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<p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNICHRISTUS</p><p>UNIDADE PARQUE ECOLÓGICO</p><p>CURSO DE ODONTOLOGIA</p><p>MICHELLY LUANA</p><p>PENTO E TOCOFEROL PARA TRATAMENTO DE OSTEONECROSE RELACIONADAS A MEDICAMENTOS</p><p>Fortaleza - CE</p><p>2023</p><p>1</p><p>MYCHELLY LUANA</p><p>PENTO E TOCOFEROL PARA TRATAMENTO DE OSTEONECROSE RELACIONADAS A MEDICAMENTOS</p><p>Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Graduado/Bacharel/Licenciado/Tecnólogo em Xxx, pelo Curso de Xxxxxx do Centro Universitário Christus</p><p>Orientadora: Profa. Esp., Ms. (ou Me.) ou Dr.Imaculada</p><p>Fortaleza</p><p>2024</p><p>UTILIZAÇÃO DA PENTOXIFILINA E TOCOFEROL PARA TRATAMENTO DA OSTEONECROSE DOS MAXILARES RELACIONADA AO USO MEDICAMENTOS</p><p>Michelly Luana Sá de Abreu Lima</p><p>Maria Imaculada de Queiroz Rodrigues</p><p>Imaculada.queiroz@unichristus.edu.br</p><p>RESUMO</p><p>A osteonecrose dos maxilares relacionada ao uso de medicamentos (OMRM) é uma condição debilitante, na qual os pacientes apresentam destruição óssea progressiva na maxila e/ou mandíbula. Diante disso, pesquisas anteriores indicaram que a combinação de pentoxifilina e tocoferol trouxe benefícios para pacientes com osteonecrose, graças às suas propriedades antioxidantes e de redução da fibrose.OParte superior do formulárioParte inferior do formulário objetivo do estudo foi realizar uma revisão de literatura sobre a eficácia da pentoxifilina (PTX) e do tocoferol (protocolo PENTO) no tratamento da OMRM. Para isso, a busca foi feita no motor de buscas PUBMED através dos descritores Osteonecrosis AND Pentoxifylline AND Tocopherols. Foram encontrados oito artigos, e sete foram selecionados após leitura de títulos e resumos. Foram incluídos estudos clínicos, relatos de casos, estudos experimentais e revisão sistemática sem limite de tempo disponíveis na íntegra. O protocolo PENTO tem sido descrito como uma opção bem tolerada para o tratamento de OMRM, com poucos efeitos colaterais e um custo relativamente baixo em comparação com outras abordagens não cirúrgicas. Além de aliviar a dor em todos os pacientes, também foi notada uma significativa formação óssea durante o acompanhamento final. Sendo assim, os estudos demonstraram que a pentoxifilina e o tocoferol são potencialmente úteis no tratamento não cirúrgico da osteonecrose associada a medicamentos.</p><p>PALAVRAS CHAVES: Osteonecrosis; Pentoxifylline; Tocopherols</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>A osteonecrose da mandíbula associada ao uso de bifosfonatos foi inicialmente descrita por Marx em 2003 como uma condição dolorosa caracterizada pela exposição óssea que não responde a intervenções cirúrgicas ou outros tratamentos em pacientes que utilizam pamidronato ou zoledronato. Desde essa primeira descrição, outras classes de medicamentos, como antiangiogênicos, imunossupressores, antiinflamatórios e antirreabsortivos, também foram associadas à doença (Eguia, Bagan, & Cardona, 2020).</p><p>Por esse motivo, em 2014, a terminologia da condição foi revisada e passou a ser chamada de osteonecrose da mandíbula relacionada a medicamentos (MRONJ) (Ruggiero et al., 2014). No entanto, a maioria dos casos ainda é associada ao uso de bifosfonatos. Esses medicamentos, que são amplamente utilizados no tratamento de osteoporose, hipercalcemia, mieloma múltiplo e metástases ósseas, têm como efeito colateral o risco de desenvolvimento de MRONJ em pacientes que os utilizam (AlDhalaan, BaQais, & Al-Omar, 2020; Adachi et al., 2020).