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<p>CRIAÇÃO DA OMC – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO</p><p>O comércio multilateral surgiu com a criação do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT, pela sigla em inglês) assinado em 1947, que foi uma reação ao excesso de protecionismo do comércio internacional, predominante no período compreendido entre as duas guerras mundiais.</p><p>Naquela época, percebia-se a necessidade de maior liberalização do comércio, existindo um consenso mundial de que uma das causas da 2.ª Guerra Mundial podia ser atribuída ao grande protecionismo comercial vigente entre 1933 e 1939 devido à crise econômica de 1929, o que resultou em uma queda de mais de 35% na produção mundial e gerou grande desemprego nos países industrializados, os quais adotaram políticas protecionistas na tentativa de salvar seus mercados internos.</p><p>Nesse contexto, começaram as discussões no intuito de se criar uma organização internacional que pudesse regulamentar o comércio internacional e que pudesse evitar os protecionismos em qualquer país.</p><p>Em 1944, na Conferência de Bretton Woods, definiram-se os princípios do sistema financeiro internacional com a criação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Bird). Com a expectativa de crescimento do comércio mundial, sugeriu-se, nessa mesma conferência, a criação da Organização Internacional do Comércio (OIC), formando o tripé do sistema econômico multilateral, que disciplinaria o comércio de bens e serviços em escala mundial.</p><p>No entanto, a OIC não chegou a ser formada, pois o Senado dos EUA se negou a ratificá-la, alegando que sua criação comprometeria o comércio internacional do país. Com o impasse, a solução foi a criação de um acordo provisório e simplificado, que durou até 1995, quando foi substituído pela Organização Mundial do Comércio (OMC), como visto no mapa a seguir.</p><p>Princípios da OMC</p><p>Visando estabelecer um comércio internacional livre e transparente, a OMC possui alguns princípios básicos.</p><p>Entre eles, pode-se citar:</p><p>• Não discriminação dos países–membros: É um dos princípios mais importantes da OMC. Um país deve estender aos demais países-membros qualquer vantagem ou privilégio concedido a um deles.</p><p>• Concorrência leal: A OMC tenta garantir um comércio justo, leal e sem distorções, inibindo práticas comerciais desleais como o protecionismo, o dumping e os subsídios agrícolas ou industriais, que distorcem as condições de comércio entre os países.</p><p>• Proibição de restrições quantitativas: Impede o uso de restrições quantitativas (proibições e quotas) como meio de proteção. O único meio de proteção admitido é a tarifa, por ser o mais transparente.</p><p>• Tratamento preferencial: Não se pode tratar de forma diferenciada as mercadorias nacionais em detrimento das estrangeiras.</p><p>Os blocos econômicos apresentam alguns estágios de integração e podem ser classificados em:</p><p>• Zona de Livre Comércio (ZLC): Neste tipo de bloco, as ambições de integração são bastante limitadas. Busca-se apenas o crescimento comercial entre os países-membros com a redução ou a eliminação de vários impostos das importações e das restrições quantitativas, o que ocorre com a eliminação das barreiras tarifárias ou não tarifárias dentro do bloco. Um importante exemplo é o Nafta.</p><p>• União Aduaneira: Pode ser considerado um estágio intermediário de integração entre os países. Na união aduaneira, além de todas as características da ZLC, há a definição da TEC (Tarifa Externa Comum) com relação ao comércio com o resto do mundo. O Mercosul é um exemplo desse tipo de integração.</p><p>• Mercado Comum – Além de todas as características da união aduaneira, permite-se o livre trânsito dos meios de produção (capital, serviços e mão de obra) entre os países-membros e busca-se a unificação das legislações fiscais, monetárias, ambientais, trabalhistas, entre outras, para estabelecer um mercado realmente comum entre os países-membros. Alguns países da União Europeia, como o Reino Unido, a Dinamarca, a Bulgária, a Polônia, entre outros, estão nesse estágio de integração, pois ainda não adotaram o euro, a moeda única.