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Prévia do material em texto

<p>Como citar este material:</p><p>UEBEL, Roberto Rodolfo Georg. Introdução à Internacionalização de Empresas. Rio de</p><p>Janeiro: FGV, 2024.</p><p>Todos os direitos reservados. Textos, vídeos, sons, imagens, gráficos e demais componentes</p><p>deste material são protegidos por direitos autorais e outros direitos de propriedade intelectual, de</p><p>forma que é proibida a reprodução no todo ou em parte, sem a devida autorização.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O curso Introdução à Internacionalização de Empresas se apresenta</p><p>com assertiva relevância no cenário atual, em que a globalização e a</p><p>interconectividade dos mercados têm transformado a forma como as</p><p>empresas conduzem os seus negócios. Nesse contexto, compreender os</p><p>conceitos e as estratégias relacionados ao comércio internacional e à</p><p>internacionalização de empresas é essencial para profissionais que desejam</p><p>destacar-se em um ambiente cada vez mais competitivo, sobretudo em</p><p>uma ordem mundial cada vez mais desocidentalizada ou pós-ocidental.</p><p>O objetivo deste curso é fornecer a você uma visão introdutória</p><p>sobre os aspectos teóricos e práticos da internacionalização de empresas.</p><p>Ao longo deste curso, abordaremos as principais teorias da</p><p>internacionalização, desde a Teoria Clássica do Comércio Internacional</p><p>até o paradigma eclético do economista britânico John H. Dunning</p><p>(2002), permitindo que você compreenda os fundamentos e as</p><p>motivações por trás das estratégias de expansão global.</p><p>Ao fim do estudo deste curso, espera-se que você seja capaz de:</p><p> elucidar os conceitos básicos do comércio internacional e</p><p>entender a importância e os benefícios da internacionalização</p><p>para as empresas;</p><p> identificar, comparar e contrapor as principais teorias da</p><p>internacionalização, desde a teoria clássica do comércio até o</p><p>paradigma eclético de Dunning, discernindo as suas</p><p>aplicações práticas e implicações para os negócios;</p><p> reconhecer diferentes estratégias de entrada nos mercados</p><p>internacionais, como exportação, licenciamento, franquias e</p><p>joint ventures, e avaliar a sua viabilidade e adequação para</p><p>diferentes contextos empresariais.</p><p>Bom estudo!</p><p>SUMÁRIO</p><p>INTRODUÇÃO À INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS ................................................................. 7</p><p>INTRODUÇÃO AO COMÉRCIO INTERNACIONAL E INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS .... 8</p><p>PRINCIPAIS TEORIAS DA INTERNACIONALIZAÇÃO ...................................................................... 15</p><p>FATORES IMPULSIONADORES E INIBIDORES DA INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS .... 26</p><p>ESTRATÉGIAS DE ENTRADA NOS MERCADOS INTERNACIONAIS ............................................... 33</p><p>Exportação ................................................................................................................................ 33</p><p>Licenciamento .......................................................................................................................... 34</p><p>Franquias .................................................................................................................................. 34</p><p>Joint ventures ............................................................................................................................. 35</p><p>Subsidiárias............................................................................................................................... 35</p><p>Acordos de distribuição .......................................................................................................... 35</p><p>Joint development ...................................................................................................................... 36</p><p>Aquisições ................................................................................................................................. 36</p><p>Greenfield investments .............................................................................................................. 37</p><p>CONCLUSÃO ......................................................................................................................................... 43</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................... 44</p><p>PROFESSOR-AUTOR ............................................................................................................................. 56</p><p>ROBERTO RODOLFO GEORG UEBEL .............................................................................................. 56</p><p>Formação acadêmica .............................................................................................................. 56</p><p>Experiências profissionais ...................................................................................................... 56</p><p>Publicações ............................................................................................................................... 56</p><p>Premiações ............................................................................................................................... 56</p><p>Este curso é o ponto de partida para compreendermos o comércio internacional e a</p><p>internacionalização de empresas, pois introduziremos os conceitos fundamentais e as teorias que</p><p>embasam essa área de estudo tão importante.</p><p>Na unidade Introdução ao comércio internacional e internacionalização de empresas,</p><p>apresentaremos uma visão geral do comércio internacional, explorando os motivos pelos quais as</p><p>empresas buscam expandir as suas operações além das fronteiras nacionais. Além disso,</p><p>discutiremos os desafios e as oportunidades envolvidos nesse processo, bem como a importância</p><p>do comércio internacional para a economia global.</p><p>Na unidade Principais teorias da internacionalização, debateremos e compreenderemos as</p><p>teorias que explicam os diferentes modelos de expansão internacional. Abordaremos teorias</p><p>clássicas, como a Teoria do Comércio Internacional de David Ricardo, que explora as vantagens</p><p>comparativas entre os países, bem como teorias mais recentes, como a Teoria do Ciclo de Vida do</p><p>Produto, que analisa como as empresas se internacionalizam ao longo do ciclo de vida de um</p><p>produto. Outras teorias importantes incluem a Teoria da Internalização, que se concentra nas</p><p>decisões de investimento direto no exterior, e a Teoria do Paradigma Eclético de Dunning</p><p>(2002), que considera fatores como vantagens de propriedade, localização e internalização.</p><p>Na unidade Fatores impulsionadores e inibidores da internacionalização de empresas,</p><p>exploraremos os diversos fatores que influenciam a decisão das empresas de se</p><p>internacionalizarem. Discutiremos questões como vantagens competitivas, acesso a novos</p><p>mercados, economias de escala, riscos geopolíticos e geoeconômicos, entre outros, para que</p><p>possamos compreender as motivações e os desafios envolvidos nesse processo.</p><p>INTRODUÇÃO À INTERNACIONALIZAÇÃO</p><p>DE EMPRESAS</p><p>8</p><p>Na unidade Estratégias de entrada nos mercados internacionais, conheceremos as diferentes</p><p>estratégias que as empresas podem adotar ao ingressar em mercados externos. Abordaremos</p><p>opções como exportação, licenciamento, franquias, joint ventures e subsidiárias. Discutiremos as</p><p>características, os benefícios e os desafios de cada estratégia, permitindo compreender as opções</p><p>disponíveis e apropriadas para diferentes contextos de negócios internacionais.</p><p>Ao final deste curso, teremos adquirido uma base sólida de conhecimentos sobre os aspectos</p><p>teóricos e práticos da internacionalização de empresas, compreendendo as motivações, os desafios</p><p>e as estratégias envolvidas. Esse conhecimento será fundamental para os futuros estudos na área e</p><p>para o desenvolvimento de uma carreira profissional voltada para o comércio internacional e a</p><p>expansão global das empresas, bem como para a diplomacia corporativa.</p><p>Introdução ao comércio internacional e internacionalização</p><p>de empresas</p><p>O comércio internacional e a internacionalização de empresas desempenham um papel</p><p>fundamental no estágio</p><p>principalmente nos países do</p><p>Ocidente. No entanto, nas últimas décadas, temos testemunhado um aumento significativo do poder</p><p>econômico e político de outras regiões, como Ásia, América Latina, África e Oriente Médio.</p><p>A internacionalização das empresas dessas regiões emergentes tem sido um fator-chave para</p><p>esse avanço, permitindo que elas conquistem novos mercados e estabeleçam presença global. A</p><p>ascensão de empresas multinacionais de países como China, Índia, Brasil e África do Sul e demais</p><p>nações do G2019 tem desafiado o domínio tradicional das empresas ocidentais e reconfigurado a</p><p>dinâmica econômica mundial. Essa mudança no equilíbrio de poder20 econômico tem sido</p><p>acompanhada por transformações políticas e sociais, abrindo caminho para um mundo pós-</p><p>ocidental, em que múltiplos atores e perspectivas desempenham um papel significativo.</p><p>18 Economia de escopo é o benefício obtido quando uma empresa diversifica as suas atividades ou os seus produtos,</p><p>compartilhando recursos e conhecimentos entre eles, resultando em redução de custos ou aumento da eficiência. Em</p><p>vez de produzir um único produto, a empresa aproveita as sinergias entre as suas diferentes linhas de negócios para</p><p>obter vantagens competitivas e melhorar o seu desempenho geral.</p><p>19 O G20 é um grupo composto das 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia, que se reúnem</p><p>regularmente para discutir questões econômicas globais, cooperação financeira e coordenação de políticas. Essa</p><p>organização busca promover o diálogo e a cooperação entre os seus membros, com o objetivo de alcançar um</p><p>crescimento econômico sustentável e estável em nível global.</p><p>20 O equilíbrio de poder ocorre quando diferentes países ou atores compartilham o poder de forma equilibrada,</p><p>evitando que um se torne dominante sobre os outros. É uma forma de garantir estabilidade e evitar conflitos de larga</p><p>escala. Envolve estratégias como alianças, negociações e cooperação entre os atores internacionais. Ver mais em:</p><p>VISENTINI, Paulo Fagundes. O dragão chinês e o elefante indiano: a ascensão da Ásia e a transformação do</p><p>mundo. Porto Alegre: Leitura XXI, 2011.</p><p>33</p><p>Além disso, a compreensão dos fatores impulsionadores e inibidores da internacionalização</p><p>das empresas também nos ajuda a analisar os desafios e as oportunidades decorrentes de uma</p><p>economia global interconectada. À medida que as empresas expandem as suas operações além das</p><p>fronteiras nacionais, surgem questões complexas, como o impacto nos mercados locais, a</p><p>transferência de tecnologia e conhecimento, a sustentabilidade ambiental e social, a governança</p><p>corporativa global e a responsabilidade das empresas em relação às comunidades em que atuam. O</p><p>estudo desses fatores nos permite compreender as dinâmicas globais contemporâneas e explorar</p><p>caminhos para um crescimento econômico mais sustentável e inclusivo.</p><p>Nesse sentido, a análise dos fatores impulsionadores e inibidores da internacionalização de</p><p>empresas é essencial para a compreensão dos fenômenos geoeconômicos contemporâneos e o avanço</p><p>do mundo pós-ocidental. Por meio desse entendimento, podemos desvendar as forças que moldam a</p><p>economia global e o papel das empresas nesse processo. Ao considerar os desafios e as oportunidades</p><p>da internacionalização, podemos fomentar o crescimento econômico, promover a cooperação entre</p><p>diferentes regiões do mundo e construir uma ordem global mais equilibrada e sustentável.</p><p>Com uma abordagem estratégica e uma compreensão aprofundada desses fatores, as empresas</p><p>podem aproveitar as oportunidades globais e alcançar o sucesso na arena internacional, adotando</p><p>diferentes estratégias de entrada nos mercados internacionais, que abordaremos na próxima unidade.</p><p>Estratégias de entrada nos mercados internacionais</p><p>No atual cenário global, muitas empresas buscam expandir as suas operações além das</p><p>fronteiras nacionais para aproveitar oportunidades de mercado em diferentes países. No entanto, a</p><p>entrada nos mercados internacionais requer análise cuidadosa e planejamento estratégico,</p><p>considerando as diversas opções disponíveis. Nesta unidade, exploraremos diferentes estratégias de</p><p>entrada nos mercados internacionais, incluindo exportação, licenciamento, franquias, joint</p><p>ventures, subsidiárias e outras abordagens relevantes.</p><p>Exportação</p><p>A exportação é uma das estratégias de entrada mais comuns para empresas que desejam iniciar</p><p>as suas atividades em mercados internacionais. Ela envolve a venda de produtos ou serviços</p><p>diretamente para clientes estrangeiros. A exportação pode ser feita de duas maneiras principais:</p><p>i) direta; e ii) indireta.</p><p>34</p><p>A exportação direta ocorre quando a empresa lida diretamente com clientes estrangeiros.