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<p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 1</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>CONCURSO:</p><p>ÍNDICE</p><p>CAPÍTULO 1.....................................................................................................................................02</p><p>Estado, governo e Administração Pública. Conceitos. Elementos. Direito administrativo. Conceito. Objeto.Fontes.</p><p>CAPÍTULO 2.....................................................................................................................................17</p><p>Organização administrativa. Centralização, descentralização, concentração e desconcentração. Administração</p><p>direta e indireta. Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. Entidades</p><p>paraestatais e terceiro setor: serviços sociais autônomos, entidades de apoio, organizações sociais, organizações</p><p>da sociedade civil de interesse público.</p><p>CAPÍTULO 3.....................................................................................................................................48</p><p>- Regime jurídico-administrativo. Conceito. Princípios expressos e implícitos da Administração Pública.</p><p>CAPÍTULO 4.....................................................................................................................................53</p><p>- Poderes da administração pública. Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia. Uso e abuso do poder.</p><p>Processo Administrativo.</p><p>CAPÍTULO 5.....................................................................................................................................73</p><p>- Ato administrativo. Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies. Extinção do ato administrativo:</p><p>cassação, anulação, revogação e convalidação. Decadência administrativa.</p><p>CAPÍTULO 6.....................................................................................................................................95</p><p>- Controle da administração pública. Controle exercido pela administração pública. Controle judicial. Controle</p><p>legislativo.</p><p>CAPÍTULO 7...................................................................................................................................109</p><p>Improbidade administrativa: Lei nº 8.429/1992.</p><p>Capítulo 8......................................................................................................................................126</p><p>- Responsabilidade civil do Estado. Evolução histórica. Responsabilidade civil do Estado no direito brasileiro.</p><p>Responsabilidade por ato comissivo do Estado. Responsabilidade por omissão do Estado. Requisitos para a</p><p>demonstração da responsabilidade do Estado. Causas excludentes e atenuantes da responsabilidade do Estado.</p><p>Reparação do dano. Direito de regresso.</p><p>Capítulo 9......................................................................................................................................139</p><p>- Legislação</p><p>Capítulo 10..................................................................................................................................................160</p><p>Questões de Concursos</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 2</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Capítulo 1:</p><p>ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>1. NOÇÕES DE ESTADO</p><p>Conceituar Estado (composto pelos elementos povo, território e governo e para alguns também o elemento finalidade) é</p><p>uma das mais difíceis tarefas do Direito e da Teoria Geral do Estado. No entanto, respaldado na teoria do Contrato Social de</p><p>Rousseau, pode-se afirmar, que as pessoas resolveram abdicar um pouco da sua liberdade, para poder viver em sociedade</p><p>sob o governo de uma determinada entidade, que, conhecemos, hodiernamente como Estado.</p><p>1.1 NOÇÕES DE PODERES DO ESTADO</p><p>Foi o filósofo grego Aristóteles, em sua obra “Política”, quem primeiro vislumbrou o exercício de três funções estatais</p><p>distintas: a função de editar normas gerais, a função de aplicar essas normas ao caso concreto e a função de administrar.</p><p>Aristóteles, no entanto, dada a época em que viveu, concentrou essas três funções na mão de um único órgão, o soberano,</p><p>cujo poder de mando era “inconstratável”.</p><p>Posteriormente, Montesquieu, em sua obra “O espírito das leis”, aprimorou a teoria aristotélica e inovou atribuindo cada</p><p>uma das três funções a órgãos estatais distintos, autônomos e independentes entre si, que deviam exercer funções típicas</p><p>inerentes à sua natureza.</p><p>A teoria de tripartição de poderes de Montesquieu foi adotada pela maioria dos Estados modernos, inclusive no Brasil. A</p><p>Constituição de 1988 traz vários dispositivos com mecanismos desse tipo, autorizando a interpenetração de poderes de</p><p>forma a estabelecer um equilíbrio entre ele e evitar abusos.</p><p>Prevista no art. 2º da Constituição Federal Brasileira de 1988 e elencada como cláusula pétrea em seu art. 60, § 4º , a</p><p>Separação de Poderes, atualmente, não é mais vista como uma separação absoluta.</p><p>O Poder Executivo, que desenvolve a função típica de administrar, também desenvolve funções de outro Poder. Exemplo</p><p>para a doutrina ocorre quando o Presidente da República edita Medida Provisória (CF- art. 62), em que estaria na função</p><p>atípica de legislar. Não há consenso na doutrina sobre o Executivo poder desenvolver a função de julgar. Uma corrente</p><p>doutrinária entende que o Executivo não julga, porque não está autorizado pela Constituição Federal, enquanto outra</p><p>corrente entende que essa autorização está prevista nas leis infraconstitucionais, a exemplo do CTB (Código de Trânsito</p><p>Brasileiro), em seu artigo 17, que dar à JARE a competência para julgamento das infrações de trêansito.</p><p>O Poder Judiciário tem como função tipica julgar, aplicando a Constituição e a lei ao caso concreto, porém, ele também</p><p>desenvolve função legislativa, quando por exemplo, ( segundo a doutrina marjoritária, embora não haja consenso) elabora</p><p>seu Regimento Interno (CF- ART. 96, I, a) e como algumas das funções administrativas, quando dar férias e licenças aos seus</p><p>membros e servidores(CF- ART. 96, I, f).</p><p>Assim também ocorre em relação ao Poder Legislativo, cuja função típica é legislar, porém, excepcionalmente ele julga,</p><p>conforme art. 52, I da CF. (Ex.: Julgamento dos ex-presidentes Collor e Dilma por crimes de responsabilidade pelo Senado</p><p>Federal) e também administra suas próprias casas, quando por exemplo faz concurso público ou licitação (CF- artigo 37, II e</p><p>XXI).</p><p>ANÁLISE TEMÁTICA</p><p>FUNÇÃO</p><p>TÍPICA</p><p>FUNÇÃO</p><p>ATÍPICA</p><p>PODER</p><p>EXECUTIVO</p><p>ADMINISTRAR ART. 62, CF.