</p><p>• União ou integração econômica e monetária – Além de todas as características do mercado comum, da adoção de uma moeda comum, há a criação de um Banco Central e a institucionalização de uma política monetária única para todos os países-membros. Dezesseis países da União Europeia estão nesse estágio, aqueles que adotaram o euro: França, Alemanha, Eslovênia, Chipre, entre outros.</p><p>• Integração política e institucional – Integração total entre os países-membros: ocorre quando há unificação de diversas instituições sociais, políticas, econômicas e militares. Ainda não há nenhum bloco nesse estágio. Acredita-se que a União Europeia possa ser o primeiro a atingir esse patamar de integração.</p><p>BLOCOS ECONÔMICOS</p><p>Os blocos econômicos podem ser considerados como um grande grupo de países que visam aumentar as trocas comerciais regionais. Surgiram em um contexto amplo de difusão da globalização, a qual faz com que as economias do mundo todo se conectem, transformando um mundo em um grande grupo de trocas comerciais, culturais, políticas e sociais.</p><p>Esses blocos passaram a se formar com o intuito de diminuir as fronteiras impostas pelos países, havendo trocas significativas, como mão de obra, serviços, capitais e fluxo de mercadorias. Além disso, também é um objetivo de aumentar o PIB e o lucro das empresas.</p><p>MERCOSUL</p><p>O Mercosul é a sigla para Mercado Comum do Sul, bloco econômico composto atualmente por quatro países da América do Sul, criado em 26 de março de 1991</p><p>Os países que formam o Mercosul são cinco: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Este último, porém, encontra-se temporariamente suspenso do bloco.</p><p>Atualmente, o Mercosul é composto por Estados Partes, que possuem voz e voto; e Estados Associados, que apenas participam das discussões, mas não tem poder de decisão.</p><p>Os Estados Partes são cinco: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela.</p><p>Os Estados Associados são: Chile (desde 1996), Peru (desde 2003), Colômbia, Equador (desde 2004), Guiana e Suriname (desde 2013).</p><p>A Venezuela, que aderiu ao bloco em 2012, foi suspensa em 2017. Isso porque o país não estava cumprindo os objetivos traçados, sobretudo, relacionados com a democracia e os direitos humanos.</p><p>A Bolívia, deu mais um passo para sua incorporação efetiva ao bloco em 2015, quando assinou um Protocolo de Adesão ao Mercosul.</p><p>Objetivo do Mercosul</p><p>O Mercosul tem como objetivo promover a integração dos países da América do Sul, especialmente os do Cone Sul, nos âmbitos econômico, político e social. Igualmente, deseja preservar democracia dos países do continente sul-americano.</p><p>O principal requisito para entrar no Mercosul é possuir um governo democrático. Países que não cumprirem esta regra são suspensos de forma temporária ou permanente do bloco, como já aconteceu com o Paraguai (2012) e a Venezuela (2017).</p><p>O dia do Mercosul é celebrado anualmente dia 26 de março e cada ano existe um tema em torno ao mercado comum.</p><p>Lema, sede e idiomas do Mercosul</p><p>O lema oficial do Mercosul é "Nosso Norte é o Sul" e sua sede está localizada em Montevidéu, Uruguai.</p><p>As línguas oficiais são o português, o espanhol e o guarani.</p><p>Economia do Mercosul</p><p>Atualmente, os países do Mercosul reúnem uma população de aproximadamente 311 milhões de habitantes e um PIB de 2 trilhões de dólares.</p><p>Desde sua criação, o comércio entre os países membros aumentou 20 vezes. Dados de 2016 revelam que o Mercosul é o maior exportador líquido mundial de açúcar; o maior produtor exportador mundial de soja e o 1º produtor e o 2º maior exportador mundial de carne bovina.</p><p>O que o Mercosul faz?