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<p> Como ocorre a fenda lábio-palatina</p><p>A fenda do lábio superior resulta da falha de</p><p>massas mesenquimais de se fundirem nas</p><p>proeminências nasais mediais e maxilares,</p><p>enquanto a fenda palatina resulta da falha de</p><p>massas mesenquimais nos processos palatinos de</p><p>se encontrarem e se fundirem. A maior parte dos</p><p>casos de fenda labial, com ou sem fenda palatina, é</p><p>causada por uma combinação de fatores genéticos</p><p>e ambientais.</p><p>Anatomia do sistema</p><p>digestório</p><p>O sistema digestório, também conhecido como</p><p>sistema digestivo, pode ser dividido em dois</p><p>componentes principais: trato digestório primário e</p><p>trato digestório acessório.</p><p> O trato digestório primário, que funciona</p><p>principalmente como uma via de condução e</p><p>armazenamento. Essa porção é necessária para</p><p>mover o conteúdo alimentar ao logo do sistema</p><p>digestório, por meio do peristaltismo, para que</p><p>a absorção de nutrientes e a excreção de</p><p>substâncias não digeridas possam ocorrer. É</p><p>composto pela boca, faringe, esôfago,</p><p>estômago, intestino delgado e intestino grosso.</p><p> O trato digestório acessório, um grupo de</p><p>órgãos responsável pela síntese e secreção de</p><p>enzimas que facilitam a digestão química. É</p><p>composto pelas glândulas salivares, dente,</p><p>língua, pâncreas, fígado e vesícula biliar.</p><p>OBS: o trato digestório primário ainda pode ser</p><p>dividido em trato digestório alto, médio e baixo.</p><p>Trato digestório primário</p><p>O trato digestório é um tubo oco que se estende da</p><p>cavidade bucal ao ânus, sendo também chamado de</p><p>canal alimentar ou trato gastrintestinal.</p><p> Boca</p><p>A boca é a porta de entrada dos alimentos no tubo</p><p>digestivo. Ela corresponde a uma cavidade forrada</p><p>por mucosa, onde os alimentos são umidificados</p><p>pela saliva, produzida pelas glândulas salivares. Na</p><p>boca ocorre a mastigação, que corresponde ao</p><p>primeiro momento do processo da digestão</p><p>mecânica. Ela acontece com os dentes e a língua.</p><p>Em um segundo momento entra em ação a</p><p>atividade enzimática da ptialina, que é amilase</p><p>salivar. Ela atua sobre o amido encontrado na</p><p>batata, farinha de trigo, arroz e o transformando</p><p>em moléculas menores de maltose.</p><p> Faringe</p><p>A faringe é um tubo muscular membranoso que se</p><p>comunica com a boca, através do istmo da</p><p>garganta e na outra extremidade com o esôfago.</p><p>Para chegar ao esôfago, o alimento, depois de</p><p>mastigado, percorre toda a faringe, que é um canal</p><p>comum para o sistema digestório e o sistema</p><p>respiratório. A penetração do alimento nas vias</p><p>respiratórias é impedida pela ação da epiglote, que</p><p>fecha o orifício de comunicação com a laringe.</p><p> Esôfago</p><p>O esôfago é um conduto musculoso, controlado</p><p>pelo sistema nervoso autônomo. É por meio de</p><p>ondas de contrações, conhecidas como</p><p>peristaltismo ou movimentos peristálticos, o</p><p>conduto musculoso vai espremendo os alimentos e</p><p>levando-os em direção ao estômago.</p><p> Estômago</p><p>O estômago é uma grande bolsa que se localiza no</p><p>abdômen, sendo responsável pela digestão das</p><p>proteínas. A parte mais dilatada recebe o nome de</p><p>"região fúndica", enquanto a parte final, uma</p><p>região estreita, recebe o nome de "piloro". O</p><p>simples movimento de mastigação dos alimentos</p><p>já ativa a produção do ácido clorídrico no</p><p>estômago. Contudo, é somente com a presença do</p><p>alimento, de natureza proteica, que se inicia a</p><p>produção do suco gástrico. A pepsina é a enzima</p><p>mais potente do suco gástrico e é regulada pela</p><p>ação de um hormônio, a gastrina. A gastrina é</p><p>produzida no próprio estômago no momento em</p><p>que moléculas de proteínas dos alimentos entram</p><p>em contato com a parede do órgão. Assim, a</p><p>pepsina quebra as moléculas grandes de proteína e</p><p>as transformam em moléculas menores.