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<p>Professora Me. Gislaine Cardoso de Souza Fiaes</p><p>ANATOMIA HUMANA</p><p>BÁSICA</p><p>REITORIA Prof. Me. Gilmar de Oliveira</p><p>DIREÇÃO ADMINISTRATIVA Prof. Me. Renato Valença</p><p>DIREÇÃO DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Me. Daniel de Lima</p><p>DIREÇÃO DE ENSINO EAD Profa. Dra. Giani Andrea Linde Colauto</p><p>DIREÇÃO FINANCEIRA Eduardo Luiz Campano Santini</p><p>DIREÇÃO FINANCEIRA EAD Guilherme Esquivel</p><p>COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Profa. Ma. Luciana Moraes</p><p>COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo</p><p>COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Profa. Ma. Luciana Moraes</p><p>COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Me. Jeferson de Souza Sá</p><p>COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal</p><p>COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E PROCESSOS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento</p><p>COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA EAD Profa. Ma. Sônia Maria Crivelli Mataruco</p><p>COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS Luiz Fernando Freitas</p><p>REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling</p><p>Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante</p><p>Caroline da Silva Marques</p><p>Eduardo Alves de Oliveira</p><p>Jéssica Eugênio Azevedo</p><p>Marcelino Fernando Rodrigues Santos</p><p>PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Bruna de Lima Ramos</p><p>Hugo Batalhoti Morangueira</p><p>Vitor Amaral Poltronieri</p><p>ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz</p><p>DE VÍDEO Carlos Firmino de Oliveira</p><p>Carlos Henrique Moraes dos Anjos</p><p>Kauê Berto</p><p>Pedro Vinícius de Lima Machado</p><p>Thassiane da Silva Jacinto</p><p>FICHA CATALOGRÁFICA</p><p>Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP</p><p>F442a Fiaes, Gislaine Cardoso de Souza</p><p>Anatomia humana básica. Paranavaí:EduFatecie, 2023.</p><p>116 p. : il. Color.</p><p>1. Anatomia humana. 2. Sistema nervoso. 3. Sistema</p><p>musculoesquelético. I. Centro Universitário UniFatecie.</p><p>II. Núcleo de Educação a Distância. III. Título.</p><p>CDD : 23 ed. 611</p><p>Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577</p><p>As imagens utilizadas neste material didático</p><p>são oriundas dos bancos de imagens</p><p>Shutterstock .</p><p>2023 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2023. Os autores. Copyright C Edição 2023 Editora Edufatecie.</p><p>O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva</p><p>dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permitido o download da</p><p>obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la</p><p>de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.</p><p>https://www.shutterstock.com/pt/</p><p>3</p><p>AUTORA</p><p>Professora Me. Gislaine Cardoso de Souza Fiaes</p><p>●	 Mestre	em	Ciências	Farmacêuticas	(Universidade	Estadual	de	Maringá)</p><p>●	 Bacharel	em	Farmácia	Generalista	(UniCesumar).</p><p>●	 Especialista	 em	 Farmacologia	Aplicada	 à	 Terapêutica	 (Universidade	 Estadual	 de</p><p>Maringá).</p><p>●	 Docente	do	curso	de	Farmácia	e	Estética	e	Cosmética	-	(Universidade	Paranaense</p><p>-	Unipar).	Com	experiência	docente	de	3	anos	ministrando	a	disciplina	de	Anatomia</p><p>Humana.</p><p>●	 Link	do	Currículo	na	Plataforma	Lattes:	http://lattes.cnpq.br/8017598356774912</p><p>4</p><p>APRESENTAÇÃO DO MATERIAL</p><p>Seja muito bem-vindo(a) à disciplina de Anatomia Humana!</p><p>Prezado(a)	 aluno(a),	 a	 partir	 de	 agora	 estamos	 iniciando	 uma	 jornada</p><p>que	 trilharemos	 juntos	 em	 busca	 da	 aquisição	 de	 novos	 conhecimentos.	 Neta</p><p>disciplina	 construiremos	 um	 arsenal	 de	 conhecimento	 a	 respeito	 das	 estruturas	 e</p><p>organização	 do	 corpo	 humano.	 O	 interesse	 sobre	 o	 conhecimento	 detalhado	 do	 corpo</p><p>humano	 começou	 a	 receber	 atenção	 no	 final	 do	 século	 XX,	 através	 da	 dedicação	 de</p><p>pesquisadores	 que	 tornou	 possível	 desvendar	 a	 forma	 e	 estrutura	 do	 corpo	 humano.</p><p>Na	 unidade	 I	 iniciaremos	 nosso	 estudo	 a	 partir	 da	 introdução	 ao	 estudo	 da</p><p>anatomia	 humana	 através	 da	 definição,	 terminologia	 anatômica	 e	 planos	 de	 secção	 do</p><p>corpo	humano	que	fornecerá	embasamento	para	a	compreensão	dos	 tópicos	seguintes.</p><p>Posteriormente,	 iniciaremos	 o	 estudo	 do	 aparelho	 locomotor	 através	 do	 estudo	 de	 três</p><p>sistemas:	 esquelético,	 articular	 e	 muscular.	 A	 respeito	 do	 sistema	 esquelético	 será</p><p>abordado,	 suas	 funções,	 composição,	 formatos	 e	 classificações.	 O	 sistema	 articular</p><p>estudaremos	 a	 definição	 e	 as	 classificações	 articulares.	 E	 finalizamos,	 estudando	 o</p><p>sistema	muscular	que	é	 tão	complexo	e	 fascinante	ao	mesmo	 tempo,	mas	veremos	de</p><p>maneira	simples	e	de	fácil	entendimento	as	funções	e	classificações	musculares.</p><p>Na	 unidade	 II	 abrange	 o	 estudo	 do	 sistema	 circulatório	 que	 consiste	 no	 estudo</p><p>do	 sistema	 cardiovascular	 que	 envolve	 a	 compreensão	 das	 estruturas	 do	 coração,	 e</p><p>vasos	 sanguíneos	 como	 as	 artérias	 que	 levam	 às	 células	 o	 sangue	 arterial	 e	 as	 veias</p><p>que	transportam	o	sangue	venoso	de	volta	para	o	coração.	Sobre	o	sistema	linfático,	será</p><p>abordado	sua	função	e	a	identificação	dos	órgãos	linfáticos.</p><p>Na	 sequência,	 será	 apresentado	 o	 sistema	 respiratório,	 com	 todas	 as	 suas</p><p>estruturas	anatômicas	que	viabilizam	o	processo	de	troca	gasosa.</p><p>A	unidade	III	abordará	o	fascinante	tópico	relacionado	ao	sistema	nervoso	central</p><p>e	 periférico,	 apresentando	 o	 tecido	 nervoso,	 as	 funções	 e	 descrição	 das	 estruturas</p><p>anatômicas.	Finalizaremos	com	a	unidade	IV,	estudando	o	sistema	digestório,	urinário	e</p><p>genital	masculino	e	feminino,	abordando	as	funções	atribuídas	a	cada	um	desses	sistemas</p><p>e	 a	 descrição	 das	 estruturas	 anatômicas	 pertencentes	 a	 cada	 um	 desses	 sistemas.</p><p>Aproveito	para	reforçar	o	convite	a	você,	para	junto	conosco	percorrer	esta	jornada</p><p>de	conhecimento	e	multiplicar	os	conhecimentos	abordados	em	nosso	material.	Esperamos</p><p>contribuir	para	seu	crescimento	pessoal	e	profissional.</p><p>Muito obrigado e bom estudo!</p><p>5</p><p>UNIDADE 4</p><p>Sistemas Digestório, Urinário e Genital</p><p>Sistema Nervoso</p><p>UNIDADE 3</p><p>Sistemas Cardiovascular, Linfático e</p><p>Respiratório</p><p>UNIDADE 2</p><p>Introdução ao Estudo da Anatomia</p><p>Humana e Aparelho Locomotor</p><p>UNIDADE 1</p><p>SUMÁRIO</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>Plano de Estudos</p><p>• Introdução ao Estudo da Anatomia Humana;</p><p>• Sistema Esquelético</p><p>• Sistema Articular</p><p>• Sistema Muscular</p><p>Objetivos da Aprendizagem</p><p>• Definir anatomia humana;</p><p>• Identificar os níveis de organização estrutural do corpo humano e</p><p>as</p><p>aferentes	e	eferentes</p><p>(Figura 10),	os	vasos	aferentes	adentram	aos	linfonodos	pela	cápsula	fibrosa	trazendo	a</p><p>linfa,	enquanto	os	vasos	eferentes	saem	dos	linfonodos	por	uma	região	chamada	hilo.	A	linfa</p><p>infiltra	através	dos	seios	linfáticos	que	estão	distribuídos	no	interior	dos	linfonodos,	formando</p><p>uma	rede	entrecruzada	de	fibras	reticulares	que	é	local	de	armazenamento	de	macrófagos</p><p>(células	destruidoras	de	agentes	estranhos).	O	trajeto	que	a	linfa	percorre	passando	por</p><p>vários	linfonodos	é	essencial	para	torná-la	livre	de	patógenos	para	ser	despejada	no	sistema</p><p>sanguíneo	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>FIGURA 10: LINFONODO E SEUS VASOS LINFÁTICOS AFERENTES E EFERENTES</p><p>2.3.3 Baço</p><p>O	 baço	 é	 uma	 estrutura	 oval,	 maior	 massa	 de	 tecido	 linfático	 do	 corpo,	 tendo</p><p>aproximadamente	12	cm	de	comprimento.	Sua	face	superior	é	lisa	e	convexa	que	permite	o</p><p>encaixe	perfeito	à	face	côncava	do	diafragma.	Localiza-se	entre	o	estômago	e	o	diafragma</p><p>(região	do	hipocôndrio	esquerdo)	(Figura 11).</p><p>Assim	como	os	linfonodos,	o	baço	também	possui	um	hilo	por	onde	chegam	à	artéria</p><p>esplênica,	a	veia	esplênica	e	os	vasos	 linfáticos	eferentes.	No	 interior	do	baço	observa-</p><p>se	 o	 parênquima	 do	 baço,	 composto	 por	 dois	 tipos	 diferentes	 de	 tecido	 chamados	 de</p><p>polpa	branca	e	polpa	vermelha	(Figura 12).	A	polpa	branca	é	composta	por	tecido	linfático</p><p>(linfócitos	e	macrófagos)	organizados	ao	redor	da	artéria	esplênica	(que	na	polpa	branca</p><p>recebe	o	nome	de	artérias	centrais).	Já,	a	polpa	vermelha	é	composta	por	veias	cheias</p><p>de	sangue	e	por	diversas	células	como:	eritrócitos,	macrófagos,	 linfócitos,	plasmócitos	e</p><p>granulócitos.</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>46</p><p>O	baço	desempenha	as	seguintes	funções:	1)	remover	células	sanguíneas	e	plaquetas</p><p>envelhecidas	ou	defeituosas;	2)	armazenar	o	suprimento	de	plaquetas	do	organismo;	3)</p><p>produzir	células	sanguíneas	(hematopoese)	durante	a	vida	fetal.	4)	funções	imunológicas</p><p>exercidas	pelos	linfócitos	B	e	T	e	macrófagos	destruindo	agentes	patogênicos.</p><p>FIGURA 11: LOCALIZAÇÃO DO BAÇO EM DESTAQUE DE ROSA NA IMAGEM</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>47</p><p>FIGURA 12: IMAGEM DA ESQUERDA BAÇO FORMATO DE FEIJÃO (VISTA ANTERIOR);</p><p>IMAGEM DA DIREITA CORTE FRONTAL, OBSERVA-SE A POLPA VERMELHA E POLPA BRANCA</p><p>AO CENTRO</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>SISTEMA</p><p>RESPIRATÓRIO3</p><p>TÓPICO</p><p>48</p><p>3.1 Introdução ao Sistema Respiratório</p><p>As	células	do	corpo	humano	utilizam	oxigênio	(O2)	para	realizar	reações	metabólicas</p><p>e	produção	de	ATP	que	são	essenciais	para	sua	sobrevivência.	Em	contrapartida,	estas</p><p>reações	 produzem	 metabólitos	 como,	 o	 dióxido	 de	 carbono	 (CO2)	 que	 precisam	 ser</p><p>eliminados	do	organismo	pois	o	acúmulo	de	CO2	promove	a	acidez	do	pH	sanguíneo	sendo</p><p>tóxico	para	as	células.	É	competência	do	sistema	respiratório	realizar	as	seguintes	funções:</p><p>1) Promover	a	troca	gasosa	promovendo	a	captação	do	O2	do	meio	externo	para	dentro</p><p>do	organismo	e	eliminar	o	CO2	do	meio	interno	para	o	meio	atmosférico.</p><p>2) Regular	o	pH	sanguíneo	através	da	eliminação	do	CO2,	impedindo	a	acidificação	do</p><p>pH	que	é	letal	para	as	células.</p><p>3) Promover	a	filtragem	do	ar	inspirado	e	produzir	sons	(laringe).</p><p>O	sistema	respiratório	é	constituído	pelo	nariz,	faringe,	laringe,	traqueia,	brônquios</p><p>e	 pelos	 pulmões	 (Figura 13).	 Classificamos	 o	 sistema	 respiratório	 de	 acordo	 com	 sua</p><p>estrutura	ou	função.	Estruturalmente,	o	aparelho	respiratório	é	formado	por	duas	partes:</p><p>1)	O	sistema	respiratório	superior	que	inclui	o	nariz,	a	cavidade	nasal,	a	faringe	e</p><p>laringe;</p><p>2)	 O	 sistema	 respiratório	 inferior	 inclui	 a	 laringe,	 a	 traqueia,	 os	 brônquios	 e	 os</p><p>pulmões.</p><p>Funcionalmente,	dividimos	o	sistema	respiratório	em	duas	partes	denominadas	de:</p><p>1)	Região	condutora	do	ar:	cuja	função	é	filtrar,	aquecer	e	umedecer	o	ar	e	conduzi-lo	para</p><p>os	pulmões.	É	composto	por	várias	estruturas	tubulares	e	incluem:	o	nariz,	a	cavidade	nasal,</p><p>a	faringe,	a	 laringe,	a	traqueia,	os	brônquios,	os	bronquíolos	e	os	bronquíolos	terminais;</p><p>cuja	função	é	filtrar,	aquecer	e	umedecer	o	ar	e	conduzi-lo	para	os	pulmões.</p><p>2)	A	zona	respiratória	é	formada	por	estruturas	anatômicas	onde	ocorrem	as	trocas	gasosas.</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>49</p><p>Estes	 incluem	os	bronquíolos	 respiratórios,	 os	ductos	alveolares,	 os	 sacos	alveolares	e</p><p>os	alvéolos	por	executar	 a	 troca	de	gases	entre	o	ar	 e	o	 sangue	 (MARIEB;	WILHELM;</p><p>MALLATT,	2014;	TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>FIGURA 13: SISTEMA RESPIRATÓRIO</p><p>3.2 Órgãos do Sistema Respiratório</p><p>3.2.1 Nariz</p><p>O	nariz	é	o	primeiro	órgão	do	sistema	respiratório	caracterizado	por	uma	parte	externa</p><p>visível	no	centro	da	face	e	uma	parte	interna	(intracraniana)	chamada	de	cavidade	nasal.</p><p>O	nariz	externo	é	constituído	por	osso	e	cartilagem	hialina	recoberta	por	músculo	e	pele,	é</p><p>revestida	por	túnica	mucosa	e	permite	a	entrada	do	ar	no	trato	respiratório	através	de	duas</p><p>aberturas	chamadas	narinas,	 localizadas	na	 face	 inferior	do	nariz	e	flui	para	a	cavidade</p><p>nasal.	Os	pelos	do	interior	das	narinas	filtram	partículas	grandes	de	poeira	evitando	sua</p><p>inalação</p><p>A	cavidade	nasal	é	a	escavação	encontrada	no	interior	do	nariz,	e	dividida	pelo	septo</p><p>nasal	 em	 dois	 compartimentos,	 direito	 e	 esquerdo.	A	 cavidade	 nasal	 se	 funde	 ao	 nariz</p><p>permitindo	a	comunicação	com	a	faringe	por	meio	de	duas	aberturas	chamadas	de	cóanos.</p><p>É	na	 cavidade	nasal	 que	acontece	a	 filtragem	do	ar	 retendo	partículas	menores,</p><p>umedecido	e	aquecido	do	ar.	Na	parede	lateral	da	cavidade	nasal	encontram-se	as	conchas</p><p>nasais	que	são	divididas	em	superior,	média	e	inferior	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>50</p><p>3.2.2 Faringe</p><p>A	faringe	é	um	tubo	com	início	na	região	do	coáno	e	une	as	cavidades	nasal	e	oral</p><p>respectivamente	com	a	laringe	e	o	esôfago,	por	isso	consideramos	que	a	faringe	seja	um	órgão</p><p>que	pertence	tanto	ao	sistema	respiratório	quanto	ao	sistema	digestório,	pois	ela	permite</p><p>a	passagem	de	ar	e	alimento.	Contudo,	dividimos	a	faringe	em	três	regiões	anatômicas:</p><p>nasofaringe,	orofaringe	e	laringofaringe	(Figura 14)	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>FIGURA 14: DIVISÃO DA FARINGE (PARTE NASAL, ORAL E LARÍNGEA)</p><p>Fonte:	MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014,	p.	676.</p><p>●	 Parte nasal da faringe (nasofaringe): Localiza-se	 posteriormente	 a	 cavidade</p><p>nasal,	inferior	ao	osso	esfenoide	e	superior	ao	palato	mole.	Esta	região	da	faringe</p><p>por	estar	acima	do	nível	de	entrada	do	alimento	serve	apenas	como	via	de	passagem</p><p>de	ar.</p><p>●	 Parte oral da faringe (orofaringe): A	parte	da	orofaringe	tem	comunicação	com	a</p><p>boca	e	permite	tanto	a	passagem	de	ar	quanto	de	alimento.</p><p>●	 Parte laríngea (laringofaringe):	Conecta-se	com	o	esôfago	 (canal	do	alimento)</p><p>e	 posteriormente	 com	 a	 laringe	 (passagem	 de	 ar).	Assim	 como	 a	 orofaringe,	 a</p><p>laringofaringe	é	um	tubo	condutor	de	ar	e	também	de	alimentos,	sendo	portando</p><p>órgãos	do	sistema	respiratório	e	digestório	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;</p><p>TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>3.2.3 Laringe</p><p>A	laringe	é	um	órgão	curto	que	permite	a	conexão	entre	a	laringofaringe	e	a	traqueia,</p><p>localiza-se	na	linha	média	do	pescoço,	anterior	ao	esôfago	e	às	vértebras	cervicais	(C	IV	a</p><p>C	VI).	E	apresenta	três	funções:</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>51</p><p>●	Tubo	condutor	de	o	ar	durante	a	respiração;</p><p>●	Estrutura	fonadora	produtora	de	som;</p><p>●	 Impede	 que	 o	 alimento	 e	 objetos	 estranhos	 entrem	 nas	 estruturas	 respiratórias</p><p>(como	a	traqueia).</p><p>A	laringe	é	formada	por	esqueleto	cartilaginoso	composta	por	cartilagem	tireóidea,</p><p>cricóidea,	aritenoide	e	epiglótica	(Figura 15).	A	tireoide	é	a	maior	cartilagem	da	laringe,	e</p><p>forma	a	parede	anterior	e	lateral	da	laringe,	nos	homens	ela	é	maior	do	que	nas	mulheres</p><p>devido	à	influência	dos	hormônios	masculinos	na	fase	da	puberdade,	permitindo</p><p>a	observação</p><p>do	Pomo	de	Adão	formado	pela	proeminência	laríngea	da	cartilagem	tireóidea	(Figura 15).</p><p>A	epiglote	é	formada	por	cartilagem	elástica	em	forma	de	folha	e	se	fixa	no	osso	hioide	e</p><p>na	cartilagem	tireoide.	A	epiglote	é	uma	espécie	de	"porta",	permitindo	apenas	a	passagem</p><p>de	ar	pela	laringe	em	direção	aos	pulmões.	Durante	a	deglutição	(ato	de	engolir),	a	faringe</p><p>e	a	laringe	se	movem	para	cima.	A	elevação	da	laringe	promove	o	fechamento	da	epiglote</p><p>que	se	move	para	baixo	fechando	a	glote	e	desviando	líquidos	e	alimentos	para	o	esôfago,</p><p>mantendo	fora	da	laringe	e	vias	respiratórias.	A	glote	abriga	as	pregas	vocais	que	são	as</p><p>principais	estruturas	envolvidas	na	produção	da	voz	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;</p><p>TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>FIGURA 15: IMAGEM A). MOSTRA PROEMINÊNCIA LARÍNGEA NO PESCOÇO MASCULINO.</p><p>B) CARTILAGENS LARÍNGEAS: EPIGLOTE, TIREÓIDEA, CRICÓIDEA</p><p>Fonte: MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014,	p.	679.</p><p>3.2.4 Traqueia</p><p>A	traqueia	é	um	tubo	flexível	condutor	de	ar	de	aproximadamente	10	a	12,5cm	de</p><p>comprimento.	 Está	 localizada	 anteriormente	 ao	 esôfago	 e	 se	 estende	 desde	 a	 laringe,</p><p>penetra	 no	 tórax	 e	 se	divide	em	brônquios	 principais	 direito	 e	 esquerdo.	A	estrutura	 da</p><p>traqueia	é	constituída	por	aproximadamente	20	anéis	cartilagíneos	em	formato	de	C,	pois</p><p>não	se	fecha	na	parte	de	trás.</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>52</p><p>O	fato	desses	anéis	serem	incompletos,	é	importante	para	permitir	a	expansão	do</p><p>esôfago	 durante	 a	 passagem	do	 bolo	 alimentar	 em	deglutição	 (Figura 16)	 (TORTORA;</p><p>DERRICKSON,	2016).</p><p>FIGURA 16: ESTRUTURA DA TRAQUEIA HUMANA</p><p>3.2.5 Brônquios</p><p>A	traqueia	termina	na	região	da	bifurcação	que	dá	origem	aos	brônquios	principais</p><p>direito	e	esquerdo	que	entram	nos	pulmões	através	de	uma	região	chamada	hilo	pulmonar.</p><p>O	 brônquio	 principal	 direito	 adentra	 o	 lobo	 pulmonar	 direito,	 e	 um	 brônquio	 principal</p><p>esquerdo	vai	para	o	pulmão	esquerdo	(Figura 17).	Ao	atingirem	os	pulmões	os	brônquios</p><p>principais	se	ramificam	em	brônquios	de	menor	calibre,	que	são	os	brônquios	lobares,	estes</p><p>por	sua	vez	se	dividem	em	tubos	cada	vez	menores	denominados	brônquios	segmentares</p><p>que	então	se	dividem	em	bronquíolos.	Os	bronquíolos	continuam	a	se	ramificar	em	tubos</p><p>ainda	menores	chamados	de	bronquíolos	 terminais,	e	dão	origem	a	minúsculos	 túbulos</p><p>denominados	 ductos	 alveolares	 que	 terminam	 em	 estruturas	 microscópicas	 chamados</p><p>alvéolos.	Os	alvéolos	são	sáculos	de	ar	que	se	assemelham	à	cachos	de	uva,	cuja	a	função</p><p>é	 realizar	 a	 troca	 entre	 os	 gases	 oxigênio	 e	 dióxido	 de	 carbono	 através	 da	membrana</p><p>capilar	alvéolo-pulmonar	 (Figura 18)	 (MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	TORTORA;</p><p>DERRICKSON,	2016).</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>53</p><p>FIGURA 17: TRAQUEIA DANDO ORIGEM AOS BRÔNQUIOS PRINCIPAIS DIREITO E</p><p>ESQUERDO ADENTRANDO OS PULMÕES E SE RAMIFICANDO DANDO ORIGEM A ÁRVORE</p><p>BRÔNQUICA</p><p>FIGURA 18: ESTRUTURAS MICROSCÓPICAS ALVEOLARES RESPONSÁVEIS PELA TROCA</p><p>GASOSA QUE SE ASSEMELHAM À CACHOS DE UVA</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>54</p><p>3.2.6 Pulmões</p><p>Os	pulmões	possuem	 formato	cônico	e	são	órgãos	essenciais	para	a	 respiração.</p><p>Localizam-se	no	interior	do	tórax	e	são	separados	um	do	outro	pelo	coração.	Os	pulmões</p><p>(direito	e	esquerdo)	apresentam	diferenças	morfológicas	entre	si.	O	pulmão	direito	é	mais</p><p>largo,	é	um	pouco	mais	curto	e	possui	três	lobos:	superior,	médio	e	inferior	que	são	separados</p><p>pelas	fissuras	oblíqua	e	horizontal.	Enquanto,	o	pulmão	esquerdo	e	um	pouco	menor	do	que</p><p>o	direito	e	possui	a	incisura	cardíaca	(local	de	encaixe	do	coração),	além	disso,	o	pulmão</p><p>esquerdo	é	dividido	em	lobo	superior	e	lobo	inferior	através	da	fissura	oblíqua	(Figura 19)</p><p>(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>FIGURA 19: PULMÃO DIREITO E ESQUERDO</p><p>Cada	pulmão	tem	um	ápice	(extremidade	superior	arredondada)	e	uma	base	que	fica</p><p>apoiado	sobre	o	diafragma.	O	pulmão	apresenta	três	faces:</p><p>a) Face Costal (face lateral):	é	a	face	relativamente	lisa	e	convexa,	voltada	para</p><p>a	superfície	interna	da	cavidade	torácica.</p><p>b) Face Diafragmática (face inferior):	é	a	face	côncava	que	assenta	sobre	a</p><p>cúpula	diafragmática.</p><p>c) Face Mediastinal (face medial):	é	a	 face	que	possui	uma	região	côncava</p><p>onde	se	acomoda	o	coração.	E	encontra-se	a	região	denominada	hilo	pulmonar</p><p>através	da	qual	vasos	sanguíneos,	brônquios,	vasos	linfáticos	e	nervos	entram	e</p><p>saem	do	pulmão	(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>55</p><p>3.2.7 Pleura</p><p>Cada	pulmão	é	envolvido	por	uma	membrana	serosa	de	dupla	camada	que	protege</p><p>cada	pulmão.	A	pleura	possui	duas	membranas	contínuas:	pleura	visceral	e	a	pleura	parietal.	A</p><p>Pleura	Visceral	reveste	os	próprios	pulmões	aderindo-se	intimamente	à	superfície	pulmonar,</p><p>torna	 a	 superfície	 do	 pulmão	 lisa	 e	 escorregadia,	 permitindo	 o	 livre	movimento	 sobre	 a</p><p>pleura	parietal.	Enquanto,	a	pleura	parietal reveste	as	cavidades	pulmonares,	aderindo-se</p><p>à	parede	torácica,	ao	mediastino	e	ao	diafragma.	É	mais	espessa	do	que	a	pleura	visceral,</p><p>e	durante	cirurgias	e	dissecção	de	cadáver,	pode	ser	separada	das	superfícies	que	reveste.</p><p>Entre	 as	 pleuras	 visceral	 e	 parietal	 encontra-se	 um	 pequeno	 espaço,	 chamado</p><p>cavidade	pleural,	que	contém	pequena	quantidade	de	líquido	lubrificante,	esse	líquido	reduz</p><p>o	atrito	entre	as	túnicas,	permitindo	o	fácil	deslizamento	das	pleuras	durante	a	respiração</p><p>(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>56</p><p>O sangue é o rio da vida dentro de nós, transportando quase tudo o que precisa ser transportado de um</p><p>lugar para o outro no corpo. (TORTORA; DERRICKSON, 2016).</p><p>As valvas cardíacas impedem a ocorrência do refluxo do sangue (volte para o compartimento do qual o</p><p>sangue está saindo), então, as valvas fecham a passagem após a saída do sangue. Contudo, caso ocorra o</p><p>refluxo de sangue do ventrículo para os átrios caracteriza uma condição denominada prolapso da valva.</p><p>Durante a sístole, que é a contração do músculo cardíaco, temos a sístole atrial que impulsiona o sangue</p><p>para os ventrículos. Assim, as valvas atrioventriculares estão abertas para a passagem de sangue, enquanto,</p><p>a valva pulmonar e a aórtica estão fechadas. Na sístole ventricular as valvas atrioventriculares estão</p><p>fechadas e as semilunares abertas à passagem de sangue. Diástole é o relaxamento do músculo cardíaco,</p><p>é quando os ventrículos se enchem de sangue, neste momento as valvas atrioventriculares estão abertas e</p><p>as semilunares estão fechadas (TORTORA; DERRICKSON, 2016).</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>57</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Prezado(a) aluno(a),</p><p>Nesta	 unidade	 abordamos	 o	 estudo	 de	 três	 sistemas:	 o	 sistema	 cardiovascular,</p><p>linfático	e	respiratório	que	funcionam	em	cooperação	e	realizam	funções	vitais	para	manter</p><p>o	equilíbrio	do	organismo.	O	sistema	cardiovascular	é	constituído	pelo	sangue,	coração</p><p>e	 vasos	 sanguíneos,	 consideramos	 o	 sistema	 cardiovascular	 como	 sendo	 um	 sistema</p><p>circulatório	fechado,	onde	o	sangue	flui	pelos	vasos	sanguíneos	até	chegar	aos	tecidos	do</p><p>corpo,	e	este	processo	caracteriza	a	circulação	sanguínea.	O	sangue	transporta	nutrientes</p><p>e	oxigênio	que	é	essencial	 para	a	manutenção	da	vida	celular,	 bem	como,	 transportam</p><p>resíduos	tóxicos	para	as	células	que	precisam	ser	eliminadas	do	organismo.	No	entanto,</p><p>para	que	o	sangue	percorra	seu	trajeto,	ele	precisa	ser	impulsionado	por	uma	bomba	contrátil</p><p>propulsora	 que	 impulsiona	 o	 sangue	 em	 direção	 aos	 vasos	 sanguíneos,	 e	 esta	 bomba</p><p>vital	é	o	coração.	Desta	forma,	foi	apresentado	a	vocês	a	morfologia	externa	e	interna	do</p><p>coração,	permitindo	a	compreensão	do	processo	da	circulação	sanguínea.	Na	sequência,</p><p>abordamos	o	sistema	linfático	que	também	atua	como	sistema	circulatório,	com	a	diferença</p><p>que	 neste	 sistema	 o	 líquido	 que	 está</p><p>em	 circulação	 pelos	 vasos	 linfáticos,	 é	 a	 linfa.	