</p><p>São três grandes pilares que constituem o Mercosul: o econômico, o social e o da cidadania.</p><p>O pilar econômico</p><p>O Mercado Comum do Sul é uma união aduaneira. Isso significa que seu objetivo principal tem a ver com o mercado e comércio. Desde o início era a livre circulação de bens e serviços entre os países membros. Fora isso, o Mercosul tem também uma Tarifa Externa Comum: estabelecem a mesma taxa de transações</p><p>comerciais com outros países. Essa medida visa conceder mais igualdade e competitividade no comércio com o mercado internacional ao unir as economias regionais.</p><p>Dentro do bloco há também uma política comercial comum, coordenação de políticas macroeconômicas e de determinados setores, como energia, e a harmonização de legislações nas áreas pertinentes – de acordo com o próprio Mercosul.</p><p>O pilar social</p><p>Numa busca em diminuir as desigualdades sociais entre os países, o Mercosul estabeleceu algumas políticas públicas regionais. Existem ações e distribuição de dinheiro visando à universalização da saúde e da educação, além de projetos mais específicos no combate à fome e à miséria. Seus investimentos são feitos também nas áreas de habitação, na construção de rodovias, na melhoria do saneamento básico, na promoção de empregos e de projetos culturais.</p><p>O pilar cidadão</p><p>- Para viajar entre os países do Mercosul, não precisa de visto: só é necessário documento válido, podendo ser até Carteira de Identidade. Não é necessário que seja o passaporte – assim como em alguns países que adotam a livre circulação na União Europeia.</p><p>- Trabalhar e viver em qualquer país do Mercosul: todos os cidadãos dos países do bloco – tanto os Estados Parte como os associados, ou seja, todas as nações da América do Sul – podem pedir a concessão de residência temporária de até dois anos em outro país do bloco. É necessário passaporte válido, certidão de nascimento e certidão negativada de antecedentes penais.</p><p>- Residência temporária virar residência fixa: antes de acabar os dois anos de prazo de residência temporária, a pessoa pode requerer a sua residência permanente no país. O acordo é aplicado para Argentina, Brasil, Paraguai, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile, Peru, Colômbia e Equador.</p><p>- Trabalhar em outro país do bloco, com concessão de visto: na mesma ideia da residência, o cidadão precisa comprovar sua nacionalidade, ter passaporte válido, certidão de nascimento e comprovação negativa de antecedentes criminais.</p><p>- Acordo Multilateral de Seguridade Social: migrantes, que vivem e trabalham em outro país do bloco, e suas famílias têm direito de acesso aos benefícios da seguridade social. Por exemplo, se uma pessoa brasileira trabalha anos no Brasil e depois na Argentina, mas decide se aposentar por lá, é contabilizado o tempo de serviço nos dois países para benefícios por aposentadoria, invalidez ou morte.</p><p>- Acordo de Integração Educacional: permite a revalidação de diplomas, certificados e títulos, além do reconhecimento de estudos nos níveis fundamental e médio, técnico e não técnico, e de pós-graduação.</p><p>História do Mercosul</p><p>Embora tenha sido criado somente em 1991, os princípios para criação de uma área de livre comércio e circulação na América do Sul datam da década de 1980.</p><p>Recém saídos da ditadura militar, Brasil e Argentina assinam o "Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento", em 1988, a fim de inaugurar um novo marco nas relações internacionais de ambos países.</p><p>Este tratado tinha como meta estabelecer um mercado comum na América do Sul, ao qual outros países latino-americanos poderiam se vincular. Desta maneira, os presidentes do Uruguai e do Paraguai se juntaram à iniciativa.</p><p>Mais tarde, o bloco seria oficializado em 26 de março no ano de 1991, a partir da assinatura do "Tratado de Assunção" no Paraguai.</p><p>Objetivos do Tratado de Assunção</p><p>O objetivo do Tratado de Assunção é a conexão dos Estados Partes por meio da livre movimentação de bens, serviços, bem como da consignação de uma Tarifa Externa Comum (TEC).