodiazepínico por via</p><p>endovenosa, a convulsão cessa. A mãe</p><p>conta que foi o primeiro episódio, e que</p><p>a criança estava com coriza e obstrução</p><p>nasal há dois dias. Exame físico: sem</p><p>anormalidades. Após período pós-ictal</p><p>ela desperta afebril e o exame</p><p>neurológico não apresenta alterações.</p><p>Diante do quadro clínico apresentado,</p><p>além de manter</p><p>androgênios como androstenediona e</p><p>testosterona não é feita na investigação</p><p>de irregularidade menstrual pois não</p><p>fazem parte dos hormônios do ciclo</p><p>menstrual e não justificam as demais</p><p>alterações clínicas da paciente em</p><p>questão.</p><p>Portanto, ficamos com a Alternativa B</p><p>como gabarito.</p><p>_________________________________</p><p>7. Uma paciente de 41 anos de idade,</p><p>com queixa de dor epigástrica em</p><p>queimação de longa data relacionada à</p><p>ingesta de alimentos condimentados,</p><p>retorna em consulta ambulatorial tendo</p><p>como resultado de endoscopia</p><p>digestiva alta o diagnóstico de úlcera</p><p>duodenal e pesquisa de H.pylori</p><p>positivo. Relatava uso esporádico de</p><p>antiácidos, mas com pouca melhora da</p><p>dor. Nega uso de anti-inflamatórios não</p><p>esteroidais (AINES). Qual a associação</p><p>de medicamentos com melhor nível de</p><p>evidência científica para o tratamento</p><p>desse caso?</p><p>A) Agente antissecretor, omeprazol e</p><p>claritromicina.</p><p>B) Inibidor da bomba de prótons,</p><p>eritromicina e B amoxicilina.</p><p>C) Inibidor da bomba de prótons,</p><p>amoxicilina e claritromicina.</p><p>D) Antagonistas do receptor H2 de</p><p>histamina, claritromicina e amoxicilina.</p><p>CCQ: Saber que o tratamento do H.</p><p>Pylori é feito com Amoxicilina +</p><p>Claritromicina + Inibidor da bomba de</p><p>prótons</p><p>Fala mentorando! Questão com um</p><p>tema super frequente e</p><p>importantíssimo, então vamos lá</p><p>entender o que a banca queria de nós.</p><p>Pessoal, notem que o enunciado nos da</p><p>um paciente com presença de H. Pylori,</p><p>mas antes de respondermos à questão</p><p>temos que nos lembrar algumas</p><p>indicações do tratamento desta</p><p>bactéria, devemos ter a presença do</p><p>mesmo associado a:</p><p>• Linfoma gástrico;</p><p>• Pangastrite atrófica;</p><p>• Úlcera gástrica ou duodenal;</p><p>• Dispepsia (Essa é nova hein!</p><p>Guarde-a bem);</p><p>• Neoplasia gástrica.</p><p>Com essas você acertará a maioria das</p><p>questões, mas existe um CCQ mais</p><p>importante ainda, que não é indicação</p><p>de erradicação do H. Pylori: O refluxo</p><p>gastro-esofágico, guarde com carinho</p><p>esta informação, pois despenca nas</p><p>provas.</p><p>Agora, vamos ao tratamento:</p><p>• O tratamento deve ser realizado</p><p>com combinação: Amoxicilina +</p><p>Claritromicina + IBP (omeprazol,</p><p>pantoprazol etc).</p><p>Este tratamento é tão famoso, que já</p><p>existem medicamentos que vem com as</p><p>3 medicações combinadas!</p><p>Note, que a banca nos da um paciente</p><p>com presença de H. Pylori + doença</p><p>ulcerosa péptica, ou seja, temos</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=Ei4Qm4gyULkblPohfT72</p><p>indicação de fazer esta erradicação.</p><p>Agora, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Agente</p><p>antissecretor não é preconizado, além</p><p>de necessitarmos da combinação de</p><p>antibióticos.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Eritromicina</p><p>não é recomendado como primeira</p><p>linha para o tratamento do H. Pylori.</p><p>Alternativa C - Correta: Exatamente, é</p><p>a combinação de primeira linha na</p><p>erradicação do H. Pylori.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Os</p><p>antagonistas dos receptores H2 não são</p><p>indicados no tratamento de erradicação</p><p>do H. Pylori.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>_________________________________</p><p>8. Um homem de 25 anos de idade</p><p>comparece à Unidade Básica de Saúde</p><p>queixando-se de feridas na genitália,</p><p>que apareceram há sete dias, três</p><p>semanas após uma relação sexual</p><p>desprotegida. Ao exame apresenta</p><p>lesão na glande, com 0,6 mm de</p><p>diâmetro, e na bolsa escrotal, com 0,4</p><p>mm de diâmetro; ambas com bordas e</p><p>bases endurecidas, fundo liso e</p><p>brilhante, com pouca secreção serosa e</p><p>pouco dolorosas. Observam-se</p><p>adenomegalias inguinais bilaterais</p><p>móveis, indolores e não supurativas. O</p><p>paciente refere ser portador do vírus</p><p>HIV, diagnosticado há 1 ano. Foi</p><p>realizado teste rápido para sífilis, com</p><p>resultado positivo. Considerando o</p><p>exposto, que procedimentos o médico</p><p>assistente deveria adotar,</p><p>respectivamente, para o exame do</p><p>líquor e para tratamento do paciente?</p><p>A) VDRL; se negativo, iniciar penicilina</p><p>cristalina por 7 dias.</p><p>B) VDRL; se positivo, iniciar penicilina</p><p>cristalina por 14 dias.</p><p>C) FTA-abs; se positivo, fazer penicilina</p><p>benzatina em dose única.</p><p>D) Teste rápido para sífilis; se positivo,</p><p>fazer penicilina benzatina em dose</p><p>única.</p><p>CCQ: manejo do paciente com sífilis e</p><p>HIV</p><p>Questão super prática e objetiva!</p><p>Vamos conversar um pouco sobre Sífilis</p><p>no paciente com HIV.</p><p>Bem, objetivamente, caso o paciente</p><p>não fosse portador de HIV, a conduta</p><p>seria bem direta: tratar o paciente e</p><p>parceiro com Penicilina Benzatina 2,4</p><p>milhões de UI, dose única. Pronto.</p><p>Agora, o que muda com o HIV na</p><p>equação?</p><p>O paciente vivendo com HIV possui</p><p>risco aumentado para o</p><p>desenvolvimento de um quadro de</p><p>sífilis atípico, podendo ser mais grave e</p><p>com complicações mais raras. Dentre as</p><p>possíveis complicações, a mais cobrada</p><p>é a neurosífilis! Lembram? Quando o</p><p>treponema atinge o sistema nervoso</p><p>central e causa alterações visuais</p><p>(Uveítes), alterações de sensibilidade,</p><p>tabes dorsalis, disacusia e até mesmo</p><p>alterações psiquiátricas! No paciente</p><p>com HIV, a meningite e a uveíte são as</p><p>manifestações mais comuns de</p><p>neurosífilis.</p><p>Dessa forma, se torna imperativo a</p><p>propedêutica neuro oftalmológica</p><p>nesses pacientes! Na menor alteração</p><p>ao exame físico, está indicada a Punção</p><p>Liquórica, que pode ter como</p><p>alterações a linfocitose, a</p><p>proteinorraquia aumentada e o VDRL</p><p>aumentado (o único teste não</p><p>treponêmico que pode ser feito no</p><p>líquor).</p><p>A rigor, o paciente em questão não</p><p>necessitaria de uma punção liquórica.</p><p>Segundo o manual do MS, os pacientes</p><p>elegíveis para punção seriam os</p><p>pacientes com alterações</p><p>neuroftalmológicas, sintomas de sífilis</p><p>terciária e refratariedade ao</p><p>tratamento. A análise rotineira do</p><p>Líquor em pacientes assintomáticos</p><p>carece de evidência de melhora de</p><p>desfecho clínico.</p><p>E o tratamento?</p><p>[Alternativa B - Correta]: no caso da</p><p>neurosífilis, o antibiótico deve ter</p><p>penetração adequada pela barreira</p><p>hematoencefálica, caso contrário não</p><p>terá ação contra o treponema. Sendo</p><p>assim, o antibiótico de escolha para</p><p>esse tipo de afecção é a Penicilina</p><p>Cristalina na dose de 18 a 24 milhões de</p><p>UI por dia, espaçadas a cada 4 horas, ou</p><p>em infusão contínua, ambos os regimes</p><p>posológicos por via EV, necessitando</p><p>então de internação para tal.</p><p>Alternativa A - Incorreta: duração do</p><p>tratamento deve ser de 14 dias!</p><p>Alternativa C - Incorreta: FTA-Abs é um</p><p>teste possível de ser pedido no líquor,</p><p>sendo mais sensível que o VDRL, mas</p><p>menos específico. Penicilina benzatina</p><p>não é o ATB de escolha na neurosífilis.</p><p>Alternativa D - Incorreta: da mesma</p><p>forma, a Penicilina benzatina não é o</p><p>ATB de escolha.</p><p>**Gabarito: letra B. **</p><p>_________________________________</p><p>9. A equipe de gestão de uma</p><p>Secretaria Municipal de Saúde, ao</p><p>implantar uma Unidade de Saúde da</p><p>Família (USF) em uma área de</p><p>vulnerabilidade social, reuniu-se para</p><p>organizar sua agenda de modo a</p><p>cumprir a Política Nacional de Atenção</p><p>Básica (PNAB). Considerando os</p><p>aspectos organizativos e de gestão</p><p>dessa política, são responsabilidades do</p><p>trabalho dessa equipe</p><p>A) garantir que o horário diário de</p><p>funcionamento das Unidades de Saúde</p><p>da Família tenha o mesmo padrão em</p><p>todos os territórios.</p><p>B) dialogar com a comunidade acerca</p><p>das características e organização do</p><p>serviço, de modo a estabelecer sua</p><p>efetiva implantação.</p><p>C) garantir atendimento e</p><p>cadastramento a todos os indivíduos</p><p>que procuram a USF,</p><p>independentemente do seu local de</p><p>moradia.</p><p>D) oferecer serviços com densidade</p><p>tecnológica variada e de baixa</p><p>complexidade, capazes de captar</p><p>usuários mais resistentes e garantir</p><p>resolutividade.</p><p>CCQ: Saber que para a</p><p>implementação de uma UBS leva-se</p><p>em conta a comunidade em que será</p><p>voltado o trabalho em saúde e essa</p><p>comunidade se torna importante para</p><p>a sua implementação</p><p>Questão sobre APS é certa que vai</p><p>aparecer na sua prova! Vamos revisar?</p><p>https://aristoclass.com.br/atividades-extras/%22A-incorreta%22</p><p>acompanhamento</p><p>ambulatorial, constitui conduta</p><p>adequada</p><p>A) Solicitar encefalograma e prescrever</p><p>anticonvulsivante.</p><p>B) orientar a família sobre as causas da</p><p>convulsão, sem prescrição de</p><p>anticonvulsivante.</p><p>C) determinar a coleta de líquido</p><p>cefalorraquidiano e introduzir</p><p>antibioticoterapia empírica com</p><p>ceftriaxona.</p><p>D) solicitar tomografia</p><p>computadorizada de crânio e</p><p>prescrever benzodiazepínico em novos</p><p>episódios febris.</p><p>CCQ: Na convulsão febril simples</p><p>devemos tranquilizar a família e</p><p>orientar o uso de medicação</p><p>sintomática para a febre</p><p>Olá, aluno Aristo! Essa é uma questão</p><p>bem bacana que aborda o manejo da</p><p>crise convulsiva simples na infância,</p><p>vamos aproveitá-la para revisar o</p><p>Pareto sobre esse tema.</p><p>Paciente em faixa etária típica entre 6</p><p>meses e 5 anos, com provável</p><p>diagnóstico prévio de infecção,</p><p>apresenta crise convulsiva tônico-</p><p>clônica durante episódio febril de curta</p><p>duração (menor que 5 minutos), com</p><p>breve período pós-ictal e completa</p><p>recuperação, com exame clínico</p><p>inocente no momento. Estamos diante</p><p>de um caso bastante típico de</p><p>convulsão febril.</p><p>A crise convulsiva febril é a desordem</p><p>neurológica mais comum em crianças,</p><p>ocorrendo com mais frequência entre 6</p><p>meses e 5 anos. Podemos classificar</p><p>como uma crise típica se, na presença</p><p>de pico febril (geralmente > 39ºC),</p><p>houver crise convulsiva tônico-clônica</p><p>generalizada com duração < 15 minutos</p><p>e que não se repete em 24 horas. E</p><p>atenção para esse ponto: a crise febril</p><p>típica é um quadro benigno na grande</p><p>maioria das vezes!</p><p>Mas e a crise atípica? Algumas crianças</p><p>podem apresentar um quadro um</p><p>pouco diferente com crises convulsivas</p><p>focais, com duração maior que 15</p><p>minutos, repetidas ou com persistência</p><p>de déficits neurológicos no pós-ictal.</p><p>Nesse caso, há indicação de</p><p>investigação complementar com</p><p>tomografia computadorizada de crânio</p><p>e eletroencefalograma. A crise atípica</p><p>está mais associada com o</p><p>desenvolvimento de epilepsia no</p><p>futuro.</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Essa conduta</p><p>fica reservada para os casos de crises</p><p>atípicas em que devemos investigar</p><p>causas secundárias para a convulsão.</p><p>Alternativa B - Correta: A primeira</p><p>medida é acalmar os pais e explicar</p><p>sobre a benignidade do ocorrido,</p><p>lembre-se que na maioria das vezes,</p><p>não é um caso recorrente. Em seguida,</p><p>prescrever tratamento para a causa da</p><p>febre.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Realizar a</p><p>coleta de líquido cefalorraquidiano e</p><p>introduzir antibioticoterapia empírica</p><p>com ceftriaxona seria uma conduta</p><p>equivocada, pois não estamos</p><p>pensando em um caso de meningite</p><p>para solicitar coletar líquido</p><p>cefalorraquidiano. Essa criança não</p><p>apresenta nenhum sinal que indique tal</p><p>doença.</p><p>Alternativa D - Incorreta:</p><p>Solicitaríamos uma tomografia no caso</p><p>de uma crise complexa, não é o caso</p><p>desse paciente.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B.</p><p>________________________________</p><p>75. Uma paciente com 27 anos de idade,</p><p>primigesta, com gestação de 34</p><p>semanas, queixa-se de sangramento</p><p>genital há cerca de uma hora. Nega dor</p><p>abdominal ou outros sintomas. Ao</p><p>exame clínico, constata-se bom estado</p><p>geral e PA = 110 x 70 mmHg. O feto está</p><p>em situação transversa, com</p><p>batimentos cardiofetais de 144 bpm. A</p><p>dinâmica uterina é de uma contração de</p><p>leve intensidade, com 30 segundos de</p><p>duração, em 10 minutos de observação.</p><p>O exame especular revelou colo uterino</p><p>com orifício puntiforme e presença de</p><p>sangramento discreto, cor vermelho-</p><p>vivo, de origem uterina, contínuo e de</p><p>leve intensidade. Qual o provável</p><p>diagnóstico diante desse quadro?</p><p>A) Placenta prévia.</p><p>B) Abortamento tardio.</p><p>C) Trabalho de parto pré-termo.</p><p>D) Descolamento prematuro de</p><p>placenta.</p><p>CCQ: Saber que sangramento</p><p>vermelho vivo sem dor abdominal</p><p>sugere diagnóstico de placenta prévia</p><p>A questão traz um quadro de</p><p>sangramento de terceito trimestre e</p><p>quer saber o diagnóstico. Trata-se de</p><p>gestação de 34 semanas, com</p><p>sangramento em pequena quantidade,</p><p>indolor, útero normotônico e dinâmica</p><p>frustra com colo uterino fechado (fora</p><p>de trabalho de parto). Este quadro</p><p>clínico é compatível com placenta</p><p>prévia.</p><p>A placenta prévia é a inserção baixa</p><p>placentária, que recobre ou fica muito</p><p>próxima ao orifício interno do colo</p><p>uterino após 28 semanas. A dilatação</p><p>cervical, contrações uterinas e a própria</p><p>formação do segmento inferior uterino</p><p>leva a hemorragia, que é imotivada,</p><p>recorrente e tem volume</p><p>progressivamente aumentado.</p><p>Vamos relembrar os diagnósticos</p><p>diferenciais que a questão traz nas</p><p>outras alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta O quadro</p><p>clínico é sugestivo de placenta prévia. O</p><p>diagnóstico definitivo é feito com</p><p>ultrassonografia demonstrando</p><p>placenta em localização baixa.</p><p>Alternativa B - Incorreta Abortamento</p><p>é a expulsão ou extração do produto</p><p>conceptual antes das 20 semanas. É</p><p>denominado abortamento tardio,</p><p>aquele que ocorre entre 12 e 20</p><p>semanas. A paciente em questão já está</p><p>com 34 semanas de gestação, então</p><p>nem poderiamos pensar neste</p><p>diagnóstico.</p><p>Alternativa C - Incorreta Trabalho de</p><p>parto é definido por contrações uterinas</p><p>regulares que promovem dilatação</p><p>cervical. A paciente ainda tem</p><p>contrações aleatórias, não regulares,</p><p>que não promovem dilatação cervical</p><p>(colo puntiforme).</p><p>Alternativa D - Incorreta O</p><p>descolamento prematuro de placenta é</p><p>o principal diagnóstico diferencial de</p><p>sangramento de terceiro trimestre.</p><p>Trata-se da separação entre placenta e</p><p>útero, gerando hematoma</p><p>retroplacentário que causa hipertonia</p><p>uterina e dor. Pode gerar sofrimento</p><p>fetal então deve ser diagnosticado e</p><p>resolvido rapidamente.</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa A.</p><p>________________________________</p><p>76. Uma paciente de 19 anos estava</p><p>jogando handebol em uma competição</p><p>da faculdade, quando, ao saltar para</p><p>arremesso da bola, desequilibrou-se e</p><p>“pisou em falso”. Queixa-se de muita</p><p>dor no local. Ao exame físico local, nota-</p><p>se edema (+2/4+), discreto hematoma e</p><p>dor à palpação do maléolo lateral. Não</p><p>consegue apoiar o pé no chão devido à</p><p>dor. As duas imagens abaixo mostram</p><p>duas incidências de radiografia simples</p><p>do tornozelo da paciente. Considera-se</p><p>a conduta mais apropriada para essa</p><p>paciente o(a)</p><p>A) encaminhamento para hospital</p><p>ortopédico para possível conduta</p><p>cirúrgica devido à fratura.</p><p>B) encaminhamento para hospital</p><p>ortopédico para possível conduta</p><p>conservadora com uso de gesso devido</p><p>à fratura.</p><p>C) uso de gelo no local (até 3 vezes por</p><p>dia por 30 minutos), anti-inflamatórios</p><p>não esteroidais e uso de tala para</p><p>imobilização analgésica por 5 a 7 dias.</p><p>D) orientação de repouso relativo, uso</p><p>de gelo no local (3 vezes por dia por 30</p><p>minutos) e de anti-inflamatórios não</p><p>esteroidais, liberando a paciente para ir</p><p>para casa.</p><p>CCQ: Tratamos entorse sem fraturas</p><p>com repouso, AINES e imobilização</p><p>com tala ortopédica</p><p>Ortopedia não é um tema recorrente</p><p>nas provas, mas volta e meia vem para</p><p>atrapalhar a vida do candidato. Uma</p><p>dica importante: sabendo o básico de</p><p>ortopedia você estará na frente de</p><p>muita gente.</p><p>Nessa questão a banca do INEP</p><p>apresenta um garoto de 19 anos que</p><p>sofreu um entorse do tornozelo durante</p><p>partida de handebol, algo bastante</p><p>corriqueiro nos ambulatórios e</p><p>emergências ortopédicas. Para esses</p><p>casos, a principal coisa a ser feita é</p><p>excluir fraturas, então devemos solicitar</p><p>radiografia da articulação em AP e</p><p>perfil. Vemos que nesta radiografia não</p><p>há sinais de fraturas, fissuras grosseiras</p><p>ou desvios, logo, descartamos. Há lesão</p><p>ligamentar? Pode até haver, mas não</p><p>conseguimos ver em raio-x, então se o</p><p>exame físico ortopédico excluir lesão</p><p>ligamentar importante, o tratamento</p><p>deve ser conservador e</p><p>acompanhamento ambulatorial. “Ah,</p><p>mas não devemos solicitar uma</p><p>ressonância ou USG para ver lesão</p><p>ligamentar?” No primeiro</p><p>momento,</p><p>não - o edema intra e periarticular</p><p>dificulta muito a visualização de</p><p>qualquer lesão de ligamento, devendo</p><p>ficar para segundo momento, para</p><p>quando o edema se resolver, e se</p><p>houver sintomatologia que justifique</p><p>realização de tais exames</p><p>complementares.</p><p>Alternativa A e B – Incorretas: Como</p><p>dito acima, a radiografia solicitada</p><p>descarta fraturas, portanto não há</p><p>indicação de correção cirúrgica, muito</p><p>menos bota de gesso para imobilização.</p><p>Alternativa C – Correta: O tratamento</p><p>de entorses deve ser crioterapia, AINES</p><p>e repouso total da articulação, sendo</p><p>indicado o uso de tala ortopédica para</p><p>imobilização do membro e evitar</p><p>qualquer impacto na articulação. Essa</p><p>tala seria aquelas órteses removíveis.</p><p>Alternativa D – Incorreta: O</p><p>tratamento deve ser conservador, com</p><p>repouso total da articulação,</p><p>crioterapia, AINES e tala para</p><p>imobilização, em vez de repouso</p><p>relativo. Repouso relativo seria liberar o</p><p>paciente para atividades cotidianas e</p><p>evitar esportes ou movimentos de alto</p><p>impacto na articulação, contudo, o</p><p>simples caminhar do dia a dia de</p><p>maneira um pouco mais vigorosa pode</p><p>prejudicar o tratamento – por isso há</p><p>indicação de tala para imobilização.</p><p>Portanto, alternativa correta é a letra</p><p>C</p><p>________________________________</p><p>77. Uma mulher de 45 anos de idade,</p><p>portadora do vírus da hepatite C,</p><p>genótipo 1b, compareceu à consulta</p><p>para mostrar resultados de exames e</p><p>definir continuidade de tratamento. Ela</p><p>apresenta quadro de cirrose</p><p>compensada (escore de Child-Pugh = 6</p><p>pontos) e critérios de fibrose hepática</p><p>extensa, sem tratamento específico</p><p>prévio. Na avaliação pré-tratamento,</p><p>ela apresentava carga viral de 2 milhões</p><p>de cópias/mL. Foi prescrita terapia</p><p>tripla para o vírus C (interferon</p><p>peguilado, ribavirina e telaprevir). A</p><p>paciente está em uso da medicação há</p><p>12 semanas e a carga viral na semana 12</p><p>foi de 500 cópias/mL. A paciente não</p><p>apresenta outras infecções. Com base</p><p>nas Diretrizes Terapêuticas para</p><p>Hepatite C do Ministério da Saúde de</p><p>2013, conclui-se que não houve</p><p>resposta ao telaprevir. Em vista disso,</p><p>qual é o esquema terapêutico</p><p>recomendado para essa paciente?</p><p>A) Substituir todo o esquema e repetir o</p><p>exame da carga viral em 4 semanas.</p><p>B) Substituir todo o esquema mantendo</p><p>as novas medicações até completar 48</p><p>semanas de tratamento.</p><p>C) Interromper todo o tratamento</p><p>devido à falha de resposta ao telaprevir</p><p>e realizar acompanhamento clínico da</p><p>paciente</p><p>D) Manter o tratamento com interferon</p><p>peguilado e ribavirina e repetir o exame</p><p>da carga viral na semana 24 do</p><p>tratamento.</p><p>CCQ: tratamento da hepatite C</p><p>crônica com telaprevir</p><p>Questão altamente específica,</p><p>cobrando conhecimentos de</p><p>especialista baseados em um protocolo</p><p>clínico de 2013. É a típica questão que</p><p>não vale a pena perder muito tempo,</p><p>pois não irá agregar muito ao</p><p>conhecimento para a prova. Vamos</p><p>comentar rapidamente para não passar</p><p>em branco.</p><p>O telaprevir é um inibidor de protease</p><p>(IP) incorporado à diretriz de</p><p>tratamento do HCV genótipo com</p><p>fibrose hepática avançada e cirrose</p><p>hepática compensada (Child-Pugh ≤ 6).</p><p>O tratamento é feito adjunto com o</p><p>interferon peguilado e a ribavirina,</p><p>constituindo na terapia tripla. Esse</p><p>esquema é feito por 12 semanas, sendo</p><p>interrompido se a carga viral for > 1000</p><p>UI/mL.</p><p>[Alternativa D - Correta]: na questão,</p><p>temos um paciente com carga viral de</p><p>500 UI/mL na 12ª semana, não tendo</p><p>indicação de interromper todo o</p><p>tratamento, mas sim de interromper o</p><p>telaprevir, pois seu uso é feito somente</p><p>pelas 12 semanas, seguindo até a 48ª</p><p>semana somente com o interferon e a</p><p>ribavirina.</p><p>A quantificação da carga viral é feita nas</p><p>semanas 0, 4, 12, 24, 36 e 48.</p><p>No link abaixo você pode conferir o</p><p>protocolo, mas, mais uma vez, não é um</p><p>assunto que deva consumir seu tempo</p><p>por ser extremamente específico e com</p><p>baixíssimas possibilidades de ser</p><p>cobrado.</p><p>Protocolo Clínico e Diretrizes</p><p>Terapêuticas para Hepatite Viral C e</p><p>Coinfecções, MS, 2013</p><p>Gabarito: letra D.</p><p>________________________________</p><p>78. O médico de uma Equipe de Saúde</p><p>da Família faz uma visita domiciliar a</p><p>uma paciente idosa, obesa, diabética e</p><p>que tem dificuldade de locomoção. Ela</p><p>não consegue seguir as orientações da</p><p>equipe, não toma as medicações</p><p>indicadas, mora sozinha e lê com</p><p>dificuldade. A paciente mostra uma</p><p>caixa onde coloca todos os</p><p>medicamentos. Para ajudá-la, o médico</p><p>e a equipe refazem a receita e as</p><p>orientações escritas com desenhos,</p><p>separando os medicamentos por</p><p>horários. Diante desse quadro, que</p><p>outra conduta deveria ser tomada pela</p><p>equipe?</p><p>A) Encaminhar a paciente para</p><p>internação hospitalar, para avaliação e</p><p>seguimento com geriatra até a</p><p>estabilização do quadro, que é</p><p>complexo.</p><p>B) Encaminhar ao endocrinologista</p><p>para adequação do tratamento</p><p>http://formsus.datasus.gov.br/novoimgarq/20334/3266866_109700.pdf</p><p>http://formsus.datasus.gov.br/novoimgarq/20334/3266866_109700.pdf</p><p>http://formsus.datasus.gov.br/novoimgarq/20334/3266866_109700.pdf</p><p>medicamentoso, ao fisioterapeuta para</p><p>terapia de mobilidade e ao nutricionista</p><p>para orientação dietética.</p><p>C) Solicitar a presença da família para</p><p>ajudar no plano de cuidados e formular</p><p>denúncia ao Ministério Público por</p><p>negligência ou maus tratos, tendo em</p><p>vista que a senhora é dependente.</p><p>D) Solicitar ajuda ao Conselho do Idoso</p><p>para que a paciente seja acompanhada</p><p>por recursos sociais do bairro,</p><p>envolvendo a equipe de saúde no</p><p>monitoramento do plano de cuidados.</p><p>CCQ: Saber que em caso de idosos</p><p>frágeis, o conselho do idoso pode ser</p><p>acionado para ajudar a buscar</p><p>soluções acerca do contexto social</p><p>desses idosos</p><p>Como vão os estudos, querido</p><p>mentorando? Hoje vamos falar sobre a</p><p>ação da equipe de Saúde da Família</p><p>(eSF) no atendimento de idosos frágeis.