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<p>Resumo p3 Constitucional II</p><p>Organização do Estado</p><p>FEDERAÇÃO – União indissolúvel entre os entes, entes autônomos, tem como</p><p>fundamento a Constituição</p><p>Parte do pressuposto que o poder político é descentralizado</p><p>Forma de Estado: descentralização política</p><p>Classificações:</p><p>❖ Quanto à origem: por desagregação (formação centrífuga: direcionado para fora)</p><p>Um Estado que antes era unitário se descentraliza politicamente – diferente dos EUA</p><p>(centrípeta)</p><p>❖ Quanto à concentração de poder: centrípeta</p><p>o poder está concentrado no centro; portanto, o governo central detém a maior parte</p><p>do poder - maior concentração de poder na União, em detrimento dos Estados.</p><p>❖ Quanto ao equacionamento das desigualdades: assimétrica</p><p>o reconhecimento de que existem disparidades socioeconômicas entre os entes</p><p>federativos</p><p>❖ Quanto à repartição de competência: cooperativa (neoclássica)</p><p>os entes federados exercem suas competências em conjunto com os outros</p><p>CF, Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil</p><p>compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos,</p><p>nos termos desta Constituição.</p><p>Entes federativos/políticos (União, Estado, DF, municípios – pessoas jurídicas de direito</p><p>público interno): pessoas que possuem poder político e compõem a federação brasileira</p><p>OBS.: 1 Não existe hierarquia entre os entes federativos (relação de autonomia,</p><p>diferentes campos de atuação)</p><p>3 Nenhum ente federativo específico tem soberania, apenas os quatro como um todo</p><p>(República Federativa do Brasil)</p><p>4 União representa soberania nas relações internacionais</p><p>Proibição de secessão/indissolubilidade do pacto federativo: ente federativo não pode</p><p>se separar dos demais, como: intervenção federal</p><p>Atributos dos entes federativos:</p><p>• Auto-organização: entes criam suas próprias constituições Ex: Constituições</p><p>Estaduais</p><p>• Auto legislação: entes criam suas leis, ainda que haja normas gerais nacionais</p><p>sobre o processo</p><p>• Autoadministração: os entes têm capacidade de autoadministração</p><p>• Autogoverno: entes escolhem ser governantes</p><p>• Indissolubilidade (princípio) – pacto federativo</p><p>• Competências administrativas e legislativas</p><p>• Mecanismo de intervenção: maneira de coibir situações extremas, ex.: secessão</p><p>• Nacionalidade única: não altera de Estado para Estado</p><p>• Tribunal Federativo: STF</p><p>• Vedações federativas: CF, Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito</p><p>Federal e aos Municípios:</p><p>I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o</p><p>funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de</p><p>dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse</p><p>público;</p><p>II - recusar fé aos documentos públicos;</p><p>III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.</p><p>DF é diferente de Brasília – CF, § 1º Brasília é a Capital Federal.</p><p>CRIAÇÃO DE NOVOS ESTADOS: § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si,</p><p>subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados</p><p>ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada,</p><p>através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.</p><p>Etapas:</p><p>1. Plebiscito: consulta da população interessada – caráter terminativo</p><p>Quem convoca: Congresso Nacional</p><p>2. Oitiva das Assembleias Legislativas envolvidas: consulta às assembleias - caráter</p><p>opinativo</p><p>3. Aprovação de Lei complementar: Congresso Nacional que efetivamente decide</p><p>Como: por Lei Complementar</p><p>Formas:</p><p>1. Fusão ou incorporação entre si: união entre Estados (não resta nada)</p><p>2. Cisão ou subdivisão: único Estado se divide (não resta nada)</p><p>3. Desmembramento:</p><p>- Anexação: junção (manutenção da identidade originária)</p><p>- Formação: criação (manutenção da identidade originária)</p><p>CRIAÇÃO DE NOVOS MUNICÍPIOS: § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o</p><p>desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período</p><p>determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante</p><p>plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de</p><p>Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.