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<p>38º EXAME</p><p>INCLUI:</p><p>• Quadros de ATENÇÃO</p><p>• Tabelas Comparativas</p><p>• Esquemas Didáticos</p><p>• Referências a temas</p><p>cobrados em provas anteriores</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>Alteração Legislativa Atenção Exemplo</p><p>2</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. SEGURIDADE SOCIAL</p><p>1.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS</p><p>1.2. GESTÃO DA SEGURIDADE SOCIAL</p><p>1.3. FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL</p><p>1.4. ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL</p><p>2. PREVIDÊNCIA SOCIAL</p><p>3. BENEFICIÁRIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL</p><p>3.1. SEGURADOS</p><p>3.2. DEPENDENTES</p><p>4. REGRAS GERAIS DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS</p><p>4.1. MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO</p><p>4.2. PERÍODO DE CARÊNCIA</p><p>4.3. CÁLCULO DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS</p><p>5. ACIDENTE DE TRABALHO</p><p>5.1. ACIDENTE TÍPICO</p><p>5.2. DOENÇA PROFISSIONAL</p><p>5.3. DOENÇA DO TRABALHO</p><p>5.4. DOENÇAS QUE NÃO SÃO ACIDENTE DE TRABALHO</p><p>5.5. NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO (NTEP)</p><p>5.6. BENEFÍCIOS DO INSS RELACIONADOS AO ACIDENTE OU DOENÇA</p><p>6. APOSENTADORIA</p><p>6.1. APOSENTADORIA PROGRAMADA</p><p>6.2. APOSENTADORIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA</p><p>6.3. APOSENTADORIA ESPECIAL</p><p>6.4. APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE</p><p>7. BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS PARA SEGURADOS OU DEPENDENTES</p><p>7.1. SALÁRIO MATERNIDADE</p><p>7.2. SALÁRIO -FAMÍLIA</p><p>7.3. AUXÍLIO RECLUSÃO</p><p>7.4. PENSÃO POR MORTE</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>1</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>3</p><p>1. SEGURIDADE SOCIAL</p><p>1.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS</p><p>O estudo da matéria de Direito Previdenciário pressupõe a análise de um conceito mais amplo,</p><p>que é o de Seguridade Social.</p><p>De acordo com o artigo 194 da CF/88, é possível dizer que a seguridade social tem como</p><p>objetivo estabelecer um sistema de proteção social aos indivíduos contra contingências que os</p><p>impeçam de prover as suas necessidades pessoais básicas e de suas famílias, sendo constituída</p><p>por um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas</p><p>a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.</p><p>A Seguridade Social é um direito social previsto no art. 6º CF/88, sendo que</p><p>a competência para legislar sobre a Seguridade Social é privativa da União,</p><p>conforme art. 22, XXIII, da Constituição.</p><p>A Seguridade Social, portanto, é sustentada por três grandes pilares:</p><p>1 - Saúde</p><p>Conforme art. 196 da CF/88, a saúde é direito de todos e dever do Estado. O</p><p>responsável pelo sistema de saúde no Brasil é o Sistema Único de Saúde –</p><p>SUS, ao qual compete executar ações de vigilância sanitária e epidemiológicas</p><p>e ações pela saúde do trabalhador; participar da formulação da política e da</p><p>execução das ações de saneamento básico; colaborar na proteção do meio</p><p>ambiente, nele compreendida a proteção do trabalho; incrementar, em sua área</p><p>de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico; fiscalizar e inspecionar</p><p>alimentos, bem como água e outras bebidas, para o consumo humano; participar</p><p>da produção de medicamentos e equipamentos, e fiscalizar procedimentos,</p><p>produtos e substâncias de interesse para a saúde.</p><p>2 - Assistência Social</p><p>A Assistência Social cuida daqueles que não possuem condições financeiras de</p><p>prover sua própria manutenção, sem deles cobrar nada.</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>4</p><p>3 - Previdência Social</p><p>A previdência social é o principal objeto de estudo na nossa apostila para a</p><p>prova da OAB e vamos tratar dela com detalhes nos próximos capítulos.</p><p>O parágrafo único do art. 194 da CF/88, por sua vez, estabelece que compete ao Poder Público</p><p>organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:</p><p>I - universalidade da cobertura e do atendimento;</p><p>A universalidade da cobertura significa que a Seguridade Social deve</p><p>garantir cobertura a todos os eventos que possam conduzir a uma situação</p><p>de necessidade (maternidade, velhice, doença, acidente, invalidez, reclusão,</p><p>morte, etc). Entretanto, como os recursos são limitados, o legislador optará</p><p>pelos eventos que considera mais importantes para fins de cobertura.</p><p>II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;</p><p>A uniformidade significa que o plano de proteção social será o mesmo para</p><p>trabalhadores urbanos e rurais, enquanto que a equivalência quer dizer que</p><p>o valor das prestações pagas a urbanos e rurais dever ser proporcionalmente</p><p>igual. Desse modo, os benefícios devem ser os mesmos (uniformidade), mas o</p><p>valor da renda mensal é equivalente, não igual, já que o cálculo do benefício</p><p>vai obedecer às questões individuais, como tempo de contribuição, salário de</p><p>contribuição, idade, etc.</p><p>III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;</p><p>A seletividade diz respeito à abrangência da cobertura (o legislador escolhe</p><p>os riscos que serão protegidos através da legislação ordinária, observada a</p><p>capacidade econômica do Estado), enquanto a distributividade diz respeito ao</p><p>grau de proteção.</p><p>IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;</p><p>De acordo com a doutrina, o objetivo é manter o PODER REAL DE COMPRA,</p><p>protegendo os benefícios dos efeitos maléficos da inflação. No entanto, o</p><p>Supremo Tribunal Federal (STF) possui entendimento de que esse princípio</p><p>assegura apenas a manutenção do valor nominal do benefício (RE 263.252)</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>5</p><p>V - equidade na forma de participação no custeio;</p><p>Segundo esse princípio, quem “pode mais” deve contribuir com mais, enquanto</p><p>quem “pode menos” deve contribuir com menos.</p><p>VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas</p><p>para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência</p><p>social, preservado o caráter contributivo da previdência social;</p><p>Significa que a seguridade social é financiada com recursos de toda a</p><p>sociedade, mediante contribuições sociais incidentes sobre os mais diversos</p><p>fatos geradores, como folha de pagamentos, lucro líquido, concursos de</p><p>prognósticos, etc. O art. 195 da CF/88 trata justamente sobre a diversidade da</p><p>base de financiamento.</p><p>VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite,</p><p>com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos</p><p>colegiados.</p><p>A gestão do sistema é quadripartite porque ocorre com a participação de</p><p>representantes dos trabalhadores, empregadores, aposentados e do Estado.</p><p>Há a participação da população, como forma de proporcionar um sistema mais</p><p>democrático, que não fica exclusivamente ao crivo da Administração Pública.</p><p>Além dos objetivos explícitos previstos no art. 194 da CF/88, que são verdadeiros princípios,</p><p>há também outros princípios que decorrem da análise da Constituição Federal, e, portanto, são</p><p>considerados implícitos, dos quais destacamos os seguintes:</p><p>1. Princípio da contrapartida (ou preexistência): significa que nenhum benefício poderá ser</p><p>criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.</p><p>A Emenda Constitucional nº 72/2013 estendeu aos domésticos o direito ao salário</p><p>família e aos benefícios por acidente do trabalho. Entretanto, esses benefícios</p><p>somente passaram a ser exigíveis após a regulamentação da fonte de custeio</p><p>(Simples Doméstico), operacionalizada com a LC n. 150/2015.</p><p>2. Princípio da anterioridade nonagesimal: as contribuições sociais só podem ser exigidas</p><p>após decorridos 90 (noventa) dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou</p><p>modificado. Essa é a única limitação temporal, não se aplicando a regra da anterioridade anual</p><p>(do exercício financeiro seguinte.</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>anual, garantindo, ao</p><p>menos, 1 salário mínimo mensal.</p><p>10 meses de</p><p>contribuições</p><p>Demais segurados</p><p>(contribuinte individual,</p><p>MEI, facultativo e</p><p>desempregado)</p><p>É preciso somar os 12 últimos salários de</p><p>contribuição (dentro de um período máximo</p><p>de 15 meses). Desta soma, deve-se dividir o</p><p>valor total por 12, sendo o resultado o valor</p><p>Salário-Maternidade.</p><p>10 meses de</p><p>contribuições</p><p>De acordo com o §1º do art. 72 da Lei nº 8.213/91, como regra geral, cabe à empresa pagar o</p><p>salário-maternidade devido à respectiva empregada gestante, efetivando-se a compensação com</p><p>o INSS, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais</p><p>rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço.</p><p>Entretanto, no caso do salário-maternidade devido à trabalhadora avulsa e à empregada do</p><p>microempreendedor individual, o benefício será pago diretamente pela Previdência Social (§3º do</p><p>art. 72 da Lei nº 8.213/91)</p><p>7.2. Salário - Família</p><p>O salário família, previsto nos artigos 65 a 70 da Lei nº 8213/91, é um benefício concedido</p><p>apenas aos segurados empregados, domésticos e avulsos de baixa renda que possuam filhos de</p><p>até 14 anos, ou filhos com algum tipo de deficiência.