O</p><p>sistema	 linfático	 é	 composto	 por	 vasos	 linfáticos,	 órgãos	 linfáticos	 e	 linfa,	 este	 sistema</p><p>está	relacionado	com	a	realização	de	funções	que	protegem	o	organismo	contra	a	invasão</p><p>de	agentes	patogênicos,	pois	estes	agentes	estranhos	são	transportados	pela	linfa	até	os</p><p>órgãos	linfáticos	que	contêm	células	fagocitárias	e	linfócitos	que	os	destroem.	Finalizamos</p><p>o	estudo	desta	unidade	conhecendo	o	sistema	respiratório,	os	órgãos	que	os	compõem	e</p><p>a	sua	função	que	consiste	no	ato	da	respiração.	A	respiração	é	uma	necessidade	urgente,</p><p>pois	as	células	no	corpo	exigem	um	suprimento	contínuo	de	oxigênio	(O2)	para	produzir	a</p><p>energia	que	precisam	para	desempenhar	suas	funções	vitais.	Contudo,	ao	utilizar	o	O2	às</p><p>células	produzem	dióxido	de	carbono	 (CO2)	que	é	um	metabólito	 tóxico	que	precisa	ser</p><p>eliminado	do	organismo.	Com	base	neste	entendimento,	fica	nítido	que	a	principal	função</p><p>do	sistema	respiratório	é	a	realização	da	troca	de	gases	promovendo	o	abastecimento	do</p><p>corpo	com	O2	e	descartando	o	CO2.</p><p>Até	uma	próxima	oportunidade.	Muito	Obrigada!</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>58</p><p>LEITURA COMPLEMENTAR</p><p>O	sistema	linfático	é	constituído	por	vasos	linfáticos	que	transportam	a	linfa,	tecido</p><p>linfático	 e	 órgãos	 linfáticos	 que	 estão	 envolvidos	 na	 luta	 do	 corpo	 contra	 a	 doença.	Os</p><p>órgãos	linfáticos	e	o	sistema	imune	atendem	bem	as	pessoas	até	a	velhice,	quando	sua</p><p>eficiência	é	afetada	sua	capacidade	para	combater	a	infecção	diminui.	Essa	diminuição	na</p><p>função	parece	ser	proveniente	de	uma	diminuição	na	produção	e	capacidade	de	resposta</p><p>das	células	T	e	B</p><p>Abordaremos	algumas	condições	patológicas	que	afetam	o	sistema	linfático:</p><p>●	 A	 esplenomegalia	 é	 caracterizada	 pelo	 aumento	 do	 baço,</p><p>resultante	de	doenças	que	afetam	o	sangue	como,	por	exemplo:	mononucleose,</p><p>malária,	 leucemia,	 entre	 outras.	 Seu	 diagnóstico	 clínico	 baseia-se	 na</p><p>observação	do	aumento	do	baço,	percebido	através	da	palpação	do	abdome.</p><p>●	 Linfadenopatia	 é	 a	 doença	 dos	 linfonodos	 definida	 por</p><p>alterações	nas	características	do	linfonodo	como	resultado	da	invasão	de	sua</p><p>estrutura	por	células	inflamatórias	ou	neoplásicas.	Diversas	condições	estão</p><p>associadas	 com	 a	 ocorrência	 da	 linfadenopatia,	 seu	 diagnóstico	 baseia-se</p><p>no	exame	físico	e	anamnese	como	roteiro	diagnóstico	para	solicitar	exames</p><p>complementares.	É	uma	condição	associada	com	 linfoma,	 tumor	do	 tecido</p><p>linfático	de	característica	benigna	ou	maligna.	No	câncer	linfático	o	linfonodo-</p><p>sentinela	é	o	primeiro	linfonodo	que	recebe	a	linfa	drenada	de	uma	área	do</p><p>corpo	suspeita	de	 ter	um	tumor.	Quando	examinado	quanto	a	presença	de</p><p>células	cancerosas,	esse	linfonodo	fornece	a	melhor	indicação	da	ocorrência</p><p>ou	não	de	metástase	através	dos	vasos	linfáticos.</p><p>●	 Tonsilite:	 As	 tonsilas	 são	 intumescências	 da	 mucosa	 que</p><p>reveste	a	faringe,	composta	por	tecido	linfático,	atua	combatendo	a	invasão</p><p>do	 organismo	 por	 agentes	 patogênicos	 que	 adentram	 pela	 via	 respiratória</p><p>(ar	inalado)	e	oral	(alimentos).	Existem	quatro	grupos	de	tonsilas:	1)	Tonsilas</p><p>palatinas	 localiza-se	 na	 parede	 lateral	 da	 faringe,	 posterior	 à	 boca	 e	 ao</p><p>palato	 (“céu-da-boca”).	 São	 as	maiores	 tonsilas,	 as	 que	 normalmente	 são</p><p>infectadas	e	precisam	ser	removidas	com	frequência	durante	a	infância,	em</p><p>um	procedimento	cirúrgico	chamado	tonsilectomia.	2)	Tonsila	lingual	situa	-se</p><p>na	superfície	posterior	da	língua.	3)	Tonsila	faríngea	conhecida	por	adenoides,</p><p>localiza-se	no	teto	faríngeo.	4)	Tonsila	tubária	situa-se	posteriormente	ao	óstio</p><p>faríngeo	da	tuba	auditiva.</p><p>A	tonsilite	é	a	congestão	das	tonsilas,	causadas	por	bactérias	infectantes</p><p>que	adentram	a	via	oral	levando	a	inflamação	das	tonsilas	que	ficam	vermelhas</p><p>e	inchadas	(aumentam	de	tamanho)	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;</p><p>DIDIER	NETO;	KISO,	2013).</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>59</p><p>MATERIAL COMPLEMENTAR</p><p>LIVRO</p><p>Título: Gray - Anatomia Clínica para Estudantes</p><p>Autor: Richard Richard Drake</p><p>Editora: Guanabara Koogan</p><p>Sinopse: O Gray 's Anatomia Clínica para Estudantes, foca pre-</p><p>cisamente nas informações que você necessita para estudar</p><p>Anatomia, em um formato fácil de ler e visualmente atraente</p><p>que facilita o estudo.</p><p>FILME/VÍDEO</p><p>Título: SISTEMA CARDIOVASCULAR - Anatomia e Fisiologia -</p><p>Prof. Emerson Inácio</p><p>Ano: 2021</p><p>Sinopse: O sistema cardiovascular, também conhecido como</p><p>sistema circulatório, realiza o transporte de substância no nosso</p><p>corpo. Esse sistema é subdividido em sistema sanguíneo e siste-</p><p>ma linfático. Neste vídeo você aprenderá sobre a organização do</p><p>sistema cardiovascular, anatomia do coração e vasos sanguíneos</p><p>e a fisiologia da circulação sanguínea.</p><p>Link do vídeo: https://www.youtube.com/results?search_</p><p>query=sistema+cardiovascular+anatomia</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_book_1?ie=UTF8&field-author=Richard+Richard+Drake&text=Richard+Richard+Drake&sort=relevancerank&search-alias=stripbooks</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>Plano de Estudos</p><p>• Sistema Nervoso Central (SNC)</p><p>• Sistema Nervoso Periférico (SNP)</p><p>Objetivos	da	Aprendizagem</p><p>• Conceituar o sistema nervoso central e periférico;</p><p>• Identificar a divisão do sistema nervoso;</p><p>• Identificar o tecido nervoso, os tipos de neurônios e a classificação</p><p>dos neurônios;</p><p>• Identificar os componentes do sistema nervoso central e periférico.</p><p>Professora Mestre Gislaine Cardoso de Souza Fiaes</p><p>SISTEMA NERVOSOSISTEMA NERVOSO</p><p>UNIDADEUNIDADE3</p><p>61</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Nesta	unidade	vocês	irão	aprender	sobre	o	sistema	nervoso	que	é	extremamente</p><p>fascinante	 e	 atua	 de	 forma	 complexa,	 sendo	 responsável	 por	 nossas	 percepções,</p><p>comportamentos,	memórias	e	controle	dos	movimentos	voluntários	e	involuntários	exercidos</p><p>pelo	corpo	humano.	O	sistema	nervoso	é	dividido	em:	sistema	nervoso	central,	que	é	aquele</p><p>localizado	dentro	do	esqueleto	axial	(cavidade	craniana	e	canal	vertebral)	que	compreende</p><p>o	encéfalo	e	a	medula	espinal,	respectivamente;	e	o	sistema	nervoso	periférico,	localizado</p><p>no	esqueleto	apendicular,	que	é	formado	pelos	nervos	e	gânglios.</p><p>O	sistema	nervoso	se	relaciona	com	o	organismo	e	com	o	meio	ambiente	através</p><p>da	comunicação	estabelecida	pelas	conexões	sensitivas	e	motoras.	A	conexão	neuronal</p><p>sensitiva	(aferente)	é	responsável	por	captar	o	estímulo	(por	exemplo,	dor	e	calor)	externo	e</p><p>o	transmite	para	sistema	nervoso	central	que	processa	a	informação	e	produz	uma	resposta</p><p>que	é	conduzida	pela	via	eferente	(neurônios	motores)	até	o	órgão	efetor	que	pode	ser	os</p><p>músculos	estriados	esqueléticos	onde	a	resposta	será	a	contração	muscular.</p><p>UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>SISTEMA NERVOSO</p><p>CENTRAL1</p><p>TÓPICO</p><p>62UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>1.1 Introdução ao Sistema Nervoso Central (SNC)</p><p>O	 sistema	 nervoso	 controla	 toda	 comunicação	 do	 corpo,	 pensamento,	 ações,</p><p>emoções	e	memórias.	As	células	nervosas	 (neurônios)	se	comunicam	através	de	sinais</p><p>elétricos	chamados	impulsos	nervosos,	produzindo	uma	resposta	imediata.	Destacam-se</p><p>três	funções	básicas	do	sistema</p><p>nervoso	que	atuam	conjuntamente	(MARIEB;	WILHELM;</p><p>MALLATT,	2014).</p><p>1) Função Sensitiva:	É	controlada	por	neurônios	sensitivos	(aferentes)	responsáveis</p><p>por	perceber	os	estímulos	internos	do	corpo	ou	externo	e	conduzir	os	impulsos	do</p><p>órgão	receptor	(por	exemplo:	tato,	dor	ou	sensores	térmicos	na	pele)	em	direção	ao</p><p>SNC.</p><p>2) Função Integradora:	Após	a	chegada	do	estímulo	ao	SNC,	a	informação	sensitiva</p><p>é	analisada,	processada	e	interpretada	para	que	uma	ação	seja	desencadeada	na</p><p>sequência.</p><p>3) Função Motora:	 É	 a	 resposta	 aos	 estímulos	 iniciando	 ações	 como:	 contrações</p><p>musculares	ou	secreções	glandulares;	esta	função	é	caracterizada	pela	atuação	de</p><p>neurônios	motores	 (eferentes)	que	saem	do	SNC	 levando	a	 resposta	aos	órgãos</p><p>efetores	(TORTORA,	2016).</p><p>1.2 Divisão do Sistema Nervoso</p><p>Dividimos	o	sistema	nervoso	em	duas	partes	anatômicas:	o	sistema	nervoso	central</p><p>(SNC)	e	o	sistema	nervoso	periférico	(SNP).	O	sistema	nervoso	central	é	composto	pelo</p><p>encéfalo	 e	 pela	 medula	 espinal	 (Figura 1),	 que	 ocupam	 o	 crânio	 e	 o	 canal	 vertebral,</p><p>respectivamente.	O	SNC	é	 o	 centro	 de	 integração	 e	 comando	 do	 sistema	nervoso	 que</p><p>recebe	sinais	sensitivos	(aferentes)	e	os	interpreta.	Enquanto,	o	SNP	é	a	parte	do	sistema</p><p>63UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>nervoso	localizado	fora	do	SNC,	formado	pelos	nervos	que	se	estendem	do	cérebro	(nervos</p><p>cranianos)	e	da	medula	espinal	(nervos	espinais).	Os	nervos periféricos	formam	uma	linha</p><p>de	comunicação	que	liga	todas	as	regiões	do	corpo	ao	sistema	nervoso	central.	No	SNP</p><p>também	estão	incluídos	os	gânglios,	que	são	áreas	onde	os	corpos	celulares	dos	neurônios</p><p>ficam	agrupados.</p><p>FIGURA 1: IMAGEM MOSTRA UMA VISÃO ESQUEMÁTICA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL</p><p>(SNC), QUE COMPREENDE O CÉREBRO E A MEDULA ESPINHAL.</p><p>1.2.1 Sistema Nervoso Central</p><p>O	encéfalo	e	a	medula	espinal	são	formados	por	duas	substâncias:	a	cinzenta	e	a</p><p>branca.	A	substância	cinzenta	localizada	na	parte	interna	é	composta	por	corpos	celulares</p><p>dos	neurônios.	Todavia,	a	substância	branca	é	formada	por	axônios	e	neuroglia.</p><p>64UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>Nos	cortes	 transversais	da	medula	espinal	observa-se	a	substância	cinzenta	com</p><p>formato	parecido	com	da	letra	H	ou	de	borboleta,	cravado	em	uma	matriz	de	substância</p><p>branca.	Os	 braços	 do	H	 são	 os	 cornos;	 portanto,	 existem	 cornos	 cinzentos	 posteriores</p><p>(dorsais)	e	anteriores	(ventrais)	direito	e	esquerdo	(Figura	2).</p><p>FIGURA 2: ILUSTRAÇÃO CORTE TRANSVERSAL NA MEDULA ESPINAL MOSTRANDO AS</p><p>SUBSTÂNCIAS BRANCA E CINZENTA (CENTRO EM FORMA DA LETRA H).</p><p>1.3 Tecido Nervoso</p><p>O	 tecido	nervoso	é	constituído	por	dois	 tipos	de	células	que	são:	os	neurônios	e</p><p>a	 neuróglia	 ou	 também	 chamada	 de	 células	 gliais.	Ambas	 são	 células	 estruturalmente</p><p>diferentes	de	acordo	com	sua	localização	no	SNC	ou	no	SNP	e	divergem	nas	funções.</p><p>Os	neurônios	são	as	unidades	estruturais	e	funcionais	do	sistema	nervoso	que	atingem</p><p>grandes	 comprimentos,	 especializados	 para	 a	 comunicação	 rápida	 por	 apresentarem</p><p>excitabilidade	elétrica	que	é	a	capacidade	de	responder	a	um	estímulo	e	convertê-lo	em	um</p><p>potencial	de	ação	(impulso	nervoso)	que	é	um	sinal	elétrico	que	se	propaga	pela	membrana</p><p>do	neurônio.</p><p>As	 células	 da	 neuróglia	 são	 células	 menores	 que	 ocupam	 os	 espaços	 entre	 os</p><p>neurônios	com	a	função	de	fornecer	suporte,	nutrição	e	proteção	aos	neurônios	e	continua</p><p>se	 dividindo	 durante	 toda	 a	 vida	 do	 indivíduo	 e	 difere	 dos	 neurônios	 por	 não	 propagar</p><p>potenciais	de	ação.	Existem	6	tipos	de	células	da	neuróglia,	sendo	2	encontradas	apenas</p><p>no	SNP	 (células	 de	Schwann	 e	 células	 satélites)	 e	 4	 pertencentes	 ao	SNC	 e	 são	 elas</p><p>(Figura	3):</p><p>65UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>●	 Astrócitos:	 Estas	 células	 possuem	 formato	 de	 estrela,	muitos	 prolongamentos	 e</p><p>são	 as	maiores	 e	mais	 numerosas	 células	 da	 neuróglia.	Os	 prolongamentos	 dos</p><p>astrócitos	entram	em	contato	com	capilares	sanguíneos,	neurônios	e	com	a	pia-máter</p><p>(fina	membrana	que	recobre	o	encéfalo	e	a	medula	espinal).	Os	astrócitos	promove</p><p>o	suporte	para	os	neurônios;	produzem	substâncias	que	mantêm	a	característica</p><p>de	permeabilidade	seletiva	exclusiva	das	células	endoteliais	dos	capilares;	mantém</p><p>o	ambiente	adequado	para	a	geração	de	impulsos	nervosos;	são	condutores	para</p><p>a	 passagem	 de	 nutrientes	 e	 outras	 substâncias	 entre	 os	 capilares	 sanguíneos	 e</p><p>os	 neurônios.	Além	 de	 influenciar	 na	 formação	 de	 sinapses	 neuronais	 que	 estão</p><p>relacionadas	com	aprendizado	e	memória.</p><p>●	 Oligodendrócitos:	 São	 células	 parecidas	 com	 os	 astrócitos,	 porém	 menores</p><p>e	 com	menos	 prolongamentos.	 Todavia,	 é	 competência	 dos	 prolongamentos	 dos</p><p>oligodendrócitos	 a	 formação	 e	 manutenção	 da	 bainha	 de	 mielina	 encontrada	 ao</p><p>redor	dos	axônios	do	SNC.</p><p>●	 Micróglia:	As	menores	células	da	neuróglia	com	projeções	finas	que	dão	origem</p><p>a	numerosas	 ramificações.	Possui	 função	 fagocitária	 removendo	 restos	celulares,</p><p>microrganismos	e	tecido	nervoso	danificado.</p><p>●	 Células Ependimárias:	Apresentam	 formato	cúbico	em	uma	camada	única,	 com</p><p>microvilosidades	e	cílios.	Localiza-se	revestindo	o	canal	central	da	medula	espinal,</p><p>sua	função	é	produzir,	monitorar	e	auxiliar	na	circulação	do	líquido	cerebroespinhal</p><p>(líquor)	e	formar	a	barreira	hematoencefálica	(TORTORA;	DERRICKSON,	2014).</p><p>FIGURA 3: DIFERENTES TIPOS DE CÉLULAS DA GLIA: ASTRÓCITOS (CÉLULAS NA COR</p><p>LARANJA – FIXO AO NEURÔNIO E AO CAPILAR SANGUÍNEO PROMOVENDO A NUTRIÇÃO E</p><p>SUPORTE PARA O NEURÔNIO), OLIGODENDRÓCITOS (CÉLULAS NA COR AZUL – FORMANDO</p><p>A BAINHA DE MIELINA NO AXÔNIO NEURONAL), MICRÓGLIA (CÉLULA DA GLIA NA COR</p><p>VERDE – TEM FUNÇÃO FAGOCITÁRIA).</p><p>66UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>1.3.1 Tipos de Neurônios</p><p>As	estruturas	que	compõem	os	neurônios	são:	corpo	celular,	axônio	e	dendritos	que</p><p>são	prolongamentos	que	conduzem	os	impulsos	que	entram	e	saem	do	corpo	celular.	O</p><p>axônio	neuronal	é	revestido	com	uma	camada	de	lipídios	e	substâncias	proteicas	chamada</p><p>bainha	 de	 mielina,	 a	 mielina	 proporciona	 um	 aumento	 da	 velocidade	 na	 condução	 do</p><p>impulso	nervoso	(Figura 4).</p><p>A	comunicação	entre	os	neurônios	é	chamada	de	sinapses	e	ocorre	por	meio	de</p><p>neurotransmissores	 que	 são	 substâncias	 químicas	 liberadas	 por	 um	 neurônio	 e	 atuam</p><p>estimulando	 ou	 inibindo	 outro	 neurônio,	 permitindo	 a	 continuidade	 ou	 interrupção	 à</p><p>transmissão	de	 impulsos.	Os	neurônios	possuem	características	estruturais	e	 funcionais</p><p>diferentes	que	determinam	sua	classificação.</p><p>FIGURA 4: ILUSTRAÇÃO DE UM NEURÔNIO E SEUS COM COMPONENTES: AXÔNIO, BAINHA</p><p>DE MIELINA, DENDRITOS, CORPO CELULAR, NÚCLEO</p><p>1.3.2	Classificação	dos	neurônios</p><p>1.3.2.1	Classificação	Estrutural:	Classifica	os	neurônios	de	acordo	com	o	número	de</p><p>extensões	que	se	projetam	a	partir	do	corpo	celular	(Figura 5):</p><p>●	 Neurônios multipolares:	possuem	vários	dendritos	e	um	axônio	(Figura 5).	São	os</p><p>tipos	mais	comuns	de	neurônios	no	sistema	nervoso	(SNC	e	SNP).</p><p>●	 Neurônios bipolares:	 apresentam	 um	 dendrito	 principal	 e	 um	 axônio	 e	 o	 corpo</p><p>celular	é	centralizado	(Figura 5).</p><p>67UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>●	 Neurônios unipolares:	têm	dendritos	e	um	axônio	que	se	fundem	para	formar	um</p><p>prolongamento	contínuo	que	emerge	do	corpo	celular	(Figura 5).	Estes	neurônios</p><p>também	são	chamados	de	neurônios	pseudounipolares,	atuam	conduzindo	impulsos</p><p>do	órgão	receptor	(tato,	dor	ou	sensores	térmicos	na	pele,	por	exemplo)	em	direção</p><p>ao	corpo	celular,	e	um	prolongamento	central	que	vai	do	corpo	celular	até	o	SNC.	Os</p><p>corpos	celulares	dos	neurônios	pseudounipolares	estão	situados	fora	do	SNC	nos</p><p>gânglios	sensitivos	dos	nervos	espinais	e	cranianos	fazendo	parte	do	SNP.</p><p>FIGURA 5: TIPOS DE NEURÔNIOS: UNIPOLAR QUE ORIGINA O PSEUDOUNIPOLAR, BIPOLAR</p><p>E MULTIPOLAR</p><p>1.3.2.2	Classificação	Funcional:	Diz	respeito	à	direção	para	qual	o	impulso	nervoso</p><p>(potencial	de	ação)	é	transmitido	no	SNC.</p><p>●	 Neurônios sensitivos ou aferentes:	 Contêm	 receptores	 sensitivos	 em	 suas</p><p>extremidades	distais	(dendritos)</p><p>e	quando	um	estímulo	apropriado	ativa	um	receptor</p><p>sensitivo,	ele	gera	um	potencial	de	ação	que	percorre	seu	axônio	sendo	transportado</p><p>para	o	SNC	por	nervos	cranianos	e	espinais.	A	maioria	dos	neurônios	sensitivos	é</p><p>classificado	estruturalmente	como	unipolares.</p><p>●	 Neurônios motores ou eferentes:	São	responsáveis	por	transportar	os	potenciais</p><p>de	ação	para	 fora	do	SNC	em	direção	a	órgãos	efetores	 (músculos	e	glândulas)</p><p>localizados	na	periferia	do	corpo	(SNP)	por	meio	de	nervos	cranianos	e	espinais.	Os</p><p>neurônios	motores	estruturalmente	são	do	tipo	multipolares.</p><p>68UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>●	 Neurônios de associação ou interneurônios:	 Localiza-se	 no	 SNC,	 entre	 os</p><p>neurônios	motores	 e	 sensitivos,	 são	 responsáveis	 por	 processar	 as	 informações</p><p>provenientes	dos	neurônios	sensitivos	e	então,	produzir	uma	resposta	motora	através</p><p>da	ativação	dos	neurônios	motores,	sendo	que	a	maior	parte	dos	interneurônios	são</p><p>multipolares.</p><p>1.4 Encéfalo</p><p>O	encéfalo	é	o	centro	de	controle	das	sensações,	da	inteligência,	das	emoções,	do</p><p>comportamento	e	da	memória.	Contudo,	o	encéfalo	possui	diferentes	regiões	com	funções</p><p>especializadas,	sendo	classificado	em	4	partes	que	serão	abordadas	detalhadamente	nos</p><p>tópicos	seguintes:	tronco encefálico	(bulbo,	ponte	e	mesencéfalo),	cerebelo, diencéfalo</p><p>e telencéfalo (Figura 6).</p><p>FIGURA 6: CORTE SAGITAL DO ENCÉFALO: CÉREBRO (ÁREA CINZA COM OS GIROS E</p><p>SULCOS), CEREBELO (ÁREA ROXA EM FORMATO DE COUVE-FLOR) E TRONCO ENCEFÁLICO</p><p>LOCALIZADO NA FRENTE DO CEREBELO</p><p>69UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>1.4.1 Tronco Encefálico</p><p>O	tronco	encefálico	situa-se	entre	o	diencéfalo	conectando-se	à	medula	espinal	(Figura 7).</p><p>As	funções	do	tronco	encefálico	são:</p><p>1.	 É	uma via	de	passagem	que	recebe	e	envia	informações	motoras	e	sensitivas	para</p><p>o	cérebro.</p><p>2.	 Recebe	ou	emite	fibras	nervosas	que	formam	os	nervos	cranianos,	sendo	que	dos</p><p>12	pares	de	nervos	cranianos	10	estão	conectados	a	ele.</p><p>3.	 Produz	comportamentos	rigidamente	programados	e	automáticos,	necessários	para</p><p>a	sobrevivência.</p><p>4.	 Integra	os	reflexos	auditivos	e	visuais.</p><p>O	tronco	encefálico	apresenta	três	regiões:	o	bulbo,	a	ponte	e	o	mesencéfalo,	estas	três</p><p>estruturas	juntas	correspondem	a	25%	da	massa	encefálica	(MARIEB;	WILHELM;	MALLA-</p><p>TT,	2014;	TORTORA;	DERRICKSON,	2014).</p><p>FIGURA 7: VISTA ANTERIOR DO TRONCO ENCEFÁLICO</p><p>70UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>1.4.1.1 Bulbo</p><p>O	bulbo	tem	forma	de	um	cone,	é	a	parte	mais	caudal	do	tronco	encefálico	e	sua</p><p>extremidade	menor	conecta-se	com	a	medula	espinhal,	no	entanto,	não	tem	uma	região</p><p>demarcando	 o	 local	 de	 separação	 entre	medula	 e	 bulbo	 por	 isso,	 considera-se	 o	 limite</p><p>correspondente	ao	nível	do	forame	magno	do	osso	occipital.</p><p>O	bulbo	apresenta	duas	cristas	longitudinais	chamadas	pirâmides	(Figura 8),	formada</p><p>por	um	feixe	compacto	de	fibras	nervosas	descendentes	que	ligam	as	áreas	motoras	do</p><p>cérebro	aos	neurônios	motores	da	medula	espinal,	as	fibras	nervosas	cruzam	obliquamente</p><p>o	plano	mediano	formando	a	decussação	das	pirâmides	que	é	responsável	por	fazer	com</p><p>que	o	hemisfério	cerebral	direito	controle	o	lado	esquerdo	do	corpo	e	o	hemisfério	cerebral</p><p>esquerdo	controle	o	lado	direito.	Isso	fica	evidente	em	casos	de	lesão	encefálica	à	direita,</p><p>onde	o	corpo	será	acometido	em	toda	sua	metade	esquerda.</p><p>O	bulbo	abriga	o	centro	de	controle	de	órgãos	e	funções	importantes,	como:	o	centro</p><p>respiratório	(regulando	o	ritmo	respiratório),	o	centro	vasomotor	e	o	centro	do	vômito.	Pelo</p><p>fato	de	o	bulbo	conter	a	presença	dos	centros	respiratórios	e	vasomotor	as	lesões	nesta</p><p>estrutura	encefálica	são	extremamente	perigosas,	o	que	explica	a	gravidade	de	fratura	na</p><p>base	do	crânio	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014).</p><p>FIGURA 8: VISTA ANTERIOR DO TRONCO ENCEFÁLICO, O BULBO ESTÁ EM DESTAQUE</p><p>COLORIDO DE VERDE</p><p>71UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>1.4.1.2 Ponte</p><p>A	 ponte	 está	 localizada	 entre	 o	 bulbo	 e	 o	 mesencéfalo,	 e	 anterior	 ao	 cerebelo,</p><p>juntamente	 com	 o	 bulbo	 auxilia	 no	 controle	 da	 respiração.	A	 ponte	 é	 dividida	 em	 duas</p><p>estruturas	 principais:	 uma	 região	 ventral	 e	 dorsal.	A	 região	 ventral	 da	 ponte	 é	 um	 local</p><p>de	 transmissão	 sináptica	 composta,	 a	 substância	 cinzenta,	 conhecidos	 como	 núcleos</p><p>pontinos,	que	possuem	substância	branca	entrando	e	saindo	deles,	e	conectando	o	córtex</p><p>de	um	hemisfério	cerebral	com	o	córtex	do	hemisfério	do	cerebelo	contralateral	(Figura 9).</p><p>Por	apresentar	um	complexo	circuito	de	transmissão	nervosa,	a	ponte	assume	um	papel</p><p>essencial	 na	 coordenação	 e	 otimização	 da	 atividade	motora	 voluntária.	A	 região	 dorsal</p><p>contém	tratos	ascendentes	e	descendentes	e	núcleos	de	nervos	cranianos	que	chegam	ou</p><p>saem	desta	região:</p><p>●	 Nervos trigêmeos (NC V):	Recebem	 impulsos	sensitivos	da	cabeça	e	da	 face	e</p><p>enviam	impulsos	motores	responsáveis	pela	mastigação.</p><p>●	 Nervos abducentes (NC VI):	 Transmite	 impulsos	motores,	 gerados	 em	 núcleos</p><p>pontinos,	que	controlam	certos	movimentos	oculares.</p><p>●	 Nervos faciais (NC VII):	Os	núcleos	da	ponte	recebem	impulsos	sensitivos	gustativos</p><p>e	geram	impulsos	motores	que	regulam	a	secreção	de	saliva	e	lágrimas	e	a	contração</p><p>de	músculos	da	mímica	facial.</p><p>●	 Nervos vestibulococleares (NC VIII):	 Recebem	 impulsos	 sensitivos	 e	 enviam</p><p>impulsos	 nervosos	 para	 o	 aparelho	 vestibular	 relacionados	 com	 o	 equilíbrio</p><p>(TORTORA;	DERRICKSON,	2014).</p><p>FIGURA 9: VISTA ANTERIOR DO TRONCO ENCEFÁLICO, A PONTE ESTÁ EM DESTAQUE</p><p>COLORIDO DE VERDE</p><p>72UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>1.4.1.3 Mesencéfalo</p><p>O	 Mesencéfalo	 conecta-se	 diretamente	 ao	 cérebro	 se	 estendendo	 da	 ponte	 ao</p><p>diencéfalo.	É	atravessado	por	um	estreito	canal,	o	aqueduto	do	mesencéfalo,	conecta	o</p><p>terceiro	 ventrículo	 com	o	quarto	 ventrículo.	Posterior	 ao	aqueduto,	 localiza-se	o	 teto	do</p><p>mesencéfalo	que	contém	quatro	projeções	arredondadas.	As	duas	projeções	superiores</p><p>são	conhecidas	como	colículos	superiores	e	são	responsáveis	por	reflexos	que	controlam</p><p>os	movimentos	da	cabeça,	do	tronco	e	dos	olhos	em	resposta	a	estímulos	visuais,	como	os</p><p>movimentos	oculares	de	perseguição	de	objetos	em	movimento.	Enquanto	isso,	as	duas</p><p>projeções	inferiores	(colículos	inferiores),	transmitem	impulsos	dos	receptores	auditivos	da</p><p>orelha	interna	para	o	encéfalo	e	também	são	responsáveis	pelo	reflexo	de	susto	(Figura</p><p>10).	Anteriormente,	o	mesencéfalo	apresenta	dois	pedúnculos	cerebrais	que	unem	o	tronco</p><p>encefálico	ao	cérebro,	estes	pedúnculos	cerebrais	apresentam	feixes	pareados	de	axônios</p><p>neuronais	que	conduzem	impulsos	nervosos	de	áreas	motoras	do	córtex	cerebral	para	a</p><p>medula	espinal,	o	bulbo	e	a	ponte.</p><p>Dois	 pares	 de	 nervos	 cranianos	 localizam-se	 na	 estrutura	 mesencefálica	 e	 são</p><p>eles:	Nervos	oculomotores	são	responsáveis	pelo	controle	dos	movimentos	do	bulbo	do</p><p>olho;	Nervos	 trocleares	 (IV)	 através	 dos	 nervos	 trocleares	 é	 possível	 o	 controlar	 certos</p><p>movimentos	oculares	(TORTORA;	DERRICKSON,	2014).</p><p>FIGURA 10: VISTA LATERAL DO TRONCO ENCEFÁLICO, EM ROXO OBSERVA-SE O</p><p>MESENCÉFALO E ACIMA EM VERDE COLÍCULOS SUPERIORES E INFERIORES (FORMATO DE</p><p>BOLINHAS)</p><p>73UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>1.5 Cerebelo</p><p>O	 cerebelo	 (Figura 11)	 é	 a	 segunda	 maior	 estrutura	 encefálica	 só	 fica	 atrás	 do</p><p>telencéfalo	 (cérebro),	 situa-se	 dorsalmente	 ao	 bulbo	 e	 à	 ponte,	 formando	 o	 teto	 do	 IV</p><p>ventrículo.	