Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

Prévia do material em texto

<p>FUNDAMENTOS</p><p>DE ENFERMAGEM</p><p>Atualizado 01.2020</p><p>Professor</p><p>_____________________________</p><p>_____/____/_____ Início</p><p>Previsão de término</p><p>____/_____/____</p><p>“Em Fundamentos de</p><p>enfermagem, de fato, é</p><p>embutido na prática os</p><p>procedimentos inerentes</p><p>a profissão, neste</p><p>processo de crescimento</p><p>de um técnico de</p><p>enfermagem em</p><p>formação o estudo</p><p>teórico e prático das</p><p>técnicas e</p><p>procedimentos de</p><p>enfermagem, dão mais</p><p>identidade ao futuro</p><p>profissional”.</p><p>Elaboração</p><p>Prof Enfª Juliana Targino</p><p>Fontes</p><p>Formatação, Edição e</p><p>Revisão</p><p>Prof Enfª Juliana Targino</p><p>Direção</p><p>Enfª Mônica de Moraes</p><p>A enfermagem é a ciência que estuda o</p><p>cuidado com o ser humano em todas as suas</p><p>vertentes, como um ser BIOPSICOSSOCIAL, ou</p><p>seja, nos aspectos biológicos (BIO) da vida, que se</p><p>caracterizam pelo corpo, saúde e bem-estar físico.</p><p>(PSCICO), saúde psicológica e (SOCIAL), saúde</p><p>social, isto é, viver a harmonia com o ambiente que</p><p>habita, costumes, família e coletividade. Levar em</p><p>conta o equilíbrio entre estes aspectos e</p><p>conceitualizar a saúde do paciente e também sua</p><p>doença, para fundamentar as tomadas de decisão</p><p>relativamente ao processo terapêutico.</p><p>E também a assistência</p><p>fundamentada na</p><p>ciência holística,</p><p>adotando uma visão do</p><p>indivíduo como um</p><p>todo e da saúde como</p><p>um perfil individual. O</p><p>indivíduo como tendo</p><p>um papel ativo na sua</p><p>saúde, cabendo ao técnico de saúde auxiliá-lo no</p><p>processo de tratamento e levando a cabo iniciativas</p><p>de educação para saúde. Para tal, é necessário que</p><p>o profissional de enfermagem conheça as ciências</p><p>humanas, na prática e na teoria, normas e</p><p>procedimentos assistenciais, que garantam ao</p><p>paciente uma melhor qualidade de assistência. E</p><p>para o profissional um respaldo técnico científico</p><p>para as suas condutas.</p><p>Neste capítulo, você estudará Fundamentos</p><p>de enfermagem, isto implica em conhecer os</p><p>principais procedimentos assistenciais de</p><p>enfermagem e dominar os principais protocolos</p><p>operacionais para a assistência do paciente, isto</p><p>engloba uma série de saberes teóricos e práticos que</p><p>identificam sinais e sintomas, e/ou conferem</p><p>segurança, alívio ou conforto ao paciente.</p><p>Ao técnico de enfermagem, compete o</p><p>monitoramento contínuo da clientela e a execução</p><p>de procedimentos minimamente invasivos de</p><p>terapia medicamentosa, higiene e limpeza entre</p><p>outros.</p><p>Conhecimentos técnico-científicos que</p><p>exigem além de sala de aula, prática em laboratório</p><p>e no campo de estágio, ressaltando a importância da</p><p>habilidade do saber-fazer em Enfermagem - ação</p><p>que sempre e concomitantemente conjuga-se com a</p><p>competência humana necessária para lidar com o</p><p>ser humano, expressa através da comunicação, da</p><p>ética e do respeito aos</p><p>seus direitos e</p><p>valores3. É o bom</p><p>senso, acima do senso</p><p>comum, que precisa</p><p>prevalecer para que</p><p>se preste uma</p><p>assistência com</p><p>equidade, e no</p><p>tocante ao atendimento holístico conforme foi visto.</p><p>Um bom técnico de enfermagem deve saber</p><p>dispor dos instrumentos disponíveis a sua</p><p>profissão para conferir segurança nas suas ações e</p><p>tomadas de decisão</p><p>A sistematização da assistência de</p><p>enfermagem (SAE) as teorias de enfermagem, e as</p><p>legislação de enfermagem, assuntos que veremos a</p><p>seguir, fundamentam qualidade ao atendimento e</p><p>respaldam o profissional de enfermagem,</p><p>prepararão você para receber um conteúdo prático</p><p>de forma mais consistente. Dentro do que foi lido...</p><p>INTRODUÇÃO A FUNDAMENTOS</p><p>DE ENFERMAGEM</p><p>Fundamentos de Enfermagem Data ___/___/____ Ciclo básico</p><p>A palavra holismo deriva do grego holikós,</p><p>que significa todo, inteiro, completo. Essa</p><p>prática evita tratar de forma isolada o</p><p>processo saúde-doença, fazendo com que a</p><p>saúde seja subtendida como uma mudança</p><p>contínua aos desafios ambientais e ao</p><p>equilíbrio dinâmico do organismo1 e 2</p><p>você lembra quais são os órgãos</p><p>e leis que regulamentam sua</p><p>profissão? E as principais leis que</p><p>fundamentam suas práticas?</p><p>4</p><p>No quadro ao lado, vamos relembrar um pouco do</p><p>que foi visto por você em ética de enfermagem,</p><p>estes tópicos lhe guiarão a tudo que precisará ser</p><p>lembrado.</p><p>O código de deontologia da enfermagem é</p><p>impossível não ser citado quando falamos em</p><p>como deve ser a assistência de enfermagem e o</p><p>relacionamento com o paciente no ponto de vista</p><p>da assistência. Esta ética, compreende uma séria de</p><p>saberes legais, além de valores morais e</p><p>comportamentais do profissional de enfermagem.</p><p>ÉTICA E HUMANIZAÇÃO NA</p><p>ASSITÊNCIA</p><p>CONCEITOS BÁSICOS .</p><p>A ética é um daqueles conceitos dos quais</p><p>todo mundo sabe o que, mas que não é fácil de</p><p>explicar, quando alguém pergunta.</p><p>Tradicionalmente ela é entendida como um</p><p>estudo ou uma reflexão, científica ou filosófica, e</p><p>eventualmente até teológica, sobre os costumes ou</p><p>sobre as ações humanas. Mas também chamamos</p><p>de ética a própria vida, quando conforme aos</p><p>costumes considerados corretos. A ética pode ser o</p><p>estudo das ações ou dos costumes, e pode ser a</p><p>própria realização de um tipo de comportamento.</p><p>Enquanto uma reflexão científica, que tipo</p><p>de ciência seria a ética? Tratando de normas de</p><p>comportamentos, deveria chamar-se de ciência</p><p>normativa. Tratando de costumes, assemelha-se a</p><p>uma ciência descritiva. Ou seria uma ciência de</p><p>cunho mais especulativo, que tratasse, por</p><p>exemplo, da questão fundamental da liberdade?</p><p>Que outra ciência estuda a liberdade</p><p>humana, enquanto tal, e em suas realizações</p><p>práticas? Onde se situa o estuda que pergunta se</p><p>existe liberdade? E como ela deve ser definida</p><p>teoricamente, e como deveria ser vivida,</p><p>praticamente? Ora, ligado ao problema da</p><p>liberdade aparece sempre o problema do bem e do</p><p>mal, e o problema da consciência moral e da lei e</p><p>vários outros problemas deste tipo.</p><p>Didaticamente costuma-se separa os</p><p>problemas teóricos da ética em dois campos: num,</p><p>os problemas gerais e fundamentais (como</p><p>liberdade, consciência, bem, valor, lei e outros); e</p><p>no segundo problemas específicos de aplicação</p><p>concreta, como problemas da ética profissional de</p><p>Conselhos de Classe</p><p>• • •</p><p>Você sabe o que é COREN, COFEN? Os</p><p>Conselhos de Enfermagem foram criados em</p><p>1973 por força da Lei 5905/73. São órgãos de</p><p>direito público e sua missão é regular o</p><p>exercício profissional, através das diversas</p><p>atividades que exerce.</p><p>COFEN- normatizar e expedir instruções para</p><p>uniformidade de procedimentos e bom</p><p>funcionamento dos Conselhos Regionais;</p><p>Apreciar em grau de recurso as decisões dos</p><p>CORENs; Aprovar anualmente as contas e a</p><p>proposta orçamentária da autarquia,</p><p>remetendo-as aos órgãos competentes;</p><p>Promover estudos e campanhas para</p><p>aperfeiçoamento profissional.</p><p>COREN- Deliberar sobre inscrição no</p><p>Conselho, bem como o seu cancelamento;</p><p>Disciplinar e fiscalizar o exercício profissional,</p><p>observadas as diretrizes gerais do COFEN;</p><p>Executar as resoluções do COFEN; Expedir a</p><p>carteira de identidade profissional,</p><p>indispensável ao exercício da profissão e</p><p>válida em todo o território nacional; Fiscalizar</p><p>o exercício profissional e decidir os assuntos</p><p>atinentes à Ética Profissional, impondo as</p><p>penalidades cabíveis; Elaborar a sua proposta</p><p>orçamentária anual e o projeto de seu</p><p>regimento interno, submetendo-os à</p><p>aprovação do COFEN; Zelar pelo bom</p><p>conceito da profissão e dos que a exerçam;</p><p>Propor ao COFEN medidas visando a</p><p>melhoria do exercício profissional; Eleger sua</p><p>Diretoria e seus Delegados eleitores ao</p><p>Conselho Federal; Exercer as demais</p><p>atribuições que lhe forem conferidas pela Lei</p><p>5.905/73 e pelo COFEN.</p><p>http://www.cofen.gov.br/o-cofen</p><p>QUAL A LEI QUE REGULAMENTA O</p><p>EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE</p><p>ENFERMAGEM?</p><p>E QUAL A RESOLUÇÃO CONHECIDA</p><p>COMO CÓDIGO DE DEONTOLOGIA</p><p>DE ENFERMAGEM?</p><p>POR QUE É IMPORTANTE CONHECE-</p><p>LAS?</p><p>RELEIA A LEI DO EXERCÍCIO</p><p>PROFISSIONAL E O CÓDIGO DE ÉTICA</p><p>NA PÁGINA XX. E RELATE EM</p><p>Gram-negativos ou leveduras)</p><p>que, em áreas críticas como unidades com</p><p>pacientes imunocomprometidos, pacientes</p><p>cirúrgicos e Unidade de Terapia Intensiva (UTI),</p><p>podem ter um importante papel adicional como</p><p>causa de infecção relacionada à assistência à</p><p>saúde.</p><p>Que tal conhecer quais os principais</p><p>produtos utilizados na higienização das</p><p>mãos</p><p>Segundo Larson, o principal problema da</p><p>higienização das mãos não é a falta de bons</p><p>produtos, mas sim, a negligência dessa prática4. A</p><p>seguir veremos uma tabela determinados produtos</p><p>que podem ser utilizados para higienização das</p><p>mãos: sabonete comum e os anti-sépticos (álcool,</p><p>clorexidina, iodo/iodóforos e triclosan),</p><p>considerando a eficácia de cada um deles:</p><p>26</p><p>Antes de mais nada, é importante que</p><p>você a partir de agora se familiarize com</p><p>alguns termos que serão bastante</p><p>utilizados daqui por diante.</p><p>O que é Assepsia:</p><p>É o conjunto de medidas que utilizamos para</p><p>impedir a penetração de microrganismos num</p><p>ambiente que logicamente não os tem, logo um</p><p>ambiente asséptico é aquele que está livre de</p><p>infecção7.</p><p>Antissepsia:</p><p>É o conjunto de medidas propostas para inibir o</p><p>crescimento de microrganismos ou removê-los de</p><p>um determinado ambiente, podendo ou não</p><p>destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos</p><p>ou desinfetantes7.</p><p>“É a destruição de micro-organismos existentes</p><p>nas camadas superficiais ou profundas da pele,</p><p>mediante a aplicação de um agente germicida de</p><p>baixa causticidade, hipoalergênico e passível de</p><p>ser aplicado em tecido vivo” 7.</p><p>Degermação:</p><p>Vem do inglês degermation, ou desinquimação, e</p><p>significa a diminuição do número de</p><p>microrganismos patogênicos ou não, após a</p><p>escovação da pele com água e sabão7.</p><p>Desinfecção:</p><p>É o processo pelo qual se destroem</p><p>particularmente os germes patogênicos e/ou se</p><p>inativa sua toxina ou se inibe o seu</p><p>desenvolvimento. Os esporos não são</p><p>necessariamente destruídos7.</p><p>Esterilização: é processo de destruição de todas</p><p>as formas de vida microbiana (bactérias nas formas</p><p>vegetativas e esporuladas, fungos e vírus)</p><p>mediante a aplicação de agentes físicos e ou</p><p>químicos, toda esterilização deve ser precedida de</p><p>lavagem e enxaguadura do artigo para remoção de</p><p>detritos7.</p><p>LAVAGEM DAS MÃOS</p><p>Em uma breve história....</p><p>Foi o médico húngaro Ignaz Philip</p><p>Semmelweis (1818-1865), que em 1846, comprovou</p><p>a íntima relação da febre puerperal com os</p><p>cuidados médicos. Ele notou que os médicos que</p><p>iam diretamente da sala de autópsia para a de</p><p>obstetrícia tinham odor desagradável nas mãos9.</p><p>Ele postulou que a febre puerperal que</p><p>afetava tantas mulheres parturientes fosse causada</p><p>por “partículas cadavéricas” transmitidas na sala</p><p>de Ignaz, autópsia para a ala obstétrica por meio</p><p>das mãos de estudantes e médicos. Por volta de</p><p>maio de 1847, ele insistiu que estudantes e médicos</p><p>lavassem suas mãos com solução clorada após as</p><p>autópsias e antes de examinar as pacientes da</p><p>clínica obstétrica. No mês seguinte após esta</p><p>intervenção, a taxa de mortalidade caiu de 12,2</p><p>para 1,2%9.</p><p>27</p><p>Desta forma, Semmelweis, por meio do</p><p>primeiro estudo experimental sobre este tema,</p><p>demonstrou claramente que a higienização</p><p>apropriada das mãos podia prevenir infecções</p><p>puerperais e evitar mortes maternas9.</p><p>EQUIPAMENTOS E INSUMOS</p><p>NECESSÁRIOS PARA</p><p>HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS</p><p>A antissepsia das mãos para ser efetiva,</p><p>depende não só de uma técnica bem-feita, ou de</p><p>um degermante de qualidade, mas também de um</p><p>ambiente adequado para a sua realização. Sendo</p><p>assim padronizações de materiais também são</p><p>instituídos para aliar a qualidade técnica a uma</p><p>higienização verdadeiramente de qualidade.</p><p>Segundo a ANVISA, dentre os</p><p>equipamentos necessários para a higienização das</p><p>mãos são incluídos os lavatórios/ pias, lavabo</p><p>cirúrgico, os dispensadores de sabonete e</p><p>antissépticos, o porta-papel toalha e a lixeira para</p><p>descarte do papel toalha.</p><p>Lavatório, pia de lavagem e lavabo</p><p>Cirúrgico e a água.</p><p>Lavatório – exclusivo para a higienização das mãos</p><p>com profundidade suficiente para que o</p><p>profissional de saúde lave as mãos sem encostá-las</p><p>nas paredes laterais ou bordas da peça e tampouco</p><p>na torneira. Ainda, que evite respingos nas laterais</p><p>do lavatório, no piso e no profissional.</p><p>A qualidade da água utilizada em serviços de</p><p>saúde é de</p><p>fundamental</p><p>importância</p><p>para as</p><p>práticas de</p><p>higienização</p><p>das mãos.</p><p>Deve ser livre</p><p>de contaminantes químicos e biológicos,</p><p>obedecendo aos dispositivos da Portarias do MS</p><p>que estabelece os procedimentos relativos ao</p><p>controle e à vigilância da qualidade deste insumo</p><p>as centrais de armazenamento de água devem ser</p><p>limpos e desinfetados, com realização de controle</p><p>microbiológico semestral.</p><p>Lixeira para descarte do papel toalha</p><p>Deve sempre existir recipiente para o</p><p>acondicionamento do material utilizado na</p><p>secagem das mãos. Este recipiente deve ser de fácil</p><p>limpeza, não sendo necessária a existência de</p><p>tampa. No caso de se optar por mantê-lo tampado,</p><p>o recipiente deverá ter tampa articulada com</p><p>acionamento de abertura sem utilização das mãos.</p><p>Porta-papel toalha e papel toalha.</p><p>O porta-papel</p><p>toalha deve ser</p><p>fabricado, com</p><p>material</p><p>preferencialmente</p><p>plástico, sendo de</p><p>fácil limpeza. Deve</p><p>ser instalado em local que não receba respingos</p><p>de água e sabonete. Deve obedecer a rotinas de</p><p>limpeza e de protocolos de reposição do papel,</p><p>conforme SCIH. O papel toalha utilizado para a</p><p>secagem das mãos deve ser suave, sem fragrância,</p><p>não liberar partículas e possuir boa propriedade de</p><p>secagem. A utilização do papel toalha, deve-se dar</p><p>preferência aos papéis em bloco e rolo, que</p><p>possibilitam o uso individual, folha a folha. O uso</p><p>coletivo de toalhas de tecido é contraindicado, pois estas</p><p>podem permanecer úmidas, favorecendo a proliferação</p><p>bacteriana. O secador elétrico não é indicado nos</p><p>serviços de saúde para a higienização das mãos, pois</p><p>raramente o tempo necessário para a secagem é</p><p>obedecido, além de haver dificuldade no seu</p><p>acionamento. Eles podem, ainda, carrear</p><p>microrganismos.</p><p>Dispensadores de sabonete e</p><p>antissépticos</p><p>Medidas devem ser</p><p>tomadas para que não</p><p>haja contaminação</p><p>dentro de um</p><p>dispensador de sabão</p><p>antisséptico, precisa ser</p><p>sempre higienizado, em</p><p>especial a cada troca de</p><p>sabão e seu refil</p><p>substituído. E devem</p><p>ser de rigorosa qualidade os produtos utilizados</p><p>para este fim tais como sabonetes, preparações</p><p>alcoólicas para as mãos e outros agentes</p><p>antissépticos como foram abordados</p><p>anteriormente.</p><p>https://www.afcinox.com.br/pia-inox-hospitalar</p><p>28</p><p>Indicações</p><p>Higienizar as mãos com água e sabonete nas</p><p>seguintes situações:</p><p>• Quando as mãos estiverem visivelmente sujas</p><p>ou contaminadas com sangue e outros fluidos</p><p>corporais.</p><p>• Ao iniciar e terminar o turno de trabalho.</p><p>• Antes e após ir ao banheiro.</p><p>• Antes e depois das refeições.</p><p>• Antes de preparo de alimentos.</p><p>• Antes de preparo e manipulação de</p><p>medicamentos.</p><p>• Antes e após contato com paciente colonizado</p><p>ou infectado por C. difficile.</p><p>• Após várias aplicações consecutivas de produto</p><p>alcoólico.</p><p>• Nas situações indicadas para o uso de</p><p>preparações alcoólicas.</p><p>Indicação do uso de preparações</p><p>alcoólicas</p><p>Higienizar as mãos com preparação alcoólica (sob</p><p>a forma gel ou líquida com 1-3% glicerina) quando</p><p>estas não estiverem visivelmente sujas, em todas as</p><p>situações descritas a seguir:</p><p>• Antes de contato com o paciente</p><p>• Após contato com o paciente</p><p>• Antes de realizar procedimentos assistenciais</p><p>e manipular dispositivos invasivos</p><p>• Antes de calçar luvas para inserção de</p><p>dispositivos invasivos que não requeiram preparo</p><p>Cirúrgico</p><p>• Após risco de exposição a fluidos corporais</p><p>• Ao mudar de um sítio corporal contaminado</p><p>para outro, limpo, durante o cuidado ao paciente</p><p>Procedimento cirúrgico</p><p>• Após contato com objetos</p><p>inanimados e</p><p>superfícies imediatamente próximas ao paciente</p><p>• Antes e após remoção de luvas</p><p>Você já imaginou quantas vezes por</p><p>dia você utiliza suas mãos e em</p><p>quantas coisas você toca por dia?</p><p>Você deixa e leva bactérias em todos</p><p>os lugares que toca, pense nisso!</p><p>29</p><p>A TÉCNICA</p><p>As técnicas de higienização das mãos podem</p><p>variar, dependendo do objetivo ao qual se</p><p>destinam.</p><p>Podem ser divididas em:</p><p>• Higienização simples das mãos;</p><p>Remover os microrganismos que colonizam as</p><p>camadas superficiais da pele, assim como o suor a</p><p>oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade</p><p>propícia à permanência e à proliferação de</p><p>microrganismos. O procedimento deve durar de 40 a</p><p>60 segundos.</p><p>• Higienização antisséptica das mãos;</p><p>Promover a remoção de sujidades e de</p><p>microrganismos, reduzindo a carga microbiana das</p><p>mãos, com auxílio de um antisséptico. O procedimento</p><p>deve durar de 40 a 60 segundos.</p><p>A técnica de higienização antisséptica é igual</p><p>àquela utilizada para higienização simples das</p><p>mãos, substituindo-se o sabonete comum por</p><p>um associado a antisséptico.</p><p>• Fricção de antisséptico nas mãos;</p><p>Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção</p><p>de sujidades). A utilização de gel alcoólico</p><p>preferencialmente a 70% ou de solução alcoólica a</p><p>70% com 1-3% de glicerina pode substituir a</p><p>higienização com água e sabonete quando as mãos não</p><p>estiverem visivelmente sujas. O procedimento deve</p><p>durar de 20 a 30 segundos.</p><p>• Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-</p><p>operatório das mãos. (PROCEDIMENTO</p><p>QUE SERÁ APRENDIDO NA MATÉRIA DE</p><p>CLÍNICA CIRÚRGICA)</p><p>A eficácia da higienização das mãos depende da</p><p>duração e da técnica empregada.</p><p>Antes de iniciar qualquer uma dessas técnicas,</p><p>é necessário retirar joias (anéis, pulseiras,</p><p>relógio), pois sob tais objetos podem acumular</p><p>microrganismos.</p><p>Mantenha as unhas naturais, limpas e curtas;</p><p>Não use unhas postiças quando entrar em</p><p>contato direto com os pacientes;</p><p>Evite o uso de esmaltes nas unhas;</p><p>Aplique creme hidratante nas mãos (uso</p><p>individual), diariamente, para evitar</p><p>ressecamento na pele.</p><p>Veremos a seguir a ilustração do passo a passo ao</p><p>lado de ambos os procedimentos.</p><p>PASSO A PASSO</p><p>• • •</p><p>1-Abrir a torneira e molhar as mãos evitando</p><p>encostar-se na pia.</p><p>2-Aplicar na palma da mão quantidade suficiente</p><p>de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies</p><p>das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo</p><p>fabricante).</p><p>3-Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as</p><p>entre si. (PALMA/PALMA).</p><p>4-Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da</p><p>mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa.</p><p>(PALMA/ DORSO).</p><p>5-Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços</p><p>interdigitais. (ENTRE OS DEDOS)</p><p>6-Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a</p><p>palma da mão oposta, segurando os dedos, com</p><p>movimento de vai-e-vem e vice-versa.</p><p>(FALANGES)</p><p>7-Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma</p><p>da mão esquerda, utilizando-se movimento circular</p><p>e vice-versa. (POLEGAR)</p><p>8-Friccionar as polpas digitais e unhas da mão</p><p>esquerda contra a palma da mão direita, fechada em</p><p>concha, fazendo movimento circular e vice-versa.</p><p>(DIGITAIS)</p><p>9-Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da</p><p>palma da mão direita, utilizando movimento</p><p>circular e vice-versa. (PUNHOS)</p><p>10- Enxaguar as mãos, com as pontas dos</p><p>dedos cortadas para cima, fazendo movimentos</p><p>somente de ida, retirando os resíduos de sabonete.</p><p>Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a</p><p>torneira.</p><p>11- Secar as mãos com papel toalha descartável,</p><p>iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos, em</p><p>movimento único de cima para baixo. No caso de</p><p>torneiras com contato manual para fechamento,</p><p>sempre utilize papel toalha.</p><p>30</p><p>Higienização simples ou antisséptica das mãos;</p><p>31</p><p>USO DE LUVAS</p><p>A higiene de mãos e o uso de luvas estão</p><p>intimamente relacionados na prática clínica nos</p><p>serviços de saúde. Segundo publicações, os</p><p>profissionais da saúde usam luvas quando estas</p><p>não são indicadas, e esta prática interfere</p><p>negativamente na adesão à higiene das mãos.</p><p>O uso de luvas tornou-se um componente</p><p>rotineiro na prática assistencial dos profissionais</p><p>desde a década de 80. A decisão de usar ou não</p><p>luvas deve ser baseada na avaliação do risco de</p><p>exposição a sangue e fluidos corporais</p><p>potencialmente contaminados, e deve também</p><p>levar em consideração a legislação vigente e os</p><p>protocolos operacionais do seu ambiente de</p><p>trabalho10.</p><p>De acordo com as precauções padrão (PP)</p><p>o uso de luvas tem a finalidade de proteger as</p><p>mãos dos profissionais do contato com sangue e</p><p>fluidos corporais potencialmente contaminados,</p><p>proteger os pacientes e reduzir o risco da</p><p>transmissão de micro-organismos para paciente e</p><p>Fricção de antisséptico nas mãos</p><p>32</p><p>profissional. No entanto, o fato de usar luvas, não</p><p>significa ausência de risco de transmissão de</p><p>micro-organismos.</p><p>Na área da saúde, existem ocasiões onde os</p><p>profissionais precisam decidir se devem ou não</p><p>usar luvas; o que pode resultar em dúvidas sobre</p><p>quando o uso de luvas é necessário, no uso</p><p>excessivo e em reações adversas, seu professor de</p><p>fundamentos te orientará a esta utilização.</p><p>Neste sentido, é necessário reforçar a</p><p>orientação de que existem situações clínicas nas</p><p>quais o uso de luvas não é indicado10.</p><p>Quando utilizar luvas?</p><p>As recomendações quanto ao uso de luvas</p><p>por profissionais de saúde são:</p><p>• Use luvas somente quando indicado;</p><p>• Utilize-as para proteção individual, nos casos</p><p>de contato com sangue e líquidos corporais e ao</p><p>contato com mucosas e pele não íntegra de todos</p><p>os pacientes;</p><p>• Utilize-as para redução da possibilidade de</p><p>microrganismos das mãos do profissional</p><p>contaminar o campo operatório (luvas cirúrgicas);</p><p>• Utilize-as para redução da possibilidade de</p><p>transmissão de microrganismo de um paciente</p><p>para outro nas situações de precaução de contato;</p><p>• Troque de luvas sempre que entrar em contato</p><p>com outro paciente;</p><p>• Troque também durante o contato com o</p><p>paciente se for mudar de um sítio corporal</p><p>contaminado para outro, limpo, ou quando esta</p><p>estiver danificada;</p><p>• Nunca toque desnecessariamente superfícies e</p><p>materiais (tais como telefones, maçanetas, portas)</p><p>quando estiver com luvas;</p><p>• Não lavar ou usar novamente o mesmo par</p><p>de luvas;</p><p>• O uso de luvas não substitui a higienização</p><p>das mãos10;</p><p>Quanto aos tipos de luva</p><p>Luva Cirúrgica (luva estéril): produto feito de</p><p>borracha natural, de borracha sintética, de</p><p>misturas de borracha natural e sintética, e de vinil.</p><p>São EPIs de uso único, de formato anatômico, com</p><p>punhos capazes de assegurar ajuste ao braço do</p><p>usuário (a), para utilização em cirurgias10.</p><p>Luva para Procedimentos Não Cirúrgicos</p><p>(luva não estéril): produto feito de borracha</p><p>natural, de borracha sintética, de misturas de</p><p>borracha natural e sintética, e de policloreto de</p><p>vinila, de uso único, para utilização em</p><p>procedimentos não cirúrgicos para assistência à</p><p>saúde10.</p><p>Outros tipos de matérias disponíveis no</p><p>mercado.</p><p>1- Borracha natural ou Látex de borracha natural</p><p>2- Borracha não-natural</p><p>3- Vinil (PVC): não deve ser utilizado para uso</p><p>clínico.</p><p>Dentre as recomendações preconizadas</p><p>utiliza-se luvas estéreis para:</p><p>• Qualquer procedimento cirúrgico.</p><p>• Parto Vaginal.</p><p>• Procedimentos invasivos.</p><p>• Realização de acessos e procedimentos</p><p>vasculares (vias centrais).</p><p>• Quaisquer procedimentos nos quais seja</p><p>necessária a manutenção da técnica asséptica.</p><p>Ocorrência de alergia a luva por parte</p><p>dos profissionais de saúde:</p><p>A exposição ao látex pode produzir várias reações.</p><p>As alergias relacionadas ao látex podem ser:</p><p>IMEDIATA: Os sintomas ocorrem entre 5 e 30</p><p>minutos após a exposição e as reações podem</p><p>incluir vermelhidão da pele ou respiração</p><p>ofegante. Desaparecem dentro de 2 horas da</p><p>remoção do alérgeno.</p><p>TARDIA: Uma</p><p>erupção cutânea aguda ocorre após</p><p>6 a 48 horas e uma vez que a pessoa se tornou</p><p>sensibilizada a um alérgeno, o menor contato pode</p><p>provocar recorrência.</p><p>TÉCNICA DE CALÇAMENTO DE</p><p>LUVAS DE PROCEDIMENTO</p><p>As luvas de procedimento não querem do</p><p>profissional uma técnica de calçamento específica,</p><p>apenas, que sejam tomados cuidados para</p><p>diminuir a propagação de bactérias:</p><p>• Higienize as mãos e retire uma luva da caixa</p><p>original.</p><p>33</p><p>• Toque somente na superfície da luva</p><p>correspondente ao punho (na extremidade</p><p>superior do punho).</p><p>• O profissional precisa desenvolver habilidade</p><p>para realizar este procedimento de forma ágil.</p><p>• A RETIRADA DA LUVA É PROCEDIMENTO</p><p>É IGUAL A RETIRADA DA LUVA ESTÉRIL,</p><p>COMO APRENDEREMOS A SEGUIR.</p><p>TÉCNICA DE CALÇAMENTO</p><p>DE LUVAS ESTÉRIL.</p><p>• • •</p><p>1- Faça a higiene das mãos com produto alcoólico</p><p>ou água e sabonete.</p><p>2. Avalie a integridade do pacote da luva. Sobre</p><p>uma superfície limpe a seca, segure o pacote</p><p>primário (não estéril) pelas bordas superiores e</p><p>abra-o completamente até a exposição completa do</p><p>pacote secundário (estéril). Tenha cuidado para não</p><p>tocar no pacote secundário.</p><p>3. Coloque o pacote sobre a superfície, abra-o pela</p><p>parte externa, de modo a desdobrar o papel e</p><p>mantê-lo aberto. Tome cuidado para não tocar nas</p><p>luvas.</p><p>4. Use o polegar e o dedo indicador da mão</p><p>dominante, segure cuidadosamente a borda do</p><p>punho dobrado da luva da mão não dominante.</p><p>5. Deslizar a outra mão na luva num único</p><p>movimento, mantendo a manga dobrada ao nível</p><p>do punho.</p><p>6 e 7. Com a mão enluvada, pegue a outra luva e</p><p>deslize os dedos no punho da outra luva.</p><p>8-10. Em um movimento único, deslize a luva na</p><p>mão não enluvada. Lembre-se de não encostar a</p><p>mão já enluvada na mão não enluvada. O contato</p><p>da mão enluvada com a mão ainda sem luva, ou</p><p>com qualquer outra superfície, caracteriza quebra</p><p>de técnica asséptica e requer a troca de luvas.</p><p>11. Caso necessário, após a calçar luvas em ambas</p><p>as mãos, ajuste os dedos e espaços interdigitais para</p><p>que as luvas fiquem ajustadas confortavelmente.</p><p>12-13. Desdobrar o punho da primeira mão</p><p>enluvada deslizando suavemente os dedos da outra</p><p>mão no interior da dobra, certificando-se de evitar</p><p>qualquer contato com uma superfície que não seja a</p><p>superfície exterior da luva (a quebra de técnica</p><p>asséptica requer mudança de luva).</p><p>14. As mãos enluvadas devem tocar dispositivos</p><p>exclusivamente estéreis ou área do corpo do</p><p>paciente previamente preparada para</p><p>procedimentos assépticos.</p><p>34</p><p>-</p><p>REMOÇÃO DE LUVAS ESTÉREIS</p><p>• • •</p><p>15-17. Segure a luva na região dos punhos e retire a primeira luva puxando-a em direção à ponta dos</p><p>dedos (não remover completamente)</p><p>18. Com a mão parcialmente enluvada, segure a região do punho da mão oposta e puxe-a em direção</p><p>à ponta dos dedos.</p><p>19. Remova a luva, lembrando-se de que a pela das mãos fique em contato com a região interna da luva.</p><p>20. Descarte as luvas em lixo infectante.</p><p>21. Realize a higiene das mãos após a remoção das luvas</p><p>35</p><p>Referência</p><p>1- http://www2.ebserh.gov.br/documents/222346/2344967/MANUAL+2017a.pdf/2360905a-</p><p>78ae-4edc-aa57-2d0dcfc66fef</p><p>2- http://www.hgb.rj.saude.gov.br/noticias/not.asp?id=1209</p><p>3- http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-</p><p>vigilancia/infeccao-hospitalar/doc/iras12_pub_geral.pdf</p><p>4- https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/infeccao-</p><p>hospitalar-a-manifestacao-pode-ocorrer-apos-a-alta-do-paciente/6776</p><p>5- https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/precaucoes-</p><p>respiratorias-para-aerossois/24497</p><p>6- Moriya T, Módena JLP. Assepsia e antissepsia: técnicas de esterilização. Medicina</p><p>(Ribeirão Preto). 2008; 41 (3): 265-73.</p><p>7- Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços</p><p>de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies/Agência Nacional de Vigilância</p><p>Sanitária. – Brasília: Anvisa, 2012.</p><p>8- Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Ministério da Saúde)- Segurança do</p><p>paciente na higienização das mãos.</p><p>9- http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilanciaepidemiologica/areas-</p><p>de-vigilancia/infeccao-hospitalar/bmr/doc/ih16_bmr_uso_luvas.pdf</p><p>http://www2.ebserh.gov.br/documents/222346/2344967/MANUAL+2017a.pdf/2360905a-78ae-4edc-aa57-2d0dcfc66fef</p><p>http://www2.ebserh.gov.br/documents/222346/2344967/MANUAL+2017a.pdf/2360905a-78ae-4edc-aa57-2d0dcfc66fef</p><p>http://www.hgb.rj.saude.gov.br/noticias/not.asp?id=1209</p><p>36</p><p>Protocolos de segurança</p><p>Adoção de pulseiras de identificação</p><p>A identificação correta do paciente é o</p><p>processo pelo qual se assegura que a ele é</p><p>destinado determinado tipo de procedimento ou</p><p>tratamento, prevenindo a ocorrência de erros e</p><p>enganos que o possam lesar.</p><p>Erros de identificação do paciente podem</p><p>ocorrer, desde a admissão até a alta do serviço, em</p><p>todas as fases do diagnóstico e do tratamento.</p><p>Alguns fatores podem potencializar os riscos na</p><p>identificação do paciente como:</p><p>1. Estado de consciência</p><p>2. Mudanças de leito,</p><p>3. Mudança de Setor ou</p><p>profissional dentro da</p><p>instituição</p><p>4. Nomes muito comuns</p><p>(Maria, João, José) em</p><p>que haja mais de um</p><p>numa mesma</p><p>enfermaria.</p><p>Além de outras</p><p>circunstâncias no ambiente.</p><p>Estes protocolos devem ser aplicados em</p><p>todos os ambientes de prestação do cuidado de</p><p>saúde (por exemplo, unidades de internação,</p><p>ambulatório, salas de emergência, centro cirúrgico)</p><p>em que sejam realizados procedimentos, quer</p><p>terapêuticos, quer diagnósticos.</p><p>Para assegurar que todos os pacientes</p><p>sejam corretamente identificados, é necessário usar</p><p>pelo menos dois identificadores (Deve ser</p><p>obrigatoriamente no nome completo do paciente,</p><p>sem abreviatura, se recém-nascido o nome da mãe</p><p>precedido RN de..., e além do nome outros dados</p><p>podem e devem acompanhar, como, data de</p><p>nascimento, nome da mãe, registro de admissão ou</p><p>data de admissão etc.) em pulseira branca</p><p>padronizada, colocada num membro do paciente</p><p>para que seja conferido antes de todos os cuidados</p><p>prestados para com ele; ex: administração de</p><p>medicamentos, sangue e hemoderivados, coleta de</p><p>material para exame, entrega de dieta, realização</p><p>de procedimentos invasivos, etc.</p><p>Em geral, o local</p><p>escolhido para o adulto é o</p><p>punho, mas, para recém-</p><p>nascidos, a pulseira deve</p><p>ser colocada</p><p>preferencialmente no</p><p>tornozelo. A pulseira de</p><p>identificação precisa ser</p><p>inserida no ato da</p><p>admissão e a escolha desse</p><p>membro deve ser</p><p>padronizada, as instituições de saúde geralmente</p><p>possuem protocolos que orientam ao uso1.</p><p>IDENTIFICAÇÃO DE ALERGIAS e</p><p>RISCOS</p><p>Pulseiras coloridas podem ser adotadas em</p><p>duas situações, na classificação de risco para</p><p>estipular o tempo para atendimento como veremos</p><p>a seguir e na identificação de pacientes internados</p><p>Recepção e Avaliação do paciente</p><p>Fundamentos de Enfermagem</p><p>Data ___/___/____</p><p>Ciclo básico</p><p>37</p><p>para classificar tendências de agravos e risco, as</p><p>cores das pulseiras precisam obedecer o protocolo</p><p>adotado na instituição de saúde, são eleitas uma</p><p>cor para cada classificação, assim, os profissionais</p><p>de saúde dobram os cuidados em relação a</p><p>tendência de risco do paciente, são exemplos:</p><p>1- Alergias (com identificação do componente</p><p>alérgeno);</p><p>2- Risco de Queda;</p><p>3- Risco para Lesão por pressão;</p><p>4- Risco de Flebite ou trombose;</p><p>5- Risco de Evasão;</p><p>6- Isolamento;</p><p>Dentre outros...</p><p>Porém a quantidade de riscos adotados e as</p><p>cores correspondentes a eles como dito, variam</p><p>conforme protocolo institucional.</p><p>A TRIAGEM</p><p>Parecer COREN-DF nº 005/20104</p><p>Ao analisarmos a solicitação deste Parecer</p><p>devemos primeiramente observar que o termo”</p><p>triagem” significa” seleção, escolha, separação”</p><p>(Aurélio). Na área de saúde é usado</p><p>corriqueiramente para a seleção de pacientes</p><p>visando o atendimento imediato ou mediato,</p><p>segundo a gravidade da situação de cada um.</p><p>Nas Unidades Básicas de Saúde os</p><p>pacientes passam inicialmente por uma “pré-</p><p>consulta” onde são aferidos sinais vitais, peso,</p><p>altura, etc; sendo posteriormente atendidos pelo</p><p>Enfermeiro na Consulta de Enfermagem, e/ou pelo</p><p>Médico ou outro profissional na consulta</p><p>específica.</p><p>Já no âmbito hospitalar, há a triagem como</p><p>classificação de risco, como veremos a seguir.</p><p>De acordo com a Portaria nº 675/GM de</p><p>março de 2006 que “aprova Carta dos Direitos dos</p><p>Usuários da Saúde”, assegura em seu Princípios:</p><p>I – Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e</p><p>organizado aos sistemas de saúde. Estes envolvem</p><p>a promoção, proteção e recuperação da saúde</p><p>promovidos pelo SUS. “Nas situações de</p><p>urgência/emergência, o atendimento se dará de</p><p>forma incondicional, em qualquer unidade do</p><p>sistema”.</p><p>Agora se torna necessário dizer que o termo</p><p>“triagem” vem sendo substituído pelo termo</p><p>“acolhimento”. Dependendo do serviço os termos</p><p>podem se equivaler.</p><p>ACOLHIMENTO COM</p><p>CLASSIFICAÇÃO DE RISCO e</p><p>TRIAGEM MANCHESTER</p><p>O Ministro de Estado da Saúde, considera que</p><p>a área de Urgência e Emergência se constitui em</p><p>um importante componente da assistência à</p><p>saúde. O crescimento da demanda por serviços</p><p>nesta área nos últimos anos, devido ao aumento</p><p>do número de acidentes e da violência urbana e a</p><p>insuficiente estruturação da rede assistencial, que</p><p>têm contribuído decisivamente para a sobrecarga</p><p>dos serviços de Urgência e Emergência</p><p>disponibilizados para o atendimento da</p><p>população2.</p><p>A Portaria 2.048 do MS, propõe que a</p><p>implantação do acolhimento e da triagem</p><p>classificatória de risco2.</p><p>Dentro desta perspectiva é importante e o</p><p>técnico de enfermagem enquanto profissional de</p><p>saúde conheça a funcionalidade dos protocolos de</p><p>classificação de risco.</p><p>Segundo a Lei 7.498/1986 que regulamenta o</p><p>exercício de enfermagem, o Técnico deverá</p><p>auxiliar o Enfermeiro. Na Classificação de Risco,</p><p>esse auxílio se necessário pode ser na aferição de</p><p>sinais vitais, colocação da pulseira de cor,</p><p>direcionamento do paciente para os fluxos da</p><p>unidade de urgência/ emergência, entre outras</p><p>atividades cabíveis de delegação.</p><p>38</p><p>A classificação de risco é uma ferramenta</p><p>utilizada nos serviços de urgência e emergência,</p><p>que visa avaliar e identificar os pacientes que</p><p>necessitam de atendimento prioritário, de acordo</p><p>com a gravidade clínica, grau de sofrimento, entre</p><p>outros fatores. Antigamente, a entrada dos</p><p>pacientes aos Serviços de Urgência e Emergência</p><p>aconteciam por ordem de chegada ou era</p><p>realizado uma seleção/triagem por profissional</p><p>não capacitado, levando a graves danos à saúde</p><p>do paciente, aumentando o risco de morbidade e</p><p>mortalidade3.</p><p>Assim como a forma de “selecionar” os</p><p>pacientes a serem atendidos evoluiu, o termo</p><p>“Triagem” foi substituído por “Classificação de</p><p>risco”, e esta, deve ser realizada por meio de</p><p>protocolos, para tornar o trabalho mais</p><p>sistemático, garantindo que diferentes</p><p>profissionais obtenham o mesmo resultado na</p><p>avaliação do paciente, aumentando a agilidade e a</p><p>segurança nos serviços de urgência, reduzindo</p><p>mortes evitáveis, além de fornecer um respaldo</p><p>legal aos profissionais3.</p><p>Conforme o Grupo Brasileiro de Classificação</p><p>de Risco (GBCR), os protocolos mais utilizados</p><p>mundialmente são:</p><p>• Modelo Australiano – Australian Triage Scale</p><p>(ATS);</p><p>• Modelo Canadense – Canadian Triageand</p><p>Acuity Scale (CTAS);</p><p>• Modelo de Manchester – Manchester Triage</p><p>System (MTS);</p><p>• Modelo Americano – Emergency Severity</p><p>Index ( ESI);</p><p>No Brasil, um dos mais utilizados é o Modelo</p><p>de Manchester.</p><p>O ministério da saúde com a Política Nacional</p><p>de Humanização do Ministério da Saúde</p><p>estabeleceu o Acolhimento com Classificação de</p><p>Risco, como um instrumento de humanização,</p><p>que visa estabelecer mudanças na forma de</p><p>atendimento aos usuários que procuram os</p><p>serviços de saúde, desde a atenção primária à</p><p>saúde a serviços de urgência e emergência, sendo</p><p>capaz de acolher o cidadão, garantindo que suas</p><p>necessidades sejam atendidas3.</p><p>O Protocolo segundo Sistema de Classificação</p><p>Manchester</p><p>Este método prevê que o tempo de chegada do</p><p>paciente ao serviço até a classificação de risco seja</p><p>menor que dez minutos, e que os tempos alvos</p><p>para a primeira avaliação médica sejam</p><p>cumpridos de acordo com a gravidade clínica do</p><p>doente.</p><p>Logo, a diferença entre o sistema de Triagem</p><p>Manchester e o acolhimento com classificação de</p><p>risco do MS é que Manchester é tido como mais</p><p>específico e detalhado, e bem direcionado para</p><p>Unidades de pronto atendimento possui 5</p><p>classificações (sendo a laranja “10 min” inclusa,</p><p>diferente do MS que são 4), como ilustraremos na</p><p>imagem a seguir3.</p><p>METODOLOGIA MANCHESTER</p><p>MINISTÉRIO DA SAÚDE</p><p>39</p><p>MEDIDAS ANTROPOMÉTRICA</p><p>Antropometria</p><p>Descrição antropometria é o conjunto de</p><p>técnicas utilizadas para medir o corpo humano ou</p><p>suas partes.</p><p>A verificação do peso corporal, da altura,</p><p>circunferência abdominal, ou de qualquer outra</p><p>parte necessária. Tem como objetivos acompanhar</p><p>a evolução de doenças tais como: insuficiência</p><p>cardíaca congestiva, insuficiência renal crônica,</p><p>cirrose hepática, ganho ou perda de peso,</p><p>crescimento e desenvolvimento na criança e</p><p>adolescente, calcular dosagens de medicamentos,</p><p>dados para a realização de determinados exames</p><p>entre outras inúmeras necessidades.</p><p>MATERIAIS UTILIZADOS</p><p>Tipos de balança</p><p>Existem no mercado inúmeros tipos de</p><p>balanças que se adequam as necessidades do</p><p>paciente e do local onde está sendo prestado os</p><p>cuidados de saúde, a grosso modo as balanças</p><p>podem ser dividias em digitais, antropométrica</p><p>mecânica, analógica, entre outras. Ao longo do</p><p>tempo este importante componente da</p><p>mensuração da massa corporal também evoluiu se</p><p>adequando hoje é ao estado de mobilidade do</p><p>paciente, hoje, paciente acamados são pesados em</p><p>decúbito dorsal ou em sedestação.</p><p>O equipamento deverá ter precisão necessária</p><p>para informar o peso de um indivíduo da forma</p><p>mais exata possível. A precisão da escala</p><p>numérica das balanças varia de acordo com o tipo</p><p>(mecânica ou eletrônica) ou fabricante. É</p><p>recomendável que as balanças pediátricas tenham</p><p>precisão mínima de dez gramas e, as balanças tipo</p><p>plataforma, de cem gramas. Isso porque pequenas</p><p>alterações no peso são indicadores nutricionais</p><p>importantes, em particular, para as crianças</p><p>menores de dois anos. A balança deve estar</p><p>instalada em local nivelado, pois o equipamento</p><p>deve permanecer estável durante o procedimento.</p><p>Conheceremos a seguir alguns tipos de</p><p>balança, até chegarmos na Balança plataforma</p><p>mecânica, que é a que vamos trabalhar.</p><p>• Balança</p><p>simples digital</p><p>• Balanças de guincho</p><p>• Balanças Hospitalares especiais</p><p>Para acamado</p><p>Para cadeirante</p><p>40</p><p>Balança plataforma mecânica</p><p>Retirado de: Orientações para a coleta e análise de dados</p><p>antropométricos em serviços de saúde (MS)</p><p>AFERIÇÃO DO PESO DE CRIANÇAS MAIORES</p><p>DE 2 ANOS, ADOLESCENTES E ADULTOS</p><p>Materiais:</p><p>Balança;</p><p>Papel toalha;</p><p>Instrumento de anotação.</p><p>Preliminares:</p><p>Realizar a lavagem básica das mãos;</p><p>Chegar pulseira de identificação;</p><p>Informar ao paciente e/ou responsável o</p><p>procedimento que será realizado;</p><p>O paciente deve ser pesado descalços e usando</p><p>roupas leves. Devem ser orientados a retirarem</p><p>objetos pesados tais como chaves, cintos, óculos,</p><p>telefones celulares e quaisquer outros objetos que</p><p>possam interferir no peso total.</p><p>Cobrir a plataforma com papel Toalha</p><p>Passo a Passo:</p><p>1º Passo: Destravar a</p><p>balança.</p><p>2º Passo: Verificar se a</p><p>balança está calibrada (a</p><p>agulha do braço e o fiel</p><p>devem estar na mesma linha</p><p>horizontal).</p><p>Caso contrário,</p><p>calibrá-la, girando</p><p>lentamente o calibrador,</p><p>3º Passo: Esperar até que a</p><p>agulha do braço e o fiel</p><p>estejam nivelados.</p><p>4º Passo: Após a calibração</p><p>da balança, ela deve ser</p><p>travada e só então o paciente</p><p>deve subir na plataforma</p><p>para ser pesado.</p><p>5º Passo: Posicionar o indivíduo</p><p>de costas para a balança,</p><p>descalço, com o mínimo de</p><p>roupa possível, no centro do</p><p>equipamento, ereto, com os pés</p><p>juntos e os braços estendidos ao</p><p>longo do corpo. Mantê-lo parado</p><p>nessa posição.</p><p>6º Passo: Destravar a balança.</p><p>7º Passo: Mover o cursor</p><p>maior sobre a escala numérica,</p><p>para marcar os quilos.</p><p>8º Passo: Depois mover o</p><p>cursor menor para marcar os</p><p>gramas.</p><p>9º Passo: Esperar até que a</p><p>agulha do braço e o fiel estejam</p><p>nivelados.</p><p>10º Passo: Travar a balança,</p><p>evitando, assim que sua mola</p><p>desgaste, assegurando o bom</p><p>funcionamento do</p><p>equipamento.</p><p>11º Passo: Realizar a leitura</p><p>de frente para o equipamento,</p><p>para visualizar melhor os</p><p>valores apontados pelos</p><p>cursores.</p><p>12º Passo: Anotar o peso em</p><p>prontuário ou impresso</p><p>designado.</p><p>13º Passo: E retirar a criança,</p><p>adolescente ou adulto e</p><p>14º Passo: Retornar os cursores</p><p>ao zero na escala numérica.</p><p>41</p><p>AFERIÇÃO DO PESO DE CRIANÇAS MENORES</p><p>DE 2 ANOS</p><p>Materiais:</p><p>Balança;</p><p>Papel toalha ou fralda de pano;</p><p>Instrumento de anotação.</p><p>Preliminares:</p><p>Realizar a lavagem básica das mãos;</p><p>Chegar pulseira de identificação;</p><p>Informar ao responsável o procedimento que</p><p>será realizado;</p><p>Forre o prato com uma proteção (papel</p><p>destacável ou fralda) antes de calibrar a balança</p><p>para evitar erros na pesagem.</p><p>As crianças menores de 2 anos devem ser</p><p>pesadas e medidas sempre completamente</p><p>despidas e na presença da mãe ou do responsável,</p><p>pois estes devem auxiliar na retirada da roupa da</p><p>criança e na tomada da medida. Lembre-se que</p><p>uma fralda molhada pode representar até 20% do</p><p>peso de uma criança.</p><p>Passo a Passo:</p><p>1º Passo: Destravar a</p><p>balança.</p><p>2º Passo: Verificar se a</p><p>balança está calibrada (a</p><p>agulha do braço e o fiel</p><p>devem estar na mesma linha</p><p>horizontal). Caso contrário, calibrá-la, girando</p><p>lentamente o calibrador.</p><p>3º Passo: Esperar até que a</p><p>agulha do braço e o fiel</p><p>estejam nivelados.</p><p>4º Passo: Após constatar que a</p><p>balança está calibrada, ela</p><p>deve ser travada.</p><p>5º Passo: Com a criança</p><p>despida por seu responsável,</p><p>colocá-la sentada ou deitada no</p><p>centro do prato, de modo a</p><p>distribuir o peso igualmente.</p><p>6º Passo: Destravar a balança,</p><p>mantendo a criança parada o</p><p>máximo possível nessa</p><p>posição. Orientar a mãe ou</p><p>responsável a manter-se</p><p>próximo, sem tocar na criança, nem no</p><p>equipamento.</p><p>7º Passo: Mover o cursor maior</p><p>sobre a escala numérica para</p><p>marcar os quilos.</p><p>8º Passo: Depois mover o</p><p>cursor menor para marcar os</p><p>gramas.</p><p>9º Passo: Esperar até que a</p><p>agulha do braço e o fiel estejam</p><p>nivelados.</p><p>10º Passo: Travar a balança,</p><p>evitando, assim, que sua mola</p><p>desgaste, assegurando o bom</p><p>funcionamento do</p><p>equipamento.</p><p>11º Passo: Realizar a leitura de</p><p>frente para o equipamento com</p><p>os olhos no mesmo nível da</p><p>escala para visualizar melhor</p><p>os valores apontados pelos cursores.</p><p>12º Passo: Anotar o peso no</p><p>formulário da Vigilância</p><p>Alimentar e Nutricional/</p><p>prontuário.</p><p>13º Passo: Retirar a criança e</p><p>retornar os cursores ao zero</p><p>na escala numérica.</p><p>14º Passo: Marcar o peso na</p><p>Caderneta de Saúde da</p><p>Criança.</p><p>42</p><p>AFERIÇÃO DA ALTURA DE CRIANÇAS</p><p>MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES E</p><p>ADULTOS</p><p>A estatura é a medida do indivíduo na posição</p><p>de pé, encostado numa parede ou (antropômetro</p><p>ou estadiômetro vertical).</p><p>1º Passo: Posicionar a criança, adolescente ou</p><p>adulto descalço e com a cabeça livre de adereços,</p><p>no centro do equipamento. Mantê-lo de pé, ereto,</p><p>com os braços estendidos ao longo do corpo, com</p><p>a cabeça erguida, olhando para um ponto fixo na</p><p>altura dos olhos.</p><p>2º Passo: A cabeça do indivíduo deve ser</p><p>posicionada no plano de Frankfurt (margem</p><p>inferior da abertura do orbital e a margem</p><p>superior do meato auditivo externo deverão ficar</p><p>em uma mesma linha horizontal).</p><p>3º Passo: As pernas devem estar paralelas, mas</p><p>não é necessário que as partes internas das</p><p>mesmas estejam encostadas. Os pés devem formar</p><p>um ângulo reto com as pernas.</p><p>4º Passo: Abaixar a parte móvel do equipamento,</p><p>fixando-a contra a cabeça, com pressão suficiente</p><p>para comprimir o cabelo. Retirar o indivíduo,</p><p>quando tiver certeza de que o mesmo não se</p><p>moveu.</p><p>5º Passo: Realizar a leitura da estatura, sem soltar</p><p>a parte móvel do equipamento.</p><p>6º Passo: Anotar o resultado no formulário da</p><p>Vigilância Alimentar</p><p>Idealmente, o indivíduo deve encostar os</p><p>calcanhares, as panturilhas, os glúteos, as</p><p>escápulas e parte posterior da cabeça (região do</p><p>occipital) no estadiômetro ou parede. Quando não</p><p>for possível encostar esses cinco pontos, devem-se</p><p>posicionar no mínimo três deles.</p><p>Técnica de aferição da altura segundo Plano</p><p>de Frankfurt</p><p>MAS ATENÇÃO!!!!</p><p>A maioria das balanças</p><p>plataforma mecânica</p><p>possuem antropômetro</p><p>vertical, sendo desta forma, a</p><p>medida da altura deve ser feita</p><p>antes que o cliente desça da</p><p>plataforma, após a medida do peso.</p><p>1- Após a medida do peso;</p><p>2- Suba o antropômetro vertical até a acima da</p><p>cabeça do paciente;</p><p>3- E depois abaixe a parte móvel do</p><p>equipamento, fixando-a contra a cabeça, com</p><p>pressão suficiente para comprimir o cabelo,</p><p>4- Trave a régua e retire-o quando tiver certeza</p><p>de que o mesmo não se moveu.</p><p>5- Observe a altura e anote em impresso</p><p>próprio.</p><p>Atente para a graduação de medida da régua,</p><p>que se dá de meio em meio centímetro. As linhas</p><p>completar graduam um centímetro e as linhas</p><p>incompletas, meio centímetro.</p><p>AFERIÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA DA</p><p>CINTURA DE ADULTOS</p><p>Esta medida permite uma avaliação</p><p>aproximada da massa de gordura intra-</p><p>abdominal e da gordura total do corpo. É utilizada</p><p>43</p><p>na avaliação da distribuição de gordura em</p><p>adultos, visto que algumas complicações, como as</p><p>doenças metabólicas crônicas, estão associadas à</p><p>deposição da gordura abdominal.</p><p>Materiais:</p><p>Fita métrica;</p><p>Instrumento de anotação.</p><p>Preliminares:</p><p>Realizar a lavagem básica das mãos;</p><p>Chegar pulseira de identificação;</p><p>Informar o procedimento que será realizado;</p><p>Passo a Passo:</p><p>1º Passo: A pessoa deve estar de pé, ereta,</p><p>abdômen relaxado, braços estendidos ao longo do</p><p>corpo e as pernas paralelas, ligeiramente</p><p>separadas.</p><p>2º Passo: A roupa deve ser afastada, de forma que</p><p>a região da cintura fique despida. A medida não</p><p>deve ser feita sobre a roupa ou cinto.</p><p>3º Passo: O antropometrista deve observar o</p><p>ponto médio entre a borda inferior da última</p><p>costela e o osso do quadril (crista ilíaca),</p><p>visualizado na frente da pessoa, do lado direito ou</p><p>esquerdo.</p><p>4º Passo: O antropometrista deve segurar o ponto</p><p>zero da fita métrica com uma mão e com a outra</p><p>passar a fita ao redor da cintura sobre a marcação</p><p>realizada.</p><p>5º Passo: Deve-se verificar se a fita está no mesmo</p><p>nível em todas as partes da cintura; não deve ficar</p><p>larga, nem apertada.</p><p>6º Passo: Pedir à pessoa que inspire e, em seguida,</p><p>que expire totalmente. Realizar a leitura imediata</p><p>antes que a pessoa inspire novamente.</p><p>7º Passo: Anotar a medida em formulário próprio.</p><p>Para a Federação Internacional de Diabetes,</p><p>o risco cardiovascular se torna aumentado a</p><p>medida de circunferência abdominal é igual ou</p><p>superior a 94 cm em homens e 80 cm em mulheres.</p><p>A relação entre circunferência abdominal e</p><p>gordura corporal difere segundo a idade,</p><p>diferentes grupos étnicos, sendo que os pontos de</p><p>corte para asiáticos e indianos, para o mesmo nível</p><p>de risco, são menores por se associarem a aumento</p><p>de risco para complicações metabólicas.</p><p>Já de acordo com o National Cholesterol</p><p>Education Program (NCEP) – Adult Treatment</p><p>Panel III (ATP-III),</p><p>o ponto de corte deve ser de 102</p><p>cm para homens e 88 cm para mulheres.</p><p>http://www.abeso.org.br/uploads/downloads/92/57fccc403e5da.pdf</p><p>44</p><p>SINAIS VITAIS (SSVV)</p><p>Sinais vitais são sinais clínicos da função</p><p>orgânica básica. Resultam das interações entre os</p><p>sistemas orgânicos e de determinadas patologias,</p><p>refletindo a homeostasia do organismo.</p><p>Por serem relacionados com a própria</p><p>existência da vida recebem o nome de sinais vitais,</p><p>eles refletem o funcionamento de três processos</p><p>corporais essenciais para a vida: Regulação de</p><p>temperatura corporal, respiração e funcionamento</p><p>do coração5.6.</p><p>São quatro principais: pulso, temperatura,</p><p>frequência respiratória e pressão arterial. A</p><p>Agência Americana de Pesquisa e Qualidade em</p><p>Saúde Pública e a Sociedade Americana de Dor</p><p>descrevem a dor como o quinto sinal vital,</p><p>devendo este ser avaliado e registrado com os</p><p>outros sinais7.</p><p>É fundamental o domínio dessas</p><p>informações pelos diferentes profissionais de</p><p>saúde, ao técnico de enfermagem, cabe o</p><p>conhecimento do funcionamento normal básico do</p><p>organismo para que este saiba identificar</p><p>alterações patológicas em sua rotina de</p><p>monitoramento dos sinais vitais. A equipe, deve</p><p>conhecer os parâmetros normais dos SSVV</p><p>conhecer a história clínica do cliente, controlar e</p><p>minimizar os fatores ambientais que podem afetar</p><p>os sinais vitais.