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<p>Prof. Thiago da SilvaPROCESSO DE CONHECIMENTO</p><p>◼ Primeiramente, necessitamos entender o que é o processo de conhecimento. Vamos revisitar alguns conceitos</p><p>básicos.</p><p>◼ O que é o processo?</p><p>◼ Processo é o instrumento para se conseguir a prestação jurisdicional, com uma sucessão de atos processuais</p><p>específicos. É o método de exercício da jurisdição. Processo é uma relação jurídica.</p><p>◼ A jurisdição exerce-se processualmente. Mas não é qualquer processo que legitima o exercício da função</p><p>jurisdicional. Ou seja: não basta que tenha havido processo para que o ato jurisdicional seja válido e justo.</p><p>◼ O que é procedimento?</p><p>◼ Já o procedimento é a forma pela qual o processo se desenvolve, de modo mais singelo ou mais complexo. Rito ou</p><p>procedimento são palavras sinônimas, que significam, no campo do direito processual, a forma de encadear</p><p>(organizar) os atos processuais. O procedimento comum, estabelecido pelo Código de Processo Civil, serve como</p><p>formato padrão ou modelo geral de organização dos atos processuais.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>◼ Processo de Conhecimento: Previsto na Parte Especial – Livro I – “Do processo de</p><p>conhecimento e do cumprimento de sentença”;</p><p>◼ Processo de Execução: Previsto na Parte Especial – Livro II – “Do processo de execução”;</p><p>◼ *Processo Cautelar: Estava previsto no Código de Processo Civil de 1973, no Livro III –</p><p>“Do processo cautelar”. Todavia, o processo cautelar, como instituto autônomo não consta</p><p>do Código de Processo Civil de 2015.</p><p>◼ Atenção: o fato de ter suprimido a autonomia do processo cautelar e não mais ter repetido</p><p>as hipóteses de cabimento em nada interfere na tutela cautelar. Todas as tutelas antes</p><p>tipificadas (nominadas) no CPC/73 podem ser concedidas com base no poder geral de</p><p>cautela.</p><p>ESPÉCIES DE PROCESSO</p><p>◼ Processo de Conhecimento: O processo de conhecimento é o mais conhecido entre os</p><p>tipos de processos judiciais. É porque, essencialmente, é o tipo de processo movido por</p><p>uma parte motivada a buscar o reconhecimento de um direito. Para isso, solicita ao Juiz</p><p>que analise os fatos e aplique os dispositivos da lei pertinente ao caso.</p><p>◼ Processo de Execução: O processo de execução tem como objetivo a satisfação de um</p><p>título executivo, não há execução sem título executivo, aquele que é assim determinado</p><p>por lei. Certeza, exigibilidade e liquidez são as três características do título executivo, o</p><p>título que não portar essas características, será a execução extinta. A efetivação do</p><p>crédito é premissa fundamental da execução.</p><p>ESPÉCIES DE PROCESSO</p><p>◼ O Código de Processo Civil de 2015, em seu art. 318, aboliu a divisão de ritos, não existindo mais a distinção entre</p><p>sumário e ordinário.</p><p>◼ Restou apenas:</p><p>◼ Procedimento comum: previsto no artigo 318 e seguintes;</p><p>◼ Procedimentos especiais: previstos nos artigos 539 ao 718 (jurisdição contenciosa), nos artigos 719 a 770</p><p>(jurisdição voluntária) e, ainda, em legislação esparsa.</p><p>◼ Lembre-se que o procedimento comum é o mais aplicado por ser considerado o procedimento padrão e pode ser</p><p>aplicado de forma subsidiária aos procedimentos especiais e também ao processo de execução.</p><p>◼ Como identificar adequadamente o procedimento da minha peça?</p><p>◼ Identificar o procedimento de sua peça é muito simples! Veja se a ação está prevista nos procedimentos especiais do</p><p>CPC ou em lei específica. Caso a situação não seja solucionável por um dos procedimentos do rito especial, o rito</p><p>será o comum. Portanto, a descoberta do rito se dá por exclusão, partindo do específico para o geral.</p><p>PROCEDIMENTO / RITO</p><p>◼ Segundo o CPC, há duas modalidades de procedimentos especiais, os de jurisdição contenciosa e os de jurisdição</p><p>voluntária.</p><p>◼ Jurisdição Contenciosa:</p><p>◼ Procedimentos que se referem à solução de litígios, pressupõem a existência de lides;</p><p>◼ O que é uma lide?</p><p>◼ Jurisdição Voluntária:</p><p>◼ Procedimentos relacionados apenas à administração judicial de interesses privados não litigiosos;</p><p>◼ Não há processo nos feitos de jurisdição voluntária, mas apenas procedimentos que constituem a coordenação formal de</p><p>atos não processuais, onde o juiz não exerce função jurisdicional, mas tão só administrativa. É o que ocorre com as</p><p>alienações judiciais, as nomeações de tutores e curadores, o divórcio e a partilha consensuais.</p><p>◼ Já nos procedimentos especiais de jurisdição contenciosa há um complexo de atividades que configuram as chamadas</p><p>ações executivas “lato sensu” (ações possessórias, divisórias, demarcatórias, de consignação em pagamento, de despejo</p><p>etc.). Nesses casos, o Código pretende adequar o procedimento às particularidades e exigências do direito material</p><p>cogitado no litígio.</p><p>PAUSA PARA RELEMBRAR – JURISDIÇÃO</p><p>CONTENCIOSA / JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA</p><p>PAUSA PARA RELEMBRAR – JURISDIÇÃO</p><p>CONTENCIOSA / JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA</p><p>◼ Formação do Processo;</p><p>◼ Petição Inicial;</p><p>◼ Petição Inicial e demanda;</p><p>◼ Requisitos da Petição Inicial;</p><p>FORMAÇÃO DO PROCESSO E PETIÇÃO INICIAL</p><p>◼ O processo resulta da materialização do direito abstrato de ação, o que se dá pela</p><p>propositura da ação por meio de protocolo da petição inicial perante o juízo para o qual a</p><p>peça seja endereçada.</p><p>◼ Observe que, a partir da propositura da ação, já existe uma relação jurídica processual,</p><p>ainda que apenas linear, formada entre autor e juiz.</p><p>◼ Com essa relação jurídica processual linear, podemos afirmar que o processo já existe, até</p><p>porque quando há prolação de sentença liminar, seja para indeferir a petição inicial ou para</p><p>julgar liminarmente improcedente o pedido do autor, o processo é extinto por essa</p><p>sentença.</p><p>◼ Só se pode extinguir aquilo que já existe. A existência do processo deve necessariamente</p><p>preceder à sua extinção.</p><p>DA FORMAÇÃO PROCESSUAL</p><p>◼ O processo, portanto, não precisa da citação para ser formado, não sendo correto o</p><p>entendimento no sentindo de que somente com a citação estar-se-á instaurado o</p><p>processo.</p><p>◼ Na realidade, o processo não se forma gradualmente, mas sim a relação jurídica</p><p>processual, que com a citação do réu deixa de ser linear e passa a ser tríplice.</p><p>◼ O Título I do Código de Processo Civil dispõe:</p><p>◼ “Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a</p><p>propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois</p><p>que for validamente citado”.</p><p>DA FORMAÇÃO PROCESSUAL</p><p>◼ O artigo 263 do CPC/1973 previa que a propositura da ação se dava com a distribuição em</p><p>foros com mais de uma vara, sendo considerada proposta com primeiro despacho do juiz</p><p>em foros de vara única.</p><p>◼ Essa previsão trazia um sério problema no tocante à interrupção da prescrição, porque se</p><p>aplicado o dispositivo legal seria possível que o autor provocasse o Poder Judiciário antes</p><p>do vencimento do prazo prescricional, mas que a distribuição ou o despacho do juiz</p><p>ocorresse somente depois desse vencimento.</p><p>◼ Ou seja, era possível a hipótese de o autor exercer sua pretensão antes do vencimento do</p><p>prazo prescricional e ainda assim ter seu processo extinto com fundamento na prescrição.</p><p>MOMENTO DA PROPOSITURA DA AÇÃO</p><p>◼ Como tal situação é extremamente injusta, contrariando inclusive a própria razão de ser da</p><p>prescrição, já que nesse caso a inércia não teria sido do titular do direito.</p><p>◼ Para resolver tal situação, surgiu o artigo 312 do CPC/15:</p><p>◼ “Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a</p><p>propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois</p><p>que for validamente citado”.</p><p>◼ Falamos muito de prescrição, mas o que é prescrição? E o que é decadência?</p><p>MOMENTO DA PROPOSITURA DA AÇÃO</p><p>◼ O que é prescrição?</p><p>◼ A prescrição é a extinção do direito à pretensão, isto é, o poder de exigir algo de alguém por meio de um</p><p>processo jurídico, caso esse direito não tenha sido utilizado em determinado espaço de tempo. Pretensão é o</p><p>poder de exigir de outrem, de maneira coercitiva, o cumprimento de um dever jurídico.