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<p>EXCELENTISSÍMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA FEDERAL CRIMINAL DE ALFA</p><p>Processo n°:</p><p>JOVENTINA, já qualificada nos autos da ação penal em epígrafe, vem à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado com fulcro no artigo 197 da Lei de Execuções Penais, propror o presente</p><p>AGRAVO EM EXECUÇÃO</p><p>Requer a intimação do agravo para contrarrazão, após, com fulcro no artigo 589 do CPP, o exercício do juízo de retratação. E não sendo este entendimento, que seja realizada a remessa ao Excelentíssimo senhor doutor juiz do Tribunal Regional Federal da 10° região.</p><p>RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO</p><p>Execução Penal nº</p><p>Agravante:Joventina</p><p>I- DOS FATOS</p><p>Trata-se de processo penal no qual a Agravante foi condenada a uma pena privativa de liberdade de 6 anos de reclusão em regime inicial fechado e 90 dias multa, tendo a conduta atribuída a Joventina é exatamente a mesma (conforme é expressamente mencionado no enunciado) e, pelas circunstâncias de tempo, lugar e maneira de execução, vê-se que todas as condutas subsequentes devem ser reputadas continuação das anteriores. Portanto, a unificação de penas deve ser realizada na forma do Art. 111, da LEP e do Art. 71, caput, do CP (continuidade delitiva), com a aplicação da fração de aumento entre 1/6 a 2/3, de forma proporcional ao fato de haver 3 infrações idênticas, tendo em vista que a vítima é a mesma em todos os delitos (o INSS) . Portanto, o regime prisional deve ser o aberto, na forma do Art. 33, § 2º, alínea c, do CP. Ainda que assim não fosse, inadmissível a reconversão das penas restritivas de direito em privativa de liberdade, pois as penas alternativas são compatíveis entre si, podem ser executadas de forma simultânea ou sucessiva, não se justificando a reconversão por ausência de autorização legal, com aplicação dos Artigos 44, §§ 4º e 5º e 69, § 2º, do Código Penal e 181, § 1º, da LEP. Em acréscimo, deve ser destacada a ausência de reincidência, pois, para a configuração da reincidência, é necessário que o trânsito em julgado da condenação ocorra antes da prática do novo crime, na forma do Art. 63, do CP, o que não ocorreu no caso narrado. Nesse caso, admite-se que, subsidiariamente, seja defendida a fixação de regime semiaberto, na forma do Art. 33, § 2º, alínea b, do CP. Quanto à pena de multa, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça reconhece a aplicação da regra da exasperação às penas de multa (Art. 71 do CP), afastando-se a aplicação do Art. 72 do CP ao caso concreto. Alternativamente, admite-se com igual pontuação a aplicação da soma das penas de multa originárias, na forma do Art. 72 do CP, sendo defeso ao Juízo de Execução promover nova aplicação de multa, em desrespeito ao título executivo transitado em julgado. Por fim, deve ser formulado pedido de conhecimento e provimento do recurso. Ainda, deve ser postulada a imediata expedição de contramandado de prisão em favor de Marieta (ou recolhimento do mandado de prisão) Entretanto, a respeitável decisão não deve prosperar, face aos argumentos a seguir expostos.</p><p>II Dos Direitos</p><p>1.1-a agravada cometeu os mesmos delitos e pelas circunstâncias de tempo, lugar e maneira de execução, vê-se que todas as condutas subsequentes devem ser reputadas continuação das anteriores. Portanto, a unificação de penas deve ser realizada na forma do Art. 111, da LEP e do Art. 71, caput, do CP, e não com base no artigo 69 do CP como foi estipulado, com o aumento de forma proporcional com a aplicação da fração de aumento entre 1/6 a 2/3, de forma proporcional ao fato de haver 3 infrações idênticas, tendo em vista que a vítima é a mesma em todos os delitos (o INSS) .</p><p>1.2- Deve ser retirado a reincidência da agravada,pois, para a configuração da reincidência, é necessário que o trânsito em julgado da condenação ocorra antes da prática do novo crime, na forma do Art. 63, do CP, o que não ocorreu.</p><p>1.3- O regime correto para a agravada é o regime aberto forma do Art. 33, § 2º, alínea c, do CP.</p><p>1.4- Alteração do regime fechado para o regime aberto,não se justificando a reconversão por ausência de autorização legal, com aplicação dos Artigos 44, §§ 4º e 5º e 69, § 2º, do Código Penal e 181, § 1º, da LEP.</p><p>1.5- Quanto à pena de multa, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça reconhece a aplicação da regra da exasperação às penas de multa (Art. 71 do CP) e de acordo com a súmula 711 so STF , ´´A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência´´ e art 171 do STJ´´ O benefício da substituição da pena privativa de liberdade pela pena de multa não é cabível quando há cominação cumulativa da pena de privativa de liberdade com a pena de multa´´."O crime continuado é benefício penal, modalidade de concurso de crimes, que, por ficção legal, consagra unidade incindível entre os crimes parcelares que o formam, para fins específicos de aplicação da pena. Para a sua incidência, a norma extraída do art. 71, caput, do Código Penal exige, concomitantemente, três requisitos objetivos:</p><p>I) pluralidade de condutas; II) pluralidade de crime da mesma espécie; III) condições semelhantes de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes (conexão temporal, espacial, modal e ocasional); IV) e, por fim, adotando a teoria objetivo-subjetiva ou mista, a doutrina e jurisprudência inferiram implicitamente da norma um requisito da unidade de desígnios na prática dos crimes em continuidade delitiva" (AgRg no HC n. 730.671/SC, relator Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, julgado em 23/8/2022, DJe de 30/8/2022´´.</p><p>1.6- Então afastando-se a aplicação do Art. 72 do CP ao caso concreto, Alternativamente, admite-se com igual pontuação a aplicação da soma das penas de multa originárias, na forma do Art. 72 do CP, sendo defeso ao Juízo de Execução promover nova aplicação de multa, em desrespeito ao título executivo transitado em julgado,.</p><p>1.7- Por fim deve ser formulado em face da agravada recolhimento do mandado de prisão. e conforme a súmula 700 sobre a interposição o que se refere ´´ É de cinco dias o prazo para interposição de agravo contra decisão do juiz da execução penal.</p><p>III Dos Pedidos</p><p>I- Requer a Vossa Excelência que seja recebido o presente Agravo em Execução, consoante argumentos acima delineados, não devendo ser mantida a decisão inicial, dando-se final provimento ao presente recurso;</p><p>II-Requer-se ainda que o Excelentíssimo Juiz reconsidere sua decisão, por meio da retratação, e, caso não seja esse o entendimento do Ínclito Julgador, que o presente recurso seja então submetido ao Julgamento do Egrégio Tribunal de Justiça;</p><p>III-Requer que seja conhecido e provido o agravo, reformando-se a decisão do juízo de execuções, concedendo-se via de consequência a progressão de regime ao AGRAVANTE.</p><p>IV- seja reconhecido o art 71 do CP, CAPUT e não o art 69 do CP como foi proferido na decisão inicial.</p><p>nestes termos ,</p><p>pede deferimento.</p><p>ALFA,1º De Setembro De 2023</p><p>OAB/UF</p>

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