</p><p>O Modo de abordar o cliente pode alterar</p><p>os sinais vitais. Você deve abordá-lo de forma</p><p>calma e cuidadosa, enquanto demonstra</p><p>habilidade no manuseio dos equipamentos</p><p>necessários para a medida de sinais vitais.</p><p>Quando é solicitada a mensuração de todos</p><p>esses 5 sinais, precisa haver por parte do</p><p>profissional uma organização para que tempo e</p><p>qualidade dos resultados com veracidade seja</p><p>oferecido.</p><p>Os SSVV devem ser verificados quando:</p><p>• o cliente é admitido na instituição de cuidados de</p><p>saúde;</p><p>• No hospital deve-se seguir, o protocolo de</p><p>horários conforme a prescrição médica de prática</p><p>da instituição;</p><p>• Antes e depois do procedimento cirúrgico;</p><p>• Antes e depois de procedimentos de diagnóstico</p><p>invasivos,</p><p>• Antes e depois da administração de</p><p>medicamentos que afetam as funções</p><p>cardiovascular, respiratória e de controle de</p><p>temperatura;</p><p>• Na presença de alterações da condição física do</p><p>cliente,</p><p>• Antes e depois das prescrições de enfermagem e</p><p>médicas que influenciam um sinal vital.</p><p>Nessa perspectiva, vamos sistematizar</p><p>cada verificação, sendo a primeira, temperatura,</p><p>seguido de respiração, pulso e pressão e dor.</p><p>Temperatura</p><p>O homem necessita que a temperatura</p><p>interna seja constante, e o seu sistema</p><p>termorregulador mantém a temperatura central</p><p>próxima de 37ºC, para conservação das funções</p><p>metabólicas8. A temperatura do interior do corpo</p><p>permanece constante, dentro de uma variação de</p><p>aproximadamente 0,6º C, mesmo quando exposto</p><p>a extremo frio ou calor. Isso ocorre, pois, o ser</p><p>humano é Homeotérmico, vocês sabe o que é ser</p><p>homeotérmico?</p><p>“É uma característica de alguns animais que</p><p>lhes permite manter sua temperatura corporal</p><p>relativamente constante à causa de uma alta taxa</p><p>metabólica gerada por meio de comportamentos</p><p>associados a trocas de calor com o ambiente ou pela</p><p>intensa combustão de alimento energético nas células”.</p><p>Ou seja, como você já percebeu, se está</p><p>calor, seu corpo transpira, se está frio você se</p><p>encolhe, entre outras</p><p>sensações, a febre, que</p><p>é a resposta do</p><p>organismo a uma</p><p>infecção gera sudorese</p><p>em certos momentos,</p><p>isso é chamado de</p><p>diaforese.</p><p>45</p><p>Várias partes do corpo, tem essa</p><p>responsabilidade termoreguladora, entre eles,</p><p>sangue, hipotálamo, pele, etc. O controle</p><p>termorregulatório é semelhante no homem e na</p><p>mulher, mas diminui no idoso e em pacientes</p><p>gravemente enfermos8, por isso, pacientes</p><p>acamados são mais tendenciosos a hipotermia.</p><p>Fatores que afetam a temperatura</p><p>corporal</p><p>Acontecem quando a relação entre a</p><p>produção e a perda de calor está alterada por</p><p>variáveis fisiológicas ou comportamentais.</p><p>Principais fatores que afetam a</p><p>temperatura corporal são: idade, exercícios físicos,</p><p>nível hormonal, ritmo cardíaco, estresse, ambiente,</p><p>gravidez e ovulação, etc. A temperatura corporal</p><p>pode até variar ao decorrer do dia.</p><p>As médias das temperaturas encontradas na</p><p>literatura são, em graus Celsius (ºC).</p><p>E podem ser aferidas nas vias:</p><p>Oral. Com padrão de normalidade: 33,2°C a 38,2°C</p><p>O termômetro de uso oral deve ser</p><p>individual e possuir bulbo alongado e achatado, o</p><p>qual deve estar posicionado sob a língua e mantido</p><p>firme com os lábios fechados, por 3 minutos. Esse</p><p>método é contraindicado em crianças, idosos,</p><p>doentes graves, inconscientes, com distúrbios</p><p>mentais, portadores de lesões orofaríngeas e,</p><p>transitoriamente, após o ato de fumar e ingestão de</p><p>alimentos quentes ou frios;</p><p>Retal: Com padrão de normalidade: 34,4°C a</p><p>37,8°C. O termômetro retal é de uso individual e</p><p>possui bulbo arredondado e proeminente. Deve</p><p>ser lubrificado e colocado no paciente em decúbito</p><p>lateral, inserido cerca de 3,5cm, em indivíduo</p><p>adulto, permanecendo por 3 minutos. A</p><p>verificação da temperatura retal. Considerada a</p><p>mais fidedigna - é contraindicada em pacientes</p><p>submetidos a intervenções cirúrgicas do reto e</p><p>períneo, e/ou que apresentem processos</p><p>inflamatórios locais;</p><p>Timpânica: Com padrão de normalidade: 35,4°C a</p><p>37,8°C</p><p>Axilar: Com padrão de normalidade:</p><p>35,5°C a 37 °C</p><p>Local mais utilizado para aferição por conta</p><p>da fácil acessibilidade, baixa invasibilidade,</p><p>contaminação e por ser o termômetro mais</p><p>popularmente encontrado.</p><p>Terminologia e Interpretações</p><p>das temperaturas:</p><p>Classificação de hipotermia</p><p>• Leve: 34°C a 36°C</p><p>• Moderada: 30°C a 34°C</p><p>• Acentuada: <30°C</p><p>• Profunda: <20°C</p><p>Fonte: POTTER; PARRY 2013</p><p>O TERMÔMETRO</p><p>Termômetro (podendo ser analógico ecológico ou</p><p>eletrônico digital). Sendo dividido pelas seguintes</p><p>partes:</p><p>Atente para a graduação do termômetro</p><p>Ele irá graduar (em escrita numérica) de 1 em 1ºc,</p><p>sendo que os demais traços graduam (0,1) ex:</p><p>36,1ºC; 37,5ºC. Em caso de dúvida consulte seu</p><p>professor.</p><p>46</p><p>PROCEDIMENTO9</p><p>Objetivo</p><p>Verificar a temperatura axilar do paciente.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>Bandeja,</p><p>Termômetro previamente higienizado;</p><p>Algodão;</p><p>Álcool a 70%;</p><p>Luvas de procedimento (se necessário)</p><p>Caneta e papel.</p><p>PASSO A PASSO:</p><p>1. Confirme o paciente e o procedimento a ser</p><p>realizado;</p><p>2. Higienize as mãos;</p><p>3. Reúna os materiais na bandeja previamente</p><p>higienizada e leve ao quarto do paciente;</p><p>4. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na</p><p>pulseira de identificação;</p><p>5. Oriente-o de que verificará sua temperatura;</p><p>6. Higienize as mãos. (Utiliza as luvas de</p><p>procedimentos apenas em caso de (PC) ou se a</p><p>aferição for em via retal, ao caso vá enxugar</p><p>pessoalmente a axila do paciente).</p><p>7. Posicione o paciente confortavelmente</p><p>8. Promova a privacidade do paciente</p><p>9. Certifique-se que a coluna de graduação do</p><p>termômetro esteja no ponto mínimo de medida,</p><p>após, realize a assepsia do termômetro utilizando</p><p>algodão embebido em álcool a 70% do pedúnculo</p><p>para o bulbo friccionando-o 3 vezes;</p><p>10. Coloque o termômetro na região axilar com o</p><p>sensor (bulbo) em contato direto com a pele do</p><p>paciente, pedindo que posicione ao braço sobre o</p><p>peito, com a mão</p><p>direcionada para o</p><p>ombro oposto;</p><p>(caso seja</p><p>necessário, oferte</p><p>ao paciente toalha</p><p>de papel para que</p><p>enxugue a axila,</p><p>caso seja</p><p>impossibilitado,</p><p>faça-o você</p><p>mesmo).</p><p>11. Aguarde o tempo indicado, (soar do alarme ou no</p><p>caso do termômetro analógico de acordo com o</p><p>preconizado pelo fabricante, nunca menos que 3</p><p>min.)</p><p>12. Retire o termômetro e realize a leitura, na</p><p>linha dos olhos. Repita o procedimento, se</p><p>necessário.</p><p>13. Realize a assepsia do termômetro</p><p>utilizando algodão embebido em álcool a</p><p>70% e guarde-o em local apropriado.</p><p>14. Higienize as mãos.</p><p>15. Anote o valor em ficha de anotações de</p><p>controle para registro de sinais vitais</p><p>16. Recolha o material do quarto e guarde o</p><p>termômetro em local seguro;</p><p>17. Lave a bandeja com água e sabão, seque-a</p><p>com papel-toalha e passe álcool a 70%</p><p>Cheque e registre o horário e o valor em</p><p>impresso próprio. Em caso de alterações,</p><p>comunique ao enfermeiro/médico imediatamente.</p><p>Medidas úteis em caso de hipertermia</p><p>O banho deve ser realizado com água</p><p>resfriada, o que diminui a temperatura. O cliente</p><p>deve ser mantido em ambiente fresco. Indica-se</p><p>retirar cobertores pesados, mantendo o cliente</p><p>coberto com o lençol.</p><p>A utilização de compressas geladas nas</p><p>axilas e nas regiões inguinais é medida usada para</p><p>diminuir a temperatura. Caso não haja resultado</p><p>satisfatório, são utilizadas drogas antipiréticas.</p><p>Lembrar que todo processo febril é</p><p>acompanhado de outros sinais.</p><p>Lembrar que em todo processo febril há</p><p>uma espoliação de líquidos no cliente e aumento</p><p>do processo metabólico. A enfermagem deve estar</p><p>atenta ao controle adequado das hidratações</p><p>nesses clientes.</p><p>Se o cliente apresentar febre, a enfermagem</p><p>deve lembrar-se, sempre, de alertar para fatos</p><p>como: processo inflamatório, reação a algum</p><p>medicamento novo, a derivados hemoterápicos.</p><p>Medidas úteis em caso de Hipotermia</p><p>Ambiente aquecido,</p><p>Aumento da ingesta de líquidos quentes,</p><p>Aquecer o cliente com cobertores.</p><p>Em caso de hipotermia severa, soluções</p><p>cristalóides aquecidas devem sem ofertadas em</p><p>vis EV.</p><p>47</p><p>Respiração (FR)</p><p>Respiração é um termo que se refere à troca</p><p>de oxigênio e de dióxido de carbono. Ventilação,</p><p>por outro lado, é o movimento do ar que entra e sai</p><p>do peito. Inalação ou inspiração é o ato de inspirar</p><p>o ar, exalação ou expiração é o ato de expirar o ar,</p><p>ou seja, colocar ar para fora.</p><p>Frequência respiratória (FR): é a</p><p>quantidade de respiração que acontece em um</p><p>minuto.</p><p>Objetivo</p><p>Verificar a frequência respiratória do paciente.</p><p>Aplicação</p><p>Aos pacientes internados, ambulatoriais e de</p><p>pronto-atendimento com prescrição médica e/ou</p><p>de enfermagem de verificação de frequência</p><p>respiratória.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>Relógio com ponteiro de segundos, caneta e papel.</p><p>Passo a Passo9:</p><p>1. Confirme o paciente e o procedimento a ser</p><p>realizado;</p><p>2. Higienize as mãos;</p><p>3. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na pulseira</p><p>de identificação;</p><p>4. Oriente-o de que verificará seus sinais vitais, sem</p><p>explicar o procedimento (a frequência respiratória</p><p>pode ser alterada se ele souber que está sendo</p><p>checada);</p><p>5. Posicione o paciente confortavelmente;</p><p>6. Observe os movimentos respiratórios (subida e</p><p>descida do tórax). Em pacientes conscientes,</p><p>coloque a mão no seu pulso radial, como se fosse</p><p>controlá-lo (aqueça as mãos, se necessário,</p><p>friccionando-as), e observe os movimentos</p><p>respiratórios sem que o paciente perceba;</p><p>7. Conte a frequência respiratória (inspiração e</p><p>expiração) por 1 min e observe também o ritmo e</p><p>a profundidade da respiração. Repita o</p><p>procedimento, se necessário;</p><p>8. Higienize as mãos;</p><p>9. Anote o valor em ficha de anotações de</p><p>controle para registro de sinais vitais;</p><p>10. Cheque e registre o horário e valor</p><p>em impresso próprio. Em caso de alterações,</p><p>comunique ao enfermeiro/médico</p><p>imediatamente.</p><p>Valores de referência</p><p>Para frequência respiratória, os valores são:</p><p>Adultos:</p><p>12 a 22 rpm (eupneia)</p><p>> 22 rpm (taquipneia)</p><p>< 12 rpm (bradipneia)</p><p>Crianças:</p><p>20 a 25 rpm (eupneia)</p><p>RN: 30 a 60 rpm (eupneia).</p><p>Terminologia</p><p>(rpm): respirações por minuto</p><p>(Dispneia): refere-se à sensação subjetiva de falta</p><p>de ar relatada pelo paciente. Pode ou não estar</p><p>associada à taquipneia.</p><p>Observações</p><p>Avaliar a amplitude dos movimentos,</p><p>presença de tiragens e retração xifoidiana,</p><p>batimentos de asas do nariz, estridor expiratório e</p><p>gemido.</p><p>Em crianças deve ser o primeiro sinal vital</p><p>a ser verificado, pois a presença muito próxima do</p><p>profissional da criança pode fazê-la agitar-se e</p><p>chorar, assim orientamos a mãe a ficar com a</p><p>criança no colo, levantar sua roupa e expor o tórax</p><p>e o abdome e assim efetuar a contagem. Observar</p><p>a posição que a criança assume ao respirar,</p><p>agitação e ansiedade, nível de atividade que altera</p><p>a frequência respiratória.</p><p>48</p><p>Pulso</p><p>O pulso é uma constante</p><p>vital que nos informa sobre o</p><p>sistema circulatório e o</p><p>funcionamento do coração.</p><p>O pulso deve ser regular e</p><p>rítmico e ser percebido com certa</p><p>intensidade. A frequência</p><p>cardíaca sabe-se contando o</p><p>número de pulsações por minuto.</p><p>Devemos tomar o pulso com dois</p><p>dedos: indicador e médio.</p><p>O pulso pode ser tomado</p><p>em diversos pontos do corpo. Se o</p><p>ponto onde tomamos o pulso</p><p>estiver afastado do coração,</p><p>estamos a tomar um pulso</p><p>periférico (por exemplo, o pulso</p><p>radial). Se a zona onde tomamos o</p><p>pulso estiver próxima do coração,</p><p>o pulso é central (por exemplo, o</p><p>pulso carotídeo).</p><p>O pulso periférico</p><p>desaparece quando a pressão</p><p>sanguínea ou a tensão arterial é</p><p>baixa (por exemplo, em um</p><p>desmaio), e isto pode fazer pensar</p><p>que o coração parou. Por isso,</p><p>deve-se utilizar os pulsos centrais</p><p>para pessoas inconsciente e o</p><p>pulso periférico em pessoas</p><p>conscientes10.</p><p>Como dito, existem vários</p><p>locais para verificação do pulso,</p><p>veja na imagem ao lado e aprenda</p><p>cada um deles.</p><p>A contagem do pulso deve se dar em 1</p><p>minuto em situações normais, para pacientes</p><p>clínicos. A prática da contagem do pulso em trinta</p><p>segundos, se adequa apenas em situações de</p><p>urgência para que não acarrete mais tempo as</p><p>condutas de socorro.</p><p>Objetivo</p><p>Verificar a frequência cardíaca do paciente.</p><p>Aplica-se a pacientes internados, ambulatoriais e</p><p>de pronto-atendimento com prescrição médica</p><p>e/ou de enfermagem para verificação de frequência</p><p>cardíaca.</p><p>Imagem: Procedimentos de enfermagem : guia prático / Maria Isabel Sampaio Carmagnani ... [et. al.]. -- 2. ed. -- Rio de Janeiro :Guanabara Koogan,</p><p>2017.</p><p>49</p><p>Materiais</p><p>Bandeja, relógio com ponteiro de segundos,</p><p>algodão, álcool a 70%, caneta e papel.</p><p>Observações</p><p>Orientar o paciente que será verificada a</p><p>sua frequência cardíaca, pela palpação de um dos</p><p>pulsos e que será necessário silêncio para que a</p><p>verificação seja correta.</p><p>-Evitar verificar o pulso em membros afetados de</p><p>paciente com lesões neurológicas ou vasculares;</p><p>- Não verificar o pulso em membro com fístula</p><p>arteriovenosa;</p><p>-Nunca usar o dedo polegar na verificação, pois</p><p>pode confundir a sua pulsação com a do paciente;</p><p>-Nunca verificar o pulso com as mãos frias;</p><p>-Não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isso</p><p>pode impedir de sentir o batimento do pulso.</p><p>PASSO A PASSO9</p><p>1- Confirme o paciente e o procedimento a ser</p><p>realizado;</p><p>2- Higienize as mãos;</p><p>3- Reúna os materiais na bandeja previamente</p><p>higienizada e leve ao quarto do paciente;</p><p>4- Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na pulseira</p><p>de identificação;</p><p>5- Oriente-o de que você verificará sua frequência</p><p>cardíaca;</p><p>6- Higienize as mãos;</p><p>7- Posicione o paciente confortavelmente (dorsal ou</p><p>sentado);</p><p>8- Escolha qual artéria será utilizada de acordo com</p><p>a situação do paciente. (aqui vamos narrar a</p><p>utilização da artéria braquial);</p><p>9- Posicione dedos indicador e médio sobre a artéria</p><p>comprimindo o suficiente para senti-la, mas não</p><p>para colapsar suas paredes, avalie também</p><p>consecutivamente, o ritmo, a localização, a</p><p>simetria e a amplitude;</p><p>10- Conte cada batida sentida de uma em uma</p><p>durante um minuto ininterrupto;</p><p>11- Recolha seu material;</p><p>12- Higienize as mãos;</p><p>13- Anote o valor em folha</p><p>de SSVV, ou impresso</p><p>necessário;</p><p>14- Se necessário cheque e registre o horário e valor</p><p>em impresso. Em caso de alterações, comunique o</p><p>enfermeiro/médico imediatamente e registre na</p><p>sua anotação de enfermagem.</p><p>Valores de referência</p><p>IDADE FC ou P</p><p>Lactentes 120 a 160 bpm</p><p>Crianças 90 a 140 bpm</p><p>Idade Pré-escolar 80 a 110 bpm</p><p>Escolar 75 a 100 bpm</p><p>Adolescente 60 a 90 bpm</p><p>Adulto 60 a 100 bpm</p><p>Referência: (EBSERH-2016)</p><p>Terminologias</p><p>• Tipos de Pulso</p><p>Normocardia: Pulso dentro do padrão da</p><p>normalidade;</p><p>Bradisfigmico ou bradicárdico - pulso ou</p><p>frequência cardíaca lenta abaixo do normal;</p><p>Taquisfígmico ou taquicárdico – pulso ou</p><p>frequência cardíaca acelerada acima do normal;</p><p>• Volume: cheio ou filiforme</p><p>O volume de cada batimento cardíaco é</p><p>igual em condições normais. Quando se exerce</p><p>uma pressão moderada sobre a artéria e há certa</p><p>dificuldade de obliterar a artéria, o pulso é</p><p>denominado de cheio. Porém se o volume é</p><p>pequeno e a artéria fácil de ser obliterada tem-se o</p><p>pulso fino ou filiforme.</p><p>• Tensão ou compressibilidade das</p><p>artérias</p><p>Macio – fraco</p><p>Duro – forte</p><p>50</p><p>Pressão Arterial</p><p>Muito se fala em pressão alta ou pressão</p><p>baixa. Mas você sabe o que significa essa tão citada</p><p>pressão? Quando falamos em “pressão arterial”,</p><p>estamos nos referindo à força que o sangue exerce</p><p>contra a parede das artérias. Essa força é necessária</p><p>para que o sangue possa circular por todo o</p><p>corpo11.</p><p>Com mais propriedade fisiológica,</p><p>queremos dizer que vários fatores podem</p><p>influenciar o valor da pressão arterial, mas de</p><p>regra, ela é determinada pela equação; pressão</p><p>arterial é o produto do débito cardíaco</p><p>multiplicado pela resistência periférica.</p><p>(PA = DC x RP)</p><p>Onde DC é o débito cardíaco, RP significa</p><p>resistência periférica e PA significa pressão</p><p>arterial. Cada um destes fatores sofre ainda</p><p>influência de vários outros.</p><p>O débito cardíaco é resultante do volume</p><p>sistólico, multiplicado pela frequência cardíaca,</p><p>sendo que o volume sistólico é a quantidade de</p><p>sangue que é expelida do ventrículo cardíaco em</p><p>cada sístole (contração); as variações do débito</p><p>cardíaco são grandes, sendo em média de 5 a 6</p><p>litros por minuto, podendo chegar a 30 litros por</p><p>minuto durante um exercício físico12, diante disto,</p><p>entendemos que a pressão é resultado de uma</p><p>equação de diversos fatores cardio e</p><p>hemodinâmicos.</p><p>Existem várias unidades para se designar</p><p>pressão. Usamos “mmHg” para indicar quantos</p><p>milímetros o mercúrio sobe no medidor do</p><p>aparelho11.</p><p>Quando lhe dizem que sua pressão está</p><p>“doze por oito”, por exemplo, significa a medida</p><p>de 120x80 mmHg, mas porque esses dois valores, e</p><p>de onde derivam cada um deles.</p><p>Vamos aprender um pouco mais sobre</p><p>estes dois eventos, derivados da sístole e da</p><p>diástole:</p><p>Como a leitura da pressão sanguínea é</p><p>medida em dois números, o maior número é a</p><p>leitura da pressão arterial sistólica, que representa</p><p>a pressão máxima exercida quando o coração se</p><p>contrai. Já o menor número é a leitura da pressão</p><p>arterial diastólica, que representa a pressão</p><p>mínima nas artérias, quando o coração está em</p><p>repouso, ou seja, na sístole o sangue é bombeado</p><p>para os vasos sanguíneos, já a diástole é a fase de</p><p>relaxamento, fazendo com que o sangue entre no</p><p>coração, como na imagem:</p><p>Então, se o médico diz que sua pressão está</p><p>12 por 8, significa que na sístole ela é de 120 mmHg</p><p>e na diástole é de 80 mmHg.</p><p>Em relação aos batimentos cardíacos, que</p><p>podem ser ouvidos com um estetoscópio, o</p><p>primeiro batimento marca o início da sístole, e o</p><p>segundo é o início da diástole, entendeu?</p><p>A pressão arterial não é estática, ou seja, ela</p><p>está sempre mudando! É normal que ela seja mais</p><p>alta, enquanto estamos praticando exercícios</p><p>físicos do que enquanto dormimos, por exemplo.</p><p>Além disso, também é normal que ocorra um</p><p>ligeiro aumento da média da pressão arterial, com</p><p>o passar dos anos de cada indivíduo.</p><p>Mas afinal, quais os termos e quais</p><p>os valores normais e anormais da pressão?</p><p>-Hipertensão: pressão arterial elevada;</p><p>-Hipotensão: pressão arterial abaixo do normal.</p><p>51</p><p>-Normotensão: pressão arterial dentro dos</p><p>parâmetros normais</p><p>Classificação da PA de acordo com a medição</p><p>casual ou no consultório a partir de 18 anos de idade.</p><p>Classificação PAS</p><p>(mm Hg)</p><p>PAD</p><p>(mm Hg)</p><p>Normal ≤ 120 ≤ 80</p><p>Pré-hipertensão 121-139 81-89</p><p>Hipertensão estágio 1 140 – 159 90 – 99</p><p>Hipertensão estágio 2 160 – 179 100 - 109</p><p>Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110</p><p>Quando a PAS e a PAD situam-se em</p><p>categorias diferentes, a maior deve ser utilizada</p><p>para classificação da PA.</p><p>Hipertensão, Hipotensão, Pressão</p><p>divergente e Convergente.</p><p>• Hipertensão</p><p>Segundo a 7ª diretriz Brasileira de</p><p>cardiologia a hipertensão arterial é condição clínica</p><p>multifatorial caracterizada por elevação</p><p>sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90</p><p>mmHg, é uma doença crônica que causa lesão em</p><p>de órgãos alvo, podendo assim gerar outras</p><p>doenças e até o óbito.</p><p>Causas da pressão alta</p><p>Essa doença é herdada dos pais em 90% dos</p><p>casos, mas há vários fatores que influenciam nos</p><p>níveis de pressão arterial, entre eles:</p><p>Fumo</p><p>Consumo de bebidas alcoólicas</p><p>Obesidade</p><p>Estresse</p><p>Elevado consumo de sal</p><p>Níveis altos de colesterol</p><p>Falta de atividade física;</p><p>Além desses fatores de risco, sabe-se que a</p><p>incidência da pressão alta é maior na raça negra,</p><p>em diabéticos, e aumenta com a idade.</p><p>Sintomas da pressão alta</p><p>Os sintomas da hipertensão costumam</p><p>aparecer somente quando a pressão sobe muito:</p><p>podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça,</p><p>tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão</p><p>embaçada e sangramento nasal.</p><p>Tratamento</p><p>A pressão alta não tem cura, mas tem</p><p>tratamento e pode ser controlada. Em pacientes</p><p>portadores de hipertensão ou com pressão alterada</p><p>a equipe de enfermagem deve além de fazer o</p><p>monitoramento da pressão orientar a dieta</p><p>hipossódica e drogas vasoativas devem ser</p><p>receitadas pelo médico para controlar os valores</p><p>alterados.</p><p>Hipotensão</p><p>Considera-se que uma pessoa está com</p><p>pressão baixa, ou hipotensão arterial, quando esses</p><p>níveis são menores do que 90 mmHg x 60 mmHg</p><p>(uma pressão de 9 por 6). É preciso ressalvar,</p><p>porém, que pessoas saudáveis podem ter níveis</p><p>assim baixos sem manifestar os sinais negativos da</p><p>hipotensão arterial.</p><p>Pressão baixa não é considerada uma</p><p>doença em si, mas pode estar relacionada com</p><p>doenças graves como infarto do miocárdio,</p><p>embolia pulmonar, diabetes, doença de Addison e</p><p>a síndrome de Shy-Drager, por exemplo.</p><p>Nos dias de calor, a tendência é</p><p>diminuírem os níveis de pressão, porque as</p><p>artérias ficam mais dilatadas e o sangue não</p><p>precisa exercer muita força para circular.</p><p>Quedas de pressão podem ocorrer também,</p><p>quando a pessoa se levanta de repente depois de</p><p>muito tempo deitada, agachada ou sentada, em</p><p>decorrência de um déficit momentâneo na</p><p>irrigação do cérebro por causa do retorno venoso</p><p>mais lento e do subsequente débito cardíaco. Nesse</p><p>caso, elas recebem o nome específico de hipotensão</p><p>postural ou ortostática. Isto já aconteceu com você?</p><p>Esses quadros são frequentes nos idosos</p><p>tratados com drogas hipertensivas ou nos</p><p>portadores de diabetes.</p><p>Quando a pressão arterial está baixa, o</p><p>fluxo de sangue para os tecidos cai e o oxigênio não</p><p>chega às células em quantidade suficiente. Podem</p><p>surgir, então, os seguintes sintomas, que variam de</p><p>intensidade conforme o caso:</p><p>Fraqueza;</p><p>Perda de força;</p><p>Baixa de energia;</p><p>Tontura;</p><p>Suores frios;</p><p>Taquicardia;</p><p>Sensação de desmaio.</p><p>Nos casos de queda brusca de pressão</p><p>arterial, as seguintes medidas podem ajudar a</p><p>controlar a crise: a pessoa deve deitar-se numa</p><p>posição confortável e, se possível, com os pés mais</p><p>elevados do que o coração e a cabeça;</p><p>52</p><p>deve também ingerir bastante líquido, mas em</p><p>pequenos goles e dar preferência</p><p>a sucos de frutas,</p><p>se estiver em jejum há muito tempo.</p><p>Pressão divergente convergente</p><p>Normalmente, a ‘distância’ entre o valor</p><p>sistólico e o diastólico é acima de 30, por ex:</p><p>120x80mmHg. Existem situações em que as duas</p><p>estão próximas, por exemplo 120x100, sem</p><p>significar qualquer problema clínico” isso é</p><p>chamado de pressão convergente e pode estar</p><p>associado a desidratação ou efeito de medicação.</p><p>Porém, Se o paciente não está sentindo nada, não</p><p>há prognóstico.</p><p>Já a pressão divergente é quando a</p><p>diferença entre a pressão sistólica e a pressão</p><p>diastólica ultrapassa o valor de 60mmHg,</p><p>160/30mmHg por exemplo, este evento, pode estar</p><p>associado a alguma patologia como: Insuficiência</p><p>aórtica, fístula arteriovenosa, hipertireoidismo,</p><p>fibrose senil de grandes vasos, comunique ao</p><p>enfermeiro ou médico na ocorrência de alguns</p><p>desses eventos.</p><p>A pressão ou tensão arterial é um</p><p>parâmetro de suma importância na investigação</p><p>diagnóstica, sendo obrigatório em toda consulta de</p><p>qualquer especialidade;</p><p>É medida com a utilização do</p><p>esfigmomanômetro e do estetoscópio.</p><p>É imprescindível que o profissional que</p><p>realiza o procedimento tenha pleno conhecimento</p><p>do seu instrumento de trabalho, assim como seu</p><p>funcionamento e utilização, vamos conhecer um</p><p>pouco mais sobre estes instrumentos.</p><p>53</p><p>Esfigmomanômetro</p><p>Criado em 1881, sua função é verificar a</p><p>pressão arterial (PA), por meio da compressão da</p><p>artéria braquial.</p><p>Existem estetoscópios de diversos</p><p>modelos. São alguns dos mais populares:</p><p>mesa</p><p>parede</p><p>Mecânico anaeróide de uso</p><p>Hospitalar</p><p>Digital Semiautomático</p><p>Esfigmomanômetro aneróide</p><p>OBS: O modelo de esfigmomanômetro muito comum</p><p>conhecido como coluna de mercúrio segundo a</p><p>resolução da Anvisa proíbe, em todo o território</p><p>nacional, a fabricação, a importação, a comercialização e</p><p>o uso em serviços de saúde de termômetros e</p><p>esfigmomanômetros com coluna de mercúrio. Válida a</p><p>partir de janeiro de 2019.</p><p>Carrinho</p><p>54</p><p>Existe um detalhe imprescindível para que</p><p>a utilização do esfigmomanômetro seja efetiva e o</p><p>valor da aferição seja fidedigno, o domínio da</p><p>graduação do manômetro, no esfigmomanômetro</p><p>aneroide que nós exemplificamos anteriormente a</p><p>graduação se dá de 2 em 2mmHg, e esta medida na</p><p>hora da aferição não pode ser arredondada, por</p><p>este motivo o estudo do manômetro de ajudará a</p><p>tomar o valor correto na hora da verificação.</p><p>Observe o manômetro abaixo na imagem</p><p>aumentada:</p><p>Como vê, sua medida inicia do zero, e do</p><p>zero ao 20mmHg possui quatro traços pequenos,</p><p>seguido de um traço médio e após, mais quatro</p><p>pequenos até finalmente chegar ao 20.</p><p>Desta forma: 0 ||||||||| 20</p><p>Agora conte 2mmHg para cada traço. Você</p><p>verá que ao chegar no traço médio terá 10, e</p><p>quando você chegar em 20 estará exatamente no</p><p>ponto em que o manômetro tem 20mmHg em</p><p>escrita numérica, Viu?! Agora, continue contando</p><p>até que tenha praticado seu entendimento</p><p>principalmente nos andares mais altos e seja capaz</p><p>de identificar com o ponteiro descendo ou subindo</p><p>a medida desses valores.</p><p>Agora que você está pronto, vamos para os</p><p>próximos passos.</p><p>Objetivo</p><p>Verificar a pressão arterial, obter parâmetro para</p><p>administração de medicamentos e demais</p><p>condutas.</p><p>Aplicação</p><p>Aos pacientes internados, ambulatoriais e</p><p>de pronto-atendimento com prescrição médica</p><p>e/ou de enfermagem de verificação da PA.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>Bandeja com esfigmomanômetro, estetoscópio,</p><p>algodão, álcool, fita métrica, caneta e papel.</p><p>Preliminares e Preparo do paciente:</p><p>• Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo</p><p>em repouso de 3 a 5 minutos em ambiente</p><p>calmo.</p><p>• Deve ser instruído a não conversar durante a</p><p>medição. Possíveis dúvidas devem ser</p><p>esclarecidas antes ou depois do procedimento.</p><p>• Certificar-se de que o paciente NÃO:</p><p>- Está com a bexiga cheia;</p><p>- Praticou exercícios físicos há pelo menos 60</p><p>minutos;</p><p>- Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos;</p><p>- Fumou nos 30 minutos anteriores.</p><p>Todos esses fatores podem alterar um valor</p><p>fidedigno da pressão.</p><p>Posicionamento:</p><p>- O paciente deve estar sentado, com pernas</p><p>descruzadas, pés apoiados no chão, dorso</p><p>recostado na cadeira e relaxado;</p><p>- O braço deve estar na altura do coração, apoiado,</p><p>com a palma da mão voltada para cima e as roupas</p><p>não devem garrotear o membro.</p><p>- Nos diabéticos, idosos e em outras situações em</p><p>que a hipotensão ortostática possa ser frequente ou</p><p>suspeitada, medir a PA na posição de pé, após 3</p><p>minutos.</p><p>PASSO A PASSO</p><p>1. Confirme o paciente e o procedimento a ser</p><p>realizado;</p><p>2. Higienize as mãos;</p><p>3. Reúna os materiais na bandeja previamente</p><p>higienizada e leve ao quarto do paciente;</p><p>4. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na</p><p>pulseira de identificação;</p><p>5. Localizar a artéria braquial por palpação.</p><p>55</p><p>6. Colocar o manguito firmemente sem deixar</p><p>folgas, cerca de 2 cm a 3 cm acima da fossa</p><p>antecubital, centralizando a bolsa de borracha</p><p>sobre a artéria braquial. Determinar a</p><p>circunferência</p><p>do braço no</p><p>ponto médio</p><p>entre acrômio</p><p>e olecrano, o</p><p>ideal é realizar</p><p>essa medida</p><p>pela região de</p><p>trás do braço.</p><p>Delimitando o ponto médio desta medida, nesta</p><p>altura será mensurado a circunferência do</p><p>braço. A largura da bolsa de borracha do</p><p>manguito deve corresponder a 40% da</p><p>circunferência do braço e seu comprimento,</p><p>envolver pelo menos 80% do braço. Assim, a</p><p>largura do manguito a ser utilizado estará na</p><p>dependência da circunferência do braço do</p><p>paciente.</p><p>Para esta medida, segundo ABC utilize a tabela</p><p>que indica o tamanho da braçadeira.</p><p>7. Manter o braço do paciente na altura do</p><p>coração.</p><p>8. Posicionar os olhos no mesmo nível do</p><p>mostrador do manômetro aneróide.</p><p>9. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até</p><p>seu desaparecimento, para a estimativa do</p><p>nível da pressão sistólica, desinflar</p><p>rapidamente e aguardar de 15 a 30 segundos</p><p>antes de inflar novamente. (MÉTODO</p><p>PALPATÓRIO)</p><p>10. Colocar o estetoscópio nos ouvidos, com a</p><p>curvatura voltada para a frente.</p><p>11. Posicionar a campânula do estetoscópio</p><p>suavemente sobre a artéria braquial, na fossa</p><p>antecubital, evitando compressão excessiva.</p><p>12. Solicitar ao paciente que não fale durante o</p><p>procedimento de medição.</p><p>13. Inflar rapidamente, de 10 mmHg em 10</p><p>mmHg, até o nível estimado da pressão</p><p>arterial.</p><p>14. Proceder à deflação, com velocidade constante</p><p>inicial de 2 mmHg a 4 mmHg por segundo,</p><p>evitando congestão venosa e desconforto para</p><p>o paciente. (MÉTODO AUSCULTATÓRIO)</p><p>15. Determinar a pressão sistólica no momento do</p><p>aparecimento do primeiro som (fase I de</p><p>Korotkoff), que se intensifica com o aumento</p><p>da velocidade de deflação.</p><p>16. Determinar a pressão diastólica no</p><p>desaparecimento do som (fase V de</p><p>Korotkoff), exceto em condições especiais.</p><p>Auscultar cerca de 20 mmHg a 30 mmHg</p><p>abaixo do último som para confirmar seu</p><p>desaparecimento e depois proceder à deflação</p><p>rápida e completa. Quando os batimentos</p><p>persistirem até o nível zero, determinar a</p><p>pressão diastólica no abafamento dos sons</p><p>(fase IV de Korotkoff).</p><p>17. Registrar os valores das pressões sistólica e</p><p>diastólica, complementando com a posição do</p><p>paciente, o tamanho do manguito e o braço em</p><p>que foi feita a mensuração. Deverá ser</p><p>registrado sempre o valor da pressão obtido</p><p>na escala do manômetro, que varia de 2</p><p>mmHg em 2 mmHg, evitando-se</p><p>arredondamentos.</p><p>18. Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas</p><p>medidas.</p><p>19. O paciente deve ser informado sobre os</p><p>valores da pressão arterial e a possível</p><p>Circunferência</p><p>do braço (cm)</p><p>Denominação</p><p>do manguito</p><p>Largura</p><p>do</p><p>manguito</p><p>(cm)</p><p>Comprimento</p><p>da bolsa (cm)</p><p>< 6 RN 3 6</p><p>6-15 Criança 5 15</p><p>16-21 Infantil 8 21</p><p>22-26 Adulto</p><p>Pequeno</p><p>10 24</p><p>27-34 Adulto 13 30</p><p>35-44 Adulto</p><p>Grande</p><p>16 38</p><p>45-52 Coxa 20 42</p><p>56</p><p>http://www.saudedireta.com.br/docsupload/1344435028Diretriz%20do%20tto%20da%20dor.pdf</p><p>necessidade de acompanhamento, porém,</p><p>com prudência da parte do profissional para</p><p>que a notícia do valor obtido não venha causar</p><p>espanto e preocupação no paciente o que pode</p><p>agravar o a situação no caso de crises</p><p>hipertensivas.</p><p>Dor</p><p>A Agência Americana de</p><p>Pesquisa e Qualidade em Saúde</p><p>Pública e a Sociedade</p><p>Americana de Dor descrevem a dor</p><p>como o quinto sinal</p><p>vital que deve</p><p>sempre ser</p><p>registrado ao</p><p>mesmo tempo e</p><p>no mesmo</p><p>ambiente clínico em que</p><p>também são avaliados os outros sinais vitais, quais</p><p>sejam: temperatura, pulso, respiração e pressão</p><p>arterial.</p><p>A Sociedade Americana para a Medicina de</p><p>Emergência, também reconhece a importância de</p><p>se registrar e mensurar a percepção de dor tanto</p><p>aguda quanto crônica. Em decorrência dessa</p><p>ênfase na mensuração da dor, diferentes</p><p>instituições de saúde têm, atualmente,</p><p>recomendado que os clientes sejam questionados</p><p>se estão sentindo dor no momento da admissão</p><p>para tratamento e, também, durante a evolução</p><p>clínica14.</p><p>A verificação da dor deverá ser feita</p><p>utilizando a escala de dor, padronizada na</p><p>instituição, em todos os clientes hospitalizados e,</p><p>principalmente, os que apresentarem dor aguda de</p><p>repetição ou dor crônica, sendo essa avaliação</p><p>necessária antes e após a aplicação do analgésico</p><p>prescrito ou realização de procedimentos que</p><p>causem dor13.</p><p>A Escada Analgésica da OMS sugere a</p><p>organização e padronização do tratamento</p><p>analgésico da dor baseado em uma escada de três</p><p>degraus de acordo com a intensidade de dor que o</p><p>paciente apresenta.</p><p>Consulte e notifique ao enfermeiro e/ou</p><p>médico sobre o nível do dor do paciente, algumas</p><p>prescrições contém analgésicos como item se</p><p>necessário “s/n” ou “sos”, nessa perspectiva a</p><p>equipe utilizará a escala da dor com a numeração</p><p>informada pelo paciente para expressar sua doe e</p><p>assim escolher o tipo de intervenção farmacológica</p><p>ou até mesmo não farmacológica a se ter com o</p><p>paciente.</p><p>ESCALA VISUAL ANALÓGICA – EVA</p><p>A Escala Visual Analógica – EVA consiste</p><p>em auxiliar na aferição da intensidade da dor no</p><p>paciente, é um instrumento importante para</p><p>verificarmos a evolução do paciente durante o</p><p>tratamento e mesmo a cada atendimento, de</p><p>maneira mais fidedigna.</p><p>Também é útil para podermos analisar se o</p><p>tratamento está sendo efetivo, quais</p><p>procedimentos têm surtido melhores resultados,</p><p>assim como se há alguma deficiência no</p><p>tratamento, de acordo com o grau de melhora ou</p><p>piora da dor.</p><p>DOR FORTE</p><p>57</p><p>A EVA pode ser utilizada no início e no</p><p>final de cada atendimento, registrando o resultado</p><p>sempre na evolução. Para utilizar a EVA o</p><p>atendente deve questionar o paciente quanto ao</p><p>seu grau de dor sendo que 0 significa ausência total</p><p>de dor e 10 o nível de dor máxima suportável pelo</p><p>paciente15.</p><p>Dicas sobre como interrogar o paciente:</p><p>Você tem dor?</p><p>Como você classifica sua dor? (deixe ele falar</p><p>livremente, faça observações na pasta sobre o que</p><p>ele falar).</p><p>Questione-o:</p><p>a) Se não tiver dor, a classificação é zero.</p><p>b) Se a dor for moderada, seu nível de referência é</p><p>cinco.</p><p>c) Se for intensa, seu nível de referência é dez.</p><p>OBS.: Procure estabelecer variações de melhora e</p><p>piora na escala acima tomando cuidado para não</p><p>sugestionar o paciente.</p><p>PROCEDIMENTO</p><p>Objetivo</p><p>Definir a intensidade e as características da dor,</p><p>auxiliando na decisão terapêutica para promover</p><p>cuidado e conforto ao paciente.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>Caneta e impresso para anotação</p><p>Escala de avaliação da dor - EVA (ESCALA</p><p>ANALÓGICA VISUAL).</p><p>Indicações e Contra Indicações</p><p>Indicações:</p><p>Admissão do paciente;</p><p>Antes e depois de procedimentos cirúrgicos;</p><p>Antes e depois de um procedimento diagnostico</p><p>invasivo;</p><p>Alteração da condição física geral do paciente</p><p>(como no aumento da intensidade da dor);</p><p>Relato de sintomas inespecíficos, desconforto físico</p><p>ou dor.</p><p>Contraindicações:</p><p>Crianças menores que 5 anos;</p><p>pacientes impossibilitados de interagir com o</p><p>examinador (ex: coma, efeito anestésico, etc). OBS:</p><p>Para estes pacientes em específico escalas</p><p>especiais devem ser utilizadas.</p><p>PASSO A PASSO:</p><p>1. Confirme o paciente e o procedimento a ser</p><p>realizado;</p><p>2. Higienize as mãos;</p><p>3. Reúna os materiais na bandeja previamente</p><p>higienizada e leve ao quarto do paciente;</p><p>4. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na</p><p>pulseira de identificação;</p><p>5. Instruir ao paciente para marcar no instrumento</p><p>de avaliação a intensidade da sua dor,</p><p>considerando na escala de 1 a 10 o grau da sua</p><p>dor;</p><p>6. Deixar o paciente confortável;</p><p>7. Manter a organização da unidade do paciente;</p><p>8. Realizar higienização das mãos com água e</p><p>sabão conforme e realizar as anotações</p><p>necessárias,</p><p>58</p><p>Glicemia capilar</p><p>Você sabe o que é glicemia?</p><p>A glicemia é a concentração de glicose no sangue</p><p>ou mais precisamente no plasma. O nosso corpo</p><p>transforma alguns dos hidratos de carbono</p><p>ingeridos em glicose e a glicemia é o nível de</p><p>glicose presente no nosso sangue. Quando a</p><p>glicemia está baixa, os efeitos deletérios no</p><p>organismo podem ser imediatos e severos, quando</p><p>começa a ter súbitos aumentos, pode ser indicativo</p><p>de doenças como o DM, nossa glicemia precisa</p><p>permanecer em valores estáveis para que o</p><p>equilíbrio orgânico aconteça.</p><p>O controle da glicemia reduz de forma</p><p>significativa as complicações do diabetes mellitus</p><p>(DM). Assim, métodos que avaliam a frequência e</p><p>a magnitude da hiperglicemia são essenciais no</p><p>acompanhamento do DM, visando a ajustes no</p><p>tratamento17.</p><p>Até a década de 1970, a avaliação do</p><p>controle glicêmico era feita apenas com medida</p><p>domiciliar da glicosúria e dosagens ocasionais de</p><p>glicemia de jejum. Desde então, houve avanços</p><p>significativos nos métodos utilizados, com o</p><p>desenvolvimento de testes que avaliam o controle</p><p>glicêmico em longo prazo, hoje, temos diversos</p><p>exame e forma de monitoramentos que ajudam</p><p>tanto no fechamento diagnóstico da DM, como no</p><p>monitoramento da</p><p>glicemia num</p><p>geral17.</p><p>HIPERGLICEMIA</p><p>A hiperglicemia é caracterizada pela</p><p>presença de níveis elevados de açúcar (glicose) no</p><p>sangue, podendo ser causada pelo excesso de</p><p>alimentação, falta de exercício ou, para os</p><p>diabéticos, falta de insulina, podendo evoluir ao</p><p>longo do curso de um dia ou vários dias18.</p><p>Os principais sintomas de açúcar elevado</p><p>em pessoas não diabéticas são semelhantes ao de</p><p>um diabético e incluem: aumento da micção, sede</p><p>e fome. Fadiga, agitação e perda de peso também</p><p>podem ser sintomas menos comuns. Embora esses</p><p>sintomas nem sempre signifiquem que você tem</p><p>hiperglicemia18.</p><p>Dependendo da causa da hiperglicemia, o</p><p>tratamento médico pode ou não ser bem-sucedido.</p><p>Pessoas com níveis de glicemia levemente</p><p>elevados, como acontece no pré-diabetes,</p><p>conseguem muitas vezes reduzir os seus níveis de</p><p>glicose através da incorporação de mudanças de</p><p>dieta e estilo de vida, como beber mais água, um</p><p>aumento da quantidade de exercício, a mudança</p><p>de hábitos alimentares e ajuste de medicamentos18.</p><p>A Organização Mundial da Saúde (OMS)</p><p>estima que glicemia elevada é o terceiro fator, em</p><p>importância, da causa de mortalidade prematura,</p><p>superada apenas por pressão arterial aumentada e</p><p>uso de tabaco.</p><p>Diabetes é uma doença crônica na qual o</p><p>corpo não produz insulina ou não consegue</p><p>empregar adequadamente a insulina que produz.</p><p>Mas o que é insulina? É um hormônio que controla</p><p>PORTFÓLIO DE ACORDO COMO</p><p>SOLICITADO PELO PROFESSOR.</p><p>5</p><p>ética política, de ética matrimonial de bioética, etc.</p><p>É um procedimento didático ou acadêmico, pois,</p><p>na vida real eles não vem assim separados.</p><p>Quando destrinchamos este ramo do</p><p>saber, não estamos dizendo que os pressupostos</p><p>éticos na prática da vida nãos sejam complexos, e</p><p>com várias dimensões simultaneamente, ou seja</p><p>nem sempre o ato de ausência de ética se</p><p>enquadrará em apenas uma infração ética.</p><p>(Trechos do livro; O que é ética. De Álvaro L. M.</p><p>Valls).</p><p>Porém, quando nos deparamos com o fato</p><p>de a enfermagem ser a arte do cuidar, entendemos</p><p>o cuidar como um estilo de vida, o profissional de</p><p>enfermagem não cumpre com seu juramento e</p><p>seus princípios éticos apenas no seu horário de</p><p>trabalho, ele tem o dever cidadão de prezar pela</p><p>ética acima de tudo pela humanidade, fazendo-se</p><p>cumprir tudo o que preconiza a lei e o bem-estar</p><p>do próximo.</p><p>Vamos refletir acerca da reportagem</p><p>abaixo:</p><p>Ao decorrer dos tempos a civilização</p><p>humana criou supostamente um novo conceito de</p><p>respeito para com a morte, na idade média, não</p><p>havia privação no que desrespeito a exposição de</p><p>corpos em praça pública, sendo estes, um costume</p><p>da época, nos deparando com dilemas ético</p><p>morais do nosso tempo, com a sociedade digital, e</p><p>o compartilhamento de imagens trágicas alheias</p><p>que não por finalidade de estudo, fazemos uma</p><p>analogia aos tempos mediaevais, não seriam estas</p><p>práticas semelhantes? O profissional de</p><p>enfermagem é o cidadão que mais que qualquer</p><p>um outro deve respeitar a vida e a morte seja ela</p><p>de qualquer derivação. Trazendo esta analogia</p><p>para a cotidiano de trabalho de enfermagem, e</p><p>como visto no quadro da pág. anterior, existem</p><p>órgãos (COREN/COFEN) que existem para</p><p>fiscalizar comportamentos, e punir e/ou defender</p><p>o profissional de enfermagem de erros de cunho</p><p>desde ético a morais, admirativos, etc.</p><p>VOCÊ vai aprender ao longo de toda a</p><p>matéria que os princípios éticos estão no respeito</p><p>a integridade física e moral do paciente, desde os</p><p>mínimos procedimento ao mais invasivos como:</p><p>• Privar o paciente de constrangimento, fazendo uso</p><p>de biombo durante praticamente todos os</p><p>procedimentos realizados com o paciente,</p><p>principalmente os que requerem nudez, e/ou</p><p>exposição de fluidos corpóreos.</p><p>• Guardar silencio e/ou comentários insensatos</p><p>durante realização de procedimento que requerem</p><p>nudez ou dolorosos.</p><p>• Não realizar e nem ser conivente com comentários</p><p>que caracterizem algo do paciente, piadas,</p><p>adjetivos, rótulos ou questionamentos</p><p>desnecessários.</p><p>• Vestir-se adequadamente no seu ambiente de</p><p>trabalho, mantendo a padronização neutra ou</p><p>coerente com o setor.</p><p>Entre muitas outras posturas que além de</p><p>um entendimento técnico requerem</p><p>conhecimento ético e um bom senso moral, e de</p><p>humanização.</p><p>A humanização é uma temática que há</p><p>poucos anos foi tida como tendência, o termo</p><p>humanização na assistência cada dia mais tem</p><p>ganhado espaço e hoje já em alguns lugares uma</p><p>obrigatoriedade.</p><p>... Uma tentativa de assalto, na manhã de ontem, na</p><p>frente de uma agência bancária, no bairro do Farol, às</p><p>margens da Avenida Fernandes Lima, terminou com dois</p><p>assaltantes mortos. Segundo os primeiros levantamentos</p><p>da polícia, a dupla tentou assaltar um idoso que acabava</p><p>de sair de outra agência bancária. Os assaltantes foram</p><p>surpreendidos por um policial militar à paisana, que</p><p>sacou a arma e atirou. Os dois corpos ficaram estendidos</p><p>em poças de sangue, no asfalto quente da movimentada</p><p>Avenida Fernandes Lima, durante muitas horas e logo</p><p>viraram “espetáculo” para curiosos que estavam</p><p>passando de veículo pelo local. Todos queriam flagrar a</p><p>cena por meio de seus telefones celulares. O resultado</p><p>foi um engarrafamento gigantesco que travou</p><p>completamente o trânsito na parte alta da cidade.</p><p>http://gazetaweb.globo.com/gazetadealagoas/noticia.php?c=234385</p><p>6</p><p>Humanização no sentido literal da palavra</p><p>significa ato ou efeito de humanizar, que, por</p><p>sua vez, significa "tornar humano; dar feição ou</p><p>condição humana a; tornar benévolo, afável;</p><p>mostrar-se benévolo, compassivo, caridoso".</p><p>Quando nos remetemos à humanização nas</p><p>relações interpessoais, podemos retomar esses</p><p>sentidos denotativos da palavra, ou seja,</p><p>podemos configurar a humanização como algo</p><p>inato ao ser humano, um sentimento instintivo</p><p>que todos os homens trazem em si, no qual</p><p>emerge atos e ações de caridade, bondade, tendo</p><p>o bem como máxima a guiar as relações em</p><p>sociedade4.</p><p>Mas há de se convir que, se somos seres</p><p>humanos tratar o próximo com humanidade não</p><p>haveria de ser uma obrigação? É ambíguo pensar que</p><p>um ser humano tem que ser humano com outro ser</p><p>humano!</p><p>Já na área da saúde, a</p><p>humanização começou a ser</p><p>abordada em torno da década</p><p>de 80, quando esse termo</p><p>começou a ganhar força e</p><p>adeptos devido aos acordes</p><p>da luta antimanicomial, na</p><p>área da Saúde Mental e do</p><p>movimento pela</p><p>humanização do parto e do</p><p>nascimento. Desde então, os</p><p>hospitais começaram a desenvolver ações</p><p>consideradas "humanizadoras", ações estas que</p><p>de início tinham a finalidade de transformar o</p><p>ambiente hospitalar a partir da implementação</p><p>de atividades lúdicas, lazer, entretenimento ou</p><p>arte e melhorias na aparência física dos serviços,</p><p>mas que não chegavam às instâncias da</p><p>organização do trabalho ou do modo de gestão e</p><p>tampouco da vida das pessoas. No contexto das</p><p>políticas públicas, em 2000, o Ministério da</p><p>Saúde a partir das diversas iniciativas de</p><p>humanização na prática assistencial à saúde,</p><p>criou o Programa Nacional de Humanização da</p><p>Assistência Hospitalar (PNHAH), propondo</p><p>melhorias na qualidade da assistência e nas</p><p>condições de trabalho. Tendo em vista que a</p><p>humanização abrange todos os níveis de atenção</p><p>à saúde e não apenas o contexto hospitalar, em</p><p>2003, o Ministério da Saúde revisa a PNHAH e</p><p>lança a Política Nacional de Humanização (PNH</p><p>), que passa a contemplar toda a rede SUS,</p><p>abrangendo transformações dos modelos de</p><p>atenção e gestão nos serviços e nos sistemas de</p><p>saúde4.</p><p>Embora haja esse movimento em direção à</p><p>humanização orientado por políticas públicas,</p><p>nem todos os profissionais estão conscientes</p><p>sobre tal situação e para tanto torna-se ainda</p><p>mais difícil modificar suas práticas, que são</p><p>enraizadas de valores, conceitos e atitudes</p><p>compatíveis à formação que tiveram. Não que</p><p>com isso se possa afirmar que profissionais que</p><p>se formaram antes da implementação da PNH</p><p>não tenham consciência, conhecimento e</p><p>aplicabilidade dos preceitos da PNH em suas</p><p>práticas, muito pelo</p><p>contrário. Apenas traz-se à</p><p>discussão a importância</p><p>da reflexão tanto daqueles</p><p>que se formaram antes</p><p>quanto daqueles que se</p><p>formaram após a PNH, e</p><p>daqueles que ainda estão</p><p>cursando a graduação ou o</p><p>curso técnico de</p><p>enfermagem sobre as</p><p>questões da valorização do sujeito alvo do</p><p>cuidado, como um ser único, autônomo e que</p><p>deve ser protagonista das decisões assistenciais</p><p>e gerenciais, possibilitando a coautoria do</p><p>cliente, do profissional e do gestor no processo</p><p>de cuidar, tornando o cuidado de enfermagem</p><p>resolutivo, eficaz e humanizado4.</p><p>A participação do paciente como coautor</p><p>dos cuidados para consigo mesmo além</p><p>humanizador, cria novos hábitos de saúde, e</p><p>fomenta as questões holísticas e biopsicossociais,</p><p>como já foi aprendido.</p><p>Dentro desta perspectiva, de que forma no</p><p>dia a dia profissional além do dever ético o</p><p>profissional de enfermagem pode exercer a</p><p>humanização na assistência? Você conhece</p><p>alguma forma de humanização hospitalar?</p><p>A seguir, mostraremos imagens que te</p><p>inspirarão a falar um pouco de como as</p><p>tendências humanizadoras fazem a diferença na</p><p>qualidade da assistência.</p><p>“Atendimento humanizado: Um paciente</p><p>não é só um paciente. Ele é o amor de</p><p>alguém. O pai de alguém. A mãe de</p><p>alguém. O filho de alguém. Avô, Avó de</p><p>alguém.</p><p>a quantidade de glicose no sangue. O corpo precisa</p><p>desse hormônio para utilizar a glicose, que</p><p>obtemos por meio dos alimentos, como fonte de</p><p>energia. Quando a pessoa tem diabetes, no entanto,</p><p>o organismo não fabrica insulina e não consegue</p><p>utilizar a glicose adequadamente. O nível de</p><p>glicose no sangue fica alto. Se esse quadro</p><p>permanecer por longos períodos, poderá haver</p><p>danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos19.</p><p>A grosso modo podemos considerar que o</p><p>diabetes pode ser de dois tipos, Tipo 1 e tipo 2.</p><p>O que é Diabetes Tipo 1?</p><p>Em algumas pessoas, o sistema</p><p>imunológico ataca equivocadamente suas próprias</p><p>células, estas são chamadas doenças autoimunes.</p><p>Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para</p><p>o corpo. Como resultado, a glicose fica no sangue,</p><p>em vez de ser usada como energia. Esse é o</p><p>processo que caracteriza o Tipo 1 de diabetes, que</p><p>concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a</p><p>doença19.</p><p>O Tipo 1 aparece geralmente na infância ou</p><p>adolescência, mas pode ser diagnosticado em</p><p>adultos também. Essa variedade é sempre tratada</p><p>com insulina, medicamentos, planejamento</p><p>59</p><p>alimentar e atividades físicas, para ajudar a</p><p>controlar o nível de glicose no sangue19.</p><p>O que é Diabetes Tipo 2?</p><p>O Tipo 2 aparece quando o organismo não</p><p>consegue usar adequadamente a insulina que</p><p>produz; ou não produz insulina suficiente para</p><p>controla a taxa de glicemia. Cerca de 90% das</p><p>pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta</p><p>mais frequentemente em adultos, mas crianças</p><p>também podem apresentar. Dependendo da</p><p>gravidade, ele pode ser controlado com atividade</p><p>física e planejamento alimentar. Em outros casos,</p><p>exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos</p><p>para controlar a glicose19.</p><p>HIPOGLICEMIA</p><p>A hipoglicemia é a baixa de açúcar no</p><p>sangue e pode ser causada por não se alimentar o</p><p>suficiente, exercício excessivo ou, para os</p><p>diabéticos, tendo muita insulina no corpo. Outras</p><p>possíveis causas de hipoglicemia incluem ingestão</p><p>excessiva de álcool, uma vez que isso reduz os</p><p>níveis de açúcar no sangue.</p><p>Os principais sintomas de hipoglicemia</p><p>incluem sudorese, fadiga e tonturas. No entanto,</p><p>outros sintomas mais graves incluem aumento da</p><p>frequência cardíaca, visão turva, confusão,</p><p>convulsões e, em casos graves, coma18.</p><p>O QUE É GLICEMIA PÓS PRANDIAL E DE</p><p>JEJEUML?</p><p>Glicemia pós-prandial é o aumento do</p><p>nível de glicose na corrente sanguínea cerca de 10</p><p>minutos após uma refeição. Em resposta à</p><p>absorção de carboidratos, o organismo libera</p><p>insulina para permitir a entrada da glicose pelas</p><p>células, como sua principal fonte de energia.</p><p>A glicemia pode ser medida antes ou após</p><p>a alimentação, em cada uma dessas situações</p><p>existem parâmetros de normalidade, que vão</p><p>variar se o paciente estiver ou não alimentado. Na</p><p>tabela a baixo vamos conhecer alguns desses</p><p>valores segundo a Sociedade Brasileira do</p><p>Diabetes.</p><p>DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES 2017-2018</p><p>60</p><p>O GLICOSÍMETRO</p><p>Glicosímetro é um pequeno aparelho para</p><p>medir a glicose na corrente sanguínea. Geralmente</p><p>de fácil utilização, dá indicações da quantidade de</p><p>glicose no sangue, bem como os valores que</p><p>representam a hipoglicemia e a hiperglicemia.</p><p>Cada glicosímetro possui uma fita reagente</p><p>adequada para ele, é coletando uma gota de</p><p>sangue na fita acoplada ao glicosímetro que após</p><p>alguns segundos, ele mostrará em sua tela a</p><p>quantidade de glicose no sangue do paciente.