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<p>© ABNT 2022</p><p>Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada</p><p>ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem</p><p>apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet</p><p>ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Projeto de sistema de tratamento de esgoto de menor porte — Requisitos</p><p>APRESENTAÇÃO</p><p>1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Projetos para Sistemas de</p><p>Saneamento (CE-177:001.001) do Comitê Brasileiro de Saneamento Básico (ABNT/CB-177),</p><p>com número de Texto-Base 177:001.001-005, nas reuniões de:</p><p>15.03.2017 05.04.2017 10.05.2017</p><p>07.06.2017 12.07.2017 09.08.2017</p><p>14.09.2017 18.10.2017 08.11.2017</p><p>13.12.2017 14.03.2018 11.04.2018</p><p>08.05.2018 09.05.2018 13.07.2018</p><p>14.07.2018 08.08.2018 12.09.2018</p><p>10.10.2018 11.10.2018 12.12.2018</p><p>13.12.2018 12.06.2019 17.07.2019</p><p>18.07.2019 14.08.2019 15.08.2019</p><p>11.09.2019 12.09.2019 09.10.2019</p><p>10.10.2019 06.11.2019 07.11.2019</p><p>11.12.2019 12.12.2019 11.03.2020</p><p>12.03.2020 16.07.2020 16.09.2020</p><p>17.09.2020 07.10.2020 08.10.2020</p><p>11.11.2020 12.11.2020 18.11.2020</p><p>12.12.2020 18.02.2021 11.03.2021</p><p>15.04.2021 13.05.2021 10.06.2021</p><p>15.07.2021 12.08.2021 23.09.2021</p><p>07.10.2021 11.11.2021</p><p>a) é previsto para cancelar e substituir as ABNT NBR 7229:1993 e ABNT NBR 13969:1993,</p><p>quando aprovado, sendo que, nesse ínterim, a referida norma continua em vigor;</p><p>b) não tem valor normativo.Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta</p><p>informação em seus comentários, com documentação comprobatória.</p><p>3) Analista ABNT – Flávio Amaral.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Projeto de sistema de tratamento de esgoto de menor porte — Requisitos</p><p>Design Small domestic wastewater treatment systems — Requirements</p><p>Prefácio</p><p>A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas</p><p>Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos</p><p>de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são</p><p>elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto</p><p>da normalização.</p><p>Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.</p><p>A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos</p><p>de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT</p><p>a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).</p><p>Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários</p><p>e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não</p><p>substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência</p><p>sobre qualquer Documento Técnico ABNT.</p><p>Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos</p><p>Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar</p><p>as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.</p><p>A ABNT NBR 17076 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Saneamento Básico (ABNT/CB-177), pela</p><p>Comissão de Estudo de Projetos para Sistemas de Saneamento (CE-177:001.001). O Projeto circulou</p><p>em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.</p><p>A ABNT NBR 17016 cancela e substitui as ABNT NBR 7229:1993 e ABNT NBR 13969:1993.</p><p>O Escopo em inglês da ABNT NBR 17076 é o seguinte:</p><p>Scope</p><p>This Standard specifies the requirements for a sewage treatment system with daily sewage flow up to</p><p>12,000 L/day and total organic load up to 3.80 kgDBO/day in areas not served by a sewage system.</p><p>The alternatives cited here should be selected according to the local needs and conditions where</p><p>the treatment system is implemented. The alternatives may be used complementarily to each other,</p><p>to comply with greater legal strictness or for effective environmental and public health protection,</p><p>at the discretion of the competent inspection agency.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Introdução</p><p>Esta Norma apresenta alternativas técnicas para sistemas de tratamento local de esgoto, com vazão</p><p>diária de esgoto de até 12 000 L/dia e carga orgânica total de até 3,80 kgDBO/dia em área não atendida</p><p>por sistema de esgotamento sanitário.</p><p>Para seleção das alternativas que compõem o sistema local de tratamento de esgotos, é importante que</p><p>seja considerada a legislação vigente aplicável, as características e condições locais, a especificidade</p><p>de cada projeto, garantindo a eficiência mínima exigida pelos órgãos e Leis ambientais e os estabelecidos</p><p>pela prestadora de serviços em saneamento ou contratante.</p><p>Esta Norma não visa a exaurir as tecnologias ou soluções possíveis de serem aplicadas, permitindo</p><p>o desenvolvimento de outras soluções mais compactas, econômicas e eficientes, desde que atendam</p><p>aos requisitos estabelecidos nesta Norma.</p><p>Os anexos normativos apresentam alternativas técnicas que podem compor o sistema de tratamento,</p><p>as soluções técnicas para o sistema de tratamento de esgoto não se limitam às apresentadas nestes</p><p>anexos.</p><p>A escolha do processo de tratamento a ser selecionado, as faixas de remoção das alternativas</p><p>apresentadas e as respectivas características principais, devem atender às normas específicas se</p><p>existirem e ser consultada literatura específica em complemento aos requisitos estabelecidos nesta</p><p>Norma e em seus anexos.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 1/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Projeto de sistema de tratamento de esgoto de menor porte — Requisitos</p><p>1 Escopo</p><p>Esta Norma especifica os requisitos para sistema de tratamento de esgoto com vazão diária de esgoto</p><p>até 12 000 L/dia e carga orgânica total até 3,80 kgDBO/dia em área não atendida por sistema de</p><p>esgotamento sanitário.</p><p>As alternativas aqui citadas devem ser selecionadas de acordo com as necessidades e condições locais</p><p>onde é implantado o sistema de tratamento. As alternativas podem ser utilizadas complementarmente</p><p>entre si, para atender ao maior rigor legal ou para efetiva proteção ambiental e da saúde pública, a</p><p>critério do órgão fiscalizador competente.</p><p>2 Referências normativas</p><p>Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,</p><p>constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições</p><p>citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento</p><p>(incluindo emendas).</p><p>ABNT NBR 8160, Instalações prediais de esgoto sanitário – Projeto e execução</p><p>ABNT NBR 9800, Critérios para lançamento de efluentes líquidos industriais no sistema coletor público</p><p>de esgoto sanitário – Procedimento</p><p>ABNT NBR 12209, Elaboração de projetos hidráulico-sanitários de estações de tratamento de esgotos</p><p>ABNT NBR 16783, Uso de fontes alternativas de água não potável em edificações</p><p>3 Termos e definições</p><p>Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.</p><p>3.1</p><p>área específica do meio suporte</p><p>área total de superfície de uma unidade de volume de um meio-suporte</p><p>3.2</p><p>coeficiente k1</p><p>coeficiente de variabilidade máxima diária do fluxo</p><p>3.3</p><p>coeficiente k2</p><p>coeficiente de variabilidade máxima horária do fluxo</p><p>3.4</p><p>coeficiente k3</p><p>coeficiente de variabilidade mínima do fluxo</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>ao tratamento complementar. As câmaras complementares podem ser anaeróbias,</p><p>aeróbias com sistema de aeração por ar dissolvido, contar ou não com o uso de meio suporte ou ser</p><p>projetadas como elementos para promover a sedimentação de sólidos.</p><p>NOTA No caso de as câmaras complementares serem projetadas como aeróbias, o reator passa a ser</p><p>um reator híbrido anaeróbio/aeróbio.</p><p>C.3.4 A profundidade útil total dos RACs deve ser entre 1,40 m e 2,00 m.</p><p>C.3.5 Recomenda-se altura livre mínima de 0,30 m entre nível do líquido e a superfície de cobertura</p><p>do RAC.</p><p>C.4 Sistema de distribuição de esgoto nos RAC</p><p>Para o sistema de distribuição de esgoto nos RAC, considerar o seguinte:</p><p>a) o diâmetro interno mínimo dos tubos de distribuição de esgoto deve ser de 100 mm;</p><p>b) cada ponto de distribuição de esgoto nas câmaras que compõem o RAC deve estar restrito a uma</p><p>área de distribuição inferior a 2 m2;</p><p>c) convém que a tubulação de distribuição do esgoto nas câmaras seja vertical;</p><p>d) os pontos de distribuição devem estar localizados em altura de 0,10 m a 0,20 m acima do fundo</p><p>da câmara;</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO34/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>e) deve ser previsto dispositivo no sistema de alimentação para a identificação de pontos de</p><p>entupimento:</p><p>— a transição do percurso horizontal para o vertical em cada tubo de distribuição deve ser</p><p>realizada utilizando-se de uma conexão tipo tê com uma das suas extremidades virada para</p><p>cima;</p><p>— quando a alimentação for realizada apenas com tubos instalados verticalmente, deve-se</p><p>utilizar caixa de distribuição dotada de vertedores que permita isolar cada tubo de alimentação</p><p>em um compartimento exclusivo;</p><p>— os dispositivos de entrada e saída devem ser constituídos por septos ou tubulações com</p><p>conexões tipo tê;</p><p>— os dispositivos de entrada devem ter parte emersa, pelo menos 10 cm acima da geratriz</p><p>superior do tubo de entrada;</p><p>— os dispositivos de saída devem ter parte emersa nivelada à parte emersa do dispositivo de</p><p>entrada e parte imersa aprofundada em, ao menos, 10 cm abaixo da geratriz inferior do tubo</p><p>de saída;</p><p>— as geratrizes inferiores dos tubos de entrada de cada câmara devem estar a, pelo menos,</p><p>10 cm acima das geratrizes inferiores dos tubos de saída.</p><p>C.4.1 As áreas sobre as câmaras de digestão devem ser cobertas e ter toda a estrutura acima</p><p>do nível de água protegida contra corrosão.</p><p>C.4.2 As aberturas de inspeção dos RAC devem ser em número e ter disposição tais que permitam</p><p>a remoção do lodo e da escuma acumulados, assim como a desobstrução dos dispositivos internos</p><p>atendendo a 5.9.</p><p>C.5 Operação</p><p>C.5.1 Deve-se realizar a remoção do lodo e da escuma acumulados nos RAC nos intervalos</p><p>recomendados no projeto ou conforme necessidades operacionais do sistema.</p><p>C.5.2 A altura de lodo em cada câmara, após descarte, deve ser mantida em no mínimo 1/4</p><p>da altura útil.</p><p>C.5.3 Anteriormente a qualquer operação que venha a ser realizada no interior do RAC, atender 5.3.</p><p>C.5.4 Devem-se prever sistemas de tratamento e descarte adequados do lodo gerado pelo processo</p><p>de tratamento via RAC, atender 5.4.Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 35/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Anexo D</p><p>(normativo)</p><p>Filtro anaeróbio de leito fixo com fluxo ascendente, filtro anaeróbio</p><p>D.1 Generalidades</p><p>Este Anexo, abrange o projeto de filtro anaeróbio de leito fixo com fluxo ascendente, filtro anaeróbio,</p><p>para sistemas locais de tratamento de esgoto com vazão diária até 12 000 L/dia e carga orgânica total</p><p>até 3,80 kgDBO/dia, para instalação em sistemas que possuam condições diferenciadas de execução,</p><p>operação e manutenção, se comparadas aos sistemas de médio e grande portes de tratamento de</p><p>esgoto, usualmente implantados em empreendimentos não atendidos por sistema de esgotamento</p><p>sanitário, em empreendimentos distantes.</p><p>A elaboração do projeto deve atender aos requisitos estabelecidos nesta Norma e à legislação vigente</p><p>aplicável, com a devida adequação dos requisitos específicos indicados em D.2 a D.10.</p><p>O filtro anaeróbio consiste em um reator biológico de fluxo ascendente no qual o esgoto é depurado</p><p>por meio de microrganismos anaeróbios, dispersos tanto no espaço vazio do reator quanto nas</p><p>superfícies do meio suporte ou de material de enchimento.</p><p>D.2 Dimensionamento do filtro anaeróbio</p><p>No dimensionamento, calcular o volume útil do filtro anaeróbio (Vu), em litros, pela equação:</p><p>Vu = Iv × N × q × T</p><p>onde</p><p>Iv é a taxa de compensação pelo volume ocupado pelo material do meio suporte, depende</p><p>do índice de vazios do material aplicado. Na indefinição da taxa para o material específico,</p><p>adotar 1,6.</p><p>N é o número de contribuintes, expresso em unidade (ud);</p><p>q é a contribuição de efluentes, expressa em litros/unidade/dia (L/ud/dia);</p><p>T é o tempo de detenção hidráulica, expresso em dias (d) – ver a Tabela D.1.</p><p>O volume útil mínimo do filtro anaeróbio deve ser de 1 000 L.</p><p>D.2.1 Vazão de contribuição de efluentes (q)</p><p>No cálculo da vazão de contribuição de efluentes (q), ver 5.11.</p><p>D.2.2 Tempo de detenção dos efluentes T</p><p>O sistema deve ser projetado para tempos mínimos de detenção, conforme a Tabela D.1.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO36/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Tabela D.1 – Tempo de detenção hidráulica de esgoto (T), por faixa de vazão e temperaturas</p><p>do esgoto (em dias)</p><p>Vazão</p><p>Litro/dia</p><p>Temperatura média do mês mais frio</p><p>Abaixo de 15 °C Entre 15 °C e 25 °C Maior do que 25 °C</p><p>Até 1 500 1,17 1,00 0,92</p><p>Acima de 1 501 até 3 000 1,08 0,92 0,83</p><p>Acima de 3 001 até 4 500 1,00 0,83 0,75</p><p>Acima de 4 501 até 6 000 0,92 0,75 0,67</p><p>Acima de 6 001 até 7 500 0,83 0,67 0,58</p><p>Acima de 7 501 até 9 000 0,75 0,58 0,50</p><p>Acima de 9 001 até 12 000 0,75 0,50 0,50</p><p>D.2.3 Altura do filtro anaeróbio</p><p>A altura total do filtro anaeróbio, em metros (ver a Figura D.1), é obtida pela equação:</p><p>H = h + h1 + h2</p><p>onde</p><p>H é a altura total interna do filtro anaeróbio, expressa em metros (m);</p><p>h é a altura útil do filtro anaeróbio, expressa em metros (m);</p><p>h1 é a altura da calha coletora, expressa em metros (m);</p><p>h2 é a altura sobressalente (variável), expressa em metros (m).</p><p>A altura útil do filtro anaeróbio, somando a altura do fundo falso e do meio suporte, deve ser ≥ a 1,20 m.</p><p>A altura do fundo falso deve ser ≤ a 0,60 m, já incluindo a espessura da laje.</p><p>D.3 Sistema de distribuição de esgoto no filtro anaeróbio</p><p>D.3.1 Com fundo falso</p><p>A distribuição de esgoto afluente no fundo do filtro anaeróbio deve ser feita:</p><p>a) por meio de tubos verticais com bocais perpendiculares ao fundo plano, com distância entre</p><p>as descidas e o fundo de 0,30 m, conforme a Figura D.1;</p><p>b) a área do fundo do filtro a ser abrangida por cada descida de distribuição deve ser inferior a 3,0 m2.</p><p>D.3.2 Com preenchimento total por meio suporte ou de material de enchimento</p><p>O volume útil do filtro pode ser totalmente preenchido por meio suporte ou material de enchimento.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 37/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Nesse caso, o esgoto afluente deve ser distribuído por todo o fundo do filtro por meio de tubos</p><p>perfurados, conforme a Figura D.2;</p><p>D.4 Divisão de vazão nos casos de múltiplas descidas ou reatores múltiplos</p><p>A divisão equitativa de vazão de esgoto entre as múltiplas descidas de um mesmo reator ou entre</p><p>os reatores é de fundamental importância para o bom desempenho dos reatores. Sendo:</p><p>a) no caso de divisão de vazão entre as descidas de um mesmo reator, o dispositivo interno para</p><p>divisão pode ser conforme representado na Figura D.3;</p><p>b) no caso de se dividir a vazão entre os reatores distintos ou quando se quiser dividir a vazão</p><p>externamente a um reator, dimensionar e distribuir as unidades de acordo com os requisitos</p><p>estabelecidos anteriormente.</p><p>D.5 Coleta de efluentes</p><p>A coleta de efluentes deve</p><p>ser feita por meio de:</p><p>a) canaletas, conforme representado na Figura D.4;</p><p>b) tubos perfurados ou com ranhuras conforme representado na Figura D.4.</p><p>A quantidade de canaleta(s) ou tubo(s) perfurado(s) deve ser dimensionada para realizar a coleta total</p><p>do efluente, de forma distribuída na cota da altura útil do filtro anaeróbio minimizando zonas mortas</p><p>e caminhos preferenciais.</p><p>Os vertedores da(s) canaleta(s) ou furos do(s) tubo(s) coletores de efluentes do filtro anaeróbio devem</p><p>ser dispostos horizontalmente e nivelados, de modo a coletar os efluentes uniformemente em toda</p><p>a sua extensão.</p><p>D.6 Sistema de drenagem dos filtros anaeróbios</p><p>Todos os filtros devem possuir um dispositivo que permita a drenagem destes pelo fluxo no sentido</p><p>descendente, conforme os casos a seguir:</p><p>a) nos casos de filtros com fundo falso, um tubo-guia (Ø 200 mm) para cada 3 m2 do fundo;</p><p>b) o fundo de filtros totalmente preenchidos, com distribuição de esgotos por meio de tubos</p><p>perfurados, deve ter declividade mínima de 1 % em direção ao poço de drenagem. Prever um</p><p>tubo-guia (Ø 200 mm) até 0,40 m do fundo do poço de drenagem, quando necessário.</p><p>D.7 Especificações do material do meio suporte ou de material de enchimento</p><p>O material do meio suporte ou de enchimento deve ser adequado para esta aplicação, ser resistente</p><p>aos esforços atuantes, às atividades biológicas e químicas que ocorrem no leito, possibilitar aderência</p><p>para a formação de biofilme, apresentar formato não achatado de modo a permitir a percolação do</p><p>esgoto nos espaços vazios, ser isento de solos e partículas finas.</p><p>NOTA No caso da aplicação de brita, utilizar a granulometria entre 5 cm a 7,5 cm, com as dimensões</p><p>mais uniformes possíveis.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO38/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>D.8 Furos no fundo falso e nos tubos de distribuição e coleta de esgotos</p><p>No fundo falso, o diâmetro dos furos deve ser de 2,50 cm. O número total de cavas deve ser de tal</p><p>modo que a somatória da área das cavas corresponda no mínimo a 5 % da área do fundo falso,</p><p>conforme representado na Figura D.4.</p><p>Nos tubos de distribuição do fundo, os furos devem ter diâmetro da ordem de 1,00 cm ou ranhuras</p><p>com área equivalente, com a variação admissível de mais ou menos 5 %.</p><p>No caso de não se utilizar brita como meio suporte ou material de enchimento, o fundo falso pode</p><p>ser substituído por telas em aço inoxidável ou por outro material estrutural resistente a agressividade</p><p>do meio.</p><p>D.9 Cobertura do filtro anaeróbio</p><p>O filtro anaeróbio deve possuir uma cobertura removível, com tampa de inspeção localizada em cima</p><p>do tubo-guia para drenagem. Esta pode ser substituída pela camada de brita, nos casos de se ter</p><p>tubos perfurados ou ranhurados para coleta de efluentes e onde não houver acesso de pessoas,</p><p>animais, carros ou problemas com odor, com a parede sobressalente acima do solo, de modo a impedir</p><p>o ingresso de águas superficiais.</p><p>D.10 Manutenção e limpeza do filtro anaeróbio</p><p>Para a manutenção e limpeza do filtro anaeróbio:</p><p>a) deve-se prever tubo-guia que alcance abaixo do fundo falso ou até o poço de sucção, e atender</p><p>aos requisitos estabelecidos em 5.9, para a limpeza do fundo falso e/ou do poço de sucção;</p><p>b) convém realizar periodicamente a limpeza, pode ter como referência a periodicidade definida</p><p>no tratamento primário ou ser realizada em menor período quando constatada a necessidade.</p><p>c) recomenda-se o seguinte procedimento:</p><p>— abrir a(s) tampa(s) de inspeção;</p><p>— aguardar tempo suficiente para saída de gases;</p><p>— inspecionar a estrutura periodicamente, visando a identificar possíveis vazamentos, conferindo</p><p>o nível de líquido com o nível da canaleta vertedora;</p><p>— inserir o mangote através do tubo-guia para drenar o lodo do fundo falso e/ou poço de sucção.</p><p>O lodo acumulado no filtro retirado periodicamente deve ser encaminhado para a unidade</p><p>de tratamento de lodo ou deve ser realizada sua remoção para disposição final conforme</p><p>a legislação aplicável;</p><p>— durante a drenagem, aplicar água limpa sobre o meio suporte para retrolavagem;</p><p>— limpar a canaleta vertedora;</p><p>— caso seja identificado vazamento na estrutura, na inspeção realizada, esvaziar todo o</p><p>filtro, proceder lavagem e posterior recuperação/substituição da estrutura para manter a</p><p>estanqueidade do sistema de tratamento;</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 39/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>— a limpeza do sistema deve ser feita com emprego de materiais e equipamentos adequados</p><p>para impedir o contato direto do esgoto e lodo com o operador.</p><p>Figura D.1 – Filtro anaeróbio prismático ou circular de 1 entrada</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO40/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Figura D.2 – Filtro anaeróbio circular ou prismático totalmente preenchido</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 41/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Figura D.3 – Filtro anaeróbio múltiplas descidas</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO42/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Figura D.4 – Detalhes do filtro anaeróbio</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 43/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Anexo E</p><p>(normativo)</p><p>Filtro aeróbio submerso aerado forçado</p><p>E.1 Generalidades</p><p>Este Anexo abrange o projeto de filtro aeróbio submerso aerado, para sistemas locais de tratamento</p><p>de esgoto com vazão diária até 12 000 L/dia e carga orgânica total até 3,80 kgDBO/dia, para instalação</p><p>em sistemas que possuam condições diferenciadas de execução, operação e manutenção, se</p><p>comparadas aos sistemas de médio e grande portes de tratamento de esgoto, usualmente implantados</p><p>em empreendimentos não atendidos por sistema de esgotamento sanitário, em empreendimentos</p><p>distantes.</p><p>A elaboração do projeto deve atender aos requisitos estabelecidos nesta Norma e à legislação vigente</p><p>aplicável, com a devida adequação dos requisitos específicos indicados em E.2 a E.7.</p><p>O filtro aeróbio submerso aerado é o processo de tratamento de esgoto que utiliza meio suporte</p><p>para fixação dos microrganismos, imerso no reator, sendo o oxigênio necessário fornecido por ar</p><p>introduzido por meio de equipamento. Sua característica é a capacidade de fixar grandes quantidades</p><p>de microrganismos nas superfícies do meio suporte, reduzindo o volume do reator biológico, permitindo</p><p>depuração do esgoto, sem necessidade de recirculação forçada do lodo.</p><p>E.2 Dimensionamento das câmaras e características dos elementos componentes</p><p>O filtro aeróbio submerso é composto de duas câmaras, sendo uma de reação e outra de sedimentação.</p><p>A câmara de reação pode ser subdividida em outras menores.</p><p>A câmara de sedimentação deve ser separada da câmara de reação por meio de uma parede com</p><p>abertura na sua parte inferior para permitir o retorno dos sólidos por gravidade.