</p><p>OBS: mucosa gástrica é recoberta por uma camada de</p><p>muco que a protege de agressões do suco gástrico,</p><p>uma vez que ele é bastante corrosivo. Por isso,</p><p>quando ocorre um desequilíbrio na proteção, o</p><p>resultado é uma inflamação da mucosa (gastrite) ou o</p><p>surgimento de feridas (úlcera gástrica).</p><p> Intestino delgado</p><p>Os principais eventos da digestão e absorção</p><p>ocorrem nele, portanto, sua estrutura é</p><p>especialmente adaptada para essa função. Sua</p><p>extensão fornece grande área de superfície para a</p><p>digestão e absorção, sendo ainda muito</p><p>aumentada pelas pregas circulares, vilosidades e</p><p>microvilosidades. É dividido em duodeno, jejuno e</p><p>íleo.</p><p> Intestino grosso</p><p>O intestino grosso mede cerca de 1,5 m de</p><p>comprimento e 6 cm de diâmetro. É local de</p><p>absorção de água (tanto a ingerida quanto a das</p><p>secreções digestivas), de armazenamento e de</p><p>eliminação dos resíduos digestivos. Ele está</p><p>dividido em três partes: o ceco, o cólon (que se</p><p>subdivide em ascendente, transverso, descendente</p><p>e a curva sigmoide) e reto.</p><p>Trato digestório acessório</p><p>Corresponde ao trato associado ao sistema digestório</p><p>principal, fornecendo secreções e ações mecânicas</p><p>que auxiliam na digestão alimentar.</p><p> Dentes</p><p>Os dentes são estruturas cônicas, duras, fixadas</p><p>nos alvéolos da mandíbula e maxila que são usados</p><p>na mastigação, cortando e triturando alimentos.</p><p> Língua</p><p>A língua mistura o alimento triturado com a saliva</p><p>e empurra-o para trás para que ocorra</p><p>a deglutição. Além disso, é importante para a</p><p>percepção de sabores.</p><p> Glândulas salivares</p><p>As glândulas salivares são tecidos especializados na</p><p>produção e secreção de saliva, que lubrifica a boca</p><p>e a garganta, contém enzimas, como a amilase</p><p>salivar, que dão início ao processo de digestão dos</p><p>alimentos, contém anticorpos e outras substâncias</p><p>que ajudam a prevenir infecções. São subdividas</p><p>em glândulas salivares menores e maiores</p><p>(submandibular, parótida e sublingual).</p><p> Fígado</p><p>O fígado é a maior glândula do organismo, e é</p><p>também a mais volumosa víscera abdominal. É</p><p>considerado uma glândula anfícrina ou mista</p><p>porque, uma vez que a sua função endócrina é</p><p>exercida pela produção de proteínas albumina,</p><p>protrombina e fibrinogênio, enquanto que a sua</p><p>função exócrina é exercida pela produção de bile</p><p>(não apresenta enzimas, apenas emulsifica</p><p>gorduras). Além disso, o fígado age no</p><p>metabolismo de lipídios, proteínas e carboidratos.</p><p> Pâncreas</p><p>Assim como o fígado, o pâncreas é uma glândula</p><p>anfícrina. A parte exócrina produz o suco</p><p>pancreático que entra no duodeno através dos</p><p>ductos pancreáticos e a parte endócrina secreta</p><p>glucagon e insulina, que entram no sangue. Esse</p><p>suco pancreático é comporto por enzimas que</p><p>dissolvem proteínas (tripsina e quimiotripsina),</p><p>carboidrato (amilase pancreática), triglicerídios</p><p>(lipoase pancreática) e ácidos nucleicos</p><p>(ribonuclease e desoxirribonuclease).</p><p> Vesícula biliar</p><p>É um órgão muscular que está localizado próximo</p><p>ao fígado e atua no sistema digestório. Sua</p><p>principal função é armazenar a bile, que é</p><p>produzida pelo fígado.</p><p>Histologia associada à</p><p>má absorção</p><p>A absorção de alimentos é realizada pelo trato</p><p>gastrointestinal, o qual conta com diversos órgãos e</p><p>estruturas que auxiliam nessa funcionalidade. É no</p><p>intestino delgado, por exemplo, que ocorre a maior</p><p>parte da digestão dos nutrientes, bem como a sua</p><p>absorção, ou seja, a assimilação das substâncias</p><p>nutritivas.