</p><p>◼ Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que</p><p>aludem os arts.</p><p>205 e 206. (Código Civil – 2002).</p><p>◼ Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará</p><p>liminarmente improcedente o pedido que contrariar:</p><p>◼ § 1 O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de</p><p>decadência ou de prescrição.</p><p>◼ E a decadência?</p><p>◼ A decadência é a perda de um direito potestativo pela inércia de seu titular. (Exemplo: Art. 1.285. O dono do</p><p>prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal,</p><p>constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário. – Código Civil</p><p>-2002).</p><p>REVISITANDO CONCEITOS – PRESCRIÇÃO E</p><p>DECADÊNCIA</p><p>◼ A propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois</p><p>que for validamente citado.</p><p>◼ Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz</p><p>litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto</p><p>nos arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).</p><p>◼ Consequências da citação válida, após a propositura da ação:</p><p>◼ I-Induz litispendência;</p><p>◼ II-Torna litigiosa a coisa;</p><p>◼ III-Constitui em mora o devedor;</p><p>EFEITOS DA PROPOSITURA DA AÇÃO</p><p>◼ A demanda considera-se proposta na data em que a petição inicial foi protocolada (art. 312, CPC).</p><p>◼ A partir desta data, surge a litispendência (a pendência da causa): o processo existe e, para o autor, todos os efeitos daí</p><p>decorrentes se produzem.</p><p>◼ O que é litispendência?</p><p>◼ Litispendência ocorre quando duas ações que possuem as mesmas partes, as mesmas causas e os mesmos pedidos são</p><p>ajuizadas, fazendo com que existam dois processos simultâneos sobre um mesmo tema. A litispendência é o instrumento que</p><p>evita que causas idênticas – que possuem as mesmas partes, causas e pedidos – sejam analisadas simultaneamente.</p><p>◼ Quando se é percebido que dois processos com as mesmas partes, as mesmas causas e os mesmos pedidos são ajuizados, um</p><p>deles é anulado sem ter seus méritos julgados, pois uma pessoa não pode ser julgada duas vezes por um mesmo fato.</p><p>◼ Para o Autor a litispendência inicia com a propositura da ação e encerra com a extinção da ação. Para o réu, no entanto, a</p><p>litispendência somente produz efeitos a partir</p><p>da sua citação (art. 240, c/c art. 312, CPC).</p><p>◼ ART. 337 CPC:</p><p>◼ § 3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso.</p><p>◼ § 4º Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado.</p><p>LITISPENDÊNCIA</p><p>◼ A citação válida fará que o direito ou bem que deu origem ao impasse torne-se litigioso. Mas o</p><p>que significa isto?</p><p>◼ A citação vincula o objeto discutido no processo ao seu resultado, ou seja, as partes ficam presas</p><p>ao que for decidido em juízo quanto a seu litígio, aquele direito ou bem buscado ficará</p><p>vinculado ao resultado do processo.</p><p>◼ A citação, uma vez tornado o bem litigioso, obriga as partes às restrições impostas pelo juiz.</p><p>◼ Isso de tornar litigiosa a coisa é um dos efeitos materiais da citação e não processual.</p><p>◼ Importa ressaltar, entretanto, que, para alguns doutrinadores, a citação tornará litigiosa a coisa</p><p>somente para o réu já que, para o autor, o litígio já havia se formado: ele já entrara em litígio com</p><p>réu quando da decisão de ajuizar ação.</p><p>COISA LITIGIOSA</p><p>◼ Alienado o imóvel litigioso através de contrato oneroso, procedendo-se à transferência do domínio, posse ou uso do</p><p>mesmo, há que se distinguir entre duas situações: a ocorrência de evicção e a ciência do adquirente da litigiosidade</p><p>da coisa adquirida. Na ocorrência da evicção, é aplicável o comando cogente do art. 1.107 do Código Civil. Assim, se</p><p>sobre o bem alienado pendia litígio e deste não tinha conhecimento o adquirente, no momento da celebração do</p><p>contrato, responderá pela evicção o alienante, independentemente de culpa, por ser a garantia contra a evicção</p><p>devida pelo alienante elemento natural de todos os contratos onerosos e comutativos. Nesse caso, mesmo de boa-fé,</p><p>estará o alienante sujeito a responder pela garantia da evicção, se dela não houver se desobrigado em cláusula</p><p>expressa do ajuste.</p><p>◼ Uma vez consumada a evicção, o adquirente terá direito a reaver o valor pago pelo bem, mais perdas e danos,</p><p>segundo aplicação do art. 1.109 c/c 1.107, parágrafo único do C.C.</p><p>◼ Por outro lado, se o alienante, mediante cláusula que exclua a garantia, isentou-se do dever de responder pela</p><p>evicção, terá direito o adquirente, tão-somente, a reaver o preço pago pelo bem, sem possibilidade de pleitear perdas</p><p>e danos (CC, art. 1.108).</p><p>◼ Por fim, se, no momento da celebração do contrato, tinha o adquirente ciência inequívoca da litigiosidade da coisa,</p><p>não tem direito a reembolso do que houver efetivamente pago e, muito menos, a demandar perdas e danos (CC, art.</p><p>1.117, II).</p><p>EXEMPLO DE COISA LITIGIOSA</p><p>◼ O que seria constituir o devedor em mora?</p><p>◼ O artigo 240 do Código de Processo Civil estabelece que a citação constitui o devedor em mora,</p><p>ressalvado o disposto nos artigos 397 e 398 do Código Civil.</p><p>◼ A constituição do devedor em mora é efeito material da citação válida. Suas consequências encontram-se</p><p>elencadas no Código.</p><p>◼ De acordo com o artigo 397, o devedor será constituído em mora na data do vencimento da obrigação</p><p>positiva e líquida. Tratando-se de obrigação sem termo certo, não só a citação mas também a interpelação</p><p>judicial ou extrajudicial serão aptas a constituir o devedor em mora.</p><p>◼ Já o artigo 398, ainda do Código Civil, deixa claro que, nas obrigações originadas de ato ilícito, o devedor</p><p>será constituído em mora no momento em que praticou o ato. Atenção apenas ao posicionamento do</p><p>Superior Tribunal de Justiça, que se dá no sentido de que, advindo o ato ilícito de contrato, apenas com a</p><p>citação é que o devedor será constituído em mora.</p><p>◼ Repisa-se que a citação apenas constituirá em mora o devedor se ele ainda não o estiver.</p><p>CONSTITUIÇÃO DO DEVEDOR EM MORA</p><p>◼ Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PGE-ES Prova: Instituto Consulplan - 2022 -</p><p>PGE-ES - Estagiário de Direito.</p><p>◼ Antônio decidiu propor ação de indenização por danos morais em face de Pedro.</p><p>Considerando o disposto no Código de Processo Civil, bem como o caso hipotético, a ação</p><p>pretendida por Antônio será considerada proposta quando:</p><p>a) Houver a citação do réu.</p><p>b) For protocolada a petição inicial.</p><p>c) A petição inicial for analisada pelo juiz.</p><p>d) A petição inicial for autuada e registrada.</p><p>QUESTÃO 1</p><p>◼ Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PGE-ES Prova: Instituto Consulplan - 2022 -</p><p>PGE-ES - Estagiário de Direito.</p><p>◼ Antônio decidiu propor ação de indenização por danos morais em face de Pedro.</p><p>Considerando o disposto no Código de Processo Civil, bem como o caso hipotético, a ação</p><p>pretendida por Antônio será considerada proposta quando:</p><p>a) Houver a citação do réu.</p><p>b) For protocolada a petição inicial.</p><p>c) A petição inicial for analisada pelo juiz.</p><p>d) A petição inicial for autuada e registrada.</p><p>QUESTÃO 1</p><p>◼ O princípio da inércia da jurisdição impede que o juiz inicie um processo de ofício devendo</p><p>aguardar a manifestação da parte interessada, sendo extremamente excepcional situação que</p><p>fuja desta regra.</p><p>◼ A forma de materializar o interesse em buscar a tutela jurisdicional é a petição inicial, conceituada</p><p>pela melhor doutrina como peça escrita no vernáculo e assinada por patrono devidamente</p><p>constituído em que o autor formula demanda que virá a ser apreciada pelo juiz, na busca de um</p><p>provimento final que lhe conceda a tutela jurisdicional pretendida.</p><p>◼ A petição inicial tem duas funções:</p><p>◼ 1- Provocar a instauração do processo;</p><p>◼ 2-Identificar a demanda, decorrência natural da necessidade de menção às partes, causa de pedir</p><p>e pedido.</p><p>PETIÇÃO INICIAL E DEMANDA</p><p>a) Permite a aplicação do princípio da congruência, indicando os limites objetivos e</p><p>subjetivos da sentença;</p><p>b) Permite a verificação de eventual litispendência, coisa julgada ou conexão, quando</p><p>comparada a outras</p><p>ações;</p><p>c) Fornece elementos para a fixação da competência;</p><p>d) Indica desde logo a ausência de alguma das condições da ação (Partes, causa de pedir e</p><p>pedido);</p><p>e) Pode vir a influenciar na determinação do procedimento.