O	cerebelo	repousa	sobre	a	fossa	cerebelar	do	osso	occipital	e	separa-se	do</p><p>lobo	occipital	por	uma	prega	da	dura-máter	e	liga-se	à	medula	e	ao	bulbo	pelo	pedúnculo</p><p>cerebelar	inferior	e	à	ponte	e	mesencéfalo	pelos	pedúnculos	cerebelares	médio	e	superior.</p><p>Possui	 função	 exclusivamente	 motora	 mantendo	 o	 equilíbrio	 e	 coordenação	 (MARIEB;</p><p>WILHELM;	MALLATT,	2014).</p><p>FIGURA 11: CORTE SAGITAL DO CEREBELO (FORMATO DE COUVE-FLOR) E 4 VENTRÍCULOS</p><p>(ESPAÇO TRIANGULAR ANTERIOR AO CEREBELO).</p><p>1.6 Diencéfalo</p><p>O	diencéfalo	(Figura 12) e	o	telencéfalo	formam	o	que	é	conhecido	como	cérebro,</p><p>que	corresponde	a	parte	mais	desenvolvida	do	encéfalo	e	ocupa	cerca	de	80%</p><p>da	cavidade</p><p>craniana.	A	estrutura	do	diencéfalo	só	é	vista	na	porção	mais	inferior	(interna)	do	cérebro.</p><p>Caracteriza-se	por	estar	envolto	pelos	hemisférios	cerebrais	e	compreendem	as	seguintes</p><p>partes:	tálamo, hipotálamo e epitálamo,	que	estão	relacionadas	com	o	III	ventrículo	que</p><p>é	uma	cavidade	ímpar	no	diencéfalo,	que	se	comunica	com	o	IV	ventrículo	pelo	aqueduto</p><p>cerebral	e	com	os	ventrículos	laterais	pelos	forames	interventriculares.</p><p>74UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>FIGURA 12: O DIENCÉFALO LOCALIZA-SE INTERNAMENTE ENVOLTO PELOS HEMISFÉRIOS</p><p>CEREBRAIS E NA IMAGEM PODE SER OBSERVADO TODA REGIÃO DIENCEFÁLICA</p><p>REPRESENTADO NA COR ROSA</p><p>1.6.1 Tálamo</p><p>O	 tálamo	 (Figura 13)	mede	 cerca	 de	 3	 cm	 de	 comprimento	 e	 corresponde	 80%</p><p>do	 diencéfalo,	 formado	 por	 duas	massas	 ovais	 de	 substância	 cinzenta	 organizadas	 em</p><p>núcleos	com	tratos	de	substância	branca	no	seu	interior.	As	metades	do	tálamo	(hemisférios</p><p>cerebrais	direito	e	esquerdo)	são	ligadas	por	uma	ponte	de	substância	cinzenta	chamada</p><p>de	aderência	intertalâmica.</p><p>O	tálamo	atua	como	uma	estação	retransmissora	dos	impulsos	sensitivos	da	medula</p><p>espinal	e	do	 tronco	encefálico.	Também	contribui	para	a	 transmissão	de	 informações	do</p><p>cerebelo	e	dos	núcleos	da	base	para	a	área	motora	do	córtex	cerebral.	Além	de	transmitir</p><p>impulsos	nervosos	entre	diferentes	áreas	do	telencéfalo	(cérebro)	e	auxilia	na	manutenção</p><p>da	consciência	(TORTORA;	DERRICKSON,	2014).</p><p>75UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>FIGURA 13: A IMAGEM REPRESENTA EM LARANJA O TÁLAMO MAIOR ESTRUTURA</p><p>DIENCEFÁLICA</p><p>1.6.2 Hipotálamo</p><p>O	 hipotálamo	 é	 uma	 pequena	 região	 do	 diencéfalo	 localizada	 inferiormente	 ao</p><p>tálamo.	Ele	é	composto	por	quatro	regiões	principais:	região	mamilar,	região	tuberal,	região</p><p>supraóptica	e	região	pré-óptica.	A	respeito	das	funções	do	hipotálamo,	podemos	destacar:</p><p>● Controle	do	sistema	nervoso	autônomo	(contração	de	músculos	e	secreções	glandulares);</p><p>● Regulação	da	temperatura	corporal;</p><p>● Regulação	do	comportamento	emocional;</p><p>● Regulação	do	sono	e	da	vigília;</p><p>● Regulação	da	ingestão	de	alimentos;</p><p>● Regulação	da	ingestão	de	água;</p><p>● Regulação	da	diurese;</p><p>● Regulação	do	sistema	endócrino;</p><p>● Geração	e	regulação	de	ritmos	circadianos	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	TOR-</p><p>TORA;	DERRICKSON,	2014).</p><p>1.6.3 Epitálamo</p><p>O	epitálamo,	 pequena	 região	 superior	 e	 posterior	 ao	 tálamo,	 forma	parte	 do	 teto</p><p>do	terceiro	ventrículo	e	é	composta	pela	glândula	pineal	que	confere	ao	epitálamo	função</p><p>endócrina.	A	glândula	pineal	possui	 tamanho	aproximado	de	uma	ervilha	e	 faz	parte	do</p><p>sistema	endócrino	pois	sob	a	influência	do	hipotálamo,	a	glândula	pineal	é	responsável	pela</p><p>secreção	do	hormônio	melatonina,	que	controla	o	ciclo	sono-vigília	que	sinaliza	ao	corpo	a</p><p>hora	de	se	preparar	para	a	fase	noturna	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	TORTORA;</p><p>DERRICKSON,	2014).</p><p>76UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>1.7 Telencéfalo</p><p>O	 telencéfalo	 é	 o	 que	 conhecemos	 por	 cérebro,	 constituído	 por	 dois	 hemisférios</p><p>cerebrais	(direito	e	esquerdo),	que	são	separados	pela	fissura	longitudinal	do	cérebro,	cujo</p><p>assoalho	é	formado	por	uma	larga	faixa	de	fibras	comissurais,	denominada	corpo	caloso</p><p>que	promove	a	união	entre	os	dois	hemisférios	(Figura 14).</p><p>O	córtex	cerebral	é	constituído	por	substância	cinzenta	que	forma	a	face	externa	do</p><p>telencéfalo.	Durante	o	desenvolvimento	embrionário,	a	substância	cinzenta	do	córtex	se</p><p>desenvolve	mais	rápido	que	a	substância	branca,	e	se	dobra	sobre	si	mesmo,	formando</p><p>pregas	conhecidas	como	giros,	os	dois	giros	mais	importantes	são	os	giros	pré-central	e</p><p>pós-central.	As	fendas	mais	profundas	entre	os	giros	são	chamadas	de	fissuras;	as	mais</p><p>superficiais,	de	sulcos	que	permitem	um	considerável	aumento	do	volume	cerebral	(TOR-</p><p>TORA;	DERRICKSON,	2014).</p><p>FIGURA 14: VISTA SUPERIOR DO CÓRTEX CEREBRAL E HEMISFÉRIOS CEREBRAIS, PODEMOS</p><p>OBSERVAR NA IMAGEM A FISSURA LONGITUDINAL, SULCOS E GIROS CEREBRAIS</p><p>1.7.1 Lobos Cerebrais</p><p>Os	hemisférios	cerebrais	são	subdivididos	em	lobos,	que	são	nomeados	de	acordo</p><p>com	os	ossos	que	os	recobrem:	lobos	frontal,	parietal,	temporal	e	occipital	(Figura 15).	O</p><p>sulco	central	separa	o	lobo	frontal	do	lobo	parietal.	O	sulco	cerebral	lateral	separa	o	lobo</p><p>frontal	do	 lobo	 temporal.	O	sulco	parietoccipital	 separa	o	 lobo	parietal	 do	 lobo	occipital.</p><p>Uma	quinta	porção	do	 telencéfalo,	a	 ínsula,	não	pode	ser	vista	superficialmente	porque</p><p>se	encontra	dentro	do	sulco	cerebral	 lateral,	profundamente	aos	 lobos	parietal,	 frontal	e</p><p>temporal.</p><p>77UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>FIGURA 15: VISTA LATERAL DO CÉREBRO HUMANO. ILUSTRAÇÃO MOSTRA LOBO FRONTAL</p><p>(AZUL), LOBO PARIETAL (VERDE), LOBO TEMPORAL (LARANJA) E LOBO OCCIPITAL (ROSA)</p><p>1.8 Medula Espinal</p><p>A	medula	espinal	é	uma	massa	de	tecido	nervoso	em	formato	cilíndrico	que	se	estende</p><p>do	bulbo	até	a	margem	superior	da	segunda	vértebra	lombar	e	fica	abrigada	dentro	do	canal</p><p>vertebral.	Ela	contém	substância	cinzenta	localizada	por	dentro	da	branca	e	apresenta	a</p><p>forma	de	uma	borboleta,	ou	de	um	H	(Figura 16).	Nos	adultos	a	medula	espinal	varia	entre</p><p>42	a	45	cm	de	comprimento	(MARTINI;	TIMMONS;	TALLITSH,	2009).</p><p>A	medula	espinal	é	uma	via	para	transmissão	de	informação	ao	encéfalo	ou	a	partir</p><p>dele	e	também	integra	e	processa	informações.	São	observadas	na	medula	espinal	duas</p><p>intumescências:	a	intumescência	cervical,	que	se	estende	da	quarta	vértebra	cervical	(C	IV)</p><p>até	a	primeira	vértebra	torácica	(TI).	Os	nervos	dos	membros	superiores	são	provenientes</p><p>desta	região.	E	a	intumescência	lombar	(da	nona	até	a	décima	segunda	vértebra	torácica</p><p>(T	XII)	que	originam	os	nervos	dos	membros	inferiores.</p><p>78UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>FIGURA 16: A ILUSTRAÇÃO MOSTRA A MEDULA ESPINAL ACOMODADA DENTRO DO CANAL</p><p>VERTEBRAL (FORMADO PELAS VÉRTEBRAS)</p><p>1.9 Meninges</p><p>Os	tecidos	nervosos	são	extremamente	delicados	o	que	lhe	confere	necessidade	de</p><p>proteção	do	contato	com	ossos	que	pode	causar	danos	mecânicos,	absorvendo	impactos.</p><p>As	meninges	 são	membranas	 fibrosas	 que	 recobrem	 o	SNC	 (encéfalo	 e	medula</p><p>espinal)	e	possuem	três	camadas:	dura-máter, aracnoide-máter e pia-máter.</p><p>●	 Dura-máter: É	 a	 mais	 resistente	 e	 espessa	 lâmina	 meníngea.	 Envolve	 toda	 a</p><p>medula	e	encéfalo	como	se	fosse	uma	luva,	sendo	a	camada	externa	que	fica	em</p><p>contato	com	os	ossos	do	crânio	e	vértebras.</p><p>●	 Aracnoide-máter:	É	a	lâmina	intermediária	localizada	entre	a	dura-máter	e	a	pia-</p><p>máter	e	está	separada	da	lâmina	da	pia-máter,	pelo	espaço	subaracnóideo	que	é</p><p>preenchido	pelo	líquido	cefalorraquidiano	(líquor).	Este	espaço	é	facilmente	acessado</p><p>entre	as	vértebras	 lombares	(L	 III	e	L	 IV),	sendo	utilizado	para	administração	de</p><p>anestésicos	e	na	coleta	de	líquor	para	exame	diagnóstico.	O	líquido	cerebrospinal</p><p>envolve	e	banha	o	SNC,	o	líquor	é	produzido	pelo	plexo	coroide	que	se	localiza	no</p><p>interior	dos	ventrículos.		Suas	funções	incluem:	evitar	o	contato	entre	as	estruturas</p><p>nervosas;	 permite	 a	 sustentação	 do	 encéfalo	mantendo	 o	mesmo	 suspenso	 na</p><p>cavidade	do	crânio,	flutuando	no	líquido	cerebrospinal	e	promover	o	transporte	de</p><p>nutrientes.</p><p>●	 Pia-máter:		É	a	membrana	meníngea	mais	delicada	e	interna,	fixada	diretamente</p><p>ao	tecido	nervoso	(MARTINI;	TIMMONS;	TALLITSH,	2009).</p><p>SISTEMA NERVOSO</p><p>PERIFÉRICO (SNP)2</p><p>TÓPICO</p><p>79UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>2.1 Introdução ao sistema nervoso periférico (SNP)</p><p>O	sistema	nervoso	periférico	(SNP)	é	composto	por	nervos	espinais	(parte	da	medula</p><p>espinal)	e	nervos	cranianos	(originam-se	no	encéfalo).	Os	nervos	são	feixes	de	axônios	de</p><p>neurônios	que	apresentam	função	motora	(leva	a	informação	do	SNC	para	o	órgão	efetor,</p><p>produzindo	uma	resposta)	ou	dos	dendritos	que	são	fibras	sensitivas	(capta	o	estímulo	e</p><p>leva	para	ser	processado	pelo	SNC).</p><p>Divisão	do	SNP	de	acordo	com	as	funções	das	fibras	nervosas	sensitivas	e	motoras</p><p>(Figura 17).</p><p>80UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>FIGURA 17: REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DA DIVISÃO DO SNP. AS ENTRADAS</p><p>SENSITIVAS E MOTORAS DO SNP SÃO SUBDIVIDIDAS EM SOMÁTICAS</p><p>(INERVAÇÃO DO</p><p>TUBO EXTERNO) OU VISCERAIS (INERVAÇÃO DOS ÓRGÃOS VISCERAIS). A PARTE MOTORA</p><p>DO SNP É DIVIDIDA EM PARTE SOMÁTICA E NA PARTE AUTÔNOMA DO SISTEMA NERVOSO</p><p>(SNA), QUE É SUBDIVIDIDO EM: SIMPÁTICA E PARASSIMPÁTICA</p><p>Fonte: TORTORA;	DERRICKSON,	2016.</p><p>O	sistema	nervoso	 somático	é	 composto	por	 neurônios	 sensitivos	e	motores.	Os</p><p>neurônios	 sensitivos	 captam	 o	 estímulo	 via	 receptores	 (termorreceptores	 localizados</p><p>na	pele,	sensíveis	ao	 tato,	calor	e	dor)	e	 transmitem	esse	estímulo	gerado	na	 forma	de</p><p>impulso	 nervoso	para	 processamento	 no	SNC	 (chegando	primeiro	 na	medula	 espinal	 e</p><p>posteriormente	no	encéfalo).	Contudo,	a	via	motora	é	composta	por	neurônios	que	partem</p><p>do	SNC,	 inervando	 os	músculos	 esqueléticos	 e	 como	 resposta	 ao	 estímulo	 promove	 a</p><p>contração	da	musculatura,	produzindo	movimentos	de	reflexos	(involuntários)	e	voluntários,</p><p>este	 processo	 é	 denominado	 arco	 reflexo	 (Figura 18)	 (MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,</p><p>2014).</p><p>81UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>FIGURA 18: ILUSTRAÇÃO DO ARCO REFLEXO</p><p>2.2	Nervos Cranianos</p><p>Os	nervos	cranianos se	originam	no	encéfalo	e	são	doze	pares	no	total.	Cada	nervo</p><p>craniano	 tem	 sua	 nomenclatura	 própria	 de	 acordo	 com	 a	 distribuição	 ou	 a	 função	 dos</p><p>nervos,	mas	também	recebe	uma	numeração	(número	romano)	que	indicam	a	ordem,	na</p><p>qual	os	nervos	se	originam	no	encéfalo	(Figura 19).</p><p>FIGURA 19: DOZE PARES DE NERVOS CRANIANOS</p><p>82UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>Os	nervos	cranianos	olfatório	(I),	óptico	(II)	e	vestibulococlear	(VIII),	contém	axônios</p><p>de	neurônios	sensitivos.	E	estão	associados	aos	sentidos	especiais	do	olfato,	da	visão	e	da</p><p>audição,	respectivamente.	Entretanto,	cinco	nervos	cranianos	oculomotor	(III),	troclear	(IV),</p><p>abducente	(VI),	acessório	(XI)	e	hipoglosso	(XII)	são	classificados	como	nervos	motores,</p><p>pois	contêm	apenas	axônios	de	neurônios	motores	que	saem	do	tronco	encefálico.</p><p>Os	quatro	nervos	cranianos	restantes	trigêmeo	(V),	facial	(VII),	glossofaríngeo	(IX)	e</p><p>vago	(X)	são	nervos	mistos,	pois	contém	axônios	de	neurônios	sensitivos	adentrando	no</p><p>encéfalo	e	neurônios	motores	saindo	do	encéfalo	(TORTORA;	DERRICKSON	2016).</p><p>1.3 Nervos espinais</p><p>A	superfície	da	medula	apresenta	sulcos	que	fazem	conexão	com	pequenos	filamentos</p><p>nervosos	que	se	unem	formando	as	raízes	ventrais	e	dorsais	dos	nervos	espinais.</p><p>Os	 nervos	 espinais	 são	 vias	 de	 comunicação	 entre	 a	 medula	 espinal	 e	 regiões</p><p>específicas	 do	 corpo.	 Cada	 par	 de	 nervos	 espinais	 surge	 de	 um	 segmento	 espinal,</p><p>responsável	 por	 conferir	 a	 nomeação	 dos	 nervos	 espinais	 de	 acordo	 com	 o	 segmento</p><p>nos	quais	estão	 localizados.	Existem	31	pares	de	nervos	espinais	sendo	distribuídos	da</p><p>seguinte	forma:	8	cervicais	(C1–C8),	12	torácicos	(T1–T12),	5	lombares	(L1-L5),	5	sacrais</p><p>(S1–S5)	e	1	coccígeo	(Co1).</p><p>Os	nervos	espinais	se	ramificam	a	partir	da	medula	espinal	e	se	projetam	lateralmente</p><p>saindo	 do	 canal	 vertebral	 através	 dos	 forames	 intervertebrais.	 Contudo,	 os	 nervos	 das</p><p>regiões	lombar,	sacral	e	coccígea	não	saem	da	coluna	vertebral,	as	raízes	destes	nervos</p><p>espinais	ficam	semelhantes	a	uma	cauda	de	um	cavalo,	atribuindo	o	nome	às	raízes	destes</p><p>nervos	de	cauda	equina	(TORTORA;	DERRICKSON	2016).</p><p>83</p><p>A meningite é uma condição patológica causada pela inflamação das meninges provocada por infecção</p><p>bacteriana ou viral. A infecção pode se espalhar para o tecido nervoso e provocar inflamação no encéfalo</p><p>chamada de encefalite. A meningite é diagnosticada através da obtenção de uma amostra de líquido cere-</p><p>brospinal (LCE) coleta do espaço subaracnóideo para detectar a presença do agente patológico (bactérias,</p><p>vírus ou fungos). Como a medula espinal adulta termina no nível da vértebra L I ou L II, uma agulha pode</p><p>penetrar com segurança no espaço subaracnóideo abaixo desse local para obter a amostra necessária, este</p><p>procedimento é denominado punção lombar. Com o paciente curvado para a frente a agulha é inserida</p><p>entre as vértebras das vértebras L III e L IV ou entre L IV e L V. As punções lombares também são utilizadas</p><p>para medir a pressão do LCE, para administração de antibióticos, anestésicos e contraste de raios X (MA-</p><p>RIEB; WILHELM; MALLATT, 2014).</p><p>Com apenas 2 kg de peso, cerca de 3% do peso corporal total, o sistema nervoso é um dos menores, porém</p><p>mais complexos sistemas corporais, contém bilhões de neurônios e de um número ainda maior de células</p><p>da neuroglia (TORTORA; DERRICKSON, 2014).</p><p>UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>84</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Prezado(a) aluno(a),</p><p>Nesta	 unidade	abordamos	o	 estudo	do	 sistema	nervoso	em	sua	 complexidade	é</p><p>responsável	por	controlar	ações	voluntárias	e	involuntárias.	O	controle	das	ações	voluntárias</p><p>como:	correr,	andar	e	falar.	Além	de	ser	fundamental	para	a	percepção	do	indivíduo	com</p><p>relação	às	coisas	à	sua	volta.	Todavia,	o	controle	das	ações	involuntárias	se	deve	ao	fato</p><p>de	o	sistema	nervoso	atuar	sobre	outros	sistemas	do	corpo	humano	como,	por	exemplo:</p><p>o	centro	respiratório	que	controla	o	ritmo	respiratório	está	localizado	no	bulbo	que	é	uma</p><p>estrutura	do	 tronco	encefálico.	O	sistema	nervoso	é	 formado	pelo	 tecido	nervoso	que	é</p><p>constituído	 pelas	 células	 nervosas	 chamadas	 neurônios,	 os	 neurônios	 se	 comunicam</p><p>entre	si	através	de	sinais	elétricos	chamados	impulsos	nervosos,	produzindo	uma	resposta</p><p>imediata.	O	 sistema	 nervoso	 é	 dividido	 em:	 sistema	 nervoso	 central	 e	 sistema	 nervoso</p><p>periférico.	O	sistema	nervoso	central	é	formado	pelo	encéfalo	(cérebro,	tronco	encefálico	e</p><p>cerebelo)	e	medula	espinhal.	Na	sequência	abordando	detalhadamente	as	características</p><p>morfológicas	do	encéfalo	que	é	o	centro	de	controle	das	sensações,	da	inteligência,	das</p><p>emoções,	do	comportamento	e	da	memória.	O	encéfalo	é	classificado	em	4	partes:	tronco</p><p>encefálico	 (bulbo,	 ponte	 e	 mesencéfalo),	 cerebelo, diencéfalo e telencéfalo, sendo</p><p>que	 foi	apresentado	a	vocês	as	características	morfológicas	de	cada	uma	destas	áreas</p><p>encefálicas.</p><p>Finalizamos	 o	 estudo	 desta	 unidade	 apresentando	 a	 vocês	 o	 sistema	 nervoso</p><p>periférico	 que	 se	 localiza	 fora	 do	 sistema	 nervoso	 central,	 sendo	 constituído	 por	 fibras</p><p>nervosas	(nervos)	que	tem	origem	de	dois	locais	distintos,	sendo:	Encéfalo	(base	do	crânio)</p><p>e	medula	espinal.	Desta	forma,	temos	12	pares	de	nervos	cranianos	e	31	pares	de	nervos</p><p>espinais,	respectivamente,	e	são	responsáveis	por	promover	a	conexão	levando	estímulos</p><p>periféricos	para	o	sistema	nervoso	central	que	os	interpreta	e	produz	uma	resposta	que	é</p><p>transmitida	do	sistema	nervoso	central	para	outras	partes	do	corpo	humano.</p><p>Até	uma	próxima	oportunidade.	Muito	Obrigada!</p><p>UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>85</p><p>LEITURA COMPLEMENTAR</p><p>Anualmente,	 1,4	 milhão	 de	 lesões	 encefálicas	 traumáticas	 (ou	 traumatismo</p><p>cranioencefálico)	 são	 relatadas	 nos	 Estados	 Unidos,	 decorrentes	 de	 quedas	 (28%),</p><p>acidentes	de	trânsito	(20%),	lesões	esportivas	(21%)	e	violência	(30%).</p><p>A	lesão	no	tecido	neural	é	provocada	por	três	mecanismos:	(1)	um	golpe	direto	que</p><p>contundiu	o	 tecido	neural,	 (2)	 forças	de	cisalhamento	que	 rasgam	as	fibras	neuronais	e</p><p>(3)	sangramento	e	intumescimento	que	aumentam	a	pressão	intracranial,	comprimindo	o</p><p>tecido	neural.	Circundado	pelo	líquido	cerebroespinal,	o	encéfalo	praticamente	flutua	dentro</p><p>do	crânio.	Qualquer	força	externa	que	atinja	essa	estrutura	faz	com	que	o	encéfalo	se	mova</p><p>e	bata	no	crânio,	lesionando	o	tecido	neural.	Se	a	força	do	golpe	for	suficientemente	grande,</p><p>o	encéfalo	pode	atingir	o	lado	oposto	do	crânio.	A	isso	chamamos	lesão	por	contragolpe.</p><p>Como	o	 encéfalo	 está	 sendo	movimentado	 vigorosamente	 na	 cavidade	 craniana,</p><p>os	 axônios	 longos	 e	 projetados	 alongam-se.	As	 forças	 de	 cisalhamento	 podem	 rasgá-</p><p>los,	 resultando	em	 lesão	axonal	difusa.	Essas	 forças	afetam	axônios	bem	espalhados	e</p><p>perturbam	sua	capacidade	de	enviar	informações,	rompendo	os	circuitos	neuronais.	Com</p><p>o	 tempo,	 as	 conexões	 axonais	 podem	 crescer	 novamente	 e	 restabelecer	 os</p><p>circuitos</p><p>neurais	funcionais.	No	entanto,	as	conexões	podem	errar	o	caminho,	resultando	em	déficits</p><p>funcionais	de	longo	prazo.</p><p>Tanto	a	lesão	por	contragolpe	quanto	a	lesão	axonal	difusa	são	típicas	na	síndrome</p><p>do	bebê	sacudido	e	no	chicote	provocado	pela	desaceleração	rápida,	típica	de	acidentes</p><p>de	automóvel.	O	sangramento	 interno	no	 local	do	 impacto	comprime	o	 tecido	neural.	O</p><p>entumescimento	resultante	do	edema	e	da	captação	de	água	pelo	cérebro	leva	ao	aumento</p><p>da	pressão	intracraniana,	que	comprime	ainda	mais	o	tecido	neural,	provocando	mais	lesões.</p><p>Muito	 preocupantes	 são	 as	 lesões	 que	 resultam	 em	 sangramento	 dentro	 dos	 espaços</p><p>subdural	 ou	 subaracnóideo	 que	 é	 diagnosticado	 no	momento	 da	 lesão.	 Imediatamente</p><p>após	um	golpe	na	cabeça,	a	vítima	pode	estar	 lúcida	e	agir	normalmente.	No	entanto,	à</p><p>medida	que	o	sangue	e	outros	líquidos	se	acumulam	em	volta	do	tecido	cerebral,	podem	se</p><p>desenvolver	sinais	neurológicos	como	problemas	de	equilíbrio,	problemas	de	coordenação</p><p>e	déficits	sensitivos.	A	maior	pressão	 intracraniana	resultante	pode	afetar	as	 funções	do</p><p>tronco	encefálico	que	controlam	a	respiração,	a	frequência	cardíaca	e	a	pressão	arterial,</p><p>potencialmente	causando	a	morte.</p><p>Desse	 modo,	 indivíduos	 com	 qualquer	 tipo	 de	 lesão	 na	 cabeça	 precisam	 ser</p><p>monitorados	quanto	ao	desenvolvimento	de	sinais	neurológicos:	reflexos	pupilares	anormais,</p><p>desequilíbrio,	discurso	incoerente	e	comportamento	anormal.</p><p>As	 lesões	 encefálicas	 brandas	 (concussões)	 são	 o	 tipo	 mais	 comum	 de	 lesão</p><p>encefálica,	já	que	provocam	mudança	temporária	no	estado	mental:	confusão,	desorientação</p><p>e	perda	de	memória.	Uma	breve	perda	de	consciência	pode	ou	não	ocorrer.	Os	sintomas</p><p>de	uma	lesão	encefálica	branda	incluem	cefaleia,	vertigem,	náusea,	fadiga	e	irritabilidade.</p><p>UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>86</p><p>Uma	 lesão	 encefálica	 moderada	 é	 definida	 pela	 perda	 de	 consciência	 durante</p><p>um	intervalo	de	tempo	que	varia	de	alguns	minutos	a	algumas	horas.	Esse	tipo	de	lesão</p><p>provoca	 confusão,	 que	 pode	 durar	 dias	 ou	 semanas.	 Os	 déficits	 neurais	 resultam	 em</p><p>prejuízos	físicos,	cognitivos	e	comportamentais	que	podem	durar	um	longo	período	ou	ser</p><p>permanentes.	Uma	lesão	encefálica	grave	resulta	em	inconsciência	prolongada	ou	coma</p><p>durante	dias,	semanas	ou	meses.</p><p>Cerca	de	75%	de	todas	as	lesões	encefálicas	traumáticas	são	classificadas	como</p><p>brandas,	 incluindo	 a	maioria	 das	 lesões	 encefálicas	 que	 ocorrem	durante	 as	 atividades</p><p>esportivas.	No	entanto,	uma	lesão	branda	não	é	insignificante,	mas	muitas	vezes	é	ignorada</p><p>ou	minimizada,	sobretudo	pelos	atletas	de	competição.</p><p>O	tecido	neural	requer	pelo	menos	duas	semanas	para	se	recuperar	após	uma	lesão</p><p>branda.	Se	o	encéfalo	não	tiver	tempo	para	cicatrizar,	outra	lesão	pode	resultar	de	outro</p><p>impacto.	Um	segundo	impacto	que	ocorra	antes	da	cicatrização	completa	de	um	impacto</p><p>inicial	pode	resultar	em	um	intumescimento	tão	agudo	do	encéfalo	que	chega	a	ser	fatal.</p><p>Essa	condição	chama-se	síndrome	do	segundo	 impacto.	Embora	nenhum	dos	 impactos</p><p>seja	grave,	o	intumescimento	radical	provocado	pela	segunda	lesão	pode	alterar	a	função</p><p>do	tronco	encefálico	e	o	efeito	cumulativo	das	lesões	pode	ter	consequências	fatais.</p><p>As	 lesões	 encefálicas	 repetidas	 se	 combinam,	 causando	 déficits	 neurológicos</p><p>importantes.	 Pesquisas	 mostram	 que	 os	 atletas	 com	 lesões	 repetidas	 na	 cabeça	 têm</p><p>desempenho	pior	nos	testes	de	atenção,	memória,	organização	e	resolução	de	problemas</p><p>complexos	do	que	os	indivíduos	que	nunca	sofreram	uma	concussão.</p><p>É	fundamental	evitar	o	traumatismo	craniano.	Nos	esportes	que	envolvem	contato,</p><p>são	essenciais	o	equipamento	de	proteção	da	cabeça	e	as	decisões	inteligentes	tomadas</p><p>pelos	treinadores,	preparadores	físicos	e	atletas	em	relação	à	quando	voltar	a	jogar	após</p><p>uma	lesão	na	cabeça	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014).</p><p>UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>87</p><p>MATERIAL COMPLEMENTAR</p><p>LIVRO</p><p>Título: Anatomia Humana</p><p>Autor: Frederic H. Martin, Michael J. Timmons, Robert B.</p><p>Tallitsch.</p><p>Editora: Artmed.</p><p>Sinopse: A Coleção Martini foi especialmente pensada para</p><p>proporcionar ao leitor o melhor recurso didático para ensino</p><p>e aprendizagem da Anatomia. Para isso, foram reunidos o</p><p>livro-texto Anatomia humana, que se destaca pela riqueza de</p><p>detalhes visuais e por um texto extremamente didático, o Atlas</p><p>do corpo humano – um atlas fotográfico cuja objetividade é seu</p><p>ponto alto.</p><p>FILME/VÍDEO</p><p>Título: Sistema Nervoso | Prof. Paulo Jubilut</p><p>Ano: 2019</p><p>Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=_prsD-</p><p>Dg_cJM</p><p>UNIDADE 3 SISTEMA NERVOSO</p><p>https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_ebooks_1?ie=UTF8&field-author=Frederic+H.+Martini&text=Frederic+H.+Martini&sort=relevancerank&search-alias=digital-text</p><p>https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_ebooks_2?ie=UTF8&field-author=Michael+J.+TimmonS&text=Michael+J.+TimmonS&sort=relevancerank&search-alias=digital-text</p><p>https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_ebooks_3?ie=UTF8&field-author=Robert+B.+Tallitsch&text=Robert+B.+Tallitsch&sort=relevancerank&search-alias=digital-text</p><p>https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_ebooks_3?ie=UTF8&field-author=Robert+B.+Tallitsch&text=Robert+B.+Tallitsch&sort=relevancerank&search-alias=digital-text</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>Plano de Estudos</p><p>• Sistema Digestório</p><p>• Sistema Urinário</p><p>• Sistema Genital Masculino</p><p>• Sistema Genital Feminino</p><p>Objetivos	da	Aprendizagem</p><p>• Conceituar e contextualizar os sistemas digestório, urinário e</p><p>reprodutor masculino e feminino;</p><p>• Compreender os principais aspectos anatômicos dos órgãos que</p><p>constituem cada sistema;</p><p>• Estabelecer a importância dos sistemas para a manutenção da vida</p><p>humana.