</p><p>É importante frisar dois status que o</p><p>mostrador indicará em forma de código que</p><p>resultarão em tomadas de medidas emergenciais.</p><p>O (LO) e o (HI)</p><p>Onde (LO), abreviação de LOW (baixo em</p><p>inglês), significa que o valor da glicemia está</p><p>abaixo do limite de detecção do aparelho, ou seja,</p><p>a glicose está muito baixa, geralmente abaixo de</p><p>20 a 30 mg/dL, a variar de fabricante.</p><p>E o (HI) abreviação de HIGH (Alto em</p><p>inglês), significa que a glicose está acima do</p><p>limite de detecção do aparelho. Neste caso a</p><p>glicemia em geral está acima de 500 a 600 mg/dL.</p><p>PROCEDIMENTO</p><p>Objetivo</p><p>Controlar a glicemia de portadores de diabetes,</p><p>usuários de insulinoterapia e de nutrição</p><p>parenteral ou outras terapêuticas que interfiram no</p><p>metabolismo da glicose no organismo; avaliar</p><p>possíveis causas de lipotímia, desmaios e</p><p>convulsões.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>Insumos para lavagem básica das mãos;</p><p>Luvas de procedimento;</p><p>Algodão;</p><p>Álcool 70%;</p><p>Bandeja previamente higienizada;</p><p>Glicosímetro;</p><p>Fitas reagentes para glicose, específica ao</p><p>aparelho utilizado no momento;</p><p>Lancetas estéreis;</p><p>Caneta e papel para anotação do resultado</p><p>encontrado;</p><p>Caixa de perfuro cortante.</p><p>PASSO A PASSO:</p><p>1. Confirme o paciente e o procedimento a ser</p><p>realizado;</p><p>2. Higienize as mãos;</p><p>3. Reúna os materiais na bandeja previamente</p><p>higienizada e leve ao quarto do paciente;</p><p>4. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na</p><p>pulseira de identificação;</p><p>5. Oriente-o de que verificará sua glicemia;</p><p>6. Higienize as mãos, e imprescindivelmente calce</p><p>as luvas de procedimento;</p><p>7. Escolha o dedo e Limpe a área com algodão</p><p>embebido em Álcool a 70, com três movimentos</p><p>para um único sentido;</p><p>8. Ligar o aparelho e posicionar a fita e o</p><p>glicosímetro de modo a facilitar a deposição da</p><p>gota de sangue no local adequado. (alguns</p><p>aparelhos ligam automaticamente quando a fita</p><p>é encaixada, (leia o manual do fabricante);</p><p>9. Abra a lanceta;</p><p>10. Segure o dedo fazendo uma leve pressão na</p><p>ponta do dedo escolhido de modo a favorecer o</p><p>seu enchimento capilar;</p><p>A unidade de medida que você utilizará</p><p>para a medida da glicose no sangue é:</p><p>mg/dL.</p><p>Ou seja você dirá Dextro: xx mg/dL</p><p>quantos milímetros o mercúrio sobe no</p><p>medidor do aparelho11.</p><p>61</p><p>11. Com a lanceta ou agulha estéril fazer uma</p><p>punção na ponta do dedo escolhido,</p><p>preferencialmente na lateral do dedo, onde a</p><p>dor é minimizada, lancetar o dedo e obter uma</p><p>gota suficiente para preencher o campo</p><p>reagente;</p><p>12. Encoste a gota de sangue no local indicado na</p><p>fita já encaixada no glicosímetro;</p><p>13. Pressionar o local da punção com algodão até</p><p>hemostasia;</p><p>14. Atentar para pacientes em uso de</p><p>anticoagulantes;</p><p>15. Aguarde alguns segundo até que o valor da</p><p>glicemia pareça no mostrador. Informar-lhe o</p><p>resultado obtido ao paciente;</p><p>16. Desprezar a fita reagente e a lanceta na caixa</p><p>específica para material perfurocortante;</p><p>17. Limpar o glicosímetro com algodão embebido</p><p>com solução alcoólica;</p><p>18. Retirar as luvas,</p><p>19. Organizar seu material deixar o paciente em</p><p>ordem;</p><p>20. Realizar a higienização das mãos;</p><p>21. Registrar o valor obtido no prontuário do</p><p>paciente.</p><p>Saturação</p><p>A medida da</p><p>saturação</p><p>(oximetria de</p><p>pulso) pode</p><p>ser um dos</p><p>componentes</p><p>da triagem,</p><p>pode ser</p><p>usado</p><p>também durante a anestesia, durante as fases de</p><p>recuperação pós-anestésica e pós-operatória, ou</p><p>em paciente de UTI, se trata de um procedimento</p><p>não invasivo e indolor. A oximetria de pulso é a</p><p>maneira de medir quanto oxigênio seu sangue está</p><p>transportando. Usando um pequeno dispositivo</p><p>chamado oxímetro de pulso, seu nível de oxigênio</p><p>sanguíneo pode ser aferido sem a necessidade de</p><p>puncioná-lo com uma agulha. O nível de oxigênio</p><p>mensurado com um oxímetro é chamado de nível</p><p>de saturação de oxigênio (abreviado como O2sat</p><p>ou SpO2). A SpO2 é a porcentagem de oxigênio</p><p>que seu sangue está transportando, comparada</p><p>com o máximo da sua capacidade de transporte.</p><p>Idealmente, mais de 89% das suas células</p><p>vermelhas devem estar transportando oxigênio.</p><p>Por que é importante ter meu nível de</p><p>oxigênio sanguíneo aferido? Caso o paciente tenha</p><p>uma doença pulmonar, seu nível de oxigênio</p><p>sanguíneo pode ser menor do que o normal. É</p><p>importante saber se e quando isso ocorre, pois,</p><p>quando seu nível de oxigênio</p><p>é baixo, as células do</p><p>seu corpo podem ter dificuldade de trabalhar</p><p>apropriadamente. O oxigênio é o “gás” que faz seu</p><p>corpo “funcionar”. Se você está com o “gás” baixo,</p><p>seu corpo trabalha mal. Ter um nível muito baixo</p><p>de oxigênio sanguíneo pode sobrecarregar seu</p><p>coração e seu cérebro.</p><p>A maioria das pessoas precisa de um nível</p><p>de saturação de no mínimo 89% para manter suas</p><p>células saudáveis. Se o nível de oxigênio é baixo em</p><p>ar ambiente, pode ser necessário o uso de oxigênio</p><p>suplementar. O oxímetro através da medida da</p><p>saturação ajudará a avaliar quanto de oxigênio será</p><p>ofertado.</p><p>Como o oxímetro de pulso funciona?</p><p>Um oxímetro de pulso vem como uma</p><p>pequena unidade a ser colocada no dedo, ou um</p><p>pequeno dispositivo portátil que conectado a um</p><p>fio pode ser fixado ou adaptado ao seu dedo ou</p><p>lóbulo da orelha. Existem de diversas formas,</p><p>portáteis, para dedo, para orelha, para RN, ligados</p><p>num monitor cardíaco, entre outros.</p><p>Um feixe de luz dentro do dispositivo</p><p>transpassa o dedo, passam através do sangue (ou</p><p>62</p><p>lóbulo da orelha) para mensurar o oxigênio. Os</p><p>feixes de luz são “lidos” para calcular a</p><p>porcentagem do transporte de oxigênio. Este</p><p>método também proporciona a leitura da</p><p>frequência cardíaca (pulso). Para garantir que o</p><p>oxímetro está lhe dando uma boa leitura, você</p><p>pode contar o pulso por um minuto e comparar</p><p>com o número obtido pelo oxímetro. Se eles devem</p><p>ser semelhantes.</p><p>O nível de oxigênio medido por um</p><p>oxímetro de pulso é razoavelmente acurado. A</p><p>maioria dos oxímetros dão uma leitura 2% acima</p><p>ou 2% abaixo da saturação que poderia ser obtida</p><p>pela gasometria arterial (procedimento invasivo de</p><p>retirada de sangue da artéria). Se a SpO2 do</p><p>paciente for 92% no oxímetro de pulso, ela pode ser</p><p>de fato qualquer valor entre 90 e 94%. A leitura do</p><p>oxímetro pode ser menos acurada se o paciente</p><p>usar esmaltes, unhas postiças, tiver as mãos frias,</p><p>ou tiver a circulação deficiente, nestes casos pode</p><p>haver até impossibilidade de leitura.</p><p>Valores normais</p><p>Se o oxímetro de pulso está medindo 98%,</p><p>isso significa que cada glóbulo vermelho é</p><p>constituído por 98% de oxigenação e 2% de</p><p>hemoglobina não oxigenada. Os valores normais</p><p>de SpO2 variam entre 95 e 100%, num adulto.</p><p>PROCEDIMENTO</p><p>Objetivo</p><p>Mensurar e/ou monitorizar o nível de</p><p>saturação de oxigênio no sangue, contribuindo,</p><p>assim para uma vigilância eficaz dos pacientes.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>Insumos para lavagem básica das mãos;</p><p>Algodão s/n;</p><p>Álcool 70% s/n;</p><p>Bandeja previamente higienizada;</p><p>Aparelho de Oximetria de pulso</p><p>Caneta e papel para anotação do resultado</p><p>encontrado;</p><p>PASSO A PASSO:</p><p>1. Confirme o paciente e o procedimento a ser</p><p>realizado;</p><p>2. Higienize as mãos;</p><p>3. Reúna os materiais na bandeja previamente</p><p>higienizada e leve ao quarto do paciente;</p><p>4. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na</p><p>pulseira de identificação;</p><p>5. Oriente-o de que verificará sua saturação;</p><p>6. Higienize as mãos;</p><p>7. Ligar o aparelho pressionado a tecla liga e</p><p>desliga (alguns aparelhos ligam</p><p>automaticamente ao serem colocados no dedo)</p><p>Siga as orientações do fabricante.</p><p>8. Verificar se as unhas estão sem esmalte e dedos</p><p>limpos, caso contrário solicite o paciente as</p><p>higienize ou faça-o você mesmo.</p><p>9. Colocar o sensor adequado na polpa digital dos</p><p>dedos do membro superior ou inferior ou</p><p>lóbulo auricular</p><p>10. Aguardar a apresentação do valor no painel do</p><p>oxímetro;</p><p>“Em caso de uso permanente, não utilizar</p><p>esparadrapo para fixação; Não exercer pressão</p><p>sobre o dedo; Orientar o paciente quando aos</p><p>cuidados com o sensor; Não retirar o sensor,</p><p>não dobrar o fio, não bater com o sensor na</p><p>grade da cama”</p><p>11. Observar reações do paciente</p><p>12. Recolher o material deixar o paciente e a</p><p>unidade em ordem, lavar as mãos;</p><p>13. Registrar o procedimento no plano terapêutico</p><p>de enfermagem, comunicando eventuais</p><p>anormalidades.</p><p>63</p><p>Referências</p><p>1- file:///C:/Users/padrao/Desktop/protoc_segurancaPrescricaoUsoAdministracaoMedic</p><p>amentos.pdf</p><p>2- BRASIL. Ministério da Saúde, Portaria nº Nº 2.048, de 5 de novembro de 2002, Brasília-DF.</p><p>3- http://www.enfermeiroaprendiz.com.br/classificacao-de-risco-nos-servicos-de-</p><p>urgencia-e-emergencia/</p><p>4- http://www.coren-df.gov.br/site/no-0052010-atribuicao-do-profissional-de-</p><p>enfermagem-na-triagem-com-classificacao-de-risco-nos/</p><p>5- https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/sinais-vitais/54603</p><p>6- Módulo didático de enfermagem teoria e prática.</p><p>7- SOUSA, Fátima Aparecida Emm Faleiros . Dor: o quinto sinal vital. Rev. Latino-Am.</p><p>Enfermagem vol.10 no.3 Ribeirão Preto May/June 2002</p><p>8- BRAZ, José Reinaldo Cerqueira. Fisiologia da termorregulação normal.</p><p>Thermoregulation. Professor Titular do Departamento de Anserestesiologia da</p><p>Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual de São Paulo- UNESP.</p><p>9- Ref: Procedimentos de enfermagem : guia prático / Maria Isabel Sampaio Carmagnani</p><p>... [et. al.]. -- 2. ed. -- Rio de Janeiro :Guanabara Koogan, 2017.</p><p>10- https://www.isastur.com/external/seguridad/data/pt/1/1_12_3.htm</p><p>11- ‘https://www.ufmg.br/cienciaparatodos/wp-content/uploads/2013/12/pag14-</p><p>Ciencia.pdf</p><p>12- https://www.infoescola.com/anatomia-humana/pressao-arterial/</p><p>13- http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/Pop+4+serviço+de+educ+enfermag</p><p>em.pdf/ebdf439e-0577-4f25-8d62-19e80b4ac5e6</p><p>14- SOUZA, Fátima Aparecida Emm Faleiros, DOR: O QUINTO SINAL VITAL, Rev. Latino-Am.</p><p>Enfermagem vol.10 no.3 Ribeirão Preto May/June 2002</p><p>15- https://www.joinville.sc.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Exame-Escala-Visual-</p><p>Analógica-EVA.pdf</p><p>16- http://www.hupe.uerj.br/hupe/Administracao/AD_coordenacao/AD_Coorden_public/</p><p>POP%20CDC%20019.%20AFERIÇÃO%20DO%20SINAL%20VITAL%20-%20DOR.pdf</p><p>17- https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/diabetes-tipo-2/010-Diretrizes-</p><p>SBD-Metodos-para-Avaliacao-pg110.pdf</p><p>18- https://www.diabetes.org.br/publico/colunas/20-dr-augusto-pimazoni-netto/1307-o-</p><p>que-voce-precisa-saber-sobre-hipo-e-hiperglicemia</p><p>19- https://www.diabetes.org.br/publico/diabetes/tipos-de-diabetes</p><p>20- Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia com autorização da American</p><p>Thoracic Society. Diposnível em: https://sbpt.org.br/portal/publico-</p><p>geral/doencas/oximetria-de-pulso/</p><p>64</p><p>Necessidades básicas do</p><p>paciente</p><p>A higiene e os cuidados de conforto e bem-</p><p>estar para com o paciente fazem parte das clássicas</p><p>tarefas da enfermagem.</p><p>A lei do exercício profissional de enfermagem</p><p>7.498/86 prevê no Art. 13:</p><p>“O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de</p><p>nível médio, ...., cabendo-lhe especialmente:</p><p>....b) executar ações de tratamento simples;</p><p>c) prestar cuidados de higiene e conforto ao</p><p>paciente;”</p><p>Como foi aprendido, Wanda Horta, na sua</p><p>teoria das necessidades humanas básicas em um</p><p>dos seus conceitos diz que “Enfermagem é a</p><p>ciência e a arte de assistir o ser humano» no</p><p>atendimento de suas necessidades básicas, de</p><p>torná-lo independente desta assistência, quando</p><p>possível, pelo ensino do auto-cuidado; de</p><p>recuperar, manter e promover a saúde em</p><p>colaboração com outros profissionais1.</p><p>E conceitua a assistência como: “fazer pelo ser</p><p>humano tudo aquilo que ele não pode fazer por si</p><p>mesmo; ajudar ou auxiliar quando parcialmente</p><p>impossibilitado de se auto cuidar... 1”.</p><p>Você aprenderá nesta unidade a importância da</p><p>atuação da enfermagem durante os cuidados</p><p>básicos com o paciente, mas que, em todo tempo a</p><p>autonomia e o autocuidado precisam ser</p><p>preservados e incentivados relativo ao nível de</p><p>consciência e comprometimento físico motor do</p><p>paciente, como incentivo a reabilitação.</p><p>O bem-estar do paciente precisa ser preservado</p><p>nas mais sutis formas, a assistência ao paciente</p><p>fisicamente dependente precisa</p><p>ser além de</p><p>humanizada, interativa e agradável para que sejam</p><p>diminuídos os efeitos deletérios do processo de</p><p>hospitalização, e haja contribuição no processo de</p><p>cura e reabilitação pelo incentivo emocional e</p><p>psicológico.</p><p>Tipos de cama</p><p>O leito é um fator importante na obtenção do</p><p>repouso e conforto adequados, sendo essencial na</p><p>manutenção e recuperação da saúde.</p><p>A arrumação do leiro tem como objetivos:</p><p>• Preparar uma cama segura e confortável;</p><p>• Manter a unidade com aspecto agradável;</p><p>• Proporcionar bem-estar e segurança ao</p><p>paciente.</p><p>A técnica preconizada tem por função</p><p>proporcionar conforto e segurança ao paciente,</p><p>como também tornar mais rápido e menos</p><p>fatigante o trabalho da enfermagem3.</p><p>A preparação do leito do paciente será relativo</p><p>ao nível de cuidado prestado a ele, e a quantidade</p><p>de lençóis disponível e preconizado na instituição</p><p>além da necessidade do paciente de trocas diárias.</p><p>São comumente adotados 3 tipos de leito:</p><p>Cama Aberta: Para um paciente que já está</p><p>admitido e fazendo uso da sua unidade, pode</p><p>locomover-se ou deslocar-se do leito para a</p><p>cadeira.</p><p>A cama aberta também pode ser (Cama</p><p>aberta ocupada) por semelhante modo é</p><p>ocupada por um paciente já admitido que está em</p><p>uso da sua unidade, porém incapaz de locomover-</p><p>se, e faz uso contínuo do leito, neste caso, a</p><p>preparação da cama será com o paciente no</p><p>próprio leito.</p><p>Cama Fechada: É aquela que ainda será</p><p>ocupada, ou seja, que está aguardando um</p><p>paciente para ocupá-la.</p><p>Cuidados de Higiene e Conforto</p><p>Fundamentos de enfermagem</p><p>Data ___/___/____</p><p>Ciclo Básico</p><p>65</p><p>Cama para operado: Este tipo de leito deve ser</p><p>preparado com mais cautela e muito relativo as</p><p>indicações para este paciente, à disposição dos</p><p>lençóis será diferente das outras camas e ela pode</p><p>precisar de mais lençóis e utilizar ou não</p><p>travesseiro, atente sempre para o tipo de anestesia</p><p>recebida pelo paciente e o tipo de decúbito que o</p><p>paciente adotará no pós operatório, então o leito do</p><p>operado obedecerá a todos esses critérios.</p><p>É importante frisar que hoje, a maioria dos</p><p>hospitais e todos os grandes hospitais, possuem</p><p>equipe de hotelaria, e a preparação de leitos tem</p><p>sido menos atribuída a enfermagem, mas, há de se</p><p>convir que a enfermagem é a ciência holística que</p><p>se preocupa com o bem-estar do indivíduo como</p><p>um todo e a troca de lençóis do paciente acamado</p><p>ocupando leito, de forma alguma pode ser</p><p>atribuída a outro membro da equipe hospitalar,</p><p>além de que, o conhecimento técnico científico e a</p><p>tomada e decisões sobre as necessidades do</p><p>paciente, são uma tarefa da equipe de saúde, isto é,</p><p>toda e qualquer necessidade do paciente que saia</p><p>do padrão de hotelaria hospitalar, é importante</p><p>que seja realizado pessoalmente pela enfermagem.</p><p>Os itens que poderão compor qualquer</p><p>uma dessas camas são:</p><p>➢ Travesseiro, (o do próprio cliente)</p><p>➢ Fronha (uma nova fronha);</p><p>➢ Lençóis (uma a duas a depender do protocolo</p><p>institucional);</p><p>➢ Cobertores (um);</p><p>➢ Travessa móvel (s/n ou caso acamado);</p><p>➢ Impermeável (s/n)</p><p>➢ Colcha (s/n ou pós-operatório)</p><p>➢ Coxins (s/n)</p><p>As preliminares da preparação do leito são</p><p>as mesmas para os diferentes tipos, alguns</p><p>cuidados precisam ser tomados para ter um</p><p>procedimento livre de contaminação de</p><p>microrganismos do ambiente.</p><p>• Certificar-se de que já foi realizada a limpeza</p><p>concorrente ou terminal da unidade;</p><p>• A lavagem básica das mãos é imprescindível;</p><p>• Abrir as portas e janelas para arejar a unidade;</p><p>• Realizar o procedimento sempre observando o</p><p>estado de conservação do colchão e travesseiro</p><p>(tomar as providências cabíveis em caso de mau</p><p>estado);</p><p>• Manter a cama com cabeceira e grades</p><p>abaixadas, pois facilita a arrumação.</p><p>• Nunca utilizar as mãos para alisar o lençol ou</p><p>esticá-lo;</p><p>• Nunca sacudir a roupa de cama utilizada, a</p><p>retirada precisa ser das pontas para o centro;</p><p>• É necessário a presença do hamper para que a</p><p>roupa de cama suma seja dispensada.</p><p>• A Assepsia do colchão precisa ser realizada</p><p>sempre a cada troca de lenções, a cada banho ou</p><p>sempre que necessário, ela é realizada com</p><p>álcool a 70% do sentido distal para o proximal.</p><p>• Cabeceira e grades também precisam ser</p><p>higienizados.</p><p>• Lençóis, precisam ser previamente dobrados na</p><p>cada um em sua técnica para garantir que sua</p><p>disposição no leito será feira de forma</p><p>sistemática e organizada, de forma a favorecer o</p><p>mínimo de toque possível.</p><p>66</p><p>Dobragem do lençol</p><p>- Dobre-o ao meio, sem que suas pontas toquem o</p><p>chão ou o jaleco;</p><p>- Junte as duas extremidades sob suas mãos;</p><p>- Deslize a mão dominante por dentro do lençol até</p><p>que chegue ao centro;</p><p>- Puxe e o vire ao avesso;</p><p>- Repita a operação, fazendo com que o lençol</p><p>forme uma tira dobrada;</p><p>- Em seguida dobre a tira ao meio e reserve sobre o</p><p>espaldar da cadeira;</p><p>- Dobre item a item correspondente ao tipo de</p><p>cama, obedecendo a ordem da sua utilização</p><p>colocando todos sobre o espaldar da cadeira;</p><p>- Realize por fim a assepsia do travesseiro.</p><p>Vamos aprender um pouco mais sobre a</p><p>peculiaridade de cada cama.</p><p>Cama Aberta:</p><p>Cama ocupada por paciente que deambula:</p><p>https://docplayer.com.br/54235337-Fundamentosdeenfermagem-</p><p>ludmilateixeirabaretoesorayapirespinheiro.html</p><p>Objetivo</p><p>Troca da roupa de cama para o bem-estar do</p><p>paciente.</p><p>Aplicação</p><p>Aos pacientes internados, ambulatoriais e de</p><p>pronto-atendimento com necessidade de</p><p>higienização do leito ou em horário de troca.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>Travesseiro, (o do próprio cliente)</p><p>Fronha (uma nova fronha);</p><p>2 Lençóis (ou protocolo institucional);</p><p>Cobertores (um);</p><p>Travessa móvel (s/n ou caso acamado);</p><p>Impermeável (s/n)</p><p>Luvas de procedimento;</p><p>Álcool 70% e compressa</p><p>Passo a Passo4:</p><p>1. Confirme se há precaução especial ou</p><p>preferência do paciente para o paciente em</p><p>relação ao procedimento;</p><p>2. Higienize as mãos;</p><p>3. Separe todo o material a ser utilizado e leve-o ao</p><p>leito do paciente.</p><p>4. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na</p><p>pulseira de identificação;</p><p>5. Oriente-o de que realizará a troca de lençóis</p><p>6. Esta troca deve ser feita preferencialmente</p><p>enquanto o paciente estiver no banho de</p><p>aspersão, ou fora do leito por algum motivo.</p><p>7. Calce luvas;</p><p>8. Retire os lençóis sujos na técnica aprendida.</p><p>9. Observe o estado de conservação dos lençóis,</p><p>como anteriormente mencionado.</p><p>10. Realize a assepsia do colchão e travesseiro</p><p>conforme aprendido anteriormente;</p><p>11. Abra o lençol de baixo sobre o colchão puxando</p><p>pelas pontas das laterais;</p><p>12. Prender a cabeceira e os pés da cama fazendo a</p><p>prega nos cantos (como um envelope);</p><p>13. Posicionar o impermeável e o lençol móvel e</p><p>prende-los na lateral da cama, deixe pregas</p><p>laterais no lençol móvel;</p><p>14. Estender o lençol de cima;</p><p>15. Estender o cobertor;</p><p>16. Pegar as pontas do cobertor, fazendo uma dobra</p><p>em aba para o lado oposto na porta, como na</p><p>imagem ao lado;</p><p>17. Enfronhar o travesseiro,</p><p>67</p><p>18. Encaminhar o hamper com lençóis sujos até o</p><p>local de armazenamento de roupa suja, retirar</p><p>as luvas e higienizar as mãos.</p><p>19. Realizar as devidas anotações de</p><p>enfermagem</p><p>Cama Aberta com paciente</p><p>Cama ocupada por paciente que não deambula e</p><p>está em uso do leito:</p><p>Objetivo</p><p>Troca da roupa de cama como o paciente em uso</p><p>do leito.</p><p>Aplicação</p><p>Aos pacientes internados, ambulatoriais e de</p><p>pronto-atendimento com necessidade de</p><p>higienização do leito ou em horário de troca.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>Travesseiro, (o do próprio cliente)</p><p>Fronha (uma nova fronha);</p><p>2 Lençóis (ou protocolo institucional);</p><p>Cobertores (um);</p><p>Travessa móvel (s/n ou caso acamado);</p><p>Impermeável (s/n)</p><p>Luvas de procedimento;</p><p>Álcool 70% e compressa</p><p>Passo a Passo4:</p><p>1. Confirme</p><p>se há precaução especial ou</p><p>preferência do paciente para o paciente em</p><p>relação ao procedimento;</p><p>2. Higienize as mãos;</p><p>3. Separe todo o material a ser utilizado e leve-o ao</p><p>leito do paciente.</p><p>4. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na</p><p>pulseira de identificação;</p><p>5. Oriente-o de que realizará a troca de lençóis</p><p>6. Coloque biombo e calce luvas de procedimento</p><p>7. Feche sondas, dreno e linha de terapia venosa</p><p>para melhor locomoção do</p><p>paciente sem que haja</p><p>complicações nestes acessos.</p><p>8. Colocar a cama na posição</p><p>horizontal.</p><p>9. Dobrar a coberta ou cobertor,</p><p>caso pretenda reutilizá-los, e colocar sobre uma</p><p>superfície limpa e seca, caso contrário, colocar</p><p>no hamper. Retirar o sobre lençol.</p><p>10. Posicionar o paciente/cliente</p><p>no lado oposto da cama, em</p><p>decúbito lateral. Certificar-se</p><p>de levantar a grade lateral em</p><p>frente a ele, ou caso esteja com</p><p>ajuda, que a outra pessoa está</p><p>bem posicionado no lado</p><p>oposto ao seu.</p><p>11. Retirar o travesseiro e enrolar os lençóis</p><p>inferiores sujos o mais próximo possível ao</p><p>paciente/cliente e prender as</p><p>roupas de cama sob as</p><p>nádegas, costas e ombros do</p><p>paciente/cliente. Limpar o</p><p>colchão com álcool 70% e</p><p>secar antes de colocar os</p><p>lençóis limpos. Realize o procedimento sempre</p><p>observando o estado de conservação do</p><p>colchão.</p><p>12. Colocar os lençóis limpos na</p><p>limpa da cama, desenrolando</p><p>na direção do paciente,</p><p>prender as bordas, que estão</p><p>na direção em que você se</p><p>encontra, embaixo do colchão e manter o lençol</p><p>esticado.</p><p>13. Fazer o paciente/cliente rolar</p><p>lentamente na sua direção</p><p>sobre as camadas de roupa de</p><p>cama. Levantar a grade lateral</p><p>(de frente para o paciente) e vá</p><p>para o outro lado da cama.</p><p>14. Abaixar a grade lateral. Ajudar</p><p>o paciente/cliente a se</p><p>posicionar no outro lado, por</p><p>cima do lençol.</p><p>15. Remover os lençóis usados</p><p>dobrando-os em uma trouxa</p><p>ou em um quadrado, com a</p><p>parte suja voltada para dentro</p><p>e colocar no hamper.</p><p>16. Realizar a desinfecção do</p><p>colchão e esticar o lençol</p><p>limpo, desenrolando-o e</p><p>esticando-o a partir da lateral</p><p>do colchão da cabeceira para</p><p>os pés da cama e fixar sob o</p><p>colchão;</p><p>68</p><p>17. Esticar o protetor</p><p>impermeável e a travessa</p><p>móvel, prendendo-os sob o</p><p>colchão.</p><p>18. Prender as pontas do lençol</p><p>dobrando-as sobre os quatro</p><p>lados do colchão, de modo</p><p>que o lençol de baixo esteja</p><p>esticado e sem pregas sobre</p><p>a cama e colocar o</p><p>travesseiro com uma nova</p><p>fronha;</p><p>19. Posiciona-lo na cama</p><p>confortavelmente, conforme recomendado pelo</p><p>horário da mudança de decúbito, colocar o lençol</p><p>superior, o cobertor ou coberta (se houver) e a</p><p>colcha;</p><p>20. Arrumar o lençol de cobrir, coberta ou cobertor</p><p>juntos. Fazer uma dobra virando a ponta do lençol</p><p>de cobrir por cima da coberta e cobertor. Levantar</p><p>a grade lateral.</p><p>21. Destrave/religue todas as linhas que foram</p><p>fechadas para o procedimento.</p><p>22. Deixar a unidade em</p><p>ordem levando o hamper</p><p>com lençóis sujos até o</p><p>local de armazenamento</p><p>de roupa suja.</p><p>23. Retirar as luvas e</p><p>higienizar as mãos;</p><p>24. Realizar as devidas</p><p>anotações de enfermagem</p><p>Cama Fechada</p><p>Leito não ocupado, aguardando uma admissão.</p><p>Objetivo</p><p>Manter leito preparado para possível chegada de</p><p>um paciente.</p><p>Aplicação</p><p>Em unidade de UTI e Pronto atendimento, para ter</p><p>sempre um leito pronto em casos de urgência.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>Travesseiro.</p><p>Fronha;</p><p>2 Lençóis (ou protocolo institucional);</p><p>Cobertores (um);</p><p>Travessa móvel (s/n ou caso acamado);</p><p>Impermeável (s/n)</p><p>Luvas de procedimento;</p><p>Álcool 70% e compressa</p><p>Passo a Passo4:</p><p>1. Higienize as mãos;</p><p>2. Separe todo o material a ser utilizado,</p><p>certifique-se que foi realizada a limpeza</p><p>terminal do quarto e leve-o ao leito.</p><p>3. Calce luvas;</p><p>4. Observe o estado de conservação dos lençóis,</p><p>como anteriormente mencionado.</p><p>5. Realize a assepsia do colchão e travesseiro</p><p>conforme aprendido anteriormente;</p><p>6. Abra o lençol de baixo sobre o colchão puxando</p><p>pelas pontas das laterais;</p><p>7. Prender a cabeceira e os pés da cama fazendo a</p><p>prega nos cantos (como um envelope);</p><p>8. Posicionar o impermeável e o lençol móvel e</p><p>prende-los na lateral da cama, deixe pregas</p><p>laterais no lençol móvel;</p><p>9. Estender o lençol de cima;</p><p>10. Estender o cobertor;</p><p>11. Pegar as pontas do cobertor da parte da</p><p>cabeceira, fazendo uma horizontal de um lado a</p><p>outro, como na imagem ao lado;</p><p>12. Enfronhar o travesseiro,</p><p>13. Leve as grades;</p><p>14. Se houver hamper com lençóis sujos e</p><p>encaminhar até o local de armazenamento de</p><p>roupa suja, retirar as luvas e higienizar as mãos;</p><p>15. Relatar em ocorrência que há um leito pronto.</p><p>https://docplayer.com.br/54235337-Fundamentosdeenfermagem-</p><p>ludmilateixeirabaretoesorayapirespinheiro.html</p><p>69</p><p>Cama para operado</p><p>Aquela a ser ocupada por paciente em pós-</p><p>operatório.</p><p>https://docplayer.com.br/54235337-Fundamentosdeenfermagem</p><p>ludmilateixeirabaretoesorayapirespinheiro.html</p><p>Objetivo</p><p>Preparar o leito para paciente em pós-operatório.</p><p>Ofertar praticidade e bem-estar ao paciente,</p><p>durante o processo de internação.</p><p>Aplicação</p><p>Aos pacientes internados, ambulatoriais e</p><p>cirúrgicos de emergência e eletivos.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>Travesseiro, (o do próprio cliente)</p><p>Fronha (uma nova fronha);</p><p>2 Lençóis (ou protocolo institucional);</p><p>Cobertores (um);</p><p>Travessa móvel (s/n);</p><p>Impermeável (s/n)</p><p>Luvas de procedimento;</p><p>Colcha (s/n)</p><p>Álcool 70% e compressa</p><p>Passo a Passo4:</p><p>1. Confirme quais as restrições posturais em</p><p>relação ao procedimento;</p><p>2. Higienize as mãos;</p><p>3. Separe todo o material a ser utilizado e leve-o ao</p><p>leito do paciente.</p><p>4. Esta troca deve ser feita preferencialmente</p><p>enquanto o paciente estiver no centro cirúrgico.</p><p>5. Calce luvas;</p><p>6. Retire os lençóis sujos “se houver”.</p><p>7. Observe o estado de conservação do colchão,</p><p>como anteriormente mencionado e realize a</p><p>assepsia do colchão e travesseiro conforme</p><p>aprendido anteriormente;</p><p>8. Abra o lençol de baixo sobre o colchão puxando</p><p>pelas pontas das laterais;</p><p>9. Prender a cabeceira e os pés da cama fazendo a</p><p>prega nos cantos (como um envelope);</p><p>10. Posicionar o impermeável e o lençol móvel e</p><p>prende-los na lateral da cama, deixe pregas</p><p>laterais no lençol móvel;</p><p>11. Estender o lençol de cima;</p><p>12. Estender o cobertor;</p><p>13. Estender a colcha (s/n) paciente em pós-</p><p>operatório costumam sentir frio, por esse</p><p>motivo costumam utilizar este item;</p><p>14. Pegar as pontas do lençol de cima, do cobertor,</p><p>e/ou da colcha, fazendo uma dobra das partes</p><p>inferior e superior deles até o meio da cama, de</p><p>modo que formem um envelope, dobre-o todo</p><p>para a lateral da cama com a abertura voltada</p><p>para a porta de entrada do paciente/cliente,</p><p>como na imagem ao lado;</p><p>15. Fazer a assepsia e enfronhar o travesseiro (OBS:</p><p>alguns pacientes em PO não costumam usar</p><p>travesseiro).</p><p>16. Encaminhar o hamper com lençóis sujos até o</p><p>local de armazenamento de roupa suja, retirar</p><p>as luvas e higienizar as mãos e</p><p>17. Realizar as devidas anotações de enfermagem</p><p>Transporte e transferencia do</p><p>paciente</p><p>A movimentação de pacientes acamados é</p><p>uma atividade fisicamente desgastante para o</p><p>paciente, e principalmente para o profissional de</p><p>enfermagem. Pode tornar-se também perigosa se</p><p>não realizada com técnica apropriada devido à má</p><p>postura corporal adotada, caracterizada</p><p>principalmente pela inclinação da coluna para</p><p>frente e para trás e inúmeras flexões e rotações,</p><p>além do peso do próprio paciente5.</p><p>Mesmo diante de toda a fragilidade do</p><p>paciente existem momentos em que ele deve sair</p><p>do leito, ir ao banho de aspersão, deslocar-se para</p><p>70</p><p>algum exame, ou inúmeras tarefas do dia.</p><p>Descolar-se de uma maca para a cama, no caso de</p><p>acamados ou operados, mudar</p><p>decúbito, sentar-se</p><p>no leito, ficar em pé com auxílio, ir da cama para a</p><p>cadeira de rodas ou de banho. O profissional de</p><p>enfermagem habilito precisa estar pronto para</p><p>promover um deslocamento livre de danos para o</p><p>paciente e para si, para isto, existem técnicas que</p><p>facilitam a locomoção de forma que, a gravidade, o</p><p>peso do paciente e do profissional sejam usados a</p><p>favor do movimento.</p><p>Para realizarmos a transferência, devemos</p><p>seguir uma sequência de passos, que começará</p><p>com a lateralização do paciente, a transferência do</p><p>decúbito lateral para a sedestação (sentado com as</p><p>pernas para fora do leito), e da sedestação para a</p><p>posição ortostática (em pé)6.</p><p>Existem várias alternativas para a</p><p>lateralização. Qualquer uma delas pode ser</p><p>utilizada, é interessante que o profissional</p><p>experimente todas, para verificar qual é mais</p><p>confortável para ele e para o paciente6.</p><p>Os “pontos chave de controle” são as</p><p>grandes articulações, como as cinturas escapular e</p><p>pélvica, joelhos e tornozelos; pois estas permitem</p><p>que o paciente seja mobilizado em bloco. É</p><p>importante que os movimentos que o paciente</p><p>possa fazer por si próprio não sejam feitos para ele.</p><p>Avaliar sempre sua capacidade de mobilidade e</p><p>estimular dentro do que for coerente os</p><p>movimentos autônomos6.</p><p>Existem também precauções a serem</p><p>tomadas se por acaso o paciente estiver portando</p><p>algum dispositivo de venoclise, sonda, dreno, ou</p><p>demais. Cuidados com esses dispositivos devem</p><p>ser tomadas durante a mudança de</p><p>posicionamento do paciente, se necessário,</p><p>clampeá-los. Lembre-se também que todas as</p><p>precauções, como, lavagem básica das mãos,</p><p>devem ser tomadas e o uso de luvas deve ser</p><p>julgado pelo profissional se necessário ou não</p><p>diante do risco apresentado pelo paciente.</p><p>Decúbito dorsal para decúbito lateral</p><p>1. Flexione os joelhos do paciente ou solicite que</p><p>flexione.</p><p>2. Preservar sempre o ombro cujo qual o decúbito</p><p>será realizado, ou seja, caso se realize DLE,</p><p>estender e flexionar o braço esquerdo para que o</p><p>peso do corpo não fique sobre ele, e caso se realize</p><p>DLE fazer o mesmo com MSD.</p><p>3. Posicionar-se no lado esquerdo do paciente em</p><p>caso de DLE, segurar firmemente com uma mão</p><p>a cintura escapular do lado distal neste caso o D,</p><p>e com a outra mão firmemente a cintura pélvica</p><p>do lado D também firmemente e com a mão</p><p>espalmada em toda a crista ilíaca6.</p><p>4. Com sua coluna ereta, e as pernas levemente</p><p>afastadas, utilize o peso do seu próprio corpo</p><p>para puxar o paciente, não há necessidade de</p><p>grande esforço ou força, visto que o</p><p>posicionamento do paciente, a gravidade e o peso</p><p>do seu próprio corpo, favorecem o</p><p>procedimento6.</p><p>Decúbito lateral para sedestação</p><p>Após lateralizar o paciente se pode colocá-</p><p>lo em sedestação. Utilize como “pontos-chave” os</p><p>joelhos e a cintura escapular: passe a mão por baixo</p><p>do braço do paciente, posicionando-a por trás do</p><p>ombro. O movimento será simultâneo, puxando os</p><p>71</p><p>joelhos para a borda da cama ao mesmo tempo em</p><p>que se ergue o tronco através do ombro. Sempre</p><p>solicite ajuda por parte do paciente, estimulando a</p><p>sua funcionalidade e controle de tronco6.</p><p>Não é necessário usar excessivamente a</p><p>força, visto que o impulso e o efeito da gravidade,</p><p>causa um efeito gangorra com o próprio peso do</p><p>paciente, favorecendo o movimento6.</p><p>Sedestação para Ortostatismo</p><p>Antes de passarmos da sedestação para a</p><p>posição ortostática, verifique se o paciente está</p><p>com os pés encostados em alguma superfície</p><p>rígida, que será ou a escada ou no próprio chão,</p><p>caso haja na cama possibilidade de mudança de</p><p>altura, abaixar, até que os pés do paciente em</p><p>sedestação toquem o chão. É necessário também</p><p>auxiliá-lo a deslizar para frente, para que fique</p><p>sentado mais na beirada da cama, sempre estando</p><p>em frente ao paciente para diminuir o risco de</p><p>queda. Se for um paciente com bom controle de</p><p>tronco, ele pode fazer isso sozinho, impulsionando</p><p>o quadril para frente alternando o lado esquerdo e</p><p>direito6.</p><p>Orienta-lo a apoiar os membros superiores</p><p>durante a transferência de posições, pode-se</p><p>coloca-los sobre os ombros do profissional ou em</p><p>caso de paciente com paresia de membro fazer com</p><p>que o braço saudável apoie o membro parético. O</p><p>paciente poderá ajudar a impulsionando os</p><p>joelhos, e o cuidador utilizará como pontos chave</p><p>de controle o joelho e o quadril, empurrando o</p><p>joelho para trás e o quadril ao mesmo tempo para</p><p>cima e para frente6.</p><p>A outra alternativa é posicionar-se em</p><p>frente ao paciente, de forma a ficar com o joelho de</p><p>frente para o dele, ou entre as pernas, como numa</p><p>valsa. Oriente-o e auxilie-o a segurar cada mão nos</p><p>ombros do profissional, e puxe seu quadril para</p><p>cima e para frente, ao mesmo tempo em que, com</p><p>o seu joelho, empurra o joelho do paciente para</p><p>trás6.</p><p>Com o paciente em já na posição</p><p>ortostática, o profissional coloca-o no local em que</p><p>será necessário, na cadeira de rodas, poltrona ou</p><p>cadeira de banho.</p><p>“Lembre-se que a cadeira,</p><p>de rodas ou de banho deve</p><p>imprescindivelmente estar</p><p>travada para receber ou</p><p>tirar o paciente”</p><p>E lembre-se sempre de</p><p>manter a cadeira de rodas, de</p><p>banho, ou a outra superfície</p><p>para onde o paciente será transferido ao lado e de</p><p>forma perpendicular à superfície de onde ele está</p><p>sendo retirado6.</p><p>Após levantá-lo para a posição ortostática,</p><p>basta lateralizá-lo – também através dos quadris –</p><p>estimulando movimento rotacionar, se necessário</p><p>com pequenos passos e abaixá-lo suavemente para</p><p>a outra cadeira6.</p><p>https://www.deco.proteste.pt/saude/hospitais-servicos/dicas/cuidar-de-um-doente-em-casa/higiene-e-controlo-</p><p>das-escaras-nos-acamados</p><p>72</p><p>Transferência da maca para o Leito e vice e</p><p>versa</p><p>A transferência da maca para o leito é uma</p><p>transferência feita em decúbito dorsal, ela dessa ser</p><p>feito com dentro do que for possível, a colaboração</p><p>do paciente.</p><p>Este procedimento, não há como ser</p><p>realizado por um só profissional, principalmente</p><p>se não houver colaboração do paciente. A</p><p>quantidade de profissionais necessário para este</p><p>procedimento é de pelo menos quatro.</p><p>Abaixar as duas cabeceiras, da maca e do leito;</p><p>Aproximar a maca do leito, nivelando na mesma</p><p>altura;</p><p>Travar as rodas da maca e baixar as grades;</p><p>Cada dupla se posicionará em um lado com as</p><p>mãos transpassadas para que o procedimento seja</p><p>feito de forma mais nivelada;</p><p>Em caso de pacientes inconsciente ou não</p><p>colaborativo, um quarto ou quinto profissional</p><p>deverá segurar a cabeça para evitar lesões;</p><p>Segurar a travessa móvel que está embaixo do</p><p>paciente firmemente, o mais próximo possível do</p><p>corpo do paciente;</p><p>Os movimentos precisam ser planejados e</p><p>coordenados, é conveniente fazer uma contagem,</p><p>para que todos os profissionais movimentem-se</p><p>juntos.</p><p>Em uníssono erguer minimamente o paciente e os</p><p>profissionais que estão no lado em ele será</p><p>conduzido devem puxar e os profissionais do</p><p>outro lado empurrar levemente sempre erguendo</p><p>um pouco para evitar solavancos devido a um</p><p>provável desnível dos colchões.</p><p>Posicionar o paciente confortavelmente;</p><p>Cobrir o paciente, erguer as grades, e deixar a</p><p>unidade em ordem.</p><p>Outra opção para o procedimento é com a utilização</p><p>de uma prancha de transporte.</p><p>O paciente é colocado em decúbito lateral,</p><p>coloca-se a prancha abaixo do paciente, a</p><p>transferência é feita por meio da prancha.</p><p>Ao levar o paciente de um leito para o</p><p>outro, retirar a prancha, cobrir novamente o</p><p>paciente, elevar as grandes e deixar a unidade em</p><p>ordem.</p><p>Mudança de decúbito</p><p>Uma das consequências mais comuns,</p><p>resultante de longa permanência de</p><p>hospitalização, é o aparecimento de alterações de</p><p>pele. A incidência aumenta pela combinação de</p><p>fatores de riscos, dentre eles2:</p><p>-Idade avançada;</p><p>-Restrição ao leito;</p><p>-Falta de mudança de decúbito;</p><p>-Movimentos de fricção repetitivos na superfície</p><p>do colchão.;</p><p>-Colchão inadequado;</p><p>-Falta de hidratação da pele.</p><p>A manutenção da integridade da pele dos</p><p>pacientes restritos ao leito tem por base o</p><p>conhecimento e a aplicação de medidas de cuidado</p><p>relativamente simples2.</p><p>A maioria das recomendações para</p><p>avaliação da pele e as medidas preventivas podem</p><p>ser utilizadas de maneira universal, ou seja, tem</p><p>validade tanto para a prevenção de lesão por</p><p>pressão (LPP) como para quaisquer outras lesões</p><p>da pele2.</p><p>Diferentemente de boa parte das alterações</p><p>de pele, a LPP tem sido alvo de grande</p><p>preocupação para os serviços de saúde, pois a sua</p><p>ocorrência causa impacto tanto para os pacientes e</p><p>73</p><p>seus familiares, quanto para o próprio sistema de</p><p>saúde, com o prolongamento de internações, riscos</p><p>de infecção e outros agravos evitáveis, elas causam</p><p>danos considerável aos pacientes, dificultando o</p><p>processo de recuperação funcional, causando dor e</p><p>levando ao desenvolvimento de infecções graves2.</p><p>Mas o que é um Lesão por Pressão?</p><p>Lesão por pressão (LPP): É uma lesão</p><p>localizada da pele e/ou tecido subjacente,</p><p>geralmente sobre uma proeminência óssea,</p><p>resultante da pressão ou da combinação entre</p><p>pressão e fricção2.</p><p>Nosso corpo tem vários pontos de</p><p>proeminências ósseas: cotovelos, joelhos,</p><p>calcanhares, região sacral, ou seja, são todas as</p><p>regiões onde o osso é pouco recoberto por</p><p>músculo, quando há atrito ou pressão entre essas</p><p>regiões e o colchão ou qualquer outra superfície</p><p>rígida, a pele é comprimida, ficando sem irrigação</p><p>sanguínea adequada, fazendo com que, as células</p><p>sejam mal nutridas pela irrigação sanguínea e</p><p>entrem em processo de deterioração. Usaremos as</p><p>imagens a seguir para ilustrar essas proeminências</p><p>ósseas.</p><p>Observe na imagem abaixo um ponto de</p><p>proeminência óssea e a compressão da pele entre</p><p>osso e colchão:</p><p>As lesões por pressão iniciam-se de forma</p><p>discreta e gradativa, apenas com uma hiperemia</p><p>na pele:</p><p>E podem ganhar proporções muito maiores</p><p>comprometendo o tecido subcutâneo, muscular e</p><p>até chegar ao ósseo.</p><p>No próximo capítulo você aprenderá mais</p><p>detalhes e os estágios das LPPs.</p><p>Evitando as LPPs</p><p>A enfermagem tem participação ativa e direta</p><p>na prevenção as LPPs através do monitoramento e</p><p>adoção de medidas preventivas, que além da</p><p>mudança de decúbito podem ser.</p><p>- Escala de Braden</p><p>- Colchão Pneumático</p><p>- Curativos preventivos</p><p>- Almoçadas especiais</p><p>- Entre outras medidas que você conhecerá no</p><p>capítulo a seguir.</p><p>74</p><p>Mas, uma das medidas mais efetivas e baratas</p><p>para a prevenção não só das LPPs, é a mudança de</p><p>decúbito, além deste benefício a mudança de</p><p>decúbito ainda promove o conforto e bem-estar do</p><p>paciente, mantem/restaura a força e o tônus</p><p>muscular, previne atrofias; previne contraturas</p><p>que prejudiquem a mobilidade das articulações,</p><p>previne deterioração de capacidades funcionais</p><p>em consequência da limitação da mobilidade,</p><p>mantem o alinhamento normal do corpo; garante</p><p>circulação venosa livre, utilizar adequada</p><p>mecânica corporal do pessoal.</p><p>Todos esses benefícios podem ser calculados</p><p>quando a técnica da mudança de decúbito é</p><p>empregada da forma correta e periodicamente,</p><p>para isto existem instrumentos que auxiliam esse</p><p>controle:</p><p>As posições a serem adotadas são sempre</p><p>relativas à tolerância física e terapêuticas dos</p><p>pacientes, o decúbito ventral pode ser adotado,</p><p>assim como a sedestação, tudo será relativo a</p><p>tolerância e terapêutica.</p><p>COXINS E ALMOFADAS</p><p>RELÓGIO DE MUDANÇA DE DECÚBITO</p><p>Diversas unidades implementam este</p><p>pequeno sistema como estratégia para lembrar o</p><p>profissional de enfermagem a realizar a mudança</p><p>de decúbito adequadamente a cada duas horas ou</p><p>conforme protocolo institucional o ideal para</p><p>paciente com alto risco de desenvolver LPP é que a</p><p>mudança de decúbito seja acompanhada da</p><p>massagem de conforto.</p><p>MASSAGEM DE CONFORTO</p><p>A massagem é uma das técnicas de</p><p>tratamento mais antigas que se tem conhecimento,</p><p>os povos primitivos já acreditavam que uma forma</p><p>de promover a saúde e prevenir doenças no ser</p><p>humano era através da utilização do toque, das</p><p>fricções e movimentos de amassar.</p><p>A massagem é definida como a manipulação</p><p>manual do tecido mole com intenção de promover</p><p>a saúde e o bem-estar, seus benefícios são</p><p>inúmeros e no contexto hospitalar seus principais</p><p>benefícios giram em todo da prevenção.</p><p> Prevenir a formação de úlceras por pressão em</p><p>pacientes acamados;</p><p> Promover o relaxamento;</p><p> Estimular a circulação;</p><p> Examinar as condições da pele.</p><p>Promovendo:</p><p> Alívio da dor.</p><p> Sensação de prazer.</p><p> Redução do estresse.</p><p> Diminuição do nervosismo e ansiedade.</p><p>A massagem é um procedimento baixa</p><p>complexidade, porém, precisa ser utilizado de</p><p>acordo com a tolerância e aceitação clínica</p><p>75</p><p>patológica do paciente, existem alguns casos em há</p><p>restrições:</p><p> Infecção aguda dos ossos, articulações, pele,</p><p>músculos, tecido subcutâneo.</p><p> Qualquer tipo de lesão na área.</p><p> Câncer na área a ser tratada.</p><p> Cicatrizes recentes.</p><p> Estado febril.</p><p> Tumores.</p><p> Fraturas, queimaduras e feridas abertas.</p><p> Risco de Trombose Venosa Profunda (TVP)</p><p>De acordo como abordado, um dos</p><p>momentos para a execução da massagem de</p><p>conforto é ao realizar a mudança de decúbito, após</p><p>o banho no leito ela também é indicada, além de,</p><p>de acordo com a prescrição médica e de</p><p>enfermagem. Abordaremos no passo-a-passo os</p><p>dois procedimentos juntos:</p><p>Objetivo</p><p>Realizar mudança de decúbito e massagem de</p><p>conforto no paciente para prevenção de LPP.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>Bandeja (s/n);</p><p>Loção ou creme hidratante de preferência do</p><p>paciente, se ele não possuir usar óleo mineral;</p><p>Luvas de procedimento;</p><p>Bacia inox com água morna;</p><p>Toalha de rosto;</p><p>Travesseiros ou coxins (conforme necessidade);</p><p>Protetores de calcâneos (conforme necessidade).</p><p>Observações especiais</p><p>Antes e durante a mudança de decúbito observar</p><p>sujidades e/ou umidade na roupa de cama e</p><p>fraldas, e realizar a troca se necessário.</p><p>Observar a tolerância do paciente a certas posições</p><p>ou toques, em caso de dor optar por outra posição</p><p>e comunicar ao enfermeiro.</p><p>Verificar atentamente a restrição do paciente para</p><p>determinadas posições e a viabilidade ou não da</p><p>massagem de conforto.</p><p>Não realize o procedimento com as mãos geladas</p><p>ou frias.</p><p>PASSO A PASSO:</p><p>1. Confirme o paciente e o procedimento a ser</p><p>realizado;</p><p>2. Higienize as mãos;</p><p>3. Reúna os materiais na bandeja previamente</p><p>higienizada e leve ao quarto do paciente;</p><p>4. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na</p><p>pulseira de identificação;</p><p>5. Oriente-o do procedimento que será realizado;</p><p>6. Verifique qual posição será adotada ao horário;</p><p>7. Calce luvas de procedimento</p><p>8. Retire o lençol do paciente e realize inspeção</p><p>das condições de higiene da roupa de cama,</p><p>camisola e fralda, caso faça uso, caso haja</p><p>sujidade será necessário também a troca;</p><p>9. Abaixe a grade de proteção apenas do lado em</p><p>que o profissional manuseará o paciente;</p><p>10. Com a ajuda da travessa móvel puxe o paciente</p><p>para o lado oposto ao que ficará virado, neste</p><p>caso, estamos narrando o decúbito lateral;</p><p>11. Lateralize o paciente;</p><p>12. Abra a camisola do paciente e exponha a área</p><p>que será hidratada;</p><p>13. Despejar na palma da mão pequena quantidade</p><p>de loção hidratante;</p><p>14. Aplicar nas costas do paciente massageando</p><p>com movimentos suaves e firmes, seguindo a</p><p>seguinte orientação:</p><p>a) Deslizar as mãos suavemente, começando</p><p>pela base da espinha e massageando em direção</p><p>ao centro, em volta dos ombros e dos lados das</p><p>costas por quatro vezes;</p><p>b) Realizar movimentos longos e suaves pelo</p><p>centro e para cima da espinha, voltando para</p><p>baixo com movimentos circulares por quatro</p><p>vezes;</p><p>c) Realizar movimentos longos e suaves pelo</p><p>centro da espinha e para cima, retornando</p><p>para</p><p>baixo massageando com a palma da mão,</p><p>executando círculos pequenos;</p><p>d) Repartir os movimentos longos e suaves que</p><p>deram início a massagem por três a cinco</p><p>minutos e continuar com o banho ou mudança</p><p>de posicionamento.</p><p>e) Realize o procedimento em todas as áreas</p><p>necessárias;</p><p>15. Feche a camisola</p><p>76</p><p>16. Com o paciente ainda em decúbito lateral</p><p>disponha um travesseiro sob costas do</p><p>paciente;</p><p>17. Disponha travesseiros e coxins conforme</p><p>necessidade para a correta postura do</p><p>paciente, preservando os calcâneos,</p><p>preservando os joelhos, e os cotovelos;</p><p>18. Cubra o paciente;</p><p>19. Eleve a grade de proteção;</p><p>20. Reúna seu material e deixe o paciente</p><p>confortável e a unidade em ordem;</p><p>21. Realize anotação de enfermagem e comunique</p><p>quaisquer alterações;</p><p>CONTENÇÃO</p><p>A contenção mecânica</p><p>implica na limitação da</p><p>movimentação física do</p><p>paciente, por meio da aplicação</p><p>de medidas de contenção</p><p>mecânica.</p><p>A realização da contenção</p><p>mecânica deve ser uma conduta</p><p>excepcional e cercada de todos os cuidados para</p><p>que a ação sobre o cliente seja a menos lesiva</p><p>possível, devendo fazer parte do plano de</p><p>cuidados terapêuticos. A abordagem verbal e os</p><p>manejos ambiental e químico, deverão preceder a</p><p>intervenção mecânica.</p><p>O COREN orienta das entrelinhas de sua</p><p>resolução normativa que ...A contenção mecânica</p><p>de paciente será empregada quando for o único</p><p>meio disponível para prevenir dano imediato ou</p><p>iminente ao paciente ou aos demais. E que, ...Os</p><p>profissionais da Enfermagem, excetuando-se as</p><p>situações de urgência e emergência, somente</p><p>poderão empregar a contenção mecânica do</p><p>paciente sob supervisão direta do enfermeiro e,</p><p>preferencialmente, em conformidade com</p><p>protocolos estabelecidos pelas instituições de</p><p>saúde, públicas ou privadas, a que estejam</p><p>vinculados.</p><p>Os tipos de contenção:</p><p>• Contenção Física (manual)</p><p>• Contenção Química (medicamento)</p><p>• Contenção Mecânica (faixas)</p><p>• Escolta</p><p>• Isolamento</p><p>São empregadas cada uma de acordo com a sua</p><p>finalidade, no caso da contenção física:</p><p>• Evita danos à integridade física do cliente, dos</p><p>profissionais e do patrimônio.</p><p>• reduzir os riscos de queda do leito.</p><p>• reduzir o risco de tração/retirada acidental de</p><p>dispositivos invasivos, curativos e outros.</p><p>• permitir a realização de exames e procedimentos.</p><p>• Clientes com risco de auto e hetero agressão</p><p>(transtorno Mental; abstinência; condições</p><p>clínicas e neurológicas)</p><p>• Não responsivos ao manejo verbal, ambiental e</p><p>Medicamentoso.</p><p>Contraindicações/restrições</p><p>• Pacientes calmos e colaborativos</p><p>• Paciente agitado ou confuso, mas que seja,</p><p>responsivo ao manejo verbal</p><p>ou medicamentoso;</p><p>• clientes com restrições</p><p>físicas na região a ser</p><p>contida.</p><p>• Aplicar contenção sem</p><p>prescrição médica ou de</p><p>enfermagem, e que não se</p><p>enquadre em situações</p><p>especiais ou protocolo institucional.</p><p>• Nunca aplicar a contenção mecânica por</p><p>conveniência, punição, disciplina e coerção.</p><p>• Não realizar contenção física sem a notificação a</p><p>família.</p><p>• Não realizar contenção na região do tórax.</p><p>• Nunca prender as amarras sobre grades de</p><p>proteção da cama ou maca por risco de</p><p>garroteamento do membro.</p><p>• Quando em MMSS ou MMII, proteger a pele com</p><p>tiras de algodão ou compressas algodoadas, antes</p><p>de utilizar as ataduras.</p><p>• Usar ataduras de no mínimo 10 cm.</p><p>As contenções podem ser empregadas nas</p><p>seguintes regiões:</p><p>• Mãos</p><p>• Punhos</p><p>• Tornozelos</p><p>• Cintura escapular</p><p>• Cintura pélvica</p><p>• Joelho</p><p>Como aprenderemos a seguir...</p><p>A resolução Nº 427/2012 do</p><p>COFEN normatiza os</p><p>procedimentos da enfermagem</p><p>no emprego de contenção</p><p>mecânica de pacientes;</p><p>77</p><p>Objetivo</p><p>Conter paciente agitado no leito;</p><p>Aplicação</p><p>Aos pacientes internados, ambulatoriais e de</p><p>pronto-atendimento com oferta de risco para</p><p>si e para outros.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe multidisciplinar.</p><p>Materiais</p><p>Luvas de procedimento (S/N)</p><p>Insumo para lavagem básica das mãos</p><p>Restrição tipo luvas</p><p>-Atadura crepe (2) e esparadrapo.</p><p>-Compressa limpa de pano, ou algodão (2)</p><p>Restrição de punhos e tornozelos</p><p>-Atadura crepe (2)</p><p>-Compressa limpa de pano, ou algodão (2)</p><p>Restrição de cintura escapular</p><p>-Lençol</p><p>Restrição de quadril e joelhos</p><p>-Lençóis (2) para cada.</p><p>Passo a Passo7</p><p>1- Confirme a prescrição médica ou de</p><p>enfermagem e a necessidade do</p><p>procedimento verifique se há alguma</p><p>precaução especial a ser tomada;</p><p>2- Higienize as mãos;</p><p>3- Separe todo o material a ser utilizado e leve-</p><p>o ao leito do paciente.</p><p>4- Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na</p><p>pulseira de identificação;</p><p>5- Explicar o procedimento a ser realizado e a</p><p>sua finalidade ao cliente e principalmente</p><p>ao familiar ou responsável.</p><p>6- Colocar o biombo ao redor do leito e</p><p>realizar uma inspeção física, se possível,</p><p>essa inspeção precisará ser relatada em</p><p>anotação de enfermagem para respaldo do</p><p>profissional.</p><p>7- Aplicar a contenção.</p><p>Mãos - Tipo Luvas</p><p>Dobrar a compressa de pano em quatro partes, e</p><p>enrolá-la no sentido horizontal, colocar na palma</p><p>da mão do cliente. Pedir ao cliente que feche a</p><p>mão ou fechá-la. Cobrir a mão com a atadura</p><p>crepe, enrolando-a em toda a sua extensão até o</p><p>punho. Fixar a atadura com fita adesiva. Repetir</p><p>os procedimentos na outra mão.