</p><p>EFEITOS PROCESSUAIS DA IDENTIFICAÇÃO DA</p><p>DEMANDA</p><p>◼ Litispendência: quando se repete a ação, que está em curso. São causas idênticas, que</p><p>tramitem no Judiciário ao mesmo tempo. (art. 337 do Código de Processo Civil);</p><p>◼ Conexão: Quando é comum ou a causa de pedir ou o pedido e havendo conexão, o Juízo de</p><p>ofício ou a requerimento de qualquer das partes, pode ordenar a reunião de ações</p><p>propostas em separada, a fim de que sejam decididas de formas simultâneas. ( Art. 55 do</p><p>Código de Processo Civil);</p><p>◼ Coisa julgada: O conceito de coisa julgada está previsto no artigo 502 do Código de</p><p>Processo Civil, que a descreve como sendo uma autoridade que impede a modificação ou</p><p>discussão de decisão de mérito da qual não cabe mais recursos.</p><p>LITISPENDÊNCIA, COISA JULGADA E CONEXÃO</p><p>◼ A relação entre petição inicial e demanda é a mesma que se estabelece</p><p>entre a forma e o seu conteúdo.</p><p>◼ Assim como o instrumento de um contrato não é o contrato, a petição inicial não é a demanda.</p><p>◼ A demanda é um ato jurídico que requer forma especial. A petição inicial é a forma da demanda, o</p><p>seu instrumento. A demanda é o conteúdo da petição inicial.</p><p>◼ Forma é o meio pelo qual a vontade se expressa, se exterioriza. Ao tempo em que serve para</p><p>exteriorizar a vontade, a forma serve de prova para o ato jurídico.</p><p>◼ Para maior segurança, a lei às vezes impõe que determinados atos jurídicos se revistam de</p><p>determinada forma. A demanda é um deles. O estudo dos requisitos da petição inicial, não passa</p><p>de estudo dos requisitos formais do ato jurídico demanda.</p><p>PETIÇÃO INICIAL E DEMANDA</p><p>◼ A demanda tem a função de dar o tom para a atividade jurisdicional que não pode extrapolar os</p><p>seus limites (decidindo além [ultra], aquém [citra] ou fora do que foi pedido [extra]).</p><p>◼ Pode-se dizer que a petição inicial é um projeto de sentença: contém aquilo que o demandante</p><p>almeja ser o conteúdo da decisão que vier a acolher o seu pedido.</p><p>◼ A petição inicial é considerada um ato solene, visto que é a peça que inicia o processo, permitindo</p><p>o seguimento do procedimento mediante citação do réu e gerando todos os efeitos legais.</p><p>◼ Todavia, é necessário preencher requisitos estabelecidos pela lei, pois a ausência de qualquer um</p><p>deles poderá gerar uma nulidade sanável ou insanável.</p><p>◼ Se for uma nulidade sanável, temos a emenda da petição inicial;</p><p>◼ Se for uma nulidade insanável, temos o indeferimento da petição inicial;</p><p>PETIÇÃO INICIAL E DEMANDA</p><p>◼ O artigo legal que primordialmente trata dos requisitos estruturais da petição inicial é o</p><p>artigo 319 do Código de Processo Civil. O art. 106, I, do CPC também indica outro requisito</p><p>essencial para a regularidade da petição inicial: o endereço do patrono que a subscreve.</p><p>◼ Importante esclarecer que a indicação do endereço em papel timbrado, nota de rodapé, ou</p><p>na procuração cumpre perfeitamente esta exigência formal.</p><p>◼ Há inclusive previsão expressa no art. 287, caput, do Novo CPC, no sentido de que deve</p><p>constar da procuração o endereço eletrônico e não eletrônico do advogado. Nas</p><p>excepcionais hipóteses de dispensa do advogado esse requisito não será exigido.</p><p>REQUISITOS ESTRUTURAIS DA PETIÇÃO INICIAL</p><p>◼ Art. 319. A petição inicial indicará:</p><p>◼ I - o juízo a que é dirigida;</p><p>◼ II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no</p><p>Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a</p><p>residência do autor e do réu;</p><p>◼ III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;</p><p>◼ IV - o pedido com as suas especificações;</p><p>◼ V - o valor da causa;</p><p>◼ VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;</p><p>◼ VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.</p><p>◼ § 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz</p><p>diligências necessárias a sua obtenção.</p><p>◼ § 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível</p><p>a citação do réu.</p><p>◼ § 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de</p><p>tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.</p><p>SUPORTE LEGAL – ART. 319 DO CPC – REQUISITOS DA</p><p>PETIÇÃO INICIAL</p><p>◼ “Art. 106. Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado:</p><p>◼ I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na</p><p>Ordem dos Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa,</p><p>para o recebimento de intimações”;</p><p>◼ “Art. 287. A petição inicial deve vir acompanhada de procuração, que conterá os</p><p>endereços do advogado, eletrônico e não eletrônico”.</p><p>SUPORTE LEGAL – ART. 106 E 287 DO CPC</p><p>◼ Podemos definir alguns requisitos para a petição inicial:</p><p>◼ Forma;</p><p>◼ Assinatura de quem possua capacidade postulatória;</p><p>◼ Indicação do juízo a que é dirigida a demanda;</p><p>◼ Qualificação das partes;</p><p>◼ Causa de pedir: o fato e o fundamento jurídico do pedido;</p><p>◼ Argumentação Jurídica;</p><p>◼ Pedido;</p><p>◼ Atribuição de valor à causa;</p><p>◼ Indicação dos meios de prova com que o autor pretende demonstrar os fatos alegados;</p><p>◼ Opção pela realização ou não da audiência de conciliação ou mediação;</p><p>◼ Documentos indispensáveis à propositura da demanda;</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL</p><p>◼ A postulação inicial, como regra, deve ser escrita, datada e assinada.</p><p>◼ Admite-se a postulação oral:</p><p>◼ I-Nos Juizados Especiais Cíveis (Art. 14 da Lei n° 9.099/99);</p><p>◼ II-Pedido de concessão de medidas protetivas de urgência em favor da mulher que se</p><p>afirme vítima de violência doméstica ou familiar (Art. 12, Lei 11.340/2006);</p><p>◼ III-E no procedimento especial da ação de alimentos (Art. 3°, § 1º, Lei n. 5.478/1968).</p><p>◼ Todavia, a postulação oral sempre acaba por reduzir-se a termo escrito.</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - FORMA</p><p>◼ A petição inicial deve vir assinada por quem tenha capacidade postulatória, normalmente</p><p>o advogado regularmente inscrito na Ordem dos</p><p>Advogados do Brasil, o defensor público e o membro do Ministério Público.</p><p>◼ Há, no entanto, algumas hipóteses em que o leigo tem capacidade</p><p>postulatória:</p><p>◼ Ação de alimentos (art. 2º, da Lei n. 5.478/1968);</p><p>◼ Habeas Corpus;</p><p>◼ Juizados Especiais Cíveis, na primeira instância, em causas cujo valor não exceda vinte</p><p>salários mínimos;</p><p>◼ Pedido de concessão de medidas protetivas de urgência em favor da mulher que se afirme</p><p>vítima de violência doméstica ou familiar (art. 27, Lei n. 11.340/2006).</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – ASSINATURA DE</p><p>QUEM POSSUA CAPACIDADE POSTULATÓRIA</p><p>◼ A capacidade processual (legitimatio ad processum) é a possibilidade de estar em juízo</p><p>sem a necessidade de estar acompanhada por assistente ou representante. Quando a</p><p>pessoa é plenamente capaz, esta qualidade trará capacidade processual.</p><p>◼ A capacidade postulatória é a possibilidade de praticar atos dentro do processo, ou seja, a</p><p>aptidão para intervir em juízo, representando as partes ou postulando a defesa de direitos.</p><p>Em regra, é conferida aos advogados inscritos na OAB, ao Ministério Público e à</p><p>Defensoria Pública.</p><p>◼ Há hipóteses em que as partes adquirem capacidade postulatória?</p><p>DIFERENÇA ENTRE CAPACIDADE PROCESSUAL E</p><p>CAPACIDADE POSTULATÓRIA</p><p>◼ A petição deve conter a indicação do endereço, eletrônico e não eletrônico, do advogado e</p><p>deve vir acompanhada da procuração.</p><p>◼ Art. 287. A petição inicial deve vir acompanhada de procuração, que conterá os endereços</p><p>do advogado, eletrônico e não eletrônico. (CPC).</p><p>◼ Endereço não eletrônico: local do escritório do advogado;</p><p>◼ Endereço eletrônico: e-mail do advogado;</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – ASSINATURA DE</p><p>QUEM POSSUA CAPACIDADE POSTULATÓRIA</p><p>◼ Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT</p><p>Prova: CESPE - 2013 - TJ-DFT -</p><p>Analista Judiciário - Área Judiciária.</p><p>◼ Com relação à capacidade processual e postulatória e ao serventuário da justiça, julgue os</p><p>itens subsequentes.