</p><p>Isso pode ser feito por meio de vendas diretas ou por meio de intermediários, como agentes ou</p><p>distribuidores. A exportação indireta, por sua vez, envolve a utilização de intermediários</p><p>nacionais, como tradings companies21, que assumem a responsabilidade de exportar os produtos da</p><p>empresa para mercados estrangeiros.</p><p>Licenciamento</p><p>O licenciamento é outra estratégia de entrada em mercados internacionais que envolve a</p><p>transferência de direitos de propriedade intelectual, como patentes, marcas registradas e know-</p><p>how22, para uma empresa estrangeira. Essa abordagem permite que a empresa licenciada produza e</p><p>comercialize produtos ou serviços utilizando a tecnologia ou a marca da empresa licenciadora.</p><p>O licenciamento pode ser uma opção atraente quando a empresa possui um ativo intangível</p><p>de alto valor que pode ser aproveitado em mercados estrangeiros. Além disso, essa estratégia</p><p>permite que a empresa expanda a sua presença global sem a necessidade de grandes investimentos</p><p>em infraestrutura ou produção.</p><p>Franquias</p><p>As franquias são uma forma específica de licenciamento, por meio da qual a empresa</p><p>franqueadora concede direito de uso da sua marca e know-how para uma empresa estrangeira,</p><p>chamada de franqueada. A franqueada, por sua vez, opera um negócio de acordo com o modelo</p><p>estabelecido pela franqueadora.</p><p>Esse modelo de negócios oferece várias vantagens, tanto para a franqueadora quanto para a</p><p>franqueada. Para a franqueadora, a franquia permite expandir a sua presença global sem assumir</p><p>todos os riscos e custos associados à abertura de unidades próprias. Para a franqueada, a franquia</p><p>oferece um modelo de negócios comprovado e o suporte contínuo da franqueadora.</p><p>21 Trading company, ou empresa comercial exportadora, é uma empresa que facilita o comércio entre diferentes países.</p><p>Ela atua como intermediária na compra e venda de produtos, conectando fabricantes e compradores internacionais. A</p><p>função principal de uma trading company é encontrar compradores para os produtos fabricados por empresas em um</p><p>país e, ao mesmo tempo, localizar fornecedores de produtos em outros países para atender à demanda dos</p><p>compradores. Essas empresas não produzem bens, mas atuam como intermediárias para facilitar a negociação. As</p><p>trading companies desempenham várias atividades para facilitar o comércio internacional. Elas buscam produtos de</p><p>qualidade a preços competitivos, negociam acordos comerciais, gerenciam logística e documentação, lidam com</p><p>questões alfandegárias e tarifárias, e organizam o transporte dos produtos entre países.</p><p>22 Know-how é o conjunto de conhecimentos práticos e experiências acumuladas por uma pessoa ou empresa em uma</p><p>determinada área. Ele engloba habilidades, técnicas e expertise necessárias para realizar determinada atividade com</p><p>eficiência. É importante, pois representa o conhecimento adquirido ao longo do tempo, que pode ser utilizado para</p><p>alcançar resultados superiores e vantagens competitivas.</p><p>35</p><p>Joint ventures</p><p>Uma joint venture é uma parceria estratégica entre duas ou mais empresas, nacionais ou</p><p>internacionais, que se unem para formar uma nova entidade comercial, que compartilha recursos,</p><p>conhecimentos e riscos para buscar oportunidades de negócios em mercados internacionais.</p><p>As joint ventures podem ser uma estratégia eficaz para entrar em mercados internacionais,</p><p>especialmente quando há restrições regulatórias, culturais ou políticas que dificultam a entrada</p><p>direta. Além disso, permitem que as empresas parceiras se beneficiem das competências</p><p>complementares e compartilhem os custos e os riscos associados à expansão internacional.</p><p>Subsidiárias</p><p>A criação de subsidiárias é uma estratégia de entrada nos mercados internacionais que</p><p>envolve o estabelecimento de uma empresa totalmente controlada pela empresa-mãe em um</p><p>país estrangeiro. A subsidiária é uma entidade legal separada, sujeita às leis e às regulamentações</p><p>do país onde está localizada.</p><p>Essa estratégia de entrada oferece à empresa-mãe um alto nível de controle sobre as suas</p><p>operações internacionais, permitindo adaptar-se às características específicas do mercado local. Além</p><p>disso, a criação de subsidiárias pode ser uma opção atraente quando há barreiras comerciais</p><p>significativas ou quando a empresa busca estabelecer uma presença física sólida em um determinado</p><p>país.</p><p>Além das estratégias mencionadas anteriormente, existem outras abordagens que as</p><p>empresas podem adotar para entrar em mercados internacionais, como veremos a seguir.</p><p>Acordos de distribuição</p><p>Os acordos de distribuição são uma estratégia de entrada nos mercados internacionais em que</p><p>a empresa estabelece parcerias com distribuidores locais no mercado estrangeiro, os quais são</p><p>responsáveis por comercializar e vender os produtos ou serviços da empresa no território designado.</p><p>Essa estratégia é especialmente útil quando uma empresa deseja entrar em um mercado</p><p>estrangeiro, mas não possui os recursos ou a expertise para estabelecer uma presença física própria.</p><p>Ao formar parcerias com distribuidores locais, a empresa pode beneficiar-se do conhecimento</p><p>local do parceiro, da sua rede de contatos e da sua compreensão das práticas comerciais e culturais</p><p>específicas do mercado.</p><p>Os acordos de distribuição podem ser exclusivos, em que o distribuidor tem exclusividade</p><p>na comercialização dos produtos da empresa em determinada região, ou não exclusivos,</p><p>permitindo que a empresa trabalhe com vários distribuidores em um determinado mercado.</p><p>36</p><p>Joint development</p><p>A estratégia de joint development envolve a colaboração entre duas ou mais empresas para</p><p>desenvolver conjuntamente um novo produto, tecnologia ou mercado. Nesse modelo, as empresas</p><p>compartilham recursos, conhecimentos e riscos para alcançar objetivos comuns. Um caso recente</p><p>é a parceria entre o Instituto Butantan, do Brasil, e o laboratório Sinovac, da China, para o</p><p>desenvolvimento da vacina Coronavac contra a Covid-19, cuja pandemia se encerrou em maio de</p><p>2023. Conforme Menezes, Leal e Genghini (2021, p. 75-76):</p><p>Doutrinariamente, sob o enfoque da inovação, vemos que as encomendas</p><p>tecnológicas se mostram muito eficientes para viabilizar a transformação</p><p>de invenções em inovações, principalmente as mais ousadas e arriscadas.</p><p>Com a garantia de compra do Estado em caso de sucesso no atingimento</p><p>dos requisitos da encomenda, a empresa (ou consórcio de instituições)</p><p>consegue fazer uma análise focada nas suas competências internas e assim</p><p>se lançar com 100% de dedicação sobre questão técnica demandada.</p><p>Combinado com outros instrumentos como subvenções e financiamentos</p><p>para compartilhamento dos riscos tecnológicos, o instrumento é capaz de</p><p>ajudar a alcançar praticamente todo espectro da competência humana em</p><p>solucionar problemas complexos.</p><p>Essa estratégia é, assim, frequentemente adotada em setores de alta tecnologia, em que a</p><p>inovação é um fator-chave para o sucesso. Ao colaborar com parceiros internacionais, as empresas</p><p>podem combinar competências e experiências para acelerar o processo de desenvolvimento e</p><p>reduzir os riscos e os custos associados.</p><p>A estratégia de joint development oferece várias vantagens, incluindo compartilhamento de</p><p>riscos e custos, acesso a conhecimentos especializados e acesso a novos mercados por meio dos</p><p>canais de distribuição dos parceiros.</p><p>Aquisições</p><p>Aquisições são uma estratégia de entrada nos mercados internacionais em que uma</p><p>empresa adquire uma empresa existente no mercado externo. Essa estratégia pode permitir que</p><p>a empresa expanda rapidamente a sua presença internacional e adquira recursos, conhecimentos</p><p>e ativos estratégicos.</p><p>Ao adquirir uma empresa local, a empresa entrante pode beneficiar-se da base de clientes</p><p>estabelecida, da infraestrutura existente, da força de trabalho qualificada e do conhecimento do</p><p>mercado. Além disso, a aquisição de uma empresa local pode ajudar a superar barreiras</p><p>regulatórias e culturais que podem ser desafiadoras para a entrada direta no mercado.</p><p>37</p><p>No entanto, as aquisições também apresentam desafios, como o custo financeiro e os riscos</p><p>associados à integração das operações, culturas e sistemas das duas empresas, portanto é</p><p>fundamental conduzir uma análise cuidadosa e due diligence23 para garantir que a aquisição seja</p><p>estrategicamente adequada e traga benefícios significativos.</p><p>Greenfield investments</p><p>Greenfield investments envolvem o estabelecimento de instalações de produção ou prestação</p><p>de serviços totalmente novas em um mercado externo. Essa estratégia requer um investimento</p><p>significativo em termos de capital, tempo e recursos, mas oferece à empresa controle total sobre as</p><p>suas operações internacionais.</p><p>Ao optar por um greenfield investment, a empresa tem a oportunidade de construir as suas</p><p>instalações de acordo com as suas especificações, adaptando-se às necessidades e às preferências</p><p>locais. Além disso, pode estabelecer a sua própria cultura organizacional e contratar a sua própria</p><p>equipe, garantindo maior controle e alinhamento com a sua visão e estratégia global.</p><p>No entanto, os greenfield investments também podem ser arriscados, pois exigem um</p><p>conhecimento aprofundado do mercado-alvo, bem como a capacidade de enfrentar desafios</p><p>locais, como barreiras regulatórias, culturais e concorrenciais. Nesse sentido, é fundamental</p><p>conduzir análises de viabilidade e planejamento detalhados antes de embarcar em um greenfield</p><p>investment.</p><p>O quadro 7, a seguir, sintetiza todas as estratégias de entrada que abordamos nesta unidade:</p><p>Quadro 7 – Vantagens e riscos das estratégias de entrada nos mercados internacionais</p><p>estratégia de</p><p>entrada</p><p>vantagens riscos aplicação prática</p><p>23 Due diligence é um processo de investigação e análise minuciosa que uma pessoa ou empresa realiza antes de tomar uma</p><p>decisão importante, como uma aquisição, um investimento ou uma parceria. O objetivo é obter informações detalhadas</p><p>sobre a outra parte envolvida, incluindo finanças, operações, histórico e riscos potenciais, para tomar uma decisão</p><p>informada. Nesse sentido, ajuda a minimizar os riscos e maximizar as oportunidades na tomada de decisões de negócios.</p><p>38</p><p>estratégia de</p><p>entrada</p><p>vantagens riscos aplicação prática</p><p>exportação</p><p> baixo custo inicial;</p><p> risco financeiro</p><p>limitado;</p><p> aproveitamento da</p><p>experiência e</p><p>conhecimento da</p><p>empresa no seu</p><p>mercado doméstico.</p><p> dependência de</p><p>intermediários</p><p>locais;</p><p> barreiras</p><p>tarifárias e não</p><p>tarifárias;</p><p> risco cambial;</p><p> dificuldades na</p><p>adaptação ao</p><p>mercado local.</p><p> A empresa A</p><p>exporta os seus</p><p>produtos para o</p><p>mercado B,</p><p>utilizando uma</p><p>rede de</p><p>distribuidores</p><p>locais.</p><p>licenciamento</p><p> custo e risco baixos;</p><p> acesso rápido a</p><p>mercados</p><p>estrangeiros;</p><p> benefício de</p><p>conhecimento e</p><p>expertise local.</p><p> perda de</p><p>controle sobre a</p><p>tecnologia e a</p><p>marca;</p><p> risco de</p><p>competição</p><p>futura com o</p><p>licenciado;</p><p> dificuldades na</p><p>garantia da</p><p>qualidade e</p><p>proteção da</p><p>propriedade</p><p>intelectual.</p><p> A empresa A</p><p>licencia a sua</p><p>tecnologia para</p><p>a empresa B no</p><p>mercado</p><p>internacional,</p><p>que produz e</p><p>vende produtos</p><p>com base nessa</p><p>tecnologia.</p><p>franquias</p><p> crescimento rápido</p><p>com investimento</p><p>limitado;</p><p> benefício do</p><p>conhecimento local e</p><p>da marca</p><p>estabelecida;</p><p> redução do risco</p><p>financeiro.</p><p> dificuldades na</p><p>manutenção e no</p><p>controle da</p><p>qualidade;</p><p> risco de conflitos</p><p>com os</p><p>franqueados;</p><p> dependência da</p><p>capacidade de</p><p>expansão dos</p><p>franqueados.</p><p> A franquia</p><p>internacional de</p><p>fast-food A</p><p>expande os seus</p><p>negócios</p><p>abrindo</p><p>franquias em</p><p>diferentes</p><p>países.</p><p>39</p><p>estratégia de</p><p>entrada</p><p>vantagens riscos aplicação prática</p><p>joint ventures</p><p> acesso rápido a</p><p>conhecimento e</p><p>recursos locais;</p><p> compartilhamento de</p><p>riscos e custos;</p><p> redução de barreiras</p><p>culturais e políticas.</p><p> dificuldades na</p><p>gestão do</p><p>relacionamento</p><p>com o parceiro;</p><p> dificuldades na</p><p>tomada de</p><p>decisões</p><p>conjuntas;</p><p> risco de conflitos</p><p>de interesses.</p><p> A empresa A</p><p>forma uma joint</p><p>venture com a</p><p>empresa B no</p><p>mercado</p><p>estrangeiro para</p><p>desenvolver e</p><p>comercializar</p><p>um produto em</p><p>conjunto.</p><p>subsidiárias</p><p> controle total sobre</p><p>as operações no</p><p>mercado estrangeiro;</p><p> maior capacidade de</p><p>adaptação às</p><p>condições locais;</p><p> aproveitamento de</p><p>benefícios fiscais e</p><p>regulatórios.</p><p> alto custo de</p><p>estabelecimento</p><p>e manutenção;</p><p> risco de desafios</p><p>culturais e de</p><p>gestão;</p><p> dificuldades na</p><p>obtenção de</p><p>lucros no</p><p>mercado</p><p>estrangeiro.