</p><p>Histologicamente, o intestino delgado apresenta</p><p>pregas, vilosidades e microvilosidades cujo objetivo é</p><p>aumentar a superfície de contato com nutrientes e,</p><p>assim, aumentar a absorção desses.</p><p>Doença celíaca</p><p>O intestino apresenta vilosidades que aumentam a</p><p>superfície de absorção de nutrientes. No entanto,</p><p>algumas doenças danificam essas vilosidades,</p><p>comprometendo a absorção de nutrientes, como é o</p><p>caso da doença celíaca. A doença celíaca trata-se de</p><p>uma enteropatia (doença do trato intestinal)</p><p>autoimune causada pela intolerância ao glúten, uma</p><p>proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e</p><p>seus derivados, como massas, pizzas, bolos, pães,</p><p>biscoitos, cerveja, provocando uma resposta do</p><p>sistema imunológico capaz de causar inflamações e</p><p>lesões no intestino delgado, dificultando a absorção</p><p>adequada de nutrientes.</p><p>O corpo de quem tem o problema não possui uma</p><p>enzima responsável</p><p>por quebrar o glúten. Como a</p><p>proteína não é processada direito, o sistema imune</p><p>reage ao acúmulo e ataca a mucosa do intestino</p><p>delgado. O processo inflamatório da mucosa</p><p>intestinal, causado pelas próprias células de defesa,</p><p>começa a agredir as células de revestimento do</p><p>intestino delgado, o que acaba provocando, na sua</p><p>evolução, o achatamento das vilosidades. Esse</p><p>achatamento reduz a superfície de contato com o</p><p>alimento e reduz a absorção de nutrientes.</p><p>Órgãos acessórios</p><p>digestão e absorção</p><p>de nutrientes</p><p>A digestão e absorção de nutrientes são processos</p><p>fundamentais que ocorrem no organismo do</p><p>indivíduo. Conta com a participação de diversões</p><p>órgãos e estruturas que atuam de forma mecânica e</p><p>química para que partículas assumam tamanho para</p><p>serem absorvidas.</p><p>Fígado</p><p>O fígado é a maior glândula do corpo e, depois da</p><p>pele, o maior órgão. Pesa cerca de 1.500 g e</p><p>representa aproximadamente 2,5% do peso corporal</p><p>do adulto. Com exceção da gordura, todos os</p><p>nutrientes absorvidos pelo sistema digestório são</p><p>levados primeiro ao fígado pelo sistema venoso porta.</p><p>Histologia do fígado</p><p>O fígado é revestido por uma cápsula delgada de</p><p>tecido conjuntivo denso não modelado, a cápsula de</p><p>Glisson, e é recoberto pelo peritônio. O tecido</p><p>conjuntivo da cápsula estende-se para o interior do</p><p>parênquima hepático, onde se observa unidades</p><p>estruturais chamadas lóbulos hepáticos.</p><p>Na periferia dos lóbulos, existe uma massa de tecido</p><p>conjuntivo chamada de espaço porta, que apresentam</p><p>ramos da artéria hepática, da veia porta, dos ductos</p><p>biliares e vasos linfáticos. O parênquima hepático é</p><p>constituído por hepatócitos, que são células de</p><p>formato poliédrico, com seis ou mais superfícies.</p><p>Os hepatócitos estão dispostos ao redor dos lóbulos</p><p>hepáticos, formando placas celulares. O espaço entre</p><p>essas placas celulares contêm capilares sinusóides,</p><p>que por sua vez correm radialmente, convergindo</p><p>para o centro do lóbulo para formar a veia centro</p><p>lobular. Os capilares sinusóides são vasos</p><p>irregularmente dilatados compostos de uma camada</p><p>descontínua de células endoteliais fenestradas. O</p><p>espaço existente entre capilares sinusóides e os</p><p>hepatócitos é chamado de espaço de Disse. É possível</p><p>encontrar células de Kupffer (macrófagos presentes</p><p>nos sinusóides) e células de Ito (células</p><p>armazenadoras de lipídios encontradas no espaço de</p><p>Disse).</p><p>Anatomia do fígado</p><p>O fígado em condições normais apresenta-se</p><p>inferiormente ao diafragma e profundamente a</p><p>sétima e a décima primeira costelas no lado direito.</p><p> Faces do fígado</p><p>O fígado é formado por cinco faces, que são:</p><p> Face superior: é a maior de todas e se localiza</p><p>abaixo do diafragma. Possui impressão</p><p>cardíaca.