</p><p>Professora Mestre Gislaine Cardoso de Souza Fiaes</p><p>SISTEMAS SISTEMAS</p><p>DIGESTÓRIO, DIGESTÓRIO,</p><p>URINÁRIO E URINÁRIO E</p><p>GENITALGENITAL</p><p>UNIDADEUNIDADE4</p><p>89</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Quantas	vezes	escutamos	durante	nossa	infância	sobre	a	importância	dos	alimentos?</p><p>Ou	o	quanto	é	importante	a	ingestão	de	água	diariamente?	Todos	os	sistemas	do	nosso</p><p>corpo	exercem	um	papel	fundamental	para	a	manutenção	da	vida.	O	sistema	digestório,</p><p>por	exemplo,	é	responsável	desde	a	quebra	do	alimento	em	moléculas	menores	permitindo,</p><p>assim,	que	nossas	células	possam	absorver	os	nutrientes,	até	a	formação	das	fezes.	Já	o</p><p>sistema	urinário	realiza	a	filtragem	do	sangue	e,	como	consequência	desse	processo,	elimina</p><p>restos	metabólicos	através	da	urina.	Além	disso,	o	sistema	reprodutor	tem	características</p><p>distintas	entre	os	gêneros,	mas	ambos	contribuem	na	produção	dos	gametas	e	permitem,</p><p>assim,	a	reprodução	e	a	continuação	da	espécie	humana.</p><p>Caro	 estudante,	 nesta	 unidade	 vamos	 aprofundar	 nossos	 conhecimentos	 sobre</p><p>os	sistemas	digestório,	urinário	e	reprodutor.	Sendo,	o	objetivo	principal	desta	unidade	é</p><p>proporcionar	a	compreensão	das	 funções	e	os	aspectos	anatômicos	relevantes	de	cada</p><p>órgão	que	os	compõem.</p><p>UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>SISTEMA</p><p>DIGESTÓRIO1</p><p>TÓPICO</p><p>90UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>1.1 Introdução ao Sistema Digestório</p><p>Nós,	seres	humanos,	assim	como	outros	animais,	não	somos	capazes	de	produzir</p><p>nosso	próprio	alimento,</p><p>como	as	plantas,	por	exemplo,	e	por	isso	necessitamos	de	produtos</p><p>animais	ou	vegetais	que	nos	forneça	energia	para	a	manutenção	dos	nossos	órgãos	e	sis-</p><p>temas.	Desde	crianças	escutamos	na	escola	e	em	casa	sobre	a	importância	dos	alimentos</p><p>no	nosso	dia-a-dia.	Mas	você	sabe	como	e	onde	acontece	a	digestão	de	tudo	o	que	ingeri-</p><p>mos?	Vamos	descobrir	juntos	a	seguir.</p><p>Quando	ingerimos	um	alimento	ele	irá	percorrer	no	nosso	sistema	digestório	e	sofrer</p><p>transformações	físicas	e	químicas	para	reduzi-los	em	pequenas	moléculas	e	permitir	que</p><p>seus	nutrientes,	como	a	glicose,	sejam	capazes	de	atravessar	parte	das	camadas	do	sis-</p><p>tema	digestório	e	a	parede	dos	capilares	sanguíneos	e	linfáticos	e,	posteriormente,	serem</p><p>distribuídos	para	as	células	do	corpo.	Os	restos	desse	processo	são	excretados	do	corpo</p><p>por	meio	das	fezes.</p><p>O	 sistema	 digestório	 exerce	 um	papel	 importantíssimo	 na	 homeostasia,	 ou	 seja,	 no</p><p>processo	de	equilíbrio	 ou	estabilidade	do	organismo.	 Isso	porque,	 possui	 funções	desde	a</p><p>quebra	dos	alimentos	em	moléculas	menores,	como	também	a	absorção	de	água,	vitaminas	e</p><p>minerais,	e	a	eliminação	de	resíduos	metabólicos	do	corpo	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>Os	 órgãos	 que	 compõem	 o	 sistema	 digestório	 podem	 ser	 observados	 na	 figura</p><p>introdutória	desta	unidade,	sendo	eles	boca,	faringe,	esôfago,	estômago,	intestino	delgado</p><p>e	 intestino	 grosso.	 Também	 faz	 parte	 desse	 sistema,	 os	 chamados	 órgãos	 digestórios</p><p>acessórios,	que	compreende	os	dentes,	língua,	glândulas	salivares,	fígado,	vesícula	biliar</p><p>e	pâncreas.</p><p>É	importante	salientar	que	a	cavidade	abdominal,	que	abriga	a	maioria	dos	órgãos	do</p><p>sistema	digestório,	é	revestida	por	uma	membrana	serosa	chamada	peritônio,	que	é	dividido</p><p>em	peritônio	parietal	(quando	está	em	contato	com	as	paredes	abdominal)	e	peritônio	visceral</p><p>91UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>(reveste	as	vísceras).	O	espaço	entre	eles	é	denominado	cavidade	peritoneal	e	possui	um</p><p>líquido	seroso	lubrificante.	O	peritônio	contém	grandes	pregas	que	ligam	os	órgãos	uns	aos</p><p>outros	e	às	paredes	da	cavidade	abdominal,	além	de	vasos	sanguíneos,	vasos	linfáticos	e</p><p>nervos	que	suprem	os	órgãos	abdominais	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>1.2 Cavidade oral</p><p>A	cavidade	oral	é	formada	pelas	bochechas	que	terminam	nos	lábios,	palato	duro</p><p>(parte	anterior	do	céu	da	boca),	palato	mole	(parte	posterior	do	céu	da	boca)	e	língua.	O</p><p>palato	é	uma	parede	que	separa	a	cavidade	oral	da	cavidade	nasal,	e	forma	o	céu	da	boca	e</p><p>sua	presença	permite	mastigar	e	respirar	ao	mesmo	tempo.	Pendurada	na	margem	livre	do</p><p>palato	mole	está	localizada	uma	estrutura	muscular	chamada	úvula.	Durante	a	deglutição,</p><p>o	palato	mole	e	a	úvula	são	atraídos	superiormente,	fechando	a	parte	nasal	da	faringe	e</p><p>impedindo	que	os	alimentos	e	 líquidos	 ingeridos	entrem	na	cavidade	nasal	 (TORTORA;</p><p>DERRICKSON,	2016).</p><p>O	primeiro	órgão	do	tubo	digestório	é	a	boca	e	a	digestão	mecânica	dos	alimentos</p><p>que	 ocorre	 neste	 local	 é	 chamada	 de	 mastigação	 onde	 o	 alimento	 é	 manipulado	 pela</p><p>língua,	triturado	pelos	dentes	e	misturado	com	a	saliva,	a	fim	de	deixá-lo	com	um	pequeno</p><p>tamanho	e	permitindo-o	ser	facilmente	engolido.	Essa	massa	formada	recebe	o	nome	de</p><p>bolo	alimentar.	Já	a	digestão	química	envolve	a	ação	de	enzimas,	como	a	amilase	salivar</p><p>e	a	lipase	lingual.</p><p>1.2.1 Dentes</p><p>Os	dentes	cortam	os	alimentos	sólidos	em	partículas	menores	para	serem	deglutidas.</p><p>Eles	estão	localizados	no	espaço	ósseo	chamado	alvéolo	dental.	Tipicamente,	os	dentes</p><p>possuem	 três	 regiões:	 a	 coroa,	 que	 é	 a	 parte	 visível	 acima	 da	 gengiva;	 o	 colo,	 parte</p><p>intermediária	recoberta	por	gengiva	e	que	consiste	na	junção	entre	a	coroa	e	a	raiz;	e	a</p><p>raiz,	embutidas	no	soquete	e	que	fixa	os	dentes	aos	ossos.</p><p>Internamente	os	dentes	são	formados	principalmente	por	dentina	que	confere	forma</p><p>e	rigidez.	A	dentina	da	coroa	é	recoberta	por	esmalte,	composto	principalmente	por	fosfato</p><p>de	cálcio	e	carbonato	de	cálcio,	enquanto	que	a	dentina	da	raiz	é	recoberta	por	cemento,</p><p>que	age	como	um	amortecedor	de	impacto	durante	a	mastigação	(TORTORA.	DERRICK-</p><p>SON,	2016).</p><p>Ao	longo	de	nossas	vidas,	apresentamos	duas	dentições.	A	decídua	são	os	famosos</p><p>“dentes	de	leite”,	ou	primários,	que	começam	a	aparecer	por	volta	dos	6	meses	de	idade,</p><p>constituindo-se	de	20	dentes	(8	incisivos,	4	caninos	e	8	molares).	Essa	dentição	é	substituída</p><p>por	volta	dos	6	a	12	anos	de	idade	pela	dentição	dita	permanente,	que	se	refere	aos	dentes</p><p>secundários	 e	 totalizam	 cerca	 de	 32	 dentes	 quando	 no	 conjunto	 completo	 (8	 incisivos,</p><p>4	 caninos,	 8	 pré-molares	 e	 12	molares).	 Os	 dentes	 incisivos	 (parte	 cortante)	 cortam	 o</p><p>alimento,	os	caninos	(borda	pontiaguda)	dividem	os	alimentos	em	partes	menores,	quanto</p><p>que	os	dentes	pré-molares	e	molares	(possuem	coroa	mais	desenvolvida)	são	adaptados</p><p>92UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>para	amassar	e	triturar	os	alimentos.</p><p>1.2.2 Glândulas salivares</p><p>A	saliva	é	produzida	pelas	glândulas	salivares. As	glândulas	salivares	maiores	são</p><p>glândulas	exócrinas,	 sendo	elas	as	parótidas,	 submandibulares	e	sublinguais,	ao	passo</p><p>que	as	glândulas	salivares	menores	estão	presentes	no	interior	das	bochechas,	 lábios	e</p><p>mucosa	da	língua.	Estima-se	que,	por	dia,	seja	liberado	cerca	de	1	a	1,5	litros	de	saliva.	A</p><p>saliva	é	composta	por	água	(99,5%)	e	solutos	(0,5%)	e	sua	função	é	a	de	amaciar,	hidratar</p><p>e	dissolver	os	alimentos,	limpar	a	boca	e	os	dentes,	e	iniciar	a	digestão	do	amido.</p><p>1.2.3 Língua</p><p>A	língua	é	um	órgão	muscular,	móvel,	dividida	em	metades	laterais	simétricas	por	um</p><p>septo	mediano.	A	língua	participa	da	mastigação	e	deglutição	ao	manobrar	os	alimentos,</p><p>modelando-o	em	um	bolo	alimentar,	da	fala,	da	sucção	e	detecta	sensações	de	paladar.	A</p><p>sua	parte	fixa	é	chamada	de	raiz	da	língua,	a	parte	móvel	de	corpo	da	língua	e	a	extremidade</p><p>anterior	de	ápice	da	língua.</p><p>O	frênulo	da	língua	é	uma	prega	na	linha	média	da	face	inferior	da	língua,	e	que	se</p><p>insere	no	assoalho	da	boca	ajudando	a	limitar	o	movimento	da	língua	posteriormente.	A	face</p><p>dorsal	(superior)	e	a	face	lateral	da	língua	são	recobertas	por	papilas	linguais,	receptores</p><p>para	gosto.	Estas	são	divididas	em	circunvaladas	(amargo),	folheadas	(azedo),	filiformes	e</p><p>fungiformes	(doce	e	salgado).</p><p>Os	músculos	extrínsecos	movem	a	língua	de	um	lado	para	o	outro,	para	dentro	e</p><p>para	fora	a	fim	de	manobrar	os	alimentos	para	a	mastigação,	moldando-o	e	forçando-o	para</p><p>a	parte	de	trás	da	boca	para	ser	engolido.	Já	os	músculos	intrínsecos	alteram	a	forma	e	o</p><p>tamanho	da	língua	para	a	fala	e	deglutição	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>1.3 Faringe</p><p>Depois	de	 iniciado	a	digestão	na	boca	e	 triturado,	o	bolo	alimentar	segue	para	a</p><p>faringe	e	então,	por	meio	de	contrações	musculares,	 é	 impulsionado	para	o	esôfago.	A</p><p>faringe	é	composta	por	músculo	esquelético	e	possui	três	partes:	a	parte	nasal	atua	apenas</p><p>na	 respiração,	pertencendo	exclusivamente	ao	sistema	respiratório,	enquanto,	as	partes</p><p>oral	e	laríngea	participam	tanto	na	parte	digestiva	quanto	na	parte	respiratória.</p><p>O	bolo	alimentar	estimula	receptores	da	parte	oral	da	faringe,	que	enviam	impulsos</p><p>para	o	centro	da	deglutição	no	bulbo	e	parte	 inferior	da	ponte	do	 tronco	encefálico.	Os</p><p>impulsos	que	retornam	fazem	com	que	o	palato	mole	e	a	úvula	se	movam	para	cima	para</p><p>fechar	a	parte	nasal	da	faringe,	o	que	impede	que	os	alimentos	e	líquidos	ingeridos	entrem</p><p>na	cavidade	nasal.	Além	disso,	o	 fechamento	da	epiglote	da	 laringe	 impede	que	o	bolo</p><p>alimentar	entre	no	restante	do	trato	respiratório	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>1.4 Esôfago</p><p>93UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>O	esôfago	é	um	tubo	muscular	posicionado	posteriormente	à	traqueia,	com	cerca	de</p><p>20	a	25	cm	de	comprimento.	Ele	secreta	muco	e	conduz	o	bolo	alimentar	da	faringe	para</p><p>o	estômago.	O	alimento	atravessa	o	esôfago	de	forma	rápida	devido	a	contração	de	suas</p><p>fibras	musculares	que	produz	movimentos	peristálticos,	e	também	pela	gravidade,	embora</p><p>não	dependa	necessariamente	dela.</p><p>O	esôfago	possui	dois	esfíncteres:	o	esfíncter	esofágico	superior	controla	a	circulação</p><p>de	alimentos	da	faringe	para	o	esôfago,	e	o	esfíncter	esofágico	inferior	regula	o	movimento</p><p>dos	alimentos	do	esôfago	para	o	estômago.	Quando	o	esfíncter	esofágico	inferior	não	fecha</p><p>adequadamente	após	a	passagem	do	alimento	para	o	estômago,	pode	ocorrer	o	refluxo</p><p>desse	conteúdo	o	que	ocasiona	uma	condição	chamada	de	doença	do	refluxo	esofágico.</p><p>Além	 disso,	 uma	 vez	 que	 as	 paredes	 do	 esôfago	 não	 estão	 preparadas	 para	 receber</p><p>solução	ácida,	o	ácido	clorídrico	(HCl)	do	conteúdo	estomacal	pode	causar	uma	irritação	na</p><p>parede	esofágica	gerando	uma	sensação	de	queimação	conhecida	como	azia	(TORTORA;</p><p>DERRICKSON,	2016).</p><p>1.5 Estômago</p><p>Após	descer	pelo	esôfago,	o	bolo	alimentar	chega	no	estômago,	o	órgão	mais	dis-</p><p>tensível	do	sistema	digestório.	Ele	está	localizado	entre	o	esôfago	e	o	intestino	delgado	e</p><p>na	maioria	das	pessoas	possui	formato	da	letra	“j”,	voltado	para	o	lado	esquerdo	do	corpo.</p><p>Quando	vazio,	o	estômago	apresenta	grandes	rugas	denominadas	pregas	gástricas,	mas</p><p>que	diminuem	ou	desaparecem	quando	o	estômago	está	distendido	(MOORE;	DALLEY;</p><p>AGUR,	2014).</p><p>O	estômago	 realiza	digestão	química	e	mecânica,	além	da	absorção	de	algumas</p><p>substâncias,	como	álcool	e	medicamentos.	Ele	possui	quatro	partes.	Vejamos	a	seguir:</p><p>●	 Cárdia,	a	abertura	do	esôfago	ao	estômago,	circundando	o	óstio	cárdico.</p><p>●	 Fundo gástrico,	porção	arredondada	superior;	pode	ser	dilatado	por	gás,	 líquido,</p><p>alimento	ou	pela	combinação	destes.</p><p>●	 Corpo gástrico,	parte	central,	entre	o	fundo	gástrico	e	o	antro	pilórico.</p><p>●	 Parte pilórica,	porção	afunilada	de	saída	do	estômago,	em	direção	ao	duodeno;	é</p><p>formada	pelo	antro	pilórico	(parte	mais	larga),	canal	pilórico	(parte	mais	estreita)	e	o</p><p>piloro,	que	se	comunica	com	o	duodeno	do	intestino	delgado	e	que	controla	a	saída</p><p>do	conteúdo	gástrico	através	do	óstio	pilórico.</p><p>No	 estômago	 ocorre	 uma	 série	 de	 ondas	 de	 contração	 chamada	 peristalse,</p><p>responsável	 pela	mistura	do	alimento	mastigado	aos	 sucos	gástricos	e	o	esvaziamento</p><p>do	conteúdo	gástrico	no	duodeno	(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).	O	suco	gástrico	é	um</p><p>líquido	 formado	por	diversas	substâncias	que	auxiliam	na	digestão	química	do	alimento</p><p>como	o	pepsinogênio,	que	ao	entrar	em	contato	com	o	ácido	do	estômago,	se	transforma</p><p>na	enzima	pepsina,	importante	para	a	digestão	de	proteínas.</p><p>O	 alimento	 misturado	 ao	 suco	 gástrico	 resulta	 em	 um	 líquido	 com	 consistência</p><p>94UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>de	 sopa,	 denominado	 quimo.	 Uma	 vez	 que	 as	 partículas	 de	 alimento	 no	 quimo	 são</p><p>suficientemente	pequenas,	elas	podem	então	passar	através	do	óstio	pilórico,	em	direção</p><p>ao	intestino	delgado	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>1.6 Intestino delgado</p><p>De	 todo	o	canal	alimentar,	é	no	 intestino	delgado	que	acontece	a	maior	parte	da</p><p>digestão	e	absorção	de	nutrientes	e	água	ingeridos.	Por	ser	um	órgão	comprido	(cerca	de	4</p><p>a	6	m)	tem	grande	superfície	para	a	digestão	e	absorção,	tendo	sua	área	aumentada	ainda</p><p>mais	por	pregas	circulares,	vilosidades	e	microvilosidades.</p><p>No	intestino	delgado	acontece	a	mistura	do	quimo	com	os	sucos	digestivos	por	meio</p><p>de	movimentos	peristálticos	e,	 também,	o	contato	dos	nutrientes	com	a	mucosa	para	a</p><p>absorção.	Além	disso,	completa	a	digestão	de	carboidratos,	proteínas	e	lipídios	e	realiza	a</p><p>digestão	de	ácidos	nucleicos.</p><p>O	intestino	delgado	é	formado	pelo	duodeno,	jejuno	e	íleo.	O	duodeno	é	o	primeiro</p><p>segmento	e	também	o	mais	curto,	com	aproximadamente	25	cm.	Como	visto	anteriormente,</p><p>a	parte	pilórica	do	estômago	esvazia-se	no	duodeno.	Ele	possui	 formato	da	 letra	“C”	ao</p><p>redor	 da	 cabeça	 do	 pâncreas	 e	 é	 dividido	 em	 parte	 superior,	 parte	 descendente,	 parte</p><p>inferior	e	parte	descendente,	em	ordem	de	direção	ao	intestino	grosso.	O	duodeno	recebe	a</p><p>bile	e	o	suco	pancreático	que	é	onde	ocorre	a	maior	parte	da	digestão,	participando	também</p><p>da	absorção.</p><p>O	jejuno	é	o	segmento	logo	após	o	duodeno	e	possui	cerca	de	1	a	2,5	m.	Por	fim,</p><p>o	 íleo	 é	 a	 porção	mais	 longa	 do	 intestino	 delgado,	 com	aproximadamente	 2	 a	 3,5	m	e</p><p>se	 junta	ao	 intestino	grosso	em	um	esfíncter	chamado	óstio	 ileal.	O	 jejuno	e	o	 íleo	são</p><p>fixados	à	parede	posterior	do	abdome	pelo	mesentério	(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014)	e</p><p>são	os	principais	responsáveis	pela	absorção	de	aminoácidos,	glicose,	ácidos	graxos,	sais</p><p>minerais	e	uma	pequena	quantidade	de	água.</p><p>1.7 Intestino grosso</p><p>Após	a	absorção	no	 intestino	delgado,	o	 resto	do	alimento	 segue	em	direção	ao</p><p>intestino	grosso.	O	intestino	grosso	mede	cerca	de	1,5	m	e	se	estende	do	íleo	ao	ânus,</p><p>encerrando,	assim,	o	canal	alimentar.	Este	órgão	possui	bactérias	que	convertem	proteínas</p><p>em	aminoácidos	e	produzem	algumas	vitaminas	B	e	vitamina	K.	Também	absorve	água	e</p><p>eletrólitos	e	é	responsável	pela	formação	e	expulsão	das	fezes	(TORTORA;	DERRICKSON,</p><p>2016).</p><p>O	intestino	grosso	é	dividido	nos	seguintes	segmentos:</p><p>●	 Ceco:	possui	aproximadamente	6	cm	e	está	localizado	inferiormente	ao	óstio	ileal	(já</p><p>descrito	anteriormente).	Anexado	ao	ceco	está	o	apêndice vermiforme.</p><p>●	 Colo:	 está	 fundido	 à	 extremidade	 aberta	 do	 ceco	 e	 é	 dividido	 em	 ascendente,</p><p>transverso,	 descendente	 e	 sigmoide.	 Os	 movimentos	 peristálticos	 em	 massa</p><p>empurram	o	material	fecal	do	colo	sigmoide	para	o	reto.</p><p>●	 Reto: está	localizado	logo	após	o	colo	e possui	aproximadamente	15	cm.	A	porção</p><p>95UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>final	do	reto	é	chamado	de	canal anal.	Sua	abertura	para	o	exterior	é	chamada	ânus</p><p>e	possui	o	músculo	esfíncter	interno	do	ânus	(involuntário)	e	pelo	esfíncter	externo</p><p>do	ânus	(voluntário),	que	normalmente	mantêm	o	ânus	fechado,	exceto	durante	a</p><p>eliminação	das	fezes.</p><p>As	 fezes	 são	 compostas	 por	 água,	 sais	 inorgânicos,	 células	 epiteliais	 da	 túnica</p><p>mucosa	do	canal	alimentar,	bactérias	e	produtos	da	decomposição	bacteriana,	materiais</p><p>digeridos	e	não	absorvidos	e	partes	não	digeríveis	de	alimentos	e	sua	eliminação	se	dá	por</p><p>meio	da	defecação	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>Agora	 que	 já	 conhecemos	o	 papel	 exercido	 pelo	 intestino	 delgado	e	 o	 intestino</p><p>grosso,	vejamos,	na	Figura 1,	a	anatomia	dos	dois	órgãos.</p><p>FIGURA	1:	ANATOMIA	DO	INTESTINO	DELGADO	E	DO	INTESTINO</p><p>GROSSO.	AS	REGIÕES	DO	INTESTINO	DELGADO	SÃO	O</p><p>DUODENO,	O	JEJUNO	E	O	ÍLEO	E	DO	INTESTINO	GROSSO	SÃO</p><p>CECO,	COLO,	RETO	E	CANAL	ANAL</p><p>1.8 Órgãos acessórios do sistema digestório</p><p>O	pâncreas faz	partes	dos	órgãos	acessórios,	assim	como	o	 fígado	e	a	vesícula</p><p>biliar.	O	 pâncreas	 é	 uma	 glândula	mista	 com	 cerca	 de	 12	 a	 15	 cm	 localizado	 atrás	 da</p><p>curvatura	maior	do	estômago	e	geralmente	está	 ligado	ao	duodeno	por	meio	de	ductos,</p><p>ducto	colédoco	e	ducto	pancreático.</p><p>A	porção	exócrina	do	pâncreas	é	 formada	pelas	 ilhotas	pancreáticas	que	secreta</p><p>o	suco	pancreático,	que	tampona	o	suco	gástrico	ácido	no	quimo,	 interrompe	a	ação	da</p><p>96UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>pepsina	do	estômago,	cria	o	pH	apropriado	para	a	digestão	no	intestino	delgado	e	participa</p><p>na	digestão	de	carboidratos,	proteínas,	triglicerídeos	e	ácidos	nucleicos.	A	porção	endócrina</p><p>do	pâncreas,	formada	pelas	células	do	ácino,	é	responsável	pela	produção	dos	hormônios</p><p>glucagon	e	insulina	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>O	 fígado	 é	 uma	 grande	 glândula	 responsável	 por	 diversas	 funções.	 Possui</p><p>aproximadamente	1,4	kg	e	está	 localizada	abaixo	do	diafragma.	Possui	o	 lobo	hepático</p><p>direito	 e	 o	 lobo	 hepático	 esquerdo	 e	 é	 composto	 pelos	 hepatócitos	 (células	 funcionais</p><p>do	fígado),	canalículos	de	bile	(coletam	a	bile	produzida	pelos	hepatócitos)	e	sinusoides</p><p>hepáticos.	O	 fígado	 recebe	sangue	da	artéria	hepática	 (sangue	arterial)	e	da	veia	porta</p><p>(sangue	 venoso).	 Veja	 a	 seguir,	 na	Figura 2,	 a	 anatomia	 do	 fígado	 e	 a	 localização	 da</p><p>vesícula	biliar.</p><p>FIGURA	2:	ANATOMIA	DO	FÍGADO</p><p>O	 fígado	 é	 responsável	 pela	 produção</p><p>terminologias anatômicas;</p><p>• Definir os três sistemas que formam o aparelho locomotor: Siste-</p><p>mas esquelético, articular e muscular;</p><p>• Compreender as funções e classificações dos sistemas</p><p>esquelético, articular e muscular.</p><p>Professora Mestre Gislaine Cardoso de Souza Fiaes</p><p>INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO</p><p>AO ESTUDO DA AO ESTUDO DA</p><p>ANATOMIA HUMANA ANATOMIA HUMANA</p><p>E APARELHO E APARELHO</p><p>LOCOMOTORLOCOMOTOR1UNIDADEUNIDADE</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>7</p><p>O	 estudo	 da	 anatomia	 humana	 é	 extremamente	 interessante	 por	 proporcionar	 a</p><p>compreensão	da	 constituição	do	 corpo	e	 como	ele	 funciona,	 permitindo	a	 você	adquirir</p><p>conhecimentos	 que	 serão	 fundamentais	 na	 aplicação	 clínica	 após	 sua	 formação	 como</p><p>profissional	da	área	da	saúde.</p><p>Portanto,	na	unidade	 I	 iniciaremos	nosso	estudo	a	partir	da	 introdução	ao	estudo</p><p>da	anatomia	humana	através	da	definição,	terminologia	anatômica	e	planos	de	secção	do</p><p>corpo	humano	que	 fornecerá	embasamento	para	a	compreensão	dos	 tópicos	seguintes.</p><p>Posteriormente,	 iniciaremos	 o	 estudo	 do	 aparelho	 locomotor	 através	 do	 estudo	 de	 três</p><p>sistemas:	esquelético,	articular	e	muscular.	A	respeito	do	sistema	esquelético	será	abordado</p><p>suas	funções,	composição,	formatos	e	classificações.	O	sistema	articular,	estudaremos	a</p><p>definição	e	as	classificações	articulares.	E	finalizamos,	estudando	o	sistema	muscular	que</p><p>é	tão	complexo	e	fascinante	ao	mesmo	tempo,	mas	veremos	de	maneira	simples	e	de	fácil</p><p>entendimento	as	funções	e	classificações	musculares.</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA</p><p>ANATOMIA HUMANA1</p><p>TÓPICO</p><p>8</p><p>A	anatomia	é	a	ciência	que	estuda,	macro	e	microscopicamente	a	constituição	e	o</p><p>desenvolvimento	do	corpo	humano.	Utilizamos	o	termo	Morfologia	para	englobar	as	duas</p><p>áreas	de	estudo	anatômico,	sendo	elas:</p><p>●	 	 Anatomia microscópica	 que	 está	 relacionada	 com	 as	 estruturas</p><p>corporais	invisíveis	a	olho	nu	e	necessita	de	recurso	instrumental	para	ampliação,</p><p>como:	 lupas,	 microscópios	 ópticos	 e	 eletrônicos.	 Esta	 área	 se	 subdivide	 em:</p><p>Citologia	(estudo	das	células)	e	Histologia	(estudo	dos	tecidos	e	como	estes	se</p><p>organizam	para	a	formação	de	órgãos).</p><p>●	 	Anatomia macroscópica	 estuda	 as	 estruturas	 visíveis	 a	 olho	 nu,</p><p>abordada	 da	 seguinte	 forma:	 anatomia de superfície	 (estuda	 as	 formas	 na</p><p>superfície	 do	 corpo	que	 revela	 os	órgãos	que	 ficam	escondidos,	 ex.	 estudo	de</p><p>músculos	que	se	destacam	por	baixo	da	pele	de	halterofilistas),	anatomia regional</p><p>(estuda	 regiões	 específicas	 do	 corpo,	 ex.	 cabeça,	 pescoço,	 tórax,	 abdome),</p><p>enquanto	a	anatomia sistêmica	concentra	os	estudos	nos	sistemas	que	atuam	na</p><p>realização	de	funções	complexas.	O	estudo	macroscópico	da	anatomia	sistêmica</p><p>é	a	forma	mais	comum	de	proceder	os	estudos	anatômicos	relacionados	à	forma</p><p>e	as	funções.	Para	exemplificar,	estudamos	isoladamente	os	aspectos	anatômicos</p><p>do	sistema	esquelético,	sistema	articular	e	o	sistema	muscular,	no	entanto,	nenhum</p><p>sistema	do	corpo	humano	funciona	sozinho,	juntos	formam	o	chamado	aparelho</p><p>locomotor.	(DANGELO;	FATTINI,	2007;	MARIEB,	WILHELM;	MALLATT,	2014).</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>9</p><p>1.1 Níveis de organização do corpo humano</p><p>O	corpo	humano	é	organizado	estruturalmente	em	seis	níveis	que	se	estende	desde</p><p>átomos	 até	 a	 pessoa	 como	 um	 todo	 e	 ajuda	 na	 compreensão	 da	 anatomia,	 os	 níveis</p><p>organizacionais	do	corpo	humano	são	os	seguintes:	os	níveis	químicos,	celular,	tecidual,</p><p>orgânico,	sistêmico	e	organizacional	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>1)	 O	nível	químico	 inclui	 os	átomos,	que	são	as	menores	unidades	da</p><p>matéria,	que	participam	de	reações	químicas	e	são	essenciais	para	a	manutenção</p><p>da	vida,	como	por	exemplo:	oxigênio,	carbono,	hidrogênio,	fósforo	e	cálcio.	E	as</p><p>moléculas,	que	são	caracterizadas	pela	ligação	de	átomos	entre	si,	um	exemplo</p><p>das	moléculas	encontradas	no	corpo	humano	são	o	ácido	desoxirribonucleico</p><p>(DNA),	o	material	genético	passado	de	geração	em	geração,	e	a	glicose	(açúcar</p><p>do	sangue).</p><p>2)	 Nível celular: A	combinação	de	moléculas	forma	as	células,	que	são	as</p><p>unidades	estruturais	e	funcionais	básicas	de	um	organismo	e	originam	os	tecidos</p><p>que	são	o	próximo	nível	de	organização.	Como	exemplos	de	células	temos:	as</p><p>células	musculares,	células	nervosas	e	as	células	epiteliais.</p><p>3)	 O	 nível	 tecidual	 é	 formado	 por	 grupos	 de	 células	 com	 uma	 função</p><p>específica.	Existem	quatro	 tipos	 básicos	 de	 tecidos	 em	nosso	 corpo:	 o	 tecido</p><p>epitelial,	 o	 tecido	 conjuntivo,	 o	 tecido	 muscular	 e	 o	 tecido	 nervoso.	 O	 tecido</p><p>epitelial	recobre	as	superfícies	externas	e	internas	do	corpo.	O	tecido	conjuntivo</p><p>conecta,	dá	sustentação	e	protege	os	órgãos	do	corpo.	