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<p>1</p><p>BRINCO, que tem por definição “jóia que se usa presa ao lobo da orelha ou</p><p>pendente dela”.</p><p>do lat. Vinculum (1. laço, liame) - aquilo que liga ou prende uma coisa a</p><p>outra)</p><p>Vinculum → *vinclu → *vincro → *vrinco → Brinco</p><p>Análise Fonética/Fonológica</p><p>Vincŭlŭm, que deu origem à palavra brinco, passou, deduz-se, por seis processos</p><p>de alteração fonética (metaplasmos): síncope, apócope, rotacismo, metátese,</p><p>alteração do sistema vocálico latino e betacismo:</p><p>Vincŭlŭm⇒ Vinclŭm: Vinculum transicionou para outro termo através da</p><p>supressão do seu segmento em posição medial “ŭ” (que denota um “u curto” no</p><p>latim), caracterizando uma síncope.</p><p>Vinclŭm⇒ Vinclŭ: Vinclŭm transicionou para Vinclŭ através da supressão do seu</p><p>segmento em posição final “m”, caracterizando uma apócope.</p><p>Vinclŭ⇒ Vincrŭ: Vinclŭ tornou-se Vincrŭ através de uma mutação da consoante</p><p>alveolar sonora /l/ em uma consoante da classe rótica /r/, transformando o grupo</p><p>consonantal -cl em -cr, caracterizando um rotacismo.</p><p>Vincrŭ⇒ Vrinco: Vincru transicionou para Vrinco através da tendência portuguesa</p><p>de exercer uma metátese do “r” medial agrupando-se com a consoante inicial. Não</p><p>só isso, mas com a perda da quantidade vocálica do latim (distinção entre sílabas</p><p>longas e sílabas curtas), e a ascensão da qualidade vocálica (distinção entre as</p><p>vogais abertas e vogais fechadas), o “ŭ” tornou-se /o/, resultando em Vrinco.</p><p>Vincrŭ⇒ Brinco: Vrinco transicionou para Brinco através do fenômeno linguístico</p><p>betacismo, em que, a grosso modo, os sons de /b/, /β/ e /v/ substituem uns aos</p><p>outros.</p><p>2</p><p>BRINCO, que tem por definição “jóia que se usa presa ao lobo da orelha ou</p><p>pendente dela”.</p><p>do lat. Vinculum (1. laço, liame) - “aquilo que liga ou prende uma coisa a</p><p>outra”.</p><p>Análise fonética/fonológica da palavra “brinco”</p><p>Vincŭlŭm, que deu origem à palavra brinco, passou, deduz-se, por seis processos</p><p>de alteração fonética (metaplasmos), em que o fonema em posição medial “ŭ” foi</p><p>suprimido num processo de síncope, resultando no termo “vinclŭm”, que,</p><p>posteriormente, sofreu as alterações por apócope, rotacismo, metátese, alteração</p><p>do sistema vocálico latino e betacismo, em que, respectivamente, o segmento em</p><p>posição final “m” foi suprimido (vinclŭm, vinclŭ); a palavra teve a sua consoante</p><p>alveolar sonora /l/ transformada em uma consoante da classe rótica /r/, fazendo com</p><p>que o grupo consonantal -cl se tornasse -cr (vinclŭ, vincrŭ); vincru tornou-se vrinco</p><p>pela tendência portuguesa de agrupar o “r” medial com a consoante inicial e,</p><p>também, pela perda da quantidade vocálica do latim (a distinção entre sílabas</p><p>longas e sílabas curtas), e ascensão da qualidade vocálica (distinção entre as</p><p>vogais abertas e vogais fechadas), tornando a vogal tônica breve “ŭ” em /o/ (vrincŭ,</p><p>vrinco); e o fonema “v” passou a ser pronunciado como “b” (vrinco, brinco).</p>

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