</p><p> Face anterior: tem formato triangular e é</p><p>recoberta por peritônio. Relaciona-se com a</p><p>fixação anterior do diafragma.</p><p> Face direita: recoberta por peritônio, relaciona-</p><p>se com a cúpula direita do diafragma.</p><p> Face posterior: é presa ao diafragma por tecido</p><p>conjuntivo frouxo. Tem um sulco, por onde</p><p>passa a veia cava inferior.</p><p> Face inferior: relaciona-se com o fundo gástrico,</p><p>com o omento menor, piloro, porção superior</p><p>do duodeno, flexura direita do cólon, glândula</p><p>suprarrenal direita e rim direito.</p><p> Lobos do fígado</p><p>O fígado tem duas divisões, uma macroscópica e</p><p>uma funcional. A sua divisão macroscópica é</p><p>composta pelos seguintes lobos:</p><p> Lobo direito: é o de maior volume e participa da</p><p>formação de todas as faces do fígado. Separa-se</p><p>do lobo esquerdo pelo ligamento falciforme e</p><p>pelo ligamento redondo.</p><p> Lobo esquerdo: está à esquerda do ligamento</p><p>falciforme, é mais fino que o lobo direito e tem</p><p>um ápice.</p><p> Lobo quadrado: é uma proeminência na face</p><p>inferior do fígado. Localiza-se anteriormente ao</p><p>hilo hepático.</p><p> Lobo caudado: é uma proeminência nas faces</p><p>inferior e posterior do fígado. Localiza-se</p><p>posteriormente ao hilo hepático.</p><p>OBS: a sua divisão microscópica está relacionada com</p><p>a sua função. Assim, funcionalmente, o fígado é</p><p>dividido em dois hemifígados, conhecidos como</p><p>fígados direito e esquerdo, os quais, por sua vez, são</p><p>divididos em setores e segmentos, tendo como</p><p>elementos de definição os pedículos portais e as veias</p><p>hepáticas.</p><p> Ligamentos do fígado</p><p>O fígado se prende ao diafragma, à parede anterior</p><p>do abdome e às demais vísceras por porções do</p><p>peritônio, as quais denominados ligamentos. São</p><p>eles:</p><p> Ligamento falciforme: prende o fígado à parede</p><p>anterior do abdome. Separa os lobos direito e</p><p>esquerdo.</p><p> Ligamento coronário: forma-se pela reflexão do</p><p>peritônio originado do diafragma sobre a face</p><p>posterior do lobo direito.</p><p> Ligamentos triangulares: são dois, o ligamento</p><p>triangular esquerdo e o direito. O ligamento</p><p>triangular esquerdo é uma lâmina dupla de</p><p>peritônio que se estende sobre a margem</p><p>superior do lobo esquerdo. Já o ligamento</p><p>triangular direito é uma estrutura no ápice da</p><p>área nua (não recoberta por peritônio) do</p><p>fígado.</p><p> Omento menor: é uma prega peritoneal que vai</p><p>da curvatura menor do estômago e porção</p><p>proximal do duodeno até a face inferior do</p><p>fígado.</p><p> Ligamento redondo: é a ligação venosa</p><p>obliterada da veia umbilical que era aberta</p><p>durante a vida fetal.</p><p>Fisiologia do fígado</p><p>O fígado recebe aproximadamente 25% do débito</p><p>cardíaco total, o que lhe permite realizar numerosas</p><p>funções vitais, essenciais à manutenção da</p><p>homeostasia corporal. Destaca-se a regulação do</p><p>metabolismo de diversos nutrientes, papel</p><p>imunológico, síntese proteica e de outras moléculas,</p><p>armazenamento de vitaminas e ferro, degradação</p><p>hormonal e a inativação e excreção de drogas e</p><p>toxinas.</p><p> Síntese proteica: O fígado sintetiza quase todas</p><p>as proteínas plasmáticas mais importantes</p><p>entre as quais a albumina, transportadores de</p><p>hormonas, factores da coagulação e</p><p>fibrinolíticos, fibrinogénio, diversos factores de</p><p>crescimento, globulinas, lipoproteínas, entre</p><p>outras. É capaz também de sintetizar todos os</p><p>aminoácidos não essenciais</p><p> Regulação da glicose: uma das principais</p><p>funções do fígado é regular a quantidade de</p><p>glicose do sangue. Isso porque o fígado tem a</p><p>capacidade de construir e degradar a molécula</p><p>de glicogênio. O glicogênio é um carboidrato de</p><p>reserva formado por milhares de moléculas de</p><p>glicose. O fígado também pode converter a</p><p>glicose em gordura.