O	tecido	muscular realiza</p><p>contração	 produzindo	 movimento	 do	 corpo,	 gerando	 calor.	 O	 tecido	 nervoso</p><p>transmite	 informação	de	uma	parte	do	corpo	para	outra	por	meio	de	 impulsos</p><p>nervosos.</p><p>4)	 Nível orgânico:	os	órgãos	são	as	estruturas	compostas	por	diferentes</p><p>tipos	 de	 tecidos	 e	 desempenham	 funções	 específicas.	 Exemplos	 de	 órgãos</p><p>incluem	 o	 estômago,	 a	 pele,	 os	 ossos,	 o	 coração,	 o	 fígado,	 os	 pulmões	 e	 o</p><p>encéfalo.</p><p>5)	 Nível sistêmico:Um	sistema	é	caracterizado	por	órgãos	relacionados</p><p>com	uma	função	em	comum	como,	por	exemplo,	o	sistema	digestório,	que	digere</p><p>e	absorve	os	alimentos.	Seus	órgãos	incluem	a	boca,	as	glândulas	salivares,	a</p><p>faringe,	o	esôfago,	o	estômago,	o	intestino	delgado,	o	intestino	grosso,	o	fígado,</p><p>a	vesícula	biliar	e	o	pâncreas.	Em	alguns	casos	um	órgão	pertence	a	mais	de	um</p><p>sistema.</p><p>6)	 Nível organizacional: 	 Um	 organismo	 envolve	 todas	 as	 partes	 do</p><p>corpo	humano,	funcionando	em	conjunto.</p><p>1.2 Terminologias anatômicas</p><p>Assim	como	toda	ciência,	a	anatomia	 também	possui	sua	 linguagem	própria	para</p><p>descrever	o	organismo	e	suas	partes,	a	padronização	nos	termos	foi	necessária	pois	no</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>10</p><p>final	do	século	XIX	houve	um	avanço	nas	descobertas	anatômicas	gerando	certa	desordem,</p><p>pois	a	mesma	estrutura	recebe	denominações	diferentes	em	cada	centro	de	estudo.	Em</p><p>1895,	foi	criada	a	primeira	nomenclatura	internacional	na	tentativa	de	uniformizar	os	termos</p><p>e	dando	origem	ao	que	chamamos	de	terminologia	anatômica	 internacional	(DANGELO;</p><p>FATTINI,	2007).</p><p>O	 conhecimento	 da	 terminologia	 anatômica	 é	 importante	 para	 promover	 a</p><p>expressão	clara	e	apropriada	dos	 termos	de	maneira	correta.	Embora	você	conheça	os</p><p>termos	 coloquiais	 para	 designar	 as	 partes	 e	 regiões	 do	 corpo	 o	 que	 é	 importante	 para</p><p>facilitar	a	comunicação	com	os	indivíduos	leigos	que	procurem	atendimento,	vocês	futuros</p><p>profissionais	da	área	da	saúde	aprendam	o	uso	da	terminologia	anatômica	internacional,</p><p>para	permitir	a	comunicação	precisa	entre	profissionais	de	saúde	e	cientistas	do	mundo</p><p>todo	(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).</p><p>1.2.1 Posição anatômica</p><p>A	posição	anatômica	é	uma	posição	de	referência	utilizada	em	todas	as	descrições</p><p>anatômicas	dando	significado	aos	termos	direcionais	utilizados	na	descrição	das	partes	e</p><p>regiões	do	corpo.	As	discussões	sobre	o	corpo,	o	modo	como	se	movimenta,	sua	postura</p><p>ou	 a	 relação	 entre	 uma	 e	 outra	 área	 assumem	que	 o	 corpo	 como	 um	 todo	 está	 numa</p><p>posição	específica	chamada	posição	anatômica.</p><p>A	posição	anatômica	refere-se	à	posição	do	corpo	onde	o	indivíduo	se	encontra	ereto</p><p>(posição	ortostática,	é	o	mesmo	que	em	pé)	com	a	cabeça,	e	pés	apontados	para	frente	e</p><p>o	olhar	para	o	horizonte,	os	membros	superiores	estendidos	ao	lado	do	tronco	e	as	palmas</p><p>das	mãos	voltadas	para	frente	(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).	Usando	essa	posição	e	a</p><p>terminologia	apropriada,	você	pode	relacionar	com	precisão	uma	parte	do	corpo	a	qualquer</p><p>outra	parte.</p><p>1.3.2. Planos anatômicos e secções</p><p>Para	estudarmos	a	Anatomia	Humana	é	necessário	conhecermos	os	chamados	planos</p><p>anatômicos,	que	são	fundamentais	para	facilitar	as	descrições	anatômicas,	localização</p><p>da	 bile,	 necessária	 para	 a	 emulsificação</p><p>e	 a	 absorção	 dos	 lipídios	 no	 intestino	 delgado.	 O	 fígado	 possui	 também	 função	 no</p><p>armazenamento	de	glicogênio,	na	síntese	de	compostos	orgânicos	e	na	metabolização	e</p><p>excreção	de	substâncias	tóxicas	ao	organismo.	No	fígado	encontra-se	também	a	vesícula</p><p>biliar,	um	pequeno	saco	medindo	cerca	de	7	a	10	cm	e	que	tem	como	função	armazenar	e</p><p>concentrar	a	bile	até	a	liberação	para	o	intestino	delgado.	A	bilirrubina	é	o	principal	pigmento</p><p>biliar	que	é	degradado	no	intestino	resultando	principalmente	em	estercobilina,	que	dá	a</p><p>coloração	marrom	às	fezes	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>SISTEMA</p><p>URINÁRIO2</p><p>TÓPICO</p><p>97UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>Como	já	visto	acima,	por	meio	do	sistema	digestório,	o	organismo	obtém	substâncias</p><p>importantes	para	o	corpo	e	que	foram	perdidas	ou	utilizadas.	A	principal	função	do	sistema</p><p>urinário	é	regular	o	volume	e	a	composição	do	líquido	extracelular.	Assim,	o	processo	de</p><p>excreção	é	uma	consequência	desta	regulação	e	ao	longo	deste	tópico	abordaremos	os</p><p>órgãos	 que	 constituem	 este	 sistema	 cuja	 função	 é	 imprescindível	 para	manutenção	 da</p><p>homeostasia	do	corpo	humano.</p><p>2.1. Rins</p><p>Os	 rins possuem	 formato	 de	 grão	 de	 feijão,	 coloração	 vermelho	 parda	 e</p><p>aproximadamente	10	a	12	cm	de	comprimento.	Eles	estão	localizados	entre	os	níveis	das</p><p>últimas	vértebras	torácicas	e	a	terceira	vértebra	lombar	e	desempenham	a	principal	função</p><p>do	sistema	urinário,	sendo	responsáveis	pela	filtração	do	plasma	sanguíneo	e	produção	da</p><p>urina.	A	urina	formada	pelos	rins	passa	pelos	ureteres,	em	seguida,	segue	para	a	bexiga</p><p>urinária	para	ser	armazenada	e,	por	fim,	pela	uretra	para	ser	eliminada	pelo	corpo.	Além</p><p>disso,	eles	ajudam	a	regular	a	pressão	arterial,	o	pH	e	os	níveis	de	glicose	no	sangue,	e	na</p><p>liberação	hormonal	de	calcitriol	e	eritropoietina.</p><p>Os	 rins	 são	 revestidos	 pela	 cápsula	 fibrosa	 e	 externamente	 à	 cápsula	 fibrosa,</p><p>encontra-se	a	 cápsula	adiposa,	 ambas	com	 função	de	proteção	e	ancoragem	do	órgão</p><p>na	 cavidade	 abdominal.	 Na	 região	 do	 centro	 da	margem	 côncava	 dos	 rins	 encontra-se</p><p>o	hilo	renal,	o	qual	possui	artérias,	veias	e	vasos	linfáticos	que	atravessam	os	rins.	Todo</p><p>esse	conjunto	é	chamado	pedículo	renal.	Os	rins	são	filtrados	pelas	artérias	renais	direita</p><p>e	esquerda	que	ramifica	originando	as	arteríolas	eferentes.	A	artéria	renal	penetra	no	seio</p><p>renal	e	conduz	boa	parte	do	sangue	bombeado	do	coração	para	ser	filtrado	no	rim.</p><p>98UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>Os	 rins	 apresentam	 duas	 regiões:	 a	 região	 vermelha	 clara	 superficial,	 chamada</p><p>córtex	renal,	e	a	região	vermelha	escura	profunda,	chamada	medula	renal,	a	qual	consiste</p><p>em	várias	estruturas	chamadas	pirâmides	renais.	O	córtex	renal	e	as	pirâmides	renais	da</p><p>medula	renal	constituem	o	parênquima	onde	contém	os	néfrons,	a	unidade	 funcional	do</p><p>rim	e que	forma	a	urina.	Os	néfrons	são	formados	pelo	glomérulo	renal,	cápsula	glomerular</p><p>(cápsula	 de	 Bowman),	 túbulo	 contorcido	 proximal,	 túbulo	 reto	 (alça	 de	 Henle)	 e	 túbulo</p><p>contorcido	distal.</p><p>Depois	que	a	urina	é	formada	nos	túbulos	pertencentes	aos	néfrons,	ela	é	recebida</p><p>nos	ductos	coletores.	Estes	se	unem	em	vários	ductos	papilares	que	se	estendem	ao	longo</p><p>das	papilas	renais	das	pirâmides	e	que	drenam	a	urina	para	o	interior	dos	cálices	renais</p><p>maiores	e	menores.	Ela	então	flui	através	da	pelve	renal	e,	por	fim,	segue	pelo	ureter	até	a</p><p>bexiga	urinária	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).	Para	facilitar	o	entendimento,	observe</p><p>na	figura	3,	a	estrutura	anatômica	dos	rins	e	dos	néfrons.</p><p>FIGURA 3A: CORTE	SAGITAL	DO	RIM	MOSTRANDO	O	SUPRIMENTO</p><p>SANGUÍNEO,	CÓRTEX,	MEDULA,	PIRÂMIDES	E	CÁLICE	RENAL</p><p>99UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>FIGURA 3B: ILUSTRAÇÃO ANATÔMICAS DO NÉFRON</p><p>Para	 produzir	 urina,	 os	 néfrons	 e	 os	 ductos	 coletores	 realizam	 três	 processos:</p><p>filtração,	reabsorção	e	secreção	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>●	 Filtragem glomerular:	a	água	e	grande	parte	dos	solutos	do	plasma	sanguíneo	são</p><p>filtrados	e	passam	para	a	cápsula	glomerular.</p><p>●	 Reabsorção tubular:	conforme	o	líquido	filtrado	flui	ao	longo	dos	túbulos	renais	e</p><p>ductos	coletores,	grande	parte	da	água	e	dos	solutos	úteis	são	reabsorvidos.</p><p>●	 Secreção tubular:	ao	longo	do	túbulo	renal	e	do	ducto	coletor,	substâncias	como</p><p>escórias	metabólicas,	fármacos	e	excesso	de	íons	são	secretados.</p><p>2.2. Ureteres</p><p>Os	ureteres estão	 localizados	no	hilo	renal.	Eles	possuem	a	função	de	transporte</p><p>da	urina	dos	rins	para	a	bexiga	urinária	por	meio	de	contrações	peristálticas	das	paredes</p><p>musculares,	pressão	hidrostática	e	gravidade.</p><p>2.3 Bexiga urinária</p><p>A	bexiga	urinária é	um	órgão	cuja	função	é	o	armazenamento	da	urina	até	esta	ser</p><p>eliminada	do	corpo.	Nos	homens,	ela	está	localizada	anteriormente	ao	reto	e,	nas	mulheres,</p><p>anteriormente	à	 vagina	e	 inferior	 ao	útero.	A	capacidade	média	da	bexiga	urinária	é	de</p><p>aproximadamente	300	a	700	ml.</p><p>100UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>No	seu	assoalho	tem-se	uma	pequena	área	triangular	chamada	trígono	da	bexiga.</p><p>Os	dois	cantos	posteriores	desse	trígono	contêm	os	dois	óstios	dos	ureteres	e	a	abertura</p><p>da	uretra,	chamada	de	óstio	interno	da	uretra	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).	A	micção</p><p>ocorre	por	meio	de	uma	combinação	de	contrações	musculares	involuntárias	e	voluntárias.</p><p>A	musculatura	da	bexiga	faz	com	que,	no	momento	da	micção,	o	óstio	 interno	da	uretra</p><p>se	abre	e	os	óstios	dos	ureteres	se	fechem,	evitando	então	que	ocorra	refluxo	de	urina	da</p><p>bexiga	em	direção	aos	rins.</p><p>2.4 Uretra</p><p>Por	fim,	a	uretra	é	o	segmento	 terminal	do	sistema	urinário	e	a	 responsável	pela</p><p>eliminação	da	urina	do	corpo.	Na	mulher,	a	uretra	realiza	apenas	a	passagem	da	urina,	ao</p><p>passo	que	nos	homens,	ela	também	libera	o	sêmen,	líquido	que	contém	espermatozoides.</p><p>Nos	homens,	mede	aproximadamente	20	cm	de	comprimento,	enquanto	que,	nas	mulheres,</p><p>cerca	de	4	cm.</p><p>Nas	mulheres,	a	uretra	é	mais	retilínea	e	abre-se	para	o	exterior	por	meio	do	óstio</p><p>externo	 da	 uretra	 que	 está	 localizado	 entre	 o	 clitóris	 e	 a	 abertura	 vaginal.	 Já	 a	 uretra</p><p>masculina	é	mais	sinuosa	e	é	dividida	em	três	partes:	parte	prostática	(passa	através	da</p><p>próstata;	 nela	 se	 situa	 o	 esfíncter	 interno	 da	 uretra);	 parte	 membranácea	 (porção	 que</p><p>atravessa	o	músculo	transverso	profundo	do	períneo;	nela	se	situa	o	esfíncter	externo	da</p><p>uretra);	e	parte	esponjosa	(que	atravessa	o	pênis	e	termina	na	glande,	no	óstio	externo	da</p><p>uretra)	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>SISTEMA GENITAL</p><p>MASCULINO3</p><p>TÓPICO</p><p>101UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>3.1 Introdução ao Sistema genital masculino</p><p>A	reprodução	é	indispensável	para	a	continuidade	da	vida.	Assim,	os	órgãos	genitais</p><p>são	adaptados	para	a	produção	de	gametas,	facilitar	a	fertilização	e,	nas	mulheres,	permitir</p><p>o	crescimento	do	feto.</p><p>Os	órgãos	do	sistema	genital	masculino	incluem	os	testículos,	um	sistema	de	ductos</p><p>composto	pelo	epidídimo,	ducto	deferente,	ductos	ejaculatórios	e	uretra,	glândulas	sexuais</p><p>acessórias	(glândulas	seminais,	próstata	e	glândulas	bulbouretrais),	escroto	e	pênis.</p><p>3.2 Testículos</p><p>Os	testículos	ou	gônadas	masculinas,	são	glândulas	de	formato	oval,	localizadas	no</p><p>escroto,	medindo	cerca	de	5	cm	de	comprimento	e	2,5	cm	de	diâmetro.	Quando	é	atingida</p><p>a	maturidade	sexual,	os	testículos	são	responsáveis	pela	produção	dos	espermatozoides	e</p><p>do	hormônio	masculino	testosterona	pelas	células	intersticiais.</p><p>Os	 testículos	são	 revestidos	parcialmente	por	uma	 túnica	serosa	chamada	 túnica</p><p>vaginal	do	testículo.	Internamente	a	ela,	ele	é	circundado	por	uma	cápsula	fibrosa	branca,</p><p>a	túnica	albugínea,	formando	septos	que	os	dividem	em	250	a	400	compartimentos	internos</p><p>chamados	lóbulos	dos	testículos.	Cada	um	desses	lóbulos	contém	de	1	a	3	túbulos	bem</p><p>enrolados,	 os	 túbulos	 seminíferos,	 onde	 os	 espermatozoides	 são	 produzidos	 em	 um</p><p>processo	chamado	de	espermatogênese.	Esses	túbulos	se	unem	para	formar</p><p>os	túbulos</p><p>seminíferos	retos	que	formam	a	rede	testicular	e	de	onde	partem	os	ductos	eferentes.	No</p><p>epidídimo,	estes	originam	o	ducto	do	epidídimo	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>A	irrigação	e	drenagem	dos	testículos	se	dá	pelas	artérias	e	veias	testiculares.	Veja-</p><p>mos	na	figura	abaixo	(Figura 4),	as	estruturas	e	canais	que	compõem	os	testículos.</p><p>102UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>FIGURA 4: ESTRUTURA ANATÔMICA DO TESTÍCULO.</p><p>Fonte:	DRAKE	et al.,	2011,	p.	225.</p><p>3.3 Bolsa escrotal</p><p>O	escroto	é	uma	estrutura	que	se	encontra	pendurada	na	raiz	do	pênis	e	tem	a	função</p><p>de	suportar	os	testículos	e	epidídimos.	Ele	tem	a	aparência	de	uma	pequena	bolsa	de	pele</p><p>e	está	separada	em	porções	por	uma	divisão	chamada	rafe	do	escroto.	 Internamente,	o</p><p>septo	do	escroto	se	divide	em	dois	sacos	onde	cada	um	contém	um	testículo.	O	septo	do</p><p>escroto	é	constituído	por	uma	tela	subcutânea	e	tecido	muscular	chamado	músculo	dartos,</p><p>que	é	composto	de	feixes	de	fibras	de	músculo	liso	e	importante	para	a	termorregulação</p><p>testicular.	Associado	a	cada	testículo	no	escroto	está	o	músculo	cremaster,	uma	continuação</p><p>do	músculo	oblíquo	interno	do	abdome	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>Por	estar	localizado	externamente	ao	corpo	humano,	o	escroto	é	capaz	de	manter</p><p>a	sua	temperatura	2-3	graus	abaixo	da	temperatura	corporal	normal,	o	que	é	fundamental</p><p>para	a	produção	normal	dos	espermatozoides.</p><p>3.4 Ductos do sistema genital masculino</p><p>Os	ductos são	responsáveis	pelo	transporte	e	armazenamento,	além	de	auxiliarem</p><p>na	maturação	dos	espermatozoides.	O	epidídimo é	um	tubo	enovelado	com	cerca	de	4	cm</p><p>de	comprimento	e	está	 localizado	 junto	aos	testículos. Funcionalmente,	é	onde	ocorre	a</p><p>maturação	e	armazenamento	temporário	dos	espermatozoides.	O	epidídimo	possui	cabeça,</p><p>corpo	e	cauda.	No	interior	da	cauda,	o	ducto	do	epidídimo	torna-se	menos	enrolado	e	o	seu</p><p>diâmetro	aumenta,	prolongando-se	como	ducto deferente.</p><p>103UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>Este,	por	sua	vez,	tem	como	função	guiar	os	espermatozoides,	durante	a	excitação</p><p>sexual,	do	epidídimo	até	o	ducto	ejaculatório.	Por	fim,	os	ductos ejaculatórios	medem	cerca</p><p>de	2	cm	de	comprimento	e	ejetam	os	espermatozoides	e	secreções	das	glândulas	seminais</p><p>antes	da	liberação	do	sêmen	da	uretra	para	o	exterior	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>3.5 Uretra</p><p>Nos	 homens,	 a	 uretra	 é	 um	 longo	 canal	 compartilhado	 pelos	 sistemas	 genital	 e</p><p>urinário,	servindo	de	passagem	tanto	para	o	sêmen	quanto	para	a	urina,	conforme	abordado</p><p>no	tópico	2	desta	mesma	unidade.	Tais	funções	não	são	realizadas	ao	mesmo	tempo.</p><p>3.6 Glândulas sexuais acessórias</p><p>As	 glândulas	 sexuais	 acessórias	 incluem	 as	 glândulas	 seminais,	 a	 próstata	 e	 as</p><p>glândulas	bulbouretrais.	As	glândulas seminais	são	glândulas	pares,	com	cerca	de	5	cm	de</p><p>comprimento	e	estão	localizadas	atrás	da	bexiga	urinária	e	na	frente	do	reto.	São	elas	que</p><p>secretam	o	líquido	seminal,	que	neutraliza	o	meio	ácido	da	uretra	masculina	e	do	sistema</p><p>genital	feminino,	contém	frutose	utilizada	para	a	produção	de	ATP	pelos	espermatozoides,</p><p>e	contribui	para	a	ativação	e	nutrição	deles.</p><p>A	próstata	é	uma	estrutura	ímpar	com	aproximadamente	o	tamanho	de	uma	bola	de</p><p>golfe,	formada	internamente	por	30	a	50	glândulas	e	externamente	envolvida	por	cápsula</p><p>fibrosa.	Está	 localizada	 inferiormente	 à	 bexiga	 urinária	 e	 circunda	 a	 parte	 prostática	 da</p><p>uretra.	 É	 responsável	 pela	 secreção	 do	 líquido	 prostático	 que	 também	 contribui	 para	 a</p><p>motilidade	e	viabilidade	dos	espermatozoides.</p><p>O	 par	 de	 glândulas bulbouretrais	 possuem	 o	 tamanho	 de	 ervilhas	 e	 estão</p><p>localizadas	abaixo	da	próstata,	em	ambos	os	lados	da	uretra.	Durante	a	excitação	sexual,</p><p>elas	 secretam	um	 líquido	alcalino	que	não	contém	espermatozoides	e	 tem	a	 função	de</p><p>neutralizar	o	pH	ácido	na	uretra.	Isso	serve	de	proteção	aos	espermatozoides,	uma	vez	que</p><p>eles	perdem	a	mobilidade	quando	em	meio	ácido.	Também	secretam	um	muco	que	lubrifica</p><p>a	ponta	do	pênis	e	a	túnica	mucosa	da	uretra	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>3.7 Pênis</p><p>O	pênis	 é	 uma	 estrutura	 que	 contém	a	 uretra	 e	 é	 composto	 por	 um	 corpo,	 uma</p><p>glande	(extremidade	distal	e	sua	margem	é	chamada	de	coroa	da	glande)	e	uma	raiz	(parte</p><p>fixa	presa	ao	períneo).	Recobrindo	a	glande	em	um	pênis	não	circuncidado	está	o	prepúcio</p><p>do	pênis.</p><p>O	corpo	do	pênis	é	constituído	por	três	massas	cilíndricas	de	tecido	erétil,	cada	uma</p><p>circundada	por	tecido	fibroso	chamado	de	túnica	albugínea.	As	duas	massas	dorsolaterais</p><p>são	chamadas	de	corpos	cavernosos,	e	a	massa	média	ventral	menor,	chamada	de	corpo</p><p>esponjoso	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>104UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>No	 interior	 dos	 corpos	 cavernosos	 há	 numerosas	 trabéculas	 formando	 espaços</p><p>cavernosos	que,	no	momento	da	ereção,	se	enchem	de	sangue	proveniente	das	artérias</p><p>profundas	e	artéria	dorsal	do	pênis.	O	pênis	retorna	ao	seu	estado	flácido	quando	as	artérias</p><p>relaxam	e	começam	a	se	contrair.</p><p>SISTEMA GENITAL</p><p>FEMININO4</p><p>TÓPICO</p><p>105UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>4.1 Órgão do Sistema genital feminino</p><p>Faz	parte	do	sistema genital feminino	os	ovários	(gônadas	femininas),	as	 tubas</p><p>uterinas,	o	útero,	a	vagina	e	os	órgãos	externos,	que	constituem	o	pudendo	feminino.</p><p>4.2	Ovários</p><p>Os ovários são	gônadas	femininas	com	formato	oval	e	tamanho	semelhantes	aos	de</p><p>uma	amêndoa,	nos	quais	se	desenvolvem	os	ovócitos	(gametas	ou	células	germinativas</p><p>femininas)	e	também	responsáveis	pela	produção	dos	hormônios	progesterona	e	estrógeno</p><p>(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).</p><p>As	mulheres	possuem	dois	ovários	que	estão	localizados	na	pelve,	em	depressões</p><p>denominadas	de	 fossas	ováricas	e	medindo	cerca	de	3	cm	de	comprimento	cada.	Eles</p><p>estão	presos	ao	útero	e	à	cavidade	pélvica	por	meio	de	ligamentos.	Cada	um	é	suspenso</p><p>por	uma	curta	prega	peritoneal	chamada	mesovário.	O	ligamento	suspensor	do	ovário	é</p><p>outra	prega	peritoneal	por	onde	vasos	sanguíneos,	linfáticos	e	os	nervos	ovarianos	entram</p><p>e	saem.	Medialmente	ao	mesovário,	o	ligamento	útero-ovárico	curto	fixa	o	ovário	ao	útero</p><p>(TORTORA;	DERRICKSON,	2016;	MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).</p><p>Internamente,	os	ovários	são	revestidos	pelo	epitélio	germinativo	e	contém	a	região</p><p>do	córtex,	onde	se	encontram	os	folículos	ovarianos	primários	contendo	os	ovócitos,	e	o</p><p>estroma,	feito	de	tecido	conjuntivo	e	vasos	sanguíneos.	A	mulher	já	nasce	com	todos	os</p><p>ovócitos	que	serão	produzidos	durante	a	sua	vida.</p><p>106UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>4.3 Tubas uterinas</p><p>Perto	dos	ovários	estão	localizadas	as	tubas	uterinas,	que	se	estendem	lateralmente</p><p>a	partir	do	útero.	Possuem	cerca	de	10	cm	de	comprimento	e	são	as	responsáveis	pela</p><p>condução	do	ovócito,	que	é	 liberado	mensalmente	durante	a	vida	 fértil, para	o	útero.	As</p><p>tubas	uterinas	podem	ser	divididas	em	quatro	partes:</p><p>●	 Infundíbulo da tuba uterina: é	a	parte	afunilada	próxima	do	ovário	e	que	se	abre</p><p>para	 a	 cavidade	 pélvica	 (região	 terminal).	 Ela	 termina	 em	 estruturas	 similares	 a</p><p>franjas	denominadas	fímbrias,	que	estão	ligadas	à	extremidade	lateral	do	ovário.	Do</p><p>infundíbulo,	a	tuba	uterina	se	insere	no	ângulo	lateral	superior	do	útero.</p><p>●	 Ampola da tuba uterina:	 é	 a	 parte	mais	 larga	 e	 longa,	 onde	geralmente	 ocorre</p><p>fecundação.</p><p>●	 Istmo da tuba uterina:	é	a	parte	curta,	afilada	e	de	paredes	espessas	que	se	une</p><p>ao	útero.</p><p>●	 Parte uterina:	é	a	porção	curta	que	atravessa	a	parede	do	útero	e	se	abre,	através</p><p>do	óstio	uterino	da	tuba,	para	a	cavidade	do	útero	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016;</p><p>MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).</p><p>4.4 Útero</p><p>O	 útero	 é	 um	 órgão	 muscular	 oco,	 ímpar,	 com	 paredes	 espessas	 onde	 ocorre	 a</p><p>implantação	de	um	óvulo	fertilizado	e	o	desenvolvimento	do	feto	durante	a	gestação	e	parto.</p><p>Para	isso,	o	útero	possui	paredes	musculares	que	se	adaptam	para	o	crescimento	do	feto	e</p><p>também	garantem	a	força	para	a	sua	expulsão	durante	o	parto	(MOORE,	2014).	Durante	os</p><p>ciclos	reprodutivos,	quando	essa</p><p>implantação	não	ocorre,	ele	é	a	fonte	do	fluxo	menstrual.</p><p>O	útero	está	localizado	entre	a	bexiga	urinária	e	o	reto	e	possui	tamanho	e	formato</p><p>de	uma	pera	pequena.	Embora	possa	variar	muito,	no	geral,	ele	possui	cerca	de	7,5	cm	de</p><p>comprimento,	5	cm	de	largura	e	2	cm	de	espessura.</p><p>O	útero	apresenta	três	regiões	distintas:	 fundo	do	útero,	corpo	do	útero	e	colo	do</p><p>útero.	O	corpo	do	útero	é	separado	do	colo	pelo	istmo	do	útero,	um	segmento	estreitado	e</p><p>medindo	cerca	de	1	cm	de	comprimento.	Já	o	colo	do	útero	(ou	cérvix	do	útero)	é	dividido	em</p><p>uma	porção	supravaginal,	localizada	entre	o	istmo	e	a	vagina,	e	uma	porção	vaginal,	a	qual</p><p>circunda	o	óstio	do	útero.	Juntos,	o	canal	do	colo	do	útero	e	o	lúmen	da	vagina	constituem</p><p>o	canal	de	parto,	onde	o	feto	atravessa	ao	fim	da	gestação	(TORTORA;	DERRICKSON,</p><p>2016;	MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).</p><p>A	parede	do	corpo	do	útero	é	formada	por	três	camadas:</p><p>●	 Perimétrio:	camada	mais	externa,	formada	por	tecido	conjuntivo.</p><p>●	 Miométrio:	camada	intermediária,	formada	por	musculatura	lisa	e	que	possibilita	as</p><p>contrações	na	hora	do	parto.</p><p>107UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>●	 Endométrio:	 camada	 mais	 interna,	 formada	 por	 tecido	 epitelial	 altamente</p><p>vascularizado.	É	onde	o	blastocisto	se	implanta	quando	ocorre	a	fecundação,	mas,</p><p>caso	isso	não	ocorra,	essa	camada	é	eliminada	durante	a	menstruação.</p><p>O	útero	está	fixado	à	cavidade	pélvica	por	meio	de	algumas	estruturas,	sendo	o	ligamento</p><p>útero-ovárico	que	se	fixa	ao	útero	póstero	inferiormente	à	junção	útero	tubárica;	o	ligamento</p><p>redondo	do	útero	o	qual	fixa-se	anteroinferiormente	a	essa	junção;	e	o	ligamento	largo	do	útero,</p><p>que	também	ajuda	a	manter	o	útero	em	posição	(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).</p><p>Para	melhorar	o	entendimento,	veja	na	figura	abaixo	(Figura 5)	cada	componente</p><p>referente	ao	sistema	genital	feminino	estudado	até	agora.</p><p>FIGURA 5. ESTRUTURA DO ÚTERO E DOS OVÁRIOS (VISTA POSTERIOR).</p><p>Fonte:	DRAKE	et al.,	2011,	p.	228.</p><p>4.5 Vagina</p><p>A	vagina	é	um	tubo	musculomembranoso	distensível,	com	cerca	de	7	a	10	cm	de</p><p>comprimento,	que	se	estende	do	colo	do	útero	até	o	óstio	da	vagina	(comunica	a	vagina</p><p>com	o	meio	 externo),	 abrindo-se	 no	 vestíbulo	 da	 vagina.	O	 óstio	 da	 vagina	 pode	 estar</p><p>parcialmente	cerrado	devido	à	uma	membrana	fina	denominada	hímen.</p><p>A	vagina	está	situada	entre	a	bexiga	urinária	e	o	reto	e	recebe	o	pênis	durante	a	relação</p><p>sexual,	além	de	servir	de	passagem	para	o	parto	e	para	o	líquido	menstrual.	Quatro	músculos</p><p>realizam	a	 sua	 compressão	e	atuam	como	esfíncteres:	 pubovaginal,	 esfíncter	 externo	da</p><p>uretra,	esfíncter	uretrovaginal	e	bulbo	esponjoso	(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).</p><p>108UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>A	mucosa	 vaginal	 contém	 também	 glândulas	 produtoras	 de	muco	 e	 células	 que</p><p>sintetizam	 glicogênio	 e	 partículas	 de	 gordura,	 que	 são	 fontes	 de	 nutrientes	 para	 os</p><p>lactobacilos	encontrados	nesta	região	responsáveis	por	manter	o	pH	vaginal	ácido	servindo</p><p>de	proteção	contra	outros	microrganismos.