</p><p>As cotas do salário-família serão pagas pela empresa ou pelo empregador doméstico,</p><p>mensalmente, junto com o salário, efetivando-se a compensação quando do recolhimento das</p><p>contribuições, conforme dispuser o Regulamento.</p><p>Os valores recebidos a título de salário-família não são incorporados para</p><p>nenhuma finalidade, nem contributiva, nem de salário de benefício, nem para</p><p>quaisquer fins trabalhistas</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>35</p><p>7.3. Auxílio Reclusão</p><p>O auxílio reclusão é o benefício previdenciário devido aos dependentes de segurado recolhido</p><p>à prisão em regime fechado, respeitado o tempo mínimo de carência (24 meses a partir da Lei nº</p><p>13.846/19), desde que o segurado não esteja recebendo remuneração da empresa nem estiver</p><p>em gozo de auxílio-doença, de pensão por morte, de salário-maternidade, de aposentadoria ou de</p><p>abono de permanência em serviço.</p><p>Com a Emenda Constitucional 20/1998, o auxílio-reclusão passou a ser devido apenas ao</p><p>segurado preso enquadrado como de baixa renda.</p><p>7.4. Pensão por morte</p><p>A Pensão Por Morte é um benefício previdenciário pago mensalmente aos dependentes do</p><p>falecido, seja ele aposentado ou não na hora do óbito.</p><p>Não se exige período de carência para a concessão do benefício, desde que a pessoa que veio</p><p>a falecer esteja na qualidade de segurado no momento do óbito.</p><p>Os valores recebidos a título de salário-família não são incorporados para</p><p>nenhuma finalidade, nem contributiva, nem de salário de benefício, nem para</p><p>quaisquer fins trabalhistas</p><p>A pensão por morte é paga aos dependentes do segurado falecido, observando-se a divisão em</p><p>três classes de dependentes, conforme quadro abaixo:</p><p>CLASSE 1 Cônjuge;</p><p>Companheiro (referente à união estável);</p><p>Filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou filho</p><p>(qualquer idade) que seja inválido ou que tenha deficiência intelectual ou</p><p>mental ou deficiência grave.</p><p>A necessidade econômica desses dependentes é presumida, ou seja, não é</p><p>preciso comprovar a dependência para o INSS.</p><p>CLASSE 2 Pais do falecido. Nesse caso, é preciso comprovar a dependência econômica</p><p>com o segurado.</p><p>CLASSE 3 Irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou irmão</p><p>inválido ou com deficiência intelectual, mental ou deficiência grave de qualquer</p><p>idade.</p><p>Também é preciso comprovar a dependência econômica</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>36</p><p>Os dependentes da mesma classe concorrem em igualdade de condições, ou seja, o valor</p><p>será divido em partes iguais. Entretanto, caso o beneficiário morra ou deixe de preencher os</p><p>requisitos legais para receber o benefício, sua cota parte não pode ser transferida para os demais</p><p>beneficiários.</p><p>Além disso, a existência de dependentes de qualquer das classes exclui do direito da pensão</p><p>por morte dos da classe seguinte. Desse modo, se o falecido deixar qualquer dependente na classe</p><p>1, as classes 2 e 3 já serão automaticamente excluídas.</p><p>Importante destacar que a lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é</p><p>aquela vigente na data do óbito do segurado (Súmula 340 do STJ). Além disso, a mulher que</p><p>renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do</p><p>ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente (Súmula 336 do STJ).</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>37</p><p>BIBLIOGRAFIA</p><p>• ALENCAR, Hermes Arrais. Benefícios Previdenciários. 4. ed. São Paulo: EUD, 2011.</p><p>• BALERA, Wagner. Sistema de Seguridade Social. 5. ed. São Paulo: LTr, 2009.</p><p>• IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de direito previdenciário. 16.ed. Rio de Janeiro:</p><p>Impetus, 2011.</p><p>• MARTINEZ, Wladimir Novaes. Curso de direito previdenciário. 3.ed. São Paulo : LTr,</p><p>2010. 1488</p><p>• MARTINS, Sérgio Pinto. Reforma previdenciária. 2. ed. São Paulo : Atlas, 2006. 184</p><p>p. : il. Resumo: Estudo comparado sobre o tratamento dado à previdência privada no</p><p>Direito do Chile, Argentina, Uruguai, Estados Unidos e Brasil.</p><p>• REIS, Adacir (Coord.). Fundos de pensão em debate. Brasília: Brasília Jurídica:</p><p>Instituto San Tiago Dantas de Estudos Jurídicos e Econômicos, 2002.</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>38</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>6</p><p>A norma que altera o prazo de recolhimento da contribuição não precisa</p><p>observar o princípio da anterioridade nonagesimal (Súmula 669 do STF)</p><p>3. Princípio da solidariedade: aqueles que têm melhores condições financeiras devem</p><p>contribuir com uma parcela maior, enquanto que os que têm menores condições financeiras</p><p>contribuem com uma parcela menor. Além disso, os que ainda estão trabalhando contribuem</p><p>para o sustento dos que já se aposentaram ou estejam incapacitados para o trabalho.</p><p>4. Princípio da vedação do retrocesso social: significa que não é possível a redução das</p><p>implementações de direitos fundamentais já realizadas, ou seja, o rol de direitos sociais não</p><p>poder ser reduzido, de modo a preservar o mínimo existencial.</p><p>1.2. GESTÃO DA SEGURIDADE SOCIAL</p><p>A gestão da Seguridade Social será quadripartite, ou seja, compartilhada entre quatro</p><p>categorias sociais de forma democrática e descentralizada: os trabalhadores, os empregadores,</p><p>os aposentados e o Poder Público.</p><p>1.3. GESTÃO DA SEGURIDADE SOCIAL</p><p>Para garantir os pilares da saúde, assistência e previdência social, a seguridade social acarreta</p><p>uma série de custos para o Estado. Em razão disso, o custeio da seguridade social, nos termos do</p><p>art. 195 da CF/88, deve ser garantido por toda sociedade de forma direta e indireta, nos termos da</p><p>lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e</p><p>dos Municípios, e de contribuições sociais.</p><p>O financiamento da seguridade social ocorre por fontes diretas e indiretas.</p><p>Fontes Diretas: são as contribuições compulsórias cobradas de trabalhadores e empregadores,</p><p>nos termos dos incisos I a IV do art. 195 da CF/88.</p><p>Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e</p><p>indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,</p><p>dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:</p><p>I- do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes</p><p>sobre:</p><p>a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer</p><p>título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;</p><p>b) a receita ou o faturamento incide a COFINS (Lei Complementar 70/91) e o PIS (Lei</p><p>Complementar 7/70). c) o lucro incide a Contribuição Social criada pela Lei 7.689/88</p><p>II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser</p><p>adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não</p><p>incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>7</p><p>Previdência Social</p><p>III - sobre a receita de concursos de prognósticos;</p><p>IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar (Lei</p><p>10.865/04).</p><p>As entidades que contribuem por meio de suas atividades para a Seguridade</p><p>Social (ONGs beneficentes, instituições filantrópicas, etc.) serão isentas das</p><p>contribuições sociais impostas por lei, uma vez que já têm como principal objeto</p><p>o auxílio ao Estado na efetivação da Seguridade Social (art. 195, §7º, da CF/88)</p><p>Fontes Indiretas: são formadas por meio da contribuição da União, do DF, dos estados e dos</p><p>municípios a partir dos recursos orçamentários arrecadados por estes.</p><p>1.4. ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL</p><p>Nos termos do artigo 165, § 5, inciso III, da CF/88, o Poder Executivo estabelecerá a lei</p><p>orçamentária anual, que compreenderá o orçamento da Seguridade Social, o qual deverá abranger</p><p>todas as entidades e órgãos vinculados a ela, bem como os fundos e fundações mantidas pelo</p><p>Poder Público.</p><p>Além disso, de acordo com o § 1º do art. 195 da CF/88, as receitas dos Estados, do Distrito</p><p>Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos,</p><p>não integrando o orçamento da União.</p><p>O § 2º do art. 195 da CF/88, por sua vez, estabelece que a proposta de orçamento da seguridade</p><p>social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência</p><p>social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes</p><p>orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.</p><p>As entidades que contribuem por meio de suas atividades para a Seguridade</p><p>Social (ONGs beneficentes, instituições filantrópicas, etc.) serão isentas das</p><p>contribuições sociais impostas por lei, uma vez que já têm como principal objeto</p><p>o auxílio ao Estado na efetivação da Seguridade Social (art. 195, §7º, da CF/88)</p><p>Vale destacar, ainda, que o § 3º do art. 195 da CF/88 estabelece que a pessoa jurídica em débito</p><p>com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder</p><p>Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>8</p><p>2</p><p>2. PREVIDÊNCIA SOCIAL</p><p>A previdência social é um sistema organizado sob a forma de regime geral, de caráter</p><p>contributivo e de filiação obrigatória, com a observância de critérios que garantam equilíbrio</p><p>financeiro e atuarial.