</p><p>Lei infranconstitucional- CTB*</p><p>PODER</p><p>LEGISLATIVO</p><p>LEGISLAR E</p><p>FISCALIZAR</p><p>ART. 52, CF</p><p>ART. 37, XXI, CF</p><p>PODER</p><p>JUDICIÁRIO</p><p>JULGAR ART 96,I, a. CF**</p><p>ART 96,I, f. CF</p><p>ESTADO</p><p>POVO</p><p>TERRITÓRIO</p><p>GOVERNO</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 3</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>* Há divergências doutrinas sobre a possibilidade ou não do Executivo desenvolver a função de julgar, mas para a banca</p><p>prevalece o entendimento que ele não julga.</p><p>** Há divergências doutrinas sobre a possibilidade ou não do Judiciário desenvolver a função de legislar, mas para a banca</p><p>prevalece o entendimento que ele legisla.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.</p><p>Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito</p><p>Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.</p><p>Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,</p><p>Exemplos: Departamentos,</p><p>Coordenadorias, Divisões, Gabinetes etc .</p><p>1.4- ÓRGÃOS SUBALTERNOS: “são os que se acham subordinados hierarquicamente à órgãos superiores de decisão;</p><p>exercem funções de execução”. Ex.: Seções, Setor etc.</p><p>2) DE ACORDO COM A ESTRUTURA:</p><p>- ÓRGÃOS SIMPLES(OU UNITÁRIOS): “são constituídos por um único centro de atribuições, sem subdivisões internas”. Exemplos:</p><p>Setor de Protocolo, Portaria etc.</p><p>- ÓRGÃOS COMPOSTOS: “são constituídos por vários outros órgãos”. Ex.: Ministérios, Secretarias de Estado, Secretarias de</p><p>Município etc.</p><p>(SEGUNDO HELY LOPES) (SEGUNDO DI PIETRO)</p><p>3) QUANTO À ATUAÇÃO FUNCIONAL:</p><p>- ÓRGÃOS SINGULARES (OU UNIPESSOAIS): “são os que</p><p>atuam e decidem através de um único agente,”.</p><p>Exemplos: Presidência, Governadoria, Prefeituras etc.</p><p>- ÓRGÃOS COLEGIADOS ( OU PLURIPESSOAIS): “são todos</p><p>aqueles que atuam e decidem pela manifestação</p><p>conjunta e majoritária da vontade de seus membros”.</p><p>3) QUANTO À COMPOSIÇÃO</p><p>- ÓRGÃOS SINGULARES: “quando integrados por um único</p><p>agente”. Exemplos: Presidência da República, Diretoria de</p><p>uma escola etc.</p><p>- ÓRGÃOS COLETIVOS: “quando integrados por vários agentes”.</p><p>Ex.: Tribunais etc.</p><p>ORGÃOS</p><p>(classificação)</p><p>Quanto</p><p>à posição</p><p>Estatal</p><p>Quanto</p><p>à Estrutura</p><p>Quanto</p><p>à Composição</p><p>In</p><p>d</p><p>ep</p><p>en</p><p>d</p><p>en</p><p>te</p><p>s</p><p>A</p><p>u</p><p>tô</p><p>n</p><p>o</p><p>m</p><p>o</p><p>s</p><p>S</p><p>u</p><p>p</p><p>er</p><p>io</p><p>re</p><p>s</p><p>S</p><p>u</p><p>b</p><p>al</p><p>te</p><p>rn</p><p>o</p><p>s</p><p>S</p><p>im</p><p>p</p><p>le</p><p>s</p><p>C</p><p>o</p><p>m</p><p>p</p><p>o</p><p>st</p><p>o</p><p>S</p><p>in</p><p>g</p><p>u</p><p>la</p><p>r</p><p>C</p><p>o</p><p>le</p><p>ti</p><p>v</p><p>o</p><p>Quanto à</p><p>sua esfera</p><p>de ação</p><p>Centrais</p><p>Locais</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 24</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Ex.: Corporações Legislativas, Tribunais etc.</p><p>-------</p><p>4) QUANTO À ESFERA DE AÇÃO (SEGUNDO DI PIETRO):</p><p>- ÓRGÃOS CENTRAIS: “são aqueles que exercem atribuições em</p><p>todo o território de competência da entidade (seja nacional,</p><p>estadual ou municipal)”. Exemplos: Ministérios, Secretarias</p><p>Estaduais ou Municipais etc.</p><p>- ÓRGÃOS LOCAIS: “são aqueles que atuam sobre uma parte do</p><p>território”. Ex.: Delegacias Regionais da Receita Federal,</p><p>Delegacias de Polícia, Postos de Saúde etc.</p><p>3) SEGUNDO CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO:</p><p>4) SEGUNDO RENATO ALESSI:</p><p>CLASSIFICAÇÃO DE ÓRGÃOS</p><p>SEGUNDO CELSO ANTÔNIO E SEGUNDO RENATO ALESSI</p><p>1) DE ACORDO COM A FUNÇÃO:</p><p>1.1)ÓRGÃOS ATIVOS: “os que expressam decisões estatais para o cumprimento dos fins da pessoa jurídica”. Ex.: Conselho</p><p>Monetário Nacional, que edita resoluções obrigatórias para todo o sistema financeiro nacional.</p><p>1.2)ÓRGÃOS CONSULTIVOS: “os de aconselhamento e elucidação (pareceres) para que sejam tomadas as providências</p><p>pertinentes pelos órgãos ativos”. Ex.: Advocacia-Geral da União, que expede pareceres para a resolução de problemas</p><p>jurídicos.</p><p>1.3)ÓRGÃOS DE CONTROLE: “são os prepostos a fiscalizar e controlar a atividade de outros órgãos e agentes”. Ex.: Tribunal de</p><p>Contas da União, que controla (fiscaliza e revisa) as despesas governamentais.</p><p>ORGÃOS</p><p>(classificação)</p><p>Quanto</p><p>à função</p><p>Quanto</p><p>à Estrutura</p><p>A</p><p>ti</p><p>v</p><p>o</p><p>s</p><p>D</p><p>e</p><p>C</p><p>o</p><p>n</p><p>tr</p><p>o</p><p>le</p><p>C</p><p>o</p><p>n</p><p>su</p><p>lt</p><p>iv</p><p>o</p><p>s</p><p>S</p><p>im</p><p>p</p><p>le</p><p>s</p><p>C</p><p>o</p><p>le</p><p>g</p><p>ia</p><p>is</p><p>ORGÃOS</p><p>(classificação)</p><p>Quanto</p><p>à função</p><p>Quanto</p><p>à Estrutura</p><p>A</p><p>ti</p><p>v</p><p>o</p><p>s</p><p>D</p><p>e</p><p>C</p><p>o</p><p>n</p><p>tr</p><p>o</p><p>le</p><p>C</p><p>o</p><p>n</p><p>su</p><p>lt</p><p>i</p><p>v</p><p>o</p><p>s</p><p>B</p><p>u</p><p>ro</p><p>cr</p><p>át</p><p>i</p><p>co</p><p>s</p><p>C</p><p>o</p><p>le</p><p>g</p><p>ia</p><p>d</p><p>o</p><p>s</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 25</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>SEGUNDO CELSO ANTÔNIO SEGUNDO RENATO ALESSI</p><p>2) DE ACORDO COM A ESTRUTURA:</p><p>2.1) ÓRGÃOS SIMPLES: “são aqueles cujas decisões são</p><p>formadas e manifestadas por uma só pessoa ”. Ex.:</p><p>Presidência da República</p><p>2.2)ÓRGÃOS COLEGIAIS: “são aqueles cujas decisões são</p><p>formadas e manifestadas por um grupo de pessoas”.</p><p>Ex.:Plenário.</p><p>2) DE ACORDO COM A ESTRUTURA:</p><p>-2.1)ÓRGÃOS BUROCRÁTICOS: “são aqueles que estão a cargo</p><p>de uma só pessoa física ou de várias pessoas ordenadas</p><p>VERTICALMENTE ”. Ex.: Diretoria</p><p>2.2) ÓRGÃOS COLEGIADOS: “são aqueles formados por uma</p><p>coletividade de pessoas físicas ordenadas</p><p>HORIZONTALMENTE, com base em uma relação de</p><p>coligação ou coordenação”.</p><p>2.3 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA</p><p>2.3.1 CONCEITO</p><p>A administração indireta abrange o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à administração direta, têm o</p><p>objetivo de desempenhar, de forma descentralizada, as atividades administrativas.</p><p>2.3.2 CARACTERÍSTICAS COMUNS A TODAS AS ENTIDADES:</p><p>- São pessoas jurídicas, de direito público ou privado, instituídas por determinada entidade política para exercer uma parcela</p><p>de sua capacidade de autoadministração.</p><p>- Capacidade de autoadministração: segundo a qual exercem com autonomia a atividade que lhe foi transferida pela entidade</p><p>política, nos termos e limites da lei.</p><p>- Não possuem capacidade de autogoverno nem de autoconstituição, nem mesmo de autolegislação.</p><p>- São resultado do fenômeno da descentralização.</p><p>- Têm patrimônio próprio, receitas e orçamentos próprios.