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<p>Logística 4.0</p><p>Armazenagem: Instalações, Estratégias e Equipamentos:</p><p>Armazenagem</p><p>É a guarda de produtos acabados, semiacabados ou até matéria-prima.</p><p>Estoque</p><p>É a gestão de materiais que estão sendo armazenados: de qual produto irá vencer primeiro, da</p><p>localização, de estratégias de segurança etc.</p><p>Instalações:</p><p>Almoxarifado:</p><p>É o tipo de depósito próprio ligado à movimentação interna de uma empresa, destinado a:</p><p>guarda, proteção e controle dos diferentes insumos consumidos durante o processo de</p><p>transformação. Podem ser divididos em: almoxarifado de matérias-primas, de componentes e</p><p>sobressalentes, de produtos em processo, de produtos acabados e de ferramentas.</p><p>Depósito:</p><p>É uma área própria, pública ou contratada de terceiros, alfandegado ou não, destinado a:</p><p>estocagem, guarda, proteção e controle de materiais acabados, destinados a consumo ou</p><p>transformação futura, ou ainda, para possibilitar a consolidação de lotes a serem despachados,</p><p>por períodos de interesse da empresa.</p><p>Centro de Distribuição:</p><p>É um armazém que facilita a distribuição de produtos de forma a prover agilidade na entrega do</p><p>produto (à medida que a quantidade de linhas de produtos consumidos aumenta, há um</p><p>aumento da complexidade em gerir um armazém e, também, há cobranças para torná-lo mais</p><p>eficiente).</p><p>Gerenciando incertezas no planejamento logístico</p><p>Se você já teve oportunidade de conversar com um analista de planejamento de demanda,</p><p>certamente já ouviu a seguinte frase: “No planejamento da demanda, a única certeza é de que</p><p>sua estimativa estará errada”. Essa é justamente uma atividade ingrata, na qual se busca, por</p><p>modelos estatísticos, prever o padrão de consumo de determinado produto.</p><p>Sabendo, no entanto, que essa será uma previsão com grandes chances de erro, a logística se</p><p>direciona para os chamados estoques pulmões ou de segurança. Esse tipo de estoque tem a</p><p>responsabilidade de evitar a falta de produtos diante das incertezas inerentes à curva de</p><p>demanda de produtos.</p><p>Custos que sempre estão presentes nas decisões de estoque, mas que podem trazer impactos à</p><p>área de armazenagem:</p><p>Custo da Falta:</p><p>Geralmente, está associado a não realização da venda de determinado produto, além da</p><p>margem de contribuição que a empresa deixa de lucrar com uma venda.</p><p>Esse custo também é muito associado a um fator intangível: a imagem da empresa ao não</p><p>vender determinado produto.</p><p>Você voltaria a comprar de uma empresa que nunca tem o produto desejado ou até lhe promete</p><p>entregá-lo, mas, na prática, não cumpre o prometido? Como fica a imagem dessa empresa?</p><p>Custo do Excesso:</p><p>É, justamente, o custo de manter mais produtos em estoque do que o necessário.</p><p>Geralmente, a empresa despendeu capital para ter esse produto em estoque e, enquanto não é</p><p>vendido, não gera receita. Esses produtos acabam ficando suscetíveis à obsolescência e à</p><p>depreciação.</p><p>Diante de todas essas dificuldades, muitas empresas acabam não tendo muitas opções e</p><p>preferem manter estoques em determinado armazém, a fim de não depreciar sua imagem ou</p><p>não perder vendas.</p><p>Planejamento Logístico de um armazém</p><p>Como funciona um armazém?</p><p>Em primeiro lugar, é interessante apresentar as áreas que compõem um armazém.</p><p>Conceitualmente, um armazém apresenta uma área de armazenagem, isto é, o local onde os</p><p>materiais são armazenados.</p><p>Além disso, há uma área de transferência. Como diz o próprio nome, é a área de transição de</p><p>mercadorias entre a armazenagem e as docas. Estas, por sua vez, podem ser de expedição ou</p><p>recebimento, ou até mesmo híbridas.</p><p>As docas são os locais onde os caminhões (ou outro modal de transporte) se posicionam para</p><p>receber ou expedir carga. A imagem a seguir, de Figueiredo, Fleury e Wank (2007), mostra o</p><p>modelo conceitual de um armazém:</p><p>O Picking é etapa de armazenagem apresenta, usualmente, o maior custo.</p><p>O que é picking de estoque?</p><p>Picking é um processo logístico responsável pela separação de produtos de um estoque,</p><p>armazém e/ou centro de distribuição para atender um objetivo do seu negócio.</p><p>Papel de um armazém na função estratégica de uma empresa:</p><p>Os armazéns apresentam algumas funções estratégicas, que são divididas em estruturas</p><p>escalonadas e diretas.</p><p>Estrutura escalonada</p><p>É representada por uma rede, possuindo um ou mais armazéns centrais e outros mais próximos</p><p>às áreas de mercado.</p><p>Estrutura direta</p><p>O centro de armazenagem é um único local central, em que os produtos são expedidos</p><p>diretamente para o cliente final.</p><p>Adicionalmente, quando há um centro de distribuição que recebe pedidos de diversos</p><p>fornecedores, ele pode realizar um mix de diversos fornecedores para um único pedido,</p><p>customizando os pedidos dos clientes.</p><p>Essa é uma vantagem clara para os clientes, que passam a receber um único carregamento de</p><p>pedidos e que, outrora, poderiam ser executados por vários carregamentos distintos,</p><p>aumentando a complexidade logística.</p><p>A próxima imagem apresenta o esquema de consolidação, uma das funções do CD:</p><p>Outra função de um CD é o Transit-point.</p><p>Este se diferencia do Centro de Distribuição tradicional por não apresentar estoques em sua</p><p>instalação. Os fornecedores entregam as mercadorias, que são automaticamente fracionadas</p><p>em pedidos menores e carregadas em veículos que fazem as entregas porta a porta.</p><p>Portanto, os pedidos já têm destinos definidos, outra característica que o diferencia dos</p><p>armazéns tradicionais.</p><p>https://conteudo.ensineme.com.br/ge/00344/intro?brand=estacio</p><p>Em geral, são estruturas simples que necessitam de baixo investimento e com gestão</p><p>simplificada, por não necessitar de grandes processos na estocagem e separação de pedidos,</p><p>que demandam, normalmente, controle gerencial. Nesse sentido, a manutenção e o custo são</p><p>baixos.