</p><p> Armazenamento de substâncias: O fígado</p><p>armazena várias substâncias como as vitaminas</p><p>A, D, E, K (lipossolúveis, principalmente</p><p>armazenadas nas celúlas de Ito), vitamina B12,</p><p>ferro, ácido fólico, entre outras. Para algumas</p><p>destas substâncias as reservas hepáticas</p><p>permitem meses a anos de privação sem</p><p>consequências clínicas evidenciáveis.</p><p> Função Imunológica: As células de Kupffer</p><p>hepáticas correspondem a cerca de 80-90% da</p><p>população fixa de macrófagos do sistema</p><p>reticuloendotelial. Providenciam um</p><p>importante mecanismo de filtro para a</p><p>circulação sistémica não só por removerem do</p><p>sangue partículas exógenas estranhas como</p><p>bactérias, endotoxinas, parasitas mas também</p><p>partículas endógenas como os eritrócitos</p><p>senescentes.</p><p> Remoção de substâncias tóxicas da corrente</p><p>sanguínea: transforma o grupo amina de muitos</p><p>restos nitrogenados em amônia, que é</p><p>posteriormente transformada em ureia e</p><p>eliminada pelos rins.</p><p> Armazenamento de ferro (produção de</p><p>hemoglobina): o fígado faz a quebra</p><p>de hemoglobinas, e o ferro recuperado desse</p><p>processo é liberado novamente na corrente</p><p>sanguínea para a produção de</p><p>mais hemoglobinas.</p><p> Formação e secreção de bile: o fígado secreta</p><p>de 250 mL a 1000 mL de bile por dia. Esta fica</p><p>armazenada na vesícula biliar e é lançada no</p><p>duodeno no processo de digestão. A bile</p><p>emulsifica gorduras, facilitando a sua digestão.</p><p> O fígado também é responsável pela produção</p><p>do colesterol e dos sais biliares.</p><p> O fígado também é responsável por converter a</p><p>amônia produzida</p><p>dentro das células e que é</p><p>tóxica para o organismo em ureia.</p><p> O fígado também age na síntese de proteínas</p><p>responsáveis pela coagulação do sangue, como</p><p>a protrombina e fibrinogênio.</p><p> É responsável pelo processo de desintoxicação</p><p>do organismo.</p><p> O fígado inativa os hormônios estrogênio e</p><p>aldosterona.</p><p> O fígado armazena vitamina e sais minerais.</p><p> O fígado atua na ativação da vitamina D.</p><p>OBS: todas essas funções do fígado são realizadas</p><p>dentro de células chamadas de hepatócitos.</p><p>Bile</p><p>O fígado é quem produz a bile. A bile é composta por</p><p>sais biliares, colesterol e bilirrubina. A bilirrubina é um</p><p>pigmento verde formado durante a destruição das</p><p>hemoglobinas que estão nas hemácias. A bile atua</p><p>dentro do intestino delgado. Quando a gordura entra</p><p>no intestino delgado, um sinal hormonal faz com que</p><p>as paredes da vesícula biliar se contraiam e joguem a</p><p>bile dentro da cavidade intestinal. Ao entrar em</p><p>contato com as gorduras, a bile reduz a tensão</p><p>superficial que existe entre as moléculas de lipídio e</p><p>as deixam mais solúveis em água. Isso acaba</p><p>transformando gotas grandes de gordura em gotas</p><p>menores, o que aumenta a exposição dos lipídios,</p><p>facilitando a ação das lipases. Essas lipases são as</p><p>enzimas que digerem gorduras. A bile não faz a</p><p>digestão da gordura, mas sua presença facilita essa</p><p>digestão.</p><p>Patologias associadas ao fígado</p><p>Por desempenhar diversas funções, o fígado é</p><p>acometido por patologias que podem comprometer</p><p>todo o organismo do indivíduo.</p><p> Vesícula biliar</p><p>Um dos constituintes da bile é o colesterol. O</p><p>colesterol, por sua vez, é um lipídeo, o qual é</p><p>insolúvel na água. Para que esse colesterol fique</p><p>solúvel, ele se combina com sais biliares. Mas às</p><p>vezes, essa solubilidade na água fica muito baixa, o</p><p>que leva a formação de grãos dentro da vesícula</p><p>biliar. Esses grãos são grãos de colesterol, os quais,</p><p>popularmente, são chamados de cálculos</p><p>vesiculares ou biliares (pedra na vesícula). O</p><p>acúmulo desses grãos pode entupir o ducto biliar</p><p>da vesícula, causando fortes dores. Muita das</p><p>vezes esses cálculos estão relacionados com o</p><p>consumo excessivo de gordura.