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<p>17</p><p>UNIVERSIDADE LICUNGO</p><p>FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS</p><p>DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRÓNOMICAS</p><p>CURSO DE LICENCIATURA EM AGROPECUÁRIA COM HABILITAÇÃO EM EXTENSÃO AGRÁRIA</p><p>AGNALDO PAULO RODRIGUES</p><p>DESEMPENHO AGRÔNOMICO DA CULTURA DO PEPINO VERDE (Cucumis sativus) E AMENDOIM (Arachis hypogaea.) EM SISTEMA CONSÓRCIADO</p><p>Quelimane</p><p>2024</p><p>AGNALDO PAULO RODRIGUES</p><p>DESEMPENHO AGRÔNOMICO DA CULTURA DO PEPINO VERDE (Cucumis sativus) E AMENDOIM (Arachis hypogaea) EM SISTEMA CONSÓRCIADO</p><p>Projecto de Monografia Científica a ser apresentado ao Departamento de Ciências Agronómicas, Faculdade de Ciências Agrárias na Universidade Licungo, para obtenção do grau académico de Licenciatura em Agro-pecuária com Habilitações em Extensão Rural.</p><p>Supervisor: Engo. Novais de Rodolfo Novais Morais</p><p>Quelimane</p><p>2024</p><p>Índice pág.</p><p>CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO	4</p><p>1.1.	Generalidades	4</p><p>1.3.	Justificativa	7</p><p>1.4.	Objectivos	8</p><p>1.4.1.	Objectivo Geral	8</p><p>1.4.2.	Objectivos Específico	8</p><p>1.5.	Hipóteses	8</p><p>CAPÍTULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	9</p><p>2.1.	Origem do Pepino Verde	9</p><p>2.1.1.	Importância socioeconómica da cultura de pepino e amendoim em Moçambique	9</p><p>2.1.2.	Cultivares ou variedades da cultura de pepino verde usadas em Moçambique	9</p><p>2.1.3.	Composição nutricional do pepino	10</p><p>2.1.4.	Clima	10</p><p>2.1.5.	Solos e nutrição	11</p><p>2.1.6.	Irrigação	11</p><p>2.1.7. Produção mundial do pepino	12</p><p>2.2.	Amendoim	12</p><p>2.2.1.	Origem do amendoim	13</p><p>2.2.2.	Importância do Amendoim	13</p><p>2.2.3.	Solos	14</p><p>2.2.4.	Clima	14</p><p>2.2.5.	Irrigação	14</p><p>2.2.6. Produção do Amendoim em Moçambique	15</p><p>2.3.	Consorciação de culturas	15</p><p>2.3.1.	Vantagens das consorciações de culturas	16</p><p>2.3.2.	Desvantagens das consorciações de culturas	16</p><p>CAPÍTULO III: MATERIAS E MÉTODOS	17</p><p>3.1.	Localização e caracterização da área experimental	17</p><p>3.2.	Classificação da pesquisa	17</p><p>3.2.1.	Quanto a natureza	17</p><p>3.2.2.	Quanto a abordagem	17</p><p>3.2.3.	Quanto aos objectivos	18</p><p>3.3.	Delineamento Experimental e Descrição de Tratamentos	18</p><p>3.4.	Condução do experimento	20</p><p>3.4.1.	Preparo do solo	20</p><p>3.4.2.	Sementeira	20</p><p>3.4.3.	Rega	20</p><p>3.4.4.	Controlo de incidência de pragas no ensaio	20</p><p>3.5.	Parâmetros usados na avaliação do desenvolvimento vegetativo	20</p><p>3.5.1.	Altura da planta	21</p><p>3.5.2.	Número de folhas	21</p><p>3.5.3.	Peso e diâmetro do fruto	21</p><p>3.5.4.	Comprimento do fruto	21</p><p>3.5.5.	Produtividade média	21</p><p>3.6.	Análise Estatística	22</p><p>CAPÍTULO IV: RESULTADOS ESPERADOS	23</p><p>4.1.	Cronograma de actividades	24</p><p>4.2.	Plano orçamental	25</p><p>5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	26</p><p>CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO</p><p>1.1. Generalidades</p><p>A olericultura se caracteriza por intenso manejo e exposição do solo, irrigação, uso intensivo de defensivos agrícolas e de fertilizantes, que proporcionam considerável impacto ambiental. No entanto, a sustentabilidade na agricultura prima pelo objetivo de fazer uso racional dos recursos naturais e insumos para a produção de alimentos, de modo a não comprometer o meio ambiente para as gerações futuras. Para tanto, faz-se necessário a geração e/ ou domínio de tecnologias que diminuam o dano ao ambiente diante da necessidade de se plantar. Dentre elas, sugere se o cultivo consorciado de hortaliças. Além das vantagens de ordem económica e agronómica que poderão advir com o emprego desta tecnologia, o cultivo consorciado de hortaliças poderá contribuir para a olericultura situar-se dentro do contexto de agricultura de menor impacto ambiental. (Rezende et al, 2009).</p><p>De acordo com Barros Junior et al. (2008) tem-se os arranjos de pepino verde (Cucumis sativus L.), consorciados com outras culturas. O motivo principal pelo qual os produtores preferem o sistema de cultivo consorciado é justamente para obter maior produtividade quando comparado ao sistema de monocultura. O consórcio tem inúmeras vantagens ao se analisar os benefícios para a preservação do solo, as leguminosas são as que vem se destacando nesse tipo de maneio.</p><p>O amendoim (Arachis Hypogaea L.) tem origem na América do Sul e é uma das principais leguminosas cultivadas no mundo, assim como o feijão e a soja (EMBRAPA, 2017). É uma planta que tem condições ideais para ser consorciada com outras culturas, pois de acordo com Ferrari Neto et al. (2012) a cultura do amendoim e considerada como planta neutra, ou seja, não há efeito do fotoperíodo nas plantas, sendo que a luz não é um factor limitante para o desenvolvimento dessa cultura.