</p><p>O tratamento da MRONJ representa um grande desafio para os profissionais de saúde, já que muitos casos são resistentes às abordagens terapêuticas existentes e ainda não foi estabelecido um protocolo padrão para o manejo da doença (Brierly et al., 2019; Drudge-Coates et al., 2020). Na literatura, são descritas três categorias de intervenção: a abordagem conservadora clássica, que inclui o uso de antimicrobianos, além de analgésicos sistêmicos e orais. (desbridamento e sequestrectomia. Entre as terapias adjuvantes, destacam-se o uso de fatores de crescimento, como a proteína morfogenética óssea (Rahim, Salt, & Heliotis, 2015), o plasma rico em plaquetas (Cardoso et al., 2019), e o laser de baixa intensidade (Rodríguez-Sanchez´ et al., 2020), com ênfase especial na pentoxifilina e tocoferol (Owosho, Estilo, Huryn, & Yom, 2016).</p><p>A pentoxifilina reduz a adesão dos leucócitos às células endoteliais, aumenta a produção de prostaciclina, inibe a agregação plaquetária e exerce efeitos anti-inflamatórios ao bloquear a ação do fator de necrose tumoral alfa (anti-TNF-alfa), o que contribui para a redução da inflamação e da fibrose. O efeito geral da PTX resulta na melhora do fluxo sanguíneo periférico, promovendo vasodilatação, reduzindo a viscosidade do sangue e aumentando a flexibilidade dos eritrócitos (Neuner et al., 1994; Magnusson et al., 2008). é um inibidor não seletivo da enzima fosfodiesterase, inicialmente empregada no tratamento de doenças vasculares periféricas (Windmeier & Gressner, 1997). Por sua vez, o tocoferol, uma isoforma da vitamina E, é reconhecido como um potente antioxidante, com propriedades anti-inflamatórias e de regulação do metabolismo ósseo (Shuid, Mehat, Mohamed, Muhammad, & Soelaiman, 2010). A combinação desses dois medicamentos para tratamento é conhecida como protocolo PENTO. Esses medicamentos apresentam propriedades farmacológicas que influenciam a remodelação óssea, a angiogênese e a redução da inflamação, podendo assim impactar a etiologia da doença (Li, & Wang, 2019; Pal et al., 2019; Wong et al., 2019).</p><p>Atualmente, esses medicamentos são vistos como tendo uma eficácia terapêutica sinérgica positiva no tratamento de condições patológicas isquêmicas crônicas, como microangiopatia diabética, osteorradionecrose, MRONJ e osteomielite. Contudo, as evidências disponíveis ainda são limitadas, e o mecanismo de ação desses tratamentos ainda não está totalmente elucidado [17,18,21–25].</p><p>2. OBJETIVOS</p><p>O objetivo do estudo foi realizar uma revisão de literatura sobre a eficácia da pentoxifilina (PTX) e do tocoferol (protocolo PENTO) no tratamento da OMRM.</p><p>3. METODOLOGIA</p><p>Para isso, a busca foi feita no motor de buscas PUBMED através dos descritores Osteonecrosis AND Pentoxifylline AND Tocopherols. Foram encontrados oito artigos, e sete foram selecionados após leitura de títulos e resumos. Foram incluídos estudos clínicos, relatos de casos, estudos experimentais e revisão sistemática sem limite de tempo disponíveis na íntegra.</p><p>4. RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>O PEEK possui uma estrutura decadeia linear, consistindo de um anel aromático com combinações degrupos funcionais cetona (-CO-) e éter (-O-) entre os anéis arila.Pode ser fabricado por CAD-CAM ou moldagem por compressão.Foi inicialmente utilizado em aplicações ortopédicas (cirurgia da colunavertebral, dispositivos de fixação de fraturas, substituição dearticulações e cirurgia maxilo-facial). Em abril de 1998 foi comercializado pela primeira vez por uma empresa britânica como material de implante para uso em odontologia (MAGHRAS, et al., 2022).