</p><p>4.6 Pudendo feminino</p><p>O	termo	pudendo	feminino	refere-se	aos	órgãos	genitais	externos	da	mulher.	Fazem</p><p>parte	desse	grupo	(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014):</p><p>●	 Monte do púbis:	 é	 uma	 elevação	 de	 tecido	 adiposo	 recoberta	 por	 pele	 e	 pelos</p><p>pubianos,	localizada	anteriormente	às	aberturas	vaginal	e	uretral.</p><p>●	 Lábios maiores do pudendo:	 são	 duas	 pregas	 de	 pele	 recobertas	 por	 pelos</p><p>pubianos,	e	possuem	tecido	adiposo,	glândulas	sebáceas	e	sudoríparas	apócrinas.</p><p>●	 Lábios menores do pudendo:	são	as	duas	pregas	menores	localizadas	medialmente</p><p>aos	lábios	maiores	e	não	possuem	pelos	e	gordura,	mas	possuem	glândulas	sebáceas</p><p>e	poucas	glândulas	sudoríparas.</p><p>●	 Clitóris:	 pequena	 massa	 cilíndrica	 formada	 por	 dois	 corpos	 cavernosos,	 nervos</p><p>e	 vasos	 sanguíneos.	 Está	 localizado	 na	 junção	 anterior	 dos	 lábios	 menores	 do</p><p>pudendo.</p><p>●	 Vestíbulo da vagina:	região	entre	os	lábios	menores.	No	seu	interior	contém	o	hímen</p><p>(quando	existe),	o	óstio	da	vagina	(abertura	para	o	exterior),	o	óstio	externo	da	uretra</p><p>(abertura	da	uretra	para	o	exterior)	e	as	aberturas	dos	ductos	de	diversas	glândulas.</p><p>●	 Bulbo do vestíbulo:	par	de	massas	alongadas	de	tecido	erétil	que	se	enchem	de</p><p>sangue	durante	a	excitação	sexual	estreitando	o	óstio	da	vagina.</p><p>Por	fim,	o	períneo	corresponde	a	área	em	forma	de	diamante	posicionada	medialmente</p><p>às	coxas	e	às	nádegas,	em	ambos	os	sexos,	e	contém	os	órgãos	genitais	externos	e	o	ânus.</p><p>4.7 Glândulas mamárias</p><p>As	glândulas	mamárias	(Figura 6)	são	consideradas	parte	do	tegumento	e	do	sistema</p><p>genital	feminino.	Possuem	função	de	sintetizar,	secretar	e	ejetar	leite	para	a	alimentação	do</p><p>recém-nascido.</p><p>Cada	mama	possui	a	papila	mamária,	uma	projeção	pigmentada	contendo	ductos</p><p>lactíferos,	dos	quais	emergem	leite.	A	área	circular	de	pele	pigmentada	ao	redor	do	mamilo</p><p>é	chamada	de	aréola	e	possui	aspecto	áspero	devido	à	presença	de	glândulas	sebáceas</p><p>modificadas.</p><p>No	 interior	 de	 cada	mama	está	 uma	glândula	mamária,	 a	 qual	 consiste	 em	15	a</p><p>20	lobos	possuindo	vários	compartimentos	menores	chamados	lóbulos	que,	por	sua	vez,</p><p>contém	agrupamentos	de	glândulas	secretoras	de	leite	chamados	de	alvéolos	(TORTORA;</p><p>DERRICKSON,	2016).</p><p>109UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>FIGURA 6: GLÂNDULAS MAMÁRIAS</p><p>Fonte:	TORTORA;	DERRICKSON,	2016,	p.	1457.</p><p>Quando	 está	 sendo	 produzido,	 o	 leite	 passa	 dos	 alvéolos	 por	 vários	 túbulos</p><p>secundários	 e,	 em	 seguida,	 para	 os	 ductos	 mamários.	 Próximo	 do	 mamilo,	 os	 ductos</p><p>mamários	se	expandem	discretamente	para	formar	seios	chamados	seios	lactíferos,	para</p><p>onde	o	leite	será	drenado	para	um	ducto	lactífero	e,	então,	transportados	para	o	exterior</p><p>(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>110</p><p>O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção persistente por</p><p>alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV). Este é o terceiro tumor maligno mais frequente na população</p><p>feminina, estando atrás apenas do câncer de mama e câncer colorretal. A visualização direta do colo do</p><p>útero e o exame celular e histológico por meio de esfregaços de Papanicolau auxilia na prevenção dessa</p><p>doença (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2021).</p><p>Cistite é uma infecção e/ou inflamação da bexiga. Em geral, é causada pela bactéria Escherichia coli,</p><p>presente no intestino e importante para a digestão. No trato urinário, porém, essa bactéria pode infectar</p><p>a uretra (uretrite), a bexiga (cistite) ou os rins (pielonefrite). Outros microrganismos também podem</p><p>provocar cistite. Homens, mulheres e crianças estão sujeitos à cistite. No entanto, ela ocorre mais nas</p><p>mulheres porque as características anatômicas femininas favorecem sua ocorrência. A uretra da mulher,</p><p>além de muito mais curta que a do homem, está mais próxima do ânus. Nos homens, depois dos 50 anos, o</p><p>crescimento da próstata provoca retenção de urina na bexiga e pode causar cistite (MINISTÉRIO DA SAÚDE,</p><p>2021).</p><p>UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>111</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Ao	 final	 desta	 unidade,	 pudemos	 aprofundar	 nossos	 conhecimentos	 acerca	 dos</p><p>órgãos	que	constituem	os	sistemas	digestório,	urinário	e	reprodutor	masculino	e	feminino,</p><p>bem	como	a	função	desempenhada	por	cada	um.</p><p>Todos	os	sistemas	do	corpo	humano	são	importantes	para	a	manutenção	da	vida.	O</p><p>sistema	digestório	é	responsável	pelo	processamento	dos	alimentos	que	consumimos	no</p><p>dia-a-dia	e	pela	absorção	de	água	e	nutrientes.	Já	o	sistema	urinário,	possui	principalmente</p><p>a	função	de	regular	o	volume	e	composição	do	líquido	extracelular	e,	consequentemente,</p><p>eliminar	escórias	metabólicas	por	meio	da	urina.	Por	fim,	sem	o	sistema	reprodutor,	não</p><p>teríamos	a	perpetuação	das	espécies	animais.	É	nele	que	são	produzidos	os	gametas,	ou</p><p>seja,	as	células	reprodutoras,	e	que	possui	estruturas	que	também	permitem	a	fecundação</p><p>e	sustento	do	feto.</p><p>Assim,	o	estudo	da	anatomia	humana	é	de	fundamental	importância	para	possibilitar</p><p>aos	 profissionais</p><p>o	 entendimento	 aprofundado	 da	 morfologia,	 localização,	 função	 e</p><p>organização	dos	órgãos	e	sistemas	do	corpo	humano.</p><p>UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>112</p><p>MATERIAL COMPLEMENTAR</p><p>LIVRO</p><p>Título: Gray´s, atlas de anatomia.</p><p>Autor: DRAKE, R.L.; VOGL, A.W.; MITCHELL, A.W.M.; TIBBITTS,</p><p>R.M.; RICHARDSON, P.E.</p><p>Editora: Elsevier</p><p>Sinopse: Este livro apresenta imagens didáticas das estruturas</p><p>anatômicas de cada sistema do corpo humano. Além disso,</p><p>demonstra a correlação com imagens clínicas apropriadas e</p><p>anatomia de superfície, permitindo melhor entendimento do</p><p>profissional em relação às estruturas estudadas.</p><p>FILME/VÍDEO</p><p>Título:	Rins:	o	grande	filtro	do	nosso	corpo</p><p>Ano: 2019.</p><p>Sinopse:	 Os	 rins	 são	 os	 órgãos	 responsáveis	 por	 filtrar	 as	 im-</p><p>purezas	do	nosso	corpo.	Este	vídeo	mostra	quais	são	os	hábitos</p><p>que	você	precisa	adotar	e/ou	abandonar	para	mantê-los	sempre</p><p>saudáveis	e	funcionando	bem.</p><p>Link do vídeo:	https://www.youtube.com/watch?v=C6WhwWfRL-</p><p>RA</p><p>UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>113</p><p>Prezado(a) aluno(a),</p><p>Neste	material,	busquei	trazer	para	você	de	forma	resumida	e	didática	os	principais</p><p>conceitos	utilizados	na	disciplina	de	anatomia	humana,	definição	dos	sistemas	e	os	órgãos</p><p>que	formam	o	corpo	humano.	Inicialmente,	abordamos	o	conteúdo	introdutório	da	anatomia</p><p>humana,	conceituando	termos	utilizados	pelos	anatomistas	e	que	são	fundamentais	para</p><p>a	 compreensão	 da	 literatura	 técnica-científica.	 Seguimos,	 abordando	 os	 seis	 níveis	 de</p><p>organização	do	corpo	humano	e	para	facilitar	o	estudo	da	anatomia	humana	neste	material</p><p>nos	 baseamos	 no	 estudo	 da	 anatomia	 sistêmica,	 que	 é	 uma	 das	 formas	 didáticas	 de</p><p>estudo	desta	disciplina	que	caracteriza	o	estudo	na	descrição	aprofundada	das	partes	que</p><p>compõem	um	sistema	específico	do	corpo	humano.</p><p>Desta	forma,	apresentei	a	você	três	sistemas	do	corpo	humano:	sistema	esquelético,</p><p>articular,	 muscular	 que	 juntos	 formam	 o	 aparelho	 locomotor	 que	 é	 responsável	 pela</p><p>movimentação	do	corpo.	Abordamos,	as	funções	básicas	destes	sistemas	e	as	estruturas</p><p>anatômicas	que	os	compõem	como:	ossos,	articulações	e	músculos.	Demos	sequência	aos</p><p>estudos	focando	no	sistema	circulatório	que	recebe	este	nome	por	promover	a	circulação</p><p>de	um	meio	 líquido	 (sangue	ou	 linfa)	 através	de	uma	 rede	de	 tubulações	denominadas</p><p>vasos.	Caso	o	líquido	transportado	seja	o	sangue	fluindo	pelos	vasos	sanguíneos,	temos	o</p><p>sistema	cardiovascular.	A	circulação	sanguínea	ocorre	graças	a	ação	do	bombeamento	do</p><p>coração	que	impulsiona	o	sangue	a	sair	do	coração	em	direção	as	artérias,	estas	por	sua</p><p>vez	se	ramificam	até	se	 tornarem	capilares	sanguíneos	que	 irrigam	os	tecidos	corporais</p><p>transportando	 pelo	 sangue	 oxigênio	 e	 nutrientes,	 e	 também	 promove	 o	 transporte	 de</p><p>dióxido	de	carbono	(CO2)	e	resíduos	celulares	que	se	difundem	dos	tecidos	para	a	corrente</p><p>sanguínea.		Contudo,	o	outro	sistema	promove	a	circulação	de	um	líquido	denominado	linfa</p><p>através	de	tubulações	agora	chamados	vasos	linfáticos,	temos	a	caracterização	do	sistema</p><p>linfático.	 Todavia,	 como	 apresentado	 a	 você	 que	 o	 objetivo	 da	 circulação	 sanguínea	 é</p><p>promover	aos	tecidos	o	suprimento	de	nutrientes	e	oxigênio	garantindo	assim	a	manutenção</p><p>do	tecido	celular.	Apresentei	a	você	as	estruturas	anatômicas	do	sistema	respiratório	cuja</p><p>função	primordial	é	realizar	a	 troca	dos	gases	(oxigênio	e	dióxido	de	carbono)	com	o	ar</p><p>atmosférico,	garantindo	a	concentração	de	oxigênio	no	sangue	necessária	para	a	realização</p><p>das	reações	metabólicas	celulares.</p><p>Destacamos	 também	 a	 importância	 imprescindível	 do	 sistema	 nervoso	 que	 é</p><p>responsável	 por	 controlar	 as	 ações	exercidas	 por	 todos	os	 sistemas	do	 corpo	humano.</p><p>O	 sistema	 nervoso	 possui	 a	 capacidade	 de	 estabelecer	 conexões	 estabelecidas	 pelos</p><p>neurônios	promovendo	a	captação	de	estímulos,	processando	a	informação	e	produzindo</p><p>uma	variedade	de	resposta	manifesta	no	órgão	efetor.</p><p>CONCLUSÃO GERAL</p><p>UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>114</p><p>Levantamos	 o	 papel	 fundamental	 para	 a	 manutenção	 da	 vida	 exercido	 pelos</p><p>sistemas	 digestório,	 urinário	 e	 reprodutor	 (genital	 masculino	 e	 feminino).	 O	 sistema</p><p>digestório	é	responsável	desde	a	quebra	do	alimento	em	moléculas	menores	permitindo</p><p>que	nossas	células	possam	absorver	os	nutrientes.	Contudo,	também	produz	a	formação</p><p>das	fezes	que	são	os	resíduos	de	alimento	não	digerido	que	precisam	ser	eliminados	dos</p><p>organismos.	 Outro	 sistema	 que	 também	 promove	 a	 excreção	 de	 resíduos	 é	 o	 sistema</p><p>renal,	responsável	pela	filtragem	do	sangue	e,	como	consequência	desse	processo,	elimina</p><p>restos	metabólicos	através	da	urina.	Este	processo	é	fundamental	para	a	manutenção	do</p><p>equilíbrio	das	funções	orgânicas.	O	sistema	reprodutor	possui	características	distintas	entre</p><p>os	gêneros	e	produzem	os	gametas	permitindo,	assim,	a	reprodução	e	a	continuação	da</p><p>espécie	humana.</p><p>Com	 base	 neste	 conteúdo	 abordado,	 considero	 que	 a	 partir	 de	 agora	 você	 está</p><p>preparado	para	seguir	adiante	com	os	estudos	de	outras	disciplinas	que	farão	de	você	no</p><p>futuro	um	profissional	capacitado	para	desenvolver	as	mais	diversas	funções	atribuídas	aos</p><p>profissionais	da	área	da	saúde.</p><p>Até uma próxima oportunidade. Muito obrigado!</p><p>UNIDADE 4 SISTEMAS DIGESTÓRIO, URINÁRIO E GENITAL</p><p>115</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>DANGELO,	J.	G;	FATTINI,	C.	A.	Anatomia Humana – Sistêmica e Tegumentar.	São	Pau-</p><p>lo:	Atheneu.	3º	ed,	2007.</p><p>DRAKE,	R.	Gray - Anatomia Clínica para Estudantes.	Rio	de	Janeiro:	Guanabara	Koo-</p><p>gan.	3º	ed,	2015.</p><p>DRAKE,	 R.L.;	 VOGL,	 A.W.;	 MITCHELL,	 A.W.M.;	 TIBBITTS,	 R.M.;	 RICHARDSON,	 P.E.</p><p>Gray´s, atlas de anatomia.	1ª	ed.	Rio	de	Janeiro:	Elsevier,	2011.</p><p>INSTITUTO	NACIONAL	DO	CÂNCER	(Brasil).	Tipos de câncer. Brasília:	Instituto	Nacional</p><p>do	Câncer,	 2010.	Disponível	 em:	 https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-</p><p>-do-utero.	Acesso	em:	03	jul.	2021.</p><p>LASMAR,	N.	P;	VIEIRA,	R.	B;	ROSA,	J;	LASMAR,	R.	C.	P;	SCARPA,	A.	C.	Condromatose</p><p>Sinovial - Relato de caso. Revista	Brasileira	de	Ortopedia.	2010;	45(5):	490-2.	Disponível</p><p>em:	 https://cdn.publisher.gn1.link/rbo.org.br/pdf/45-5/condromatose_sinovial.pdf.	 Acesso</p><p>em:	30	jun.	2021.</p><p>MARIEB,	E.	N;	WILHELM,	P.	B;	MALLATT.	Anatomia Humana. São	Paulo:	Pearson	Edu-</p><p>cation	do	Brasil,	2014.</p><p>MARTINI,	F.	H;	TIMMONS,	M.	J;	TALLITSH,	R.	B.	Anatomia Humana.	Porto	Alegre:	Art-</p><p>med.	6º	ed,	2009.</p><p>MINISTÉRIO	DA	SAÚDE	(Brasil).	Cistite.	Brasília:	Biblioteca Virtual em Saúde - Ministé-</p><p>rio da Saúde, 2021. Disponível	em:	https://https://bvsms.saude.gov.br/cistite/.	Acesso	em:</p><p>06/08/2021.</p><p>MOORE,	K.L.;	DALLEY,	A.F.;	AGUR,	A.M.R.	Anatomia orientada para a clínica.	7ª	ed.	Rio</p><p>de	Janeiro:	Editora	Guanabara	Koogan,	2014.</p><p>NETO,	F.	M.	F;	KISO,	K,	M.	Comprometimento	dos	linfonodos	em	adultos.	Arquivos Mé-</p><p>dicos Hospital Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa São.	Paulo	2013;	58:</p><p>79-87.</p><p>NETO,	F.	M.	F;	KISO,	K,	M.	Comprometimento	dos	linfonodos	em	adultos.	Arquivos Mé-</p><p>dicos Hospital Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa São.	Paulo	2013;	58:</p><p>79	-	87.</p><p>TORTORA,	G.J.;	DERRICKSON,	B.	Princípios de Anatomia e Fisiologia.	14ª	ed.	Rio	de</p><p>Janeiro:	Editora	Guanabara	Koogan,	2016.</p><p>TORTORA,	G;	DERRICKSON,	B.	Princípios de Anatomia e Fisiologia. Rio	de	Janeiro:</p><p>Guanabara	Koogan,	2016.</p><p>https://cdn.publisher.gn1.link/rbo.org.br/pdf/45-5/condromatose_sinovial.pdf</p><p>ENDEREÇO MEGAPOLO SEDE</p><p>Praça Brasil , 250 - Centro</p><p>CEP 87702 - 320</p><p>Paranavaí - PR - Brasil</p><p>TELEFONE (44) 3045 - 9898</p><p>Shutterstock</p><p>e</p><p>a	situação	dos	diferentes	órgãos	do	corpo	baseando-se	em	quatro	planos	imaginários	que</p><p>cruzam	o	corpo	na	posição	anatômica	(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).</p><p>●	 Plano mediano ou	 também	 chamado	 de plano sagital mediano: É</p><p>caracterizado	por	ser	o	plano	vertical	que	corta	o	corpo	longitudinalmente,	dividindo	o</p><p>corpo	em	metades	direita	e	esquerda	que	passa	através	da	linha	mediana	do	corpo.</p><p>●	 	Plano sagital: são	planos	verticais	que	atravessam	o	corpo	paralelamente</p><p>ao	plano	mediano.</p><p>●	 Plano frontal (coronal): são	 planos	 verticais	 que	 atravessam	 o	 corpo</p><p>formando	ângulos	retos	com	o	plano	mediano,	dividindo	o	corpo	em	partes	anterior</p><p>(frente)	e	posterior	(atrás).</p><p>●	 Plano transverso: são	planos	horizontais	que	atravessam	o	corpo	formando</p><p>ângulos	retos	com	os	planos	mediano	e	frontal,	dividindo	o	corpo	em	partes	superior</p><p>e	inferior.</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>11</p><p>1.3.2.1. Planos de secção</p><p>Ao	estudar	uma	região	corporal	é	mostrada	uma	secção	do	mesmo.	Uma	secção	é</p><p>um	corte	do	corpo	ou	de	um	de	seus	órgãos	feito	ao	longo	de	um	dos	planos	anatômicos</p><p>descritos	acima.	É	 importante	conhecer	o	plano	da	secção	para	compreender	a	 relação</p><p>anatômica	 de	 uma	 parte	 com	 a	 outra.	A	Figura 1	 exemplifica	 três	 principais	 planos	 de</p><p>secção:	sagital,	frontal	e	transversal, através	de	visões	diferentes	do	corpo.</p><p>FIGURA 1. REPRESENTA OS PLANOS ANATÔMICOS SAGITAL, FRONTAL/CORONAL E</p><p>TRANSVERSO QUE CRUZAM O CORPO NA POSIÇÃO ANATÔMICA.</p><p>1.3.4. Termos de posição e direção</p><p>Para	localizar	as	estruturas	corporais,	são	utilizados	termos	de	posição	e	direção.</p><p>Partindo	 do	 princípio	 que	 o	 corpo	 do	 indivíduo	 encontra-se	 na	 posição	 de	 referência</p><p>que	é	chamada	posição	anatômica,	os	anatomistas	utilizam	dois	 termos	de	posição	que</p><p>descrevem	o	corpo	deitado.	Se	o	corpo	está	com	o	rosto	voltado	para	baixo,	ele	está	em</p><p>decúbito	ventral.	No	entanto,	se	o	corpo	está	com	o	rosto	voltado	para	cima,	ele	está	em</p><p>decúbito	dorsal.</p><p>Quanto	aos	termos	de	direção	específicos	que	descrevem	a	posição	de	uma	parte</p><p>do	 corpo	em	 relação	à	outra,	 existem	vários	 termos	direcionais	 que	 são	agrupados	em</p><p>pares	 e	 possuem	 significados	 opostos,	 ex.,	 anterior	 (frente)	 e	 posterior	 (atrás).	 	Abaixo</p><p>estão	listados	os	principais	termos	direcionais	com	seus	respectivos	exemplos	(TORTORA;</p><p>DERRICKSON,	2016).</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>12</p><p>Termos Direcionais Exemplo de uso</p><p>Superior O	coração	é	superior	ao	fígado</p><p>Inferior O	estômago	é	inferior	aos	pulmões</p><p>Anterior	 O	esterno	é	anterior	ao	coração</p><p>Posterior O	esôfago	é	posterior	à	traqueia</p><p>Medial A	ulna	é	média	ao	rádio</p><p>Lateral Os	pulmões	são	laterais	ao	coração</p><p>Proximal O	úmero	é	proximal	ao	rádio</p><p>Distal As	falanges	são	distais	aos	ossos	carpais</p><p>Superficial As	costelas	são	superficiais	aos	pulmões</p><p>Profundo As	costelas	são	profundas	em	relação	à	pele	do	tórax</p><p>Ipsilateral A	vesícula	biliar	e	o	colo	ascendente	são	ipsilaterais	(estão</p><p>do	mesmo	lado)</p><p>Contralateral O	colo	ascendente	e	o	colo	descendente	são	contralaterais</p><p>(estão	em	lados	opostos	do	corpo)</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>SISTEMA ESQUELÉTICO2</p><p>TÓPICO</p><p>13</p><p>O	sistema	esquelético	é	composto	por	vários	tecidos	diferentes	e	atua	em	conjunto</p><p>com	 cartilagem	 e	 articulações.	 Cada	 osso	 do	 corpo	 é	 considerado	 um	 órgão,	 sendo</p><p>responsável	por	fornecer	suporte	e	sustentação	ao	corpo,	servem	como	ponto	de	fixação</p><p>para	os	músculos	e	armazenamento	de	minerais	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014).</p><p>2.1 Divisão do Esqueleto Humano</p><p>O	sistema	 esquelético	 é	 dividido	 em	 duas	 partes	 funcionais:	 esqueleto	 axial	 que</p><p>é	 formado	 pelos	 ossos	 da	 cabeça,	 pescoço,	 e	 tronco	 localizados	 no	 centro	 do	 corpo.</p><p>Enquanto,	 o	 esqueleto	 apendicular	 é	 formado	 pelos	 ossos	 dos	 membros	 superiores	 e</p><p>inferiores, inclusive	 aqueles	 que	 formam	 os	 cíngulos	 dos	 membros	 superiores	 e	 dos</p><p>membros	inferiores.	A	união	do	esqueleto	axial	com	o	apendicular	acontece	por	meio	das</p><p>cinturas	escapular	e	pélvica	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>2.2 Composição dos ossos</p><p>O	 tecido	 ósseo	 é	 composto	 por	 dois	 tipos	 de	 osso,	 o	 osso	 compacto	 e	 o	 osso</p><p>esponjoso.	Diferencia-se	pela	quantidade	de	material	sólido	e	pelo	número	e	tamanho	dos</p><p>espaços	que	eles	contêm,	sendo	que	a	proporção	de	osso	compacto	e	esponjoso	varia	de</p><p>acordo	com	a	função	do	osso	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>O	osso	esponjoso	localiza-se	no	interior	do	osso	e	seu	aspecto	esponjoso	se	deve	a</p><p>presença	de	espaços	entre	as	lamínulas	ósseas	que	são	chamadas	de	trabéculas	ósseas.	Em</p><p>algumas	partes	o	osso	esponjoso	é	substituído	por	uma	cavidade	medular	que	abriga	a	medula</p><p>óssea	 amarela	 (armazena	 gordura)	 ou	 vermelha,	 responsável	 pela	 função	 hematopoiética</p><p>(produção	de	células	sanguíneas	e	plaquetas)	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>14</p><p>O	osso	compacto	está	presente	em	todos	os	ossos	como	uma	camada	compacta,</p><p>fina	e	superficial	em	torno	de	uma	massa	central	de	osso	esponjoso,	a	proporção	entre	osso</p><p>compacto	e	esponjoso	é	responsável	por	sua	resistência.	Os	ossos	longos,	por	exemplo,</p><p>possuem	uma	maior	 quantidade	 de	 osso	 compacto	 no	 corpo	 do	 osso	 (diáfise),	 quando</p><p>comparado	 às	 demais	 categorias	 de	 ossos.	Abordaremos	 agora	 a	 estrutura	 dos	 ossos</p><p>longos	(Figura 2),	que	são	as	seguintes:</p><p>●	 	Diáfise:	é	a	haste	longa	do	osso	(corpo	do	osso).	Ela	é	composta	principalmente	por</p><p>tecido	ósseo	compacto,	proporcionando	resistência	ao	osso	longo.</p><p>●	 	Epífises:	são	as	extremidades	de	um	osso	longo	e	locais	onde	um	osso	se	articula</p><p>a	um	segundo	osso,	formando	uma	articulação.	Cada	epífise	é	coberta	com	uma	fina</p><p>camada	de	cartilagem	hialina,	chamada	cartilagem	articular.</p><p>●	 	Linha	epifisial:	Localiza-se	entre	a	diáfise	e	cada	epífise	de	um	osso	longo	adulto.</p><p>É	um	sinal	da	lâmina	epifisial,	que	é	um	disco	de	cartilagem	hialina	responsável	pelo</p><p>crescimento	ósseo	(alongamento	do	osso)	durante	a	infância.</p><p>●	 O	periósteo (periósteo =	em	torno	do	osso)	é uma	membrana	de	tecido	conjuntivo</p><p>que	recobre	os	ossos	externamente,	responsável	por	irrigar	os	ossos	com	nervos	e</p><p>vasos	sanguíneos,	por	isso	sentimos	dor	ao	fraturar	um	osso.	O	periósteo	fornece</p><p>pontos	de	inserção	para	os	tendões	e	ligamentos	que	se	unem	a	um	osso.</p><p>FIGURA 2: ESTRUTURA DOS OSSOS LONGOS</p><p>Fonte: MARIE;	WILHELM;	MALLATT,	2014,	p.	136.</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>15</p><p>2.3 Funções do Sistema Esquelético</p><p>As	funções	desempenhadas	pelo	sistema	esquelético	são	as	seguintes:</p><p>●	 Suporte:	O	esqueleto	sustenta	os	 tecidos	moles	e	 fornece	pontos	de	fixação	para</p><p>tendões	e	músculos	esqueléticos.</p><p>●	 Proteção: 	O	esqueleto	protege	os	órgãos	vitais	de	lesão,	por	exemplo,	os	ossos	do</p><p>crânio	protegem	o	encéfalo	e	a	caixa	torácica	protege	o	coração	e	os	pulmões.</p><p>●	 Assistência ao movimento:	A	fixação	dos	músculos	esqueléticos	aos	ossos	produz</p><p>movimentos	através	da	contração	da	musculatura	e	tracionamento	dos	ossos.</p><p>●	 Armazenamento e liberação de minerais: 	 O	 tecido	 ósseo	 armazena	 minerais,</p><p>como:	 cálcio	 e	 fósforo,	 que	 contribuem	para	 a	 resistência	 dos	 ossos	 e	 conforme</p><p>a	 necessidade,	 os	minerais	 são	 liberados	 para	 a	 corrente	 sanguínea	 de	modo	 a</p><p>manter	a	homeostasia.</p><p>●	 Função hematopoiética: É	caracterizada	pela	produção	de	células	sanguíneas	que</p><p>ocorre	na	medula	óssea	vermelha	presente	no	interior	de	determinados	ossos,	como:</p><p>os	ossos	do	quadril,	costelas,	esterno,	vértebras,	crânio,	extremidades	do	úmero	e</p><p>fêmur.	A	produção	de	hemácias	(eritrócitos),	 leucócitos	e	plaquetas	é	denominada</p><p>de	hematopoese.</p><p>●	 Armazenamento de triglicerídeos: Com	 o	 avanço	 da	 idade,	 grande	 parte	 da</p><p>medula	óssea	é	transformada	de	vermelha	para	amarela.	A	medula	óssea	amarela	é</p><p>responsável	pelo	armazenamento	de	triglicerídeos	que	são	reserva</p><p>de	energia	para	o</p><p>organismo	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>2.4	Classificação	Morfológica	dos	Ossos</p><p>Os	ossos	 são	 classificados	 de	 acordo	 com	 suas	 características	morfológicas	 por</p><p>possuir	 tamanhos	 e	 formatos	 variados	 em	 cinco	 tipos:	 ossos	 longos,	 curtos,	 planos,</p><p>irregulares	e	sesamoides	(Figura 3),	refletindo	diretamente	na	função	desempenhada.	Para</p><p>exemplificar,	temos	o	fêmur	que	é	o	osso	da	coxa	e	pertence	à	categoria	dos	ossos	longos,</p><p>esta	característica	atribui	a	ele,	a	função	de	suportar	o	peso	e	pressão	do	corpo	(MARIEB;</p><p>WILHELM;	MALLATT,	2014;	MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).</p><p>1) Ossos	longos:	Possui	comprimento	maior	que	a	largura	e	são	constituídos	por</p><p>um	corpo	e	duas	extremidades,	chamadas	de	epífises	e	têm	suas	diáfises	como</p><p>sendo	o	corpo	do	osso,	é	formada	por	tecido	ósseo	compacto.	Exemplo	de	ossos</p><p>longos:	fêmur,	tíbia,	fíbula,	úmero,	radio	e	ulna.</p><p>2) Ossos	curtos:	Possuem	comprimento	igual	à	sua	largura.	Exemplos:	ossos	do</p><p>carpo	e	tarso.</p><p>3) Ossos	planos:	São	ossos	finos	e	achatados	que	garantem	considerável	prote-</p><p>ção.	Exemplos:	Ossos	do	crânio	(frontal,	parietal),	osso	esterno	e	escápula.</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>16</p><p>4) Ossos	irregulares:	São	ossos	com	formas	variadas	e	não	se	encaixa	nas	outras</p><p>classificações,	como	exemplos:	mandíbula	e	vértebras.</p><p>5) Ossos	sesamoides:	Os	ossos	sesamoides	são	considerados	um	tipo	especial</p><p>de	osso	por	se	desenvolver	em	alguns	tendões	e	se	encontrar	em	lugares	onde</p><p>os	tendões	cruzam	as	extremidades	dos	ossos	longos	nos	membros.	A	patela	é</p><p>um	exemplo	de	osso	sesamoide	e	possui	a	função	de	proteger	os	tendões	contra</p><p>o	desgaste	excessivo.</p><p>FIGURA 3: ILUSTRAÇÃO REPRESENTANDO AS CLASSIFICAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS OSSOS</p><p>Fonte: MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014,	p.	135.