</p><p> Icterícia</p><p>Na icterícia, a pessoa fica muito amarela. Isso</p><p>acontece porque o fígado perde a capacidade de</p><p>eliminar a bilirrubina. Essa bilirrubina acaba se</p><p>acumulando no sangue, o que deixa a pessoa com</p><p>a cor amarelada.</p><p> Cirrose hepática</p><p>A cirrose hepática é caracterizada pela morte dos</p><p>hepatócitos e a substituição dessas células por um</p><p>tecido fibroso e também por gorduras. Como os</p><p>hepatócitos assumem diversas funcionalidades,</p><p>quando essas células são substituídas por tecido</p><p>fibroso e por gordura, o fígado deixa de exercer</p><p>sua funcionalidade.</p><p>Pâncreas</p><p>O pâncreas é uma glândula digestiva com função</p><p>endócrina e exócrina, pertencente ao sistema</p><p>digestório e endócrino.</p><p>Histologia do pâncreas</p><p>O pâncreas é uma glândula mista, com parte exócrina</p><p>e endócrina. A porção exócrina, onde são produzidas</p><p>enzimas digestivas, é uma glândula acinosa composta.</p><p>O pâncreas é revestido externamente por uma</p><p>cápsula de tecido conjuntivo denso, que envia septos</p><p>para o seu interior e dividi-o em lóbulos, contendo</p><p>vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. O estroma</p><p>é constituído pelos septos interlobulares e pelas fibras</p><p>reticulares que servem de sustentação ao órgão. A</p><p>unidade morfofuncional do pâncreas exócrino é o</p><p>ácino seroso. Cada ácino pancreático é formado por</p><p>células piramidais com núcleos arredondados</p><p>localizados na base da célula. A parte endócrina, onde</p><p>são secretados hormônios, é formada pelas ilhotas</p><p>pancreáticas (Ilhotas de Langerhans). Estas são grupos</p><p>arredondados de células, dispostas em cordões, em</p><p>volta dos quais existe uma abundante rede de</p><p>capilares sanguíneos com células endoteliais</p><p>fenestradas, situados entre os ácinos secretores.</p><p>Anatomia do pâncreas</p><p>O pâncreas está localizado no espaço retroperitonial</p><p>(espaço anatômico localizado atrás da cavidade</p><p>abdominal).</p><p>Basicamente, o pâncreas é dividido, externamente, e</p><p>em três porções: cauda, corpo e cabeça.</p><p>Fisiologia do pâncreas</p><p>O pâncreas é uma glândula mista, ou seja, apresenta</p><p>uma porção endócrina e uma porção exócrina. Possui</p><p>a função de produzir algumas importantes</p><p>substâncias:</p><p> Porção exócrina: é responsável por produzir</p><p>suco pancreático. O suco pancreático, que é</p><p>liberado no interior do intestino,</p><p>apresenta enzimas que participam do processo</p><p>de digestão dos alimentos.</p><p> Porção endócrina: responsável por produzir</p><p>insulina e glucagon. A insulina e o glucagon são</p><p>hormônios relacionados com o metabolismo da</p><p>glicose. A célula beta do pâncreas produz</p><p>insulina e a célula alfa produz glucagon.</p><p>A glicose é armazenada no fígado sob a forma</p><p>de glicogênio. O glucagon estimula o fígado a</p><p>degradar glicogênio e liberar glicose quando o</p><p>corpo precisa de energia, enquanto que a</p><p>insulina é responsável pelo transporte da</p><p>glicose para dentro das células. Portanto,</p><p>o glucagon e a insulina são antagonistas, pois o</p><p>primeiro aumenta os níveis de glicose no</p><p>sangue e o segundo diminui.</p><p>Patologias associadas ao fígado</p><p>Por desempenhar diversas funções, o pâncreas é</p><p>acometido por patologias que podem comprometer</p><p>grande parte do organismo do indivíduo.</p><p> Diabetes tipo 1</p><p>A diabetes provoca a destruição das células beta</p><p>das Ilhotas de Langerhans, consequentemente</p><p>resulta na incapacidade de produzir insulina. Logo,</p><p>o nível de glicose no sangue é aumentado.