</p><p>ANÁLISE DAS ENTIDADES ADMINISTRATIVAS</p><p>AUTARQUIA</p><p>FUND. PUB. (PUBLICO) E FUNDAÇÃO</p><p>PUB (PRIVADO)</p><p>SOC. ECON. MISTA E</p><p>EMPRESA PÚBLICA</p><p>CONCEITO</p><p>Pessoa jurídica de direito</p><p>público, criada por lei, para</p><p>desenvolver atividades</p><p>típicas e próprias da</p><p>Administração.</p><p>Pessoa jurídica de direito público</p><p>(entendimento jurisprudencial) ou de</p><p>direito privado; as fundações são</p><p>pessoas jurídicas que nascem em razão</p><p>da existência de um patrimônio</p><p>vinculado ao cumprimento de uma</p><p>finalidade: desenvolver atividades com</p><p>um fim social.</p><p>Pessoas jurídicas de</p><p>direito privado, destinadas</p><p>à atividades</p><p>econômicas(art. 173, CF)</p><p>ou prestação de</p><p>serviços(art. 175, CF)</p><p>industriais ou comerciais,</p><p>em que o Estado tenha</p><p>interesse próprio ou</p><p>considere convenientes à</p><p>coletividade.</p><p>CRIAÇÃO Criada por lei</p><p>Fund. Pub. (Publico) - criada por lei</p><p>Fundação Pub (Privado) - autorizada</p><p>por lei</p><p>Autorizadas por lei.</p><p>PERSONALIDADE</p><p>JURÍDICA</p><p>Direito Público Direito Público ou Privado Direito Privado</p><p>RELAÇÃO COM O</p><p>ENTE POLÍTICO</p><p>Vinculação</p><p>(controle finalístico;</p><p>supervisão ministerial; tutela</p><p>administrativa)</p><p>Vinculação</p><p>(controle finalístico;</p><p>supervisão ministerial; tutela</p><p>administrativa)</p><p>Vinculação</p><p>(controle finalístico;</p><p>supervisão ministerial;</p><p>tutela administrativa)</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 26</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>REGIME JURÍDICO</p><p>Regime Jurídico de Direito</p><p>Público</p><p>Fund. Pub. (Publico)- Reg. Jur. Direito</p><p>Público</p><p>Fundação Pub (Privado)- Regime</p><p>Híbrido</p><p>Regime Híbrido</p><p>RELAÇÃO DE</p><p>TRABALHO</p><p>Estatutária</p><p>(Obs.: o STF suspendeu o</p><p>uso do regime celetista</p><p>através da ADI-MC 2135).</p><p>Fund. Pub. (Publico) – Estatutária.</p><p>(Obs.: o STF suspendeu o uso do</p><p>regime celetista através da ADI-</p><p>MC 2135).</p><p>Fundação Pub (Privado) – Celetista.</p><p>Celetista</p><p>LICITAÇÃO E</p><p>CONTRATOS</p><p>Realizados através de</p><p>LICITAÇÃO</p><p>Realizados através de LICITAÇÃO</p><p>Realizados através de</p><p>LICITAÇÃO</p><p>CONTROLE</p><p>EXTERNO</p><p>Controle feito pelo Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas</p><p>RESPONSABILI-</p><p>DADE CIVIL</p><p>Objetiva Objetiva</p><p>Art. 173: subjetiva</p><p>Art. 175: objetiva</p><p>FALÊNCIA NÃO</p><p>NOMEAÇÃO DOS</p><p>DIRIGENTES</p><p>Na forma que a lei ou o estatuto estabelecer; a nomeação do</p><p>dirigente compete ao Chefe do Executivo com prévia aprovação</p><p>do Poder Legislativo.</p><p>Na forma que a lei ou</p><p>o estatuto estabe-</p><p>lecer; a nomeação do</p><p>dirigente compete ao</p><p>Chefe</p><p>do Executivo,</p><p>mas não é válida a</p><p>exigência prévia</p><p>aprovação do Poder</p><p>Legislativo.</p><p>EXEMPLOS</p><p>UFC, INSS, Conselho Federal</p><p>de Farmácia (Aut. Reg. Esp),</p><p>Banco Central (Aut. Reg.</p><p>Esp.), ARCE, SEMACE, JUCEC,</p><p>ISSEC, DER, DETRAN, IJF,</p><p>IPM, AMC, etc.</p><p>FNS, UECE, UVA, URCA, IBGE, FUNAI</p><p>etc.</p><p>• Empresas Públicas:</p><p>Correios, CEF, CASA DA</p><p>MOEDA,SERPRO,</p><p>EMBRAPA etc.</p><p>• Soc. Economia Mista:</p><p>Banco do Brasil S/A,</p><p>Petrobrás S/A, Cagece</p><p>S/A, Docas S/A etc.</p><p>2.3.3 CARACTERÍSTICAS DAS ENTIDADES ADMINISTRATIVAS:</p><p>1) CONCEITO:</p><p>AUTARQUIA</p><p>FUND. PUB. (PUBLICO) E FUNDAÇÃO</p><p>PUB (PRIVADO)</p><p>SOC. ECON. MISTA E</p><p>EMPRESA PÚBLICA</p><p>CONCEITO</p><p>Pessoa jurídica de direito</p><p>público, criada por lei, para</p><p>desenvolver atividades</p><p>típicas e próprias da</p><p>Administração.</p><p>Pessoa jurídica de direito público</p><p>(entendimento jurisprudencial) ou de</p><p>direito privado que nascem em razão</p><p>do cumprimento de uma finalidade:</p><p>desenvolver atividades com um fim</p><p>social.</p><p>Pessoas jurídicas de</p><p>direito privado, destinadas</p><p>à atividades</p><p>econômicas(art. 173, CF)</p><p>ou prestação de</p><p>serviços(art. 175, CF)</p><p>industriais ou comerciais,</p><p>em que o Estado tenha</p><p>interesse próprio ou</p><p>considere convenientes à</p><p>coletividade.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 27</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>- AUTARQUIA é pessoa jurídica de direito público, criada por lei, para desenvolver atividades típicas(da função de</p><p>administrar) e próprias (que não visam lucro) da Administração Pública.</p><p>- FUNDAÇÃO PÚBLICA é pessoa jurídica de direito público (entendimento jurisprudencial) ou de direito privado que nascem</p><p>em razão do cumprimento de uma finalidade: desenvolver atividades com um fim social. Atividade que atende um fim social</p><p>é atividade que visa as justiças sociais, visa diminuir as desigualdades sociais. Tais atividades estão previstas, por exemplo, no</p><p>artigo 6º e Título VIII da CF (previdência social, assistência social, saúde, educação, cultura, desporto, ciência, tecnologia,</p><p>inovação, comunicação social, meio ambiente, família, criança, adolescente, jovem, idoso e índios).</p><p>A Fundação Pública, de todas as entidades, foi a que mais sofreu com mudanças de governos. Na atualidade, temos dois</p><p>tipos de fundações públicas: a de direito público (sengundo o STF) e a de direito privado.</p><p>- SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA E EMPRESA PÚBLICA: as empresas estatais (empresas do governo) são pessoas jurídicas</p><p>de direito privado, destinadas a atividades econômicas (Intervenção do domínio econômico na forma direta - art. 173, CF),</p><p>para balancear o mercado e evitar formação de cartel ou prestação de serviços (art. 175, CF) industriais ou comerciais, em</p><p>que o Estado tenha interesse próprio ou considere convenientes à coletividade.</p><p>A análise do conceito das entidades administrativas data da década de 60 (Decreto- Lei nº 200/67), de lá para cá tivemos</p><p>uma evolução nesse conceito, mas se faz necessário o conhecimento do dispositivo legal.</p><p>DECRETO- LEI Nº 200/67</p><p>Art. 4° A Administração Federal compreende:</p><p>I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e</p><p>dos Ministérios.</p><p>II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica</p><p>própria:</p><p>a) Autarquias;</p><p>b) Emprêsas Públicas;</p><p>c) Sociedades de Economia Mista.</p><p>d) fundações públicas. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)</p><p>Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área de</p><p>competência estiver enquadrada sua principal atividade. (Renumerado do § 1º pela Lei nº 7.596, de 1987)</p><p>§ 2 º (Revogado pela Lei nº 7.596, de 1987)</p><p>§ 3 º (Revogado pela Lei nº 7.596, de 1987)</p><p>Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:</p><p>I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar</p><p>atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e</p><p>financeira descentralizada.