</p><p> A empresa A</p><p>estabelece uma</p><p>subsidiária</p><p>própria no</p><p>mercado</p><p>estrangeiro para</p><p>fabricar e</p><p>comercializar os</p><p>seus produtos</p><p>localmente.</p><p>acordos de</p><p>distribuição</p><p> baixo custo e risco</p><p>inicial;</p><p> acesso rápido a</p><p>canais de distribuição</p><p>estabelecidos;</p><p> benefício do</p><p>conhecimento local</p><p>do parceiro.</p><p> dificuldades no</p><p>controle da</p><p>qualidade e da</p><p>marca;</p><p> risco de conflitos</p><p>com o</p><p>distribuidor;</p><p> dependência da</p><p>capacidade e do</p><p>comprometiment</p><p>o do distribuidor.</p><p> A empresa A</p><p>firma um acordo</p><p>de distribuição</p><p>com a empresa</p><p>B no mercado</p><p>internacional</p><p>para</p><p>comercializar os</p><p>seus produtos</p><p>por meio da</p><p>rede de</p><p>distribuição da</p><p>empresa B.</p><p>40</p><p>estratégia de</p><p>entrada</p><p>vantagens riscos aplicação prática</p><p>joint</p><p>development</p><p> compartilhamento de</p><p>riscos e custos de</p><p>pesquisa e</p><p>desenvolvimento;</p><p> benefício do</p><p>conhecimento e</p><p>experiência</p><p>complementares das</p><p>partes envolvidas;</p><p> oportunidade de</p><p>inovação conjunta.</p><p> dificuldades na</p><p>gestão do</p><p>relacionamento</p><p>com o parceiro;</p><p> risco de conflitos</p><p>de propriedade</p><p>intelectual;</p><p> dificuldades na</p><p>tomada de</p><p>decisões</p><p>conjuntas.</p><p> Duas empresas</p><p>A e B colaboram</p><p>em um projeto</p><p>de pesquisa e</p><p>desenvolviment</p><p>o no mercado</p><p>internacional</p><p>para</p><p>desenvolver</p><p>uma nova</p><p>tecnologia ou</p><p>produto.</p><p>aquisições</p><p> acesso imediato a</p><p>recursos,</p><p>conhecimentos e</p><p>mercado;</p><p> controle total sobre a</p><p>empresa adquirida;</p><p> oportunidade de</p><p>expansão rápida.</p><p> alto custo de</p><p>aquisição;</p><p> dificuldades na</p><p>integração e na</p><p>cultura</p><p>organizacional;</p><p> risco de má</p><p>avaliação da</p><p>empresa</p><p>adquirida.</p><p> A empresa A</p><p>adquire a</p><p>empresa B no</p><p>mercado</p><p>estrangeiro para</p><p>expandir as suas</p><p>operações e</p><p>aproveitar a</p><p>base de clientes</p><p>existente.</p><p>greenfield</p><p>investments</p><p> controle total sobre o</p><p>investimento e as</p><p>operações;</p><p> oportunidade de</p><p>construir instalações</p><p>e processos sob</p><p>medida;</p><p> benefícios fiscais e</p><p>regulatórios.</p><p> alto custo e risco</p><p>de</p><p>estabelecimento;</p><p> dificuldades na</p><p>adaptação ao</p><p>ambiente local;</p><p> tempo</p><p>necessário para</p><p>construir a</p><p>presença no</p><p>mercado.</p><p> A empresa A</p><p>constrói uma</p><p>nova fábrica ou</p><p>instalação no</p><p>mercado</p><p>estrangeiro para</p><p>produzir e</p><p>comercializar os</p><p>seus produtos</p><p>localmente a</p><p>partir do zero.</p><p>Fonte: elaborado pelo autor</p><p>41</p><p>A escolha da estratégia de entrada nos mercados internacionais é um processo complexo que</p><p>requer análise cuidadosa das circunstâncias específicas da empresa e do mercado-alvo. Cada estratégia</p><p>tem as suas vantagens e os seus desafios, e a decisão final dependerá de fatores como recursos</p><p>disponíveis, riscos associados, capacidade de adaptação e objetivos de longo prazo da empresa.</p><p>Independentemente da estratégia escolhida, é fundamental realizar um planejamento sólido</p><p>e contar com uma equipe qualificada para executar a entrada nos mercados internacionais com</p><p>sucesso. A compreensão das diferentes opções disponíveis e a avaliação cuidadosa dos riscos e das</p><p>oportunidades ajudarão as empresas a aproveitarem ao máximo o potencial dos mercados</p><p>internacionais e alcançarem o sucesso global.</p><p>Aprendemos neste curso que internacionalização de empresas é uma estratégia crucial para o</p><p>crescimento e a sustentabilidade em um mundo globalizado, ou melhor, em processo de</p><p>desglobalização, contudo essa jornada requer análise cuidadosa e planejamento estratégico. Nesse</p><p>contexto, exploramos diferentes estratégias de entrada nos mercados internacionais, como</p><p>exportação, licenciamento, franquias, joint ventures, subsidiárias e outras abordagens relevantes.</p><p>Um caso que é digno de nota, antes de encerrarmos a unidade, é o dos investimentos de</p><p>internacionalização das empresas chinesas que, apesar de serem a maior economia do mundo –</p><p>em termos nominais – ainda não ocupam o topo do ranking em comparação a outras regiões,</p><p>conforme os gráficos da figura 4, a seguir:</p><p>Figura 4 – Investimentos de internacionalização das empresas chinesas no mundo</p><p>Fonte: Molnar, Yan e Li (2021)</p><p>42</p><p>O estoque de investimento direto chinês no exterior aumentou oito vezes na última década</p><p>ou algo próximo disso (e 60 vezes de 2003 a 2018). Em 2015, em termos de fluxos, a China</p><p>ultrapassou o Japão e se tornou o segundo maior investidor do mundo. No entanto, em termos de</p><p>estoque de investimento direto no exterior, a China possuía US$ 2,4 trilhões, apenas 6,4% do</p><p>total mundial em 2020. Apesar disso, a participação da China no investimento direto global mais</p><p>do que dobrou nos últimos cinco anos e aumentou mais de cinco vezes na última década (figura</p><p>4). Ao mesmo tempo, a participação de outros principais investidores permaneceu estável ou até</p><p>mesmo diminuiu, com exceção do Japão, o que denota diferentes estratégias adotadas pelas</p><p>empresas chinesas (Molnar, Yan e Li, 2021)24.</p><p>Cada estratégia apresenta vantagens e desafios únicos, e a escolha dependerá de uma série de</p><p>fatores, incluindo recursos disponíveis, riscos envolvidos, conhecimento do mercado e objetivos</p><p>de longo prazo da empresa. É fundamental que as empresas conduzam uma análise detalhada do</p><p>mercado-alvo, avaliando os aspectos geográficos, culturais, regulatórios e competitivos.</p><p>A compreensão da geografia dos negócios internacionais desempenha, assim, um papel</p><p>crucial na tomada de decisões estratégicas. A localização geográfica dos mercados-alvo, a</p><p>infraestrutura logística disponível, as características físicas e culturais dos países, bem como as</p><p>barreiras comerciais e regulatórias devem ser consideradas. Esses aspectos influenciam diretamente</p><p>as estratégias de entrada escolhidas e a forma como as empresas operam em mercados estrangeiros.</p><p>Além disso, é importante destacar que as estratégias de entrada nos mercados internacionais</p><p>não são mutuamente exclusivas. As empresas podem adotar abordagens combinadas e ajustar as</p><p>suas estratégias ao longo do tempo, de acordo com as mudanças do ambiente de negócios e as</p><p>necessidades específicas de cada mercado.</p><p>Em síntese, a internacionalização de empresas requer uma abordagem estratégica e</p><p>adaptativa. A compreensão das estratégias de entrada nos mercados internacionais e a análise</p><p>cuidadosa da geografia dos negócios internacionais são fundamentais para aproveitar as</p><p>oportunidades globais, mitigar riscos e alcançar o sucesso sustentável em mercados internacionais.</p><p>24 Nesse documento publicado pela OCDE, os autores analisam como os investimentos chineses no mundo se</p><p>apresentam como um mecanismo de internacionalização não apenas das empresas, mas, sobretudo, do Estado chinês.</p><p>A conclusão deste curso abrangeu alguns tópicos essenciais para compreender os desafios e as</p><p>oportunidades enfrentados pelas empresas que buscam expandir-se globalmente. Compreendemos a</p><p>importância do comércio</p><p>internacional e da internacionalização de empresas e examinamos as</p><p>principais teorias que moldam o nosso entendimento desses fenômenos. Desde a Teoria Clássica do</p><p>Comércio Internacional até a Teoria do Paradigma Eclético de Dunning (2002), essas perspectivas</p><p>forneceram uma base sólida para a análise dos processos de internacionalização. Além disso,</p><p>exploramos os fatores impulsionadores e inibidores da internacionalização, bem como as diferentes</p><p>estratégias de entrada nos mercados internacionais disponíveis para as empresas.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>44</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>ADAM Smith. Pixabay, [s.l.], 20 nov. 2019. Disponível em:</p><p>https://pixabay.com/pt/photos/adam-smith-edimburgo-est%C3%A1tua-4637193. Acesso em: 2</p><p>nov. 2023.</p><p>ARAUJO, Antonio Carlos Porto de. Como comercializar créditos de carbono. 6. ed. São Paulo:</p><p>Trevisan, 2008.</p><p>BANCO del Alba. 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Acesso em: 8 jul. 2023.</p><p>https://pixabay.com/pt/photos/adam-smith-edimburgo-est%C3%A1tua-4637193/</p><p>https://twitter.com/BancodelALBA_/status/1192810523466833922/photo/1</p><p>https://twitter.com/BancodelALBA_/status/1192810523466833922/photo/1</p><p>https://doi.org/10.14393/ufu.te.2013.60</p><p>https://www.gov.br/cdtn/pt-br/assuntos/noticias/cdtn-comprometido-com-os-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel</p><p>https://www.gov.br/cdtn/pt-br/assuntos/noticias/cdtn-comprometido-com-os-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel</p><p>https://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_mundo/mundo_blocos_economicos.pdf</p><p>https://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_mundo/mundo_blocos_economicos.pdf</p><p>45</p><p>______. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais</p><p>(LGPD). Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/</p><p>l13709.htm. Acesso em: 14 jul. 2023.</p><p>______. 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O Jornal</p><p>Económico, [s.l.], 21 set. 2015. Disponível em: https://jornaleconomico.pt/noticias/warner-bros-e-</p><p>china-media-lancam-empresa-para-produzir-filmes-em-mandarim-35980. Acesso em: 17 jul. 2023.</p><p>WENDT, Karen; MILLER, Katharina. (Eds.). The fourth industrial revolution and its impact</p><p>on ethics: solving the challenges of the agenda 2030. 1. ed. Cham: Springer, 2021.</p><p>WRIGHT, Peter L.; KROLL, Mark J.; PARNELL, John. Administração estratégica: conceitos.</p><p>São Paulo: Atlas, 2000.</p><p>ZANDT, Florian. The world’s most-sanctioned countries. Statista, [s.l.], 22 fev. 2023. Disponível</p><p>em: https://www.statista.com/chart/27015/number-of-currently-active-sanctions-by-target-country.</p><p>Acesso em: out. 2023.</p><p>51 INTERESTING facts about Silicon Valley. Quiz Coconut, [s.l.], 25 out. 2022. Disponível</p><p>em: https://quizcoconut.com/interesting-facts-about-silicon-valley. Acesso em: 3 nov. 2023.</p><p>https://jornaleconomico.pt/noticias/warner-bros-e-china-media-lancam-empresa-para-produzir-filmes-em-mandarim-35980</p><p>https://jornaleconomico.pt/noticias/warner-bros-e-china-media-lancam-empresa-para-produzir-filmes-em-mandarim-35980</p><p>https://www.statista.com/chart/27015/number-of-currently-active-sanctions-by-target-country/</p><p>https://quizcoconut.com/interesting-facts-about-silicon-valley</p><p>56</p><p>PROFESSOR-AUTOR</p><p>Roberto Rodolfo Georg Uebel</p><p>Formação acadêmica</p><p> Pós-doutorado em Geografia pela Universidade Federal do</p><p>Rio Grande do Sul (UFRGS).</p><p> Doutor em Estudos Estratégicos Internacionais pela</p><p>UFRGS.</p><p> Mestre em Geografia pela UFRGS.</p><p> Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).</p><p>Experiências profissionais</p><p> Professor de Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing de</p><p>Porto Alegre (ESPM-POA).</p><p> Coordenador do Observatório das Migrações Internacionais no Rio Grande do Sul</p><p>(OBMigra-RS) da ESPM-POA.</p><p> Pesquisador Visitante do King’s College London.</p><p>Publicações</p><p> Livros mais recentes: “Sociologia geral e da comunicação” (Unicesumar, 2022) e “Teoria</p><p>das relações internacionais” (Reader, 2021).</p><p>Premiações</p><p> Alternative Voices Prize – Mixed Migration Centre (2021).</p><p> Canning House and King’s College London Visiting Fellowship – Canning House and</p><p>King’s College London (2023).</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>SUMÁRIO</p><p>INTRODUÇÃO À INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS</p><p>Introdução ao comércio internacional e internacionalização de empresas</p><p>Principais teorias da internacionalização</p><p>Fatores impulsionadores e inibidores da internacionalização de empresas</p><p>Estratégias de entrada nos mercados internacionais</p><p>Exportação</p><p>Licenciamento</p><p>Franquias</p><p>Joint ventures</p><p>Subsidiárias</p><p>Acordos de distribuição</p><p>Joint development</p><p>Aquisições</p><p>Greenfield investments</p><p>CONCLUSÃO</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>PROFESSOR-AUTOR</p><p>Roberto Rodolfo Georg Uebel</p><p>Formação acadêmica</p><p>Experiências profissionais</p><p>Publicações</p><p>Premiações</p><p>atual da globalização, também chamado de desglobalização1 ou mundo</p><p>pós-ocidental2 (Stuenkel, 2018). Com a crescente interconexão dos mercados, as empresas</p><p>enfrentam um ambiente de negócios cada vez mais competitivo e dinâmico, no qual a expansão</p><p>além das fronteiras nacionais se tornou uma estratégia essencial para o crescimento e a</p><p>sobrevivência empresarial. Nesse contexto, é imprescindível compreender os conceitos, os desafios</p><p>e as oportunidades associados ao comércio internacional e à internacionalização de empresas.