</p><p>Isso culminará na adoção de uma política comercial comum. Ou seja, uma área de livre-comércio intra zona e política comercial comum entre esses quatro países da América do Sul.</p><p>NAFTA</p><p>Tratado Norte-Americano de Livre Comércio ou Nafta, sigla em inglês para North American Free Trade Agreement é um tratado de livre comércio estabelecido entre Estados Unidos, México e Canadá. O Nafta foi ratificado em 1993 e entrou em vigor em janeiro de 1994, perdurando por quase vinte e cinco anos até ser substituído pelo novo acordo chamado USMCA em 2018.</p><p>O Nafta tinha como objetivo promover o comércio entre seus membros, eliminando os possíveis obstáculos e restrições. A facilitação abrangia diversos setores da economia como o primário no que tange à agricultura e pecuária; o secundário com as indústrias especialmente a automobilística e de eletrônicos e obviamente o terciário com o comércio de produtos e serviços. O Nafta também promovia a proteção de direitos autorais e a propriedade intelectual.</p><p>Vale ressaltar que apesar da desobstrução dos obstáculos, o acordo não atropelava a legislação de cada país. Outra característica é que apenas circulava entre os países mercadorias. Não há no Nafta como também não há no USMCA a livre circulação de pessoas como ocorre em blocos econômicos como a União Europeia.</p><p>Segundo pontos do próprio Nafta, suas principais ambições são além de facilitar o comércio entre os países, diminuir as barreiras alfandegárias no que diz respeito aos produtos importados; oferecer boas e justas condições para validar a competição na área de livre comércio; alavancar o número de investimentos entre os países, dentre outros.</p><p>A decisão de substituir o Nafta advém das inúmeras críticas sofridas desde sua criação. Sabe-se que o acordo movimenta milhões entre os países membros, contudo, é visível a enorme discrepância entre as economias. Não é difícil enxergar que a economia do México apresenta uma grande dependência dos Estados Unidos, fazendo com que muitos trabalhadores mexicanos ficassem contra o acordo por acreditarem que os estadunidenses encontram-se em vantagem em relação aos produtos agrícolas produzidos no México.</p><p>Do outro lado, estão as críticas vindas dos Estados Unidos que ao ver muitas indústrias migrando para o território mexicano visto às enormes vantagens em relação aos impostos cobrados e a mão de obra mais barata, acreditavam estarem sendo prejudicados economicamente, perdendo empresas e também deixando de gerar empregos em seu território.</p><p>Há ainda as críticas vindas dos canadenses. Sabe-se que o Canadá é o maior parceiro comercial dos Estados Unidos. Muitos canadenses acreditam que essa parceria estabelece uma limitação em relação ao comércio do Canadá com os demais países, prejudicando então sua economia.</p><p>USMCA</p><p>USMCA é uma sigla em inglês que indica United States – Mexico – Canada Agreement. Em Português, Acordo Estados Unidos – México – Canadá, iniciado em 2017 e assinado em 2018.</p><p>O que muda?</p><p>- O novo acordo ainda mantém o mesmo objetivo do antigo acordo. Contudo, a nova atualização proposta traz algumas mudanças propostas especialmente pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acreditar ser uma inovação ao acordo. Inicialmente essas propostas foram aceitas bilateralmente, apenas pelo governo mexicano. E após diversas negociações, o Canadá também aceitou a nova versão. As principais mudanças são:</p><p>- Como já dito anteriormente, o acordo deixa de ser chamado de Nafta para ser chamado de USMCA.</p><p>- A cláusula de revisão sofreu alteração. O antigo acordo não tinha validade. Já o novo acordo ficará em vigor por 16 anos, sendo revisado a cada 6 anos passível de prorrogação.</p><p>- O setor agropecuário do Canadá abrirá o mercado, diminuindo as barreiras, especialmente do setor de laticínios. O governo estadunidense alegava que as altas tarifas cobradas na importação era prejudicial ao comércio entre os países.