</p><p>II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital</p><p>exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Govêrno seja levado a exercer por fôrça de</p><p>contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. (Redação</p><p>dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)</p><p>III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a</p><p>exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua</p><p>maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)</p><p>IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude</p><p>de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito</p><p>público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento</p><p>custeado por recursos da União e de outras fontes. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)</p><p>§ 1º No caso do inciso III, quando a atividade fôr submetida a regime de monopólio estatal, a maioria acionária caberá</p><p>apenas à União, em caráter permanente.</p><p>§ 2º O Poder Executivo enquadrará as entidades da Administração Indireta existentes nas categorias constantes dêste artigo.</p><p>§ 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública</p><p>de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil</p><p>concernentes às fundações. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art10</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art10</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art5ii</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art5ii</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art5iii</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1ii</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1ii</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 28</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 37. XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de</p><p>sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua</p><p>atuação; (Redação dada pela EC nº 19/98)</p><p>Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será</p><p>permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos</p><p>em lei.</p><p>§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que</p><p>explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo</p><p>sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais,</p><p>trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração</p><p>pública; (Incluído pela Emenda Constitucional</p><p>nº 19, de 1998)</p><p>§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do</p><p>setor privado.</p><p>§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.</p><p>§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao</p><p>aumento arbitrário dos lucros.</p><p>Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de</p><p>fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.</p><p>Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através</p><p>de licitação, a prestação de serviços públicos.</p><p>Há também o conceito das empresas do governo na Lei das Estatais.</p><p>LEI Nº 13.303/2016</p><p>Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias,</p><p>abrangendo toda e qualquer empresa pública e sociedade de economia mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e</p><p>dos Municípios que explore atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, ainda</p><p>que a atividade econômica esteja sujeita ao regime de monopólio da União ou seja de prestação de serviços públicos.</p><p>Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e</p><p>com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos</p><p>Municípios.</p><p>Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação</p><p>autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos</p><p>Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta.</p><p>2) CRIAÇÃO E PERSONALIDADE JURÍDICA DAS ENTIDADES ADMINSITRATIVAS</p><p>CRIAÇÃO Criada por lei</p><p>Fund. Pub. (Publico) - criada por lei</p><p>Fundação Pub (Privado) - autorizada</p><p>por lei</p><p>Autorizadas por lei.</p><p>PERSONALIDADE</p><p>JURÍDICA</p><p>Direito Público Direito Público ou Privado Direito Privado</p><p>AUTARQUIA</p><p>FUND. PUB. (PUBLICO) E FUNDAÇÃO</p><p>PUB (PRIVADO)</p><p>SOC. ECON. MISTA E</p><p>EMPRESA PÚBLICA</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art22</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art22</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 29</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Hoje se faz necessário entendermos a ideia de personalidade jurídica, que é a aptidão genérica para se adquirir direitos e</p><p>obrigações. As pessoas jurídicas adquirem essa capacidade de duas formas: por lei ou por registro (que pode ser em um</p><p>Cartório -também conhecido como RCPJ- ou na Junta Comercial). As pessoas que adquirem a capacidade por lei passam a ser</p><p>conhecidas como pessoas jurídicas de direito público e as que adquirem por registro passam a ser conhecidas como pessoas</p><p>jurídicas de direito privado.</p><p>Com relação à Administração Indireta, as autarquias (e as fundações públicas de direito público- segundo o STF) são pessoas</p><p>jurídicas de direito público, pois adquirem a personalidade por lei, já as fundações públicas de direito privado, as sociedades</p><p>de economia mistas e as empresas públicas adquirem essa capacidade após o registro, consequentemente são pessoas</p><p>jurídicas de direito privado.</p><p>Em se tratando dessas entidades adminsitrativas, com o advento da EC nº 19/98, o legislador constituinte entendeu que as</p><p>pessoas que adquirem personalidade com a lei são consideradas criadas por ela e as que adquirem por registro são</p><p>autorizadas por lei.</p><p>Nem sempre foi assim. O texto original trazia a ideia de que todas eram criadas, somente após a EC 19/98 tivemos essa</p><p>alteração de nomenclatura.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>TEXTO ORIGINAL- ART. 37, XIX TEXTO ALTERADO- EC 19/98- ART. 37, XIX</p><p>Art. 37. XIX - somente por lei específica poderão</p><p>ser criadas empresa pública , sociedade de</p><p>economia mista, autarquia ou fundação pública</p><p>Art. 37. XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e</p><p>autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia</p><p>mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso,</p><p>definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela EC nº 19/98)</p><p>- É necessário uma observação com relação à Fundação Pública. Embora o texto alterado do artigo 37, XIX, determine que</p><p>elas são autorizadas por lei (trazendo a ideia de pessoas jurídica de direito privado), O STF (Supremo Tribunal Federal)</p><p>entendeu, fazendo uma análise sistêmica da CF, que existem os dois tipos de fundações públicas: a de direito público e a de</p><p>direito privado.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 40 (ANTIGA REDAÇÃO). Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos</p><p>Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário,</p><p>mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios</p><p>que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,</p><p>19.12.2003)</p><p>Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e</p><p>aos Municípios:</p><p>VI - instituir impostos sobre:</p><p>a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;</p><p>§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que</p><p>se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>O Supremo Tribunal Federal admite a existência de fundações públicas com personalidade de direito público, e fundações</p><p>públicas com personalidade jurídica de direito privado.</p><p>STF- ADI 191 / RS - RIO GRANDE DO SUL - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE</p><p>Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA</p><p>Julgamento: 29/11/2007 Órgão Julgador: Tribunal Pleno</p><p>Ementa</p><p>EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. ART. 28 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.</p><p>EQUIPARAÇÃO ENTRE SERVIDORES DE FUNDAÇÕES INSTITUÍDAS OU MANTIDAS PELO ESTADO E SERVIDORES DAS</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 30</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>FUNDAÇÕES PÚBLICAS: INCONSTITUCIONALIDADE. 1. A distinção entre fundações públicas e privadas decorre da forma como</p><p>foram criadas, da opção legal pelo regime jurídico a que se submetem, da titularidade de poderes e também da natureza dos</p><p>serviços por elas prestados. 2. A norma questionada aponta para a possibilidade de serem equiparados os servidores de toda</p><p>e qualquer fundação privada, instituída ou mantida pelo Estado, aos das fundações públicas. 3. Sendo diversos os regimes</p><p>jurídicos, diferentes são os direitos e os deveres que se combinam e formam os fundamentos da relação empregatícia</p><p>firmada. A equiparação de regime, inclusive o remuneratório, que se aperfeiçoa pela equiparação de vencimentos, é prática</p><p>vedada pelo art. 37, inc. XIII, da Constituição brasileira e contrária à Súmula 339 do Supremo Tribunal Federal. Precedentes.</p><p>4. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada procedente.</p><p>CRIAÇÃO DAS SUBSIDIÁRIAS</p><p>E para finalizarmos esse ponto, vamos</p><p>tratar das subisdiárias. A CF determina que depende de autorização legislativa a</p><p>criação de subsidiárias das entidades da Administração Indireta e a participação delas em empresas privadas.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 37. XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de</p><p>sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua</p><p>atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso</p><p>anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;</p><p>Mas o STF (Supremo Tribunal Federal) tem entendido que se a lei que institui a empresa matriz, já mencionar a criação da</p><p>subisidária, não é necessário uma nova autorização legislativa.</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>Quando a lei instituidora de uma entidade da Administração Indireta já prevê a criação de subsidiárias não é necessário</p><p>autorização legislativa para a criação destas subsidiárias.</p><p>ADI 1649 / DF - DISTRITO FEDERAL -AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE</p><p>Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA</p><p>Julgamento: 24/03/2004 Órgão Julgador: Tribunal Pleno</p><p>Ementa</p><p>EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 9478/97. AUTORIZAÇÃO À PETROBRÁS PARA CONSTITUIR</p><p>SUBSIDIÁRIAS. OFENSA AOS ARTIGOS 2º E 37, XIX E XX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA. ALEGAÇÃO</p><p>IMPROCEDENTE. 1. A Lei 9478/97 não autorizou a instituição de empresa de economia mista, mas sim a criação de</p><p>subsidiárias distintas da sociedade-matriz, em consonância com o inciso XX, e não com o XIX do artigo 37 da Constituição</p><p>Federal. 2. É dispensável a autorização legislativa para a criação de empresas subsidiárias, desde que haja previsão para esse</p><p>fim na própria lei que instituiu a empresa de economia mista matriz, tendo em vista que a lei criadora é a própria medida</p><p>autorizadora. Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente.</p><p>3) RELAÇÃO COM O ENTE POLÍTICO</p><p>Não existe subordinação entre um ente político e um ente administrativo. O que existe é uma relação de vinculação ou</p><p>coordenação, também conhecida como controle finalístico (o ente político fica controlando o ente administrativo para saber</p><p>se ele vai atingir a finalidade para qual foi criado), e ainda tutela administrativa. Na esfera federal esse controle normalmente</p><p>RELAÇÃO COM O</p><p>ENTE POLÍTICO</p><p>Vinculação</p><p>(controle finalístico;</p><p>supervisão ministerial; tutela</p><p>administrativa)</p><p>Vinculação</p><p>(controle finalístico;</p><p>supervisão ministerial; tutela</p><p>administrativa)</p><p>Vinculação</p><p>(controle finalístico;</p><p>supervisão ministerial;</p><p>tutela administrativa)</p><p>AUTARQUIA</p><p>FUND. PUB. (PUBLICO) E FUNDAÇÃO</p><p>PUB (PRIVADO)</p><p>SOC. ECON. MISTA E</p><p>EMPRESA PÚBLICA</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 31</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>é feito pelos ministérios, por esse motivo é conhecido com supervisão ministerial. Essa análise está prevista no artigo 4º, §</p><p>único do Decreto-lei nº 200/67.</p><p>DECRETO- LEI Nº 200/67</p><p>Art. 4° A Administração Federal compreende:</p><p>I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e</p><p>dos Ministérios.</p><p>II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica</p><p>própria:</p><p>a) Autarquias;</p><p>b) Emprêsas Públicas;</p><p>c) Sociedades de Economia Mista.</p><p>d) fundações públicas. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)</p><p>Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área de</p><p>competência estiver enquadrada sua principal atividade. (Renumerado do § 1º pela Lei nº 7.596, de 1987)</p><p>4) REGIME JURÍDICO E RELAÇÃO DE TRABALHO</p><p>REGIME JURÍDICO</p><p>Regime Jurídico de Direito</p><p>Público</p><p>Fund. Pub. (Publico)- Reg. Jur. Direito</p><p>Público</p><p>Fundação Pub (Privado)- Regime</p><p>Híbrido</p><p>Regime Híbrido</p><p>RELAÇÃO DE</p><p>TRABALHO</p><p>Estatutária</p><p>(Obs.: o STF suspendeu o</p><p>uso do regime celetista</p><p>através da ADI-MC 2135).</p><p>Fund. Pub. (Publico) – Estatutária.</p><p>(Obs.: o STF suspendeu o uso do</p><p>regime celetista através da ADI-</p><p>MC 2135).</p><p>Fundação Pub (Privado) – Celetista.</p><p>Celetista</p><p>AUTARQUIA</p><p>FUND. PUB. (PUBLICO) E FUNDAÇÃO</p><p>PUB (PRIVADO)</p><p>SOC. ECON. MISTA E</p><p>EMPRESA PÚBLICA</p><p>Regime jurídico é o estudo das regras e princípios que regem as relações.