</p><p>1 O conceito de “desglobalização” se refere a um processo em que os laços econômicos, políticos e culturais entre países</p><p>diminuem, resultando em uma redução no nível de interdependência e integração global. A desglobalização pode ocorrer</p><p>de várias formas, como restrições comerciais, redução de acordos e tratados internacionais, aumento do protecionismo e</p><p>nacionalismo econômico. Esse fenômeno pode ser impulsionado por diversos fatores, como mudanças políticas,</p><p>instabilidade econômica, preocupações com segurança, desigualdade econômica, entre outros. A desglobalização pode</p><p>ter impactos significativos nas empresas, nos mercados e nas economias, resultando em uma redução do comércio</p><p>internacional, dos investimentos estrangeiros e dos fluxos de capital. Embora a globalização tenha trazido benefícios,</p><p>como o crescimento econômico, a disseminação de tecnologia e a interconexão dos mercados, a desglobalização reflete</p><p>um movimento em direção à maior autonomia e proteção dos interesses nacionais. No entanto, é importante ressaltar</p><p>que o processo de desglobalização não é homogêneo e pode variar entre diferentes países e regiões, sendo influenciado</p><p>por contextos políticos, econômicos e sociais específicos. Diferentes pensadores, ao longo das últimas décadas, como o</p><p>geógrafo brasileiro Milton Santos (2019) e a cientista social e historiadora portuguesa Isabel Ferin Cunha (2018), têm</p><p>abordado o tema da desglobalização como “globalização perversa” ou ainda “desocidentalização”, respectivamente.</p><p>2 Nessa obra, o professor Oliver Stuenkel, da FGV, discute o surgimento de uma nova ordem global cuja centralidade</p><p>decisória do poder, seja no âmbito econômico, seja no político ou no geopolítico, deslocou-se do Ocidente para o Oriente</p><p>e para as periferias do Sistema Internacional.</p><p>9</p><p>O comércio internacional se refere à troca de bens, serviços e capital entre países. Essas</p><p>transações comerciais ocorrem por meio da exportação e da importação de produtos, bem como dos</p><p>investimentos diretos no exterior3 (Krugman; Obstfeld; Melitz, 2023). Já a internacionalização de</p><p>empresas é o processo pelo qual as organizações buscam expandir as suas operações e os seus</p><p>recursos além das fronteiras nacionais, estabelecendo presença em mercados externos.</p><p>A internacionalização4 pode ocorrer de diferentes formas, desde a exportação de produtos</p><p>para um único mercado estrangeiro até o estabelecimento de subsidiárias ou joint ventures5 em</p><p>diversos países. Essa estratégia permite que as empresas alcancem novos mercados, reduzam riscos</p><p>associados à dependência de um único mercado doméstico e aproveitem vantagens competitivas</p><p>específicas de determinadas regiões.</p><p>Existem diversas motivações que impulsionam as empresas a buscar a internacionalização.</p><p>Uma das principais é a busca por oportunidades de crescimento e expansão em mercados</p><p>internacionais. Com a saturação de mercados domésticos e a crescente concorrência, as empresas</p><p>buscam novos clientes e mercados em outros países ou, ainda, formam blocos econômicos e</p><p>comerciais, os quais estudaremos nas próximas unidades.</p><p>Além disso, a internacionalização permite às empresas diversificar os seus riscos6 (Beck, 2011),</p><p>reduzindo a dependência de um único mercado e mitigando impactos negativos de crises econômicas</p><p>ou instabilidades políticas em um país específico. Ao operar em diferentes mercados, as empresas se</p><p>tornam mais resilientes a flutuações econômicas e a riscos específicos de cada localidade.</p><p>Outra motivação para a internacionalização é a busca por eficiência produtiva7 e acesso a</p><p>recursos. Algumas regiões podem oferecer mão de obra qualificada, custos de produção mais</p><p>baixos, acesso a matéria-prima ou tecnologias específicas, o que leva as empresas a estabelecerem</p><p>operações em diferentes países para aproveitar essas vantagens competitivas.</p><p>3 Investimentos diretos no exterior se referem à alocação de recursos financeiros por uma empresa em um país estrangeiro</p><p>para estabelecer, expandir ou adquirir uma subsidiária, participação acionária majoritária ou controladora em uma empresa</p><p>estrangeira, com o objetivo de obter benefícios econômicos e exercer controle direto sobre as operações.</p><p>4 Internacionalização é o processo pelo qual as empresas buscam expandir as suas atividades comerciais e operações além</p><p>das fronteiras nacionais, estabelecendo presença em mercados estrangeiros com o objetivo de obter vantagens</p><p>competitivas, acesso a novos clientes e oportunidades de crescimento. Envolve estratégias como exportação,</p><p>estabelecimento de subsidiárias, licenciamento, joint ventures e outras formas de inserção em mercados internacionais.</p><p>5 Uma joint venture é uma parceria entre duas ou mais empresas independentes que se unem para colaborar em um</p><p>projeto ou empreendimento específico, compartilhando recursos, conhecimentos e riscos, visando alcançar objetivos</p><p>comuns e aproveitar oportunidades de negócios em conjunto.</p><p>6 Nessa obra, o sociólogo alemão Ulrich Beck discute sobre como os riscos e as excepcionalidades do mundo moderno se</p><p>tornaram a nova regra para a vida em coletividade, o que ensejaria em uma sociedade de risco, sem mais a divisão de</p><p>classes, mas, sim, quem pode contornar os riscos do mundo moderno, e quem passa a aprender a conviver com as</p><p>vulnerabilidades políticas, sociais e ambientais. Isso se aplicaria, nesse caso, às empresas, que passariam a se comportar</p><p>como agentes econômicos e atores políticos nessa nova sociedade de risco.</p><p>7 Eficiência produtiva se refere à capacidade de uma empresa ou organização de produzir bens ou serviços com a menor</p><p>quantidade de recursos possível, maximizando a produtividade e minimizando os custos, de modo a alcançar um maior nível de</p><p>produção e rentabilidade. É a busca por fazer mais com menos, tornando os processos mais ágeis, otimizados e eficazes.</p><p>10</p><p>Embora a internacionalização ofereça oportunidades significativas, também apresenta</p><p>desafios complexos para as empresas, sobretudo em uma ordem internacional pós-ocidental e</p><p>não mais dividida em dois hemisférios (figura 1). Entre os principais desafios, destacam-se as</p><p>barreiras comerciais, a concorrência global, as diferenças culturais e a gestão das operações em</p><p>diferentes jurisdições.</p><p>Figura 1 – Mundo dividido em dois hemisférios</p><p>Fonte: Pixabay (2012)</p><p>As barreiras comerciais incluem tarifas, cotas e restrições não tarifárias impostas pelos</p><p>governos para proteger a indústria doméstica. Essas barreiras podem dificultar o acesso a</p><p>determinados mercados e aumentar os custos de exportação ou importação.</p><p>A concorrência global se intensificou nos últimos anos, com empresas de diferentes países</p><p>competindo em escala global. Para se destacar nesse cenário, as empresas precisam desenvolver</p><p>estratégias competitivas eficazes, adaptar os seus produtos e serviços às demandas dos mercados</p><p>estrangeiros e oferecer propostas de valor distintas.</p><p>11</p><p>As diferenças culturais também representam um desafio para as empresas que desejam</p><p>internacionalizar-se. Normas, valores, costumes e práticas de negócios variam de país para país, o</p><p>que requer uma compreensão aprofundada das culturas locais e a habilidade de adaptar as</p><p>estratégias de marketing, comunicação e negociação de acordo com essas diferenças.</p><p>A gestão das operações em diferentes jurisdições8 apresenta desafios legais, regulatórios e</p><p>operacionais. Cada país possui leis e regulamentações específicas que afetam as atividades</p><p>das</p><p>empresas, desde questões tributárias e trabalhistas até requisitos de licenciamento e conformidade</p><p>regulatória. Além disso, a gestão de cadeias de suprimentos globais9 e a coordenação de atividades</p><p>em diferentes locais exigem uma abordagem cuidadosa e eficiente.</p><p>Apesar dos desafios mencionados, a internacionalização oferece uma série de benefícios</p><p>significativos para as empresas. Entre estes, destacam-se o acesso a novos mercados e clientes, a</p><p>diversificação de riscos, o aproveitamento de vantagens competitivas específicas de cada região e o</p><p>desenvolvimento de uma visão mais ampla e global dos negócios.</p><p>Ao se expandir para mercados estrangeiros, as empresas têm a oportunidade de alcançar</p><p>novos consumidores e aumentar a sua base de clientes. Isso pode resultar no crescimento</p><p>significativo das vendas e na ampliação da participação de mercado.</p><p>A diversificação de riscos é um benefício importante da internacionalização. Ao operar em</p><p>diferentes países, as empresas estão menos expostas a choques econômicos, políticos ou</p><p>regulatórios em um único mercado. Isso permite maior resiliência diante de crises ou</p><p>instabilidades específicas de determinada região.</p><p>A internacionalização também oferece a possibilidade de aproveitar vantagens competitivas</p><p>específicas de cada mercado. Isso pode incluir acesso a recursos naturais, mão de obra qualificada,</p><p>tecnologias avançadas ou vantagens logísticas. Ao estabelecer operações em diferentes países, as</p><p>empresas podem maximizar essas vantagens e otimizar a sua cadeia de valor globalmente.</p><p>Além disso, a internacionalização proporciona às empresas uma visão mais ampla e global</p><p>dos negócios. A exposição a diferentes culturas, mercados e práticas empresariais estimula a</p><p>aprendizagem e a inovação, possibilitando o desenvolvimento de soluções criativas e adaptáveis</p><p>às demandas globais.</p><p>O quadro comparativo a seguir (quadro 1) ilustra as vantagens e os desafios do processo de</p><p>internacionalização de empresas:</p><p>8 Jurisdição se refere à autoridade legal e ao poder de um determinado órgão, como um tribunal ou governo, de exercer</p><p>autoridade sobre pessoas, territórios, casos ou assuntos específicos. É a esfera de influência legal e territorial na qual são</p><p>aplicadas e interpretadas as leis e os regulamentos. Nesse caso, entende-se como diferentes áreas geográficas.</p><p>9 As cadeias de suprimentos globais são redes interconectadas de empresas e organizações que trabalham em conjunto</p><p>para fornecer produtos e serviços em escala global. Elas envolvem a coordenação de atividades como produção,</p><p>transporte, armazenamento e distribuição, visando atender às demandas dos consumidores em diferentes partes do</p><p>mundo. Ver mais em: TAPSCOTT, Don. Supply chain revolution: how blockchain technology is transforming the global</p><p>flow of assets. Toronto: Barlow Publishing, 2020.</p><p>12</p><p>Quadro 1 – Vantagens e desafios da internacionalização de empresas</p><p>vantagens desafios exemplos reais</p><p>acesso a novos</p><p>mercados</p><p>barreiras comerciais Apple expandindo para a China</p><p>concorrência global</p><p>Coca-Cola se estabelecendo em</p><p>diversos países</p><p>diferenças culturais</p><p>McDonald’s adaptando o seu</p><p>menu em diferentes países</p><p>gestão de operações</p><p>Toyota estabelecendo fábricas em</p><p>vários países</p><p>diversificação de riscos</p><p>regulamentações</p><p>Google enfrentando restrições na</p><p>China</p><p>riscos políticos</p><p>Shell investindo em países com</p><p>instabilidade política</p><p>flutuações cambiais</p><p>Petrobras lidando com</p><p>volatilidade de moedas</p><p>gestão da cadeia de</p><p>suprimentos globais</p><p>Samsung otimizando a sua cadeia</p><p>de suprimentos</p><p>aproveitamento de</p><p>vantagens competitivas</p><p>custos de entrada</p><p>Zara aproveitando custos de</p><p>produção baixos em países</p><p>específicos</p><p>riscos operacionais</p><p>Amazon enfrentando desafios</p><p>logísticos em mercados</p><p>internacionais</p><p>adaptação de produtos e</p><p>serviços</p><p>Nike desenvolvendo produtos</p><p>específicos para mercados locais</p><p>visão global dos</p><p>negócios</p><p>complexidade de operações</p><p>internacionais</p><p>Microsoft atuando em diferentes</p><p>setores e mercados em todo o</p><p>mundo</p><p>gestão de equipes</p><p>multiculturais</p><p>Dell liderando equipes</p><p>globalmente</p><p>gerenciamento de marcas e</p><p>reputação</p><p>BMW mantendo uma imagem</p><p>premium globalmente</p><p>tomada de decisões</p><p>estratégicas</p><p>Nestlé adaptando a sua estratégia</p><p>global às necessidades locais</p><p>Fonte: elaborado pelo autor</p><p>13</p><p>Esse quadro comparativo destaca vantagens, desafios e exemplos reais da internacionalização</p><p>de empresas em diferentes estágios. As vantagens incluem acesso a novos mercados, diversificação</p><p>de riscos, aproveitamento de vantagens competitivas e desenvolvimento de uma visão global dos</p><p>negócios. Por outro lado, os desafios envolvem barreiras comerciais, concorrência global,</p><p>diferenças culturais, gestão de operações e outros aspectos complexos.</p><p>Os exemplos reais ilustram como empresas renomadas enfrentaram essas vantagens e esses</p><p>desafios ao se internacionalizarem. Apple, Coca-Cola, McDonald’s e Toyota se expandiram para</p><p>diferentes países, adaptando-se a diferentes culturas e superando desafios regulamentares e de</p><p>concorrência. Outros exemplos incluem Google, Shell, Unilever e Samsung, que lidaram com</p><p>questões políticas, volatilidade cambial, cadeias de suprimentos globais e custos de entrada.</p><p>Empresas como Petrobras, Amazon, Nike, Microsoft, Procter & Gamble, BMW e Nestlé</p><p>demonstram como a internacionalização requer adaptação de produtos, gerenciamento de equipes</p><p>multiculturais, cuidado com a reputação e tomada de decisões estratégicas para alcançar o sucesso</p><p>em mercados internacionais.