</p><p>O aumento da diversidade da estrutura física das culturas em um sistema de consociação produz muitos benefícios. O aumento da cobertura de folhas nos sistemas consociados ajuda a reduzir as ervas daninhas, uma vez que as culturas são estabelecidas, reduz também o ataque de pragas e doenças, o uso de pesticidas e herbicidas, a erosão do solo e menos terra necessária para a produção agrícola. Com a variedade de sistemas de raiz no solo é possível reduzir a perda da água, aumentar a sua absorção e transpiração ajudando a arrefecer o solo e reduzir a evapotranspiração (Innis, 1997).</p><p>Em Moçambique, são escassas as pesquisas realizadas sobre consórcio entre a cultura do pepino verde e amendoim em campo.</p><p>Com base nisso, com o presente trabalho pretende-se avaliar o desempenho agronómico da cultura do pepino verde (Cucumis sativus) e amendoim (Arachis hypogaea) em sistema consórciado.</p><p>1.2. Problematização</p><p>A agricultura em Moçambique, especialmente no Distrito de Quelimane, desempenha um papel crucial na subsistência da população. No entanto, os produtores enfrentam desafios significativos, a falta de conhecimento técnico para melhorar a produtividade das culturas produzidas nesta parcela do país. Um dos principais obstáculos é a baixa produção da cultura de pepino verde, resultante do uso de terras sem um grande teor de fertilidade principalmente devido a pressão que esta vem sofrendo (uso sem pousio) aliado com o não uso de técnicas de melhoria de fertilidade do solo. Para enfrentar essa questão, muitas vezes em outros locais, opta-se por realizar um consórcio com uma cultura leguminosa que melhora a fertilidade do solo para alem de contribuir para o incremento de rendimento sobre a mesma parcela. No entanto, existem desafios a serem superados, como a competição por recursos (nutrientes, água e luz) entre as plantas consorciadas e a falta de compreensão das interações entre as espécies em diferentes condições ambientais. A pergunta que se coloca diante dessa situação é:</p><p>Como otimizar o cultivo consorciado de pepino verde e amendoim para aumentar a produtividade e garantir a sustentabilidade do sistema de produção agrícola?</p><p>1.3. Justificativa</p><p>O consórcio tem inúmeras vantagens ao se analisar os benefícios para a preservação do solo, as leguminosas são as que vêm se destacando nesse tipo de manejo. O amendoim (Arachis Hypogaea L.) tem origem na América do Sul e é uma das principais leguminosas cultivadas no mundo, assim como o feijão e a soja (EMBRAPA, 2017). É uma planta que tem condições ideais para ser consorciada com outras culturas, pois de acordo com Ferrari Neto et al. (2012) a cultura do amendoim é considerada como planta neutra, ou seja, não há efeito do fotoperíodo nas plantas, sendo que a luz não é um fator limitante para o desenvolvimento dessa cultura.</p><p>No entanto, no distrito de Quelimane, ainda há uma lacuna de conhecimento sobre o desempenho agronômico do consórcio entre o pepino verde e o amendoim. Portanto, é necessário realizar esse estudo para preencher essa lacuna e fornecer informações científicas sólidas sobre os benefícios e desafios do sistema consorciado entre essas duas culturas específicas. Além disso, o estudo também contribuirá para a promoção de práticas agrícolas mais sustentáveis e eficientes em Moçambique, fornecendo recomendações práticas aos agricultores sobre como maximizar o uso de recursos, reduzir a dependência de insumos externos e aumentar a produtividade de</p><p>forma ambientalmente amigável. Com base nessa justificativa, o estudo do desempenho agronômico do consórcio entre o pepino verde e o amendoim em Moçambique se torna relevante e necessário para avançar a agricultura sustentável no país.</p><p>1.4. Objectivos</p><p>1.4.1. Objectivo Geral</p><p>· Avaliar o Desempenho Agronómico da cultura do pepino verde (Cucumis sativus) e amendoim (Arachis hypogaea) em sistema consórciado.</p><p>1.4.2. Objectivos Específico</p><p>· Determinar os parâmetros desenvolvimento vegetativo no sistema consorciado entre Pepino e Amendoim;</p><p>· Mensurar os parâmetros de rendimento produtivo das culturas de pepino verde e amendoim no cultivo consorciado;</p><p>· Propor recomendações sobre o tipo de consorciação que melhore os rendimentos de Pepino e Amendoim no distrito de Quelimane.</p><p>1.5. Hipóteses</p><p>H0: Não há diferença no crescimento e rendimento do pepino verde (Cucumis sativus) quando cultivado em sistema consorciado com o amendoim (Arachis hypogaea) em comparação com o monocultivo do pepino verde.</p><p>H1: Há diferença no crescimento e rendimento do pepino verde (Cucumis sativus) quando cultivado em sistema consorciado com o amendoim (Arachis hypogaea) em comparação com o monocultivo do pepino verde.