</p><p>Abaixo destacamos a suas principais características:</p><p>1- Caráter contributivo e Filiação Obrigatória: no Brasil, a principal diferença entre a</p><p>previdência social, assistência social e a saúde pública é o seu caráter contributivo, já que</p><p>apenas as pessoas que contribuírem ao regime que terão cobertura previdenciária, ou seja,</p><p>na previdência social, não há benefício sem contribuição. Além disso, a filiação é obrigatória</p><p>porque basta exercer atividade remunerada para que ocorra a filiação.</p><p>2- Equilíbrio atuarial e financeiro: significa que as receitas devem ser suficientes para</p><p>realizar os pagamentos dos benefícios. Nesse sentido, destaca-se o princípio constitucional da</p><p>preexistência de custeio, ou seja, nenhum benefício será criado, majorado ou estendido sem a</p><p>correspondente fonte de custeio total.</p><p>3- Universalidade de participação nos planos previdenciários: o sistema previdenciário</p><p>é acessível a todos. Há os segurados que vão acessar o sistema de forma obrigatória e os</p><p>segurados que vão acessá-lo de forma facultativa.</p><p>4- Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais:</p><p>conforme mencionado no capítulo anterior, a uniformidade significa que o plano de proteção</p><p>social será o mesmo para trabalhadores urbanos e rurais, enquanto que a equivalência quer</p><p>dizer que o valor das prestações pagas a urbanos e rurais dever ser proporcionalmente igual.</p><p>5- Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios: também explicado no</p><p>capítulo anterior, a seletividade diz respeito à abrangência da cobertura (o legislador escolhe</p><p>os riscos que serão protegidos através da legislação ordinária, observada a capacidade</p><p>econômica do Estado), enquanto a distributividade diz respeito ao grau de proteção.</p><p>6- Cálculos dos benefícios considerando-se os salários de contribuições corrigidos</p><p>monetariamente: os benefícios previdenciários são calculados com base no salário de</p><p>contribuição, que devem ser corrigidos monetariamente.</p><p>7- Valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário de contribuição ou do</p><p>rendimento do segurado não inferior a um salário mínimo: como regra geral, os benefícios</p><p>previdenciários não podem ser inferior a um salário mínimo. No entanto, há algumas exceções:</p><p>auxílio-acidente, salário-família, pensão por morte e renda e auxílio-reclusão (EC n. 103/2019).</p><p>8- Indisponibilidade dos direitos dos beneficiários: os beneficiários não podem dispor</p><p>(abrir mão) de seus direitos.</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>9</p><p>9- É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de</p><p>benefícios, ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de</p><p>idade e tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de aposentadoria</p><p>exclusivamente em favor dos segurados: I - com deficiência, previamente submetidos a</p><p>avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar; II - cujas</p><p>atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos</p><p>prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria</p><p>profissional ou ocupação (Redação da EC 103/19).</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>10</p><p>3</p><p>3. BENEFICIÁRIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL</p><p>Beneficiário é toda pessoa que tem a proteção do sistema previdenciário, ou seja, são todas as</p><p>pessoas físicas que recebem ou podem receber benefício da previdência social.</p><p>Existem duas espécies de beneficiários: segurados e dependentes.</p><p>3.1. SEGURADOS</p><p>São todas as pessoas que contribuem com a previdência social e, sempre que constada a</p><p>ocorrência do risco/contingência social protegida, têm direito ao benefício previdenciário, desde</p><p>que preenchidos os requisitos legais.</p><p>Os segurados, por sua vez, são classificados em obrigatórios e facultativos.</p><p>Segurados facultativos: são todos aqueles que não são segurados obrigatórios. Os facultativos</p><p>não exercem atividade remunerada e contribuem voluntariamente para a Previdência Social, para,</p><p>no futuro, ter acesso aos benefícios previdenciários. São exemplos de segurados facultativos: dona</p><p>de casa, estudante, síndico de condômino (quando não remunerado), estrangeiro que acompanha</p><p>marido a trabalho; desempregado; estagiário ou bolsista, etc.</p><p>Importante registrar que o aprendiz é considerado um segurado obrigatório, porque exerce uma</p><p>atividade remunerada, mas o estagiário não é segurado obrigatório e, sim, segurado facultativo.</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>11</p><p>É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de</p><p>segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência</p><p>(§ 5º do art. 201 da CF/88).</p><p>EXEMPLO: um juiz de direito que recolhe as suas contribuições para o Regime</p><p>Próprio (RPPS), não poderá ser segurado facultativo no regime geral (RGPS).</p><p>Entretanto, se esse juiz for também professor universitário contratado pela CLT,</p><p>ele deverá será segurado obrigatório no Regime Geral. A única possibilidade</p><p>de ser obrigatório no RPPS e facultativo no RGPS é quando o servidor está</p><p>licenciado sem remuneração.</p><p>Segurados obrigatórios: são aqueles, com mais de 16 anos, ou mais de 14 anos no caso dos</p><p>aprendizes, que exercem qualquer tipo de atividade remunerada, de natureza urbana ou rural,</p><p>abrangida pelo Regime Geral, de forma efetiva ou eventual, com ou sem vínculo empregatício.</p><p>Os segurados obrigatórios, de acordo com o art. 11 da Lei 8.213/91, são: empregados,</p><p>empregados domésticos, contribuintes individuais e os trabalhadores avulsos e os segurados</p><p>especiais.</p><p>1) SEGURADO EMPPREGADO – Existem várias espécies de segurados empregados.</p><p>a) Empregado Urbano ou Rural: aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à</p><p>empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como</p><p>diretor empregado.</p><p>b) Empregado temporário: aquele contratado por empresa de trabalho temporário, definida</p><p>em legislação específica, para atender à necessidade transitória de substituição de pessoal</p><p>regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas. Exemplo:</p><p>balconista contratado por loja no período de festas natalinas (ver Lei 13.429/2017), repositores de</p><p>supermercado que trabalham na Páscoa, em datas comemorativas.</p><p>c) Brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como</p><p>empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior.</p><p>d) O brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros</p><p>ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado,</p><p>salvo de segurado na forma da legislação vigente no país do domicílio.</p><p>Se o brasileiro é contratado pela União (empregado da União) e presta</p><p>serviços na ONU, ele é empregado. Por outro lado, se o brasileiro é contratado</p><p>diretamente pelo organismo internacional, como pela ONU, ele é contribuinte</p><p>individual.)</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>12</p><p>e) Brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como</p><p>empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa</p><p>constituída pelas leis brasileiras, que tenha sede e administração no País e cujo controle efetivo</p><p>esteja em caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas</p><p>e residentes do País ou de entidade de direito público interno;</p><p>f) O servidor público ocupante de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação,</p><p>bem como o que atende a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos</p><p>do inciso IX do art. 37 da CF/88 e, ainda, os servidores não amparados por Regime Próprio de</p><p>Previdência;</p><p>O único servidor que é excluído do RGPS é o servidor público nas condições de</p><p>titular de cargo efetivo ou vinculado a um Regime Próprio de Previdência Social.</p><p>g) O exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado</p><p>a regime próprio de previdência social.</p><p>h) O empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no</p><p>Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;</p><p>2 – EMPREGADO DOMÉSTICO</p><p>De acordo com a Lei Complementar nº 150/2015, empregado doméstico é aquele que presta</p><p>serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa</p><p>ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana.</p><p>Nós estudamos detalhadamente a figura do empregado doméstico na apostila de Direito do</p><p>Trabalho, mas é muito importante lembrar que a idade mínima para ser empregado doméstico é</p><p>de 18 anos (parágrafo único do art. 1º da Complementar nº 150/2015).</p><p>A diarista ou faxineira, que trabalha até 2 vezes na semana, é considerada</p><p>contribuinte individual (não é empregada doméstica)</p><p>3 – CONTRIBUINTE INDIVIDUAL</p><p>São as pessoas que trabalham sem vínculo empregatício, apesar de prestarem serviços para</p><p>empresas, conforme previsto no art. 9º, V, do Decreto 3.048/1999.</p><p>São exemplos de contribuintes individuais os trabalhadores eventuais, cooperados, diaristas,</p><p>diretores não empregados, microempreendedores individuais (MEI), empresários, garimpeiros e</p><p>exploradores de atividade agropecuária ou pesqueira.