</p><p>Uma das restrições a esse modelo é a necessidade de um fluxo intenso de produtos, de forma a</p><p>justificar sua estrutura com volumes intensos de entrada e saída de mercadorias.</p><p>A imagem, a seguir, apresenta um exemplo de transit-point:</p><p>A visão de cross-docking é muito semelhante à de transit-point, embora este já envolva o</p><p>formato de múltiplos fornecedores transferindo mercadorias para um CD. Os varejistas são</p><p>grandes adeptos desse formato.</p><p>A imagem a seguir complementa essa descrição:</p><p>Cross docking é um sistema de distribuição no qual o produto que foi comprado pelo cliente é</p><p>despachado para um centro de distribuição ou para uma instalação (armazém). Nesse centro de</p><p>distribuição/armazém, a mercadoria é expedida para o consumidor final forma imediata, ou</p><p>seja, acontece uma redistribuição rápida.</p><p>Por último, há o modelo de merge in transit, que é uma combinação do conceito de cross-</p><p>docking com just-in-time. Esse modelo tem sido aplicado prioritariamente à distribuição de</p><p>produtos de alto valor agregado.</p><p>Nesse esquema, os diversos componentes de um produto são detalhadamente controlados de</p><p>forma a coordenar sua entrega em um único CD, que tem a função de montar e customizar os</p><p>produtos finais apenas nas últimas etapas do processo, muito perto da entrega do pedido final</p><p>do cliente. Nesse modelo, os controles de fluxos e sistemas de informação são essenciais para o</p><p>seu sucesso.</p><p>Just in Time (JIT) é uma filosofia de gestão e um sistema de administração que visa produzir,</p><p>comprar e transportar produtos apenas quando são necessários, ou seja, "na hora certa"</p><p>O Merge in Transit é uma operação logística que visa coordenar o fluxo de componentes, de</p><p>forma a consolidá-los em instalações próximas aos consumidores, sem a necessidade de</p><p>estoques intermediários.</p><p>Logística no armazém</p><p>Posicionamento logístico e atendimento a clientes</p><p>Centralizar estoques, o que incorre em aumento intensivo em transportes expressos, por meio</p><p>de respostas rápidas aos pedidos. Nesse caso, a previsão de vendas é favorecida, pois as</p><p>estatísticas geradas utilizaram parâmetros considerando a variabilidade agregada, e não várias</p><p>estatísticas, uma para cada um dos armazéns pulverizados.</p><p>Descentralizar estoques, localizando-os em vários armazéns mais próximos dos consumidores,</p><p>traz consigo maior possibilidade de antecipação à demanda. Fica mais fácil responder a um</p><p>pedido, pois está mais próximo do local de demanda.</p><p>Como escolher a melhor política de atendimento? Certamente a melhor escolha será a de menor</p><p>custo logístico total para um determinado nível de serviço.</p><p>Basicamente, são três as seguintes decisões integradas ao longo do tempo que apoiam a decisão</p><p>de uma política de atendimento ao cliente:</p><p>1. Dimensionamento da rede de instalações</p><p>Envolve o número de armazéns, sua localização e sua missão de estar instalado no local</p><p>definido (qual público pretende-se atender com cada armazém).</p><p>2. Localização dos estoques da rede de instalações</p><p>Envolve definições sobre grau de centralização dos estoques na rede e em cada</p><p>instalação. Muitas vezes, para determinados produtos, é mais vantajoso tê-los</p><p>espalhados em vários armazéns do que em um só. Essa decisão perpassa pelo valor</p><p>agregado de cada produto.</p><p>3. Definição da política de transporte mais adequada</p><p>A partir da definição do grau de centralização, a escolha do modal de transportes</p><p>disponível para entrega aos clientes finais.</p><p>É interessante pontuar que todas essas decisões não precisam ser tomadas em blocos. Cada</p><p>região pode ter uma estratégia diferente.</p><p>Atualmente, há uma decisão que vem emergindo com grande sucesso no mercado logístico: a</p><p>terceirização ou outsourcing. Basicamente, está calcada em uma solução que permeia o apetite</p><p>de investimento de uma empresa em determinado mercado, bem como na necessidade de</p><p>flexibilização dos custos fixos dessa empresa.</p><p>OBSERVAÇÃO: Analisar vantagens e desvantagens da terceirização do operador logístico.</p><p>Tecnologia da informação aplicada à armazenagem</p><p>- WMS</p><p>Software: Warehouse Management System (WMS)</p><p>o WMS é um sistema que auxilia a administração dos armazéns, principalmente em operações</p><p>mais complexas.</p><p>Equipamentos e tecnologias</p><p>Eficiência na execução dos processos</p><p>Sistema flow rack</p><p>Sistema adequado para armazéns que operam grandes sortimentos de volumes fracionados em</p><p>extensas linhas de separação. Possibilita o abastecimento sem a interrupção dos processos de</p><p>separação.</p><p>Sistema de separação por comando de voz</p><p>Este sistema permite que o operador tenha as mãos e os olhos livres para conceder atenção</p><p>máxima à coleta de pedidos. Basicamente, o sistema instrui o operador, por voz, a realizar todas</p><p>as rotinas de trabalho.</p><p>Em estudo realizado pelo CEL/COPPEAD, em 2001, os setores que julgam relevante o uso do</p><p>WMS para suas atividades está disposto no gráfico a seguir. Desde então, tem aumentado a</p><p>importância do WMS.</p><p>Estrutura de armazenagemPorta-pallets convencional (madeira ou plástico)</p><p>Pallet gaiola ou paletâiner</p><p>Estantes leves</p><p>É o sistema utilizado com mais regularidade, com prateleiras para a armazenagem de cargas</p><p>consideradas baixas e de pouca rotatividade. A capacidade de carga pode variar entre 50kg e</p><p>300kg.</p><p>Porta-pallets convencional (estante metálica)</p><p>Geralmente, trata-se de estante metálica, muitas vezes fixa ao chão, para armazenagem de</p><p>pallets, permitindo a armazenagem vertical de componentes. Dessa forma, 1m² representa uma</p><p>maior área total de estocagem por permitir vários níveis de pallets estocados.