</p><p>- Aumento da proteção da propriedade intelectual abrangendo especialmente farmacêutico, inovações na agricultura, escritores e compositores. Houve aumento do período de direitos para 70 anos após a morte do criador.</p><p>- O setor automotivo também sofreu alterações. Agora é previsto que 75% das peças dos carros sejam fabricadas nos Estados Unidos por trabalhadores que ganhem em média 16 dólares por hora. Há então o impedimento da transferência de indústrias para locais com mão de obra barata.</p><p>- O novo acordo veta os direitos aduaneiros para produtos distribuídos de forma digital</p><p>como jogos e livros eletrônicos.</p><p>APEC</p><p>Criada em 1989 na Austrália, a Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC) tem como principal objetivo a implantação de uma zona de livre comércio entre os países membros do bloco. Outros aspectos importantes proporcionados pela APEC são: o desenvolvimento econômico, a geração de novos postos de trabalho e a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos das nações integrantes. O bloco também funciona como um fórum de discussão para diversas questões.</p><p>A implantação desse bloco é o principal responsável pelo crescimento econômico, a cooperação, geração de novos postos de trabalho, relações comerciais e investimentos na região Ásia-Pacífico. As decisões na APEC são tomadas por consenso, não apresentando um tratado de obrigações para os seus participantes.</p><p>A Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico promoveu a redução das tarifas e outras barreiras comerciais em toda a região Ásia-Pacífico, proporcionando eficientes economias nacionais e intensificando as relações comerciais e exportações. Esse fato é de fundamental importância para o crescimento econômico dos países, garantindo maior flexibilidade nas transações comerciais.</p><p>Os membros da APEC possuem cerca de 40% da população mundial. Atualmente, formam o grupo economicamente mais dinâmico do mundo e apresenta os maiores volumes de negócios do planeta. São responsáveis por 46% das exportações mundiais. Desde sua fundação até o ano de 2009, o comércio da Apec cresceu aproximadamente 400%, superando significativamente o resto do mundo. O Produto Interno Bruto do bloco triplicou nesse mesmo período, correspondendo a 54,2% do PIB planetário. A Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico é responsável por 43,7% das relações comerciais mundiais.</p><p>Atualmente os integrantes da Apec são: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Peru, Filipinas, Rússia, Cingapura, Tailândia, Vietnã e Estados Unidos, além de Taiwan (Formosa) e Hong Kong.</p><p>UNIÃO EUROPEIA</p><p>O embrião para o surgimento do bloco ocorreu por meio do acordo econômico entre Bélgica, Luxemburgo e Países Baixos. Esse acordo, conhecido pelo acrônimo Benelux, foi criado no ano de 1944.</p><p>Em 1952, essa comunidade de países expandiu-se com a entrada de França, Itália e Alemanha. Logo o grupo ganhou o nome de Europa dos Seis ou, ainda, de Comunidade Europeia do Carvão e do Aço.</p><p>Ao longo do tempo, a entrada de novos países — Reino Unido, Irlanda e Dinamarca (1973); Grécia (1981); e Espanha e Portugal (1986) — formou a Europa dos Doze.</p><p>O ano de 1991 marcou a fundação oficial da União Europeia, criada pelo Tratado de Maastricht, assinado em 1992. Em janeiro de 2002, o euro – a moeda única –, entrou em circulação em doze países que congregavam o bloco O bloco se propôs a reunir os países em torno de objetivos econômicos comuns, com destaque para a livre circulação de pessoas, mercadorias e serviços.</p><p>A expansão da União Europeia foi contínua. Houve a entrada de Suécia, Finlândia e Áustria (1995); Malta, Chipre, Polônia, Hungria, República Tcheca, Eslováquia, Eslovênia, Lituânia, Letônia e Lituânia (2004); Bulgária e Romênia (2007); e Croácia (2013). Além disso, houve a saída do Reino Unido (2020).