</p><p>Mas antes de discutir as alternativas,</p><p>vamos revisar sobre como é composto a</p><p>eSF?</p><p>Segundo o ministério da saúde, a eSF é</p><p>composta por, no mínimo:</p><p>(I) médico generalista, ou especialista em</p><p>Saúde da Família, ou médico de Família e</p><p>Comunidade;</p><p>(II) enfermeiro generalista ou especialista</p><p>em Saúde da Família;</p><p>(III) auxiliar ou técnico de enfermagem; e</p><p>(IV) agentes comunitários de saúde (esta</p><p>categoria profissional é opcional para</p><p>equipe de Saúde da Família Ribeirinha e</p><p>para ESF cadastrada em UBSF).</p><p>Podem ser acrescentados a essa</p><p>composição os profissionais de Saúde</p><p>Bucal: cirurgião-dentista generalista ou</p><p>especialista em Saúde da Família,</p><p>auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal.</p><p>Agora que entendemos mais sobre o</p><p>tema, vamos ver as questões?</p><p>A paciente em questão é idosa, obesa,</p><p>diabética com restrição de mobilidade e</p><p>dificuldade de leitura, além de tudo</p><p>mora sozinha, existe uma série de</p><p>situações sociais além dos agravos de</p><p>saúde que tornam essa idosa mais</p><p>frágil. Entendendo esse contexto,</p><p>vamos analisar as alternativas:</p><p>Alternativa A – Incorreta: Apesar de</p><p>ser uma idosa frágil, o caso em questão</p><p>não necessita de internação ou</p><p>encaminhamento. A atenção primária</p><p>é capaz de manter o monitoramento</p><p>dos cuidados à saúde.</p><p>Alternativa B ��� Incorreta: Como</p><p>discutido na alternativa acima, a</p><p>atenção primária é capaz de conduzir o</p><p>caso.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Um</p><p>indicador de suspeita não confirma por</p><p>si só a existência de maus tratos. Serve</p><p>como um aviso sendo recomendando ir</p><p>em busca de mais informação para a</p><p>definição do caso. Assim, nessas</p><p>situações, deve-se buscar vinculo com a</p><p>família, evitando juízo de valor sobre a</p><p>situação antes de pensar em uma</p><p>intervenção.</p><p>Alternativa D – Correta: Trata-se de</p><p>uma idosa frágil, então, a equipe de</p><p>saúde, além de facilitar o entendimento</p><p>da paciente em relação ao seu</p><p>tratamento, deve solicitar a ajuda do</p><p>conselho do idoso para buscar</p><p>soluções em relação ao contexto</p><p>social dessa idosa, enquanto a equipe</p><p>de</p><p>saúde se mantém no</p><p>monitoramento dos cuidados à saúde.</p><p>Portanto, o gabarito é a letra D!</p><p>_________________________________</p><p>79. Um estudante de seis anos de idade,</p><p>é trazido à Emergência hospitalar</p><p>apresentando dor abdominal,</p><p>inicialmente epigástrica e,</p><p>posteriormente, em flanco direito.</p><p>Apresenta quadro de febre (38,5 oC),</p><p>distensão abdominal e vômitos. O</p><p>quadro iníciou-se há pouco mais de 24</p><p>horas, com piora progressiva. A família</p><p>relata história de episódios de fezes</p><p>escuras com odor fétido desde quando</p><p>era lactente. Ao exame físico,</p><p>demonstrou dor à palpação do flanco</p><p>direito, mais intensa em fossa ilíaca</p><p>direita. A ausculta abdominal indicou</p><p>ruídos hidroaéreos metálicos</p><p>intervalados por períodos de ausência</p><p>de ruídos. Ele foi internado. Foram</p><p>realizados alguns exames, com os</p><p>seguintes resultados: • Leucócitos =</p><p>16.500/mm 3 (VR: 5.500 - 6.500/mm 3 );</p><p>• Neutrófilos = 11.000/mm 3 ; • Bastões</p><p>= 1.700/mm 3 . A radiografia do abdome</p><p>evidenciou dilatação e edema de alças</p><p>do intestino delgado com nível</p><p>hidroaéreo. O ultrassom abdominal</p><p>resultou sugestivo de abscesso em</p><p>região de íleo terminal. A principal</p><p>hipótese diagnóstica e a conduta</p><p>recomendada diante desse quadro são,</p><p>respectivamente,</p><p>A) apendicite e cirurgia de urgência.</p><p>B) invaginação intestinal e enema</p><p>opaco.</p><p>C) diverticulite e cintilografia com</p><p>tecnécio.</p><p>D) divertículite de Meckel e cirurgia de</p><p>urgência.</p><p>CCQ: Saber que o divertículo de</p><p>Meckel pode cursar com sangramento</p><p>do trato gastrointestinal e causar</p><p>diverticulite</p><p>Olá, pessoal! Temos aqui uma questão</p><p>um pouco mais elaborada sobre o tema</p><p>da cirurgia pediátrica, que exige do</p><p>candidato um pouco mais de raciocínio</p><p>clínico para gabaritá-la. Vamos primeiro</p><p>revisar o quadro clínico e,</p><p>posteriormente, avaliar as alternativas.</p><p>Temos um escolar de 6 anos que vem a</p><p>emergência com dor abdominal</p><p>(inicialmente epigástrica e,</p><p>posteriormente, em flanco direito),</p><p>febre (38,5 °C), distensão abdominal e</p><p>vômitos há cerca de 24 horas, com piora</p><p>progressiva. Também nos é trazida a</p><p>informação de que essa criança tem</p><p>uma história de fezes escuras com</p><p>odor fétido desde quando era</p><p>lactente. Seria isso uma melena?</p><p>No exame físico, foram encontrados</p><p>ruídos hidroaéreos metálicos</p><p>intervalados por períodos de ausência</p><p>de ruídos e dor à palpação do flanco</p><p>direito, mais intensa em fossa ilíaca</p><p>direita. Realizaram, então, a internação</p><p>do paciente com a solicitação de um</p><p>leucograma que veio alterado, uma</p><p>radiografia que evidenciou dilatação e</p><p>edema de alças do intestino delgado</p><p>com nível hidroaéreo, e um ultrassom</p><p>abdominal com imagem sugestiva de</p><p>abscesso na região íleo terminal.</p><p>Frente a esse quadro, vamos explorar as</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: A apendicite</p><p>aguda é a principal causa de abdome</p><p>agudo inflamatório. A clínica clássica é</p><p>a de dor periumbilical que migra para a</p><p>fossa ilíaca direita associada a anorexia,</p><p>náuseas e vômitos. Ok, nosso paciente</p><p>apresenta esses sintomas, porque essa</p><p>não é a resposta? Note que o avaliador</p><p>colocou uma informação diferente no</p><p>enunciado, e ela não está lá à toa: o</p><p>nosso paciente apresenta uma história</p><p>de fezes escuras com odor fétido desde</p><p>lactente. Isso indica que, por algum</p><p>motivo, há sangramento do trato</p><p>gastrointestinal com formação de</p><p>melena, e isso acontece nos pacientes</p><p>que apresentam divertículo de Meckel</p><p>(vamos abordar melhor essa condição</p><p>na alternativa D). Além disso, nos casos</p><p>de apendicites complicadas com</p><p>presença de abscesso, devemos realizar</p><p>drenagem da coleção guiada por</p><p>imagem + antibioticoterapia + avaliar a</p><p>necessidade de apendicectomia de</p><p>intervalo após 6 a 8 semanas.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A</p><p>invaginação intestinal é a principal</p><p>causa de obstrução intestinal da</p><p>infância, todavia, ela é muito mais</p><p>frequente entre os 3 meses de vida e os</p><p>3 anos. Além disso, temos outros</p><p>achados na história clínica, como a</p><p>presença de fezes em geleia de</p><p>framboesa e uma massa palpável no</p><p>abdome com aspecto de salsicha. Na</p><p>ultrassonografia de abdome, temos um</p><p>achado bem característico, que é a</p><p>lesão em alvo (a ecogenicidade do</p><p>intestino fica alterada nas zonas de</p><p>intussuscepção). O tratamento de</p><p>escolha é a redução da invaginação com</p><p>enema de ar ou contraste.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A</p><p>diverticulite é um diagnóstico</p><p>diferencial bem incomum na pediatria,</p><p>acabamos suspeitando dessa etiologia</p><p>quando, ao operar uma criança com</p><p>suspeita de apendicite, encontramos</p><p>um apêndice normal. Nesses casos,</p><p>devemos avaliar o abdome em busca de</p><p>outras causas para o quadro e investigar</p><p>a região do sigmoide. Todavia, é uma</p><p>situação que não é nem um pouco</p><p>comum para um paciente com 6 anos</p><p>de idade.</p><p>Alternativa D - Correta: O divertículo</p><p>de Meckel (DM) é um remanescente</p><p>embrionário que acomete cerca de 2 a</p><p>4% da população geral. A maioria dos</p><p>pacientes é assintomática, e nos</p><p>sintomáticos o quadro clínico é de</p><p>obstrução intestinal, hemorragia</p><p>gastrintestinal e diverticulite. O</p><p>paciente em questão apresentou uma</p><p>complicação dessa situação: a</p><p>diverticulite de Meckel. Pensamos</p><p>nesse diagnóstico pela combinação do</p><p>evento de abdome agudo inflamatório</p><p>e a história de fezes escuras e fétidas já</p><p>que, nos pacientes com DM, pode haver</p><p>produção de ácido clorídrico secretado</p><p>pela mucosa gástrica ectópica</p><p>diverticular que provoca ulceração do</p><p>íleo adjacente com produção de</p><p>sangramento com característica de</p><p>melena. O tratamento das situações</p><p>agudas de diverticulite é feito com</p><p>cirurgia de urgência.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>_________________________________</p><p>80. Uma paciente primigesta de 27 anos</p><p>de idade e com 36 semanas de gestação</p><p>chega à Emergência Obstétrica</p><p>queixando-se de cefaleia, visão turva,</p><p>diplopia e dor epigástrica. Ao exame</p><p>físico, constatou-se: PA = 170 x 110</p><p>mmHg, dinâmica uterina ausente,</p><p>frequência cardíaca fetal de 140 bpm,</p><p>reflexos patelares hiperativos. Nessa</p><p>situação, qual a conduta imediata</p><p>indicada?</p><p>A) Iniciar sulfato de magnésio por via</p><p>endovenosa.</p><p>B) Solicitar avaliação especializada de</p><p>neurologista.</p><p>C) Interromper a gestação através de</p><p>cesárea segmentar.</p><p>D) Colocar a paciente em decúbito</p><p>lateral e reavaliar a pressão arterial após</p><p>15 minutos.</p><p>CCQ: Diagnóstico e conduta imediata</p><p>na iminência de eclâmpsia</p><p>Gestante de 36 semanas chega na</p><p>emergência com pressão de 170x110</p><p>mmHg e sintomas neurológicos de</p><p>cefaleia, turvação visual e reflexos</p><p>hiperativos. Nessa hora você já deve ter</p><p>a luz vermelha acesa pra uma</p><p>IMINÊNCIA DE ECLÂMPSIA. Trata-se</p><p>de um caso grave e risco iminente</p><p>materno fetal que você deve ser capaz</p><p>de identificar e tratar prontamente.</p><p>A iminência de eclâmpsia é definida</p><p>pelos sintomas de alarme : cefaléia</p><p>occipital, turvação visual ou escotomas,</p><p>epigastralgia e reflexos aumentados.</p><p>São sinais clínicos de que a paciente</p><p>pode entrar em eclâmpsia a qualquer</p><p>momento, isto é, convulsionar, o que</p><p>tem uma repercussão grave tanto</p><p>materna quanto fetal, podendo levar a</p><p>óbito de ambos. Portanto vamos</p><p>escolher a melhor alternativa para</p><p>reversão deste quadro grave:</p><p>Alternativa A - Correta O sulfato de</p><p>magnésio é a droga de escolha para</p><p>tratamento e prevenção de eclâmpsia,</p><p>pois neutraliza a hiperexcitação</p><p>neurológica, prevenindo convulsões.</p><p>Ele é administrado via endovenosa e</p><p>deve ser mantido por 24h para</p><p>estabilizaçã da paciente. Lembre-se</p><p>que ele não tem efeito antihipertensivo!</p><p>Alternativa B - Incorreta Gestante</p><p>acima de 20 semanas com sintomas de</p><p>iminência de eclâmpsia, até que se</p><p>prove ao contrário está em iminência de</p><p>eclâmpsia! Devemos sempre tratar</p><p>prontamente e, caso não haja respota,</p><p>podemos solicitar auxílio ao</p><p>neurologista para investigar outras</p><p>etiologias. No caso em questão a</p><p>paciente além dos sintomas clínicos</p><p>tem pico pressórico. Aqui então não</p><p>restam dúvidas que devemos tratar a</p><p>paciente.</p><p>Alternativa C - Incorreta Uma paciente</p><p>claramente instável não deve ser</p><p>submetida a cirurgia, mesmo sabendo</p><p>que a resolução da gestação tende a</p><p>melhorar o quadro. Devemos</p><p>inicialmente estabilizar a paciente com</p><p>sulfato de magnésio e depois pesar a</p><p>necessidade de interrupção de</p><p>gestação. Cabe ressaltar que com a</p><p>paciente e o feto estáveis, teoricamente</p><p>é possível tentar um parto normal. Além</p><p>disso, em gestações acima de 34</p><p>semanas que apresentaram iminência</p><p>de eclâmpsia, não há benefício em</p><p>prolongar a gravidez.</p><p>Alternativa D - Incorreta O decúbito</p><p>lateral esquerdo melhora o retorno</p><p>venoso e tende a diminuir a pressão</p><p>arterial em pacientes com hipertensão</p><p>na gravidez. Mas no caso em questão</p><p>não é a pressão o principal risco</p><p>iminente, mas sim a eclâmpsia. Por isso</p><p>devemos admnistrar sulfato de</p><p>magnésio e depois realizar medidas de</p><p>controle pressórico.</p><p>Lembre-se que devemos tratar a</p><p>iminência de eclâmpsia mesmo na</p><p>ausência de pico pressórico. No</p><p>entanto, na presença de pressão arterial</p><p>sistólica ≥ 160 mmHg ou diastólica ≥ 110</p><p>mmhg, é indicada administração de</p><p>antihipertensivos.</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa</p><p>correta A.</p><p>_________________________________</p><p>81. Um homem de 26 anos de idade,</p><p>previamente saudável, procurou</p><p>assistência médica com queixa de</p><p>“tumor” no pescoço, com aumento</p><p>progressivo há 3 meses, acompanhado</p><p>de perda de peso e sudorese noturna. O</p><p>exame físico apresentava múltiplos</p><p>nódulos pequenos em cadeias cervical</p><p>posterior e subclávia, de consistência</p><p>endurecida, aderidos aos planos</p><p>profundos e à pele. Foi realizada biópsia</p><p>da lesão, cuja análise histopatológica</p><p>evidenciou: material de biópsia de</p><p>linfonodo apresentando células típicas</p><p>de Reed-Sternberg circundadas por</p><p>bandas de material esclerótico O</p><p>diagnóstico mais possível e o</p><p>tratamento inicial correto para esse</p><p>paciente são, respectivamente,</p><p>A) linfossarcoma e radioterapia.</p><p>B) linfoma de Hodgkin e quimioterapia.</p><p>C) linfoma de Burkitt e remoção</p><p>cirúrgica.</p><p>D) linfangioma e esclerose com</p><p>bleomicina.</p><p>CCQ: Saber que células de Reed-</p><p>Sternberg são características de</p><p>linfoma de Hodgkin</p><p>Fala, mentorando! Questão sobre</p><p>linfomas com um detalhe no exame</p><p>anatomopatológico que nos entrega de</p><p>bandeja a resposta da questão, então</p><p>bora la revisar alguns aspectos!</p><p>Linfomas é um grupo de neoplasias que</p><p>afeta as células linfáticas, e</p><p>classicamente os dividimos em</p><p>linfomas de Hodgkin e não Hodgkin.</p><p>Dentre os de Hodgkin (sendo os de</p><p>melhor prognóstico) encontramos 4</p><p>subtipos, classicamente:</p><p>• Esclerose nodular</p><p>• Celularidade mista</p><p>• Rico em linfócitos</p><p>• Depleção linfocítica</p><p>Os não Hodgkin apresentam um</p><p>prognóstico muito variável, podendo</p><p>ser quase que indolentes, até formas</p><p>bem agressivas, que podem levar ao</p><p>óbito muito rapidamente. Por isso,</p><p>lembre-se dos mais comuns, como o</p><p>linfoma de células pilosas, linfoma de</p><p>grandes células B, e linfoma de burkitt.</p><p>Agora vem um detalhe interessante: no</p><p>anatomopatológico dos linfomas de</p><p>Hodkin, encontramos as famosas</p><p>células em olho de coruja, ou células em</p><p>espelho, ou células de Reed-</p><p>Sternberg. É muito característico deste</p><p>tipo de linfoma! Por isso guarde esse</p><p>nome com carinho, pois se o vir em um</p><p>enunciado, muito provavelmente,</p><p>estarão falando de linfoma de Hodkin!</p><p>O tratamento é feito classicamente</p><p>com quimioterapia com ou sem</p><p>radioterapia, dependendo do subtipo e</p><p>da extensão da doença.</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa B.</p><p>________________________________</p><p>82. Um homem de 32 anos de idade,</p><p>saudável, procura o Pronto Socorro</p><p>com queixa de febre, cefaleia e vômitos</p><p>há três dias. Trabalha como feirante e</p><p>refere casos de febre na família. Fez uso</p><p>de um comprimido de amoxicilina. O</p><p>exame físico revela: estado geral</p><p>regular, desidratado (+/4+), corado,</p><p>febril, deambulando sozinho,</p><p>consciente, orientado e com discreta</p><p>rigidez de nuca. Não há outras</p><p>alterações ao exame. Diante do quadro,</p><p>foi realizada punção lombar com</p><p>retirada de 2 mL de líquido</p><p>cefalorraquidiano (LCR) discretamente</p><p>turvo. O exame laboratorial do LCR</p><p>revelou: 203 células com 90% de células</p><p>linfomononucleares (VR = 0 - 5</p><p>células/mm3), proteína = 60 mg/dL (VR</p><p>= 8 - 32 mg/dL) e glicose = 50 mg/dL (VR</p><p>= 40 - 70 mg/dL) (glicemia: 75 mg/dL);</p><p>coloração ao Gram, Zielh-Nielsen e</p><p>coloração para fungos negativas.</p><p>Considerando os dados apresentados,</p><p>qual o diagnóstico mais provável nesse</p><p>caso?</p><p>A) Meningite viral aguda.</p><p>B) Meningite bacteriana aguda.</p><p>C) Meningite por leucemia linfocítica</p><p>aguda.</p><p>D) Meningite bacteriana parcialmente</p><p>tratada.</p><p>CCQ: reconhecer a análise liquórica</p><p>em caso de meningite viral</p><p>Fala, pessoal! Apesar de meningite</p><p>bacteriana ser a campeã em provas, às</p><p>vezes questões de meningite viral</p><p>gostam de aparecer, principalmente o</p><p>diagnóstico a partir da análise do liquor.</p><p>Vamos relembrar como estaria este</p><p>liquor em caso de meningite viral:</p><p>• Proteínas estarão elevadas, mas</p><p>não no mesmo nível de uma</p><p>meningite bacteriana.</p><p>• Presença de células,</p><p>principalmente linfócitos</p><p>(linfomononucleares).</p><p>• Glicose estará normal (este</p><p>parâmetro é um dos mais</p><p>importantes, quase sempre a</p><p>diferenciação vai ser por ele, que</p><p>estará diminuído em caso de</p><p>meningite bacteriana).</p><p>• Não encontraremos bactérias</p><p>ou fungos na microscopia.</p><p>Agora ficou fácil, não é? Veja a análise</p><p>do liquor, bate exatamente com a</p><p>descrição de uma meningite viral!</p><p>Agora, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta: como</p><p>explicado acima.</p><p>Alternativa B - Incorreta: vamos rever</p><p>como estaria o liquor em caso de</p><p>meningite bacteriana:</p><p>• Proteínas muito elevadas.</p><p>• Presença de células,</p><p>polimorfonucleares (neutrófilos</p><p>principalmente).</p><p>• Glicose diminuída.</p><p>• Pode ser encontrado bactérias</p><p>na microscopia.</p><p>Totalmente diferente da nossa análise</p><p>liquórica, não? Portanto, alternativa</p><p>incorreta.</p><p>Alternativa C - Incorreta: sim, existe</p><p>meningite por leucemia! E é mais</p><p>comum na linfocítica aguda, mas</p><p>teríamos um quadro clínico mais</p><p>característico da doença!</p><p>Alternativa D - Incorreta: não pessoal!</p><p>Amoxicilina tem a característica de uma</p><p>má penetração na barreira hemato</p><p>encefálica, por isso, não faria um</p><p>"tratamento" para o mesmo ser</p><p>incompleto!</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa A.</p><p>_________________________________</p><p>83. Uma adolescente de 15 anos de</p><p>idade, previamente hígida, vem à</p><p>consulta na Unidade Básica de Saúde</p><p>com a sua mãe, com as seguintes</p><p>queixas: há 3 dias está apresentando</p><p>tosse seca, obstrução e coriza nasal</p><p>hialina, e rouquidão. A temperatura</p><p>axilar tem-se mantido em torno de 37</p><p>oC e ela sente dor de garganta. O</p><p>exame clínico revela vermelhidão na</p><p>garganta. Diante desse caso, assinale a</p><p>opção a seguir que apresenta o</p><p>diagnóstico e o agente etiológico mais</p><p>frequente</p><p>A) Gripe; Influenza A.</p><p>B) Faringite; Adenovírus.</p><p>C) Amigdalite; Streptococcus</p><p>pyogenes.</p><p>D) Uvulite aguda; Haemophilus</p><p>influenzae.</p><p>CCQ: Reconhecer que os agentes mais</p><p>comuns da faringite são os virais</p><p>Fala, aluno Aristo! Questão boa do INEP</p><p>para revisarmos um conceito que</p><p>sempre gosta de cair nas provas!</p><p>Quando falamos de faringoamigdalite,</p><p>sempre pensamos naquele paciente</p><p>com placas, febre alta, adenomegalias</p><p>cervicais, que vai necessitar antibiótico!</p><p>Mas saiba que estes, são a minoria dos</p><p>pacientes, pois a grande maioria vão ser</p><p>quadros virais que vão se resolver</p><p>sozinhos, sem medicação alguma.</p><p>E qual a nossa conduta nestes casos?</p><p>Controlamos os sintomas, para que o</p><p>sistema imunológico faça o resto do</p><p>trabalho!</p><p>Agora, temos alguns critérios que</p><p>podem nos ajudar na diferenciação, de</p><p>uma faringoamigdalite viral para uma</p><p>bacteriana, lembra do mnêmonico</p><p>FANTA?</p><p>• F : Febre > 38Cº</p><p>• A: Adenopatias</p><p>cervicais</p><p>• N: Não tosse</p><p>• T: Tonsilas com placas ou</p><p>exsudato</p><p>• A: Age ( idade ) 3-14 anos</p><p>Um paciente com 2 pontos do critério (</p><p>cada um dos citados, vale 1 ponto ), já</p><p>tem indicação de teste rápido para</p><p>confirmação estreptocócica, com 4</p><p>pontos ou mais, estamos inclusive</p><p>autorizados a iniciar a ATBterapia</p><p>segundo algumas diretrizes!</p><p>Agora vamos as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta Quadro gripal</p><p>envolve mais sintomas sistêmicos,</p><p>como mialgia, prostração, febre mais</p><p>alta, então não é nossa principal</p><p>hipótese!</p><p>Alternativa B - Correta Como</p><p>explicado acima, nossa principal</p><p>hipótese é uma faringite, e os principais</p><p>causadores são os vírus, dentre eles o</p><p>adenovírus.</p><p>Alternativa C - Incorreta Ai está a</p><p>pegadinha da banca! Lembre-se os mais</p><p>comuns são os vírus!</p><p>Alternativa D - Incorreta É uma</p><p>inflamação aguda a uvula, que se</p><p>manifesta com dor e sensação de corpo</p><p>estranho! Então afastamos esta</p><p>hipótese.</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa B.</p><p>_________________________________</p><p>84. Um menino de 10 anos de idade é</p><p>trazido pelo pai à consulta pediátrica e</p><p>relata grande dificuldade escolar do</p><p>filho. O pai comenta que a professora</p><p>queixou- se à família que a criança é</p><p>dispersa em sala de aula, não</p><p>acompanhando os colegas nas</p><p>atividades propostas. Durante a</p><p>consulta com o médico e enfermeira da</p><p>Equipe de Saúde da Família, o menino</p><p>comporta-se normalmente e responde</p><p>de forma adequada às perguntas</p><p>realizadas. Os exames físicos realizados</p><p>indicam ausência de anormalidade ou</p><p>alterações. Considerando as</p><p>informações apresentadas, qual o</p><p>conceito em que se deve basear um</p><p>projeto terapêutico adequado ao caso?</p><p>A) O diagnóstico diferencial com</p><p>distúrbios visuais e de audição é</p><p>necessário em crianças mais jovens e</p><p>dispensável no caso apresentado.</p><p>B) A compreensão do contexto familiar</p><p>é necessária na avaliação de fatores</p><p>associados ao baixo desempenho</p><p>escolar, como violência e negligência.</p><p>C) As crianças com dificuldade escolar</p><p>devem ser avaliadas por neuropediatra</p><p>para definição da necessidade de uso de</p><p>psicoestimulantes.</p><p>D) A família deve ser orientada a ser</p><p>mais firme com a criança frente ao</p><p>baixo desempenho, por meio de</p><p>imposição de cronogramas mais rígidos</p><p>para execução das tarefas escolares.</p><p>CCQ: Diante de dificuldade escolar é</p><p>necessário avaliar as questões</p><p>intrínsecas e o ambiente social da</p><p>criança</p><p>Aluno Aristo, questões que abordem o</p><p>desenvolvimento intelectual de uma</p><p>criança não são infrequentes, portanto,</p><p>merecem um destaque na sua lista de</p><p>revisões. Vamos juntos revisar esse</p><p>tema importante!</p><p>A abordagem da criança com</p><p>dificuldades escolares é complexa e</p><p>multifatorial. Ao depararmos com esta</p><p>queixa, devemos avaliar</p><p>essencialmente os seguintes aspectos:</p><p>• Há algum problema inerente à</p><p>criança, como um quadro de</p><p>alteração visual, auditiva ou</p><p>alguma deficiência visual,</p><p>auditiva ou deficiência</p><p>intelectual?</p><p>• Há algum problema inerente ao</p><p>ambiente escolar?</p><p>• Algum problema relacionado ao</p><p>ambiente doméstico ou</p><p>comunitário?</p><p>Diante de alguma alteração para</p><p>alguma dessas questões, devemos</p><p>realizar a propedêutica necessária para</p><p>cada uma das situações específicas.</p><p>Com o que a banca nos forneceu esta</p><p>criança parece não ter nenhum</p><p>problema intrínseco, certo? Não há</p><p>queixas de dificuldade de enxergar ou</p><p>ouvir, nem de relacionamento social.</p><p>Atente para o detalhe que, durante o</p><p>atendimento, a criança comporta-se de</p><p>maneira adequada e responde todas as</p><p>perguntas (esta é a principal dica deste</p><p>enunciado que nos mostra que não há</p><p>alteração auditiva ou intelectual). Por</p><p>isso, a princípio, a primeira conduta</p><p>deve ser a compreensão de todas as</p><p>condições de vida na criança.</p><p>Agora que revisamos o tema, vamos</p><p>avaliar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Em nenhum</p><p>momento a banca passou alguma</p><p>informação que nos fizesse questionar a</p><p>capacidade auditiva e visual dessa</p><p>criança. Pelo contrário, ela nos disse</p><p>que o exame físico estava sem</p><p>alterações e que a criança se comunicou</p><p>sem dificuldades com a equipe.