</p><p>Sua versatilidade, biocompatibilidade e propriedades biomecânicas fazem deste material um material promissor na odontologia (MARTINEZ, et al., 2021) .</p><p>Com tantas funcionalidades, o PEEK é considerado um pacote completo para odontologia. É um material semicristalinocom um ponto de fusão consideravelmente alto. Por ser um polímero termoplástico, possui grandes propriedades térmicas epropriedades mecânicas, tornando-o um biomaterial necessário para diversas próteses. PEEK também possui excepcionaltolerância ao calor e resiliência química, juntamente com uma estrutura estável que aumenta sua resistência. Seu baixo módulo de elasticidade, semelhante ao do osso humano, ajuda a mitigar problemas decorrentes de estresse e tensão (MOHARIL, et al., 2023).</p><p>O PEEK exibe um baixo coeficiente de atrito, juntamente com alta resistência à abrasão e aocorte, sendo considerado um material de alto desempenho. Vários estudos demonstraram a biocompatibilidade do PEEK e suas propriedades físicas e químicas o tornam adequado para uso</p><p>na cavidade oral. Entretanto o PEEK é um material caro e inacessível para a população, portanto é utilizado apenas para aplicações altamente exigentes. Quanto às características físicas, o material estudado é da cor do dente e a aparência aumenta ainda mais seu apelo para aplicações estéticas (MOHARIL, et al., 2023).</p><p>Os resultados que obtivemos após a leitura de diversas revisões bibliográficas é que do ponto de vista biológico, químico e físico, o PEEK é um material ideal a ser utilizadono mundo das próteses sobre implantes, bem como na odontologia no geral PEEK é um material que possui algumas propriedades excelentes e algumas desvantagens. Seu uso após modificação produz melhores resultados e é amplamente utilizado na área médica e odontológica. Especialidades como prótese dentária, periodontia, ortodontia e ortopedia usam prontamente esse material.</p><p>Uma de suas qualidades é a superfície do PEEK parece aumentar a adesão celular, a proliferação, a biocompatibilidade e as propriedades osteogênicas dos materiais de implante de PEEK. O PEEK também influenciou a estrutura do biofilme e reduziu as chances de inflamações. Mais pesquisas e mais ensaios clínicos controlados sobre o implante PEEK são necessários em um futuro próximo para que ele possa substituir o titânio no futuro.</p><p>Portanto, quando o PEEK é combinado com outros materiais, como fibras de carbono, ele torna-se um material desejável tanto na odontologia quanto na área médica. Embora materiais convencionais como o titânio ou seus são frequentemente utilizadas e auxiliam na osteointegração, elas apresentam diversas desvantagens, incluindo a liberação de íons metálicos e detritos, escurecimento da área do implante (metalose) e fraca proteção contra tensões da área local e visibilidade.</p><p>Diferentes abordagens para funcionalizar superfícies de PEEK e alterar a estrutura do material têm sido sugeridas para melhorar as propriedades osteoindutoras e antibacterianas do material.</p><p>O PEEK tem um futuro brilhante na odontologia..</p><p>Em geral, os polímeros têm módulos elásticos mais baixos eapresentam maior alongamento à fratura do que outros tipos debiomateriais. Em comparação com o osso, a maioria dos polímerospossui módulos elásticos mais baixos, de magnitudes próximas às dos tecidos moles. São isolantes térmicos e elétricosquando utilizados em formas de alto peso molecular, semplastificantes e relativamente resistentes à biodegradação.Entre os biomateriais poliméricos mais inertes destaca-sea polieteretercetona (PEEK).