</p><p>Há algumas variações, como permitir que a própria gravidade movimente os pallets conforme o</p><p>primeiro da fila é retirado.</p><p>Porta-pallets autoverticalizado.</p><p>Aplicável em locais para alta densidade de materiais, pois permite que a empilhadeira se</p><p>movimente, longitudinalmente, em eixos nas “ruas”, diminuindo, dessa forma, o número de</p><p>corredores totais. Essa ação permite que os corredores sejam mais estreitos e, portanto, caibam</p><p>mais estantes no armazém.</p><p>Porta-pallets autoportante</p><p>Neste sistema, a própria estrutura de armazenagem suporta toda a estrutura do armazém.</p><p>Assim, não há necessidade de uma estrutura física que o sustente, pois ele é concebido em</p><p>simultâneo com as estantes de armazenagem.</p><p>Transelevador</p><p>A movimentação de materiais ocorre por meio de comandos de robôs. O transelevador se</p><p>desloca pelo armazém, realizando toda coleta e armazenagem dos materiais. Por serem</p><p>menores que uma empilhadeira, aproveitam melhor o espaço disponível, além de não</p><p>necessitarem de luz no armazém para o seu funcionamento.</p><p>História da logística</p><p>O conceito de logística formou-se no período de guerras, conforme documentado por Jules</p><p>Dupuit, engenheiro militar francês, em 1844. Neste ano, Jules escreve uma carta endereçada</p><p>aos seus superiores, analisando os dilemas presentes nos custos de transportes e de estoques</p><p>de materiais bélicos.</p><p>Logística integrada e marketing</p><p>Definição de logística</p><p>As primeiras definições de logística datam das épocas militares, conforme destacado por Dupuit.</p><p>Formalmente, logística é o ramo da ciência que lida com a obtenção, manutenção e transporte</p><p>de material, pessoal e instalações, conforme consta em Ballou (2006).</p><p>Logística é o processo de: “planejamento, implantação e controle do fluxo eficiente e eficaz de</p><p>mercadorias, serviços e das informações relativas, desde o ponto de origem até o ponto de</p><p>consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes”.</p><p>Logística integrada</p><p>A principal ligação entre o marketing e a logística é local de atuação de determinada empresa,</p><p>o que pode ser chamado de praça. Neste sentido, Fleury (2007) defende que o entendimento</p><p>de “logística integrada deve ser visto como um instrumento de marketing, capaz de agregar</p><p>valor por meio dos serviços prestados”.</p><p>Pode-se verificar que há setas interligando cada um dos elementos. Esta é a visão de sistema,</p><p>em que nenhum componente funciona de forma independente. Adotar determinada estratégia</p><p>isolada, com base em um único elemento, poderá trazer impactos em outros.</p><p>A parte superior da imagem representa o conceito de marketing mix, no qual a estratégia de</p><p>marketing é definida com base nos chamados quatro P´s do marketing.</p><p>Produto</p><p>Preço</p><p>Praça</p><p>Promoção</p><p>Focalizando no “P” de praça, as principais decisões das empresas estão relacionadas com a</p><p>estratégia do canal de distribuição em que desejam atuar, implicando diversos tipos de serviços</p><p>atrelados a essa escolha.</p><p>Vale lembrar que os consumidores têm desejos distintos, portanto, padrões de entrega de</p><p>produtos, consistência de prazos, flexibilidade de serviços, procedimentos de pós-venda, prazos</p><p>de entrega, dentre outros, devem ser avaliados de acordo com o perfil de cada cliente.</p><p>Esse conjunto de fatores listados é justamente o pacote de “serviço ao cliente”, elemento que</p><p>une o contexto de marketing mix e compõe o sistema logístico.</p><p>Por que o Marketing deve estar integrado a Logística?</p><p>Exemplo clássico é quando o serviço ao cliente se compromete, por meio de uma campanha de</p><p>marketing, ao atendimento de um produto a determinado público sem avaliar a área de</p><p>transportes, o que poderá trazer impactos para a imagem da empresa, pois a venda pode ser</p><p>feita, mas a entrega talvez não. Nesse caso, o consumidor compra o produto, gera uma</p><p>expectativa de recebê-lo e é frustrado pela falta de entrega.</p><p>O resultado é um prejuízo na imagem da empresa. Você repensaria uma nova compra nessa</p><p>empresa, certo?</p><p>A logística deve ser tratada de forma integrada, como um sistema, no qual há um conjunto de</p><p>componentes interligados, atuando de forma organizada, com foco em um mesmo objetivo. Não</p><p>é comum que, nessa visão, uma das áreas se prejudique em detrimento de outra, mas que no</p><p>global a empresa siga no melhor caminho possível.</p><p>Logística gerando valor para cliente: a grande responsabilidade do gerente de logística</p><p>Supply chain management</p><p>Conceito de SCM</p><p>É definido</p><p>como os meios pelos quais os produtos de uma empresa são direcionados até seu</p><p>consumidor final.</p><p>Esta é a representação de uma empresa hipotética, composta pelas áreas de compras, produção</p><p>e vendas, e distribuição. Extrapolando a fronteira da empresa, à esquerda da imagem, há duas</p><p>camadas de fornecedores, que se relacionam com esta empresa e entre si. Essa parcela do SCM,</p><p>englobando fornecedores e área de compras, é conhecida como logística de aquisição. Já no</p><p>lado direito da imabgem, estão os clientes da empresa, em várias camadas, representando o</p><p>atacadista, varejista e consumidor final. Essa parcela, em conjunto com as áreas de venda e</p><p>distribuição da empresa, é denominada logística de distribuição.</p><p>Vale ressaltar o fluxo de informação! Foi possível perceber que ele segue o fluxo inverso do fluxo</p><p>do produto?</p><p>Isso revela que todas as informações são repassadas para os elos anteriores de maneira que</p><p>todos trabalhem em prol de um único objetivo e uma única informação. Na essência, não há</p><p>espaço para manobras ou artifícios que gerem perturbações nesse fluxo. Isso evita um efeito</p><p>clássico da logística que será visto a seguir, o efeito chicote.