</p><p>Alternativa B - Correta: Exatamente!</p><p>Descartados problemas intrínsecos,</p><p>devemos aprofundar a avaliação no</p><p>contexto social e familiar dessa criança.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Não há</p><p>indícios de atraso no desenvolvimento</p><p>ou patologia que indiquem a</p><p>necessidade de avaliação de</p><p>especialista ou interferência</p><p>medicamentosa.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Uma</p><p>abordagem mais incisiva e agressiva</p><p>provavelmente poderá agravar ainda</p><p>mais o quadro se houver alguma</p><p>questão familiar envolvida, além de não</p><p>ser eficaz e recomendada. O primeiro</p><p>passo é compreender as relações sociais</p><p>da criança para estabelecer metas</p><p>terapêuticas.</p><p>Sendo assim, a letra correta é a B!</p><p>________________________________</p><p>85. Uma primigesta de 26 anos de</p><p>idade, com 20 semanas de gestação,</p><p>assintomática, comparece à Unidade</p><p>Básica de Saúde trazendo os seguintes</p><p>exames: sorologia para toxoplasmose</p><p>(IgG reagente e IgM reagente), com</p><p>teste de avidez IgG evidenciando baixa</p><p>avidez. Considerando essa situação,</p><p>qual é a conduta mais indicada?</p><p>A) Realizar ultrassonografia obstétrica</p><p>para avaliar acometimento fetal.</p><p>B) Iniciar tratamento com espiramicina,</p><p>pirimetamina, sulfadiazina e ácido</p><p>folínico.</p><p>C) Iniciar espiramicina e realizar PCR de</p><p>líquido amniótico para investigação de</p><p>infecção fetal.</p><p>D) Solicitar nova sorologia para</p><p>toxoplasmose em 15 dias para avaliar os</p><p>títulos de imunoglobulina.</p><p>CCQ: tratamento da toxoplasmose na</p><p>gestação</p><p>Pra responder esta questão, primeiro</p><p>você precisa saber diagnosticar a</p><p>infecção por toxoplasmose a partir dos</p><p>resultados sorológicos apresentados.</p><p>Todas as gestantes devem realizar</p><p>sorologia para toxoplasmose no</p><p>primeiro trimestre como rastreio de</p><p>infecção. Caso a gestante tenha sido</p><p>infectada durante a gestação, é</p><p>necessário tratamento para impedir a</p><p>transmissão para o feto e prevenir a</p><p>infecção congênita.</p><p>Anticorpos IgM aparecem duas</p><p>semanas após a infecção e podem</p><p>persistir por anos, enquanto os IgG</p><p>aparecem 6 a 8 semanas após o</p><p>contágio e persistem por tempo</p><p>indeterminado. Portanto o resultado de</p><p>IgG e IgM reagentes deve ser</p><p>complementado pela pesquisa de</p><p>avidez para confirmar que a infecção é</p><p>aguda. A avidez de IgG pelo antígeno</p><p>aumenta conforme o tempo, portanto,</p><p>alta avidez significa infecção há mais de</p><p>12 a 16 semanas.</p><p>No caso em questão temos então uma</p><p>paciente com IgG e IgM reagentes e</p><p>baixa avidez na vigésima semana de</p><p>gestação. Isso quer dizer que</p><p>possivelmente ela foi infectada durante</p><p>a gestação. Vamos avaliar qual a melhor</p><p>conduta a ser tomada a partir desse</p><p>conhecimento:</p><p>Alternativa A - incorreta: de fato,</p><p>quando há risco de acometimento fetal</p><p>a ultrassonografia deve ser solicitada</p><p>para avaliar acometimento fetal; os</p><p>sinais mais característicos são: focos</p><p>hiperecogênicos ou calcificações</p><p>intracranianas e dilatação dos</p><p>ventrículos cerebrais. Esses achados</p><p>não são específicos, não fecham</p><p>diagnóstico de acometimento fetal,</p><p>portanto é necessário pesquisa</p><p>complementar. Além disso, precisamos</p><p>iniciar tratamento para prevenção da</p><p>transmissão trans placentária. Portanto</p><p>essa conduta está incompleta.</p><p>Alternativa B - incorreta: o tratamento</p><p>precoce na suspeita de infecção diminui</p><p>o risco de transmissão vertical e de</p><p>sequelas neonatais. Quando a infecção</p><p>fetal é confirmada, usamos o protocolo</p><p>medicamentoso com espiramicina,</p><p>pirimetamina, sulfadiazina e ácido</p><p>folínico. Neste caso, é preciso primeiro</p><p>diagnosticar de fato infecção fetal para</p><p>esse tratamento.</p><p>Alternativa C - correta: quando há</p><p>probabilidade de infecção aguda</p><p>(soroconversão comprovada na</p><p>gestação ou baixa avidez de IgG),</p><p>iniciamos o tratamento com</p><p>espiramicina apenas, para diminuir o</p><p>risco de transmissão transplacentária.</p><p>Simultaneamente,</p><p>investigamos</p><p>acometimento fetal a partir de PCR de</p><p>líquido amniótico. Caso seja</p><p>diagnosticado infecção fetal por PCR, o</p><p>tratamento é complementado com</p><p>pirimetamina, sulfadiazina e ácido</p><p>folínico.</p><p>Alternativa D - incorreta: no caso de</p><p>gestantes suscetíveis, isto é, IgG e IgM</p><p>não reagentes, repetimos a cada</p><p>trimestre a sorologia para avaliar se há</p><p>contaminação ao longo da gestação.</p><p>No caso de IgM reagente e IgG não</p><p>reagente, repetimos o exame em 2/3</p><p>semanas para documentar</p><p>soroconversão (IgG se torna reagente)</p><p>ou avaliar possível falso positivo (IgM se</p><p>torna negativo). No caso em questão, já</p><p>está definido provável infecção aguda</p><p>(IgG e IgM reagentes + baixa avidez),</p><p>portanto, não é necessário repetir a</p><p>sorologia.</p><p>Portanto a alternativa correta está na</p><p>letra C.</p><p>_________________________________</p><p>86. Uma paciente de 70 anos,</p><p>previamente hígida, apresentou dois</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=SIOcmBOrHLaB0WAHKLIS</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=SIOcmBOrHLaB0WAHKLIS</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=SIOcmBOrHLaB0WAHKLIS</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=SIOcmBOrHLaB0WAHKLIS</p><p>episódios de enterorragia nas últimas</p><p>24 horas, sendo que, após o segundo,</p><p>sentiu fraqueza e escurecimento da</p><p>visão. Procurou a Unidade de Pronto</p><p>Atendimento (UPA) e foi encaminhada</p><p>ao Pronto Socorro hospitalar, onde</p><p>referiu nova eliminação, por via retal, há</p><p>2 horas, de coágulos e sangue vivo em</p><p>grande quantidade. Ao exame físico,</p><p>encontra-se descorada (+2/+4), pressão</p><p>arterial = 125 x 70 mmHg, frequência</p><p>cardíaca = 98 bpm e frequência</p><p>respiratória = 20 ipm. Após reposição</p><p>volêmica com 1,5 litro de solução</p><p>cristaloide aquecida e coleta de exames</p><p>laboratoriais, foi submetida a</p><p>colonoscopia que identificou doença</p><p>diverticular sem sangramento ativo,</p><p>com possível local de sangramento no</p><p>cólon esquerdo. Resultados dos exames</p><p>laboratoriais: hemoglobina = 8,5 g/dL</p><p>(valor normal = 11,5 a 15 g/dL),</p><p>hematócrito = 25% (Valor normal = 35 a</p><p>45%), plaquetas = 125.000 mm3</p><p>(valores normais entre 100.000 e</p><p>400.000 mm3) e tempo de</p><p>protrombina/INR= 1,1 (valor normal até</p><p>1,3). Nesse momento em que se</p><p>encontra a paciente, a conduta correta</p><p>é:</p><p>A) cirúrgica com ressecção de todo o</p><p>cólon e a dosagem da hemoglobina</p><p>indica a necessidade de transfusão</p><p>sanguínea.</p><p>B) conservadora (expectante), mas a</p><p>dosagem da hemoglobina indica a</p><p>necessidade de transfusão sanguínea.</p><p>C) conservadora (expectante) e não há</p><p>necessidade de transfusão sanguínea</p><p>por causa da dosagem da hemoglobina.</p><p>D) cirúrgica com ressecção do cólon</p><p>esquerdo, mas não há necessidade de</p><p>transfusão sanguínea por causa da</p><p>dosagem da hemoglobina.</p><p>CCQ: paciente estável</p><p>hemodinamicamente + Hb > 7 g/dL =</p><p>conduta conservadora, sem</p><p>necessidade de transfusão</p><p>Temos o caso de uma paciente idosa</p><p>previamente hígida, com quadro de</p><p>enterorragia. Ao chegar no hospital, foi</p><p>realizado hidratação venosa vigorosa,</p><p>com boa resposta, sem instabilidade</p><p>hemodinâmica, tanto que a paciente</p><p>pode fazer um preparo rápido para a</p><p>colonoscopia. Na colonoscopia,</p><p>identificada doença diverticular, sem</p><p>sangramento ativo, mas com possível</p><p>local de sangramento do cólon</p><p>esquerdo. Isso quer dizer que o</p><p>endoscopista deve ter visualizado</p><p>estigmas de sangramento recente,</p><p>porém sem sangramento ativo no</p><p>momento do exame logo, não foi feito</p><p>nenhuma terapia endoscópica.</p><p>Qual a conduta?</p><p>[Alternativa C - Correta]: conservadora!</p><p>Onde a paciente mantém-se internada</p><p>para ficar sob observação, pois há</p><p>chance de ressangramento. Mas, no</p><p>momento, não há indicação cirúrgica de</p><p>urgência. Até porque a TC já demonstra</p><p>parada do sangramento. Essa</p><p>hemorragia que evolui com</p><p>hemoglobina de 8,5, deve receber</p><p>transfusão? Não.</p><p>[Alternativas A e B - Incorretas]: o</p><p>paciente não tem alto risco</p><p>cardiovascular, está estável</p><p>hemodinamicamente e já parou de</p><p>sangrar, além de ter sua hemoglobina ></p><p>7 g/dL, portanto não há indicação de</p><p>hemotransfusão no momento.</p><p>[Alternativa D - Incorreta]: durante o</p><p>procedimento endoscópico, se houver</p><p>falha no controle do sangramento</p><p>ativo, ou identificar sangramento de</p><p>grande monta, indica-se a cirurgia.</p><p>Outra indicação é no caso de fazer EDA</p><p>e não encontrar sangramento ativo,</p><p>com a paciente mantendo grande perda</p><p>sanguínea, indica-se uma colectomia</p><p>total, pois não há tempo de "procurar" o</p><p>sangramento no cólon.</p><p>Alternativa correta: letra C.</p><p>________________________________</p><p>87. Um homem de 35 anos de idade</p><p>procurou o Serviço de Emergência por</p><p>apresentar febre e dores musculares há</p><p>3 dias. As dores se concentram,</p><p>principalmente, nos membros</p><p>inferiores. Ele relatou que há cerca de</p><p>24 horas vem observando</p><p>escurecimento da urina, sem redução</p><p>do volume urinário e que apresentou</p><p>dois episódios de hemoptise nesse</p><p>período. Negou doenças crônicas e</p><p>informou que não faz uso de</p><p>medicação. O exame clínico revelou:</p><p>regular estado geral, ictérico (++/4+),</p><p>hipocorado (++/4+), frequência cardíaca</p><p>= 90 bpm, pressão arterial = 130 x 80</p><p>mmHg, frequência respiratória = 36</p><p>irpm, temperatura axilar = 39,2 °C. A</p><p>ausculta pulmonar permitiu detectar</p><p>murmúrio vesicular audível com</p><p>crepitações difusas. O abdome</p><p>mostrava-se doloroso à palpação em</p><p>mesogástrio e hipocôndrio esquerdo.</p><p>Os exames laboratoriais evidenciaram:</p><p>Ht = 28% (VR = 35 - 45%); Hb = 10 g/dL</p><p>(VR = 11,5 - 15g/dL); Leucócitos =</p><p>15.200/mm3 (S = 82%; B = 8%; L = 9%;</p><p>M = 1%) (VR = 4.000 - 11.000 mm3);</p><p>Plaquetas = 98.000/ mm3 (VR = 100.000</p><p>- 400.000 mm3); Ureia = 190 mg/dL</p><p>(valor de referência = 10 - 20 mg/dL);</p><p>Creatinina = 8,9 mg/dL (valor de</p><p>referência = 1,5 mg/dL); Na = 135 mEq/L</p><p>(valor de referência = 136 - 145 mEq/L);</p><p>K = 2,5 mEq/L (valor de referência = 3,5</p><p>- 5 mEq/L); CPK = 1.250 UI/L (valor de</p><p>referência = 60 - 400 UI/L); Bilirrubina</p><p>total = 8,2 mg/dL (valor de referência =</p><p>03 - 1 mg/dL); Bilirrubina direta = 64</p><p>mg/dL (valor de referência = 0,1 - 0,3</p><p>mg/dL); Bilirrubina indireta = 1,7 mg/dL</p><p>(valor de referência = 0,2 - 0,7 mg/dL);</p><p>AST = 120 UI/L (valor de referência = 10</p><p>- 37 U/L); ALT = 130UI/L (valor de</p><p>referência = 11 - 45 U/L). A radiografi a</p><p>de tórax, realizada na admissão, está</p><p>ilustrada a seguir.De acordo com o</p><p>quadro descrito e as informações</p><p>apresentadas, assinale a alternativa que</p><p>apresenta, respectivamente, a hipótese</p><p>diagnóstica e a conduta a ser</p><p>estabelecida a partir desse momento.</p><p>A) Leptospirose; reposição de potássio</p><p>e dialise peritoneal precoce.</p><p>B) Pneumocistose; hidratação vigorosa,</p><p>sulfametoxazol-trimetoprim</p><p>C) Febre Tifoide; hidratação vigorosa,</p><p>aminopenicilinas e fl uoroquinolonas</p><p>D) Colangite Esclerosante Primária;</p><p>colangiografi a endoscópica retrógrada.</p><p>CCQ: saber que a leptospirose é uma</p><p>das causas de insuficiência renal com</p><p>hipocalemia.</p><p>Fala mentorando! Questão boa para</p><p>revisarmos alguns conceitos sobre a</p><p>leptospirose! Então vamos lá!</p><p>Vamos começar revisando o quadro</p><p>clínico, lembrando que a leptospirose</p><p>"lambe o fígado e morde o rim", ou seja,</p><p>as alterações mais graves são nos rins!</p><p>Outro ponto importante é que a maioria</p><p>dos pacientes manifestara uma forma</p><p>oligossintomática, apenas 10%</p><p>evoluem para a forma mais grave.</p><p>Vamos relembrar os principais</p><p>sintomas agora:</p><p>• Febre alta.</p><p>• Calafrios.</p><p>• Mialgia.</p><p>• Cefaleia.</p><p>• Dor abdominal, anorexia,</p><p>náuseas, vômitos</p><p>Após estes sintomas iniciais o paciente</p><p>inicia a fase imune da doença:</p><p>• Ictericia.</p><p>• Insuficiência renal (com</p><p>hipocalemia).</p><p>• Sintomas pulmonares.</p><p>• Arritmias cardíacas.</p><p>• Meningite asséptica.</p><p>Podemos ver que o quadro do nosso</p><p>paciente é muito sugestivo de</p><p>leptospirose, principalmente entre as</p><p>doenças citadas nas alternativas!</p><p>Agora, vem o dado que corrobora ainda</p><p>mais, olhe para o potássio do paciente,</p><p>está diminuído! Exitem poucas causas</p><p>de IRA com hipocalemia e</p><p>a</p><p>leptospirose é uma delas, não vá para a</p><p>prova sem saber este CCQ!</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta. Como</p><p>explicado acima.</p><p>Alternativa B - Incorreta. Infecção</p><p>oportunista causada pelo nosso amigo</p><p>Pneumocystis jirovecii, geralmente</p><p>ocorre em pacientes com</p><p>imunodepressão (AIDs principalmente),</p><p>e se manifesta com uma clínica de febre</p><p>baixa, tosse seca e hipoxemia</p><p>importante.</p><p>Alternativa C - Incorreta. Doença</p><p>causada pela Salmonella Typhi, clínica</p><p>tem como principal febre, dor</p><p>abdominal e diarreia, lembre-se da</p><p>principal complicação que é a</p><p>perfuração intestinal.</p><p>Alternativa D - Incorreta. Doença</p><p>caracterizada pela inflamação e</p><p>cicatrização crônica das vias biliares,</p><p>com progressão lenta para uma cirrose!</p><p>Apesar de o nosso paciente ter função</p><p>hepática alterada, não explicaria os</p><p>outros sintomas presentes.</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa A.</p><p>_________________________________</p><p>88. Uma mulher de 54 anos de idade,</p><p>sem queixas, vem à consulta para</p><p>revisão preventiva. Ela refere ter dois</p><p>filhos e ter amamentado ambos. É</p><p>tabagista, nega outras doenças e afirma</p><p>que não faz uso de medicações. Ela se</p><p>mostra preocupada com neoplasia, pois</p><p>tem uma prima que teve câncer de colo</p><p>uterino, mas nega história familiar de</p><p>câncer de mama. Considerando as</p><p>evidências científicas de rastreamento</p><p>de neoplasias, quais exames deverão</p><p>ser solicitados nesse momento?</p><p>A) Ecografia mamária, ecografia</p><p>transvaginal e radiografia (Rx) de tórax.</p><p>B) Mamografia, pesquisa de sangue</p><p>oculto nas fezes e radiografia (Rx) de</p><p>tórax</p><p>C) Ecografia mamária, ecografia</p><p>transvaginal e exame citopatológico de</p><p>colo uterino.</p><p>D) Mamografia, exame citopatológico</p><p>do colo uterino e pesquisa de sangue</p><p>oculto nas fezes.</p><p>CCQ: Saber que paciente de 54 anos</p><p>deve ser rastreada para câncer de</p><p>mama, câncer de colo de útero e</p><p>câncer colorretal</p><p>Questão interessante e boa para</p><p>revisarmos os principais rastreamentos,</p><p>mentorando! Caso você tenha errado</p><p>essa questão, preste muita atenção,</p><p>pois aqui não tem jeito, temos que</p><p>saber, esse é um tema que cai muito nas</p><p>provas.</p><p>Quando pensamos em rastreamento, é</p><p>fundamental lembrarmos que</p><p>guiaremos o que deve ou não ser</p><p>rastreado com base na prevenção</p><p>secundária e quaternária. Isso é, a</p><p>intervenção precoce deve ser eficaz</p><p>para diminuir os desfechos</p><p>desfavoráveis com o rastreio em</p><p>relação a pessoas não rastreadas e,</p><p>visando a prevenção quaternária, não</p><p>submeteremos as pacientes a rastreios</p><p>que não resultem em diferenças</p><p>significativas no prognóstico quando</p><p>comparados a pessoas não rastreadas.</p><p>Vamos relembrar os principais</p><p>rastreios?</p><p>• Câncer de colo de útero:</p><p>realizado dos 25 aos 64 anos em</p><p>mulheres que apresentaram em</p><p>algum momento vida sexual</p><p>ativa. Deve ser realizado 2 vezes</p><p>com o intervalo de um ano e,</p><p>caso não apresente alterações, o</p><p>segmento deve ser realizado a</p><p>cada 3 anos.</p><p>• Câncer colorretal: realizado a</p><p>partir dos 45 anos, pode ser feito</p><p>anualmente com pesquisa de</p><p>sangue oculto nas fezes ou com</p><p>colonoscopia a cada 10 anos.</p><p>• Câncer de mama: realizado em</p><p>mulheres de 50 aos 70 anos a</p><p>cada 2 anos com mamografia</p><p>conforme o ministério da saúde.</p><p>• Câncer de pulmão: realizado em</p><p>paciente maiores de 50 anos que</p><p>apresentam carga tabágica</p><p>maior que 20 maços-ano e que</p><p>são tabagistas ou que cessaram</p><p>o tabagismo há menos de 15</p><p>anos. O rastreio é realizado com</p><p>tomografia computadorizada</p><p>de tórax de baixa voltagem.</p><p>• Osteoporose: Realizado em</p><p>mulheres maiores de 65 anos</p><p>com densitometria óssea.</p><p>Vamos analisar os itens:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Ecografia</p><p>mamária e ultrassonografia</p><p>transvaginal não estão indicados para a</p><p>paciente.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Não há</p><p>indicação de rastreio com radiografia de</p><p>tórax; também não sabemos a carga</p><p>tabágica da paciente para definir se é</p><p>preciso rastreá-la.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Ecografia</p><p>mamária e ultrassonografia</p><p>transvaginal não estão indicados para a</p><p>paciente.</p><p>Alternativa D - Correta: Exatamente!</p><p>Assim como explicado acima, esses são</p><p>os exames recomendados para a faixa</p><p>etária dessa paciente.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>_________________________________</p><p>89. Um paciente de 22 anos de idade foi</p><p>trazido pela ambulância de suporte</p><p>avançado do SAMU até o Pronto</p><p>Socorro do hospital terciário, cerca de</p><p>15 minutos após ter sofrido um acidente</p><p>motociclístico. Chega imobilizado em</p><p>prancha longa e colar cervical,</p><p>consciente (escore de coma de Glasgow</p><p>= 15), ansioso, descorado (++/4+), com</p><p>queixa de dispneia leve e dor</p><p>abdominal. À inspeção apresenta</p><p>fratura fechada do fêmur esquerdo com</p><p>desvio, imobilizada com tala sob tração</p><p>e sem sinais de hemorragia externa. À</p><p>ausculta pulmonar, o murmúrio</p><p>vesicular está presente bilateralmente.</p><p>No local do acidente, apresentava</p><p>pressão arterial (PA) = 140 x 80 mmHg e</p><p>frequência cardíaca (FC) de 106 bpm.</p><p>No momento, PA = 80 X 50 mmHg, FC =</p><p>132 bpm com pulso fino e frequência</p><p>respiratória = 30 ipm. Tem movimentos</p><p>preservados em membros inferiores e</p><p>superiores. Realizada a punção de dois</p><p>acessos venosos periféricos, coleta de</p><p>exames laboratoriais de urgência e</p><p>sondagem vesical. Após a infusão de</p><p>2.000 mL de solução cristaloide</p><p>aquecida, houve resposta transitória do</p><p>estado hemodinâmico, mantendo PA =</p><p>90 x 60 mmHg e FC = 118 bpm. Na</p><p>avaliação primária (ABCDE além da</p><p>pesquisa do local de sangramento</p><p>interno com exames de imagem, qual a</p><p>próxima conduta para esse paciente?</p><p>A) Restringir a infusão de solução</p><p>cristaloide aquecida e iniciar a</p><p>transfusão precoce de</p><p>hemocomponentes.</p><p>B) Infundir 1 litro de solução coloide,</p><p>manter a hipotensão permissiva e</p><p>iniciar a transfusão precoce de</p><p>hemocomponentes.</p><p>C) Manter a infusão de solução</p><p>cristaloide aquecida no volume</p><p>necessário até a normalização da</p><p>pressão arterial e aguardar os</p><p>resultados dos exames laboratoriais.</p><p>D) Infundir mais 1 litro de solução</p><p>cristaloide aquecida, avaliar a resposta</p><p>hemodinâmica e solicitar a transfusão</p><p>de concentrado de hemácias se a</p><p>dosagem de hemoglobina for menor</p><p>que 10 g/dL.</p><p>CCQ: Saber que a transfusão de</p><p>hemocomponentes deve ser precoce</p><p>para evitarmos complicações do</p><p>excesso de infusão de cristaloides</p><p>Fala mentorando! Questão boa da</p><p>prova, onde ainda tínhamos uma</p><p>diretriz desatualizada! Pois note que</p><p>hoje, o preconizado é infundirmos</p><p>menos cristaloides ainda, o indicado é</p><p>até 1000 mL segundo a diretriz atual.</p><p>Mas na época da questão, realmente se</p><p>preconizava os 2.000 mL citados pelo</p><p>enunciado, vamos lá ver como estava</p><p>nosso paciente.</p><p>Paciente politraumatizado da entrada</p><p>na emergência com (FC) de 106 bpm.</p><p>No momento, PA = 80 X 50 mmHg, FC =</p><p>132 bpm= (choque hipovolêmico grau</p><p>III). Agora vamos relembrar a conduta</p><p>frente a um paciente com choque grau</p><p>III. Devemos infundir cristaloide mais</p><p>transfusão de hemocomponentes. A</p><p>questão menciona ressuscitação</p><p>volêmica de 2000 mL com melhora</p><p>parcial da PA.</p><p>Se continuarmos a infusão de</p><p>cristaloides, estaremos diluindo cada</p><p>vez mais os hemocomponentes, o que</p><p>poderá levar a várias complicações,</p><p>como coagulopatia, destamponamento</p><p>de trombos pela elevação súbita de</p><p>pressão, entre outros.</p><p>Então o que devemo fazer? Transfusão</p><p>precoce de hemocomponentes, pois</p><p>assim, estaremos repondo os principais</p><p>fatores sanguíneos (fatores de</p><p>coagulação, hemácias, plaquetas, entre</p><p>outros), sendo comprovado que esta</p><p>prática se associa a melhores desfechos</p><p>nos pacientes traumatizados com</p><p>choque hipovolêmico. Agora, vamos às</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta: A transfusão</p><p>precoce de hemocomponentes é a</p><p>próxima conduta.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Nosso</p><p>paciente não precisa de infusão de mais</p><p>fluidos.</p><p>Alternativa C e D - Incorretas: Nosso</p><p>paciente já recebeu 2.000 mL de infusão</p><p>de solução</p><p>cristaloide, portanto, não</p><p>devemos mantê-la.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa A.</p><p>_________________________________</p><p>90. Um homem de 45 anos de idade</p><p>procura a Emergência de um hospital</p><p>com queixa de desconforto torácico</p><p>retroesternal associado a náuseas e</p><p>dispneia. Segundo ele, os sintomas se</p><p>iniciaram em repouso, após a refeição,</p><p>há cerca de 30 minutos, sem alívio. O</p><p>paciente não tem história pregressa de</p><p>doenças crônicas e não faz uso de</p><p>qualquer medicação. Ao exame físico,</p><p>encontra-se ansioso, PA = 140 x 90</p><p>mmHg, FC = 130 bpm, ausculta cardíaca</p><p>com ritmo regular em dois tempos,</p><p>bulhas normofonéticas, estertores</p><p>crepitantes em bases na ausculta</p><p>pulmonar e pulsos periféricos</p><p>presentes, cheios e simétricos. Foi</p><p>realizado o ECG, apresentado a seguir.</p><p>Posteriormente, realizou-se avaliação</p><p>de troponina I, que resultou positiva.</p><p>Desse modo, após o exame, na sala de</p><p>emergência, administrou-se</p><p>oxigenioterapia, morfina, ácido</p><p>acetilsalicílico, nitroglicerina e</p><p>metoprolol. Neste momento, quais</p><p>medicamentos deveriam ser associados</p><p>à terapêutica já instituída para esse</p><p>paciente?</p><p>A) Ticlopidina, tirofibran e verapamil.</p><p>B) Clopidogrel, enoxaparina e enalapril.</p><p>C) Alteplase, enoxaparina e valsartana.</p><p>D) Heparina, estreptoquinase e</p><p>esmolol.</p><p>CCQ: Saber o tratamento de IAM sem</p><p>supra de ST</p><p>Fala, pessoal! Questão com eletro, que</p><p>assusta muita gente, mas não vai</p><p>acontecer com você, mentorando JJ!</p><p>Então bora lá!</p><p>Temos um paciente de 45 anos com</p><p>uma clínica típica de IAM. Observando o</p><p>ECG, reparamos que temos Infras de ST</p><p>em derivações anteriores (V1 até V6) -</p><p>opa, mas espera aí, olha em AVr, aquilo</p><p>não é um Supra de ST? Então por que</p><p>estamos falando de IAM sem supra?</p><p>Lembre-se dos critérios para ser</p><p>considerado um IAM com supra de ST:</p><p>esse supra deve ser em pelo menos 2</p><p>derivações consecutivas (da mesma</p><p>parede cardíaca), ou seja, um supra só</p><p>de AVr não nos indica um IAM com</p><p>supra.