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<p>Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI</p><p>Curso (AG00953) – Administração</p><p>ENGENHARIA, EMPRESA JÚNIOR E EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA: ESTUDO DE PROJETOS SOCIAIS QUE IMPACTARAM ALÉM DAS UNIVERSIDADES.</p><p>Autor(es): Daiane Schlesser, Fabiele Zucatelli e Graciela Kollert[footnoteRef:1] [1: Acadêmicas do Curso de Administração da UNIASSELVI de Rio do Sul, turma AG00953.. ]</p><p>Tutor externo: Rafael Baldo[footnoteRef:2] [2: Tutor Externo Rafael Baldo do Curso de Administração em UNIASSELVI – Polo Rio do Sul.]</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>Segundo Chiavenato (2010), as empresas juniores são empresas constituídas por alunos matriculados em determinados cursos de graduação que prestam projetos para micro e pequenas empresas, organizados em uma associação civil, que tem como objetivo formar profissionais capacitados e comprometidos em realizar projetos e serviços que contribuam para o desenvolvimento do país, sendo grandes exemplos de empreendedorismo com responsabilidade social. Sendo assim, os alunos, as empresas e a comunidade são beneficiadas, pois os alunos podem ter trocas de conhecimento e experiência profissional, a empresa tem sua marca divulgada através dos projetos e a comunidade tem suas vulnerabilidades atendidas, tudo isso com baixo investimento e sem visar lucros.</p><p>De acordo com Dornelas (2005), o empreendedorismo é a habilidade de criar novos negócios ou programar mudanças em empresas já existentes, além de gerenciá-las visando trazer retorno financeiro e também desenvolvimento, fazendo a economia girar, gerando empregos e oportunidades. Empreendedorismo e Responsabilidade Social são dois temas que precisam ser discutidos, com isso, temos cada vez mais empresas envolvidas em ações sociais, trazendo benefícios tanto para a comunidade na qual está inserido quanto para seus colaboradores, despertado neles a vontade de apoiar alguma causa que, no dia a dia, acaba sendo esquecidas, consequentemente estas ações melhoram o relacionamento com os clientes e trazem mais visibilidade às empresas.</p><p>A educação empreendedora é crucial para a formação de profissionais inovadores e adaptáveis, capazes de identificar oportunidades e liderar iniciativas transformadoras. Dornelas (2015) destaca a importância do empreendedorismo como um fator chave para o desenvolvimento econômico e social, argumentando que a formação empreendedora deve ser integrada ao currículo acadêmico para promover a criação de novos negócios e soluções inovadoras. No ambiente acadêmico, essa educação é enriquecida pela atuação das Empresas Juniores, que oferecem aos estudantes um campo fértil para o desenvolvimento de competências como liderança, trabalho em equipe, gestão de projetos e resolução de problemas.</p><p>Este estudo de caso explora projetos sociais desenvolvidos por Empresas Juniores de engenharia que transcenderam o ambiente universitário, impactando positivamente as comunidades ao seu redor. Esses projetos não apenas proporcionaram uma formação prática e enriquecedora aos estudantes, mas também atenderam a necessidades reais da sociedade, demonstrando o valor e o potencial transformador da combinação entre engenharia, educação empreendedora e responsabilidade social.</p><p>2. JUSTIFICATIVA</p><p>A escolha deste tema é fundamentada em fomentar nosso conhecimento além da necessidade de promover o empreendedorismo como estímulo ao desenvolvimento econômico e social. Ao incentivar a criação e sustentabilidade de novos negócios, buscamos estimular a inovação, gerando empregos, promovendo a capacitação empreendedora e contribuindo para a diversidade econômica. Essas ações visam fortalecer a comunidade local, criando um ambiente propício ao crescimento sustentável e à prosperidade. Sendo assim, queremos ressaltar a importância das Empresas Juniores e universidades que proporcionam aos alunos a oportunidade de aplicar suas teorias em situações reais de trabalho, proporcionando maior conhecimento, habilidade e contribuindo para a sociedade.</p><p>3. EMPREENDEDORISMO E EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA</p><p>De acordo com José Dornelas em seu livro "Empreendedorismo: Transformando Ideias em Negócios" (2008), empreendedorismo é o processo de identificar oportunidades e criar algo novo a partir delas, assumindo riscos e inovando para gerar valor e desenvolvimento.