Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

<p>Impactos da mudança do clima na biodiversidade e nos ecossistemas</p><p>Alguns dos impactos esperados nos biomas e ecossistemas brasileiros são: No nível de espécies e populações, de maneira geral, as alterações de temperatura e chuva podem prejudicar o desenvolvimento e taxas reprodutivas, aumentar a mortalidade, afetar a imunidade à doenças, reduzir a mobilidade, entre outros efeitos, podendo acelerar a taxa de extinção reduzindo assim a diversidade de espécies.</p><p>Além das influências específicas para cada espécie, dadas as diversas relações de interdependências, alterações em componentes sazonais presentes no ciclo de vida das espécies (como época de floração, frutificação ou perda de flores, migração ou nascimento de filhotes) podem afetar interações como predação, competição, dispersão, polinização e mutualismo entre espécies.</p><p>Por fim, em termos de diversidade genética, certas características podem ser menos viáveis enquanto outras podem ser favorecidas em novas condições climáticas, influenciando em processos de especiação, diversificação e até extinção de espécies.</p><p>Exposição ao risco, vulnerabilidade e capacidade de adaptação</p><p>Com a probabilidade dos impactos mencionados e considerando a sensibilidade e exposição ao risco, as espécies, os ecossistemas e, consequentemente, as comunidades e conhecimentos tradicionais que neles se baseiam, encontram-se em situação de vulnerabilidade em relação à mudança do clima. O cenário se intensifica se consideradas ainda outras variáveis como conversão da cobertura florestal e incêndios, lacunas de monitoramento e sistemas de governança enfraquecidos.</p><p>As espécies buscam várias formas de se adaptar, incluindo a partir da alteração da área de ocorrência (expansão, retração ou deslocamento) e de habitat. Por dificultar ou impedir essas alterações, a fragmentação da paisagem é fator limitante à adaptação das espécies.</p><p>A diversidade genética é outra forma de adaptação às mudanças ambientais. Entretanto, diante das mudanças projetadas, resultado da mudança do clima e das mudanças de uso da terra, a diversidade genética também está em risco. Na agropecuária, por exemplo, a redução de diversidade genética das espécies domesticadas em monoculturas e criações de animais aumenta a exposição ao risco. Já seus parentes nas espécies silvestres, devido a sua diversidade genética, podem contribuir para o aumento da capacidade adaptativa.</p><p>Medidas de adaptação</p><p>Medidas de adaptação à mudança do clima são necessárias para reduzir a vulnerabilidade dos ecossistemas e espécies, de pessoas, comunidades e sociedade no geral, por dependerem dos serviços gerados pelos ecossistemas.</p><p>Uma abordagem que une as temáticas de biodiversidade e clima é a Adaptação baseada em Ecossistemas (AbE), que é o uso da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos como parte de uma estratégia geral de adaptação para ajudar as pessoas a se adaptarem aos efeitos adversos da mudança do clima. Para isso, medidas AbE fazem uso da gestão, conservação e recuperação de ecossistemas.  A AbE é considerada uma medida de baixo arrependimento, já que apresenta co benefícios de múltiplas naturezas: econômicos, sociais, ambientais e culturais, sequestro de carbono, efeitos sobre a segurança alimentar, gestão sustentável da água, e a promoção de uma visão integrada do território (FGB, 2015).</p><p>Alguns exemplos são:</p><p>· Criar barreira natural em área costeira a fim de estancar processo de erosão.</p><p>· Recuperação de manguezais como proteção contra enchentes e contenção da linha de costa.</p><p>· Recuperação de matas ciliares e proteção das nascentes para proteção de cursos hídricos.</p><p>· Reflorestamento de mata nativa, práticas florestais e agroflorestais, manejo sustentável de florestas para recuperar biodiversidade e serviços ecossistêmicos.</p><p>· Criação de unidades de conservação e corredores ecológicos, terrestres e marinhos, considerando a resiliência à mudança do clima.</p><p>· Cogestão em processos participativos envolvendo comunidades, governos, academia, ONGs que contribuam para a manutenção da biodiversidade e dos ecossistemas em conjunto com a sobrevivência de populações tradicionais e seus costumes (IPCC, 2014).</p><p>· Planejamento territorial que considere as alterações futuras nos ecossistemas e na biodiversidade, melhor gestão de fatores não climáticos e restauração de áreas degradadas (IPCC, 2014).</p><p>Fonte:</p><p>http://adaptaclima.mma.gov.br/biodiversidade-e-ecossistemas-no-contexto-da-mudanca-do-clima</p><p>Referências do texto:</p><p>1. Adaptação baseada em Ecossistemas. Fundação Grupo Boticário, 2015.</p><p>2. Assessment Report 5 - South America. IPCC, 2014.</p><p>3. Convenção sobre Diversidade Biológica. Brasil/MMA, 1992.</p><p>4. MEA, 2005.</p><p>5. Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima: volume 2: estratégias setoriais e temáticas. Ministério do Meio Ambiente. Brasil, 2016.</p><p>As alterações do clima prejudicam a biodiversidade porque exigem uma adaptação das espécies que não é natural. Quando a temperatura média dos oceanos e da camada de ar próxima à superfície da Terra é elevada, animais e plantas são obrigados a mudar de habitat, a alterar seu ciclo de vida ou até mesmo a desenvolver novas características físicas para sobreviver. Este impacto é tão negativo que fortes evidências científicas indicam as mudanças climáticas como as maiores causas de perda de biodiversidade até o fim do século.