</p><p>Países que fazem parte da União Europeia</p><p>A União Europeia é um bloco econômico composto na atualidade por 27 países-membros. São eles: Alemanha (1952), Áustria (1995), Bélgica (1952), Bulgária (2007), Chipre (2004), Croácia (2013), Dinamarca (1973), Eslováquia (2004), Eslovênia (2004), Espanha (1986), Estônia (2004), Finlândia (1995), França (1952), Grécia (1981), Hungria (2004), Irlanda (1973), Itália (1952), Letônia (2004), Lituânia (2004), Luxemburgo (1952), Malta (2004), Países Baixos (1952), Polônia (2004), Portugal (1986), República Checa (2004), Romênia (2007) e Suécia (1995).</p><p>Objetivos da União Europeia</p><p>A União Europeia tem objetivos bem claros estabelecidos durante o seu processo oficial de construção por meio da assinatura dos países-membros do Tratado de Maastricht, em 1992. Eles podem ser sintetizados da seguinte forma:</p><p>· integração econômica e política por meio da livre circulação de pessoas, mercadorias e serviços;</p><p>· desenvolvimento econômico e financeiro dos países-membros por meio de diversas ações integradas;</p><p>· manutenção da paz regional por meio da adoção de uma política de segurança comum, garantindo a proteção mútua;</p><p>· compromisso social dos países-membros em questões como a melhoria da qualidade de vida da população e a diminuição da desigualdade entre seus participantes.</p><p>Zona Euro</p><p>A integração evoluiu para a adoção de uma moeda única, o euro, criada em 1999, e para a unificação política. O euro começou a ser usado na forma de notas e moedas em 2002.</p><p>A Zona Euro corresponde aos 19 países membros da UE que adotaram o euro como moeda, sendo a Estônia o último país a adotá-lo em 2011.</p><p>Suécia, Dinamarca, Romênia, Bulgária, Hungria, Polônia e República Tcheca preferiram manter suas moedas nacionais e não entrar na zona euro.</p><p>Crise na União europeia</p><p>No plano econômico mundial, o ano de 2011 foi marcado pela crise econômica na União Europeia. Em função da globalização econômica que vivemos na atualidade, a crise se espalhou pelos quatro cantos do mundo, derrubando índices das bolsas de valores e criando um clima de pessimismo na esfera econômica mundial.</p><p>Principais causas da crise na UE:</p><p>- Endividamento público elevado, principalmente de países como a Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Irlanda.</p><p>- Falta de coordenação política da União Europeia para resolver questões de endividamento público das nações do bloco.</p><p>Consequências da crise:</p><p>- Fuga de capitais de investidores;</p><p>- Escassez de crédito;</p><p>- Aumento do desemprego;</p><p>- Descontentamento popular com medidas de redução de gastos adotadas pelos países como forma de conter a crise;</p><p>- Diminuição dos ratings (notas dadas por agências de risco) das nações e bancos dos países mais envolvidos na crise;</p><p>- Queda ou baixo crescimento do PIB dos países da União Europeia em função do desaquecimento da econômica dos países do bloco.</p><p>- Contaminação da crise para países, fora do bloco, que mantém relações comerciais com a União Europeia, inclusive o Brasil. A crise pode, de acordo com alguns economistas, causar recessão econômica mundial.</p><p>Ações tomadas pela União Europeia para enfrentar a crise:</p><p>- Implementação de um pacote econômico anticrise (lançado em 27/10/2011);</p><p>- Maior participação do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Central Europeu nas ações de enfrentamento da crise;</p><p>- Ajuda financeira aos países com mais dificuldades econômicas como, por exemplo, a Grécia.</p><p>- Definição de um Pacto Fiscal, ratificado em 2012, cujos objetivos foram: garantir o equilíbrio das contas públicas das nações da União Europeia e criar sistemas de punição aos países que desrespeitarem o pacto. Vale destacar que o Reino Unido não aceitou o pacto, fato que aumentou a crise política na região.</p><p>* As ações de combate à crise foram coordenadas, principalmente, por França e Alemanha.