</p><p>Para o autor, o empreendedor deve ter a capacidade de transformar oportunidades em negócios lucrativos e sustentáveis, liderando inovações e buscando melhorias contínuas, conforme segue:</p><p>O empreendedor tem a capacidade de criar uma oportunidade e transformá-la em negócios lucrativos e sustentáveis. Ele visualiza as oportunidades, reúne os recursos necessários, assume os riscos e lidera as novas ideias, assim as colocando em pratica, com objetivo de gerar valor a sociedade, visando sempre a busca continua de melhorias e inovações. Este empreendedor é ponto central que poderá determinar ou não o sucesso do negócio. (DORNELAS, 2008, p. 23)</p><p>Segundo Idalberto Chiavenato, em seu livro "Empreendedorismo: Dando Asas ao Espírito Empreendedor" (2008), empreendedorismo é o processo de identificar oportunidades no ambiente e transformá-las em novos negócios ou iniciativas que gerem valor.</p><p>O empreendedorismo é definido como o processo para criar e transformar negócios sustentáveis, envolvendo vários fatores como, por exemplo: assumir riscos, gerenciar recursos, inovação, planejamento, estratégias para transformar ideias em realidades.</p><p>O empreendedor é um indivíduo que possui características como criatividade, capacidade de assumir riscos, iniciativa e habilidade para organizar e gerenciar recursos, características estas que os transformam em agentes de mudanças, e que consequentemente impulsionam o progresso econômico e social por meio de suas criações.</p><p>É importante desenvolver algumas virtudes e qualidades necessárias para se tornar bem sucedido na carreira. Seriam algumas habilidades:</p><p>· Visão: capacidade de identificar oportunidades de mercado e futuro do negócio.</p><p>· Inovação: aplicar novas ideias e criar soluções criativas para os problemas.</p><p>· Proatividade: Ter iniciativa e agir antes dos outros para aproveitar oportunidades.</p><p>· Autoconfiança: Acreditar em si mesmo e nas suas ideias, mesmo sendo criticado e questionado.</p><p>· Liderança e espírito de equipe: Capacidade de liderar e motivar equipes, resultando em um ambiente de trabalho produtivo e colaborativo.</p><p>O empreendedor é aquele que faz acontecer, se antecipa dos fatos e tem uma visão futura da organização. (Dornelas, 2001).</p><p>Esses são alguns dos traços que elevam o perfil de um empreendedor de sucesso, porem pessoas são diferentes e cada uma tem suas próprias qualidades, sendo necessário que cada empreendedor avalie e desenvolva de forma diferenciada estes tópicos, tendo como base suas qualidades e pontos a melhorar.</p><p>4. EMPRESAS JÚNIORES</p><p>Um grupo de estudantes reconheceu a importância de combinar teoria com prática e decidiu criar o MOVIMENTO EMPRESA JÚNIOR (MEJ), em 1967 na cidade de Paris, França.Em apenas dois anos houve uma rápida expansão do conceito com mais de 20 empresas juniores.</p><p>O movimento se estendeu pela Europa, levando a fundação da confederação europeia de empresas juniores (JADE) em 1986.Em 1988 chegou ao Brasil o MEJ, com a criação da primeira empresa júnior brasileira na Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Até 1995 o Brasil contava com mais de 100 empresas juniores ativas.</p><p>Empresas juniores são definidas como organizações que não tem fins lucrativos e são desenvolvidas por estudantes que fazem projetos para empresas ou até sociedades, prestam serviços para pequenas e médias empresas, ONGs e até mesmo para outras unidades da própria universidade o objetivo é a capacitação dos alunos na prática, desenvolvendo assim suas habilidades, tendo impacto positivo para alunos na formação profissional, são importantes pois integram os alunos em ambiente acadêmico e mercado de trabalho, Além do aprendizado prático, os membros das empresas juniores desenvolvem habilidades como liderança, trabalho em equipe, gestão de projetos e empreendedorismo.</p><p>Lopes (2006) afirma a necessidade das instituições de ensino superior respeitem a ideia de ferramenta de aprendizagem, para isso as empresas juniores devem manter a presença viva do corpo docente para orientação dos alunos e dos projetos a serem desenvolvidos.</p><p>5. PROJETOS SOCIAIS</p><p>De acordo com o Portal Mec, atualmente, existem mais de 900 empresas juniores no Brasil, segundo a Brasil Júnior, organização que reúne empresas desse tipo. Estão presentes em todos os estados e já desenvolveram mais de 17 mil projetos. Dessa forma, as Empresas Juniores sempre estão engajadas em projetos sociais que facilitem o meio empreendedor além de ajudar as comunidades em que estão inseridas.