</p><p>Punhos e Tornozelos</p><p>Dobrar a compressa de pano em três partes no</p><p>sentido horizontal, formando uma faixa de não</p><p>menos que cinco centímetros. Enrolar a</p><p>compressa ao redor do punho ou do tornozelo.</p><p>Envolver a compressa com a atadura, mantendo</p><p>uma extremidade livre, enquanto a outra</p><p>extremidade envolve o punho/tornozelo por mais</p><p>três/quatro vezes. Cruzar as extremidades da</p><p>atadura e dar um nó fixo, deixando uma folga de</p><p>um ou dois dedos entre o nó e a pele do cliente.</p><p>Colocar o membro em extensão. Prender as</p><p>extremidades da atadura na grade lateral fixa da</p><p>cama, deixando uma folga que permita</p><p>movimentação leve do membro contido. Nas</p><p>contenções em tornozelos, cruzar as extremidades</p><p>para serem amarradas em lados opostos da cama.</p><p>Repetir os procedimentos no outro punho ou</p><p>tornozelo.</p><p>78</p><p>Outros cuidados</p><p>Após a realização do procedimento,</p><p>imprescindivelmente, realiza anotação de</p><p>enfermagem, descrevendo os locais em que</p><p>foram aplicadas, relatando a inspeção da pele</p><p>feira antes do procedimento.</p><p>Mantenha sempre o monitoramento</p><p>mais criterioso os pacientes contidos, colocar</p><p>o cliente com a contenção mecânica o mais</p><p>próximo do campo de visão da enfermagem.</p><p>Aferir e registrar os sinais vitais antes</p><p>e após a contenção mecânica, para</p><p>monitorização.</p><p>Evite contes membros em uso de</p><p>venoclise, mas se o fizer, conter abaixo de um</p><p>acesso do acesso, para evitar a constrição e</p><p>infiltração da solução que estiver sendo</p><p>infundida.</p><p>Manter as contenções limpas e secas.</p><p>Evitar conter uma região que possui</p><p>uma lesão instalada ou problemas</p><p>circulatórios.</p><p>Monitorar a pele e a circulação dos</p><p>membros contidos a cada 30 minutos,</p><p>atentando para a presença de hiperemia,</p><p>lesão, edema, cianose, palidez cutânea,</p><p>extremidades frias e alterações de</p><p>sensibilidade. Nesses casos, soltar as</p><p>contenções e reavaliar a medida de</p><p>contenção.</p><p>Alguns protocolos sugerem soltar as</p><p>contenções a cada 2 horas, com supervisão,</p><p>para que o cliente possa se movimentar, virar</p><p>e respirar profundamente.</p><p>Joelhos</p><p>Dobrar dois lençóis na diagonal formando faixas</p><p>com aproximadamente 30 centímetros de largura.</p><p>Colocar uma faixa sobre um joelho e passá-la por</p><p>baixo do joelho oposto. Unir as extremidades das</p><p>faixas, enrolando uma na outra até apertar</p><p>ligeiramente os joelhos. Prender as extremidades</p><p>das faixas enroladas nas grades laterais fixas da</p><p>cama.</p><p>Cintura escapular</p><p>Dobrar um lençol na diagonal, formando uma</p><p>faixa com aproximadamente 30 centímetros de</p><p>largura. Colocar a faixa sob o dorso do cliente,</p><p>centralizada na altura do diafragma. Passar as</p><p>extremidades da faixa pelas axilas e sobre os</p><p>ombros no sentido cranial, no formato de alças de</p><p>mochila. Cruzar as extremidades da faixa sob a</p><p>nuca. Prender as extremidades cruzadas da faixa</p><p>na grade posterior da cabeceira da cama</p><p>Quadril</p><p>Colocar fralda descartável ou de tecido no cliente.</p><p>Para evitar contato direto da contenção com as</p><p>excretas e proteger a pele. Dobrar dois lençóis na</p><p>diagonal, formando faixas com aproximadamente</p><p>30 centímetros de largura. Colocar uma faixa,</p><p>centralizando-a sob as nádegas e outra, sobre a</p><p>região pubiana. Unir as extremidades das faixas</p><p>de cada lado do cliente, enrolando uma na outra</p><p>até apertar ligeiramente o quadril. Prender as</p><p>extremidades das faixas enroladas nas grades</p><p>laterais fixas da cama.</p><p>79</p><p>BANHO</p><p>A higiene pessoal afeta o conforto, a</p><p>segurança, e o bem-estar dos pacientes.</p><p>Os cuidados de higiene, incluem atividades de</p><p>limpeza e higiene pessoal que mantém a saúde e a</p><p>boa a aparência do corpo. Atividades de higiene</p><p>pessoal como: tomar banho, escovar os dentes,</p><p>passar fio dental, lavar e pentear os cabelos,</p><p>promovem conforto, relaxamento, uma pele mais</p><p>saudável e além de uma autoimagem positiva</p><p>ajuda a prevenir infecções e doenças8.</p><p>Os indivíduos saudáveis satisfazem suas</p><p>próprias necessidades de higiene, contudo quando</p><p>estão doentes ou com problemas físicos e</p><p>emocionais, muitas vezes, exigem certo grau de</p><p>assistência com os cuidados de higiene8.</p><p>Diversos fatores pessoais, sociais e culturais</p><p>influenciam as práticas de higiene e no cuidado</p><p>prestado em unidades de saúde ou em qualquer</p><p>conduta de enfermagem, esses fatores,</p><p>determinam a capacidade de um paciente realizar</p><p>seu autocuidado e prestar cuidados de higiene de</p><p>acordo com as necessidades e preferências</p><p>individuais, além disso, a enfermagem precisa</p><p>ajudar o paciente e sua família a adaptar-se com as</p><p>com novas limitação para a vida fora do ambiente</p><p>hospitalar. Use o contato estreito necessário para</p><p>os cuidados de higiene, a fim de promover uma</p><p>relação de cuidado terapêutico e proporcionar</p><p>orienta ações de cuidado e aconselhamento</p><p>necessário ao paciente8.</p><p>Integre outras atividades de enfermagem</p><p>durante os cuidados de higiene incluindo,</p><p>avaliações e intervenções tais como, exercício de</p><p>amplitude de movimentos, curativos, ou inspeção</p><p>e cuidados locais com cateteres ou drenos8.</p><p>Durante os cuidados de higiene preserve o</p><p>máximo possível a independência do paciente,</p><p>avalia sua capacidade para realizar cuidado de</p><p>higiene, garanta sua privacidade, transmita</p><p>respeito e promova o seu bem-estar físico8.</p><p>FATORES QUE INFLUENCIAM A HIGIENE</p><p>Práticas sociais</p><p>Grupos sociais influenciam as preferências e</p><p>práticas de higiene, incluindo o tipo de produto de</p><p>higiene utilizado, a natureza, e a frequência das</p><p>práticas de cuidados, há quem prefira produtos</p><p>naturais, sem cheiro ou sem corantes8.</p><p>Os pais e cuidadores familiares ou leigos,</p><p>prestam cuidados de higiene a lactentes e crianças</p><p>pequenas, costumes familiares têm um papel</p><p>importante na determinação das práticas de</p><p>higiene durante a infância, como, frequência de</p><p>banhos e o momento do dia que é dado banho ou</p><p>até mesmo se algumas práticas de higiene são</p><p>realizadas, como, escovar os dentes ou passar fio</p><p>dental. Quando as crianças entram na adolescência</p><p>colegas, influencias, e a mídia muitas vezes</p><p>influenciam nas práticas de higiene, por exemplo,</p><p>alguns jovens passam a se interessar mais por sua</p><p>aparência pessoal e começa a usar maquiagem8.</p><p>Na idade adulta o envolvimento com amigos</p><p>e grupos de trabalho molda às expectativas que o</p><p>indivíduo tem sobre aparência pessoal. Nos</p><p>idosos, as práticas de higiene de podem mudar</p><p>devido à alteração físicas e recursos disponíveis8.</p><p>Preferências pessoais</p><p>Os pacientes tem desejos e preferências</p><p>pessoais sobre quando realizar cuidados de</p><p>limpeza e higiene pessoal. Conhecer as</p><p>preferências individuais de cada paciente,</p><p>promove individualização do cuidado. Ajuda o</p><p>paciente a desenvolver novas práticas de higiene</p><p>quando necessário em virtude da doença ou</p><p>condição. Por exemplo, a enfermeira preciso</p><p>ensinar o paciente com diabetes a realizar higiene</p><p>adequada dos pés. A assistência de enfermagem</p><p>segura e eficaz centrada no paciente descobre</p><p>preferências pessoais e individuais, permite que</p><p>eles façam escolhas pessoais sempre que possível e</p><p>promovem envolvimento a sua independência8.</p><p>Higiene corporal</p><p>A imagem corporal é um conceito subjetivo do</p><p>indivíduo sobre o seu corpo, incluindo, aspectos</p><p>físicos estrutura e função8.</p><p>A imagem corporal afeta a maneira como</p><p>indivíduo mantem sua higiene pessoal. Se o</p><p>paciente mantém uma aparência perfeitamente</p><p>arrumada, não se esqueça de considerar os</p><p>detalhes de higiene pessoal no planejamento de</p><p>cuidados e consulte o paciente antes de tomar</p><p>decisões sobre o seu bem-estar e sobre como</p><p>prestar seus cuidados de higiene diária. Os</p><p>pacientes que parecem despenteados ou</p><p>80</p><p>desinteressados da higiene, às vezes precisam de</p><p>orientações sobre sua importância ou uma</p><p>avaliação mais aprofundada em relação a sua</p><p>capacidade de realizar higiene diária. Doenças,</p><p>cirurgias ou uma mudança de estado emocional ou</p><p>funcional, muitas vezes afeta a imagem corporal</p><p>do paciente, desconforto, dor, estresse emocional,</p><p>fadiga, diminuem a capacidade ou desejo de</p><p>realizar autocuidado de higiene e exige um esforço</p><p>extra para promover a higiene arrumação8.</p><p>Condições socioeconômicas</p><p>Os recursos financeiros de um indivíduo</p><p>influenciam o tipo de extensão das práticas de</p><p>higiene utilizadas. Seja sensível ao considerar que</p><p>a situação socioeconômica do paciente influencia</p><p>na sua capacidade de manter uma higiene</p><p>regularmente. Ele pode não ser capaz de pagar</p><p>pelos suprimentos básicos desejados, como,</p><p>desodorante, creme dental e xampu. O paciente</p><p>pode precisar modificar o ambiente doméstico</p><p>acrescentando dispositivos de segurança como</p><p>superfícies antiaderente e barras de apoio para</p><p>realizar autocuidado de higiene com segurança.</p><p>Quando ele não tem recursos socioeconômico</p><p>torna-se difícil que participe e assuma um papel</p><p>responsável nas atividades de promoção de saúde</p><p>como a higiene básica8.</p><p>Crenças de saúde e motivação</p><p>O conhecimento sobre a importância da higiene</p><p>nas suas implicações para o bem-estar, influenciam</p><p>nas práticas de higiene. No entanto, consideram</p><p>conhecimento isolado não é suficiente. A</p><p>motivação também desempenha um papel-chave</p><p>importante nas práticas de higiene de um paciente.</p><p>Muitas vezes são necessárias orientações ao</p><p>paciente para promover autocuidado de higiene.</p><p>Fornecer informações que concentrem as questões</p><p>de saúde relevante do paciente para os</p><p>comportamentos desejados de cuidados de</p><p>higiene. As percepções do paciente sobre os</p><p>benefícios dos cuidados de higiene e da</p><p>suscetibilidade e seriedade de desenvolver um</p><p>problema afetam a motivação para mudar o</p><p>comportamento. Por exemplo, os pacientes</p><p>percebem que correm risco de doença dentária,</p><p>que a doença dentária é séria, mas que a escovação</p><p>e fio dental são capazes de reduzir o risco, quando</p><p>eles reconhecem que há um risco e podem adotar</p><p>medidas razoáveis sem consequências negativas,</p><p>estão mais propensos a ser receptivos ao</p><p>aconselhamento da enfermagem, se o esforço da</p><p>orientação8.</p><p>Variáveis culturais</p><p>As crenças culturais e valores pessoais influenciam</p><p>os cuidados de higiene. Indivíduos de diversas</p><p>orientações culturais, frequentemente tem</p><p>diferentes práticas de autocuidado. A manutenção</p><p>da limpeza corporal, não possui a mesma</p><p>importância para alguns grupos étnicos ou sociais</p><p>como tem para</p><p>outros8.</p><p>Na américa do norte, é comum tomar banho</p><p>uma ou ducha diariamente e usar desodorante</p><p>para evitar odores corporais, no entanto,</p><p>indivíduos de algumas culturas não são sensíveis</p><p>aos odores corporais, preferem tomar banho com</p><p>menos frequência e não usam desodorante. Alguns</p><p>moradores de rua acreditam que uma camada de</p><p>sujeira pode protegê-los de doenças, não expresse</p><p>desaprovação ao cuidar de pacientes cujas práticas</p><p>de fé e de higiene, são diferentes da sua, evite</p><p>forçar mudanças nas práticas de higiene, “a</p><p>menos” que elas afetem a saúde do paciente. Nessa</p><p>situação, o profissional precisa de delicadeza,</p><p>fornecer informações e permitam escolhas. As</p><p>crenças religiosas associadas a cultura às vezes</p><p>influenciam nas práticas de higiene. Facilite as</p><p>práticas religiosas do paciente sempre que</p><p>possível. Por exemplo, os pacientes muçulmanos</p><p>muitas vezes tiram os sapatos e assumem</p><p>diferentes posições para oração e isso aumenta os</p><p>riscos de desenvolver doenças nos pés como, calos</p><p>e artelhos e região lateral dos tornozelos. Ao cuidar</p><p>do paciente muçulmano com DM, é preciso ser</p><p>solidário com as práticas religiosas ao mesmo</p><p>tempo sublinhando a necessidade de ser diligente</p><p>na inspeção dos pés em busca de bolhas ou calos</p><p>após seções de oração8.</p><p>Os tipos de banho</p><p>A escolha do tipo de banho precisa ser relativa</p><p>à tolerância do paciente. Obedecendo sempre as</p><p>teorias de enfermagem que defendem o estímulo</p><p>ao autocuidado, cabe ao enfermeiro e/ou médico</p><p>avaliar as condições físicas e patológicas de cada</p><p>paciente. São comuns três tipos de banho:</p><p>1. Banho de Aspersão</p><p>2. Banho de Imersão</p><p>3. Banho de Ablução</p><p>4. Banho Seco</p><p>81</p><p>BANHO DE ASPERSÃO COM AUXÍLIO</p><p>O dicionário Aurélio define</p><p>aspergir como ato ao efeito de jogar</p><p>gotas de água sobre algo ou alguém.</p><p>No contexto religioso a aspersão está ligada ao</p><p>batismo, com o ato de jogar água sobre a cabeça.</p><p>Na prática, estamos diante do tradicional</p><p>banho de chuveiro, que é a forma mais popular de</p><p>banho principalmente no Brasil. O banho de</p><p>chuveiro, é além do mais higiênico tipo de banho,</p><p>tem ação refrescante e relaxante.</p><p>O banho da aspersão será escolhido para</p><p>pacientes conscientes, que tenham bom controle de</p><p>tronco e que possuam boa tolerância a pequenos</p><p>esforços.</p><p>A proposta do banho da aspersão é que o</p><p>paciente realize sua própria higiene até onde for do</p><p>seu alcance. Porém o profissional dele além de</p><p>estimular este autocuidado, entender até onde vai</p><p>a capacidade do paciente visando não permitir</p><p>sobrecargas desnecessárias que possam causar ao</p><p>invés de bem, mal.</p><p>O banho de aspersão</p><p>pode ser em cadeira</p><p>de banho:</p><p>Ou em pé, no entanto,</p><p>para paciente que</p><p>prefiram e não</p><p>possuam restrição de</p><p>tomar banho em pé,</p><p>precisa haver no</p><p>banheiro suporte</p><p>adequado como barras de apoio e segurança.</p><p>O profissional precisa estar sempre presente e</p><p>obedecer a alguns critérios obrigatórios de cuidado</p><p>para com o paciente durante o banho:</p><p>• Em algum momento pode ser necessário seu</p><p>auxílio (lavar as costas, as nádegas) ou mesmo</p><p>em todos eles, em caso de paciente com menos</p><p>mobilidade, por isso, utilize EPIs e capote</p><p>impermeável quando precisar chegar mais</p><p>próximo a área molhada.</p><p>• Realizar a desinfecção da cadeira de banho</p><p>(com álcool 70%) antes de depois do uso pelo</p><p>paciente;</p><p>• Manter a privacidade do paciente despindo-o</p><p>completamente apenas dentro do banheiro.</p><p>• Para segurança ética e moral do profissional e</p><p>paciente é importante que durante os</p><p>cuidados prestados haja um acompanhante</p><p>por perto testemunhando a qualidade e ética</p><p>dos cuidados, em caso de não haver</p><p>acompanhante, os cuidados podem ser</p><p>realizados por dois profissionais.</p><p>• Checar pessoalmente a temperatura da água,</p><p>para prevenir desconforto e queimaduras em</p><p>paciente com pouca sensibilidade ou</p><p>deficiência de comunicação.</p><p>• O paciente não pode trancar-se no banheiro:</p><p>Não devem existir chaves ou cadeados nas</p><p>portas de banheiros de enfermarias ou</p><p>apartamentos.</p><p>• Caso haja acompanhante o qual seja da</p><p>preferencia do paciente que o auxilie o banho,</p><p>este pode fazê-lo, porém, o profissional de</p><p>enfermagem deve ficar nas imediações à</p><p>postos para o auxílio em caso de</p><p>intercorrência, por exemplo: enquanto o</p><p>acompanhante está no banheiro com o</p><p>paciente, o profissional está arrumando o leito.</p><p>• Realizar o enxague eficiente da pele do</p><p>paciente, não permitindo que sejam deixados</p><p>resíduos de sabão.</p><p>• Secar a pele do paciente de forma delicada,</p><p>mas efetiva, a fim de não deixar áreas com</p><p>humidade.</p><p>• Em pacientes diabéticos a atenção com os pés</p><p>deve ser dobrada.</p><p>• Comunique-se com o paciente durante o</p><p>banho a fim de compreender suas</p><p>preferências, tornar o ambiente mais leve e</p><p>agradável gerando vínculo entre profissional e</p><p>paciente, e principalmente para monitorar</p><p>continuamente sua estabilidade.</p><p>82</p><p>BANHO DE IMERSÃO</p><p>O banho de imersão</p><p>é o considerado com o</p><p>maior defeito terapêutico</p><p>e relaxante. Conhecido</p><p>popularmente como banho</p><p>de banheira é menos comum em nosso país na</p><p>rotina adulto hospitalar, é</p><p>mas é rotineiramente</p><p>utilizado em recém-nascidos</p><p>com finalidade de simples</p><p>higiene ou para fins</p><p>terapêuticos e relaxantes.</p><p>Possui benefícios de</p><p>grande valor, o ambiente</p><p>aquático proporciona</p><p>vivências e experiências</p><p>novas e variadas ao</p><p>indivíduo, favorecendo a</p><p>percepção sensorial e a ação motora, com isso, o</p><p>desenvolvimento das capacidades psicomotoras</p><p>como coordenação, esquema corporal,</p><p>lateralidade, equilíbrio, orientação espacial e</p><p>temporal são estimulados.</p><p>Porém, assim proporcional aos benefícios,</p><p>há maior quantidade de contraindicações que</p><p>outros tipos de banhos para adultos. É</p><p>completamente contraindicado para pacientes de</p><p>portem sondas vesicais, feridas, drenos,</p><p>venopunção, monitorização cardíaca, ostomias etc.</p><p>Por esse motivo precisa-se ter prescrição ou</p><p>indicação médica ou de enfermagem.</p><p>Na unidade hospitalar, o banho de imersão</p><p>apresenta vários objetivos, entre os quais o fato de</p><p>proporcionar um tratamento não farmacológico e</p><p>indolor, além de um momento de higiene e bem-</p><p>estar.</p><p>• Auxilia na qualidade do sono</p><p>• Minimiza as dores musculares e das</p><p>articulações, dores de cabeça, tosse.</p><p>• Estimula a circulação sanguínea através da</p><p>vasodilatação.</p><p>• Auxilia na redução do stress</p><p>• Reduz a pressão sanguínea.</p><p>• No trabalho de parto, a hidroterapia auxilia no</p><p>relaxamento da musculatura pélvica, dilatação</p><p>e relaxamento.</p><p>No banho da imersão os cuidados de</p><p>enfermagem precisam ser intensificados</p><p>obedecendo alguns dos critérios para todos os</p><p>banhos como:</p><p>• Auxiliar o paciente no que for necessário e no</p><p>que não for de seu alcance ou capacidade física.</p><p>• Prevenir o risco de afogamento estando sempre</p><p>atento e próximo ao paciente, atentando sempre</p><p>para o semblante do paciente e interagindo</p><p>sempre que necessário.</p><p>• As sessões com banho de imersão não devem</p><p>ultrapassar 20 a 30 minutos para conservar a</p><p>temperatura corporal (referindo-se apenas ao</p><p>tempo que demora o banho), de forma a evitar</p><p>tremores e stress metabólico adicional.</p><p>• A temperatura da água deve estar entre 37e</p><p>38°C, e ser verificada antes do contato com o</p><p>paciente.</p><p>• Pacientes grávidas e cardiopatas devem ter</p><p>liberação do médico cardiologista para esta</p><p>modalidade de banho.</p><p>• Aumentar a ingesta hídrica, pois há tendência</p><p>para a transpiração durante o banho quente.</p><p>• Neutralizar correntes de ar principalmente</p><p>durante a saúda do banho.</p><p>BANHO NO LEITO e/ou</p><p>ABLUSÃO</p><p>Mesmo quando a situação é grave e o</p><p>paciente não pode se levantar, o banho está entre</p><p>os cuidados diários e pode ser dado no leito. Essa</p><p>atividade precisa ser muito bem avaliada e</p><p>planejada pela equipe de enfermagem para não</p><p>causar mais danos à saúde do paciente, pois,</p><p>paciente acamados torna-se mais</p><p>susceptíveis a</p><p>infecções, diminuição da temperatura corporal etc.</p><p>Diferente das outras modalidades de banho, o</p><p>banho dado no leito é o que exige do profissional</p><p>mais atenção e habilidade, pois, provavelmente o</p><p>grau de participação do paciente relacionado ao</p><p>autocuidado será mínimo ou nenhum.</p><p>83</p><p>O banho no leito obedece a uma séria de</p><p>critérios técnicos que sistematiza esta técnica.</p><p>– O banho deve obedecer ao sentido do mais</p><p>limpo para o mais contaminado.</p><p>– O banho deve obedecer ao sentido cefalo-</p><p>podálico, deixando para a última etapa as partes</p><p>íntimas e a região anal.</p><p>– Os movimentos devem ser sempre da porção</p><p>distal para a proximal.</p><p>– Risco de hipotermia: evitar que o paciente</p><p>permaneça exposto a baixas temperaturas, por isso</p><p>todo o processo deve ser feito no máximo em 20</p><p>minutos, pois o frio pode ser prejudicial ao quadro</p><p>clínico, bloquear também, todas as correntes de ar,</p><p>(ar-condicionado se possível, portas, janelas).</p><p>– Sempre privar pela intimidade e não expor o</p><p>paciente, instalando o biombo e descobrindo o</p><p>paciente a medida que as áreas forem sendo</p><p>higienizadas, e cobrindo a medida em que forem</p><p>sendo limpas.</p><p>– Risco de infecções: deve-se usar materiais de uso</p><p>individual, preferencialmente produtos</p><p>descartáveis, no caso do sabonete, preferir o</p><p>líquido, todas as loções precisam ter cheiro suave.</p><p>– Dispositivos: o profissional precisa atentar-se a</p><p>cateteres, drenos, sondas e cânulas de intubação</p><p>inseridos no paciente, principalmente na UTI, para</p><p>não movê-los ou retirá-los na hora da higienização.</p><p>– Risco de quedas: é importante realizar a</p><p>avaliação das condições psicomotoras do paciente,</p><p>como agitação, confusão mental, nível de sedação</p><p>e superfície corpórea. O paciente necessita estar</p><p>calmo e a equipe assistencial preparada para não</p><p>realizar movimentos bruscos e garantir a</p><p>movimentação do paciente com segurança</p><p>(atenção especial aos obesos). As camas devem ter</p><p>travas nas rodas e grades para diminuir o risco de</p><p>queda.</p><p>“O banho no leito pode ser dado completo,</p><p>ou em partes a depender da área corporal</p><p>que necessita ser higienizada”.</p><p>Existem áreas do corpo que necessitam ser</p><p>higienizadas até mais de uma vez ao dia, ex:</p><p>higiene oral, higiene íntima, outras áreas, não</p><p>carecem obrigatoriamente higienização diária, é o</p><p>caso do couro cabeludo, corte de unha, barba, etc.</p><p>Na hora do banho esses pontos de</p><p>necessidades precisam ser triados, e o banho</p><p>completo dado apenas diante de uma real</p><p>necessidade.</p><p>A ordem do banho no leito deve ser:</p><p>1 -CABEÇA</p><p>1.1 Couro Cabeludo</p><p>1.2 Olhos</p><p>1.3 Nariz</p><p>1.4 Orelhas</p><p>1.5 Face</p><p>1.6 Boca</p><p>2 PESCOÇO ANTERIOR E POSTERIOR</p><p>3. MMSS (iniciando da mão) (anterior e</p><p>posterior.)</p><p>4. TÓRAX ANTERIOR (Da clavícula para a</p><p>cintura pélvica)</p><p>5. AXILAS</p><p>6. MMII (anterior e posterior). (Do tornozelo</p><p>para região da crista ilíaca e após, o pé).</p><p>*****Virar o paciente*****</p><p>7. DORSO</p><p>8. NÁDEGAS</p><p>******troca de lençol*****</p><p>*****coloca aparadeira****</p><p>9. REGIÃO GENITAL (seguida do anus)</p><p>10. FINALIZAÇÕES</p><p>Obs: Caso o paciente faça uso de fralda e haja</p><p>presença de fezes, as vezes precisam ser retiradas</p><p>numa breve higiene, antes de iniciar o</p><p>procedimento.</p><p>Estão disponíveis no mercado equipamentos</p><p>portáteis para facilitar o banho no leito,</p><p>abundantes opções de dispositivos de diferentes</p><p>tecnologias, que possuem reservatório para água e</p><p>sabonete, controle da temperatura da água e</p><p>funcionam com energia elétrica, porém, a adesão a</p><p>esses dispositivos ou não é relativo ao protocolo de</p><p>cada instituição, sendo o banho no leito tradicional</p><p>ainda o mais frequente.</p><p>Vamos aprender agora detalhadamente a forma de</p><p>higienização de cada uma dessas áreas corporais.</p><p>1. CABEÇA</p><p>HIGIENE DO COURO CABELUDO/ FACE</p><p>Objetivo</p><p>Higienização dos cabelos e couro cabeludo do</p><p>paciente acamado</p><p>Aplicação</p><p>Aos pacientes internados, ambulatoriais</p><p>impossibilitados de deixar o leito para banho de</p><p>aspersão.</p><p>84</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>Luvas de procedimento</p><p>Biombo</p><p>Algodão</p><p>Forro Impermeável</p><p>Balde</p><p>Carrinho de banho</p><p>Travesseiro</p><p>Bacia</p><p>Água, sabão, shampoo, condicionador, e/ou</p><p>conforme preferência.</p><p>Pente</p><p>Toalha de banho</p><p>**Se higiene da face**</p><p>Compressas de gaze (1 pct)</p><p>Compressa algodoada (1 um)</p><p>Soro fisiológico</p><p>Sabonete líquido</p><p>Hastes flexíveis com algodão nas pontas</p><p>Toalha de rosto</p><p>2- Bacias para água ensaboada e limpa.</p><p>Saco para lixo.</p><p>Passo a Passo4:</p><p>1. Confirme se há precaução especial,</p><p>contraindicação ou preferência pessoal do</p><p>paciente em relação ao procedimento;</p><p>2. Higienize as mãos;</p><p>3. Separe todo o material a ser utilizado e leve-o ao</p><p>leito do paciente no carrinho de banho.</p><p>4. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na</p><p>pulseira de identificação;</p><p>5. Oriente-o de que realizará a higiene do couro</p><p>cabeludo, solicite colaboração do</p><p>acompanhante s/n.</p><p>6. Coloque biombo, oclua passagens de correntes</p><p>de ar (portas, janelas, desligue ou diminua ar</p><p>condicionado).</p><p>7. Pause dieta em curso se houver, clampei sondas</p><p>e drenos se necessário. (Em caso de interrupção</p><p>anotar o horário da pausa e do reinício).</p><p>8. Abaixar a cabeceira da cama, e a grade do lado</p><p>em que o profissional se posicionará, se houver</p><p>auxílio do lado oposto, pode-se abaixar a grade</p><p>dos dois lados.</p><p>9. Calce luvas de procedimento.</p><p>10. Retirar o travesseiro e colocá-lo sob os ombros</p><p>do paciente/cliente.</p><p>11. Com duas bolas pequenas de algodão oclua</p><p>cada pavilhão auricular do paciente para evitar</p><p>entrada de água.</p><p>12. Traga a cabeça do paciente para mais próximo</p><p>da beirada do colchão, lateralizando todo o</p><p>corpo e deixando as pernas e o resto do corpo</p><p>no sentido oposto.</p><p>13. Forre uma toalha de banho o espaço sob os</p><p>ombros e a cabeça do paciente/cliente.</p><p>14. Coloque o balde ao lado da cama, no chão.</p><p>15. Com o impermeável faça uma calha em direção</p><p>ao balde colocado no chão.</p><p>16. Inspecione o couro cabeludo do paciente</p><p>visualizando e utilizando as pontas dos dedos,</p><p>a procura de lesões, abaulamentos, observando</p><p>a presença de sujidade, seborreia, pedículo.</p><p>“caso haja a presença de alguma anormalidade,</p><p>avalie a viabilidade de continuar o procedimento,</p><p>se necessário interrupção, solicite a avaliação do</p><p>enfermeiro ou médico, se não, continue o</p><p>procedimento e ao fim, registre e comunique a</p><p>anormalidade”.</p><p>17. Verifique a temperatura da água e molhe o</p><p>couro cabeludo do paciente.</p><p>18. Lave agora com sabonete líquido ou shampoo,</p><p>conforme disponibilidade ou preferencia do</p><p>paciente. Com as contas dos dedos, realize</p><p>movimento giratório.</p><p>“atente para não utilizar produto em excesso,</p><p>pois, muita espuma poderá dificultar o</p><p>enxague”</p><p>19. Repita a operação em caso de necessidade ou</p><p>com o uso do condicionador se disponível.</p><p>20. Enxague bem, se assegurando que deixou</p><p>resíduos de espuma no couro cabeludo ou</p><p>cabelo.</p><p>21. Retire o excesso de água no caso de um cabelo</p><p>comprido.</p><p>22. Erga delicadamente as cabeça do paciente para</p><p>retirada da calha e deite a cabeça sobre a toalha</p><p>que já se encontra posicionada.</p><p>23. Envolva o couro cabeludo do paciente na</p><p>toalha formando um turbante.</p><p>24. Reposicione o travesseiro na cabeça, e retire o</p><p>algodão que protegia o pavilhão auricular.</p><p>25. Erga a cabeceira e realiza as finalizações</p><p>(pentear os cabelos) em caso de higienização</p><p>apenas do couro cabeludo.</p><p>85</p><p>26. Troque a fronha caso se encontre úmida, reúna</p><p>seus materiais, deixe a unidade do paciente em</p><p>ordem.</p><p>27. Não esqueça de ligar novamente os dispositivos</p><p>que foram interrompidos, sondas, drenos e</p><p>cateteres.</p><p>28. Retire as luvas e realize as anotações de</p><p>enfermagem.</p><p>********EM CASO DE BANHO NO LEITO</p><p>COMPLETO VAMOS CONTINUAR DO 20º</p><p>PASSO*******</p><p>20. Envolva o couro cabeludo do paciente na</p><p>toalha formando um turbante.</p><p>21.</p><p>O melhor amigo de alguém. O</p><p>amor da vida de alguém. Nossa missão é</p><p>a todo instante, cuidar e fazer de tudo</p><p>pelo amor da vida de alguém”.</p><p>Autor desconhecido</p><p>7</p><p>Baseado em tudo que foi visto e nas imagens acima descreva de que forma a enfermagem pode</p><p>promover a humanização na assistência em seu dia-a-dia?</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________________</p><p>__________________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________________.</p><p>PROCESSO DE</p><p>ENFERMAGEM e SAE</p><p>CONCEITOS BÁSICOS .</p><p>O processo de humanização da</p><p>assistência, só é possível, se executado por uma</p><p>equipe de profissionais que trabalhe em</p><p>articulação e harmonia, pois, a há de se convir que</p><p>o bom atendimento passa por uma organização,</p><p>um planejamento de cuidados adequados a</p><p>peculiaridade de cada paciente.</p><p>O processo de enfermagem é o método</p><p>utilizado para sistematizar a assistência de</p><p>enfermagem no Brasil. Dessa forma, é</p><p>imprescindível que os profissionais de</p><p>enfermagem conheçam e apliquem as normas</p><p>regulamentadoras do exercício. A Resolução</p><p>Cofen 358/2009 estabelece que o processo de</p><p>enfermagem deve ser realizado de modo</p><p>deliberado e sistemático em todos os ambientes</p><p>públicos ou privados em que ocorre o cuidado</p><p>profissional de enfermagem. Ainda destaca as</p><p>cinco etapas: coleta de dados (ou histórico),</p><p>diagnóstico, planejamento, implementação e</p><p>avaliação5.</p><p>A grosso modo, a SAE é um instrumento</p><p>valiosíssimo que a enfermagem tem, e ela confere</p><p>ao trabalho, mais autonomia, é o que organiza o</p><p>trabalho profissional quanto ao método, pessoal e</p><p>instrumentos, tornando possível a</p><p>operacionalização do PE, além de organizar a</p><p>assistência de forma estratégica.</p><p>O processo de enfermagem é uma atividade</p><p>intelectual, que quando realizada de maneira</p><p>adequada, contribui para o fortalecimento da</p><p>profissão enquanto ciência, pois passamos do</p><p>cuidado empírico (realizado pelo “achismo” ou</p><p>intuição), para o cuidado baseado em evidências.</p><p>Este trabalho intelectual é o que norteia o</p><p>raciocínio clínico e a tomada de decisão</p><p>diagnóstica, de resultados e de intervenções. A</p><p>utilização desta ferramenta possibilita a</p><p>documentação dos dados relacionada às etapas</p><p>do processo, favorecendo a visibilidade das ações</p><p>de enfermagem e, consequentemente, da sua</p><p>relevância na sociedade6.</p><p>O Processo de Enfermagem foi introduzido</p><p>por Wanda de Aguiar Horta, na década de 70.</p><p>Para fins didáticos, essas fases são descritas</p><p>separadamente e em ordem sequencial. Mas vale</p><p>destacar, que assim como Horta propôs, as etapas</p><p>são inter-relacionadas e, por isso, uma depende</p><p>da outra. Ademais, essas etapas se sobrepõem,</p><p>dado que o PE é contínuo6.</p><p>Você lembra quem foi Wanda Horta? Qual</p><p>a sua teoria de enfermagem e o que ela defendeu?</p><p>Sabemos que mesmo sendo elaboradas a</p><p>décadas atrás as teorias de enfermagem tornam a</p><p>prática profissional uma ciência de cuidados.</p><p>8</p><p>Qual a contribuição das teorias de enfermagem</p><p>parar o processo de enfermagem? E quais as</p><p>principais teoristas?</p><p>O quadro a seguir te instigará a relembrar.</p><p>Como foi citado a lei 358/2009 preconiza o</p><p>processo de enfermagem nas suas cinco etapas,</p><p>vamos conhecer agora um pouco de cada uma</p><p>delas:</p><p>1- Histórico de enfermagem (HE) ou Coleta</p><p>de Dados</p><p>É constituído por entrevista e exame físico. A</p><p>entrevista investigará a situação de saúde do</p><p>cliente ou da comunidade, identificando os</p><p>problemas e necessidades de intervenções. Já o</p><p>exame físico consiste na inspeção, palpação,</p><p>percussão e ausculta, que necessita de</p><p>conhecimento teórico e habilidades técnicas</p><p>apropriadas para sua realização.</p><p>2- Diagnóstico de Enfermagem</p><p>Nesta fase, o enfermeiro analisa os dados</p><p>coletados e o estado de saúde do indivíduo,</p><p>através da identificação e avaliação de problemas</p><p>de saúde presentes ou em potencial.</p><p>Os diagnósticos serão elaborados de acordo com</p><p>os protocolos da instituição, os mais utilizados</p><p>são: NANDA e CIPE.</p><p>3- Planejamento de Enfermagem</p><p>É determinado os resultados esperados, de</p><p>maneira específica e identificado as intervenções</p><p>necessárias para alcança-los. Existem diversos</p><p>sistemas de classificação para intervenções de</p><p>enfermagem, NIC, CIPE, NOC, eles auxiliam</p><p>através de padronizações a tomada de decisões</p><p>em cima de cada diagnóstico.</p><p>4- Implementação de Enfermagem</p><p>Trata-se da concretização do plano assistencial,</p><p>realização das ações ou intervenções</p><p>determinadas na etapa de Planejamento de</p><p>Enfermagem.</p><p>5- Avaliação de Enfermagem</p><p>É a verificação de mudanças nas respostas da</p><p>pessoa, família ou coletividade em um</p><p>determinado momento do processo saúde-</p><p>doença, para determinar se as ações ou</p><p>intervenções de enfermagem alcançaram o</p><p>resultado esperado; e verificação da necessidade</p><p>de mudanças ou adaptações em alguma das</p><p>etapas do Processo de Enfermagem.</p><p>São utilizados indicadores para qualificação de</p><p>avaliação: Ausente ou Presente; Melhorado ou</p><p>Piorado; Mantido ou Resolvido.</p><p>TEORIAS DE ENFERMAGEM</p><p>• • •</p><p>VAMOS RELEMBRAR ABAIXO</p><p>ALGUMAS TEORIAS CUJAS QUAIS,</p><p>SERÃO ÚTEIS A PARTIR DE AGORA NA</p><p>REFLEXÃO SOBRE OS TIPOS DE</p><p>CUIDADO DE ENFERMAGEM QUE</p><p>VAMOS APRENDER A PRESTAR EM</p><p>FUNDAMENTOS DE ENF.</p><p>1- Teoria de Motivação</p><p>Humana de Abraham</p><p>Maslow, de</p><p>WANDA DE AGUIAR</p><p>HORTA</p><p>2- Teoria ambientalista, de</p><p>FLORENCE</p><p>NIGHTINGALE</p><p>3- Teoria das relações</p><p>interpessoais, de</p><p>HILDEGARD E.</p><p>PEPLAU</p><p>4- Teoria do autocuidado,</p><p>de</p><p>DOROTHEA E. OREM</p><p>5- Teoria da Adaptação, de</p><p>CALLISTA ROY</p><p>Conforme solicitado pelo</p><p>professor pesquise e coloque em</p><p>seu portfólio de que se trata cada</p><p>uma dessas teorias, e quem foi</p><p>cada uma dessas mulheres.</p><p>9</p><p>Nesta etapa são feitos evolução e anotação</p><p>de enfermagem, que é a avaliação do paciente a</p><p>cada 24 horas. Se os cuidados de enfermagem</p><p>foram eficazes, ótimo, se não, volta-se as etapas</p><p>iniciais.</p><p>A execução do Processo de Enfermagem</p><p>é obrigação do técnico ou do</p><p>enfermeiro?</p><p>O processo de enfermagem é competência</p><p>exclusiva do Enfermeiro a realização da consulta</p><p>de enfermagem, segundo a Lei n. 7.498/86, que</p><p>dispõe sobre o exercício da enfermagem e o “Guia</p><p>de recomendações para registros de enfermagem</p><p>no prontuário do paciente”, que foi aprovado pela</p><p>Resolução COFEN nº 514/2016, que compreende</p><p>as etapas, 1, 2, 3 e 5 do processo de enfermagem.</p><p>Como visto, a 4ª fase, a de</p><p>IMPLEMENTAÇÃO DE ENFERMAGEM não foi</p><p>citada, pois esta, trata-se da execução das</p><p>atividades prescritas na etapa de planejamento e</p><p>não é de competência exclusiva do enfermeiro,</p><p>mas sim de toda a equipe de enfermagem</p><p>(enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem) 6.</p><p>Dentre as atribuições dos técnicos e</p><p>auxiliares de enfermagem no processo de</p><p>enfermagem, especificamente na fase de</p><p>IMPLEMENTAÇÃO DE ENFERMAGEM, estão:</p><p>• Realizar os cuidados prescritos pelo</p><p>enfermeiro;</p><p>• Realizar anotações relacionadas às</p><p>intervenções/atividades prescritas pelo</p><p>enfermeiro sejam elas independentes,</p><p>dependentes ou interdependentes, lembrando</p><p>que fornecem dados importantes ao</p><p>enfermeiro e à equipe multidisciplinar para</p><p>realizar a avaliação/ evolução do paciente.</p><p>Todo integrante da equipe de enfermagem é</p><p>essencial para que consigamos prestar uma</p><p>assistência com qualidade, livre de danos,</p><p>Retire o travesseiro e eleve a cabeceira num</p><p>ângulo de 30°</p><p>22. Coloque uma toalha de rosto sob o tórax do</p><p>paciente.</p><p>23. Realize uma inspeção na região ocular e inicie</p><p>a higiene.</p><p>24. Com um chumaço de gaze embebida em água</p><p>morna ou SF 0,9%, inicie da higiene ocular.</p><p>“-pálpebra superior distal, do ducto lacrimal</p><p>para fora.</p><p>-pálpebra inferior distal, do ducto lacrimal</p><p>para fora”.</p><p>25. Repetir a operação na porção proximal.</p><p>“se houver crostas ou sujidade ressecada,</p><p>umedecer bem antes de tentar a remoção”</p><p>26. Enxugar delicadamente os olhos.</p><p>27. Realize uma inspeção na região nasal e inicie</p><p>a higiene.</p><p>28. Higienizar as narinas, com o auxílio do um</p><p>chumaço de gaze ou haste flexível algodoada,</p><p>levemente umidificada com SF 0,9% ou água</p><p>morna.</p><p>“realizando movimento delicado e giratório</p><p>iniciando da narina distal para a proximal,</p><p>durante a inspeção, se houver presença</p><p>abundante de muco úmido, realize a limpeza</p><p>primeiramente com a gaze seca”.</p><p>29. Retire o algodão que protegia o pavilhão</p><p>auricular e realize uma inspeção na região</p><p>antes de iniciar a higiene.</p><p>30. Utilize haste flexível algodoada, ou um</p><p>chumaço de gaze levemente umedecido e</p><p>realize a limpeza do pavilhão auricular</p><p>externo até toda a região da hélice na porção</p><p>distal.</p><p>31. Higienize atrás das orelhas da mesma forma.</p><p>32. Repita a operação na porção proximal.</p><p>33. Com uma gaze seca, ou toalha de rosto,</p><p>enxugue as áreas higienizadas.</p><p>34. A higienização da face pode ser feita com</p><p>gaze ou com compressa algodoada. Se com</p><p>compressa algodoada. Dobrar a compressa ao</p><p>redor dos dedos formando uma luva:</p><p>35. Numa bacia com á morna ensaboada ensaboe</p><p>a compressa e passe delicadamente pelo rosto</p><p>do paciente fazendo movimentos giratórios,</p><p>da testa para o queixo, da porção distal para</p><p>a proximal, preservando as áreas que já foram</p><p>higienizadas (olhos, nariz e orelhas).</p><p>36. Numa bacia com água morna limpa umedeça</p><p>outra compressa e remova o sabão da face no</p><p>mesmo sentido que foi ensaboada.</p><p>37. Enxugue em seguida com toalha de rosto.</p><p>38. Inspecione o pescoço desde a região posterior</p><p>até a anterior.</p><p>39. Com a compressa de ensaboar, realize a</p><p>higiene do pescoço, da porção distal para a</p><p>proximal, iniciando da região posterior até a</p><p>anterior com movimento levemente</p><p>giratórios de ensaboar.</p><p>40. Com a compressa de enxague, remova o</p><p>sabão de toda a região.</p><p>41. Enxugue em seguida.</p><p>***** CONTINUA COM HIGIENE ORAL*****</p><p>Higiene Oral</p><p>A exemplo dos cuidados com toda a</p><p>extensão do corpo, na higiene oral o paciente</p><p>também deve ser estimulado ao autocuidado, o</p><p>grau de motilidade dos MMSS deve ser avaliado,</p><p>assim como o nível de consciência para escolher o</p><p>qual higiene oral será aplicada, e o tipo de</p><p>dispositivo a ser usado no procedimento, a higiene</p><p>oral pode ser em dois contextos.</p><p>• Higiene oral para paciente consciente</p><p>(totalmente dependente ou com pequeno</p><p>auxílio)</p><p>• Higiene oral para paciente inconsciente</p><p>86</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>Luvas de procedimento</p><p>Biombo</p><p>Copo com água limpa</p><p>Abaixador de língua</p><p>Toalha de rosto</p><p>***Para paciente consciente***</p><p>Escova de dente</p><p>Creme dental</p><p>Cuba rim</p><p>***Para paciente inconsciente***</p><p>Compressas de gaze</p><p>Antisséptico bucal</p><p>Esparadrapo</p><p>Saco de lixo</p><p>Algodão</p><p>*Utilize o abaixador de</p><p>língua a gaze e o</p><p>esparadrapo para</p><p>fazer quatro torundas</p><p>para a higiene oral do</p><p>pct inconsciente, assim</p><p>como imagem ao</p><p>lado*.</p><p>Passo a Passo4:</p><p>***Para paciente consciente***</p><p>42. Com a toalha de rosto ainda sobre o tórax do</p><p>paciente e ainda cabeceira elevada.</p><p>43. Com o auxílio de uma abaixador de língua,</p><p>inspecione a mucosa oral do paciente, a procura</p><p>de anormalidades como halitose, saburra</p><p>lingual, feridas ou fissuras etc.</p><p>“caso haja a presença de alguma anormalidade,</p><p>avalie a viabilidade de continuar o procedimento,</p><p>se necessário interrupção, solicite a avaliação do</p><p>enfermeiro ou médico, se não, continue o</p><p>procedimento e ao fim, registre e comunique a</p><p>anormalidade”.</p><p>44. No paciente com plena motilidade dos MMSS,</p><p>oferte em mãos, a escova de dente com creme</p><p>dental solicite que o mesmo realize a escovação,</p><p>estando o profissional atento a cada movimento</p><p>afim de garanti uma escovação efetiva.</p><p>“Em caso de pacientes que não possuem</p><p>coordenação dos MMSS o profissional realizará</p><p>a escovação, iniciando da arcada dentaria</p><p>superior para a inferior e não esquecendo de</p><p>bochechas e língua”</p><p>45. Aproxime a cuba rim abaixo da mandíbula do</p><p>paciente e solicite que cuspa o creme dental.</p><p>46. Oferte um copo com água ao paciente, e ainda</p><p>segurando a cuba rim, solicite que realize o</p><p>enxague da mucosa oral.</p><p>47. Enxugue o excesso de água dos lábios com a</p><p>toalha de rosto e despreze o conteúdo da cuba</p><p>rim no balde.</p><p>***Para paciente Inconsciente***</p><p>42. Com a toalha de rosto ainda sobre o tórax do</p><p>paciente e a cabeceira ainda elevada.</p><p>43. Com o auxílio de uma abaixador de língua,</p><p>inspecione a mucosa oral do paciente, a procura</p><p>de anormalidades como halitose, saburra</p><p>lingual, feridas ou fissuras etc.</p><p>"caso haja a presença de alguma anormalidade,</p><p>avalie a viabilidade de continuar o</p><p>procedimento, se necessário interrupção,</p><p>solicite a avaliação do enfermeiro ou médico,</p><p>se não, continue o procedimento e ao fim,</p><p>registre e comunique a anormalidade".</p><p>44. Em meio copo de água dilua uma porção do</p><p>antisséptico bucal e umedeça a torunda.</p><p>45. Permaneça abrindo a boca do paciente com o</p><p>auxílio do abaixador de língua, e com uma</p><p>torunda umedecida, inicie a higiene oral.</p><p>“profissional realizará a escovação, iniciando</p><p>da arcada dentaria superior para a inferior e</p><p>não esquecendo de bochechas e língua”</p><p>46. Repita a operação trocando a torunda a cada</p><p>área.</p><p>47. Despreze as torundas utilizadas num saco</p><p>plástico.</p><p>48. Retire a toalha do tórax, devolva os materiais</p><p>que forem pessoais do paciente, deixe a unidade</p><p>do paciente em ordem.</p><p>49. Recolha o material do hospital e coloque no</p><p>carrinho de banho.</p><p>50. Retire as luvas, realize a lavagem básica das</p><p>mãos, deixe a unidade do paciente e realize as</p><p>anotações de enfermagem.</p><p>2. HIGIENE DO CORPO</p><p>MMSS/ TÓRAX / MMII /DORSO E TROCA DE</p><p>LENÇÓIS.</p><p>Objetivo: Promover a higiene do corpo, bem-</p><p>estar e prevenção de infecções e doenças, estimular</p><p>87</p><p>a circulação e mecânica corporal, interagir e</p><p>estimular o paciente durante e realizar avaliação</p><p>física e da pele.</p><p>Aplicação</p><p>Aos pacientes internados, ambulatoriais</p><p>impossibilitados de deixar o leito para banho de</p><p>aspersão.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>EPIs/ Luvas de procedimento</p><p>Jogo de cama completo para cama aberta</p><p>ocupada: Fronha (uma nova fronha);</p><p>2 Lençóis (ou protocolo institucional);</p><p>Cobertores (um);</p><p>Travessa móvel (s/n ou caso acamado);</p><p>Impermeável (s/n)</p><p>Álcool 70%</p><p>Camisola limpa</p><p>Biombo</p><p>Hamper</p><p>Carrinho de banho contendo:</p><p>Balde</p><p>2 bacias</p><p>Jarra cheia de água</p><p>Papagaio (se pct sexo masculino)</p><p>Aparadeira</p><p>Toalha de banho</p><p>Material de higiene pessoal do paciente conforme</p><p>disponibilidade:</p><p>Sabonete líquido</p><p>Desodorante</p><p>Passo a Passo4:</p><p>1. Confirme se há precaução especial,</p><p>contraindicação ou preferência pessoal do</p><p>paciente para o paciente em relação ao</p><p>procedimento;</p><p>2. Higienize as mãos;</p><p>3. Separe todo o material a ser utilizado e leve-o ao</p><p>leito do paciente no carrinho de banho.</p><p>4. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na</p><p>pulseira de identificação;</p><p>5. Oriente-o de que realizará a higiene do corpo,</p><p>solicite colaboração do acompanhante s/n ou de</p><p>um colega do expediente.</p><p>29. Coloque biombo, oclua passagens de correntes</p><p>de ar (portas, janelas, desligue ou diminua ar</p><p>condicionado).</p><p>30. Pause dieta em curso se houver, clampei sondas</p><p>e drenos se</p><p>necessário. (Em caso de interrupção</p><p>anotar o horário da pausa e do reinício).</p><p>31. Abaixar a cabeceira da cama, e a grade do lado</p><p>em que o profissional se posicionará, se houver</p><p>auxílio do lado oposto, pode-se abaixar a grade</p><p>dos dois lados.</p><p>32. Calce luvas de procedimento.</p><p>******* Caso seja uma continuação da</p><p>higiene do couro cabeludo e oral essas</p><p>etapas já foram realizadas*****</p><p>33. Desprenda o lençol da cama soltando as dobras</p><p>dos quatro lados.</p><p>34. Imprescindivelmente, pergunte ao paciente se</p><p>deseja urinar ou evacuar antes do</p><p>procedimento, caso positivo, ofereça papagaio</p><p>ou aparadeira para que evacue ou urine antes</p><p>do início do banho. Caso de uso de fraldas, se o</p><p>paciente tem controle dos esfíncteres, retire-a, se</p><p>não, tarde o máximo possível sua retirada,</p><p>deixe-a semiaberta durante o procedimento</p><p>retirando-a apenas na hora da higiene íntima.</p><p>35. Prepare as duas bacias, uma com água limpa e</p><p>outra com água ensaboada.</p><p>36. Aproxime o carrinho de banho e posicione</p><p>todos os materiais de forma a tornar ágil e</p><p>prática a sua manipulação dos materiais no</p><p>carrinho.</p><p>“Não cruze materiais por cima do paciente no</p><p>leito, quando em dupla com um colega de</p><p>trabalho sistematizem as tarefas para que o</p><p>trabalho seja efetivo, mesmo que necessite</p><p>haver uma pequena alteração na ordem que</p><p>não cause prejuízo ao mecanismo asséptico do</p><p>procedimento, Ex: Enquanto um ensaboa, o</p><p>outro enxagua”.</p><p>37. Descubra os dois MMSS</p><p>38. Com movimentos delicados e giratórios</p><p>utilizando a compressa de ensaboar, lave o</p><p>braço distal, anterior e posterior da mão até a</p><p>região do ombro.</p><p>39. Em seguida, Com a compressa de enxaguar,</p><p>retire o sabão de toda a extensão do braço,</p><p>enxaguando-o no mesmo sentido.</p><p>“Para uma medida humanizadora e de</p><p>estímulo neurossensorial, coloque a mão do</p><p>paciente dentro da bacia e faça-o sentir a água</p><p>cair sob sua palma da mão com a ajuda de uma</p><p>jarra ou da própria compressa, comunique-se</p><p>com o paciente”.</p><p>88</p><p>40. Coloque sobre este braço uma toalha de banho</p><p>enxugando-o, ao tempo quem que repete a</p><p>mesma operação no braço proximal.</p><p>41. Descubra o tórax e inicie a lavagem com a</p><p>compressa de ensaboar, no sentido distal</p><p>proximal, da cintura escapular até a cintura</p><p>pélvica.</p><p>42. Enxague e enxugue no mesmo sentido e repita</p><p>a operação na porção proximal, deixando a</p><p>toalha sobre o tórax.</p><p>43. Erga o braço do paciente e ensaboe a axila</p><p>distal, enxaguando seguidamente.</p><p>44. Repita a operação na axila proximal.</p><p>“OBS: se o paciente for do sexo feminino, o tórax</p><p>não deverá ser completamente descoberto.</p><p>Sendo cada lado descoberto a medida que for</p><p>higienizado, e coberto a medida que for enxuto”</p><p>45. Com os membros superiores e tórax lavados e</p><p>enxutos coloque a camisola limpa, ainda</p><p>parcialmente dobrada sob o tórax do paciente</p><p>para a que a toalha possa ser utilizada para os</p><p>MMII, atente para que a camisola, não tenha</p><p>grande contato com as áreas contaminadas do</p><p>corpo e colchão.</p><p>46. Descubra o membro inferior distal e realize</p><p>breve inspeção da área, com a compressa de</p><p>enxaguar, ensaboe o membro do tornozelo até a</p><p>região da crista ilíaca, anteroposterior.</p><p>47. Enxague e enxugue deixando a toalha sobre o</p><p>membro.</p><p>48. Repita a operação no membro proximal</p><p>49. Ensaboe o pé, e enxague-o podendo colocá-lo</p><p>dentro da bacia de enxague repetindo a</p><p>operação como fora feito nas mãos, fazendo</p><p>estimulo neurossensorial através da água.</p><p>“A essa altura, verifique a sujidade da água, se</p><p>necessário, troque a água de alguma das bacias”</p><p>50. Lateralize o paciente higienizar o dorso.</p><p>51. Realize breve inspeção da região, para</p><p>identificar hiperemias sugestiva de LPP, ou</p><p>qualquer anormalidade.</p><p>52. Inicie a higienização com a compressa</p><p>ensaboada da região escapular até a cintura.</p><p>53. Enxague em seguida.</p><p>54. Ensaboe os glúteos.</p><p>55. Enxague em seguida</p><p>56. Enxugue, garantindo que não houve resíduos</p><p>de umidade na região.</p><p>57. Com o paciente ainda em decúbito lateral</p><p>remova o lençol sujo na técnica já aprendida</p><p>(pág.67), deposite-o no hamper, e higienize o</p><p>colchão com álcool a 70%.</p><p>58. Disponha os novos lençóis no leito obedecendo</p><p>a ordem e a técnica aprendida. (pág 66).</p><p>59. Deite o paciente sobre os lençóis limpos e</p><p>lateralize-o novamente ao lado oposto.</p><p>60. Retire os lençóis sujos da outra porção,</p><p>repetindo a mesma técnica até que o colhão</p><p>esteja completamente forrado.</p><p>“neste momento, ainda com o paciente em</p><p>decúbito lateral opcionalmente pode ser</p><p>realizado hidratação e massagem de conforto na</p><p>região do dorso. Feche a camisola em seguida.</p><p>61. Antes de tornar o paciente ao decúbito dorsal,</p><p>coloque a aparadeira coberta com uma toalha</p><p>sobre a região sacral e então torne o paciente ao</p><p>decúbito dorsal para que seja iniciada a higiene</p><p>íntima.</p><p>3. HIGIENE ÍNTIMA</p><p>MASCULINA E FEMININA</p><p>Objetivo</p><p>Promover a higiene íntima do paciente, assim</p><p>como a prevenção de infecções e doenças</p><p>proveniente de más condições de higiene.</p><p>Aplicação</p><p>Aos pacientes internados, ambulatoriais</p><p>impossibilitados de deixar o leito para banho de</p><p>aspersão, plégicos, paréticos ou impossibilitados</p><p>de realizar a própria higiene íntima.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>EPIs/ Luvas de procedimento</p><p>Compressas de gaze</p><p>Aparadeira</p><p>Jarra com água morna</p><p>Toalha</p><p>Sabonete íntimo ou sabão líquido neutro.</p><p>Fralda geriátrica ou peça de roupa íntima limpa</p><p>(conforme necessidade)</p><p>Passo a Passo:</p><p>*Feminina</p><p>**Em caso de continuidade do banho no leito</p><p>completo, siga do passo 60. Caso higiene íntima</p><p>isolada, realize todos os procedimentos</p><p>preliminares de identificação, e privacidade e</p><p>proteção**.</p><p>89</p><p>61. Troque as luvas</p><p>62. Cubra a aparadeira na região em que ficará em</p><p>contato com o paciente com uma toalha de rosto</p><p>ou compressa. Posiciona a paciente sob a</p><p>aparadeira com as pernas fletidas em posição</p><p>ginecológica.</p><p>63. Posicione-se ao lado da paciente e realize uma</p><p>breve inspeção na região genital.</p><p>“Considere a presença de secreções, lesões, ou</p><p>anormalidade, caso positivo, solicite a presença</p><p>do enfermeiro ou médico para a avaliação</p><p>antes de iniciar o procedimento.</p><p>64. Molhe a região do períneo</p><p>65. Com um chumaço de gaze ensaboe a região</p><p>pubiana da porção distal para a proximal.</p><p>66. Troque a gaze e ensaboe a região inguinal distal</p><p>repetindo a operação na inguinal proximal.</p><p>67. Troque a gaze e ensaboe o grande lábio distal</p><p>repetindo a operação na porção proximal</p><p>68. Com uma gaze seca, afaste os grandes lábios</p><p>para higienizar os pequenos lábios, e repita a</p><p>operação de limpeza.</p><p>69. Troque a gaze e ensaboe a região clitoriana com</p><p>um movimento único e giratório, repita a</p><p>operação em caso de persistir a sujidade.</p><p>70. Com uma nova gaze faça um movimento de</p><p>sentido único de cima para baixo na região</p><p>vaginal, repita a operação em caso de persistir</p><p>sujidade.</p><p>71. Com uma nova gaze bem ensaboada higienize a</p><p>região anal, num movimento giratório firme e</p><p>único, repita a operação com uma nova gaze</p><p>quantas vezes se fizer necessário para uma</p><p>limpeza efetiva.</p><p>72. Com a jarra, enxague toda a região vaginal e do</p><p>períneo e anus, não deixando nenhum resíduo</p><p>de sabão, afaste os grandes lábios se necessário.</p><p>73. Enxugue delicadamente retirando apenas o</p><p>excesso de água.</p><p>74. Retire a aparadeira e coloque a fralda ou a roupa</p><p>íntima.</p><p>Passo a Passo:</p><p>*Masculina</p><p>Troque as luvas</p><p>75. Posiciona o paciente sob a aparadeira com as</p><p>pernas fletidas.</p><p>76. Posicione-se ao lado do paciente e realize uma</p><p>breve inspeção na região genital.