</p><p>E.2.1 Volume útil das câmaras</p><p>Os volumes úteis, em litros, de cada câmara são calculados conforme a seguir:</p><p>a) câmara de reação:</p><p>Vur = 400 + 0,25 N × C</p><p>b) câmara de sedimentação:</p><p>Vus = 150 + 0,20 N × C</p><p>onde</p><p>Vur e Vus são volumes úteis das câmaras de reação e de sedimentação, expresso em metros</p><p>cúbicos (m3);</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO44/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>N é o número de unidade contribuinte, expresso em unidade (ud);</p><p>C é o volume de esgoto por unidade contribuinte por dia, expresso em litros/unidade/dia (L/ud/d) –</p><p>ver a Tabela 1.</p><p>E.2.2 Divisão da câmara de reação</p><p>Pode-se optar pela divisão da câmara de reação em duas ou mais partes, para obter melhor remoção</p><p>de poluentes.</p><p>Na divisão em duas câmaras, é feita a primeira aeróbia e a segunda anóxica. A proporção de volumes</p><p>deve ser de 3:1, conforme a Figura E.1.</p><p>Para divisão em três câmaras, a</p><p>sequência deve ser aeróbia-anóxica-aeróbia, com proporção de</p><p>volumes de 2:1:1, conforme a Figura E.2.</p><p>E.2.3 Área superficial da câmara de sedimentação</p><p>A área superficial (As) da câmara de sedimentação deve ser calculada pela equação:</p><p>As = 0,07 + (N × C)/15</p><p>onde</p><p>As é a área superficial, expressa em metros quadrados (m2);</p><p>N é o número de unidade contribuinte, expresso em unidades (ud);</p><p>C é o volume de esgoto por unidade contribuinte por dia, expresso em metros</p><p>cúbicos/unidade/dia (m3/ud/d).</p><p>E.2.4 Emprego de dispositivo acelerador de sedimentação</p><p>Para o emprego do dispositivo acelerador de sedimentação:</p><p>a) permite-se o emprego de dispositivo acelerador de sedimentação para redução da área superficial</p><p>da câmara de sedimentação e amortecimento do choque hidráulico;</p><p>b) deve-se prever o uso deste quando é prevista intensa variação de vazão afluente, mesmo quando</p><p>a área superficial da câmara de decantação obtida satisfaça aos valores convencionais da taxa</p><p>de aplicação superficial.</p><p>E.2.5 Dimensionamento do dispositivo de sedimentação</p><p>Para o dimensionamento do dispositivo de sedimentação:</p><p>a) os aceleradores de sedimentação podem ser de tubo circular ou quadrado, placas paralelas ou</p><p>de outros formatos que permitam, comprovadamente, a boa remoção das partículas no decantador.</p><p>Pode-se utilizar material similar empregado como meio suporte na câmara de reação, com área</p><p>específica maior;</p><p>b) o ângulo de inclinação do dispositivo deve ser igual a 60° em relação à horizontal;</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 45/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>c) a disposição dos sedimentadores deve ser executada de tal forma que facilite sua lavagem periódica;</p><p>d) o dispositivo de sedimentação, como acima especificado, pode ser substituído por meio suporte</p><p>similar ao utilizado no reator, porém com área específica do meio de pelo menos 150 m2/m3.</p><p>A espessura da camada filtrante deve ser de pelo menos 0,50 m, devendo permitir sua fácil</p><p>lavagem/remoção, quando necessário.</p><p>E.2.6 Características do material de sedimentadores</p><p>Os sedimentadores devem ser fabricados em material resistente contra a agressividade do meio,</p><p>e não podem apresentar deformações durante o uso. Eles devem ser modulados e permitir a fácil</p><p>remoção, substituição ou lavagem.</p><p>E.2.7 Inclinação das paredes e abertura da câmara de sedimentação</p><p>As paredes da câmara devem ter inclinação de 60° em relação à horizontal, para permitir deslizamento</p><p>por gravidade dos sólidos sedimentados e seu retorno para a câmara de reação. A abertura inferior</p><p>da parede separadora entre as câmaras de sedimentação e de reação deve ser de 0,15 m.</p><p>E.2.8 Passagem do esgoto da câmara de reação para a câmara de sedimentação</p><p>O esgoto efluente da câmara de reação deve ser introduzido para a câmara de sedimentação por meio</p><p>de uma passagem com largura de no mínimo 0,05 m. Não deve ser utilizada a abertura inferior da</p><p>câmara de sedimentação para tal fim.</p><p>E.2.9 Características do material do meio suporte</p><p>O leito filtrante da câmara de reação deve ser enchido por material que permita o crescimento dos</p><p>microorganismos na sua superfície. Assim sendo, a área específica do material (em m2/m3m3) deve</p><p>ser considerada no seu projeto. Deve ser evitado o emprego de materiais com elevado valor de área</p><p>específica, que causem obstrução precoce do leito ou que dificultem a limpeza do leito filtrante, assim</p><p>como aqueles com formato que permita passagem direta do fluxo (by-pass).</p><p>O material de enchimento deve ser resistente ao meio corrosivo, evitando-se o emprego de materiais</p><p>que sofram desgastes ou deformações ao longo do tempo.</p><p>E.2.10 Modulação dos meios filtrantes</p><p>Os meios filtrantes devem ser dispostos em módulos menores, de modo que permitam fácil retirada</p><p>destes para manutenção.</p><p>E.2.11 Altura do leito filtrante</p><p>A altura do leito filtrante deve ser definida deixando-se uma distância de no mínimo 0,40 m entre</p><p>o fundo da câmara e a parte inferior do leito filtrante.</p><p>E.2.12 Equipamentos de aeração</p><p>O oxigênio necessário ao tratamento aeróbio é fornecido por meio de equipamentos de aeração de</p><p>modo contínuo e ininterrupto. Para tanto, os equipamentos de aeração devem satisfazer às condições</p><p>de E.2.12.1 a E.2.12.4.:</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO46/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>E.2.12.1 Vazão de ar</p><p>Para o cálculo da vazão de ar a ser utilizada na câmara de reação, devem ser seguidos os itens a seguir:</p><p>a) a vazão de ar necessária, em litros/minuto, para o filtro aeróbio submerso deve ser calculada</p><p>como segue:</p><p>Qar = 30 N × C/1440</p><p>onde</p><p>Qar é a vazão de ar, expressa em litros/dia (L/d);</p><p>N é o número de contribuintes ao filtro aeróbio submerso, expresso em unidades (ud);</p><p>C é a contribuição de esgoto por unidade contribuinte, expressa em litros/unidade/dia</p><p>(L/ud/d) – ver a Tabela 1;</p><p>b) para casos em que o sistema recebe esgotos de origem não exclusivamente doméstica (como</p><p>bares, restaurantes etc.), a vazão de ar deve ser calculada considerando o valor de 80 m3 de</p><p>ar/dia por kg de DBO removido, e deve prever a concentração mínima de oxigênio dissolvido (OD)</p><p>de 1,0 mg/L no efluente do reator aerado.</p><p>E.2.12.2 Cálculo da potência necessária do soprador</p><p>Para o cálculo da potência de soprador, adotar literatura específica ou do fabricante do equipamento.</p><p>Deve-se atender ao disposto a seguir:</p><p>a) a potência necessária do soprador deve ser obtida levando-se em consideração todas as perdas</p><p>relativas ao difusor de ar, tubos, curvas, válvulas, medidor de ar etc., calculadas para o ponto</p><p>mais desfavorável do sistema de aeração;</p><p>b) a pressão de saída do soprador deve ser obtida somando-se a perda de apurada no item a com</p><p>a altura máxima de lâmina de água acima do difusor;</p><p>c) a potência requerida do soprador pode ser obtida pela equação abaixo:</p><p>Ps = (((w × R × T0) × (P0,283/P0)) – 1))/(8,41 × e)</p><p>onde</p><p>Ps é a potência requerida do soprador, expressa em quilowatts (kw);</p><p>w é a vazão da massa de ar, expressa em quilogramas por segundo (kg/s);</p><p>R é a constante de gás, igual a 8,314 kJ/kmol.K;</p><p>T0 é a temperatura do ar na entrada, expressa em Kelvins (k);</p><p>P0 é a pressão absoluta da entrada, expressa em quilopascals (kPa);</p><p>P é a pressão absoluta de saída, expressa em quilopascals (kPa);</p><p>e é a eficiência da máquina.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 47/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>d) dependendo do local e do ambiente a ser instalado, deve ser previsto filtro de ar no soprador, cuja</p><p>perda de carga deve ser computada nos cálculos.</p><p>E.2.12.3 Dispositivos de difusão do ar</p><p>A difusão de ar no filtro aeróbio deve ser feita por meio de dispositivos que não permitam a fácil</p><p>obstrução, como a seguir:</p><p>a) tubos perfurados;</p><p>b) difusores de bolhas grossas;</p><p>c) outros.</p><p>E.2.12.4 Disposição do(s) difusor(es) de ar</p><p>A disposição do(s) difusor(es) de ar no fundo da câmara de reação deve ser de tal modo que permita</p><p>a distribuição uniforme das bolhas de ar no volume do meio suporte.</p><p>E.3 Material e cuidados na construção do reator</p><p>Devem ser atendidos os requisitos estabelecidos nesta Norma.</p><p>E.4 Instalação, manutenção e operação dos equipamentos eletromecânicos</p><p>Na definição da instalação, a manutenção e a operação dos equipamentos eletromecânicos devem</p><p>atender a E.4.1 a E.4.4.</p><p>E.4.1 Soprador</p><p>O soprador deve ser acondicionado em uma caixa-abrigo e deve estar protegido contra chuva e</p><p>umidade. A troca de ar desta caixa-abrigo deve estar adequadamente dimensionada para evitar</p><p>sobreaquecimento. O conjunto deve ser instalado, preferencialmente, sobre a tampa do reator. A</p><p>caixa ou soprador deve estar munida de uma lâmpada-piloto para sinalização do funcionamento do</p><p>soprador.</p><p>E.4.2 Bomba de retirada do lodo biológico</p><p>Nas unidades maiores, o lodo biológico desprendido do meio suporte deve ser removido periodicamente</p><p>para impedir a deterioração da qualidade do efluente</p><p>tratado e a obstrução precoce do meio suporte.</p><p>Deve ser prevista a instalação de uma bomba para retirada e envio do lodo para o tratamento primário</p><p>ou para o leito de secagem.</p><p>E.4.3 Sistema de operação dos equipamentos</p><p>O soprador deve ter operação contínua e a bomba deve ter acionamento/desligamento manual,</p><p>devendo possuir lâmpada-piloto.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO48/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>E.4.4 Manutenção dos equipamentos eletromecânicos</p><p>Os equipamentos eletromecânicos devem ser inspecionados periodicamente, de acordo com</p><p>as recomendações dos fabricantes, para manter o adequado funcionamento do processo.</p><p>E.5 Montagem e teste de funcionamento</p><p>O fabricante do filtro aeróbio submerso deve proceder à montagem do filtro no campo e dar a partida</p><p>inicial do processo, deve garantir a qualidade do efluente conforme legislação vigente aplicável.</p><p>E.6 Sistema de limpeza/retirada de lodo</p><p>Deve ser previsto, para cada câmara fechada de reação, um tubo-guia para limpeza desta. Para</p><p>reatores com maiores dimensões, deve-se prever a instalação de uma bomba hidráulica de pequena</p><p>potência para retirada periódica do lodo biológico acumulado no fundo para aumento do intervalo</p><p>de limpeza.</p><p>E.7 Uso, operação e manutenção do sistema</p><p>Para manter um funcionamento adequado do sistema de tratamento, deve ser observado o seguinte:</p><p>a) o sistema de filtro aeróbio submerso deve ser inspecionado periodicamente;</p><p>b) o lodo acumulado no fundo do reator deve ser removido periodicamente conforme a instrução</p><p>do fabricante;</p><p>c) o meio suporte, assim como o sedimentador (quando houver) devem ser lavados com jato de</p><p>água, após a drenagem do líquido do filtro;</p><p>d) o lodo acumulado no filtro e retirado periodicamente pode ser retornado a unidade de tratamento</p><p>instalada a montante do filtro desde que a unidade seja dimensionada para esta condição, ser</p><p>encaminhado para a unidade de tratamento de lodo ou ser realizada a remoção para disposição</p><p>final;</p><p>e) a limpeza do sistema deve ser feita com emprego de materiais e equipamentos adequados para</p><p>impedir o contato direto do esgoto e lodo com o operador;</p><p>f) o fabricante do filtro aeróbio submerso deve fornecer manual de uso e operação do sistema para</p><p>correto funcionamento do mesmo.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 49/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Figura E.1 – Esquema representativo de filtro aeróbio submerso aerado forçado – Tipo</p><p>retangular (exemplo para cinco pessoas)</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO50/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Figura E.2 – Esquema representativo de filtro aeróbio submerso aerado forçado – tipo</p><p>retangular (exemplo para capacidades maiores)</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 51/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Anexo F</p><p>(normativo)</p><p>Lodo ativado fluxo contínuo</p><p>F.1 Generalidades</p><p>Este Anexo estabelece o projeto de lodo ativado fluxo contínuo, para sistemas locais de tratamento</p><p>de esgoto com vazão diária até 12 000 L/dia e carga orgânica total até 3,80 kgDBO/dia, para instalação</p><p>em sistemas que possuam condições diferenciadas de execução, operação e manutenção, se</p><p>comparadas aos sistemas de médio e grande portes de tratamento de esgoto, usualmente implantados</p><p>em empreendimentos não atendidos por sistema de esgotamento sanitário, em empreendimentos distantes.</p><p>A elaboração do projeto deve atender aos requisitos estabelecidos nesta Norma e à legislação vigente</p><p>aplicável, com a devida adequação dos requisitos específicos indicados em F.2 a F.12.</p><p>O processo de tratamento por lodo ativado fluxo contínuo é um processo biológico aeróbio de</p><p>tratamento de esgoto.</p><p>É fundamental que o esgoto a ser tratado não possua outros componentes (gordura, efluentes</p><p>químicos, outros) que prejudiquem a vida das bactérias presentes no lodo.</p><p>F.2 Fases do processo de tratamento</p><p>F.2.1 O tratamento por processos de lodo ativado deve ser precedido pelo menos por remoção</p><p>de sólidos grosseiros, óleos e graxas.</p><p>F.2.2 É possível incluir uma câmara seletora biológica antecedendo os reatores, a qual pode ser</p><p>aeróbia, anóxica ou anaeróbia.</p><p>F.2.3 Remoção adicional de fósforo pode ser obtida com a aplicação de produtos químicos adequados</p><p>nos seguintes pontos:</p><p>a) no reator biológico;</p><p>b) antes da clarificação do efluente em decantadores secundários em sistemas de operação contínua;</p><p>c) antes da fase de decantação nos sistemas com operação em bateladas.</p><p>Nestes casos, na estimativa da produção de lodo, os sólidos resultantes da aplicação do produto</p><p>químico devem ser somados aos sólidos do tratamento biológico.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO52/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>F.3 Dimensionamento do processo de tratamento</p><p>No dimensionamento do processo de tratamento por lodo ativado fluxo contínuo, calcular o valor da</p><p>concentração de substrato solúvel no efluente “S”, pela equação:</p><p>( )</p><p>( )</p><p>s d c</p><p>c d</p><p>K 1 KS</p><p>Y k K 1</p><p>× + × θ</p><p>=</p><p>θ × × − −</p><p>onde</p><p>S é a concentração de substrato solúvel no efluente, expresso em miligramas por litro (mg/L);</p><p>Ks é a constante de saturação (meia-velocidade), expresso em miligramas por litro (mg/L): Ks é</p><p>a concentração de substrato à metade da taxa máxima de utilização do substrato;</p><p>Y é o coeficiente de síntese, expresso em gramas substrato/gramas microrganismo</p><p>(g microrganismo/g substrato);</p><p>K é a taxa máxima de utilização do substrato, expressa em gramas substrato/gramas</p><p>microrganismo por dia (g substrato/g microrganismo × dia);</p><p>θc é a idade do lodo, expressa em dias (dias);</p><p>Kd é o coeficiente de decaimento endógeno, expresso em dias−1 (d−1).</p><p>F.3.1 Parâmetros a serem considerados no dimensionamento</p><p>Para o dimensionamento do processo de tratamento, adotar literatura específica ou os valores</p><p>recomendados na Tabela F.1.</p><p>A Tabela F.1 apresenta valores para o esgoto bruto, com indicação do valor de referência teórico</p><p>e entre parênteses valores com aplicação usual, para a temperatura de 20 °C.</p><p>NOTA Para outras temperaturas, é necessário aplicar fator de correção.</p><p>Tabela F.1 – Valores recomendados para esgoto bruto a 20 °C</p><p>Substrato Y</p><p>(mgSSV/mg substrato)</p><p>K</p><p>(g substrato/gSSV.dia)</p><p>Ks</p><p>(mg substrato/L)</p><p>Kd</p><p>(g SSV/ gSSV.d)</p><p>DBO</p><p>0,60</p><p>(0,40 a 0,80) 6</p><p>(4 a 12)</p><p>30</p><p>(20 a 60) 0,10</p><p>(0,06 a 0,15)</p><p>DQO solúvel</p><p>0,45</p><p>(0,40 a 0,60)</p><p>15</p><p>(5 a 30)</p><p>NOTA Dados obtidos do livro tratamento de efluentes e recuperação de recursos (ver [3]). A vazão</p><p>de dimensionamento para o processo de lodo ativado tem que ser a vazão média afluente ao sistema de</p><p>tratamento.</p><p>F.3.2 O tempo de detenção hidráulica não pode ser utilizado como parâmetro determinante no</p><p>dimensionamento dos reatores biológicos.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 53/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>F.3.3 Os valores dos parâmetros de dimensionamento dos reatores biológicos devem ser</p><p>compatíveis a finalidade a que se destinam, sendo:</p><p>a) idade do lodo – acima de 25 dias.</p><p>b) relação alimento/microrganismos (A/M) – menor ou igual a 0,15 kg DBO5 aplicado/kg SSVTA.d.</p><p>NOTA Valores distintos podem ser adotados, desde que justificados, quando aplicado em conjunto com</p><p>outro processo de tratamento.</p><p>F.3.4 Nos seletores biológicos, a relação A/M deve ser igual ou superior a 1,8 kg DBO5/kg SSV.d.</p><p>F.3.5 A concentração de sólidos em suspensão no interior dos reatores biológicos deve estar</p><p>compreendida no intervalo de 1500 mg/L a 4500 mg/L.</p><p>F.3.6 Quando se utiliza material suporte para biomassa no interior dos reatores biológicos (de leito</p><p>móvel), a massa de sólidos suspensos voláteis (SSV) aderida ao material suporte deve ser somada</p><p>à massa de sólidos em suspensão voláteis presentes no tanque de aeração (SSVTA), constituindo</p><p>a massa de sólidos em suspensão voláteis de referência para</p><p>fins de dimensionamento. A massa</p><p>de SSV aderida não deve ser considerada superior a 12 gSSV/m2 de área superficial específica do</p><p>material suporte de biomassa.</p><p>F.4 Processos biológicos com biomassa suspensa – Lodo ativado</p><p>F.4.1 Os requisitos desta Seção abrangem os reatores biológicos, o decantador secundário e</p><p>a recirculação de lodo, quando existentes, e seus dispositivos auxiliares.</p><p>F.4.2 De acordo com a finalidade a que se destinam, os sistemas de lodo ativado com operação</p><p>contínua apresentam:</p><p>a) reatores aeróbios (denominados tanques de aeração), quando se pretende a remoção da matéria</p><p>orgânica carbonácea com ou sem nitrificação;</p><p>b) reatores aeróbios e anóxicos, quando se pretende a remoção da matéria orgânica carbonácea,</p><p>conversão de nitrogênio por nitrificação e remoção por desnitrificação;</p><p>c) reatores anaeróbios e aeróbios, quando se pretende a remoção da matéria orgânica carbonácea</p><p>e remoção biológica de fósforo sem nitrificação;</p><p>d) reatores aeróbios, anóxicos e anaeróbios, quando se pretende a remoção da matéria orgânica</p><p>carbonácea, remoção biológica de nitrogênio por nitrificação e desnitrificação, e também remoção</p><p>biológica de fósforo;</p><p>e) reatores aeróbios, quando se pretende a remoção da matéria orgânica carbonácea e são</p><p>especificamente projetados para a nitrificação e desnitrificação simultânea.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO54/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>F.5 Massa de oxigênio e tanque de aeração</p><p>F.5.1 A massa de oxigênio a ser disponibilizada para o processo deve ser calculada e atender</p><p>aos seguintes valores mínimos:</p><p>a) duas vezes e meia a carga média de DBO5 aplicada ao tanque de aeração para esgoto bruto;</p><p>b) quatro vezes a carga média de DBO5 aplicada ao tanque de aeração, para alimentação do sistema</p><p>com efluente de sistemas anaeróbios.</p><p>F.5.2 A concentração de oxigênio dissolvido no tanque de aeração (CL) a ser considerada no</p><p>dimensionamento do equipamento de aeração deve ser de pelo menos 1,5 mgO2/L nos casos de</p><p>lodo ativado de aeração prolongada ou lodo ativado de taxa convencional, e de 2,0 mgO2/L quando</p><p>pretende-se obter nitrificação simultânea.</p><p>F.5.3 Para o dimensionamento do equipamento de aeração, a capacidade nominal de transferência</p><p>de oxigênio para água limpa a 20 °C, isenta de oxigênio dissolvido e ao nível do mar, deve ser indicada</p><p>nas especificações, cabendo ao fornecedor garantir os valores informados.</p><p>F.5.4 A capacidade efetiva (Ce) de transferência de oxigênio do equipamento de aeração deve ser</p><p>calculada para as condições de campo (pressão barométrica, temperatura, salinidade, concentração</p><p>de oxigênio dissolvido no reator, densidade de potência, geometria do tanque).</p><p>F.5.5 Os sistemas de aeração incluem os seguintes tipos: sistemas com ar difuso, sistemas de</p><p>aeração por aspiração, por ejetores; aeradores superficiais, aeradores submersos, aeradores com</p><p>rotor de fundo.</p><p>F.5.6 O tanque de aeração com equipamento de aeração superficial, montado sobre suportes</p><p>fixos, deve ter dispositivo que permita a variação da submergência do rotor de aeração.</p><p>F.5.7 Os equipamentos de aeração devem ser providos de dispositivos que reduzam o nível de</p><p>emissão dos aerossóis, ou serem instalados equipamentos submersíveis que têm baixo nível de</p><p>aerossóis.</p><p>F.5.8 A geometria do tanque de aeração com aeradores superficiais deve ser compatível com</p><p>o tipo, potência e capacidade de homogeneização do equipamento escolhido.</p><p>F.5.9 A densidade de potência no tanque de aeração, dotado de equipamento de aeração</p><p>superficial, deve ser igual ou superior a 10 W/m3. Valores menores devem ser justificados.</p><p>F.5.10 A aeração por ar difuso pode ser efetuada por meio de difusores porosos ou não porosos.</p><p>A aeração por ar difuso pode ser:</p><p>a) de bolha grossa, com diâmetro superior a 6 mm. A eficiência nominal de transferência de oxigênio</p><p>considerada deve ser inferior a 3 % por metro de submergência;</p><p>b) de bolha fina, com diâmetro inferior a 3 mm. A eficiência nominal de transferência de oxigênio</p><p>considerada deve ser inferior a 6 % por metro de submergência;</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 55/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>F.6 Alimentação e distribuição de ar para aeração</p><p>F.6.1 A seleção dos tubos para alimentação e distribuição de ar para aeração por ar difuso deve</p><p>considerar o seguinte:</p><p>a) o material empregado deve ser especificado para as condições de temperatura, umidade e</p><p>pressão piezométrica do ar transportado;</p><p>b) nos casos de emprego de difusores porosos, não se permite o revestimento interno destes tubos,</p><p>que devem ser resistentes à corrosão, interna e externamente.</p><p>F.6.2 Na aeração por ar difuso, no caso de emprego de difusor poroso, o ar deve ser filtrado e</p><p>conter no máximo 3,5 mg de material particulado por 1 000 m3 de ar.