</p><p>Economia da União Europeia de 2020 a 2022</p><p>No começo do ano de 2020, a economia europeia estava apresentando ótimos indicadores, na maioria dos países. Porém, a crise voltou ao continente com a pandemia do novo coronavírus.</p><p>Em 2022, a economia dos países da União Europeia apresentou recuperação. Porém, a volta do rápido crescimento econômico gerou o descontrole da inflação, fato que fez muitos países a elevarem a taxa de juros.</p><p>BREXIT</p><p>A palavra Brexit vem da junção das palavras inglesas “Britain” (Bretanha) e “Exit” (saída).</p><p>A expressão é usada para caracterizar o processo de desligamento do Reino Unido da União Europeia iniciado com o referendo de 23 de junho de 2016. Nesta data, os britânicos escolheram deixar o bloco econômico e político europeu.</p><p>Brexit é o processo de saída do Reino Unido da União Europeia iniciado em 2017 e com previsão para terminar em 31 de dezembro de 2020.</p><p>Em 31 de janeiro de 2020, o Reino Unido deixou a UE, tornando-se</p><p>o primeiro país a fazê-lo.</p><p>Após esta data, houve um período de onze meses para que vários tratados e acordo fossem negociados entre o Reino Unido e a União Europeia.</p><p>Devido à pandemia do coronavírus, as negociações se viram afetadas e primeiro-ministro Boris Johnson quis se retirar da União Europeia sem acordo.</p><p>No entanto, em 24 de dezembro de 2020, Reino Unido e União Europeia conseguiram assinar um tratado garantindo que os mercados de ambos continuariam abertos.</p><p>Causas do Brexit:</p><p>· Britânicos argumentavam que o Reino Unido havia perdido sua soberania e sua autonomia para tomar decisões e estava pagando um alto preço, tanto político quanto econômico, para fazer parte da EU.</p><p>· Promessa de maiores investimentos para a saúde, com a redução dos tributos pagos pelos países do bloco.</p><p>· Crise da imigração e a incapacidade de se adotar políticas nacionais autônomas para lidar com ela.</p><p>Consequências do Brexit:</p><p>· Possível saída da Escócia e da Irlanda do Norte do Reino Unido, pois o Brexit venceu na Inglaterra (53,2) e no País de Gales (51,7%), mas perdeu na Escócia (62%) e na Irlanda do Norte (55,7%), locais onde a maioria votou a favor da permanência no bloco.</p><p>· Endurecimento das políticas de imigração, que deverão ficar mais restritivas.</p><p>· Queda do valor da libra: a libra se desvalorizou quase 15% logo após o Brexit.</p><p>· Possível efeito dominó entre os países do bloco, estimulando outros pedidos de referendo para sair do bloco.</p><p>Curiosidades sobre a União Europeia</p><p>O Acordo de Schengen é um mecanismo que permite a livre circulação de pessoas entre a maior parte dos países da União Europeia, assim como em países parceiros.</p><p>A União Europeia é o único bloco econômico que possui uma moeda única, o euro, que vem sendo adotado por alguns países do bloco desde 2002.</p><p>A Alemanha é a principal economia da União Europeia, além de ser seu país mais populoso.</p><p>Em 2020, o Reino Unido deixou oficialmente a União Europeia. O processo de saída do país, o primeiro a deixar o bloco econômico, ficou conhecido como Brexit.</p><p>Atualmente, alguns dos países que pretendem ingressar na União Europeia são: Bósnia e Herzegovina, Montenegro, Kosovo, Macedônia do Norte, Albânia, Sérvia e Turquia.</p><p>Os principais órgãos da União Europeia estão localizados em Bruxelas (Bélgica).</p><p>Referência Bibliográfica:</p><p>https://www.preparaenem.com/geografia/apec.htm</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/apec.htm</p><p>https://www.politize.com.br/usmca/</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/usmca.htm</p><p>https://www.todamateria.com.br/mercosul/</p><p>https://www.politize.com.br/mercosul-conheca-o-funcionamento-do-bloco-economico/</p><p>https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/uniao-europeia-bloco-politico-e-economico-reune-27-paises.htm</p><p>https://www.suapesquisa.com/uniaoeuropeia/crise.htm</p><p>image1.png</p>