</p><p>5. CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>A polieteretercetona (PEEK) é um material sintético com ampla gama de aplicações devido às suas notáveis propriedades que beneficiam a humanidade. Essas aplicações incluem seu uso como biomaterial para implantes dentários, materiaisprotéticos, materiais para pilares, materiais para pinos e núcleos, coroas e estruturas de próteses parciais removíveis e reabilitação oral.(MOHARIL, et al., 2023).</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Moharil S, Reche A, Durge K (29 de agosto de 2023) Polieteretercetona (PEEK) como biomaterial: uma visão geral. Cureus 15(8): e44307. DOI 10.7759/ cureus.44307</p><p>Blanch-Martínez N, Arias-Herrera S, Martínez-González A. Comportamento do poliéteréter-cetona (PEEK) em próteses sobre implantes dentários. Uma revisão.</p><p>J ClinExpDent. 2021;13(5):e520-6.</p><p>Ghazal-Maghras R, Vilaplana-Vivo J, Camacho-Alonso F, Martínez-Beneyto Y. Propriedades dos pilares de implantes de polieteretercetona (PEEK): uma revisão sistemática. J ClinExpDent. 2022;14(4):e349-58.</p><p>Liu, Y.; Fang, M.; Zhao, R.;R.; Bai, S. Aplicações Clínicas de Polieteretercetona em Próteses Dentárias Removíveis: Precisão, condições do CreativeCommons Características e desempenho.</p><p>Luo, C.; Liu, Y.; Peng, B.; Chen, M.; Liu, Z.; Li, Z.; Kuang, H.; Gong, B.; Li,Z.; Sun, H. PEEK para aplicações orais:avanços recentes em propriedades mecânicas e adesivas.</p><p>Indicar aqui todas as referências que foram citadas ao longo do artigo. Seguir as regras para elaboração de referências descritas nas normas da ABNT</p><p>.</p><p>Seguem abaixo alguns modelos mais frequentes de referências:</p><p>ALVES, Castro. Navio negreiro. [S.l.]: Virtual Books, 2000. Disponível em: <http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/Lport2/navionegreiro.htm>. Acesso em: 10 jan. 2002, 16:30:30.</p><p>BAILONA, Baltazar Agenor et al. Análise de tensões em tubulações industriais: para engenheiros e projetistas. Rio de Janeiro: LTC, 2006.</p><p>BRASIL. Decreto-lei nº 2.481, de 3 de outubro de 1988. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, v. 126, n. 190, 4 out.1988. Seção 1, parte 1, p. 19291-19292.</p><p>CASSOL, Glória Barbosa. Assessoria no Centro de Educação da UFSM: uma atividade dispensável?. In: SILVEIRA, Ada Cristina Machado da (Org.). Práticas, identidade e memória: 30 anos de Relações Públicas na UFSM. Santa Maria: FACOS-UFSM, 2003. p. 183-190.</p><p>CONJUNTURA ECONÔMICA. Rio de Janeiro: FGV, v. 38, n. 9, set. 1984.</p><p>FERREIRA, Paulo Henrique de Oliveira. O jornalismo online. Revista de Estudos de Jornalismo, Campinas, v. 6, n. 1, p. 65-77, jan./jun. 2003.</p><p>JONACK, Marco Antonio; MURTA, Cristina Duarte. Limite de capacidade e proteção se servidores em redes gigabit. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE REDES DE COMPUTADORES, 2006, Curitiba.Anais... Curitiba: Sociedade Brasileira de Computação, 2006. p. 179-194.</p><p>RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.</p><p>SILVA, M. M. L. Crimes da era digital. Net, Rio de Janeiro, nov. 1998. Seção Ponto de Vista. Disponível em: <http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevistas.htm>. Acesso em: 28 nov. 1998.</p><p>SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www. propesq. ufpe.br/anais/anais/educ/ce04.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.</p><p>SIMÕES, Carlos. Curso de direito do serviço social. São Paulo: Cortez, 2009. 1 CD-ROM.</p>