</p><p>F.6.3 Para garantir o grau de mistura necessário ao tratamento, a vazão específica mínima de ar</p><p>fornecida aos tanques de aeração que utilizam aeração por ar difuso dever ser de no mínimo 0,6 m3/h</p><p>de ar (a 20 °C e 1 atm) por m3 de reator.</p><p>F.6.4 Reatores não aerados devem ser projetados com dispositivos que garantam um grau de</p><p>mistura suficiente para assegurar uma concentração uniforme do lodo.</p><p>F.7 Valo de oxidação</p><p>No processo de lodo ativado que emprega valo de oxidação, os seguintes parâmetros e condições</p><p>devem ser aplicados:</p><p>a) quando não for empregado decantador secundário, o sistema deve dispor de meios que o tornem</p><p>capaz de manter a concentração de SSTA em um mínimo de 2 500 mg/L;</p><p>b) o equipamento de aeração, além de sua capacidade de transferência de oxigênio, deve manter</p><p>a massa líquida em movimento, com velocidade de translação capaz de impedir a sedimentação</p><p>de lodo no fundo do valo;</p><p>c) o valo de oxidação deve ter o fundo e paredes impermeáveis até 0,30 m acima do nível máximo</p><p>de operação.</p><p>F.8 Recirculação e decantação de lodo</p><p>F.8.1 O valor mínimo da relação de recirculação de lodo ativado, de decantadores secundários</p><p>para reatores biológicos, deve ser tal que a concentração máxima de SST do lodo recirculado não</p><p>exceda o valor de 10 000 mg/L.</p><p>F.8.2 Convém que seja projetado dispositivo de medição da vazão de recirculação de lodo ativado.</p><p>F.8.3 A separação de sólidos do efluente pode ser através de decantador final do tipo convencional,</p><p>de decantador tubular ou lamelar, ou de flotação por ar dissolvido. No caso de uso de decantadores</p><p>tubulares ou lamelares ou de flotação por ar dissolvido, os parâmetros utilizados no projeto devem ser</p><p>justificados.</p><p>F.8.4 O decantador secundário nos processos de lodos ativados pode ser do tipo convencional,</p><p>ou do tipo lamelar ou tubular.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO56/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>F.9 Decantador secundário convencional</p><p>F.9.1 O decantador secundário deve ser dimensionado para taxa de escoamento superficial igual</p><p>ou inferior a 10 m3/m2.d.</p><p>F.9.2 No decantador secundário, a taxa de aplicação de sólidos deve ser igual ou inferior a</p><p>120 kg SS/m2.d, quando a idade do lodo for superior a 18 dias ou a relação A/M é inferior a</p><p>0,15 kg DBO5/kg SSVTA.d.</p><p>NOTA Valores distintos aos indicados em F.9.1 e F.9.2 podem ser adotados, desde que justificados.</p><p>F.9.3 No decantador secundário, o tempo de detenção hidráulica, relativo à vazão média, deve ser</p><p>igual ou superior a 1,5 h.</p><p>F.9.4 A taxa de escoamento no vertedor de saída do decantador final deve ser igual ou inferior</p><p>a 290 m3/m.d de vertedor.</p><p>F.9.5 No caso de decantador secundário final com remoção mecanizada de lodo:</p><p>a) a alimentação do esgoto ao decantador deve estar de acordo com uma repartição criteriosa do</p><p>fluxo afluente, de forma a se garantir uma distribuição homogênea de vazão e evitar a formação</p><p>de caminhos preferenciais;</p><p>b) para decantador retangular, esta distribuição homogênea pode ser obtida através de múltiplas</p><p>entradas e anteparo; no caso de decantador circular, o</p><p>esgoto afluente deve adentrar na unidade</p><p>através de defletor central, concêntrico ao decantador, com submergência mínima de 0,80 m;</p><p>c) os dispositivos de remoção do lodo devem ser constituídos de materiais resistentes à corrosão</p><p>e abrasão;</p><p>d) o dispositivo de remoção do lodo deve ter velocidade igual ou inferior a 20 mm/s no caso de</p><p>decantador retangular, e velocidade periférica igual ou inferior a 40 mm/s no caso de decantador</p><p>circular;</p><p>e) para decantador secundário retangular, a velocidade de escoamento horizontal deve ser igual</p><p>ou inferior a 20 mm/s;</p><p>f) considera-se o volume útil do decantador como o produto da área de decantação pela profundidade</p><p>mínima de água;</p><p>g) para decantador circular, a declividade do fundo do tanque deve ser igual ou superior a 1:12;</p><p>h) o dispositivo de arraste da escuma, no caso de decantador retangular, pode ser constituído do</p><p>próprio mecanismo de remoção do lodo, sendo a escuma retida em defletor ou escumadeira</p><p>apropriados, na superfície.</p><p>F.9.6 No caso de decantador secundário final, sem remoção mecanizada de lodo</p><p>Para decantador secundário final, sem remoção mecanizada de lodo:</p><p>a) a profundidade de água na parede lateral deve ser igual ou superior a 0,50 m para decantadores</p><p>circulares ou quadrados em planta;</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 57/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>b) admite-se que o decantador seja circular ou quadrado em planta, com poço de lodo único cônico</p><p>ou piramidal de base quadrada, descarga de lodo por gravidade, inclinação de paredes igual ou</p><p>superior a 1,5 na vertical por 1 na horizontal;</p><p>c) admite-se que o decantador seja retangular em planta com alimentação pelo lado menor, desde</p><p>que a parte inferior seja totalmente constituída de poços tronco-piramidais, de bases quadradas,</p><p>com descargas individuais de lodo; nesse caso a velocidade de escoamento horizontal deve</p><p>ser de no máximo 20 mm/s;</p><p>d) no caso da alínea b), define-se o volume útil como sendo o volume de líquido contido no terço</p><p>superior da altura do poço, até o nível de água;</p><p>e) carga hidrostática mínima, para a remoção de lodo, igual a duas vezes a perda de carga hidráulica</p><p>para água e não inferior a 0,50 m;</p><p>f) tubulação de descarga de lodo com diâmetro mínimo de 150 mm.</p><p>F.10 Remoção do lodo do decantador</p><p>F.10.1 A remoção de lodo do fundo do decantador secundário final por pressão hidrostática ou</p><p>sucção deve ser feita de modo a permitir a observação e controle de lodo removido.</p><p>F.10.2 A frequência de remoção deve ser realizada conforme recomendação de projeto.</p><p>F.10.3 O lodo removido deve ter destinação adequada, conforme 5.4.</p><p>F.11 Emprego de dispositivo acelerador de sedimentação</p><p>Permite-se o emprego de dispositivo acelerador de sedimentação para redução da área superficial</p><p>da câmara de sedimentação e amortecimento do choque hidráulico.</p><p>F.12 Dimensionamento do dispositivo de sedimentação</p><p>Os valores dos parâmetros utilizados no dimensionamento de decantador secundário do tipo lamelar</p><p>ou tubular para sistema de lodo ativado devem ser tecnicamente justificados.</p><p>Para o dimensionamento do dispositivo de sedimentação:</p><p>a) os aceleradores de sedimentação podem ser de tubo circular ou quadrado, placas paralelas ou,</p><p>ainda, de outros formatos que permitam, comprovadamente, a boa remoção das partículas no</p><p>decantador;</p><p>b) recomenda-se espaçamento entre lamelas/tubos de 0,05 m;</p><p>c) o ângulo de inclinação do dispositivo deve ser igual a 60° em relação à horizontal;</p><p>d) a disposição dos sedimentadores deve ser executada de tal forma que facilite sua lavagem periódica.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO58/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Anexo G</p><p>(normativo)</p><p>Lodo ativado por batelada (LAB)</p><p>G.1 Generalidades</p><p>Este Anexo abrange o projeto de lodo ativado por batelada, para sistemas locais de tratamento de</p><p>esgoto com vazão diária até 12 000 L/dia e carga orgânica total até 3,80 kgDBO/dia, para instalação</p><p>em sistemas que possuam condições diferenciadas de execução, operação e manutenção, se</p><p>comparadas aos sistemas de médio e grande portes de tratamento de esgoto, usualmente implantados</p><p>em empreendimentos não atendidos por sistema de esgotamento sanitário, em empreendimentos</p><p>distantes.</p><p>A elaboração do projeto deve atender aos requisitos estabelecidos nesta Norma e à legislação vigente</p><p>aplicável, com a devida adequação dos requisitos específicos indicados em G.2 a G.6.</p><p>O processo de tratamento de lodo ativado por batelada, é uma variante do processo de lodos</p><p>ativados que utiliza um reator de mistura completa conforme a ABNT NBR 12209, dentro do qual</p><p>se desenvolvem todas as etapas do processo de tratamento, no qual se processam a remoção de</p><p>poluentes, aeração, sedimentação dos sólidos, e descarte dos sólidos em excesso e do efluente</p><p>líquido tratado. Operacionalmente se caracteriza pela intermitência do processo depurativo.</p><p>Uma parte do lodo biológico gerado no processo deve ser retirada periodicamente (lodo excedente)</p><p>e ser dada a destinação adequada, conforme 5.4.</p><p>a) Os ciclos dos sistemas de lodo ativado com operação intermitente (em batelada) são compostos</p><p>pelas etapas de alimentação, reação, sedimentação, retirada do clarificado, eventual repouso,</p><p>e descarte do excesso de lodo. Opcionalmente, pode ser inserida uma etapa anóxica para a</p><p>remoção complementar de Nitrogênio. Com relação às etapas de alimentação e reação, tem-se</p><p>as seguintes modalidades:</p><p>b) etapa de alimentação e aeração ocorrendo simultaneamente, quando se pretende a remoção</p><p>da matéria orgânica carbonácea com ou sem nitrificação;</p><p>c) etapa de alimentação com mistura em condição anóxica, quando se pretende a remoção do</p><p>nitrogênio por desnitrificação;</p><p>d) etapa de alimentação com mistura em condição anaeróbia, quando se pretende a remoção</p><p>biológica de fósforo;</p><p>e) etapa de reação sem alimentação, totalmente aerada, quando se pretende a remoção da matéria</p><p>orgânica carbonácea e conversão de nitrogênio por nitrificação;</p><p>f) etapa de reação sem alimentação, parcialmente aerada e parcialmente com mistura, quando se</p><p>pretende a remoção da matéria orgânica carbonácea e remoção de nitrogênio.</p><p>Os ciclos do tratamento devem ser controlados automaticamente.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 59/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>G.2 Dimensionamento do processo</p><p>G.2.1 Geral</p><p>O dimensionamento do LAB deve considerar os seguintes itens aplicando as considerações do 5.11:</p><p>a) vazões afluentes máxima e média;</p><p>b) demanda bioquímica de oxigênio (DBO) ou demanda química de oxigênio (DQO);</p><p>c) sólidos em suspensão (SS).</p><p>Os valores dos parâmetros de b) e c), devem ser determinados por meio de avaliação laboratorial</p><p>do afluente. Na ausência dessa determinação, podem ser usados os valores de 54g de DBO/hab.d</p><p>e 60 g de SS/hab.d ou conforme literatura específica aplicável, os valores adotados devem ser</p><p>tecnicamente justificados.</p><p>G.2.2 Volume do tanque</p><p>O volume útil total do tanque deve ser o somatório dos seguintes volumes:</p><p>Vls é o volume útil ocupado pelo lodo (mistura) após sedimentação, expresso em metros cúbicos (m3);</p><p>Ved é o volume útil ocupado pelo efluente líquido a ser descartado no ciclo, expresso em metros</p><p>cúbicos (m3);</p><p>Vs é o volume útil correspondente à altura sobressalente mínima de 0,25 m que separa o volume</p><p>a ser descartado de efluente líquido tratado do volume a ser retido do lodo sedimentado,</p><p>expresso em metros cúbicos (m3).</p><p>G.3 Aeração</p><p>A aeração deve ser dimensionada conforme o Anexo F. Os equipamentos de aeração devem ser</p><p>providos de dispositivos que reduzam o nível de emissão dos aerossóis, ou serem instalados</p><p>equipamentos submersíveis que têm baixo nível de aerossóis.</p><p>G.3.1 O dimensionamento do tanque de aeração deve ser efetuado pelos parâmetros a seguir:</p><p>a) idade do lodo maior que 25 dias;</p><p>b) relação alimento/microrganismos (A/M) menor que 0,15</p><p>DBO5/Kg SSVTA.d; sendo SSVTA-</p><p>Sólidos em suspensão voláteis no tanque de aeração;</p><p>c) tempo de detenção hidráulica no tanque de aeração, referindo à vazão de dimensionamento,</p><p>deve ser igual ou superior a 15 h;</p><p>d) concentração de sólidos em suspensão no interior do tanque de aeração (SSTA) deve estar</p><p>compreendida no intervalo de 1 500 mg/L a 6 000 mg/L.</p><p>G.3.2 A massa de oxigênio a ser fornecida ao tanque de aeração deve igual ou superior a:</p><p>a) duas vezes e meia a carga média de DBO5 aplicada ao tanque de aeração para esgoto bruto;</p><p>b) quatro vezes a carga média de DBO5 aplicada ao tanque de aeração, para alimentação do sistema</p><p>com efluente de reatores anaeróbios.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO60/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>G.3.3 A concentração de oxigênio dissolvido no tanque de aeração, a ser considerada no</p><p>dimensionamento do equipamento de aeração, deve ser igual ou superior a 1,50 mg/L.</p><p>G.3.4 A geometria do tanque de aeração deve ser estabelecida em função do tipo, potência e</p><p>capacidade de homogeneização do equipamento de aeração escolhido.</p><p>G.3.5 Deve ser avaliada a condição técnica operacional para a definição da quantidade de tanques</p><p>mínimas necessárias.</p><p>G.3.6 Para o dimensionamento do equipamento de aeração, a capacidade nominal de transferência</p><p>de oxigênio para água limpa a 20 °C, isenta de oxigênio dissolvido e ao nível do mar, deve ser indicada</p><p>nas especificações técnicas.</p><p>G.3.7 A capacidade efetiva de transferência de oxigênio do equipamento de aeração deve ser</p><p>calculada para as condições de campo (pressão barométrica, temperatura, salinidade, concentração</p><p>de oxigênio dissolvido no reator, densidade de potência, geometria do tanque).</p><p>G.3.8 Os equipamentos de aeração devem ser providos de dispositivos que reduzam o nível de</p><p>emissão dos aerossóis.</p><p>G.3.9 A densidade de potência no tanque de aeração, dotado de equipamento de aeração superficial,</p><p>deve ser igual ou superior a 10 W/m3. Valores menores devem ser justificados.</p><p>G.3.10 A aeração por ar difuso pode ser efetuada por meio de difusores porosos ou não porosos.</p><p>A aeração por ar difuso pode ser:</p><p>a) de bolha grossa, com diâmetro superior a 6 mm. A eficiência nominal de transferência de oxigênio</p><p>considerada deve ser inferior a 3 % por metro de submergência;</p><p>b) de bolha fina, com diâmetro inferior a 3 mm. A eficiência nominal de transferência de oxigênio</p><p>considerada deve ser inferior a 6 % por metro de submergência.</p><p>G.4 Dispositivo de coleta e drenagem de líquido tratado (clarificado)</p><p>O dispositivo de coleta e de drenagem do efluente líquido tratado (clarificado) deve ter dimensionamento</p><p>e localização adequada dentro do reator para evitar a deterioração do efluente líquido final na fase</p><p>inicial da operação de drenagem.</p><p>A coleta e a drenagem do efluente líquido devem ser feitas:</p><p>a) por dispositivo flutuante, de modo a captar o efluente a partir da superfície do líquido. O dispositivo</p><p>flutuante deve possuir tubos-guia para não causar seu tombamento;</p><p>b) por dispositivo fixo, com altura do bocal de captação situado acima da altura de transição.</p><p>G.5 Misturador</p><p>Conforme o nível de remoção exigido dos nutrientes contidos no efluente líquido tratado, principalmente</p><p>o nitrogênio, pode-se instalar um misturador submersível ou similar para promover a mistura entre</p><p>o esgoto e a massa biológica, acrescentando-se uma etapa anóxica ao ciclo para a desnitrificação.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 61/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>G.6 Operação</p><p>Para a operação do LAB, deve-se executar as seguintes etapas: alimentação, reação, sedimentação,</p><p>retirada do clarificado, eventual repouso, e descarte do excesso de lodo.</p><p>O ciclo completo com o esquema operacional de um LAB está representado na Figura G.1.</p><p>Para a operação adequada do LAB, observar os seguintes aspectos:</p><p>a) o controle do processo biológico deve ser feito por volume de lodo retirado do reator e enviado</p><p>à local adequado;</p><p>b) para promover a remoção complementar de nitrogênio, podem ser introduzidos ciclos alternados</p><p>de fase aeróbia e fase de carência de oxigênio (anóxica), desligando-se o equipamento de aeração</p><p>e ligando-se o misturador, tomando o cuidado para não ocorrer a obstrução precoce dos dispositivos</p><p>difusores de ar;</p><p>c) a aeração do conteúdo do reator deve ser feita por dispositivo capaz de atender à demanda de</p><p>oxigênio e a manutenção dos sólidos em suspensão em regime de mistura completa;</p><p>d) o tempo de sedimentação deve ser suficiente para que os sólidos em suspensão se acomodem</p><p>no volume destinado ao lodo e não sejam carreados no momento do descarte do efluente líquido</p><p>final;</p><p>e) as etapas do processo devem ser controladas de forma automática, sem a necessidade de</p><p>manobras operacionais (interferência do operador);</p><p>f) a frequência de remoção de lodo do processo deve ser realizada conforme especificação técnica</p><p>e necessidade local.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO62/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Figura G.1 – Esquema representativo operacional de um reator de lodo ativado por batelada,</p><p>com dispositivo flutuante</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 63/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Anexo H</p><p>(normativo)</p><p>Wetlands construídos</p><p>H.1 Generalidades</p><p>Este Anexo abrange o projeto de wetlands construídos, para sistemas locais de tratamento de esgoto</p><p>com vazão diária até 12 000 L/dia e carga orgânica total até 3,80 kgDBO/dia em área não atendida</p><p>por sistema de esgotamento sanitário.</p><p>A elaboração do projeto deve atender aos requisitos estabelecidos nesta Norma e à legislação vigente</p><p>aplicável, com a devida adequação dos requisitos específicos indicados em H.2 a H.5.</p><p>Wetlands construídos são componentes do sistema de tratamento de esgoto constituídos por bacia,</p><p>canal ou tanque raso, preenchido por leito de meio suporte apropriado onde vegetação adequada</p><p>é plantada e através do qual o esgoto percola para ser tratado por processo predominantemente</p><p>biológico. Pode ser projetado para funcionar com escoamento hidráulico horizontal subsuperficial ou</p><p>vertical.</p><p>Os wetlands construídos referenciados na presente Norma devem ser utilizados como tratamento</p><p>complementar de tanque séptico ou de unidade equivalente de tratamento destinada ao tratamento</p><p>primário dos esgotos.</p><p>NOTA Os wetlands construídos projetados como unidades principais do sistema de tratamento não são</p><p>objeto desta Norma.</p><p>H.2 Dimensionamento</p><p>Para o dimensionamento, aplicar as considerações em 5.11 e de H.2.1 a H.2.5:</p><p>H.2.1 Wetlands construídos devem ser dimensionados com base nos modelos de cálculo de cinética</p><p>de reações e hidráulica de reatores a partir de parâmetros obtidos localmente.</p><p>H.2.2 Na ausência de parâmetros mais adequados, o dimensionamento pode ser feito com</p><p>base em modelos simplificados de cálculo relacionados à taxa de aplicação orgânica superficial</p><p>(gDBO.m–2.d–1) e à taxa de aplicação hidráulica superficial (m3.m–2.d–1)</p><p>H.2.3 Wetlands de fluxo horizontal</p><p>a) a taxa de aplicação orgânica superficial máxima deve estar entre 6 e 15 gDBO.m–2.d–1 calculada</p><p>com base na área da superfície do leito de meio suporte;</p><p>b) a taxa de aplicação orgânica máxima na seção transversal deve ser de 250 gDBO.m–2.d–1;</p><p>c) a taxa de aplicação hidráulica superficial máxima deve estar entre 0,02 e 0,08 m3.m–2.d–1 quando</p><p>utilizado tanque séptico como tratamento primário. Quando outro processo de tratamento for</p><p>utilizado a montante do wetland, a taxa de aplicação hidráulica superficial máxima pode, a critério do</p><p>responsável técnico pelo projeto do sistema de tratamento, ser aumentada até 0,12 m3.m–2.d–1;</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO64/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>d) os cálculos das taxas de aplicação orgânica e hidráulica devem ser realizados</p><p>utilizando-se</p><p>a vazão média de esgoto afluente à unidade;</p><p>e) os valores apresentados para as taxas de aplicação para wetlands de fluxo horizontal têm por</p><p>referência meio suporte com dimensões e características de escoamento hidráulico equivalentes</p><p>às da brita nº 1. Meios suportes com dimensões ou características diferentes devem ter os valores</p><p>de cargas aplicadas ajustados e justificados em memorial de cálculo no projeto executivo.</p><p>NOTA Dependendo das características do meio suporte utilizado, podem ser criadas zonas de entrada</p><p>e zonas de saída com material de maior granulometria que o utilizado no leito para facilitar a distribuição</p><p>hidráulica.</p><p>H.2.4 Wetlands de fluxo vertical</p><p>Os Wetlands de fluxo vertical:</p><p>a) devem ser projetadas para funcionamento em ciclos de operação intermitentes, com alimentação</p><p>em batelada;</p><p>NOTA 1 Convém que os ciclos de operação sejam inferiores a 30 dias com alternância entre</p><p>funcionamento e descanso do sistema.</p><p>NOTA 2 Convém que o intervalo entre as bateladas de alimentação seja inferior a 8 h.</p><p>b) a taxa de aplicação orgânica superficial máxima deve estar entre 10 e 20 gDBO.m–2.d–1, calculada</p><p>com base na área da superfície do leito de meio suporte;</p><p>c) a taxa de aplicação hidráulica superficial máxima deve estar entre 0,05 e 0,12 m3.m–2.d–1;</p><p>d) as taxas de aplicação orgânica e hidráulica para wetlands de fluxo vertical devem ser calculadas</p><p>em referência à parcela da área do sistema em funcionamento durante um ciclo de operação.</p><p>A área total do sistema compreende a parcela em operação e a parcela em descanso;</p><p>e) os cálculos das taxas de aplicação orgânica e hidráulica devem ser realizados utilizando-se</p><p>a vazão média de esgoto afluente à unidade;</p><p>f) os valores apresentados para as taxas de aplicação para wetlands de fluxo vertical têm por</p><p>referência meio suporte com dimensões e características de escoamento hidráulico equivalentes</p><p>às da areia grossa para a camada de filtração. Meios suportes com dimensões ou características</p><p>diferentes devem ter os valores de cargas aplicadas ajustados e justificados em memorial de</p><p>cálculo no projeto executivo.</p><p>H.2.5 Outras configurações de wetlands não contempladas por esta Norma podem ser utilizadas</p><p>sob responsabilidade de profissional habilitado, que deve justificar sua adoção, definir parâmetros de</p><p>qualidade específicos e procedimentos operacionais e de controle que visem a garantia dos resultados</p><p>projetados.</p><p>H.2.6 A Figura H.1 apresenta um esquema representativo de wetland construído de fluxo vertical.</p><p>H.3 Detalhes construtivos</p><p>H.3.1 Convém que o plano de fundo da unidade tenha inclinação de 1 % na direção da saída.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 65/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>H.3.2 As paredes laterais devem ser projetadas para garantir a estabilidade da unidade e a</p><p>resistência aos esforços atuantes.