</p><p>CAPÍTULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA</p><p>2.1. Origem do Pepino Verde</p><p>Lahorta (2018), o pepino é originário das regiões tropicais do sul da Ásia. Foi cultivado na Índia há mais de 3.000 anos. Da Índia estendeu-se até a Grécia e depois até a Roma, e posteriormente foi introduzido na China.</p><p>O cultivo do pepino foi distribuído pelos romanos em outros lugares da Europa, inclusive apareceram registros deste cultivo na França no século IX, na Inglaterra no século XIV e na América do Norte a meiados do século XVI (Silva & Carvalho, 2017).</p><p>2.1.1. Importância socioeconómica da cultura de pepino e amendoim em Moçambique</p><p>O pepino (Cucumis sativus) tem grande importância económica e social dentro do agronegócio de hortaliças no mundo. É muito apreciado e consumido em todas as regiões. O fruto pode ser consumido na forma crua em saladas, sanduíches, sopas ou em conservas. Além disto, pode ser utilizado em cosméticos e medicamentos devido a suas propriedades nutracêuticas (Caires & Rosolem, 2014).</p><p>A China é responsável por aproximadamente 60% da produção mundial de pepino, seguida pela Turquia, Irã, Rússia e Estados Unidos.</p><p>A produção anual de pepino ultrapassa 200.000 t. Além da importância económica e alimentar, o cultivo de pepino, têm grande importância social, gerando muitos empregos directos e indirectos, desde o cultivo até a sua comercialização.</p><p>2.1.2. Cultivares ou variedades da cultura de pepino verde usadas em Moçambique</p><p>Existem no mercado quatro tipos de pepino: “caipira”, “conserva”, “aodai ou comum” e “japonês ou aonaga”. O pepino tipo caipira se caracteriza por frutos verde-claros com listras longitudinais e uma mancha denominada de “barriga branca”, comumente encontrada em frutos provenientes de cultivos sem tutoramento (Caires & Rosolem, 2014).</p><p>Os frutos são colhidos com aproximadamente 15 cm de comprimento e 5 a 6 cm de diâmetro, dependendo das exigências de cada mercado. O fruto pode ser triloculado ou pentaloculado e possui sabor agradável, livre de amargor. Cultivares com acúleos brancos são os preferidos, pois apresentam maior conservação pós-colheita.</p><p>De acordo com Catu & Albert (2019) “o pepino do tipo aodai é caracterizado por frutos de coloração verde-escura e formato cilíndrico, seus frutos possuem sabor agradável e muito apreciado em regiões metropolitanas”. Considerando seu volume de vendas, consiste no principal grupo do ponto de vista de volume de comercialização. Suas lavouras são predominantemente cultivadas em sistema tutorado. O pepino indústria ou conserva se caracteriza por frutos colhidos precocemente quando possuem entre 5 a 7 cm de comprimento. Os frutos possuem coloração verde-escura e são triloculados.</p><p>O pepino tipo japonês se caracteriza por frutos triloculados, de coloração verde-escura, alongados, com a presença de espinhos brancos, sendo colhidos quando os mesmos atingem entre 20 e 30 cm de comprimento. Possui sabor agradável, sendo bem aceito por mercados exigentes. Os frutos se desenvolvem sem a formação de sementes na maioria das cultivares (partenocarpia). Esse pepino é predominantemente cultivado dentro de casas de vegetação, pois a polinização é indesejável já que altera o formato dos frutos (Catu & Albert, 2019).</p><p>2.1.3. Composição nutricional do pepino</p><p>Aproximadamente 95% do pepino é composto por água, sendo relativamente rico em fibras, daí a sua importância para o sistema digestivo. Possui baixo teor de calorias e contém pequenas quantidades de vitamina C, potássio e vitamina A, que está contida na casca e que geralmente não é aproveitada frutos (Catu & Albert, 2019).</p><p>2.1.4. Clima</p><p>O pepino se adapta a regiões com clima variando de ameno a quente, ou seja, temperaturas entre 20 e 30oC. Baixas temperaturas prejudicam o desenvolvimento, principalmente em plantas jovens (menos de 35 dias após a germinação), e diminuem a produtividade, (Centurion & Lionel, 2017).</p><p>A cultura do pepino não tolera geadas devido a limitação climática, os plantios de pepino se concentram no período de primavera-verão, contudo, o plantio pode ser realizado no período do inverno, em locais em que não ocorra geadas. Plantio em regiões de altitude elevada e latitude acima de 22º Sul, ou em regiões predispostas a geadas podem ser amenizados com o cultivo dentro de casa de vegetação.</p><p>Nessas condições, o efeito estufa gerado no interior deste ambiente faz com que as baixas temperaturas, principalmente noturnas, não sejam limitantes para a cultura. Vale lembrar que o pepino também pode ser cultivado em ambiente protegido na época de verão, com a vantagem melhorar a qualidade do produto e a eficiência no controle de pragas e doenças.