</p><p>“Considere a presença de secreções, lesões,</p><p>edemas ou hiperemias, caso positivo, solicite a</p><p>presença do enfermeiro ou médico para a</p><p>avaliação antes de iniciar o procedimento.</p><p>77. Molhe toda a região;</p><p>78. Com um chumaço</p><p>retraia o prepúcio, de</p><p>forma firme e</p><p>delicada, para expor</p><p>a glande, avalie</p><p>anormalidades</p><p>nesse</p><p>momento.</p><p>79. Com movimento de único sentido e delicado,</p><p>inicie a higiene pelo meato uretral, com uma</p><p>gaze com pouca quantidade de sabão líquido</p><p>neutro.</p><p>80. Em seguida higienize a</p><p>coroa da glande com</p><p>movimento único e</p><p>giratório em volta do</p><p>órgão.</p><p>81. Higienize a coroa da</p><p>glande, região em que</p><p>pode haver o acúmulo</p><p>do esmegma, repita a</p><p>operação se necessário para uma limpeza</p><p>efetiva.</p><p>82. Troque a gaze ensaboada e de cima para baixo</p><p>trocando a gaze ou o lado da gaze quantas vezes</p><p>se fizer necessário, higienize o corpo do pênis;</p><p>83. Seguido de saco escrotal, e abaixo dele.</p><p>84. Troque a gaze e ensaboe a região pubiana,</p><p>85. Troque a gaze e higienize inguinais, distal e</p><p>proximal.</p><p>86. Com uma nova gaze bem ensaboada higienize a</p><p>região anal, num movimento giratório firme e</p><p>único, repita a operação com uma nova gaze</p><p>quantas vezes se fizer necessário para uma</p><p>limpeza efetiva.</p><p>87. Com a jarra, enxague toda a região íntima com</p><p>o prepúcio retraído para garantir o total</p><p>enxague da glande, não deixando nenhum</p><p>resíduo de sabão em nenhuma área.</p><p>88. Volte o prepúcio ao seu lugar de origem;</p><p>89. Enxugue delicadamente retirando apenas o</p><p>excesso de água.</p><p>90. Retire a aparadeira e coloque a fralda ou a roupa</p><p>íntima.</p><p>*****FINALIZANDO O PROCEDIMENTO*****</p><p>90</p><p>Se apenas higiene íntima, devolva o material de</p><p>uso pessoal do cliente, recolha o material</p><p>hospitalar no carrinho, deixe o paciente</p><p>confortável e a unidade em ordem. Lave as mãos e</p><p>realize as anotações de enfermagem.</p><p>Se banho no leito, completo, troque as luvas e</p><p>realize as finalizações:</p><p>- Pentear cabelo;</p><p>- Passar desodorante, perfume;</p><p>- Creme hidratante;</p><p>- Corte de unhas;</p><p>Tudo conforme disponibilidade e</p><p>preferência do paciente.</p><p>Deixe o paciente confortável no leito, devolva os</p><p>materiais de uso pessoal, organize o carrinho e lave</p><p>as mãos e deixe a unidade para realizar as</p><p>anotações de enfermagem.</p><p>“Não esqueça de religar as linhas que</p><p>foram desligadas no início do procedimento; dieta</p><p>ou outros dispositivos”.</p><p>TRICOTOMIA e CUIDADOS COM AS UNHAS</p><p>Tricotomia e a retirada dos pelos de uma</p><p>determinada região, com finalidade, de limpeza,</p><p>prevenção de infecções, boa aparência, ou</p><p>procedimento pré-operatório.</p><p>Vários fatores estão embutidos nesse</p><p>processo, e o procedimento de tricotomia é</p><p>rotineiro e imprescindível ao paciente, porém deve</p><p>ser realizado sob muitos critérios.</p><p>No contexto do banho hospitalar, entende-</p><p>se que a aparência física é uma das fortes causas</p><p>que influenciam a autoestima, que é uma tendência</p><p>estável para sentir-se bem ou mal a respeito de si</p><p>mesmo.</p><p>A tricotomia com finalidade de higiene e</p><p>boa aparência, deve ser feita diante de critérios</p><p>éticos, e prudentes:</p><p>• Nunca mude a identidade visual do paciente, a</p><p>mesmo que solicitado, ou necessário devido a</p><p>intervenção terapêutica.</p><p>Ex: Se o paciente faz uso de bigode, este bigode faz</p><p>parte da sua identidade visual, não deve ser</p><p>retirado a menos que o mesmo solicite sua retirada,</p><p>ou seja necessário por medidas de higiene ou</p><p>terapêuticas, (intubação, uso prolongado de</p><p>sondas, Cirurgia bucomaxilofacial).</p><p>• No caso das mulheres a tricotomia dos pelos</p><p>deve ser feita primeiramente por questões de</p><p>higiene, e deve-se evitar o uso apenas estético de</p><p>giletes.</p><p>A raspagem dos pelos com gilete faz micro lesões</p><p>na pele que deixam-na susceptível a penetração de</p><p>micro-organismos, por esse motivo a finalidade de</p><p>tricotomia apenas estética, muitas vezes é</p><p>dispensada, dando preferência ao corte dos pelos,</p><p>principalmente na região íntima, tanto para</p><p>homens, quanto para mulheres, o acúmulo de</p><p>pelos nessa região dificulta a higienização,</p><p>favorece o acumulo de microrganismos e mascara</p><p>lesões.</p><p>• A tricotomia pré-operatória, deve ser feita</p><p>conforme preferência e prescrição médica e apenas</p><p>no local indicado.</p><p>No caso de cirurgias programadas a tricotomia</p><p>deve ser feita o mais próximo possível da cirurgia</p><p>(no máximo 2 horas antes, e só deve ser feita</p><p>quando realmente necessária).</p><p>• O profissional só deve realizar este</p><p>procedimento para o paciente caso seja</p><p>impossibilitado de fazer por si.</p><p>• No caso das unhas precisam ser inspecionadas</p><p>junto com a pele ao redor delas, para identificar</p><p>deformidades, alterações de coloração, manhas etc.</p><p>Toda a normalidade deve ser comunicada e anotada</p><p>em prontuário.</p><p>• Se necessário imergir as unhas em água morna</p><p>para facilitar o corte.</p><p>PROCEDIMENTO</p><p>Objetivo</p><p>Remover pelos de determinada região do corpo</p><p>com finalidade higiene, pré-operatória ou estética.</p><p>Aplicação</p><p>Aos pacientes internados, ambulatoriais e</p><p>cirúrgicos eletivos.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>1 aparelho de barbear descartável;</p><p>1 bandeja;</p><p>3 pacotes de compressas de gazes;</p><p>1 par de luvas de procedimentos;</p><p>1 protetor impermeável.</p><p>91</p><p>Passo a Passo4:</p><p>1. Confirme quais as restrições posturais em relação</p><p>ao procedimento;</p><p>2. Higienize as mãos;</p><p>3. Separe todo o material a ser utilizado e leve-o ao</p><p>leito do paciente.</p><p>4. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na pulseira</p><p>de identificação;</p><p>5. Oriente-o de que realizará a tricotomia, informe</p><p>qual a finalidade e a região que será realizada.</p><p>6. Coloque biombo,</p><p>7. Oclua passagens de correntes de ar (portas,</p><p>janelas, desligue ou diminua ar condicionado),</p><p>caso a área a ser tricotomizada for extensa ou</p><p>requerer a nudez do paciente.</p><p>8. Forrar a cama com o impermeável se necessário;</p><p>9. Descobrir apenas a área que for ser tricotomizada;</p><p>10. Iniciar a tricotomia deslizando o barbeador no</p><p>sentido do crescimento dos pelos;</p><p>11. Retirar o excesso de pelos soltos utilizando as</p><p>compressas algodoada ou gaze;</p><p>12. Orientar o</p><p>paciente a se lavar, se</p><p>não, você deverá</p><p>proceder à</p><p>higienização do local;</p><p>13. Retirar o</p><p>impermeável;</p><p>14. Realizar a</p><p>arrumação da cama</p><p>conforme a técnica;</p><p>15. Retirar as</p><p>luvas;</p><p>16. Deixar o paciente confortável;</p><p>17. Descartar o material (impermeável, barbeador,</p><p>luvas) em local apropriado;</p><p>18. Higienizar as mãos;</p><p>19. Anotar no prontuário o procedimento realizado.</p><p>BANHO A SECO</p><p>O banho a seco é</p><p>uma nova modalidade de</p><p>banho que vem sendo</p><p>difundida e avaliada como</p><p>viável pelas instituições de</p><p>saúde, pelo seu custo benefício para pacientes</p><p>graves e em cuidados intensivos.</p><p>Conforme discutido nas entrelinhas</p><p>anteriores o banho é imprescindível nos cuidados</p><p>com o paciente, no entanto, vale ressaltar que o</p><p>banho, mesmo no leito, demanda do paciente um</p><p>esforço e um gasto metabólico mínimo, porém</p><p>existente.</p><p>Em pacientes acamados graves, com</p><p>desconforto respiratório, cardiopatas graves,</p><p>ligados em aparelhos de monitorização,</p><p>respiratória, cardíaca ou outros, o banho com água</p><p>e sabão pode representar um momento de grande</p><p>risco de descompensação, por esse motivo, esta</p><p>técnica vem sofrendo críticas ao longo dos anos.</p><p>Nesta perspectiva e com base na tecnologia</p><p>para saúde, diversas técnicas vêm surgindo no</p><p>sentido de desenvolver novas alternativas para</p><p>realização do banho do paciente acamado, dentre</p><p>elas o banho a seco, que utiliza lenços umedecidos</p><p>desenvolvidos com tecnologia necessária para</p><p>atender as necessidades de higiene do paciente</p><p>sem agredir ou deixar resíduos deletérios na pele.</p><p>Na prática, esta nova modalidade de banho</p><p>ainda é pouco difundida, mas sem dúvida uma</p><p>tendência em unidade de cuidados intensivos ou</p><p>para pacientes terminais.</p><p>Relativo ao fabricante cada embalagem</p><p>contém e 8 a 10 lenços que devem ser utilizados um</p><p>para cada área do corpo, seguindo a ordem de</p><p>limpeza semelhante a de um banho no leito</p><p>comum, os lenços devem ser aquecidos em micro-</p><p>ondas seguindo as orientações de cada fabricante.</p><p>Deve-se permitir que a pele seque ao ar livre em 30</p><p>segundos, após este tempo, cobrir a pele do</p><p>paciente</p><p>para evitar ressecamento e queda da</p><p>temperatura corporal. Mais de uma embalagem</p><p>devem ser utilizadas conforme a necessidade do</p><p>paciente e o grau de sujidade apresentado.</p><p>92</p><p>CUIDADOS PÓS MORTE</p><p>O código de deontologia do profissional</p><p>de enfermagem cita em seu capítulo II como</p><p>dever:</p><p>“Art. 43 Respeitar o pudor, a privacidade e a</p><p>intimidade da pessoa, em todo seu ciclo vital e nas</p><p>situações de morte e pós-morte”.</p><p>O processo de morte e morrer está</p><p>embutido no ciclo vital, e carece dos cuidados de</p><p>enfermagem.</p><p>Conceito de morte:</p><p>Morte – cessação da vida com interrupção</p><p>irreversível das funções vitais do corpo.</p><p>A ciência que estuma este processo é a</p><p>Tanatologia.</p><p>Esta ciência, foi re-descoberta por Elizabeth</p><p>Kübler Ross. Na prática, a tanatologia consiste no</p><p>estudo dos fenômenos cadavéricos, ou seja, da</p><p>morte e seus fatores associados. Demonstra o que</p><p>acontece com o corpo humano após a morte,</p><p>fornecendo o tempo que ocorreu o falecimento,</p><p>qual o seu motivo dentre outras coisas.</p><p>Para a enfermagem, a tanatologia será</p><p>associada ao preparo de corpo após o óbito. É</p><p>necessário também, compreender este processo no</p><p>âmbito dos cuidados paliativos e lidar com este</p><p>processo de forma humana e bilateral.</p><p>“É necessario, desenvolver tais habilidades</p><p>para saber lidar com situações difíceis, assim</p><p>como, ter uma maior compreensão das</p><p>necessidades psicológicas do paciente em processo</p><p>de morte e do seu familiar. Para tanto, é</p><p>fundamental que o preparo dos profissionais</p><p>esteja respaldado primeiramente na compreensão</p><p>dos seus próprios sentimentos, referentes à morte e</p><p>ao morrer, que poderão trazer desconforto ao lidar</p><p>com o paciente e com os familiares neste processo,</p><p>caso não esteja bem elaborado (Main, 2002)”.</p><p>É necessário tratar este momento com ética</p><p>independentemente de como o profissional encara a</p><p>morte. Profissionalismo e ética são fundamentais</p><p>neste momento.</p><p>ASPECTO DE BIOSEGURANÇA E ERGONOMIA</p><p>O profissional deverá realizar lavagem das</p><p>mãos, antes e depois do procedimento e durante o</p><p>mesmo deverá utilizar luvas e capas protetoras,</p><p>principalmente ao manipular secreções e</p><p>excreções, ou dar banho no corpo.</p><p>O corpo a ser preparado deverá ser</p><p>colocado em posição supina, com bom</p><p>alinhamento, para prevenir problemas com o Rigor</p><p>Mortis e livor mortis da face e tórax superior.</p><p>DEVE-SE OBSERVAR APÓS A MORTE:</p><p>• Esfriamento do corpo;</p><p>• Manchas generalizadas de coloração</p><p>arroxeada;</p><p>• Relaxamento dos esfíncteres</p><p>• Rigidez cadavérica;</p><p>93</p><p>• Midríase – dilatação da pupila</p><p>QUESTÕES DE CUNHO BUROCRÁTICO E LEGAL</p><p>• O preenchimento da Declaração de óbito (D.O.)</p><p>precisa ser feito obrigatóriamente pelo médico</p><p>que o atestou, contendo hora e causa da morte,</p><p>é importante que as anotações de enfermagem</p><p>condigam com os dados da DO em causa e</p><p>horário.</p><p>• A DO possui três vias que uma deverá ser</p><p>entregue a família e as outras duas ficam no</p><p>hospital.</p><p>• Em caso de haver necessidade de biopsiar o</p><p>corpo, deve ser encaminhado ao IML – sem</p><p>tamponamento, com uma guia específica, que</p><p>deverá ser preenchida pelo médico plantonista;</p><p>• A notícia do óbito preferencialmente deve ser</p><p>dada pela equipe de psicologia, médica, por</p><p>meio do serviço social ou da capelania, que,</p><p>muitas vezes, ajuda a diminuir a dor e agiliza o</p><p>processo para os familiares, principalmente</p><p>daqueles menos favorecidos economicamente;</p><p>• Reunir todo o prontuário e encaminhá-lo ao</p><p>setor responsável (internação/ secretária);</p><p>• Os procedimentos de enfermagem de cuidados</p><p>pós-morte só podem ser feitos mediante a</p><p>constatação oficial do óbito.</p><p>PROCEDIMENTO</p><p>Objetivo</p><p>Preparo do corpo pós-morte, após a constatação do</p><p>óbito pela equipe médica.</p><p>Aplicação</p><p>Ambiente hospitalar</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>EPIs Completos para o profissional.</p><p>Bandeja</p><p>Biombo</p><p>Hamper</p><p>Lâmina de bisturi ou tesoura (SN)</p><p>Seringa 10 ml (SN)</p><p>Gaze</p><p>Esparadrapo ou micropore</p><p>Pinça Pean ou anatômica</p><p>Algodão</p><p>Ataduras de crepe (10 ou 20 cm)</p><p>Invólucro para cadáver ou lençol</p><p>Saco plástico para lixo contaminado</p><p>Passo a Passo4:</p><p>1. Certificar-se da confirmação de óbito pelo</p><p>médico;</p><p>2. Higienizar as mãos;</p><p>3. Colocar os Equipamentos de Proteção</p><p>Individual (EPI);</p><p>4. Isolar o leito com o biombo e/ou fechar a porta</p><p>5. Checar pulseira de identificação e colocar o</p><p>paciente/cliente em decúbito dorsal, retirando</p><p>todos os travesseiros e coxins Justificativa;</p><p>6. Recolocar a dentadura ou ponte móvel</p><p>imediatamente após a constatação da morte, se</p><p>houver;</p><p>7. Se abertos os olhos, fechar os olhos fazendo</p><p>compressão nas pálpebras, utilizando</p><p>esparadrapo ou fita adesiva hipoalergênica.</p><p>8. Despir o corpo, colocando as roupas no hamper</p><p>ou em saco plástico identificado e fechado;</p><p>9. Alinhar os membros;</p><p>10. Retirar todos os cateteres, sondas e drenos, se</p><p>houver, usando lâmina de bisturi ou tesoura</p><p>para retirar as fixações e a seringa de 10 ml para</p><p>desinsuflar os balões das sondas ou TOT.</p><p>11. Fazer a higienização do corpo e tricotomia da</p><p>face se necessário, fazer os curativos necessários</p><p>nas mucosas que possam drenar substâncias</p><p>orgânicas, comprimir bem o loca com o auxílio</p><p>de gaze e esparadrapo.</p><p>12. Tamponar orofaringe, ânus e vagina e pênis (se</p><p>necessário) com algodão utilizando uma pinça</p><p>Pean ou anatômica;</p><p>13. Fechar a boca com o auxílio de atadura</p><p>prendendo-a no alto da cabeça, os pés juntos e</p><p>as mãos juntas, usando ataduras de crepe;</p><p>14. Retirar todos os lençóis e colocar sobre o peito</p><p>uma tira larga de esparadrapo com nome do</p><p>paciente/cliente após morte, registro, número</p><p>da enfermaria, leito, data e hora do óbito, e</p><p>nome por extenso e matrícula do funcionário</p><p>que preparou o corpo. (este paço pode variar</p><p>conforme protocolo institucional)</p><p>94</p><p>15. colocando o paciente/cliente após morte dentro</p><p>do invólucro para cadáver ou lençol;</p><p>“Se lençol utilizar um lençol para envelopar o</p><p>corpo e o outro deve ser estirado para cobrir o</p><p>corpo na maca”</p><p>16. Colocar outra tira de identificação sobre o</p><p>invólucro para cadáver;</p><p>17. Transferir o paciente/cliente após morte para</p><p>maca, cobrir com lençol e encaminhar para o</p><p>necrotério</p><p>18. Recolher todos os pertences do paciente/cliente,</p><p>relacionando-os em livro próprio e entregar ao</p><p>familiar</p><p>19. Recolher todo material, deixando o ambiente</p><p>em ordem e encaminhar ao expurgo</p><p>20. Retirar luvas e higienizar as mãos</p><p>21. Realizar as anotações de enfermagem no</p><p>prontuário</p><p>Referências</p><p>1- HORTA, W.A. - Enfermagem: teoria, conceitos, princípios e processo. Rev. Esc. Enf.</p><p>USR, 5(1) 7-15,1974.</p><p>2- BRASIL, Ministério da Saúde/ Anvisa/ Fiocruz. 09/07/2013. Anexo 02: PROTOCOLO</p><p>PARA PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR PRESSÃO* .</p><p>3- https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/preparo-da-</p><p>cama-hospitalar/30510</p><p>4- Senac</p><p>5- https://www.ebah.com.br/content/ABAAABoWgAL/aula-teorica-2-postura-</p><p>mecanica-corporal</p><p>6- https://reabilitandocomto.wordpress.com/tag/hemiparesia/</p><p>7- http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/contenção+mecânica.pdf/eac06</p><p>87f-44a2-440a-828c-418a6d5fc084</p><p>8- POTTER</p><p>https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/preparo-da-cama-hospitalar/30510</p><p>https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/preparo-da-cama-hospitalar/30510</p><p>https://www.ebah.com.br/content/ABAAABoWgAL/aula-teorica-2-postura-mecanica-corporal</p><p>https://www.ebah.com.br/content/ABAAABoWgAL/aula-teorica-2-postura-mecanica-corporal</p><p>https://reabilitandocomto.wordpress.com/tag/hemiparesia/</p><p>http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/contenção+mecânica.pdf/eac0687f-44a2-440a-828c-418a6d5fc084</p><p>http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/contenção+mecânica.pdf/eac0687f-44a2-440a-828c-418a6d5fc084</p><p>95</p><p>Definição e Responsabilidade</p><p>O termo “ferida” é designado para definir</p><p>a perda da continuidade da pele, evidenciada pela</p><p>ruptura das suas camadas e ou de estruturas mais</p><p>profundas, como fáscias, músculos, aponeuroses,</p><p>cartilagens, tendões, ossos, órgãos cavitários ou</p><p>qualquer outra estrutura corpórea. Elas podem ser</p><p>causadas por fatores extrínsecos, como lesões</p><p>traumáticas provocadas por agentes físicos,</p><p>químicos ou biológicos, ou por fatores intrínsecos,</p><p>como feridas crônicas resultantes de neoplasias,</p><p>distúrbios metabólicos e doenças vasculares como</p><p>aprenderemos neste capítulo. A presença de</p><p>patologias pode ser responsável pela ocorrência</p><p>ou pelo agravamento das lesões.</p><p>Uma vez instalada, a ferida causa um</p><p>importante impacto físico, psicológico e social à</p><p>pessoa, aos seus familiares e à sociedade, portanto,</p><p>precisa de uma abordagem holística e humanizada</p><p>para ser tratada, que deve envolver a avaliação</p><p>clínica criteriosa da pessoa com ferida (anamnese</p><p>e o exame físico geral e específico da ferida).</p><p>Avaliação de feridas e realização de</p><p>curativos é uma área da enfermagem de grande</p><p>responsabilidade e que requer bastante</p><p>conhecimento técnico e científico. Conforme o</p><p>inciso III do artigo 11° do decreto 94.406/87, é</p><p>incumbência da Enfermagem fazer curativo.</p><p>Para tal procedimento, devem-se respeitar</p><p>os devidos graus de habilitação, segundo o</p><p>regulamento sobre a competência da equipe de</p><p>Enfermagem como determina o COFEN.</p><p>Fisiologia da pele</p><p>A pele desempenha diversas funções vitais</p><p>e primordiais para que o organismo funcione a</p><p>contento e seja protegido contra agressões</p><p>mecânicas (traumas), físicas (radiações, frio, calor),</p><p>químicas e biológicas (bactérias, vírus, fungos).</p><p>Como é revestida por um tecido queratinizado</p><p>impermeável, mantém a função de barreira</p><p>protetora contra a entrada de substâncias e</p><p>microrganismos do meio externo para o interno e</p><p>inibe a perda de fluidos do meio interno para o</p><p>externo, promovendo homeostase do organismo.</p><p>Feridas e Curativos</p><p>Fundamentos de Enfermagem</p><p>Data ___/___/____</p><p>Ciclo Básico</p><p>96</p><p>No que diz respeito à anatomia, a pele</p><p>representa de 8 a 16% do peso corpóreo total e</p><p>pode atingir até 2m² de extensão em um indivíduo</p><p>adulto, o que lhe confere a denominação de maior</p><p>órgão do corpo humano. A perda da sua</p><p>integridade por qualquer ferimento pode tornar o</p><p>organismo vulnerável à ação de microrganismo.</p><p>É constituída de três camadas: a epiderme,</p><p>mais externa; a derme, segunda camada; e a</p><p>hipoderme ou tecido celular subcutâneo que, para</p><p>alguns autores, não faz parte das camadas da pele,</p><p>serve apenas como interface para unir as demais</p><p>camadas da pele e os tecidos profundos.</p><p>A IMPORTÂNCIA DA</p><p>ANAMNESE E DA</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS</p><p>O tipo de cuidado com a ferida, o tipo de cobertura,</p><p>a frequência do curativo, tudo será relativo ao tipo</p><p>de ferida, sendo assim, não existe uma receita</p><p>única para os cuidados com feridas, mas sim,</p><p>condutas adotadas mediante a necessidade dos</p><p>indivíduos e sua lesão. O desafio é escolher de</p><p>forma acertada, qual a conduta necessária e isso</p><p>depende de um conhecimento técnico científico de</p><p>qualidade além de atualizações constantes.</p><p>Ao avaliar a pessoa com ferida, devem ser</p><p>consideradas as percepções de suas condições</p><p>gerais de saúde e as características específicas da</p><p>lesão. Nas condições gerais, deverão ser</p><p>observados o padrão de oxigenação, a perfusão</p><p>tissular, a mobilidade física, o estado nutricional,</p><p>as doenças crônicas associadas, o uso de drogas, os</p><p>medicamentos e as condições emocionais e</p><p>psicossociais, todos estes fatores podem ser</p><p>relevantes no processo de cicatrização da ferida.</p><p>Há dois tipos de fatores intrínsecos e</p><p>extrínsecos à ferida que interferem diretamente no</p><p>processo cicatricial: são os fatores sistêmicos -</p><p>aqueles que incidem sobre o organismo e</p><p>dificultam a cicatrização - e os fatores locais - que</p><p>incidem sobre a lesão, como ilustrado no quadro</p><p>abaixo:</p><p>FATORES SISTÊMICOS</p><p>NUTRIÇÃO: A cicatrização requer um aporte</p><p>nutricional adequado. Qualquer déficit nutricional</p><p>relacionado ao comprometimento da capacidade de se</p><p>alimentar, perda de peso recente, distúrbios da</p><p>desnutrição e a supernutrição relacionada à obesidade</p><p>predispõem ao desenvolvimento de lesões cutâneas e</p><p>retardam a evolução do processo cicatricial. São os</p><p>chamados popularmente “alimentos carregados”, que</p><p>tem o poder até de provocar reações inflamatórias.</p><p>HORMÔNIOS: Presentes nas situações de estresse, os</p><p>hormônios podem diminuir a reação inflamatória, inibir</p><p>a oferta de leucócitos e a permeabilidade do vaso, o que</p><p>compromete a perfusão da ferida, diminui a resposta</p><p>imunológica e interfere no processo fisiológico da</p><p>cicatrização.</p><p>IDADE: Nos idosos, a cicatrização tende a ser mais lenta</p><p>do que nos jovens, devido a problemas nutricionais,</p><p>imunidade, circulação e respiração deficiente, além da</p><p>hidratação, que, nessa faixa etária, é comprometida,</p><p>entre outros.</p><p>DOENÇAS: Doenças autoimunes, anemia e transtornos</p><p>hematológicos causam incompetência das veias e</p><p>aumentam o risco de infecção, o que contribui para</p><p>diminuir a resistência do organismo aos agentes</p><p>patológicos.</p><p>MEDICAMENTOS SISTÊMICOS: Algumas medicações</p><p>interferem diretamente no processo cicatricial, como os</p><p>anti-inflamatórios, que reduzem a fase inflamatória e</p><p>retardam a cicatrização, além dos corticoides, que</p><p>atuam imunodeprimindo o paciente, os antineoplásicos,</p><p>que interferem na produção de colágeno e na</p><p>regeneração da epiderme, entre outros</p><p>INSUFICIÊNCIAS VASCULARES: O fluxo sanguíneo em</p><p>quantidade inadequada diminui a oxigenação tecidual,</p><p>retarda e pode estagnar a cicatrização</p><p>FATORES LOCAIS</p><p>EDEMA: Interfere na oxigenação e na nutrição dos</p><p>tecidos em formação, impede a síntese do colágeno e a</p><p>proliferação celular e reduz a resistência dos tecidos à</p><p>infecção.</p><p>INFECÇÃO LOCAL, NECROSE E PRESENÇA DE</p><p>CORPOS ESTRANHOS: Prolongam a reação</p><p>inflamatória, provocam a destruição tecidual, o</p><p>crescimento de novos vasos sanguíneos, retardam a</p><p>síntese de colágeno e impedem a epitelização.</p><p>97</p><p>RESSECAMENTO: Estudos apontam que a</p><p>umidade na ferida melhora de 35% a 45% o percentual</p><p>de nova epitelização.</p><p>EXTENSÃO E LOCAL DA FERIDA: O comprometimento</p><p>da perda tecidual em extensão e profundidade e a</p><p>localização da ferida interferem diretamente na</p><p>duração do processo cicatricial.</p><p>PRESSÃO E TÉCNICA DE CURATIVO INADEQUADA: A</p><p>pressão contínua sobre a ferida interrompe o fluxo</p><p>sanguíneo e impede que ele chegue aos tecidos, e a</p><p>técnica de curativo inadequada, como limpezas</p><p>vigorosas ou o uso de coberturas secas podem provocar</p><p>trauma mecânico à lesão. Isso dificulta ou impede a</p><p>cicatrização.</p><p>AGENTES TÓPICOS INADEQUADOS: Fármacos</p><p>tópicos, como antibióticos, usados</p><p>indiscriminadamente podem desenvolver resistência</p><p>bacteriana, e os corticoides por tempo prolongado</p><p>podem provocar reação de hipersensibilidade e</p><p>retardar a cicatrização.</p><p>O profissional de qualidade está sempre</p><p>atento a qualquer um desses fatores, na hora de</p><p>planejar cuidados e prever a possibilidade de uma</p><p>boa cicatrização.</p><p>Para avaliar a ferida, deverão ser</p><p>abordados os critérios clínicos pertinentes ao</p><p>processo cicatricial, para que, com o resultado</p><p>dessa avaliação, sejam direcionadas intervenções</p><p>mais específicas com vistas a fechar a lesão.</p><p>São os elementos que devem ser avaliados</p><p>na lesão:</p><p>A inspeção periódica e o registro desses</p><p>itens, na primeira avaliação e nas subsequentes,</p><p>são precípuos para se acompanhar a evolução das</p><p>lesões e revisar a conduta terapêutica.</p><p>Assim, é necessário descrevê-los sempre de</p><p>forma detalhada, nas anotações de enfermagem.</p><p>Abordaremos cada um desses aspectos de</p><p>forma simplificada e ilustrada, são usados</p><p>organogramas nesse processo de construção da</p><p>sua aprendizagem.</p><p>AVALIAÇÃO DA FERIDA</p><p>Complexidade</p><p>Organograma 1</p><p>As</p><p>feridas são classificadas em simples e</p><p>complexas. As simples são lesões que seguem o</p><p>curso fisiológico da cicatrização e perpassam as</p><p>três fases do processo cicatricial ou seja, cicatrizam</p><p>em tempo hábil, num tempo normal adequada</p><p>para uma cicatrização.</p><p>Já as feridas complexas são lesões que não</p><p>seguem o curso fisiológico da cicatrização,</p><p>demandam mais tempo que o normal esperado,</p><p>devido a processos infecciosos, perdas teciduais</p><p>extensas e traumas que colocam em risco a</p><p>integridade e a viabilidades de órgãos e membros.</p><p>Podem necessitar de reparação cirúrgica. As</p><p>feridas complexas podem ser decorrentes de</p><p>lesões agudas ou crônicas da pele e dos tecidos</p><p>profundos. Frequentemente estão associadas a</p><p>doenças sistêmicas que dificultam o processo</p><p>fisiológico de reparação tecidual, como vimos em</p><p>fatores sistêmicos.</p><p>Podemos classificar também entre fechadas</p><p>e abertas.</p><p>COMPLEXIDADE</p><p>SIMPLES</p><p>(agudas)</p><p>COMPLEXAS</p><p>(tendência a serem</p><p>crõnicas)</p><p>Grau de</p><p>Abertura</p><p>Aberta Fechada</p><p>Organograma 2</p><p>98</p><p>ETIOLOGIA</p><p>CIRÚRGICA</p><p>incisas excisas</p><p>por porc.</p><p>teraputico</p><p>TRAUMÁTICA</p><p>Mecânico</p><p>Lacerante Perfurante Contusa</p><p>Químico Físico</p><p>Calor Frio Radiação</p><p>ULCERATIVA</p><p>Venosas Arteriais LPP</p><p>ONCOLÓGICAS</p><p>Feridas fechadas, são</p><p>aquelas que não tem</p><p>grande perda tecidual,</p><p>suas bordas são</p><p>justapostas, um exemplo</p><p>clássico são as feridas</p><p>cirúrgicas.</p><p>Ferida aberta é aquela</p><p>cujo qual houve perda</p><p>tecidual, não é passível de</p><p>sutura, ou seja, suas</p><p>bordas estão distantes</p><p>uma da outra.</p><p>Etiologia da lesão</p><p>A etiologia (do grego αιτία, aitía, "causa") é</p><p>o estudo ou ciência das causas. Não há que se falar</p><p>em "etiologia" como termo restritivo de uma</p><p>ciência isoladamente. Ou seja, no contexto das</p><p>feridas, é entender o que levou ao seu</p><p>aparecimento, como e por que apareceu a lesão,</p><p>este é um dos fatores mais importante não só para</p><p>o tratamento, mas também, para que se afaste se</p><p>possível o agente causador, que pode vir a agravar</p><p>a lesão presente ou reincidir, caso o indivíduo não</p><p>tome medidas de prevenção e controle.</p><p>Uma infinidade de etiologias pode existir,</p><p>abordaremos aqui as principais.</p><p>LESÕES CIRÚRGICAS: produzidas por um</p><p>instrumento cortante, limpas, com bordas</p><p>ajustáveis e passíveis de reconstrução. (GOMES,</p><p>COSTA, MARIANO, 2005)</p><p>As lesões cirúrgicas ainda podem se subdividir em</p><p>três classificações.</p><p>1. Cirúrgica incisa: São lesões fechadas, em</p><p>houve incisão cirúrgica, mas há aproximação</p><p>de suas bordas e não houve perda de tecido.</p><p>2. Cirúrgica excisa: São lesões feitas</p><p>cirurgicamente, mas em que houve perda</p><p>tecidual, ou seja, são abertas, não é possível</p><p>juntar as bordas para que seja suturada.</p><p>Ex: Áreas</p><p>doadoras</p><p>para</p><p>enxertos</p><p>cutâneos.</p><p>3. Por procedimento terapêutico: São lesões que</p><p>são provocadas com a finalidade de</p><p>tratamento para algum outro problema, por</p><p>ex: o Óstio da lesão</p><p>que provocamos num</p><p>paciente ao fazer uma</p><p>punção venosa ou</p><p>acesso central.</p><p>LESÕES TRAUMÁTICAS: provocadas</p><p>intencional ou acidentalmente por diversos algum</p><p>determinado agente que podem ser:</p><p>Mecânicos:</p><p>1. Lacerantes: produzidas por tração - rasgo</p><p>tecidual que resulta em pequena abertura da pele</p><p>possuem margens irregulares e com mais de um</p><p>ângulo;</p><p>2. Perfurantes: produzidas por objetos que</p><p>levam a pequenas aberturas na pele. Há um</p><p>predomínio da profundidade sobre o</p><p>comprimento;</p><p>3. Contusas: produzidas por objeto rombo e</p><p>caracterizadas por traumatismo das partes moles,</p><p>hemorragia e edema. (TAZIMA, VICENTE,</p><p>MORIYA, 2008)</p><p>Químico: (por iodo, cosméticos, ácido sulfúrico,</p><p>etc.);</p><p>Físico: (frio, calor, radiação).</p><p>Organograma 3</p><p>99</p><p>LESÕES ULCERATIVAS: Escavadas,</p><p>circunscritas na pele, formadas pela morte e</p><p>expulsão do tecido, resultantes de</p><p>traumatismo ou doenças</p><p>relacionadas com o impedimento</p><p>do suprimento sanguíneo, podendo</p><p>ser decorrentes de pressão,</p><p>alterações vasculares e</p><p>complicações do Diabetes Mellitus.</p><p>(GOMES, COSTA, MARIANO,</p><p>2005). Podem ser classificadas em</p><p>úlceras venosas ou artérias (que</p><p>geralmente acometem os</p><p>MMII) ou lesões por</p><p>pressão (LPP).</p><p>ONCOLÓGICAS:</p><p>Feridas oncológicas ou tumorais, são aquelas</p><p>formadas pela infiltração das células malignas do</p><p>tumor, nas estruturas adjacentes da pele.</p><p>Neste processo, ocorre a quebra da</p><p>integridade cutânea, levando a formação uma</p><p>ferida evolutivamente exofítica. Isso se dá em</p><p>decorrência da</p><p>proliferação</p><p>celular</p><p>descontrolada,</p><p>que é</p><p>provocada pelo</p><p>processo de</p><p>oncogênese3.</p><p>Localização das feridas</p><p>Pode ser usado como instrumento de</p><p>registro para anotação a localização baseada no</p><p>sistema ósseos determinando a área do segmento</p><p>corpóreo afetado por lesões.</p><p>O entendimento de que a localização da</p><p>lesão é importante na hora da avaliação é</p><p>importante, pois, a cicatrização de determinadas</p><p>região tende a ser mais dificultada, por exemplo a</p><p>cicatrização de uma LPP na região sacral de um</p><p>acamado, pois, além de ser uma região que por</p><p>vezes sustenta o peso do corpo, eventualmente</p><p>pode ser contaminada com fezes.</p><p>Antes de passar para outra</p><p>classificação, é importante</p><p>como se subdivide uma lesão,</p><p>e cada estrutura que deve ser</p><p>considerada para a</p><p>classificação.</p><p>Exsudato</p><p>O termo exsudato é originário do latim</p><p>exsūdāre, que significa fluir para fora. Refere-se à</p><p>saída de líquidos orgânicos através das paredes e</p><p>das membranas celulares. Sua presença indica um</p><p>aumento na permeabilidade normal dos pequenos</p><p>vasos sanguíneos, em uma área de injúria,</p><p>portanto, uma reação inflamatória.</p><p>É um fluido extravascular com alta</p><p>concentração proteica. O exsudado é produzido</p><p>como parte da resposta do corpo aos danos nos</p><p>tecidos. É constituído de água, eletrólitos,</p><p>proteínas, mediadores inflamatórios, proteinases,</p><p>fatores de crescimento, metabólitos, vários tipos</p><p>de células (neutrófilos, macrófagos e plaquetas) e</p><p>micro-organismos. O exsudato deve ser</p><p>classificado não só no tipo, mas também na</p><p>quantidade presente na lesão.</p><p>O exsudato cria um ambiente úmido ideal</p><p>para a cicatrização, mas seu excesso pode</p><p>comprometer a integridade da área em torno da</p><p>lesão. O tipo e a quantidade de exsudato de uma</p><p>ferida, poderá indicar também por exemplo sinais</p><p>de infecção.</p><p>100</p><p>Vamos aprender um pouco sobre</p><p>cada tipo de exsudato:</p><p>Exsudato</p><p>Seroso</p><p>Sero-</p><p>Hemático</p><p>Hemático Purulento</p><p>Pio-</p><p>Hemático</p><p>Sero-Sanguinolento</p><p>Sanguinolento</p><p>Organograma 4</p><p>101</p><p>Quanto ao odor, o exsudato pode ser</p><p>classificado como de inodoro a pútrido, conforme</p><p>o quadro 04, e auxiliar no diagnóstico diferencial</p><p>das infecções. Embora as feridas “saudáveis”,</p><p>colonizadas pela flora normal da pele, não</p><p>apresentem odores, não se pode afirmar que a</p><p>ausência de odor possa garantir que não há</p><p>infecção.</p><p>Sobre as classificações do quantitativo do</p><p>exsudato pode-se classificar:</p><p>O equilíbrio da quantidade de exsudado</p><p>presente no leito da ferida é essencial para o</p><p>seguimento das etapas de cicatrização. A ausência</p><p>e/ou o excesso de umidade retardam e dificultam</p><p>o processo cicatricial.</p><p>Grau de contaminação</p><p>O conteúdo microbiano de uma ferida fala</p><p>muito sobre o tipo de comportamento que ela terá</p><p>no processo de cicatrização.</p><p>Por definição, as feridas abertas são</p><p>colonizadas. Assim, a carga bacteriana do seu leito</p><p>pode se apresentar em condições de colonização,</p><p>colonização crítica ou infecção.</p><p>Colonização: Há relação de dependência</p><p>metabólica com o hospedeiro, mas sem expressão</p><p>clínica e reação imunológica. A microbiota da pele</p><p>mantém um equilíbrio com o hospedeiro, a ferida</p><p>apresenta múltiplos micro-organismos que não</p><p>provocam danos nem interrompem o processo de</p><p>cicatrização e podem até favorecê-la.</p><p>Colonização crítica:</p><p>A ferida apresenta uma carga</p><p>bacteriológica aumentada, com cicatrização lenta,</p><p>mudança de cor no leito, tecido de granulação</p><p>friável ou ausente, aumento da produção de</p><p>exsudado e dor.</p><p>Na ferida infectada: A carga bacteriológica</p><p>apresenta-se bastante elevada e vai aumentando</p><p>até provocar danos nos tecidos e alterações no</p><p>sistema imunitário, como calor, rubor, edema, dor,</p><p>febre, mau odor e exsudado abundante, que pode</p><p>ser purulento.</p><p>Uma forma de diagnosticar o nível de infecção</p><p>de uma ferida, são exames laboratoriais podendo</p><p>identificar o tipo de bactéria colonizadora</p><p>causadora da infecção. São obtidos a partir da</p><p>cultura, considera-se que o local da ferida está</p><p>infectado quando há quantitativos de bactérias</p><p>iguais ou maiores do que 100.000 (105) unidades</p><p>formadoras de colônia por grama de tecido, que é</p><p>o mínimo de bactérias para interferir no processo</p><p>de cicatrização.</p><p>Grau de</p><p>Contaminação</p><p>Colonização</p><p>Colonização</p><p>crítica</p><p>Infecção</p><p>Organograma 5</p><p>102</p><p>O Biofilme</p><p>Um assunto ainda pouco difundido</p><p>relacionado a feridas, mas que está rotineiramente</p><p>presente em feridas crônicas e infectadas, é o</p><p>desenvolvimento do biofilme.</p><p>Os biofilmes são comunidades biológicas</p><p>com um elevado grau de organização. Eles podem</p><p>desenvolver-se em qualquer superfície úmida,</p><p>seja ela biótica ou abiótica. Em feridas o biofilme</p><p>se forma resultante da formação dessas</p><p>comunidades bacterianas nas feridas complexas</p><p>de múltiplas espécies, revestidas por uma matriz</p><p>extracelular composta de</p><p>açúcares, proteínas e</p><p>glicoproteínas.</p><p>A cura de um processo infeccioso depende</p><p>da adesão do paciente e da implantação de</p><p>medidas corretas. Uma boa limpeza da ferida e a</p><p>utilização de coberturas adequadas conseguem</p><p>minimizar uma colonização crítica, até mesmo</p><p>uma infecção local e favorece a remoção do</p><p>biofilme.</p><p>Deiscência de ferida operatória</p><p>Outro evento relacionado a infecção é</p><p>quando uma lesão cirúrgica que deveria ter uma</p><p>cicatrização aguda, sobre infecção, é o que</p><p>chamamos de deiscência de pontos, ou deiscência</p><p>cirúrgica ou deiscência de ferida operatória.</p><p>Deiscência é a abertura espontânea de</p><p>suturas cirúrgicas. É uma separação das bordas</p><p>dos tecidos que foram unidos por pontos, que</p><p>ocorre durante o período pós-operatório.</p><p>Possuem extensões mórbidas variáveis que</p><p>prolongam o período de internação hospitalar,</p><p>aumentam substancialmente o custo do</p><p>tratamento, perpetuam sequelas funcionais e</p><p>contribuem para indesejável índice de</p><p>mortalidade. As mais temíveis complicações são:</p><p>a infecção e a deiscência da anastomose4.</p><p>A ocorrência de deiscência aumenta com a</p><p>idade. Em um estudo realizado com pacientes que</p><p>apresentaram deiscência cirúrgica, 50% tinham</p><p>mais de 45 anos, e 31,8%, mais de 60, o que</p><p>confirma a tese de que os idosos são mais</p><p>propensos a esse tipo de complicação5.</p><p>OS VILÕES DA BOA CICATRIZAÇÃO</p><p>Classificação da perda</p><p>tecidual</p><p>A cicatrização da lesão sofre influência</p><p>direta da perda tecidual.</p><p>O comprometimento tecidual é abordado</p><p>sob a perspectiva dos sistemas de classificação das</p><p>perdas teciduais, sob diretrizes de órgãos</p><p>competente cada um na sua área de atuação.</p><p>Usualmente, as diretrizes norteiam a</p><p>nomenclatura para essa avaliação conforme a</p><p>etiologia, o grau de destruição da pele até as</p><p>estruturas mais profundas.</p><p>Por exemplo:</p><p>• Para as úlceras do pé diabéticos, temos a</p><p>Classificação do Consenso Internacional do Pé</p><p>Diabético (PEDIS).</p><p>• Para as lesões por pressão LPPs temos a escala</p><p>de Braden.</p><p>EXSUDATO INFECÇÃO BIOFILME</p><p>103</p><p>• Para feridas oncológicas temos a Classificação e</p><p>graduação das feridas oncológicas.</p><p>• Para queimaduras temos a Classificação das</p><p>queimaduras quanto à profundidade orientada</p><p>pelo (PHTLS).</p><p>Dentre outros, cada tipo de lesão conforme</p><p>sua etiologia terá seu modo de classificação, de</p><p>todas estas, aqui abordaremos com mais ênfase</p><p>apenas as LPPs.</p><p>Em grosso modo podemos</p><p>generalizadamente classificar a perda tecidual em:</p><p>Lesão dérmica: manifesta-se na camada da derme,</p><p>sem ruptura tecidual, que se apresenta como uma</p><p>mácula hiperemiada ou eritematosa.</p><p>Lesão epidérmica: manifesta-se na camada da</p><p>derme e da epiderme, quando a pele se rompe</p><p>superficialmente.</p><p>Lesão hipodérmica: lesão com envolvimento da</p><p>derme e da epiderme e exposição da hipoderme</p><p>(tecido gorduroso).</p><p>Lesão nos tecidos profundos: manifesta-se nas</p><p>camadas da pele, com envolvimento do tecido</p><p>muscular, e pode haver exposição óssea, de</p><p>tendões e tunelização.</p><p>Tecidos do leito da ferida</p><p>Na avaliação do leito da ferida, há de se</p><p>considerar dois aspectos importantes: a</p><p>viabilidade e a inviabilidade dos tecidos para a</p><p>cicatrização, ou seja, se o tecido que a ferida</p><p>apresenta é saudável ou não.</p><p>Quanto aos tecidos viáveis, destacam-se o</p><p>tecido de granulação e o de epitelização, e aos</p><p>inviáveis, as necroses de coagulação e de</p><p>liquefação.</p><p>O tecido presente no leito da ferida também</p><p>pode ser avaliado conforme a coloração</p><p>apresentada por meio do sistema</p><p>Red/Yellow/Black (RYB) traduzido do inglês,</p><p>VERMELHO, AMARELO E PRETO, que é</p><p>indicado para avaliar feridas abertas:</p><p>Feridas vermelhas (R): predomínio do tecido de</p><p>granulação e novo epitélio. O tratamento deve</p><p>favorecer um ambiente úmido, proteção dos</p><p>tecidos e prevenção de infecção;</p><p>A ilustração ao lado lhe ajudará a assimilar</p><p>e entender os tecidos viáveis e não viáveis.</p><p>Agora que você já</p><p>entendeu, vamos</p><p>destrinchar um pouco</p><p>mais conhecendo cada</p><p>uma desses tecidos e</p><p>entendendo como se dá</p><p>atuação deles no leito da</p><p>ferida.</p><p>Feridas vermelhas (R):</p><p>predomínio do tecido de</p><p>granulação e novo epitélio. O</p><p>tratamento deve favorecer um</p><p>ambiente úmido, proteção dos</p><p>tecidos e prevenção de</p><p>infecção;</p><p>Feridas amarelas (Y):</p><p>apresentam exsudato fibroso,</p><p>tecidos amolecidos e</p><p>desvitalizados e podem estar</p><p>colonizadas, o que favorece a</p><p>instalação de infecções;</p><p>Feridas pretas (B):</p><p>apresentam necrose espessa,</p><p>cuja coloração pode variar</p><p>entre castanha, marrom e</p><p>preta, que precisa ser</p><p>removida com a máxima</p><p>rapidez e eficácia atravésdo</p><p>desbridamento.</p><p>104</p><p>Neste contexto podemos organizar o</p><p>seguinte organograma</p><p>Bordas/margens da ferida e</p><p>área perilesional</p><p>Os limites anatômicos das feridas são</p><p>definidos pelo leito, pelos bordos/bordas,</p><p>pelas margens e pela pele perilesional. O leito</p><p>é a área central da ferida, vascularizada,</p><p>preenchida por tecido de granulação e/ou</p><p>necrose, cuja extremidade é limitada pelos</p><p>bordos (contorno interno da ferida), onde</p><p>inicia a etapa da epitelização.</p><p>A margem funciona como um contorno</p><p>externo da ferida e limite anatômico entre os</p><p>bordos e a pele perilesional. Igual como foi</p><p>aprendido na imagem:</p><p>Agora aprenderemos um pouco mais</p><p>sobre cada uma delas e o que elas dizem sobre</p><p>a ferida.</p><p>TECIDOS</p><p>TECIDO</p><p>NECRÓTICO</p><p>Fibrina</p><p>Necrose de</p><p>liquefação</p><p>Esfacelo</p><p>Necrose de</p><p>coagulação</p><p>Tecido preto</p><p>TECIDO</p><p>EPITELIAL</p><p>Tecido epitelial</p><p>Tecido de</p><p>Granulação</p><p>BIOFILME</p><p>Organograma 6</p><p>105</p><p>As bordas são um dos pontos</p><p>fundamentais para a cicatrização, que</p><p>precisam ser inspecionadas quanto à</p><p>hidratação, aos sinais de lesão persistente e à</p><p>aderência na margem do leito da ferida. Sobre</p><p>sua classificação temos:</p><p>Pele Perilesional</p><p>A pele perilesional diz bastante a respeito da</p><p>ferida, ela deve ser avaliada em relação a</p><p>alterações da coloração, turgor, presença de</p><p>dermatite de contato, maceração, eritema, edema</p><p>ou rigidez.</p><p>Sinais de infecção são facilmente detectados</p><p>observando a pela pele perilesional, no caso das</p><p>infecções, a ferida e principalmente a pele</p><p>perilesional pode apresentar os chamados</p><p>de</p><p>SINAIS FLOGÍSTICOS: CALOR, EDEMA</p><p>RUBOR, DOR E PERDA DA FUNÇÃO.</p><p>TIPOS DE</p><p>BORDA</p><p>Indistinta</p><p>difusa</p><p>Aderida</p><p>Não</p><p>Aderida</p><p>Macerada Desnivelada Hiperqueratosa Fibrótica</p><p>Organograma 7</p><p>106</p><p>FASES DO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO</p><p>A cicatrização da ferida é um processo</p><p>biológico complexo, em que o principal</p><p>objetivo da intervenção clínica é de promover</p><p>a restauração tecidual.</p><p>Conforme já aprendemos;</p><p>Fatores sistêmicos como:</p><p>➢ Nutrição</p><p>➢ Hormônios</p><p>➢ Idade</p><p>➢ Doenças</p><p>➢ Medicamentos sistêmicos</p><p>➢ Insuficiências vasculares</p><p>E fatores Locais como:</p><p>➢ Edema</p><p>➢ Infecção local, necrose e presença de</p><p>corpos estranhos</p><p>➢ Ressecamento</p><p>➢ Extensão e local da ferida</p><p>➢ Pressão e técnica de curativo inadequada</p><p>➢ Agentes tópicos inadequados</p><p>Influenciam decisivamente neste</p><p>processo.</p><p>Quando todos esses fatores são favoráveis,</p><p>teremos um processo de cicatrização agudo e</p><p>muito bem viável. Nessa situação, a ferida</p><p>passa por fazes características descritas como;</p><p>1. Fase inflamatória</p><p>2. Fase proliferativa</p><p>3. Fase de maturação</p><p>Vamos conhecer um pouco mais cada faze</p><p>desse processo.</p><p>As feridas complexas e/ou crônicas, não</p><p>costumam passar normalmente pelas fazes do</p><p>processo de cicatrização, já as simples são</p><p>lesões que seguem o curso fisiológico de</p><p>melhora e perpassam as três fases do processo</p><p>cicatricial com manifestações clínicas e</p><p>cronologias esperadas.</p><p>O processo cicatricial tem objetivo de</p><p>corrigir o defeito e restaurar a superfície da</p><p>pele.</p><p>Apresenta três fases: a inflamatória,</p><p>a proliferativa ou de granulação e a de</p><p>remodelação ou maturação, descritas no</p><p>quadro ao lado:</p><p>Fases do processo de</p><p>cicatrização</p><p>1- Inflamatória</p><p>2-Proliferativa</p><p>(Granulação)</p><p>3- Maturação</p><p>(remodelação)</p><p>Oganograma 8</p><p>107</p><p>LESÕES POR PRESSÃO (LPP)6</p><p>Segundo o American National Pressure</p><p>Ulcer Panel (NPUAP) e European Pressure Ulcer</p><p>Advisory Panel (EPUAP), a úlcera por pressão é</p><p>uma lesão localizada na pele ou tecidos</p><p>subjacentes, normalmente sobre uma</p><p>proeminência óssea, secundárias a um aumento de</p><p>pressão externa, ou pressão</p><p>em combinação com</p><p>cisalhamento.</p><p>Você começou a</p><p>aprender sobre as LPPs no</p><p>capítulo anterior, agora,</p><p>aprofundaremos um pouco mais mostrando a</p><p>forma de classificar as ulceras.</p><p>Quais os riscos para adquirir úlceras por</p><p>pressão?</p><p>Pessoas com sensibilidade diminuída,</p><p>imobilidade prolongada, ou acamadas com idade</p><p>avançada são mais susceptíveis para aquisição de</p><p>úlceras por pressão.</p><p>Os locais de maior</p><p>risco das úlceras são</p><p>as regiões</p><p>mentoniana,</p><p>occipital, escapular,</p><p>cotovelo, sacral,</p><p>A quantidade de tecido perdido durante a injúria e a presença ou não de infecção</p><p>influenciarão sobremaneira o tipo de cicatrização, que poderá ser de primeira, segunda e</p><p>terceira intenção.</p><p>A cicatrização por primeira intenção ocorre</p><p>quando as bordas da lesão estão justapostas, não</p><p>apresentam infecção e são</p><p>aproximadas cirurgicamente</p><p>Por segunda intenção, ocorre quando as bordas</p><p>estão afastadas pela perda tecidual significativa, e</p><p>a lesão poderá ou não apresentar processo</p><p>infeccioso.</p><p>Na cicatrização por terceira intenção, acontece a</p><p>aproximação das bordas, depois de uma preparação</p><p>inicial do leito da ferida, principalmente se ela</p><p>apresentar indícios de infecção, que deve ser,</p><p>inicialmente, tratada para posterior sutura da lesão.</p><p>Tipo de</p><p>cicatrização</p><p>1ª Intenção 2ª Intenção 3º Intenção</p><p>Organograma 9</p><p>Úlceras por pressão em região de calcâneo e sacral*</p><p>108</p><p>ísqueo, trocanter, crista ilíaca, joelho, maléolo e</p><p>calcâneo6.</p><p>Os seguintes fatores aumentam o risco de</p><p>desenvolver úlceras por pressão6:</p><p>• Pessoas com perda da sensibilidade (lesado</p><p>medular)</p><p>• Idoso incapacitado</p><p>• Pessoa incapaz ou com dificuldade de</p><p>mobilidade do corpo</p><p>• Doenças degenerativas</p><p>• Tolerância tecidual reduzida (pele frágil)</p><p>• Incontinência urinária ou intestinal</p><p>• Desnutrição ou obesidade</p><p>Uma das ferramentas de avaliação de risco</p><p>mais utilizadas em todo o mundo é a Escala de</p><p>Braden para Prever o Risco de Úlcera por Pressão,</p><p>desenvolvida por Barbara Braden e Nancy</p><p>Bergstrom em 19887.</p><p>Essa escala será utilizada como um</p><p>exemplo de ferramenta de avaliação de risco nos</p><p>capítulos seguintes6.</p><p>A escala de Braden é uma ferramenta</p><p>clinicamente validada, que permite aos</p><p>enfermeiros registrarem o nível de risco de uma</p><p>pessoa desenvolver úlceras por pressão pela</p><p>análise de seis critérios em níveis de estratificação,</p><p>cada critério recebe de 1 a 4 pontos:</p><p>• Percepção Sensorial - capacidade de responder</p><p>de forma significativa a um desconforto</p><p>relacionado com pressão.</p><p>• Umidade - grau em que a pele é exposta à</p><p>umidade.</p><p>• Atividade - grau de atividade física</p><p>• Mobilidade - capacidade de mudar e controlar a</p><p>posição do corpo</p><p>• Nutrição - padrão habitual de consumo de</p><p>alimentos</p><p>• Fricção e Cisalhamento - quantidade de</p><p>assistência necessária para se mover, grau de</p><p>deslizamento em camas ou cadeiras6.</p><p>A somatória da pontuação pode variar de 6</p><p>a 23. Quanto menor a pontuação, maior é o risco de</p><p>desenvolver úlceras por pressão6.</p><p>PREVENÇÃO DE ÚLCERAS POR PRESSÃO</p><p>Pessoas com fatores de risco para úlceras</p><p>por pressão devem ser avaliadas sistematicamente</p><p>quanto à integridade da pele e os cuidados devem</p><p>estabelecidos através de um plano assistencial</p><p>pautado nas necessidades individuais. Os</p><p>seguintes itens devem ser sistematicamente</p><p>observados6:</p><p>• Avaliar diariamente o aparecimento de áreas</p><p>avermelhadas sobre proeminências ósseas que,</p><p>quando pressionadas, não se tornam</p><p>esbranquiçadas</p><p>• Observar o aparecimento de bolhas, depressões</p><p>ou feridas na pele. Documentar todas as alterações</p><p>observadas.</p><p>• Instituir terapêutica apropriada imediatamente</p><p>ao sinal de qualquer lesão tecidual</p><p>• Reposicionar o cliente acamado com mobilidade</p><p>reduzida, no mínimo a cada 2 horas para aliviar a</p><p>pressão.</p><p>• Utilizar uma programação sistematizada de</p><p>mudança de posicionamento</p><p>• Orientar e garantir a mobilização do cadeirante</p><p>em posição sentada a cada 1 hora.</p><p>• Utilizar itens que possam ajudar a reduzir a</p><p>pressão, como travesseiros e colchões para redução</p><p>de pressão, acolchoamento de espuma, e outros.</p><p>• Garantir um plano nutricional com a quantidade</p><p>necessária de calorias, proteínas, vitaminas e</p><p>minerais.</p><p>• Fornecer e incentivar a ingestão diária adequada</p><p>de líquidos para hidratação.</p><p>• Incentivar e auxiliar na estruturação de</p><p>atividades físicas</p><p>• Manter a pele limpa, seca e hidratada</p><p>• Prevenir dermatites associadas à incontinência</p><p>evitando o contato com urina e fezes, higienizando</p><p>após eliminações e utilizando cremes de barreira,</p><p>se necessário.</p><p>• NÃO massagear áreas com sinais de ulceração</p><p>• Não utilizar almofadas em forma de anel, pois</p><p>não garantem o princípio de distribuição da</p><p>pressão6.</p><p>Sistema de classificação internacional da</p><p>úlcera por pressão pela NPUAP-EPUAP6</p><p>A úlcera por pressão pode ser classificada</p><p>em Categorias com base no grau de destruição</p><p>tecidual com uma variação de I a IV, de acordo com</p><p>a severidade.</p><p>109</p><p>ESTÁGIO 1 - Hiperemia de pele intacta6</p><p>A pele intacta com hiperemia não branqueável de uma área localizada geralmente sobre</p><p>uma saliência óssea. Descoloração da pele, calor, edema, endurecimento ou dor também podem</p><p>estar presentes. Pele de pigmentação escura pode não ter branqueamento visível.</p><p>Descrição mais detalhada: A área pode estar firme, dolorosa, amolecida, mais quente ou mais fria</p><p>em comparação com o tecido adjacente. Categoria / Estágio I podem ser difíceis de detectar em</p><p>indivíduos com tons de pele escura. A presença de descoloração da pele pode</p><p>indicar pessoas “em</p><p>risco”.</p><p>ESTÁGIO 2 - Perda parcial da espessura da pele ou bolha6</p><p>Perda parcial da espessura da derme apresentando uma úlcera superficial com leito da ferida</p><p>vermelhorosa, sem esfacelo. Também podem apresentar como uma bolha preenchida de soro ou</p><p>serosanguinolenta intacta ou aberta / rompida.</p><p>Descrição mais detalhada: Apresenta-se como uma úlcera superficial seca ou úmida, sem</p><p>tecido desvitalizado ou hematomas. Esta categoria / estágio não deve ser usada para descrever</p><p>lacerações na pele, lesões por adesivos, dermatite associada à incontinência, maceração ou</p><p>escoriação.</p><p>ESTÁGIO 3 - Perda total da espessura da pele (tec. adiposo visível)6</p><p>Tecido adiposo pode ser visível, mas não há exposição de osso, tendão ou músculo. Alguns</p><p>esfacelos podem estar presentes. Pode incluir descolamento e túnel.</p><p>Descrição mais detalhada: A profundidade de uma úlcera por pressão da Categoria / Estágio III</p><p>varia de acordo com o local anatômico. O arco do nariz, orelhas, região occipital e maléolo não</p><p>possuem tecido subcutâneo adiposo) e úlceras da Categoria / Estágio III podem ser superficiais.</p><p>Em (contraste, áreas de adiposidade significativa podem desenvolver úlceras por pressão</p><p>extremamente profundas na Categoria / Estágio III. O osso / tendão</p><p>110</p><p>ESTÁGIO 4 - Perda total de espessura de tecido (Músculo / osso visível)6</p><p>A perda total de espessura de tecido com tendão, osso ou músculo exposto. Necrose ou esfacelo</p><p>podem estar presentes. Muitas vezes incluem descolamento e túnel.