</p><p>H.3.3 Os materiais e o método construtivo do wetland construído devem ser selecionados de modo</p><p>que permitam a estanqueidade e durabilidade da unidade.</p><p>H.3.4 A altura do leito do meio suporte deve variar entre:</p><p>— 0,50 m e 0,90 m para wetlands de fluxo horizontal;</p><p>— 0,70 m e 1,10 m para wetlands de fluxo vertical.</p><p>NOTA A altura do leito de meio suporte para wetlands de fluxo vertical compreende, de acordo com</p><p>o projeto, as camadas de: distribuição superior, tratamento, transição inferior e drenagem.</p><p>H.3.5 Para os wetlands de escoamento horizontal, a altura máxima de projeto da lâmina líquida</p><p>deve ser 0,10 m menor que a altura do leito de material suporte de modo que o esgoto em tratamento</p><p>não fique acessível a animais, insetos ou ao contato humano.</p><p>H.3.6 Convém altura livre mínima de 0,20 m entre o nível do leito de material suporte e a borda</p><p>da unidade ou nível do terreno.</p><p>H.3.7 A relação comprimento: largura para wetlands de fluxo horizontal deve estar compreendida</p><p>entre 2:1 a 4:1.</p><p>NOTA Convém que a largura de cada wetland construído de fluxo horizontal seja inferior a 30 m para</p><p>facilitar a distribuição uniforme da vazão do esgoto.</p><p>H.3.8 O material do leito do meio suporte deve ser adequado a esta aplicação, ser resistente aos</p><p>esforços atuantes, às atividades biológicas e químicas que ocorrem no leito, possibilitar aderência</p><p>para a formação de biofilme biológico e crescimento vegetal, apresentar formato não achatado de</p><p>modo a permitir a percolação do esgoto nos espaços vazios, ser isento de solos e partículas finas.</p><p>H.4 Dispositivos de entrada e saída</p><p>H.4.1 Os dispositivos de entrada devem permitir a distribuição do esgoto a ser tratado em toda</p><p>a largura do leito, no caso dos wetlands horizontais, e por toda a superfície do leito, no caso dos</p><p>wetlands verticais.</p><p>H.4.2 Convém que os dispositivos de entrada sejam projetados com base em cálculos hidráulicos,</p><p>visando a garantir a distribuição uniforme do afluente.</p><p>H.4.3 Recomenda-se a localização do dispositivo de entrada abaixo do nível do leito de meio</p><p>suporte, quando possível, para evitar a exposição do esgoto ao contato com pessoas ou vetores.</p><p>H.4.4 No caso de o dispositivo de entrada ser constituído por tubulações ou canais abertos, de</p><p>forma a facilitar a limpeza, recomenda-se a existência de proteção ao contato humano e à proliferação</p><p>de mosquitos.</p><p>H.4.5 Os dispositivos de saída devem permitir a coleta do efluente, após sua passagem pelo</p><p>sistema de tratamento, em toda a largura inferior do leito, no caso de wetlands horizontais, e em toda</p><p>a área inferior do leito, no caso de wetlands verticais.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO66/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>H.4.6 O dispositivo de saída deve ser projetado com base em cálculos hidráulicos.</p><p>NOTA Na ausência de dados mais adequados, recomenda-se a utilização de tubulação de drenagem</p><p>com diâmetro nominal mínimo de 100 mm, com furos de 20 mm de diâmetro espaçados a cada 100 mm</p><p>localizados acima da linha média da tubulação.</p><p>H.4.7 O sistema de drenagem de fundo, ligado ao dispositivo de saída, deve ser dotado de</p><p>tubos-guia com terminações acima da superfície do leito e que possibilitem a ventilação do leito e</p><p>eventual limpeza com jato d’água.</p><p>H.4.8 Para wetlands de fluxo horizontal, o dispositivo de saída deve permitir a variação da altura</p><p>do nível saturado no interior do leito até a altura de projeto e também permitir que seja feita sua</p><p>drenagem, caso necessário.</p><p>H.4.9 Deve ser utilizada vegetação adaptada ao cultivo em ambientes com as condições operacionais</p><p>impostas ao sistema.</p><p>NOTA Convém a utilização preferencial de vegetação nativa adequada.</p><p>H.5 Operação</p><p>H.5.1 A vegetação integrante da unidade deve ter manejo adequado, com o corte da parte aérea</p><p>das plantas realizado durante a fase de crescimento para potencializar a capacidade de extração de</p><p>nutrientes.</p><p>H.5.2 As partes cortadas das plantas devem ser removidas da unidade de tratamento.</p><p>H.5.3 Deve-se controlar o crescimento de espécies vegetais invasoras.</p><p>Figura H.1 – Esquema representativo de wetland construído de fluxo vertical</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 67/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Anexo I</p><p>(normativo)</p><p>Vermifiltro</p><p>I.1 Generalidades</p><p>Este Anexo abrange o projeto de vermifiltro para sistemas locais de tratamento de esgoto com vazão</p><p>diária até 12 000 L/dia e carga orgânica total até 3,80 kgDBO/dia em área não atendida por sistema</p><p>de esgotamento sanitário.</p><p>A elaboração do projeto deve atender aos requisitos estabelecidos nesta Norma e à legislação vigente</p><p>aplicável, com a devida adequação dos requisitos específicos indicados em I.2 a I.4.</p><p>O vermifiltro é um processo de tratamento de esgotos no qual predominam processos biológicos,</p><p>sendo constituído por um tanque preenchido com camadas de meio suporte, serragem e minhocas</p><p>detritívoras epigeicas, preferencialmente das espécies Eisenia fetida e Eisenia andrei.</p><p>O húmus gerado pelas minhocas compõe o material do leito, misturando-se</p><p>à serragem.</p><p>O esgoto a ser tratado deve ser aplicado na superfície do sistema e percorrer verticalmente todo</p><p>o leito do tanque.</p><p>Pode ser utilizado como tratamento complementar ao tratamento primário dos esgotos.</p><p>I.2 Dimensionamento</p><p>Para o dimensionamento aplicar as considerações em 5.11 e I.2.1 a I.2.4:</p><p>I.2.1 O dimensionamento de vermifiltros pode ser feito com base no volume diário de esgoto</p><p>a ser tratado e na taxa de aplicação hidráulica superficial (m3.m–2.d–1), a partir da qual se determina</p><p>a área superficial do tanque.</p><p>I.2.2 A taxa de aplicação hidráulica superficial máxima deve estar entre 0,50 m3.m–2.d–1. e</p><p>1,00 m3.m–2.d–1.</p><p>I.2.3 Outras configurações e dimensionamentos de vermifiltros, não contempladas por esta</p><p>norma,podem ser utilizadas sob responsabilidade do projetista, que deve justificar sua adoção, definir</p><p>parâmetros de qualidade específicos e procedimentos operacionais e de controle que visem a garantia</p><p>dos resultados projetados.</p><p>I.2.4 A entrada de esgoto no vermifiltro deve ser intermitente. Podem ser adotados sistemas de</p><p>controle de dosagens, como caixas que permitam a transferência de efluente por sifão em U. Convém</p><p>que a caixa de transferência e o sifão em U sejam projetados com base em cálculos hidráulicos, de</p><p>modo que o volume de dosagem de esgoto em relação à área superficial do leito do vermifiltro esteja</p><p>entre 0,010 m3.m–2 e 0,015 m3.m–2.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO68/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>I.3 Detalhes construtivos do vermifiltro</p><p>A construção dos vermifiltros pode ser conforme esquema representativo apresentado na Figura I.1,</p><p>e atender aos itens seguintes:</p><p>a) podem ter formato prismático ou cilíndrico;</p><p>b) o tanque deve ser projetado e construído para garantir a durabilidade, estanqueidade, estabilidade</p><p>e a resistência aos esforços atuantes;</p><p>c) a altura da camada de meio drenante deve variar entre 0,30 m e 0,50 m;</p><p>d) a altura da camada de serragem deve variar entre 0,30 m e 0,40 m;</p><p>e) a altura total do leito deve variar de 0,60 m a 0,90 m;</p><p>f) convém que a altura livre mínima de 0,20 m entre o nível da camada de serragem e a borda da</p><p>unidade ou nível do terreno;</p><p>g) a serragem não deve ser compactada;</p><p>h) a serragem deve ser preferencialmente oriunda de madeiras claras (por exemplo pinus) com</p><p>tamanho de lascas variando entre 1 mm e 10 mm. Excesso de pó de serra, com partículas</p><p>menores que 1 mm, deve ser evitado;</p><p>i) o material do leito drenante (abaixo da serragem) deve ser adequado a esta aplicação. Ele deve</p><p>ser resistente aos esforços atuantes, às atividades biológicas e químicas que ocorrem no leito,</p><p>possibilitar aderência para a formação de biofilme biológico, apresentar formato não achatado de</p><p>modo a permitir a percolação do esgoto nos espaços vazios e ser isento de solos e partículas</p><p>finas. O leito drenante pode ser substituído por sistema equivalente mantendo as características</p><p>mecânicas e hidráulicas necessárias para a drenagem do efluente;</p><p>j) a camada drenante deve permitir a passagem de efluente sem o carreamento de serragem;</p><p>k) convém que a camada drenante tenha granulometria estratificada, ordenada de tal forma que:</p><p>— a porção de partículas mais finas (logo abaixo à serragem) tenha uma granulometria de</p><p>1 mm a 6 mm.</p><p>— a porção de partículas mais grossa (alojada no fundo do tanque) tenha uma granulometria</p><p>que não permita sua saída pelos orifícios do dispositivo de saída de efluente.</p><p>l) os dispositivos de entrada devem permitir a distribuição/dispersão do esgoto a ser tratado de</p><p>forma homogênea em toda a área superficial do leito de serragem. Um anteparo (placa) pode</p><p>ser posicionado na superfície do leito para auxiliar na distribuição do líquido;</p><p>m) convém que os dispositivos de entrada sejam projetados com base em cálculos hidráulicos;</p><p>n) os dispositivos de saída devem permitir a coleta do efluente após sua passagem por todo o leito,</p><p>de forma a drenar todo o líquido na parte inferior do tanque;</p><p>o) o dispositivo de saída deve ser projetado com base em cálculos hidráulicos. Na ausência de dados</p><p>mais adequados, recomenda-se a utilização de tubulação de drenagem com diâmetro nominal</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 69/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>mínimo de 100 mm, com furos de pelo menos 10 mm de diâmetro espaçados a cada 100 mm</p><p>localizados acima da linha média da tubulação;</p><p>p) o sistema de drenagem de fundo, ligado ao dispositivo de saída, deve ser dotado de tubos-guia</p><p>com terminações acima da superfície do leito, de modo a possibilitar ventilação do leito e eventual</p><p>limpeza do sistema.</p><p>I.4 Operação</p><p>Na operação do sistema:</p><p>a) para o início de operação, minhocas detritívoras epigeicas (preferencialmente da espécie Eisenia</p><p>fetida ou Eisenia andrei) devem ser liberadas na superfície da serragem;</p><p>b) convém que a massa inicial da população de minhocas em relação ao volume de serragem</p><p>da unidade seja entre 10 kg.m–3 e 12,50 kg.m–3;</p><p>c) convém a retirada do húmus gerado e acumulado na camada superficial da serragem, pelo menos</p><p>uma vez ao ano;</p><p>d) a retirada do excesso de húmus deve ser efetuada conforme 5.3;</p><p>e) o húmus retirado deve ser considerado como resíduo sólido do processo e atender 5.4;</p><p>f) após a remoção de húmus, deve-se repor a serragem até atingir-se a altura original da camada.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO70/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Figura I.1 – Esquema representativo do vermifiltroPr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 71/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Anexo J</p><p>(normativo)</p><p>Desinfecção</p><p>J.1 Generalidades</p><p>Este Anexo abrange o tratamento por meio de desinfecção.</p><p>A elaboração do projeto deve atender aos requisitos estabelecidos nesta Norma e à legislação vigente</p><p>aplicável, com a devida adequação dos requisitos específicos indicados em J.2.</p><p>A desinfecção de efluente tratado é um processo de tratamento que permite a destruição ou eliminação</p><p>de determinadas espécies de organismos presentes no esgoto sanitário, desta forma melhorando a</p><p>qualidade dos efluentes.</p><p>Deve ser realizada levando em conta as exigências ambientais, legais e de saúde pública aplicáveis,</p><p>e ser compatível com a qualidade do corpo receptor dos efluentes.</p><p>J.2 Realização da desinfecção</p><p>A desinfecção pode ser realizada por meio de um dos seguintes processos:</p><p>J.2.1 Reação com compostos à base de cloro</p><p>J.2.1.1 A desinfecção com composto à base de cloro pode realizada por meio da aplicação de</p><p>hipoclorito de sódio (líquido), hipoclorito de cálcio e cloro orgânico (sólido) uma vez que estes representam</p><p>menor preocupação em nível operacional.</p><p>J.2.1.2 A aplicação da solução à base de cloro ao esgoto deve ser feita com:</p><p>a) cloradores de pastilhas;</p><p>b) bombas dosadoras;</p><p>c) dosadores de solução com orifício de controle.</p><p>J.2.1.3 O esgoto clorado deve conter, após o tempo de contato, uma concentração de cloro livre</p><p>de pelo menos 0,50 mg/L.</p><p>J.2.1.4 O menor tempo de detenção hidráulica para o contato ser considerado é de 30 min em</p><p>relação a vazão média.</p><p>J.2.1.5 O tanque de contato onde o composto à base de cloro é mantido em contato com o esgoto</p><p>deve ser dimensionado para atender as condições de tempo de detenção.</p><p>J.2.1.6 Quando necessário, a decloração deve ser considerada.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO72/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>J.2.2 Radiação ultravioleta</p><p>J.2.2.1 A desinfecção deve ser realizada pela exposição do efluente tratado à radiação emitida</p><p>por lâmpadas ultravioleta, abrangendo todas as partículas para que recebam uma dose equivalente</p><p>de radiação em todos os pontos.</p><p>J.2.2.2 Convém, para que haja uma desinfecção eficiente, que se observe a qualidade físico-química</p><p>do efluente tratado de acordo com recomendação do fabricante.</p><p>J.2.2.3 O conjunto de</p><p>lâmpadas pode estar imerso ou emerso.</p><p>J.2.2.4 Deve ser facilitada a remoção periódica do conjunto de lâmpadas para fins de limpeza</p><p>e manutenção.</p><p>J.2.2.5 Na aplicação de desinfecção por meio de radiação ultravioleta, convém utilizar:</p><p>a) efluente com concentração de SST inferior a 40 mg/L.</p><p>b) dose de aplicação entre 25 mJ/cm2 a 40 mJ/cm2.</p><p>J.2.2.6 Intervalo de comprimento de onda na faixa de 245 nm a 285 nm.</p><p>J.2.2.7 Tempo ideal de exposição do efluente à radiação entre 5 s a 15 s.</p><p>J.2.2.8 Atenção ao tempo de vida útil das lâmpadas.</p><p>J.2.2.9 A dose necessária à inativação dos microrganismos deve ser considerada em função</p><p>das características do efluente.</p><p>NOTA Considerar os parâmetros que afetam a eficiência da irradiação ultravioleta como: a turbidez do</p><p>efluente, os microrganismos presentes, a densidade do fluído, quando da definição da dose necessária à</p><p>inativação destes microrganismos.</p><p>J.2.3 Ozonização</p><p>J.2.3.1 O ozônio deve ser produzido no local da aplicação, por meio de sistema de geração e</p><p>transferência de ozônio.</p><p>J.2.3.2 Os materiais aplicados no sistema de geração e transferência de ozônio devem ser</p><p>resistentes ao ataque químico do produto.</p><p>J.2.3.3 Para a transferência do ozônio, adotar solução técnica e econômica mais adequada para</p><p>cada situação.</p><p>J.2.3.4 Na aplicação de desinfecção por ozonização, o esgoto tratado afluente ao sistema deve</p><p>ter concentrações de DBO e de SST inferiores a 10 mg/L.</p><p>J.2.3.5 A dose necessária à inativação dos microrganismos, entendida como o produto da concentração</p><p>de ozônio residual e o tempo em que deve ser mantida para garantir a inativação desejada, deve ser</p><p>compatível com características do efluente e com os próprios organismos a serem destruídos.</p><p>J.2.4 Outras formas de desinfecção</p><p>J.2.4.1 A adoção de outras formas de desinfecção como, por exemplo: o tratamento no solo, processos</p><p>oxidativos alternativos, ou outra forma, deve ser técnica e economicamente justificada.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 73/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Anexo K</p><p>(normativo)</p><p>Disposição final do efluente líquido tratado no solo em sumidouro</p><p>K.1 Generalidades</p><p>Este Anexo abrange o projeto de sumidouro para sistemas locais de tratamento de esgoto com vazão</p><p>diária até 12 000 L/dia e carga orgânica total até 3,80 kgDBO/dia em área não atendida por sistema</p><p>de esgotamento sanitário.</p><p>A elaboração do projeto deve atender aos requisitos estabelecidos nesta Norma e à legislação vigente</p><p>aplicável, com a devida adequação dos requisitos específicos indicados em K.2 a K.4.</p><p>O sistema de sumidouro é aplicado para a disposição final do efluente líquido tratado no solo. Convém</p><p>aplicação preferencialmente nas áreas nas quais o aquífero é profundo, e se possa garantir a distância</p><p>mínima de 1,50 m (exceto areia) entre o seu fundo e o nível máximo do aquífero. Casos específicos</p><p>de distância mínima menor que a recomendada devem ser justificados, levando em consideração</p><p>as características do solo, topografia do terreno, sazonalidade, regime pluviométrico, entre outras</p><p>características do local, como tipo de vegetação na área.</p><p>K.2 Disposição do efluente líquido tratado no solo</p><p>Para a disposição do efluente líquido pós tratados no solo por meio do sumidouro, o projeto do sistema</p><p>de tratamento deve considerar os parâmetros mínimos a seguir:</p><p>a) a disposição de efluentes no solo, mesmo tratados, não pode causar poluição ou contaminação</p><p>das águas subterrâneas ou do próprio solo com composto que gerem salinização, alteração em</p><p>metais e elevação de nutrientes prejudiciais a níveis que comprometam seus usos ou enquadramento;</p><p>b) óleos e graxas animais e vegetais: < 20 mg/L, diminuindo assim os efeitos de selamento superficial</p><p>do sistema</p><p>c) pH: > 6,5 e < 8,5;</p><p>d) temperatura: 20 °C a 40 °C;</p><p>e) materiais sedimentáveis: até 1 ml/L em teste de 1 h em cone Imhoff;</p><p>f) ausência de materiais flutuantes visíveis;</p><p>g) DBO5,20: inferior a 120 mg/L ou remoção de 60 %;</p><p>h) sólidos em suspensão totais: inferior a 100 mg/L.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO74/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>K.3 Dimensionamento</p><p>Para o dimensionamento da vazão de contribuição, aplicar as considerações do 5.11 e de K.3.1</p><p>a K.3.2.</p><p>Para o dimensionamento do sumidouro, deve-se considerar principalmente os testes de percolação</p><p>do solo realizados conforme o Anexo N e seus resultados expressos em min/m e assim encontrar</p><p>a taxa máxima de aplicação expressas em m3.m–2.d–1, conforme a seguinte equação:</p><p>A = Qprojeto/Tx.inf</p><p>onde</p><p>A é a área para absorção do líquido, expressa em metros quadrados (m2);</p><p>Qprojeto é a vazão de dimensionamento, conforme 5.11;</p><p>Tx.inf é a taxa de infiltração conforme ensaio de percolação, expressa em metros cúbicos/metro</p><p>quadrado/ dia (m3.m–2.d–1), ver Anexo N.</p><p>Os sumidouros não devem ter profundidade superior a 3,5 m, assim testes de percolação devem levar</p><p>em consideração a profundidade de aplicação dentre esta faixa para obtenção da taxa de percolação</p><p>média (Kmédio).</p><p>K.3.1 Sumidouro na região não arenosa (Kmédio > 500 min/m)</p><p>Neste caso, o dimensionamento deve seguir os parâmetros prescritos em K.3.1.1 a K.3.1.8.</p><p>K.3.1.1 Cálculo da área de infiltração</p><p>Para o cálculo da área de infiltração, deve ser considerada a superfície lateral abaixo da geratriz</p><p>inferior da tubulação de lançamento do afluente, acrescida da área de superfície do fundo.</p><p>NOTA Para garantir o bom funcionamento do sumidouro, atender a periodicidade de limpeza do sistema de</p><p>tratamento indicado na norma e/ou projeto específico, visando a reduzir o risco de colmatação especialmente</p><p>da área do fundo.</p><p>K.3.1.2 Cálculo da área total</p><p>O cálculo da área total necessária deve ser obtido conforme K.3.</p><p>K.3.1.3 Altura útil</p><p>A altura útil do sumidouro deve ser determinada de modo a manter distância vertical mínima de</p><p>1,50 m entre o fundo do poço e o nível máximo do aquífero. Distância vertical mínima inferior deve</p><p>atender K.3.1.4.</p><p>K.3.1.4 Redução da altura útil</p><p>Caso haja necessidade de reduzir a altura útil do sumidouro, devido à proximidade do nível do aquífero,</p><p>pode-se reduzir a profundidade, alterando o diâmetro e/ou o número de unidades para atingir a área</p><p>de infiltração necessária, conforme representado nas Figuras K.1 e K.2.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 75/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>A instalação de sumidouro com distâncias verticais até o aquífero inferiores aos 1,50 m deve ser</p><p>precedida de uma avaliação técnica que considere o grau de contaminação do aquífero causado</p><p>por compostos nitrogenados, fósforo ou microrganismos patogênicos. Nesta avaliação técnica,</p><p>devem ser respeitados os parâmetros estabelecidos na legislação aplicável, observando os usos e</p><p>enquadramento da água subterrânea.</p><p>K.3.1.5 Distâncias</p><p>Na implantação de sumidouro, considerar que:</p><p>a) o sumidouro deve ser locado com afastamento de 3 vezes o diâmetro, ou no mínimo a 3,00 m</p><p>do sistema de tratamento adotado, considerando a área de infiltração calculada;</p><p>b) a distância mínima entre as paredes dos poços múltiplos deve ser de 3,00 m. Na existência</p><p>de outros obstáculos, respeitar distância mínima de 1,50 m, como muros, ou outros;</p><p>c) na existência de vegetação de porte, deve ser verificada a interferência de raízes com o sumidouro;</p><p>d) a distância mínima do sumidouro de taludes ou áreas com inclinação de mais de 20° deve ser</p><p>de no mínimo 5 m, mesmo que estes taludes sejam estruturados e consolidados;</p><p>e) para edificações, o sumidouro deve respeitar a estrutura de fundação dessa edificação e/ou</p><p>ter no mínimo 3,0 m de distância. Distâncias inferiores devem ser justificadas.</p><p>NOTA Aplicados como referência técnica os dados dos Manuais Técnicos da Funasa do Programa de</p><p>Melhorias Sanitárias Domiciliares – MSD (ver [1]).</p><p>K.3.1.6 Diâmetro interno</p><p>O menor diâmetro interno do sumidouro deve ser de 1,00 m. Diâmetros</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO2/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>3.5</p><p>decantação</p><p>processo em que, por gravidade, um líquido se separa dos sólidos em suspensão</p><p>3.6</p><p>demanda bioquímica de oxigênio de cinco dias, a 20°C [DBO5,20]</p><p>quantidade de oxigênio consumido para estabilizar bioquimicamente o material orgânico biodegradável</p><p>contido no esgoto, sob condição aeróbia, no teste de incubação durante cinco dias, a 20 °C</p><p>3.7</p><p>demanda química de oxigênio [DQO]</p><p>quantidade de oxigênio consumida para oxidação da matéria orgânica contida no esgoto, estimada</p><p>por meio de reação química, utilizando o dicromato de potássio como reagente, sob condição ácida</p><p>e quente</p><p>3.8</p><p>desidratação de lodos</p><p>processos naturais ou mecânicos, através dos quais se reduz o conteúdo líquido do lodo, para posterior</p><p>disposição final</p><p>3.9</p><p>diâmetro nominal</p><p>DN</p><p>simples número que serve para classificar, em dimensões, os elementos de tubulações (tubos, juntas,</p><p>conexões, acessórios)</p><p>NOTA O diâmetro nominal (DN) não é objeto de medição, nem de utilização para fins de cálculos.