</p><p>4 – TRABALHADORES AVULSOS</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>13</p><p>Também tratamos dos trabalhadores avulsos com mais detalhe na apostila de Direito do</p><p>Trabalho, mas, de forma resumida, considera-se trabalhador avulso aquele que presta serviços</p><p>de natureza urbana ou rural, sem vínculo empregatício, a diversas empresas, com intermediação</p><p>obrigatória do sindicato da categoria, ou, quando se tratar da atividade portuária, do Órgão Gestor</p><p>de Mão de Obra (OGMO).</p><p>5 – SEGURADOS ESPECIAIS</p><p>O segurado especial é um segurado obrigatório do regime de previdência social, mas com</p><p>alguns requisitos especiais atribuídos ao seu benefício.</p><p>É o trabalhador rural (sempre pessoa física) que exerce atividades de forma individual ou em</p><p>regime de economia</p><p>familiar, tirando o sustento próprio e de sua família a partir de sua atividade.</p><p>O art. 11, VII, da Lei n. 8.213/91 elenca quem são os segurados especiais:</p><p>Art. 11 da Lei n. 8.213/91 - São segurados obrigatórios da Previdência Social as</p><p>seguintes pessoas físicas:</p><p>(...)</p><p>VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado</p><p>urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar,</p><p>ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de:</p><p>a) Produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro</p><p>outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:</p><p>1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais;</p><p>2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do</p><p>inciso XII do caput do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas</p><p>atividades o principal meio de vida;</p><p>b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou</p><p>principal meio de vida;</p><p>c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade</p><p>ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que,</p><p>comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo.</p><p>§ 1º - Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho</p><p>dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento</p><p>socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e</p><p>colaboração, sem a utilização de empregados permanentes.</p><p>(...)</p><p>§ 6º - Para serem considerados segurados especiais, o cônjuge ou companheiro e os</p><p>filhos maiores de 16 (dezesseis) anos ou os a estes equiparados deverão ter participação</p><p>ativa nas atividades rurais do grupo familiar.;</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>14</p><p>3.2. DEPENDENTES</p><p>Dependentes são aqueles que não contribuem com a previdência social, mas recebem o</p><p>benefício previdenciário, por serem dependentes do segurado.</p><p>Os benefícios pagos aos dependentes são pensão por morte e auxílio reclusão.</p><p>Vejamos o que dispõe que o art. 16 da Lei 8.213/91:</p><p>Art. 16 da Lei 8.213/91 - São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na</p><p>condição de dependentes do segurado:</p><p>I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer</p><p>condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual</p><p>ou mental ou deficiência grave;</p><p>II - os pais;</p><p>III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou</p><p>inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;</p><p>§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito</p><p>às prestações os das classes seguintes.</p><p>§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do</p><p>segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no</p><p>Regulamento.</p><p>§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém</p><p>união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da</p><p>Constituição Federal.</p><p>§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das</p><p>demais deve ser comprovada.</p><p>§ 5º A prova de união estável e de dependência econômica exigem início de prova</p><p>material contemporânea dos fatos, não admitida a prova exclusivamente testemunhal,</p><p>exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito, conforme disposto no</p><p>Regulamento.</p><p>Os dependentes são divididos em três classes, sendo muito importante lembrar que cada classe</p><p>irá excluir as classes seguintes. Desse modo, os que se encaixam na primeira classe excluem-se da</p><p>segunda classe, e assim por diante.</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>15</p><p>PRIMEIRA CLASSE Cônjuge, a companheira ou companheiro e filho emancipado,</p><p>esse menor de 21 anos na condição de inválido ou com deficiência</p><p>grave.</p><p>Observação1: Todos os filhos, de qualquer condição, antes dos</p><p>21 anos são considerados dependentes. Após os 21 anos, apenas</p><p>os filhos com deficiência são considerados dependentes.</p><p>Observação2: o enteado e menor tutelado são considerados</p><p>dependentes, como filhos, se comprovarem a dependência</p><p>econômica.</p><p>Observação3: A mulher que renunciou aos alimentos na</p><p>separação judicial tem direito à pensão previdenciária por</p><p>morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica</p><p>superveniente (Súmula 336 do STJ)</p><p>SEGUNDA CLASSE Pais</p><p>Observação: Os pais devem comprovar a dependência</p><p>econômica.</p><p>TERCEIRA CLASSE Irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21</p><p>(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual</p><p>ou mental ou deficiência grave.</p><p>Na terceira classe também deve ser comprovada a dependência</p><p>econômica.</p><p>Importante destacar que a existência de uma classe exclui a outra e a concorrência dentro da</p><p>mesma classe se dá em condição de igualdade.</p><p>Imaginemos um sujeito que falece, deixando esposa, um filho, um irmão de 17</p><p>anos e os pais. Nesse caso, o segurado tem dependentes da primeira (esposa</p><p>e filho), da segunda (pais) e da terceira classe (irmão). Se uma classe exclui a</p><p>outra, a existência de dependentes na primeira classe exclui os dependentes das</p><p>demais classes. Além disso, dentro da primeira classe, ambos terão direito em</p><p>igualdade ao benefício.</p><p>Até a Reforma da Previdência Social, havia o direito de acrescer, ou seja, se extinguisse uma</p><p>cota dentro da classe, o valor voltava à classe e era divido entre os demais segurados.</p><p>A título de exemplo, se houvesse uma pensão de R$ 3.000,00 dividida por três dependentes</p><p>da primeira classe, e um dos beneficiados perdesse o direito (filho que completou 21 anos, por</p><p>exemplo), o valor voltava e era dividido entre os demais da mesma classe.</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>16</p><p>Ocorre, entretanto, que a Reforma da Previdência Social (Emenda Constitucional de nº 103 de</p><p>2019) acabou com o direito de acrescer, vejamos:</p><p>Art. 23. A pensão por morte concedida a dependente de segurado do Regime Geral de</p><p>Previdência Social ou de servidor público federal será equivalente a uma cota familiar</p><p>de 50% (cinquenta por cento) do valor da aposentadoria recebida pelo segurado ou</p><p>servidor ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente</p><p>na data do óbito, acrescida de cotas de 10 (dez) pontos percentuais por dependente,</p><p>até o máximo de 100% (cem por cento).</p><p>§ 1º As cotas por dependente cessarão com a perda dessa qualidade e não serão</p><p>reversíveis aos demais dependentes, preservado o valor de 100% (cem por cento)</p><p>da pensão por morte quando o número de dependentes remanescente for igual ou</p><p>superior a 5 (cinco).</p><p>Importante registrar que o cálculo da pensão por morte também foi alterado substancialmente,</p><p>já que, com a Reforma da Previdência Social, o valor da pensão por morte passou a ser “cotizado”.</p><p>Passou-se a ter uma cota familiar de 50% + 10% para cada dependente, chegando no máximo a</p><p>100%.</p><p>Desse modo, se o falecido tiver seis dependentes, o valor da pensão por morte será de 100%</p><p>da aposentadoria (50% + 6 cotas de 10%, atingindo o máximo de 100%), mas se a cota de um deles</p><p>for encerrada, continuará com o valor de 100% (50% + 5 cotas de 10%, totalizando ainda 100%). A</p><p>partir do momento em que as cotas forem sendo encerradas, o valor vai sendo excluído da relação</p><p>previdenciária, ou seja, se houver mais uma cota encerrada, o valor passa a ser 90% (50% + 4 cotas</p><p>de 10%), não havendo mais o direito de acrescer.</p><p>De acordo com a Súmula 340 do STJ, a lei aplicável à concessão de pensão</p><p>previdenciária por morte é aquela vigente na</p><p>data do óbito do segurado.</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>17</p><p>4</p><p>4. REGRAS GERAIS DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS</p><p>4.1. MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO</p><p>Entende-se por qualidade de segurado a condição atribuída a todo cidadão filiado ao INSS que</p><p>possua uma inscrição e faça pagamentos mensais a título de Previdência Social, ou seja, todos</p><p>os filiados ao INSS (empregado, trabalhador avulso, empregado doméstico, contribuinte individual,</p><p>segurado especial e facultativo) enquanto estiverem efetuando recolhimentos mensais a título de</p><p>previdência, automaticamente estarão mantendo esta qualidade, ou seja, continuam na condição</p><p>de “segurado” do INSS.</p><p>No entanto, a legislação permite que, mesmo em algumas situações sem recolhimento, esses</p><p>filiados ainda irão manter a qualidade de segurado, o que é denominado de “período de graça”,</p><p>vejamos:</p><p>1. Sem limite de prazo enquanto o cidadão estiver recebendo benefício previdenciário, exceto</p><p>auxílio acidente (Lei n. 13.846/2019);</p><p>João se aposentou por tempo de contribuição em fevereiro de 2002 e nunca</p><p>mais trabalhou, ou seja, não contribui para o INSS depois da aposentadoria. Em</p><p>fevereiro de 2022, João faleceu. Nesse caso, na data do óbito, João tem qualidade</p><p>de segurado, porque estava no período de graça. Mesmo sem pagar INSS por mais</p><p>de 20 anos, João mante a qualidade de segurado, o que significa, por exemplo,</p><p>que ele pode gerar benefício de pensão por morte.