</p><p>Ok, agora vamos falar do tratamento:</p><p>• Morfina</p><p>• Oxigenioterapia</p><p>• AAS e clopidogrel</p><p>• Nitratos (nitroglicerina)</p><p>• B-bloqueador</p><p>• Anticoagulação (Enoxaparina)</p><p>• IECA (enalapril)</p><p>Lembrando que IAM sem supra não tem</p><p>indicação de fibrinolítico.</p><p>Veja que já deixamos em negrito as</p><p>medicações que a banca não colocou no</p><p>enunciado!</p><p>Portanto, o gabarito é alternativa B.</p><p>________________________________</p><p>91. Uma mulher de 45 anos de idade,</p><p>história de diabetes e asma brônquica,</p><p>estava internada no Hospital Municipal</p><p>com quadro de pneumonia</p><p>comunitária. Ao receber alta hospitalar,</p><p>foi orientada a procurar uma Unidade</p><p>Básica de Saúde para solicitar</p><p>administração de vacina pneumocócica</p><p>23-valente (polissacarídica). Qual o tipo</p><p>de prevenção objetivada a partir da</p><p>ação descrita?</p><p>A) Primária.</p><p>B) Secundária.</p><p>C) Terciária.</p><p>D) Quarternária.</p><p>CCQ: Saber que a administração de</p><p>vacinas consiste em prevenção</p><p>primária</p><p>Pessoal, temos aqui uma questão de um</p><p>tema super frequente em provas e na</p><p>vida: níveis de prevenção. Vamos</p><p>relembrar quais são?</p><p>A prevenção de enfermidades tem</p><p>como objetivo a redução do risco de se</p><p>adquirir uma doença específica por</p><p>reduzir a probabilidade de que uma</p><p>doença ou desordem venha a afetar um</p><p>indivíduo. A prevenção está classificada</p><p>como primária, secundária, terciária e</p><p>quaternária.</p><p>1. Prevenção primária é a ação</p><p>tomada para remover causas e</p><p>fatores de risco de um problema</p><p>de saúde individual ou</p><p>populacional antes do</p><p>desenvolvimento de uma</p><p>condição clínica. Inclui</p><p>promoção da saúde e proteção</p><p>específica (ex: imunização,</p><p>orientação de atividade física</p><p>para diminuir chance de</p><p>desenvolvimento de</p><p>obesidade).</p><p>2. Prevenção secundária é a ação</p><p>realizada para detectar um</p><p>problema de saúde em estágio</p><p>inicial, muitas vezes em estágio</p><p>subclínico, no indivíduo ou na</p><p>população, facilitando o</p><p>diagnóstico definitivo, o</p><p>tratamento e reduzindo ou</p><p>prevenindo sua disseminação e</p><p>os efeitos de longo prazo (ex:</p><p>rastreamento, diagnóstico</p><p>precoce).</p><p>3. Prevenção terciária é a ação</p><p>implementada para reduzir em</p><p>um indivíduo ou população os</p><p>prejuízos funcionais</p><p>consequentes de um problema</p><p>agudo ou crônico, incluindo</p><p>reabilitação (ex: prevenir</p><p>complicações do diabetes,</p><p>reabilitar paciente pós-infarto –</p><p>IAM ou acidente vascular</p><p>cerebral).</p><p>4. Prevenção quaternária é a</p><p>detecção de indivíduos em risco</p><p>de intervenções, diagnósticas</p><p>e/ou terapêuticas, excessivas</p><p>para protegê-los de novas</p><p>intervenções médicas</p><p>inapropriadas e sugerir-lhes</p><p>alternativas eticamente</p><p>aceitáveis.</p><p>Agora, vamos dar uma olhada nas</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A – Correta: Exato! Como</p><p>vimos acima, imunização consiste em</p><p>prevenção primária (prevenir que a</p><p>doença apareça).</p><p>Alternativa B – Incorreta: Aqui, o foco</p><p>seria em detectar a doença em estágio</p><p>inicial. Mas, na questão, queremos</p><p>evitar que a doença se desenvolva.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Nesse caso o</p><p>objetivo é reduzir os prejuízos trazidos</p><p>pela doença.</p><p>Alternativa D – Incorreta: A prevenção</p><p>quaternária objetiva evitar intervenções</p><p>desnecessárias.</p><p>Portanto, o gabarito é a letra A.</p><p>_________________________________</p><p>92. Uma mãe e seu recém-nascido (RN)</p><p>comparecem à Unidade Básica de</p><p>Saúde em busca de orientações quanto</p><p>à prevenção da febre amarela, pois</p><p>viajarão para área endêmica da doença</p><p>no mês seguinte. A mãe quer</p><p>informações sobre imunização e deseja</p><p>saber se a amamentação poderá ser</p><p>mantida após ela ter recebido a vacina.</p><p>Nessa situação, deve ser esclarecido</p><p>que</p><p>A) a mãe e o recém-nascido deverão ser</p><p>vacinados e a amamentação deverá ser</p><p>suspensa por 8 dias após a vacinação.</p><p>B) a mãe deverá ser vacinada antes da</p><p>viagem e a amamentação deverá ser</p><p>suspensa, temporariamente, por 14</p><p>dias.</p><p>C) a mãe deverá ser vacinada com, no</p><p>mínimo, cinco dias de antecedência em</p><p>relação à viagem e a amamentação</p><p>deverá ser suspensa por 8 dias.</p><p>D) a vacina é constituída de fragmentos</p><p>de vírus mortos, não havendo,</p><p>portanto, contraindicações à aplicação</p><p>no recém-nascido e na puérpera, o que</p><p>justifica a manutenção da</p><p>amamentação.</p><p>CCQ: Saber que a vacinação contra a</p><p>febre-amarela está contra indicada</p><p>antes dos 6 meses de vida do bebê</p><p>Pessoal, pegue o seu marca-texto</p><p>amarelo fluorescente para CCQs ultra</p><p>especiais e marque esse daqui com</p><p>muito carinho. Programa nacional de</p><p>imunizações é um tema recorrente nas</p><p>provas. Quando se trata de</p><p>particularidades especiais de cada</p><p>imunizante, as bancas gostam ainda</p><p>mais. E se tiver alguma atualização</p><p>recente das recomendações do</p><p>Ministério da Saúde, aí que o tema é</p><p>batata! Se tratando da vacina contra a</p><p>febre-amarela, temos tudo isso e mais</p><p>um pouco. Portanto, chega mais e</p><p>vamos revistar esse assunto badalado:</p><p>O Ministério da Saúde orienta quem</p><p>está amamentando a adiar a vacinação</p><p>contra a febre-amarela até o bebê</p><p>completar seis meses, pois há risco de</p><p>os bebês serem contaminados pelo</p><p>vírus atenuado da doença, usado na</p><p>fabricação do imunizante, já que o vírus</p><p>pode ser transmitido ao bebê por meio</p><p>do leite da mãe, que foi vacinada.</p><p>Caso não seja possível adiar, o</p><p>Ministério recomenda que as mães</p><p>retirem o próprio leite antes da</p><p>imunização e o congelem para uso</p><p>durante os 10 dias subsequentes à</p><p>vacina, suspendendo o aleitamento</p><p>neste período. Após 10 dias o vírus</p><p>atenuado não estará mais presente no</p><p>leite materno.</p><p>Dos 6 aos 9 meses de vida a vacina está</p><p>indicada somente em situações de</p><p>emergência epidemiológica, vigência</p><p>de surtos, epidemias ou viagem</p><p>inadiável para área de risco de contrair a</p><p>doença.</p><p>Dos 9 meses aos 4 anos, deve ser</p><p>administrada 1 dose aos 9 meses de</p><p>idade e 1 dose de reforço aos 4 anos de</p><p>idade, com intervalo mínimo de 30 dias</p><p>entre as doses.</p><p>Sendo assim, vamos avaliar o nosso</p><p>caso:</p><p>Temos uma lactante que viajará para</p><p>área endêmica</p><p>no próximo mês,</p><p>portanto ela deverá ser vacinada.</p><p>Sendo assim, seu leite deverá ser</p><p>extraído e congelado antes da</p><p>imunização para uso durante os 10 dias</p><p>subsequentes à vacina.</p><p>Além disso, no nosso caso clínico temos</p><p>um recém-nascido. Apesar na questão</p><p>não ter especificado sua idade,</p><p>sabemos que recém-nascidos são</p><p>aqueles com até 28 dias de vida. Ou</p><p>seja, sua vacinação está contra</p><p>indicada!</p><p>Sendo assim, vamos avaliar as</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: O recém-</p><p>nascido não deve ser vacinado e a</p><p>amamentação deverá ser suspensa 10</p><p>dias após a imunização materna.</p><p>Alternativa B - Correta: A mãe deverá</p><p>ser vacinada antes da viagem e a</p><p>amamentação suspensa por 10 dias. O</p><p>período de suspensão da amamentação</p><p>foi atualizado e atualmente é de 10 dias</p><p>após a vacinação da lactante.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A mãe deverá</p><p>ser vacinada com no mínimo 10 dias de</p><p>antecedência à viagem e a</p><p>amamentação suspensa por 10 dias</p><p>após o imunizante.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A vacina é</p><p>composta por vírus atenuado e,</p><p>portanto, é contra-indicada em</p><p>menores de 6 meses e em lactantes que</p><p>estejam amamentando, devendo o</p><p>aleitamento ser suspenso por 10 dias</p><p>após o imunizante.</p><p>Sendo assim, a letra correta é a B!</p><p>_________________________________</p><p>93. Uma mulher de 27 anos de idade</p><p>com vida sexual ativa, soropositiva para</p><p>HIV, sem comprometimento atual da</p><p>imunidade, comparece à consulta</p><p>ginecológica relatando corrimento</p><p>vaginal sem prurido, mas com sensação</p><p>de disúria, ardor genital e mau cheiro.</p><p>Ao exame físico constatou-se sinais</p><p>clínicos de infl amação vulvar e vaginal,</p><p>grande quantidade de conteúdo vaginal</p><p>amarelado, com bolhas em sua</p><p>superfície. As paredes da vagina e do</p><p>colo uterino estão com sinais infl</p><p>amatórios. A partir do quadro clínico</p><p>descrito, qual a hipótese diagnóstica</p><p>mais provável?</p><p>A) Vaginose bacteriana.</p><p>B) Vulvovaginite por Candida</p><p>C) Tricomoníase vulvovaginal</p><p>D) Infecção pelo papilomavírus</p><p>humano.</p><p>CCQ: Diagnóstico de tricomoníase</p><p>vaginal*</p><p>Os corrimentos vaginais são</p><p>frequentemente abordados nas provas</p><p>de residência e na prática médica. Por</p><p>isso a importância de sabermos</p><p>detalhadamente a característica do</p><p>corrimento vaginal das patologias mais</p><p>comuns, principalmente as ISTs, para</p><p>realizarmos o diagnóstico e tratamento</p><p>corretos, garantindo um ponto precioso</p><p>na prova e resolvendo o problema de</p><p>uma paciente.</p><p>A paciente em questão apresenta</p><p>corrimento fétido, associado a disúria e</p><p>ardor genital e, ao exame, constatou-se</p><p>corrimento vaginal amarelado bolhoso</p><p>com sinais inflamatórios no colo</p><p>uterino. Para complementar, a banca</p><p>ainda citou que a paciente é</p><p>sexualmente ativa e HIV positivo, ou</p><p>seja, é mais suscetível a contrair uma</p><p>IST, como a tricomoníase vaginal.</p><p>A tricomoníase se caracteriza por</p><p>corrimento vaginal amarelo-</p><p>esverdeado, bolhoso e fétido, sendo</p><p>que algumas pacientes também tem</p><p>disúria e edema vulvar associados. Ao</p><p>exame físico, temos um corrimento</p><p>com pH>4,5, microulcerações no colo</p><p>uterino (aspecto de morango, teste de</p><p>Schiller tigróide), teste das aminas/KOH</p><p>positivo e presença de protozoários</p><p>flagelados na microscopia.</p><p>Dessa forma, somente com a anamnese</p><p>e o exame físico podemos fazer um</p><p>diagnóstico clínico de tricomoníase e já</p><p>iniciar o tratamento. Aproveitando para</p><p>revisar, o tratamento preconizado é</p><p>com metronidazol 2g VO em dose</p><p>única.</p><p>Alternativa A - Incorreta: O aspecto</p><p>amarelo bolhoso, com acometimento</p><p>do colo uterino é mais característico da</p><p>tricomoníase. Na vaginose bacteriana o</p><p>habitual é um corrimento mais</p><p>acinzentado, sem acometimento do</p><p>colo.</p><p>Alternativa B - Incorreta: No caso da</p><p>candidíase, o corrimento é tipicamente</p><p>branco com grumos, aderido às paredes</p><p>da vagina, não amarelado e bolhoso,</p><p>com acometimento do colo uterino,</p><p>como o descrito.</p><p>Alternativa C - Correta: Conforme já</p><p>discutido acima.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A maioria das</p><p>pacientes infectadas pelo HPV são</p><p>assintomáticas. Quando apresentam</p><p>sintomas, podem ter lesões verrucosas</p><p>na vulva e/ou vagina e/ou ânus, ou</p><p>lesões precursoras do câncer de colo</p><p>uterino, geralmente diagnosticadas na</p><p>citologia oncótica. O corrimento</p><p>vaginal não é um sintoma tipicamente</p><p>relacionado à infecção pelo HPV.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>_________________________________</p><p>94. Dois irmãos de, respectivamente,</p><p>10 anos e 17 anos de idade deram</p><p>entrada na Unidade de Pronto</p><p>Atendimento (UPA), trazidos por seus</p><p>pais, com história de estarem</p><p>praticando ciclismo radical em um</p><p>parque da cidade, quando se</p><p>acidentaram e caíram ao chão. O irmão</p><p>mais novo apresentava ferimentos</p><p>corto-contusos profundos em membros</p><p>superior e inferior direitos,</p><p>contaminados por terra e, que</p><p>necessitaram de limpeza exaustiva e</p><p>suturas. O irmão mais velho</p><p>apresentava escoriações em ambos os</p><p>membros superiores, que necessitaram</p><p>apenas de limpeza e curativo para</p><p>proteção. Os pais foram questionados</p><p>sobre a situação vacinal contra o tétano</p><p>e informaram que seus fi lhos haviam</p><p>recebido a última dose da vacina</p><p>antitetânica aos seis anos de idade. Em</p><p>relação à imunização contra o tétano,</p><p>qual a orientação correta nesse caso?</p><p>A) A vacinação não é necessária para</p><p>nenhum dos filhos.</p><p>B) A vacinação deve ser feita apenas</p><p>para o filho mais novo.</p><p>C) A vacinação deve ser feita apenas</p><p>para o filho mais velho.</p><p>D) A vacinação deve ser feita</p><p>igualmente para os dois filhos.</p><p>CCQ: Saber que nas feridas com</p><p>esquema vacinal há mais de 10 anos é</p><p>necessária a dose de reforço da</p><p>antitetânica</p><p>Atenção para um tema quente e</p><p>adorado pelas bancas: esquema de</p><p>vacinação da antitetânica. Vamos</p><p>revisar esse assunto juntos analisando a</p><p>tabela a seguir:</p><p>Como você pode ver, primeiramente</p><p>devemos separar a ferida em limpa ou</p><p>contaminada. Certo?</p><p>Feito isso, iremos dividir os pacientes</p><p>em dois grupos:</p><p>1. Aqueles que tomaram menos de</p><p>3 doses ou desconhecem</p><p>quantas doses tomaram: nesta</p><p>situação, os dois casos serão</p><p>vacinados sendo que a ferida</p><p>contaminada também deverá</p><p>receber a imunoglobulina.</p><p>Atenção: essa é a única situação</p><p>em que o paciente também</p><p>receberá a imunoglobulina!</p><p>2. Aqueles que tomaram 3 doses</p><p>ou mais: se a última dose foi a</p><p>mais de 10 anos, tanto a ferida</p><p>limpa quanto a contaminada</p><p>deverão ser vacinados; se a</p><p>última dose foi entre 5 e 10 anos,</p><p>só a ferida contaminada deverá</p><p>ser vacinada; se a última dose foi</p><p>há menos de 5 anos, ninguém</p><p>precisa ser vacinado!</p><p>Agora vamos avaliar nosso caso clínico:</p><p>O irmão mais velho (17 anos) parece</p><p>apresentar ferimentos limpos (apenas</p><p>escoriações). Se ele estivesse com a</p><p>situação vacinal em dia, não seria</p><p>necessária a adoção de qualquer</p><p>medida específica. No caso descrito, há</p><p>um atraso vacinal, pois a última dose foi</p><p>feita há mais de 10 anos (11 anos) e, por</p><p>isso, está recomendado um reforço da</p><p>vacina.</p><p>Já nos casos de ferimentos</p><p>contaminados, como o irmão mais novo</p><p>de 10 anos (ferimentos corto-contusos</p><p>profundos contaminados por terra), se</p><p>o paciente estiver com 3 ou mais doses</p><p>da vacina, só será necessário um reforço</p><p>quando a última dose tiver sido feita há</p><p>mais de 5 anos. No nosso caso, o irmão</p><p>mais novo recebeu a última dose há</p><p>menos tempo (4 anos). Por isso, apenas</p><p>o irmão mais velho irá receber o reforço.</p><p>Portanto, vamos avaliar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: A vacinação</p><p>é necessária para o filho mais velho,</p><p>com ferimentos leves e com a última</p><p>dose há mais de 10 anos.</p><p>Alternativa B - Incorreta: O filho mais</p><p>novo, apesar de ter ferimentos</p><p>contaminados, possui a último dose há</p><p>menos de 5 anos e não precisará de</p><p>reforço.</p><p>Alternativa C - Correta: Exatamente! O</p><p>filho mais velho foi vacinado contra o</p><p>tétano pela última vez há mais de 10</p><p>anos e, portanto, precisa de reforço.</p><p>Alternativa D -</p><p>Incorreta: O filho mais</p><p>novo foi vacinado pela última vez há 4</p><p>anos e não precisa de reforço.</p><p>Sendo assim, a letra correta é a C!</p><p>_________________________________</p><p>95. Questão anulada</p><p>A) A - item anulado</p><p>B) B - item anulado</p><p>C) C - item anulado</p><p>D) D - item anulado</p><p>________________________________</p><p>96. Em uma Unidade de Saúde da</p><p>Família, foi realizado atendimento de</p><p>uma criança do sexo masculino, com 9</p><p>anos de idade, que apresentava Índice</p><p>de Massa Corporal (IMC) acima do</p><p>percentil 97, sem comorbidades,</p><p>hábitos alimentares inadequados e</p><p>sedentarismo. Qual a abordagem</p><p>apropriada para esse caso?</p><p>A) Estímulo para manutenção do peso,</p><p>pois o crescimento estatural fisiológico</p><p>levará à queda do IMC.</p><p>B) Estímulo à reeducação alimentar e à</p><p>prática de atividade física, sendo o</p><p>tratamento farmacológico não</p><p>habitual.</p><p>C) Elaboração de dieta individualizada</p><p>contendo preferencialmente frutas,</p><p>legumes e verduras, proibindo</p><p>alimentos ricos em açúcar e gorduras.</p><p>D) Estímulo à ingestão de alimentos sob</p><p>forma de livre demanda, evitando-se o</p><p>estabelecimento de horários ou de</p><p>rotina para se alimentar, garantindo,</p><p>contudo a prática de atividade física.</p><p>CCQ: Saber que criança acima de 5</p><p>anos com índice de massa corporal</p><p>(IMC) acima do percentil 97 está</p><p>obesa, devendo fazer reeducação</p><p>alimentar e atividade física</p><p>Pessoal, temos uma criança de 9 anos</p><p>de idade com IMC acima do percentil 97,</p><p>sem comorbidades, mas com hábitos</p><p>alimentares inadequados e sedentária.</p><p>Com base nesses dados, o que podemos</p><p>concluir?</p><p>Bem, a primeira conclusão que</p><p>podemos tirar é que essa criança é</p><p>obesa. Lembre-se que, para a faixa</p><p>etária de 5-20 anos incompletos,</p><p>percentil acima de 97 é igual à</p><p>obesidade, e percentil > 99,9 é igual à</p><p>obesidade grave. O sobrepeso é</p><p>identificado pelos percentis entre 85 e</p><p>97.</p><p>A segunda conclusão a que chegamos é</p><p>que essa criança deve readequar sua</p><p>alimentação e iniciar atividade física, a</p><p>fim de que realmente perca peso.</p><p>Lembre-se que as metas para</p><p>obesidade e obesidade grave</p><p>dependem da presença de</p><p>comorbidades e da idade da criança.</p><p>Assim, para crianças obesas sem</p><p>comorbidade e menores de 7 anos,</p><p>deve-se iniciar atividade física e</p><p>readequar a alimentação, com o</p><p>objetivo de manter o peso; já para</p><p>crianças obesas sem comorbidade e</p><p>maiores de 7 anos, deve-se iniciar</p><p>atividade física e readequar a</p><p>alimentação com vistas à perda efetiva</p><p>de peso. Para crianças obesas e com</p><p>comorbidades, a perda de peso é</p><p>fundamental, independentemente da</p><p>idade.</p><p>Um algo a mais: a Sociedade Brasileira</p><p>de Pediatria recomenda que todas as</p><p>crianças com sobrepeso e obesidade</p><p>sejam submetidas a uma avaliação</p><p>laboratorial hepática (TGP), do perfil</p><p>lipídico, e uma ultrassonografia</p><p>hepática para investigação de doença</p><p>hepática gordurosa não alcoólica, além</p><p>da glicemia.</p><p>Tendo isso em mente, vamos resolver a</p><p>questão:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Como vimos,</p><p>crianças com obesidade e maiores de 7</p><p>anos, devem ter, como meta, a perda de</p><p>peso. Portanto, a alternativa está</p><p>incorreta.</p><p>Alternativa B - Correta: Como vimos,</p><p>essa criança precisa readequar sua</p><p>alimentação e iniciar uma atividade</p><p>física. O tratamento farmacológico</p><p>pode ser usado, embora não seja a</p><p>primeira linha nem seja habitual.</p><p>Alternativa C - Incorreta: De fato, a</p><p>dieta da criança deve ser</p><p>individualizada, mas, além de conter</p><p>frutas, legumes e verduras, é</p><p>fundamental que contenha também</p><p>carne, ovos e leite, alimentos ricos em</p><p>proteínas, que não podem faltar na</p><p>alimentação!</p><p>Alternativa D - Incorreta: O</p><p>estabelecimento de horários e de rotina</p><p>para se alimentar é fundamental para a</p><p>manutenção de uma alimentação</p><p>saudável. Portanto, alternativa está</p><p>incorreta!</p><p>Portanto, ficamos com letra B como</p><p>gabarito!</p><p>_________________________________</p><p>97. Uma criança de 10 meses de idade,</p><p>do sexo feminino, é levada à consulta</p><p>por sua mãe, em solicitação à demanda</p><p>da Agente Comunitária de Saúde da</p><p>equipe de Estratégia de Saúde da</p><p>Família, que, ao visitar a família, achou</p><p>a lactente muito pálida. Embora as</p><p>vacinas estejam em dia, a mãe não leva</p><p>a criança às consultas regulares. Na</p><p>anamnese, obteve-se a informação de</p><p>que, em relação à alimentação, é</p><p>oferecida à criança, de 3/3 horas,</p><p>mamadeira à base de leite de vaca</p><p>integral, amido de milho ou aveia, com</p><p>acréscimo de açúcar. Geralmente, o</p><p>almoço é feijão batido com angu e,</p><p>ainda, não lhe foi oferecido carnes, ovos</p><p>e frutas. Não faz uso de medicamentos.</p><p>Apresenta bom desenvolvimento</p><p>motor. O peso e a estatura estão em</p><p>curvas decrescentes no Z score-2,</p><p>enquanto o restante do exame não</p><p>apresenta anormalidades. Foi realizado</p><p>um hemograma da criança, que</p><p>evidenciou: Hemoglobina = 7 g/dL (VR =</p><p>9,5 - 12,5 g/dL); Hematócrito = 31% (VR</p><p>= 32 - 44%); VCM = 68 fl/dL (VR = 80 - 96</p><p>fl/dL); RDW = 17%; Leucócitos =</p><p>10.000/mm3; Plaquetas =</p><p>500.000/mm3; Presença de anisocitose</p><p>e poiquilocitose. Considerando o caso</p><p>apresentado, além da adequação</p><p>alimentar da criança, qual a conduta a</p><p>ser adotada?</p><p>A) Prescrever sulfato ferroso na dose de</p><p>6 mg/kg/dia durante 3 meses.</p><p>B) Prescrever sulfato ferroso na dose 1</p><p>mg/kg/dia até os dois anos de idade.</p><p>C) Prescrever ferro elementar, via oral,</p><p>na dose 4 mg/kg/ dia durante 3-4 meses</p><p>D) Providenciar internação para</p><p>transfusão sanguínea de hemácias em</p><p>razão do nível de hemoglobina</p><p>CCQ: Saber que a anemia ferropriva,</p><p>na faixa etária pediátrica, deve ser</p><p>tratada com ferro elementar, na dose</p><p>de 4 mg/kg/dia durante 3 a 4 meses</p><p>Pessoal, temos uma criança de 10</p><p>meses, apresentando palidez, déficit</p><p>pondero-estatural e anemia, com</p><p>hemoglobina de 7. A alimentação dessa</p><p>criança, como vimos, é privada das</p><p>principais fontes de ferro dessa idade,</p><p>que seriam o leite materno, e carnes e</p><p>ovos da alimentação complementar.</p><p>Portanto, podemos concluir que, muito</p><p>provavelmente, a anemia dessa criança</p><p>é carencial, mais conhecida como</p><p>ferropriva.</p><p>Dessa forma, devemos iniciar o</p><p>tratamento, que, neste caso, além de</p><p>envolver a adequação alimentar da</p><p>criança, com maior ingestão de carnes,</p><p>ovos, frutas e leite materno, deve</p><p>também incluir a reposição com ferro</p><p>elementar. Segundo a Sociedade</p><p>Brasileira de Pediatria, essa reposição</p><p>deve ser feita com uma dose diária de</p><p>ferro elementar de 3-5 mg/kg/dia, por 3-</p><p>4 meses. O Nelson, por sua vez,</p><p>recomenda uma ingestão de 4-6</p><p>mg/kg/dia de ferro elementar até 8</p><p>semanas após a normalização da</p><p>hemoglobina.</p><p>Um algo a mais: embora a</p><p>concentração de ferro seja igual no leite</p><p>materno e no leite de vaca, esse</p><p>elemento é melhor absorvido no leite</p><p>humano, devido à presença de</p><p>lactoferrina, que aumenta a</p><p>biodisponibilidade.</p><p>Tendo isso mente, vamos resolver a</p><p>questão:</p><p>Alternativa A - Incorreta: O</p><p>tratamento com sulfato ferroso deve</p><p>ser feito na dose de 3-6 gotas/kg/dia,</p><p>durante 3-4 meses. Lembre-se de que</p><p>cada gota de sulfato ferroso contém 1</p><p>mg de ferro elementar, mas uma</p><p>quantidade maior de sulfato ferroso!</p><p>Alternativa B - Incorreta: Essa é a dose</p><p>profilática, não terapêutica.</p><p>Alternativa C - Correta: A nossa maior</p><p>preocupação no tratamento da anemia</p><p>deve ser fornecer a quantia correta de</p><p>ferro elementar, que é a forma do</p><p>elemento que será de fato absorvida.</p><p>Nesse caso, a quantidade correta é de 4</p><p>mg/kg/dia, durante 3-4 meses.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A transfusão</p><p>ainda não se faz necessária. O ideal é</p><p>que haja reposição de ferro e</p><p>readequação alimentar, no momento.</p><p>Lembre-se sempre que a transfusão é</p><p>considerada um transplante e, como</p><p>tal, pode levar a diversos efeitos</p><p>colaterais.</p><p>Portanto, ficamos com letra C como</p><p>gabarito!</p><p>_________________________________</p><p>98. Uma paciente de 25 anos de idade,</p><p>secundigesta, com 39 semanas de</p><p>gestação, relata cólicas abdominais há</p><p>cerca de 12 horas. Ela</p><p>https://aristoclass.com.br/atividades-extras/%22C-incorreta%22</p><p>https://aristoclass.com.br/atividades-extras/%22D-incorreta%22</p><p>A atenção primária à saúde é o nível de</p><p>atenção à saúde que funciona como</p><p>porta de entrada e base para o sistema</p><p>de saúde, no Brasil também chamada</p><p>de "Atenção Básica". Ela é orientada</p><p>pela Política Nacional de Atenção</p><p>Básica (PNAB), que define seus</p><p>princípios e sua organização.