</p><p>3.10</p><p>digestão</p><p>decomposição da matéria orgânica em substâncias progressivamente mais simples e estáveis</p><p>3.11</p><p>dispositivo de descarga de lodo</p><p>instalação tubular para retirada, por pressão hidrostática, do conteúdo da zona de digestão</p><p>3.12</p><p>dispositivo de entrada</p><p>dispositivo interno destinado a orientar a entrada do esgoto no tanque ou da câmara, prevenindo</p><p>sua saída em curto-circuito</p><p>3.13</p><p>dispositivo de saída</p><p>dispositivo interno destinado a orientar a saída do efluente do tanque ou da câmara, evitando</p><p>curto-circuito, e a reter escuma</p><p>3.14</p><p>efluente</p><p>parcela líquida que sai de qualquer unidade do sistema de tratamento</p><p>3.15</p><p>efluente industrial</p><p>resíduo líquido de operação industrial</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 3/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>3.16</p><p>escuma</p><p>matéria graxa e sólidos em mistura com gases, que flutuam no líquido em tratamento</p><p>3.17</p><p>esgoto afluente</p><p>água residuária que chega ao sistema de tratamento pelo dispositivo de entrada</p><p>3.18</p><p>esgoto comercial</p><p>efluentes líquidos oriundos de atividades comerciais, passíveis de serem tratados biologicamente</p><p>3.19</p><p>esgoto doméstico</p><p>efluente líquido resultante do uso da água para higiene, necessidades fisiológicas humanas, atividades</p><p>domésticas</p><p>3.20</p><p>esgoto não doméstico</p><p>efluente líquido resultante, de serviços e/ou processos produtivos, com características físicas, químicas</p><p>e/ou biológicas diferentes dos esgotos domésticos e que podem causar danos aos sistemas de</p><p>esgotamento sanitário, ao meio ambiente e à saúde pública</p><p>3.21</p><p>esgoto ou efluente líquido industrial</p><p>efluente líquido proveniente de unidade industrial, compreendendo efluentes de processo industrial,</p><p>águas de refrigeração poluídas, águas pluviais poluídas e esgoto doméstico</p><p>3.22</p><p>esgoto ou efluente de processo industrial</p><p>efluente líquido proveniente das áreas de processamento industrial, incluindo os originados</p><p>nos processos de produção, as águas de lavagem de operação de limpeza e outras fontes, que</p><p>comprovadamente apresentem poluição por produtos utilizados ou produzidos no estabelecimento</p><p>industrial</p><p>3.23</p><p>esgoto sanitário</p><p>efluente líquido constituído de esgoto doméstico, esgoto não doméstico tratado conforme requisitos</p><p>da prestadora de serviço em saneamento responsável pelo sistema de esgotamento sanitário e/ou</p><p>ABNT NBR 9800, água de infiltração e a contribuição pluvial parasitária</p><p>3.24</p><p>interferência negativa</p><p>efeito causado no sistema por substância tóxica (biológica, química), por temperatura muito elevada</p><p>ou muito baixa, que afetam e/ou prejudicam o processo de tratamento</p><p>3.25</p><p>lodo digerido</p><p>lodo estabilizado por processo de digestão</p><p>3.26</p><p>lodo fresco</p><p>lodo instável, em início de processo de digestão</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO4/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>3.27</p><p>lodo biológico</p><p>material formado de flocos biológicos, sólidos orgânicos e inorgânicos, resultantes do crescimento</p><p>biológico no processo de tratamento</p><p>3.28</p><p>meio filtrante</p><p>material destinado a reter e/ou ao crescimento de microrganismos na sua superfície para formação</p><p>de biofilme aderido e depurar o esgoto</p><p>3.29</p><p>meio suporte</p><p>material destinado a fixar microrganismos na sua superfície, remover poluentes com baixa concentração</p><p>de sólidos suspensos e depurar o esgoto</p><p>3.30</p><p>microrganismos patogênicos</p><p>agentes biológicos contidos no esgoto, responsáveis pela transmissão de doenças</p><p>EXEMPLO Vírus, bactérias, protozoários.</p><p>3.31</p><p>período de detenção do esgoto</p><p>tempo médio de permanência da parcela líquida do esgoto dentro da zona de decantação do tanque</p><p>ou da câmara</p><p>3.32</p><p>período de digestão</p><p>tempo necessário à estabilização da parcela orgânica do lodo</p><p>3.33</p><p>profissional capacitado</p><p>aquele que recebe capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional legalmente habilitado</p><p>3.34</p><p>profissional habilitado</p><p>aquele que comprove conclusão de curso específico para sua atividade em instituição reconhecida</p><p>pelo sistema oficial de ensino e com registro no competente conselho de classe</p><p>3.35</p><p>profundidade total</p><p>medida entre a face inferior da laje de fechamento e o nível da base do tanque ou da câmara</p><p>3.36</p><p>profundidade útil</p><p>medida entre o nível mínimo de saída do efluente e o nível da base do tanque ou da câmara</p><p>3.37</p><p>sedimentação</p><p>processo de separação por gravidade dos sólidos em suspensão contidos no líquido</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 5/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>3.38</p><p>sistema de esgotamento sanitário</p><p>conjunto de instalações que reúne coleta, tratamento e disposição das águas residuárias e resíduos</p><p>sólidos resultantes</p><p>3.39</p><p>sistema local de tratamento de esgotos</p><p>sistema de saneamento onde as distâncias entre as fontes geradoras de esgotos, seu tratamento</p><p>e disposição final são próximas entre si, não necessitando normalmente de rede coletora extensa,</p><p>coletor-tronco, poços de visita, emissários, elevatórias etc.</p><p>3.40</p><p>taxa de evapotranspiração</p><p>altura da coluna de água, dada em milímetros, perdida pelos mecanismos de transpiração da vegetação</p><p>e da evaporação</p><p>3.41</p><p>taxa de aplicação hidráulica superficial</p><p>relação entre a vazão de esgoto e a área superficial de uma unidade do sistema de tratamento</p><p>3.42</p><p>tempo de detenção hidráulica</p><p>tempo médio que a massa hidráulica fica dentro de um tanque ou câmara</p><p>3.43</p><p>taxa de acumulação de lodo digerido</p><p>número de dias de acumulação de lodo fresco equivalente ao volume de lodo digerido a ser armazenado</p><p>no tanque ou na câmara, considerando redução de volume de quatro vezes para o lodo digerido</p><p>3.44</p><p>volume útil</p><p>volume que representa a capacidade operacional da unidade do sistema de tratamento no qual ocorre</p><p>o processo</p><p>4 Requisitos gerais</p><p>4.1 Desenvolvimento do projeto</p><p>O sistema de tratamento deve ser projetado de forma completa indicando a disposição final dos</p><p>resíduos gerados no processo. Quando necessário, projetar solução técnica para o aproveitamento</p><p>dos subprodutos gerados no sistema de tratamento.</p><p>O sistema de tratamento deve ser projetado por profissional com habilitação, atribuição legal e</p><p>competência técnica, registro em órgão de classe. Os dados de registro do profissional responsável</p><p>técnico devem constar nos memoriais de cálculo e descritivo, nas peças gráficas do projeto.</p><p>4.1.1 Elementos necessários para o desenvolvimento do projeto</p><p>Os elementos necessários para o desenvolvimento do projeto são os seguintes:</p><p>a) caracterização do sistema de tratamento a ser aplicado, avaliação das opções e alternativas</p><p>para o processo de tratamento e para a disposição final dos subprodutos do processo,</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO6/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>vazão de dimensionamento, características físico-químicas e biológicas do esgoto, níveis de</p><p>enchente/inundação/alagamento</p><p>menores devem ser justificados.</p><p>1.1.1.1 Distribuição do esgoto</p><p>A distribuição do esgoto aos sumidouros múltiplos deve ser feita por meio de caixa distribuidora de</p><p>vazão.</p><p>K.3.1.7 Alternância do uso</p><p>Deve ser previsto uso alternado do sistema. O número mínimo de sumidouros deve ser dois, cada um</p><p>correspondendo a 100 % da capacidade total necessária. Pode-se optar por três, cada uma com 50 %</p><p>da capacidade total. Quando a adoção de mais de um sumidouro não for possível, deve ser justificado.</p><p>Convém a alternância de uso dos sumidouros em um prazo máximo de seis meses, visando ao</p><p>adiamento da saturação do sistema para manutenção e desobstrução dos poros do solo.</p><p>K.3.1.8 Operação</p><p>Convém a exposição ao ar livre das paredes internas do sumidouro que não estiver em uso, durante</p><p>pelo menos seis meses, para permitir a recuperação da capacidade infiltrativa, tomando-se o cuidado</p><p>para não ocorrer acidentes.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO76/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>K.3.2 Sumidouro na região arenosa</p><p>Para região arenosa, com baixo valor de K (menor que 500 min/m), visando a mitigar a contaminação</p><p>do aquífero, deve-se adotar:</p><p>a) o uso de uma camada filtrante envolvente do sumidouro com solo, com espessura mínima de</p><p>0,50 m, tendo K > 500 min/m, conforme representado na Figura K.1. Esta camada não deve sofrer</p><p>compactação mecânica durante a montagem do sumidouro, e respeitar o nível de permeabilidade</p><p>indicada.</p><p>b) uma distância entre o fundo do sumidouro e o nível máximo do aquífero superior a 1,50 m.</p><p>A instalação de sumidouro com distâncias verticais até o aquífero inferiores aos 1,50 m deve</p><p>ser precedida de uma avaliação técnica que considere o grau de contaminação do aquífero</p><p>causado por compostos nitrogenados, fósforo ou microrganismos patogênicos. Nesta avaliação</p><p>técnica, devem ser respeitados os parâmetros estabelecidos na legislação vigente aplicável,</p><p>observando os usos e enquadramento da água subterrânea;</p><p>K.3.3 Avaliação do sistema de infiltração</p><p>O sistema deve ser monitorado para não causar danos ambientais e evitar contaminação a aquíferos,</p><p>atendendo à legislação vigente aplicável.</p><p>K.4 Processo construtivo</p><p>Quando da construção do sumidouro:</p><p>a) o fundo e as paredes laterais não devem sofrer qualquer compactação durante a sua construção;</p><p>b) convém a instalação de manta geotêxtil na interface entre sumidouro e solo natural.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 77/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Figura K.1 – Esquema representativo de disposição final do efluente líquido tratado no solo</p><p>em sumidouro com enchimentoPr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO78/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Figura K.2 – Esquema representativo de disposição final do efluente líquido tratado no solo</p><p>em sumidouro sem enchimento lateral e com enchimento lateral</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 79/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Anexo L</p><p>(normativo)</p><p>Disposição final do efluente líquido tratado no solo em vala de infiltração</p><p>L.1 Generalidades</p><p>Este Anexo abrange o projeto de vala de infiltração, para sistemas locais de tratamento de esgoto com</p><p>vazão diária até 12 000 L/dia e carga orgânica total até 3,80 kgDBO/dia. A instalação deste sistema</p><p>deve ser avaliada de acordo com as normas e legislação vigente no local da instalação.</p><p>A elaboração do projeto deve atender aos requisitos estabelecidos nesta Norma e à legislação vigente</p><p>aplicável, com a devida adequação dos requisitos específicos indicados em L.2 a L.4.</p><p>A vala de infiltração é um sistema de disposição final do efluente líquido tratado, que consiste na</p><p>sua percolação e interação no solo.</p><p>O desempenho do tratamento depende das características do solo, de seu grau de saturação por</p><p>água e da área disponível.</p><p>A definição do local de instalação de vala de infiltração deve levar em consideração a posição</p><p>e profundidade do aquífero para evitar sua contaminação. Não pode usar a vala de infiltração onde</p><p>o lençol freático é raso.</p><p>Convém a aplicação de forma intermitente do efluente do processo de tratamento na vala de infiltração,</p><p>buscando melhorar a eficiência e aumentar a durabilidade do sistema de infiltração.</p><p>L.2 Dimensionamento da vala de infiltração</p><p>A vala de infiltração deve ser dimensionada para a vazão adotada no processo de tratamento, conforme</p><p>5.11 e os seguintes:</p><p>a) valores de taxa de aplicação conforme a Tabela N.1;</p><p>b) o cálculo da área total necessária é feito conforme a Tabela N.1;</p><p>c) para efeito de cálculo da área de infiltração, devem ser consideradas as superfícies das laterais</p><p>e do fundo situadas no nível inferior ao tubo de distribuição do efluente, conforme na Figura L.1;</p><p>d) para o dimensionamento do diâmetro dos tubos de distribuição do interior da vala, deve-se</p><p>considerar a vazão do efluente e o sistema de tratamento adotado;</p><p>e) os tubos de distribuição devem conter orifícios laterais de 10 mm espaçados uniformemente,</p><p>de forma a permitir a distribuição do efluente ao longo de toda a vala;</p><p>f) recomenda-se o diâmetro mínimo de 100 mm para os tubos de distribuição;</p><p>g) para sistema unifamiliar com até 5 habitantes, pode ser adotado diâmetro mínimo de 50 mm para</p><p>os tubos de distribuição;</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO80/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>h) a declividade do tubo de distribuição deve ser entre 1:300 e 1:500 para aplicação por gravidade</p><p>e contínua;</p><p>i) no lançamento do efluente por conduto forçado, a declividade do tubo de distribuição pode</p><p>ser zero;</p><p>j) os materiais de enchimento da vala de infiltração podem ser brita número três ou pedras com</p><p>características correspondentes, dispostos conforme representado na Figura L.1;</p><p>k) a distância, em planta, dos eixos centrais das valas de infiltração paralelas não deve ser inferior</p><p>a 2 m;</p><p>l) o comprimento máximo de cada vala de infiltração não deve ultrapassar 30 m.</p><p>L.3 Fatores determinantes no projeto e no uso da vala de infiltração</p><p>Para o projeto e o uso da vala de infiltração devem ser observados os seguintes parâmetros:</p><p>L.3.1 Características do solo do local de instalação</p><p>O sistema de vala de infiltração depende das características do solo onde ocorre sua instalação. Nesse</p><p>sentido, a capacidade de percolação do solo é o parâmetro fundamental para o dimensionamento.</p><p>A capacidade de percolação no solo deve ser determinada por meio do teste descrito no Anexo N.</p><p>L.3.2 Distância mínima do aquífero</p><p>Deve ser mantida uma distância mínima vertical entre o fundo da vala de infiltração e o nível máximo</p><p>da superfície do aquífero de 1,50 m.</p><p>NOTA Exceção a esta distância mínima vertical inferior a 1,50 m pode ser assumida desde que realizada</p><p>avaliação técnica detalhada do grau de comprometimento do aquífero, sob a responsabilidade técnica do</p><p>projetista.</p><p>A instalação de vala de infiltração deve ser precedida de uma avaliação quanto a contaminação do</p><p>aquífero causada por compostos nitrogenados, fósforo e microrganismos patogênicos. Nesta avaliação,</p><p>devem ser respeitados os parâmetros estabelecidos na legislação vigente aplicável.</p><p>L.3.3 Manutenção da condição aeróbia no interior da vala</p><p>O sistema de vala de infiltração deve ser construído e operado de modo a manter condições aeróbias</p><p>no solo. Para isso, devem ser instalados tubos de exaustão a tubulação de distribuição do efluente</p><p>do processo de tratamento. Também deve ser previsto o uso alternado das valas, conforme L.3.5.</p><p>e representado nas Figuras L.1 e L.2.</p><p>L.3.4 Distância mínima do poço de captação de água</p><p>A vala de infiltração deve manter uma distância horizontal mínima conforme 5.1.2, considerar</p><p>as características do solo e respeitar uma distância adequada de poço de captação de água.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO</p><p>81/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>L.3.5 Alternância do uso</p><p>Para manutenção da condição aeróbia no interior da vala de infiltração e degradação da área colmatada</p><p>do solo, deve ser previsto uso alternado de valas.</p><p>O número mínimo de valas deve ser dois, cada uma correspondendo a 100 % da capacidade total</p><p>necessária. Pode-se optar por três valas, cada uma com 50 % da capacidade total.</p><p>Cada vala deve ficar em operação contínua por um prazo máximo de seis meses.</p><p>L.3.6 Águas pluviais</p><p>Deve ser evitado o ingresso de águas pluviais para o interior das valas de infiltração, visando a</p><p>minimizar o arraste de microrganismos patogênicos retidos no solo.</p><p>Para isso deve ser prevista uma sobrelevação do solo na superfície das valas, visando a drenagem</p><p>das águas pluviais no entorno do campo de infiltração, conforme Figura L.2.</p><p>L.4 Processo construtivo</p><p>No projeto e na construção do sistema de valas de infiltração para a disposição final do efluente</p><p>líquido no subsolo, os detalhes construtivos exercem influência fundamental na sua durabilidade e</p><p>funcionamento, devem ser observados os seguintes aspectos:</p><p>a) o fundo e as paredes laterais não devem sofrer qualquer compactação durante a sua construção;</p><p>b) quando houver compactação voluntária ou involuntária, as paredes e o fundo da vala devem ser</p><p>escarificadas até uma profundidade de 0,10 m a 0,20 m;</p><p>c) revestir fundo, paredes laterais e topo da vala com manta geotêxtil;</p><p>d) as tubulações de transporte e distribuição de esgoto devem ser protegidas contra cargas rodantes</p><p>para não causar danos ao sistema;</p><p>e) quando houver o desejo de melhorar a distribuição do efluente, pode-se optar pelo emprego de</p><p>conduto forçado;</p><p>f) deve ser construída uma sobrelevação na superfície da vala (ver a Figura L.2), visando a diminuir</p><p>a possibilidade de erosão do solo e a entrada de água pluvial para o interior do sistema;</p><p>g) nas encostas do morro ou em locais onde o terreno tem inclinação acentuada, as valas devem</p><p>ser instaladas acompanhando as curvas de nível. No caso, a tubulação de distribuição deve respeitar</p><p>a declividade mínima exigida [ver L.2-h) e Figura L.2];</p><p>h) não permitir plantio de árvores próximo às valas, para não danificar o sistema devido ao crescimento</p><p>das raízes;</p><p>i) os detalhes de uma vala de infiltração típica estão representados nas Figuras L.1, L.2 e L.3.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO82/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Figura L.1 – Esquema representativo de uma vala de infiltraçãoPr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 83/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Figura L.2 – Esquema representativo da distribuição da vala de infiltraçãoPr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO84/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Figura L.3 – Esquema representativo da caixa de distribuição da vala de infiltração</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 85/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Anexo M</p><p>(normativo)</p><p>Disposição final do efluente líquido tratado em tanque</p><p>de evapotranspiração</p><p>M.1 Generalidades</p><p>O tanque de evapotranspiração é utilizado para o tratamento do esgoto exclusivamente originário</p><p>de bacia sanitária de banheiro e pode ser adotado em locais com boa ventilação, alta taxa de</p><p>evapotranspiração e disponibilidade de área.</p><p>Sua aplicação é indicada para residências unifamiliares com até cinco moradores.</p><p>A elaboração do projeto deve atender aos requisitos estabelecidos nesta Norma e à legislação vigente</p><p>aplicável, com a devida adequação dos requisitos específicos indicados em M.2 a M.6.</p><p>O sistema consiste no direcionamento do efluente líquido para um tanque impermeabilizado, composto</p><p>de uma câmara que o recebe e direciona para camadas de diferentes materiais filtrantes conforme a</p><p>Figura M.1.</p><p>Na superfície do tanque devem ser plantadas espécies vegetais que possuam raízes pouco profundas</p><p>e com alto potencial de evapotranspiração, tendo uma média anual superior a 1 500 mm.</p><p>No interior do sistema, ocorre a degradação da matéria orgânica devido a processos físicos, químicos</p><p>e biológicos e as plantas presentes na superfície do sistema podem aproveitar os nutrientes presentes</p><p>no esgoto.</p><p>O principal objetivo do tanque de evapotranspiração é a redução do volume de esgoto.</p><p>Convém como medida preventiva para disposição final um sistema complementar para infiltração</p><p>de eventuais excessos não evapotranspirados.</p><p>M.2 Dimensionamento do tanque de evapotranspiração</p><p>O tanque de evapotranspiração deve ser dimensionado com base na taxa de evapotranspiração</p><p>da planta adotada e na pluviosidade do local de instalação, garantindo a total evapotranspiração</p><p>do afluente.</p><p>Na ausência de parâmetros mais adequados, o tanque de evapotranspiração pode ser dimensionado</p><p>considerando o número de contribuintes e a contribuição da bacia sanitária, conforme 5.11.</p><p>Devem ser considerados:</p><p>a) profundidade entre 1,00 m e 1,50 m e largura de 1,00 m a 2,00 m;</p><p>b) para a área superficial utilizar no mínimo 2,00 m2 por pessoa contribuinte;</p><p>c) o comprimento máximo de cada tanque de evapotranspiração não deve ultrapassar 10 m;</p><p>d) convém que o plano de fundo da unidade tenha inclinação mínima de 1 % na direção da saída.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO86/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>M.3 Processo construtivo</p><p>No projeto e construção do sistema de tanque de evapotranspiração devem ser observados os</p><p>seguintes aspectos:</p><p>M.3.1 Estanqueidade e impermeabilização do fundo e das paredes</p><p>O fundo e as paredes laterais devem ser estanques e projetados para garantir a estabilidade da</p><p>unidade e a resistência aos esforços atuantes.</p><p>M.3.2 Os dispositivos de entrada, de distribuição do efluente e de saída</p><p>Para os dispositivos de entrada, de distribuição do efluente e de saída, considerar que:</p><p>a) as tubulações de transporte de esgoto devem ser protegidas contra cargas rodantes para não</p><p>causar danos ao sistema;</p><p>b) o esgoto deve ser encaminhado por meio de tubo de 100 mm até a câmara central. Esse tubo</p><p>deve ser acessível a partir da superfície do terreno de forma a facilitar a limpeza e remoção de</p><p>lodo. Recomenda-se a existência de proteção ao contato humano e à proliferação de insetos;</p><p>c) a câmara central que recebe o esgoto deve ser construída com tubo de 500 mm perfurado com</p><p>furos de 20 mm para garantir boa distribuição do esgoto ao longo da extensão do tanque de</p><p>evapotranspiração;</p><p>d) o tubo da câmara central pode ser substituído por outros materiais que permitam o recebimento e</p><p>a distribuição do esgoto. O material adotado deve ser adequado a esta aplicação, sendo resistente</p><p>aos esforços atuantes e às atividades biológicas e químicas que ocorrem no leito;</p><p>e) a tubulação de saída do efluente deve partir do interior da câmara central e deve permitir a</p><p>saída e a coleta do eventual efluente não evapotranspirado. Deve existir um desnível de 0,10 m</p><p>em relação à tubulação de entrada. Recomenda-se a utilização de tubos com diâmetro mínimo</p><p>de 50 mm.