</p><p>2.1.5. Solos e nutrição</p><p>Os solos de textura média, leves, profundos, férteis, bem drenados e com alto teor de matéria orgânica são os mais adequados para o cultivo do pepino. Contudo a cultura se adapta a diversos tipos de solo, desde que existam condições de aeração adequadas. Assim, solos pesados que venham sendo cultivados por longo período e que sofreram extensivos usos de mecanização devem ser evitados. Solos com pH entre 5,6 e 6,8 são ideais para a cultura. A calagem ou fosfatagem, quando recomendadas devem ser feitas pelo menos dois meses antes do plantio ou transplante.</p><p>A saturação de bases deve ser elevada para 75% e o teor de magnésio a 1 cmolc /dm3. A adubação orgânica, quando possível, deve ser aplicada na dose de 30 t /ha de esterco bovino, 8 t/ha de esterco avícola ou 2,5 t/ha de torta de mamona fermentada. As ideais é que sejam aplicadas de 20 a 30 dias antes da semeadura ou transplantio das mudas, (Centurion & Lionel, 2017).</p><p>No cultivo do pepino deve-se ter cuidado para não deixar torrão sobre as sementes. Para cultivares híbridas, que tem o preço de semente elevado, as mudas são produzidas em algum tipo de recipiente. No passado, utilizou-se copinho de papel ou jornal, mas atualmente tem-se optado pelo plantio em bandejas de polipropileno de 128 células. Geralmente utilizado em sistema de cultivo protegido, as mudas produzidas por essa técnica estão prontas para o plantio entre 8 e 10 dias após a semeadura. O tutoramento do pepino a campo é realizado com estacas de bambu rachadas ao meio e colocadas a 1,7 m de altura em forma de “V” invertido. Em cultivo protegido é utilizado uma linha, sendo a mesma disposta na posição vertical ou arames horizontais sustentados por armações metálicas, (Ferreira, 2014).</p><p>2.1.6. Irrigação</p><p>O pepino é uma cultura exigente em água. A deficiência de água é muito prejudicial para esta cultura, principalmente em solos de textura leve. O estresse pela falta de água afeta os processos fisiológicos desde a fotossíntese até o metabolismo dos carboidratos. Desta forma, a umidade do solo deve ser mantida próxima à capacidade de campo. No plantio de outono-inverno praticamente toda água necessária para o desenvolvimento e produção</p><p>da cultura vem da irrigação. Nos plantios de primavera-verão a água de irrigação é necessária apenas para suprir algumas deficiências pluviométricas (Centurion & Lionel, 2017).</p><p>Na cultura do pepino, os sistemas mais utilizados de irrigação são os de aspersão, sulcos, microaspersão e gotejamento. Em campo aberto e onde a disponibilidade de água não é factor limitante, o sistema predominante é a aspersão. Em sistemas de cultivo protegido o gotejamento dá melhores resultados, pois irriga apenas o sistema radicular, evitando com isso a proliferação de diversas doenças foliares, podendo ser utilizado para aplicar nutrientes (fertirrigação) permitindo também a economia de água (Ferreira, 2014).</p><p>2.1.7. Produção mundial do pepino</p><p>A China é responsável por aproximadamente 60% da produção mundial de pepino, seguida pela Turquia, Irã, Rússia e Estados Unidos.</p><p>Figura 1. Produção mundial de pepinos</p><p>Fonte: (FAO, 2010)</p><p>2.2. Amendoim</p><p>O amendoim (Arachis hypogaea L.) é uma planta leguminosa pertencente à família Fabaceae, subfamília Faboideae. Como descrito por Bernardes e Viccario (1986), o amendoim é caracterizado por seus frutos subterrâneos, conhecidos como vagens, que contêm sementes comestíveis. Essas sementes, comumente chamadas de amendoim, possuem valor nutricional significativo e são amplamente consumidas em diversas formas.</p><p>Centurion e Centurion (1998) acrescentam que o amendoim é de grande importância económica devido à sua relevância nutricional e à diversidade de aplicações na indústria alimentícia e em outros sectores industriais. Suas sementes são ricas em óleos, proteínas e outros nutrientes essenciais, tornando-o um alimento valioso em várias dietas. Além disso, como mencionado por Peixoto et al. (2008), os subprodutos resultantes do processamento do amendoim têm usos importantes, como alimentação animal e compostagem.</p><p>A formação dos frutos do amendoim é um processo intrincado, conforme discutido por Nogueira e Távora (2005). O amendoim floresce com flores papilionáceas características da família Fabaceae, onde uma flor central amarela é cercada por pétalas maiores. Essas flores são polinizadas e desenvolvem estames que eventualmente penetram no solo, onde ocorre a maturação das sementes.</p><p>2.2.1. Origem do amendoim</p><p>Freitas (2013), embora sua origem seja incerta, alguns historiadores dizem que o amendoim é oriundo da América do Sul. Foram encontrados em alguns túmulos incas, potes de amendoins como alimento para a passagem, além de vasos de barro em formato de amendoim. Dizem também que os incas já faziam uma espécie de pasta de amendoim, torrando a semente e moendo-a até formar uma pasta rústica.</p><p>Mas o amendoim só ganhou o mundo no século XVI, depois da chegada dos espanhóis na América. Em Moçambique, aqui chegaram também encontraram amendoim em algumas regiões, levando-o para a África e possivelmente para a China. Alguns estudos dizem, porém, que já havia amendoim muitos séculos antes em terras chinesas (Ferreira, 2014).