</p><p>Etapas:</p><p>1. Divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal: verificar as condições</p><p>2. Plebiscito: consulta da população interessada – população sendo o Município +</p><p>Estado (após estudos; caráter terminativo)</p><p>3. Aprovação de Lei Estadual: Congresso Nacional que efetivamente decide</p><p>Como: dentro do período determinado por Lei Complementar</p><p>Formas:</p><p>1. Fusão ou incorporação entre si: união entre Município (não resta nada)</p><p>2. Cisão ou subdivisão: único Município se divide (não resta nada)</p><p>3. Desmembramento:</p><p>- Anexação: junção (manutenção da identidade originária)</p><p>- Formação: criação (manutenção da identidade originária)</p><p>CRIAÇÃO DE NOVOS DISTRITOS: lei municipal observada a legislação estadual</p><p>VEDAÇÕES: Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos</p><p>Municípios:</p><p>I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o</p><p>funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou</p><p>aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;</p><p>II - recusar fé aos documentos públicos;</p><p>III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.</p><p>BENS DA UNIÃO: Art. 20. São bens da União:</p><p>I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;</p><p>(atuais propriedades e futuras)</p><p>II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e</p><p>construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental,</p><p>definidas em lei;</p><p>(terras sem destinação pública e que não são de propriedade particular essenciais para</p><p>defesa)</p><p>III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio (cachoeiras</p><p>de um parque nacional), ou que banhem mais de um Estado (rio São Francisco), sirvam</p><p>de limites com outros países (rio Paraná), ou se estendam a território estrangeiro (rio</p><p>Paraná) ou dele provenham (rio Amazonas), bem como os terrenos marginais e as praias</p><p>fluviais;</p><p>IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias</p><p>marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede</p><p>de Municípios (ex.: São Luís – pertence ao Estado e não à União), exceto aquelas áreas</p><p>afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;</p><p>V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; (12 às</p><p>200 milhas marítimas; mar e todos recursos)</p><p>VI - o mar territorial; (+ perto da costeira)</p><p>VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;</p><p>VIII - os potenciais de energia hidráulica; (mesmo que os meios fluviais sejam de um</p><p>Estado)</p><p>IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; (proprietário do terreno recebe por</p><p>participação)</p><p>X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;</p><p>(proprietário pode ser concedido de explorá-lo economicamente)</p><p>XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. (sum 650 stf: não alcança</p><p>aldeamentos extintos)</p><p>BENS DOS ESTADOS: Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:</p><p>I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas,</p><p>neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;</p><p>II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas</p><p>aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;</p><p>III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;</p><p>IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.</p><p>(bens de natureza residual, tudo aquilo que não bens da união, municípios ou terceiros)</p><p>REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS:</p><p>UNIÃO</p><p>➢ Competências não legislativas</p><p>(material – art. 21)</p><p>- Exclusiva: É aquela que a União exerce, em caráter privativo, sem implicar a edição de</p><p>normas gerais e abstratas (Ex.: declarar guerra e celebrar paz, emitir moeda) – indelegável</p><p>OBS.: 1 A União pode fazer a autorização, concessão ou permissão de alguns serviços</p><p>(ex.: telecomunicações; radiodifusão; de sons e imagens; portos marítimos, potenciais</p><p>hidro energéticos), não deixa de ser indelegável</p><p>➢ Competências Legislativas (art. 22)</p><p>- Privativa: só a União pode legislar – delegável por lei complementar (menos para</p><p>município)</p><p>OBS.: 1 Art. 24 - no caso de conflito entre normas, as estaduais devem ceder espaço às</p><p>federais. Esse entendimento é reforçado pela jurisprudência do STF, que interpreta a</p><p>suspensão da eficácia da norma estadual, em caso de conflito com norma geral posterior</p><p>da União, como uma medida que visa preservar a hierarquia normativa e a uniformidade</p><p>do direito federal.