</p><p>◼ A capacidade processual, definida como a capacidade de a pessoa estar em juízo na</p><p>defesa de seus interesses, distingue-se da capacidade postulatória, atribuída ao advogado</p><p>para que ele defenda em juízo os interesses do jurisdicionado.</p><p>a) Certo</p><p>b) Errado</p><p>QUESTÃO 2</p><p>◼ Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2013 - TJ-DFT -</p><p>Analista Judiciário - Área Judiciária.</p><p>◼ Com relação à capacidade processual e postulatória e ao serventuário da justiça, julgue os</p><p>itens subsequentes.</p><p>◼ A capacidade processual, definida como a capacidade de a pessoa estar em juízo na</p><p>defesa de seus interesses, distingue-se da capacidade postulatória, atribuída ao advogado</p><p>para que ele defenda em juízo os interesses do jurisdicionado.</p><p>a) Certo</p><p>b) Errado</p><p>QUESTÃO 2</p><p>◼ Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-RJ Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022</p><p>- PGE-RJ - Técnico Processual</p><p>◼ Julgue o item que se segue, a respeito dos institutos da litispendência e da coisa julgada.</p><p>◼ Há litispendência quando se repete ação que já teve decisão de mérito transitada em</p><p>julgado, com as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.</p><p>◼ Alternativas:</p><p>a) Certo</p><p>b) Errado</p><p>QUESTÃO 3</p><p>◼ Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-RJ Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022</p><p>- PGE-RJ - Técnico Processual</p><p>◼ Julgue o item que se segue, a respeito dos institutos da litispendência e da coisa julgada.</p><p>◼ Há litispendência quando se repete ação que já teve decisão de mérito transitada em</p><p>julgado, com as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.</p><p>◼ Alternativas:</p><p>a) Certo</p><p>b) Errado</p><p>QUESTÃO 3</p><p>◼ O autor tem de indicar o juízo (singular ou colegiado) perante o qual formula a sua</p><p>pretensão, observando as regras sobre competência (art. 319, I, CPC).</p><p>◼ “Art. 319. A petição inicial indicará:</p><p>◼ I - o juízo a que é dirigida; (CPC)”</p><p>◼ O que é competência?</p><p>◼ Competência é o conjunto de limites dentro dos quais cada órgão do judiciário pode</p><p>exercer legitimamente a função jurisdicional.</p><p>◼ (Previsão no art. 42 a 53 do Código de Processo Civil).</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - INDICAÇÃO DO</p><p>JUÍZO A QUE É DIRIGIDA A DEMANDA</p><p>◼ O endereçamento far-se-á no cabeçalho da petição inicial. Devem ser observadas as designações corretas:</p><p>◼ - Quando se tratar de Justiça Estadual, estaremos diante de Comarcas (unidade territorial da Justiça dos</p><p>Estados);</p><p>◼ - Quando se tratar de Justiça Federal, estaremos diante de Seções e Subseções (As seções judiciárias</p><p>constituem unidades territoriais que delimitam o exercício da jurisdição pelos Juízes Federais. Importante</p><p>lembrar ainda que a Justiça Federal é organizada, no interior dos Estados, em unidades jurisdicionais</p><p>chamadas de subseções);</p><p>◼ -Tratando de Justiça Federal, a qualificação do magistrado deverá ser: Juiz Federal da Seção/Subseção</p><p>Judiciária de XXXX;</p><p>◼ -Tratando de Justiça Estadual, a qualificação do magistrado deverá ser: Juiz de direito da Comarca de</p><p>XXXX.</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - INDICAÇÃO DO</p><p>JUÍZO A QUE É DIRIGIDA A DEMANDA</p><p>◼ Em sentido geral, o foro é a base territorial sobre o qual determinado órgão judiciário</p><p>exerce a sua competência. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores possuem</p><p>foro sobre todo o território nacional. Os Tribunais de Justiça possuem-no sobre os Estados</p><p>em que estão instalados; e os Tribunais Regionais Federais, nas regiões que lhes são</p><p>afetas;</p><p>◼ As seções judiciárias constituem unidades territoriais que delimitam o exercício da</p><p>jurisdição pelos Juízes Federais. A Justiça Federal é organizada, no interior dos Estados,</p><p>em unidades jurisdicionais chamadas de subseções;</p><p>◼ A Justiça Comum dos Estados, por sua vez, é divida em unidades jurisdicionais chamadas</p><p>de “comarcas”. A comarca é, pois, a limitação territorial do exercício da jurisdição pelos</p><p>juízes togados dos Estados;</p><p>REVISANDO - FORO: COMARCA, SEÇÃO E SUBSEÇÃO</p><p>JUDICIÁRIA</p><p>EXEMPLO DE INDICAÇÃO DO JUÍZO ESTADUAL</p><p>EXEMPLO DE INDICAÇÃO DO JUÍZO FEDERAL</p><p>◼ O demandante apresentará a qualificação das partes (dele próprio e do réu).</p><p>◼ Hão de constar, na petição inicial, os nomes, prenomes, estado civil, a existência de união</p><p>estável, profissão, número no cadastro de pessoas físicas ou no cadastro nacional de</p><p>pessoas jurídicas, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu (art.</p><p>319, II, CPC);</p><p>◼ O que se pretende, com tal requisito, é evitar o processamento de pessoas incertas, bem</p><p>como verificar a incidência de algumas normas que têm por suporte fático algum desses</p><p>qualificativos (litisconsórcio necessário de pessoas casadas, art. 73, § 1 º, do CPC ou</p><p>domicílio necessário de funcionários públicos, art. 76 do Código Civil, como exemplos);</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – QUALIFICAÇÃO</p><p>DAS PARTES</p><p>◼ Se o autor for um nascituro, deverá ser identificado como "nascituro de fulana de tal"</p><p>(nome da mãe).</p><p>◼ Quando se trata de pessoa jurídica, é fundamental que a petição inicial venha</p><p>acompanhada do estatuto/contrato social e da documentação que comprove a</p><p>regularidade da representação - notadamente para que se averigue se quem outorgou a</p><p>procuração ao advogado, em nome da pessoa jurídica, poderia fazê-lo.</p><p>◼ É possível demanda proposta contra pessoa incerta, quando se deve proceder a um</p><p>esboço de identificação, bem como será requerida a citação editalícia ( art. 256, I, do CPC).</p><p>◼ Art. 256. A citação por edital será feita:</p><p>◼ I - quando desconhecido ou incerto o citando; (CPC)</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – QUALIFICAÇÃO</p><p>DAS PARTES</p><p>◼ Atenção para os parágrafos do artigo 319 do CPC:</p><p>◼ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição</p><p>inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.</p><p>◼ § 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se</p><p>refere o inciso II, for possível a citação do réu.</p><p>◼ § 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II</p><p>deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente</p><p>oneroso o acesso à justiça.</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – QUALIFICAÇÃO</p><p>DAS PARTES</p><p>◼ Além do pedido e dos sujeitos, deve a petição inicial conter a exposição dos fatos e dos</p><p>fundamentos jurídicos do pedido, que formam a denominada causa de pedir (art. 319, III, CPC).</p><p>◼ A causa de pedir é o fato ou conjunto de fatos jurídicos e a relação jurídica, efeito daquele fato</p><p>jurídico, trazidos pelo demandante como fundamento do seu pedido.</p><p>◼ Tem o autor de, em sua petição inicial, expor todo o quadro fático necessário à obtenção do efeito</p><p>jurídico perseguido, bem como demonstrar de que forma os fatos narrados autorizam a produção</p><p>desse mesmo efeito.</p><p>◼ Adotou o nosso CPC a chamada teoria da substancialização da causa de pedir, que impõe ao</p><p>demandante o ônus de indicar, na petição inicial, qual o fato jurídico e qual a relação jurídica dele</p><p>decorrente que dão suporte ao seu pedido. Não basta a indicação da relação jurídica, efeito do</p><p>fato jurídico, sem que se indique qual o fato jurídico que lhe deu causa – que é o que prega a teoria</p><p>da individualização.</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – CAUSA DE PEDIR: O</p><p>FATO E O FUNDAMENTO JURÍDICO DO PEDIDO</p><p>◼ O inciso III do art. 319 do CPC tradicionalmente é compreendido como referente à causa</p><p>de pedir. Para ser válida, a petição inicial deve conter a afirmação da causa de pedir.</p><p>◼ O inciso III do art. 319 deve ser interpretado como a exigência da fundamentação da</p><p>postulação inicial, ou seja, a argumentação jurídica, o conjunto dos instrumentos retóricos</p><p>para convencimento do órgão julgador acerca da juridicidade do fato e da correção</p><p>dogmática da interpretação do Direito proposta pelo demandante.</p><p>◼ Petição inicial que se limite a afirmar a causa de pedir, sem trazer a argumentação jurídica</p><p>respectiva, é inepta.