</p><p>De qualquer forma, hoje, a China é o maior produtor e consumidor de amendoim do mundo. Em 2018 o país produziu aproximadamente 18.5 milhões de toneladas, equivalente a 41% da produção mundial e diga-se de passagem, apenas 7% deste amendoim foi exportado.</p><p>2.2.2. Importância do Amendoim</p><p>O amendoim serve para ser confecionado assim, como também serve para indústrias caseiras ajudando deste modo para a economia das populações moçambicanas. A leguminosa também é rica em vitamina E, é composto por fósforo, nutriente importante para a memória; sais minerais, como o potássio, o zinco e o carboidrato, combustível para produção de trabalho muscularem. Possui alto teor calórico, porém não contém colesterol, em razão de ser de origem vegetal. Como outras leguminosas, o amendoim forma sementes no interior das vagens. A vagem do amendoim cresce em baixo da terra húmida, onde suas sementes se desenvolvem (Freitas, 2013).</p><p>Para Magaia (2020) “as sementes podem ser cozidas ou comidas cruas”. O amendoim tem uma grande importância económica, principalmente na indústria alimentar. Algumas variedades, por conter grande quantidade de lipídios, são utilizadas na fabricação de óleo de cozinha. O fruto amendoim é rico em óleo, proteínas e vitaminas, sendo uma importante fonte de energia e aminoácidos para alimentação humana. Leguminosa genuinamente sul-americana, ela produz um dos grãos mais consumidos do mundo atual.</p><p>2.2.3. Solos</p><p>A cultura de amendoim se desenvolve bem em solos arenosos, profundos, leves, com boa carga de matéria orgânica e bem drenados. Outro factor desfavorável para cultivar amendoim são os solos húmidos demais (Silva & Rodrigues, 2019).</p><p>Para que se desenvolva bem, o amendoim deve ser plantado em solos férteis, arenosos, profundos, leves, com boa carga de matéria orgânica e bem drenados. Dessa forma, as vagens do amendoim penetram e se desenvolvem mais facilmente no solo.</p><p>2.2.4. Clima</p><p>Regiões com temperaturas elevadas são as mais indicadas para o cultivo de amendoim. Na verdade, as temperaturas ideais para o desenvolvimento vigoroso da cultura devem se manter entre 20°C e 30°C. Em regiões abaixo dessa faixa, o mais recomendado é cultivar amendoim em estufas, onde as condições climáticas são controladas. Vale destacar que temperaturas baixas e umidade relativa do ar elevada são prejudiciais à cultura, em especial na floração. (Triola, 2021).</p><p>2.2.5. Irrigação</p><p>De acordo com Camara (2016), quanto à irrigação do amendoim, ela deve ser moderada, pois a planta não tolera encharcamentos. Nesse sentido, o solo deve ser irrigado apenas quando necessário, para se manter húmido. Pode ser utilizada a irrigação por aspersão, especialmente na época da floração, ou ainda a irrigação por gotejamento, que usa a água de forma mais racional e sem exageros.</p><p>2.2.6. Produção do Amendoim em Moçambique</p><p>Devido a sua fácil adaptação a diferentes condições edafoclimáticas nas regiões, o amendoim é uma oleaginosa largamente cultivada em vários países do mundo. A sua área e produção no mundo durante anos vêm registando crescimentos significativos. Em África, no ano de 1989 foi registado cerca de 4.6 milhões de toneladas produzidas numa área de 5.8 hectares (Romain, 2001).</p><p>Em Moçambique, o amendoim é cultivado em todo país, principalmente nas províncias nortenhas de Nampula, Zambézia e Cabo Delgado, no Sul nas províncias de Inhambane, Gaza e Maputo (Sánchez et al., 2010).</p><p>Segundo a FAO (2009), a produção do amendoim no país tem vindo a aumentar ao longo dos últimos anos, e é mais cultivado pelo sector familiar servindo para a sua subsistência bem como para a venda em caso de excedentes de produção (Sánchez, 2004).</p><p>Tabela 1: Produtividade (toneladas/hectare) para os cereais, raízes e amendoim por província, segundo o tamanho da exploração</p><p>Cultura</p><p>Tamanho da exploração</p><p>Niassa</p><p>Cabo Delgado</p><p>Nampula</p><p>Zambézia</p><p>Tete</p><p>Manica</p><p>Sofala</p><p>Inham-bane</p><p>Gaza</p><p>Maputo Prov.</p><p>Nacio-nal</p><p>Amendoim</p><p><0.5</p><p>0.4</p><p>0.4</p><p>0.5</p><p>0.3</p><p>0.4</p><p>0.8</p><p>1.0</p><p>0.2</p><p>0.4</p><p>0.3</p><p>0.4</p><p>0.5-1</p><p>0.3</p><p>0.4</p><p>0.3</p><p>0.2</p><p>0.3</p><p>0.4</p><p>0.3</p><p>0.1</p><p>0.1</p><p>0.2</p><p>0.3</p><p>1-2</p><p>0.2</p><p>0.2</p><p>0.2</p><p>0.1</p><p>0.2</p><p>0.2</p><p>0.1</p><p>0.1</p><p>0.1</p><p>0.1</p><p>0.2</p><p>2-5</p><p>0.1</p><p>0.1</p><p>0.1</p><p>0.1</p><p>0.1</p><p>0.2</p><p>0.1</p><p>0.1</p><p>0.0</p><p>0.2</p><p>0.1</p><p>5-10</p><p>0.3</p><p>0.0</p><p>0.1</p><p>0.0</p><p>0.1</p><p>0.1</p><p>0.1</p><p>0.0</p><p>0.1</p><p>0.0</p><p>0.1</p><p>10-50</p><p>0.0</p><p>0.1</p><p>0.0</p><p>0.1</p><p>0.1</p><p>0.1</p><p>0.0</p><p>0.0</p><p>0.0</p><p>0.1</p><p>Total</p><p>0.2</p><p>0.1</p><p>0.2</p><p>0.1</p><p>0.2</p><p>0.2</p><p>0.1</p><p>0.1</p><p>0.1</p><p>0.1</p><p>0.1</p><p>Fonte: (OMR, 2021).