</p><p>O regime jurídico das entidades administrativas trata das regras e princípios que serão usados nas relações entre a entidade</p><p>e o administrado. As autarquias e as fundações públicas de direito público se sbmetem ao regime jurídico de direito público,</p><p>ou seja, suas relações são regidas por regras de direito público, a exemplo do Direito Constitucional, Administrativo, Penal,</p><p>Tributário, Processual etc. Já as fundações públicas de direito privado, as sociedades de economia mistas e as empresas</p><p>públicas se submetem a regime híbrido nas suas relações (incidência de regras de direito público e direito privado). Isso</p><p>porque são pessoas jurídicas de direito privado (por isso as incidência do direito privado, a exemplo do Direito do Trabalho,</p><p>Civil etc), mas por desenvolverem funções de Estado também se submetem às regras de direito público (como concurso</p><p>público, licitações, regras de acumulação de cargos etc).</p><p>Cumpre ressaltar que as sociedades de economia mistas e empresas públicas que desenvolvem atividade de natureza</p><p>econômica (art. 173 da CF), têm regime híbrido, com predominância do direito privado; já as sociedades de economia mistas</p><p>e empresas públicas que desenvolvem atividades de prestação de serviços públicos (art. 175 da CF), estão cada vez mais</p><p>protegidas pelas regras de direito público. Mas cuidado!!! Isso acontece em decorrência da atividade que elas desenvolvem.</p><p>E para que elas tenham a incidência das regras de direito público, o bem, renda ou serviço tem que está vinculado à atividade</p><p>essencial, segundo a jurisprudência dos Tribunais.</p><p>Em se tratando de relação de ‘trabalho’, a doutrina e jurisprudência majoritárias vem entendendo que todas as entidades</p><p>para admissão de pessoal precisam fazer concurso público, salvo os cargos em comissão, que são de livre nomeação e</p><p>exoneração (conforme artigo 37, II da CF), mas as autarquias e fundações públicas de direito público se submetem à relação</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 32</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>estatutária (Lei Administrativa- Estatuto do Servidor Público), seus servidores ocupam cargos públicos efetivos e adquirem</p><p>estabilidade após três anos de efetivo exercício (conforme artigo 41 da CF). Já as fundações públicas de direito privado,</p><p>sociedades de economia mistas e empresas públicas se submetem à relação celetista (CLT), apesar de concurso público, seus</p><p>empregados ocupam empregos públicos e não adquirem estabilidade.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios</p><p>obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada</p><p>pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de</p><p>acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em</p><p>comissão declarado em lei de livre</p><p>nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida</p><p>quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.</p><p>§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem</p><p>atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e</p><p>tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública;</p><p>(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas</p><p>minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores. (Incluído pela Emenda</p><p>Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do</p><p>setor privado.</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>1) EMPRESAS PÚBLICAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS, OS BENS SÃO CONSIDERADOS IMPENHORÁVEIS</p><p>STF- RE 230051- EMBARGOS DE DECLARAÇÃO</p><p>RELATOR:Maurício Correa.</p><p>Julgamento: 11/06/2003. Órgão Julgado: Tribunal Pleno.</p><p>Ementa:</p><p>EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS.</p><p>IMPENHORABILIDADE DE SEUS BENS, RENDAS E SERVIÇOS. RECEPÇÃO DO ARTIGO 12 DO DECRETO-LEI Nº 509/69. 1. À</p><p>empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, pessoa jurídica equiparada à Fazenda Pública, é aplicável o privilégio da</p><p>impenhorabilidade de seus bens, rendas e serviços. Recepção do artigo 12 do Decreto-Lei nº 509/69 e não-incidência da</p><p>restrição contida no artigo 173, § 1º, da Constituição Federal, que submete a empresa pública, a sociedade de economia</p><p>mista e outras entidades que explorem atividade econômica ao regime próprio das empresas privadas, inclusive quanto às</p><p>obrigações trabalhistas e tributárias. 2. Empresa pública que não exerce atividade econômica e presta serviço público da</p><p>competência da União Federal e por ela mantido. Execução. Observância ao regime de precatório, sob pena de vulneração do</p><p>disposto no artigo 100 da Constituição Federal. Vícios no julgamento. Embargos de declaração rejeitados.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art22</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art22</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art22</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art22</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art22</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art22</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art22</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 33</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>2)EMPRESA PÚBLICA PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO BENEFICIA-SE DA IMUNIDADE RECÍPROCA TRIBUTÁRIA</p><p>ACO N. 765-RJ</p><p>RELATOR: MIN. MARCO AURÉLIO</p><p>Ementa.</p><p>EMENTA: CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. ART. 102, I, “F”, DA</p><p>CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - EBCT. EMPRESA PÚBLICA. PRESTAÇÃO DE</p><p>SERVIÇO POSTAL E CORREIO AÉREO NACIONAL. SERVIÇO PÚBLICO. ART. 21, X, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.</p><p>1. A prestação do serviço postal consubstancia serviço público [art. 175 da CB/88]. A Empresa Brasileira de Correios e</p><p>Telégrafos é uma empresa pública, entidade da Administração Indireta da União, como tal tendo sido criada pelo decreto-lei</p><p>nº 509, de 10 de março de 1969. 2. O Pleno do Supremo Tribunal Federal declarou, quando do julgamento do RE 220.906,</p><p>Relator o Ministro MAURÍCIO CORRÊA, DJ 14.11.2002, à vista do disposto no artigo 6o do decreto-lei nº 509/69, que a</p><p>Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é “pessoa jurídica equiparada à Fazenda Pública, que explora serviço de</p><p>competência da União (CF, artigo 21, X)”. 3. Impossibilidade de tributação de bens públicos federais por Estado-membro, em</p><p>razão da garantia constitucional de imunidade recíproca. 4. O fato jurídico que deu ensejo à causa é a tributação de bem</p><p>público federal. A imunidade recíproca, por sua vez, assenta-se basicamente no princípio da Federação. Configurado conflito</p><p>federativo entre empresa pública que presta serviço público de competência da União e Estado-membro, é competente o</p><p>Supremo Tribunal Federal para o julgamento da ação cível originária, nos termos do disposto no artigo 102, I, “f”, da</p><p>Constituição. 5. Questão de ordem que se resolve pelo reconhecimento da competência do Supremo Tribunal Federal para</p><p>julgamento da ação.