</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – CAUSA DE PEDIR: O</p><p>FATO E O FUNDAMENTO</p><p>JURÍDICO DO PEDIDO</p><p>◼ Não se deve confundir fundamento jurídico, com fundamentação legal, essa inclusive</p><p>dispensável;</p><p>◼ Assim, enunciado n. 281 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: "A indicação do</p><p>dispositivo legal não é requisito da petição inicial e, uma vez existente, não vincula o órgão</p><p>julgador''.</p><p>◼ Fundamento jurídico é o embasamento que o ordenamento jurídico dá àquele fato</p><p>alegado, não sendo obrigatório o autor indicar o artigo, a lei em que está baseando o seu</p><p>pedido, pois o que importa para o juiz é o fato, “da mihi factum, dabo tibi ius”.</p><p>◼ É a justificativa para a propositura de uma ação, fundada no posicionamento doutrinário e</p><p>jurisprudencial, com todo o respaldo do direito.</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – CAUSA DE PEDIR: O</p><p>FATO E O FUNDAMENTO JURÍDICO DO PEDIDO</p><p>MAPA MENTAL – ENTENDENDO O PEDIDO E A CAUSA</p><p>DE PEDIR</p><p>◼ Toda petição inicial deve conter ao menos um pedido, com suas especificações (art. 319, IV,</p><p>CPC).</p><p>◼ Petição sem pedido é petição inepta! Ou seja, petição sem pedido enseja em seu</p><p>indeferimento.</p><p>◼ Os detalhes sobre o pedido estão especificados na Seção II – Capítulo II do Livro I da Parte</p><p>Especial do CPC. (Arts. 322 a 329);</p><p>◼ Destacaremos os principais pontos do pedido, dentro dos artigos retromencionados.</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – PEDIDO</p><p>◼ Art. 322. O pedido deve ser certo.</p><p>◼ § 1º Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.</p><p>◼ § 2º A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé.</p><p>◼ Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido,</p><p>independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do</p><p>processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.</p><p>◼ Art. 324. O pedido deve ser determinado.</p><p>◼ § 1º É lícito, porém, formular pedido genérico:</p><p>◼ I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;</p><p>◼ II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;</p><p>◼ III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.</p><p>◼ § 2º O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção.</p><p>◼ Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.</p><p>◼ Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou</p><p>de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.</p><p>SUPORTE LEGAL - REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL –</p><p>PEDIDO</p><p>◼ Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando</p><p>não acolher o anterior.</p><p>◼ Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.</p><p>◼ Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles</p><p>não haja conexão.</p><p>◼ § 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:</p><p>◼ I - os pedidos sejam compatíveis entre si;</p><p>◼ II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;</p><p>◼ III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.</p><p>◼ § 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor</p><p>empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos</p><p>procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as</p><p>disposições sobre o procedimento comum.</p><p>◼ § 3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326 .</p><p>SUPORTE LEGAL - REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL –</p><p>PEDIDO</p><p>◼ Art. 328. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou</p><p>do processo receberá sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.</p><p>◼ Art. 329. O autor poderá:</p><p>◼ I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de</p><p>consentimento do réu;</p><p>◼ II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com</p><p>consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de</p><p>manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de</p><p>prova suplementar.</p><p>◼ Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de</p><p>pedir.</p><p>SUPORTE LEGAL - REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL –</p><p>PEDIDO</p><p>◼ Atenção para as causas de inépcia da inicial em razão do pedido!</p><p>◼ Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:</p><p>◼ I - for inepta;</p><p>◼ § 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:</p><p>◼ I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;</p><p>◼ II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;</p><p>◼ III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;</p><p>◼ IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.</p><p>◼ § 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de</p><p>alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações</p><p>contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.</p><p>SUPORTE LEGAL - REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL –</p><p>PEDIDO</p><p>◼ Em toda petição inicial deve constar o valor da causa, cuja fixação seguirá o que dispõem os arts. 291-293</p><p>do CPC (art. 319, V, CPC).</p><p>◼ Não há causa sem valor, assim corno não há causa de valor inestimável ou mínimo, expressões, tão</p><p>frequentes quanto equivocadas, encontradas na praxe forense. O valor da causa deve ser certo e fixado</p><p>em moeda corrente nacional.</p><p>◼ O valor da causa é um dado que serve a variados propósitos:</p><p>◼ a) base de cálculo das custas judiciais; (Tabela disponível nos Tribunais de Justiça);</p><p>◼ b) definição da competência do órgão jurisdicional;</p><p>◼ c) cabimento de recursos (art. 34 da Lei 6.830/1980);</p><p>◼ d) base de cálculo de multas processuais.</p><p>◼ Assim, não é correto dizer, corno se costuma fazer na praxe forense, que o valor da causa tem fim</p><p>"meramente fiscal“.</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – ATRIBUIÇÃO DE</p><p>VALOR À CAUSA</p><p>EXEMPLO – TABELA DE CUSTAS – TJ-AM</p><p>◼ DO VALOR DA CAUSA</p><p>◼ Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível.</p><p>◼ Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:</p><p>◼ I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de</p><p>outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;</p><p>◼ II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a</p><p>rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;</p><p>◼ III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) presta��ões mensais pedidas pelo autor;</p><p>◼ IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;</p><p>◼ V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;</p><p>◼ VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;</p><p>◼ VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;</p><p>◼ VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.</p><p>SUPORTE LEGAL – DO VALOR DA CAUSA</p><p>◼ § 1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e</p><p>outras.</p><p>◼ § 2º O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por</p><p>tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à</p><p>soma das prestações.</p><p>◼ § 3º O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não</p><p>corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito</p><p>econômico perseguido pelo</p><p>autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.</p><p>◼ Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo</p><p>autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a</p><p>complementação das custas.</p><p>SUPORTE LEGAL – DO VALOR DA CAUSA</p><p>◼ O autor indicará quais os meios de prova de que se irá valer para comprovar as suas</p><p>alegações (art. 319, VI, CPC).</p><p>◼ Tem pouca eficácia prática o dispositivo:</p><p>◼ a) o órgão julgador pode determinar ex officio a produção de provas (art. 370 do CPC);</p><p>◼ b) no momento próprio - fase de saneamento do processo - as partes são intimadas para</p><p>indicar de quais meios de prova se servirão.</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – INDICAÇÃO DOS MEIOS DE PROVA</p><p>COM QUE O AUTOR PRETENDE DEMONSTRAR A VERDADE DOS FATOS</p><p>ALEGADOS</p><p>◼ O autor tem de manifestar a sua opção pela realização ou não de audiência preliminar de conciliação ou mediação (</p><p>art. 319, VII, CPC).</p><p>◼ Essa audiência preliminar ocorrerá antes de o réu apresentar a sua resposta.</p><p>◼ Se autor e réu manifestarem expressamente a vontade de não resolver o litígio por autocomposição, a audiência não</p><p>ocorrerá (art. 334, § 4º , I, CPC).