</p><p>Por que a Lei n. 13.846/2019 tirou o auxílio-acidente? Porque o auxílio-acidente</p><p>é um benefício de natureza indenizatória, em que se recebe como indenização</p><p>por uma sequela que o trabalhador tem e pode continuar trabalhando. O auxílio-</p><p>acidente pode ser inferior a um salário-mínimo porque não substitui o rendimento</p><p>do segurado. Justamente por esta razão, porque ele não impede nem o recolhimento</p><p>previdenciário nem o trabalho, que ele não mantém a qualidade de segurado</p><p>2. Até 12 meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer</p><p>atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou que estiver suspenso ou licenciado</p><p>sem remuneração (ou deixar de receber benefício por incapacidade);</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>18</p><p>É a regra que se aplica ao segurado obrigatório que deixa de exercer atividade</p><p>remunerada abrangida pela Previdência Social ou que estiver suspenso ou licenciado</p><p>sem remuneração. Assim, se o segurado obrigatório deixar de contribuir com o INSS</p><p>por não mais exercer atividade remunerada, ele mantém por 12 meses a qualidade</p><p>de segurado.</p><p>3. Até 12 (doze) meses após terminar a segregação, para os cidadãos acometidos de doença</p><p>de segregação compulsória;</p><p>Segregação compulsória é o caso daquela doença que determina que a pessoa seja</p><p>afastada do convívio social, como no caso da doença de parkinson, tuberculose</p><p>ativa, hanseníase (lepra), e neoplasia maligna (câncer). Se a pessoa é segregada,</p><p>ela mantem a qualidade de segurado pelo perídio de 1 após o final da segregação</p><p>(independentemente do prazo da duração da segregação).</p><p>4. Até 12 (doze) meses após a soltura do cidadão que havia sido detido ou preso;</p><p>O segurado que é preso, mantem a qualidade de segurado durante todo o período de</p><p>recolhimento e até 2 meses após o seu livramento.</p><p>5. Até 03 (três) meses após o licenciamento para o cidadão incorporado às forças armadas</p><p>para prestar serviço militar;</p><p>6. Até 06 (seis) meses do último recolhimento realizado para o INSS no caso dos cidadãos</p><p>que pagam na condição de “facultativo”</p><p>O segurado facultativo mantém a qualidade de segurado pelo prazo de 6 meses,</p><p>enquanto que o segurado obrigatório tem um prazo bem maior, de 12 meses.</p><p>Os prazos que foram listados acima começam a ser contados no mês seguinte à data do último</p><p>recolhimento efetuado ou do término do benefício conforme o caso.</p><p>Os prazos ainda poderão ser prorrogados conforme as seguintes situações específicas:</p><p>1. Mais 12 (doze) meses caso o cidadão citado no item 2 (12 meses após a cessação da</p><p>contribuição) tiver mais de 120 contribuições consecutivas ou intercaladas, mas sem a perda da</p><p>qualidade de segurado. Caso haja a perda da qualidade, o cidadão deverá novamente contar com</p><p>120 contribuições para ter direito a esta prorrogação;</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>19</p><p>João tem mais de 10 anos de contribuição ininterrupta ao INSS e nunca</p><p>perdeu a qualidade de segurado. Sendo assim, se deixar de exercer atividade</p><p>remunerada abrangida pela Previdência Social ou ficar suspenso ou licenciado</p><p>sem remuneração, vai manter a qualidade de segurado por 24 meses (12 + 12, já</p><p>que tinha mais de 120 contribuições).</p><p>2. Mais 12 (doze) meses caso tenha registro no Sistema Nacional de Emprego – SINE ou</p><p>tenha recebido seguro-desemprego, ambos dentro do período que mantenha a sua qualidade de</p><p>segurado;</p><p>A situação deve ser comprovada por registro no órgão próprio do Ministério do</p><p>trabalho e Emprego, estando inscrito no SINE (Serviço Nacional de Empregos do</p><p>Ministério do Trabalho e emprego);</p><p>João, empregado da empresa XYZ, contribuiu como segurado empregado por 15</p><p>anos ininterruptos com o INSS, mas deixou de contribuir em maio de 2019. Nesse</p><p>caso, João já teria o direito de manter a qualidade de segurado por 12 meses,</p><p>mas como ele tinha mais de 120 contribuições, terá direito a mais 12 meses,</p><p>ou seja, manterá a qualidade de segurado até maio de 2021 (24 meses). Além</p><p>disso, se ficou desempregado (inscrito no programa do governo para concorrer</p><p>a vagas, campanhas de vagas do governo, envio de currículos, recebimento de</p><p>seguro desemprego), terá direito de manter a qualidade de segurado por mais</p><p>12 meses, ou seja, até maio de 2022, totalizando, portanto, 36 meses de período</p><p>de graça. Além disso, o período de graça será encerrado quando vencer o prazo</p><p>de recolhimento relativo ao mês imediatamente posterior ao final dos prazos</p><p>fixados. Assim, no nosso exemplo, o mês posterior é junho de 2022 (mês de</p><p>referência para pagamento). Quando vence o prazo para fazer o recolhimento</p><p>referente ao mês de junho? Vence no dia 15/07/2022. Significa, então, que a</p><p>perda da qualidade de segurado só vai ocorrer a partir de 16/07/2022.</p><p>4.2. PERÍODO DE CARÊNCIA</p><p>De acordo com o art. 24 da Lei 8213/91, considera-se período de carência o número mínimo de</p><p>contribuições indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do</p><p>transcurso do primeiro dia dos meses de sua competência.</p><p>Vejamos, de acordo com o art. 25 da Lei n. 8.213/91, os períodos de carência mais importantes:</p><p>I - auxílio doença e aposentadoria por invalidez comum – 12 contribuições mensais;</p><p>II – aposentadoria por idade, tempo de contribuição e especial – 180 contribuições;</p><p>III – salário maternidade para as seguradas individuais, seguradas especiais e seguradas</p><p>facultativas: 10 contribuições mensais.</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>20</p><p>Se for segurada especial, deve comprovar 10 meses contínuos antes do parto, antes</p><p>do fato gerador, de exercício de atividade especial, exposta a agentes nocivos. Caso</p><p>haja parto antecipado, a carência vai ser reduzida na medida da antecipação. São</p><p>fatos geradores do salário maternidade: o parto, a adoção, a guarda para fins de</p><p>adoção, mulher que falece no parto e o aborto não criminoso (também pode abarcar</p><p>os homens).</p><p>IV – auxílio reclusão: 24 (vinte e quatro) contribuições mensais</p><p>o auxílio-reclusão era isento de carência. Porém, com a minirreforma da Previdência</p><p>Social, passou a ser exigido um número mínimo de contribuições de 24 meses.</p><p>O artigo 26 da Lei n. 8.213/91, por sua</p><p>vez, prevê quais benefícios NÃO DEPENDEM de carência:</p><p>I – pensão por morte, salário família e auxílio-acidente (redação da Lei 13.846/19)</p><p>Esses benefícios não exigem carência, mas exigem qualidade de segurado.</p><p>II – auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou</p><p>causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se</p><p>ao RGPS, for acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos</p><p>Ministérios da Saúde e da Previdência Social a cada 3 anos, de acordo com os critérios de estigma,</p><p>deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que</p><p>mereçam tratamento particularizado (redação da Lei 13.135/2015);</p><p>Acidente de qualquer natureza engloba o acidente de trabalho, as doenças</p><p>profissionais, doenças do trabalho, concausas e equiparações previstas na Lei n.</p><p>8.213/91. As doenças graves deveriam ser catalogadas em uma lista específica do</p><p>Ministérios da Saúde e da Previdência Social a cada 3 anos, mas na prática a lei</p><p>remete ao art. 151, que tem uma relação das doenças que vão afastar a exigência do</p><p>requisito carência para fins de obtenção do benefício. Vejamos:</p><p>Art. 151 da Lei 8.213/91 -. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada</p><p>no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de</p><p>aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido</p><p>das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose</p><p>múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível</p><p>e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose</p><p>anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte</p><p>deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação</p><p>por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>21</p><p>IV – serviço social;</p><p>V – reabilitação profissional;</p><p>Esses benefícios não exigem carência, mas exigem qualidade de segurado.</p><p>VI – salário maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e segurada</p><p>doméstica;</p><p>Para as seguradas individuais, seguradas especiais e seguradas facultativas há</p><p>necessidade de carência de 10 contribuições mensais.</p><p>4.3. CÁLCULO DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS</p><p>Para entendermos como é o cálculo dos benefícios previdenciários, primeiro precisamos saber</p><p>a diferença entre salário de contribuição, salário-de-benefício e período básico de cálculo.</p><p>Salário de contribuição: é a base de incidência da contribuição previdenciária.</p><p>Salário-de-benefício: é a base de cálculo da renda mensal inicial da maioria dos benefícios.