</p><p>- Tributária: Competência expressa da União para instituir uma série de tributos, entre os</p><p>quais pode se destacar o IPI, Imposto de Renda, ITR, e Imposto sobre Grandes Fortunas)</p><p>UNIÃO, ESTADOS, DF e MUNICÍPIOS</p><p>➢ Competências não legislativas (material – art. 23)</p><p>- Comum: Todos são competentes, inclusive os municípios (ex.: saúde, meio ambiente,</p><p>proteção de bens históricos, culturais)</p><p>Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e</p><p>os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do</p><p>desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.</p><p>➢ Competências Legislativas (art. 24)</p><p>- Concorrente: A União legisla concorrentemente com os Estados e o DF, cada qual no</p><p>seu campo específico de atuação (menos município)</p><p>União -> normas gerais</p><p>Estados e DF -> normas suplementares</p><p>• A competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais (Art. 24,</p><p>§1º).</p><p>• A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a</p><p>competência suplementar dos Estados (Art. 24, §2º).</p><p>• Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a</p><p>competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (Art. 24, §3º).</p><p>• A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei</p><p>estadual, no que lhe for contrário (Art. 24, §4º).</p><p>ESTADOS FEDERADOS</p><p>➢ Competências não legislativas (arts. 23 e 25)</p><p>- Comum: É aquela que os Estados exercem conjuntamente com a União, o DF e os</p><p>Municípios, cujas normas de cooperação entre si serão estipuladas em leis</p><p>complementares, na forma do art. 23, § único (já abordada acima)</p><p>- Expressa (material exclusiva): É a competência para explorar diretamente ou mediante</p><p>concessão os serviços locais de gás canalizado na forma da legislação específica, vedada</p><p>a regulamentação por medida provisória (art. 25, § 2°)</p><p>➢ Competências Legislativas (arts. 22, 24 e 25)</p><p>- Expressa (privativa): Competência dos Estados para se auto-organizar por meio de</p><p>Constituição própria, observados os princípios da Constituição Federal, bem como por lei</p><p>complementar, instituir Regiões Metropolitanas, Aglomerações Urbanas e</p><p>Microrregiões (art. 25, caput e § 3º)</p><p>- Residual: Possibilita aos Estados atuarem em todas as áreas que não tiverem sido</p><p>expressamente atribuídas à União ou aos Municípios; ex.: transporte intermunicipal (art.</p><p>25, § 1º)</p><p>- Delegada: A União poderá delegar atribuições legislativas aos Estados -Membros e DF</p><p>sobre questões especificas, mediante autorização veiculada em lei complementar federal</p><p>(art. 22, § único, já abordado acima)</p><p>- Concorrente: É a competência da União, que nesse particular se restringe à edição de</p><p>normas gerais, competindo aos Estados e DF legislar sobre pontos específicos (art. 24, já</p><p>abordado acima)</p><p>- Suplementar: É aquela competência atribuída aos Estados e ao DF para suprir as lacunas</p><p>deixadas pela legislação federal sobre normas gerais (art. 24, §§ 2º, 3º e 4º, já abordado</p><p>acima)</p><p>MUNICÍPIOS</p><p>➢ Competências não legislativas (arts. 23 e 30)</p><p>- Comum: exercida pelo Município, conjuntamente com a União, Estado e Distrito</p><p>Federal (art. 23, já abordado acima)</p><p>- Privativa: compete ao Município exercer as atribuições disciplinas no art. 30.</p><p>➢ Competências legislativas (arts. 29 e 30)</p><p>- Expressa: Diz respeito à capacidade de elaborar Lei Orgânica própria (art. 29);</p><p>- Local: Visa atender às peculiaridades locais, isto é, o interesse predominante do</p><p>Município (ex.: sum 645/stf: funcionamento do comércio local - art. 30, I)</p><p>- Suplementar: corolário do interesse local, compete ao município suprir a legislação</p><p>federal ou estadual no que couber (transporte coletivo - interesse local; art. 30, II) -</p><p>delegável</p><p>- Diretiva: compete à Câmara Municipal aprovar o Plano Diretor do Município, algo</p><p>obrigatório para as cidades com mais de 20 mil habilitantes (art. 182, §1º)</p><p>- Tributária: também compete ao município instituir impostos (art. 30, III e art. 156)</p><p>UNIÃO</p><p>Conceito de união - pessoa jurídica de direito público interno, sem personalidade</p><p>internacional, autonomia política, com competências administrativas e legislativas</p><p>enumeradas pela Carta Magna e poder legislativo bicameral.</p><p>Ente federativo que representa a República Federativa do Brasil no plano internacional</p><p>TERRITÓRIOS:</p><p>OBS.: 1 Território é um ente federativo? Não, tem natureza de autarquia federal</p><p>(vinculada à União) e não é autônomo, apenas integra a União - § 2º Os Territórios</p><p>Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao</p><p>Estado de origem serão reguladas em lei complementar.