</p><p>◼ A manifestação do autor nesse sentido tem de ser feita na petição inicial (art. 334, § 5º , CPC).</p><p>◼ Se o autor não observar esse requisito, a petição não deve ser indeferida por isso, nem há necessidade de o juiz</p><p>mandar emendá-la.</p><p>◼ Deve o juiz considerar o silêncio do autor como indicativo da vontade de que haja a audiência de conciliação ou</p><p>mediação.</p><p>◼ Assim como o réu (art. 334, § 5º ), também o autor tem de dizer expressamente quando não quer a audiência; o</p><p>silêncio pode ser interpretado como não oposição à realização do ato - até porque, nos termos do inciso I do § 4º do</p><p>art. 334, CPC, a manifestação e desinteresse tem de ser expressa.</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - OPÇÃO PELA REALIZAÇÃO OU NÃO</p><p>DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO</p><p>◼ Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de</p><p>improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação</p><p>com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20</p><p>(vinte) dias de antecedência.</p><p>◼ § 4º A audiência não será realizada:</p><p>◼ I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição</p><p>consensual;</p><p>◼ II - quando não se admitir a autocomposição.</p><p>◼ § 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu</p><p>deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da</p><p>data da audiência.</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - OPÇÃO PELA REALIZAÇÃO OU NÃO</p><p>DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO – SUPORTE LEGAL</p><p>◼ ATENÇÃO AO NÃO COMPARECIMENTO:</p><p>◼ Art. 334. §8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de</p><p>conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com</p><p>multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa,</p><p>revertida em favor da União ou do Estado.</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - OPÇÃO PELA REALIZAÇÃO OU NÃO</p><p>DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO – SUPORTE LEGAL</p><p>◼ Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura</p><p>da ação. (CPC)</p><p>◼ Art. 434. Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos</p><p>destinados a provar suas alegações. (CPC)</p><p>◼ Art. 287. A petição inicial deve vir acompanhada de procuração, que conterá os endereços</p><p>do advogado, eletrônico e não eletrônico. (CPC)</p><p>◼ Art. 750. O requerente deverá juntar laudo médico para fazer prova de suas alegações ou</p><p>informar a impossibilidade de fazê-lo. (CPC) Para petições de interdição;</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS À</p><p>PROPOSITURA DA DEMANDA</p><p>◼ Importante observar ainda:</p><p>a) é possível a produção ulterior de prova documental (as hipóteses do art. 435 do CPC, por exemplo);</p><p>b) é possível o autor requerer a aplicação analógica do § 1 º do art. 319 do CPC, para que o juiz tome</p><p>diligências necessárias à obtenção do documento;</p><p>c) pode o autor, na própria petição inicial, solicitar a exibição de documento que, não obstante tenha sido</p><p>alvo de sua referência na petição inicial, porventura esteja em poder do réu ou de terceiro (art. 397 e</p><p>seguintes do CPC);</p><p>Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a</p><p>fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos</p><p>autos.</p><p>Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial ou a</p><p>contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos,</p><p>cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo</p><p>ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5º</p><p>REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS À</p><p>PROPOSITURA DA DEMANDA</p><p>◼ Se a petição inicial estiver irregular, por lhe faltar algum dos seus requisitos, deve o magistrado intimar o</p><p>autor para corrigi-la, emendando-a ou completando-a.</p><p>◼ É o que prescreve o art. 321 do CPC, que autoriza o magistrado a determinar a emenda da petição inicial,</p><p>no prazo de quinze dias, intimando-se o autor. O juiz indicará com precisão o que deve ser corrigido ou</p><p>completado.</p><p>◼ Há posicionamento do STJ no sentido de ser esse prazo prorrogável, a critério do juiz. Esse</p><p>posicionamento, firmado ao tempo do CPC-1973, é fortalecido pelo disposto no art. 139, VI, CPC, que</p><p>permite a dilação do prazo pelo juiz.</p><p>◼ Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:</p><p>◼ VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às</p><p>necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito;</p><p>◼ Não cumprindo o autor a diligência que lhe fora ordenada, a petição inicial será indeferida (art. 321,</p><p>parágrafo único, CPC).</p><p>EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL</p><p>◼ Permite-se, contudo, uma nova determinação de emenda, se a primeira correção não foi</p><p>satisfatória. Mesmo que efetuada a emenda após o prazo concedido, ainda assim não se</p><p>justifica o indeferimento.</p><p>◼ Sempre que o defeito for sanável deve o magistrado determinar a emenda; não lhe é</p><p>permitido indeferir a inicial sem que conceda ao autor a possibilidade de correção.</p><p>◼ É possível, ainda, a emenda da inicial mesmo após a contestação, desde que não enseje</p><p>modificação do pedido ou da causa de pedir sem o consentimento do réu, quando então</p><p>não seria emenda, mas alteração ou aditamento da petição inicial;</p><p>◼ Se não for emendada a petição, impõe-se a extinção do processo sem resolução do mérito;</p><p>EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL</p><p>◼ Ano: 2017 Banca: FAU Órgão: Prefeitura de Apucarana - PR Prova: FAU - 2017 - Prefeitura de Apucarana - PR – Advogado</p><p>◼ A petição inicial é o instrumento pelo qual o interessado invoca a atividade jurisdicional, fazendo surgir o processo, desta forma</p><p>devem ser obedecidos requisitos e instruções. Assim, é CORRETO afirmar:</p><p>a) A petição inicial indicará dentre eles: o juízo a que é dirigida, o fato e os fundamentos jurídicos do pedido, sendo dispensado</p><p>indicar o valor da causa.</p><p>b) A petição inicial poderá ou não ser instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.</p><p>c) O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes</p><p>de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando</p><p>com precisão o que deve ser corrigido ou completado, e mesmo se aquele não cumprir a diligência terá sua petição deferida.</p><p>d) É ilícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.</p><p>e) A petição inicial será indeferida quando for inepta.</p><p>QUESTÃO 4</p><p>◼ Ano: 2017 Banca: FAU Órgão: Prefeitura de Apucarana - PR Prova: FAU - 2017 - Prefeitura de Apucarana - PR – Advogado</p><p>◼ A petição inicial é o instrumento pelo qual o interessado invoca a atividade jurisdicional, fazendo surgir o processo, desta forma</p><p>devem ser obedecidos requisitos e instruções. Assim, é CORRETO afirmar:</p><p>a) A petição inicial indicará dentre eles: o juízo a que é dirigida, o fato e os fundamentos jurídicos do pedido, sendo dispensado</p><p>indicar o valor da causa.</p><p>b) A petição inicial poderá ou não ser instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.</p><p>c) O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes</p><p>de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando</p><p>com precisão o que deve ser corrigido ou completado, e mesmo se aquele não cumprir a diligência terá sua petição deferida.</p><p>d) É ilícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.</p><p>e) A petição inicial será indeferida quando for inepta.</p><p>QUESTÃO 4</p><p>◼ Ano: 2022 Banca: FUMARC Órgão: TRT - 3ª Região (MG) Prova: FUMARC - 2022 - TRT -</p><p>3ª Região (MG) - Analista Judiciário – Área Judiciária.</p><p>◼ É causa de inépcia da petição inicial a seguinte hipótese:</p><p>a) Quando contiver pedidos com fundamentos diversos.</p><p>b) Quando o pedido for genérico, independente da matéria.</p><p>c) Quando o provimento demandado for desnecessário.</p><p>d) Quando o provimento demandado for inútil.</p><p>e) Quando lhe faltar pedido.</p><p>QUESTÃO 5</p><p>◼ Ano: 2022 Banca: FUMARC Órgão: TRT - 3ª Região (MG) Prova: FUMARC - 2022 - TRT -</p><p>3ª Região (MG) - Analista Judiciário – Área Judiciária.</p><p>◼ É causa de inépcia da petição inicial a seguinte hipótese:</p><p>a) Quando contiver pedidos com fundamentos diversos.</p><p>b) Quando o pedido for genérico, independente da matéria.</p><p>c) Quando o provimento demandado for desnecessário.