</p><p>Período básico de cálculo (PBC) - definição de quais são os salários de contribuição que vão</p><p>interferir no cálculo do salário de benefício.</p><p>Após a definição do PBC, aplica-se ainda um coeficiente que incidirá sobre o salário de benefício,</p><p>definindo-se, então, o valor do benefício, que será a renda mensal do benefício.</p><p>A renda mensal do benefício, portanto, é o resultado do coeficiente específico x</p><p>salário de benefício. Após definida a renda mensal inicial, o benefício será pago</p><p>mensalmente ao segurado, devendo incidir a correção anual na mesma data-base</p><p>do salário-mínimo, com base no INPC.</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>22</p><p>5</p><p>5. ACIDENTE DE TRABALHO</p><p>De acordo com os artigos 19 a 21 da Lei dos Planos de Benefício da Previdência Social (Lei n.</p><p>8.213/91), podemos considerar a palavra “acidente de trabalho” gênero, que possui três espécies,</p><p>a saber: a) Acidente Típico, b) Doença Profissional e c) Doença do Trabalho.</p><p>5.1. Acidente Típico</p><p>De acordo com o art. 19 da Lei n. 8.213/91, acidente típico é o que ocorre pelo exercício do</p><p>trabalho a serviço do empregador, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause</p><p>a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.</p><p>Podem sofrer acidente de trabalho típico o segurado empregado, empregado</p><p>doméstico e o segurado especial, ou seja, o trabalhador rural que trabalha em</p><p>regime de subsistência.</p><p>Trata-se do acidente que acontece diretamente no próprio ambiente de trabalho e é decorrência</p><p>imediata da atividade do empregado, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que</p><p>cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.</p><p>Importante destacar, ainda o art. 21 da Lei n. 8.213/91 elenca algumas situações que são</p><p>equiparadas a acidente de trabalho, vejamos:</p><p>Art. 21 da Lei n. 8.213/91 - Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos</p><p>desta Lei:</p><p>I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja</p><p>contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua</p><p>capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua</p><p>recuperação;</p><p>II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência</p><p>de:</p><p>a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de</p><p>trabalho;</p><p>b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao</p><p>trabalho;</p><p>c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de</p><p>trabalho;</p><p>d) ato de pessoa privada do uso da razão;</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>23</p><p>e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força</p><p>maior;</p><p>III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua</p><p>atividade;</p><p>IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:</p><p>a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;</p><p>b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou</p><p>proporcionar proveito;</p><p>c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta</p><p>dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do</p><p>meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;</p><p>d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer</p><p>que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.</p><p>§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de</p><p>outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é</p><p>considerado no exercício do trabalho.</p><p>§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que,</p><p>resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências</p><p>do anterior.</p><p>Entre as modalidades equiparadas a acidente típico de trabalho, muito importante lembrar</p><p>do acidente de trajeto (também conhecido como de percurso ou in itinere), da alínea “d” do inciso</p><p>IV, justamente aquele ocorrido no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para</p><p>aquela, independentemente do meio de locomoção.</p><p>Para a caracterização do acidente de trajeto, a doutrina e a jurisprudência exigem dois requisitos:</p><p>a) nexo topográfico (relação razoável entre o caminho feito pelo empregado e os possíveis caminhos</p><p>do local de trabalho até a sua residência) e b) nexo cronológico (coerência do tempo gasto pelo</p><p>empregado e o tempo necessário para o trajeto).</p><p>Pequenos desvios topográficos ou cronológicos, como no caso no empregado que</p><p>desvia rapidamente o trajeto para comprar pães na padaria não descaracterizam o</p><p>acidente de trajeto.</p><p>5.2. DOENÇA PROFISSIONAL</p><p>A doença profissional não é um evento único, um acidente, mas um sim um agravamento</p><p>da</p><p>saúde do trabalhador decorrente direta ou indiretamente do exercício da sua atividade, causando-</p><p>lhe incapacidade para continuar no seu trabalho.</p><p>A doença profissional é também denominada de TECNOPATIA e tem seu conceito extraído do</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>24</p><p>art. 20, I, da Lei 8.213/91, que dispõe:</p><p>Art. 20 da Lei 8.213/91 - Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo</p><p>anterior, as seguintes entidades mórbidas:</p><p>I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do</p><p>trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada</p><p>pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;</p><p>(...)</p><p>João trabalha diariamente na desossa de frango, em um frigorífico, o que</p><p>acabou lhe causando Lesão por Esforço Repetitivo (LER) nos seus ombros e o</p><p>impossibilitou de continuar trabalhando na mesma atividade.</p><p>5.3. Doença do Trabalho</p><p>A doença do trabalho, ou mesopatia, não está relacionada diretamente com a profissão em si,</p><p>mas sim com as condições especiais em que o trabalho é realizado, conforme previsto no inciso II</p><p>do art. 20, in verbis:</p><p>Art. 20 da Lei 8.213/91 - Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo</p><p>anterior, as seguintes entidades mórbidas:</p><p>(...)</p><p>II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de</p><p>condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,</p><p>constante da relação mencionada no inciso I.</p><p>(...)</p><p>João trabalha na desossa de frango, em um frigorífico. Em razão do ambiente frio,</p><p>João desenvolveu uma pneumonia, que é considerada uma doença do trabalho.</p><p>5.4. Doenças que não são acidente de trabalho</p><p>De acordo com o §1º do art. 20 da Lei nº 8.213/391, não são consideradas acidente de trabalho:</p><p>a) doenças degenerativas,</p><p>b) a inerente a grupo etário,</p><p>c) a que não produza incapacidade laborativa</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>25</p><p>Para a caracterização do acidente/doença de trabalho, o acidente deve ter</p><p>gerado repercussão na capacidade trabalho. Portanto, se a doença não produziu</p><p>incapacidade, ela não vai ser considerada um evento de acidente de trabalho.</p><p>d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva,</p><p>salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza</p><p>do trabalho.</p><p>Doença endêmica é uma doença típica de determinada região do país (malária,</p><p>febre amarela, esquistossomose, etc). Se determinada pessoa mora em uma região</p><p>com doença endêmica e adquire essa doença, como regra geral, a doença não é</p><p>considerada acidente de trabalho.</p><p>5.5. Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP)</p><p>De acordo com o art. 21-A da Lei 8.213/91, a perícia médica do INSS considerará caracterizada a</p><p>natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico</p><p>entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa e a entidade</p><p>mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças – CID, em</p><p>conformidade com o que dispuser o regulamento.</p><p>O Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP), portanto, é uma ferramenta usada</p><p>pela perícia médica do INSS, que realiza um cruzamento automático entre os códigos da CID 10</p><p>(Classificação Internacional de Doenças) e da CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica),</p><p>para identificar quais doenças ou acidentes estão relacionadas estatisticamente com determinada</p><p>atividade empresarial, gerando-se uma presunção de que determinada doença ocorreu em razão</p><p>da atividade do empregador e, portento, caracteriza acidente de trabalho.</p><p>Se a perícia do INSS concluir pelo NTEP, a empresa poderá requerer a sua não aplicação,</p><p>comprovando que, no caso específico, a doença do trabalhador não ocorreu em razão da atividade</p><p>empresarial. Da decisão do INSS que julgar a impugnação da empresa, caberá recurso com efeito</p><p>suspensivo ao Conselho de Recursos da Previdência Social (§ 2º do artigo 21-A da Lei 8.213/91)</p><p>5.6. Benefícios do INSS relacionados ao acidente ou doença</p><p>5.6.1. Auxílio-Doença (Auxílio por incapacidade temporária)</p><p>O auxílio doença, que passou a ser chamado de auxílio por incapacidade temporária, pode</p><p>ter natureza previdenciária comum (B31), ou seja, é concedido ao trabalhador que se afasta da</p><p>empresa por motivo de saúde não ligado à sua atividade laboral, ou pode ter natureza acidentária</p><p>(B91), ou seja, concedido ao trabalhador que sofra um acidente ou tenha sido acometido de uma</p><p>doença considerada como ocupacional.</p><p>No caso do benefício comum (B31), exige-se carência de 12 contribuições mensais. Por outro</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>26</p><p>lado, no caso do benefício de natureza acidentária (B91), não se exige carência.