</p><p>Características dos territórios:</p><p>- Podem ser divididos em municípios (mun. Tem autonomia)</p><p>- Organização administrativa e judiciária definida em lei</p><p>- Contas submetidas ao congresso nacional</p><p>ESTADOS FEDERADOS</p><p>Conceito de Estado - entes autônomos, apresentando personalidade jurídica de direito</p><p>público interno e tem poder legislativo unicameral. São dotados de autonomia política</p><p>e, por isso, apresentam capacidade de auto-organização, auto legislação,</p><p>autoadministração e autogoverno. Mandato dos deputados de 4 anos.</p><p>CF, Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,</p><p>observados os princípios desta Constituição.</p><p>N° DE DEPUTADOS ESTADUAIS NAS AL’s</p><p>Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da</p><p>representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis,</p><p>será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.</p><p>1ª regra: Estados com até 12 deputados federais</p><p>AL = 3 x N° dep fed. (multiplica por 3)</p><p>2ª regra: Estados mais de 12 deputados federais</p><p>AL = N° dep. fed + 24 (soma com 24)</p><p>§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as</p><p>regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades,</p><p>remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças</p><p>Armadas.</p><p>§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembleia</p><p>Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido,</p><p>em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57,</p><p>§ 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.</p><p>§ 3º Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e</p><p>serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.</p><p>§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.</p><p>MUNICÍPIOS</p><p>Conceito de Estado - São unidades geográficas divisionárias dos Estados-membros,</p><p>dotados de personalidade jurídica de Direito Público Interno, possuindo governo próprio</p><p>para administrar, descentralizadamente, serviços de interesse local – é a célula mater do</p><p>pacto federativo, pois</p><p>nele brotam as relações político-primárias – Pela Carta de 1988, os</p><p>municípios participam da estrutura político-administrativa do Estado brasileiro, do</p><p>mesmo modo que a União, Estados e Distrito Federal, encontrando-se protegidos pelo</p><p>princípio da indissolubilidade do pacto federativo.</p><p>LEIS ORGÂNICAS</p><p>Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o</p><p>interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara</p><p>Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição,</p><p>na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:</p><p>Leis orgânicas aprovadas em:</p><p>1° turno: 2/3 dos membros da câmara municipal</p><p>Interstício mínimo: 10 dias</p><p>2° turno: 2/3 dos membros da câmara municipal</p><p>Quem aprova: câmara municipal promulga após os turnos acima</p><p>OBS.: 1 Não existe veto ou sanção de lei orgânica – prefeito não interfere, máximo que</p><p>faz é encaminhar uma proposta</p><p>ELEIÇÕES MUNICIPAIS</p><p>Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada (...) atendidos os princípios</p><p>estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes</p><p>preceitos:</p><p>I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos,</p><p>mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País; (apenas o senador tem</p><p>mandato de oito anos)</p><p>II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do</p><p>ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art.</p><p>77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; (2° turno apenas nos</p><p>municípios com mais de duzentos mil eleitores)</p><p>III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da</p><p>eleição; (posse em 1° de janeiro – regra geral do poder executivo)</p><p>Os demais:</p><p>IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de:</p><p>a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes; (máximo</p><p>de vereadores)</p><p>x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões)</p><p>de habitantes; (máximo de vereadores)</p><p>V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei</p><p>de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º,</p><p>150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (fixar subsídio do pref+vice+secret. – competência da</p><p>câmara municipal – entra em vigor somente na legislativa