</p><p>Efeito chicote</p><p>O efeito chicote, em inglês bullwhip effect, descreve um fenômeno observado em cadeias de</p><p>distribuição de vários níveis, com padrões de demanda incertos, em que as informações são</p><p>repassadas aos demais elos de forma limitada, trazendo perturbações aos diferentes elos da</p><p>cadeia de suprimentos. Ele descreve um efeito clássico: aumento do inventário de estoques</p><p>conforme se transita para os elos mais distantes do varejista, dentro de uma cadeia de</p><p>suprimentos.</p><p>Conceitos relevantes agregados ao SCM</p><p>Durante a evolução do conceito de SCM, diversas considerações e práticas de mercado surgiram</p><p>e serviram de base para a implantação e o amadurecimento da cadeia de suprimentos. Vamos</p><p>conferir?</p><p>ECR</p><p>Efficient consumer response ‒ Resposta eficiente ao consumidor</p><p>O ECR é uma estratégia que estimula os participantes da cadeia de suprimentos a estudarem e</p><p>a implementarem métodos que possibilitem o trabalho conjunto entre os participantes, para</p><p>que consigam atingir a missão da cadeia como um todo.</p><p>VMI</p><p>Vendor managed inventory ‒ Estoque gerido pelo fornecedor</p><p>É um sistema em que o fornecedor se responsabiliza pela gestão dos níveis de estoque nos</p><p>clientes. O fornecedor tem acesso aos dados relativos ao estoque (vendas) do cliente e assume</p><p>as decisões sobre os reabastecimentos com base em uma política de estoque pré-estabelecida</p><p>com seu cliente. O VMI integra-se na cadeia de abastecimento como forma de estabelecer uma</p><p>real colaboração e partilha de informação entre o fornecedor e o cliente e com isso, não só</p><p>permite reduzir o nível de estoque ao longo da cadeia, bem como proporciona uma redução de</p><p>custos.</p><p>CR</p><p>Continuous replenishment ‒ Reposição contínua</p><p>Uma das práticas que têm complementado ou mesmo substituído o VMI em algumas situações</p><p>é a reposição contínua, que busca principalmente o atendimento dos quatros processos:</p><p>promoções, reposições de estoques, sortimento (mix) dos estoques e introdução de novos</p><p>produtos.</p><p>CPFR</p><p>Collaborative planning, forecasting and replenishment – Planejamento, previsão e reposição</p><p>colaborativos</p><p>Baseia-se em um programa colaborativo entre os diferentes intervenientes da cadeia de</p><p>abastecimento, que estabelece uma coordenação entre produção, planejamento, previsão de</p><p>vendas e reposição.</p><p>Just-in-time</p><p>Just-in-time</p><p>Significa “momento certo”. É um sistema que objetiva produzir a quantidade exata (não prevê</p><p>estoques), de acordo com a demanda, de forma rápida, fazendo com que o produto seja</p><p>acabado mais próximo da necessidade temporal do cliente.</p><p>TQM</p><p>Total quality management – Gestão da qualidade total</p><p>Representa a consciência de que todos têm a autonomia para gerar e agregar qualidade aos</p><p>processos organizacionais.</p><p>Lean manufacturing</p><p>Também chamada de sistema Toyota de produção, ou manufatura enxuta, é a filosofia focada</p><p>na redução de sete tipos de desperdícios (superprodução, tempo de espera, transporte, excesso</p><p>de processamento, inventário, movimento e defeitos). Nesse sentido, reduzindo esses</p><p>desperdícios, a qualidade melhora e o tempo e custo de produção diminuem. Uma das</p><p>ferramentas que auxiliam a realizar a manufatura enxuta é o kanban.</p><p>Engenharia simultânea</p><p>Representa o conceito de que as tarefas não precisam ser executadas sequencialmente, mas</p><p>sim de forma simultânea. Esse paralelismo faz com que os objetivos finais sejam alcançados</p><p>muito mais rapidamente.</p><p>Logística reversa</p><p>Segundo a CLM (2007), a logística reversa é o processo de planejamento, implementação e</p><p>controle eficiente e eficaz do fluxo de matérias-primas, produtos em processamento, produtos</p><p>acabados e informações relacionadas desde o ponto de consumo ao ponto de origem, com o</p><p>propósito de recapturar o fluxo, criar valor ou descartá-lo adequadamente.</p><p>Analisando a imagem anterior, após a coleta dos materiais aptos para iniciar o processo de</p><p>logística reversa, eles são embalados e expedidos. Nessa representação, os materiais podem</p><p>retornar para o fornecedor, serem revendidos, recondicionados, reciclados ou até mesmo</p><p>totalmente descartados em local e procedimentos conforme a legislação. Nesse momento, cria-</p><p>se o sentimento de não poluir o meio ambiente, situação que, infelizmente, é comum</p><p>atualmente.</p><p>Estratégia de logística</p><p>Redução de custos</p><p>Estratégia voltada para corte de custos variáveis, principalmente focado em transporte e</p><p>armazenagem. Em geral, está relacionado às decisões de ter apenas um ou vários armazéns,</p><p>utilizar um modal de transporte ou outro, definir lote de compra, utilizar transportes mais</p><p>consolidados ou fracionados, dentre outros.</p><p>Redução de capital</p><p>Representando a estratégia de enxugamento dos investimentos nos sistemas logísticos como:</p><p>decisões da empresa em armazenar produtos ou embarcar direto para os clientes, contratar</p><p>armazém público ou investir em armazéns privados, abordar o fornecimento de produtos aos</p><p>consumidores just-in-time ou manter estoques de produtos acabados e, por fim, procurar por</p><p>serviços terceirizados ou prover com recursos próprios.</p><p>Melhoria de serviços</p><p>Neste caso, os lucros são fortemente influenciados pelos níveis de serviços logísticos adotados.</p><p>Naturalmente, os custos aumentam conforme há incrementos em melhorias de níveis de</p><p>serviços fornecidos aos clientes, mas, em contrapartida, os lucros também. Mas nesse caso, se</p><p>o aumento de lucro for superior ao aumento de custos, essa estratégia tende a ser adotada.</p><p>É essencial avaliar a estratégia dos concorrentes para definir a da sua empresa, pois, no</p><p>mercado, basta sua empresa fazer melhor que o concorrente para se destacar.</p><p>Planejamento de logística</p><p>Planejamento estratégico (PE)</p><p>Representa horizonte de longo prazo, com demandas mais agregadas.