</p><p>3) NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO DA DISPENSA PARA EMPRESAS ESTATAIS PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO</p><p>STF- RE 589998 / PI - PIAUÍ</p><p>Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI</p><p>Julgamento: 20/03/2013 Órgão Julgador: Tribunal Pleno</p><p>Ementa</p><p>EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS – ECT. DEMISSÃO IMOTIVADA DE SEUS EMPREGADOS.</p><p>IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO DA DISPENSA. RE PARCIALEMENTE PROVIDO.</p><p>I - Os empregados públicos não fazem jus à estabilidade prevista no art. 41 da CF, salvo aqueles admitidos em período</p><p>anterior ao advento da EC nº 19/1998. Precedentes.</p><p>II - Em atenção, no entanto, aos princípios da impessoalidade e isonomia, que regem a admissão por concurso publico, a</p><p>dispensa do empregado de empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços públicos deve ser</p><p>motivada, assegurando-se, assim, que tais princípios, observados no momento daquela admissão, sejam também respeitados</p><p>por ocasião da dispensa.</p><p>III – A motivação do ato de dispensa, assim, visa a resguardar o empregado de uma possível quebra do postulado da</p><p>impessoalidade por parte do agente estatal investido do poder de demitir.</p><p>IV - Recurso extraordinário parcialmente provido para afastar a aplicação, ao caso, do art. 41 da CF, exigindo-se, entretanto, a</p><p>motivação para legitimar a rescisão unilateral do contrato de trabalho.</p><p>5) LICITAÇÕES E CONTRATOS</p><p>AUTARQUIA</p><p>FUND. PUB. (PUBLICO) E FUNDAÇÃO</p><p>PUB (PRIVADO)</p><p>SOC. ECON. MISTA E</p><p>EMPRESA PÚBLICA</p><p>LICITAÇÃO E</p><p>CONTRATOS</p><p>Contratam, regra geral,</p><p>através de LICITAÇÃO as</p><p>obras, serviços, compras e</p><p>alienações.</p><p>Contratam, regra geral, através de</p><p>LICITAÇÃO as obras, serviços, compras</p><p>e alienações.</p><p>Contratam, regra geral,</p><p>através de LICITAÇÃO as</p><p>obras, serviços, compras e</p><p>alienações.</p><p>As entidades administrativas, assim como as entidades políticas contratam, regra geral, através de LICITAÇÃO as obras,</p><p>serviços, compras e alienações. Essa é a previsão constitucional.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 34</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos</p><p>Municípios obedecerá aos princípios de</p><p>legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao</p><p>seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante</p><p>processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam</p><p>obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as</p><p>exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.</p><p>§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser</p><p>ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de</p><p>metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de</p><p>1998)</p><p>Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será</p><p>permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos</p><p>em lei.</p><p>§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que</p><p>explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo</p><p>sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração</p><p>pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>O artigo 173 §1º, III da Constituição Federal determina que o Estatuto Jurídico das Estatais vai dispor sobre licitações e</p><p>contratos. Esse estatuto é a Lei nº 13.303/2016, que trata do assunto no seu Título II. A Lei nº 8.666/93 tem aplicação</p><p>subsidiária.</p><p>Lei nº 13.303/2016</p><p>Art. 28. Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços às empresas públicas e às sociedades de economia</p><p>mista, inclusive de engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação de bens, à alienação de bens e ativos integrantes do</p><p>respectivo patrimônio ou à execução de obras a serem integradas a esse patrimônio, bem como à implementação de ônus</p><p>real sobre tais bens, serão precedidos de licitação nos termos desta Lei, ressalvadas as hipóteses previstas nos arts. 29 e 30.</p><p>6) CONTROLE EXTERNO (CONTROLE FINANCEIRO)</p><p>AUTARQUIA</p><p>FUND. PUB. (PUBLICO) E FUNDAÇÃO</p><p>PUB (PRIVADO)</p><p>SOC. ECON. MISTA E</p><p>EMPRESA PÚBLICA</p><p>CONTROLE</p><p>EXTERNO</p><p>(FINANCEIRO)</p><p>Controle feito pelo Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas</p><p>O controle financeiro (da prestação de contas) atinge toda a Administração Pública, inclusive as entidades da Administração</p><p>Indireta. Tal controle é feito pelo Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas. Na esfera federal, o controle é feito pelo</p><p>Congresso Nacional com o auxílio do TCU (Tribunal de Contas da União). Na esfera estadual, o controle é feito pela</p><p>Assembléia Legislativa com o auxílio do TCE (Tribunal de Contas do Estado). Já na esfera municipal o controle é feito pela</p><p>Câmara Municipal com o auxílio do TCE (Tribunal de Contas do Estado) ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de</p><p>Contas dos Municípios, onde houver.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos</p><p>sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.</p><p>§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do</p><p>Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art22</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art22</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 35</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao</p><p>qual compete:</p><p>I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado</p><p>em sessenta dias a contar de seu recebimento;</p><p>II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta</p><p>e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que</p><p>derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>Sociedade de economia mista se submete a fiscalização por parte do Tribunal de Contas</p><p>STF- MS 25092 ED / DF - DISTRITO FEDERAL</p><p>EMB.DECL.NO MANDADO DE SEGURANÇA</p><p>Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI</p><p>Julgamento: 28/08/2008 Órgão Julgador: Tribunal Pleno</p><p>EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. TRIBUNAL DE CONTAS. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA: FISCALIZAÇÃO</p><p>PELO TRIBUNAL DE CONTAS. ADVOGADO EMPREGADO DA EMPRESA QUE DEIXA DE APRESENTAR APELAÇÃO EM QUESTÃO</p><p>RUMOROSA. I. - Ao Tribunal de Contas da União compete julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por</p><p>dinheiros, bens e valores públicos da Administração Direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e</p><p>mantidas pelo poder público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que</p><p>resulte prejuízo ao erário (CF, art. 71, II; Lei 8.443, de 1992, art. 1º, I). II. - As empresas públicas e as sociedades de economia</p><p>mista, integrantes da administração indireta, estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas, não obstante os seus</p><p>servidores estarem sujeitos ao regime celetista. III. - Numa ação promovida contra a CHESF, o responsável pelo seu</p><p>acompanhamento em juízo deixa de apelar. O argumento de que a não-interposição do recurso ocorreu em virtude de não</p><p>ter havido adequada comunicação da publicação da sentença constitui matéria de fato dependente de dilação probatória, o</p><p>que não é possível no processo do mandado de segurança, que pressupõe fatos incontroversos. IV. - Mandado de segurança</p><p>indeferido.