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<p>ULTRASSOM NA FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA</p><p>Professor Pedro Oliveira</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O ultrassom (US) de baixa intensidade tem sido discutido ultimamente em relação à relevância do seu uso nas lesões musculoesqueléticas. A efetividade do US está relacionada a diversos fatores, entre eles:</p><p>calibração dos equipamentos;</p><p>dosimetria;</p><p>técnica de aplicação;</p><p>qualidade dos estudos clínicos da literatura;</p><p>compreensão dos fisioterapeutas quanto às conclusões dos estudos;</p><p>falta de aprofundamento sobre o US e suas indicações.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Algumas lesões têm mostrado divergências quanto ao uso do US, como fraturas com atraso de consolidação, tendinopatias, dor lombar crônica (DLC) e dor cervical (DC). Além disso, alguns aspectos dosimétricos podem interferir diretamente nos resultados, assim, serão mostrados alguns métodos de dosimetria que a literatura vem discutindo e avaliando sua efetividade.</p><p>LEMBRAR</p><p>O US pode ser um recurso importante para o fisioterapeuta se utilizado com a indicação correta e de forma eletiva no tratamento das lesões musculoesqueléticas.</p><p>TERAPIA POR ULTRASSOM</p><p>O US de baixa intensidade, a terapia por US ou apenas US é um dos agentes eletrofísicos mais utilizados no tratamento de lesões musculoesqueléticas no ambiente clínico da fisioterapia.</p><p>Por ser um recurso complexo — devido à diversidade de parâmetros, indicações, contraindicações, técnicas de aplicação e calibração dos equipamentos —, a translação dos estudos experimentais (em animais) para os estudos clínicos (ensaios clínicos controlados randomizados) vem sendo realizada com qualidade insatisfatória e em pouco número.</p><p>TERAPIA POR ULTRASSOM</p><p>A primeira tomada de decisão do fisioterapeuta que utiliza o US no dia a dia é certificar-se da calibração do equipamento.</p><p>potência acústica;</p><p>área efetiva de radiação (ERA, do inglês, effective radiating area);</p><p>taxa de não uniformidade do feixe (BNR, do inglês, beam non-uniformity ratio);</p><p>intensidade máxima efetiva;</p><p>frequência acústica de operação;</p><p>fatores de modulação;</p><p>formas de onda no modo pulsado.</p><p>TERAPIA POR ULTRASSOM</p><p>Pode-se notar que um dos fatores complicadores do US é a dosimetria, tanto para pesquisa como para uso clínico. Quando se fala em dose, não se pode considerar somente a intensidade (W/cm2), que é exaustivamente comentada e aprendida nas aulas de graduação. É preciso olhar além do W/cm2 e observar que fazem parte da dosimetria:</p><p>tempo de aplicação;</p><p>frequência do transdutor;</p><p>potência acústica;</p><p>técnica de aplicação;</p><p>modo de utilização (contínuo ou pulsado);</p><p>demais detalhes no momento da utilização.</p><p>TERAPIA POR ULTRASSOM</p><p>O processo de evolução, tanto tecnológico como científico, leva o profissional de fisioterapia a refletir sobre o uso do US. A liberdade em experimentar novas técnicas e dosimetria, de forma segura, depende do conhecimento do fisioterapeuta e o domínio sobre o US. Seria importante que os fisioterapeutas olhassem com mais enfoque o estado fisiopatológico da lesão6 antes de selecionar os parâmetros para determinar se realmente há indicação do uso e se desejam:</p><p>efeito térmico ou não térmico;</p><p>intensidades elevadas ou baixas;</p><p>tempo prolongado;</p><p>energia total;</p><p>técnicas estacionárias.</p><p>ULTRASSOM NA FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA</p><p>Em 1955, o Council on Physical Medicine and Rehabilitation of the American Medical Association recomendou o US como técnica terapêutica adjunta para o tratamento de dor, lesões de tecidos moles e disfunções articulares, como osteoartrite, periartrite, bursite, tenossinovite e outras síndromes musculoesqueléticas. Após esse período, outras aplicações vêm surgindo, como:</p><p>aceleração na cicatrização de feridas;</p><p>fonoforese com uso de substâncias;</p><p>lesões esportivas.