</p><p>M.3.3 Materiais de enchimento</p><p>O tanque deve ser preenchido com material estratificado de forma que tenha:</p><p>a) uma camada superficial de solo retirado da escavação;</p><p>b) camadas intermediárias de partículas finas e médias que dificultem o arraste de solo para</p><p>a camada inferior;</p><p>c) camada de fundo com partículas mais grossas que permitam a circulação do esgoto presente</p><p>na câmara central para o interior do leito.</p><p>Os materiais adotados devem resistir aos esforços atuantes e às atividades biológicas e químicas que</p><p>ocorrem no leito, possibilitar aderência para a formação de biofilme biológico e crescimento vegetal,</p><p>apresentar formato não achatado de modo a permitir a passagem do esgoto nos espaços vazios e ser</p><p>isento de solos e partículas finas.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR</p><p>NORMATIVO 87/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>M.4 Águas pluviais</p><p>Para as águas pluviais:</p><p>a) deve ser construída uma sobrelevação do solo no tanque de evapotranspiração, visando a diminuir</p><p>a possibilidade de entrada de água pluvial para o interior do sistema;</p><p>b) nas encostas de morro ou em locais nos quais o terreno tem inclinação acentuada, os tanques</p><p>de evapotranspiração devem ser instalados acompanhando as curvas de nível.</p><p>M.5 Plantas de superfície</p><p>Sobre a superfície do tanque de evapotranspiração, devem ser introduzidas plantas com raízes de</p><p>pequeno porte e com alta capacidade de evapotranspiração (média anual superior a 1 500 mm),</p><p>adaptadas ao cultivo em ambientes com as condições operacionais impostas pelo sistema.</p><p>M.6 Instalação e manutenção do tanque</p><p>Para a instalação e manutenção:</p><p>a) o tanque de evapotranspiração deve ser instalado em local aberto, com boa ventilação e insolação;</p><p>b) não permitir plantio de árvores em distância inferior a 3,0 m, para não danificar o sistema devido</p><p>ao crescimento das raízes;</p><p>c) deve-se evitar o crescimento de espécies vegetais invasoras;</p><p>d) deve ser prevista a remoção de lodo a cada 2 anos.</p><p>Figura M.1 – Esquema representativo de um tanque de evapotranspiração</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO88/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Anexo N</p><p>(normativo)</p><p>Procedimento para estimar a capacidade de percolação do solo (k)</p><p>N.1 Generalidades</p><p>Os instrumentos necessários para a realização do ensaio são os seguintes:</p><p>— relógio;</p><p>— cronômetro;</p><p>— régua;</p><p>— trado com diâmetro 150 mm;</p><p>— dispositivo para medição do nível d’água na cava;</p><p>— água em abundância.</p><p>N.2 Conversão de valores</p><p>Para a conversão de valores da taxa de percolação em taxa de aplicação superficial, adotar literatura</p><p>específica ou os valores recomendados na Tabela N.1.</p><p>Tabela N.1 – Conversão de valores de taxa de percolação em taxa de aplicação superficial</p><p>Taxa de percolação</p><p>min/m</p><p>Taxa máxima de</p><p>aplicação diária</p><p>m3/m2.d</p><p>Taxa de percolação</p><p>min/m</p><p>Taxa máxima de</p><p>aplicação diária</p><p>m3/m2.d</p><p>40 ou menos 0,20 400 0,065</p><p>80 0,14 600 0,053</p><p>120 1,12 1200 0,037</p><p>160 0,10 1400 0,032</p><p>200 0,09 2400 0,024</p><p>N.3 Para a vala de infiltração</p><p>O ensaio para estimar a capacidade de percolação deve ser feito cuidadosamente, o modo de</p><p>execução pode resultar em valores bastante distintos para um mesmo tipo de solo.</p><p>A época de execução do ensaio é também fator que influencia nos resultados.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 89/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>O ensaio deve ser precedido de uma etapa preliminar para simular a condição de solo saturado</p><p>(condição crítica no sistema de absorção).</p><p>Este ensaio é o mais simples que se conhece e, desde que seja utilizado em conjunto com os ensaios</p><p>de tato e visual do solo, pode ser instrumento útil para avaliação da capacidade de infiltração do solo.</p><p>O nível máximo do aquífero na área prevista deve ser conhecido antecipadamente.</p><p>N.3.1 Procedimentos a serem seguidos para a ensaio de percolação</p><p>a) o número de locais de ensaio deve ser no mínimo três pontos, distribuídos de modo a cobrir áreas</p><p>aproximadamente iguais no local indicado para campo de infiltração;</p><p>b) com o trado de diâmetro 150 mm, escavar uma cava vertical, de modo que o fundo da cava</p><p>esteja aproximadamente no mesmo nível previsto para os fundos das valas. Este nível deve ser</p><p>determinado, levando em conta a distância mínima do fundo da vala em relação ao nível máximo</p><p>do aquífero local (cerca de 1,50 m) e cota de saída do efluente do sistema de tratamento;</p><p>c) retirar os materiais soltos no fundo da cava e cobrir o fundo com cerca de 0,05 m de brita;</p><p>d) encher a cava com água até a profundidade de 0,30 m do fundo e manter esta altura durante</p><p>pelo menos 4 h, completando com água na medida em que desce o nível. Este período deve</p><p>ser prolongado para 12 h ou mais se o solo for argiloso; esta constitui uma etapa preliminar para</p><p>saturação do solo;</p><p>e) se toda a água inicialmente colocada infiltrar no solo dentro de 10 min, pode se começar o ensaio</p><p>imediatamente;</p><p>f) exceto para solo arenoso, o ensaio de percolação não deve ser feito 30 h após o início da etapa</p><p>de saturação do solo;</p><p>g) determinar a taxa de percolação como a seguir:</p><p>— colocar 0,15 m de água na cava acima da brita, cuidando-se para que durante todo o ensaio,</p><p>não seja permitido que o nível da água supere 0,15 m;</p><p>— imediatamente após o enchimento, determinar o abaixamento do nível d’água na cava a cada</p><p>30 min (queda do nível) e, após cada determinação, colocar mais água para retornar ao nível</p><p>de 0,15 m;</p><p>— o ensaio deve prosseguir até que se obtenha diferença de rebaixamento dos níveis entre</p><p>as duas determinações sucessivas inferiores a 0,015 m, em pelo menos três medições</p><p>necessariamente;</p><p>— no solo arenoso, quando a água colocada se infiltra no período inferior a 30 min, o intervalo</p><p>entre as leituras deve ser reduzido para 10 min, durante 1 h; assim sendo, nesse caso, o valor</p><p>da queda a ser utilizado é aquele da última leitura;</p><p>h) calcular a taxa de percolação para cada cava escavada, a partir dos valores apurados, dividindo-se</p><p>o intervalo de tempo entre determinações pelo rebaixamento lido na última determinação.</p><p>EXEMPLO Se o intervalo utilizado é de 30 min e o desnível apurado é de 0,03 m, tem-se a taxa</p><p>de percolação de 30/0,03 = 1 000 min/m.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO90/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>i) o valor médio da taxa de percolação da área é obtido calculando-se a média aritmética dos</p><p>valores das cavas;</p><p>j) o valor real a ser utilizado no cálculo da área necessária da vala de infiltração deve ser</p><p>o especificado na Tabela N.1;</p><p>k) obtém-se o valor da área total necessária para área de infiltração dividindo-se o volume total</p><p>diário estimado de esgoto (m3/dia) pela taxa máxima de aplicação diária.</p><p>N.4 Para o sumidouro</p><p>O sumidouro é uma unidade de infiltração vertical, que atravessa frequentemente algumas camadas</p><p>de solos com características distintas.</p><p>Neste caso, o ensaio para estimar a capacidade de infiltração no solo deve ser feito por camada</p><p>(desde que estas camadas sejam consideradas áreas de infiltração no sumidouro, ou seja, abaixo da</p><p>tubulação de entrada do esgoto).</p><p>O valor final da taxa de percolação deve ser obtido fazendo a média ponderada destes valores.</p><p>Todos os dispositivos, assim como os procedimentos para obtenção dos valores da taxa de percolação,</p><p>são idênticos à seção anterior, conforme descritos a seguir:</p><p>a) a cota do fundo da cava para ensaio deve ser aproximadamente a mesma do sumidouro. Por</p><p>sua vez, aquela cota é determinada a partir da distância mínima da cota máxima do aquífero local</p><p>e da cota de saída da tubulação do sistema de tratamento;</p><p>b) quando é feito ensaio sobre várias camadas, o resultado de cada cava é obtido pela equação:</p><p>Kmédia = ∑ (Ki x Hi)/∑ (Hi)</p><p>onde</p><p>Kmédia é a taxa de percolação média, expressa em minutos por metro (min/m);</p><p>Ki é a taxa de percolação no solo de onde foram realizados os ensaios, expressa em minutos</p><p>por metro (min/m);</p><p>Hi é a altura das camadas de onde foram realizados os ensaios, expressa em metros (m).</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 91/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>BIbliografia</p><p>[1] Manuais Técnicos da Funasa do Programa de Melhorias Sanitárias Domiciliares – MSD.</p><p>[2] ABNT NBR ISO 30500, Sistemas de saneamento não ligados à rede de esgoto – Unidades</p><p>de tratamento integradas pré-fabricadas – Requisitos gerais de segurança e desempenho para</p><p>projeto e ensaio</p><p>[3] Metcalf & Eddy, AECOM; “Tratamento de Efluentes e Recuperação de Recursos”, 5ª Edição,</p><p>Porto Alegre, Ed. AMGH, 2016; pp 569-580</p><p>[4] NR 12, Norma Regulamentadora NR12, Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos</p><p>confinados do Ministério</p><p>do Trabalho e Emprego</p><p>[5] NR 15, Norma Regulamentadora NR15, Atividades e operações insalubres confinados do Ministério</p><p>do Trabalho e Emprego</p><p>[6] NR 33, Norma Regulamentadora NR33, Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados</p><p>do Ministério do Trabalho e Emprego</p><p>[7] NR 35, Norma Regulamentadora NR35, Trabalho em altura do Ministério do Trabalho e Emprego</p><p>[8] ABNT NBR 10152, Acústica – Níveis de pressão sonora em ambientes internos a edificações</p><p>[9] ABNT NBR IEC 60034-9, Máquinas elétricas girantes – Parte 9: Limites de ruído</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>no local, alimentação de energia elétrica quando usada no</p><p>sistema, plano de contingências para possíveis problemas no sistema de tratamento;</p><p>b) levantamento planialtimétrico da área de instalação do sistema de tratamento, com detalhes</p><p>da vegetação, acesso e circulação de veículos, obras especiais, indicação das interferências;</p><p>c) informações/levantamentos ambientais, geotécnicas, geológicas, quando necessários e compatíveis</p><p>com a alínea “a” deste item;</p><p>d) as sondagens em função do porte do sistema de tratamento devem ser em número, tipo e</p><p>profundidade que permitam identificar as características do solo, o nível do lençol freático, definir</p><p>a fundação do sistema de tratamento, elaborar o projeto das obras especiais, o processo de</p><p>escavação, a fundação;</p><p>e) cadastro de unidade(s) relacionada(s) ao sistema de tratamento e de interferências;</p><p>f) plano de urbanização, legislação relativa ao uso e ocupação do solo;</p><p>g) restrições ambientais que interferem na área de influência do projeto;</p><p>h) condições mínimas de segurança e medicina do trabalho conforme legislação e normas vigentes;</p><p>i) legislações pertinentes vigentes;</p><p>j) critérios, procedimentos e diretrizes da prestadora de serviço em saneamento/da contratante/</p><p>da autoridade ambiental.</p><p>4.1.2 Atividades necessárias para o desenvolvimento do projeto</p><p>As atividades necessárias para o desenvolvimento do projeto são as seguintes:</p><p>a) realizar estudo técnico, econômico, financeiro e ambiental;</p><p>b) analisar as instalações do sistema de tratamento existente e seu ciclo operacional elaborando</p><p>diagnóstico que permita a otimização e a adequação técnica do mesmo, quando for o caso;</p><p>c) avaliar e considerar na solução técnica as restrições ambientais incidentes, quando existirem;</p><p>d) avaliar e definir a área para implantação do sistema de tratamento de vias de acesso, de espaço</p><p>para movimentação de carga e descarga de equipamentos;</p><p>e) complementar os levantamentos topográficos, as interferências, os estudos geológicos, e</p><p>geotécnicos, quando necessário;</p><p>f) determinar as vazões de projeto do sistema de tratamento;</p><p>g) definir o traçado das tubulações de entrada, interligações, saída, encaminhamento do efluente</p><p>líquido;</p><p>h) dimensionar as unidades que compõem o sistema de tratamento, aplicando as normas específicas;</p><p>i) avaliar os diferentes materiais aplicáveis, de modo a compatibilizar as melhores soluções técnicas</p><p>e econômicas com o tempo de vida útil requerido no estudo e/ou projeto;</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 7/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>j) avaliar as especificações técnicas de todos os componentes do sistema de tratamento;</p><p>k) avaliar a resistência mecânica das partes componentes do sistema de tratamento às ações</p><p>internas e externas atuantes;</p><p>l) prever a implantação de dispositivos que permitam os procedimentos de limpeza, esgotamento</p><p>do sistema de tratamento;</p><p>m) prever dispositivo para coleta de amostras de entrada e/ou de saída, se necessário;</p><p>n) compatibilizar o projeto do sistema de tratamento com os demais projetos complementares</p><p>(estruturais, hidrossanitário, elétrico, de automação, inspeção, segurança), quando aplicáveis;</p><p>o) avaliar a possibilidade do sistema de tratamento estar sujeito a vandalismo, incêndio, impacto</p><p>contra a estrutura, enchente/inundação/alagamento.</p><p>4.2 Sistema de tratamento existente</p><p>Para o sistema de tratamento existente, as considerações são as seguintes:</p><p>a) para sistema de tratamento existente, deve ser exigido estudo com avaliação do sistema e das</p><p>condições operacionais, com a apresentação dos cálculos, análises, medições resultantes das</p><p>vistorias realizadas e a descrição pormenorizada de todos os equipamentos instalados;</p><p>b) em instalações existentes, quando os diagnósticos indicarem eficiência inferior aos valores</p><p>mínimos estabelecidos pelo projeto/fabricante/literatura específica, indicar a realização de</p><p>ações de manutenção no sistema de forma a reestabelecer as condições mínimas operacionais</p><p>necessárias;</p><p>c) na elaboração de novos estudos e projetos, as partes com aproveitamento total e/ou parcial</p><p>existentes devem satisfazer às condições desta Norma ou adaptar-se a ela, mediante alterações</p><p>ou complementações, e deve ser analisado o impacto do sistema projetado sobre o sistema</p><p>existente.</p><p>4.3 Elementos e documentos que devem compor o projeto</p><p>Os elementos que devem compor o projeto são os seguintes:</p><p>a) Memorial de cálculo – contendo os estudos e os dimensionamentos.</p><p>b) Memorial descritivo e justificativo da solução técnica adotada.</p><p>4.3.1 Peças gráficas do projeto, em escalas adequadas, atendendo às normas técnicas em vigência</p><p>e as recomendações e padronizações da prestadora de serviço em saneamento ou da contratante,</p><p>contendo no mínimo:</p><p>a) planta de situação do sistema de tratamento;</p><p>b) planta de localização das unidades do sistema de tratamento;</p><p>c) plantas, cortes e detalhes, indicando no mínimo as dimensões externas e dimensões internas</p><p>(diâmetro/medidas, volume útil, altura útil).</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO8/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>4.3.2 Orçamento das obras contemplando materiais e serviços.</p><p>4.3.3 Manual de uso, operação, manutenção necessária (sobre processo) e controle previsto para</p><p>o sistema de tratamento, detalhamento das vazões máximas e mínimas operacionais, os períodos</p><p>de limpeza e manutenção, vida útil do projeto, quando aplicável.</p><p>4.3.4 Documento de comprovação da responsabilidade técnica pelo projeto do profissional habilitado.</p><p>4.4 Aplicação do sistema de tratamento de esgoto de menor porte</p><p>4.4.1 Os sistemas de tratamento indicados nesta Norma se aplicam ao tratamento de esgoto doméstico.</p><p>NOTA Sendo tecnicamente justificado, pode ser aplicada para tratamento de esgoto sanitário, desde que</p><p>atenda aos requisitos previstos nas resoluções, normas sanitárias e/ou legislações vigentes aplicáveis.</p><p>4.4.2 O emprego destes sistemas de tratamento é limitado ao atendimento de empreendimentos</p><p>residenciais e de outras atividades com vazão diária de esgoto até 12 000 L/d e carga orgânica total</p><p>até 3,80 kg DBO/d, o sistema antes de ser implantado deve ter as licenças necessárias do órgão</p><p>ambiental.</p><p>4.4.3 Outras configurações para o sistema de tratamento, não contempladas por esta Norma ou em</p><p>complementação a esta, podem ser utilizadas sob responsabilidade de profissional habilitado, que</p><p>deve justificar sua adoção, definir parâmetros de qualidade específicos e procedimentos operacionais</p><p>e de controle que visem a garantia dos resultados projetados, desde que atendidos os requisitos</p><p>gerais desta Norma.</p><p>4.5 Etapas do processo de tratamento</p><p>4.5.1 Tratamento preliminar</p><p>O tratamento preliminar é destinado principalmente à remoção de sólidos grosseiros, areia, óleos</p><p>e graxas.</p><p>4.5.2 Tratamento primário</p><p>O tratamento primário é destinado a remoção de sólidos em suspensão sedimentáveis e/ou sólidos</p><p>flutuantes.</p><p>4.5.3 Tratamento secundário</p><p>O tratamento secundário destina-se a remoção da matéria orgânica.</p><p>A matéria orgânica pode se apresentar nas seguintes formas:</p><p>a) matéria orgânica dissolvida (DBO solúvel ou filtrada), a qual não é removida por processos</p><p>meramente físicos, como o de sedimentação, que ocorre no tratamento primário;</p><p>b) matéria orgânica em suspensão (DBO suspensa ou particulada), a qual é em grande parte</p><p>removida no tratamento primário, no qual os sólidos de sedimentação mais lenta persistem na</p><p>massa líquida.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 9/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>4.5.4 Tratamento terciário</p><p>O tratamento terciário é composto por um conjunto de operações e processos unitários que visam,</p><p>principalmente a remoção de nutrientes ou de microrganismos.</p><p>4.5.5 Disposição final</p><p>A disposição final do efluente tratado pode ser por meio de sumidouro, lançamento em corpo receptor,</p><p>infiltração,</p><p>evapotranspiração, reúso.</p><p>4.5.6 Composição do sistema de tratamento de menor porte</p><p>O sistema de tratamento pode ser composto conforme esquema representativo apresentado na Figura 1.</p><p>Figura 1 – Esquema representativo do sistema de tratamento</p><p>A Figura 2 apresenta o sistema de tratamento considerando a etapa de tratamento aplicada no</p><p>processo.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO10/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Sistema de tratamento completo</p><p>Tratamento</p><p>preliminar Tratamento</p><p>primário</p><p>Tratamento</p><p>secundário Tratamento</p><p>terciário</p><p>Disposição</p><p>final do</p><p>efluente</p><p>tratado</p><p>caixa</p><p>retentora de</p><p>gordura</p><p>tanque sép�co filtro</p><p>anaeróbio desinfecção infiltração em solo</p><p>caixa</p><p>desarenadora MTEC primária filtro aeróbio corpo receptor de</p><p>água</p><p>disposi�vo de</p><p>gradeamento MTEC</p><p>anaeróbia reúso</p><p>MTEC aeróbia evapotranspiração</p><p>lodo a�vado fluxo con�nuo</p><p>ECTE</p><p>RAC</p><p>wetlands</p><p>lodo a�vado por batelada</p><p>vermifiltro</p><p>Pode haver combinações de processos de tratamentos para complementar a eficiência requerida</p><p>e atender a legislação vigente.</p><p>Figura 2 – Sistema de tratamento com as etapas de tratamento</p><p>4.6 Locais indicados à aplicação do sistema de tratamento de esgoto de menor porte</p><p>A aplicação do sistema tratamento de esgoto de menor porte é indicado para:</p><p>a) área desprovida de sistema de esgotamento sanitário;</p><p>b) unidade de contribuição isolada, comunidades isoladas;</p><p>c) retenção prévia dos sólidos sedimentáveis, quando da utilização de rede coletora com diâmetro</p><p>e/ou declividade reduzidos, para atender as diretrizes da prestadora de serviço em saneamento</p><p>responsável pelo sistema de esgotamento sanitário e/ou contratante e normas aplicáveis;</p><p>d) alternativa de tratamento de esgoto provisório em áreas providas de rede coletora com inviabilidade</p><p>técnica de interligação.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 11/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>4.7 Condições para o uso do sistema de tratamento de esgoto de menor porte</p><p>4.7.1 O sistema deve ser projetado e construído de maneira à preservar a qualidade das águas</p><p>superficiais e subterrâneas.</p><p>4.7.2 É vedado o encaminhamento ao sistema de tratamento de esgoto de:</p><p>a) águas pluviais;</p><p>b) efluentes capazes de causar interferência negativa em qualquer fase do processo de tratamento</p><p>ou a elevação excessiva da vazão do esgoto afluente, como os provenientes de piscinas e de</p><p>lavagem de reservatórios de água;</p><p>c) lançamento de efluentes acima da vazão projetada;</p><p>d) lançamentos de efluentes oriundos de processo industrial que não atendam ao 4.4.1;</p><p>e) material sólido em geral, como por exemplo: papel higiênico, subproduto gerado no triturador de</p><p>alimentos, absorvente higiênico, camisinha, cabelos, barra de calça, entre outros.</p><p>5 Requisitos específicos</p><p>5.1 Localização e distâncias mínimas</p><p>5.1.1 Localização</p><p>O sistema de tratamento deve ser instalado em local:</p><p>a) de fácil ligação do coletor predial de esgoto à futura rede coletora a ser implantada na via pública;</p><p>b) com facilidade de acesso, tendo em vista a necessidade de remoção do lodo;</p><p>c) que permita a inspeção do sistema de tratamento;</p><p>d) que respeite a proximidade às residências, área de trânsito das pessoas ou animais domésticos,</p><p>quanto a segurança, odor, ruído.</p><p>5.1.2 Distâncias mínimas</p><p>O sistema de tratamento deve observar as seguintes distâncias horizontais mínimas:</p><p>a) 1,5 m dos limites do terreno, de construções, ramal predial de água;</p><p>b) 3,0 m das tubulações da rede pública de abastecimento de água;</p><p>c) 15,0 m de poços freáticos e de corpos de água de qualquer natureza;</p><p>d) 3,0 m de árvores e plantas com raízes que interfiram e afetem as instalações do sistema de</p><p>tratamento;</p><p>e) 3,0 m de sumidouros, de valas de infiltração.