</p><p>Planejamento tático (PT)</p><p>Representa horizonte de médio prazo, com demandas mais segregadas.</p><p>Planejamento operacional (PO)</p><p>Representa horizonte de curto prazo, com tomadas de decisões hora a hora ou dia a dia, em</p><p>demandas totalmente segregadas.</p><p>Gestão de Transportes</p><p>Pressão por melhores serviços</p><p>O acesso facilitado à informação, como por exemplo a internet, cria clientes com conhecimento</p><p>sobre os produtos e muito bem-informados. Com essas características, há uma forte tendência</p><p>de que eles sejam mais exigentes!</p><p>Entre essas exigências, incluem-se as seguintes:</p><p>Menores prazos e custos</p><p>Maior qualidade</p><p>Maior complexidade operacional</p><p>Conseguir atender a todos os itens de exigência dos clientes constitui um desafio operacional</p><p>formidável. Para isso precisamos de:</p><p>Tais itens tornam-se cada vez mais difíceis na medida em que as cadeias são globalizadas.</p><p>O trânsito nas grandes cidades já atingiu um nível enorme de saturação: a quantidade de stock</p><p>keeping unit (SKU), entre outros fatores, passa dos milhares.</p><p>Henry Ford não tinha um desafio</p><p>fácil. Ele foi revolucionário para as condições de tecnologia e</p><p>os paradigmas produtivos que vigoravam à época. No entanto, o sucesso do modelo de</p><p>produção fordista se baseou na pequena variedade de produtos, em um modelo de fabricação</p><p>contínua e em clientes que, de fato, não podiam contar com outras opções.</p><p>Já no período pós-guerra, os sistemas enxutos começaram a surgir e competir com o modelo</p><p>fordista, oferecendo mais variedade. Em termos logísticos, esses sistemas não criam apenas</p><p>problemas de distribuição, mas também diversos problemas produtivos, como os setups.</p><p>A variedade de produção significa troca de matrizes de produção, mais estoque em processo e</p><p>maior impacto em atividades funcionais da logística, como: recebimento de insumos,</p><p>armazenamento, separação e embalagem de pedidos.</p><p>Técnicas avançadas (para a época), como a troca rápida de matrizes, foram fundamentais para</p><p>os setups serem reduzidos. Dessa forma, fazendo com que a variedade de produção deixasse de</p><p>ser um problema, elas conseguiram reduzir os estoques em processo. Com isso, foram</p><p>facilitados os seguintes processos:</p><p>Assim, podemos observar que o bom gerenciamento e a implementação de técnicas Lean nos</p><p>sistemas produtivos contribuem drasticamente para o sucesso de operações logísticas,</p><p>desafogando os transportes e permitindo melhor gerenciamento de operações.</p><p>Pressão por redução de custos</p><p>A pressão por redução contínua de custos também é uma constante nas cadeias de suprimentos</p><p>atuais. A competição cada vez mais acirrada torna imperativa essa busca pela diminuição de</p><p>custos a fim de não estrangular ainda mais margens de lucro já bastante reduzidas.</p><p>Um elemento importante nessa equação é a falta de colaboração entre as cadeias de</p><p>suprimentos. Práticas colaborativas, como a troca de informações e o compartilhamento de</p><p>riscos, ainda são muito pouco implementadas.</p><p>Melhor utilização dos ativos</p><p>Como estimar o tamanho da frota?</p><p>A frota deve ser própria, terceirizada ou mista?</p><p>Essas são questões que não possuem uma resposta fácil, exigindo uma avaliação profunda dos</p><p>processos, dos clientes, dos custos e do nível de serviço que se deseja oferecer, assim como do</p><p>posicionamento estratégico que a empresa pretende ter.</p><p>Caso o gestor estime o tamanho da frota pelo pico de sua demanda, isso significa que</p><p>provavelmente qualquer demanda estará coberta. No entanto, isso pode gerar uma ociosidade</p><p>significativa na maioria das vezes.</p><p>Devemos adicionar a isso os aumentos de custos de manutenção de uma frota ociosa, a</p><p>contratação de motoristas, um espaço grande de estacionamento para a frota, os seguros contra</p><p>roubos etc.</p><p>No caso específico de seguros, por vezes, a falta de segurança pública em determinadas cidades</p><p>faz com que as seguradoras cobrem um valor altíssimo por eles ou simplesmente não queiram</p><p>segurar a frota, deixando o risco todo com o dono desses veículos.</p><p>Um mix entre alguns veículos próprios compartilhados e outros terceirizados pode oferecer a</p><p>flexibilidade que as empresas precisam para passar por momentos de pico ou de queda</p><p>acentuada da demanda. Isso manteria o nível de serviço a custos que permitissem ao negócio</p><p>continuar saudável.</p><p>Regulamentação</p><p>Os conceitos que envolvem intermodalismo e multimodalismo serão definidos e discutidos</p><p>posteriormente. No entanto, cabe ressaltar que, quando existe a possibilidade de uso de vários</p><p>modais, adiciona-se mais complexidade à discussão sobre o tamanho da frota. A adição de um</p><p>novo modal pode mudar drasticamente o desenho da cadeia de suprimentos, adicionando um</p><p>novo elo, como um porto ou um armazém de transbordo da carga. Se o potencial e a lógica de</p><p>cada modal não forem otimizados, o provável é que a cadeia de suprimentos incorra em custos</p><p>adicionais e ineficiências que resultam em clientes insatisfeitos.</p><p>Tecnologia da informação</p><p>A tecnologia de informação (TI) é extremamente importante para a logística. Hoje, ela está lado</p><p>a lado com todos os processos de uma organização, englobando desde sistemas de informação</p><p>básicos até outros mais complexos.</p><p>Este tema é extremamente complexo, mudando drasticamente o desenho das cadeias de</p><p>suprimentos e a relação entre as empresas.</p><p>Como pontos principais de TI, podemos ressaltar:</p><p>Gerenciamento dos riscos</p><p>As cadeias de suprimentos estão sujeitas a inúmeros riscos com naturezas bastante distintas.</p><p>No que diz respeito apenas ao universo de transportes, apesar de menores, ainda existe uma</p><p>quantidade significativa de riscos que podem resultar em um carregamento não entregue,</p><p>acidentes e danos à imagem das empresas envolvidas.