</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>SISTEMA</p><p>ARTICULAR3</p><p>TÓPICO</p><p>17</p><p>3.1	Definição</p><p>As	 articulações	 são	 definidas	 como	 sendo	 o	 ponto	 de	 contato	 entre	 dois	 ossos,</p><p>entre	osso	e	cartilagem	ou	entre	osso	e	dente,	com	formas	e	funções	variadas.	Algumas</p><p>articulações	não	possuem	movimento,	outras	permitem	pequenos	movimentos,	enquanto</p><p>outras	têm	mobilidade	livre.	(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).</p><p>3.2	Classificação</p><p>As	articulações	são	classificadas	estruturalmente	de	acordo	com	as	características</p><p>anatômicas	 e	 funcionalmente	 de	 acordo	 com	 o	 tipo	 de	movimento	 que	 as	 articulações</p><p>realizam.</p><p>A	classificação	estrutural	das	articulações	baseia-se	em	dois	critérios:	1)	existência</p><p>ou	ausência	de	cavidade	articular	(espaço	entre	os	ossos);	2)	tipo	de	tecido	conjuntivo	que</p><p>une	os	ossos.	Portanto,	de	acordo	com	as	caraterísticas	estruturais,	as	articulações	são</p><p>classificadas	como:	articulações	fibrosas,	cartilagíneas	e	sinoviais.</p><p>A	 classificação	 funcional	 é	 definida	 com	 relação	 ao	 grau	 de	 movimento	 que	 as</p><p>articulações	executam.	Funcionalmente,	as	articulações	são	classificadas	como:	sinartrose</p><p>(imóvel),	anfiartrose	(ligeiramente	móvel)	e	diartrose	(movimentos	livres).</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>18</p><p>3.2.1 Classificação	Estrutural	das	Articulações</p><p>3.2.1.1 Articulações	fibrosas</p><p>As	 articulações	 são	 formadas	 por	 tecido	 fibroso	 (tecido	 conjuntivo	 denso	 não</p><p>modelado),	nestas	articulações	as	superfícies	dos	ossos	estão	quase	em	contato	direto</p><p>e	a	maioria	das	articulações	fibrosas	são	 imóveis	ou	 ligeiramente	móveis.	Há	 três	 tipos</p><p>principais	de	articulações	fibrosas:</p><p>●	 Suturas:	As	suturas	estão	presentes	apenas	nos	ossos	do	crânio,	mantendo	os</p><p>ossos	firmemente	unidos	e	consideradas	funcionalmente	como	articulações	imóveis</p><p>(sinartrose).	Os	tipos	de	suturas	existentes	são:	plana,	escamosa	e	denteada.</p><p>●	 Sindesmose:	A	sindesmose	é	um	tipo	de	articulação	fibrosa,	une	os	ossos</p><p>com	uma	lâmina	de	tecido	fibroso,	podendo	ser	um	ligamento	ou	uma	membrana</p><p>fibrosa	que	une	ossos	(membrana	interóssea).</p><p>●	 Gonfose ou também chamada de sindesmose dentoalveolar:	é	uma	arti-</p><p>culação	fibrosa	onde	ocorre	à	fixação	dos	dentes	nas	cavidades	alveolares	na	man-</p><p>díbula	e	maxilas,	é	um	processo	semelhante	a	um	pino	encaixando-se	em	uma	ca-</p><p>vidade	entre	a	raiz	do	dente	e	o	processo	alveolar	da	maxila.</p><p>As	sindesmoses	e	gonfoses	são	classificadas	funcionalmente	como	anfiartroses,	por</p><p>realizar	pequenos	movimentos	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	MOORE;	DALLEY;</p><p>AGUR,	2014).</p><p>3.2.1.2 Articulações cartilagíneas</p><p>Nas	 articulações	 cartilaginosas,	 os	 ossos	 são	 unidos	 por	 cartilagem	 e	 pequenos</p><p>movimentos	 são	 possíveis	 nestas	 articulações.	 Existem	 dois	 tipos	 de	 articulações</p><p>cartilagíneas:	sínfises	e	sincondroses.</p><p>●	 Sínfises:	 são	 articulações	 fortes,	 ligeiramente	 móveis,	 unidas	 por</p><p>fibrocartilagem.	Exemplos	desta	articulação,	incluem:	discos	intervertebrais	(presente</p><p>entre	as	vértebras)	e	sínfise	púbica.	A	estrutura	de	fibrocartilagem	confere	resistência</p><p>à	tensão	e	a	compressão,	agindo	como	um	amortecedor,	as	sínfises	são	articulações</p><p>ligeiramente	móveis	(anfiartroses)	fornecendo	resistência	com	flexibilidade.</p><p>●	 Sincondroses:	Os	ossos	são	unidos	por	cartilagem	hialina,	as	articulações	do</p><p>tipo	sincondrose	dividem-se	em	uniões	temporárias	e	definitivas.	Como	sincondroses</p><p>temporárias	temos,	a	lâmina	epifisial	presente	nas	epífises	dos	ossos	longos	durante</p><p>o	desenvolvimento	do	osso	 longo	e	com	o	passar	do	 tempo	a	 lâmina	epifisial	 se</p><p>converte	 em	 osso	 e	 as	 epífises	 fundem-se	 com	 a	 diáfise.	 Como	 exemplo	 de</p><p>sincondrose	definitiva,	temos	a	articulação	esternocostal	(cartilagem	costal	que	une</p><p>a	primeira	costela	e	o	manúbrio	do	esterno).	Funcionalmente,	as	sincondroses	são</p><p>classificadas	como	sinartroses	por	serem	articulações	imóveis	(MARIEB;	WILHELM;</p><p>MALLATT,	2014).</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>19</p><p>3.2.2.3 Articulações sinoviais</p><p>As	 articulações	 sinoviais	 são	 as	 mais	 importantes	 e	 complexas	 articulações	 do</p><p>corpo	e	permitem	a	realização	de	muitos	movimentos,	sendo	considerada	funcionalmente,</p><p>diartrose.	Exemplos	de	algumas	articulações	sinoviais:	articulação	do	ombro	(glenoumeral),</p><p>joelho	 e	 quadril	 (coxofemoral).	As	 articulações	 sinoviais	 possuem	 característica	 únicas,</p><p>como:</p><p>●	 Cavidade articular:	 É	 uma	 característica	 presente	 somente	 nas	 articulações</p><p>sinoviais,	é	um	espaço	potencial	que	comporta	uma	pequena	quantidade	de	líquido</p><p>sinovial.</p><p>●	 Cápsula articular:	membrana	fibrosa	dividida	em	duas	camadas,	a	camada	externa</p><p>promove	 a	 união	 dos	 ossos	 e	 a	 camada	 interna	 é	 chamada	membrana	 sinovial,</p><p>reveste	a	cápsula	articular	e	tem	a	importante	função	de	produzir	o	líquido	sinovial;</p><p>●	 Líquido sinovial:		É	um	líquido	viscoso	que	preenche	o	espaço	da	cavidade	articular</p><p>e	atua	como	lubrificante	articular,	permitindo	o	deslizamento	dos	ossos	com	o	mínimo</p><p>de	atrito.</p><p>● Cartilagem articular:	Cobre	as	extremidades	dos	ossos	e	serve	para	absorver	as</p><p>forças	de	compressão	aplicadas	nas	articulações,	protege	as	extremidades	ósseas</p><p>(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>SISTEMA</p><p>MUSCULAR4</p><p>TÓPICO</p><p>20</p><p>4.1 Conceitos</p><p>O	 sistema	 muscular	 é	 formado	 por	 músculos	 esqueléticos	 que	 são	 estruturas</p><p>individualizadas	que	cruzam	as	articulações	e,	através	da	sua	capacidade	de	contração,</p><p>são	capazes	de	transmitir	movimento,	esta	habilidade	é	promovida	por	células	específicas</p><p>denominadas	 fibras	 musculares,	 sendo	 os	 músculos	 capazes	 de	 transformar	 energia</p><p>química	em	energia	mecânica	(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).</p><p>4.2 Tecido Muscular</p><p>Existem	 três	 tipos	 de	 músculos:	 músculo	 estriado	 esquelético,	 músculo	 estriado</p><p>cardíaco	e	músculo	liso.</p><p>●	 O	músculo estriado esquelético	é	de	controle	voluntário	e	está	associado</p><p>ao	sistema	esquelético	movendo	ou	estabilizando	ossos	e	outras	estruturas,	por	isso</p><p>recebe	o	nome	de	músculos	esqueléticos.</p><p>●	 	O	músculo estriado cardíaco é	um	músculo	de	controle	 involuntário	pre-</p><p>sente	apenas	nas	paredes	do	coração.</p><p>●	 O	músculo liso (músculo	 não	 estriado)	 é	 o	músculo	 visceral,	 também	de</p><p>controle	 involuntário	e	 reveste	a	parte	 interna	das	paredes	da	maioria	dos	vasos</p><p>sanguíneos	e	órgãos	ocos	(ex.,	esôfago,	estômago	e	bexiga).</p><p>4.3 Funções</p><p>As	funções	do	tecido	muscular	são	as	seguintes:</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>21</p><p>1)	 	Produção dos movimentos corporais:	O	músculo	esquelético	encontra-se</p><p>conectado	ao	sistema	esquelético	produzindo	movimentos,	como	andar	e	correr.</p><p>2)	 	Estabilizar as posições corporais:	A	 contração	 contínua	 dos	 músculos</p><p>esqueléticos,	 chamadas	 de	 tônus	 muscular,	 contribuem	 para	 estabilizar	 as</p><p>articulações	promovendo	a	manutenção	das	posições	corporais,	no	ato	de	ficar	em</p><p>pé	ou	sentado.</p><p>3) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As	contrações	dos	músculos</p><p>lisos	 nos	 órgãos	 do	 sistema	 digestório	 promovem	 a	movimentação	 de	 alimentos</p><p>através	 de	 movimentos	 chamados	 peristaltismo.	 Os	 músculos	 esfincterianos</p><p>funcionam	como	válvulas	que	 se	abrem	 (relaxando	deixa	passar	 a	 substância)	 e</p><p>fecham	(contraindo	impede	a	passagem).</p><p>4) Produção de Calor:	 A	 contração	 do	 tecido	 muscular	 produz	 calor	 que	 é</p><p>usado	na	manutenção	da	temperatura	corporal.	Durante	a	realização	de	atividade</p><p>física	as	contrações	musculares	são	intensificadas	gerando	um	excesso	de	calor	e</p><p>para	 impedir	o	aumento	da	temperatura	corporal	o	reflexo	 imediato	é	a	sudorese,</p><p>que	ocorre	para	resfriar	o	corpo	(MARIEB,	WILHELM;	MALLATT,	2014).</p><p>4.4	Classificação	dos	músculos</p><p>Os	músculos	podem	ser	classificados	de	acordo	com	seu	formato	relacionado	com</p><p>a	disposição	das	fibras	musculares.</p><p>4.4.1 Disposição paralela</p><p>●	 Músculos planos: Suas	fibras	são	dispostas	paralelamente.	Exemplo:	M.	sartório</p><p>(Figura 4)	é	um	músculo	plano	estreito	com	fibras	paralelas.</p><p>FIGURA 4 - M. SARTÓRIO (MÚSCULO PLANO)</p><p>Fonte:	MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,		2014,	p.	330.</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>22</p><p>●	 Músculos triangulares: Tem	origem	em	uma	área	larga	e	converge	para	formar	um</p><p>único	tendão,	assemelhando-se	a	um	leque.	Exemplo:	M.	peitoral	maior	(Figura 5).</p><p>●	 Músculos fusiformes:	Seu	diâmetro	da	região	central	(ventre)	do	músculo	é	maior</p><p>que	nas	extremidades.	Exemplo:	M.	bíceps	braquial	(Figura 5).</p><p>FIGURA 5: M. PEITORAL MAIOR (MÚSCULOS TRIANGULARES) E M. BÍCEPS BRAQUIAL</p><p>(MÚSCULO FUSIFORME).</p><p>Fonte:	MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014,	p.	316.</p><p>●	 Músculos quadrados: Apresentam	quatro	lados	iguais,	sendo	o	comprimento	igual</p><p>à	largura.	Exemplo:	M.	reto	do	abdome	e	M.	glúteo	máximo.</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>23</p><p>FIGURA 6: M. RETO DO ABDOME</p><p>FONTE: DRAKE, 2011, P. 130.</p><p>Fonte:	MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,		2014,	p.	333.</p><p>FIGURA 7: M. GLÚTEO MÁXIMO</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>24</p><p>●	 Músculos circulares:	 São	músculos	 que	 circundam	uma	determinada	 região	 ou</p><p>abertura	 do	 corpo,	 fechando-os	 quando	 se	 contraem.	 Exemplo:	M.	 orbicular	 dos</p><p>olhos	(fecha	as	pálpebras).</p><p>1.1.2 Disposição oblíqua</p><p>●	 Músculos peniformes:		A	disposição	das	fibras	musculares	são	parecidas	com	penas.</p><p>E	podem	ser	classificados	como,	semipeniformes,	peniformes	ou	multipeniformes.</p><p>Exemplo:	M.	extensor	longo	dos	dedos	(semipeniforme),	M.	reto	femoral	(peniforme)</p><p>e	M.	deltoide	(multipeniforme).</p><p>FIGURA 8: REPRESENTAÇÃO DOS MÚSCULOS PENIFORMES</p><p>Fonte:	MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014,	p.	275</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>25</p><p>Oração ao Cadáver Desconhecido</p><p>“Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo</p><p>nasceu do amor de duas almas; cresceu embalado pela fé e esperança daquela que em seu seio o</p><p>agasalhou, sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens; por certo amou e foi amado e</p><p>sentiu saudades dos outros que partiram, acalentou um amanhã feliz e agora jaz na fria lousa, sem que por</p><p>ele tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome só Deus o sabe; mas</p><p>o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir a humanidade que por ele passou indiferente.”</p><p>Dr. Karl Rokitansky (1876) – médico patologista.</p><p>A osteoporose (osso poroso) é uma condição patológica que afeta todo o sistema esquelético acometendo</p><p>10 milhões de pessoas por ano nos EUA. Ocorre durante o processo de envelhecimento, devido a diminui-</p><p>ção dos componentes orgânicos e inorgânicos do osso, à perda de cálcio do corpo (pela urina, fezes e suor)</p><p>é maior do que a quantidade absorvido da alimentação, fazendo com que a massa óssea fique porosa</p><p>tornando os ossos frágeis, perdendo a elasticidade e sofrendo fraturas espontâneas. Por exemplo, uma</p><p>fratura de quadril pode resultar da simples ação de sentar-se muito rapidamente. Nos EUA, a osteoporose</p><p>causa mais de 1,5 milhão de fraturas por ano, sendo as principais fraturas de quadril, punhos e vértebras.</p><p>A osteoporose afeta principalmente pessoas idosas e de meia-idade, com maior prevalência de mulheres</p><p>acometidas do que os homens por dois motivos, isto se deve a dois fatos: 1) os ossos das mulheres são</p><p>menos compactos que os dos homens e 2) a produção hormônios nas mulheres diminui na menopausa</p><p>(MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>26</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Prezado(a) aluno(a),</p><p>Neste	material,	busquei	trazer	para	você	os	aspectos	gerais	da	anatomia	humana	que</p><p>servirá	de	base	para	o	estudo	dos	temas	subsequentes,	fornecendo	conhecimento	de	termos</p><p>técnicos-científicos	utilizados	rotineiramente	nos	estudos.	Posterior,	a	esta	apresentação</p><p>inicial,	iniciamos	os	estudos	da	anatomia	macroscópica	sistêmica	que	consiste	no	estudo</p><p>detalhado	 dos	 sistemas	 que	 formam	 o	 corpo	 humano.	 Nesta	 abordagem,	 definimos	 e</p><p>destacamos	as	funções	de	três	sistemas:	sistema	esquelético,	articular	e	muscular.	Com</p><p>base	na	contextualização	de	cada	sistema	acredito	que	tenha	ficado	claro	a	você	que	a</p><p>forma	didática	de	estudar	a	anatomia	é	através	das	classificações	dos	sistemas.	No	caso	do</p><p>sistema	esquelético,	classificamos	os	ossos	de	acordo	com	as	características	morfológicas</p><p>que	é	o	aspecto	que	este	osso	apresenta.	Contudo,	o	sistema	articular	é	classificado	de</p><p>duas	formas:	de	acordo	com	a	funcionalidade	da	articulação,	que	diz	respeito	ao	grau	de</p><p>movimento	que	a	mesma	executa	(imóvel,	 ligeiramente	móvel	ou	movimentos	livres)	e	a</p><p>estrutura	da	articulação	(qual	tecido	à	compõem).	E	por	fim,	abordamos	a	classificação	dos</p><p>músculos	de	acordo	com	a	forma	que	o	músculo	se	apresenta	que	depende	da	disposição</p><p>das	fibras	musculares.</p><p>A	partir	de	agora	acreditamos	que	você	está	preparado	para	dar	continuidade	aos</p><p>estudos	dos	próximos	sistemas	anatômicos	que	servirá	de	base	para	a	compreensão	de</p><p>outras	disciplinas,	como	a	fisiologia	que	estudará	de	forma	detalhada	a	funcionalidade	de</p><p>cada	sistema	e	finalizamos	com	as	classificações	que	são	formas	didáticas	de	apresentação</p><p>das	estruturas	anatômicas.</p><p>Até	uma	próxima	oportunidade.	Muito	Obrigado!</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>27</p><p>LEITURA COMPLEMENTAR</p><p>Condromatose Sinovial - Relato de caso</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Condromatose	 sinovial	 é	 uma	 desordem	 rara	 de	 etiologia	 desconhecida	 e	 se</p><p>caracteriza	pela	presença	de	múltiplos	nódulos	cartilaginosos	dentro	do	tecido	conjuntivo</p><p>da	membrana	das	articulações,	bainhas	e	bursas.	A	articulação	mais	acometida	é	o	joelho,</p><p>seguido	pelo	quadril,	ombro	e	mãos,	com	predomínio	monoarticular.	O	aparecimento	da</p><p>lesão	é	mais	comum	no	sexo	masculino	e	em	pessoas	entre	a	terceira	e	quinta	década	de</p><p>vida.	O	diagnóstico	de	condromatose	sinovial	é	dado	após	uma	minuciosa	história,	exame</p><p>físico	e	exame	radiográfico.</p><p>No	entanto,	o	diagnóstico	definitivo	é	realizado	após	exame</p><p>histológico	do	 tecido	 sinovial	 e	o	 tratamento	de	escolha	para	os	pacientes	 sintomáticos</p><p>é	 cirúrgico.	 Considera-se	 que	 a	 presença	 de	 múltiplos	 corpos	 livres	 intra-articulares,</p><p>independentemente	 se	 de	 causa	 degenerativa,	 neuropática,	 osteocondrite	 dissecante</p><p>ou	 outras,	 já	 é	 suficiente	 para	 caracterizar	 o	 quadro,	 podendo,	 em	estágio	mais	 tardio,</p><p>apresentar	a	metaplasia	condroide	sinovial.</p><p>CASO</p><p>Paciente	masculino,	 34	 anos	 de	 idade,	 apresentou	 dor	 forte	 em	 joelho	 esquerdo</p><p>associado	 à	 incapacidade	 funcional	 sem	 fator	 desencadeante	 aparente.	 Procurou</p><p>atendimento	médico	em	dezembro	de	2006,	quando	lhe	foram	prescritos	AINES.	Após	um</p><p>ano	relatou	aumento	do	edema	e	dor	no	local.	Foi	encaminhado	ao	especialista	em	joelho	com</p><p>suspeita	de	lesão	meniscal.	No	exame,	foram	detectados	edema	intenso	da	articulação	com</p><p>limitação	de	movimento,	dor	exacerbada	e	punção	articular	negativa;	como	não	apresentava</p><p>alterações	 nas	 radiografias	 simples,	 foi	 solicitado	 exame	 de	 ressonância	 magnética	 do</p><p>joelho.	Ao	exame	de	ressonância	magnética,	evidenciou-se	volumoso	acúmulo	de	líquido</p><p>intra-articular,	associado	à	acentuada	proliferação	sinovial	sugestivo	de	sinovite	vilonodular</p><p>pigmentada	com	meniscos	e	ligamentos	íntegros.	Paciente	foi	submetido	a	artroscopia	do</p><p>joelho	 esquerdo	 que	 evidenciou	 fragmentos	 irregulares	 e	 esbranquiçados,	 sendo	 então</p><p>realizada	artrotomia	com	retirada	da	 lesão	e	sinovectomia	ampla,	o	material	 foi	enviado</p><p>para	 exame	 anatomopatológico,	 o	 qual	 evidenciou	 presença	 de	 condromatose	 sinovial.</p><p>Após	oito	meses	de	cirurgia,	o	paciente	apresenta-se	sem	queixas,	joelho	esquerdo	com</p><p>amplitude	de	130º	sem	derrame	articular	ou	sinais	inflamatórios.	A	condromatose	sinovial	é</p><p>uma	metaplasia	benigna	rara	da	membrana	sinovial,	originando	a	formação	de	corpos	livres</p><p>cartilaginosos	no	espaço	articular	de	difícil	diagnóstico,	já	que	95%	dos	nódulos,	quando</p><p>não	calcificados,	podem	passar	despercebidos	radiologicamente.</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>28UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>DISCUSSÃO</p><p>A	 condromatose	 sinovial	 é	 uma	 metaplasia	 benigna	 rara	 da	 membrana	 sinovial,</p><p>originando	 a	 formação	 de	 corpos	 livres	 cartilaginosos	 no	 espaço	 articular	 sem	 sinais</p><p>de	 malignização,	 nem	 relação	 direta	 com	 traumatismos	 ou	 processos	 inflamatórios.</p><p>Os	 nódulos	 podem	 ser	 pediculados	 e	 liberados	 no	 espaço	 articular	 onde	 podem</p><p>permanecer	 como	corpos	 livres	e	aumentar	de	 tamanho.	Sua	origem	pode	ser	primária</p><p>ou	 secundária.	 As	 manifestações	 clínicas	 são	 dor,	 inflamação	 e	 limitação	 funcional</p><p>monoarticular.	As	 articulações	mais	 afetadas	 são	 os	 joelhos	 (50%),	 quadril	 e	 tornozelo.</p><p>A	radiologia	convencional	é	muito	característica	se	os	corpos	livres	estão	calcificados</p><p>(osteocondromatose),	 sendo	 difícil	 sua	 interpretação	 quando	 são	 radiotransparentes</p><p>(condromatose).	Na	ressonância	magnética	observa-se	hiperplasia	sinovial	heterogênea	e	na</p><p>artroscopia	observa-se	um	espessamento	acentuado	dos	tecidos	que	constituem	a	cavidade</p><p>articular	acompanhados	de	numerosos	nódulos	cartilaginosos	pequenos	e	 irregulares.	O</p><p>diagnóstico	diferencial	deve	ser	feito	com	o	condrossarcoma	sinovial	e	a	condrometaplasia</p><p>secundária,	que	ocorre	quando	pequenos	 fragmentos	de	osso	ou	cartilagem	articular	se</p><p>desprendem	e	ficam	na	cavidade	articular	após	traumatismos	ou	doenças	degenerativas.</p><p>Em	 nosso	 caso,	 a	 idade,	 localização	 e	 a	 característica	monoarticular	 coincidem	 com	 a</p><p>literatura	(LASMAR	et al, 2010).</p><p>29</p><p>MATERIAL COMPLEMENTAR</p><p>UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR</p><p>LIVRO</p><p>Título: Gray - Anatomia Clínica para Estudantes</p><p>Autor: Richard Drake.</p><p>Editora: Guanabara Koogan.</p><p>Sinopse: O Gray Anatomia Clínica para Estudantes, foca pre-</p><p>cisamente nas informações que você necessita para estudar</p><p>Anatomia, em um formato fácil de ler e visualmente atraente</p><p>que facilita o estudo.</p><p>FILME/VÍDEO</p><p>Título: Introdução à Anatomia</p><p>Ano: 2020.</p><p>Sinopse: O vídeo aborda os aspectos introdutórios à anatomia</p><p>humana, destacando o conceito e apresenta a terminologia</p><p>anatômica.</p><p>Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=5c3Pp-</p><p>-b7uwc.</p><p>https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_book_1?ie=UTF8&field-author=Richard+Richard+Drake&text=Richard+Richard+Drake&sort=relevancerank&search-alias=stripbooks</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</p><p>Plano de Estudos</p><p>• Sistema Cardiovascular</p><p>• Sistema Linfático</p><p>• Sistema Respiratório</p><p>Objetivos	da	Aprendizagem</p><p>• Conceituar o sistema cardiovascular e conhecer os elementos que</p><p>compõem estes sistemas (sangue, coração e vasos sanguíneos);</p><p>• Identificar a morfologia externa e interna do coração;</p><p>• Compreender a circulação pulmonar e sistêmica;</p><p>• Conceituar o sistema linfático;</p><p>• Definir os vasos linfáticos, tecidos e órgãos linfáticos;</p><p>• Conceituar o sistema respiratório e identificar seus órgãos.</p><p>Professora Mestre Gislaine Cardoso de Souza Fiaes</p><p>SISTEMAS SISTEMAS</p><p>CARDIOVASCULAR, CARDIOVASCULAR,</p><p>LINFÁTICO E LINFÁTICO E</p><p>RESPIRATÓRIORESPIRATÓRIO2UNIDADEUNIDADE</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>31</p><p>Nesta	 unidade	 vocês	 aprenderão	 sobre	 o	 sistema	 cardiovascular,	 linfático	 e</p><p>respiratório.	 O	 sistema circulatório	 compreende	 o	 estudo	 de	 dois	 sistemas,	 o	 sistema</p><p>cardiovascular	 e	 o	 linfático. Iniciaremos	 falando	 sobre	 o	 sistema	 cardiovascular	 que	 é</p><p>formado	pelo	coração	e	vasos	sanguíneos	que	trabalham	em	conjunto	com	o	objetivo	de</p><p>manter	o	sangue	circulando	no	nosso	corpo.	A	circulação	sanguínea	é	promovida	pela	ação</p><p>do	bombeamento	do	coração	que	impulsiona	o	sangue	a	sair	do	coração	em	direção	as</p><p>artérias,	estas	por	sua	vez	se	ramificam	até	se	tornarem	capilares	sanguíneos,	que	irrigam</p><p>os	tecidos	corporais	transportando	pelo	sangue	oxigênio	e	nutrientes,	e	também	promove</p><p>o	transporte	de	dióxido	de	carbono	(CO2)	e	resíduos	celulares	que	se	difundem	dos	tecidos</p><p>para	 a	 corrente	 sanguínea.	Além	do	oxigênio,	 fica	 a	 cargo	do	 sistema	 cardiovascular	 a</p><p>realização	 do	 transporte	 de	 outras	 substâncias	 como,	 hormônios	 até	 seus	 órgãos-alvo,</p><p>bem	como,	de	células	de	defesa	do	corpo	para	locais	específicos	de	combate	à	infecção.</p><p>Com	relação	ao	sistema	linfático,	ele	também	é	considerado	parte	do	sistema	circulatório,</p><p>sendo	composto	por	vasos	linfáticos,	órgão	linfáticos	e	um	líquido	que	flui	através	dos	vasos</p><p>linfáticos.	Este	líquido	é	proveniente	da	drenagem	do	líquido	intersticial	(líquido	que	banha</p><p>as	células)	que	ao	adentrarem	os	vasos	linfáticos,	recebe	o	nome	de	linfa.	A	linfa	percorre</p><p>o	 trajeto	por	 vasos	 linfáticos,	 passando	por	 linfonodos,	 que	 são	estruturas	que	abrigam</p><p>células	que	destroem	agentes	estranhos	patogênicos	presentes	na	linfa,	promovendo	seu</p><p>retorno	ao	sangue.</p><p>Finalizaremos	estudando	sobre	as	estruturas	anatômicas	do	sistema	respiratório,	e</p><p>a	função	primordial	deste	sistema	que	consiste	em	realizar	a	troca	de	gases	(oxigênio	e	dió-</p><p>xido	de	carbono)	com	o	ar	atmosférico,	garantindo	a	concentração	de</p><p>oxigênio	no	sangue</p><p>necessária	para	as	realizações	das	reações	metabólicas	celulares,	bem	como,	promover</p><p>a	eliminação	de	gases	residuais,	resultantes	dessas	reações	que	são	representadas	pelo</p><p>gás	carbônico.</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>32</p><p>SISTEMA</p><p>CARDIOVASCULAR1</p><p>TÓPICO</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>1.1 Introdução ao Sistema Cardiovascular</p><p>O	sistema	cardiovascular	é	composto	pelo	sangue,	coração	e	vasos	sanguíneos	e</p><p>apresenta	as	seguintes	funções:</p><p>●	 Transporte:	O	sangue	é	responsável	pelo	transporte	de	várias	substâncias</p><p>como	 hormônios,	 e	 inclui	 a	 captação	 do	 oxigênio	 pelos	 pulmões	 e	 nutrientes</p><p>provenientes	 do	 sistema	 digestório	 até	 células	 do	 corpo,	 que	 os	 utilizam	 para	 a</p><p>produção	 de	 energia.	O	 sangue	 também	 realiza	 o	 transporte	 de	metabólitos	 que</p><p>são	 resíduos	 produzidos	 pelas	 células,	 como	 o	 dióxido	 de	 carbono	 (CO2)	 que	 é</p><p>transportado	até	os	órgãos	responsáveis	pela	sua	eliminação.</p><p>●	 Regulação:	 O	 sistema	 cardiovascular	 atua	 no	 controle	 da	 temperatura</p><p>corporal	através	da	regulação	da	quantidade	de	sangue	direcionada	para	a	superfície</p><p>do	corpo.	Para	exemplificar	pensem	em	um	indivíduo	ao	realizar	atividade	física,	a</p><p>temperatura	corporal	aumenta,	o	sangue	é	desviado	para	os	vasos	cutâneos	(vasos</p><p>da	pele)	mais	superficiais,	o	indivíduo	fica	vermelho	(rubor),	a	maior	quantidade	de</p><p>sangue	na	superfície	corporal	gera	o	resfriamento	através	da	perda	de	calor	para</p><p>o	 ambiente.	 