</p><p>Os atributos mais importantes e mais</p><p>citados da APS, brevemente reduzidos,</p><p>são:</p><p>• Primeiro acesso: é a porta de</p><p>entrada no sistema de saúde;</p><p>• Longitudinalidade: é</p><p>responsável por acompanhar o</p><p>indivíduo durante todas suas</p><p>fases de vida;</p><p>• Integralidade: deve atuar nas</p><p>áreas de prevenção,</p><p>diagnóstico, tratamento em</p><p>todas as áreas da saúde que o</p><p>indivíduo necessite, com os</p><p>devidos encaminhamentos a</p><p>outros níveis se necessário;</p><p>• Coordenação do cuidado: por</p><p>mais que o indivíduo transite por</p><p>outros níveis de saúde, a APS é a</p><p>responsável por coordenar e</p><p>integrar as condutas tomadas;</p><p>• Orientação comunitária: deve</p><p>ser organizada de acordo com a</p><p>necessidade da comunidade;</p><p>• Enfoque familiar: a família é o</p><p>microambiente em que o</p><p>indivíduo vive e sua relação com</p><p>a saúde e doença não pode ser</p><p>separada deste ambiente;</p><p>• Competência cultural: as</p><p>diferenças culturais entre os</p><p>territórios e comunidades</p><p>devem ser levadas em conta no</p><p>serviço de saúde e nas condutas,</p><p>podendo mudar de acordo com</p><p>o grupo a que o paciente</p><p>pertence.</p><p>Eles são divididos em Atributos</p><p>Essenciais e Atributos Derivados.</p><p>Deixaremos aqui uma imagem para que</p><p>esses atributos se tornem mais</p><p>medulares:</p><p>Agora vamos analisar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: O horário de</p><p>funcionamento deve tentar ser</p><p>adequado à realidade da população,</p><p>para facilitar o acesso ao serviço.</p><p>Podemos ter como exemplo unidades</p><p>que abrem à noite ou em finais de</p><p>semana para atender a população que</p><p>trabalha em horários comerciais</p><p>durante a semana (orientação</p><p>comunitária e primeiro acesso).</p><p>Alternativa B - Correta: É necessário</p><p>conhecer as demandas e necessidades</p><p>da população para que o serviço possa</p><p>cumprir sua função como primeiro</p><p>acesso e ser responsável pela saúde dos</p><p>indivíduos na sua totalidade (orientação</p><p>comunitária).</p><p>Alternativa C - Incorreta: A AB é</p><p>organizada de acordo com o território,</p><p>com uma população definida (aqui</p><p>temos outros dois princípios: adscrição</p><p>da clientela e territorialização).</p><p>Dessa forma, as pessoas cadastradas na</p><p>USF serão aquelas pertencentes ao</p><p>território responsabilizado pela</p><p>unidade. Isso não significa que pessoas</p><p>que moram em outros locais não</p><p>possam ser atendidas em uma unidade</p><p>diferente da sua, mas não fazem parte</p><p>da população adscrita.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A AB</p><p>trabalha com uma tecnologia de baixa</p><p>densidade e alta complexidade, o que</p><p>significa que não precisa de materiais</p><p>caros e avançados, mas que mesmo</p><p>assim consegue atender a diversas</p><p>situações de saúde e casos complexos</p><p>que podem ser resolvidos neste mesmo</p><p>nível de saúde.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B.</p><p>_________________________________</p><p>10. Um menino de 1 ano e 8 meses de</p><p>idade é atendido em Pronto Socorro,</p><p>com história de febre que já dura dois</p><p>dias. A mãe da criança relata que a</p><p>temperatura máxima atingida foi de</p><p>38,5 °C. O exame físico não mostra de</p><p>alterações. A criança apresenta-se ativa</p><p>e consegue ingerir líquidos</p><p>normalmente. A pediatra solicita</p><p>exame de urina, que evidencia: 10</p><p>piócitos por campo, nitrito (+) e</p><p>estearase (+). Solicita também</p><p>urocultura qualitativa e quantitativa</p><p>com antibiograma, embora não haja</p><p>antecedente de infecção do trato</p><p>urinário. Considerando o quadro acima,</p><p>qual a conduta apropriada nesse caso?</p><p>A) Internar a criança, introduzir</p><p>antibiótico endovenoso e solicitar</p><p>uretrocistografia miccional após</p><p>melhora dos sintomas.</p><p>B) Internar a criança, introduzir</p><p>antibiótico endovenoso e solicitar</p><p>ultrassonografia de rins e vias urinárias</p><p>imediatamente.</p><p>C) Prescrever antibiótico por via oral, a</p><p>ser administrado em casa, e solicitar</p><p>uretrocistografia miccional após 48</p><p>horas do início do tratamento.</p><p>D) Prescrever antibiótico por via oral, a</p><p>ser administrado em casa, e solicitar</p><p>ultrassonografia de rins e vias urinárias</p><p>após resultado da urocultura e término</p><p>do tratamento.</p><p>CCQ: ITU com criança em bom estado</p><p>geral: tratamento ambulatorial</p><p>seguido de urocultura e</p><p>ultrassonografia de vias urinárias</p><p>Atenção para um tema badalado na</p><p>Pediatria: infecção do trato urinário</p><p>(ITU). Vamos juntos relembrar esse</p><p>assunto e garantir as questões sobre</p><p>esse tema!</p><p>Como sabemos, as ITU têm</p><p>sintomatologia muito inespecífica na</p><p>infância e a única manifestação na</p><p>criança pequena pode ser a presença de</p><p>febre. Por isso, na abordagem do</p><p>lactente com febre sem sinais de</p><p>localização, não é incomum que seja</p><p>solicitado um EAS, exatamente como</p><p>ocorreu na situação descrita.</p><p>O EAS do nosso caso clínico corrobora a</p><p>suspeita de uma ITU, pois há nitrito</p><p>positivo e esterase leucocitária também</p><p>reagente. Nos casos de ITU febril,</p><p>estabelece-se o diagnóstico clínico e</p><p>não se deve aguardar o resultado da</p><p>urinocultura para início do tratamento.</p><p>Após o tratamento, devemos seguir o</p><p>algoritmo abaixo para investigação de</p><p>possíveis alterações anatômicas do</p><p>trato urinário:</p><p>Agora que revisamos o assunto, vamos</p><p>analisar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Não há</p><p>razões para internar essa criança, pois</p><p>mesmo quando há pielonefrite, o</p><p>tratamento pode ser feito em caráter</p><p>ambulatório se a criança estiver bem. A</p><p>internação só é mandatória nos</p><p>menores de 1 mês e nas crianças com</p><p>quadros mais graves (em casos de</p><p>sepse, ou dificuldade de ingestão por</p><p>via oral, por exemplo).</p><p>Alternativa B - Incorreta: Essa criança</p><p>não precisa realizar o tratamento em</p><p>regime de internação hospitalar, pois</p><p>não há sinal de gravidade que corrobora</p><p>essa conduta.</p><p>Alternativa C - Iincorreta: O exame de</p><p>uretrocistografia miccional só será</p><p>realizado em duas situações: diante de</p><p>ultrassonografia alterada ou diante da</p><p>cintilografia renal estática alterada.</p><p>Fora isso, após um episódio de ITU, o</p><p>único exame de imagem a ser solicitado</p><p>é a ultrassonografia de vias urinárias,</p><p>inicialmente.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Exatamente!</p><p>Devemos realizar o tratamento em</p><p>domicílio e após o término da</p><p>antibioticoterapia realizar o controle de</p><p>cura e a ultrassonografia de vias</p><p>urinárias.</p><p>Sendo assim, a letra correta é a D!</p><p>_________________________________</p><p>11. Uma primigesta com 38 semanas de</p><p>gestação é admitida na Maternidade</p><p>em trabalho de parto. O exame</p><p>obstétrico inicial revela feto em</p><p>situação longitudinal, apresentação</p><p>cefálica, frequência cardíaca fetal = 140</p><p>bpm sem desacelerações; dinâmica</p><p>uterina com 2 contrações moderadas</p><p>em 10 minutos; colo uterino dilatado 4</p><p>cm e apagado 40%; pelvimetria interna</p><p>clínica com conjugata diagonalis de 11</p><p>cm, medida do diâmetro bituberoso de</p><p>11 cm, espinhas isquiáticas não</p><p>salientes. A amniorrexe foi espontânea</p><p>aos 6 cm de dilatação. O padrão de</p><p>contração uterina manteve-se com 4</p><p>contrações em 10 minutos e a paciente</p><p>recebeu analgesia peridural. Após 12</p><p>horas de evolução do trabalho de parto,</p><p>o exame obstétrico revelou: colo</p><p>uterino com 10 cm de dilatação, feto</p><p>com polo cefálico no plano –1 de De Lee</p><p>e presença de bossa serossanguínea.</p><p>Qual é a conduta obstétrica indicada</p><p>nesse caso?</p><p>A) Iniciar ocitocina por via endovenosa.</p><p>B) Indicar resolução do parto por</p><p>cesárea.</p><p>C) Aguardar evolução espontânea do</p><p>período expulsivo.</p><p>D) Abreviar o período expulsivo com</p><p>fórceps ou vácuo- extrator.</p><p>CCQ: Identificar e saber que</p><p>desproporção céfalo-pélvica é</p><p>indicação para cesárea</p><p>Ficou com dúvida nessa questão, caro</p><p>colega? Se preocupa não que vamos dar</p><p>um jeito</p><p>foi admitida na</p><p>maternidade com contrações regulares</p><p>(3 contrações de 40 segundos em 10</p><p>minutos de observação), dilatação</p><p>cervical de 4 cm e apresentação cefálica</p><p>fletida. Apresentou corioamniorrexe</p><p>oportuna, evidenciando-se líquido</p><p>amniótico claro. Cerca de 4 horas após</p><p>a admissão, foi encaminhada à sala de</p><p>parto com dilatação completa e polo</p><p>cefálico no plano + 1 de De Lee. Após</p><p>trinta minutos, apresenta contrações</p><p>regulares (5/60 seg/10 min) e frequência</p><p>cardíaca fetal de 126 bpm, sem</p><p>desacelerações. Ao toque vaginal,</p><p>verifica-se polo cefálico no plano + 2 de</p><p>De Lee, formação de pequena bossa</p><p>serossanguínea e variedade de posição</p><p>OEA (occípito-esquerda-anterior).</p><p>Diante desse quadro, que conduta deve</p><p>ser adotada?</p><p>A) Indicar a resolução da gestação por</p><p>cesariana.</p><p>B) Proceder o bloqueio pudendo e a</p><p>episiotomia médio-lateral.</p><p>C) Manter avaliação dos parâmetros</p><p>maternos e fetais e aguardar a evolução</p><p>do parto</p><p>D) Aplicar o fórceps de Simpson para</p><p>corrigir a distocia e reduzir o risco de</p><p>anoxia fetal.</p><p>CCQ: Saber reconhecer um parto de</p><p>evolução adequada</p><p>Questão longa, contando a progressão</p><p>de um trabalho de parto, para te</p><p>perguntar se existe alguma indicação de</p><p>intervenção. Essa questão poderia ter</p><p>sido resolvida simulando um</p><p>partograma e já te adianto que as</p><p>provas frequentemente cobram a</p><p>interpretação de partogramas. Então,</p><p>vamos aproveitar essa oportunidade</p><p>para revisar um pouco sobre o tema.</p><p>De acordo com o caso clínico descrito e,</p><p>considerando que entre a última e</p><p>penúltima avaliações tivemos um</p><p>período de 1h (ao invés de 30min do</p><p>descrito), teríamos um partograma</p><p>semelhante com o abaixo:</p><p>Como podemos perceber, o</p><p>partograma foi aberto no período</p><p>adequado, enquanto a paciente</p><p>realmente estava em trabalho de parto.</p><p>A dilatação progrediu de forma</p><p>adequada, sem atingir a linha de alerta</p><p>(primeira linha diagonal à esquerda).</p><p>Além disso, de acordo com o</p><p>enunciado, o líquido amniótico estava</p><p>claro e os batimentos cardíacos fetais</p><p>estavam adequados (referência: 110-</p><p>160 bpm) sem desacelerações,</p><p>indicando ausência de sofrimento fetal</p><p>agudo.</p><p>Para finalizar, a descida progrediu 1cm</p><p>em uma reavaliação de 30 min, logo,</p><p>está ocorrendo de forma adequada,</p><p>sem configurar um período expulsivo</p><p>prolongado (quando a expulsão fetal</p><p>não se dá em 2 horas para nulíparas e</p><p>em 1 hora para multíparas, após a</p><p>dilatação total), nem uma parada</p><p>secundária da descida (quando ocorre</p><p>ausência de progressão da descida em</p><p>dois exames cervicais sucessivos, com</p><p>intervalo de 1 hora ou mais).</p><p>Dessa forma, trata-se de um trabalho</p><p>de parto sem intercorrências até o</p><p>momento, sendo que a conduta é</p><p>aguardar a evolução, mantendo a</p><p>avaliação materno-fetal.</p><p>Vamos as alternativas:</p><p>Alternativa A, B e D - Incorretas:</p><p>Conforme discutido acima, trata-se de</p><p>uma evolução adequada, sem</p><p>necessidade de intervenções no</p><p>momento.</p><p>Alternativa C - Correta: Como</p><p>revisado.</p><p>Portanto, o gabarito é a letra C.</p><p>_________________________________</p><p>99. Um paciente de 74 anos de idade,</p><p>longilíneo, sem história prévia de</p><p>tabagismo ou doença pulmonar,</p><p>procura a Unidade Básica de Saúde</p><p>devido à infecção de vias aéreas</p><p>superiores. No exame físico abdominal,</p><p>detectou-se massa pulsátil em</p><p>mesogástrio, indolor, e o paciente</p><p>negou outras queixas. Ao exame físico:</p><p>IMC= 20 kg/m2, pressão arterial = 130 x</p><p>80 mmHg, frequência cardíaca = 80</p><p>bpm e pulsos distais palpáveis e</p><p>simétricos. Qual a conduta mais</p><p>adequada diante desse quadro?</p><p>A) Encaminhar para cirurgia imediata</p><p>pelo risco de dissecção e/ou ruptura do</p><p>aneurisma</p><p>B) Encaminhar para agendamento de</p><p>angiotomografia computadorizada de</p><p>abdome como preparo préoperatório.</p><p>C) Encaminhar para agendamento de</p><p>ultrassonografia abdominal e</p><p>agendamento ambulatorial, de acordo</p><p>com o tamanho do aneurisma.</p><p>D) Encaminhar para programação de</p><p>cirurgia em um período de até trinta</p><p>dias, e orientar ao paciente que</p><p>permaneça em repouso absoluto.</p><p>CCQ: Saber que em paciente</p><p>assintomático com aneurisma de</p><p>aorta abdominal, só está indicada</p><p>intervenção cirúrgica ou endovascular</p><p>para aneurisma com tamanho maior</p><p>ou igual a 5,5 cm</p><p>Quando há dilatação de uma artéria</p><p>superior a 50% do seu diâmetro normal,</p><p>dizemos haver aneurisma.</p><p>O tamanho (diâmetro) recomendado,</p><p>conforme o Sabiston, para intervenção</p><p>em aneurisma de aorta abdominal</p><p>(AAA) assintomático é > ou = a 5,5 cm.</p><p>A Diretriz Brasileira para o tratamento</p><p>do aneurisma de aorta abdominal, para</p><p>pacientes portadores de aneurisma <</p><p>5,5 cm e assintomáticos há</p><p>recomendação forte e contrária à</p><p>cirurgia ou tratamento endovascular. E</p><p>para os pacientes com AAA entre 4,0 e</p><p>5,5 cm é recomendado o</p><p>acompanhamento com avaliações</p><p>clínicas e exames de imagem a cada 6</p><p>meses.</p><p>Alternativas A, B e D — Incorretas:</p><p>Sabemos que o nosso paciente se</p><p>encontra assintomático e estável</p><p>clinicamente, porém não sabemos o</p><p>tamanho (diâmetro) do aneurisma.</p><p>Desse modo não temos como definir</p><p>indicação de intervenção, seja ela</p><p>cirúrgica ou endovascular.</p><p>Alternativa C — Correta: Para</p><p>sabermos o tamanho do aneurisma</p><p>devemos submeter o paciente à</p><p>ultrassonografia de abdome e se > ou =</p><p>a 5,5 cm, já que paciente se encontra</p><p>assintomático, programar intervenção</p><p>cirúrgica ou endovascular.</p><p>O enunciado pede a conduta mais</p><p>adequada, portanto o gabarito é a</p><p>letra C.</p><p>________________________________</p><p>100. Um homem de 35 anos de idade</p><p>procura a Unidade Básica de Saúde com</p><p>queixa de epigastralgia em queimação,</p><p>há 4 semanas. Relata que, em geral,</p><p>essa queimação se inicia entre uma e 3</p><p>horas após cada refeição e melhora com</p><p>o uso de pastilhas de antiácido. Refere</p><p>que a dor, em algum momento, já o</p><p>despertou à noite e nega uso de</p><p>medicamentos anti-inflamatórios.</p><p>Relatou, ainda, perda ponderal e</p><p>informou que, eventualmente, elimina</p><p>fezes enegrecidas. É tabagista e</p><p>consome 20 cigarros a cada dois dias.</p><p>Comenta ser etilista eventual. O exame</p><p>físico não revela alterações</p><p>significativas, exceto palidez cutâneo-</p><p>mucosa. Qual é a conduta imediata</p><p>indicada para esse paciente?</p><p>A) Solicitar exames parasitológicos de</p><p>fezes, administrar bloqueadores de</p><p>receptores H2, orientar cessação do</p><p>tabagismo e do etilismo, e solicitar</p><p>endoscopia digestiva alta, se os</p><p>sintomas persistirem.</p><p>B) Submeter o paciente a testes não</p><p>invasivos para pesquisa de Helicobacter</p><p>pylori e iniciar terapia empírica com</p><p>antimicrobianos e inibidores de bomba</p><p>de prótons, enquanto aguarda os</p><p>resultados.</p><p>C) Realizar endoscopia digestiva alta,</p><p>com biópsias da mucosa gástrica e</p><p>pesquisa de Helicobacter pylori, e</p><p>instituir tratamento com</p><p>antimicrobianos e inibidores de bomba</p><p>de prótons, se confirmada presença de</p><p>H. pylori.</p><p>D) Submeter o paciente a testes não</p><p>invasivos para Helicobacter pylori — se</p><p>forem positivos, instituir tratamento</p><p>específico, confirmar erradicação após</p><p>tratamento e referenciar a especialista,</p><p>se os sintomas persistirem.</p><p>CCQ: Saber que a endoscopia</p><p>digestiva alta é fundamental para o</p><p>diagnóstico de câncer gástrico</p><p>O câncer de estômago é quarto câncer</p><p>mais comum, e a segunda principal</p><p>causa de morte por câncer a nível</p><p>mundial, sendo este último dado</p><p>reforçado pela alta incidência dessa</p><p>condição em países asiáticos muito</p><p>populosos.</p><p>Clinicamente, pode ser apresentar com</p><p>epigastralgia, saciedade precoce, perda</p><p>ponderal, diminuição do apetite,</p><p>náuseas, vômitos, desconforto</p><p>abdominal persistente e sangramentos</p><p>(hematêmese ou melena).</p><p>Alternativa A - Incorreta: Essa</p><p>afirmativa seria verdadeira se não</p><p>houvesse o trecho “se os sintomas</p><p>persistirem”. Apesar de normalmente</p><p>se apresentar com sintomas</p><p>inespecíficos, que também podem ser</p><p>atribuídos a causas benignas (úlceras</p><p>pépticas, gastrite), sinais como perda</p><p>de peso, sangramento, dor</p><p>que faz o</p><p>paciente despertar de madrugada,</p><p>principalmente quando em pacientes</p><p>com fatores de risco para neoplasia</p><p>gástrica, como uso de tabaco e de</p><p>álcool, devem nos alertar para a</p><p>possibilidade de câncer gástrico. Nosso</p><p>paciente apresenta, além dos fatores de</p><p>risco acima, sinais/sintomas sugestivos</p><p>de câncer gástrico. Então, a endoscopia</p><p>digestiva alta (EAD) deve ser solicitada</p><p>nessa consulta mesmo!</p><p>Alternativas B e D - Incorretas: O</p><p>paciente tem indicação de EDA. Para</p><p>pacientes que vão se submeter à EDA, a</p><p>pesquisa de H. pylori é feita por meio</p><p>invasivo aproveitando-se o</p><p>procedimento endoscópico. Não</p><p>devemos instituir antibioticoterapia</p><p>para H. pylori antes da confirmação da</p><p>infecção.</p><p>Alternativa C - Correta: Devemos</p><p>realizar EDA para investigação, biópsia</p><p>de lesões sugestivas de câncer gástrico,</p><p>e para investigação de infecção por H.</p><p>pylori. Caso a infecção seja confirmada,</p><p>deve ser instituída a antibioterapia.</p><p>O enunciado pede a conduta</p><p>apropriada, portanto, o gabarito é a</p><p>letra C.</p><p>_________________________________</p><p>101. O médico de uma Unidade Básica</p><p>de Saúde da região central de um</p><p>município de grande porte é chamado a</p><p>avaliar uma adolescente, que aparenta</p><p>ter entre 15 e 18 anos, muito</p><p>emagrecida. A moça está em precárias</p><p>condições de higiene, roupas sujas e</p><p>rasgadas, descalça. Ela relata estar</p><p>morando na rua há 6 meses e refere</p><p>estar grávida, sem menstruar há 4</p><p>meses. Conta que é usuária de crack e</p><p>bebida alcoólica há três anos, mas está</p><p>em abstinência há 5 dias. Ela não</p><p>consegue fornecer muitas informações,</p><p>não tem documentos e pouco fala sobre</p><p>sua procedência, mas afirma que não</p><p>tem família na cidade. Não tem</p><p>prontuário ou registro no SUS. Diante</p><p>do quadro apresentado, qual opção</p><p>representa um plano terapêutico inicial</p><p>apropriado?</p><p>A) Acolhimento à paciente,</p><p>encaminhamento para internação em</p><p>instituição para menores e</p><p>estabelecimento de contato com o</p><p>Conselho Tutelar para</p><p>acompanhamento do caso.</p><p>B) Acolhimento à paciente, realização</p><p>de consulta clínica, iniciar abordagem</p><p>com vista à redução de danos,</p><p>estabelecimento de contato com o</p><p>Núcleo de Apoio à Saúde da Família e</p><p>Equipe de Consultório de Rua para</p><p>acompanhamento da paciente.</p><p>C) Encaminhamento ao obstetra na</p><p>Unidade Básica de Saúde,</p><p>agendamento dos exames</p><p>laboratoriais, estabelecimento de</p><p>contato com o Serviço Social do Centro</p><p>Regional de Assistência Social para que</p><p>este ajude a identificar a família da</p><p>paciente e assuma o cuidado da menor.</p><p>D) Encaminhamento imediato a</p><p>ambulatório de especialidades para</p><p>iniciar o acompanhamento pré-natal,</p><p>estabelecimento de contato com o</p><p>Núcleo de Apoio à Saúde da Família</p><p>para encaminhar o caso e fazer</p><p>comunicação com o Juizado de</p><p>Menores para acompanhamento do</p><p>caso.</p><p>CCQ: A Atenção Básica é responsável</p><p>pelo acolhimento, devendo ser</p><p>descentralizada e ocorrer no local</p><p>mais próximo da vida das pessoas</p><p>Questão menos frequente nas provas,</p><p>mas importante para destacarmos</p><p>algumas características do acolhimento</p><p>na Atenção Básica, principal porta de</p><p>entrada da rede de atenção à saúde!</p><p>A questão traz o caso de uma</p><p>adolescente, entre 15 e 18 anos, com</p><p>vulnerabilidades sociais: moradora de</p><p>rua, etilista, usuária de crack, que refere</p><p>estar gestante.</p><p>Alternativa A - incorreta: Nesse</p><p>momento, não há critérios de</p><p>internação em instituição para essa</p><p>paciente. Além disso, o objetivo da</p><p>Atenção Básica é o vínculo e a</p><p>responsabilização pelo paciente a fim</p><p>de manter o cuidado de saúde. O</p><p>Conselho Tutelar pode ser notificado,</p><p>caso a paciente seja menor de 18 anos</p><p>pela falta dos pais ou responsáveis no</p><p>cuidado com a adolescente, mas não é</p><p>a prioridade de saúde imediata.</p><p>Lembre-se que a questão pergunta o</p><p>plano terapêutico inicial.</p><p>Alternativa B – correta: Nesse caso, a</p><p>primeira estratégia deve ser o</p><p>acolhimento, para possibilitar a</p><p>vinculação e resolutividade pela</p><p>atenção básica. Além disso, a paciente</p><p>encontra-se emagrecida, em precárias</p><p>condições de higiene e em abstinência,</p><p>sendo importante realizar uma</p><p>consulta clínica. O Núcleo de Apoio à</p><p>Saúda da Família (NASF) era composto</p><p>por profissionais de diferentes áreas de</p><p>conhecimento para apoiar as práticas</p><p>em saúde. Vale ressaltar que, em 2020,</p><p>o NASF-AB foi extinto pelo Ministério</p><p>da Saúde. Como a questão é de 2015,</p><p>isso não foi considerado.</p><p>Essa paciente também poderia contar</p><p>com o apoio da equipe de consultório</p><p>de rua, que tem como objetivo ampliar</p><p>o acesso à saúde à população em</p><p>situação de rua.</p><p>Alternativa C - incorreta: Nesse caso, o</p><p>encaminhamento para o obstetra só</p><p>seria necessário em caso de gestação</p><p>avançada ou de alto risco. Como a</p><p>paciente ainda não foi avaliada</p><p>clinicamente pela equipe, essa será a</p><p>prioridade.</p><p>Alternativa D - incorreta: Como</p><p>evidenciado no item anterior, a</p><p>paciente ainda não apresenta critérios</p><p>para encaminhamento para</p><p>ambulatório de especialidades,</p><p>podendo ser acompanhada pela</p><p>Atenção Básica, cuja resolutividade</p><p>está acima de 85% dos casos.</p><p>Assim, ficamos com a alternativa B</p><p>como gabarito.</p><p>_________________________________</p><p>102. Uma menina de 4 anos de idade é</p><p>levada à consulta por sua mãe,</p><p>juntamente com bilhete da diretora da</p><p>creche onde passa o dia. O bilhete</p><p>informa que a criança está coçando</p><p>muito o corpo, provocando lesões, fato</p><p>que tem sido recorrente. A mãe insistiu</p><p>que trata com pomadas e que evita o</p><p>banho para não ferir mais. As lesões são</p><p>pequenas pápulas e vesículas, com</p><p>algumas crostas, muito pruriginosas.</p><p>Elas se localizam principalmente no</p><p>abdome, nas nádegas, no tronco e nas</p><p>mãos. A mãe tem sua pele examinada e</p><p>também apresenta lesões idênticas às</p><p>da menina, no abdome e nas axilas.</p><p>Diante desse quadro, assinale a opção</p><p>que apresenta, respectivamente, a</p><p>hipótese diagnóstica mais provável e a</p><p>conduta adequada ao caso.</p><p>A) Estrófulo; prescrever anti-</p><p>histamínico e afastar a criança da</p><p>creche por sete dias, além de tratar a</p><p>mãe e comunicar à creche o</p><p>diagnóstico.</p><p>B) Escabiose; prescrever anti-</p><p>histamínico e antiparasitário</p><p>específicos para a criança e afasta-lá da</p><p>creche por três dias, além de tratar a</p><p>mãe e comunicar à creche o</p><p>diagnóstico.</p><p>C) Estrófulo; prescrever antibiótico</p><p>tópico para a mãe e a criança, além de</p><p>recomendar que evitem o contato com</p><p>insetos, e dizer que a criança poderá</p><p>frequentar normalmente a creche.