</p><p>Além disso, apenas o benefício de natureza acidentária é que garante o empregado o direito à</p><p>estabilidade provisória de emprego, conforme estudado na apostila de direito do trabalho.</p><p>O trabalhador que sofrer acidente de trabalho ou contrair alguma doença do trabalho e tiver</p><p>que se afastar de suas atividades terá a seguinte situação: a) nos primeiros 15 dias do afastamento,</p><p>quem paga sua remuneração é o empregador (interrupção do contrato de trabalho), b) a partir</p><p>do 16º dia, o pagamento será feito pelo INSS, mediante auxílio-doença, que será concedido após</p><p>avaliação médica que comprove a persistência da impossibilidade de trabalho.</p><p>Sobre o auxílio por incapacidade temporária, importante ainda conhecer o art. 59 da Lei nº</p><p>8.213/91, que dispõe:</p><p>Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o</p><p>caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou</p><p>para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.</p><p>§ 1º Não será devido o auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de</p><p>Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa para</p><p>o benefício, exceto quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou</p><p>agravamento da doença ou da lesão.</p><p>§ 2º Não será devido o auxílio-doença para o segurado recluso em regime fechado.</p><p>§ 3º O segurado em gozo de auxílio-doença na data do recolhimento à prisão terá o</p><p>benefício suspenso.</p><p>§ 4º A suspensão prevista no § 3º deste artigo será de até 60 (sessenta) dias, contados</p><p>da data do recolhimento à prisão, cessado o benefício após o referido prazo.</p><p>§ 5º Na hipótese de o segurado ser colocado em liberdade antes do prazo previsto no §</p><p>4º deste artigo, o benefício será restabelecido a partir da data da soltura.</p><p>§ 6º Em caso de prisão declarada ilegal, o segurado terá direito à percepção do benefício</p><p>por todo o período devido.</p><p>§ 7º O disposto nos §§ 2º, 3º, 4º, 5º e 6º deste artigo aplica-se somente aos benefícios</p><p>dos segurados que forem recolhidos à prisão a partir da data de publicação desta Lei.</p><p>§ 8º O segurado recluso em cumprimento de pena em regime aberto ou semiaberto terá</p><p>direito ao auxílio-doença.</p><p>Por fim, é importante destacar que a base de cálculo do auxílio-doença será 91% do salário de</p><p>benefício e o empregado deverá recebe-lo até que esteja plenamente capaz para retornar às suas</p><p>funções.</p><p>5.6.2. Auxílio-Acidente</p><p>Caso o trabalhador que sofreu o acidente de trabalho tenha ficado com alguma sequela</p><p>permanente, que não impossibilita mas dificulta sua atividade, terá direito a receber auxílio-</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>27</p><p>acidente, no valor de</p><p>50% do salário de benefício.</p><p>Trata-se, portanto, de benefício de caráter indenizatório, que pode ser recebido inclusive quando</p><p>o empregado está trabalhando e recebendo o seu salário normalmente pela empresa.</p><p>João sofreu acidente de trabalho em 25/03/2022 em uma máquina da empresa,</p><p>tendo sido amputado um de seus dedos. Nos primeiros 15 dias de afastamento,</p><p>a empresa paga o salário de João e, a partir do 16º dia em diante, João receberá</p><p>auxílio incapacidade temporária (B-91) do INSS. Após o término do auxílio</p><p>incapacidade temporária, João voltará a trabalhar na empresa e poderá receber</p><p>o auxílio-acidente, em razão da sequela decorrente do acidente de trabalho.</p><p>5.6.3. Aposentadoria por Invalidez</p><p>Se o trabalhador, em razão do acidente de trabalho ou da doença, ficar impossibilitado de voltar</p><p>a trabalhar, irá ter direito à aposentadoria por invalidez, agora chamada de aposentadoria por</p><p>incapacidade permanente, conforme será estudado no próximo capítulo.</p><p>Art. 201 da CF/88</p><p>(...)</p><p>§ 7º - É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da</p><p>lei, obedecidas as seguintes condições:</p><p>I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade,</p><p>se mulher, observado tempo mínimo de contribuição;</p><p>II - 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se</p><p>mulher, para os trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime</p><p>de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador</p><p>artesanal.</p><p>§ 8º O requisito de idade a que se refere o inciso I do § 7º será reduzido em 5 (cinco) anos,</p><p>para o professor que comprove tempo de efetivo exercício das funções de magistério na</p><p>educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar.</p><p>Desse modo, os requisitos mínimos para a aposentadoria programada são, cumulativamente, a</p><p>idade e o tempo mínimo de contribuição nos seguintes termos:</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>28</p><p>6</p><p>6. APOSENTADORIA</p><p>6.1. Aposentadoria Programada</p><p>Após a reforma da Previdência Social (EC 103/2019) houve a unificação das aposentadorias por</p><p>idade e por tempo de contribuição, criando-se uma nova modalidade de aposentadoria, que passou</p><p>a ser conhecida como aposentadoria programada.</p><p>A aposentadoria programada, portanto, é uma nova modalidade de aposentadoria,</p><p>inserida com a Reforma da Previdência, que reúne as características da aposentadoria</p><p>por idade e também da aposentadoria por tempo de contribuição.</p><p>Os requisitos da aposentadoria programada estão previstos nos §§s 7º e 8º do art. 201 da</p><p>CF/88, que dispõe:</p><p>HOMEM MULHER</p><p>Regra Geral: 65 anos de idade + 20 anos de</p><p>contribuição</p><p>Trabalhadores Rurais e regime de economia</p><p>familiar (produtor rural, garimpeiro e pescador</p><p>artesanal): 60 anos de idade</p><p>Professor: 60 anos de idade + 25 (vinte e cinco)</p><p>anos de magistério, na educação infantil, ensino</p><p>médio ou fundamental</p><p>Atenção: Os professores universitários ou de</p><p>cursos preparatórios não se submetem à norma</p><p>diferenciada.</p><p>Regra geral: 62 anos de idade + 15 anos de</p><p>contribuição</p><p>Trabalhadoras Rurais e regime de</p><p>economia familiar (produtor rural, garimpeiro</p><p>e pescador artesanal): 60 anos de idade: 55</p><p>anos de idade</p><p>Professora: 57 anos de idade + 25 (vinte</p><p>e cinco) anos de magistério, na educação</p><p>infantil, ensino médio ou fundamental</p><p>Importante destacar que, em razão das alterações promovidas pela reforma da previdência,</p><p>estabeleceu-se um conjunto de regras de transição do regime de aposentadoria anterior para o</p><p>regime atual.</p><p>No entanto, entendemos que o custo/benefício de memorização de todas essas regras não</p><p>vale a pena na preparação para a prova da OAB.</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>29</p><p>6.2. Aposentadoria da pessoa com deficiência</p><p>O § 1º do art. 201 da CF/88 estabelece que é vedada a adoção de requisitos ou critérios</p><p>diferenciados para concessão de benefícios, salvo, nos termos de lei complementar, a possibilidade</p><p>de previsão de idade e tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de</p><p>aposentadoria para pessoas com deficiência e de aposentadoria especial (a aposentadoria especial</p><p>vamos analisar no próximo item)</p><p>Portanto, em razão da dificuldade de inserção no mercado de trabalho, a própria norma</p><p>constitucional estabelece a possibilidade de critérios diferenciados, desde que por meio de lei</p><p>complementar, para as pessoas com deficiência.</p><p>Coube à Lei Complementar 142/13 regular a aposentadoria da pessoa com deficiência,</p><p>estabelecendo, em seu art. 2º que, para o reconhecimento do direito à aposentadoria, considera-se</p><p>pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental,</p><p>intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua</p><p>participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.</p><p>Um dos critérios para concessão da aposentadoria para pessoa com deficiência é exclusivamente</p><p>o tempo de contribuição, que varia de acordo com o grau de deficiência, conforme sintetizamos no</p><p>quadro abaixo:</p><p>GRAU DE DEFICIÊNCIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO</p><p>Deficiência Grave Homem - 25 anos / Mulher - 20</p><p>Deficiência Moderada Homem - 29 anos / Mulher - 24</p><p>Deficiência leve Homem - 33 anos / Mulher - 28</p><p>Além disso, mesmo não cumprindo os requisitos acima, a pessoa com deficiência poderá se</p><p>aposentar por idade, 60 anos homem ou 55 anos mulher, desde que tenha contribuído ao menos</p><p>15 anos com a previdência social (180 contribuições) na condição de pessoa com deficiência.</p><p>No que diz respeito à renda mensal do benefício, ela varia de acordo com o tipo de aposentadoria.</p><p>Tratando-se de aposentadoria por tempo de contribuição, a renda mensal é de 100% do salário</p><p>de benefício.</p><p>Já para a aposentadoria por idade, a renda mensal do benefício equivale à seguinte fórmula:</p><p>70% do salário de benefício + 1% a cada 12 meses de contribuição, limitando-se a 30%.</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>30</p><p>6.3. Aposentadoria especial</p><p>Conforme visto acima, a Constituição Federal de 1988 estabelece que é vedada a adoção</p><p>de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios, salvo, nos termos de lei</p><p>complementar, para a concessão de aposentadoria para pessoas com deficiência e de aposentadoria</p><p>especial.