</p><p>d) Quando o provimento demandado for inútil.</p><p>e) Quando lhe faltar pedido.</p><p>QUESTÃO 5</p><p>◼ Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP -</p><p>Analista Jurídico - Procurador Municipal</p><p>◼ A petição inicial é o ato processual através do qual o autor concretiza o seu direito de ação, observando-se que</p><p>a) Deverá nela constar, como requisito, a indicação da fundamentação legal do pedido apresentado.</p><p>b) A deficiência da qualificação do Réu gera o seu indeferimento, ainda que possível a citação do réu.</p><p>c) Constatada a ausência de seus requisitos, o juiz deverá intimar o autor, para que, no prazo de 10 (dez) dias, a</p><p>emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.</p><p>d) Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de financiamento de bens, o autor terá de,</p><p>sob pena de inépcia, discriminar, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de</p><p>quantificar o valor incontroverso do débito.</p><p>e) Será instruída com os documentos e as declarações de testemunhas indispensáveis à propositura da ação, sob</p><p>pena de indeferimento.</p><p>QUESTÃO 6</p><p>◼ Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP -</p><p>Analista Jurídico - Procurador Municipal</p><p>◼ A petição inicial é o ato processual através do qual o autor concretiza o seu direito de ação, observando-se que</p><p>a) Deverá nela constar, como requisito, a indicação da fundamentação legal do pedido apresentado.</p><p>b) A deficiência da qualificação do Réu gera o seu indeferimento, ainda que possível a citação do réu.</p><p>c) Constatada a ausência de seus requisitos, o juiz deverá intimar o autor, para que, no prazo de 10 (dez) dias, a</p><p>emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.</p><p>d) Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de financiamento de bens, o autor terá de,</p><p>sob pena de inépcia, discriminar, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de</p><p>quantificar o valor incontroverso do débito.</p><p>e) Será instruída com os documentos e as declarações de testemunhas indispensáveis à propositura da ação, sob</p><p>pena de indeferimento.</p><p>QUESTÃO 6</p><p>◼ Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPC-SC Prova: CESPE / CEBRASPE -</p><p>2022 - MPC-SC - Procurador de Contas do Ministério Público</p><p>◼ No que diz respeito à declaração de inconstitucionalidade, às provas, à suspensão do</p><p>processo, à tutela de urgência e à petição inicial, julgue o item a seguir, com base no CPC e</p><p>na jurisprudência dos tribunais superiores.</p><p>◼ É lícito ao credor formular pedido facultativo nos casos em que o devedor puder cumprir a</p><p>prestação de mais de um modo.</p><p>◼ a) Certo;</p><p>◼ b) Errado;</p><p>QUESTÃO 7</p><p>◼ Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPC-SC Prova: CESPE / CEBRASPE -</p><p>2022 - MPC-SC - Procurador de Contas do Ministério Público</p><p>◼ No que diz respeito à declaração de inconstitucionalidade, às provas, à suspensão do</p><p>processo, à tutela de urgência e à petição inicial, julgue o item a seguir, com base no CPC e</p><p>na jurisprudência dos tribunais superiores.</p><p>◼ É lícito ao credor formular pedido facultativo nos casos em que o devedor puder cumprir a</p><p>prestação de mais de um modo.</p><p>◼ a) Certo;</p><p>◼ b) Errado;</p><p>QUESTÃO 7</p><p>◼ Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder</p><p>cumprir a prestação de mais de um modo.</p><p>JUSTIFICATIVA</p><p>◼ Ano: 2016 Banca: TRT 4º Região Órgão: TRT - 4ª REGIÃO (RS) Prova: TRT 4º Região - 2016 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) -</p><p>Juiz do Trabalho Substituto.</p><p>◼ Considere as assertivas abaixo sobre os requisitos da petição inicial.</p><p>◼ I - Se, mesmo após dar ao autor a oportunidade de emendar a petição inicial, persistir vício que determinou a emenda,</p><p>o Juiz indeferirá a petição inicial sem determinar a citação do réu.</p><p>◼ II - É facultado ao autor, até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente do</p><p>consentimento do réu, bem como fazê-lo, até o saneamento do processo, com o consentimento do réu, assegurado o</p><p>devido contraditório. Contudo, situação idêntica não se aplica à hipótese de reconvenção, considerando que já</p><p>estabelecidos, de antemão, a causa de pedir e o pedido correlato.</p><p>◼ III - Após a citação do réu, não mais poderá o Juiz indeferir a petição inicial; poderá, contudo, acolher eventual</p><p>preliminar suscitada pelo réu, ainda que se trate de preliminar sobre tema capaz de ensejar o indeferimento da</p><p>petição inicial, extinguindo, porém, o processo, sem resolução do mérito.</p><p>◼ Quais são corretas?</p><p>QUESTÃO 8 – DIFÍCIL</p><p>a) Apenas I</p><p>b) Apenas II</p><p>c) Apenas III</p><p>d) Apenas I e III</p><p>e) I, II e III</p><p>QUESTÃO 8 - DIFÍCIL</p><p>a) Apenas I</p><p>b) Apenas II</p><p>c) Apenas III</p><p>d) Apenas I e III</p><p>e) I, II e III</p><p>QUESTÃO 8 - DIFÍCIL</p><p>◼ I - CORRETO: Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de</p><p>dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou</p><p>completado. Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.</p><p>◼ II - ERRADO: Art. 329. O autor poderá:</p><p>◼ I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;</p><p>◼ II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de</p><p>manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.</p><p>◼ Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.</p><p>◼ III - CORRETO:</p><p>◼ Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:</p><p>◼ I - for inepta;</p><p>◼ II - a parte for manifestamente ilegítima;</p><p>◼ III - o autor carecer de interesse processual;</p><p>◼ IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.</p><p>◼ § 1o Considera-se</p><p>inepta a petição inicial quando:</p><p>◼ I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;</p><p>◼ II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;</p><p>◼ III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;</p><p>◼ IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.</p><p>◼ Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:</p><p>◼ I - indeferir a petição inicial;</p><p>JUSTIFICATIVA</p><p>◼ Ano: 2022 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Acrelândia - AC Prova: IBADE - 2022 -</p><p>Prefeitura de Acrelândia - AC – Procurador</p><p>◼ Em que pese os ditames do Código de Processo Civil, sobre o pedido, é CORRETO afirmar</p><p>que o autor poderá, entre outros, até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido</p><p>e a causa de pedir, com o consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a</p><p>possibilidade de manifestação deste, no prazo mínimo de:</p><p>a) Quinze dias.</p><p>b) Vinte e cinco dias.</p><p>c) Trinta dias.</p><p>d) Quarenta e cinco dias.</p><p>e) Sessenta dias.</p><p>QUESTÃO 9</p><p>◼ Ano: 2022 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Acrelândia - AC Prova: IBADE - 2022 -</p><p>Prefeitura de Acrelândia - AC – Procurador</p><p>◼ Em que pese os ditames do Código de Processo Civil, sobre o pedido, é CORRETO afirmar</p><p>que o autor poderá, entre outros, até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido</p><p>e a causa de pedir, com o consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a</p><p>possibilidade de manifestação deste, no prazo mínimo de:</p><p>a) Quinze dias.</p><p>b) Vinte e cinco dias.</p><p>c) Trinta dias.</p><p>d) Quarenta e cinco dias.</p><p>e) Sessenta dias.</p><p>QUESTÃO 9</p><p>◼ Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PGE-ES Prova: Instituto Consulplan - 2022 -</p><p>PGE-ES - Estagiário de Direito</p><p>◼ O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais ou que</p><p>apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,</p><p>determinará:</p><p>a) Extinção da ação sem resolução do mérito.</p><p>b) Que o autor, no prazo de quinze dias, a emende ou complete a petição inicial.</p><p>c) Diligências à Secretaria do Juízo para obtenção das informações faltantes na petição</p><p>inicial.</p><p>d) A citação do réu para que apresente defesa, cabendo à parte adversa indicar com</p><p>precisão os vícios que podem gerar nulidade total ou absoluta.</p><p>QUESTÃO 10</p><p>◼ Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PGE-ES Prova: Instituto Consulplan - 2022 -</p><p>PGE-ES - Estagiário de Direito</p><p>◼ O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais ou que</p><p>apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,</p><p>determinará:</p><p>a) Extinção da ação sem resolução do mérito.