</p><p>Esses projetos têm o intuito de desenvolver as habilidades práticas dos cursos nos quais os alunos estão inseridos, além de fomentar a educação empreendedora, essencial para futuros profissionais. Alguns projetos sociais de Empresa Júnior que podem exemplificar o seu impacto além das universidades são os projetos Perseverar, Cestinha Solidária, Doces, Alimentos, Minicurso e Horta; executados pelos alunos do curso de Engenharia Química da Universidade Federal do Paraná em Ponta Grossa, no ano de 2017, que tiveram os seguintes resultados:</p><p>· Projeto Perseverar: foram realizadas palestras motivacionais no Colégio Estadual Professor Júlio Teodorico para incentivar os alunos do ensino médio a ingressarem no ensino superior, estimulando futuras graduações.</p><p>· Projeto Cestinha Solidária: foram feitas doações de cestas de doces para crianças no Núcleo Pequeno Anjo próximo à Páscoa, proporcionando alegria imediata às crianças mais carentes e também desenvolvendo a imaginação e inteligência emocional delas.</p><p>· Projeto Doação de Doces: foi similar ao Projeto Cestinha Solidária mas teve como foco direcionar as doações à Associação Pontagroense dos Portadores de Deformidades Faciais, que oferece educação especial aos portadores de lesões lábio-palatais.</p><p>· Projeto Doação de Alimentos: Foram arrecadados alimentos e doados à APAE do município, que tem como objetivo promover a atenção integral a essas famílias, proporcionando além da educação maior qualidade de vida.</p><p>· Minicurso de Excel: realização de um curso prático no Centro Estadual de Educação Profissional de Ponta Grossa (CEEP-PG), capacitando alunos do ensino médio para habilidades essenciais do mercado de trabalho como avaliação de dados, gráficos e planilhas.</p><p>· Projeto Horta: foi realizado na Casa de Repouso Colmeia Espirita Cristã Abgail a limpeza do jardim e implantação de uma horta que ajudou a melhorar a alimentação tanto dos idosos que moram ali quanto dos colaboradores.</p><p>6. ANÁLISE E DISCUSSÃO</p><p>O empreendedorismo social tem o objetivo de provocar mudanças sociais, buscando soluções para os problemas da comunidade, problemas ambientais e até mesmo econômicos, sem foco apenas em gerar lucro, mas com ganho de qualidade de vida.</p><p>Dessa forma, é possível observar o impacto positivo de inovar no mercado de trabalho, um exemplo disso foi o home office, com a pandemia muitas empresas foram obrigadas a migrar para o trabalho em casa, porém puderam notar diversos benefícios sendo eles diminuição dos custos da empresa, maior qualidade de vida dos colaboradores e consequentemente maior produtividade.</p><p>Além deste exemplo, podemos citar as empresas juniores que também foram uma forma de inovação do empreendedorismo que acabou virando sucesso. Com a implementação destas todos saíram ganhando, as empresas, os estudantes, as universidades e principalmente as comunidades com os projetos desenvolvidos, impactando a todos que fazem parte.</p><p>7. CONCLUSÃO</p><p>Com este trabalho foi possível concluir que promover a educação empreendedora, apoiar empresas juniores e incentivar projetos sociais são estratégias complementares que podem acelerar o progresso socioeconômico. Ao fomentar o espírito empreendedor e a responsabilidade social desde cedo, criamos uma base sólida para o desenvolvimento de líderes comprometidos com a inovação e a justiça social. Essa abordagem integrada é essencial para construir um futuro mais próspero e igualitário para todos.</p><p>8. REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL JÚNIOR: https://brasiljunior.org.br/conteudos. Acesso em 23 de junho de 2024.</p><p>CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando Asas ao Espírito Empreendedor. Saraiva, 2008.</p><p>DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo. Elsevier Brasil, 2008.</p><p>DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: Transformando Ideias em Negócios. Elsevier, 2001.</p><p>LOPES, F. Simplesmente um bom negócio. Empresa Júnior ajuda na formação dos alunos e valoriza a imagem institucional das universidades. Revista Ensino Superior, n. 87, 2006.</p><p>PORTAL DO MEC: http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/empresas-juniores. Acesso em 23 de junho de 2024.</p>