seguinte)</p><p>VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada</p><p>legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os</p><p>critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites</p><p>máximos: (subsídios municipais)</p><p>a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores</p><p>corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (subsídios</p><p>municipais)</p><p>f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos</p><p>Vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados</p><p>Estaduais; (subsídios municipais)</p><p>VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o</p><p>montante de cinco por cento da receita do Município; (despesas do legislativo municipal)</p><p>VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do</p><p>mandato e na circunscrição do Município; (imunidade dos vereadores)</p><p>IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber,</p><p>ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição</p><p>do respectivo Estado para os membros da Assembléia Legislativa;</p><p>X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; (julgamento do prefeito)</p><p>XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal;</p><p>(julgamento do prefeito)</p><p>XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal; (iniciativa</p><p>popular)</p><p>XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade</p><p>ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;</p><p>(iniciativa popular)</p><p>XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único (perda do</p><p>mandato do prefeito)</p><p>Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos</p><p>Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes</p><p>percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no</p><p>§ 5 o do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior:</p><p>(crimes de responsabilidade)</p><p>§ 1 o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha</p><p>de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores. (crimes de</p><p>responsabilidade)</p><p>§ 2 o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal (crimes de</p><p>responsabilidade)</p><p>I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo;</p><p>II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou</p><p>III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.</p><p>§ 3 o Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o</p><p>desrespeito ao § 1 o deste artigo. (crimes de responsabilidade)</p><p>FISCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art28%C2%A71</p><p>Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal,</p><p>mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo</p><p>Municipal, na forma da lei. (controle interno: própria adm)</p><p>§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos</p><p>Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de</p><p>Contas dos Municípios, onde houver.</p><p>§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito</p><p>deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos</p><p>membros da Câmara Municipal.</p><p>§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à</p><p>disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá</p><p>questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.</p><p>§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.</p><p>INTERVENÇÃO</p><p>Conceito – Supressão temporária da autonomia do ente federativo, em medida</p><p>excepcional. É um antídoto contra a ilegalidade, o arbítrio, a autossuficiência, e o abuso</p><p>de poder dos Estados, do DF e dos Municípios, posto que é inconcebível determinado</p><p>Ente Federado, por ação ou omissão, comprometer a unidade nacional, invadindo, pelo</p><p>uso da força, outra unidade da Federação, desfigurando-lhe a integridade nacional e</p><p>embaraçando o livre exercício de qualquer dos Poderes.</p><p>• Medida excepcional</p><p>• Suprime a autonomia dos entes federativos</p><p>• Não lesiona o Estado Democrático de Direito</p><p>• União pode intervir em um Município desde que localizado em território federal</p><p>Quem decreta no geral é o chefe do Poder executivo</p><p>1. Intervenção da União nos Estados: quem decreta é o Presidente da República</p><p>2. Intervenção do Estado no Município: quem decreta é o Presidente da República</p><p>A regra é não intervir</p><p>Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:</p><p>FORMAS DE INTERVENÇÃO</p><p>Intervenção Espontânea: decretada de ofício pelo Presidente da República</p><p>Hipóteses: I - manter a integridade nacional; (princípio federativo)</p><p>II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; (guerra,</p><p>inclusive