</p><p>b) Que o autor, no prazo de quinze dias, a emende ou complete a petição inicial.</p><p>c) Diligências à Secretaria do Juízo para obtenção das informações faltantes na petição</p><p>inicial.</p><p>d) A citação do réu para que apresente defesa, cabendo à parte adversa indicar com</p><p>precisão os vícios que podem gerar nulidade total ou absoluta.</p><p>QUESTÃO 10</p><p>◼ O indeferimento da petição inicial é decisão judicial que obsta liminarmente o</p><p>prosseguimento da causa, pois não se admite o processamento da demanda.</p><p>◼ O indeferimento da petição inicial somente ocorre no início do processo: só há</p><p>indeferimento liminar antes da oitiva do réu.</p><p>◼ Após a citação, o juiz não mais poderá indeferir a petição inicial, de resto já admitida,</p><p>devendo, se vier a acolher alguma alegação do réu, extinguir o feito por</p><p>◼ outro motivo.</p><p>◼ A inépcia, por exemplo, pode ser reconhecida a qualquer tempo, mesmo após a</p><p>contestação, mas, nesse caso, não implicará indeferimento da petição, e, sim, no máximo,</p><p>extinção do processo sem análise do mérito (Art. 485, VI, CPC).</p><p>INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL</p><p>◼ Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:</p><p>◼ IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e</p><p>regular do processo;</p><p>◼ Essa é a característica que distingue o indeferimento da petição inicial das outras formas</p><p>de extinção do processo. É o indeferimento uma hipótese especial de extinção do</p><p>processo por falta de um "pressuposto processual".</p><p>◼ A petição inicial válida é um requisito processual de validade, que, se não preenchido,</p><p>implica extinção do processo sem exame do mérito.</p><p>INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL</p><p>◼ Se o defeito se revelar macroscopicamente, é caso de indeferimento; se o magistrado tiver ouvido o réu</p><p>para acolher a alegação de invalidade, não é mais o caso de indeferimento, mas sim de extinção com base</p><p>no art. 485, IV, CPC;</p><p>◼ Por qual motivo é importante distinguir o indeferimento da extinção do art. 485?</p><p>◼ A distinção é importante, pois o regramento do art. 331 do CPC somente se aplica à decisão que indefira a</p><p>petição inicial, bem como, sendo liminar a sentença, não se condenará o autor ao pagamento de</p><p>honorários advocatícios em favor do réu ainda não citado.</p><p>◼ Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias,</p><p>retratar-se.</p><p>◼ § 1º Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso.</p><p>◼ § 2º Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação</p><p>do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334 .</p><p>◼ § 3º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.</p><p>INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL</p><p>◼ Não se admite, contudo, o indeferimento indiscriminado.</p><p>◼ A petição inicial somente deve ser indeferida se não houver possibilidade de correção do</p><p>vício ou, se houver, tiver sido conferida oportunidade para que o autor a emende e este</p><p>não tenha atendido satisfatoriamente à determinação.</p><p>◼ O indeferimento da petição inicial é um dos casos de invalidade, má-formação, inépcia,</p><p>defeito da petição inicial; por isso, essa decisão judicial não resolve o mérito da causa,</p><p>limitando-se a reconhecer a impossibilidade de apreciação do pedido.</p><p>◼ Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:</p><p>◼ I - indeferir a petição inicial;</p><p>INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL</p><p>◼ O indeferimento da petição inicial pode ocorrer tanto em juízo singular (o mais corriqueiro) como em</p><p>tribunal.</p><p>◼ Na segunda hipótese, o indeferimento tanto pode ser decisão do relator (o que normalmente acontece em</p><p>causas de competência originária de tribunal) como pode ser um acórdão.</p><p>◼ O indeferimento pode ser total ou parcial.</p><p>◼ Será parcial quando o juiz apenas rejeitar parte da demanda (p. ex.: havendo cumulação de pedidos, o juiz</p><p>verifica a inépcia de um deles).</p><p>◼ Não se pode dizer que toda decisão que indefere a petição inicial é uma sentença e, portanto, submetida</p><p>ao recurso de apelação.</p><p>◼ Contra a decisão do juiz que indeferir parcialmente a petição inicial caberá agravo de instrumento.</p><p>INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL</p><p>◼ Se o indeferimento for parcial, não haverá extinção do processo, não se podendo falar, pois,</p><p>de sentença;</p><p>◼ Se ocorreu em juízo singular, será uma decisão interlocutória;</p><p>◼ Se ocorreu em tribunal, será uma decisão unipessoal, se proferida por relator;</p><p>◼ Se ocorreu em tribunal, será um acórdão, se decisão colegiada.</p><p>◼ O indeferimento total da petição inicial poderá ocorrer em tribunal (exemplo:</p><p>indeferimento da inicial de uma ação rescisória); assim, ou será uma decisão de relator ou</p><p>um acórdão, jamais uma sentença.</p><p>INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL</p><p>◼ Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu,</p><p>julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:</p><p>◼ I - Enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;</p><p>◼ II - Acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento</p><p>de recursos repetitivos;</p><p>◼ III - Entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de</p><p>competência;</p><p>◼ IV - Enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.</p><p>◼ § 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência</p><p>de decadência ou de prescrição.</p><p>◼ § 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em</p><p>julgado da sentença, nos termos do art.</p><p>241 .</p><p>◼ § 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.</p><p>◼ § 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se</p><p>não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15</p><p>(quinze) dias.</p><p>IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO</p><p>◼ Ano: 2019 Banca: MPE-PR Órgão: MPE-PR Prova: MPE-PR - 2019 - MPE-PR - Promotor Substituto;</p><p>◼ Sobre as hipóteses de indeferimento da petição inicial e de improcedência liminar do pedido, assinale a</p><p>alternativa correta, de acordo com o Código de Processo Civil de 2015:</p><p>a) A inépcia da petição inicial, a manifesta ilegitimidade da parte e a ausência de interesse processual são</p><p>hipóteses de indeferimento da petição inicial.</p><p>b) A apelação interposta contra sentença que indefere a petição inicial não admite juízo de reconsideração.</p><p>c) A apelação interposta contra sentença que indefere a petição inicial não será objeto de contraditório e</p><p>será imediatamente remetida ao tribunal competente.</p><p>d) A sentença que declara, liminarmente, prescrição ou decadência é decisão de indeferimento da petição</p><p>inicial.</p><p>QUESTÃO 11</p><p>◼ Ano: 2019 Banca: MPE-PR Órgão: MPE-PR Prova: MPE-PR - 2019 - MPE-PR - Promotor Substituto;</p><p>◼ Sobre as hipóteses de indeferimento da petição inicial e de improcedência liminar do pedido, assinale a</p><p>alternativa correta, de acordo com o Código de Processo Civil de 2015:</p><p>a) A inépcia da petição inicial, a manifesta ilegitimidade da parte e a ausência de interesse processual são</p><p>hipóteses de indeferimento da petição inicial.</p><p>b) A apelação interposta contra sentença que indefere a petição inicial não admite juízo de reconsideração.</p><p>c) A apelação interposta contra sentença que indefere a petição inicial não será objeto de contraditório e</p><p>será imediatamente remetida ao tribunal competente.</p><p>d) A sentença que declara, liminarmente, prescrição ou decadência é decisão de indeferimento da petição</p><p>inicial.</p><p>QUESTÃO 11</p><p>A - CORRETA:</p><p>Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:</p><p>I - for inepta;</p><p>II - a parte for manifestamente ilegítima;</p><p>III - o autor carecer de interesse processual;</p><p>B - INCORRETA:</p><p>Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.</p><p>C - INCORRETA:</p><p>Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.</p><p>§ 1 Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso.</p><p>D - INCORRETA:</p><p>Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente</p><p>improcedente o pedido que contrariar:</p><p>§ 1 O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de</p><p>prescrição.</p><p>JUSTIFICATIVA</p>