</p><p>ULTRASSOM NA FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA</p><p>Como mencionado, as indicações para o uso do US foram se modificando de acordo com a possibilidade do uso no modo pulsado, tornando a ideia inicial de utilização em fases agudas, para não gerar aquecimento, em tratamento diário mesmo em fases mais crônicas. Com isso, os estudos experimentais e in vitro, com a forma pulsada, começaram a mostrar efeitos em relação ao movimento unidirecional de moléculas dos tecidos na interface da membrana celular, como:</p><p>aumento da taxa de difusão celular;</p><p>permeabilidade celular;</p><p>condução nervosa;</p><p>aceleração da síntese de colágeno.</p><p>ULTRASSOM NA CONSOLIDAÇÃO DE FRATURAS</p><p>Uma das indicações que nos últimos anos vem ganhando destaque na literatura e cada vez mais utilizada em ambiente clínico é a utilização do US em fraturas, também conhecido como US pulsado de baixa intensidade;</p><p>Somente em 2017, três revisões sistemáticas e metanálise foram publicadas com o objetivo de avaliar o uso do US em fraturas recentes, na não união de fraturas e em atrasos de consolidação, além de comparar com a fotobiomodulação (FBM).</p><p>ULTRASSOM NA CONSOLIDAÇÃO DE FRATURAS</p><p>A indicação do Lipus ( US pulsado de baixa intensidade ou low-intensity pulsed ultrasound) como um recurso efetivo e seguro que pode auxiliar a melhora do reparo do tecido ósseo iniciou-se nas fraturas com atrasos de consolidação e com prognóstico ruim.</p><p>Nos casos de fraturas recentes e com bom prognóstico, o Lipus vem mostrando bons resultados, como visto na metanálise realizada por Lou e colaboradores,13 que avaliaram um total de 12 ensaios clínicos (ao término de todos os filtros) de alta e moderada qualidade, com um total de 1.099 pacientes, mostrando que o tempo de consolidação diminuiu consideravelmente sem alterar a taxa de atraso de consolidação ou não união óssea.</p><p>DOR CERVICAL, LOMBAR E PONTOS-GATILHOS</p><p>Em uma revisão sistemática realizada por Noori e colaboradores,2 fica claro que o US está cada vez mais descrito como parte do tratamento das lesões musculoesqueléticas, principalmente para DC e DLC, não sendo considerado um recurso imprescindível para o tratamento.</p><p>LEMBRAR</p><p>O US não está definido como a primeira linha de tratamento para DLC e DC, pois é indicado junto a outros tratamentos, como fisioterapia ou atividade física.</p><p>TENDINOPATIAS</p><p>Outra lesão amplamente tratada clinicamente com US é a tendinopatia, seja do tendão do calcâneo, patelar ou do tendão do supraespinal.</p><p>Como visto em outras lesões, as diferenças entre os resultados dos estudos experimentais em animais para os estudos clínicos continuam em direções opostas.</p><p>Os parâmetros utilizados nos estudos são diversos e conseguem mostrar alguns efeitos relacionados ao US na forma pulsada.</p><p>TENDINOPATIAS</p><p>As tendinopatias do ombro, manguito rotador ou síndrome do impacto também têm sido estudadas com o uso do US, associado a exercícios e como correntes elétricas e FBM.</p><p>Gürsel e colaboradores21 estudaram a adição do US em protocolo de exercícios para lesões de tecidos moles em ombro comparando ao US simulado (placebo)</p><p>TENDINOPATIAS</p><p>Uma questão relevante é o fato de que o US não é considerado um recurso analgésico de primeira ação, principalmente quando se utiliza o modo pulsado. No estudo de Otadi e colaboradores,22 foi possível observar que o incremento da FBM, considerado um recurso analgésico, trouxe melhor benefício. Mesmo que o grupo de US mais exercícios (US+E) tenha mostrado melhora da dor, não se pode considerar que o US foi responsável por isso, pois não há, nesse estudo, um grupo de exercícios de forma isolada.</p><p>Flowchart da dosimetria relacionada ao estado da lesão (aguda, subaguda e crônica).</p><p>Fonte: Adaptada de Watson (2002)</p><p>Adaptada de Watson (2002).</p><p>SABE QUAL É O CONTRÁRIO DE SER PERFEITO ?</p><p>SER HUMANO!</p><p>OBRIGADO!</p><p>image1.png</p><p>image2.svg</p><p>.MsftOfcThm_Accent1_Fill_v2 {</p><p>fill:#F81B02;</p><p>}</p><p>.MsftOfcThm_Accent1_Stroke_v2 {</p><p>stroke:#F81B02;</p><p>}</p><p>image3.png</p><p>image4.svg</p><p>.MsftOfcThm_Accent1_Fill_v2 {</p><p>fill:#F81B02;</p><p>}</p><p>.MsftOfcThm_Accent1_Stroke_v2 {</p><p>stroke:#F81B02;</p><p>}</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image7.jpeg</p>

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