</p><p>Tem direito à aposentadoria especial os trabalhadores que desenvolveram o trabalho em</p><p>situações que podem trazer danos à saúde, como contato permanente com materiais ionizantes,</p><p>substâncias radioativas, materiais inflamáveis, ruídos contínuos ou intermitentes e exposição</p><p>constante ao calor, frio, umidade e vibrações.</p><p>Abaixo sintetizamos os requisitos para concessão da aposentadoria especial, com base na</p><p>reforma da Previdência Social.</p><p>TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO IDADE</p><p>Baixo risco 25 anos 60 anos</p><p>Médio risco 20 anos 58 anos</p><p>Alto risco 15 anos 55 anos</p><p>É importante consignar que, para contar como tempo de contribuição para fins de aposentadoria</p><p>especial, a exposição ao agente nocivo deve ser permanente, nos termos do artigo 65 do Decreto</p><p>nº 3.048/99.</p><p>Art. 65 do Decreto nº 3.048/99 - Considera-se tempo de trabalho permanente aquele</p><p>que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição</p><p>do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja</p><p>indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço.</p><p>Ainda em relação à aposentadoria especial, é relevante destacar a importância do Perfil</p><p>Profissiográfico Previdenciário (PPP), que é um documento elaborado pela empresa, que reúne,</p><p>entre outras informações, dados administrativos, registros das condições de trabalho e resultados</p><p>de</p><p>monitoração dos riscos da atividade desenvolvida pelo empregado, fornecendo, portanto,</p><p>informações para o trabalhador quanto às condições ambientais de trabalho, principalmente no</p><p>requerimento de aposentadoria especial.</p><p>6.4. Aposentadoria por incapacidade permanente</p><p>A aposentadoria por incapacidade permanente, antes conhecida como aposentadoria por</p><p>invalidez, possui previsão nos arts. 42 e 47 da Lei n° 8.213/91 e nos arts. 43 e 50 do Decreto</p><p>n°3.048/99, sendo devida ao segurado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de</p><p>atividade que lhe garanta a subsistência, devendo ser paga ao segurado enquanto permanecer</p><p>essa condição.</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>31</p><p>A concessão da aposentadoria por incapacidade permanente depende dos seguintes requisitos:</p><p>a) incapacidade total e definitiva par ao trabalho e b) carência de 12 contribuições mensais.</p><p>A incapacidade total e permanente está associada à impossibilidade de reabilitação</p><p>e de exercer qualquer atividade que garanta a subsistência do segurado. No entanto,</p><p>a jurisprudência vem flexibilizando a palavra “total”, para analisar o contexto</p><p>socioeconômico do segurado (escolaridade, idade, profissão, etc), já que muitas vezes</p><p>a incapacidade até permite o exercício de algumas atividades, mas o segurado não</p><p>tem condição de exercê-las. Nesses casos, permite-se concessão da aposentadoria</p><p>por incapacidade permanente ainda que a incapacidade para o trabalho seja parcial</p><p>e permanente.</p><p>Como visto, como regra geral, para a concessão da aposentadoria por invalidez exige-se carência</p><p>de 12 contribuições mensais, no entanto, essa carência será dispensada, nos termos dos artigos</p><p>26 e 151 da Lei n° 8.213/91, quando a incapacidade decorrer de acidente de qualquer natureza,</p><p>mesmo sem ter nenhuma relação com o seu trabalho ou doença profissional, ou se o segurado</p><p>for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa; hanseníase; alienação mental; esclerose</p><p>múltipla; hepatopatia grave; neoplasia maligna; cegueira; paralisia irreversível e incapacitante;</p><p>cardiopatia grave; doença de parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado</p><p>avançado da doença paget (osteíte deformante); síndrome da deficiência imunológica adquirida</p><p>(aids); contaminação por radiação; esclerose múltipla.</p><p>É a perícia médica do INSS que vai definir se o segurado de fato está incapacitado para o</p><p>trabalho. Além disso, de acordo com o § 4º do art. 43 da Lei nº 8.213/91, o segurado aposentado</p><p>por incapacidade poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das condições que</p><p>ensejaram o afastamento ou a aposentadoria, submetendo-se, se necessário, a exame médico</p><p>a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional e tratamento dispensado</p><p>gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.</p><p>Nesse mesmo sentido, o artigo 46 do Decreto 3.048/99 dispõe que o aposentado por invalidez</p><p>fica obrigado, sob pena de sustação do pagamento do benefício, a submeter-se a exames médico-</p><p>periciais a cada dois anos, exceto os segurados aposentados em razão do HIV ou os maiores de</p><p>60 anos de idade.</p><p>A aposentadoria por incapacidade permanente previdenciária terá a renda mensal inicial</p><p>correspondente a 60% do salário-de-benefício, acrescida de 2% para cada ano de contribuição que</p><p>exceder a um limite de 15 anos de contribuição para as mulheres e 20 anos para os homens.</p><p>Além disso, nos termos do art. 45 da Lei nº 8.213/91, o valor da aposentadoria por invalidez do</p><p>segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte</p><p>e cinco por cento).</p><p>Nesse caso, o acréscimo: a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite</p><p>máximo legal; b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado; c) cessará</p><p>com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão.</p><p>É importante destacar, ainda, que a aposentadoria por incapacidade cessará: a) com a morte</p><p>do segurado, gerando pensão por morte se o segurado tiver dependentes que preencham os</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>32</p><p>requisitos do art. 16 da Lei n. 8.213/91; b) pelo retorno voluntário ao trabalho e c) com a recuperação</p><p>da capacidade, observados os seguintes critérios: no seu valor integral durante 6 meses; com</p><p>redução de 50% nos próximos 6 meses; com redução de 75% por mais 6 meses, após o qual</p><p>cessará definitivamente.</p><p>Conforme previsto no art. 475 da CLT, o empregado que for aposentado por invalidez</p><p>terá suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de</p><p>previdência social para a efetivação do benefício. Desse modo, a aposentadoria por</p><p>invalidez não caracteriza a extinção do contrato de trabalho, e sim a sua suspensão,</p><p>de modo que, havendo recuperação da capacidade laborativa, e cessação da</p><p>aposentadoria, o empregado deve reassumir seu posto de trabalho.</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>33</p><p>7</p><p>7. BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS PARA SEGURADOS OU DEPENDENTES</p><p>7.1. Salário Maternidade</p><p>Trata-se de benefício previdenciário devido a todos os segurados do Regime Geral de Previdência</p><p>Social, em caso de parto, adoção, guarda para fins de adoção e o aborto não criminoso.</p><p>O salário maternidade não é um benefício exclusivo da mulher segurada da Previdência Social,</p><p>sendo que o homem, em algumas situações, também poderá receber, como no caso de adoção</p><p>feita por dois homens em união homoafetiva, hipótese em que um deles terá direito à percepção</p><p>do benefício.</p><p>O tempo de duração do benefício dependerá do fato gerador, sendo que a sua percepção está</p><p>condicionada ao afastamento do segurado do trabalho ou da atividade desempenhada, conforme</p><p>sintetizado na tabela abaixo:</p><p>Surge então a possibilidade legal da impugnação a esse registro de candidatura por causa de</p><p>inelegibilidade, por parte dos partidos concorrentes, candidatos concorrentes ou até o MP eleitoral.</p><p>Essa impugnação é feita pela Ação de impugnação de registro de candidatura (AIRC), no prazo de 5</p><p>(cinco) dias contados da publicação pela Justiça Eleitoral da lista dos que requereram o registro</p><p>de candidatura.</p><p>FATO GERADOR TEMPO DE DURAÇÃO DO SALÁRIO</p><p>MATERNIDADE</p><p>Parto 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e</p><p>oito) dias antes do parto. Entretanto, não se trata de regra rígida,</p><p>já que, na prática, muitas mulheres optam por gozar os 120 dias</p><p>de licença após o parto.</p><p>Adoção e guarda judicial</p><p>para fins de adoção</p><p>120 dias</p><p>Obs: Quando houver adoção ou guarda judicial de mais de uma</p><p>criança ao mesmo tempo, é devido um salário-maternidade.</p><p>Aborto não criminoso Duas Semanas</p><p>Feto natimorto 120 dias</p><p>Licensed to Nilza de Oliveira Santos - estudosexamedeordem.oab@gmail.com - 373.000.834-04</p><p>OA</p><p>B</p><p>N</p><p>A</p><p>M</p><p>ED</p><p>ID</p><p>A</p><p>| É</p><p>TI</p><p>CA</p><p>P</p><p>RO</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>AL</p><p>34</p><p>Importante destacar que, nos termos do art. 71-B da Lei nº 8.213/91, no caso de falecimento</p><p>da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-maternidade, o benefício será</p><p>pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro</p><p>sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu</p><p>abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-maternidade.</p><p>O valor do benefício varia de acordo com o tipo de segurado, conforme explicamos na tabela</p><p>abaixo:</p><p>SEGURADO VALOR DO BENEFÍCIO CARÊNCIA</p><p>Empregados -</p><p>incluindo dos avulsos</p><p>Exatamente o mesmo da sua remuneração</p><p>integral.</p><p>Isento de carência</p><p>Empregado Doméstico Valor do seu último salário de contribuição. Isento de carência</p><p>Segurado Especial 1/12 do valor sobre o qual incidiu sua</p><p>última contribuição</p>

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