</p><p>NOTA As distâncias mínimas são computadas a partir da face externa mais próxima aos elementos</p><p>considerados e dependem das características do solo local.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO12/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>5.1.2.1 O sistema de tratamento deve observar distâncias verticais mínimas conforme necessidade</p><p>de cada tipo de tratamento a ser instalado.</p><p>5.1.2.2 No caso de impossibilidade de atender aos requisitos estabelecidos em 5.1.1 e 5.1.2, o</p><p>projeto deve indicar solução técnica de forma a não interferir, contaminar e/ou prejudicar as estruturas</p><p>existentes.</p><p>5.2 Aproveitamento/lançamento dos efluentes líquidos</p><p>5.2.1 Aproveitamento como fonte alternativa de água não potável</p><p>Os efluentes líquidos tratados do sistema local de tratamento de esgotos podem ser aproveitados,</p><p>atendendo aos requisitos estabelecidos na ABNT NBR 16783 para edificações.</p><p>5.2.2 Aproveitamento para outros usos</p><p>Para outros usos, devem ser estudados os parâmetros de qualidade específicos necessários para</p><p>cada situação, pelo profissional responsável técnico pelo projeto do sistema de tratamento, e atendidas</p><p>Normas, diretrizes, legislações vigentes específicas aplicáveis.</p><p>5.2.3 Lançamento do efluente líquido nas águas superficiais</p><p>Os efluentes líquidos tratados do sistema local de tratamento de esgotos podem ser lançados</p><p>diretamente nas águas superficiais, desde que atenda aos parâmetros de lançamento do corpo</p><p>receptor, fixados na legislação vigente federal, estadual ou municipal aplicável.</p><p>5.2.3.1 O lançamento do efluente líquido tratado pode ser realizado por meio de dispositivo direto</p><p>ou indireto, sendo necessário:</p><p>a) lançamento direto:</p><p>— atender a legislação vigente aplicável;</p><p>— serem previstas proteções adequadas para o lançamento do efluente no corpo receptor, de</p><p>modo a não causar erosão na margem (dissipador de energia), não causar obstrução no</p><p>fluxo da água ou ao trânsito das pessoas, resistir às enchentes ou marés, evitar o refluxo da</p><p>água. Estas proteções devem ser aprovadas pelos órgãos competentes, quando necessário.</p><p>b) lançamento indireto:</p><p>— atender a legislação vigente aplicável;</p><p>— executar tratamento do efluente líquido compatível com a qualidade da água no ponto de</p><p>lançamento;</p><p>— para lançamento em galeria de água pluvial, quando autorizado, obrigatório atender aos</p><p>requisitos ambientais locais.</p><p>5.2.4 Lançamento do efluente líquido tratado no solo</p><p>a) atender a legislação vigente aplicável;</p><p>b) por meio de sumidouro ou vala de infiltração, desde que, fiquem asseguradas a salubridade da</p><p>população vizinha à área de tratamento e a preservação do meio ambiente, principalmente a</p><p>qualidade da água do lençol freático.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 13/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>5.3 Quanto ao procedimento de limpeza do sistema de tratamento</p><p>5.3.1 Os sólidos gerados e acumulados no sistema de tratamento devem ser removidos a intervalos</p><p>equivalentes ao período de limpeza adotado no projeto.</p><p>5.3.2 O intervalo pode ser encurtado ou alongado quanto aos parâmetros de projeto, sempre que</p><p>se verificarem alterações nas vazões efetivas de operação em relação às estimadas.</p><p>5.3.3 A remoção periódica destes sólidos deve ser feita por empresa especializada, licenciada</p><p>ambientalmente, que cumpram a legislação aplicável. Quando for necessária a remoção manual</p><p>e/ou de pequenas quantidades, pode ser realizada pelo profissional habilitado ou pelo usuário do</p><p>sistema, desde que atenda as normas de segurança ver [4], [5], [6] e [7] ,</p><p>outra Norma aplicável e</p><p>recomendação do fabricante.</p><p>5.3.4 Anteriormente a qualquer operação que venha a ser realizada no interior de(s) tanque(s) ou</p><p>câmara(s) do sistema de tratamento, as tampas devem ser mantidas abertas por tempo suficiente</p><p>à remoção de gases tóxicos ou explosivos, atender as normas de segurança ver [6] e [7] ou Norma</p><p>aplicável.</p><p>5.4 Aproveitamento/disposição dos sólidos gerados no processo</p><p>5.4.1 Os sólidos gerados no processo de tratamento, como os provenientes de</p><p>gradeamento/peneiramento, de escuma, húmus, gordura e lodo biológico e/ou físico-químico, devem</p><p>ter transporte e disposição licenciados, conforme legislação vigente aplicável.</p><p>5.4.2 Os sólidos gerados no sistema local de tratamento de esgotos podem ser aproveitados, desde</p><p>que atendam as legislações vigentes e regulamentos aplicáveis.</p><p>5.4.3 O lançamento do lodo, em estações de tratamento de esgotos ou em pontos determinados do</p><p>sistema de esgotamento sanitário, deve ter a aprovação e regulamentação por parte da prestadora</p><p>de serviço em saneamento responsável pelo sistema de esgotamento sanitário na área considerada.</p><p>5.4.4 O tratamento do lodo gerado no processo de tratamento pode ser realizado conforme a</p><p>ABNT NBR 12209.</p><p>5.5 Componentes do sistema de tratamento</p><p>5.5.1 Os componentes do sistema de tratamento devem apresentar:</p><p>a) resistência mecânica compatível aos esforços atuantes;</p><p>b) resistência às substâncias contidas no solo, no esgoto afluente ou as geradas no processo</p><p>de digestão;</p><p>c) resistência às intempéries;</p><p>d) estanqueidade, a ser verificada conforme 5.18.</p><p>NOTA Convém avaliar a necessidade de impermeabilização quando da aplicação de estruturas de</p><p>concreto, alvenaria, ferrocimento, outros materiais montados ou moldados in loco e o atendimento aos</p><p>requisitos específicos estabelecidos pela prestadora de serviço em saneamento ou contratante.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO14/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>5.5.2 Todo material aplicado no sistema de tratamento indicado no projeto deve atender à Norma</p><p>brasileira específica em vigência e na inexistência adotar Normas Internacionais.</p><p>NOTA Exceção quanto a aplicação de aço desde que o material seja especificado conforme a API, ANSI,</p><p>ASTM ou AWWA.</p><p>5.5.3 Verificar a compatibilização e intercambiabilidade entre os diferentes materiais aplicados</p><p>no sistema de tratamento. Prever os devidos elementos para a transição quando necessário.</p><p>5.6 Dispositivo de retenção de gordura (caixa de gordura)</p><p>O esgoto gerado no preparo de alimentos, nas pias de cozinha e na máquina de lavar louça, deve</p><p>passar por caixa de gordura, projetada de acordo com a ABNT NBR 8160.</p><p>5.7 Dispositivo para remoção de areia</p><p>Quando necessário, deve ser instalado dispositivo para remoção de areia conforme a</p><p>ABNT NBR 12209.</p><p>5.8 Dispositivo de gradeamento</p><p>Quando necessário, deve ser instalado dispositivo de gradeamento conforme a ABNT NBR 12209.</p><p>5.9 Dispositivo de inspeção, de acesso e/ou de visita</p><p>O sistema de tratamento deve conter dispositivos de inspeção e/ou de acesso/visita, que permitam</p><p>a manutenção, a remoção do lodo e da escuma acumulados, a desobstrução dos dispositivos de</p><p>entrada, de saída, de drenagem de fundo quando existir, e em outras partes onde for necessário.</p><p>Quando da definição do local de instalação deste dispositivo, deve ser observada a facilidade de</p><p>acesso.</p><p>Eventual revestimento de piso executado na área do sistema de tratamento não pode impedir</p><p>a abertura destes dispositivos.</p><p>5.9.1 Dispositivo de inspeção</p><p>Deve ser observada a dimensão mínima de 0,20 m.</p><p>Deve ser prevista pelo menos uma abertura por tanque ou câmara.</p><p>5.9.2 Dispositivo de acesso e/ou de visita</p><p>Quando necessário, prever dispositivo(s) de acesso e/ou visita.</p><p>Deve ser observada a dimensão mínima de 0,60 m.</p><p>5.9.3 Dispositivo de limpeza</p><p>Deve ser instalado tubo-guia para permitir o acesso de equipamento de limpeza e esgotamento do</p><p>tanque ou câmara.</p><p>Deve ser observada a dimensão mínima de 0,20 m.</p><p>NOTA A adoção de dimensão 0,15 m é para aplicação exclusiva em unidades de tratamento de contribuição</p><p>isolada.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 15/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>5.9.4 Fechamento do(s) dispositivo(s)</p><p>Deve permitir vedação, e ser facilmente instalado ou removido.</p><p>As juntas, quando existirem, devem ser quimicamente resistentes aos contaminantes do sistema</p><p>de tratamento.</p><p>5.10 Dispositivo de ventilação</p><p>5.10.1 Para o sistema de tratamento, devem ser previstas condições ou dispositivos para dispersar</p><p>os gases gerados no processo de acordo com as normas de segurança vigentes, de modo a evitar</p><p>a concentração destes gases.</p><p>5.10.2 Pode ser avaliada a possibilidade destes gases serem dispersados pelo sistema de ventilação</p><p>predial.</p><p>5.10.3 Devem ser cumpridos os requisitos estabelecidos reside na ABNT NBR 8160.</p><p>5.10.4 Anteriormente a qualquer operação que venha a ser realizada no interior das partes componentes</p><p>do sistema de tratamento, as tampas devem ser mantidas abertas por tempo suficiente, não inferior</p><p>a 5 min., para a remoção de gases tóxicos ou explosivos.</p><p>5.11 Vazão para dimensionamento</p><p>5.11.1 O sistema deve ser dimensionado e implantado de forma a receber o esgoto afluente. Quando</p><p>for sistema coletivo, considerar as taxas de contribuição de infiltração na rede e vazão máxima diária.</p><p>5.11.2 Deve ser verificada a condição operacional para a vazão máxima do horizonte do estudo ou</p><p>do projeto e mínima de início de operação, considerando a(s) etapa(s) intermediária(s), a operação</p><p>intermitente, relacionadas à eficiência do processo.</p><p>5.11.3 Para o dimensionamento da vazão:</p><p>a) adotar a contribuição unitária em litro/pessoa/dia ou em litro/unidade/dia, obtido junto a prestadora</p><p>de serviço em saneamento ou contratante;</p><p>b) obter a contribuição unitária com dados em campo, considerando 80 % do consumo médio</p><p>histórico de água (histórico de no mínimo 1 ano);</p><p>NOTA Em casos tecnicamente justificados, podem ser adotados percentuais diferentes de 80 %.</p><p>c) em caso de usos mistos (comercial, industrial, outros), a vazão total de contribuição resulta da</p><p>soma das vazões correspondentes a cada tipo de ocupação;</p><p>d) incluir a água que infiltra na rede de interligação no caso de sistema coletivo;</p><p>e) na impossibilidade de obtenção destes dados reais, podem ser adotados os valores descritos</p><p>na Tabela 1 a seguir apresentada ou valores indicados em literatura específica.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO16/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Tabela 1 – Contribuição diária de efluente (q) por unidade</p><p>Tipo de contribuição Unidade</p><p>Contribuição de</p><p>efluente (q) a</p><p>Litro/unidade/dia</p><p>Lodo fresco (Lf) b</p><p>Litro/unidade/dia</p><p>1. Ocupantes permanentes</p><p>residência padrão alto Pessoa 160 1</p><p>residência padrão médio Pessoa 130 1</p><p>residência padrão baixo Pessoa 100 1</p><p>hotel (exceto banheira, lavanderia e cozinha) Pessoa 100 1</p><p>hotel com cozinha e lavanderia, exceto banheira Pessoa 240 1</p><p>hotel com cozinha, lavanderia e banheira Pessoa 360 1</p><p>alojamento provisório Pessoa 80 1</p><p>orfanato - asilo Pessoa 120 1</p><p>escola (internato) Pessoa 150 1</p><p>presídio Pessoa 240 1</p><p>quartel Pessoa 120 1</p><p>área rural Pessoa 100 1</p><p>2. Ocupantes temporários</p><p>fábrica em geral Pessoa 70 0,30</p><p>escritório Pessoa 50 0,20</p><p>edifício público ou comercial Pessoa 50 0,20</p><p>escola de meio período Pessoa 50 0,20</p><p>escola de período integral Pessoa 100 0,30</p><p>creche Pessoa 50 0,20</p><p>bar Pessoa 6 0,10</p><p>restaurante e similares Refeição 25 0,10</p><p>cinema, teatro, templo, igreja e locais de curta</p><p>permanência Lugar 2 0,02</p><p>ambulatório Pessoa 25 0,20</p><p>estação ferroviária, rodoviária e metroviária Passageiro 25 0,20</p><p>sanitário público Bacia</p><p>sanitária 480 4</p><p>a q – contribuição de efluente (esgoto)</p><p>b Lf – contribuição de lodo fresco</p><p>NOTA Para garantir a eficiência do sistema, avaliar os efeitos da contribuição direta</p><p>no sistema de</p><p>tratamento de máquina de lavar roupa, banheira ou outro equipamento com alta contribuição pontual.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 17/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>5.12 Requisitos mecânicos</p><p>5.12.1 Quando da existência de um conjunto de peças especiais que necessite manutenção, prever</p><p>acessório que facilite a sua montagem e desmontagem.</p><p>5.12.2 Deve ser verificada a estabilidade à pressão hidráulica externa (subpressão/empuxo), em</p><p>zonas suscetíveis a este esforço gerado pelo nível freático (nível de água subterrânea, inundação,</p><p>alagamento, enchente).</p><p>NOTA Podem ser aplicadas medidas preventivas para atenuar os esforços e garantir a estabilidade</p><p>estrutural do sistema de tratamento, a serem definidas no projeto.</p><p>5.12.3 Deve ser aplicado fator de segurança compatível ao esforço gerado, para garantia desta</p><p>estabilidade.</p><p>5.12.4 Recomenda-se avaliar as condições do entorno da estrutura do sistema de tratamento e</p><p>as possíveis influências na sua estabilidade.</p><p>5.13 Etapas de implantação, plano de execução da obra ou de instalação</p><p>5.13.1 Etapas de implantação</p><p>As etapas de implantação devem ser detalhadas atendendo aos estudos de viabilidade técnica,</p><p>econômica e financeira, com atendimento à legislação vigente aplicável, e diretrizes definidas pela</p><p>prestadora de serviço em saneamento ou contratante.</p><p>5.13.2 Plano de execução ou de instalação</p><p>5.13.2.1 Definir o plano de execução e/ou de instalação do sistema de tratamento, considerando</p><p>a interdependência das atividades, quando necessário.</p><p>5.13.2.2 Adotar solução técnica compatível ao risco onde o sistema de tratamento estiver sujeito a</p><p>avarias de qualquer natureza, provocadas por agentes reais ou potenciais (vandalismo, incêndio,</p><p>impacto contra a estrutura).</p><p>5.13.2.3 Indicar no projeto, para a fase de execução das obras, a obrigatoriedade no atendimento</p><p>às normas nacionais, às especificações da prestadora de serviço em saneamento quando aplicáveis,</p><p>e considerar as instruções do fabricante nas partes aplicáveis.</p><p>5.13.2.4 Prever no projeto as fases construtivas e solução para as interferências, espaços para tráfego</p><p>ou acesso para manutenção, e demais detalhes necessários à execução da obra, atendendo também</p><p>aos aspectos de segurança.</p><p>5.13.2.5 Prever e considerar no orçamento:</p><p>a) local adequado para acondicionamento dos materiais, se necessário;</p><p>b) a realização do teste de estanqueidade do sistema de tratamento, conforme 5.18 ou conforme</p><p>norma técnica aplicável;</p><p>c) a realização de verificação de estabilidade à pressão hidrostática externa;</p><p>d) a limpeza interna das unidades construídas e da área na finalização e entrega da obra;</p><p>e) a localização da destinação final dos entulhos e resíduos da construção civil para local adequado</p><p>e licenciado, quando necessário.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO18/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>5.14 Especificações técnicas</p><p>As especificações técnicas devem ser detalhadas, claras e objetivas, contendo todos os elementos</p><p>necessários à caracterização dos serviços a serem executados, dos materiais, equipamentos</p><p>eletromecânicos, acessórios a serem utilizados e produtos a serem aplicados, atendendo aos requisitos</p><p>desta norma e de outras normas técnicas vigentes e aplicáveis.</p><p>5.14.1 As especificações técnicas devem incluir a exigência de garantias quanto a alterações, reparos,</p><p>substituições, reposições e consertos de todo e qualquer material que apresentar anomalias, vícios</p><p>ou defeitos decorrentes de matéria-prima empregada em sua produção e/ou decorrentes de erros de</p><p>concepção do projeto e/ou da fabricação do componente ou do equipamento; assistência técnica;</p><p>reposição de peças do componente ou do equipamento acessório especificado.</p><p>5.14.2 Para cada tipo de componente ou equipamento aplicado, podem ser exigidos documentos</p><p>específicos pertinentes, como laudos técnicos, testes, ensaios complementares.</p><p>5.14.3 Na especificação, deve constar a exigência de fornecimento do manual de instalação, operação,</p><p>uso e manutenção, de acordo com 5.16.</p><p>5.15 Identificação</p><p>O sistema de tratamento pré-fabricado e/ou construído por empresas especializadas deve conter</p><p>identificação indelével, em lugar facilmente visível, com no mínimo as seguintes informações:</p><p>a) identificação: nome do fabricante (razão social), CNPJ;</p><p>b) produto, lote ou data de fabricação, peso do componente vazio;</p><p>c) vazão máxima e carga orgânica máxima admissível;</p><p>d) indicação do número da Norma de referência.</p><p>5.16 Manual de instalação, operação, uso e manutenção</p><p>5.16.1 O manual de instalação, operação, uso e manutenção deve ser elaborado a partir das informações</p><p>do projeto, contemplando no mínimo:</p><p>a) dados com o número máximo de usuário, vazão de dimensionamento;</p><p>b) modelo e características dos componentes e/ou equipamentos contidos no sistema de tratamento,</p><p>como resistência mecânica, pressão externa, pressão interna, vida útil, dimensões externas,</p><p>dimensões internas (diâmetro/medidas, volume útil, altura útil) e características do meio suporte</p><p>ou material de enchimento, características dos equipamentos (vazão de ar, potência do motor,</p><p>tensão, corrente etc.);</p><p>c) descrição do funcionamento com diretrizes de operação e manutenção do sistema de tratamento</p><p>e de seus componentes;</p><p>d) diagrama geral, mostrando componentes do sistema de tratamento e suas inter-relações;</p><p>e) identificação de pontos de amostragem, monitoramento da eficiência do sistema de tratamento,</p><p>quando aplicável;</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 19/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>f) procedimentos para início de operação, situações de emergência e segurança;</p><p>g) procedimentos para manutenção preditiva, preventiva, limpeza periódica, com descrição de cada</p><p>rotina e sua frequência;</p><p>NOTA Quando da execução da limpeza, observar a necessidade de manter parte do material biológico</p><p>para garantir a eficiência do sistema de tratamento.</p><p>h) identificação dos problemas operacionais mais frequentes e procedimentos a adotar em cada</p><p>caso.</p><p>5.16.2 O manual deve ser em português. E, quando o sistema de tratamento for importado, deve ser</p><p>anexado o manual original deste.</p><p>5.17 Orçamento</p><p>5.17.1 O orçamento do projeto deve atender as orientações e diretrizes da prestadora de serviço em</p><p>saneamento ou contratante, considerar 5.13 e especificações técnicas elaboradas conforme 5.14,</p><p>contemplando composições de custos específicos, quando necessários.</p><p>5.17.2 O orçamento do projeto deve considerar todas as etapas necessárias à implantação do sistema</p><p>de tratamento, dos serviços preliminares à desmobilização da obra.</p><p>5.18 Verificação de estanqueidade do sistema de tratamento</p><p>5.18.1 Antes do sistema de tratamento entrar em funcionamento, as partes componentes do sistema</p><p>(tanque(s) ou câmaras), devem ser submetidas ao ensaio de estanqueidade, realizado após estas</p><p>partes terem sido saturadas por no mínimo 24 h.</p><p>5.18.2 A estanqueidade é medida pela variação do nível de água, após enchimento, até a altura</p><p>da geratriz inferior do tubo de saída, decorridas 12 h. Se a variação for superior a 3 % da altura útil,</p><p>a estanqueidade é insuficiente, devendo-se proceder à correção de trincas, fissuras ou juntas, e a</p><p>impermeabilização necessária. Após a correção, novo ensaio deve ser realizado.</p><p>5.19 Outros requisitos</p><p>5.19.1 As peças gráficas devem estar de acordo com as normas técnicas aplicáveis e atender</p><p>às diretrizes específicas da prestadora de serviço em saneamento quando aplicável ou contratante.</p><p>5.19.2 Deve-se prever a proteção quanto aos ruídos gerados no sistema de tratamento conforme</p><p>a ABNT NBR 10152 (ver [8]), ABNT NBR IEC 60034-9 (ver [9]), e a norma de segurança ver [5],</p><p>quando aplicável.</p><p>5.19.3 Convém a adoção de medidas para a redução ou limitação da emissão de odores nas partes</p><p>componentes do sistema de tratamento e em seu entorno,</p><p>quando da concepção do sistema de</p><p>tratamento.</p><p>5.20 Amostragem para análise do desempenho e de monitoramento</p><p>De acordo com a legislação vigente ambiental aplicável e o porte do sistema de tratamento abrangido</p><p>nesta Norma, o sistema pode ser submetido à avaliação periódica de desempenho, verificando a sua</p><p>eficiência.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO20/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>5.21 Alternativas/arranjos de aplicação</p><p>5.21.1 O sistema de tratamento deve garantir a eficiência mínima exigida pelos órgãos e legislações</p><p>vigentes ambientais, os estabelecidos pela prestadora de serviços em saneamento ou contratante.</p><p>5.21.2 Os Anexos A ao M apresentam alternativas técnicas que podem compor o sistema de tratamento,</p><p>com diferentes arranjos entre as alternativas descritas, contemplam indicação de possíveis tratamentos</p><p>dos subprodutos gerados no processo.</p><p>5.21.3 A escolha do processo a ser selecionado e as faixas de remoção das alternativas apresentadas,</p><p>e as respectivas características principais, devem atender às normas específicas, se existirem, e ser</p><p>consultada literatura específica em complemento aos requisitos estabelecidos nesta Norma e em seus</p><p>anexos.</p><p>5.21.4 As soluções técnicas para o sistema de tratamento de esgoto não se limitam às apresentadas</p><p>nestes Anexos.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 21/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Anexo A</p><p>(normativo)</p><p>Tanque séptico (TS)</p><p>A.1 Generalidades</p><p>Este Anexo abrange o projeto de tanque séptico, pré-fabricados ou moldados in loco, para sistemas</p><p>locais de tratamento de esgoto com vazão diária até 12 000 L/dia e carga orgânica total até</p><p>3,80 kgDBO/dia, para instalação em sistemas que possuam condições diferenciadas de execução,</p><p>operação e manutenção, se comparadas aos sistemas de médio e grande portes de tratamento de</p><p>esgoto, usualmente implantados em empreendimentos não atendidos por sistema de esgotamento</p><p>sanitário, em empreendimentos distantes.</p><p>A elaboração do projeto deve atender aos requisitos estabelecidos nesta Norma e à legislação vigente</p><p>aplicável, com a devida adequação dos requisitos específicos indicados em A.2 a A.8.