</p><p>D) Escabiose; prescrever anti-</p><p>histamínicos para a criança e a mãe,</p><p>além de reforçar a necessidade de</p><p>higiene corporal para a criança, a qual</p><p>poderá frequentar a creche sem</p><p>problemas desde então.</p><p>CCQ: Saber que pápulas e vesículas</p><p>com crostas e muito pruriginosas em</p><p>região das mãos sugere diagnóstico</p><p>de escabiose</p><p>Fala, mentorando! Questão super</p><p>frequentes nas provas e também na</p><p>prática clínica, vamos entender o que a</p><p>banca queria de nós.</p><p>Uma criança vem com queixa de prurido</p><p>(tanto que chega até a formar lesões</p><p>pelo ato de coçar), ao exame físico o</p><p>paciente apresenta pápulas e vesículas</p><p>com crostas e estas, são muito</p><p>pruriginosas, detalhe que a mãe</p><p>apresenta lesões semelhantes. No que</p><p>devemos pensar aqui? Escabiose! É uma</p><p>descrição clássica desta entidade, grave</p><p>com carinho, pois tende a cair muito em</p><p>provas. A imagem clássica é</p><p>representada a seguir:</p><p>Agora que já sabemos o diagnóstico,</p><p>devemos proceder ao tratamento:</p><p>• Permetrina 5% tópica é o de</p><p>escolha na maioria dos casos;</p><p>• Enxofre 6% para menores de 2</p><p>meses;</p><p>• Ivermectina via oral em casos</p><p>graves ou não responsivos ao</p><p>tratamento tópico.</p><p>Por ser uma doença altamente</p><p>contagiosa a mãe deve ser tratada e a</p><p>creche a qual frequenta, informada,</p><p>pois podem ter outras pessoas que</p><p>adquiriram a infecção.</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Estrófulo é o</p><p>nome dado a pápula pruriginosa que</p><p>tem origem da</p><p>picada de insetos, como</p><p>vimos, não é nossa principal hipótese</p><p>aqui.</p><p>Alternativa B - Correta: Exatamente!</p><p>Prescreveremos um anti parasitário</p><p>tópico em primeiro momento (a mãe</p><p>fala que aplicou pomadas, mas não</p><p>denote que seria uma pomada para a</p><p>escabiose) e como já sugerido,</p><p>devemos afastar a criança da creche,</p><p>avisar do diagnostico a creche e</p><p>também tratar a mãe.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Como vimos,</p><p>não se trata de estrófulo.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Anti-</p><p>histamínicos podem ajudar a diminuir o</p><p>prurido, mas não são o tratamento</p><p>adequado para escabiose, devemos</p><p>utilizar dos antiparasitários tópicos</p><p>principalmente, além de ser uma</p><p>doença altamente contagiosa e por isso</p><p>devemos fazer o afastamento da</p><p>criança por ao menos 3 dias.</p><p>Portanto, o gabarito é a letra B.</p><p>_________________________________</p><p>103. Uma gestante de 35 anos de idade,</p><p>Gesta 3 Para 2, com idade gestacional</p><p>de 12 semanas, comparece à Unidade</p><p>Básica de Saúde para primeira consulta</p><p>médica da gestação atual, trazendo os</p><p>exames de rotina solicitados pela</p><p>enfermeira. Nega intercorrências nas</p><p>gestações anteriores, terminadas em</p><p>partos vaginais a termo, sendo o último</p><p>muito trabalhoso, pois o recém-nascido</p><p>pesava 4.450g. Nega antecedentes</p><p>familiares de hipertensão, diabetes ou</p><p>outras doenças crônicas. Ao exame</p><p>físico: bom estado geral, corada,</p><p>hidratada, afebril, eupneica, altura =</p><p>160 cm, peso = 75 kg, PA = 110 x 60</p><p>mmHg. O exame obstétrico revela</p><p>útero de tamanho compatível com 12</p><p>semanas. Em relação aos exames</p><p>laboratoriais, a glicemia de jejum</p><p>resultou 82 mg/dL (valor de referência:</p><p>abaixo de 85 mg/dL). Diante desse</p><p>quadro, qual a conduta correta em</p><p>relação ao risco para desenvolvimento</p><p>de diabetes gestacional?</p><p>A) Solicitar teste oral de tolerância à</p><p>glicose imediatamente</p><p>B) Orientar dieta e solicitar glicemia de</p><p>jejum entre 24 e 28 semanas de idade</p><p>gestacional</p><p>C) Orientar dieta e solicitar teste oral de</p><p>tolerância à glicose, caso apresente</p><p>aumento de peso superior a 500</p><p>g/semana.</p><p>D) Tranquilizar a gestante, pois o</p><p>resultado de glicemia de jejum <</p><p>85mg/dL e a ausência de diabetes na</p><p>família descartam a possibilidade de</p><p>diabetes gestacional</p><p>QUESTÃO DESATUALIZADA</p><p>A questão usou uma referência antiga,</p><p>mas contemporânea à prova. Hoje, o</p><p>valor de referência para glicemia de</p><p>jejum é de 92. Acompanhe o quadro</p><p>abaixo</p><p>Alternativa A – Correta: A paciente</p><p>possui fatores de risco importantes para</p><p>diabetes gestacional, idade ≥ 35 anos,</p><p>IMC > 25 kg/m² e macrossomia em</p><p>gestação anterior, mas independente</p><p>disso está recomendado o teste oral de</p><p>tolerância a glicose entre 24 e 28</p><p>semanas e não no momento.</p><p>Alternativa B – Correta: Está</p><p>recomendado o teste oral de tolerância</p><p>a glicose entre 24 e 28 semanas, mas</p><p>como não há diagnóstico de DMG não</p><p>precisamos orientar dieta.</p><p>Alternativa C – Incorreta - A conduta</p><p>com dieta + exercícios físicos deve ser a</p><p>primeira conduta nos casos de diabetes</p><p>gestacional. Ou seja, glicemia de jejum</p><p>na primeira consulta ≥ 92 mg/dl. Logo, a</p><p>paciente não tem esse diagnóstico e</p><p>realizar o teste oral de tolerância a</p><p>glicose com 24-28 semanas</p><p>independente do ganho de peso.</p><p>Alternativa D – Incorreta: Já vimos que</p><p>a paciente apresentava outros fatores</p><p>de risco para diabetes gestacional e que</p><p>apenas a ausência de história familiar</p><p>não descarta essa possibilidade.</p><p>Portanto, questão sem gabarito</p><p>atualmente.</p><p>_________________________________</p><p>104. Uma menina de 7 anos de idade é</p><p>levada à Unidade Básica de Saúde</p><p>devido a acidente doméstico com</p><p>ferimento corto-contuso do antebraço</p><p>direito. A lesão tem, aproximadamente,</p><p>12 cm de extensão, bordas regulares</p><p>com sangramento discreto e não</p><p>ultrapassa a fascia muscular. A criança</p><p>pesa 20 quilogramas. Para a realização</p><p>da sutura, dispõe-se de todo material</p><p>cirúrgico e de duas apresentações de</p><p>anestésico local: lidocaína a 1% sem</p><p>vasoconstritor e lidocaína a 1% com</p><p>vasoconstrictor. A vacinação</p><p>antitetânica está em dia. Após explicar</p><p>o procedimento à paciente e à mãe,</p><p>realizar a antissepsia e a colocação de</p><p>campos cirúrgicos, a técnica anestésica</p><p>mais adequada é</p><p>A) infiltrar a pele sadia ao redor do</p><p>ferimento, utilizando lidocaína a 1%</p><p>com vasoconstrictor.</p><p>B) infiltrar a pele sadia ao redor do</p><p>ferimento, utilizando lidocaína a 1%</p><p>sem vasoconstrictor.</p><p>C) infiltrar o tecido subcutâneo por</p><p>dentro da lesão, utilizando lidocaína a</p><p>1% com vasoconstrictor</p><p>D) infiltrar o tecido subcutâneo por</p><p>dentro da lesão, utilizando lidocaína a</p><p>1% sem vasoconstrictor</p><p>CCQ: Saber que em feridas com</p><p>sangramento discreto não é</p><p>necessário adição de vasoconstrictor</p><p>ao anestésico</p><p>A adição de adrenalina aos anestésicos</p><p>locais objetiva a vasoconstricção e a</p><p>redução da absorção sanguínea na área</p><p>onde o anestésico foi injetado.</p><p>A anestesia local com adição de</p><p>adrenalina deve ser evitada em áreas</p><p>propensas à necrose isquêmica:</p><p>extremidades, regiões interdigitais, raiz</p><p>do pênis, lobo da orelha e ponta do</p><p>nariz.</p><p>Alternativa A — Incorreta: Temos um</p><p>paciente que tem uma ferida de</p><p>aproximadamente 12 cm de extensão.</p><p>Apesar se ser uma ferida relativamente</p><p>grande, o sangramento é discreto e não</p><p>há necessidade indicarmos o uso de</p><p>vasoconstritor.</p><p>Alternativa B — Correta: A infiltração</p><p>anestésica de uma ferida sempre que</p><p>possível deve ser realizada em área de</p><p>pele sadia. Temos um paciente que tem</p><p>uma ferida de aproximadamente 12 cm</p><p>de extensão. Apesar se ser uma ferida</p><p>relativamente grande não há</p><p>sangramento importante para</p><p>indicarmos o uso de vasoconstritor.</p><p>Alternativa C e D — Incorretas: A</p><p>infiltração anestésica de uma ferida</p><p>sempre que possível deve ser realizada</p><p>em área de pele sadia.</p><p>O enunciado pede técnica anestésica</p><p>mais adequada, portanto o gabarito é</p><p>a letra B.</p><p>________________________________</p><p>105. Um homem, de 40 anos de idade,</p><p>asmático, é trazido ao Pronto Socorro,</p><p>pois está em crise há pelo menos 36</p><p>horas, sem melhora, em uso de</p><p>aminofilina e agonista Beta-2</p><p>inalatório. Ele relata histórico de</p><p>tratamento irregular da doença. Ao</p><p>exame clínico, apresenta-se sonolento,</p><p>com dificuldade para falar, sendo</p><p>observado uso da musculatura</p><p>respiratória acessória. Encontra-se</p><p>sudoreico e cianótico (++/4+). A</p><p>ausculta pulmonar detectou murmúrio</p><p>vesicular reduzido bilateralmente e</p><p>alguns sibilos inspiratórios e</p><p>expiratórios. A ausculta cardíaca</p><p>detectou ritmo cardíaco regular em dois</p><p>tempos, bulhas normofonéticas sem</p><p>sopros. Outros exames tiveram como</p><p>resultado: PA = 140 x 80 mmHg; FC =</p><p>115 bpm; FR= 36 irpm; gasometria</p><p>arterial: PaO2 = 58 mmHg (VR = 83 a 108</p><p>mmHg); SaO2 = 89% (VR = 95 a 99%);</p><p>PaCO2 = 47 mmHg (VR = 35 a 48</p><p>mmHg); hemograma: Hb= 10 g/dL, (VR</p><p>= 13,5 a 17,5 g/dL; leucometria: 8.200</p><p>células/mm3 (valor de referência =</p><p>4.500 a 11.000 células/mm3);</p><p>polimorfonucleares: 55% (VR = 54 a</p><p>62%); bastonetes: 5% (VR = 3 a 5%).</p><p>Considerando o quadro clínico</p><p>apresentado, qual a conduta imediata a</p><p>ser adotada?</p><p>A) Administração de Beta-agonistas e</p><p>corticoides inalatórios.</p><p>B) Intubação orotraqueal e ventilação</p><p>mecânica controlada.</p><p>C) Ventilação mecânica não invasiva e</p><p>corticosteroides intravenosos.</p><p>D) Administração por via intravenosa de</p><p>corticosteroides, xantinas e antibiótico</p><p>de amplo espectro.</p><p>CCQ: paciente com asma</p><p>descompensada + diminuição do nível</p><p>de consciência (sonolência) =</p><p>intubação</p><p>Sem maiores dificuldades, temos uma</p><p>questão clássica de um paciente com</p><p>um quadro asmático descompensado.</p><p>Qual a melhor conduta imediata, a ser</p><p>tomada?</p><p>[Alternativas A e D - Incorretas]:</p><p>descartamos a opção que indica</p><p>corticoide inalatório, pois nesses casos</p><p>serão administrados de forma</p><p>sistêmica. A opção que inclui a xantina</p><p>também pode ser descartada, pelo fato</p><p>dessa droga ser a última na linha para</p><p>tratamento de asma descompensada.</p><p>Com isso ficamos entre as alternativas B</p><p>e C.</p><p>[Alternativa C - Incorreta]: apesar da</p><p>conduta que sugere ventilação</p><p>mecânica associada ao corticoide</p><p>intravenoso não está errada, perceba</p><p>que o nosso paciente se apresenta</p><p>sonolento, com sinais de hipoxemia</p><p>grave (Sa02 = 89%), sinais esses, que</p><p>seria indicativos para intubação</p><p>orotraqueal.</p><p>[Alternativa B - Correta]: paciente</p><p>Asma/DPOC descompensado deve ser</p><p>submetido à intubação e ventilação</p><p>mecânica se apresentar hipotensão</p><p>arterial, obnubilação do sensório e/ou</p><p>hipoxemia grave e refratária!</p><p>Lembrando que a ventilação não</p><p>invasiva está indicada nas seguintes</p><p>situações:</p><p>• Asma/DPOC descompensada</p><p>em paciente com nível de</p><p>consciência preservado;</p><p>• Ausência de hipotensão arterial;</p><p>• Hipoxemia grave;</p><p>• Sinais de fadiga da musculatura</p><p>respiratória (ex.: respiração</p><p>"paradoxal", que indica fadiga</p><p>do músculo diafragma).</p><p>Portanto, como se encontra sonolento,</p><p>além das medidas para melhora da</p><p>ventilação com o tratamento do</p><p>broncoespasmo, devemos intubar este</p><p>paciente.</p><p>Assim, o gabarito da questão fica</p><p>como letra B.</p><p>_________________________________</p><p>106. Uma mulher de 42 anos de idade,</p><p>assintomática, procura o Ambulatório</p><p>de Clínica Médica sendo diagnosticada</p><p>hipertensão arterial. Negou tabagismo</p><p>e etilismo, e afirmou não ter história</p><p>familiar de hipertensão arterial. Ao</p><p>exame clínico: eutrófica (IMC = 23</p><p>kg/m2) (VR = 18 - 25 Kg/m2), fácies</p><p>atípica, lúcida, orientada, tireoide sem</p><p>alteração volumétrica ou presença de</p><p>nódulos, palpação de pulsos arteriais</p><p>simétricos e ausculta cardíaca normal,</p><p>FC = 92 bpm, PA = 190 x 140 mmHg</p><p>(posição sentada, em ambos os braços),</p><p>além de ausência de sopros em artérias</p><p>carótidas ou femorais. No exame do</p><p>abdome, notou-se sopro abdominal</p><p>sistodiastólico, mais audível em flanco</p><p>esquerdo; ausência de visceromegalias</p><p>ou massas abdominais. Membros</p><p>inferiores não apresentam edemas.</p><p>Exames complementares foram</p><p>realizados: glicemia de jejum, perfil</p><p>lipídico, eletrólitos e função renal</p><p>normais; ausência de microalbuminúria</p><p>ou proteinúria e ECG sem sobrecarga</p><p>ventricular. O Ecodoppler de artéria</p><p>renal evidenciou estenose renal</p><p>bilateral. No caso dessa paciente, qual é</p><p>a classe de drogas antihipertensivas</p><p>que, quando administrada, pode</p><p>precipitar insuficiência renal e por qual</p><p>motivo?</p><p>A) Diuréticos tiazídicos, por aumento da</p><p>excreção de sódio no túbulo distal.</p><p>B) Inibidores da enzima conversora de</p><p>angiotensina, por dilatação arteriolar</p><p>eferente.</p><p>C) Betabloqueadores, por redução da</p><p>frequência cardíaca e da contratilidade.</p><p>D) Bloqueadores de canais de cálcio, por</p><p>redução da resistência vascular</p><p>periférica.</p><p>CCQ: Saber que IECAs e BRAs podem</p><p>precipitar insuficiência renal em</p><p>pacientes com estenose de artéria</p><p>renal</p><p>Fala, Pessoal! Questão cobrando CCQ</p><p>muito frequente, que engloba uma das</p><p>contraindicações dos IECAs! Então bora</p><p>lá!</p><p>Temos uma paciente de 42 anos, com</p><p>hipertensão grau 3 com estenose de</p><p>artéria renal. Agora, a banca enche</p><p>você de informações, mas o importante</p><p>está no comando final: qual medicação</p><p>pode precipitar insuficiência renal nesta</p><p>paciente, e por qual motivo?</p><p>Vamos relembrar, agora, sobre os</p><p>IECAs: são fármacos que inibem a</p><p>enzima que converte angiotensina, ou</p><p>seja, bloqueia a síntese de</p><p>angiotensina. E qual a função desta</p><p>enzima?</p><p>Aumentar o tônus dos vasos sanguíneos</p><p>(aumenta a pressão arterial) e estimular</p><p>a secreção de aldosterona pelo córtex</p><p>adrenal. Beleza, mas o que isso tem a</p><p>ver com estenose de artéria renal? É aí</p><p>que entra a fisiopatologia!</p><p>Um paciente com estenose de artéria</p><p>renal, é um paciente que já não tem um</p><p>suprimento adequado de sangue para</p><p>os RINS, então o SRAA (sistema renina-</p><p>angiotensina-aldosterona) está ativado</p><p>para manter a perfusão renal. Agora, se</p><p>bloquearmos este sistema, o que</p><p>acontece? A perfusão renal cai,</p><p>podendo gerar um quadro de IRA!</p><p>Vamos mais a fundo! Pense no</p><p>glomérulo: temos a arteríola aferente</p><p>(chega ao glomérulo) e arteríola</p><p>eferente (sai do glomérulo). Quanto</p><p>maior a pressão dentro do glomérulo,</p><p>maior é a taxa de filtração! E esta é a</p><p>ideia da perfusão renal, pois a</p><p>angiotensina, "aperta" a arteríola</p><p>eferente, para que a pressão dentro do</p><p>glomérulo aumente, assim</p><p>aumentando a perfusão renal!</p><p>Se tirarmos a angiotensina, que é o que</p><p>os IECAs fazem, a arteríola eferente,</p><p>que mantinha a perfusão renal, dilata!</p><p>Ou seja, a pressão intraglomerular caí,</p><p>assim caindo também a perfusão renal!</p><p>Agora sabemos o porquê de os IECAs</p><p>serem contraindicados em caso de</p><p>estenose de artéria renal e também a</p><p>resposta da questão!</p><p>Ficou fácil, não é?</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B.</p><p>_________________________________</p><p>107. Um menino de 9 anos de idade, do</p><p>sexo masculino, é atendido em</p><p>emergência hospitalar por trauma em</p><p>dedo, necessitando de curativo. No</p><p>entanto, foi constatado em seu exame</p><p>físico pressão arterial no percentil 97</p><p>para a idade, o sexo e a altura. Ao ser</p><p>questionada, a mãe informa que em</p><p>outros atendimentos médicos</p><p>realizados nesse mesmo ano recebeu a</p><p>mesma informação, mas que não se</p><p>preocupou, pois a criança é</p><p>assintomática. O restante do exame</p><p>físico é normal, mas seu IMC está no Z-</p><p>score maior que 3. Os pais e tios</p><p>maternos e paternos são hipertensos.</p><p>Diante desse quadro, constitui conduta</p><p>adequada</p><p>A) internar e medicar com anti-</p><p>hipertensivo e diurético.</p><p>B) solicitar ecocardiograma e parecer</p><p>do endocrinologista</p><p>C) solicitar a dosagem de renina</p><p>plasmática e lipidograma.</p><p>D) orientar mudança de hábitos de vida</p><p>e investigar a hipertensão arterial.</p><p>CCQ: Saber que criança com</p><p>hipertensão arterial e obesidade</p><p>grave deve fazer mudança de hábitos</p><p>de vida e investigar esta hipertensão</p><p>Fala mentorando! Questão boa da</p><p>banca do inep de pediatria, com um</p><p>tema cada vez mais frequente nas</p><p>provas, então bora lá!</p><p>Quando falamos de obesidade na</p><p>infância, devemos nos lembrar</p><p>principalmente do Z-score do IMC</p><p>conforme idade e sexo, que classificará</p><p>nosso paciente assim:</p><p>⇾ >1 e < ou igual a +2: até 5 anos, risco</p><p>de sobrepeso, após 5 anos</p><p>consideramos como sobrepeso;</p><p>⇾ >2 e < ou igual a +3: até 5 anos,</p><p>sobrepeso, após 5 anos consideramos</p><p>como obesidade;</p><p>⇾ >+3: Até 5 anos, obesidade, após 5</p><p>anos consideramos como obesidade</p><p>severa.</p><p>Note que o estadiamento muda</p><p>conforme a idade do paciente; como o</p><p>nosso paciente tem mais de 5 anos (9</p><p>anos), e está no score Z >3,</p><p>consideramos como obesidade severa.</p><p>Quando falamos de hipertensão, a</p><p>idade chave é 13 anos, mas também é</p><p>definida pela idade e sexo, conforme a</p><p>tabela abaixo retirada do nosso</p><p>material:</p><p>Não temos a informação se é >12</p><p>mmHg do percentil 95%, mas sabemos</p><p>que o paciente apresenta hipertensão,</p><p>então devemos investigá-la.</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: O paciente</p><p>não está em um quadro agudo para</p><p>tomarmos medidas tão drásticas como</p><p>as sugeridas pela alternativa.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Em um</p><p>primeiro momento, devemos tentar por</p><p>nós mesmos iniciar o tratamento e</p><p>investigação do nosso paciente.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Aqui</p><p>teríamos uma das formas de</p><p>investigação da hipertensão do</p><p>paciente, além de rastreio de</p><p>comorbidades, mas devemos já iniciar</p><p>com mudanças de estilo de vida, que</p><p>será nossa principal conduta.</p><p>Alternativa D - Correta: Devemos</p><p>proceder a mudanças de estilo de vida,</p><p>pois nosso paciente é obeso e</p><p>hipertenso; na grande maioria das</p><p>vezes, isso se deve a maus hábitos da</p><p>criança, por isso, esse é a medida</p><p>principal a ser tomada aqui. Além de,</p><p>claro, investigarmos a causa da</p><p>hipertensão.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>_________________________________</p><p>108. Uma puérpera (Gesta 3, Para 2,</p><p>Aborto 1) teve parto pré-termo com 36</p><p>semanas,</p><p>sem intercorrências. A</p><p>tipagem sanguínea materna resultou</p><p>grupo A com fator Rh negativo e o teste</p><p>de Coombs indireto foi positivo (título</p><p>1:4). O recém-nascido apresentou</p><p>tipagem sanguínea grupo O fator Rh</p><p>positivo e o Coombs direto negativo. A</p><p>paciente recebeu imunoglobulina anti-</p><p>D na 28ª semana de gestação. A</p><p>respeito da imunoprofilaxia no pós-</p><p>parto dessa paciente, conclui-se</p><p>corretamente que</p><p>A) a imunoprofilaxia na 28ª semana foi</p><p>eficaz e a paciente não necessita de</p><p>nova dose.</p><p>B) a paciente desenvolveu</p><p>aloimunização ao antígeno D e a</p><p>imunoprofilaxia não será eficaz.</p><p>C) o Coombs direto negativo indica que</p><p>a imunoglobulina anti-D deve ser</p><p>administrada em dose dupla.</p><p>D) o teste de Coombs indireto positivo é</p><p>esperado e a imunoglobulina anti-D</p><p>deve ser administrada</p><p>CCQ: Saber que a imunoglobulina</p><p>anti-D na 28ª semana pode resultar</p><p>em títulos baixos de coombs indireto</p><p>no momento do parto</p><p>Mentorando, questão clássica de</p><p>doença hemolítica perinatal (DHPN).</p><p>Que cobrou um conceito importante</p><p>sobre a positividade, em baixos títulos,</p><p>do coombs indireto após administração</p><p>da imunoglobulina anti-D.</p><p>Em relação a DHPN, sabemos que o</p><p>primeiro passo para seu diagnóstico é a</p><p>dosagem do Coombs indireto materno.</p><p>Se positivo (títulos >= 1:16), devemos</p><p>rastrear anemia fetal com USG com</p><p>doppler para avaliar o pico sistólico da</p><p>artéria cerebral média fetal.</p><p>Se a USG estiver alterada, indica-se a</p><p>cordocentese, que é o padrão-ouro</p><p>para diagnóstico de anemia fetal,</p><p>além de poder ser utilizado como</p><p>método terapêutico.</p><p>Na questão, temos uma paciente com</p><p>Coombs indireto positivo em baixos</p><p>títulos (1:4) após o parto, com história</p><p>de imunoglobulina anti-D com 28</p><p>semanas. Sabemos que o uso da</p><p>imunoglobulina anti-D com 28</p><p>semanas pode ocasionar positividade</p><p>do coombs indireto, em baixos títulos</p><p>(<=1:8). E o uso da dose após o parto,</p><p>para profilaxia, deve ser realizada!</p><p>Alternativa A – Incorreta: É necessário</p><p>aplicar a dose da imunoglobulina após o</p><p>parto.</p><p>Alternativa B – Incorreta: A paciente</p><p>não foi aloimunizada.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Não há</p><p>indicação para dose dupla da</p><p>imunoglobulina.</p><p>Alternativa D – Correta: Como vimos,</p><p>esta é a conduta correta.</p><p>Portanto, o gabarito é a letra D.</p><p>_________________________________</p><p>109. Um paciente de 32 anos teve</p><p>trauma raquimedular após mergulho</p><p>em água rasa, ficando tetraplégico.</p><p>Esteve internado por mais três meses</p><p>na Unidade de Terapia Intensiva devido</p><p>à dependência da ventilação mecânica.</p><p>Nos cem dias de internação, teve</p><p>diversos quadros de infecção hospitalar</p><p>por bactérias e fungos tratados</p><p>adequadamente. No último quadro, a</p><p>hemocultura mostrou Klebsiella</p><p>pneumoniae multi-resistente (KPC) e o</p><p>paciente evoluiu com insuficiência</p><p>múltipla de órgãos e faleceu. Em meio à</p><p>grande comoção familiar e dos amigos,</p><p>o médico decide conversar sobre o</p><p>atestado de óbito e descobre que o</p><p>desejo do paciente era ser cremado. A</p><p>orientação correta nesse caso é</p><p>A) liberar o corpo diretamente para o</p><p>crematório mediante Constatação do</p><p>Óbito.</p><p>B) solicitar o encaminhamento do corpo</p><p>para o Serviço de Verificação de Óbito</p><p>para averiguação da causa principal da</p><p>morte.</p><p>C) solicitar o encaminhamento do corpo</p><p>para o Instituto Médico Legal, pois a</p><p>morte ocorreu em decorrência de uma</p><p>causa externa.</p><p>D) liberar o corpo para funerária com a</p><p>assinatura do atestado de óbito tendo</p><p>como causa principal a insuficiência de</p><p>múltiplos órgãos e sistemas.</p><p>CCQ: Em óbitos cuja causa básica é</p><p>violenta/externa, deve-se encaminhar</p><p>ao IML, independentemente do</p><p>tempo que decorreu para a causa</p><p>imediata, com preenchimento da DO</p><p>sendo feito por médico legista</p><p>Pessoal, saber quando preencher e</p><p>quem deve preencher uma declaração</p><p>de óbito é essencial, mas também</p><p>devemos saber quando não preencher.</p><p>Vamos revisar:</p><p>• QUANDO PREENCHER?:</p><p>o Todos os óbitos (natural</p><p>ou violento).</p><p>o RN vivo que morre após</p><p>o nascimento</p><p>(independente de idade</p><p>gestacional ou peso).</p><p>o Óbito fetal se idade</p><p>gestacional > ou = 20</p><p>semanas, ou peso>500g</p><p>ou estatura > ou = 25cm.</p><p>.</p><p>• QUANDO NÃO PREENCHER?:</p><p>o Óbito fetal com</p><p><20semanas, <500g e</p><p><25cm.</p><p>o Peças anatômicas</p><p>amputadas</p><p>.</p><p>• QUEM DEVE PREENCHER?:</p><p>o Causa natural: Óbito</p><p>com assistência =</p><p>médico assitente sempre</p><p>que possível. Na sua</p><p>ausência, médico</p><p>substituto ou</p><p>plantonista. Óbito sem</p><p>assistência = Serviço de</p><p>Verificação de Óbitos</p><p>(SVO). Na ausência de</p><p>SVO, médico do serviço</p><p>público mais próximo.</p><p>o Causa externa: Instituto</p><p>Médico Legal (IML).