</p><p>2.3. Consorciação de culturas</p><p>Consorciação de culturas é o cultivo simultâneo de duas ou mais espécies na mesma safra agrícola, numa mesma área, com o objetivo de aumentar a renda por meio do aumento de produtividade, melhorar a proteção de solos, melhorar a distribuição estacional de forragem, bem como, o valor nutritivo para alimentação de animais. E uma prática recomendada principalmente em regiões de pequenas propriedades em que o recurso terra é escasso. As culturas não necessitam ser semeadas ao mesmo tempo, e suas épocas de colheita podem ser em dias ou meses diferentes, mas devem ser na mesma safra</p><p>agrícola. (Santos et al, 2007)</p><p>Em se tratando de consorciação de culturas, é comum referir-se a cada uma das culturas presentes no consórcio como cultura componente. Os termos monocultivo, cultura solteira e cultura isolada são utilizados equivalentemente quando nos referimos às situações de campo envolvendo o cultivo de uma única espécie, por exemplo, lavoura de feijão, de arroz, de milho, de mandioca, etc. (Santos et al, 2007)</p><p>A comparação entre os resultados obtidos das culturas isoladas com os resultados das culturas consorciadas é realizada por meio do índice de eficiência da terra. Esse índice permite comparar a eficiência do consórcio em relação a monocultura. (Santos et al, 2007)</p><p>2.3.1. Vantagens das consorciações de culturas</p><p>De acordo com Santos et al (2007), a consorciação de culturas apresenta como vantagens e desvantagens as seguintes:</p><p>a) Semeadura de diferentes culturas juntas proporcionando uso mais eficiente dos recursos naturais;</p><p>b) Auxilia os agricultores a produzirem mais eficientemente alimentos, principalmente em agricultura de subsistência;</p><p>c) Reduz o risco causado pelas variações climáticas;</p><p>d) Reduz custos com capinas, controle de pragas e doenças;</p><p>e) Distribui a mão-de-obra em diferentes épocas da safra agrícola:</p><p>f) Economia de nitrogênio quando leguminosas são incluídas;</p><p>g) Oferece maior diversidade de produtos alimentares para o pequeno agricultor e sua família com a utilização de maior número de culturas no mesmo terreno.</p><p>2.3.2. Desvantagens das consorciações de culturas</p><p>a) Dificuldades de mecanização em determinadas operações de campo;</p><p>b) Dificuldades nas aplicações de insumos;</p><p>c) Exige maior conhecimento dos produtos a serem aplicados.</p><p>CAPÍTULO III: MATERIAS E MÉTODOS</p><p>3.1. Localização e caracterização da área experimental</p><p>O experimento será conduzido no campus da universidade Licungo cidade de Quelimane bairro Murropue. O bairro tem as seguintes coordenadas geográficas: (fica situada no Sudeste do distrito cujos limites são: Norte: posto administrativo de zalala, Oeste: Bairro de coalane, e Este Localidade de Madal e Sul: Rio dos Bons sinais), (Mae, 2005).</p><p>Fonte:(INE, 2013)</p><p>3.2. Classificação da pesquisa</p><p>3.2.1. Quanto a natureza</p><p>Quanto a natureza a presente pesquisa classifica-se em Pesquisa Aplicada: dedica-se à geração de conhecimento para solução de problemas específicos. Busca a verdade para aplicação prática em situações particulares. Por exemplo, estudar o efeito dos estilos de liderança no clima organizacional de uma empresa para melhorar as relações interpessoais no ambiente de trabalho.</p><p>3.2.2. Quanto a abordagem</p><p>Quanto a abordagem a pesquisa classifica-se por pesquisa quantitativa é normalmente usada para medir um público. O objetivo é obter dados quantificáveis sobre, por exemplo, um público, a percepção de uma mensagem, a satisfação, etc. Este método de coleta de dados é utilizado para determinar as necessidades de um mercado, mas também para atender outras necessidades específicas, tais como: testar um conceito, validar um alvo, identificar expectativas, identificar hábitos, obter feedback, etc.</p><p>3.2.3. Quanto aos objectivos</p><p>A pesquisa, quanto ao objectivo é explicativa que, segundo (Gil, 2008), consiste em identificar os factores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenómenos. É o tipo que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas.</p><p>3.3. Delineamento Experimental e Descrição de Tratamentos</p><p>O experimento será conduzido em um delineamento de blocos completamente causalizados (DBCC) em esquema factorial 2x3+1, sendo duas culturas, 3 estágios de consorciação com um tratamento aditivo (controle), somando 7 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos resultarão da comparação de consórcio de pepino verde e amendoim com monocultivo que estarão dispostos da seguinte maneira:</p><p>Código</p><p>Tratamentos</p><p>Tratamento 1 (T1)- Controle</p><p>Pepino (monocutltivo)</p><p>Tratamento 2 (T2)</p><p>Pepino + Amendoim (estágio 0,0)</p><p>Tratamento 3 (T3)</p><p>Pepino + Amendoim (dia 1/15)</p><p>Tratamento 4 (T4)</p><p>Pepino + Amendoim (1/30 dias)</p><p>Tratamento 5 (T5) - Controle</p><p>Amendoim (monocultivo)</p><p>Tratamento 6 (T6)</p><p>Amendoim + Pepino (15/1 dias)</p><p>Tratamento 7 (T7)</p><p>Pepino + Amendoim (30/1 dias)</p><p>Fonte: (O autor, 2024)</p><p>Os tratamentos são diferenciados através dos estágios de sementeira, do seguinte modo:</p><p>1. Tratamento 1 e 5: a sementeira será feita no mesmo dia;</p><p>2. Tratamento 2: a sementeira será feita no mesmo dia para as duas culturas;</p><p>3. Tratamento 3 e 6: a sementeira do pepino será efectuada no dia 1 e apos 15 dias far-se-á a sementeira do amendoim, e para o tratamento 6 será o inverso;</p><p>4. Tratamento 4 e 7: a sementeira do pepino será feita no dia 1 e apos 30 dias far-se-á do amendoim, e para o tratamento 7 será o inverso.</p><p>A área total do experimento será de 229,5 m2, dois quais 17 m correspondem ao comprimento e 13,5 m de largura. A área útil do experimento será de 168 m2, e a área útil da parcela de 6 m2. A população total de plantas do experimento será de 1264, das quais 1040 irão corresponder aos tratamentos com consórcio (T2, T3, T4, T6, T7), e as restantes 224 plantas irão corresponder aos tratamentos de monocultivo (T1, T5). A figura abaixo ilustra o croqui do ensaio.</p><p>BI BII BIII BIV</p><p>2 m</p><p>T7</p><p>T2</p><p>T6</p><p>0,5m</p><p>T1</p><p>0,5m</p><p>T5</p><p>T3</p><p>T6</p><p>T2</p><p>T7</p><p>T1</p><p>T4</p><p>T3</p><p>T3</p><p>T7</p><p>T5</p><p>T4</p><p>T2</p><p>T4</p><p>T3</p><p>T5</p><p>T1</p><p>T5</p><p>T2</p><p>T6</p><p>T4</p><p>T6</p><p>T1</p><p>T7</p><p>3.4. Condução do experimento</p><p>3.4.1. Preparo do solo</p><p>Para a preparação da área experimental com ajuda de uma catana, fara-se o desmatamento, e em seguida delineamento, que se realizara com auxílio de uma enxada. Depois fara-se as respectivas medições para formação do ensaio. Com ancinho fara-se a remoção do capim na área total e o nivelamento da parcela.</p><p>3.4.2. Sementeira</p><p>A sementeira será feita manualmente, introduzindo-as duas sementes nos covascos para ambas culturas. O espaçamento entre plantas e fileiras nos tratamentos de monocultivo será de 50 cm x 50 cm. Nos tratamentos de consorcio entre o amendoim e a cultura do pepino, o amendoim será semeado entre plantas de pepino, espaçadas de 50 cm x 50 cm entre linhas e plantas. serão utilizados pepino verde com o Amendoim. Usar-se a corda para alinhar os covascos, feitos ao longo da alocação do amendoim com auxílio de uma bitola.</p><p>3.4.3. Rega</p><p>A rega será realizada duas vezes por dia durante o experimento, manual aplicando com 2 regadores, isto é, 1600 litros por dia, a primeira no dia da sementeira, a segunda quando a cultura tinha 45, assim consequentemente. Portanto as verificações de incidência de pragas serão feitas nas duas formas de propagação um dia após implantação do ensaio.</p><p>3.4.4. Controlo de incidência de pragas no ensaio</p><p>A controlo de praga será feita de forma aleatória, sempre que for conveniente, isto por dia o número de presenças de pragas em cada parcela.</p><p>3.5. Parâmetros usados na avaliação do desenvolvimento vegetativo</p><p>As variáveis analisadas serão: Diâmetro do fruto (mm), comprimento do fruto (cm), Número de frutos por planta, peso do fruto (g) e produtividade Media (t/h-1). As avaliações iniciarão no pico de produção.</p><p>3.5.1. Altura da planta</p><p>A altura da planta do amendoim e do pepino será medida verticalmente das hastes principais e laterais com auxílio de uma fita métrica. O monitoramento da altura da planta para ambas culturas será feito de 30 em 30 dias.</p><p>3.5.2. Número de folhas</p><p>O número de folhas será medido através da contabilização que será realizada de 30 em 30 dias em ambas</p><p>as culturas.</p><p>3.5.3. Peso e diâmetro do fruto</p><p>Para quantificar, ou medir os parâmetros acima ilustrados serão utilizados uma balança para medir o peso dos frutos(g), e para saber o diâmetro de fruto (mm) vai se utilizar uma fita métrica.</p><p>3.5.4. Comprimento do fruto</p><p>O comprimento do fruto (cm) será medido utilizando-se uma fita métrica.</p><p>3.5.5. Produtividade média</p><p>A produtividade média(t/ha) será obtida através dos pesos dos frutos obtidos em cada tratamento.</p><p>3.6. Análise Estatística</p><p>A análise de dados vai se fundamentar no modelo de variância para o delineamento de blocos completamente causalizado: YIJ=</p><p>Onde:</p><p>Yij= é o valor observado no bloco j que recebeu o tratamento i (i=1,2,…,t;j=1,2,…r)</p><p>Bj=</p><p>Eij= erro (a parte de variação devido a factores não controlados).</p><p>Os dados são introduzidos e codificados no Excel e posteriormente introduzidos no pacote estatístico STATA 14. O pressuposto de normalidade de residios será verificado pelo teste de Shapirowilk, e a homogeneidade da variância recorrido ao teste de Breusch-Pagan, e a posterior será feita a análise de variância e comparação de médias pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância.</p><p>A relação entre o rendimento com a percentagem de plantas infestadas, assim como a relação entre o rendimento com o nível médio de ataque, será feita mediante o uso da correlação de Person e posterior regressão.</p><p>CAPÍTULO IV: RESULTADOS ESPERADOS</p><p>No final da pesquisa espera-se que:</p><p>Que se Determine altura da planta, número de folhas, número de fruto por planta, peso do fruto diâmetro do caule de cada Cultura;</p><p>Que se Mensure o rendimento produtivo da cultura de pepino verde e amendoim;</p><p>E por fim que se Proponha recomendações do meneio e técnicas de produção do cultivo consorciado conforme os resultados a se obter na pesquisa, aos produtores do distrito de Quelimane.</p><p>4.1. Cronograma de actividades</p><p>Meses</p><p>Março</p><p>Abril</p><p>Maio</p><p>Actividades</p><p>S1</p><p>S2</p><p>S3</p><p>S4</p><p>S1</p><p>S2</p><p>S3</p><p>S4</p><p>Limpeza do campo, formação de canteiros</p><p>Sementeira e controlo de infestantes</p><p>Amanhos culturais</p><p>Colheita</p><p>Coleta de dados</p><p>Processamento de dados</p><p>Revisão do TCC</p><p>Submissão do TCC</p><p>Fonte: Elaborado pelo Autor</p><p>4.2. Plano orçamental</p><p>Análise orçamental dos materiais</p><p>Materiais</p><p>Quantidades</p><p>Preços Unitários</p><p>Custo bruto</p><p>Sementes de Pepino</p><p>2 Pacotes (20 g)</p><p>200mts</p><p>400mts</p><p>Semente de Amendoim</p><p>2 Kg</p><p>200mts</p><p>400mts</p><p>Enxadas</p><p>2</p><p>250mts</p><p>750mts</p><p>Pesticidas</p><p>Lambda –cyhalotrhin 50 g/l</p><p>1</p><p>250mts</p><p>250mts</p><p>Endosulfao 350 g/l</p><p>1</p><p>500mts</p><p>500mts</p><p>Oxamil 310 g/l</p><p>1</p><p>500mts</p><p>500mts</p><p>Esferográficas</p><p>2</p><p>15 mts</p><p>30mts</p><p>Blocos de notas</p><p>1</p><p>35mts</p><p>35mts</p><p>Transporte</p><p>30</p><p>30mts</p><p>-</p><p>CUSTO TOTAL:</p><p>2865mts</p><p>5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>1. Barros, J. A. P.; Rezende, B. L. A. Custo de produção e rentabilidade de alface crespa e americana em monocultura e quando consorciada com rúcula. Revista Caatinga,</p><p>Mossoró, 2008.</p><p>2. Caíres, E.F.; Rosolem, C.A. (2017). Correcção da acidez do solo e desenvolvimento do sistema radicular do amendoim em função da calagem. Bragantia, 2017.</p><p>3. Camara, G. M. S. Introdução ao agronegócio amendoim. USP/ESALQ. 2016.</p><p>4. EMBRAPA-Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Informação e tecnologia. Amendoim árvore do conhecimento, 2017.</p><p>FAO (2009). Anais electrónicos…, África: Disponível em: http://faoatat.fao.org/site/567/DesktopDefault.aspx? . Acessado no dia 1/06/2024.</p><p>FAOSTAT. Disponível em http://faostat.fao.org/site/339/default.aspx . Acesso em: 02 jun. 2024.</p><p>5. Ferrari Neto, J.; Da Costa, C. H. M.; Castro, G. S. A. Ecofisiologia do amendoim. Scientia Agraria Paranaensis, 2012</p><p>6. Innis DQ. (1997). Intercropping and the scientific basis of the traditional agriculture. London, Intermediate. 179p.</p><p>7. LAHORTA – Laboratório de Horticultura Tropical e Apicultura. KOPPEN-GEIGER, uptader world map of Koppen-Geiger climate classification. Hydrol. Earth System Science. 2014.</p><p>8. MAE. Perfil do Distrito de Quelimane. República de Moçambique. 2015.</p><p>Observatório do Meio Rural (OMR). (2021). Produção e Produtividade Agrícola. Destaque Rural nº 138</p><p>9. Resende, M. G.; Flori, J. E. Produtividade do Pepino para Processamento no Vale do Sao Francisco. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, 2003.</p><p>10. Rezende, B. L. A; Costa, C. C; Cecilio Filho, A. B; Martins, M. I. E. G. Custo de produção e rentabilidade da alface crespa, em ambiente protegido, em cultivo solteiro e consorciado com tomateiro, Jaboticabal, estado de Sao Paulo. Informações Económicas, 2005.</p><p>11. Rezende, A. L. B.; Cecílio, F. B.; Pôrto, Q. R. D.; Barros Junior, P. A.; Da Silva, S. G.; Barbosa, C. J.; Feltrim, L. A. (2009). Consórcios de alface crespa e pepino em função da população do pepino e época de cultivo</p><p>Romain, H. R. (2001). Crop production in tropical Africa. New York, 313-317 pp.</p><p>Sánchez, C. et al. (2010). O Amendoim:Uma Cultura de Boa Nutrição e Rendimento. p. 19.</p><p>12. Santos et al. (2007). Principios basicos da consorciacao de culturas. – Passo Fundo: Embrapa Trigo.</p><p>13. Silva, F. C. D.; Carvalho, G. E.; Pereira, C. B.; Torres, M. F. Avaliação da Produtividade do milho consorciado. Agrarian Academy, 2014.</p><p>14. Silva, F. De A. S. E.; Azevedo, C. A. V. de. The Assistat Software Version 7.7 and its use in the analysis of experimental data. African Journal de Agric.Res, 2016.</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image1.png</p>

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