</p><p> Pancreatite</p><p>Inflamação do pâncreas e pode ocorrer de forma</p><p>crônica ou aguda.</p><p>Vesícula biliar</p><p>A vesícula biliar é um órgão muscular que está</p><p>localizado próximo ao fígado e atua no sistema</p><p>digestório, sendo um órgão acessório ao trato</p><p>digestório primário.</p><p>Histologia da vesícula biliar</p><p>Histologicamente, a vesícula biliar é formada por uma</p><p>camada mucosa de epitélio simples cilíndrico e criptas</p><p>de Luschka. Apresenta uma submucosa de fibras</p><p>elásticas, vasos sanguíneos e vasos linfáticos</p><p>Apresenta uma camada muscular própria de fibras</p><p>musculares lisas. Apresenta uma camada serosa de</p><p>adipócitos e tecido peritoneal conjuntivo frouxo</p><p>Anatomia da vesícula biliar</p><p>A vesícula biliar está localizada face inferior do lobo</p><p>direito do fígado. Anatomicamente, apresenta três</p><p>regiões: fundo, corpo e colo (infundíbulo).</p><p>Função da vesícula biliar</p><p>A vesícula biliar atua no armazenamento e</p><p>concentração de bile. Ao ingerir uma refeição, a</p><p>presença de gorduras e proteínas nos intestinos</p><p>estimula a liberação de colecistocinina, que atua ao</p><p>nível do corpo da vesícula biliar e ductos císticos e</p><p>extra-hepáticos. Este hormônio peptídico provoca</p><p>contração simultânea do corpo da vesícula biliar e</p><p>relaxamento do colo da vesícula biliar. Uma vez que a</p><p>pressão dentro da árvore biliar atinge 10 mmH2O de</p><p>bile, há relaxamento do esfíncter de Oddi. Assim, a</p><p>bile pode ser liberada tanto da vesícula biliar quanto</p><p>diretamente do fígado através da árvore biliar.</p><p>OBS: o esfíncter de Oddi é uma válvula muscular que</p><p>controla o fluxo dos fluidos digestivos (biles e suco</p><p>pancreático) que passam por dois canais que drenam</p><p>a bile que sai do fígado e do ducto do pâncreas em</p><p>direção ao intestino (duodeno).</p><p>Processo digestório</p><p>Ao passar por todos os compartimentos que formam</p><p>o sistema digestório, o alimento, conforme a sua</p><p>constituição, é digerido em diferentes partes do corpo</p><p>pela ação de enzimas.</p><p>Digestão na boca</p><p>O alimento começa a ser digerido assim que entra na</p><p>boca. Pela mastigação, os dentes reduzem os</p><p>alimentos sólidos a pequenos pedações, o que facilita</p><p>a ação enzimática na cavidade bucal.</p><p> Saliva</p><p>Produzida pelas glândulas salivares, a saliva é uma</p><p>solução aquosa de consistência viscosa contendo a</p><p>chamada enzima amilase salivar (ptialina). Com ph</p><p>aproximadamente neutro, a amilase salivar</p><p>promove o início da digestão de carboidratos,</p><p>transformando o amido em maltose.</p><p>Digestão no estômago</p><p>Após a digestão parcial do alimento na boca, este bolo</p><p>alimentar chega, através da deglutição, ao estômago.</p><p>Nesse órgão, o alimento é misturado ao suco gástrico</p><p>e se transforma em quimo em um processo chamado</p><p>de quimificação.</p><p> Suco gástrico</p><p>O suco gástrico é uma solução aquosa produzido e</p><p>atuante no próprio estômago. A principal enzima</p><p>desse suco é a pepsina. Essa enzima é ativada pelo</p><p>ácido clorídrico (HCl) da solução. Essa enzima atua</p><p>nas proteínas. Em razão do ácido clorídrico, essa</p><p>solução é ácida, com o ph em torno de 2.</p><p>Digestão no intestino delgado</p><p>Após a digestão parcial do alimento no estômago, o</p><p>quimo chega ao intestino delgado com ph básico, ou</p><p>seja, em torno de oito. Nesse órgão, o alimento é</p><p>misturado ao suco intestinal, suco pancreático e à</p><p>bile, se transformando em quilo em um processo</p><p>chamado de quilificação.</p><p> Suco pancreático</p><p>O suco pancreático é uma solução aquosa alcalina</p><p>que contém enzimas digestivas. Esse suco é</p><p>produzido pelo pâncreas e age no intestino</p><p>delgado, na porção do duodeno.