</p><p>Gerenciar riscos significa, muitas vezes, apenas diminuir seus efeitos nocivos, porque nem</p><p>sempre é possível eliminá-los por completo.</p><p>Outros modais de transporte lidam com tipos diversos de perigo (a serem tratados na seção</p><p>específica de cada modal). Como se trata de uma atividade que oferece riscos, o transporte,</p><p>salvo algumas exceções, não agrega valor ao produto, e sim o valor de lugar, já que ele precisa</p><p>estar no lugar e no momento certo para o cliente certo.</p><p>Podemos dar um exemplo do trade-off entre custo e nível de serviço se verifica, por exemplo,</p><p>no caso dos respiradores que uma empresa chinesa não entregou. Na pandemia do Covid-19,</p><p>houve um caso de respiradores que uma empresa chinesa não entregou, já que houve um</p><p>aumento dramático da demanda por respiradores. Como a China é um país tão distante, a</p><p>entrega ficou comprometida e o nível de serviço caiu.</p><p>Papel do gestor</p><p>Por mais que estejamos na era 4.0, os recursos humanos ainda possuem um papel fundamental</p><p>– tanto para o bem quanto para o mal. Na medida em que processos que não agregam valor vão</p><p>sendo automatizados, a mão de obra precisa se especializar para conseguir exercer funções de</p><p>maior valor agregado.</p><p>Fatores como confiança, disposição de colaborar e honestidade em negociações são</p><p>essencialmente humanos, possuindo um papel preponderante na gestão das cadeias de</p><p>suprimentos.</p><p>Atualmente, existem ferramentas de tomada de decisão fantásticas; no entanto, um modelo,</p><p>como dizia Pidd (1996), constitui uma representação da realidade. É uma armadilha construir</p><p>um que tenha a pretensão de ser uma cópia idêntica dela.</p><p>O bom modelo captura as variáveis essenciais para a tomada de decisão. Entretanto, após a sua</p><p>reposta, o gestor precisa olhar para a solução e se perguntar:</p><p>Faz sentido? Existem fatores políticos e estratégicos que não estão sendo considerados? Haverá</p><p>algum dano para a imagem da empresa ao se executar aquela solução daquela forma?</p><p>Modelos matemáticos e a mineração de dados constituem ferramentas de apoio à tomada de</p><p>decisão, mas não substituem integralmente a expertise e a experiência de negócios dos</p><p>gestores.</p><p>Gestão da última milha</p><p>A logística de última milha, também conhecida como last mile, é a etapa final do processo de</p><p>entrega de um produto, desde o centro de distribuição até o cliente final.</p><p>A logística da última milha recebe este nome justamente por se tratar da logística que se</p><p>preocupa com os pedidos mais granulares. Por percorrer muitos clientes a fim de fazer entregas</p><p>fracionadas dentro das grandes metrópoles, ela está sujeita ao caos urbano e ao trânsito.</p><p>O transporte de quantidades imensas de mercadorias em caminhões grandes que viajam longas</p><p>distâncias, indo de fábricas a centros de distribuição, é relativamente fácil de planejar.</p><p>No entanto, a logística da última milha conta com grandes desafios. Vamos conferi-los?</p><p>Uma tendência do varejo atual é a migração de um modelo de grandes hipermercados com</p><p>estoques imensos para um de reabastecimento mais frequente e com pequenos estoques nos</p><p>pontos de vendas.</p><p>Essa mudança de mentalidade torna o problema da logística da última milha ainda mais</p><p>relevante, pois veículos pequenos deverão percorrer um grande centro urbano diversas vezes</p><p>ao dia, abastecendo redes de lojas, de forma a não deixar nenhuma delas incorrer</p><p>em stockout.</p><p>Redes de drogarias, por exemplo, podem receber até dois abastecimentos por dia. Como elas</p><p>lidam com produtos de altíssimo valor agregado, faz bastante sentido imaginar que o custo de</p><p>oportunidade de manter um medicamento em estoque (correndo o risco de perder a validade)</p><p>é muito maior que o de um reabastecimento mais frequente.</p><p>Guarnieri e demais autores (2018) afirmam que as operações da logística de última milha já são</p><p>responsáveis por mais de 50% do custo total da logística de distribuição. Ainda segundo os</p><p>autores, no Brasil, este tipo de logística vive o que pode ser considerado seu inferno astral.</p><p>É difícil imaginar uma solução global que resolva de vez o problema da logística da última milha.</p><p>No entanto, algumas medidas podem ser utilizadas para se começar a solucionar o problema.</p><p>Vejamos algumas:</p><p>Fatores geradores de complexidade nos transportes:</p><p>exigência por nível de serviço;</p><p>tipo de carga;</p><p>tipo de embalagem;</p><p>valor agregado do produto;</p><p>fracionamento da entrega/coleta;</p><p>volume (escala).</p><p>Entre os principais indicadores de desempenho de transportes, conseguimos destacar:</p><p>Horizonte de planejamento e decisões</p><p>Quanto ao horizonte de planejamento, as decisões de transportes podem ser classificadas em</p><p>curto, médio e longo prazos.</p><p>Curto prazo</p><p>As decisões de curto prazo incluem as decisões relativas às operações do dia a dia. Na</p><p>consolidação de carga, o gestor, muitas vezes, precisa decidir se ela será ou não consolidada. Se</p><p>ele pudesse escolher, a carga não seria sempre consolidada para gerar uma economia de custos?</p><p>Vamos refletir sobre esse problema!</p><p>Médio prazo</p><p>No que diz respeito às decisões de médio prazo, podem ser consideradas:</p><p>Programação da distribuição de produtos (segmentação de áreas de entrega e regras de</p><p>consolidação de pedidos)</p><p>Longo prazo</p><p>Decisões de longo prazo envolvem algumas questões relativas à estratégia da companhia. Entre</p><p>elas, destacam-se:</p><p>No Brasil, observamos, que a baixa disponibilidade de modais alternativos ao rodoviário</p><p>constitui um gargalo logístico importante.</p><p>O Brasil realmente é muito defasado em sua infraestrutura logística, possuindo malha não</p><p>condizente com sua extensão. Esse perfil torna o país pouco competitivo em termos de custos.