</p><p>Esses exemplos reais destacam a criatividade e a capacidade das empresas de enfrentar os</p><p>desafios e aproveitar as vantagens da internacionalização, adaptando-se às necessidades e às</p><p>características dos mercados globais.</p><p>A introdução ao comércio internacional e à internacionalização de empresas é fundamental para</p><p>compreendermos a importância desse tema no contexto atual da economia globalizada. As empresas</p><p>enfrentam desafios e oportunidades complexas ao buscar a expansão além das fronteiras nacionais.</p><p>Dessa forma, a compreensão dos conceitos, das teorias e das estratégias relacionados a esse campo de</p><p>estudo é essencial para profissionais que desejam destacar-se nesse ambiente competitivo.</p><p>Nesta unidade, exploraremos o conceito de comércio internacional e internacionalização de</p><p>empresas, abordando as motivações que impulsionam as organizações a se expandirem para</p><p>mercados estrangeiros. Começamos a discussão neste tópico também com os desafios enfrentados</p><p>nesse processo, como as barreiras comerciais, a concorrência global, as diferenças culturais e a</p><p>gestão das operações em diferentes jurisdições.</p><p>No entanto, é importante ressaltar que os benefícios da internacionalização são</p><p>significativos e podem proporcionar às empresas oportunidades de crescimento, diversificação de</p><p>riscos e aproveitamento de vantagens competitivas específicas de cada mercado. Além disso, a</p><p>internacionalização estimula a aprendizagem, a inovação e o desenvolvimento de uma perspectiva</p><p>global dos negócios. Conforme veremos mais adiante, a internacionalização se divide em</p><p>diferentes estágios (quadro 2):</p><p>14</p><p>Quadro 2 – Diferentes estágios da internacionalização de empresas</p><p>estágios da</p><p>internacionalização</p><p>características desafios oportunidades</p><p>exploração preliminar</p><p>pesquisa de</p><p>mercados externos</p><p>e oportunidades</p><p>falta de</p><p>conhecimento e</p><p>experiência</p><p>internacional</p><p>identificação de</p><p>mercados</p><p>promissores e</p><p>nichos de</p><p>mercado</p><p>exportação</p><p>venda de produtos</p><p>ou serviços para</p><p>mercados</p><p>estrangeiros</p><p>barreiras comerciais,</p><p>logística e</p><p>conformidade</p><p>regulatória</p><p>acesso a novos</p><p>mercados e</p><p>diversificação de</p><p>clientes</p><p>licenciamento e</p><p>franquias</p><p>concessão de</p><p>direitos de uso de</p><p>marca ou produto</p><p>controle de qualidade</p><p>e proteção da</p><p>propriedade</p><p>intelectual</p><p>crescimento</p><p>rápido e expansão</p><p>geográfica</p><p>joint ventures</p><p>parcerias com</p><p>empresas locais em</p><p>mercados</p><p>estrangeiros</p><p>diferenças</p><p>culturais e</p><p>de gestão</p><p>acesso a</p><p>conhecimentos</p><p>locais,</p><p>compartilhamento</p><p>de riscos</p><p>subsidiárias</p><p>estabelecimento de</p><p>empresas filiais no</p><p>exterior</p><p>custos de entrada,</p><p>conformidade</p><p>regulatória</p><p>controle direto</p><p>sobre operações,</p><p>adaptação a</p><p>mercados locais</p><p>aquisições</p><p>compra de</p><p>empresas já</p><p>estabelecidas no</p><p>exterior</p><p>integração cultural e</p><p>operacional</p><p>expansão rápida e</p><p>acesso a novos</p><p>mercados</p><p>alianças estratégicas</p><p>acordos de</p><p>cooperação com</p><p>empresas</p><p>estrangeiras</p><p>cooperação e</p><p>compartilhamento de</p><p>recursos</p><p>acesso a</p><p>conhecimentos e</p><p>recursos</p><p>complementares</p><p>Fonte: elaborado pelo autor</p><p>15</p><p>O quadro comparativo anterior destaca os diferentes estágios da internacionalização de</p><p>empresas, as características, os desafios e as oportunidades. Ao longo dos próximos tópicos,</p><p>aprofundaremos esses conhecimentos sobre o comércio internacional e a internacionalização de</p><p>empresas, explorando teorias, estratégias e práticas relevantes10. Essa base sólida de conhecimento</p><p>permitirá que se compreendam as complexidades desse campo, as decisões estratégicas envolvidas,</p><p>bem como os desafios e as oportunidades presentes no mercado globalizado.</p><p>Principais teorias da internacionalização</p><p>As principais teorias da internacionalização desempenham um papel fundamental no</p><p>entendimento dos processos e dos motivos pelos quais as empresas buscam expandir as suas</p><p>operações além das fronteiras nacionais. Nesta unidade, exploraremos em detalhes a Teoria</p><p>Clássica do Comércio Internacional, a Teoria das Vantagens Comparativas, a Teoria do Ciclo de</p><p>Vida do Produto, a Teoria da Internalização, a Teoria do Paradigma Eclético de Dunning (2002)</p><p>e outras contribuições relevantes nesse campo.</p><p>A Teoria Clássica do Comércio Internacional de Adam Smith (figura 2) é uma das bases</p><p>fundamentais da economia e do estudo das relações comerciais entre os países. Smith, um dos</p><p>mais proeminentes economistas clássicos do século XVIII, desenvolveu uma abordagem inovadora</p><p>para entender os benefícios mútuos do comércio internacional e os princípios subjacentes às</p><p>trocas comerciais entre as nações.</p><p>Figura 2 – Adam Smith</p><p>Fonte: Pixabay (2019)</p><p>10 No próximo tópico, apresentaremos as principais teorias da internacionalização e a sua aplicação prática no contexto</p><p>globalizatório contemporâneo.</p><p>16</p><p>Adam Smith, na sua obra clássica “A riqueza das nações” (Smith, 1974), publicada em 1776,</p><p>argumentou que o comércio internacional baseado na especialização e na divisão do trabalho11</p><p>poderia gerar ganhos significativos para todas as partes envolvidas. Afirmou que cada país tem</p><p>vantagens absolutas na produção de certos bens e serviços devido a fatores como recursos naturais,</p><p>habilidades da mão de obra e tecnologia disponível. Ao se concentrar na produção daquilo em que é</p><p>mais eficiente, um país pode aumentar a sua produtividade e, consequentemente, a sua riqueza.</p><p>Smith (1974) utilizou o exemplo clássico da troca entre o Reino Unido e Portugal para ilustrar</p><p>sua teoria. Suponhamos que o Reino Unido seja mais eficiente na produção de tecidos e Portugal seja</p><p>mais eficiente na produção de vinho. Segundo ele, se cada país se especializar na produção do bem em</p><p>que é mais eficiente e, em seguida, trocar os seus excedentes com o outro país, ambos os países podem</p><p>beneficiar-se. O Reino Unido pode obter vinho de Portugal a um custo mais baixo do que produzi-lo</p><p>internamente, enquanto Portugal pode adquirir tecidos do Reino Unido a um preço mais</p><p>competitivo. Essa troca mútua gera eficiência econômica e aumenta a riqueza total dos dois países.</p><p>Um aspecto crucial da teoria de Smith (1974) é que os benefícios do comércio</p><p>internacional não se limitam apenas à eficiência na produção. Ele argumentou que o comércio</p><p>também aumenta o tamanho do mercado, permitindo que as indústrias cresçam e se</p><p>desenvolvam. Ao abrir as suas economias para o comércio internacional, os países podem expandir</p><p>os seus mercados além das fronteiras nacionais, o que impulsiona a demanda e estimula o</p><p>crescimento econômico. Além disso, enfatizou que o comércio internacional promove a</p><p>concorrência, incentivando a inovação e a busca por eficiência entre os produtores.</p><p>A Teoria Clássica de Smith (1974) também aborda a questão da balança comercial, que é a</p><p>diferença entre o valor das exportações e das importações de um país. Ao contrário de muitos dos</p><p>seus contemporâneos, argumentou que a balança comercial não é um indicador adequado da</p><p>prosperidade econômica de uma nação. Ele acreditava que o foco deve estar na maximização da</p><p>riqueza total de um país, em vez de simplesmente acumular reservas de ouro e prata por meio do</p><p>superávit comercial. Para ele, o verdadeiro benefício do comércio internacional é o aumento da</p><p>riqueza e do padrão de vida das pessoas.</p><p>Apesar de ter sido desenvolvida há mais de dois séculos, a Teoria Clássica de Smith (1974)</p><p>ainda é relevante nos dias de hoje. Ela fornece uma base sólida para entender os benefícios do</p><p>comércio internacional e os princípios que regem as relações comerciais entre as nações. A</p><p>especialização na produção e a divisão do trabalho continuam a ser elementos-chave para</p><p>aumentar a eficiência e a produtividade. O comércio internacional também desempenha um</p><p>papel fundamental no crescimento econômico, permitindo que os países acessem mercados</p><p>maiores e estimulando a concorrência e a inovação.</p><p>11 A divisão do trabalho de Adam Smith é o processo em que as tarefas complexas são divididas em pequenas partes</p><p>especializadas, aumentando a eficiência e a produtividade na produção de bens e serviços. Isso ocorre quando cada</p><p>pessoa se concentra em uma etapa específica do processo, resultando em um aumento na qualidade e na quantidade</p><p>dos produtos finais.</p><p>17</p><p>No entanto, é importante reconhecer que a teoria de Smith (1974) não aborda todas as</p><p>complexidades do comércio internacional contemporâneo. As economias modernas são</p><p>influenciadas por uma série de fatores, como acordos comerciais, barreiras tarifárias e não</p><p>tarifárias, políticas cambiais e fluxos de capital. Além disso, as preocupações sobre desigualdade de</p><p>renda, protecionismo e impactos ambientais também estão presentes no debate atual sobre</p><p>comércio internacional. Questões geopolíticas, como guerras, conflitos internacionais e migrações,</p><p>também se somam a essa agenda que, à época, não foi contemplada pela obra de Smith (1974).</p><p>Nesse sentido, embora a Teoria Clássica do Comércio Internacional de Smith (1974) tenha</p><p>sido um marco importante na compreensão dos benefícios do comércio, é necessário</p><p>complementá-la com outras teorias e abordagens mais recentes para uma análise abrangente do</p><p>comércio internacional no mundo contemporâneo, como a Teoria das Vantagens Comparativas</p><p>de Ricardo, seu contemporâneo.</p><p>A Teoria das Vantagens Comparativas de David Ricardo (figura 3) é um dos pilares</p><p>fundamentais da teoria econômica clássica do comércio internacional. Essa teoria busca explicar</p><p>os benefícios do comércio internacional com base nas diferenças de produtividade entre os países.</p><p>Ricardo argumentava que mesmo que um país fosse menos eficiente na produção de todos os</p><p>bens em comparação a outro país, ainda assim poderia beneficiar-se com o comércio internacional</p><p>se focasse a produção daqueles bens em que possui uma vantagem comparativa.</p><p>Figura 3 – David Ricardo</p><p>Fonte: Picryl (1821)</p><p>18</p><p>De acordo com a teoria de Ricardo, a vantagem comparativa é determinada pela diferença</p><p>relativa de custos de produção entre dois países. Ele utiliza o conceito de custo de oportunidade</p><p>para ilustrar isso. O custo de oportunidade de um bem é o valor do próximo melhor bem que</p><p>poderia ter sido produzido se os recursos tivessem sido alocados de outra forma.</p><p>A Teoria das Vantagens Comparativas argumenta que os países devem especializar-se na</p><p>produção dos bens em que possuem uma vantagem comparativa e, em seguida, trocá-los com</p><p>outros países. Essa especialização produtiva e a</p><p>troca permitem que cada país maximize a sua</p><p>produção total e, consequentemente, o seu bem-estar. Dessa forma, o comércio internacional se</p><p>torna benéfico para todos os países envolvidos.</p><p>É importante ressaltar que a Teoria das Vantagens Comparativas de Ricardo tem algumas</p><p>limitações e suposições simplificadoras. Ela assume que os custos de produção12 são constantes e</p><p>que não há barreiras ao comércio, como tarifas ou subsídios. Além disso, não leva em</p><p>consideração fatores como diferenças de tecnologia, recursos naturais ou restrições ambientais,</p><p>que também podem influenciar a competitividade dos países.</p><p>Apesar dessas limitações, a Teoria das Vantagens Comparativas de Ricardo continua sendo uma</p><p>contribuição importante para a compreensão do comércio internacional e dos seus benefícios. Ela</p><p>destaca a importância da especialização produtiva e da cooperação entre os países, permitindo que</p><p>cada um se beneficie da produção mais eficiente e do acesso a uma variedade maior de bens.</p><p>Ao longo da história, muitos países têm seguido os princípios da teoria das vantagens</p><p>comparativas de Ricardo para orientar as suas políticas comerciais, como a própria China no final</p><p>dos anos 1980 (Shenkar, 2005).</p><p>A abertura ao comércio internacional e a busca por vantagens comparativas têm sido vistas</p><p>como estratégias para o crescimento econômico e o desenvolvimento. No entanto, é necessário</p><p>considerar que o comércio internacional também apresenta desafios e implicações, como a</p><p>distribuição desigual de benefícios dentro dos países e a concorrência desleal. Nesse sentido, as</p><p>políticas comerciais devem ser formuladas levando em conta não apenas a Teoria das Vantagens</p><p>Comparativas, mas também outros fatores sociais, políticos e econômicos, que são abordados em</p><p>correntes teóricas mais contemporâneas, como a Teoria do Ciclo de Vida do Produto.</p><p>A Teoria do Ciclo de Vida do Produto aplicada ao comércio internacional é uma extensão</p><p>da Teoria do Ciclo de Vida do Produto convencional (Vernon, 1979). Essa abordagem reconhece</p><p>que as empresas podem enfrentar diferentes desafios e oportunidades quando comercializam os</p><p>seus produtos em mercados internacionais. Essa teoria foi desenvolvida por Raymond Vernon na</p><p>década de 1960 e oferece uma explicação sobre como as empresas expandem a sua presença no</p><p>mercado global. O ciclo do produto consiste em quatro estágios principais: i) introdução;</p><p>ii) crescimento; iii) maturidade; iv) declínio (quadro 3).