</p><p>São várias as espécies de flora e de fauna que correm risco de extinção considerando um aumento de 1,5º a 2ºC na temperatura global. Outras, sofrem impacto em suas taxas de fecundidade e reprodução. Muitas plantas, por exemplo, por estarem profundamente conectadas à sazonalidade do ambiente, têm seus períodos de florada e perda de folhas alterado, impactando na reprodução de insetos, pássaros e anfíbios. Já a vida nos mangues é ameaçada sempre que há um aumento do nível do mar. E os corais, essenciais para o equilíbrio da manutenção de animais marinhos, ficam em risco com a elevação da temperatura dos oceanos.</p><p>Mas por que a temperatura está aumentando? Sobretudo por causa das atividades humanas, feitas de maneira insustentável. Estima-se que nossas ações sejam responsáveis por 90% do aumento na temperatura média da superfície global observado entre 1951 e 2010 — os outros 10% tem a ver com fenômenos naturais, como erupções vulcânicas e decomposição de animais, por exemplo.</p><p>Este aquecimento é resultado direto das emissões de gases de efeito estufa (GEE). Quando liberados, gases como o metano (CH4), o gás carbônico (CO2) e o óxido nitroso (N2O) formam uma camada ao redor da Terra impedindo que o calor absorvido pela radiação solar se dissipe — este é o efeito estufa! —, causando a elevação da temperatura da superfície.</p><p>As principais atividades responsáveis pela emissão de GEE no mundo são: queima de combustíveis fósseis para geração de energia (25%); agricultura, florestas e outros usos do Solo (24%); indústria (21%); transportes (14%) e construção civil (6%).</p><p>O Brasil está na triste lista dos países que mais emitem gases de efeito estufa. Em 2018, emitiu 1,939 GtCO2e, o que corresponde a pouco mais que 5% da emissão global (36,573 GtCO?).</p><p>A maior parte das emissões brasileiras é proveniente do desmatamento e das mudanças no uso do solo (44%), seguido da agropecuária (25%) e da geração de energia (23%). E nossos números têm aumentado principalmente porque desmatamos mais: entre agosto de 2018 e julho de 2019, o Brasil bateu recorde de desmatamento na Amazônia destruindo 9.762 km², 29,5% mais que no mesmo período anterior. Estes quase 10 mil km² representam 1,4% de toda a Amazônia já desmatada (700 mil km²).</p><p>Um estudo do IPAM recém-publicado indica que nem a crise do coronavírus, que começou a afetar a economia no fim de fevereiro, foi suficiente para dar um golpe significativo na produção e no consumo a ponto de ajudar a manter as florestas em pé. No primeiro trimestre de 2020, o desmatamento na Amazônia aumentou 51% em relação ao mesmo período de 2019.</p><p>Além da emissão de GEE que intensifica o aquecimento global,</p><p>o desmatamento pode contribuir para o surgimento de novas doenças que ameaçam a humanidade e outras espécies. O próprio coronavírus é um exemplo derivado do consumo humano de carne de animais silvestres — ao que tudo indica, dos morcegos. É possível que eles tenham se deslocado para regiões mais próximas de centros urbanos devido a um desequilíbrio em seu habitat original.</p><p>Cientistas alertam há décadas que na medida em que avançamos sobre as florestas aumenta a probabilidade de micro-organismos (até então em equilíbrio com seu habitat) migrarem para áreas próximas de agrupamentos humanos e virem a causar doenças que podem fazer vítimas.</p><p>Em entrevista recente, Carlos Nobre, presidente do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, foi além: “A Amazônia tem a maior quantidade de microorganismos do mundo. E estamos perturbando o sistema o tempo todo, com populações urbanas se aproximando, com desmatamento e com comércio de animais silvestres. Então, talvez tenha sido sorte que a pandemia não tenha começado no Brasil”, disse.</p><p>Se não conseguirmos conter o desmatamento, vamos continuar arriscando a sobrevivência da espécie humana e de todas as outras que habitam a Terra.</p><p>Fonte:</p><p>http://adaptaclima.mma.gov.br/biodiversidade-e-ecossistemas-no-contexto-da-mudanca-do-clima</p><p>Referências do texto:</p><p>1.	Adaptação baseada em Ecossistemas. Fundação Grupo Boticário, 2015.</p><p>2.	Assessment Report 5 - South America. IPCC, 2014.</p><p>3.	Convenção sobre Diversidade Biológica. Brasil/MMA, 1992.</p><p>4.	MEA, 2005.</p><p>5.	Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima: volume 2: estratégias setoriais e temáticas. Ministério do Meio Ambiente. Brasil, 2016.</p><p>https://akatu.org.br/qual-a-relacao-entre-aquecimento-global-e-biodiversidade/</p><p>Estilo Musical Repente</p><p>Repente (conhecido também como Cantoria) é um estilo musical considerado como arte brasileira baseada no improviso cantado, alternado por dois cantores, daí o nome repente. O Repente na Cantoria de viola é desenvolvido por dois cantores acompanhados por violas (comumente a viola dinâmica de 10 cordas) na afinação nordestina.</p><p>O repente nordestino é uma das diversas formas que surgiu de interpretação de canto e poesia a partir da tradição medieval ibérica dos trovadores. Seus personagens, chamados de repentistas ou cantadores improvisam versos sobre os mais variados assuntos, e andando pelas feiras e espaços populares se apresentam sozinho ou trocam versos com outro cantador, o chamado desafio.</p><p>A origem do repentista brasileiro tem suas raízes na divisa entre Paraíba e Pernambuco na região de Teixeira, na Paraíba e Rio Pajeú em Pernambuco no século XIX.</p><p>Esse estilo musical é predominante no nordeste brasileiro, é baseado no canto alternado que se dá em forma de improviso poético – a criação de versos "de repente".</p><p>image1.gif</p><p>image2.png</p><p>image3.jpeg</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p>

Mais conteúdos dessa disciplina