civil)</p><p>III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;</p><p>V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:</p><p>a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos,</p><p>salvo motivo</p><p>de força maior;</p><p>b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro</p><p>dos prazos estabelecidos em lei;</p><p>Intervenção provocada: depende da provocação de órgão previsto na cf</p><p>Hipóteses: IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da</p><p>Federação; (defesa do poder legislativo e executivo – solicitação; defesa do poder</p><p>judiciário - requisição)</p><p>VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; (requisição stf, stj ou</p><p>tse)</p><p>VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: (requisição do stf)</p><p>a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;</p><p>b) direitos da pessoa humana;</p><p>c) autonomia municipal;</p><p>d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.</p><p>e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida</p><p>a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações</p><p>e serviços públicos de saúde.</p><p>Intervenção federal: é realizada pela União nos Estados, no Distrito Federal, ou nos</p><p>Municípios de Territórios Federais</p><p>Como: formalizada através de Decreto Federal, o qual especificará a amplitude, o</p><p>prazo e, se for o caso, um interventor. Este decreto será submetido ao Congresso</p><p>Nacional em até 24 horas para apreciação.</p><p>• Por solicitação: quando é necessário garantir o livre</p><p>exercício dos Poderes Legislativo e Executivo nos Estados. Desse modo, o poder</p><p>coagido pode solicitar a intervenção ao Presidente da República, que tem a opção de</p><p>aceitar ou não a solicitação da intervenção federal. Chefe do poder executivo não está</p><p>obrigado a decretar a intervenção</p><p>• Por requisição: quando é necessário garantir o livre</p><p>exercício do Poder Judiciário, em que o STF, STJ ou TSE, a depender da situação,</p><p>poderá requisitar a intervenção ao presidente da república. Além disso, quando houver a</p><p>necessidade de prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial, o STF, e</p><p>apenas ele, poderá requisitar ao presidente a intervenção. Nesses casos, o presidente da</p><p>república estará vinculado a esta requisição. Chefe do poder executivo está obrigado a</p><p>decretar a intervenção</p><p>• Por provimento do STF, de representação do PGR: quando há o desrespeito aos</p><p>Princípios Constitucionais Sensíveis por parte de algum ente da federação, além da</p><p>situação de quando houver a recusa ao cumprimento de lei federal. Assim,</p><p>o Procurador-Geral da República (PGR), através da Ação Direta de</p><p>Inconstitucionalidade Interventiva, poderá representar ao STF sobre a situação, que</p><p>decidirá pelo provimento ou não da representação, obrigando o Presidente a decretar a</p><p>intervenção federal, em caso de provimento.</p><p>Intervenção Estadual: é realizada pelos Estados em seus Municípios.</p><p>Como: A Intervenção Estadual será formalizada através de decreto estadual, nos</p><p>mesmos moldes do decreto na Intervenção Federal.</p><p>O governador do estado que irá decretar a intervenção estadual. Sendo que, nas hipóteses</p><p>presentes no segundo ponto acima, é necessário que o Tribunal de Justiça do Estado</p><p>dê provimento à representação.</p><p>ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE</p><p>➢ A inconstitucionalidade formal orgânica ocorre quando uma norma jurídica é</p><p>produzida por um ente federado que não tem competência para legislar sobre o</p><p>assunto, violando a repartição de competências prevista na Constituição Federal.</p><p>Por exemplo, se um estado edita uma lei sobre direito penal, que é de competência</p><p>exclusiva da União, essa lei será inconstitucional por vício de origem.</p><p>A medida processual cabível é a Ação Direta de inconstitucionalidade - ADI,</p><p>por meio da qual busca-se a declaração de inconstitucionalidade da lei perante o</p><p>STF.</p><p>➢ A inconstitucionalidade formal propriamente dita ocorre quando uma norma</p><p>jurídica não observa as regras e procedimentos estabelecidos na Constituição para</p><p>a sua elaboração, como a iniciativa, o quórum, a sanção e a promulgação. Por</p><p>exemplo, se uma lei ordinária é aprovada por maioria absoluta, quando a</p><p>Constituição exige maioria qualificada, essa lei será inconstitucional por vício de</p><p>forma.</p><p>ADPF contra Leis Municipais</p>