</p><p>Localidades sem IML,</p><p>médico predeterminado</p><p>por autoridade judicial.</p><p>Alternativas A, B e D - Incorretas: O</p><p>paciente da questão foi vítima de</p><p>trauma raquimedular, portanto a causa</p><p>básica do óbito (que justificou a</p><p>internação) foi uma causa externa e por</p><p>isso a declaração deve ser emitida pelo</p><p>IML, e não pelo médico da UTI ou SVO.</p><p>Alternativa C - Correta Exatamente!</p><p>Lembre-se: causa externa = DO</p><p>preenchida pelo IML.</p><p>Outro ponto importante a destacar: a</p><p>causa terminal do óbito nunca pode ser</p><p>registrada como parada cardíaca ou</p><p>falência de múltiplos órgãos.</p><p>Portanto, ficamos com a Alternativa C</p><p>como gabarito.</p><p>_________________________________</p><p>110. Um paciente do sexo masculino,</p><p>analfabeto, com 45 anos de idade,</p><p>ajudante de pedreiro, que mora no</p><p>alojamento da obra, é hipertenso e</p><p>chega à Unidade de Saúde da Família</p><p>(USF) com uma receita para retirar seus</p><p>medicamentos no momento em que a</p><p>USF estava encerrando o expediente do</p><p>dia. O técnico da farmácia lê</p><p>rapidamente a receita: Losartana, 2</p><p>caixas. Com pressa, o técnico entrega</p><p>ao paciente 2 caixas de medicamentos</p><p>anti-hipertensivos, sem notar que a</p><p>segunda caixa é de outro medicamento</p><p>para a hipertensão. Passados 8 dias, o</p><p>paciente retorna à Unidade com tosse</p><p>seca e alteração de paladar, mas não</p><p>consegue ser atendido. Após 15 dias, dá</p><p>entrada na Unidade de Pronto</p><p>Atendimento (UPA) com quadro de</p><p>angioedema e choque anafilático,</p><p>sendo transferido para hospital, onde</p><p>fica internado por 7 dias em Centro de</p><p>Tratamento Intensivo. A partir da</p><p>análise da situação hipotética acima</p><p>descrita, é correto afirmar que</p><p>A) o quadro clínico de entrada na UPA é</p><p>específico de intoxicação por</p><p>biguanidas.</p><p>B) o quadro de angiodema e choque</p><p>anafilático se deve à intoxicação por</p><p>contato com alérgenos no ambiente de</p><p>trabalho.</p><p>C) o quadro clínico de entrada na UPA é</p><p>característico de reação adversa a</p><p>antagonistas do receptor da</p><p>angiotensina II.</p><p>D) o quadro clínico de entrada na UPA é</p><p>característico de reação adversa a</p><p>inibidores da enzima de conversão da</p><p>angiotensina.</p><p>CCQ: Saber que IECAs tem como</p><p>efeito adverso tosse e angioedema</p><p>Fala mentorando! A banca do Revalida</p><p>foi muito criativa ao criar esta questão,</p><p>pois cobra um efeito colateral dos</p><p>inibidores da enzima conversora de</p><p>angiotensina (IECA) de uma maneira</p><p>um pouco diferente. Bora lá!</p><p>Quando falamos de IECAS e</p><p>antagonistas do receptor da</p><p>angiotensina II (ARA II ou BRA), temos</p><p>que nos lembrar que, como principal</p><p>efeito colateral, temos a hipercalemia e</p><p>também o aumento da creatinina</p><p>(sendo que ambos são contraindicados</p><p>em pacientes com estenose bilateral e</p><p>artérias renais). Mas temos um efeito</p><p>colateral mais importante ainda, que é</p><p>exclusividade dos IECA:</p><p>• A tosse e o angioedema.</p><p>Este efeito é clássico das provas, onde</p><p>geralmente as bancas nos dão um</p><p>paciente que inicia terapia anti-</p><p>hipertensiva e começa a apresentar</p><p>tosse, e depois nos perguntam qual foi</p><p>o medicamento que provavelmente foi</p><p>introduzido neste paciente: a resposta é</p><p>IECA. Veja como a banca do Revalida foi</p><p>criativa, pois ela perguntou a mesma</p><p>coisa, só que de maneira diferente.</p><p>Um paciente toma normalmente um</p><p>ARA II (losartana), mas, por falta de</p><p>atenção, alguém da equipe</p><p>de saúde lhe</p><p>entrega outro medicamento; após isso,</p><p>o paciente apresenta tosse com</p><p>evolução para angioedema! Note que é</p><p>praticamente a mesma história, só</p><p>mudou a pergunta de "qual anti-</p><p>hipertensivo foi introduzido", para qual</p><p>a principal hipótese para o quadro do</p><p>paciente, que com maior probabilidade</p><p>é causado por um efeito colateral dos</p><p>IECAs.</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Intoxicação</p><p>por biguanidas (metformina) pode</p><p>gerar uma acidose lática, mas não</p><p>angioedema.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Note que a</p><p>banca não focou muito em contato com</p><p>algum alérgeno, e que também o</p><p>quadro evoluiu ao longo de semanas, o</p><p>que nos afasta da hipótese de choque</p><p>anafilático por contato com alérgeno.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Os BRAs não</p><p>causam tosse nem angioedema,</p><p>somente os IECA.</p><p>Alternativa D - Correta: Exatamente!</p><p>Como explicado acima, nossa principal</p><p>hipótese para o quadro.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>de descomplicar isso agora!!</p><p>A questão nos traz uma paciente em</p><p>idade gestacional já a termo e que</p><p>parece ter uma boa evolução do</p><p>trabalho de parto (TP), mas fique atento</p><p>aqui com duas coisas aqui que nos</p><p>indicam desproporção céfalo-pélvica:</p><p>1) Parada da descida: O bebê está em</p><p>uma altura no plano de De Lee que não</p><p>condiz com a dilatação do colo. A</p><p>dilatação já alcançou seu diâmetro</p><p>máximo e a cabeça do neném ainda</p><p>está muito interna na pelve materna</p><p>(lembre que o plano 0 é ao nível das</p><p>espinhas isquiáticas, abaixo são os</p><p>planos positivos e, acima, os negativos),</p><p>o que nos indica um problema na</p><p>passagem da cabeça fetal pelo canal de</p><p>parto.</p><p>2) Bossa serossanguínea: Também</p><p>conhecida como caput succedaneum, é</p><p>um acúmulo de material</p><p>serossanguinolento no subcutâneo do</p><p>bebê e nos indica que o útero fez grande</p><p>força contra a cabeça dele (mais um</p><p>sinal de que existe uma barreira ali).</p><p>Em casos de desaceleração prolongada</p><p>ou parada da descida, por exemplo,</p><p>devo desconfiar de desproporção</p><p>céfalo-pélvica e a indicação é parto por</p><p>cesárea.</p><p>Então, vamos às alternativas!</p><p>Alternativa A - Incorreta: A</p><p>administração de ocitocina serve para</p><p>ajudar na contração uterina, mas a mãe</p><p>não está com esse problema, tanto que</p><p>chegou a lesar o bebê e gerou uma</p><p>bossa serossanguínea.</p><p>Alternativa B - Correta: Aí siiiim!!! Se</p><p>tenho o diagnóstico de desproporção</p><p>céfalo-pélvica, a indicação é de cesárea!</p><p>Fique ligado que hoje, por ter o</p><p>conhecimento de que a pelve materna é</p><p>muito dinâmica durante o TP, acredita-</p><p>se mais que essa desproporção seja</p><p>mais por um posicionamento errado da</p><p>cabeça do feto na pelve materna do que</p><p>simplesmente pela criança ter uma</p><p>cabecinha grande demais.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Se há uma</p><p>desproporção, tudo nos indica que a</p><p>cabeça da criança não passará pelo</p><p>canal do parto, então não adianta</p><p>aguardar a evolução.</p><p>Alternativa D - Incorreta: As indicações</p><p>para utilização de fórceps ou vácuo-</p><p>extrator não cabem nessa discussão</p><p>agora, mas entenda que eu preciso ter</p><p>certeza de que não existem barreiras no</p><p>canal do parto e garantir que o bebê</p><p>passará pela pelve materna, senão será</p><p>mais uma força sobre um feto que está</p><p>diante de uma passagem desfavorável.</p><p>Por conta disso, nossa resposta</p><p>correta é a letra B</p><p>_________________________________</p><p>12. Um paciente de 27 anos de idade</p><p>procura a Unidade Básica de Saúde</p><p>preocupada com um abaulamento em</p><p>região inguinal à direita que surgiu há</p><p>dois meses. Nega outras queixas. No</p><p>exame clínico, IMC = 20 Kg/m2 (VR = 18</p><p>- 25 kg/m2 ) e não há sinais flogísticos</p><p>locais; a massa de cerca de 5 cm é</p><p>facilmente redutível. Ao exame clínico</p><p>não apresentou dor ou qualquer outro</p><p>achado. Qual das condutas a seguir é a</p><p>mais indicada nessa situação?</p><p>A) Orientar sobre os riscos de</p><p>encarceramento, obstrução e</p><p>estrangulamento, e encaminhar para</p><p>agendamento de cirurgia.</p><p>B) Orientar sobre o tratamento</p><p>conservador e sugerir medidas</p><p>paliativas considerando o risco de</p><p>recidiva pós-cirúrgica.</p><p>C) Encaminhar ao serviço de urgência</p><p>para correção cirúrgica devido ao risco</p><p>de estrangulamento e isquemia</p><p>intestinal.</p><p>D) Tranquilizar o paciente, orientar a</p><p>evitar esforços físicos, tais como</p><p>carregar peso e ensinar a reduzir</p><p>manualmente a hérnia.</p><p>CCQ: indicações cirúrgicas para hérnia</p><p>inguinal</p><p>As principais indicações para cirurgia</p><p>são:</p><p>• Hérnia encarcerada;</p><p>• Hérnia estrangulada;</p><p>• Sintomas que prejudiquem o dia</p><p>a dia do paciente (grande</p><p>volume, dor).</p><p>Questão que gerou dúvidas na época da</p><p>prova e acabou tendo o seu gabarito</p><p>modificado após recursos.</p><p>O gabarito inicial, letra B, versa sobre</p><p>um conceito mais atual sobre as</p><p>indicações da correção cirúrgica nas</p><p>hérnias, em que alguns estudos tentam</p><p>mostrar que não há benefício em se</p><p>operar o paciente pouco sintomático de</p><p>imediato. No entanto, este conceito</p><p>não 100% aceito, e não figura entre as</p><p>principais referências.</p><p>Realmente, alguns poucos autores têm</p><p>indicado a conduta de "watch and wait"</p><p>para pacientes oligossintomáticos com</p><p>hérnia inguinal. Porém, esta é uma</p><p>conduta normalmente aplicável a</p><p>pacientes idosos e/ou com risco</p><p>cirúrgico alto.</p><p>Alternativa A - Correta: desta forma,</p><p>como a paciente em questão apresenta</p><p>uma hérnia, relativamente volumosa, a</p><p>conduta deve ser cirúrgica.</p><p>Gabarito original: letra B.</p><p>Gabarito retificado pela banca: letra</p><p>A.</p><p>_________________________________</p><p>13. Questão anulada</p><p>A) A - item anulado</p><p>B) B - item anulado</p><p>C) C - item anulado</p><p>D) D - item anulado</p><p>_________________________________</p><p>14. Uma análise histórica de alguns</p><p>indicadores brasileiros referentes às</p><p>últimas décadas, tais como a</p><p>distribuição etária da população, o</p><p>coeficiente de fecundidade e</p><p>mortalidade, o perfil epidemiológico</p><p>das doenças mais prevalentes e os</p><p>hábitos alimentares predominantes,</p><p>permite inferir que houve</p><p>A) redução de consumo de alimentos</p><p>tradicionais da dieta brasileira (arroz e</p><p>feijão), associada a aumento do</p><p>consumo de alimentos</p><p>ultraprocessados.</p><p>B) aumento dos coeficientes de</p><p>fecundidade associado à redução do</p><p>coeficiente de mortalidade, com</p><p>consequente aumento da expectativa</p><p>de vida.</p><p>C) aumento da prevalência das doenças</p><p>crônicas e não transmissíveis,</p><p>acompanhado de aumento das doenças</p><p>transmissíveis e de deficiências</p><p>nutricionais.</p><p>D) redução da desnutrição infantil em</p><p>quase todo o país, exceto na região</p><p>Norte, onde houve aumento da</p><p>prevalência de desnutrição crônica</p><p>associada a déficit de estatura para a</p><p>idade.</p><p>CCQ: Houve redução de consumo de</p><p>alimentos tradicionais da dieta</p><p>brasileira e aumento do consumo de</p><p>alimentos ultraprocessados</p><p>Pessoal, questão que foge um pouco do</p><p>Pareto, mas que vale a pena prestar</p><p>atenção, por ser um tema importante</p><p>da medicina.</p><p>Bem, os padrões de alimentação estão</p><p>mudando rapidamente na grande</p><p>maioria dos países e, em particular,</p><p>naqueles economicamente</p><p>emergentes. As principais mudanças</p><p>envolvem a substituição de alimentos in</p><p>natura ou minimamente processados</p><p>de origem vegetal (arroz, feijão,</p><p>mandioca, batata, legumes e verduras)</p><p>e preparações culinárias à base desses</p><p>alimentos por produtos industrializados</p><p>prontos para consumo. Essas</p><p>transformações, observadas com</p><p>grande intensidade no Brasil,</p><p>determinam, entre outras</p><p>consequências, o desequilíbrio na</p><p>oferta de nutrientes e a ingestão</p><p>excessiva de calorias.</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta: Exatamente!</p><p>Houve redução de consumo de</p><p>alimentos tradicionais da dieta</p><p>brasileira e aumento do consumo de</p><p>alimentos ultraprocessados.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Pelo</p><p>contrário, houve redução do</p><p>coeficiente de fecundidade, associada à</p><p>redução do coeficiente de mortalidade.</p><p>Houve também aumento da</p><p>expectativa de vida.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Realmente,</p><p>houve aumento da prevalência das</p><p>doenças crônicas e não transmissíveis,</p><p>mas houve redução das doenças</p><p>transmissíveis e de deficiências</p><p>nutricionais.</p><p>Alternativa D - Incorreta: O Norte rural</p><p>é, sim, o local do país onde o problema</p><p>da desnutrição infantil alcança a maior</p><p>magnitude. Porém, não houve aumento</p><p>da desnutrição nessa região. O que</p><p>ocorreu foi que a redução foi menos</p><p>significativa do que nas demais regiões</p><p>do Brasil.</p><p>Portanto, a alternativa correta é a</p><p>letra A.</p><p>_________________________________</p><p>15. Um recém nascido (RN) de 10 dias</p><p>de vida, do sexo masculino, é levado ao</p><p>Posto de Saúde para avaliação, uma vez</p><p>que seu pai acabou de receber o</p><p>diagnóstico de tuberculose pulmonar,</p><p>não tendo ainda iniciado o tratamento.</p><p>A mãe não possui queixas específicas</p><p>em relação à criança. A gestação e o</p><p>parto não apresentaram intercorrências</p><p>e o aleitamento materno segue sem</p><p>dificuldades. O RN mostra-se em bom</p><p>estado geral, ativo, corado, hidratado, e</p><p>o restante do exame</p><p>físico é normal.</p><p>Nessa situação, qual das condutas</p><p>seguintes é a mais adequada?</p><p>A) Não vacinar o RN com a BCG, iniciar</p><p>isoniazida e mantê-la por 3 meses. Após</p><p>esse período, o recém- nascido deverá</p><p>realizar PPD. Se o resultado for maior</p><p>que 5 mm, manter a medicação por</p><p>mais 3 meses. Se for menor que 5 mm,</p><p>suspender a medicação e vacinar com</p><p>BCG.</p><p>B) Não vacinar o RN com a BCG, iniciar</p><p>isoniazida, rifampicina, pirazinamida e</p><p>etambutol, e mantê-los por 3 meses.</p><p>Após esse período, realizar PPD. Se o</p><p>resultado for maior que 5 mm, manter</p><p>as medicações por mais 3 meses. Se for</p><p>menor que 5 mm, suspendê-las e</p><p>vacinar com BCG.</p><p>C) Vacinar o RN com a BCG, iniciar</p><p>isoniazida, rifampicina, pirazinamida e</p><p>etambutol, e mantê-los por 3 meses.</p><p>Após este período, realizar PPD. Se o</p><p>resultado for maior que 5 mm, manter</p><p>as medicações por mais 3 meses. Se for</p><p>menor que 5 mm, suspendê-las e</p><p>vacinar com BCG.</p><p>D) Vacinar o RN com a BCG, iniciar</p><p>isoniazida e mantê- la por 3 meses.</p><p>Após esse período, realizar PPD e</p><p>radiografia de tórax. Se o resultado for</p><p>maior que 5 mm e a radiografia</p><p>suspeita, manter a medicação por mais</p><p>3 meses. Se for menor que 5 mm,</p><p>suspender a medicação e vacinar com</p><p>BCG.</p><p>CCQ: RN com contato positivo com</p><p>tuberculose = não realiza a BCG, faz</p><p>uso profilático de isoniazida por 3</p><p>meses e realiza o PPD</p><p>Aluno Aristo, atenção para uma dica</p><p>valiosa para as suas provas de Pediatria:</p><p>o tema tuberculose e BCG estão em</p><p>alta, portanto, revise com carinho esse</p><p>assunto, certo? E agora vamos</p><p>aproveitar esse caso clínico para rever</p><p>alguns seguimentos diante da</p><p>exposição à tuberculose:</p><p>Algumas medidas especiais devem ser</p><p>tomadas para um RN coabitante de um</p><p>paciente com tuberculose pulmonar</p><p>bacilífera. Em primeiro lugar, esse RN</p><p>não deverá receber a vacina BCG ao</p><p>nascer. Em segundo, inicia-se a</p><p>quimioprofilaxia primária com</p><p>isoniazida por 3 meses.</p><p>Após esse período, realiza-se uma</p><p>prova tuberculínica; se a mesma for não</p><p>reatora (< 5 mm) e não houver indícios</p><p>de adoecimento, a medicação é</p><p>suspensa e a vacina é administrada. Se</p><p>a mesma for reatora (≥ 5 mm) e não</p><p>houver indícios de adoecimento, a</p><p>medicação é mantida para completar o</p><p>tratamento da infecção latente para</p><p>tuberculose e a vacina não é mais</p><p>administrada.</p><p>Nesse caso, o paciente portador de</p><p>tuberculose é o pai. Mas vale lembrar de</p><p>alguns detalhes importantes caso a mãe</p><p>esteja contaminada:</p><p>Crianças nascidas de mulheres</p><p>consideradas abacilíferas ou tratadas</p><p>por 2 ou mais semanas antes do</p><p>nascimento de seus filhos devem ser</p><p>orientadas a amamentar sem qualquer</p><p>restrição e seus filhos devem receber a</p><p>vacina BCG logo após o nascimento.</p><p>Entretanto, mulheres com sinais,</p><p>sintomas e exames radiológicos</p><p>consistentes com doença tuberculosa</p><p>ativa devem restringir o contato com a</p><p>criança devido à transmissão potencial</p><p>da doença por meio das gotículas do</p><p>trato respiratório. Durante o período de</p><p>investigação da doença, o leite materno</p><p>pode ser ordenhado e oferecido à</p><p>criança, por não haver risco de</p><p>passagem do Mycobacterium</p><p>tuberculosis pelo leite humano.</p><p>Nesse caso, a ordenha deverá ser</p><p>realizada no mínimo 6-8 vezes nas 24</p><p>horas seguindo as normas higiênicas</p><p>como lavagem das mãos, proteção dos</p><p>cabelos com touca e uso de máscara</p><p>limpa cobrindo nariz e boca e o leite</p><p>humano ordenhado cru oferecido para</p><p>a criança.</p><p>Assim que iniciar o tratamento, nas</p><p>primeiras 2 semanas da terapia</p><p>antituberculose, a mãe poderá</p><p>amamentar seu filho com uso de</p><p>máscara (cobrindo nariz e boca). É</p><p>necessário assegurar a aderência</p><p>materna ao tratamento. Agora que</p><p>revisamos o tema, vamos avaliar as</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta: Exatamente!</p><p>Essa alternativa descreveu</p><p>corretamente o fluxograma a ser</p><p>seguido nessa situação.</p><p>Alternativa B - Incorreta: O</p><p>tratamento profilático é realizado</p><p>apenas com isoniazida.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Não devemos</p><p>vacinar o RN com a BCG e o tratamento</p><p>não deve ser realizado com rifampicina,</p><p>pirazinamida e etambutol.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Não</p><p>devemos vacinar o RN com a BCG e não</p><p>é necessário realizar radiografia de</p><p>tórax.</p><p>Sendo assim, a letra correta é a A!</p><p>_________________________________</p><p>16. Uma gestante de 28 anos de idade,</p><p>primigesta, comparece à Unidade</p><p>Básica de Saúde no dia 25 de junho de</p><p>2015, relatando que “seu bebê passou</p><p>da data de nascer”. Ao verificar o cartão</p><p>da gestante, o médico encontrou</p><p>anotação de data da última</p><p>menstruação de 06/09/2014 e</p><p>realização de ultrassonografia em</p><p>01/11/2014, mostrando idade</p><p>gestacional de 08 semanas pela</p><p>biometria fetal. Ao exame obstétrico:</p><p>altura uterina = 34 cm, feto único,</p><p>cefálico, insinuado, frequência cardíaca</p><p>fetal = 140 bpm sem desacelerações,</p><p>colo apagado 50%, fechado e pressão</p><p>arterial = 100 x 60 mmHg. Após essa</p><p>avaliação, qual seria a conduta</p><p>apropriada?</p><p>A) Tranquilizar a gestante e, de comum</p><p>acordo com ela, encaminhá-la a uma</p><p>maternidade para provável indução do</p><p>parto.</p><p>B) Encaminhar a gestante para a</p><p>maternidade para realização de cesárea</p><p>segmentar, pois se trata de uma</p><p>gravidez com mais de 41 semanas.</p><p>C) Encaminhar a gestante a uma</p><p>maternidade de alto risco, devido à</p><p>desproporção feto-pélvica, pois o feto</p><p>está encaixado e o trabalho de parto</p><p>não se iniciou espontaneamente.</p><p>D) Liberar a gestante para casa,</p><p>informando que o concepto está bem e</p><p>orientá-la a procurar uma maternidade,</p><p>caso apresente perda de líquido ou</p><p>contrações rítmicas dolorosas.</p><p>CCQ: Saber que gestante em pos-</p><p>datismo devemos encaminhá-la para</p><p>uma maternidade para provável</p><p>indução do parto</p><p>Questão mais completa, exige que</p><p>inicialmente você calcule a idade</p><p>gestacional da paciente, avalie se há</p><p>pós-datismo e chegue à melhor</p><p>condução para o caso.</p><p>Para chegar na idade gestacional</p><p>cronológica, usamos a DUM (data da</p><p>última menstruação), calculando</p><p>quantos dias se passaram entre a última</p><p>menstruação e a consulta atual.</p><p>Dividimos esse valor por 7 e o resultado</p><p>inteiro será o número de semanas e o</p><p>resto o número de dias. Temos 292 dias,</p><p>que dividindo por 7 resultam em 41</p><p>semanas e 5 dias de gestação.</p><p>Para chegar na idade gestacional</p><p>ultrassonográfica, contamos quantos</p><p>dias há entre a realização do ultrassom</p><p>e a consulta atual, sendo que a conta</p><p>começa já com 8 semanas (idade</p><p>gestacional no dia do ultrassom).</p><p>Temos então 237 dias, que dividindo por</p><p>7 resultam em 33+6 semanas. Como a</p><p>paciente já tinha 8 semanas no dia do</p><p>ultrassom, temos a idade gestacional</p><p>atual de 41 semanas e 6 dias.</p><p>Preferimos a idade gestacional</p><p>cronológica, caso o ultrassom tenha</p><p>sido feito no primeiro trimestre e</p><p>resulte numa idade gestacional maior</p><p>que 7 dias comparando com a idade</p><p>cronológica. Neste caso temos um dia</p><p>de diferença entre a idade cronológica e</p><p>ultrassonográfica, portanto</p><p>coonsideramos a datação pela DUM</p><p>mais confiável.</p><p>O pós-datismo é definido como idade</p><p>gestacional superior a 40 semanas. Isso</p><p>por que no cálculo da data provável do</p><p>parto, usamos este corte. No entanto,</p><p>em gestações de baixo risco, sem</p><p>comorbidades, podemos aguardar até</p><p>41 semanas para que o parto ocorra</p><p>espontâneamente. Atenção: não</p><p>confunda com gestação PÓS-TERMO,</p><p>aquela que passa de 42 semanas.</p><p>Temos, então, a idade gestacional e a</p><p>confirmação de que se trata de pós-</p><p>datismo, vamos avaliar a melhor</p><p>conduta:</p><p>Alternativa A - Correta A questão</p><p>sugere que há bem-estar fetal (BCF de</p><p>140 bpm, sem desacelerações), e que a</p><p>gestante está fora de trabalho de parto</p><p>(colo uterino fechado). Portanto</p><p>podemos induzir o trabalho de parto.</p><p>Lembre-se que após 41 semanas</p><p>tentamos induzir o trabalho de parto</p><p>devido ao risco associado ao pós-</p><p>datismo.</p><p>Alternativa B - Incorreta Pós-datismo</p><p>não é indicação de cesárea, muito</p><p>menos cesárea segmentar (corte</p><p>longitudinal).</p><p>Garantindo bem-estar</p><p>materno-fetal, não temos emergência</p><p>obstétrica e podemos conduzir um</p><p>parto normal.</p><p>Alternativa C - Incorreta A</p><p>desproporção cefalo-pélvica é</p><p>evidenciada durante o trabalho de parto</p><p>quando há parada secundária da</p><p>dilatação ou da descida. A insinuação</p><p>do feto na bacia materna é esperada</p><p>nos dias que antecedem o parto e não</p><p>indica que ela deveria estar em trabalho</p><p>de parto.</p><p>Alternativa D - Incorreta Após 41</p><p>semanas o risco perinatal aumenta</p><p>progressivamente. Por isso, devemos</p><p>indicar indução de trabalho de parto</p><p>para gestante após esta idade</p><p>gestacional e não podemos liberá-la</p><p>para aguardar o trabalho de parto em</p><p>casa.</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=2sXsE9zsMlxQyZI39SBa</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=2sXsE9zsMlxQyZI39SBa</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=2sXsE9zsMlxQyZI39SBa</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=2sXsE9zsMlxQyZI39SBa</p><p>Portanto, ficamos com a Alternativa A</p><p>como gabarito.</p><p>_________________________________</p><p>17. Um paciente de 37 anos de idade</p><p>está no 5o dia pós- operatório de</p><p>cirurgia abdominal para a exérese de</p><p>tumor hepático. Recebeu</p><p>antibioticoprofilaxia com cefazolina</p><p>durante o procedimento cirúrgico, o</p><p>qual transcorreu sem intercorrências.</p><p>Encontra-se internado na UTI, em</p><p>jejum, com acesso venoso central para</p><p>nutrição parenteral por cateter na veia</p><p>subclávia direita. A diurese medida</p><p>através de sonda vesical de demora</p><p>apresenta baixo volume nas últimas 24</p><p>horas, embora tenha hidratação</p><p>endovenosa abundante e balanço</p><p>hídrico cumulativo bastante positivo.