</p><p>12 Os custos de produção se referem aos gastos e às despesas necessários para produzir um bem ou serviço, como a</p><p>compra de matéria-prima, o pagamento de salários, o aluguel de instalações e despesas com energia. Esses custos</p><p>afetam o preço final do produto e podem influenciar a viabilidade e a lucratividade do negócio.</p><p>19</p><p>Quadro 3 – Estágios do ciclo de vida do produto</p><p>estágio descrição características</p><p>introdução</p><p> lançamento de um novo produto</p><p>inovador no mercado doméstico;</p><p> demanda inicial baixa;</p><p> altos custos de produção;</p><p> vendas concentradas no mercado</p><p>doméstico.</p><p> baixa concorrência;</p><p> pouca ou nenhuma</p><p>exportação;</p><p> pouca economia de escala.</p><p>crescimento</p><p> aumento da demanda e expansão</p><p>da produção;</p><p> possibilidade de exportação para</p><p>mercados estrangeiros;</p><p> estabelecimento de parcerias de</p><p>fabricação ou investimento em</p><p>instalações no exterior.</p><p> vantagem competitiva inicial;</p><p> crescimento da concorrência;</p><p> busca por redução de custos;</p><p> aumento das exportações.</p><p>maturidade</p><p> maturidade do mercado doméstico</p><p>com demanda estável;</p><p> intensificação da concorrência</p><p>global;</p><p> busca por diferenciação e inovação</p><p>incremental;</p><p> descentralização da produção para</p><p>outros países.</p><p> mercado doméstico saturado;</p><p> aumento da competição</p><p>global;</p><p> redução dos custos de</p><p>produção;</p><p> estabelecimento de fábricas</p><p>no exterior.</p><p>declínio</p><p> queda na demanda devido a</p><p>mudanças nos gostos dos</p><p>consumidores ou à introdução de</p><p>produtos substitutos;</p><p> aumento da concorrência com</p><p>produtos mais avançados;</p><p> possibilidade de descontinuar a</p><p>produção ou focar mercados</p><p>emergentes.</p><p> diminuição da demanda;</p><p> concorrência acirrada;</p><p> possível encerramento de</p><p>operações no exterior;</p><p> redirecionamento estratégico.</p><p>Fonte: elaborado pelo autor</p><p>20</p><p>O ciclo de vida do produto do comércio internacional segue uma lógica semelhante ao ciclo</p><p>de vida do produto doméstico, mas incorpora a dimensão da internacionalização. Esse modelo</p><p>descreve a trajetória de um produto desde o seu lançamento inicial em um mercado estrangeiro</p><p>até a sua retirada gradual ou a eventual entrada em outros mercados internacionais. É importante</p><p>ressaltar que cada mercado internacional pode estar em um estágio diferente do ciclo de vida do</p><p>produto, dependendo de fatores como níveis de desenvolvimento econômico, preferências dos</p><p>consumidores e concorrência local.</p><p>O primeiro estágio do ciclo de vida do produto do comércio internacional é a introdução.</p><p>Nessa fase, a empresa lança o seu produto em um mercado estrangeiro específico. Geralmente, a</p><p>demanda é baixa nesse estágio, devido à falta de conscientização do produto e à relutância dos</p><p>consumidores em experimentar algo novo. A estratégia de marketing nessa fase pode incluir</p><p>pesquisas de mercado, para entender as preferências dos consumidores locais; investimentos em</p><p>publicidade e promoção, para criar consciência sobre o produto; e parcerias estratégicas com</p><p>distribuidores locais.</p><p>À medida que o produto ganha aceitação e o mercado internacional se desenvolve, entra-se</p><p>no estágio de crescimento. Nessa fase, a demanda pelo produto aumenta significativamente à</p><p>medida que mais consumidores o adotam. A concorrência também pode começar a surgir, pois</p><p>outras empresas percebem o potencial do mercado. As estratégias de marketing nesse estágio</p><p>envolvem a diferenciação do produto, a melhoria da qualidade, o estabelecimento de uma rede de</p><p>distribuição eficiente e o fortalecimento da marca para se destacar da concorrência.</p><p>O terceiro estágio é o de maturidade, no qual o produto atinge o seu pico de</p><p>popularidade no mercado internacional. A demanda tende a se estabilizar nessa fase, com uma</p><p>concorrência mais acirrada. As estratégias de marketing nesse estágio incluem a busca por</p><p>mercados adicionais, a diversificação do produto, o desenvolvimento de novas linhas de</p><p>produtos relacionados e a implementação de estratégias de preços competitivos para manter a</p><p>participação de mercado. Além disso, a empresa pode considerar adaptações no produto para</p><p>atender às preferências dos consumidores locais e estabelecer alianças estratégicas com parceiros</p><p>locais para expandir a sua presença.</p><p>O estágio final do ciclo de vida do produto do comércio internacional é o declínio. Nessa</p><p>fase, a demanda pelo produto começa a diminuir, geralmente devido a mudanças nas preferências</p><p>dos consumidores, avanços tecnológicos ou introdução de produtos substitutos. A estratégia de</p><p>marketing nesse estágio geralmente envolve a redução dos investimentos de marketing e a busca</p><p>por outros mercados ou segmentos de produtos que possam sustentar o crescimento da empresa.</p><p>A Teoria do Ciclo de Vida do Produto do comércio internacional é importante para as</p><p>empresas que buscam expandir globalmente, pois fornece um framework para entender as dinâmicas</p><p>e os desafios específicos enfrentados ao entrar em novos mercados. Ao reconhecer os estágios do</p><p>ciclo de vida do produto, as empresas podem ajustar as suas estratégias de marketing e tomar</p><p>decisões informadas sobre a alocação de recursos e a entrada em diferentes mercados internacionais.</p><p>21</p><p>Além disso, a Teoria do Ciclo de Vida do Produto do comércio internacional destaca a</p><p>importância da adaptação ao contexto local. À medida que o produto é introduzido em diferentes</p><p>países, é essencial compreender as preferências dos consumidores, as diferenças culturais e os</p><p>regulamentos locais para garantir o sucesso da empresa. Isso pode</p><p>envolver a adaptação do</p><p>produto, da embalagem, do marketing e até mesmo da estratégia de precificação para se adequar</p><p>ao mercado internacional específico.</p><p>No entanto, é importante ressaltar que a teoria do ciclo de vida do produto do comércio</p><p>internacional tem as suas limitações. Nem todos os produtos seguem o mesmo padrão de ciclo de</p><p>vida, e o ritmo de evolução de um produto em um mercado estrangeiro pode variar. Além disso,</p><p>fatores externos, como mudanças políticas, econômicas ou tecnológicas, podem afetar o ciclo de</p><p>vida do produto, o que é explicado pela Teoria da Internalização e pelos seus custos de transação.</p><p>A Teoria da Internalização, aplicada ao comércio internacional, é uma abordagem que</p><p>busca compreender os motivos pelos quais as empresas optam por realizar determinadas atividades</p><p>dentro da própria organização em vez de recorrer a transações de mercado. Essa teoria, também</p><p>conhecida como Teoria da Internalização de Coase, foi desenvolvida pelo economista Ronald</p><p>Coase (2022) no seu famoso artigo “The nature of the firm” publicado em 1937 (Coase, 1937).</p><p>No contexto do comércio internacional, a Teoria da Internalização sugere que as empresas têm</p><p>incentivos para realizar operações além das fronteiras nacionais quando isso lhes permite obter</p><p>vantagens competitivas. Essas vantagens podem surgir de diversas formas, como acesso a recursos mais</p><p>baratos, economias de escala, conhecimento tecnológico especializado ou diferenciação de produtos.</p><p>Ao internalizar atividades no exterior, as empresas podem aproveitar essas vantagens de forma</p><p>mais eficiente, em vez de depender do mercado para adquirir os recursos necessários ou para vender</p><p>os seus produtos. Isso pode envolver a criação de filiais, subsidiárias ou joint ventures no exterior,</p><p>permitindo que a empresa controle diretamente as operações em mercados estrangeiros.</p><p>A Teoria da Internalização destaca que as empresas podem enfrentar custos de transação13 ao</p><p>realizar transações no mercado, como custos de busca, de negociação, de contratação e de</p><p>monitoramento. Ao internalizar atividades, esses custos podem ser reduzidos, já que a empresa passa</p><p>a ter maior controle sobre as transações e pode coordenar as suas operações de forma mais eficiente.</p><p>Um exemplo comum de internalização no comércio internacional é a criação de cadeias de</p><p>suprimentos globais. Muitas empresas optam por produzir partes dos seus produtos em diferentes</p><p>países, aproveitando a especialização e os recursos disponíveis em cada local. Essa estratégia</p><p>permite que as empresas alcancem economias de escala, reduzam custos de produção e aumentem</p><p>a sua competitividade global.</p><p>13 Os custos de transação são os gastos associados à realização de uma transação comercial, como contratos,</p><p>negociações, pesquisa de mercado e custos legais. Eles representam os esforços e os recursos necessários para garantir</p><p>que as transações sejam concluídas de forma eficiente e sem problemas, afetando o custo total de uma transação além</p><p>do valor monetário diretamente envolvido.</p><p>22</p><p>Além disso, a internalização também pode estar relacionada à proteção de ativos intangíveis,</p><p>como propriedade intelectual e know-how tecnológico. Ao criar filiais ou subsidiárias em outros</p><p>países, as empresas podem controlar melhor o uso e a proteção dos seus ativos, evitando o risco de</p><p>transferência não autorizada de tecnologia ou de imitação por parte de concorrentes, como o caso</p><p>recente das fábricas de chips semicondutores que envolveu Estados Unidos da América (EUA),</p><p>Taiwan e China14.</p><p>No entanto, é importante ressaltar que a internalização nem sempre é a estratégia mais</p><p>adequada para todas as empresas. Existem custos e desafios associados à expansão além das</p><p>fronteiras nacionais, como diferenças culturais, barreiras regulatórias, riscos políticos e custos de</p><p>coordenação global. Nesse sentido, as empresas precisam avaliar cuidadosamente os benefícios e</p><p>os custos envolvidos antes de optar pela internalização.</p><p>A Teoria da Internalização oferece uma perspectiva interessante para entender o</p><p>comportamento das empresas no comércio internacional. Ela destaca a capacidade das empresas de</p><p>internalizar atividades além das fronteiras nacionais, a fim de obter vantagens competitivas, reduzir</p><p>custos de transação e proteger ativos intangíveis. No entanto, a decisão de internalizar deve levar em</p><p>consideração os desafios e os custos associados, para garantir que seja a estratégia mais adequada</p><p>para cada empresa, algo que será abordado pela Teoria do Paradigma Eclético de Dunning (2002).</p><p>A Teoria do Paradigma Eclético de Dunning (2002) é uma abordagem amplamente</p><p>reconhecida no campo do comércio internacional que visa explicar o processo de</p><p>internacionalização das empresas. Baseia-se na interação de três elementos-chave: i) propriedade</p><p>(O); ii) localização (L); iii) vantagem interna (V).</p><p>A primeira dimensão do paradigma eclético é a propriedade (O). Dunning (2002)</p><p>argumenta que uma empresa deve possuir algum tipo de vantagem proprietária para se envolver</p><p>em atividades internacionais. Essa vantagem pode ser uma tecnologia exclusiva, uma marca</p><p>reconhecida ou um conhecimento especializado, entre outros ativos intangíveis. A propriedade é</p><p>essencial porque permite que a empresa se destaque em mercados estrangeiros e supere a</p><p>concorrência local. Além disso, pode proporcionar à empresa uma posição de controle sobre</p><p>recursos estratégicos, o que é fundamental para o sucesso no comércio internacional.</p><p>A segunda dimensão do paradigma eclético é a localização (L). Dunning (2002) argumenta que</p><p>a escolha da localização é um fator crítico para o comércio internacional. As empresas devem</p><p>selecionar cuidadosamente os países e as regiões onde desejam operar, com base em uma série de</p><p>fatores, como a disponibilidade de recursos, o acesso a mercados consumidores, a infraestrutura</p><p>adequada e o ambiente regulatório favorável. A localização estratégica pode fornecer vantagens</p><p>competitivas significativas, como custos de produção mais baixos, acesso a matéria-prima de qualidade</p><p>e proximidade com clientes-alvo. Nesse sentido, a localização desempenha um papel crucial na</p><p>determinação do sucesso ou do fracasso das operações de comércio internacional de uma empresa.</p><p>14 Ver mais em: ELIAS, Juliana. Chips de inteligência artificial viram centro de guerra tecnológica entre EUA e China. CNN</p><p>Brasil, São Paulo, 28 maio 2023. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/chips-de-inteligencia-artificial-</p><p>viram-centro-de-guerra-tecnologica-entre-eua-e-china. Acesso em: 6 jul. 2023.