</p><p>Descrição mais detalhada: A profundidade de uma úlcera por pressão da Categoria / Estágio IV</p><p>varia de acordo com a localização anatômica. O arco do nariz, orelhas, região occipital e maléolo</p><p>não possuem tecido subcutâneo (adiposo) e estas úlceras podem ser rasas. Úlceras da Categoria /</p><p>Estágio IV podem se estender no músculo e / ou estruturas de apoio (por exemplo, fáscia, tendão</p><p>ou cápsula articular), tornando provável o surgimento de osteomielite ou osteíte. Osso / músculo</p><p>expostos ou diretamente palpáveis.</p><p>LESÃO POR PRESSÃO NÃO CLASSIFICÁVEL2</p><p>Perda da pele em sua espessura total, e a extensão da perda tissular não pode ser</p><p>confirmada porque está encoberta pelo esfacelo ou escara que, quando é removido, aparece a</p><p>lesão por pressão em estágio 3 ou 4. Quando houver escara estável (isto é, seca, aderente, sem</p><p>eritema ou flutuação) em membro isquêmico ou no calcâneo, não deve ser removida 4, 5.</p><p>Fig. 6 – A: Lesão por pressão não classificável com escara - B: Lesão por pressão não</p><p>classificável com escara e esfacelo.</p><p>LESÃO POR PRESSÃO TISSULAR PROFUNDA2:</p><p>A pele pode apresentar-se intacta ou não, com área localizada e persistente de</p><p>descoloração vermelha escura, marrom, púrpura ou separação epidérmica que mostra lesão com</p><p>leito escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento. Dor e mudança na temperatura</p><p>frequentemente precedem as alterações de coloração da pele.</p><p>111</p><p>Tratamento das úlceras por pressão6</p><p>Para o tratamento ideal das úlceras por</p><p>pressão existem quatro princípios fundamentais:</p><p>1. Patologia de base da lesão por pressão deve ser</p><p>tratada, se possível.</p><p>2. A pressão deve ser aliviada ou removida por</p><p>medidas adequadas para evitar mais danos</p><p>teciduais.</p><p>3. A nutrição é importante para a cicatrização das</p><p>úlceras por pressão:</p><p>• Fornecer calorias suficientes</p><p>• Fornecer quantidade adequada de proteínas para</p><p>o equilíbrio positivo de nitrogênio.</p><p>• Fornecer e incentivar a ingestão diária adequada</p><p>de líquidos para a hidratação</p><p>• Fornecer vitaminas e minerais adequados</p><p>4. O cuidado da úlcera deve ser otimizado:</p><p>• Se houver necrose ou esfacelos, considere o</p><p>desbridamento para remover o tecido</p><p>desvitalizado no leito da ferida, através de</p><p>desbridamento ou coberturas desbridantes como</p><p>aprenderemos.</p><p>• Limpe a úlcera por pressão e pele ao redor e</p><p>remova detritos em cada mudança de curativo</p><p>para minimizar a contaminação.</p><p>• Use coberturas apropriadas para a manutenção</p><p>da umidade.</p><p>• • •</p><p>Agora que você já aprendeu de quais</p><p>formas podemos classificar as feridas, aprenderá</p><p>de que forma essas classificações influenciarão no</p><p>tipo de cuidado.</p><p>Aprenderá que desde a forma de limpeza</p><p>até o tipo de cobertura a ser utilizada é relativo a</p><p>todas essas classificações trabalhadas acima.</p><p>Mas antes, vamos fixar o entendimento,</p><p>realizando alguns exercícios, observe as figuras</p><p>das feridas mostradas e o estudo de caso</p><p>relacionado a elas, e classifique conforme</p><p>aprendido, volte aos organogramas em caso de</p><p>dúvida sempre que necessário e preencha o que se</p><p>pede:</p><p>Caso 1: V.M.S, 20 anos, feminino, cadeirante,</p><p>portadora de doença mental, apresenta lesão há 4</p><p>meses na região do dorso do pé devido a</p><p>cisalhamento na cadeira de rodas, a lesão mensura</p><p>10cm2. Classifique a lesão conforme se pede:</p><p>Complexidade:______________________________</p><p>Organograma 1</p><p>Grau de Abertura:____________________________</p><p>Organograma 2</p><p>Exsudato, (Qual?) ____________________________</p><p>Organograma 4</p><p>Etiologia: ___________________________________</p><p>Se traumática, qual? __________________________</p><p>Organograma 3</p><p>Grau de contaminação :_______________________</p><p>____________________________________________</p><p>Organograma 5</p><p>Tecidos presentes : ___________________________</p><p>____________________________________________</p><p>Organograma 6</p><p>Borda da ferida: _____________________________</p><p>Organograma 7</p><p>Tipo de cicatrização:_________________________</p><p>Organograma 9</p><p>Agora, com a ajuda do professor realize a</p><p>anotação de enfermagem relativo a esta ferida.</p><p>112</p><p>Caso Clínico 2: A.A.S., 5 anos, masculino, sem</p><p>patologias de base, sofreu escoriação no joelho</p><p>após cair de bicicleta há 10min, Lesão mensura</p><p>5cm2.</p><p>Complexidade:______________________________</p><p>Organograma 1</p><p>Grau de Abertura:____________________________</p><p>Organograma 2</p><p>Exsudato, (Qual?) ____________________________</p><p>Organograma 4</p><p>Etiologia: ___________________________________</p><p>Se traumática, qual? __________________________</p><p>Organograma 3</p><p>Grau de contaminação :_______________________</p><p>____________________________________________</p><p>Organograma 5</p><p>Tecidos presentes : ___________________________</p><p>____________________________________________</p><p>Organograma 6</p><p>Borda da ferida: _____________________________</p><p>Organograma 7</p><p>Fase do processo de cicatrização: ______________</p><p>_____________________________ Organograma 8</p><p>Tipo de cicatrização:_________________________</p><p>Organograma 9</p><p>Agora, com a ajuda do professor realize a</p><p>anotação de enfermagem relativo a esta ferida.</p><p>A.A.S., 64 anos, feminino, acamada, acometida de</p><p>AVE, portadora de Diabetes Mellitus tipo I a 08</p><p>anos, internada há 3 meses, apresenta LPP há 1 mês</p><p>em região sacral, mensurando 30cm2.</p><p>Complexidade:______________________________</p><p>Organograma 1</p><p>Grau de Abertura:____________________________</p><p>Organograma 2</p><p>Exsudato, (Qual e quanto?)____________________</p><p>____________________________________________</p><p>Organograma 4</p><p>Etiologia: ___________________________________</p><p>Se traumática, qual? __________________________</p><p>Organograma 3</p><p>Grau de contaminação :_______________________</p><p>____________________________________________</p><p>Organograma 5</p><p>Tecidos presentes : ___________________________</p><p>____________________________________________</p><p>Organograma 6</p><p>Borda da ferida: _____________________________</p><p>Organograma 7</p><p>Estadiamento da lesão: _______________________</p><p>Tipo de cicatrização:_________________________</p><p>Organograma 9</p><p>Agora, com a ajuda do professor realize a</p><p>anotação de enfermagem relativo a esta ferida.</p><p>113</p><p>CUIDADOS COM FERIDAS</p><p>(CURATIVOS)</p><p>Os curativos são um meio terapêutico que</p><p>consiste na limpeza e na aplicação de uma</p><p>cobertura estéril em uma ferida. Eles têm a</p><p>finalidade de promover a rápida cicatrização e</p><p>prevenir a contaminação ou infecções.</p><p>Desde o início da humanidade os curativos</p><p>sempre foram necessários, os homens da pré-</p><p>história utilizavam plantas e seus extratos como</p><p>cataplasmas, para estancar hemorragias e</p><p>umidificar as feridas abertas. Nos tempos Florence,</p><p>várias formas de cuidado com feridas eram</p><p>utilizados, açúcar, plantas, óleos como terapêutica</p><p>eram práticas corriqueiras.</p><p>Os anos se passaram e com</p><p>o avanço da ciência e a</p><p>tecnologia em saúde, hoje</p><p>temos uma infinidade de</p><p>opções e tecnologia</p><p>avançada para o cuidado</p><p>com feridas.</p><p>A escolha do curativo</p><p>ideal envolve a análise de caso,</p><p>como você aprendeu</p><p>anteriormente. Cada um tem</p><p>função específica para a</p><p>cicatrização de feridas dos mais</p><p>diversos tipos.</p><p>Além, da escolha do</p><p>curativo e da cobertura</p><p>ideal, existem outros</p><p>redutos para auxiliar</p><p>o processo de</p><p>cicatrização como os</p><p>desbridamentos, e</p><p>outros cuidados como</p><p>acompanhamento das</p><p>medidas da ferida,</p><p>imprescindível para</p><p>que o profissional</p><p>acompanhe a</p><p>melhora ou</p><p>não da</p><p>lesão.</p><p>Limpeza da ferida</p><p>A limpeza da ferida reduz a carga</p><p>microbiana, remove corpos estranhos, minimiza o</p><p>odor, preserva tecidos viáveis e favorece a</p><p>cicatrização7.</p><p>A região perilesional abriga</p><p>microrganismos que podem ser fonte de</p><p>contaminação. Desta forma, a limpeza tem o</p><p>intuito de remover patógenos e ajudar a fixação da</p><p>cobertura7.</p><p>A solução fisiológica é o agente de limpeza</p><p>mais recomendado, por ser uma solução isotônica</p><p>e ter o mesmo pH do plasma. É menos provável</p><p>que provoque traumatismo tecidual e inflamação.</p><p>Deve ser preferencialmente aquecida à</p><p>temperatura corpórea em torno de 37°C, para</p><p>evitar o resfriamento da ferida, tendo em vista que</p><p>esse grau constante de temperatura estimula a</p><p>mitose celular durante a granulação e a re-</p><p>epitelização2.</p><p>No entanto há substâncias</p><p>disponíveis no mercado que em sua</p><p>formulação possuem antissépticos em</p><p>baixa dosagem, surfactantes e ou</p><p>tensoativos com o intuito de auxiliar</p><p>na remoção de contaminantes da</p><p>ferida, sem, contudo, provocar</p><p>agressão aos delicados e frágeis</p><p>tecidos fundamentais ao processo de</p><p>reparo7. Porém, popularmente utiliza-</p><p>se com mais frequência solução</p><p>cristaloide, o SF 0,9%.</p><p>Algumas recomendações devem ser</p><p>seguidas para o adequado processo de limpeza das</p><p>feridas:</p><p>-Limpeza de ferida cirúrgica aguda</p><p>(incisões/excisões) - recomendamos o “toque</p><p>suave” da gaze umedecida em SF 0.9%, a 37° C, em</p><p>movimentos únicos, da área menos contaminada</p><p>para a mais contaminada.</p><p>- Limpeza da ferida aberta (causa cirúrgica:</p><p>deiscência/causas não cirúrgicas: feridas agudas</p><p>(abrasões); feridas crônicas (pé diabético; úlcera</p><p>por pressão; úlcera venosa entre outras) –</p><p>recomenda a utilização da solução fisiológica (SF</p><p>0.9%), a 37° C, sob pressão, utilizando seringa de</p><p>20mL e agulha 40 X 12. Na presença de cavidade,</p><p>remover o excesso de soro.</p><p>114</p><p>“Algumas normas, sempre serão</p><p>uma regra, vamos repetir para</p><p>fixar o entendimento”.</p><p>Limpeza de feridas em</p><p>geral deve sempre ser da região</p><p>menos contaminada para a</p><p>mais contaminada. Ou seja, em</p><p>uma ferida limpa, o leito é mais</p><p>limpo em relação as bordas e/ou pele</p><p>periulceral, por tanto, limpa-se o leito e</p><p>depois a periferia.</p><p>No entanto, em uma ferida contaminada e/ou</p><p>infectada deve-se iniciar das bordas para o</p><p>leito. Lembre-se que a limpeza da ferida</p><p>utilizando jato</p><p>de SF0,9% hoje é</p><p>a mais indicada.</p><p>Mensuração da ferida</p><p>A Mensuração da ferida: serve para avaliar</p><p>o comprimento X largura X profundidade8.</p><p>Várias técnicas podem ser utilizadas para</p><p>realizar este procedimento, dentre elas:</p><p>Medida simples: Consiste em mensurar uma</p><p>ferida, com a tomada das maiores medidas da</p><p>ferida obtidas com mensuração do comprimento x</p><p>largura. O resultado é dado em centímetros</p><p>quadrados (cm2), conforme mostram as figuras2.</p><p>O resultado dessa multiplicação pode</p><p>classificá-las, quanto à dimensão, em: pequenas,</p><p>quando são menores do que 50 cm²; médias, se</p><p>maiores que 50 cm² e menores do que 150 cm²;</p><p>grandes, quando forem maiores do que 150 cm² e</p><p>menores do que 250 cm²; e se forem maiores</p><p>do que 250cm², são extensas.</p><p>Medida cavitária: Consiste em, após a</p><p>limpeza da ferida, preencher a cavidade</p><p>com SF 0,9%, e observar em milímetro o</p><p>valor preenchido8.</p><p>Outra técnica utilizada é a través da</p><p>introdução de uma espátula ou seringa</p><p>estéril na cavidade da ferida, para que seja</p><p>marcada a profundidade. Após, verificar o</p><p>tamanho com uma régua8.</p><p>Avaliação da Dor (presença de dor)</p><p>A dor é outro aspecto que merece atenção</p><p>por parte do profissional que cuida do paciente</p><p>com ferida. No entanto, muitas vezes, é</p><p>negligenciada devido a crenças equivocadas de</p><p>que é inofensiva, uma consequência inevitável</p><p>para o paciente que tem a lesão, por atribuir a dor</p><p>ao exagero do paciente ou ainda, caso não exista</p><p>queixa, que a dor está ausente. A dor pode ser</p><p>classificada em aguda e crônica.</p><p>A dor aguda (fisiológica - nociceptiva) é</p><p>autolimitada, tem uma finalidade útil de proteção</p><p>e duração menor de três meses. O paciente com dor</p><p>aguda pode se apresentar ansioso ou agitado, com</p><p>faces contraídas, restrições na mobilidade, atitude</p><p>de gemido ou choro ou apenas de proteção e</p><p>mudanças nas atividades de vida diária. Devido à</p><p>hiperatividade do sistema nervoso autônomo,</p><p>pode haver alteração nos sinais vitais,</p><p>principalmente no pulso e na respiração, além de</p><p>palidez e sudorese.</p><p>Já a dor crônica (patológica - neuropática)</p><p>não tem finalidade biológica, resulta de alteração</p><p>nos nervos periféricos decorrente de lesões ou</p><p>doenças (por ex. diabetes mellitus ou crescimento</p><p>de um tumor), que altera sua estrutura anatômica,</p><p>funcional, e da liberação das substâncias</p><p>algiogênicas no tecido e dura mais de três meses.</p><p>O paciente com dor crônica expressa melancolia e,</p><p>até depressão, com diminuição do prazer ou do</p><p>interesse, mudanças do desejo sexual, distúrbios</p><p>do sono, sensação de fadiga e isolamento social. O</p><p>paciente pode não apresentar faces contraídas e</p><p>não ocorrer desvio significativo dos sinais vitais.</p><p>115</p><p>TIPOS DE CURATIVOS</p><p>O Tipo de curativo a ser realizado varia de</p><p>acordo com a necessidade da ferida. Em alguns</p><p>casos é necessário compressão, em outros que haja</p><p>oclusão completa, em outros casos somente uma</p><p>proteção simples e em outros apenas lavagem com</p><p>solução fisiológica.</p><p>Curativo</p><p>semi-oclusivo:</p><p>Curativos</p><p>comumente</p><p>utilizados em Feridas</p><p>cirúrgicas. Absorvem</p><p>e isolam o exsudato,</p><p>permitem exposição</p><p>da ferida ao ar.</p><p>Curativo oclusivo:</p><p>Não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como</p><p>barreira mecânica,</p><p>impede a perda de</p><p>fluídos, promove</p><p>isolamento</p><p>térmico, veda a</p><p>ferida, a fim de</p><p>impedir enfisema,</p><p>e formação de</p><p>crosta.</p><p>Curativo compressivo:</p><p>Utilizado para</p><p>reduzir o fluxo</p><p>sanguíneo,</p><p>promover a estase e</p><p>ajudar na</p><p>aproximação das</p><p>extremidades da</p><p>lesão.</p><p>Curativos abertos: São realizados em ferimentos</p><p>que não há necessidade de serem ocluídos. Feridas</p><p>cirúrgicas limpas</p><p>após 24 horas, cortes</p><p>pequenos, suturas,</p><p>escoriações são</p><p>exemplos deste tipo</p><p>de curativo.</p><p>Com bandagem:</p><p>Utiliza-se atadura, é muito</p><p>adequado para ser utilizado em</p><p>braços, pernas, cabeça,</p><p>pois ajusta-se ao membro,</p><p>para úlceras venosas ou</p><p>arteriais</p><p>garantindo a segurança do paciente6.</p><p>Referências</p><p>1.-https://www.fen.ufg.br/revista/v12/n2/v12n2a20.htm</p><p>2. -https://www.fen.ufg.br/revista/v12/n2/v12n2a20.htm</p><p>3. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/profae/pae_cad3.pdf</p><p>4. http://www.scielo.br/pdf/ean/v18n1/1414-8145-ean-18-01-0156.pdf</p><p>5. http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/viewFile/17/18</p><p>6. http://ceteponline.com.br/admin/img/uploads/biblioteca/livros/0745514e4be08e9ce6926818a</p><p>e5807e9.pdf</p><p>http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/profae/pae_cad3.pdf</p><p>http://www.scielo.br/pdf/ean/v18n1/1414-8145-ean-18-01-0156.pdf</p><p>http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/viewFile/17/18</p><p>http://ceteponline.com.br/admin/img/uploads/biblioteca/livros/0745514e4be08e9ce6926818a%20e5807e9.pdf</p><p>http://ceteponline.com.br/admin/img/uploads/biblioteca/livros/0745514e4be08e9ce6926818a%20e5807e9.pdf</p><p>10</p><p>Estrutura e Classificação hospitalar</p><p>Em Fundamentos de Enfermagem você se</p><p>prepara para o estágio hospitalar, quem sabe seu</p><p>primeiro contato com o hospital, para muitos, o</p><p>hospital é apenas um local de atendimento aos</p><p>doentes, porém esse conceito de hospital é muito</p><p>mais amplo na prática, onde as atribuições de um</p><p>hospital vão muito além de um objetivo apenas</p><p>curativo.</p><p>Segundo a OMS “O hospital é elemento de</p><p>uma organização de caráter médico e social, cuja</p><p>função consiste em assegurar assistência médica</p><p>completa, curativa e preventiva à população1. O</p><p>hospital, é uma organização complexa e, além das</p><p>funções de acolhimento de pacientes para</p><p>prestação de cuidados simples, é um local de</p><p>trabalho profissionalizado.</p><p>A enfermagem é parte ativa no processo de</p><p>mudança e de promoção de melhorias da</p><p>instituição hospitalar, por quê é a referência</p><p>durante todo o período de internação do paciente,</p><p>está interligada com as demais áreas hospitalares,</p><p>sendo o ponto central para o direcionamento de</p><p>todas as atividades realizadas instituição para o</p><p>atendimento ao paciente nas 24h do dia2.</p><p>São objetivos do hospital</p><p>• RESTAURAR A SAÚDE/ CURATIVA – Por</p><p>meio de medidas curativas, que no Brasil</p><p>continuam sendo sua função primordial.</p><p>• PREVENTIVA - Prevenir doenças dentro do</p><p>próprio ambiente hospitalar através da</p><p>otimização do cuidado e estender este cuidado</p><p>para a vida do paciente através de medidas</p><p>comportamentais ou farmacológica com evitem</p><p>doenças, a educação em saúde também está nesse</p><p>processo.</p><p>• EDUCATIVA- Por meio de medidas de educação</p><p>em saúde, a equipe de enfermagem tem um</p><p>importante papel neste quesito.</p><p>• PESQUISA- Promover a pesquisa servindo de</p><p>campo para pesquisa cientifica relacionado a</p><p>saúde com o objetivo de modificar o curso da</p><p>doença e obter melhores tratamentos.</p><p>• REABILITAÇÃO- Proporcionando as condições</p><p>necessárias para que seja possível retornar ao seu</p><p>meio e às suas atividades.</p><p>Vários motivos fazem com que todo</p><p>hospital em qualquer território deva ser</p><p>classificado. Tendo como base a literatura de</p><p>Cherubin & Santos (1997) e de Gonçalves (1983)3,</p><p>citamos apenas algumas das muitas classificações</p><p>sob aspectos distintos aplicáveis às instituições de</p><p>saúde, sendo elas:</p><p>Quanto à finalidade ou tipo de</p><p>assistência</p><p>Geral: Assiste pacientes de várias especialidades,</p><p>tanto clínicas quanto cirúrgicas, podendo ser</p><p>limitados a grupos etários (como os infantis ou</p><p>geriátricos) ou grupos da comunidade (militar), ou</p><p>ainda apresentar uma finalidade específica</p><p>(hospital de ensino);</p><p>Cite na sua cidade qual um exemplo de hospital</p><p>geral? _________________________________</p><p>Especializada: Assiste predominantemente</p><p>pacientes com alguma patologia (doença)</p><p>específica, entre eles estão os psiquiátricos, câncer,</p><p>HIV, de órgãos, etc.</p><p>Cite na sua cidade qual um exemplo de de</p><p>assistência especializada?</p><p>______________________________________</p><p>O hospital e o processo de hospitalização,</p><p>atribuições da enfermagem</p><p>Fundamentos de Enfermagem</p><p>Data ___/___/____</p><p>Ciclo Básico</p><p>11</p><p>Quanto à administração ou</p><p>entidade mantenedora,</p><p>Público: Administrado por entidade</p><p>governamental municipal, estadual ou federal;</p><p>Cite na sua cidade um exemplo de hospital</p><p>público:________________________________</p><p>Particular: pertencente à pessoa jurídica de direito</p><p>privado.</p><p>Cite na sua cidade um exemplo de hospital</p><p>particular:______________________________</p><p>Quanto ao porte, a instituição pode</p><p>ser</p><p>Pequeno: Tem capacidade menor ou igual a 50</p><p>leitos;</p><p>Médio: possui de 51 a 150 leitos;</p><p>Grande: oferece de 151 até 500 leitos; e</p><p>Porte especial ou extra: dispõe de quantidade</p><p>superior a 500 leitos.</p><p>Quanto ao objetivo financeiro,</p><p>pode ser classificado como:</p><p>Não lucrativo: seus gestores não recebem</p><p>remuneração ou benefícios, não visa ao lucro, mas</p><p>se houver, reverte-o em projetos, manutenção e</p><p>desenvolvimento; no caso de extinção, seu</p><p>patrimônio é doado à outra instituição de mesmo</p><p>objetivo social;</p><p>Filantrópico: entidade particular e não lucrativa,</p><p>que destina uma percentagem de seus</p><p>rendimentos para assistência gratuita a pacientes</p><p>sem recursos ou cobertura de saúde;</p><p>Beneficente: associação particular e não lucrativa</p><p>voltada à assistência de grupos específicos e se</p><p>mantém de contribuições de associados e de</p><p>usuários; ou Lucrativo: particular, objetiva lucro,</p><p>compensa o emprego de seu capital com</p><p>distribuição de dividendos.</p><p>Quanto ao corpo clínico:</p><p>Corpo clínico aberto: tendo ou não médicos</p><p>efetivos, permite a outros efetuarem internações e</p><p>assistência aos seus pacientes;</p><p>Corpo clínico fechado: possui corpo clínico</p><p>permanente, permitindo apenas eventualmente</p><p>(mediante permissão especial) o exercício de</p><p>profissionais externos.</p><p>Serviços ofertados pelos hospitais</p><p>Os serviços ofertados vão depender do</p><p>porte do hospital que pode ser de pequeno, médio</p><p>ou grande porte. Essa classificação é feita em cima</p><p>do número de leitos e da complexidade dos</p><p>serviços.</p><p>Mas em todos os hospitais há serviços que</p><p>são básicos e todos devem se prover deles:</p><p>• Laboratório</p><p>• Farmácia</p><p>• Raios -X</p><p>• Banco de Sangue</p><p>E os serviços Institucionais</p><p>• Contabilidade</p><p>• Comunicações</p><p>• Tesouraria</p><p>• Secção de compras</p><p>• Transportes</p><p>• Vigilância</p><p>Cuidados Profissionais de saúde</p><p>• Médicos</p><p>• Equipe de Enfermagem</p><p>• Nutricionista</p><p>• Psicólogos</p><p>• Fisioterapeutas</p><p>E administrativos</p><p>• Coordenadores</p><p>• Gestores</p><p>• Cozinheiras</p><p>• Auditores</p><p>Etc.</p><p>A enfermagem, de todos os componentes</p><p>da equipe multidisciplinar é o profissional que</p><p>passa 24h por dia e em mais contato e vigília com</p><p>o paciente. O processo de hospitalização causa no</p><p>paciente uma série de sentimentos, derivados da</p><p>quebra de rotina, perda da autonomia, estresse</p><p>pelo seu diagnóstico, procedimentos invasivos etc.</p><p>O paciente é um indivíduo que está</p><p>temporariamente debilitado e que está</p><p>necessitando de auxílio e não deve encontrar um</p><p>profissional que o maltrate e sim que o auxilie em</p><p>sua busca pela melhora de sua situação física ou</p><p>psicológica.</p><p>Sabemos que não é fácil lidar com o ser</p><p>humano e a enfermagem desenvolve um trabalho</p><p>“Todos os setores do Hospital,</p><p>mesmo aqueles que não tem nenhum</p><p>contato direto com o paciente, tem</p><p>suas atividades centradas em um</p><p>único objetivo: O paciente”.</p><p>12</p><p>diretamente ligado ao contato físico e psicológico</p><p>do indivíduo, mas é preciso ressaltar que para</p><p>cuidar é preciso estar sã de corpo e mente.</p><p>Mais de que forma podemos tornar a</p><p>experiência do paciente menos deletéria?</p><p>• Receba o seu cliente com satisfação, procurando</p><p>saber em que você pode ser útil;</p><p>• Desenvolva o seu trabalho dentro da técnica,</p><p>sempre comunicando ao paciente o que vai</p><p>fazer;</p><p>• Procure sempre saber se o cliente está bem, se</p><p>está sentindo algo;</p><p>• Anote todos os procedimentos executados e as</p><p>permite terapia</p><p>compressiva, e evita o</p><p>contato da pele do paciente com</p><p>esparadrapo ou outros fixadores</p><p>adesivos que podem causar</p><p>alergias.</p><p>Curativo primário e secundário</p><p>Normalmente, os curativos são divididos</p><p>em primários, quando usados em contato direto</p><p>com o tecido lesado, e secundários, quando</p><p>colocados sobre o curativo primário. Alguns</p><p>curativos requerem a utilização de cobertura</p><p>secundária para manter a umidade adequada. Ou</p><p>seja, o curativo primário interage direto com o leito</p><p>da ferida, e o curativo secundário protege o</p><p>primário e oclui com mais eficiência o leito da</p><p>ferida, ajuda também na absorção do exsudato.</p><p>Coberturas especiais, muitas vezes são</p><p>tidas como curativo primário e requerem cobertura</p><p>de uma proteção secundária.</p><p>COBERTURAS</p><p>Cobertura é um recurso empregado para</p><p>proteger uma ferida, com o objetivo de favorecer o</p><p>processo de cicatrização e de resguardá-la contra</p><p>agressões externas, para mantê-la úmida e</p><p>preserva a integridade de sua região periférica.</p><p>As coberturas podem ser classificadas,</p><p>quanto ao desempenho, em:</p><p>Passivas (protegem e cobrem as feridas);</p><p>Interativas ou hidroativas (mantêm um</p><p>microambiente úmido, o que facilita a cicatrização)</p><p>Bioativas (fornecem elementos necessários à</p><p>cicatrização, estimulando a cura da ferida).</p><p>No mercado brasileiro existe uma vasta</p><p>variedade de produtos indicados para prevenir e</p><p>tratar feridas. Vamos conhecer apenas alguns tipos</p><p>de coberturas, descrições técnicas, indicações,</p><p>contraindicações, entre outras informações</p><p>observadas por diversos autores e nas bulas</p><p>disponibilizadas pelos fabricantes2.</p><p>116</p><p>PROCEDIMENTO</p><p>• • •</p><p>Curativo com luva estéril</p><p>OBJETIVO</p><p>Realizar troca de curativo,</p><p>avaliando a qualidade da ferida,</p><p>e tendo o conhecimento</p><p>necessário para intervir diante</p><p>das opções terapêuticas.</p><p>RESPONSABILIDADE</p><p>Equipe de enfermagem,</p><p>conforme suas especificidades</p><p>técnicas.</p><p>MATERIAIS</p><p>• Bandeja;</p><p>• EPI’s (jaleco, máscara, óculos);</p><p>• Luvas de procedimento</p><p>• Luva estéril</p><p>• Gazes estéreis (quantidade</p><p>relativa ao tamanho do curativo);</p><p>• Solução fisiológica 0,9% à 37°C</p><p>ou solução de limpeza utilizada</p><p>conforme protocolo;</p><p>• Seringa de 20 ml;</p><p>• Agulha 40x12;</p><p>• Esparadrapo ou Micropore;</p><p>• Atadura (s/n)</p><p>• Tesoura (s/n);</p><p>• 2- Saco plástico para lixo</p><p>contaminado e para lixo comum;</p><p>• Régua de papel.</p><p>Suab opcional</p><p>• Cobertura prescrita.</p><p>• • •</p><p>PASSO A PASSO:</p><p>1.Confirme o paciente e o</p><p>procedimento a ser</p><p>realizado;</p><p>“para troca de curativos</p><p>sempre tenha o cuidado de</p><p>ler a anotação de</p><p>enfermagem do curativo</p><p>anterior”</p><p>2.Higienize as mãos;</p><p>3.Reúna os materiais na</p><p>bandeja higienizada e leve</p><p>ao leito do paciente;</p><p>117</p><p>4.Identifique-se e em seguida</p><p>confira o nome completo do</p><p>paciente na prescrição e na</p><p>pulseira de identificação;</p><p>5.Oriente-o do procedimento a</p><p>ser realizado;</p><p>6. Instale biombo.</p><p>7. Lave as mãos e calce luvas de</p><p>procedimento.</p><p>8. Organize os materiais na</p><p>mesa acessória ou carrinho de</p><p>curativo.</p><p>- Disponha os dois sacos para</p><p>lixo em lugar facilmente</p><p>acessível.</p><p>- Separe um chumaço de gaze</p><p>que utilizará para retirar o</p><p>curativo antigo.</p><p>7. Posicione o paciente na</p><p>posição adequada para o</p><p>procedimento.</p><p>8. Manter a privacidade</p><p>expondo somente a região em -</p><p>que será realizado o curativo;</p><p>9- Remova o curativo anterior</p><p>(usando luvas de procedimento)</p><p>utilize um chumaço de gaze</p><p>embebido em SF 0,9%, realize a</p><p>retirada no sentido do</p><p>crescimento dos pelos, sempre</p><p>umedecendo as laterais com.</p><p>“observar no curativo retirado o</p><p>exsudato quanto ao volume, à</p><p>composição e ao odor.”</p><p>9- Abra o pacote de luva estéril,</p><p>em seguida abra os pacotes de</p><p>gaze estéril, “a quantidade de</p><p>pacotes que irá utilizar para a</p><p>limpeza e curativo” e deposite</p><p>dentro do campo estéril da luva.</p><p>“Opcional: Caso tenha dificuldade</p><p>de cortar esparadrapo com a mão</p><p>enluvada nesta hora pode reservar</p><p>alguns pedaços sobre a bandeja</p><p>limpa.”</p><p>10- Abra o pacote com a seringa</p><p>e a agulha e deposite também</p><p>sobre o campo da luva.</p><p>11- Calce a luva estéril, e acople</p><p>a agulha na seringa.</p><p>118</p><p>Sobre as luvas, caso não possua</p><p>auxílio, poderá contaminar uma</p><p>das mãos, realizando o</p><p>procedimento com uma mão</p><p>estéril de preferência a</p><p>dominante e outra mão</p><p>contaminada para manipulação</p><p>dos materiais.</p><p>12- Avaliar a ferida conforme os</p><p>parâmetros essenciais de</p><p>avaliação descritos durante</p><p>todo o capítulo.</p><p>-tamanho, profundidade</p><p>-tecidos (qual e quantidade)</p><p>-exsudatos (qual e quantidade)</p><p>-e demais classificações.</p><p>11- Aspire SF 0,9% na seringa</p><p>para lavar a ferida “preferência</p><p>morno” em forma de jato</p><p>utilizando a seringa 20ml com</p><p>agulha 40x12.</p><p>“Esta técnica vale principalmente</p><p>para áreas com tecido de</p><p>granulação. A fricção leve com</p><p>gaze embebida em SF 0,9% não é</p><p>indicada para o tecido de</p><p>granulação pois pode provocar</p><p>remoção das novas células, porém,</p><p>pode ser adotada em tecido</p><p>necrótico. Sendo assim, o sentido</p><p>da limpeza deve ser do menos para</p><p>o mais contaminado conforme</p><p>aprendido.</p><p>119</p><p>PROCEDIMENTO</p><p>• • •</p><p>Curativo com pinça.</p><p>OBJETIVO</p><p>Realizar troca de curativo,</p><p>avaliando a qualidade da ferida,</p><p>e tendo o conhecimento</p><p>necessário para intervir diante</p><p>das opções terapêuticas.</p><p>RESPONSABILIDADE</p><p>Equipe de enfermagem,</p><p>conforme suas especificidades</p><p>técnicas.</p><p>MATERIAIS</p><p>• Insumos para lavagem básica</p><p>das mãos; (escola)</p><p>• Bandeja;</p><p>• EPI’s (jaleco, máscara,</p><p>óculos);</p><p>• Luvas de procedimento;</p><p>• Pacote de curativo</p><p>(caixa com pinças; dente de</p><p>rato, anatômica e kelly)</p><p>• Cúpula redonda (s/n);</p><p>• Gazes estéreis (quantidade</p><p>relativa ao tamanho do</p><p>curativo);</p><p>• Solução fisiológica 0,9% a</p><p>37°C ou solução de limpeza</p><p>utilizada conforme protocolo;</p><p>• Seringa de 20 ml;</p><p>• Agulha 40x12;</p><p>• Esparadrapo ou Micropore;</p><p>• Atadura (s/n);</p><p>• Tesoura (s/n);</p><p>• 2- Saco plástico para lixo</p><p>contaminado e para lixo</p><p>comum;</p><p>• Régua para mensuração de</p><p>feridas;</p><p>• Swab (s/n / opcional);</p><p>• Cobertura prescrita;</p><p>• Caneta e papel para anotação</p><p>do resultado encontrado;</p><p>(material individual do aluno)</p><p>120</p><p>PASSO A PASSO:</p><p>1. Confirme o paciente e o</p><p>procedimento a ser realizado;</p><p>“para troca de curativos sempre</p><p>tenha o cuidado de ler a</p><p>anotação de enfermagem do</p><p>curativo anterior”</p><p>2. Higienize as mãos;</p><p>3. Reúna os materiais na bandeja</p><p>higienizada e leve ao leito do</p><p>paciente;</p><p>4. Identifique-se e em seguida</p><p>confira o nome completo do</p><p>paciente na prescrição e na</p><p>pulseira de identificação;</p><p>5. Oriente-o do procedimento a</p><p>ser realizado;</p><p>6. Instale biombo, desligue</p><p>ventiladores se houver.</p><p>7. Organize os materiais na mesa</p><p>acessória ou carrinho de</p><p>curativo e disponha os dois</p><p>sacos para lixo em lugar</p><p>facilmente acessível.</p><p>8. Lave as mãos e calce luvas de</p><p>procedimento.</p><p>9. Posicione o paciente na</p><p>posição adequada para o</p><p>procedimento. Manter a</p><p>privacidade expondo somente</p><p>a região em que será realizado</p><p>o</p><p>curativo, se necessário,</p><p>instale um impermeável ou</p><p>lençol para proteger o leito;</p><p>10. Abra parcialmente a caixa de</p><p>pinças (pacote de curativo)</p><p>“Alguns pacotes, geralmente o</p><p>de três pinças, podem vir com</p><p>uma pinça no lado externo a</p><p>postos para utilizar na</p><p>retirada do curativo antigo”</p><p>11. Abra um pacote de gaze e</p><p>com a pinça dente de rato</p><p>pegue um chumaço de gaze</p><p>para auxiliar na retirada do</p><p>curativo antigo.</p><p>12. Com a gaze embebida em</p><p>SF0,9% realize esta remoção,</p><p>promover a retirada no</p><p>sentido do crescimento.</p><p>121</p><p>dos pelos, sempre</p><p>umedecendo pelas laterais.</p><p>(depositar em lixo</p><p>contaminado) e a pinça</p><p>descartar num saco plástico</p><p>ou sob uma compressa de</p><p>gaze.</p><p>“A pinça dente de rato é eficaz na</p><p>remoção do curativo velho por</p><p>que tem precisão de retirar até</p><p>fio por fio da gaze, se aderida no</p><p>leito da ferida, tendo sempre o</p><p>cuidado de em situações como</p><p>estas umedecer o leito da ferida</p><p>com SF0,9% para evitar do no</p><p>descolamento e/ou destruição do</p><p>tecido de granulação. Observar</p><p>no curativo retirado, o exsudato</p><p>quanto ao volume, à composição</p><p>e ao odor.”</p><p>13. Abra o pacote de pinças, em</p><p>seguida abra os pacotes de</p><p>gaze estéril, “a quantidade</p><p>de pacotes que irá utilizar</p><p>para a limpeza e curativo” e</p><p>deposite a gaze dentro do</p><p>campo das pinças.</p><p>14. Abra o pacote com a seringa</p><p>e a agulha, e acople-os,</p><p>preserve-os em lugar</p><p>protegido. (Os invólucros</p><p>dos materiais limpos abertos</p><p>devem ser descartados no</p><p>saco de lixo limpo).</p><p>15. Avaliar a ferida conforme os</p><p>parâmetros essenciais de</p><p>avaliação descritos durante</p><p>todo o capítulo.</p><p>- Tamanho, profundidade</p><p>- Tecidos (qual, e quantidade)</p><p>- Exsudatos (qual, e</p><p>quantidade)</p><p>- E demais classificações.</p><p>16. Aspire SF 0,9% na seringa</p><p>para lavar a ferida</p><p>“preferência morno” em</p><p>forma de jato utilizando a</p><p>seringa 20ml com agulha</p><p>40x12.</p><p>122</p><p>“Esta técnica vale principalmente para áreas com</p><p>tecido de granulação. A fricção leve com gaze</p><p>embebida em SF 0,9% não é indicada para o</p><p>tecido de granulação pois, pode provocar</p><p>remoção das novas células, porém, pode ser</p><p>adotada em tecido necrótico, sendo assim, utiliza</p><p>as pinças, para auxiliar neste processo sendo o</p><p>sentido da limpeza menos para o mais</p><p>contaminado conforme aprendido”.</p><p>17. Para sacar as pinças do campo sem haver</p><p>contaminação, passe a mão por debaixo do</p><p>campo, e segurando na ponta da pinça</p><p>escolhida, eleve o cabo, e assim, segure-a com a</p><p>mão não dominante pelo cabo, nunca tocando</p><p>com a mão, mesmo enluvada no lado da pinça</p><p>que entra em contato com a ferida.</p><p>18. Para pegar a segunda pinça utilize a pinça que</p><p>já tem à mão.</p><p>19. Daí em diante, pode-se utilizar e voltar as pinças</p><p>ao campo, sempre dispondo seus cabos para fora.</p><p>20. Se necessário seque a pele perilesional.</p><p>21. Instale a cobertura escolhida para a lesão.</p><p>“se líquido, pomada, pasta ou cremosa vinda de</p><p>uma embalagem já aberta, despreze o primeiro</p><p>jato. Esta regra vale para toda e qualquer solução</p><p>que não tiver sido aberta exclusivamente para a</p><p>lesão”</p><p>22. Uma lesão pode receber mais de um tipo de</p><p>cobertura conforme prescrito, atente para onde</p><p>cada uma deve ser aplicada, ex: Coberturas de</p><p>ação desbridaste como a papaína a 10% não</p><p>podem entrar em contato com o tecido de</p><p>granulação.</p><p>23. Instale o curativo primário e/ou secundário,</p><p>relativo ao tipo de cobertura aplicada. A exemplo</p><p>de uma cobertura como papaína (X)% cubra com</p><p>gaze a ferida.</p><p>“Opcional: A primeira camada da gaze pode ser</p><p>umidificada com SF0,9% ou AGE, esta técnica</p><p>garante uma cicatrização em meio úmido, mas,</p><p>precisa ser avaliada a sua viabilidade em cada</p><p>situação”</p><p>24. Após, coloque a camada de gaze seca, a</p><p>quantidade de gaze colocada será relativa à</p><p>exsudação da ferida, muito exsudato, muita gaze,</p><p>ou uma gaze algodoada.</p><p>25. Feche o curativo com atadura, esparadrapo ou</p><p>micropore, conforme avaliado sua necessidade.</p><p>26. Identifique o curativo com:</p><p>Data da realização</p><p>Hora</p><p>Data da troca</p><p>Nome do profissional (opcional)</p><p>Cobertura utilizada (opcional)</p><p>27. Deixe o paciente confortável, no decúbito relativo</p><p>ao horário, verifique as roupas de cama não foram</p><p>sujas ou molhadas, troque-as se necessário.</p><p>28. Recolha o lixo limpo e o lixo contaminado.</p><p>29. Retire as luvas de procedimento, realize a lavagem</p><p>básica das mãos;</p><p>30. Recolha os materiais, organize o carrinho,</p><p>31. Deixe a unidade do paciente e realize as anotações</p><p>de enfermagem.</p><p>OBS:</p><p>• Se necessário umedecer com soro fisiológico as</p><p>gazes que estão em contato direto com a ferida</p><p>antes de removê-las, porque a umidade minimiza</p><p>a dor e o traumatismo da pele e ou o tecido de</p><p>granulação em feridas abertas;</p><p>• Imprescindível o uso de EPIs em especial</p><p>(máscara e óculos)</p><p>• Evitar falar no momento da realização do</p><p>procedimento e orientar o paciente para que faça o</p><p>mesmo;</p><p>• Proceder a desinfecção da bandeja, carrinho ou</p><p>mesa auxiliar após a execução de cada curativo;</p><p>• Verificar se o paciente possui analgesia pré-</p><p>curativo, caso possua realizá-la;</p><p>• Em caso de uso de pinça, é dispensado o uso de</p><p>luva estéril, em caso de uso de luva estéril, é</p><p>dispensado o uso das pinças.</p><p>• Selecionar o curativo a ser realizado, caso o</p><p>paciente possua mais de uma ferida, iniciar sempre</p><p>123</p><p>pelas feridas menos contaminadas; cada ferida,</p><p>uma lavagem das mãos e novos materiais.</p><p>• Aplicar produtos de barreiras (cremes, sprays</p><p>etc.), nas áreas perilesionais, para proteger contra</p><p>o conteúdo da ferida nocivo à pele íntegra;</p><p>TERMOTERAPIA E CRIOTERAPIA</p><p>A termoterapia consiste na aplicação</p><p>ou retirada do calor corporal para fins</p><p>terapêuticos9.</p><p>‘’Medida terapêutica e ou de conforto que</p><p>consiste no uso de calor e ou frio em</p><p>aplicação cutânea, para auxiliar nas</p><p>funções fisiológicas (Vasoconstrição e</p><p>vasodilatação)’’.</p><p>O esfriamento de uma área do corpo</p><p>provoca o estreitamento dos vasos</p><p>sanguíneos (chamado de</p><p>vasoconstricção) e diminui a</p><p>chagada do processo</p><p>inflamatório, caracterizado</p><p>pelos sinais flogísticos.</p><p>O aquecimento relaxa a musculatura dos</p><p>vasos sanguíneos e melhora a circulação (processo</p><p>chamado de vasolilatação) auxiliando na remoção</p><p>do processo inflamatório.</p><p>Ambos os tratamentos melhoram a dor,</p><p>porém, cada um é indicado para um determinado</p><p>tipo de situação.</p><p>Porém, em ambas as situações é preciso</p><p>prescrição médica, com a indicação de se calor ou</p><p>frio, a quantidade de aplicações e duração.</p><p>HIPERTERMOTERAPIA</p><p>Consiste na aplicação de calor na pele,</p><p>aumenta o aporte de oxigênio e nutrientes das</p><p>células podendo ser:</p><p>a) Calor seco: Através de bolsa de água</p><p>quente (mais usual na enfermagem),</p><p>bolsas elétricas, raios infravermelho, etc.</p><p>b) Calor Úmido: por meio de</p><p>compressas quentes, cataplasma ou</p><p>emplasto (uma forma de medicação</p><p>caseira caracterizada pela colocação</p><p>de alguma substância sólida sobre a</p><p>pele, com o intuito de aquecer ou</p><p>amolecer tecidos).</p><p>INDICAÇÕES</p><p>-Inflamação</p><p>subaguda e crônica</p><p>-Redução da dor</p><p>crônica e subaguda</p><p>- Espasmo muscular crônico e subagudo;</p><p>- Redução de hematomas</p><p>- Redução de contraturas articulares;</p><p>CONTRAINDICAÇÕES:</p><p>-Feridas cirúrgicas</p><p>-Hemorragias</p><p>-Lesões abertas (como escaras)</p><p>124</p><p>-Luxações e trações, antes de 24 horas</p><p>-Presença de fenômenos trombo-embólicos nos -</p><p>MMII (necrose)</p><p>-Pacientes hemofílicos</p><p>-Pacientes com fragilidade capilar</p><p>CRIOTERAPIA</p><p>Aplicação de frio seco</p><p>com bolsa de gelo e de</p><p>frio úmido com</p><p>compressas frias.</p><p>INDICAÇÕES</p><p>Trauma agudo e da lesão subaguda e para</p><p>diminuir o desconforto após exercício e</p><p>reabilitação.</p><p>-Durante a inflamação aguda ou subaguda</p><p>-Dor aguda</p><p>-Dor</p><p>crónica</p><p>-Controle da hemorragia e edema (inchaço)</p><p>-Tensão muscular aguda</p><p>-Torção ligamentar aguda</p><p>-Contusão aguda;</p><p>-Bursite;</p><p>-Tenossinovite</p><p>-Tendinite</p><p>FINALIDADE:</p><p>-Auxilia no tratamento de algumas patologias</p><p>ortopédicas e neurológicas, diminuindo o</p><p>espasmo muscular;</p><p>-Alivia a dor, nos traumas (entorses, contusões,</p><p>distensões musculares etc.), na prevenção de</p><p>edema e diminuição das reações inflamatórias.</p><p>AS FINALIDADES DESTAS APLICAÇÕES SE</p><p>DÃO PELOS SEGUINTES MOTIVOS:</p><p>• Diminuem a hipertermia</p><p>• Diminuem a dor;</p><p>• Estancam a hemorragia;</p><p>• Diminuem a congestão e processos inflamatórios;</p><p>• Diminuem a dor e edema nas contusões e</p><p>luxações</p><p>PROCEDIMENTO10</p><p>Objetivo</p><p>Atua relaxando a musculatura e facilitando</p><p>a circulação através da vasodilatação, acalmando a</p><p>dor e diminuindo o edema local.</p><p>Ou com a crioteparia pela vasoconstricção,</p><p>diminuindo a dor local e impedindo a formação de</p><p>hematoma.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>Bandeja</p><p>>Bolsa térmica de borracha</p><p>Tecido para cobrir a bolsa, de</p><p>preferência flanela</p><p>Água quente (calor) ou gelo picado</p><p>(frio)</p><p>PASSO A PASSO:</p><p>1. Confirme o paciente e o procedimento a ser</p><p>realizado, avalie a prescrição médica, confirme</p><p>o local da aplicação e frequência de aplicações;</p><p>2. Solicite água quente ou fria de acordo com a</p><p>prescrição.</p><p>3. Higienize as mãos;</p><p>4. Preparar compressa, colocando água quente ou</p><p>gelo na bolsa térmica, utilizando 2\ 3 de sua</p><p>capacidade;</p><p>5. Retirar todo o ar do interior da mesma e fechá-la;</p><p>6. Testar as condições da bolsa térmica, verificando</p><p>a presença de vazamento, virando a bolsa com o</p><p>gargalho para baixo. Observar se está bem fechada</p><p>e enxugá-la;</p><p>7. Cobrir a bolsa com o tecido e observar se a</p><p>temperatura através do pano está adequada.</p><p>8. Reúna os materiais na bandeja previamente</p><p>higienizada e leve ao quarto do paciente;</p><p>9. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na</p><p>pulseira de identificação;</p><p>10. Oriente-o do procedimento a ser realizado;</p><p>11. Higienize as mãos. (Utilizar as luvas de</p><p>procedimentos apenas em caso de (PC));</p><p>12. Posicione o paciente confortavelmente e</p><p>exponha apenas a área a ser tratada, promova a</p><p>privacidade do paciente se necessário;</p><p>13. Avaliar as condições da pele no local de aplicação</p><p>da bolsa térmica;</p><p>14. Aplicar a bolsa térmica no local indicado e deixar</p><p>o tempo prescrito (no máximo 20 minutos);</p><p>15. Avaliar as condições da pele no local, 2 ou 3</p><p>minutos após a aplicação bolsa térmica, para</p><p>certificar-se de que essa temperatura não vai</p><p>causar queimaduras no paciente;</p><p>125</p><p>16. Retirar à bolsa térmica, quando terminar a</p><p>aplicação e manter a região agasalhada para evitar</p><p>corrente de ar.</p><p>17. Higienizar as mãos, deixar o paciente confortável</p><p>e a unidade em ordem;</p><p>18. Esvaziar a bolsa térmica, realizar a desinfecção</p><p>com álcool à 70% e pendurá-la com o gargalho</p><p>para baixo até secar;</p><p>19. Realizar higienização das mãos com água e sabão</p><p>conforme o POP da CCIH No</p><p>20. Realizar as anotações de enfermagem anotar o</p><p>procedimento e o efeito no prontuário.</p><p>CUIDADOS</p><p>ESPECIAIS10</p><p>• A bolsa térmica</p><p>pode ser substituída pela</p><p>compressa úmida ou gelox;</p><p>• É importante avaliar a</p><p>resposta do paciente aos</p><p>estímulos, através de um toque</p><p>leve ou variações de temperatura para</p><p>reconhecer quando o calor ou frio tornam-se</p><p>excessivos.</p><p>• A variação no nível de consciência também</p><p>pode alterar a percepção de calor, frio ou dor,</p><p>em pacientes confusos ou não responsivos.</p><p>• Deve-se fazer observação frequentes da</p><p>integridade da pele durante o procedimento;</p><p>• Em pacientes idosos, inconscientes, desnutridos</p><p>e crianças deve-se ter cautela quanto ao limite da</p><p>temperatura, devido à maior sensibilidade da</p><p>pele;</p><p>• Observar constantemente a área de aplicação.</p><p>Qualquer alteração da pele e queixas do</p><p>paciente, suspender o procedimento e comunicar</p><p>o médico;</p><p>• A contínua exposição ao calor lesa as células</p><p>epiteliais, causando vermelhidão, sensibilidade</p><p>localizada e até mesmo a formação de bolhas;</p><p>• Quando o calor é aplicado por 1 hora ou mais, o</p><p>corpo reduz o fluxo sanguíneo através de uma</p><p>vasoconstricção reflexa para controlar a perda de</p><p>calor pela área.</p><p>• A remoção periódica e a reaplicação de calor</p><p>local restauram a vasodilatação;</p><p>• Nunca colocar bolsa com água quente debaixo</p><p>do paciente para evitar compressão excessiva,</p><p>pois resulta em vazamento, e queimaduras ao</p><p>paciente;</p><p>• Não se deve aplicar compressas mornas através</p><p>de luvas de látex, devido ao risco de</p><p>extravasamento e queimaduras;</p><p>• Na exposição prolongada da pele ao frio, a</p><p>isquemia tecidual resulta da incapacidade das</p><p>células de receber um adequado fluxo sanguíneo</p><p>e nutriente. A pele inicialmente assume uma</p><p>aparência avermelhada seguida de um padrão</p><p>manchado azulado ou arroxeado;</p><p>• Não fazer aplicação de bolsa de gelo além de 30</p><p>minutos devido ao risco de causar necrose;</p><p>• Trocar o gelo sempre que necessário se o tempo da</p><p>aplicação for prolongado.</p><p>RETIRADA DE PONTOS</p><p>A retirada de pontos, consiste no</p><p>procedimento de remoção dos fios cirúrgicos com</p><p>técnica asséptica, o qual pode ser retirada pode ser</p><p>total ou alternada, tendo nesses casos utilizar todo</p><p>material estéril, acompanhado de equipamentos</p><p>de proteção individual adequado ao</p><p>procedimento11.</p><p>É importante ressaltar, diante dos</p><p>pressupostos, evidencia-se que pela legislação</p><p>profissional, Lei 7.498/86 e Decreto 94.406/87,</p><p>Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem</p><p>estão amparados a realizar cuidados de</p><p>enfermagem no pré e pós-operatório.</p><p>Sendo assim, a retirada de pontos/fios</p><p>cirúrgicos pelos profissionais de enfermagem deve</p><p>ser realizada mediante prescrição/solicitação</p><p>médica, com registro em prontuário clínico</p><p>convencional ou eletrônico. Os Técnicos e</p><p>Auxiliares de enfermagem, só podem retirar</p><p>pontos cirúrgicos com cabo e/ou lâmina de bisturi,</p><p>126</p><p>após avaliação do Enfermeiro e sob sua supervisão,</p><p>mesmo com prescrição médica.</p><p>Além do instrumento e técnica correta a ser</p><p>utilizado para retirada de pontos cirúrgicos, o</p><p>profissional de enfermagem deverá ter</p><p>conhecimento científico sobre os tipos de fios de</p><p>sutura, avaliando se o mesmo é absorvível ou não,</p><p>visando garantir a execução do procedimento e</p><p>orientações de enfermagem livre de negligência,</p><p>imprudência e imperícia11.</p><p>Tipos de fio cirúrgico</p><p>O fio de sutura é um material utilizado para</p><p>síntese de feridas, podendo ser produzido</p><p>sinteticamente, derivado de fibras vegetais ou</p><p>estruturas orgânicas que podem ser classificados</p><p>como:</p><p>Fios Absorvíveis: são aquelas que decorrido</p><p>algum tempo após a implantação, por ação</p><p>mecânica, são absorvidas. Podem ser de origem</p><p>animal ou sintéticas.</p><p>EX: Catgut simples e cromado, Monocryl, Vicryl</p><p>Fios Não absorvíveis: são aquelas que ficam</p><p>permanentemente no organismo, mesmo sofrendo</p><p>ação dos elementos de defesa orgânica não se</p><p>desfazem, são envolvidos, após algum tempo, por</p><p>tecidos fibrosos. Pode ser de origem animal,</p><p>vegetal, metálica e sintética.</p><p>EX: Mononylon, Linho, Seda:</p><p>A escolha do fio pelo médico/cirurgião, se</p><p>dará pela área a ser suturada, o tipo de tenção da</p><p>região, o tipo de tecido entre outros fatores.</p><p>É imprescindível a confirmação da</p><p>necessidade de retirada do nó cirúrgico e o tipo</p><p>de nó.</p><p>Tipos de sutura</p><p>São muitas as formas de sutura existentes,</p><p>o enfermeiro deverá avaliar o tipo de sutura</p><p>entendendo o mecanismo de retirada, se</p><p>necessário contactando o autor da sutura em caso</p><p>de suturas especiais.</p><p>Pontos básicos:</p><p>127</p><p>PROCEDIMENTO11</p><p>Objetivo</p><p>Promover a retirada de pontos cirúrgico</p><p>removíveis, livre de danos ao paciente e dentro das</p><p>técnicas assépticas e seguras para paciente e</p><p>profissional.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de médica</p><p>e enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>Bandeja;</p><p>•Carro de curativos ou mesa auxiliar ou superfície</p><p>fixa (s/n);</p><p>•Pacote ou kit de curativo estéril contendo,</p><p>preferencialmente:</p><p>01 pinça Kelly reta,</p><p>01 pinça anatômica de dissecção;</p><p>01 tesoura cirúrgica Spencer ou Íris - romba e</p><p>curva.</p><p>Ou na ausência:</p><p>•Luva estéril (na ausência do pacote de curativos);</p><p>•01 lâmina de bisturi: nº 21, 22, 23 ou 24, acoplada</p><p>ao cabo;</p><p>•Gaze estéril;</p><p>•Frasco de Solução Fisiológica a 0,9%;</p><p>•Agulha 40x12;</p><p>•Cobertura adesiva do tipo esparadrapo</p><p>semipermeável (s/n);</p><p>•EPIs</p><p>•Luva de procedimento;</p><p>•Saco plástico ou forro impermeável (s/n);</p><p>•Lixeira para resíduo infectante;</p><p>•Biombo (s/n).</p><p>PASSO A PASSO:</p><p>1. Ler a prescrição do paciente;</p><p>2. Realizar higienização das mãos com água e</p><p>sabão;</p><p>3. Separar uma bandeja para o procedimento;</p><p>4. Fazer desinfecção da bandeja com algodão</p><p>embebido em álcool a 70%;</p><p>5. Selecionar o material para o procedimento,</p><p>colocando-o na bandeja;</p><p>6. Levar a bandeja até a unidade do paciente e</p><p>colocá-la no carro de curativos ou mesa auxiliar ou</p><p>superfície fixa;</p><p>7. Apresentar-se ao paciente e acompanhante;</p><p>8. Checar os dados na pulseira de identificação do</p><p>paciente;</p><p>9. Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto</p><p>ao procedimento, pedir sua autorização;</p><p>10. Promover privacidade, utilizando biombos, se</p><p>necessário;</p><p>11. Colocar EPIs;</p><p>12. Calçar as luvas de procedimentos;</p><p>13. Posicionar o paciente adequadamente,</p><p>expondo apenas a área da ferida operatória;</p><p>14. Abrir o material a ser utilizado no carro de</p><p>curativos ou superfície fixa com técnica asséptica;</p><p>15. Retirar o curativo anterior (se houver);</p><p>16. Observar a ferida operatória, identificando a</p><p>presença de áreas com afastamento de bordas,</p><p>exsudato, sinais flogísticos e pontos inclusos;</p><p>17. Realizar limpeza da ferida operatória com</p><p>auxílio de uma pinça cirúrgica utilizando gaze</p><p>estéril embebida com SF 0,9% ou clorexidina; ou</p><p>calçar luva estéril e com a mão dominante fazer</p><p>uma trouxa (torunda) com gaze estéril. Repetir este</p><p>procedimento quantas vezes for necessário;</p><p>18. Retirar com gaze estéril seca o excesso de SF</p><p>0,9% ou clorexidina da ferida operatória;</p><p>19. Manter uma gaze próxima a ferida operatória</p><p>para a identificação dos pontos cirúrgicos</p><p>removidos;</p><p>20. Utilizando a pinça anatômica, e em sua</p><p>ausência, a luva estéril, tracionar firmemente o</p><p>local de cruzamento do fio de sutura no primeiro</p><p>ponto cirúrgico para inserir a ponta distal da pinça</p><p>ou da lâmina de bisturi na extensão do fio de</p><p>sutura acima do nível da pele;</p><p>21. Cortar o fio de sutura unilateral com ponta</p><p>romba da tesoura curva da lâmina de bisturi, com</p><p>o corte da lâmina voltado para cima, cortar logo</p><p>abaixo do cruzamento do fio e tracioná-lo;</p><p>22. Retirar o ponto cirúrgico com o auxílio da</p><p>pinça;</p><p>23. Colocar os pontos cirúrgicos retirados sobre a</p><p>gaze;</p><p>24. Após a remoção dos pontos da ferida</p><p>operatória, realizar novamente limpeza local com</p><p>gaze estéril embebida com solução fisiológica a</p><p>0,9% ou clorexidina;</p><p>25. Retirar com gaze seca o excesso de solução</p><p>fisiológica a 0,9% ou clorexidina;</p><p>26. Reposicionar e manter o paciente confortável;</p><p>27. Manter a organização da unidade do paciente;</p><p>28. Desprezar o material utilizado nos locais</p><p>apropriados;</p><p>128</p><p>29. Realizar higienização das mãos com água e</p><p>sabão;</p><p>30. Realizar o registro do procedimento no</p><p>prontuário do paciente</p><p>OBS.11</p><p>Técnica de pontos simples interrompidos (sutura</p><p>com ponto simples):</p><p>Após o passo nº 25, alternar a retirada e</p><p>manutenção do ponto cirúrgico ao longo da</p><p>extensão da ferida operatória e seguir os passos de</p><p>nºs 26 a 30.</p><p>Técnica de pontos simples contínuos (sutura</p><p>contínua tipo chuleio simples):</p><p>Corte o lado oposto do nó numa das</p><p>extremidades distais da ferida operatória. Em</p><p>seguida, na outra extremidade da ferida</p><p>operatória, corte o fio de sutura, logo após o nó do</p><p>ponto cirúrgico. Tracionar a o fio de sutura em</p><p>direção oposta à pele do paciente, até a saída total</p><p>do fio de sutura.</p><p>ATENÇÃO!11</p><p>• Deve-se compreender</p><p>que as menores lâminas de</p><p>bisturi apresentam ponta mais</p><p>afiladas, recomendadas para</p><p>pequenas feridas operatórias.</p><p>• Em geral para uma ferida</p><p>operatória suficientemente</p><p>cicatrizada, os fios de suturas são</p><p>removidos entre 7 a 10 dias de pós-operatório.</p><p>Porém não é conveniente fixar prazos exatos, uma</p><p>vez que o processo de cicatrização tem influência de</p><p>vários fatores como nutrição, obesidade,</p><p>oxigenação, diabetes, infecção, uso de</p><p>corticosteroides, quimioterápicos antineoplásicos e</p><p>radiação.