</p><p>Possuímos cerca de 180km de rodovias para cada 1.000km² de extensão territorial, enquanto o</p><p>Japão conta com mais de 3.000km para cada 1.000km².</p><p>Nota-se que o modal rodoviário é o mais barato para distâncias de, no máximo, 300km. A partir</p><p>dessa quilometragem, começa a compensar investir tempo carregando trens ou navios, pois eles</p><p>possuem capacidade de carga consideravelmente maior, além de não passarem por problemas,</p><p>como trânsito intenso.</p><p>Modais de Transportes e suas características</p><p>Modal ferroviário</p><p>Altamente adequado para transportes de alta tonelagem em grandes distâncias.</p><p>Transporte que não funciona muito bem com entregas muito granulares. Deve haver altas</p><p>concentrações de produtos em sua origem e em seu destino.</p><p>Entre as cargas típicas carregadas, incluem-se minérios, fertilizantes e grãos. Quase 50% das</p><p>exportações brasileiras estão concentradas em seis produtos: minério de ferro, petróleo bruto,</p><p>soja, café, carne e açúcar.</p><p>Modal rodoviário</p><p>Adequação para pequenas e médias distâncias, levando pequenos e médios volumes.</p><p>Entregas mais fragmentadas (de porta a porta), tanto no fluxo direto como no reverso.</p><p>Cargas típicas, incluem-se produtos de alto e médio valor agregado, como computadores,</p><p>medicamentos etc.</p><p>Modal aquaviário</p><p>Este modal possui como principais características:</p><p>Capacidade de transportar cargas extremamente pesadas a custo relativamente baixo.</p><p>Restrições de velocidade e alcance.</p><p>Custos fixos intermediários se comparados aos dos modais rodoviário e ferroviário.</p><p>Cargas típicas transportadas incluem minério, produção agrícola e materiais de construção. No</p><p>entanto, grandes cargueiros também transportam carros.</p><p>Modal aéreo</p><p>Este modal possui como principais características:</p><p>Capacidade de mover rapidamente cargas de pequeno volume e alto valor agregado em grandes</p><p>distâncias.</p><p>Alto custo de frete compensado pela redução nos estoques.</p><p>Permite colocar pedidos de emergência.</p><p>Cargas típicas, como: correspondência, roupas, produtos de telecomunicação, equipamentos</p><p>fotográficos, cogumelos e flores.</p><p>Modal dutoviário</p><p>Consiste em um modal utilizado para o transporte de quantidades muito grandes de produtos</p><p>com características específicas. Os transportados por ele podem ser “escoados” de forma lenta</p><p>e contínua.</p><p>É um transporte que, por exemplo, se justifica a partir de grandes volumes de petróleo e</p><p>minério. Entre suas principais vantagens, destacam-se as seguintes: transporte contínuo, sem</p><p>interrupções; não há necessidade de armazenamento ou qualquer tipo de embalagens; e, por</p><p>fim, baixa possibilidade de perdas ou roubos.</p><p>Transportation management systems – TMS</p><p>O TMS foi desenvolvido para controlar a operação logística de forma integrada com outros</p><p>sistemas, internos e externos. Esse sistema reúne diversas atividades que fazem parte da rotina</p><p>da gestão logística de uma companhia, como: emissão de documentos obrigatórios para o</p><p>transporte, cadastramento de tarifas de frete, embarque e coleta de mercadorias, entre outras.</p><p>Este sistema conta com funcionalidades básicas que envolvem ações estratégicas, táticas e</p><p>operacionais de cunho administrativo, operacional e financeiro.</p><p>Vamos conferi-las!</p><p>Cadastro do veículo</p><p>Dados do fabricante, ano, modelo.</p><p>Documentação do veículo</p><p>Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA).</p><p>Controle de equipamentos e acessórios</p><p>Pneus e rodas sobressalentes, caixa de ferramentas.</p><p>Gerenciamento</p><p>Gerenciamento de combustíveis, de pneus e várias outras funcionalidades.</p><p>Indústria 4.0</p><p>Antes de automatizar os processos, os gestores precisam analisar se eles não devem ser</p><p>eliminados ou enxugados. Quando automatizados, os processos errados só conseguem gerar</p><p>“lixo” de maneira mais rápida. Na maioria das vezes, modernizar e automatizar processos ruins</p><p>e ineficientes gera resultados inferiores.</p><p>A indústria 4.0 se diferencia de sua etapa anterior pelas crescentes e espetaculares</p><p>possibilidades que envolvem o maior ativo da atualidade, ou seja, a informação, a logística 4.0</p><p>acompanha as transformações exigidas pela nova era.</p><p>Se a mudança 4.0 for bem conduzida por gestores, ela possuirá um potencial de gerar</p><p>incrementos fantásticos nos processos produtivos, colocando as empresas que implementarem</p><p>essa automação em um patamar diferenciado de atendimento da demanda dos clientes.</p><p>Historiadores e cientistas consideram que as revoluções estão circunscritas e demarcadas por</p><p>uma linha do tempo. Entretanto, uma determinada revolução não marca a extinção completa</p><p>das tecnologias anteriores, pois elas são apenas gradualmente abandonadas em alguns casos.</p><p>Entre os avanços mais notáveis da revolução 4.0, destacam-se a introdução de dispositivos</p><p>inteligentes na indústria e os serviços de infraestrutura baseados em computação em nuvem.</p><p>Se a compararmos com as revoluções anteriores, veremos que a indústria 4.0 não se concentra</p><p>na substituição dos ativos e nas tecnologias de fabricação existentes.</p><p>Além dos sistemas estarem todos conectados, a imensa quantidade de dados envolvidos</p><p>permite que algoritmos aprendam e repliquem com boa precisão as tarefas do dia a dia.</p><p>As habilidades humanas continuam sendo fundamentais no processo decisório.</p><p>A logística 4.0, na maioria das vezes, não pode ser vista. Ela é etérea, operando por meio de</p><p>redes e mecanismos, embora não sejam eles que lhe dão vida. Drones, realidade aumentada,</p><p>automatização e veículos autônomos impressionam; todavia, o contexto no qual eles se inserem</p><p>é o responsável por definir seu estágio tecnológico. Um dos fatores críticos de sucesso é o fato</p><p>de os sistemas dialogarem entre si, possibilitando, então, a automação total.