</p><p>https://www.cnnbrasil.com.br/economia/chips-de-inteligencia-artificial-viram-centro-de-guerra-tecnologica-entre-eua-e-china/</p><p>https://www.cnnbrasil.com.br/economia/chips-de-inteligencia-artificial-viram-centro-de-guerra-tecnologica-entre-eua-e-china/</p><p>23</p><p>A terceira dimensão do paradigma eclético é a vantagem interna (V). Dunning (2002) enfatiza</p><p>que as empresas devem ter a capacidade de aproveitar as suas vantagens proprietárias em uma</p><p>determinada localização para alcançar o sucesso no comércio internacional. Isso implica a capacidade</p><p>de transferir, adaptar e integrar recursos internos dentro do ambiente externo. A vantagem interna está</p><p>relacionada à capacidade da empresa de combinar a sua propriedade com a localização estratégica para</p><p>criar uma posição competitiva sustentável. Isso requer habilidades gerenciais eficazes, capacidade de</p><p>inovação e compreensão profunda das dinâmicas do mercado internacional.</p><p>A Teoria do Paradigma Eclético de Dunning (2002) oferece uma estrutura abrangente para</p><p>entender o processo de internacionalização das empresas. Ao combinar a propriedade, a localização e a</p><p>vantagem interna, destaca a importância da combinação correta desses elementos para alcançar o</p><p>sucesso no comércio internacional. As empresas que conseguem identificar e explorar as suas</p><p>vantagens proprietárias em uma localização estrategicamente escolhida têm maior probabilidade de</p><p>obter vantagens</p><p>competitivas duradouras. Apesar disso, é importante destacar que a Teoria do</p><p>Paradigma Eclético não é uma receita única para o sucesso no comércio internacional, mas, sim, um</p><p>quadro conceitual que ajuda a entender os principais elementos envolvidos.</p><p>A aplicação da Teoria do Paradigma Eclético de Dunning (2002) ao comércio internacional,</p><p>por outro lado, é ampla e abrangente. As empresas podem utilizar essa abordagem para orientar as suas</p><p>estratégias de expansão global, identificar mercados-alvo adequados e determinar as melhores formas</p><p>de aproveitar as suas vantagens proprietárias em diferentes locais.</p><p>Um exemplo prático de aplicação dessa teoria seria uma empresa de tecnologia que desenvolveu</p><p>uma nova tecnologia inovadora. Essa tecnologia exclusiva pode ser considerada uma vantagem</p><p>proprietária da empresa. Para aproveitar essa vantagem no comércio internacional, a empresa deve</p><p>avaliar cuidadosamente a localização estratégica para a sua expansão. Ela pode considerar fatores como</p><p>a disponibilidade de talentos especializados, o acesso a centros de pesquisa e desenvolvimento, o</p><p>ambiente regulatório favorável e a proximidade com parceiros e clientes potenciais.</p><p>Com base nessa análise, a empresa pode escolher um país ou uma região que atenda aos critérios</p><p>desejados. Ao entrar nesse mercado estrangeiro, a empresa precisará adaptar a sua tecnologia às</p><p>necessidades e às preferências locais, aproveitando a sua vantagem interna. Isso pode envolver a</p><p>personalização do produto ou serviço, a adaptação da estratégia de marketing e a formação de</p><p>parcerias locais para maximizar o valor da tecnologia.</p><p>Ao longo desse processo, a empresa deve continuar aprimorando a sua vantagem proprietária e</p><p>se adaptar às mudanças nas condições de mercado. Isso pode envolver investimentos contínuos em</p><p>pesquisa e desenvolvimento, aquisição de conhecimento local e estabelecimento de redes de</p><p>distribuição eficientes.</p><p>É importante ressaltar que a Teoria do Paradigma Eclético de Dunning (2002) não oferece uma</p><p>solução única ou uma fórmula definitiva para o sucesso no comércio internacional. Cada empresa</p><p>enfrenta desafios e circunstâncias específicos que exigem estratégias personalizadas. No entanto, a</p><p>teoria fornece um quadro conceitual útil e uma estrutura para orientar a tomada de decisões</p><p>estratégicas no contexto do comércio internacional.</p><p>24</p><p>Ao considerar os elementos propriedade, localização e vantagem interna, as empresas</p><p>podem tomar decisões mais informadas e estratégicas sobre a sua expansão global. A aplicação</p><p>dessa teoria requer uma análise criteriosa das vantagens proprietárias da empresa, a seleção</p><p>adequada de locais estratégicos e a capacidade de aproveitar essas vantagens em ambientes</p><p>internacionais, como questões culturais, sociais e geoeconômicas, que são abordadas por recentes</p><p>correntes teóricas do comércio internacional e da internacionalização de empresas.</p><p>Nos últimos anos, surgiram novas abordagens e correntes teóricas no campo do comércio</p><p>internacional e da internacionalização de empresas, refletindo as mudanças e as complexidades</p><p>crescentes no ambiente global de negócios. Essas abordagens se concentram em aspectos como a</p><p>globalização, a evolução da tecnologia, a integração regional e a sustentabilidade, trazendo</p><p>novas perspectivas e estratégias para as empresas que buscam expandir as suas operações além</p><p>das fronteiras nacionais.</p><p>Estas são algumas das principais abordagens e correntes teóricas no comércio internacional e</p><p>na internacionalização de empresas:</p><p> global sourcing (compras globais) – essa abordagem se concentra na busca global por</p><p>fornecedores e recursos, aproveitando as diferenças de custo, qualidade e especialização</p><p>em diferentes regiões do mundo. O objetivo é encontrar as melhores fontes para</p><p>produtos, serviços e talentos, maximizando a eficiência e competitividade da empresa;</p><p> offshoring e nearshoring – essas estratégias envolvem a transferência de processos de</p><p>negócios ou produção para outros países, buscando vantagens de custo, acesso a talentos</p><p>especializados ou proximidade geográfica. O offshoring se refere ao deslocamento para</p><p>países distantes, enquanto o nearshoring envolve a transferência para países próximos ou</p><p>da mesma região;</p><p> redes globais de valor – essa abordagem considera que as empresas atuam em cadeias de</p><p>valor globais, nas quais diferentes estágios de produção são distribuídos entre vários</p><p>países. As empresas se concentram nas suas competências principais e colaboram com</p><p>parceiros globais para otimizar a eficiência e a inovação em toda a cadeia de valor;</p><p> regionalização e blocos econômicos – com a formação de blocos econômicos, como a</p><p>União Europeia e o Mercosul, as empresas buscam expandir as suas operações dentro</p><p>dessas regiões integradas, aproveitando os benefícios do comércio livre, da harmonização</p><p>regulatória e da proximidade geográfica;</p><p> internacionalização digital – com o avanço da tecnologia digital e da inteligência</p><p>artificial (IA), as empresas podem internacionalizar as suas operações de maneira mais</p><p>rápida e acessível. Essa abordagem envolve a venda de produtos e serviços on-line, a</p><p>utilização de plataformas de e-commerce, o marketing digital global e a gestão remota de</p><p>operações em diferentes países.</p><p>25</p><p>O quadro 4, a seguir, compara essas abordagens em relação às vantagens, aos desafios e às</p><p>possíveis aplicações práticas:</p><p>Quadro 4 – Novas abordagens teóricas do comércio internacional e</p><p>da internacionalização de empresas</p><p>abordagem vantagens desafios aplicações práticas</p><p>global sourcing</p><p> redução de</p><p>custos;</p><p> acesso a</p><p>recursos</p><p>especializados.</p><p> gestão de</p><p>fornecedores;</p><p> controle de</p><p>qualidade.</p><p> busca por</p><p>fornecedores</p><p>globais;</p><p> terceirização de</p><p>serviços.</p><p>offshoring e</p><p>nearshoring</p><p> redução de</p><p>custos;</p><p> acesso a</p><p>talentos</p><p>especializados.</p><p> barreiras</p><p>culturais;</p><p> coordenação de</p><p>operações</p><p>globais.</p><p> transferência de</p><p>produção;</p><p> estabelecimento</p><p>de filiais.</p><p>redes globais de</p><p>valor</p><p> otimização da</p><p>eficiência;</p><p> inovação em</p><p>toda a cadeia.</p><p> complexidade na</p><p>gestão da cadeia</p><p>de valor;</p><p> coordenação de</p><p>múltiplos</p><p>parceiros.</p><p> participação em</p><p>cadeias de</p><p>suprimentos</p><p>globais;</p><p> colaboração com</p><p>parceiros</p><p>internacionais.</p><p>regionalização e</p><p>blocos econômicos</p><p> aproveitamento</p><p>dos benefícios</p><p>do comércio</p><p>livre;</p><p> harmonização</p><p>regulatória.</p><p> adaptação às</p><p>regulamentações</p><p>locais;</p><p> concorrência</p><p>regional.</p><p> expansão dentro</p><p>de blocos</p><p>econômicos;</p><p> estabelecimento</p><p>de filiais em</p><p>regiões</p><p>específicas.</p><p>internacionalização</p><p>digital</p><p> acesso a</p><p>mercados</p><p>globais de</p><p>forma ágil e</p><p>escalável.</p><p> barreiras de</p><p>idioma e cultura;</p><p> segurança</p><p>cibernética.</p><p> vendas on-line;</p><p> marketing digital</p><p>global;</p><p> gestão remota</p><p>de operações</p><p>em diferentes</p><p>países.</p><p>Fonte: elaborado pelo autor</p><p>26</p><p>É importante ressaltar que cada abordagem apresenta vantagens e desafios distintos, e a sua</p><p>aplicação prática dependerá das características e dos objetivos específicos de cada empresa e setor.</p><p>Além disso, as empresas também podem adotar uma combinação de várias abordagens, adaptando-</p><p>se às necessidades e às oportunidades do mercado global, bem como aos fatores impulsionadores e</p><p>inibidores do seu processo de internacionalização, que veremos na próxima unidade.</p><p>Fatores impulsionadores e inibidores da internacionalização</p><p>de empresas</p><p>A internacionalização de empresas se tornou uma estratégia amplamente adotada por</p><p>organizações em todo o Sistema Internacional. A busca por novos mercados, vantagens</p><p>competitivas, eficiência, economias de escala15, diversificação de riscos, acesso a recursos e</p><p>tecnologia são alguns dos principais fatores que impulsionam essa tendência.</p><p>Um dos fatores impulsionadores mais significativos é o acesso a novos mercados. A expansão</p><p>internacional permite que as empresas alcancem consumidores com diferentes necessidades,</p><p>preferências e comportamentos de compra (Caves;</p><p>Frankel; Jones, 2001). Ao diversificar os seus</p><p>mercados, as empresas reduzem a sua dependência de um único mercado doméstico e aproveitam</p><p>oportunidades de crescimento em nível global, aumentando a sua base de clientes.</p><p>Além disso, a internacionalização oferece vantagens competitivas às empresas. Ao expandir</p><p>para outros países, elas podem explorar recursos exclusivos, como tecnologia avançada,</p><p>conhecimento especializado ou propriedade intelectual, que podem não estar disponíveis no seu</p><p>mercado doméstico. Aproveitar essas vantagens competitivas pode impulsionar a inovação,</p><p>melhorar a qualidade dos produtos e serviços, bem como aumentar a competitividade global.</p><p>A busca por eficiência também é um fator impulsionador da internacionalização. Ao</p><p>expandir para outros países, as empresas podem aproveitar mão de obra qualificada, custos de</p><p>produção mais baixos, acesso a matérias-primas e infraestrutura adequada. Esses fatores podem</p><p>resultar em ganhos de eficiência, permitindo que as empresas otimizem as suas operações,</p><p>reduzam os custos e melhorem a sua posição competitiva no mercado global.</p><p>15 Economias de escala no comércio internacional se referem aos benefícios obtidos quando uma empresa aumenta a</p><p>sua produção e reduz os seus custos unitários devido à produção em larga escala. Isso permite que a empresa seja mais</p><p>eficiente e competitiva, pois pode aproveitar os benefícios de custo da produção em maior volume. Como resultado, ela</p><p>pode oferecer preços mais competitivos no mercado global, ganhar participação de mercado e aumentar os seus lucros.</p><p>27</p><p>Empresas chinesas têm adotado esse tipo de instrumento para terceirizar a sua produção</p><p>diante das demandas ocidentais, conforme escreve Morais (2015, p. 51):</p><p>Esses fornecedores em larga escala das redes de produção modular são</p><p>conhecidos como produtores contratados – contract manufacturers (CM)</p><p>– e se consolidaram nas cadeias produtivas globais especialmente na</p><p>década de 1990. São responsáveis por etapas variadas que incluem (e</p><p>extrapolam) a manufatura e a montagem, bem como design e montagem</p><p>de circuitos integrados, montagem final de produtos, testes, embalagem,</p><p>distribuição, logística global e alguns serviços de pós-vendas, como</p><p>reparos. Em geral, quando os serviços se referem exclusivamente à</p><p>manufatura com especificações fornecidas pelos compradores</p><p>estrangeiros, trata-se de um produtor de equipamento original – original</p><p>equipment manufacturing (OEM). Quando são também adicionados</p><p>serviços de design, como geralmente fazem as firmas de Taiwan, a</p><p>combinação passa a ser referida como produtor de design original –</p><p>original design manufacturing (ODM). Quando a distinção entre OEM e</p><p>ODM não for relevante para este capítulo, a sigla CM refere-se</p><p>genericamente a ambos. Uma vez que as competências estejam bem</p><p>estabelecidas e o fornecedor comece a conceitualizar, desenvolver e</p><p>manufaturar bens finais, primeiro para serem vendidos sob a marca de</p><p>seus clientes tradicionais e depois sob sua própria marca, as fábricas</p><p>passam a ser conhecidas como produtoras de marca original – original</p><p>brand manufacturer (OBM).</p><p>Por isso, não raro, encontramos roupas, em grandes lojas de departamento, importadas da</p><p>China, mas produzidas em países com Mianmar, Bangladesh, Laos e Vietnã em virtude da</p><p>diversificação das cadeias de suprimentos (Chopra; Meindl, 2016).