</p><p>• Caso, durante a retirada de pontos ocorrer</p><p>deiscência cirúrgica, recomenda-se interromper o</p><p>procedimento, proteger a área com curativo</p><p>compressivo embebido em solução fisiológica a</p><p>0,9%, fazer um curativo compressivo e contatar</p><p>imediatamente o médico.</p><p>Referências</p><p>1-</p><p>2- E-book coren</p><p>3- http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/Feridas_Tumorais.pdf</p><p>4- http://www.sobest.org.br/anais-arquivos/700725.html</p><p>5- Carvalho DV, Borges EL. Tratamento ambulatorial de pacientes com ferida cirúrgica</p><p>abdominal e pélvica. Rev. Min. Enferm [Internet] 2011; 15(1): 25-3. Disponível em:</p><p><http://www.enf.ufmg.br/site_novo/mod</p><p>ules/mastop_publish/files/files_4e1dbbb6670cc.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2016</p><p>6- https://www.coloplast.com.br/global/brasil/wound/cpwsc_guia_pu_a5_d7.pdf</p><p>7- https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/limpeza-das-</p><p>feridas/24010</p><p>8- http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/26_10_2009_10.46.46.f3edcb3b301c54</p><p>1c121c7786c676685d.pdf</p><p>9- Yeng LT, Stump P, Kaziyama HHS, Teixeira MJ, Imamura M, Greve JMA. Medicina física e</p><p>reabilitação em doentes com dor crônica. Rev Med. 2001;80(esp 2):245-55</p><p>10- http://www.hupe.uerj.br/hupe/Administracao/AD_coordenacao/AD_Coorden_public/</p><p>POP CDC 025. APLICAÇÃO DE CALOR OU FRIO.pdf</p><p>11- PARECER TÉCNICO Nº 009/2019 COREN-AL. REFERÊNCIA: PAD/COREN-AL Nº 255/2019/</p><p>http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/Feridas_Tumorais.pdf</p><p>http://www.sobest.org.br/anais-arquivos/700725.html</p><p>https://www.coloplast.com.br/global/brasil/wound/cpwsc_guia_pu_a5_d7.pdf</p><p>https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/limpeza-das-feridas/24010</p><p>https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/limpeza-das-feridas/24010</p><p>http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/26_10_2009_10.46.46.f3edcb3b301c541c121c7786c676685d.pdf</p><p>http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/26_10_2009_10.46.46.f3edcb3b301c541c121c7786c676685d.pdf</p><p>129</p><p>Cuidados de enfermagem com dispisitivos terapeuticos</p><p>Os profissionais de Enfermagem que</p><p>desenvolvem atividades assistenciais</p><p>relacionadas a dispositivos invasivos devem</p><p>assegurar ao paciente uma assistência livre de</p><p>danos causados por imperícia, imprudência ou</p><p>negligência, portanto, devem estar cientes dos</p><p>cuidados durante a manipulação, manutenção e</p><p>retirada de dispositivos, tais como acessos</p><p>vasculares, sondas, drenos e cateteres e ostomias.</p><p>Frequentemente terapias como estas são</p><p>alternativas para pacientes, não só no ambiente</p><p>intra-hospitalar como no extra hospitalar. Não</p><p>cabe ao técnico de enfermagem sua inserção, mas,</p><p>a manipulação e manutenção fazem parte dos</p><p>cuidados de rotina e requerem do profissional</p><p>entendimento de seus tipos e finalidades, assim</p><p>como a adequada manipulação.</p><p>OSTOMIAS</p><p>Ostomia é um procedimento cirúrgico que</p><p>consiste na abertura de um órgão oco como, por</p><p>exemplo, algum trecho do tubo digestivo, do</p><p>aparelho respiratório, urinário, ou outro qualquer,</p><p>mantendo uma comunicação com o meio externo,</p><p>através de uma fístula, por onde pode-se conectar</p><p>um tubo de inspeção ou manutenção,</p><p>exteriorizando uma pequena porção do órgão.</p><p>Como exemplo, a traqueostomia é aplicada a</p><p>pacientes com dificuldades respiratórias, em que</p><p>a traqueia é aberta abaixo do ponto congestionado</p><p>e um tubo é inserido no local para permitir a</p><p>entrada livre de ar, na colecistectomia quando se</p><p>abre a vesícula biliar para retirada de cálculos e</p><p>fecha-se ela novamente.</p><p>Em casos de câncer do intestino ou outros</p><p>problemas em que o intestino e o reto precisam ser</p><p>parcial ou totalmente extraídos, faz-se um estoma</p><p>ligando a extremidade do intestino preservado à</p><p>pele. É normal, nesses casos, a aplicação de uma</p><p>bolsa de colostomia para o recolhimento de fezes.</p><p>Conforme o local onde foi feito a ostomia dá-</p><p>se um nome diferente, iniciado pelo nome do local</p><p>e seguido de "ostomia".</p><p>A rigor, a palavra ″ostomia″ é incorreta por</p><p>derivar-se da palavra grega ″stoma", que significa</p><p>″boca″. Logo, a forma correta de se referir em</p><p>português é ″estomia″. Porém, assim como outros</p><p>termos médicos, o termo se popularizou Ostoma,</p><p>como vamos nos referir aqui para que não ocorra</p><p>incoerência no entendimento.</p><p>Existem vários tipos de ostomias, que podem</p><p>ser subdivididas em Ostomas de:</p><p>➢ Alimentação</p><p>➢ Eliminação</p><p>➢ Vias aéreas.</p><p>São algumas delas:</p><p>VIAS AÉREAS</p><p>Drenos, Sondas e Ostomias</p><p>Fundamentos de enfermagem</p><p>Data ___/___/____</p><p>Ciclo Básico</p><p>Traqueostomia</p><p>Abertura cirúrgica na parede anterior da</p><p>traquéia; Estoma cicatricial permanente</p><p>ou temporário obtido com a fixação da</p><p>traquéia à pele; Deve ser procedimento</p><p>temporário e eletivo; Nos casos de</p><p>urgência à via aérea –</p><p>cricotireoideostomia</p><p>Pleurostomia</p><p>Tem como objetivo a abordagem cirúrgica</p><p>da cavidade torácica por meio de uma</p><p>abertura, que será mantida pelo período</p><p>necessário para a limpeza, drenagem</p><p>adequada do espaço pleural e expansão do</p><p>pulmão. Geralmente realizada quando os</p><p>procedimentos como a toracocentese,</p><p>pleurostomia fechada, broncoscopia ou</p><p>mediastinoscopia são insuficientes para</p><p>definir o tratamento de doenças do tórax.</p><p>130</p><p>OSTOMIAS DIGESTIMAS</p><p>OSTOMIAS URINÁRIAS</p><p>A adoção da ostomia pode ser em</p><p>diferentes órgãos para atender diferentes</p><p>necessidades. O que difere as ostomias das</p><p>sondas, é que nas sondas se acessa um órgão</p><p>através de um trajeto que existe fisiologicamente</p><p>nas ostomias este trajeto é aberto cirurgicamente.</p><p>As ostomias mais comuns e que que</p><p>requerem mais cuidados de enfermagem são a</p><p>traqueostomia e a colostomia, que abordaremos</p><p>mais detalhadamente neste capítulo.</p><p>TRAQUEOSTOMIA E OS CUIDADOS DE</p><p>ENFERMAGEM.</p><p>A traqueostomia é</p><p>um procedimento cirúrgico</p><p>por meio do qual se cria um</p><p>orifício na frente</p><p>do pescoço que dá acesso</p><p>à traqueia, na altura</p><p>entre o 2º e 3º anéis,</p><p>permitindo uma</p><p>ventilação mecânica</p><p>prolongada, naqueles</p><p>casos em que a ventilação espontânea é</p><p>impossibilitada.</p><p>Normalmente, o ar passa pelas narinas ou</p><p>pela boca, atravessa a laringe por entre as pregas</p><p>vocais e segue pela traqueia até</p><p>os brônquios e alvéolos pulmonares.</p><p>Na traqueostomia, aquelas primeiras</p><p>etapas são eliminadas e o ar entra diretamente</p><p>na traqueia através de uma cânula colocada no</p><p>orifício feito na traqueia.</p><p>Ela representa, pois, um atalho para o paciente</p><p>que precisa da ajuda de aparelhos para respirar.</p><p>Dependendo da sua causa, a traqueostomia pode</p><p>ser temporária ou permanente.</p><p>Ela ajuda na remoção de secreções</p><p>brônquicas, na manutenção da ventilação</p><p>mecânica por longo prazo, na aspiração de</p><p>conteúdos orais ou gástricos e na substituição do</p><p>tubo das intubações endotraqueais, que não pode</p><p>ser mantido por longos períodos.</p><p>São indicações:</p><p>- Obstrução de VAS</p><p>- Melhoria das condições de higiene pulmonar</p><p>-Acesso à traqueia nos casos de ventilação</p><p>mecânica prolongada.</p><p>- Afecções neurológicas que afetam o centro da</p><p>respiração.</p><p>Esofagostomia</p><p>Procedimento que desvia a porção</p><p>do esôfago mais próxima a boca</p><p>para a lateral do pescoço, criando</p><p>uma via para que saliva, secreções</p><p>e alimentos que estiverem na boca</p><p>possam sair do corpo, evitando a</p><p>aspiração para os pulmões.</p><p>Gastrostomia</p><p>É um procedimento cirúrgico que</p><p>estabelece o acesso à luz do</p><p>estômago através da parede</p><p>abdominal.</p><p>Jejunostomia</p><p>Operação que consiste em criar</p><p>uma boca no jejuno para alimentar</p><p>o paciente com retração do</p><p>estômago</p><p>Ileostomia</p><p>Derivação intestinal, efectuada ao</p><p>nível do intestino delgado,</p><p>exteriorizando o ileo pela parede</p><p>abdominal, formando um novo</p><p>trajecto para a saída de fezes. O</p><p>paciente utiliza uma bolsa especial</p><p>para coleta das fezes.</p><p>Colostomia</p><p>Colostomia consiste na</p><p>exteriorização do intestino grosso,</p><p>mais comumente do cólon</p><p>transverso ou sigmóide, através da</p><p>parede abdominal, para</p><p>eliminação de gases ou fezes.</p><p>Ureterostomia</p><p>A urostomia é a exteriorização</p><p>dos condutos urinários através</p><p>parede abdominal, permitindo a</p><p>eliminação constante da urina</p><p>por gotejamento.</p><p>Cistostomia</p><p>Cistostomia suprapúbica ou</p><p>vesicostomia é uma conexão criada</p><p>cirurgicamente entre a bexiga</p><p>urinária e a pele a qual é utilizada</p><p>para drenar urina da bexiga em</p><p>indivíduos com obstrução do fluxo</p><p>urinário normal.</p><p>131</p><p>- Estados infecciosos (septicemia e tétano)</p><p>- Insuficiência respiratória de qualquer etiologia</p><p>-Traumatismo torácico associado a condição</p><p>pulmonar grave e movimentos paradoxais.</p><p>Para acessar correta a seguramente a região</p><p>traqueal, é necessário a utilização de uma cânula</p><p>(ou traqueóstomo) no óstio, para se a região fique</p><p>pérvia, protegida de agentes que transitam no</p><p>ambiente e bem fixada. Vamos conhecer agora</p><p>um pouco deste instrumento cujo qual será</p><p>responsabilidade da enfermagem sua</p><p>manipulação.</p><p>TIPOS DE CÂNULAS DE TRAQUEOSTOMIA4</p><p>Existem vários tipos de cânulas, fabricadas com</p><p>diferentes materiais de diferentes tamanhos e</p><p>usadas conforme a necessidade de cada paciente.</p><p>1. Cânula metálica;</p><p>2. Cânula plástica sem balão (sem cuff);</p><p>3. Cânula plástica com balão (com cuff).</p><p>1. Cânula metálica4</p><p>A cânula metálica possui duas peças (que</p><p>ficam no paciente) e um guia: cânula externa,</p><p>cânula interna e guia.</p><p>Antes de alguns exames ou tratamentos, a</p><p>cânula metálica precisa ser substituída por uma</p><p>cânula plástica ou o</p><p>procedimento é realizado</p><p>sem cânula, dependendo</p><p>da avaliação do</p><p>profissional responsável.</p><p>A cânula metálica não</p><p>pode ser utilizada nas</p><p>seguintes situações:</p><p>• Em pacientes que estão em tratamento</p><p>radioterápico na região da cabeça e pescoço;</p><p>• Em exames de ressonância magnética;</p><p>• Em exames de tomografia na região da cabeça e</p><p>pescoço;</p><p>• Contraindicação médica.</p><p>2. Cânula plástica sem balão (sem cuff) 4</p><p>Possui duas peças (que ficam no paciente) e</p><p>alguns acessórios que serão utilizados somente em</p><p>alguns casos, com a orientação da equipe</p><p>responsável.</p><p>3. Cânula plástica com balão (com cuff) 4</p><p>Possui duas peças (que ficam no paciente)</p><p>e um guia.</p><p>A importância a do cuff se dá pela fixação</p><p>da cânula nos anéis traqueais uma vez insuflado, e</p><p>132</p><p>permitir que a luz do traqueóstomo seja o único</p><p>pertuito viável.</p><p>Para entender os cuidados de enfermagem</p><p>com esses dispositivos, vamos entender um pouco</p><p>mais sobre suas partes.</p><p>A Higiene e aspiração do óstio e a troca do</p><p>cadarço de fixação.</p><p>A higiene local e a troca da fixação da cânula</p><p>de TQT devem ser diárias a fim de minimizar</p><p>irritações cutâneas. A fixação da cânula na região</p><p>cervical não deve ser muito frouxa para evitar</p><p>decanulação acidental ou formação de</p><p>granulomas por cisalhamento da cânula com o</p><p>traqueóstomo. A região entre a pele e a cânula</p><p>deve ser protegida com uma compressa de gaze2.</p><p>Em se tratando de uma região de via aérea, o</p><p>acúmulo de secreções é comum, o que requer a</p><p>necessidade de aspiração de vias aéreas. A cânula</p><p>deve ser aspirada sempre que necessário para</p><p>evitar oclusões por secreções.</p><p>Segundo a RESOLUÇÃO COFEN Nº 557/2017,</p><p>o procedimento de aspiração é de</p><p>responsabilidade do enfermeiro, no entanto,</p><p>ao</p><p>técnico de enfermagem pode ser delegado este</p><p>procedimento: “Art. 5º Os pacientes crônicos, em uso</p><p>de traqueostomia de longa permanência ou definitiva</p><p>em ambiente hospitalar, de forma ambulatorial ou</p><p>atendimento domiciliar, poderão ter suas vias aéreas</p><p>aspirada pelo Técnico de Enfermagem, desde que</p><p>devidamente avaliado e prescrito pelo Enfermeiro, como</p><p>parte integrante do Processo de Enfermagem.”</p><p>133</p><p>PROCEDIMENTOS</p><p>Objetivo</p><p>Manter perviabilidade da cânula e evitar processos</p><p>infeciosos.</p><p>Promover a limpeza da cânula e endocânula de</p><p>traqueostomia.</p><p>Proporcionar conforto ventilatório ao beneficiário.</p><p>Manter local limpo e seco.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>Bandeja,</p><p>Luvas de procedimento</p><p>Máscara</p><p>Luvas estéreis</p><p>Aspirador montado com látex</p><p>Sonda de aspiração de tamanho apropriado</p><p>02 ampolas de soro fisiológico</p><p>02 pacotes de gazes estéreis</p><p>Óculos protetores</p><p>Fronha</p><p>Cadarço para fixação</p><p>Seringa de 01 ml (êmbolo)</p><p>Biombo</p><p>PASSO A PASSO:</p><p>(ASPIRAÇÃO)</p><p>1. Confirme o paciente e o procedimento a ser</p><p>realizado;</p><p>2. Higienize as mãos;</p><p>3. Reúna os materiais na bandeja previamente</p><p>higienizada e leve ao quarto do paciente;</p><p>4. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na</p><p>pulseira de identificação;</p><p>5. Explicar o procedimento e seu propósito ao</p><p>paciente e/ou acompanhante;</p><p>6. Promover a privacidade do paciente;</p><p>7. Posicionar o paciente em decúbito dorsal com a</p><p>cabeceira elevada a 30°;</p><p>8. Interromper o curso de dieta enteral se houver</p><p>9. Colocar EPI (luvas, máscara e óculos);</p><p>10. Colocar uma fronha ou toalha sobre o tórax do</p><p>beneficiário logo abaixo da traqueostomia;</p><p>11. Dispor o material em mesa auxiliar abrindo os</p><p>pacotes dos materiais a serem utilizados sem</p><p>contaminá-los;</p><p>12. Abrir o frasco de aspiração de e ocluir a</p><p>extensão que conectará a sonda de aspiração, e</p><p>em seguida, adaptar o vacuômetro a extensão</p><p>do frasco coletor (em caso de frasco de aspiração</p><p>extra, caso contrário, o sistema será acoplado no</p><p>próprio frasco vacuômetro da régua de gazes).</p><p>13. Fazer o teste de aspiração (Mantenha a pressão</p><p>de aspiração entre 120 e 150 mmHg).</p><p>14. Identificar o frasco coletor com o nome</p><p>completo do paciente data e hora da abertura do</p><p>material.</p><p>15. (OPCIONAL: colocar oxímetro para monitorar</p><p>a SPO2 do paciente durante o procedimento);</p><p>16. Abrir o invólucro da sonda de aspiração e</p><p>adaptar a extremidade da extensão sem retirá-</p><p>la da embalagem completamente.</p><p>17. Calçar as luvas de procedimento</p><p>18. E na mão dominante calçar luva estéril que irá</p><p>conduzir a sonda de aspiração;</p><p>19. Retirar a sonda de aspiração do invólucro</p><p>puxando-a com a mão estéril.</p><p>20. Atenção: Ao introduzir a sonda no óstio,</p><p>clampear sua extremidade para que cesse sua</p><p>aspiração no momento da introdução;</p><p>21. Introduzir a sonda de aspiração clampeada,</p><p>sem sucção até o nível da carina (ocorre tosse</p><p>por estimulação);</p><p>22. Desclampear a sonda e com movimentos</p><p>circulares realize sua retirada promovendo a</p><p>aspiração das secreções.</p><p>23. Estes procedimentos, não devem exceder 15</p><p>segundos ou três aspirações;</p><p>24. Com a mesma técnica, após aspiração da</p><p>cânula endotraqueal, aspirar o nariz;</p><p>25. Por último a boca;</p><p>26. Desconectar a sonda e retirar a luva estéril</p><p>envolvendo-a na sonda;</p><p>27. Ocluir extremidade da sonda</p><p>28. Recolher e desprezar o material</p><p>adequadamente.</p><p>(LIMPEZA E TROCA DO CADARÇO)3</p><p>29. Despejar soro fisiológico sobre um pacote de</p><p>gaze;</p><p>30. Retirar o coxim(chumaços de gaze) anterior</p><p>aproveitando para observar a condição da pele</p><p>ao redor do estoma;</p><p>31. Calçar luvas estéreis;</p><p>32. Com auxílio de uma gaze tirar a andocânula.</p><p>134</p><p>33. Proceder à limpeza do lúmen da endocânula</p><p>com gaze embebida em soro fisiológico (pode-</p><p>se fazer o procedimento com a ajuda de um</p><p>êmbolo da seringa de 01 ml);</p><p>34. Reintroduzir a cânula na traqueostomia com</p><p>cuidado, certificando de seu sistema da trava;</p><p>35. Realizar a limpeza da extremidade externa da</p><p>traqueostomia com soro fisiológico e gaze, em</p><p>sentido horário;</p><p>(realize todo este processo sem retirar uma das</p><p>mãos da cânula, para não ocasionar a</p><p>decanulação do óstio, solicite auxílio se</p><p>necessário);</p><p>36. Trocar a presilha ou cadarço de fixação uma</p><p>extremidade de cada vez, garantindo a</p><p>estabilização da traqueostomia;</p><p>37. Dobrar uma gaze no sentido longitudinal e</p><p>colocar novo coxim (gaze) entre o estoma e a</p><p>cânula;</p><p>38. Desprezar os materiais utilizados;</p><p>39. Retirar as luvas estéreis;</p><p>40. Higienizar as mãos deixar o paciente</p><p>confortável, a unidade em ordem, não</p><p>esqueça de religar dispositivos que foram</p><p>desligados,</p><p>41. Registrar o cuidado prestado, aspecto da</p><p>pele, peri-estoma e secreção.</p><p>COLOSTOMIA E OS CUIDADOS DE</p><p>ENFERMAGEM.</p><p>O termo colostomia designa a união à parede</p><p>abdominal anterior de uma porção do cólon, com</p><p>o fim de permitir a evacuação de fezes e gases.</p><p>Para entender um pouco mais sobre as</p><p>colostomias vamos relembrar um pouco da</p><p>anatomia intestinal.</p><p>Após escolhida a região do Cólon quem que</p><p>será necessário pelo cirurgião, o cólon é suturado</p><p>na parede abdominal.</p><p>135</p><p>Assim como na traqueostomia, a colostomia</p><p>também necessita de dispositivo para que seu</p><p>estoma não fique exposto e não tão pouco haja</p><p>extravasamento de fezes livremente pelo orifício,</p><p>utiliza-se uma bolsa coletora, chamada de bolsa da</p><p>Karaya</p><p>Assim como os traqueóstomos, as bolsas de</p><p>Karaya possuem uma porção de modelos</p><p>disponíveis no mercado, dos modelos mais</p><p>simples, até os que oferecem ao paciente menos</p><p>riscos de dermatites e mais comodidade no</p><p>esvaziamento.</p><p>É importante mencionar algumas dessas</p><p>complicações que podem ocorrer, derivado do uso</p><p>prolongado de bolsa da bolsa coletora, pois, a</p><p>aderência contínua da bolsa na pele pode causar</p><p>dermatites, assim como também a exteriorização</p><p>da víscera pode sofrer com eviscerações,</p><p>prolapsos entre outros, essas complicações estão</p><p>relacionadas com a estrutura orgânica da</p><p>colostomia e sua funcionalidade. São classificadas</p><p>em dois grupos:</p><p>,</p><p>PROLAPSO E DERMATITE</p><p>http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/Cuidados+com+estoma.pdf/a4509c6c-</p><p>bc03-41b7-a113-43299bb91326</p><p>DERMATITE DE CONTATO OU DEMATITE</p><p>ALÉRGICA</p><p>http://www.convatec.pt/ostomia/informações-de-apoio-à-pessoa-ostomizada/informação-de-apoio-ao-</p><p>profissional-de-saúde/noções-básicas-sobre-ostomia/</p><p>HERNIAÇÃO PARA ESTOMAL</p><p>http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/Cuidados+com+estoma.pdf/a4509c6c-</p><p>bc03-41b7-a113-43299bb91326</p><p>A equipe de enfermagem além de ter muito</p><p>preparo técnico e científico para lidar com o</p><p>ostoma, necessita também senilidade moral para</p><p>lidar com o paciente colostomizado e entender</p><p>todos os sentimentos, dúvidas e inseguranças</p><p>característicos do paciente ostomizado.</p><p>As pessoas portadoras de estomas são</p><p>classificadas como portadores de deficiência, na</p><p>136</p><p>medida em que houve uma doença prévia que</p><p>deixou uma deficiência no sistema excretor e</p><p>produz limitações em várias esferas da vida, tanto</p><p>social quanto pessoal20.</p><p>PROCEDIMENTOS20</p><p>Objetivo</p><p>Assegurar qualidade às ações de enfermagem</p><p>relacionado ao portador de colostomia,</p><p>esvaziamento da bolsa assim como preservação e</p><p>higienização do estoma.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>• EPIs completos</p><p>• Bandeja não estéril</p><p>• Carro de curativos ou mesa auxiliar ou</p><p>superfície fixa</p><p>• Bolsa coletora com clamp próprio, consultar</p><p>Cuidados Especiais</p><p>• Protetores cutâneos em forma de: anel, placa,</p><p>pasta e/ou pó, de acordo com a prescrição de</p><p>enfermagem, consultar em Cuidados Especiais</p><p>(geralmente vem junto com a bolsa)</p><p>• Guia de mensuração do estoma ou pedaço de</p><p>plástico transparente</p><p>• Tesoura com ponta redonda</p><p>• Caneta hidrográfica</p><p>• Soro Fisiológico a 0,9% ou Água</p><p>• Gaze</p><p>• Recipiente plástico graduado ou uma comadre</p><p>• Saco plástico, forro impermeável ou papel</p><p>toalha</p><p>• Lixeira</p><p>• Biombo</p><p>Para este procedimento, não é necessário uso de luva</p><p>estéril; (apenas em caso de complicação com a pele</p><p>periestoma, mas nesta situação será necessário</p><p>intervenção do enfermeiro ou médico).</p><p>PASSO A PASSO:</p><p>1. Confirme o paciente e o procedimento a ser</p><p>realizado;</p><p>2. Higienize as mãos;</p><p>3. Reúna os materiais na bandeja previamente</p><p>higienizada e leve ao quarto do paciente no</p><p>carrinho de curativo;</p><p>4. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na</p><p>pulseira de identificação;</p><p>5. Explicar o procedimento e seu propósito ao</p><p>paciente e/ou acompanhante;</p><p>6. Promover a privacidade do paciente;</p><p>“Se for necessário realizar o registro fotográfico do</p><p>estoma e/ou paciente, solicitar por escrito a autorização”</p><p>7. Posicionar adequadamente o paciente para o</p><p>procedimento; expor apenas a área tratada;</p><p>8. Colocar EPIs: gorro, máscara, óculos e calçar as</p><p>luvas de procedimento;</p><p>***PARA LIMPEZA DA BOLSA***</p><p>9. Esvaziar a bolsa, proteja o lençol do paciente</p><p>com o auxílio de um forro plástico ou papel</p><p>toalha sob o abdome do paciente.</p><p>10. Em seguida ponha por cima da proteção do</p><p>lençol o recipiente plástico ou uma comadre</p><p>para recolher as fezes;</p><p>11. Abrir o clamp da bolsa coletora, e faça</p><p>movimentos de forma que o conteúdo fecal saia</p><p>em direção ao recipiente/comadre; se for</p><p>necessário a mensuração do conteúdo deve-se</p><p>optar por um recipiente graduado;</p><p>12. Após todo o conteúdo ter sido esvaziado da</p><p>bolsa, inicie a lavagem do interior da bolsa com</p><p>SF0,9 % ou água em volume suficiente para</p><p>remoção dos resíduos;</p><p>“Pode-se utilizar uma seringa de 20mL para</p><p>introduzir SF dentro da bolsa pelo mesmo</p><p>orifício de retirada das fezes, realizando esta</p><p>operação até que o aspecto de dentro da bolsa</p><p>seja mais limpo, secar a ponta da saída com</p><p>gaze antes de fechar”</p><p>13. Observar os aspectos e características do</p><p>conteúdo fecal;</p><p>14. Desprezar o respectivo material no vaso</p><p>sanitário (Não esquecer de registrar a</p><p>quantidade e características ao final do</p><p>procedimento);</p><p>***EM CASO DE RETIRADA/TROCA DA</p><p>BOLSA***</p><p>15. Para retirar a bolsa, levante a parte adesiva da</p><p>bolsa, segure firme e vá descolando lentamente</p><p>a bolsa e mantendo a pele esticada;</p><p>16. Observar os aspectos gerais de: cor, forma,</p><p>tamanho, protusão e integridade;</p><p>17. Lavar o estoma e a pele ao redor com jato</p><p>abundante de SF 0,9% ou água em temperatura</p><p>ambiente ou morna, com ajuda de gaze</p><p>embebidas em SF 0,9% ou água; faça</p><p>137</p><p>movimentos bastante suave ao redor do estoma</p><p>e periestoma;</p><p>“algumas literaturas orientam o uso de algodão ou</p><p>panos limpos com água morna para limpeza do</p><p>estoma, é viável, pois, se trata de uma área</p><p>contaminada que necessita apenas de técnica limpa,</p><p>não estéril”. Porém, neste passo a passo vamos</p><p>adotar o procedimento com gaze e SF.</p><p>18. Limpe bem para retirar fezes ou resíduos, a fim</p><p>de evitar dermatite química ou de contato;</p><p>19. Enxugar delicadamente a pele com algodão /ou</p><p>gaze;</p><p>20. Medir o diâmetro do estoma utilizando o guia</p><p>de mensuração, ponha-o em cima do estoma,</p><p>avaliando qual seja melhor o diâmetro, desde</p><p>que envolva todo estoma, em torno de 1mm a</p><p>mais, identifique o tamanho conforme a escala</p><p>do guia;</p><p>21. Com o molde feito, coloque sobre a flange da</p><p>placa adesiva da bolsa coletora, recorte conforme</p><p>o tamanho feito, a bolsa coletora deve atender</p><p>preferencialmente o tipo e características do</p><p>estoma;</p><p>22. Retirar o adesivo sobre a placa e aplicar a bolsa</p><p>diretamente na pele fazendo leve pressão em</p><p>movimentos circulares em torno do flange da</p><p>placa na área periestoma para uma melhor</p><p>aderência. caso seja necessário utilize um protetor</p><p>cutâneo;</p><p>23. Fechar o fundo da bolsa coletora utilizando o</p><p>clamp próprio;</p><p>24. Reunir o material e organizar a unidade do</p><p>paciente;</p><p>25. Desprezar o material utilizado nos locais</p><p>apropriados</p><p>26. Realizar higienização das mãos;</p><p>27. Realizar as anotações necessárias.</p><p>DRENOS</p><p>São tubos ou materiais colocados no</p><p>interior de uma ferida ou cavidade, visando</p><p>permitir a saída de fluídos ou ar, evitando o seu</p><p>acúmulo e removendo coleções diversas e ainda,</p><p>orientar trajetos fistulosos.</p><p>“A origem da palavra drenar vem do</p><p>inglês drain – esgoto, escoar”.</p><p>Algumas cirurgias exigem a necessidade da</p><p>colocação de drenos para facilitar o esvaziamento</p><p>do ar e líquidos (sangue, secreções) acumulados na</p><p>cavidade, assim como outras situações, para cada</p><p>uma dela existem uma forma de dreno, com o</p><p>material específico a necessidade do paciente em</p><p>formato e forma de ação.</p><p>Dreno pode ser definido como um objeto</p><p>de forma variada, produzido em materiais</p><p>diversos, cuja finalidade é remover líquido e/ou</p><p>secreções que se acumulam em ferida, entre os</p><p>tecidos, ou em cavidades do organismo. Todo o</p><p>procedimento deve respeitar os princípios de</p><p>assepsia.</p><p>Dentro das suas finalidades conforme visto</p><p>podemos dividir em três principais, são elas:</p><p>Diagnóstica: Visa observar o volume e o ritmo da</p><p>saída de líquidos e gases, a fim de se determinar a</p><p>existência e a permanência de uma afecção.</p><p>Ex: Hemorragia.</p><p>Preventiva: é uma das mais usadas sendo feita</p><p>sempre onde haja ou se suspeite de infecção,</p><p>quando os líquidos que se formam no local podem</p><p>comprometer o resultado cirúrgico ou o estado</p><p>geral do paciente.</p><p>Ex: cirurgias de pâncreas, apendicite aguda, etc.</p><p>Curativa: Visa eliminar o líquido enclausurado,</p><p>geralmente exsudato, permitindo que o organismo</p><p>promova a recuperação do processo.</p><p>Ex: abscessos, empiema da cavidade pleural.</p><p>MECANISMOS DE DRENAGEM</p><p>ESPONTÂNEA OU SIMPLES: gradiente de</p><p>pressão entre o local a ser drenado e o meio externo</p><p>ocorre naturalmente por: pressão dos órgãos,</p><p>capilaridade (dreno laminar), gravidade (dreno</p><p>tubular).</p><p>Material</p><p>Estrutura básica</p><p>Tipos de</p><p>sistema de</p><p>drenagem</p><p>Quanto ao uso</p><p>Forma de ação</p><p>138</p><p>SUCÇÃO OU SISTEMA A VÁCUO: gradiente de</p><p>pressão entre o local a ser drenado e o meio externo</p><p>ocorre por pressão negativa criada no orifício</p><p>externo do dreno (dreno tubular).</p><p>ESTRUTURA DOS DRENOS</p><p>Laminares</p><p>São achatados, maleáveis, feitos de</p><p>borracha sintética ou de plástico siliconizado.</p><p>Condução do efluente é direta, funcionam</p><p>por capilaridade. Os mais usados são os de</p><p>Penrose.</p><p>Tubulares</p><p>São em forma de tubo, feitos de polietileno,</p><p>silicone ou látex.</p><p>A condução do efluente depende do</p><p>número e tamanho dos orifícios laterais, a</p><p>drenagem se faz através de seu lúmen. Funcionam</p><p>por capilaridade, gravidade e por sucção.</p><p>Os mais usados são os torácicos:</p><p>Quanto ao sistema de drenagem:</p><p>A forma de drenagem do uma área além de</p><p>ser relativo ao tipo de estrutura do dreno, também</p><p>será relativo à forma de drenagem, que pode ser</p><p>um sistema aberto (sem coletor) ou fechado (possui</p><p>um coletor estéril que fica completamente sem</p><p>comunicação com o meio externo).</p><p>ABERTO: É aquele que possui interação com o</p><p>meio, ou seja, necessária entrada de ar para bom</p><p>funcionamento do sistema, risco aumentado de</p><p>infecção dependendo da cavidade a que se destina</p><p>drenar. (ex: Penrose)</p><p>FECHADO: Não requer elementos externos</p><p>adicionais para seu perfeito funcionamento,</p><p>utiliza-se um sistema vedado, estéril conectado a</p><p>extremidade do dreno, pode ser um frasco ou uma</p><p>bolsa. (Portovac, dreno de tórax).</p><p>Vamos conhecer os sistemas</p><p>completos, e aprender um pouco mais</p><p>sobre seu uso:</p><p>Dreno de tórax:</p><p>TORAX: Utilizados para retirar coleções</p><p>liquidas e gasosas que venham a interferir com o</p><p>bom funcionamento dos sistemas envolvidos.</p><p>Pode estar localizado na cavidade pleural, cavidade</p><p>pericárdica ou mediastino.</p><p>139</p><p>Tido com sistema de drenagem fechado, é</p><p>o dreno mais comum e utilizado após</p><p>cirurgias e traumas.</p><p>Neste sistema, através</p><p>deste reservatório coletor, é feito o chamado</p><p>selo d’água.</p><p>O selo d’água funciona como um sistema de</p><p>tampão, com a ponta do dreno submerso a 2</p><p>centímetro em SF a pressão hidrostática impede a</p><p>entrada de ar pelo tubo, o que poderia causar um</p><p>no novo colabamento pulmonar.</p><p>Na presença de colapso pulmonar,</p><p>quando por perfuração devido trauma, ou</p><p>cirurgia, presença de ar, secreção ou sangue,</p><p>faz-se necessária drenagem para re-expansão</p><p>pulmonar e restauração da pressão negativa.</p><p>Dreno de penrose:</p><p>Indicado para monitorar sangramento pós-</p><p>cirúrgicos, drenagem de abscesso.</p><p>140</p><p>Dispositivo de látex</p><p>Duas lâminas finas e flexíveis</p><p>Funcionam por capilares</p><p>Permite o escoamento de secreções</p><p>Cuidados importantes com dreno de penrose:</p><p>-Manipulação estéril: risco para infecção.</p><p>-Observar e mobilizar o dreno, evitando acúmulo</p><p>de fibrina;</p><p>-Realizar limpeza com técnica estéril e solução</p><p>fisiológica;</p><p>-Verificar fixação externa do dreno com a pele;</p><p>-Utilizar bolsa coletora estéril nos casos onde haja</p><p>drenagem de grande quantidade de líquidos.</p><p>Dreno de portovac:</p><p>É um sistema de drenagem fechado que utiliza</p><p>de uma leve sucção (vácuo), apresentando um</p><p>aspecto de sanfona.</p><p>É usado em cirurgias que se espera</p><p>sangramento no pós-operatório, ou seja, secreção</p><p>sanguinolenta.</p><p>Pode ser usado em cirurgias ortopédicas,</p><p>neurológicas e oncológicas.</p><p>Cuidados importantes com dreno de portovac:</p><p>-Prazo de permanência: aproximadamente 48</p><p>horas;</p><p>-Não tracionar;</p><p>-Verificar drenagem (presença de coágulos);</p><p>-Manipulação asséptica.</p><p>Dreno de BLAKE e de JACKSON PRATT</p><p>É um sistema de drenagem fechado que</p><p>utiliza de uma leve sucção (vácuo), apresentando</p><p>um aspecto de pêra.</p><p>141</p><p>Outros drenos</p><p>TIPOS DE EXCREÇÃO</p><p>(material drenado).</p><p>PRINCIPAIS</p><p>COMPLICAÇÕES COM DRENOS</p><p>• Hemorragias causadas por lesões da parede</p><p>abdominal, ou em órgãos próximos.</p><p>• Eviscerações pelo orifício de drenagem.</p><p>• Infecção da ferida operatória.</p><p>• Erosões de estruturas infra-operatória.</p><p>• Migração do dreno para a cavidade (má fixação).</p><p>• Contaminação da área drenada retrogradamente</p><p>(de fora para dentro).</p><p>• Aumento da reação inflamatória (por serem dreno</p><p>“corpos estranhos”).</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM</p><p>• Registrar separadamente o volume de cada dreno</p><p>na folha de balanço hídrico, isto possibilita</p><p>avaliação da redução ou aumento anormal da</p><p>drenagem.</p><p>• Registrar de forma precisa o aspecto da secreção</p><p>drenada.</p><p>• Importante checar a localização do dreno, quais os</p><p>cuidados a serem ministrados pela equipe, se está</p><p>suturado a pele ou não, tipo de dreno utilizado,</p><p>como manter a permeabilidade do mesmo, o</p><p>volume esperado de drenagem e principais</p><p>complicações com o dispositivo.</p><p>• Secreção Serosa</p><p>• Sanguinolenta</p><p>• Purulenta</p><p>• Serosanguinolenta</p><p>• Purosanguinolenta</p><p>• Seropurulenta</p><p>• Biliosa</p><p>• Fecaloide</p><p>DRENO DE PIGTAIL</p><p>O parecer técnico nº</p><p>037/2018 COREN-AL,</p><p>regulamenta a retirada de</p><p>dreno torácico, que é uma</p><p>atribuição do médico auxiliado</p><p>pelo enfermeiro.</p><p>142</p><p>PROCEDIMENTOS5</p><p>Objetivo</p><p>Assegurar qualidade às ações de enfermagem</p><p>relacionado ao portador de dreno torácico,</p><p>preservando o óstio através de procedimento de</p><p>técnica asséptica e esvaziamento do coletor.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>EPIs completos</p><p>01 Bandeja</p><p>S.F. 0,9%</p><p>Luvas de procedimento</p><p>10 ml Solução alcoólica</p><p>01 Kit material para curativo</p><p>estéril</p><p>Fita microporosa Hipoalergênica</p><p>Frasco coletor graduado</p><p>Fita crepe</p><p>SF OU Água destilada (AD) 200mL</p><p>PASSO A PASSO5:</p><p>1. Confirme o paciente e o procedimento a ser</p><p>realizado;</p><p>2. Higienize as mãos;</p><p>3. Reúna os materiais na bandeja previamente</p><p>higienizada e leve ao quarto do paciente no</p><p>carrinho de curativo;</p><p>4. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na pulseira</p><p>de identificação;</p><p>5. Explicar o procedimento e seu propósito ao</p><p>paciente e/ou acompanhante;</p><p>6. Promover a privacidade do paciente;</p><p>7. Posicionar adequadamente o paciente para o</p><p>procedimento; expor apenas a área tratada;</p><p>Colocar EPIs: gorro, máscara, óculos e calçar as</p><p>luvas de procedimento;</p><p>***CURATIVO DA INSERÇÃO DO DRENO***</p><p>(c/pinça)</p><p>8. Manter o dreno desclampeado durante o</p><p>procedimento.</p><p>9. Remover o curativo anterior tracionando a pele</p><p>do paciente.</p><p>10. Retirar luvas de procedimento;</p><p>11. Realizar fricção das mãos com preparação</p><p>alcoólica</p><p>12. Calçar luvas de procedimento;</p><p>13. Abrir kit de curativo estéril, com técnica asséptica</p><p>sobre a bandeja.</p><p>14. Abrir o material estéril sobre o campo de</p><p>curativo.</p><p>15. Iniciar o curativo pelo sítio de inserção do dreno,</p><p>com gaze estéril e S.F. 0,9% ampliando o campo e</p><p>secá-lo com gazes.</p><p>16. Colocar 4 gazes abertas na parte inferior da</p><p>incisão do dreno e 4 gazes abertas na parte</p><p>superior da mesma;</p><p>17. Fixar as gazes com fita microporosa</p><p>hipoalergênica.</p><p>18. Realizar assepsia da borracha do dreno até a</p><p>conexão da extensão do frasco com gazes</p><p>embebidas em solução alcoólica a 70%.</p><p>19. Deixar secar espontaneamente.</p><p>20. Proteger a pele do paciente com fita microporosa</p><p>hipoalergênica e fixar, neste local, o dreno com</p><p>esparadrapo.</p><p>21. Desprezar o material utilizado em local próprio.</p><p>22. Retirar luvas de procedimento -identificar</p><p>fixação da punção da seguinte forma: P = data da</p><p>punção T = data da troca do curativo e nome do</p><p>profissional que realizou o curativo.</p><p>23. Reabrir o dreno que fora pinçado;</p><p>24. Deixar o paciente confortável, a unidade em</p><p>ordem e realizar as anotações de enfermagem.</p><p>***Curativo com luvas será realizado com a</p><p>mesma dinâmica, substituindo o uso das pinças</p><p>pelas luvas estéril, assim como aprendido no</p><p>capítulo anterior de curativos****</p><p>TROCA DA SOLUÇÃO DO FRASCO DO DRENO</p><p>DE TÓRAX (selo d’água)</p><p>PASSO A PASSO5:</p><p>***PARA REALIZAR A TROCA DA SOLUÇÃO DO</p><p>FRASCO DO DRENO DE TÓRAX E/OU</p><p>MEDIASTINO VAMOS CONTINUAR DO 20º</p><p>PASSO***</p><p>25. Retirar as luvas, higienizar as mãos,</p><p>26. Preparar o material sobre a mesa auxiliar.</p><p>27. Abrir o frasco de SF ou água destilada (pode-se</p><p>utilizar um transofix para esta tarefa);</p><p>28. Clampear o dreno (ou manter clampeado).</p><p>29. Colocar um novo par de luvas de procedimento</p><p>e fazer a leitura da quantidade de líquido</p><p>drenado e observar seu aspecto.</p><p>143</p><p>30. Abrir a tampa do dreno sem contaminar a haste</p><p>central.</p><p>(opcionalmente pode-se deixar a trampa do</p><p>frasco sobre uma superfície estéril, ou caso em</p><p>não de posse dessa superfície, segurar o frasco</p><p>durante todo o procedimento com uma das</p><p>mãos)</p><p>31. Desprezar o volume drenado.</p><p>32. Lavar o frasco do dreno com SF ou AD.</p><p>33. Selar frasco do dreno com SF ou AD.</p><p>34. Utilizar 500 ml de SF ou AD para frasco do</p><p>dreno com capacidade de 2000 ml ou 300 ml</p><p>para capacidade de 1000 ml.</p><p>35. Tampar o frasco do dreno, de modo que a que</p><p>sua haste fique submersa em torno de 2,5 cm na</p><p>solução.</p><p>36. Marcar o nível original do líquido com fita crepe</p><p>no lado de fora do frasco.</p><p>37. Anotar data, horário, volume e assinar.</p><p>38. Desclampear o dreno e deixá-lo no local</p><p>apropriado ao tipo de drenagem.</p><p>39. Deixar o paciente confortável no leito.</p><p>40. Desprezar o material utilizado em local próprio.</p><p>41. Retirar luvas procedimento, higienizar as mãos;</p><p>42. Manter o ambiente em ordem.</p><p>43. Realizar as anotações do volume e aspecto</p><p>drenado na folha de balanço hídrico do</p><p>paciente.</p><p>***TROCA DE CURATIVO DA INSERÇÃO DO</p><p>DRENO E TROCA DE SELO D’ÁGUA, O QUE</p><p>ANOTAR? ***</p><p>Aspecto do óstio da inserção do dreno</p><p>Há sinais flogísticos?</p><p>Fixação do tudo está íntegra? Segura?</p><p>Considerar o tipo de curativo que foi deixado;</p><p>O selo d’água, oscila? frequente ou</p><p>discretamente?</p><p>Qual o aspecto da solução drenada?</p><p>Qual a quantidade?</p><p>Tem odor característico?</p><p>Quantos mL foi deixado</p><p>no novo selo?</p><p>Anote todas as informações relevantes e em caso</p><p>de anormalidade grave, solicite avaliação do</p><p>enfermeiro e/ou cirurgião responsável.</p><p>Sondas</p><p>Sondas são cateteres flexíveis, estéreis ou não,</p><p>que podem ser introduzidos em algum canal do</p><p>organismo, nas mucosas (nasal, oral, retal, uretral)</p><p>com a finalidade de drenar ou introduzir fluidos,</p><p>quando as funções não estão na sua normalidade</p><p>ou seus orifícios obstruídos.</p><p>As principais sondas e mais usuais na</p><p>dinâmica da enfermagem, são as sondas uretrais</p><p>(de alívio e de demora), sondas enterais</p><p>(nasogástricas, nasoentérica), e as retais, cujos</p><p>quais aprenderemos neste capítulo, é importante</p><p>frisar que não cabe ao cabe ao técnico alguns</p><p>procedimentos pertinentes as sondagens, de</p><p>acordo com o COFEN.</p><p>A resolução do COFEN Nº 0450/2013</p><p>Normatiza o procedimento de Sondagem Vesical</p><p>no âmbito do Sistema Cofen /CORENs. Relata a</p><p>respeito da sondagem vesical que:</p><p>“A sondagem vesical é um procedimento invasivo e</p><p>que envolve riscos ao paciente, que está sujeito a</p><p>infecções do trato urinário e/ou a trauma uretral ou</p><p>vesical. Requer cuidados de Enfermagem de maior</p><p>complexidade técnica, conhecimentos de base científica</p><p>e capacidade de tomar decisões imediatas e, por essas</p><p>razões, no âmbito da equipe de Enfermagem, a inserção</p><p>de cateter vesical é privativa do Enfermeiro, que deve</p><p>imprimir rigor técnico-científico ao procedimento.</p><p>Ao Técnico de Enfermagem, observadas as</p><p>disposições legais da profissão, compete a realização de</p><p>atividades prescritas pelo Enfermeiro no planejamento</p><p>da assistência, a exemplo de monitoração e registro das</p><p>queixas do paciente, das condições do sistema de</p><p>drenagem, do débito urinário; manutenção de técnica</p><p>limpa durante o manuseio do sistema de drenagem,</p><p>coleta de urina para exames; monitoração do balanço</p><p>hídrico – ingestão e eliminação de líquidos; sob</p><p>supervisão e orientação do Enfermeiro”.</p><p>E sobre a retirada das sondas no PARECER DE</p><p>CONSELHEIRO N° 063/2018.</p><p>Sobre as sondas gástricas e entericas as</p><p>orientações são semelhantes, pela RESOLUÇÃO</p><p>144</p><p>COFEN Nº 0453/2014 que aprova a norma técnica</p><p>que dispõe sobre a Atuação da Equipe de</p><p>Enfermagem em Terapia Nutricional.</p><p>E PARECER TÉCNICO Nº 006/2018 COREN-AL</p><p>_____________________________________</p><p>________________________________________</p><p>________________________________________</p><p>________________________________________</p><p>________________________________________</p><p>________________________________________</p><p>________________________________________</p><p>________________________________________</p><p>SONDAS GÁSTRICAS E ENTERICAS</p><p>As sondas nasogastricas e/ou orogastricas e</p><p>nasoenterais passam pelo nariz ou boca</p><p>(orogastricas), e vão até o estômago ou duodeno</p><p>sendo considerado um procedimento invasivo,</p><p>conforme indicação ou prescrição médica. Estes</p><p>dispositivos servem para alimentar o paciente que</p><p>se encontra impossibilitado de se alimentar via</p><p>oral. As sondas nasogástricas ou orogástricas</p><p>servem também para monitorar débito gástrico,</p><p>sangramentos, retirar substâncias indesejáveis</p><p>através da lavagem gástrica6.</p><p>INDICAÇÕES</p><p>• Obter amostras de conteúdo gástrico para</p><p>análise (acidimetria);</p><p>• Lavagem gástrica</p><p>•.Administração de drogas e alimentação</p><p>(Gavagem)</p><p>• Prevenção de vômitos após grandes cirurgias</p><p>• Descompressão gástrica por remoção líquidos e</p><p>gases do trato gastrintestinal superior</p><p>CONTRA INDICAÇÕES</p><p>• Traumatismos severos de trajeto</p><p>• Varizes esofagianas</p><p>• Neoplasias de trajeto e gástrico (procedimento</p><p>médico)</p><p>COMPLICAÇÕES</p><p>• Aderência de mucosa</p><p>•Obstrução da sonda se não lavadas corretamente</p><p>(fechando a luz por partículas sólidas:</p><p>medicamentos ou dietas).</p><p>AS SONDAS GÁSTRICAS</p><p>• Nasogástrica ou oro gástrica.</p><p>• A mais utilizada é a sonda de Levine variando</p><p>para adultos do nº 14 ao nº 18 FR.</p><p>Sonda nasogástrica (levine) existe no</p><p>mercado tanto tubos de plástico como de borracha</p><p>com orifícios laterais próximos à ponta, são</p><p>passadas normalmente pelas narinas ou boca.</p><p>Você já é capaz</p><p>explicar a diferença</p><p>entre um dreno, uma</p><p>sonda e um ostomia?</p><p>145</p><p>COMO É INSTALADA</p><p>MATERIAIS UTILIZADOS</p><p>Conforme visto nas diretrizes do COFEN/</p><p>COREN ao técnico de enfermagem não cabe a</p><p>introdução das sondas, porém o conhecimento do</p><p>mecanismo deste procedimento é interessante</p><p>pelo dever de como componente da equipe,</p><p>auxiliar o enfermeiro e ter a maior segurança para</p><p>manipular o dispositivo no que lhe cabe.</p><p>Saber os componentes da bandeja para</p><p>realização deste procedimento é não só viável,</p><p>como também instrumento de avaliação para um</p><p>bom técnico de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>• Luvas de procedimento</p><p>“Não é necessário luva estéril”</p><p>• Bandeja previamente higienizada.</p><p>• Sonda Levine</p><p>“Numeração adequada para o porte do paciente”</p><p>• Xylocaína em Gel</p><p>“Para realizar a lubrificação, facilitando a entrada’</p><p>• Fixação para a sonda</p><p>“com fixação apropriada, micropore ou</p><p>esparadrapo, conforme rotina”</p><p>• Seringa de 20mL</p><p>• Estetoscópio</p><p>1. Mensura-se com</p><p>a sonda a medida do</p><p>lóbulo da orelha ao</p><p>ápice do nariz.</p><p>2. E do ápice do nariz,</p><p>ao apêndice xifoide.</p><p>‘’O teste de correta localização da</p><p>sonda é feito através da ausculta de um</p><p>estetoscópio posicionado na região</p><p>epigástrica do paciente. Com uma</p><p>seringa de 20mL preenchida com ar</p><p>ambiente, injeta-se pela sonda de forma</p><p>rápida, ao tempo que realiza a ausculta,</p><p>será emitido som de borbulha pelo suco</p><p>gástrico, este som respalda quanto a</p><p>correta localização da sonda’’.</p><p>Realiza-se a fixação da sonda na narina</p><p>em seguida</p><p>3. Marca-se esta medida com</p><p>o auxílio de um esparadrapo</p><p>4. Lubrifica-se a ponta da</p><p>sonda com Xilocaína em gel.</p><p>5. Introduz-se sonda lentamente.</p><p>Após a introdução de</p><p>aproximadamente 10cm, pedir ao</p><p>paciente que flexione o pescoço e</p><p>realiza movimentos de deglutição</p><p>para facilitar a introdução.</p><p>Insere-se então o restante da</p><p>sonda de forma contínua até o a</p><p>marcação realizada.</p><p>146</p><p>A sonda pode ser aberta ou fechada, cada uma</p><p>tem uma função:</p><p>Sonda Nasogástrica Aberta7</p><p>(SIFONAGEM)</p><p>É utilizada para drenar líquidos intra-gástricos</p><p>que são classificados conforme sua cor.</p><p>- Esverdeado: Bile</p><p>- Borra de café: bile + sangue</p><p>- Sanguinolenta vivo</p><p>- Sanguinolento escuro</p><p>-Amarelo</p><p>Esse procedimento é feito geralmente após</p><p>alguma cirurgia onde o sistema digestivo do</p><p>paciente precisa de repouso, também em casos de</p><p>intoxicação exógena onde o</p><p>produto ingerido precisa ser</p><p>eliminado do organismo o mais</p><p>rápido possível.</p><p>O procedimento de inserção é</p><p>o mesmo, porém na ponta da</p><p>sonda coloca-se um coletor,</p><p>para que o líquido exteriorizado</p><p>se acondicione e seja avaliado.</p><p>Sonda Nasogástrica fechada7</p><p>(GAVAGEM)</p><p>Essa sonda é utilizada para alimentação</p><p>quando por alguma razão não pode se alimentar</p><p>pela via oral, por exemplo: Câncer de língua,</p><p>garganta; Anorexia; Deglutição prejudicada ou</p><p>risco grande de engasgo, repouso pós-operatório</p><p>etc. Estando o paciente em uso de sonda a</p><p>administração de medicamento de VO também</p><p>pode ser feita por meio dela.</p><p>Lavagem gástrica</p><p>É a introdução através da SNG, de líquido na</p><p>cavidade gástrica, seguida de sua remoção. Tem</p><p>como objetivo remover do estômago substâncias</p><p>tóxicas ou irritantes, preparar para cirurgias do</p><p>aparelho digestivo. Deve-se evitar a lavagem</p><p>gástrica em casos de envenenamento por</p><p>substâncias causticas, para não provocar</p><p>perfuração do esôfago ou estômago, pela sonda9.</p><p>SONDA NASOENTERAL</p><p>A sonda nasoenteral é passada da narina até o</p><p>intestino. A técnica de sondagem se assemelha com</p><p>a técnica de sondagem nasogástrica, diferindo da</p><p>sonda nasogástrica, por ter o calibre mais fino,</p><p>causando assim, menos trauma ao esôfago, e por</p><p>alojar-se diretamente no intestino, necessitando</p><p>de controle por Raios-X para verificação do local</p><p>da sonda.</p><p>Tem como função a alimentação do paciente e</p><p>administração de medicamentos, sendo de escolha</p><p>em caso de pacientes que receberam alimentação</p><p>via sonda por tempo indeterminado e prolongado.</p><p>A sonda nasoenteral tem comprimento</p><p>variável de 50 a 150 cm, e diâmetro médio interno</p><p>de 1,6mm e externo de 4mm, com marcas</p><p>numéricas ao longo de sua extensão, facilitando</p><p>posicionamentos,</p><p>maleáveis, com</p><p>fio-guia metálico</p><p>flexível, radiopaca,</p><p>chama de SONDA</p><p>NUTRIFLEX OU</p><p>DOBBHOFF.</p><p>147</p><p>Na prática a inserção da sonda nasoentérica</p><p>tem o mesmo método de inserção da nasogástrica</p><p>sendo necessário na mensuração apenas adicionar</p><p>uma medida. (do apêndice xifoide até a cicatriz</p><p>umbilical).</p><p>A sonda Nutriflex ou Dobbhoff, possui um fio</p><p>guia metálico(mandril), é por meio dele que é</p><p>realizado a identificação da sua correta instalação,</p><p>em geral são necessárias 2h para que a sonda migre</p><p>do estômago para o duodeno, esta passagem é</p><p>facilitada colocando-se o paciente em decúbito</p><p>lateral direito.</p><p>A composição da bandeja é semelhante a de</p><p>sondagem nasogástrica:</p><p>Após este momento conforme mencionado a</p><p>realização de um RX de abdome verifica sua</p><p>localização.</p><p>Após a confirmação da correta localização</p><p>através de RX, pelo médico, o fio guia dele ser</p><p>retirado, e sonda pode ser utilizada para</p><p>alimentação e/ou administração de medicamento.</p><p>TERAPIA NUTRICIONAL</p><p>Conjunto de procedimentos relacionados à</p><p>administração de dieta enteral por meio de sondas</p><p>posicionadas no estômago ou intestino de</p><p>pacientes incapazes de atingir suas necessidades</p><p>nutricionais pela alimentação oral ou daqueles que</p><p>necessitam de formulações enterais específicas8.</p><p>(mandril)</p><p>148</p><p>A NE (nutrição enteral) e a NP (nutrição</p><p>parenteral) devem ser individualizadas, e</p><p>programadas para atender as necessidades</p><p>específicas e metabólicas de cada paciente8.</p><p>Uma equipe multiprofissional de terapia</p><p>nutricional trabalha este processo afim de ofertar</p><p>ao paciente um suporte nutricional adequado, cabe</p><p>a enfermagem sua correta e assídua administração,</p><p>nortada por todos os cuidados necessários.</p><p>A dieta usada na nutrição enteral pode ser</p><p>industrializada ou não. As fórmulas de nutrição</p><p>enteral que não são industrializadas são chamadas</p><p>de artesanais, pois são aquelas preparadas</p><p>manualmente pelo próprio paciente ou cuidador</p><p>por meio da liquidificação de alimentos in natura.</p><p>As fórmulas de nutrição enteral industrializadas</p><p>levam vantagem na medida em que apresentam</p><p>estabilidade, composição nutricional e</p><p>osmolaridade definidas e controle microbiológico.</p><p>Isso permite que seu uso seja feito com maior</p><p>segurança.</p><p>FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO</p><p>Administração com seringa (bolus)</p><p>Administração com equipo</p><p>Administração em bomba de infusão</p><p>149</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA TN</p><p>• As dietas ofertadas para sonda nasogástrica</p><p>(para o estômago) ou nasoentérica (para o</p><p>intestino) são diferentes, pois a forma de digestão</p><p>de cada órgão é diferente, a dieta precisa ser</p><p>apropriada a cada região.</p><p>• Aguardar o tempo de migração do cateter para</p><p>a região pós-pilórica (±2 horas) e iniciar a NE</p><p>somente após a confirmação do posicionamento do</p><p>cateter através de testes de posicionamento e/ou</p><p>confirmação radiológica tóracoabdominal.</p><p>• Pacientes com elevado risco para</p><p>broncoaspiração deverão receber a TNE sob</p><p>infusão controlada por bomba de infusão.</p><p>• Manter o paciente posicionado com a cabeceira</p><p>da cama elevada em 30 a 45º (quando não houver</p><p>contraindicação) para evitar refluxo da dieta e</p><p>consequente broncoaspiração.</p><p>• Avaliar e assegurar a instalação da NE,</p><p>observando as informações contidas no rótulo,</p><p>confrontando-as com a prescrição médica.</p><p>• Solicitar reavaliação do posicionamento do</p><p>cateter enteral a cada 6 horas ou antes de iniciar</p><p>uma nova dieta;</p><p>• A dieta tem validade de 12 horas em</p><p>temperatura ambiente, e de 24 horas, sob</p><p>refrigeração (vide protocolo institucional e</p><p>fabricante) e antes da instalação, conferir o tipo de</p><p>dieta enteral, o volume, a vazão e os dados do</p><p>paciente na prescrição médica.</p><p>• Observar/Relatar/Comunicar sinais de</p><p>intolerância à dieta ou à sua vazão: distensão</p><p>abdominal, náuseas/vômitos e diarreia</p><p>• Trocar o equipo de dieta a cada 24 horas, (vide</p><p>protocolo institucional e fabricante). Realizar</p><p>identificação do mesmo com: data, hora e nome do</p><p>profissional responsável.</p><p>• Desligar a dieta, pelo menos, 15 minutos antes</p><p>de realizar procedimentos que estimulem os</p><p>reflexos de tosse e de vômito, e em situações que</p><p>necessitem abaixar a cabeceira da cama, como por</p><p>exemplo, o banho em paciente acamado, aspiração</p><p>de vias aéreas, etc.</p><p>• Respeitar o tempo de infusão programado, para</p><p>assegurar aporte proteico-calórico adequado.</p><p>PROCEDIMENTOS</p><p>Objetivo10</p><p>•Melhorar significativamente o estado geral e</p><p>nutricional do paciente.</p><p>•Reduzir complicações infecciosas, tempo de</p><p>internação e custos relacionados ao tratamento.</p><p>•Usar em situações clínicas onde o tubo digestivo</p><p>encontra-se íntegro, o paciente não deve alimentar-</p><p>se pela boca.</p><p>•Usar em pacientes com anorexia prolongada, má</p><p>nutrição protéico-calórica severa, trauma de</p><p>cabeça e pescoço ou desordens neurológicas que</p><p>impedem a alimentação oral satisfatória, estado de</p><p>depressão, falência hepática e etc. em que o</p><p>metabolismo esteja elevado.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais10</p><p>• Luvas de procedimento;</p><p>• Frasco com nutrição enteral prescrita;</p><p>• Equipo próprio para nutrição enteral;</p><p>• Seringa de 20 ml;</p><p>• Copo com água potável;</p><p>• Suporte de soro</p><p>• Bomba de infusão (conforme necessidade e</p><p>prescrição médica)</p><p>PASSO A PASSO10:</p><p>***INTALAÇÃO DE TN EM SONDA</p><p>NASOGÁSTRICA OU NASOENTÉRICA***</p><p>(c/pinça)</p><p>1. Confirme o paciente e o procedimento a ser</p><p>realizado. Consultar a prescrição médica e</p><p>verificar o rótulo da dieta;</p><p>2. Confirmar com o enfermeiro o correto</p><p>posicionamento da sonda;</p><p>3. Higienize as mãos;</p><p>4. Limpar de forma asséptica o balcão onde irá ser</p><p>manuseada a nutrição enteral (NE) antes de sua</p><p>administração. Mantendo o balcão livre de</p><p>quaisquer outros medicamentos e materiais</p><p>estranhos;</p><p>5. Reúna os materiais na bandeja previamente</p><p>higienizada e leve ao quarto do paciente;</p><p>6. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na</p><p>pulseira de identificação;</p><p>150</p><p>7. Explicar o procedimento e seu propósito ao</p><p>paciente e/ou acompanhante: explicar sobre o</p><p>posicionamento correto da sonda e sua fixação</p><p>e os riscos de seu deslocamento, esclarecer ao</p><p>paciente e sua família a necessidade de manter</p><p>o paciente em decúbito elevado. Orientar sobre</p><p>a importância de notificar a ocorrência de</p><p>náuseas, vômitos, flatulência, aerofagia, dores</p><p>abdominais, frequência e aspecto das</p><p>evacuações;</p><p>8. Preparar o paciente colocando-o semi-sentado</p><p>com cabeceira elevada a 30º;</p><p>9. Calçar luvas de procedimento;</p><p>10. Verificar volume aspirado residual se</p><p>necessário ou conforme protocolo institucional.</p><p>11. Acoplar o equipo no frasco da dieta e instalar o</p><p>frasco no suporte;</p><p>12. Lavar a sonda com 20 ml de água potável</p><p>utilizando a seringa;</p><p>13. Conectar o equipo da dieta a sonda</p><p>14. Administrar a dieta por bomba de infusão, ou</p><p>conforme prescrição, de forma contínua ou</p><p>intermitente;</p><p>15. Monitorar a infusão da dieta;</p><p>16. “Se” ou conforme prescrição médica” A cada 3</p><p>horas, pinçar a sonda, retirar o equipo e lavar a</p><p>mesma com 20 ml de água potável;</p><p>17. Se houver obstrução da sonda, o procedimento</p><p>recomendado para desobstrução é a lavagem da</p><p>mesma com aproximadamente 20 ml de água</p><p>sob pressão, ou com volume maior, utilizando</p><p>uma seringa.</p><p>18. Deixar o paciente confortável e a unidade em</p><p>ordem,</p><p>queixas do cliente no prontuário;</p><p>• Não realize procedimentos por conta própria;</p><p>• Em caso de dúvida procure a enfermeira</p><p>responsável;</p><p>• Só realize medicação prescrita pelo médico;</p><p>• Informe-se das normas e rotinas do ambiente de</p><p>trabalho.</p><p>TRABALHANDO O PROCESSO DE</p><p>HOSPITALIZAÇÃO</p><p>A internação na unidade de enfermagem</p><p>prepara o paciente para a sua estadia no hospital,</p><p>por isso, deve se estabelecer uma ligação amigável</p><p>e de confiança tanto com o paciente como com a</p><p>sua família.</p><p>Algumas rotinas devem ser realizadas para</p><p>a hospitalização, vamos conhecê-las.</p><p>Admissão</p><p>O processo de admissão compreende desde</p><p>a entrada do paciente no hospital até a oficialização</p><p>de sua internação. Para isso, existem uma série de</p><p>protocolo a seguir, que variam de instituição para</p><p>instituição e de setor para setor, mas alguns destes</p><p>pontos são peculiares a maioria deles:</p><p>Depois de preenchidos todos os protocolos</p><p>de internação pelo pessoal do burocrático ou</p><p>recepção a enfermagem</p><p>• Confere e ou/instalar pulseira de identificação.</p><p>• Apresenta o paciente onde se localiza o posto de</p><p>enfermagem, e o profissional que o prestará os</p><p>cuidados de enfermagem, informa normas de</p><p>rotinas e horários.</p><p>• Verifica sinais vitais e preenche protocolo de</p><p>Admissão de setor, conforme houver, ofertar</p><p>vestimenta do hospital.</p><p>• Verificar peso e altura s/necessário, verificar</p><p>alergias, dietas e preparar o paciente para</p><p>possíveis procedimentos aos quais ele deva ser</p><p>submetido ou levá-lo à unidade de internação.</p><p>Anotar todos os procedimentos no prontuário.</p><p>• Dependendo do setor prover acesso venoso e dar</p><p>banho conforme protocolo.</p><p>• Realize anotação de enfermagem com riqueza de</p><p>detalhes.</p><p>Transferência</p><p>As transferências ser INTERNAS, ocorrem</p><p>dentro do próprio hospital ou para outro hospital</p><p>EXTERNAS. Requer cuidados quanto à papelada e</p><p>orientações ao paciente e a sua família,</p><p>garantindo a continuidade do tratamento para</p><p>onde ele for.</p><p>• Avalie a condição física do paciente para</p><p>determinar o meio de transferência (cadeira de</p><p>rodas ou maca). Geralmente não é permitida a</p><p>transferência com o paciente deambulando, esse</p><p>transporte deve ser feito pelo maqueiro.</p><p>• Se houver pertences do paciente, recolha-os todos</p><p>listados durante a admissão.</p><p>• As medicações que foram fornecidas pelo</p><p>hospital não deverão acompanhar o paciente nem</p><p>na trans. interna e nem na externa, o setor de</p><p>farmácia deve ser notificado da transferência e</p><p>tomará as providências para o envio da</p><p>medicação para outro setor.</p><p>• Notificar também os setores, copa, nutrição,</p><p>recepção e todos os que desrespeito a rotina do</p><p>paciente.</p><p>• Enviar cópia do prontuário, laudo médico e de</p><p>enfermagem com o resumo dos cuidados, sendo</p><p>transferência externa, e na interna apenas a parte</p><p>do prontuário que for preconizado envio e a</p><p>prescrição de medicamentos vigente.</p><p>• A unidade que vai acomodar o paciente deve</p><p>informar o novo leito do paciente, que só sairá do</p><p>setor com certeza do seu destino.</p><p>• Se o paciente estiver sendo transferido para uma</p><p>UTI, o hospital pode requerer que o médico</p><p>A cartilha dos direitos do paciente é um</p><p>documento que todo o profissional que</p><p>lida com o paciente deve conhecer.</p><p>Que tal realizar essa leitura?</p><p>Registre no seu portfólio todos os</p><p>pontos importantes</p><p>13</p><p>responsável pelo paciente forneça novas ordens de</p><p>tratamento.</p><p>• Dependendo do Geral do paciente será necessário a</p><p>presença do enfermeiro ou até o médico.</p><p>• Realize anotação de enfermagem com riqueza de</p><p>detalhes.</p><p>Alta</p><p>A alta não deve significar só a saída do</p><p>hospital, mas sim, realizar um planejamento entre</p><p>equipe, família e paciente que deverá ser</p><p>executado pelo paciente e sua família fora do</p><p>hospital. Nesse planejamento a orientação ao</p><p>paciente e a sua família sobre a doença que teve ou</p><p>ainda têm, os cuidados a serem desenvolvidos e as</p><p>possíveis mudanças que deverão ocorrer por um</p><p>período de tempo que poderá ser curto ou</p><p>prolongado, deverão ser a abordagem principal da</p><p>alta, isto é educação em</p><p>saúde, ele deve se iniciar</p><p>desde a admissão até a</p><p>finalmente a alta.</p><p>• Antes do dia oficial da alta</p><p>informar ao paciente e a sua</p><p>família o horário e a data</p><p>estimado.</p><p>• Se a família não tiver transporte informar-se a</p><p>assistência social.</p><p>• A ordem de alta hospitalar deve ser dada pelo</p><p>médico.</p><p>• Caso o paciente queira ir embora por conta</p><p>própria, contrariando as ordens médicas, deverá</p><p>fazê-lo por escrito em formulário apropriado do</p><p>hospital.</p><p>• Devolva os pertences do paciente.</p><p>• Oriente o paciente sobre a medicação, tratamento</p><p>e cuidados que deverão ser realizados em casa.</p><p>• Realize anotação de enfermagem com riqueza de</p><p>detalhes.</p><p>É importante considerar que a alta do</p><p>paciente pode não ocorrer de forma natural e</p><p>deliberada pela equipe de saúde, quando o paciente</p><p>opta pela interrupção da terapêutica dentro do</p><p>processo de internação pode solicitar um ALTA A</p><p>PEDIDO, nestas situações o paciente e seu</p><p>responsável assinam um termo de responsabilidade</p><p>pela sua saída. Outra situação é a EVASÃO quando</p><p>o paciente deixa a unidade sem prévia autorização</p><p>ou conhecimento da equipe, sem que haja a</p><p>possibilidade de assinatura de termo de</p><p>responsabilização, nestas situações a evasão deve</p><p>ser bem documentada pela equipe nas anotações de</p><p>enfermagem.</p><p>Óbito</p><p>• Após o óbito devem ser seguidos os mesmos</p><p>procedimentos de uma alta e realizar o pacote –</p><p>técnica a ser abordada mais na frente.</p><p>• Deve-se entregar os pertences aos familiares e a</p><p>via adequada da declaração de óbito, realizando</p><p>o registro da entrega no livro de protocolo.</p><p>• A notícia do óbito deve ser dada pelo médico,</p><p>ou serviço de psicologia.</p><p>• Realize anotação de enfermagem com riqueza</p><p>de detalhes.</p><p>Livro de Ocorrência</p><p>Livro ocorrências de enfermagem é um</p><p>caderno ata de anotações</p><p>destinado a registrar</p><p>acontecimentos importantes</p><p>e muitas vezes não relativos</p><p>a um paciente em específico,</p><p>eventos não comuns</p><p>ocorridos durante o plantão</p><p>devem ser registrados para</p><p>respaldo da equipe, além de</p><p>informações mais relevantes de passagem de</p><p>plantão. Não é objeto da ocorrência relatar</p><p>cuidados específicos a cada paciente, esse tipo de</p><p>anotação, é feita no prontuário de cada paciente</p><p>como veremos a seguir.</p><p>O QUE ANOTAR NUMA OCORRÊNCIA?</p><p>(EXEMPLO)</p><p>12/02/19. 19h Entrego plantão com</p><p>15 pacientes, medicados, e asseados, preencho</p><p>checklist de materiais de setor, todos os itens</p><p>presentes e em correto funcionamento, envio</p><p>materiais ao expurgo, lâmpada do banheiro da</p><p>enfermaria 4 queimada, enfermeira ciente,</p><p>acionado manutenção, recebo lâmpada do</p><p>laringoscópio, colocado no devido lugar. Não</p><p>houve coleta de laboratório neste horário,</p><p>enfermagem segue aguardando, deixo setor</p><p>devidamente organizado e em ordem. Passo</p><p>plantão para equipe noturna. téc.de</p><p>enfermagem Maria Flor Coren-AL</p><p>123-456-</p><p>14</p><p>Passagem de Plantão</p><p>Utilizada pela enfermagem como</p><p>mecanismo de assegurar a continuidade da</p><p>assistência prestada, deve ser feita de forma verbal</p><p>ou com ajuda de checklist, e não ocupar mais que</p><p>10 minutos.</p><p>A passagem de plantão consiste em uma</p><p>rotina onde a equipe assistencial de um turno</p><p>transmite ao turno seguinte, de uma forma</p><p>sistematizada, informações relevantes e</p><p>pendências relativas ao gerenciamento dos casos</p><p>sob sua responsabilidade. O resultado esperado é</p><p>a garantia da continuidade da assistência e, com</p><p>isso, evitar perda de informações relevantes para</p><p>os membros da equipe assistencial. Assim como</p><p>está prevista no Código de Ética dos profissionais</p><p>de enfermagem capítulo I, artigo 16 - “Garantir a</p><p>continuidade da assistência de enfermagem em</p><p>condições que ofereçam segurança...4”</p><p>Escala e distribuição de tarefas</p><p>As tarefas durante um plantão</p><p>independente do horário precisam ser</p><p>distribuídas, além do cuidado com os pacientes,</p><p>existem serviços</p><p>lavar as mãos.</p><p>19. Checar e evoluir no prontuário do paciente a</p><p>instalação da NE e lavagem.</p><p>**TROCA DA FIXAÇÃO DA SONDA</p><p>NASO11**</p><p>1. Cumpra os protocolos iniciais, -lavagem das</p><p>mãos, checagem de pulseira, identificar-se,</p><p>reunir materiais etc.</p><p>2. A fixação deverá ser realizada de acordo com</p><p>protocolo institucional, se com fixadores</p><p>apropriados para sonda, com micropore ou</p><p>esparadrapo. Porém, atente para peles de RN e</p><p>idosos o qual o uso de esparadrapo é</p><p>contraindicado.</p><p>3. Esta fixação deve ser trocada quando estiver</p><p>suja ou solta;</p><p>*com esparadrapo ou micropore*</p><p>4. Retire a fixação antiga (cuidado para não puxar</p><p>a sonda junto), utilizando algodão ou gaze</p><p>úmida;</p><p>5. Atente sempre para que a sonda não fique solta</p><p>a ponto de sair do lugar, permaneça segurando-</p><p>a de necessário, ou solicite a colaboração do</p><p>acompanhante ao do próprio paciente se</p><p>consciente e orientado.</p><p>6. Limpe o nariz com água e sabão se necessário, e</p><p>seque bem e sem friccionar;</p><p>7. Fixe a sonda de acordo como frisado na imagem</p><p>acima, atente para que a sonda não deve ficar</p><p>dobrada, nem puxar a narina;</p><p>8. Deixe o paciente confortável, a unidade em</p><p>ordem. Lave as mãos e realiza as anotações de</p><p>enfermagem.</p><p>151</p><p>SONDAS VESICAIS</p><p>A cateterização urinária (sondagem</p><p>vesical) trata-se de uma medida invasiva, em que</p><p>uma sonda é introduzida no interior da bexiga,</p><p>através do canal uretral,</p><p>com o objetivo de drenar a urina ou instalar</p><p>medicamento ou líquido e dependendo da sua</p><p>indicação.</p><p>Ela pode ser de dois tipos:</p><p>-Sonda de alívio (SVA), o qual é inserida por um</p><p>curto período de tempo e removida logo em</p><p>seguida,</p><p>- Sonda de demora (SVD) ou de retenção que</p><p>manter-se no local por um período prolongado6</p><p>Ato da micção</p><p>A micção é uma atividade fisiologicamente</p><p>voluntária no adulto, a bexiga tem capacidade de</p><p>armazenamento de 300 a 500 ml, a quantidade de</p><p>urina armazenada dependerá da quantidade de</p><p>líquido ingerido. Os músculos do períneo e</p><p>assoalho pélvico relaxam para ocorrer a micção e</p><p>que normalmente indolor, de coloração</p><p>normalmente amarelo dourado, e odor</p><p>característico, a frequência da micção dependerá</p><p>da quantidade de urina produzida12.</p><p>O profissional de enfermagem precisa ter o</p><p>conhecimento dos processos fisiológicos humanos</p><p>básicos normais, para que tenha o olhar para</p><p>reconhecer os processos fisiopatológicos que</p><p>acometem o paciente.</p><p>SVD (masculino ou feminino)</p><p>Seguramente, o cateterismo vesical de</p><p>demora é um dos procedimentos mais</p><p>amplamente praticados e vem sendo de grande</p><p>valor para o diagnóstico e tratamento de vários</p><p>processos patológicos.</p><p>Finalidades</p><p>• Aferição de débito urinário</p><p>• Drenagem urinária</p><p>• Irrigação vesical</p><p>• Pós-operatório</p><p>• Administração de medicamentos</p><p>Indicações</p><p>• Retenção urinária obstrutiva ou funcional</p><p>(bexiga neurogênica);</p><p>• Certas condições de incontinência urinária</p><p>• Peri operatório</p><p>• Doenças da uretra, bexiga e da próstata</p><p>• Lesões extensas de pelve e de períneo</p><p>• Trauma</p><p>• Avaliação contínua da diurese em clientes</p><p>gravemente enfermos</p><p>A sonda é inserida no meato uretral por</p><p>meio de um procedimento completamente estéril,</p><p>após a lubrificação do canal com xilocaína, até que</p><p>chegue a bexiga, pós sua inserção é insuflado um</p><p>balão para que haja oclusão do canal uretral e para</p><p>que a sonda não seja exteriorizada com os</p><p>movimentos do paciente.</p><p>Tipos de sondas para cateterismo de demora</p><p>A sonda utilizada para a SVD é a sonda de Foley</p><p>A sonda de foley pode der duas ou três vias.</p><p>152</p><p>Bandeja de Cateterismo vesical de</p><p>demora</p><p>Saber os componentes da bandeja para</p><p>realização deste procedimento é não só viável,</p><p>como também instrumento de avaliação para um</p><p>bom técnico de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>1. Par de luvas estéril (01);</p><p>2. Sonda de Foley (01);</p><p>“escolher o Fr adequado a faixa etária ao sexo e a</p><p>necessidade, e o número de vias conforme</p><p>indicação médica ”;</p><p>3. Tudo de Xylocaína geléia estéril (uso único);</p><p>4. seringas de 20 ml</p><p>(2 p/masculina 1 p/feminina);</p><p>5. Agulha (40x12)</p><p>“servirá para aspirar a AD”</p><p>6. Pacote para cateterismo 01</p><p>“geralmente contendo: cúpula redonda, pinça</p><p>cheron, cuba rim, campo frenestrado”</p><p>7. Campo esterilizado (opcional)</p><p>8. ampolas de água destilada 02amp.</p><p>9. pacotes de gaze, conforme necessidade;</p><p>10. Material para higiene íntima (s/n);</p><p>“caso haja necessidade de realizar higiene íntima</p><p>antes do procedimento”</p><p>11. Micropore;</p><p>12. Coletor de urina sistema fechado (se SVD)</p><p>13. Solução de antissepsia padronizada no hospital;</p><p>“Clorexidina, aquosa e/ou degermante, o uso de</p><p>povidine tem sido abolido”</p><p>14. Saco p/ Lixo</p><p>Via de conexão</p><p>com a sonda, e</p><p>acesso para</p><p>aspiração de</p><p>diurese</p><p>Clamp e orifício de</p><p>desprezo de diurese</p><p>Clap para</p><p>interrupção da</p><p>coleta urinária na</p><p>bolsa</p><p>153</p><p>Cuidados</p><p>Manter a bolsa coletora sempre abaixo no</p><p>nível da bexiga sem encostá-la no chão, se</p><p>necessário elevar a bolsa, elevar com a bolsa</p><p>clampeada.</p><p>PROCEDIMENTOS5</p><p>Objetivo</p><p>Realizar coleta de urina para exame.</p><p>Responsabilidade</p><p>Equipe de enfermagem.</p><p>Materiais</p><p>-EPIs incluído máscara de proteção</p><p>-Bandeja</p><p>-Seringa de 20mL e agulha 30x7mm o 30x8mm</p><p>-Etiqueta para identificação da amostra;</p><p>-Coletor de urina para a amostra</p><p>-Luvas de procedimento, bolas de algodão ou gaze</p><p>-Álcool 70%</p><p>-Papagaio</p><p>PASSO A PASSO:</p><p>**COLETA DE URINA POR SVD18</p><p>1. Confirme o paciente e o procedimento a ser</p><p>realizado;</p><p>2. Verifique o pedido de exame, assim como a</p><p>realização de preparo prévio que se faça</p><p>necessário;</p><p>3. Higienize as mãos;</p><p>4. Dirija-se a anuidade do paciente</p><p>5. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na pulseira</p><p>de identificação</p><p>6. Explicar o procedimento e seu propósito ao</p><p>paciente e/ou acompanhante;</p><p>7. Clampear a extensão da bolsa coletora pouco</p><p>abaixo do local apropriado para punção, por um</p><p>período de até 30 minutos;</p><p>8. Reúna os materiais na bandeja previamente</p><p>higienizada,</p><p>9. Identifique o coletor da amostra da urina, e torne</p><p>a unidade do paciente;</p><p>10. Colocar EPIs: gorro, máscara, óculos e calçar as</p><p>luvas de procedimento;</p><p>11. Realizar a desinfecção do dispositivo com álcool</p><p>70%.</p><p>12. Com a pinça ainda clampeada, introduzir a</p><p>agulha acoplada a seringa no dispositivo, aspirar</p><p>a diurese.</p><p>13. Depositar no frasco coletor da amostra e tampá-</p><p>lo;</p><p>14. Desclapear a sonda.</p><p>15. Retirar luvas, deixar a unidade organizada e o</p><p>paciente confortável no leito</p><p>16. Higienizar as mãos e realizar as anotações de</p><p>enfermagem.</p><p>**DEPREZO DE URINA DO SISTEMA</p><p>FECHADO</p><p>A bolsa coletora deve ser esvaziada</p><p>regularmente para que o fluxo se mantenha</p><p>contínuo e não haja acúmulo excessivo (volume</p><p>superior a 2/3 da capacidade total do coletor) e</p><p>risco de refluxo da urina da bolsa para o tubo</p><p>coletor.</p><p>1. Confirme o paciente e o procedimento a ser</p><p>realizado;</p><p>2. Higienize as mãos;</p><p>3. Dirija-se a anuidade do paciente</p><p>4. Identifique-se e em seguida confira o nome</p><p>completo do paciente na prescrição e na</p><p>pulseira de identificação</p><p>5. Explicar o procedimento e seu propósito ao</p><p>paciente e/ou acompanhante;</p><p>6. Calce luvas, óculos e demais EPIs.</p><p>“Pacientes que deambulam, orientados e com</p><p>plena motilidade de MMII e MMSS, podem</p><p>desprezar a própria diurese na bacia sanitária”</p><p>7. Em caso de pacientes acamados, leve até o leito</p><p>um papagaio.</p><p>8. Desencape a via de saída de diurese coletor de</p><p>urina de sistema fechado;</p><p>9. Coloque dentro do papagaio a destrave</p><p>permitindo a saída da diurese.</p><p>10. Após o completo escoamento, Trave a via,</p><p>reencape, e deixe a sonda no local habitual,</p><p>sempre abaixo do nível da bexiga.</p><p>154</p><p>11. Despreze a diurese do papagaio na bacia</p><p>sanitária.</p><p>12. Retirar luvas, deixar a unidade organizada</p><p>de organização e ordem do setor,</p><p>como levar ou pegar materiais no expurgo, fazer a</p><p>ocorrência, manter o setor organizado com as</p><p>coisas no seu devido lugar, receber materiais de</p><p>setor, tarefas que variam de local para local, de</p><p>equipe para equipe, mas existem e precisam ser</p><p>distribuídos por igual. Além da distribuição de</p><p>pacientes, tarefa atribuída ao enfermeiro, este,</p><p>deve distribuir por igual carga a quantidade e peso</p><p>os pacientes do setor.</p><p>Ex: Num determinado setor há 3 técnicos de</p><p>enfermagem para 10 pacientes, dois técnicos de</p><p>enfermagem ficam com 3 paciente e 1 com quatro</p><p>pacientes, sendo que, o profissional que ficou com</p><p>a maior quantidade ficará com os pacientes mais</p><p>leves, ou os não acamados. Cada caso é estudado</p><p>afim de distribuir a carga de trabalho por igual.</p><p>O PRONTUÁRIO E ANOTAÇÕES</p><p>DE ENFERMAGEM</p><p>O prontuário é</p><p>o instrumento</p><p>de registro de</p><p>tudo o que</p><p>acontece com o</p><p>paciente</p><p>dentro do</p><p>ambiente hospitalar e a história de sua doença da</p><p>evolução a cura, ou a história da permanência do</p><p>paciente no hospital com início meio e fim,</p><p>realizado por vários profissionais.</p><p>Para o COFEN A documentação do</p><p>paciente (prontuário) e os demais documentos</p><p>inerentes ao processo de cuidados enfermagem</p><p>(livros de ocorrência, relatórios, etc.) constituem a</p><p>finalização do processo de cuidar do paciente:</p><p>trazem maior visibilidade a profissão, permitem o</p><p>planejamento da assistência, refletem a</p><p>produtividade da equipe, permitem que sejam</p><p>feitas estatísticas de atendimento, servem de fonte</p><p>de consulta para inspeção da auditoria de</p><p>enfermagem, são provas cabais da jornada de</p><p>trabalho, e ainda, poderão servir para a defesa ou</p><p>incriminação de profissionais de saúde.</p><p>De acordo o CFM, o prontuário médico deve ser</p><p>mantido na instituição por, no mínimo, 20 anos,</p><p>conforme diz a Resolução CFM nº 1.821/2007, no</p><p>caso de documentos impressos em papel. Para os</p><p>prontuários digitalizados ou microfilmados, esse</p><p>armazenamento deve ser permanente</p><p>Nele devem/podem conter:</p><p>• Folha de admissão;</p><p>• Folha de evolução e prescrição médica – contém</p><p>os registros médicos para o tratamento do cliente;</p><p>• Folha de evolução e prescrição de enfermagem –</p><p>contém o registro de todos os cuidados e</p><p>observações feitos e prescritos ao paciente. A</p><p>folha de evolução de enfermagem é feita pela</p><p>enfermeira, geralmente chamada de SAE.</p><p>• Folha de anotações de enfermagem – destinada as</p><p>anotações observadas e realizadas pelo técnico de</p><p>enfermagem ou por qualquer outro membro da</p><p>equipe de enfermagem: aparência, queixas,</p><p>exames, alimentação, comportamento,</p><p>contensões, cuidados prestados, respostas aos</p><p>15</p><p>tratamentos, encaminhamentos, eliminações e</p><p>outras;</p><p>• Folha de controle de sinais vitais;</p><p>• Folha de balanço hídrico;</p><p>• Folha de nutrição;</p><p>Entre outras que podem conter.</p><p>“As anotações de enfermagem devem</p><p>ser: RICAS, CLARAS E OBJETIVAS”.</p><p>Vale sempre lembrar*</p><p>• Conter sempre data e hora</p><p>• Todos os dados devem ser</p><p>registrados imediatamente após o</p><p>ocorrido;</p><p>• Deve obedecer a uma ordem</p><p>cronológica tanto nos relatos</p><p>quando no tempo.</p><p>• O nome do paciente deve conter no cabeçalho da</p><p>folha de anotação, por este motivo, não é</p><p>necessário repeti-lo no texto da anotação, se</p><p>prontuário eletrônico, o nome do paciente já</p><p>estará lá.</p><p>• O profissional deve assinar a anotação se</p><p>identificando, seguido do número do Coren, se</p><p>aluno, colocar o nome da instituição de ensino; a</p><p>utilização de carimbo é facultativa.</p><p>• As anotações devem ser preenchidas a caneta</p><p>preta ou azul;</p><p>• Não rasurar, NUNCA, usar corretivos ou</p><p>borracha;</p><p>• Tomar cuidado com a utilização de palavras</p><p>como, normal, muito, pouco, parece. Utilizar a</p><p>palavra paciente apenas quando couber, evitar</p><p>repetição excessiva.</p><p>• Tomar cuidado com termos redundantes.</p><p>• Algo que não tenha, não contenha, não aparente,</p><p>não precisa ser ressaltado, apenas se antes havia.</p><p>• Escrever aspas quando for referir algo do</p><p>paciente, “aspas”;</p><p>• Evitar o termo paciente, cliente, criança no início</p><p>de cada frase;</p><p>• Para corrigir algo que escreveu errado usar as</p><p>palavras: digo, em tempo, sem efeito;</p><p>• Não se devem deixar espaços em branco e ao fim</p><p>das anotações, isso evita que outras pessoas</p><p>escrevam fatos que não foi você que realizou.</p><p>• Não precisa parágrafos, não pule linhas, escreva</p><p>em texto contínuo.</p><p>• Conter apenas abreviaturas e siglas prevista em</p><p>literatura ou que constem em siglário institucional;</p><p>ROTEIRO PRÁTICO</p><p>O conteúdo de uma anotação de</p><p>enfermagem sempre será relativo ao tipo de</p><p>cuidado prestado, a manifestação, e a resposta</p><p>clínica do paciente, cada caso será diferente e não</p><p>existe receita que possa ser usada em todas as</p><p>situações, porém vamos montar um roteiro que</p><p>facilite seu entendimento e ajude a entender a</p><p>organização de uma anotação.</p><p>Ex. do que deve/pode conter na evolução?</p><p>1) Data – Hora (sempre deve conter e no início)</p><p>2) Dia de internação – DIH (se admissão relatar</p><p>como admissão, e dizer como o paciente deu</p><p>entrada, com quem, e a as condições neuro e</p><p>fisiológicas)</p><p>3) Nível de Consciência, orientação e condição de</p><p>movimentação</p><p>4) Sintomas, queixas</p><p>5) SSVV (sinais vitais) por escrito</p><p>6) Dieta - tipo,via e aceitação</p><p>7) Eliminação - diurese e evacuações – com</p><p>quantidade e aspecto</p><p>8) Alterações que você pode avaliar</p><p>9) Procedimentos realizados</p><p>10) Carimbo e Assinatura</p><p>Utilizando este roteiro como base, as regras que</p><p>aprendemos, e imaginando um caso fictício esta</p><p>anotação ficaria assim.</p><p>08/02/19 - 20:02 - 6º DIH,</p><p>HD: DM descompensada, segue consciente,</p><p>orientada, fásica, em O2 ambiente, déficit motor</p><p>aparente. Afebril, eupneica, taquicardia,</p><p>níveis pressóricos elevados no momento desse</p><p>registro. Dieta por VO para DM, aceitando</p><p>integralmente. Diurese por SVD sistema</p><p>fechado, débito de 800 ml de cor amarela,</p><p>aspecto turvo. Apresenta abdômen flácido e</p><p>indolor, edema em MMII com cacifo, varizes</p><p>em MID. Queixa-se de astenia e visão</p><p>embasada. Realizado dextro 236 mg/dl.</p><p>Maria Flor. Téc.de Enfermagem coren-</p><p>AL 123-456.------</p><p>Observe que os termos técnicos e siglas são</p><p>utilizados de forma a tornar o texto mais objetivo e</p><p>16</p><p>rápido, mas como foi dito, eles precisam ser</p><p>termos e siglas já existentes e padronizados no</p><p>seu local de trabalho. Aos poucos, você se</p><p>acostumará com esta nova linguagem, enquanto</p><p>isso, consulte dicionários de termos técnicos e</p><p>peça ajuda ao professor com os que você ainda</p><p>não está familiarizado.</p><p>Mas agora vamos treinar um pouco.</p><p>Monte uma anotação de enfermagem para</p><p>a situação fictícia a seguir.</p><p>HOSPITAL SANTA JULIANA</p><p>Nome: João Morrendo da Dores</p><p>Estado civil: Viúvo / Idade: 81a.</p><p>Sexo: (X) M ( )F / Cor: Parda</p><p>Setor: Internamento Clínica Médica</p><p>Convênio: Saúde Demais / Leito: 07</p><p>Este paciente chegou no hospital ontem e</p><p>entrou pela emergência, chegou de cadeira de</p><p>rodas acompanhado de sua filha, após ter sofrido</p><p>uma queda da própria altura, recebeu do setor de</p><p>emergência todos os cuidados, não foi constatado</p><p>nenhuma fratura, ele não é hipertenso, é diabético</p><p>e tem alergia a dipirona, agora está internado no</p><p>seu setor, e aos cuidados da enfermagem, relata</p><p>ainda sentir um pouco de dor no quadril, e anda</p><p>com dificuldade por causa dela, mas diz que é</p><p>suportável, tem também um pequeno curativo no</p><p>dedão do pé por conta da queda, hoje ele relatou</p><p>que suas eliminações fisiológicas ambas estão</p><p>presentes sem nenhum sinal de anormalidade, se</p><p>alimenta bem pela boca e come tudo, você</p><p>realizou nele sinais vitais de horário, e medicação</p><p>de horário, o curativo estava feito já pela equipe</p><p>da manhã, ele ainda não tem previsão de alta.</p><p>(Esta linguagem é coloquial, você a reescreverá</p><p>na linguagem correta utilizada para uma</p><p>anotação de enfermagem, conforme orientação</p><p>do professore)</p><p>VAMOS TRABALHAR?</p><p>HOSPITAL SANTA JULIANA</p><p>Nome: João Morrendo das Dores</p><p>Estado civil: Viúvo / Idade: 71a.</p><p>Sexo: (X) M ( )F / Cor: Parda</p><p>Setor: Internamento Clínica Médica</p><p>Convênio: Saúde Demais / Leito: 07</p><p>17</p><p>E aí? Como você se saiu? Continue</p><p>treinando! Anotação de enfermagem não se</p><p>aprende da noite pro dia!</p><p>E como já foi dito, não existe uma “receita</p><p>de bolo” para as anotações de enfermagem, elas</p><p>são peculiares a cada caso, mas abaixo vamos ver</p><p>uma série de exemplos que te ajudarão a entender</p><p>em cada situação o que precisa ser relatado.</p><p>Admissão</p><p>Você já aprendeu o que é e como deve ser a</p><p>admissão do cliente. Na anotação de enfermagem</p><p>ele deve conter.</p><p>• Nome completo do paciente no cabeçalho,</p><p>• Data e hora da admissão;</p><p>• Condições de chegada (deambulando, em</p><p>maca, cadeira de rodas, etc.);</p><p>• Presença de acompanhante ou responsável;</p><p>• Condições de higiene;</p><p>• Se o paciente tem alergias, e se está portando a</p><p>identificação delas conforme protocolo</p><p>institucional.</p><p>• Queixas relacionadas ao motivo da internação;</p><p>• Rol de valores e pertences do paciente;</p><p>• Procedimentos/cuidados realizados, conforme</p><p>prescrição ou rotina institucional (mensuração</p><p>de sinais vitais, punção de acesso venoso, coleta</p><p>de exames, elevação de grades, etc.);</p><p>• Orientações prestadas.</p><p>Pré-operatório</p><p>• Procedimentos realizados no pré-operatório,</p><p>conforme prescrição ou rotina institucional</p><p>(banho, higiene oral, mensuração de sinais</p><p>vitais, retirada e guarda de próteses, roupas</p><p>íntimas, presença e local de dispositivos –</p><p>acesso venoso, sondas, local de tricotomia,</p><p>condições de pele, etc.);</p><p>• Tempo de jejum;</p><p>• Orientações prestadas;</p><p>• Esvaziamento de bexiga;</p><p>• Administração de pré-anestésico, se houver;</p><p>• Encaminhamento/transferência para o Centro</p><p>Cirúrgico.</p><p>Pós-operatório:</p><p>• Posicionamento no leito e instalação de</p><p>equipamentos (monitores, grades no leito, etc.);</p><p>• Sinais e sintomas observados (cianose, palidez</p><p>cutânea, dor, náuseas, vômitos, tremores,</p><p>hipotensão, etc.);</p><p>• Características e local do curativo cirúrgico,</p><p>conforme prescrição ou rotina institucional;</p><p>• Instalação e/ou retirada de dispositivos,</p><p>conforme prescrição ou rotina institucional</p><p>(sondas, acesso venoso, etc.);</p><p>• Orientações prestadas;</p><p>• Encaminhamento/transferência de unidade ou</p><p>alta hospitalar.</p><p>Transferência de unidade/setor</p><p>• Motivo da transferência “se conveniente”;</p><p>• Data e horário;</p><p>• Setor de destino e forma de transporte;</p><p>• Procedimentos/cuidados realizados (punção de</p><p>acesso venoso, instalação de oxigênio, sinais</p><p>vitais, etc.);</p><p>• Condições (maca com cabeceira elevada ou não,</p><p>cadeira de rodas);</p><p>• Queixas.</p><p>• Pertences entregues (coloca-se também em</p><p>protocolo)</p><p>Alta</p><p>• Data e horário;</p><p>• Condições de saída (deambulando, maca ou</p><p>cadeira de rodas);</p><p>• Procedimentos/cuidados realizados, conforme</p><p>prescrição ou rotina institucional (mensuração</p><p>de sinais vitais, retirada de cateter venoso, etc.);</p><p>• Orientações prestadas.</p><p>• Pertences entregues (coloca-se também em</p><p>protocolo)</p><p>• Obs.: Importante o registro real do horário de</p><p>saída do paciente e se saiu acompanhado.</p><p>Óbito</p><p>• Assistência prestada durante a constatação;</p><p>• Data e horário constatados pelo médico (precisa</p><p>ser igual com da DO);</p><p>• Identificação do médico que constatou;</p><p>• Comunicação do óbito ao setor responsável,</p><p>conforme rotina institucional;</p><p>• Procedimentos pós-morte (higiene,</p><p>tamponamento, etc.);</p><p>• Encaminhamento do corpo (forma, local, etc.).</p><p>• Pertences entregues (coloca-se também em</p><p>protocolo)</p><p>18</p><p>Diurese</p><p>• Ausência/presença de diurese (se sonda ou</p><p>balanço hídrico, medir em mL);</p><p>• Características (coloração, odor);</p><p>• Presença de anormalidades (hematúria, piúria,</p><p>disúria, etc.);</p><p>• Forma da eliminação (espontânea, via uripen,</p><p>sonda vesical de demora/ostomias urinárias)</p><p>Evacuação</p><p>• Episódios (nos respectivos horários);</p><p>• Quantidade (pequena, média, grande);</p><p>• Consistência (pastosa, líquida, semipastosa);</p><p>• Via de eliminação (reto, ostomias);</p><p>• Características (coloração, odor, consistência,</p><p>quantidade);</p><p>• Queixas</p><p>Dieta</p><p>• Indicar dieta oferecida (geral, leve, branda,</p><p>pastosa, hipossódica, para diabéticos, dieta por</p><p>sonda);</p><p>• Aceitação da dieta (total ou parcial);</p><p>• Dieta por sonda (quantidade da dieta e da</p><p>hidratação, presença de refluxo gástrico);</p><p>• Dieta zero (cirurgia ou exames), relatar há</p><p>quanto tempo;</p><p>• Necessidade de auxílio ou não;</p><p>• Recusa – indicar o motivo (disfagia, mastigação</p><p>dolorosa, falta de apetite, náusea, etc.);</p><p>• Sinais e sintomas apresentados.</p><p>Obs.: No caso de dietas administradas via sonda,</p><p>importante citar os cuidados prestados antes e</p><p>após a administração, conforme prescrição</p><p>(decúbito elevado, lavagem após administração da</p><p>dieta, etc.)</p><p>Mudança de decúbito</p><p>• Posição (dorsal, ventral, lateral direita ou</p><p>esquerda);</p><p>• Medidas de proteção (uso de coxins, etc.);</p><p>• Horário;</p><p>• Sinais e sintomas observados (alterações</p><p>cutâneas, etc.).</p><p>Intercorrências</p><p>• Descrição do fato;</p><p>• Sinais e sintomas observados;</p><p>• Condutas tomadas (comunicado à enfermeira,</p><p>etc.).</p><p>Higienização</p><p>• Tipo de banho (imersão, aspersão, e leito);</p><p>• Data e horário;</p><p>• Tempo de permanência no anho de imersão,</p><p>tolerância e resistência do paciente;</p><p>• Aspersão (deambulando, cadeira de banho,</p><p>auxílio);</p><p>• No leito, verificar a ocorrência de irritação da</p><p>pele, alergia ao sabão, hiperemia nas</p><p>proeminências ósseas, realização de massagem</p><p>de conforto, movimentação das articulações,</p><p>aplicação de solução para prevenção de úlceras.</p><p>Anotar os locais.</p><p>CUIDADOS COM O COURO CABELUDO:</p><p>• Horário do xampu ou tratamento realizado;</p><p>• Condições do couro cabeludo e dos cabelos;</p><p>• Material utilizado.</p><p>HIGIENE ÍNTIMA:</p><p>• Motivo da higiene íntima;</p><p>• Aspecto do aparelho genital;</p><p>• Presença de secreção, edema, hiperemia.</p><p>HIGIENE ORAL:</p><p>• Presença de prótese total/parcial (caso seja</p><p>necessário sua retirada, identificar e entregar ao</p><p>responsável da família ou do hospital);</p><p>• Condições da higiene (fez só, auxiliado ou</p><p>realizado pelo profissional);</p><p>• Sinais e sintomas observados (hiperemia,</p><p>lesões, condição da arcada dentária, etc.).</p><p>Curativo</p><p>• Local da lesão;</p><p>• Data e horário;</p><p>• Sinais e sintomas observados (presença de</p><p>secreção, coloração, odor, quantidade, etc.);</p><p>• Tipo de curativo (oclusivo, aberto, simples,</p><p>compressivo, presença de dreno, etc.);</p><p>• Material prescrito e utilizado.</p><p>Cuidados com dreno</p><p>• Local e tipo;</p><p>• Aspecto e quantidade de líquido drenado;</p><p>• Sinais e sintomas observados.</p><p>• Local da inserção;</p><p>Acesso venoso periférico</p><p>• Data e hora da punção;</p><p>19</p><p>• Motivo da punção (inicial ou troca);</p><p>• Local;</p><p>• Condições do local da punção (pele e rede</p><p>venosa local);</p><p>• Número de tentativas de obter acesso;</p><p>• Tipo e calibre do cateter;</p><p>• Salinização / heparinização;</p><p>• Intercorrências e providências adotadas;</p><p>• Medida de segurança adotada (tala ou</p><p>contensão);</p><p>• Queixas;</p><p>• Nome e Coren do responsável pelo</p><p>procedimento</p><p>Dor</p><p>• Localização e características;</p><p>• Intensidade (contínua ou intermitente);</p><p>• Providências adotadas (comunicado à</p><p>enfermeira, etc.)</p><p>Administração de</p><p>medicamentos</p><p>• Item(ns) da prescrição medicamentosa</p><p>administrada(s);</p><p>• Se injetável, também registrar o local onde foi</p><p>administrado. Não esquecer de fazer referência</p><p>se do lado esquerdo ou direto;</p><p>• Anotar por onde foi administrado o</p><p>medicamento endovenoso;</p><p>• No caso de não administrar o medicamento,</p><p>apontar o motivo (se de horário ou S/N).</p><p>_____________________________</p><p>Com este guia você terá mais facilidade para não</p><p>esquecer de cada detalhe em muitos</p><p>procedimentos.</p><p>“Você continuará estudando</p><p>anotação de enfermagem</p><p>durante toda a matéria de</p><p>fundamentos de enfermagem”</p><p>O guia de Recomendações para registros de</p><p>enfermagem no prontuário do paciente,</p><p>disponível no site do Cofen é um instrumento</p><p>valioso de informação para enfermeiros e</p><p>téc. De enfermagem sobre anotações de</p><p>enfermagem.</p><p>Referências</p><p>1.BRASIL.Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de atenção</p><p>Especializada. Coordenação -Geral da Atenção Especializada. Reforma do Sistema de atenção</p><p>Hospitalar Brasileiro. Brasília: Ministério da Saúde, 2004a.</p><p>2.BITENCOURT JJG. CONCEIÇÃO SMP. Módulo Didático de enfermagem Teoria e Prática. Vol 1.</p><p>1ªEd. São Paulo, 2017.</p><p>3. https://pt.scribd.com/document/213037952/CLASSIFICACAO-DOS-HOSPITAIS-E-</p><p>CARACTERISTICAS-DE-SEUS-SERVICOS</p><p>4. http://www.portaldaenfermagem.com.br/entrevistas_read.asp?id=58</p><p>5. http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2016/08/Guia-de-Recomendações-CTLN-</p><p>Versão-Web.pdf</p><p>http://www.portaldaenfermagem.com.br/entrevistas_read.asp?id=58</p><p>20</p><p>A ENFERMAGEM E A PREVENÇÃO</p><p>DAS INFECÇÕES</p><p>A precursora da Enfermagem moderna, Florence</p><p>Nightingale, convidada em 1854 para Guerra da Criméia,</p><p>com objetivo de reformular a assistência aos doentes.</p><p>Encontrou uma enfermaria da guerra precária, com vários</p><p>casos de infecção pós-operatória, como tifo e cólera, sem</p><p>água potável, esgoto a céu aberto, com o porão infestado</p><p>por ratos e insetos. Florence e sua equipe de enfermeiras</p><p>iniciaram uma série de medidas para organizar a</p><p>enfermaria, com a implantação dessas medidas básicas</p><p>conseguiu reduzir sensivelmente a taxa de mortalidade da</p><p>instituição4.</p><p>INFECÇÕES RELACIONADAS À</p><p>ASSISTÊNCIA À SAÚDE</p><p>As Infecções relacionadas à Assistência à Saúde</p><p>(IRAS), principalmente as adquiridas no ambiente</p><p>hospitalar, estão entre as principais causas de morbidade e</p><p>de mortalidade e, consequentemente, da elevação de custo</p><p>para o tratamento do doente. Parte considerável das</p><p>infecções hospitalares pode ser evitada com a aplicação de</p><p>medidas de prevenção1.</p><p>O diagnóstico de infecção hospitalar envolve o uso</p><p>de alguns critérios técnicos, previamente estabelecidos</p><p>como a observação direta do paciente ou análise de seu</p><p>prontuário, assim como, os resultados de exames de</p><p>laboratório. Quando não houver evidência clínica ou</p><p>laboratorial de infecção no momento da internação no</p><p>hospital, convenciona-se infecção hospitalar toda</p><p>manifestação clínica de infecção que se apresentar após 72</p><p>horas da admissão no hospital. Também são</p><p>convencionadas infecções hospitalares aquelas</p><p>manifestadas antes de 72 horas da internação, quando</p><p>associadas a procedimentos médicos realizados durante</p><p>esse período. Os pacientes transferidos de outro hospital</p><p>são considerados portadores de infecção hospitalar do seu</p><p>hospital de origem. As infecções de recém-nascidos são</p><p>hospitalares, com exceção das transmitidas pela placenta</p><p>ou das associadas a bolsa rota superior a 24 horas5.</p><p>Controle de Infecções</p><p>Fundamentos de Enfermagem. Data ___/___/____ Ciclo Básico</p><p>Você sabe o que é</p><p>SCIH? E qual o seu</p><p>papel?</p><p>• • •</p><p>SCIH é a, Serviço de</p><p>Controle de Infecção Hospitalar,</p><p>como o próprio nome já sugere, sua</p><p>principal função é reduzir o risco de</p><p>aquisição de infecções hospitalares</p><p>por parte dos usuários de unidades</p><p>de saúde, especialmente de</p><p>pacientes internados, a fim de</p><p>melhorar a qualidade da</p><p>assistência2.</p><p>As atividades do Programa</p><p>Nacional de Controle de Infecção</p><p>Hospitalar (PCIH) foram</p><p>delineadas pela Lei nº 9431, de 6 de</p><p>janeiro de 1997. Em 12 de maio de</p><p>1998, o Ministério da Saúde</p><p>decretou a Portaria nº 2.616, a qual</p><p>mantém a obrigatoriedade da</p><p>instituição e manutenção de um</p><p>Serviço de Controle de Infecção</p><p>Hospitalar (SCIH) nos hospitais.</p><p>A SCIH geralmente é</p><p>formada por profissionais médicos</p><p>e enfermeiros especializados.</p><p>Entretanto, representantes de</p><p>outras áreas do hospital também</p><p>podem colaborar com essa</p><p>Comissão, como os setores de</p><p>farmácia, nutrição, laboratório, área</p><p>médica (clínica médica e cirúrgica,</p><p>obstetrícia, pediatria e cuidados</p><p>intensivos) e enfermagem3.</p><p>21</p><p>O objetivo básico de um sistema de precauções é a</p><p>prevenção da transmissão de um microrganismo</p><p>de um paciente para outro, ou para um</p><p>profissional de saúde1. Durante procedimentos de</p><p>enfermagem o da equipe multidisciplinar, visitas,</p><p>ou toques desnecessários no leito.</p><p>As Precauções</p><p>Um dos grandes riscos do hospital é a</p><p>transmissão de bactérias e outros patógenos de</p><p>pacientes infectados (colonizado) para pacientes</p><p>suscetíveis e profissionais da saúde.</p><p>O maior condutor dessas infecções são as mãos,</p><p>através do contato direto (ver no módulo</p><p>de microbiologia e parasitologia os tipos de</p><p>transmissão). Para que essa transmissão não ocorra</p><p>devemos tomar algumas precauções.</p><p>Precauções padrão (PP)</p><p>Conjunto de medidas que devem ser adotadas na</p><p>assistência a todos os pacientes,</p><p>independentemente do estado presumível de</p><p>infecção e na manipulação de equipamentos e</p><p>artigos contaminados ou sob suspeita de</p><p>contaminação. As PP deverão ser utilizadas</p><p>quando existir o risco de contato com:</p><p>Sangue;</p><p>Pele não íntegra;</p><p>Secreções excreções, com exceção do suor, sem</p><p>considerar a presença ou não de sangue.</p><p>Precauções de contato (PC)</p><p>São indicadas quando houver risco de contato</p><p>físico com o paciente, em situação de risco como</p><p>infecção ou colonização por microrganismo</p><p>multirresistente, varicela, infecções de pele e</p><p>tecidos moles com secreções não contidas no</p><p>curativo, impetigo, herpes zoster disseminado ou</p><p>em imunossuprimido, etc.</p><p>Precauções respiratórias (PR)</p><p>Na transmissão por gotículas, diferente da por</p><p>aerossóis é necessário ocorrer um contato mais</p><p>próximo ao paciente, pois as gotículas possuem</p><p>um tamanho maior. São veiculadas no ambiente</p><p>através da tosse, fala e respiração. Doenças as quais</p><p>devem ser isoladas por gotículas: Meningite</p><p>Meningocócica, Streptococcus pneumoniae</p><p>multirresistentes, Rubéola, Coqueluche, dentre</p><p>outras.</p><p>Precauções para aerossóis</p><p>A transmissão por aerossóis ocorre através da</p><p>eliminação de minúsculas partículas por meio da</p><p>tosse, respiração ou da fala. Essas permanecem em</p><p>suspensão no ar, podendo contaminar diversos</p><p>locais6. Doenças as quais devem estar em</p><p>isolamento por aerossóis: Tuberculose pulmonar,</p><p>Herpes zoster, Sarampo e Varicela.</p><p>____________________________________________</p><p>____________________________________________</p><p>____________________________________________</p><p>____________________________________________</p><p>____________________________________________</p><p>____________________________________________</p><p>____________________________________________</p><p>____________________________________________</p><p>____________________________________________</p><p>____________________________________________</p><p>22</p><p>Classificação das áreas</p><p>Hospitalares</p><p>A frequência da limpeza varia de acordo</p><p>com as áreas do hospital. Da mesma maneira que</p><p>os artigos, as áreas hospitalares também foram</p><p>classificadas pela ANVISA de acordo com os riscos</p><p>de infecção que possam oferecer aos pacientes.</p><p>ÁREAS CRÍTICAS - São os ambientes</p><p>onde existe risco aumentado de transmissão de</p><p>infecção, onde se realizam procedimentos de risco,</p><p>com ou sem pacientes ou onde se encontram</p><p>pacientes imunodeprimidos. São exemplos desse</p><p>tipo de área: Centro Cirúrgico (CC), Centro</p><p>Obstétrico (CO), Unidade de Terapia Intensiva</p><p>(UTI), Unidade de Diálise, Laboratório de Análises</p><p>Clínicas, Banco de Sangue, Setor de</p><p>Hemodinâmica, Unidade de Transplante, Unidade</p><p>de Queimados, Unidades de Isolamento, Berçário</p><p>de Alto Risco, Central de Material e Esterilização</p><p>(CME), Lactário, Serviço de Nutrição e Dietética</p><p>(SND), Farmácia e Área</p><p>suja da Lavanderia.</p><p>ÁREA SEMI-CRÍTICA – são todos os</p><p>compartimentos ocupados por pacientes com</p><p>doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e</p><p>23</p><p>doenças não infecciosas. São exemplos desse tipo</p><p>de área: enfermarias</p><p>e apartamentos,</p><p>ambulatórios, banheiros, posto de enfermagem,</p><p>elevador e corredores.</p><p>ÁREAS NÃO-CRÍTICAS - são todos os</p><p>demais compartimentos dos estabelecimentos</p><p>assistenciais de saúde não ocupados por pacientes</p><p>e onde não se realizam procedimentos de risco. São</p><p>exemplos desse tipo de área: vestiário, copa, áreas</p><p>administrativas, almoxarifados, secretaria, sala de</p><p>costura.</p><p>Atualmente, essa classificação é questionada,</p><p>pois o risco de infecção ao paciente está relacionado aos</p><p>procedimentos aos quais ele é submetido,</p><p>independentemente da área em que ele se encontra.</p><p>Entretanto, essa classificação pode nortear o líder,</p><p>supervisor ou encarregado do Serviço de Limpeza e</p><p>Desinfecção de Superfícies em Serviços de Saúde na</p><p>divisão de atividades (incluindo frequência de limpeza),</p><p>dimensionamento de equipamentos, profissionais e</p><p>materiais.</p><p>Cabe ressaltar que SEHULSTER & CHINN</p><p>(2003) apresenta uma classificação de áreas</p><p>baseada nos riscos de transmissão de doença por</p><p>meio das mãos, conforme descrito a seguir:</p><p>Com maior grau de contato com as mãos:</p><p>bancadas, maçanetas, interruptores, paredes do</p><p>banheiro, unidade do paciente e outros.</p><p>Com mínimo contato com as mãos:</p><p>teto, piso e outros.</p><p>Superfícies de equipamentos médicos</p><p>São exemplos as máquinas (e alças) de Raio-X,</p><p>equipamentos de diálise, carrinhos e outros.</p><p>LIMPEZA DAS UNIDADES</p><p>HOSPITALARES</p><p>Pense em uma enfermaria ou apartamento</p><p>individual....</p><p>Pense em tudo que pertence a cada paciente.</p><p>Você identifica na imagem anterior o que pertence</p><p>a unidade do paciente?</p><p>Vamos ver mais uma vez</p><p>UNIDADE DO PACIENTE. Consiste no espaço</p><p>físico e no mobiliário necessário para sua</p><p>acomodação durante a internação. É o espaço físico</p><p>hospitalar onde o paciente permanece a maior</p><p>parte do tempo durante seu período de internação,</p><p>existe na regra itens mínimos básicos para essa</p><p>instalação, mas na prática esses itens podem variar</p><p>de hospital para hospital, e do tipo de assistência;</p><p>intensiva, materno-infantil, clínica geral etc.</p><p>LIMPEZA CONCORRENTE E</p><p>TERMINAL</p><p>É a limpeza realizada na Unidade do</p><p>Paciente, ou setor inteiro pode ser: Limpeza</p><p>concorrente e/ou de manutenção e Limpeza</p><p>Terminal.</p><p>Limpeza concorrente: É feita diariamente</p><p>após o banho do paciente e arrumação do seu leito.</p><p>Consiste na limpeza de parte do mobiliário da</p><p>unidade do paciente.</p><p>Limpeza Terminal: É a limpeza completa</p><p>da unidade do paciente, em todas as suas</p><p>superfícies, horizontais e verticais, após: Alta,</p><p>óbito ou transferência, ou se não houver nenhum</p><p>destes, são programadas, e devem ser realizadas</p><p>no período máximo de 15 dias quando em áreas</p><p>críticas (YAMAUSHI et al., 2000; PREFEITURA...,</p><p>2007). Em áreas semicríticas e não críticas o</p><p>período máximo é de 30 dias. Tem por finalidade,</p><p>manter o ambiente completamente livre de</p><p>sujidades, paredes, cortinas teto, janelas, unidade</p><p>do paciente, na limpeza terminal exatamente</p><p>TUDO, deve ser limpo.</p><p>cama</p><p>Escada</p><p>Cadeira</p><p>acompanhante e</p><p>criado mudo</p><p>Suporte de soro</p><p>Régua de</p><p>gases</p><p>https://journaldedados.wordpress.com/2015/07/08/reitor-da-unirio-e-corpo-social-da-eeap-visitaram-as-</p><p>novas-instalacoes-da-decima-enfermaria-do-hugg/</p><p>24</p><p>A limpeza terminal da unidade do paciente</p><p>durante muito tempo foi realizada pela equipe de</p><p>enfermagem, hoje, apenas uma parte destes, a</p><p>grande maioria dos hospitais contam com equipe</p><p>de higienização e hotelaria, mas isto não extingue</p><p>da enfermagem o dever do conhecimento a</p><p>respeito da importante e de como deve ser a</p><p>higienização da unidade do paciente, a</p><p>enfermagem detém um papel adjacente com todos</p><p>os setores para monitorização do bem-estar do</p><p>paciente, e o este bem estar também depende de</p><p>um ambiente adequado a sua permanecia.</p><p>São exemplos de produtos mais utilizados</p><p>na higienização hospitalar:</p><p>• Sabões e detergentes</p><p>• Álcool</p><p>• Compostos fenólicos</p><p>• Compostos liberadores de cloro ativo</p><p>• Compostos quaternários de amônio</p><p>• Oxidantes</p><p>E alguns maquinários e equipamentos</p><p>• Máquinas lavadoras e extratoras</p><p>• Aspiradores de pó e líquidos</p><p>• Enceradeiras de baixa e alta rotação</p><p>• Conjunto mop</p><p>• Cabos</p><p>• Carro funcional</p><p>• Carros para transporte de resíduos</p><p>• Placa de sinalização</p><p>Entre outros...</p><p>Todos os produtos utilizados dentro de um</p><p>hospital precisam obedecer normativas do</p><p>ministério da saúde e ANVISA e, serem escolhidos</p><p>gerenciados pela SCIH.</p><p>Existem também algumas regras</p><p>estabelecidas, para que a higienização de todos os</p><p>ambientes seja feita de forma mais efetiva possível,</p><p>algumas destas normas veremos na enfermagem,</p><p>sempre que nos referirmos a limpeza de qualquer</p><p>gênero:</p><p>• Observar a sequência da limpeza (do mais limpo</p><p>para o mais contaminado, evitando sujar as áreas</p><p>limpas);</p><p>• Evitar molhar o chão.</p><p>• Utilização panos diferentes (identificados ou de</p><p>cores diferentes) para higienização do quarto e do</p><p>banheiro.</p><p>• O princípio ativo do desinfetante a ser utilizado,</p><p>deve seguir a recomendação da SCIH.</p><p>• Em alguns setores do hospital a limpeza deve ser</p><p>acompanhada pelo responsável da Enfermaria.</p><p>INTRODUÇÃO A LAVAGEM</p><p>BÁSICA DAS MÃOS</p><p>QUE É INFECÇÃO?</p><p>A pele humana normal é colonizada por</p><p>milhões de bactérias e fungos, espalhados em</p><p>diferentes áreas do corpo (couro cabeludo, trato</p><p>respiratório, axila, trato gastrointestinal, mãos e</p><p>antebraço) sem causar nenhum dano à saúde. Por</p><p>exemplo: milhões de bactérias no intestino ajudam</p><p>a digerir a comida, mas podem tornar-se perigosas</p><p>ao invadir a corrente sanguínea.</p><p>Quando ocorre uma diminuição nas</p><p>defesas do organismo, os micro-organismos</p><p>patogênicos (bactérias, vírus, fungos ou</p><p>protozoários) invadem e penetram no corpo,</p><p>25</p><p>reproduzindo-se e causando o que é chamado de</p><p>“doença infecciosa”3, ou doenças oportunistas,</p><p>num geral, pacientes idosos, acamados, ou</p><p>imunodeprimidos geralmente, tem uma</p><p>susceptibilidade muito maior a esse tipo de</p><p>infecções.</p><p>Para entender os objetivos das diversas</p><p>abordagens à higienização das mãos, o</p><p>conhecimento da microbiota normal da</p><p>pele é essencial</p><p>A pele consiste no revestimento do</p><p>organismo, indispensável à vida, pois;</p><p>• Impede a ação de agentes externos de qualquer</p><p>natureza;</p><p>• Evita perda de água, eletrólitos e outras</p><p>substâncias do meio interno;</p><p>• Oferece proteção imunológica,</p><p>• Faz termo-regulação,</p><p>• Propicia a percepção (através do tato) e tem</p><p>função secretória.</p><p>A estrutura básica da pele inclui, da</p><p>camada externa para a mais interna:</p><p>• Estrato córneo,</p><p>• Epiderme,</p><p>• Derme,</p><p>• e Hipoderme.</p><p>Devido à sua localização e extensa superfície, a</p><p>pele é constantemente exposta a vários tipos de</p><p>microrganismos do ambiente.</p><p>Assim, a pele normal do ser humano é colonizada</p><p>por bactérias e fungos, sendo que diferentes áreas</p><p>do corpo têm concentração de bactérias variáveis</p><p>por centímetro quadrado.</p><p>Essas bactérias da pele são conhecidas</p><p>como duas classificações que</p><p>aprenderemos a seguir.</p><p>A microbiota transitória: Coloniza a camada</p><p>superficial da pele, sobrevive por curto período de</p><p>tempo e é passível de remoção pela higienização</p><p>simples das mãos, com água e sabonete, por meio</p><p>de fricção mecânica. É frequentemente adquirida</p><p>por profissionais de saúde durante contato direto</p><p>com o paciente (colonizados ou infectados),</p><p>ambiente, superfícies próximas ao paciente,</p><p>produtos e equipamentos contaminados.</p><p>A microbiota residente; que está aderida às</p><p>camadas mais profundas da pele é mais resistente</p><p>à remoção apenas por água e sabonete. As</p><p>bactérias que compõem esta microbiota</p><p>(e.g.,estafilococos c coagulase negativos e bacilos</p><p>difteróides) são agentes menos prováveis de</p><p>infecções veiculadas por contato. As mãos dos</p><p>profissionais de saúde podem ser</p><p>persistentemente colonizadas por</p><p>microrganismos patogênicos (e.g., Staphylococcus</p><p>aureus, bacilos</p>

Mais conteúdos dessa disciplina