</p><p> Bile</p><p>A bile é uma secreção produzida pelo fígado e</p><p>armazenada na vesícula biliar. Diferentemente das</p><p>demais secreções, a bile é caracterizada por não</p><p>apresentar enzimas. A bile apresenta sais biliares</p><p>que atuam emulsificando gorduras, como um</p><p>detergente.</p><p>ptialina</p><p>pepsinogênio (i) pepsina (a)</p><p>HCl</p><p>amilase pancreática</p><p>lipase pancreática</p><p>nuclease</p><p>enteroquinase</p><p>tripsinogênio (i) tripsina (a)</p><p>quimiotripsinogênio (i) quimiotripsina (a)</p><p>tripsina</p><p> Suco intestinal ou entérico</p><p>O suco intestinal é uma solução aquosa alcalina</p><p>que contém diversas enzimas digestivas. Esse suco</p><p>é produzido no intestino e atua nesse mesmo local.</p><p>Controle da digestão</p><p>Durante a digestão, atuam, além do sistema nervoso,</p><p>alguns hormônios que controlam a secreção de</p><p>diversos sucos digestivos.</p><p> Gastrina: produzida por células do estômago, a</p><p>gastrina, quando se tem o alimento no</p><p>estômago, promove a produção de suco</p><p>gástrico.</p><p> Enterogastrona: hormônio que inibe a</p><p>motricidade gástrica (peristaltismo) e a</p><p>produção de suco gástrico.</p><p> Secretina: estimula a secreção de suco</p><p>pancreático rico em bicarbonato para alcalinizar</p><p>o quimo proveniente do estômago.</p><p> Colecistocinina: estimula o pâncreas a produzir</p><p>enzimas que compõem o suco pancreático.</p><p>Além disso, estimula a vesícula biliar a liberar</p><p>bile.</p><p>Microbiota intestinal</p><p>Microbiota intestinal, também conhecida como flora</p><p>intestinal, consiste em um complexo de espécies de</p><p>microrganismos que vivem no trato digestivo dos</p><p>indivíduos e é o maior reservatório de</p><p>microrganismos. A microbiota intestinal é considerada</p><p>um ecossistema essencialmente bacteriano, benéfico,</p><p>que reside no intestino dos indivíduos, auxiliando na</p><p>síntese de algumas vitaminas, digestão e absorção de</p><p>nutrientes. Além disso, promove o fortalecimento da</p><p>barreira intestinal e a proteção contra patógenos</p><p> Funções da microbiota</p><p>A microbiota em conjunto com a mucosa intestinal</p><p>atua em diferentes cenários, os quais estão</p><p>relacionados com a absorção de nutrientes</p><p>alimentar e proteção do organismo.</p><p> Diminuição da capacidade de adesão de</p><p>bactérias patogênicas às paredes do intestino.</p><p> Impedem o fluxo de toxinas para dentro do</p><p>epitélio intestinal.</p><p> Resistência à colonização e penetração de</p><p>patógenos na corrente sanguínea.</p><p> Produção de agentes antimicrobianos</p><p>(antifúngicos e antibióticos).</p><p> Estímulo à maturação de células do sistema</p><p>imune.</p><p> Efeito antimutagênico, antitumoral,</p><p>antineoplásico (prevenção contra câncer</p><p>intestinal).</p><p> Aumento da secreção de IgA (protege a</p><p>superfície das mucosas contra vírus, bactérias e</p><p>outros).</p><p>bile</p><p>maltase</p><p>sacarase</p><p>lactase</p><p>dipeptidase</p><p>nucleotidase</p><p> É essencial para a metabolização de nutrientes.</p><p>Uma microbiota desequilibrada pode gerar</p><p>baixos níveis de vitaminas do complexo B.</p><p> Está envolvida no metabolismo de minerais</p><p>como: Cálcio, Ferro, Magnésio, Selênio, Cobre e</p><p>Zinco.</p><p> A microbiota produz ácido graxo de cadeia de</p><p>curta que contribuem para o aumento da</p><p>absorção de cálcio no intestino.</p><p> Também tem extensa capacidade de</p><p>metabolizar fitoquímicos, principalmente os</p><p>polifenóis, aqueles compostos químicos que</p><p>neutralizam e desestabilizam substâncias</p><p>nocivas no organismo, conhecidas como</p><p>radicais livres.</p><p> Atuam no fortalecimento do sistema</p><p>imunológico através do controle da proliferação</p><p>das bactérias patogênicas.</p><p> 90% de toda a serotonina do corpo,</p><p>neurotransmissor responsável pelo humor, é</p><p>produzida no intestino e a microbiota</p><p>desequilibrada pode interferir prejudicando</p><p>essa via.</p>

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