</p><p>- Internet das</p><p>coisas (Internet of things – IoT)</p><p>Digitalização das cadeias de suprimentos</p><p>Uma cadeia de suprimentos digital significa que seus elos se encontram em sistemas. Suas</p><p>entidades físicas possuem uma contraparte digital: nela, o fluxo de informações e de produtos</p><p>é detalhadamente mapeado nos sistemas de controle da cadeia.</p><p>Cadeia de suplemento</p><p>Com o avanço das tecnologias, o varejo enfrenta mudanças para garantir sua sobrevivência. As</p><p>lojas físicas, por exemplo, não funcionam apenas como um ponto de experiência do consumidor,</p><p>mas também como minicentros de distribuição.</p><p>Torna-se essencial que o time do ponto de venda físico esteja preparado para prestar assistência</p><p>ao consumidor sobre o uso dos produtos e de outras opções disponíveis na loja online.</p><p>O aumento da conexão entre a loja física e a online oferece uma série de implicações que gera</p><p>impactos para a supply chain:</p><p>Logística inbound</p><p>A logística inbound diz respeito aos processos de entrada da carga no armazém. Graças às</p><p>tecnologias 4.0, tal processo pode se tornar muito mais fácil. Isso pode ser visto, por exemplo,</p><p>no transporte autônomo de cargas e no escaneamento automático dos códigos de barras de</p><p>produtos.</p><p>Logística outbound</p><p>A logística outbound contempla atividades como o monitoramento dos produtos e as atividades</p><p>de roteirização, as quais, atualizadas em tempo real, indicam a melhor rota possível.</p><p>Construindo uma supply chain 4.0</p><p>Há algumas décadas, imaginar uma cadeia de suprimentos totalmente automatizada consistia</p><p>em um mero exercício que mais se assemelhava à ficção científica do que a um planejamento</p><p>sério de gestão.</p><p>Entretanto, atualmente, uma supply chain completamente automatizada já constitui uma</p><p>realidade praticamente factível, estando apoiada em alguns pilares. Armazéns completamente</p><p>automatizados podem, por exemplo, ser construídos para que ganhos de produtividade sejam</p><p>gerados. Com as tecnologias viabilizadoras da indústria 4.0, existir um armazém do tipo já é uma</p><p>realidade.</p><p>Atividades como picking e packing poderão ser totalmente automatizadas. Para que o picking</p><p>seja automatizado, é necessário que os caminhões possuam uma tecnologia que permita seu</p><p>acoplamento a esteiras.</p><p>Tecnologias como blockchain, IoT e WMS constituem sistemas capazes de gerar altos ganhos de</p><p>produtividade nos armazéns.</p><p>Blockchain</p><p>Em uma época com uma quantidade tão grande de dados sendo transmitidos, é necessário</p><p>pensar na segurança deles. Tendo isso em vista, a tecnologia de rede conhecida como blockchain</p><p>foi desenvolvida.</p><p>Em um primeiro momento, ela foi criada para ser uma rede praticamente à prova de</p><p>“hackeamento”, possibilitando que criptomoedas (como, por exemplo, o bitcoin) pudessem ser</p><p>livremente negociadas com riscos consideravelmente reduzidos. A blockchain pode ser</p><p>considerada uma plataforma capaz de conectar empresas e sistemas de maneira automatizada.</p><p>A plataforma garante a consistência da informação mediante contratos inteligentes, assim como</p><p>a privacidade de quem a utiliza também é garantida graças à criptografia. A blockchain é uma</p><p>cadeia de blocos de informação.</p><p>Quando se fala em “bloco” (block) e encadeamento” (chain), isso diz respeito a informações</p><p>digitais (bloco) armazenadas de forma encadeada em um banco de dados público (cadeia). Esse</p><p>banco possui várias cópias redundantes, sendo considerado seguro por contar com técnicas</p><p>avançadas de criptografia contra fraudes e alterações indevidas.</p><p>A rede blockchain agrega os processos corporativos. Os pedidos podem ser realizados por meio</p><p>de um sistema de stock ou de reparos. Injetados diretamente na transportadora, eles geram um</p><p>registro em uma planilha de dados ou até em uma mensagem de texto enviada ao cliente. O</p><p>futuro das cadeias de suprimentos exigirá operações mais rápidas, flexíveis, granulares, precisas</p><p>e eficientes.</p><p>Sobre o uso da blockchain no contexto das cadeias de suprimentos, o compartilhamento de</p><p>dados confiáveis e a automação de processos geram benefícios em vários níveis, começando</p><p>com os ganhos de eficiência e culminando na reinvenção da operação do ecossistema da</p><p>indústria.</p><p>Torres de controle</p><p>No Brasil, a adoção de torres de controle de supply chain é o resultado de uma tendência que</p><p>envolveu a integração de processos e o controle de indicadores. Tendo começado entre os anos</p><p>1990 e o início dos anos 2000, esse controle buscava tornar as suas operações mais integradas.</p><p>Machine learning</p><p>O machine learning é um ramo da inteligência artificial geralmente descrito como a arte e a</p><p>ciência do reconhecimento de padrões. Trata-se essencialmente de uma abordagem orientada</p><p>a dados com suposições fracas sobre as relações estatísticas subjacentes nos dados, além de</p><p>envolver uma grande variedade de métodos.</p><p>O aprendizado de máquina geralmente compreende dois elementos principais: um método de</p><p>aprendizado e um algoritmo. Isso lhe permite automatizar o maior número possível de opções</p><p>de modelagem de maneira que ele não esteja sujeito ao critério do previsor.</p><p>Outra característica importante dos métodos de machine learning é que eles geralmente</p><p>conseguem lidar com grandes quantidades de dados (big data), que, aliás, podem ser capturados</p><p>pela IoT.</p><p>Cabe ressaltar que os profissionais ainda precisam compreender melhor o conceito 4.0, pois eles</p><p>geralmente não foram formados em um “mundo 4.0”. É necessário muito estudo e capacitação</p><p>para que seja possível absorver tais tecnologias e utilizá-las com o objetivo de gerar novas</p><p>receitas e diminuir custos das empresas.</p>

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