</p><p>Há saída de secreção purulenta pela</p><p>incisão cirúrgica em pequena</p><p>quantidade. Queixa-se de mal-estar</p><p>geral. Ao exame físico, apresenta</p><p>quadro de febre (38,4 oC), pressão</p><p>arterial= 100 x 60 mmHg, frequência</p><p>cardíaca = 108 bpm, frequência</p><p>respiratória = 22 ipm com enchimento</p><p>capilar ungueal > 6 segundos. Não há</p><p>sinais flogísticos ou secreção no local da</p><p>punção venosa central. Os resultados</p><p>dos exames séricos colhidos há 30</p><p>minutos mostram: glóbulos brancos</p><p>(GB) = 12.450 mm 3 (valor normal: GB</p><p>entre 4.000 e 11.000 mm 3 com menos</p><p>de 10% de bastonetes) com 15% de</p><p>bastonetes e 70% de segmentados;</p><p>lactato = 6 mg/dL (valor normal = até 2</p><p>mg/dL) e gasometria arterial: pH = 7,28,</p><p>PaO2 = 76 mmHg, PaCO2 = 32 mmHg,</p><p>HCO 3 = 16, BE = -10 e saturação de O 2</p><p>= 92% (valores normais: pH = 7,35 - 7,45,</p><p>PaO 2 = 80 - 108 mmHg, PaCO 2 = 35 -</p><p>48 mmHg, HCO 3 = 22 - 26, BE = -2 a +2</p><p>e saturação de O 2 = (>93%)). Nesse</p><p>momento, além da expansão volêmica,</p><p>constitui conduta correta para as</p><p>próximas horas:</p><p>A) início imediato de antibioticoterapia</p><p>empírica, uso de aminas vasoativas e</p><p>tomografia de abdome.</p><p>B) coleta de hemocultura, início de</p><p>antibioticoterapia após o resultado e</p><p>ultrassonografia de abdome.</p><p>C) reabordagem cirúrgica imediata,</p><p>coleta de cultura da secreção peritoneal</p><p>e antibioticoterapia após resultado.</p><p>D) coleta de hemocultura, início</p><p>imediato de antibioticoterapia de forma</p><p>empírica e exploração da ferida</p><p>operatória.</p><p>CCQ: abordagem inicial da sepse por</p><p>infecção de sítio cirúrgico (ISC)</p><p>Temos um paciente no pós operatório</p><p>acompanhado em UTI que evolui com</p><p>febre e secreção purulenta em ferida</p><p>operatória (FO), só com esses dados</p><p>podemos diagnosticar a ISC, cujo</p><p>principal tratamento é exploração da</p><p>FO para drenagem da secreção e uso de</p><p>antibioticoterapia em casos</p><p>complicados. Além disso, o paciente</p><p>apresenta oligúria apesar de balanço</p><p>hídrico positivo, hipotensão,</p><p>taquicardia e diminuição da perfusão</p><p>capilar. Qual deve ser nossa principal</p><p>suspeita em pacientes com infecção</p><p>que evoluem com hipotensão e</p><p>hipoperfusão? Sepse!!</p><p>A ISC pode ter desencadeado o</p><p>processo de reação inflamatória</p><p>sistêmica, causando disfunção</p><p>orgânica, e só a clínica já era o suficiente</p><p>para iniciarmos o tratamento empírico,</p><p>mas a questão ainda facilita nos dando</p><p>os exames com leucocitose com desvio</p><p>à esquerda, lactato aumentado e</p><p>acidose metabólica. Qual é o</p><p>tratamento que deve ser instituído na</p><p>primeira hora da sepse?</p><p>[Alternativa D - Correta]: coleta de</p><p>hemoculturas, início de</p><p>antibioticoterapia de amplo espectro</p><p>empírica, dosagem de lactato,</p><p>expansão volêmica, uso de</p><p>vasopressores se necessário para</p><p>manter PAM > 65 mmHg. Além disso,</p><p>nesse caso é necessária a exploração da</p><p>FO para tratar a causa base da infecção.</p><p>[Alternativas A, B e C - Incorretas]: não</p><p>podemos esperar o resultado das</p><p>culturas para iniciar o tratamento, pois</p><p>na maioria das vezes já será tarde</p><p>demais, além de que o uso de aminas</p><p>vasoativas só é feito nos casos em que a</p><p>expansão volêmica com cristaloides</p><p>não é o suficiente, e não haveria</p><p>benefício em realizar uma TC de</p><p>abdome em um paciente instável e que</p><p>já temos o diagnóstico de ISC pela</p><p>clínica.</p><p>Lembre sempre da ISC quando houver</p><p>sinais flogísticos e/ou drenagem</p><p>purulenta em torno da FO, geralmente</p><p>entre o 3º e 6º DPO, e o tratamento na</p><p>grande maioria das vezes será somente</p><p>a abertura da FO com lavagem,</p><p>desbridamento e drenagem das</p><p>secreções. O uso de ATB é indicado</p><p>somente nos casos em que há celulite</p><p>perilesional ou com acometimento</p><p>sistêmico, como foi o caso da questão.</p><p>Gabarito: alternativa D.</p><p>_________________________________</p><p>18. Uma mulher de 75 anos de idade</p><p>procurou atendimento em uma</p><p>Unidade Básica de Saúde por</p><p>apresentar, há três dias, quadro de</p><p>febre baixa, tosse com escarro</p><p>purulento e leve dispneia. Fumante há</p><p>cerca de 35 anos (cerca de 25</p><p>cigarros/dia), possui diagnóstico prévio</p><p>de Doença Pulmonar Obstrutiva</p><p>Crônica. Há 10 dias, aproximadamente,</p><p>iniciou quadro com coriza diária, tosse</p><p>seca e mialgia. Ao exame físico,</p><p>observa- se: mucosas descoradas</p><p>(++/4+), paciente hidratada, pressão</p><p>arterial = 120 x 70 mmHg, frequência</p><p>cardíaca = 120 bpm, frequência</p><p>respiratória = 32 irpm, temperatura</p><p>axilar = 38 o C. A ausculta pulmonar</p><p>permitiu constatar frêmito tóraco-vocal</p><p>aumentado e estertores crepitantes no</p><p>terço inferior do hemitórax esquerdo. A</p><p>radiografia de tórax evidenciou</p><p>condensação em lobo inferior</p><p>esquerdo, sem derrame pleural.</p><p>Considerando o quadro apresentado,</p><p>quais são, respectivamente, o principal</p><p>agente infeccioso no quadro clínico</p><p>descrito e a conduta apropriada a ser</p><p>tomada nesse momento para a</p><p>paciente?</p><p>A) Streptococcus pneumoniae;</p><p>encaminhamento para internação</p><p>hospitalar e início de antibioticoterapia</p><p>venosa.</p><p>B) Staphylococcus aureus; prescrição</p><p>de antibioticoterapia empírica e</p><p>acompanhamento ambulatorial.</p><p>C) Moraxella catarrhalis;</p><p>encaminhamento à emergência para</p><p>macronebulização com O2 e</p><p>tratamento ambulatorial.</p><p>D) Pneumocystis jirovecii;</p><p>encaminhamento para internação</p><p>hospitalar e realização de hemoculturas</p><p>antes do início da antibioticoterapia.</p><p>CCQ: Saber que na exacerbação da</p><p>DPOC a presença de mudança da</p><p>coloração do escarro, aumento do</p><p>volume do escarro ou piora da</p><p>dispneia são indicações para</p><p>antibioticoterapia</p><p>Fala pessoal! Questão bastante</p><p>frequente sobre exacerbação de DPOC,</p><p>bora lá entender o que a banca queria</p><p>de nós.</p><p>Estamos diante de uma idosa com 75</p><p>anos, apresentando uma elevada carga</p><p>tabágica, febre baixa, tosse com escarro</p><p>purulento, dispneia, taquicardia e</p><p>taquipneia, tendo relatado diagnóstico</p><p>prévio de doença pulmonar obstrutiva</p><p>crônica (DPOC). Ora, com um histórico</p><p>desse associado a clínica dessa</p><p>paciente, temos que pensar em DPOC,</p><p>que se apresenta com uma exacerbação</p><p>aguda da doença por conta de uma</p><p>pneumonia.</p><p>Antes de definir nossa conduta</p><p>terapêutica, temos que lembrar que</p><p>infecções bacterianas são responsáveis</p><p>por 30-50% das exacerbações agudas</p><p>de DPOC, sendo que as mais</p><p>comumente envolvidas neste processo</p><p>seriam o Haemophilus influenza, o</p><p>Streptococcus pneumoniae e a</p><p>Moraxella catarrhalis.</p><p>Mas, como vimos, nem todas as causas</p><p>são infecciosas,</p><p>por isso temos critérios</p><p>para indicação de antibioticoterapia, e</p><p>mesmo por eles, a grande maioria dos</p><p>pacientes fará o uso dos antibióticos:</p><p>• Piora da dispneia</p><p>• Mudança da coloração do</p><p>escarro</p><p>• Aumento do escarro</p><p>• Pacientes que necessitarão de</p><p>internação</p><p>Então, somente pelo fato do paciente</p><p>apresentar mudança para escarro</p><p>purulento já seria uma indicação de</p><p>antibioticoterapia, mas se vermos mais</p><p>adiante, o paciente esta com um quadro</p><p>claro de pneumonia e com sinais de</p><p>gravidade (FR do paciente está 32!)</p><p>então necessitamos internar o nosso</p><p>doente.</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta Exatamente!</p><p>Um dos microorganismos mais</p><p>prováveis a estar causando esta</p><p>infecção, e como vimos devemos</p><p>internar nosso paciente e iniciar a</p><p>antibioticoterapia.</p><p>Alternativa B - Incorreta S. Aureus não</p><p>é o mais comum causador de</p><p>pneumonia no paciente com DPOC,</p><p>além de que o paciente apresenta sinais</p><p>de gravidade.</p><p>Alternativa C - Incorreta Paciente</p><p>necessita de internação!</p><p>Alternativa D - Incorreta O quadro de</p><p>pneumocistose é bem diferente com</p><p>um quadro mais insidioso, portanto não</p><p>é nossa principal hipótese aqui.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa A.</p><p>_________________________________</p><p>19. Uma senhora de 85 anos de idade,</p><p>tem visita domiciliar da Equipe de</p><p>Saúde da Família (ESF) solicitada por</p><p>sua cuidadora, pois há dois dias tem</p><p>apresentado comportamento estranho.</p><p>Fala coisas desconexas, teve alucinação</p><p>visual e comporta-se de forma agressiva</p><p>algumas vezes. A paciente faz</p><p>seguimento regular com a ESF há 10</p><p>anos, atualmente com assistência</p><p>domiciliar, pois está restrita ao lar, após</p><p>uma queda sofrida há quatro anos. A</p><p>médica da equipe conhece a paciente e</p><p>sabe que ela nunca teve problemas</p><p>cardiovasculares, cognitivos ou de</p><p>saúde mental, e que não faz uso de</p><p>medicamentos contínuos. No exame</p><p>físico, mostra-se desorientada em</p><p>relação ao tempo. A hipótese</p><p>diagnóstica mais provável e a conduta</p><p>adequada, são, respectivamente,</p><p>A) quadro depressivo; tratamento</p><p>medicamentoso com tricíclico e</p><p>avaliação por psicólogo.</p><p>B) quadro infeccioso agudo; solicitação</p><p>de raio X, exame de urina e hemograma</p><p>para melhor avaliação.</p><p>C) demência de Alzheimer;</p><p>encaminhamento para neurologista</p><p>para realização de exames de imagem.</p><p>D) distúrbio de comportamento por</p><p>transtorno psicótico; prescrição de</p><p>antipsicótico e encaminhamento para</p><p>psiquiatra.</p><p>CCQ: pensar que quadros infecciosos</p><p>podem levar a confusão ou mudança</p><p>de comportamento súbitos em</p><p>idosos.</p><p>Fala, pessoal! Questão boa do revalida,</p><p>para relembrarmos um CCQ</p><p>importante, tanto para a prática, como</p><p>para a sua prova!</p><p>Lembre-se: paciente idoso, com quadro</p><p>de mudança de comportamento ou</p><p>confusão súbita, temos que pensar em</p><p>uma infecção! E quais são as mais</p><p>comuns? Infecções urinárias e</p><p>respiratórias.</p><p>Agora ficou fácil, não é? Suspeitaríamos</p><p>de infecção e pediríamos Rx, exame de</p><p>urina e um hemograma (para</p><p>avaliarmos a celularidade</p><p>principalmente).</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: pessoal,</p><p>quadro depressivo se manifesta com</p><p>tristeza, anedonia, perda ou ganho de</p><p>peso inexplicável. Nossa paciente está</p><p>com um quadro totalmente diferente!</p><p>Alternativa B - Correta: correta, como</p><p>explicado acima!</p><p>Alternativa C - Incorreta: seria um</p><p>quadro com uma evolução mais longa!</p><p>Veja, nossa paciente iniciou com</p><p>sintomas a apenas 2 dias, o que nos</p><p>afasta de Alzheimer.</p><p>Alternativa D - Incorreta: pode ser um</p><p>transtorno psicótico, mas veja que é um</p><p>quadro bem improvável de debutar</p><p>nesta idade e mesmo que pudesse ser,</p><p>não poderíamos deixar de descartar a</p><p>hipótese infecciosa, que é o nosso</p><p>principal diagnóstico.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B.</p><p>_________________________________</p><p>20. Uma paciente de 11 anos de idade</p><p>dá entrada no Pronto Socorro com</p><p>história de dor abdominal e oito</p><p>episódios de vômitos nas últimas</p><p>quatro horas. A mãe relata que a criança</p><p>perdeu 4 kg no último mês e está</p><p>urinando excessivamente. A menina</p><p>passou por vários exames, com os</p><p>seguintes resultados: frequência</p><p>cardíaca = 150 bpm; frequência</p><p>respiratória = 60 irpm. Mostrou-se</p><p>sonolenta, olhos fundos, boca seca,</p><p>com enchimento capilar de cinco</p><p>segundos, murmúrio vesicular bem</p><p>distribuído, bulhas rítmicas</p><p>normofonéticas, abdome flácido e</p><p>indolor, sem visceromegalias. Não</p><p>foram evidenciados sinais de irritação</p><p>meníngea. Os resultados dos exames</p><p>laboratoriais estão apresentados a</p><p>seguir, denotando-se por VR os valores</p><p>de referência. Hemogasometria</p><p>arterial: pH = 7,1 (VR = 7,35 - 7,45); HCO3</p><p>= 8 mEq/L (VR = 21 - 28 mEq/L); PCO2 =</p><p>22 mmHg (VR = 35 - 48 mmHg); PO2 =</p><p>89 mmHg (VR = 83 - 108 mm Hg);</p><p>glicemia = 450 mg/dL (VR = 65-</p><p>99mg/dL); sumário de urina: cetonúria;</p><p>K = 3,8 mEq/L (VR = 3,5 - 5 mEq/L); Na =</p><p>140 mEq/L (VR = 135 - 145 mEq/L);</p><p>fósforo = 3,5 mg/dL (VR = 3,5 - 5,5</p><p>mg/dL); ureia = 35 mg/dL (VR = 15 - 40</p><p>mg/dL); creatinina = 1 mg/ dL (VR = 0,6</p><p>- 1,3 mg/dL). Hemograma: Hb = 15 g/dL</p><p>(VR = 11,5 - 15,5 g/dL); Ht = 45% ( VR =</p><p>35 - 45%); leucócitos = 4.800 /mm3 (VR</p><p>= 5.500 - 15.500/mm3). Qual deveria ser</p><p>a conduta imediata para esse caso?</p><p>A) Iniciar insulina subcutânea após</p><p>controle da desidratação, com</p><p>expansão volumétrica com soro</p><p>fisiológico a 0,45%.</p><p>B) Iniciar insulina endovenosa contínua</p><p>em bomba de infusão em Y e a</p><p>expansão volumétrica com soro</p><p>fisiológico a 0,45%.</p><p>C) Iniciar solução de manutenção com</p><p>potássio após controle da desidratação,</p><p>com expansão volumétrica com soro</p><p>fisiológico a 0,9%.</p><p>D) Iniciar reposição em Y de</p><p>bicarbonato endovenoso e a expansão</p><p>volumétrica com soro fisiológico a 0,9%</p><p>para controle da desidratação.</p><p>CCQ: Saber que na cetoacidose</p><p>diabética (CAD) quando temos um K</p><p>entre 3,3 - 5,0 ou 5,2 mEq/L devemos</p><p>realizar a reposição desse eletrólito</p><p>Olá Mentorando JJ! A cetoacidose</p><p>diabética (CAD) é um tema</p><p>importantíssimo para sua prova de</p><p>residência, se você ainda tem dúvidas</p><p>sobre esse assunto vale a pena fazer</p><p>uma revisão caprichada para não errar</p><p>mais nenhuma questão.</p><p>A CAD é o resultado de uma deficiência</p><p>relativa ou absoluta de insulina somada</p><p>ao excesso dos hormônios contra</p><p>reguladores (glucagon, cortisol,</p><p>catecolaminas e GH). Ela é definida pela</p><p>presença de glicemia maior ou igual a</p><p>250 mg/dL, pH arterial menor ou igual a</p><p>7,3 e cetonemia. Os fatores</p><p>desencadeantes são diversos, mas o</p><p>principal é o infeccioso, em 40% dos</p><p>casos ele é o culpado. As manifestações</p><p>clínicas clássicas são os 4 “Ps” – poliúria,</p><p>polifagia, polidipsia e perda de peso –</p><p>muitas das vezes associadas a náuseas,</p><p>vômitos, queda do estado geral,</p><p>respiração de Kussmaul e hálito</p><p>cetônico.</p><p>Os princípios básicos do tratamento da</p><p>CAD são: correção do déficit hídrico</p><p>(hidratação), investigação e tratamento</p><p>dos fatores precipitantes, correção da</p><p>hiperglicemia (uso da insulinoterapia) e</p><p>correção dos déficits eletrolíticos</p><p>(cuidado principalmente com o</p><p>potássio). O primeiro e mais</p><p>importante passo é a hidratação que é</p><p>feita com 15- 20 ml/kg, ou cerca de 1 a 2</p><p>L da solução isotônica na primeira hora.</p><p>Após a hidratação devemos iniciar o uso</p><p>da insulina com dose inicial de 0,1 UI/kg</p><p>IV em bólus, em seguida, manutenção</p><p>de 0,1 UI/kg/hora, em bomba de</p><p>infusão. Lembre sempre que antes de</p><p>prescrever insulina para o paciente</p><p>devemos avaliar o potássio (a insulina</p><p>carrega o potássio para dentro das</p><p>células e depleta o ambiente</p><p>intravascular), vamos ver como se</p><p>realiza essa reposição na alternativa</p><p>correta.</p><p>Alternativa A - Incorreta: O</p><p>tratamento da CAD é feito com insulina</p><p>endovenosa grave bem essa</p><p>informação ! Além disso, o ajuste do</p><p>soro fisiológico conforme o sódio só é</p><p>feito após as duas primeiras horas de</p><p>reposição volêmica. Se após duas horas</p><p>da reposição volêmica o sódio estiver ></p><p>150 mEq/L,</p><p>a reposição deve continuar</p><p>com solução salina a 0,45%, se o sódio</p><p>corrigido estiver normal ou reduzido (<</p><p>135 mEq/L), o soro fisiológico deve ser</p><p>continuado.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Essa</p><p>alternativa nos traz uma solução com</p><p>dosagem incorreta de eletrólitos e além</p><p>disso não associa a reposição de</p><p>potássio para o paciente.</p><p>Alternativa C - Correta: Vamos lembrar</p><p>mais uma vez que a CAD é tratada com</p><p>a tríade: hidratação, insulinoterapia e</p><p>correção do potássio. A reposição do</p><p>potássio deve ser feita da seguinte</p><p>maneira:</p><p>K < 3,3 mEq/L -> não prescrever a dose</p><p>inicial de insulina em bolus, repor 20 a</p><p>30 mEq de K em 1 litro de soro</p><p>fisiológico em uma hora e logo após</p><p>dosar o seu nível sérico. A insulina deve</p><p>ser iniciada apenas quando o potássio</p><p>estiver > 3,3 mEq/L;</p><p>K entre 3,3 - 5,0 ou 5,2 mEq/L -> repor o</p><p>potássio – colocar 20 a 30 mEq de K para</p><p>cada litro de qualquer soro infundido.</p><p>Há certa discussão na literatura se o</p><p>potássio deve ser iniciado já no início da</p><p>reposição volêmica ou só depois da</p><p>presença de diurese, esse aspecto não</p><p>costuma ser muito abordado pelas</p><p>provas.</p><p>K > 5,0 ou 5,2 mEq/L -> não deve repor</p><p>K, continue fazendo a sua dosagem,</p><p>inicie reposição apenas quando a</p><p>calemia estiver < 5 mEq/L.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A reposição</p><p>de bicarbonato do sódio na cetoacidose</p><p>diabética só deve ser prescrita nos casos</p><p>extremos, isto é, com pH ≤ 6,9 mesmo</p><p>após a primeira hora de reposição</p><p>volêmica fora dessa faixa os malefícios</p><p>são maiores que os benefícios, tais</p><p>como a hipernatremia, acidose liquórica</p><p>paradoxal, hipocalemia e arritmias</p><p>cardíacas.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C</p><p>_________________________________</p><p>21. Uma parturiente de 34 anos de</p><p>idade, grande multípara (VI Gesta),</p><p>apresentou diabetes gestacional e está</p><p>com gestação de 39 semanas. Deu</p><p>entrada na Maternidade em trabalho de</p><p>parto, com feto único, vivo e em</p><p>apresentação cefálica. Evoluiu para</p><p>parto vaginal e, após duas horas de</p><p>período expulsivo, pariu concepto do</p><p>sexo masculino com 4,100 kg, apgar</p><p>8/9. Logo após a dequitação da</p><p>placenta, o sangramento uterino se</p><p>acentuou. Exame obstétrico: útero de</p><p>consistência amolecida, palpável acima</p><p>da cicatriz umbilical; ausência de restos</p><p>placentários; ausência de lacerações do</p><p>canal de parto. A paciente evoluiu</p><p>rapidamente com hipotensão,</p><p>taquicardia e alteração da consciência.</p><p>Essa situação poderia ter sido evitada se</p><p>A) a paciente tivesse sido submetida a</p><p>um parto cesárea.</p><p>B) houvesse a prescrição de ocitocina</p><p>via intravenosa no parto.</p><p>C) fosse aplicada metilergonovina</p><p>intramuscular antes da dequitação.</p><p>D) tivesse sido transfundida com</p><p>concentrado de hemácias antes do</p><p>parto.</p><p>CCQ: prevenção de atonia uterina</p><p>A questão te traz um caso clínico com</p><p>vários fatores de risco para atonia</p><p>uterina e evolução para hemorragia</p><p>pós-parto e pede pra você lembrar</p><p>como esse distúrbio poderia ser</p><p>evitado.</p><p>No pós-parto imediato, espera-se que o</p><p>útero involua, se contraia e tampone os</p><p>vasos endometriais sangrantes após a</p><p>dequitação placentária. Quando isso</p><p>não ocorre temos uma atonia uterina,</p><p>que pode ser indicada por útero</p><p>amolecido na palpação abdominal,</p><p>sangramento vaginal aumentado e</p><p>sinais de choque hipovolêmico. Bom,</p><p>pela descrição, sabemos que esta</p><p>paciente apresenta atonia uterina.</p><p>É importante lembrar que esta não é a</p><p>única causa de sangramento vaginal</p><p>aumentado no pós parto imediato, e</p><p>devemos excluir outras como laceração</p><p>de canal vaginal e restos placentários.</p><p>Neste caso, a questão já trouxe essas</p><p>informações para não haver dúvidas do</p><p>diagnóstico de atonia uterina.</p><p>O útero pode ter dificuldade para se</p><p>contrair após a dequitação quando ele</p><p>estava muito distendido na gestação</p><p>(como na gemelaridade, macrossomia e</p><p>polidrâmnio), partos taquitócitos ou</p><p>período expulsivo muito prolongado. A</p><p>paciente em questão teve um recém-</p><p>nascido macrossômico e um período</p><p>expulsivo de 2h, ou seja, prolongado.</p><p>Por isso já poderíamos ter previsto o</p><p>risco para atonia uterina e a questão</p><p>quer que, a partir disso, você saiba</p><p>como preveni-la:</p><p>Alternativa A - incorreta: a cesárea não</p><p>previne a atonia uterina. Muito pelo</p><p>contrário, por ser um procedimento</p><p>cirúrgico, o risco de sangramento</p><p>sempre será aumentado no parto</p><p>operatório.</p><p>Alternativa B - correta: na verdade, a</p><p>ocitocina é indicada de rotina para</p><p>todas as pacientes após o nascimento</p><p>na prevenção de atonia uterina.</p><p>Usamos a dose de 10 UI intramuscular</p><p>ou 20 UI intravenosa. A alternativa pode</p><p>gerar um pouco de dúvida por que</p><p>indica ocitocina "no parto". Lembre-se</p><p>que a condução do trabalho de parto</p><p>com ocitocina em altas doses é fator de</p><p>risco para atonia! Mas aqui vamos</p><p>considerar que o autor quis dizer</p><p>ocitocina como prevenção de atonia,</p><p>após o nascimento.</p><p>Alternativa C - incorreta: a</p><p>metilergonovina é um medicamento</p><p>usado na hemorragia pós-parto para</p><p>conter o sangramento, aplicada após a</p><p>dequitação placentária.</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=ehX813iLFmHcEwwvr8fj</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=ehX813iLFmHcEwwvr8fj</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=ehX813iLFmHcEwwvr8fj</p><p>Alternativa D - incorreta: não existe</p><p>indicação de transfusão profilática</p><p>antes do parto. A transfusão sanguínea</p><p>é feita após o parto quando houve</p><p>sangramento em grande quantidade.</p><p>Portanto, a única resposta correta</p><p>está na letra B.</p><p>_________________________________</p><p>22. Uma famosa modelo profissional de</p><p>22 anos, acompanhada de sua mãe,</p><p>procura um cirurgião plástico para a</p><p>realização de um novo procedimento</p><p>estético que ele inventou e tem feito</p><p>extensa divulgação na mídia. Após a</p><p>cirurgia, o resultado não agradou e a</p><p>paciente decidiu processar o médico</p><p>pelo mau resultado, questionando a</p><p>técnica utilizada bem como o fato de ter</p><p>havido divulgação de suas fotos durante</p><p>sua internação pelos funcionários da</p><p>clínica. Na sua defesa, o cirurgião</p><p>alegou que a paciente foi orientada pela</p><p>clínica e que assinou o termo de</p><p>consentimento, tendo sido prestado</p><p>por ele toda a assistência necessária.</p><p>Tendo como base o Código de Ética</p><p>Médica, no presente caso,</p><p>A) o termo de consentimento esclarece</p><p>os riscos e a paciente torna-se</p><p>responsável pelas eventuais</p><p>intercorrências, independentemente da</p><p>ação do médico.</p><p>B) o médico não pode se responsabilizar</p><p>pelas ações de seus funcionários na</p><p>exposição de fotos da paciente durante</p><p>a internação.</p><p>C) o procedimento deveria ter passado</p><p>por fase experimental com obtenção de</p><p>resultados que comprovem a não-</p><p>maleficência e o potencial de</p><p>beneficência.</p><p>D) a prestação de toda a assistência</p><p>pelo médico, os diagnósticos</p><p>estabelecidos e as condutas tomadas</p><p>são de sua livre convicção.</p><p>CCQ: Saber que procedimentos</p><p>experimentais não devem ser</p><p>realizados em pacientes e, sempre,</p><p>devem ser feitos testes que provem a</p><p>não-maleficência e o potencial de</p><p>beneficência do procedimento</p><p>Pessoal, aqui temos mais uma questão</p><p>abordando ética médica. Vamos dar</p><p>uma revisada sobre o tema?</p><p>São abordados, na questão, alguns dos</p><p>princípios bioéticos da Medicina.</p><p>Vamos rever quais são?</p><p>• O modelo de análise bioética</p><p>comumente utilizado e de</p><p>grande aplicação na prática</p><p>clínica na maioria dos países é o</p><p>"principalista", introduzido por</p><p>Beauchamp e Childress, em</p><p>1989. Esses autores propõem</p><p>quatro princípios bioéticos</p><p>fundamentais: autonomia,</p><p>beneficência, não-</p><p>maleficência e justiça.</p><p>O princípio da autonomia requer que</p><p>os indivíduos capacitados de</p><p>deliberarem sobre suas escolhas</p><p>pessoais devam ser tratados com</p><p>respeito pela sua capacidade de</p><p>decisão. As pessoas têm o direito de</p><p>decidir sobre as questões relacionadas</p><p>ao seu corpo e à sua vida. Quaisquer</p><p>atos médicos devem ser autorizados</p><p>pelo paciente.</p><p>O princípio da beneficência refere-se à</p><p>obrigação ética de maximizar</p>