</p><p>O tanque séptico é uma unidade de fluxo horizontal, para tratamento de esgotos por processos</p><p>de sedimentação, flotação e digestão.</p><p>A.2 Dimensionamento do tanque séptico</p><p>No dimensionamento, calcular o volume útil total pela equação:</p><p>V = 1 000 + N × (q × T + K × Lf)</p><p>onde</p><p>V é o volume útil, expresso em litros (L);</p><p>N é o número de pessoas ou unidades de contribuição, expressa em unidades (ud);</p><p>q é a contribuição de efluente (esgoto), expressa em litros/unidade/dia (L/ud/d);</p><p>T é o período de detenção, expresso em dias (d);</p><p>K é a taxa de acumulação de lodo digerido, expressa em dias (d);</p><p>Lf é a contribuição de lodo fresco, expressa em litro/dia (L/d).</p><p>Quando houver tanque séptico em paralelo, dividir a contribuição e utilizar a equação para cada</p><p>tanque.</p><p>Quando houver contribuições de diferentes ocupações, somar as contribuições e determinar um único</p><p>tempo de detenção para cada tanque séptico.</p><p>O valor de 1 000 L da equação deve ser repetido para cada tanque séptico.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO22/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>A.2.1 Vazão de contribuição de efluentes (q)</p><p>No cálculo da vazão de contribuição de efluentes (q), adotar 5.11.</p><p>A.2.2 Período de detenção dos efluentes T</p><p>O sistema deve ser projetado para períodos mínimos de detenção, conforme a Tabela A.1.</p><p>Tabela A.1 – Período de detenção dos efluentes, por faixa de contribuição diária</p><p>Contribuição diária</p><p>L</p><p>Tempo de detenção</p><p>Dia Horas</p><p>Até 1 500 1,00 24</p><p>Acima de 1 501 até 3 000 0,92 22</p><p>Acima de 3 001 até 4 500 0,83 20</p><p>Acima de 4 501 até 6 000 0,75 18</p><p>Acima de 6 001 até 7 500 0,67 16</p><p>Acima de 7 501 até 9 000 0,58 14</p><p>Acima de 9 001 até 12 000 0,50 12</p><p>A.2.3 Taxa de acumulação total de lodo K</p><p>A taxa de acumulação total de lodo, em dias, é obtida na Tabela A.2, em função de:</p><p>a) faixas de temperatura ambiente (média do mês mais frio, em graus Celsius);</p><p>b) intervalo entre limpezas, em anos.</p><p>Tabela A.2 – Taxa de acumulação total de lodo (K), em dias, por intervalo entre limpezas</p><p>e temperatura do mês mais frio</p><p>Intervalo entre limpezas</p><p>anos</p><p>Valores de K por faixa de temperatura ambiente</p><p>Temperatura ambiente</p><p>°C</p><p>t ≤ 10 10 ≤ t ≤ 20 t > 20</p><p>1 94 65 57</p><p>2 134 105 97</p><p>3 174 145 137</p><p>4 214 185 177</p><p>5 254 225 217</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 23/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>A.3 Geometria do tanque séptico</p><p>O tanque séptico pode ser cilíndrico ou prismático retangular, conforme detalhes representativos</p><p>apresentados nas Figuras A.1 a A.3. As medidas internas mínimas devem observar o seguinte:</p><p>a) profundidade útil: varia entre os valores mínimos e máximos recomendados na Tabela A.3,</p><p>de acordo com o volume útil obtido mediante a equação conforme A.2;</p><p>b) diâmetro interno mínimo: 1,10 m;</p><p>c) largura interna mínima: 0,80 m;</p><p>d) relação comprimento/largura (para tanque prismático retangular): mínimo 2:1; máximo 4:1.</p><p>No projeto, as peças gráficas devem ser apresentadas indicando no mínimo diâmetro/medidas</p><p>internas, altura total, altura útil, volume útil.</p><p>Tabela A.3 – Profundidades úteis mínima e máxima, por faixa de volume útil</p><p>Volume útil</p><p>m3</p><p>Profundidade útil</p><p>m</p><p>Mínima Máxima</p><p>Até 6,00 1,20 2,20</p><p>Acima de 6,00 até 10,00 1,50 2,50</p><p>Acima de 10,00 1,80 2,80</p><p>A.4 Dispositivos de entrada e saída</p><p>Os dispositivos de entrada e saída devem ser constituídos por tês sanitários ou septos, e observar</p><p>as seguintes relações de medidas:</p><p>a) dispositivo de entrada: parte emersa, pelo menos 0,10 m acima da geratriz superior do tubo de</p><p>entrada, e parte imersa aprofundada até 0,10 m acima do nível correspondente à extremidade</p><p>inferior do dispositivo de saída;</p><p>b) dispositivo de saída: parte emersa nivelada, pela extremidade superior, ao dispositivo de entrada,</p><p>e parte imersa medindo um terço da altura útil do tanque a partir da geratriz inferior do tubo de</p><p>saída;</p><p>NOTA Sugerida a instalação de filtro-cartucho na saída do tanque séptico, de maneira facultativa,</p><p>para melhorar o desempenho do sistema, detalhe representativo de instalação na Figura A.3.</p><p>c) as geratrizes inferiores dos tubos de entrada e saída são desniveladas em 0,10 m;</p><p>d) entre a extremidade superior dos dispositivos de entrada e saída e o plano inferior da laje de</p><p>cobertura do tanque, deve ser preservada uma distância mínima que permita entre o nível de</p><p>água e o plano inferior da laje de cobertura do tanque distância ≥ a 0,30 m.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO24/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>A.5 Sistema para acesso, limpeza e retirada de lodo do tanque séptico</p><p>O tanque séptico deve possuir:</p><p>a) tubo-guia para facilitar a retirada periódica do lodo digerido acumulado no tanque, diâmetro</p><p>mínimo de 0,15 m;</p><p>b) tubo-guia prolongado até 2/3 da altura útil do tanque séptico;</p><p>c) tampa de inspeção/acesso localizada sobre dispositivo de entrada, com diâmetro mínimo de</p><p>0,60 m. Para tanque séptico com raio maior que 1,5 m prever inspeção sobre o dispositivo</p><p>de saída. Quando for utilizado filtro com tela no dispositivo de saída, deve ter inspeção sobre</p><p>o mesmo Figura A.3;</p><p>d) a altura da chaminé de inspeção/acesso convém ser de no máximo 0,50 m.</p><p>A.6 Periodicidade de limpeza/retirada de lodo</p><p>Os intervalos de limpeza devem ser indicados, quando do dimensionamento da unidade.</p><p>A.7 Operação</p><p>Deve ser disponibilizado pelo fabricante, o manual de operação do sistema para o correto funcionamento</p><p>deste.</p><p>NOTA Convém incluir no projeto e manual de operação observação para que durante a construção do</p><p>empreendimento, não ocorra contaminações do tanque séptico por caliças, resíduos diversos, químicos</p><p>como tintas, solventes e/ou soluções de limpeza</p><p>da obra.</p><p>A.8 Manutenção do sistema</p><p>Para manter o funcionamento adequado do sistema de tratamento, convém realizar o seguinte</p><p>procedimento de manutenção:</p><p>a) abrir a(s) tampa(s) de inspeção;</p><p>b) aguardar tempo suficiente para saída de gases;</p><p>c) inspecionar a estrutura periodicamente, visando a identificar possíveis vazamentos, conferindo</p><p>o nível de líquido com o nível do tubo de saída;</p><p>d) drenar camada de escuma por meio da tampa de inspeção;</p><p>e) inserir mangote através do tubo-guia para drenar lodo digerido. Manter a zona neutra e parte do</p><p>lodo em digestão dentro do tanque para preservar o processo de tratamento. O lodo acumulado</p><p>no tanque séptico retirado periodicamente deve ser encaminhado para a unidade de tratamento</p><p>de lodo ou ser realizada sua remoção para disposição final conforme legislação vigente aplicável;</p><p>f) caso seja identificado vazamento na estrutura, na inspeção conforme alínea b), esvaziar todo</p><p>o tanque conforme alíneas d) e e), proceder lavagem e posterior recuperação da estrutura para</p><p>manter sua estanqueidade;</p><p>g) a limpeza do sistema deve ser feita com emprego de materiais e equipamentos adequados para</p><p>impedir o contato direto do esgoto e lodo com o operador.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 25/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Figura A.1 – Esquema representativo de tanque séptico prismático com tê sanitário,</p><p>opção com septo</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO26/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Figura A.2 – Esquema representativo de tanque séptico circular com tê, opção com séptico</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 27/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Figura A.3 – Opção de saída com instalação de filtro cartucho</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO28/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Anexo B</p><p>(normativo)</p><p>Equipamento compacto de tratamento de esgoto (ECTE)</p><p>B.1 Generalidades</p><p>Este Anexo abrange o projeto de equipamento compacto de tratamento de esgoto completo (ECTE),</p><p>pré-fabricado, para sistemas locais de tratamento de esgoto com vazão diária até 12 000 L/dia e carga</p><p>orgânica total até 3,80 kgDBO/dia, para instalação em sistemas que possuam condições diferenciadas</p><p>de execução, operação e manutenção, se comparadas aos sistemas de médio e grande portes de</p><p>tratamento de esgoto, usualmente implantados em empreendimentos não atendidos por sistema de</p><p>esgotamento sanitário, em empreendimentos distantes.</p><p>A elaboração do projeto do sistema de tratamento por meio de ECTE, deve atender aos requisitos</p><p>estabelecidos nesta Norma e à legislação vigente aplicável, com a devida adequação dos requisitos</p><p>específicos indicados em B.2 a B.4.</p><p>O ECTE pode ser constituído por um ou mais módulos de tratamento de esgoto compacto (MTEC).</p><p>Um módulo MTEC único ou associado a outro módulo de tratamento complementar somente é</p><p>considerado como um ECTE quando atender aos requisitos para o tratamento de esgoto técnica e</p><p>legalmente exigíveis.</p><p>Os módulos MTEC que compõem o ECTE podem ser compostos de processo anaeróbio, aeróbio</p><p>ou misto e podem ser utilizados nas diferentes etapas do sistema de tratamento, depende das</p><p>características de cada projeto e função específica de cada módulo no processo. As alternativas de</p><p>aplicação podem ser compostas conforme a Figura 2 em 4.5.6.</p><p>B.2 Dimensionamento e detalhamento do equipamento compacto de tratamento</p><p>de esgoto (ECTE) e dos módulos (MTEC) componentes do sistema</p><p>Para o dimensionamento e detalhamento do equipamento compacto de tratamento de esgoto</p><p>(ECTE) e/ou de cada módulo do sistema de tratamento de esgoto compacto (MTEC), atender ao 5.11</p><p>e demais itens da Norma quando aplicáveis.</p><p>B.3 Requisitos de eficiência do equipamento compacto de tratamento de</p><p>esgoto (ECTE)</p><p>B.3.1 O equipamento deve atingir sua eficiência média em até 180 dias de funcionamento, conforme</p><p>dimensionamento do sistema.</p><p>B.3.2 A eficiência do MTEC é declaratória e deve ser informada pelo fabricante com base nas</p><p>eficiências de cada módulo de MTEC-tipo, por processo específico aplicado ao módulo, conforme</p><p>procedimento de verificação de eficiência descrito em B.4.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 29/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>B.3.3 O MTEC pode ser um componente do sistema de tratamento ou operar individualmente como</p><p>um sistema total, de acordo com as características de cada projeto e função específica projetada para</p><p>o módulo.</p><p>B.3.4 O ECTE pode contemplar individualmente o processo completo de tratamento, funcionando</p><p>como um sistema total ou ser composto por módulos de tratamento de esgoto compacto (MTEC).</p><p>B.3.4.1 Quando o ECTE atuar como um sistema completo de tratamento, além da “eficiência</p><p>declarada”, deve ser observado o atendimento à legislação ambiental aplicável.</p><p>NOTA De maneira facultativa a ABNT NBR ISO 30500 (ver [2]) traz em seu contexto requisitos de</p><p>desempenho para unidades de tratamento integradas pré-fabricadas, que podem ser considerados quando</p><p>da definição das eficiências a serem atingidas.</p><p>B.4 Procedimento de verificação de eficiência do equipamento</p><p>Um equipamento-tipo é um ECTE ou MTEC referência para a avaliação da eficiência do processo</p><p>de tratamento.</p><p>A avaliação de eficiência do equipamento-tipo, ECTE-tipo ou MTEC-tipo, deve ser realizada conforme</p><p>procedimentos a seguir descritos:</p><p>B.4.1 Considera-se como uma família de equipamentos, os ECTE ou MTEC que compartilhem o</p><p>mesmo projeto: desenho, características geométricas, regime hidráulico, características construtivas,</p><p>função específica no processo, elemento filtrante, se necessário; materiais aplicados e equipamentos</p><p>provenientes da mesma unidade produtiva.</p><p>B.4.2 Considera-se como grupo-padrão de equipamento, o conjunto de ECTE ou MTEC pertencentes</p><p>à mesma família com variação máxima da vazão nominal de referência (média) de projeto de 3 m3/dia.</p><p>B.4.3 Considera-se como equipamento-tipo, para os testes de referência, os equipamentos de</p><p>menor e maior vazão dentro um grupo-padrão.</p><p>B.4.4 A eficiência do equipamento deve ser verificada para os equipamentos-tipo para cada</p><p>grupo-padrão.</p><p>B.4.5 A eficiência do equipamento-tipo, com base neste procedimento é a “eficiência declarada”,</p><p>adotada para o grupo-padrão.</p><p>B.4.6 A verificação da eficiência do equipamento-tipo deve ser realizada a partir da avaliação da</p><p>alteração da qualidade entre o esgoto afluente e efluente ao equipamento avaliado.</p><p>B.4.7 A coleta e as análises de qualidade do esgoto devem ser realizadas por laboratório</p><p>reconhecido por entidade metrológica regional ou nacional.</p><p>B.4.8 As análises devem ser realizadas por profissionais capacitados sob a supervisão de</p><p>profissional habilitado.</p><p>B.4.9 Os resultados das análises devem ser registrados e conter os dados de registro do profissional</p><p>habilitado.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO30/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>B.4.10 As condições de implantação do sistema, as coletas e os resultados das análises devem ser</p><p>acompanhados e avaliados por entidade ou profissional capacitado, independente, de reconhecida</p><p>idoneidade e competência técnica responsável pela emissão de relatório de “eficiência declarada”</p><p>do ECTE equipamento-tipo.</p><p>B.4.11 Condições de instalação do sistema de tratamento para o teste de avaliação de eficiência</p><p>do ECTE equipamento-tipo:</p><p>a) para o teste de avaliação da eficiência o ECTE equipamento-tipo deve ser instalado em um sistema</p><p>de tratamento de efluentes em condições de funcionamento real;</p><p>b) as características do local da instalação-teste devem estar em acordo com os parâmetros</p><p>de projeto utilizados pelo fabricante do ECTE ou de cada MTEC que compõem o ECTE. São</p><p>objetos dessa conformidade o número de usuários e as condições de uso e ocupação do local</p><p>de instalação;</p><p>c) o sistema deve ser dotado de pré-tratamento. Recomenda-se que o sistema de pré-tratamento</p><p>utilizado para o teste de avaliação de eficiência seja composto por: gradeamento, caixa de areia</p><p>e caixa de gordura. Quando necessário, o sistema pode ter tratamento complementar;</p><p>d) o sistema deve ser instalado conforme instruções do fabricante;</p><p>e) o sistema de teste deve conter uma caixa de equalização e coleta de amostra imediatamente</p><p>antes da entrada e outra imediatamente após a saída do equipamento a ser testado, seja um</p><p>ECTE ou um MTEC.</p><p>f) para avaliação do MTEC, deve ser feita a sua instalação considerando o projeto completo da</p><p>ECTE. A caixa de equalização e coleta de amostra deve ser compatível com as vazões de projeto</p><p>do sistema e permitir a coleta das amostras para avaliação de qualidade do esgoto;</p><p>g) a caixa de equalização deve ser projetada com tempo de detenção hidráulico (TDH) de 1 h;</p><p>h) convém que as caixas de equalização sejam removidas do sistema após o período de análise</p><p>do equipamento-tipo.</p><p>B.4.12 Coleta de amostras – local, frequência e duração</p><p>a) as amostras devem ser coletadas diretamente nas caixas de equalização;</p><p>b) as amostras para verificação da eficiência do equipamento-tipo devem ser compostas, com coletas</p><p>horárias durante um período mínimo de 6 h, contemplando dois horários de pico;</p><p>c) a coleta de amostras deve ser realizada em três dias consecutivos e repetida a cada três meses</p><p>durante o período de avaliação do ECTE ou do MTEC.</p><p>B.4.13 Avaliação do equipamento-tipo</p><p>a) o equipamento-tipo deve ser avaliado pelo período de 12 meses;</p><p>b) o período de partida do sistema não pode ser considerado como parte integrante do período</p><p>de avaliação;</p><p>c) convém que o tempo de partida seja considerado como 180 dias a partir do início da operação;</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 31/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>d) quaisquer interrupções de alimentação de esgoto durante o teste de avaliação do</p><p>equipamento-tipo devem ser informadas e registradas;</p><p>e) em caso de interrupção de alimentação por 30 dias ou mais, deve-se interromper a avaliação,</p><p>considerar novamente o período de partida e, somente então, retomar o período de avaliação;</p><p>f) o valor de “eficiência declarada” do equipamento-tipo deve ser a média das eficiências diárias</p><p>do conjunto total das amostras para cada parâmetro.</p><p>B.4.14 Parâmetros aplicáveis à avaliação de eficiência do equipamento-tipo</p><p>A avaliação de eficiência do equipamento-tipo deve considerar os parâmetros descritos na Tabela B.1</p><p>Tabela B.1 – Parâmetros aplicáveis à avaliação de eficiência do equipamento-tipo</p><p>Parâmetro Equipamento-tipo</p><p>anaeróbio</p><p>Equipamento-tipo</p><p>aeróbio</p><p>Equipamento-tipo</p><p>misto</p><p>Ph X X X</p><p>Temperatura X X X</p><p>DBO X X X</p><p>DQO X X X</p><p>Sólidos sedimentáveis X X X</p><p>Sólidos em suspensão totais X X X</p><p>Óleos e graxas X X X</p><p>Nitrogênio amoniacal – X X</p><p>Fósforo total – X X</p><p>Oxigênio dissolvido – X X</p><p>B.4.15 O relatório de eficiência do equipamento-tipo deve contemplar no mínimo:</p><p>a) descrição do equipamento-tipo – nome do fabricante, nome comercial do equipamento, modelos</p><p>adotados para o teste, capacidade de atendimento de projeto do equipamento; descrição da</p><p>família e do grupo-padrão;</p><p>b) condições de instalação – local da instalação, descrição da implantação, descrição do sistema</p><p>de tratamento preliminar ou complementar, número de usuários e condições de uso e ocupação,</p><p>atendimento ao manual de instalação do fabricante;</p><p>c) atendimento ao dimensionamento - compatibilidade entre o número de usuários e a capacidade</p><p>de atendimento de projeto do equipamento;</p><p>d) verificação se o laboratório é reconhecido por entidade regional ou nacional;</p><p>e) acompanhamento das coletas de amostras – condições das coletas, respeito ao prazo de partida</p><p>do sistema e ao método estabelecido, interrupções de alimentação;</p><p>f) resultado das análises – resultados das análises de qualidade das águas obtidas no período de</p><p>avaliação, eficiências diárias e a “eficiência declarada” para o equipamento-tipo.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO32/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>Anexo C</p><p>(normativo)</p><p>Reator anaeróbio compartimentado (RAC)</p><p>C.1 Generalidades</p><p>Este Anexo abrange o projeto de reator anaeróbio compartimentado (RAC), para sistemas locais</p><p>de tratamento de esgoto com vazão diária até 12 000 L/dia e carga orgânica total até 3,80 kgDBO/dia</p><p>em área não atendida por sistema de esgotamento sanitário.</p><p>A elaboração do projeto deve atender aos requisitos estabelecidos nesta Norma e à legislação vigente</p><p>aplicável, com a devida adequação dos requisitos específicos indicados em C.2 a C.5.</p><p>O reator anaeróbio compartimentado (RAC) é componente do sistema de tratamento de esgotos</p><p>constituído por múltiplas câmaras sequenciais em relação ao fluxo hidráulico onde o esgoto é tratado</p><p>por processo anaeróbio em fluxo ascendente. No interior de cada câmara, ocorre o desenvolvimento</p><p>de biomassa de forma dispersa, responsável pelo tratamento biológico. O esgoto é introduzido no</p><p>fundo de cada câmara de digestão e é recolhido em sua parte superior de forma a permitir o contato</p><p>do esgoto com a biomassa, que se concentra na parte inferior de cada câmara.</p><p>O biogás produzido é coletado de maneira unificada na parte superior das câmaras, sendo encaminhado</p><p>para dispersão na atmosfera ou para a queima.</p><p>O lodo deve ser removido do interior do equipamento, observando-se a qualidade do efluente tratado.</p><p>A disposição final do efluente tratado dos RACs depende da legislação ambiental e das características</p><p>ambientais do local de implantação.</p><p>C.2 Dimensionamento e detalhamento do reator anaeróbio compactado (RAC)</p><p>Para o dimensionamento e detalhamento do reator anaeróbio compactado (RAC), atender C.2.1</p><p>a C.2.7 e demais itens da Norma quando aplicáveis.</p><p>C.2.1 O dimensionamento do RAC pode ser feito com base em modelos simplificados de cálculo</p><p>relacionados ao tempo de detenção hidráulica (TDH) (em horas) e à velocidade ascensional (em</p><p>metros /hora) em cada câmara de digestão.</p><p>C.2.2 O tempo de detenção hidráulica para o tratamento de efluentes sanitários, calculado para</p><p>a vazão média e considerando a temperatura média do esgoto para o mês mais frio, deve ser igual</p><p>ou superior a:</p><p>a) 8 h para temperatura do esgoto superior a 22 °C;</p><p>b) 10 h para temperatura do esgoto entre 18 °C e 22 °C;</p><p>c) 12 h para temperatura do esgoto entre 15 °C e 18 °C.</p><p>Pr</p><p>oj</p><p>et</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>su</p><p>lta</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>l</p><p>NÃO TEM VALOR NORMATIVO 33/91</p><p>ABNT/CB-177</p><p>PROJETO ABNT NBR 17076</p><p>OUT 2022</p><p>C.2.3 O valor adotado do TDH se refere ao total de câmaras estabelecido (no mínimo três câmaras).</p><p>O volume de cada câmara é função da vazão média de esgoto, do valor de TDH adotado e da relação</p><p>de volumes escolhida entre a primeira e as demais câmaras.</p><p>C.2.4 A velocidade ascensional em cada câmara de digestão deve ser igual ou inferior a 0,65 m/h</p><p>para a vazão média e inferior a 0,90 m/h para a vazão máxima.</p><p>C.2.5 Os cálculos do tempo de detenção hidráulica e da velocidade ascensional em cada câmara</p><p>devem ser realizados utilizando-se a vazão média de esgoto afluente à unidade.</p><p>C.2.6 Deve ser previsto sistema de ventilação e exaustão dos gases gerados pelo processo de</p><p>tratamento atendendo a 5.10.</p><p>C.2.7 Deve ser prevista uma forma de remoção de lodo e/ou esvaziamento para cada uma das</p><p>câmaras constituintes do RAC.</p><p>NOTA No caso de utilização de tubulação para descarte do lodo, convém que o diâmetro mínimo das</p><p>tubulações de descarga seja de 150 mm.</p><p>C.3 Câmaras de digestão</p><p>C.3.1 O RAC deve ser projetado com no mínimo três câmaras de digestão anaeróbias.</p><p>C.3.2 O volume das câmaras pode ser distribuído igualmente ou a primeira câmara pode ter volume</p><p>maior, pois é nela que ocorre a maior retenção de partículas sólidas e a remoção biológica da matéria</p><p>orgânica.</p><p>C.3.3 Câmaras complementares subsequentes podem ser incorporadas ao RAC como condição</p><p>equivalente</p>