Em	 casos	 onde	 há	 diminuição	 da	 temperatura	 ambiente,	 o	 sangue</p><p>é	 desviado	 para	 vasos	 mais	 profundos,	 diminuindo	 a	 quantidade	 de	 sangue	 na</p><p>superfície	 e	 nas	 extremidades	 do	 corpo	 acarretando	 na	 diminuição	 da	 perda	 de</p><p>temperatura	para	o	ambiente,	mantendo	o	corpo	aquecido.</p><p>●	 Proteção:	A	proteção	ocorre	através	do	transporte	sanguíneo	das	células	de</p><p>defesa	chamadas	de	glóbulos	branco	(leucócitos),	que	atuam	combatendo	infecções.</p><p>Outro	mecanismo	de	proteção	acontece	através	da	coagulação	sanguínea	evitando	a</p><p>perda	de	sangue,	a	coagulação	é	o	processo	de	transformação	do	sangue	líquido	em</p><p>um	coágulo	sólido,	ajudando	a	interromper	o	processo	de	sangramento	(TORTORA;</p><p>DERRICKSON,	2016).</p><p>33</p><p>1.2 Composição do Sangue</p><p>O	sangue	corresponde	a	aproximadamente	8%	da	massa	corporal,	seu	volume	em</p><p>homens	adultos	é	de	5	a	6	litros	e	de	4	a	5	litros	nas	mulheres,	esta	diferença	de	volume</p><p>entre	homens	e	mulheres	é	decorrente	das	diferenças	de	tamanho	corporal.</p><p>O	sangue	é	composto	por	células	(elemento	figurado)	envoltas	por	matriz	extracelular</p><p>líquida	chamada	de	plasma	sanguíneo,	que	mantêm	as	células	suspensas	e	substâncias</p><p>dissolvidas	(hormônios),	este	sangue	recebe	o	nome	de	sangue	total.	Quando	uma	amostra</p><p>de	sangue	é	centrifugada	em	tubo	de	vidro	é	obtido	a	separação	das	células	que	por	serem</p><p>mais	 densas	 se	 depositam	no	 fundo	 do	 tubo	 enquanto	 o	 plasma	 (que	 é	menos	 denso)</p><p>fica	em	uma	camada	na	parte	superior	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	TORTORA;</p><p>DERRICKSON,	2016).</p><p>●	 Elementos	figurados	do	sangue:	Corresponde	a	cerca	de	45%	do	sangue	e</p><p>incluem	três	componentes	principais,	que	são	as	hemácias,	leucócitos	e	plaquetas.</p><p>1)	 As	 hemácias	 ou	 também	 chamadas	 de	 eritrócitos	 transportam	 oxigênio	 dos</p><p>pulmões	para	as	células	corporais	e	dióxido	de	carbono	das	células	do	corpo	para</p><p>os	pulmões;	2)	Os	leucócitos	são	células	do	sistema	de	defesa	e	atua	na	proteção</p><p>do	corpo	contra	patógenos	invasores	(ex.	vírus	e	bactérias);	3)	As	plaquetas,	o	último</p><p>tipo	de	elemento	figurado,	são	fragmentos	celulares	que	promovem	a	coagulação</p><p>do	 sangue	 nos	 casos	 de	 dano	 dos	 vasos	 sanguíneos	 impedindo	 o	 sangramento</p><p>excessivo	(Figura 1).</p><p>●	 Plasma sanguíneo:	É	a	matriz	extracelular	aquosa	de	cor	palha	que	contém</p><p>substâncias	dissolvidas	(soluto).	O	plasma	é	composto	por	91,5%	de	água	e	8,5%</p><p>de	solutos,	cuja	maioria	são	proteínas	que	por	serem	encontradas	no	plasma	são</p><p>chamadas	de	proteínas	plasmáticas	e	incluem:	as	albuminas,	globulinas	e	fibrinogênio.</p><p>Além	de	proteínas,	os	outros	solutos	no	plasma	são	eletrólitos,	nutrientes,	substâncias</p><p>reguladoras	como	enzimas	e	hormônios,	gases	e	resíduos	metabólicos,	como:	ureia,</p><p>ácido	úrico,	creatinina,	amônia	e	bilirrubina	(Figura 1).</p><p>FIGURA 1: MOSTRA A COMPOSIÇÃO DO PLASMA SANGUÍNEO E OS NÚMEROS DOS VÁRIOS</p><p>TIPOS DE ELEMENTOS FIGURADOS DO SANGUE</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>34</p><p>1.3 Coração</p><p>O	coração	é	um	órgão	muscular	oco,	um	pouco	maior	do	que	uma	mão	fechada	e</p><p>considerado	o	maior	órgão	do	mediastino	(região	 localizada	entre	os	dois	pulmões)	cuja</p><p>função	é	de	bombear	o	sangue	através	do	sistema	cardiovascular.	A	contração	cardíaca</p><p>é	chamada	de	sístole	e	o	relaxamento	do	coração	é	chamado	de	diástole.	O	coração	tem</p><p>forma	de	cone,	localiza-se	no	tórax	com	seu	ápice voltado	para	o	lado	esquerdo	do	corpo,</p><p>posterior	ao	osso	esterno	e	as	cartilagens	costais	e	apoiado	sobre	o	diafragma	(Figura 2)</p><p>(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).</p><p>1.3.1 Revestimento do coração</p><p>O	coração	é	revestido	por	uma	membrana	externa	que	protege	o	coração	e	mantém</p><p>sua	posição	no	mediastino,	embora	permita	a	realização	de	movimentação	de	contrações</p><p>rápidas	e	vigorosas	(Figura 2).	O	pericárdio	consiste	em	duas	partes	principais:	pericárdio</p><p>fibroso	e	pericárdio	seroso	(Figura 3).</p><p>FIGURA 2: MOSTRA A LOCALIZAÇÃO DO CORAÇÃO RECOBERTO PELO PERICÁRDIO</p><p>O	pericárdio	fibroso	é	superficial	e,	é	um	tecido	conjuntivo	irregular,	denso,	resistente</p><p>e	não	elástico,	assemelha-se	a	um	saco,	 repousa	sobre	o	diafragma	e	se	prende	a	ele.</p><p>Contudo,	o	pericárdio	seroso	é	uma	membrana	mais	fina	e	mais	delicada	que	forma	uma</p><p>dupla	 camada	 (parietal	 e	 visceral),	 envolvendo	 o	 coração.	A	 camada	 parietal	 é	 a	mais</p><p>externa,	do	pericárdio	seroso,	enquanto,	a	camada	visceral	é	mais	 interna	do	pericárdio</p><p>seroso,	 também	chamada	epicárdio,	adere	 fortemente	à	superfície	do	coração.	Entre	as</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>35</p><p>camadas	parietal	e	visceral	do	pericárdio	seroso	existe	um	espaço	chamado	de	cavidade</p><p>do	pericárdio,	esta	cavidade	é	preenchida	por	um	líquido	seroso	lubrificante,	denominado</p><p>líquido	pericárdico,	cuja	 função	é	reduzir	o	atrito	entre	as	camadas	do	pericárdio	seroso</p><p>conforme	o	coração	se	move	(Figura 3)	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>1.3.2 Camadas da parede do coração</p><p>A	parede	do	coração	é	formada	por	três	camadas	(Figura 3):	o	epicárdio	(camada</p><p>externa),	o	miocárdio	(camada	intermediária)	e	o	endocárdio	(camada	interna).</p><p>●		Epicárdio:	Camada	externa	do	coração	é	uma	delgada	lâmina	de	tecido	seroso.	O</p><p>epicárdio	é	contínuo,	a	partir	da	base	do	coração,	com	o	revestimento	interno	do	pericár-</p><p>dio,	denominado	camada	visceral	do	pericárdio	seroso.</p><p>●		Miocárdio:	É	a	camada	média	e	a	mais	espessa	do	coração,	composto	por	músculo</p><p>estriado	cardíaco	que	permite	a	contração	rápida	e	vigorosa	do	coração	impulsionando	o</p><p>sangue	que	saí	do	coração	em	direção	aos	vasos	sanguíneos.</p><p>●		Endocárdio: É	a	camada	interna	do	coração	uma	fina	camada	de	tecido	composto</p><p>por	epitélio	pavimentoso	simples	sobre	uma	camada	de	tecido	conjuntivo.	O	endocárdio</p><p>também	reveste	as	valvas	e	é	contínuo	com	o	revestimento	dos	vasos	sanguíneos	que</p><p>entram	e	saem	do	coração	(TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>FIGURA 3: A IMAGEM MOSTRA AS MEMBRANAS DE REVESTIMENTO DO CORAÇÃO</p><p>(PERICÁRDIO FIBROSO E SEROSO) E A COMPOSIÇÃO DA PAREDE DO CORAÇÃO. OBSERVE</p><p>DE ACORDO COM OS NÚMEROS NA IMAGEM: 1) PERICÁRDIO FIBROSO; 2) PERICÁRDIO</p><p>PARIETAL; 3) PERICÁRDIO VISCERAL (ENDOCÁRDIO); 4) MIOCÁRDIO E 5) ENDOCÁRDIO.</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>36</p><p>1.4 Morfologia externa do coração</p><p>O	coração	apresenta	quatro	faces:</p><p>1) Face Esternocostal (Anterior):	formada	pelo	ventrículo	direito;</p><p>2) Face Diafragmática (Inferior):	 formada	 principalmente	 pelo	 ventrículo</p><p>esquerdo	e	parcialmente	pelo	ventrículo	direito;</p><p>3) Face</p><p>pulmonar direita:	formada	pelo	átrio	direito	e;</p><p>4) Face Pulmonar Esquerda:	formada	principalmente	pelo	ventrículo	esquerdo,</p><p>ela	ocupa	a	impressão	cárdica	do	pulmão	esquerdo.</p><p>As	quatro	margens	do	coração	são:</p><p>Margem	 superior	 (base	 do	 coração):	 	 formada	 pelos	 átrios	 e	 aurículas	 direita	 e</p><p>esquerda,	 local	 onde	emergem	a	parte	ascendente	da	aorta,	 tronco	pulmonar	e	 recebe</p><p>as	 veias	 pulmonares	 direita	 e	 esquerda	 e	 as	 veias	 cavas	 superiores	 e	 inferiores	 nas</p><p>extremidades	superior	e	inferior	de	sua	porção	do	átrio	direito.</p><p>●	 Margem inferior (ápice):	 formada	 principalmente	 pelo	 ventrículo	 direito	 e</p><p>pequena	parte	pelo	ventrículo	esquerdo.</p><p>●	 Margem direita: formada	pelo	átrio	direito	e	ventrículo	direito.</p><p>●	 Margem esquerda: formada	pelo	ventrículo	esquerdo	e	pequena	parte	pela</p><p>aurícula	do	átrio	esquerdo	(MOORE;	DALLEY;	AGUR,	2014).</p><p>1.5 Morfologia interna do coração</p><p>O	 lado	 direito	 do	 coração	 (coração	 direito)	 recebe	 sangue	 pouco	 oxigenado</p><p>(venoso)	 através	 da	 veia	 cava	 superior	 e	 inferior	 e	 o	 bombeia	 através	 do	 tronco	 e	 das</p><p>artérias	 pulmonares	 para	 ser	 oxigenado	 nos	 pulmões.	 O	 lado	 esquerdo	 do	 coração</p><p>(coração	 esquerdo)	 recebe	 sangue	 oxigenado	 (arterial)	 vindo	 dos	 pulmões	 através	 das</p><p>veias	pulmonares	e	o	bombeia	para	a	aorta,	de	onde	é	distribuído	para	o	corpo	(MOORE;</p><p>DALLEY;	AGUR,	2014).</p><p>O	coração	possui	quatro	câmaras:	dois	átrios	e	dois	ventrículos.	Os	átrios	são	as</p><p>duas	câmaras	superiores	que	recebem	sangue	e	os	ventrículos	são	duas	câmaras	inferiores</p><p>que	bombeiam	o	sangue	para	fora	do	coração	(Figura 4).	Na	face	anterior	de	cada	átrio</p><p>existe	uma	estrutura	enrugada,	em	forma	de	saco,	chamada	aurícula	(semelhante	à	orelha</p><p>de	cão)	que	aumenta	a	capacidade	do	átrio	para	conter	maior	volume	de	sangue.</p><p>Na	 superfície	 do	 coração	 existem	 vários	 sulcos,	 que	 contêm	 vasos	 sanguíneos</p><p>coronarianos	e	uma	quantidade	variável	de	gordura,	cada	sulco marca	a	fronteira	externa</p><p>entre	duas	câmaras	do	coração.	O	sulco	coronário	circunda	a	maior	parte	do	coração	e</p><p>marca	a	fronteira	externa	entre	os	átrios	acima	e	os	ventrículos	abaixo.	Enquanto	o	sulco</p><p>interventricular	anterior	é	um	sulco	 raso	na	 face	esternocostal	do	coração,	que	marca	a</p><p>fronteira	externa	entre	os	ventrículos	direito	e	esquerdo.	Este	sulco	continua	em	torno	da</p><p>face	posterior	 do	 coração	 como	o	 sulco	 interventricular	 posterior,	 que	marca	a	 fronteira</p><p>externa	entre	os	ventrículos	na	face	posterior	do	coração	(Figura 4).	(MOORE;	DALLEY;</p><p>AGUR,	2014;	TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>37</p><p>FIGURA 4: PRIMEIRA IMAGEM OBSERVA AS QUATRO CÂMARAS. SEGUNDA IMAGEM</p><p>MOSTRA AS AURÍCULAS DOS ÁTRIOS DIREITO E ESQUERDO E OS SULCOS CORONÁRIO E</p><p>INTERVENTRICULAR.</p><p>1.1.1	 Átrio Direito (AD)</p><p>O	átrio	direito	recebe	sangue	venoso	de	duas	grandes	veias:	veia	cava</p><p>superior	e	veia	cava	inferior.	A	veia	cava	superior	recolhe	sangue	da	cabeça</p><p>e	 parte	 superior	 do	 corpo,	 enquanto,	 a	 veia	 cava	 inferior	 recebe	 sangue</p><p>do	 abdômen	 e	 membros	 inferiores.	 O	 sangue	 passa	 do	 átrio	 direito	 para</p><p>ventrículo	 direito	 através	 de	 uma	 válvula	 chamada	 tricúspide	 (formada	por</p><p>três	válvulas).	Entre	o	átrio	direito	e	o	átrio	esquerdo	existe	uma	parede	fina</p><p>chamado	septo	interatrial	que	possui	uma	depressão	oval	chamada	de	fossa</p><p>oval,	 que	 representa	 um	vestígio	 do	 forame	oval	 presente	 no	 feto.	O	átrio</p><p>direito	apresenta	uma	expansão	denominada	aurícula	direita,	que	serve	para</p><p>amortecer	o	impulso	do	sangue	ao	penetrar	no	átrio	(Figura 5)	(TORTORA;</p><p>DERRICKSON,	2016).</p><p>1.1.2	 Ventrículo Direito (VD)</p><p>O	 ventrículo	 direito	 forma	 a	 maior	 parte	 da	 superfície	 anterior	 do</p><p>coração.	Recebe	o	sangue	do	átrio	direito	e	o	bombeia	para	a	artéria	tronco</p><p>pulmonar	que	direciona	o	sangue	para	a	circulação	pulmonar.	A	parede	interna</p><p>do	VD	apresenta	uma	série	de	feixes	elevados	de	fibras	musculares	cardíacas</p><p>chamadas	trabéculas	cárneas.	No	óstio	atrioventricular	direito	existe	a	presença</p><p>de	uma	válvula	atrioventricular	(tricúspide)	que	impede	o	sangue	de	retornar</p><p>do	ventrículo	para	o	átrio	direito.	A	valva	é	presa	por	filamentos	denominados</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>38UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>cordas	tendíneas,	que	se	inserem	em	pequenas	colunas	cárneas	chamadas</p><p>de	músculos	papilares.	A	válvula	do	tronco	pulmonar	também	é	constituída	por</p><p>pequenas	lâminas,	dispostas	em	concha,	denominadas	válvulas	semilunares</p><p>(Figura 5)	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014).</p><p>1.1.3	 Átrio Esquerdo (AE)</p><p>O	átrio	esquerdo	é	uma	cavidade	com	paredes	finas	e	lisas	que	recebe</p><p>o	sangue	já	oxigenado	através	de	quatro	veias	pulmonares.	O	sangue	passa</p><p>do	 átrio	 esquerdo	 para	 o	 ventrículo	 esquerdo,	 através	 da	 valva	 bicúspide</p><p>(mitral),	que	tem	apenas	duas	cúspides.	O	átrio	esquerdo	também	apresenta</p><p>uma	expansão	chamada	aurícula	esquerda	revestida	por	músculos	pectíneos</p><p>(Figura 5)	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014).</p><p>1.1.4	 Ventrículo Esquerdo (VE)</p><p>O	 ventrículo	 esquerdo	 forma	 o	 ápice	 do	 coração.	 O	 VE	 bombeia	 o</p><p>sangue	 em	 direção	 a	 artéria	Aorta	 que	 possui	 válvula	 semilunares	 (valva</p><p>aórtica)	o	impulsionando	a	percorrer	a	circulação	sistêmica.	As	características</p><p>são	 semelhantes	 ao	 VE,	 contém	 trabéculas	 cárneas,	 músculos	 papilares,</p><p>cordas	 tendíneas	 e	 uma	 válvula	 atrioventricular	 formada	 apenas	 por	 duas</p><p>lâminas	denominadas	cúspides	(mitral)	localizada	na	abertura	atrioventricular</p><p>esquerda.	 Contudo,	 parte	 do	 sangue	 flui	 para	 as	 artérias	 coronárias,	 que</p><p>se	 ramificam	a	 partir	 da	 aorta	 ascendente,	 levando	 sangue	para	 a	 parede</p><p>cardíaca	 irrigando	o	músculo	cardíaco;	o	 restante	do	sangue	passa	para	o</p><p>arco	da	aorta	e	para	a	aorta	descendente	(aorta	torácica	e	aorta	abdominal).</p><p>Ramos	arteriais	do	arco	da	aorta	e	da	aorta	descendente	levam	sangue	para</p><p>todo	o	corpo	(Figura 5)	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014).</p><p>39UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>FIGURA 5: CORTE FRONTAL DO CORAÇÃO MOSTRANDO A MORFOLOGIA INTERNA DO</p><p>CORAÇÃO</p><p>Fonte:	MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014,	p.	592.</p><p>1.6 Circulação pulmonar e sistêmica</p><p>O	 coração	 é	 uma	 bomba	 muscular	 que	 impulsiona	 o	 sangue	 a</p><p>percorrer	os	vasos	sanguíneos.	Todavia,	existe	uma	diferença	entre	o	sangue</p><p>que	 percorre	 as	 artérias,	 chamado	 de	 sangue	 arterial	 do	 sangue	 venoso</p><p>(sangue	que	percorre	as	veias)	a	diferença	consiste	no	teor	de	oxigênio	no</p><p>sangue.	O	sangue	venoso	é	um	sangue	pobre	em	oxigênio	que	precisa	ser</p><p>oxigenado	para	fornecer	aos	tecidos	este	elemento	gasoso	que	é	vital	para	a</p><p>sobrevivência	dos	tecidos	e	para	compreensão	desse	processo	é	necessário</p><p>entender	 que	 a	 circulação	 sanguínea	 ocorre	 a	 nível	 pulmonar	 e	 sistêmico</p><p>(Figura 6)	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	MOORE;	DALLEY;	AGUR,</p><p>2014).</p><p>●	 Circulação Pulmonar:	Circulação	Pulmonar:	O	átrio	direito	é	a	câmara	que	recebe</p><p>o	sangue	com	baixo	 teor	de	oxigênio	proveniente	dos	 tecidos	que	chega	ao	átrio</p><p>direito	através	da	veia	cava	superior	e	 inferior.	Depois,	o	sangue	se	desloca	para</p><p>o	ventrículo	direito	do	coração,	sendo	bombeado	para	os	pulmões	onde	irá	captar</p><p>oxigênio	(O2)	e	dispersar	o	dióxido	de	carbono	(CO2).	(Figura 6)</p><p>●	 Circulação Sistêmica:	 O	 sangue	 oxigenado	 retorna	 dos	 pulmões	 para	 o	 átrio</p><p>esquerdo,	posteriormente	ocupa	o	ventrículo	esquerdo	que	bombeia	o	sangue	em</p><p>direção	a	artéria	aorta	por	todo	o	corpo	a	fim	de	fornecer	oxigênio	e	nutrientes	para</p><p>os	tecidos	do	corpo.	(Figura 6)</p><p>40</p><p>FIGURA 6: CIRCULAÇÃO PULMONAR E SISTÊMICA. O LADO DIREITO DO CORAÇÃO</p><p>BOMBEIA O SANGUE POBRE EM O2 E COM ALTO TEOR DE CO2 PARA OS PULMÕES ONDE</p><p>O SANGUE RECEBE O2 E DEIXA O CO2 PARA SER DISPENSADO, CARACTERIZANDO A</p><p>CIRCULAÇÃO PULMONAR. O LADO ESQUERDO DO CORAÇÃO RECEBE O SANGUE VINDO</p><p>DOS PULMÕES E O BOMBEIA PARA TODOS OS TECIDOS DO CORPO VIA CIRCULAÇÃO</p><p>SISTÊMICA</p><p>Fonte:	MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,</p><p>2014,	p.	586.</p><p>1.7 Vasos sanguíneos</p><p>Os	vasos	 sanguíneos	 formam	uma	 rede	de	 tubos	por	 onde	o	 sangue	 circula	 em</p><p>direção	aos	tecidos	do	corpo	e	de	volta	ao	coração	e	são	divididos	em:	artérias,	veias	e</p><p>capilares.</p><p>As	artérias	são	os	vasos	sanguíneos	que	partem	do	coração	e	vão	se	ramificando</p><p>em	menor	calibre,	até	atingirem	os	capilares	que	 irrigam	os	 tecidos	do	corpo.	Enquanto</p><p>que,	as	veias	são	os	vasos	sanguíneos	que	chegam	ao	coração	 trazendo	o	sangue	da</p><p>periferia	do	corpo	para	o	coração.	Já	os	capilares	sanguíneos	são	vasos	de	menor	calibre</p><p>(muito	finos)	responsáveis	por	chegar	efetivamente	até	as	células	do	corpo	para	realizar	as</p><p>trocas	de	gases,	nutrientes	e	resíduos.	Esta	passagem	de	sangue	através	do	coração	e	dos</p><p>vasos	sanguíneos	é	chamada	de	circulação	sanguínea.</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>41</p><p>SISTEMA</p><p>LINFÁTICO2</p><p>TÓPICO</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>2.1 Introdução ao sistema linfático</p><p>O	sistema	linfático	é	composto	por	uma	rede	de	vasos	linfáticos	que	transportam	um</p><p>líquido	chamado	linfa,	e	diversas	estruturas	e	órgãos	linfáticos	(baço,	linfonodos	e	timo).	O</p><p>sistema	linfático	apresenta	três	funções	principais:</p><p>●	 Drenagem do excesso de líquido intersticial:	 O	 líquido	 intersticial	 é	 o	 líquido</p><p>que	banha	as	células	do	corpo,	esta	 função	é	 responsável	pela	conexão	entre	o</p><p>sistema	linfático	e	o	sistema	circulatório	cardiovascular.	O	sistema	linfático	devolve</p><p>o	excesso	de	 líquido	para	o	sistema	vascular	sanguíneo	através	da	drenagem	do</p><p>líquido	 intersticial	 realizado	 pelos	 vasos	 linfáticos	 e	 o	 transporta	 para	 a	 corrente</p><p>sanguínea,	devolvendo	ao	sangue.</p><p>●	 Desempenhar respostas imunes:	O	sistema	 imune	protege	o	organismo	contra</p><p>agentes	 causadores	 de	 doenças	 atuando	 no	 combate	 às	 infecções,	 conferindo</p><p>imunidade	às	doenças.</p><p>●	 Transportar lipídios oriundos da dieta:	Os	vasos	linfáticos	transportam	lipídios	e</p><p>vitaminas	lipossolúveis	(A,	D,	E	e	K)	absorvidas	pelo	sistema	digestório	(TORTORA;</p><p>DERRICKSON,	2016).</p><p>2.2 Vasos linfáticos</p><p>Os	vasos	linfáticos	coletam	o	excesso	de	líquido	intersticial,	em	volta	dos	capilares</p><p>sanguíneos	 e	 o	 devolve	 para	 a	 corrente	 sanguínea.	A	 partir	 do	momento	 que	 o	 líquido</p><p>intersticial	é	coletado	e	adentra	os	vasos	linfáticos,	ele	passa	a	ser	chamado	de	linfa	e	flui</p><p>pelos	linfonodos.</p><p>42</p><p>Os	vasos	linfáticos	são	encontrados	no	tecido	subcutâneo,	acompanhando	as	veias,</p><p>no	entanto,	os	vasos	linfáticos	das	vísceras	geralmente	acompanham	as	artérias.	Os	vasos</p><p>linfáticos	 iniciam-se	 com	os	 capilares	 linfáticos	que	 são	 vasos	menores	 localizados	nos</p><p>espaços	entre	as	células	recebendo	a	linfa	e	se	unem	para	formar	vasos	linfáticos	maiores.</p><p>Contudo,	a	 linfa	é	drenada	dos	vasos	 linfáticos	para	os	 troncos	 linfáticos,	que	se	unem</p><p>formando	os	ductos	 linfáticos	que	direciona	a	 linfa	para	o	coração	 (Figura 7)	 (MARIEB;</p><p>WILHELM;	MALLATT,	2014;	TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>FIGURA 7: REDE DE VASOS LINFÁTICOS.</p><p>2.2.1 Capilares Linfáticos</p><p>Os	capilares	 linfáticos	situam-se	próximos	aos	capilares	sanguíneos,	e	são	vasos</p><p>altamente	 permeáveis,	 esta	 característica	 favorece	 sua	 função	 de	 ser	 responsável	 por</p><p>coletar	o	excesso	de	líquido	intersticial,	a	partir	do	momento	que	o	líquido	intersticial	drenado</p><p>entra	nos	capilares	linfáticos,	ele	recebe	o	nome	de	linfa.	Devido	à	alta	permeabilidade	dos</p><p>capilares	eles	conseguem	absorver	moléculas	grandes	como	proteínas	e	lipídios.	Existem</p><p>capilares	linfáticos	localizados	nas	vilosidades	intestinais	que	possuem	a	função	exclusiva</p><p>de	absorver	a	gordura	digerida	pelo	intestino,	consequentemente,	a	linfa	drenada	se	torna</p><p>leitosa.	Essa	 linfa	gordurosa,	por	sua	vez,	recebe	o	nome	de	quilo e,	como	toda	 linfa,	é</p><p>transportada	para	a	corrente	sanguínea	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014).</p><p>2.2.2 Troncos Linfáticos</p><p>A	 linfa	 é	 transportada	 dos	 capilares	 linfáticos	 para	 os	 vasos	 linfáticos	 que	 chegam	aos</p><p>linfonodos.	Ao	 sair	 dos	 linfonodos	 os	 vasos	 linfáticos	 unem	 formando	 troncos	 linfáticos</p><p>responsáveis	por	drenar	a	linfa	de	uma	região	específica	do	corpo.</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>43</p><p>Os	principais	troncos	linfáticos	são:</p><p>●	 Troncos lombares:	drenam	a	linfa	dos	membros	inferiores,	pelve,	rins,	glândulas</p><p>suprarrenais	e	da	parede	abdominal.</p><p>●	 Tronco intestinal:	drena	a	linfa	do	estômago,	intestinos,	pâncreas,	baço	e	parte	do</p><p>fígado.</p><p>●	 Troncos broncomediastinais:	drenam	a	linfa	da	parede	torácica,	pulmão	e	coração.</p><p>●	 Troncos subclávios:	drenam	os	membros	superiores.</p><p>●	 Troncos jugulares:	drenam	a	cabeça	e	o	pescoço.</p><p>2.2.3 Ductos Linfáticos</p><p>A	linfa	é	drenada	dos	troncos	linfáticos	para	dois	vasos	linfáticos	maiores,	chamados</p><p>ducto	torácico	e	ducto	linfático	direito,	que	drenam	a	linfa	para	o	sangue	venoso.</p><p>O	ducto	torácico	começa	com	uma	dilatação	chamada	cisterna	do	quilo	que	recebe</p><p>a	 linfa	dos	 troncos	 lombar	direito,	esquerdo	e	do	 tronco	 intestinal.	No	pescoço,	o	ducto</p><p>torácico	 também	 recebe	 a	 linfa	 dos	 troncos	 jugular	 esquerdo,	 subclávio	 esquerdo	 e</p><p>broncomediastinal	esquerdo.	Desta	maneira,	o	ducto	 torácico	é	responsável	por	 receber</p><p>a	linfa	do	lado	esquerdo	da	cabeça,	do	pescoço,	do	tórax,	do	membro	superior	esquerdo</p><p>e	de	todo	o	corpo	abaixo	das	costelas,	e	proporciona	a	drenagem	da	linfa	para	o	sangue.</p><p>Todavia,	o	ducto linfático	direito recebe	a	linfa	do	lado	superior	direito	do	corpo	através	dos</p><p>troncos	jugular	direito,	subclávio	direito	e	broncomediastinal	direito,	drenando	a	linfa	para</p><p>o	sangue	venoso	desembocando	nas	veias	do	pescoço	jugular	interna	direita	e	subclávia</p><p>direita	(Figura 8)	(MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014;	TORTORA;	DERRICKSON,	2016).</p><p>FIGURA 8: MOSTRA A DISTRIBUIÇÃO DOS VASOS LINFÁTICOS. ÁREA VERDE DO CORPO</p><p>É DRENADA PELO DUCTO LINFÁTICO DIREITO, ÁREA ROSA DO CORPO É DRENADA PELO</p><p>DUCTO TORÁCICO</p><p>Fonte:	MARIEB;	WILHELM;	MALLATT,	2014,	p.	655.</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>44</p><p>2.3 Tecido e Órgãos Linfáticos</p><p>Classificamos	em	dois	grupos	de	acordo	com	suas	funções	em:	os	órgãos	linfáticos</p><p>primários	e	secundários.	Os	órgãos	linfáticos	primários	são	a	medula	óssea	(dá	origem	a</p><p>linfócitos	B	maduros	e	a	células	T)	e	o	timo.	Já	os	órgãos	e	tecidos	linfáticos	secundários,</p><p>são	os	locais	em	que	ocorre	a	maior	parte	das	respostas	imunes	e	incluem:	os	linfonodos,</p><p>o	baço	e	os	nódulos	linfáticos	(folículos).	A	seguir	abordaremos	os	conceitos	gerais	sobre</p><p>os	principais	órgãos	linfáticos.</p><p>2.3.1 Timo</p><p>O	timo	é	um	órgão	linfático	primário,	bilobado	(possui	dois	lobos)	e	localiza-se	entre	o</p><p>esterno	e	a	aorta	(região	do	mediastino),	envolto	por	tecido	conjuntivo	que	mantém	os	dois</p><p>lobos	unidos	(Figura 9).	Cada	lobo	do	timo	é	formado	por	um	córtex	externo	de	coloração</p><p>escura	e	uma	medula	central	de	coloração	mais	clara.	Na	região	do	córtex	contém	uma</p><p>grande	quantidade	de	 linfócitos	T	 que	migram	da	medula	 óssea	para	 o	 córtex	 do	 timo,</p><p>onde	 se	 proliferam	e	 começam	a	maturar.	Posteriormente,	 os	 linfócitos	T	 que	 saem	do</p><p>timo	pelo	sangue	para	colonizar	os	linfonodos,	baço	e	outros	tecidos	linfáticos	(TORTORA;</p><p>DERRICKSON,	2016).</p><p>FIGURA 9: ILUSTRAÇÃO DA LOCALIZAÇÃO DO TIMO (ENTRE OS PULMÕES – MEDIASTINO).</p><p>2.3.2 Linfonodos</p><p>Os	 linfonodos	 possuem	 forma	 de	 feijão	 e	 estão	 espalhados	 pelo	 corpo	 ao	 longo</p><p>dos	vasos	linfáticos	e	são	responsáveis	por	remover	os	patógenos	da	linfa.	Os	linfonodos</p><p>medem	aproximadamente	de	1	a	25	mm	de	comprimento,	são	cobertos	por	uma	cápsula</p><p>de	 tecido	 conjuntivo	 denso	 e	 se	 dividem	 em	 dois	 compartimentos.	 Os	 linfonodos	 são</p><p>encontrados	em	agrupamentos,	em	locais	superficiais	ou	mais	profundos;	os	superficiais</p><p>UNIDADE 2 SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO</p><p>45</p><p>estão	na	região	cervical,	axilar	e	inguinal;	enquanto	os	linfonodos	profundos	encontram-se</p><p>no	tórax,	abdome	e	pelve.</p><p>No	 interior	dos	 linfonodos	é	observado	uma	 rede	de	vasos</p>

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