</p><p>Aproveitar as economias de escala é outro fator impulsionador importante. Ao expandir</p><p>para mercados maiores, as empresas podem aumentar a sua produção e reduzir o custo unitário</p><p>dos produtos, o que pode levar a uma rentabilidade maior. Além disso, a escala também pode ser</p><p>benéfica na negociação com fornecedores e distribuidores, bem como no estabelecimento de</p><p>parcerias estratégicas que podem impulsionar o crescimento e a expansão da empresa.</p><p>28</p><p>A diversificação de riscos é outro fator impulsionador da internacionalização. Ao operar</p><p>em diferentes países e mercados, as empresas podem reduzir a sua exposição a fatores</p><p>econômicos, geopolíticos e sociais específicos de um único país. Isso proporciona maior</p><p>resiliência16 às flutuações do mercado, mudanças regulatórias ou instabilidades políticas,</p><p>mitigando os riscos associados a uma única localização.</p><p>A internacionalização oferece acesso a recursos e tecnologia presentes em outros países. As</p><p>empresas podem obter novas fontes de financiamento, como investidores estrangeiros e</p><p>instituições financeiras internacionais, que podem impulsionar o seu crescimento e a sua</p><p>expansão. Além disso, a colaboração com universidades, institutos de pesquisa e outras empresas</p><p>inovadoras em diferentes países pode fornecer acesso a recursos e tecnologias que podem</p><p>impulsionar a inovação e melhorar a competitividade da empresa.</p><p>Nesse sentido, apresentamos o quadro 5, a seguir, com as características e alguns exemplos</p><p>dos fatores impulsionadores da internacionalização de empresas:</p><p>Quadro 5 – Fatores impulsionadores da internacionalização de empresas</p><p>fatores</p><p>impulsionadores</p><p>características</p><p>exemplos na</p><p>economia contemporânea</p><p>acesso a novos</p><p>mercados</p><p>expansão para mercados</p><p>estrangeiros para alcançar</p><p>novos consumidores e</p><p>aumentar a base de clientes</p><p>Empresas de tecnologia e varejo como</p><p>Amazon e Alibaba se expandem</p><p>globalmente para atingir mercados</p><p>consumidores emergentes.</p><p>vantagens competitivas</p><p>exploração de recursos</p><p>exclusivos e capacidades</p><p>distintas para ganhar vantagem</p><p>competitiva no mercado global</p><p>Empresas farmacêuticas como Pfizer e</p><p>Moderna, que possuem patentes e</p><p>tecnologias avançadas em</p><p>medicamentos, garantem vantagem</p><p>competitiva em nível global.</p><p>busca de eficiência</p><p>aproveitamento de mão de</p><p>obra qualificada, custos de</p><p>produção mais baixos e acesso</p><p>a recursos e infraestrutura em</p><p>outros países para otimizar as</p><p>operações</p><p>Empresas automotivas como Toyota e</p><p>Volkswagen estabelecem fábricas em</p><p>países com custos de produção mais</p><p>baixos para melhorar a eficiência e</p><p>reduzir os custos.</p><p>aproveitamento de expansão para mercados Empresas de fast-food como McDonald’s</p><p>16 Resiliência, na perspectiva da economia internacional, refere-se à capacidade de as economias se adaptarem e se</p><p>recuperarem de choques externos, como crises financeiras, flutuações cambiais ou desastres naturais. Uma economia</p><p>resiliente é capaz de absorver esses impactos, minimizar os seus efeitos negativos e se reestruturar para retomar o</p><p>crescimento sustentável. Isso envolve diversificação de fontes de receita, investimentos em infraestrutura e políticas</p><p>econômicas flexíveis para lidar com os desafios globais.</p><p>29</p><p>fatores</p><p>impulsionadores</p><p>características</p><p>exemplos na</p><p>economia contemporânea</p><p>economias de escala maiores para aumentar a</p><p>produção, reduzir custos</p><p>unitários e obter maior</p><p>rentabilidade</p><p>e KFC aproveitam as economias de</p><p>escala nas suas cadeias de suprimentos</p><p>e operações para reduzir os custos e</p><p>aumentar a lucratividade.</p><p>diversificação de riscos</p><p>redução da exposição a fatores</p><p>econômicos, políticos e sociais</p><p>específicos de um único país,</p><p>minimizando os riscos</p><p>associados a uma única</p><p>localização</p><p>Empresas de energia renovável</p><p>diversificam os seus investimentos em</p><p>vários países para mitigar riscos</p><p>regulatórios e políticos em um único</p><p>mercado.</p><p>acesso a recursos e</p><p>tecnologia</p><p>obtenção de novas fontes de</p><p>financiamento, parcerias</p><p>estratégicas e acesso a</p><p>recursos e tecnologias</p><p>presentes em outros países</p><p>Empresas de tecnologia como Google e</p><p>Microsoft realizam parcerias com</p><p>universidades e centros de pesquisa em</p><p>diferentes países para impulsionar a</p><p>inovação e adquirir conhecimentos</p><p>especializados.</p><p>Fonte: elaborado pelo autor</p><p>Apesar dos benefícios da internacionalização, também existem fatores inibidores que as</p><p>empresas devem considerar. Barreiras tarifárias e não tarifárias podem dificultar o acesso aos mercados</p><p>estrangeiros. Tarifas, quotas, regulamentações e padrões técnicos podem impor restrições adicionais e</p><p>aumentar os custos</p><p>de entrada nos mercados estrangeiros, dificultando a penetração e a</p><p>competitividade.</p><p>As diferenças culturais e institucionais também representam desafios para a internacionalização.</p><p>Normas culturais, valores, língua e práticas de negócios podem variar substancialmente de um país</p><p>para outro. Da mesma forma, as diferenças nos sistemas legais, regulatórios e governamentais podem</p><p>exigir ajustes significativos nas estratégias de negócios. É fundamental para as empresas</p><p>compreenderem essas diferenças e adaptarem as suas estratégias de acordo.</p><p>Além disso, os custos de transação associados à internacionalização também podem ser um</p><p>fator inibidor. Pesquisas de mercado, estabelecimento de presença física no exterior, adaptação de</p><p>produtos e serviços, treinamento de funcionários, logística internacional e conformidade</p><p>regulatória envolvem custos significativos que podem representar um obstáculo para empresas</p><p>com recursos financeiros limitados.</p><p>30</p><p>Os riscos geopolíticos e legais também são considerações importantes. Mudanças</p><p>políticas, instabilidade social, corrupção, regimes autoritários e conflitos podem afetar</p><p>negativamente as operações das empresas em países estrangeiros. Além disso, a complexidade</p><p>dos sistemas legais e regulatórios internacionais pode dificultar o cumprimento de leis e</p><p>regulamentações, aumentando a incerteza e o risco para as empresas. Por essa razão, muitos</p><p>países do Sul Global, especialmente da América Latina e do continente africano, ainda</p><p>encontram resistência nos processos de internacionalização, haja vista as instabilidades políticas,</p><p>jurídicas e econômicas das décadas recentes (Fleury; Fleury, 2007).</p><p>A complexidade logística é outro fator inibidor a ser considerado. A expansão internacional</p><p>envolve desafios logísticos, como o transporte de mercadorias, a gestão da cadeia de</p><p>suprimentos17, a coordenação de atividades em múltiplos locais e o gerenciamento de inventário</p><p>em diferentes mercados. A complexidade logística pode aumentar os custos operacionais e afetar a</p><p>eficiência e a qualidade do serviço prestado.</p><p>Por fim, a concorrência global acirrada é um fator inibidor significativo. Ao se expandir</p><p>para mercados externos, as empresas podem enfrentar competidores locais bem estabelecidos, bem</p><p>como empresas internacionais que já possuem uma presença global. Essa competição intensa exige</p><p>que as empresas se diferenciem, inovem constantemente e construam vantagens competitivas</p><p>sustentáveis para obter sucesso nos mercados internacionais.</p><p>O Quadro 6, a seguir, apresenta as características dos fatores inibidores à</p><p>internacionalização de empresas:</p><p>Quadro 6 – Fatores inibidores à internacionalização de empresas</p><p>fatores inibidores características</p><p>exemplos na economia</p><p>contemporânea</p><p>barreiras tarifárias e</p><p>não tarifárias</p><p>restrições comerciais impostas</p><p>por tarifas, quotas e</p><p>regulamentações, dificultando o</p><p>acesso aos mercados estrangeiros</p><p>disputas comerciais entre EUA e China,</p><p>resultando em imposição de tarifas</p><p>sobre produtos importados, limitando</p><p>o acesso de empresas aos mercados</p><p>estrangeiros</p><p>diferenças culturais</p><p>e institucionais</p><p>variações culturais, linguísticas,</p><p>práticas de negócios e sistemas</p><p>legais entre países, exigindo</p><p>ajustes significativos nas</p><p>estratégias de negócios</p><p>empresas de fast-fashion enfrentando</p><p>desafios na adaptação dos seus</p><p>produtos, bem como estratégias de</p><p>marketing para diferentes culturas e</p><p>preferências de moda em todo o mundo</p><p>17 Cadeia de suprimentos é o conjunto de etapas e processos envolvidos na produção e na distribuição de um produto,</p><p>desde a obtenção de matérias-primas até a entrega final ao consumidor. É uma rede interligada que envolve</p><p>fornecedores, fabricantes, distribuidores, varejistas e outros intermediários, que trabalham em conjunto para levar o</p><p>produto ao mercado. A gestão eficiente da cadeia de suprimentos visa otimizar o fluxo de materiais, informações e</p><p>recursos, garantindo a entrega do produto certo, na hora certa e no local adequado.</p><p>31</p><p>fatores inibidores características</p><p>exemplos na economia</p><p>contemporânea</p><p>custos de transação</p><p>custos associados à pesquisa de</p><p>mercado, estabelecimento de</p><p>presença física, adaptação de</p><p>produtos, logística internacional e</p><p>conformidade regulatória</p><p>startups de tecnologia enfrentando</p><p>custos elevados ao expandir</p><p>internacionalmente, como despesas</p><p>com pesquisa de mercado, adaptação</p><p>de produtos e conformidade com</p><p>regulamentações locais</p><p>riscos políticos e</p><p>legais</p><p>incertezas políticas, instabilidades</p><p>sociais e mudanças regulatórias</p><p>em países estrangeiros que</p><p>podem afetar negativamente as</p><p>operações das empresas</p><p>empresas de energia enfrentando</p><p>riscos políticos, como mudanças nas</p><p>políticas governamentais relacionadas</p><p>a fontes de energia renovável em</p><p>diferentes países</p><p>complexidade</p><p>logística</p><p>desafios logísticos, como</p><p>transporte de mercadorias,</p><p>gestão da cadeia de suprimentos</p><p>e coordenação de atividades em</p><p>múltiplos locais</p><p>empresas de varejo enfrentando</p><p>desafios na gestão da cadeia de</p><p>suprimentos e entrega de produtos</p><p>em diferentes países, devido a</p><p>diferenças nos sistemas de transporte</p><p>e infraestrutura logística</p><p>concorrência global</p><p>competição acirrada de empresas</p><p>locais e internacionais já</p><p>estabelecidas em mercados</p><p>estrangeiros, exigindo</p><p>diferenciação e vantagens</p><p>competitivas sustentáveis</p><p>empresas de telefonia móvel</p><p>enfrentando competição global</p><p>intensa de marcas globais e</p><p>fabricantes locais em diferentes</p><p>mercados, como a competição entre</p><p>Apple, Samsung, Xiaomi e Huawei</p><p>Fonte: elaborado pelo autor</p><p>Nesse contexto, a internacionalização oferece diversas oportunidades para as empresas</p><p>expandirem os seus negócios além das fronteiras nacionais. No entanto, é essencial que</p><p>considerem cuidadosamente os fatores impulsionadores e inibidores da internacionalização ao</p><p>planejar a sua estratégia. A compreensão desses fatores permite que as empresas tomem decisões</p><p>informadas, adaptem as suas estratégias às particularidades dos mercados estrangeiros e</p><p>implementem medidas para superar os desafios envolvidos.</p><p>Ao longo desta unidade, exploramos a importância dos fatores impulsionadores e inibidores da</p><p>internacionalização de empresas como uma lente fundamental para compreender os fenômenos</p><p>geoeconômicos contemporâneos e o avanço do mundo pós-ocidental. A internacionalização das</p><p>empresas, um processo complexo que envolve a expansão das suas atividades além das fronteiras</p><p>nacionais, desempenha um papel crucial na transformação dos contextos econômicos e políticos globais.</p><p>32</p><p>A compreensão desses fatores impulsionadores e inibidores é vital para o entendimento dos</p><p>desafios e das oportunidades que as empresas enfrentam ao se aventurarem em mercados</p><p>estrangeiros. Fatores como busca por novos mercados, acesso a recursos e tecnologia, vantagens</p><p>competitivas, economias de escala e escopo18, entre outros, impulsionam as empresas a</p><p>internacionalizarem as suas operações. Além disso, permitem que as empresas ampliem a sua base</p><p>de clientes, diversifiquem as suas fontes de receita e se beneficiem de economias de escala,</p><p>ganhando vantagem competitiva no cenário global.</p><p>Por outro lado, conforme vimos, existem fatores que inibem a internacionalização das</p><p>empresas. Restrições regulatórias, barreiras comerciais, diferenças culturais, custos de transação,</p><p>instabilidade política e incertezas econômicas são apenas alguns exemplos desses obstáculos. Esses</p><p>fatores podem dificultar ou até mesmo impedir a expansão das empresas além das suas fronteiras</p><p>nacionais, limitando o seu potencial de crescimento e impactando a estratégia global.</p><p>Ao analisar esses fatores, percebemos que a internacionalização das empresas desempenha um</p><p>papel fundamental na reconfiguração do panorama geoeconômico global e no avanço do mundo pós-</p><p>ocidental. Historicamente, as economias ocidentais desempenharam um papel dominante na</p><p>economia global, impulsionadas por empresas e instituições baseadas</p>

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