</p><p>7) RESPONSABILIDADE CIVIL DAS ENTIDADES</p><p>AUTARQUIA</p><p>FUND. PUB. (PUBLICO) E FUNDAÇÃO</p><p>PUB (PRIVADO)</p><p>SOC. ECON. MISTA E</p><p>EMPRESA PÚBLICA</p><p>RESPONSABILIDADE</p><p>CIVIL DAS</p><p>ENTIDADES</p><p>OBJETIVA OBJETIVA</p><p>ATIVIDADES:</p><p>- ART.173- CF: SUBJETIVA</p><p>- ART. 175-CF: OBJETIVA</p><p>A responsabilidade civil do Estado é a obrigação de reparar os danos causados a terceiros em face de comportamento</p><p>imputável aos seus agentes.</p><p>Com relação às entidades da Administração Indireta, a regra constitucional estatui que as pessoas jurídicas de direito público</p><p>e as pessoas jurídicas de direito privados prestadoras de serviços públicos respondem pelos danos que seus agentes causem</p><p>a terceiros, aplicando a regra do artigo 37, § 6º (que adota a responsabilidade objetiva; o que siginifca dizer que a vítima,</p><p>para ter o dano reparado, precisa demonstrar 3 elementos, quais sejam, conduta, resultado (dano) e nexo causal (ligação que</p><p>existe entre a conduta e o resultado). Essa regra atinge, portanto, as autarquias, as fundações públicas (de direito público e</p><p>privado) e as sociedades de economia mistas e empresas públicas que prestam serviços públicos (artigo 175 da CF).</p><p>Já as empresas públicas e sociedades de economia mistas que desenvolvem atividades econômicas (artigo 173 da CF),</p><p>respondem pelo dano que seus agentes causem a terceiros,</p><p>adotando a regra da responsabilidade subjetiva, prevista no</p><p>artigo 173 §1º, II, na análise das obrigações civis (nesse caso, a vítima precisa demonstrar 4 elementos, para ter o dano</p><p>reparado, quais sejam, conduta, resultado (dano), nexo causal (ligação que existe entre a conduta e o resultado) e prova de</p><p>culpa (comprovação de dolo (intenção) ou culpa (em uma de suas modalidades, negligência, imprudência ou imperícia).</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 36</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 37. § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão</p><p>pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável</p><p>nos casos de dolo ou culpa.</p><p>Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será</p><p>permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos</p><p>em lei.</p><p>§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que</p><p>explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo</p><p>sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais,</p><p>trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>8) FALÊNCIA DAS EMPRESAS ESTATAIS</p><p>AUTARQUIA</p><p>FUND. PUB. (PUBLICO) E FUNDAÇÃO</p><p>PUB (PRIVADO)</p><p>SOC. ECON. MISTA E</p><p>EMPRESA PÚBLICA</p><p>FALÊNCIA -- -- NÃO</p><p>Pelas regras atuais, prevista na Lei de Falência, as empresas públicas e sociedades de economia mistas não podem falir.</p><p>LEI Nº 11.101/2005</p><p>Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.</p><p>Art. 2o Esta Lei não se aplica a:</p><p>I – empresa pública e sociedade de economia mista;</p><p>*** ATENÇÃO***</p><p>TEMOS NOVIDADE JURISPRUDENCIAL:</p><p>STF- REPERCUSSÃO GERAL - ADMINISSIBILIDADE</p><p>TEMA 1101 - APLICAÇÃO DO REGIME DE FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL, PREVISTO NA LEI Nº 11.101/05,</p><p>ÀS EMPRESAS ESTATAIS.</p><p>PROCESSO: RE 1249945</p><p>Órgão julgador: Tribunal Pleno</p><p>Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO</p><p>Julgamento: 27/08/2020 Publicação: 27/11/2020</p><p>Ementa</p><p>Ementa: Direito Administrativo e Constitucional. Recurso extraordinário. Constitucionalidade da incidência do</p><p>regime de falência e recuperação judicial às empresas estatais. Presença de repercussão geral. 1. Constitui</p><p>questão constitucional saber se as empresas estatais podem se submeter ao regime de falência e recuperação</p><p>judicial da Lei nº 11.101/2005, com fundamento no art. 173, §1º, II, da Constituição. 2. Repercussão geral</p><p>reconhecida.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art22</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 37</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>9) INDICAÇÃO E NOMEAÇÃO DOS DIRIGENTES</p><p>AUTARQUIA</p><p>FUND. PUB. (PUBLICO) E FUNDAÇÃO</p><p>PUB (PRIVADO)</p><p>SOC. ECON. MISTA E</p><p>EMPRESA PÚBLICA</p><p>NOMEAÇÃO DOS</p><p>DIRIGENTES</p><p>Na forma que a lei ou o estatuto estabelecer; a nomeação do</p><p>dirigente compete ao Chefe do Executivo com prévia aprovação</p><p>do Poder Legislativo.</p><p>Na forma que a lei ou</p><p>o estatuto estabe-</p><p>lecer; a nomeação do</p><p>dirigente compete ao</p><p>Chefe do Executivo,</p><p>mas não é válida a</p><p>exigência prévia</p><p>aprovação do Poder</p><p>Legislativo.</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>PROVIMENTO DE CARGOS DIRETIVOS DAS ENTIDADES DA ADM. INDIRETA</p><p>STF- ADI 1642 / MG - MINAS GERAIS</p><p>AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE</p><p>Relator(a): Min. EROS GRAU</p><p>Julgamento: 03/04/2008 Órgão Julgador: Tribunal Pleno</p><p>Publicação: 19-09-2008</p><p>Ementa</p><p>EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ALÍNEA "d" DO INCISO XXIII DO ARTIGO 62 DA CONSTITUIÇÃO DO</p><p>ESTADO DE MINAS GERAIS. APROVAÇÃO DO PROVIMENTO, PELO EXECUTIVO, DOS CARGOS DE PRESIDENTE DAS</p><p>ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA ESTADUAL PELA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO</p><p>DO DISPOSTO NO ARTIGO 173, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. DISTINÇÃO ENTRE EMPRESAS ESTATAIS PRESTADORAS DE</p><p>SERVIÇO PÚBLICO E EMPRESAS ESTATAIS QUE DESENVOLVEM ATIVIDADE ECONÔMICA EM SENTIDO ESTRITO. REGIME</p><p>JURÍDICO ESTRUTURAL E REGIME JURÍDICO FUNCIONAL DAS EMPRESAS ESTATAIS. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL.</p><p>INTERPRETAÇÃO CONFORME À CONSTITUIÇÃO. 1. Esta Corte em oportunidades anteriores definiu que a aprovação, pelo</p><p>Legislativo, da indicação dos Presidentes das entidades da Administração Pública Indireta restringe-se às autarquias e</p><p>fundações públicas, dela excluídas as sociedades de economia mista e as empresas públicas. Precedentes. 2. As sociedades</p><p>de economia mista e as empresas públicas que explorem atividade econômica em sentido estrito estão sujeitas, nos termos</p><p>do disposto no § 1º do artigo 173 da Constituição do Brasil, ao regime jurídico próprio das empresas privadas. 3. Distinção</p><p>entre empresas estatais que prestam serviço público e empresas estatais que empreendem atividade econômica em sentido</p><p>estrito 4. O § 1º do artigo 173 da Constituição do Brasil não se aplica às empresas públicas, sociedades de economia mista e</p><p>entidades (estatais) que prestam serviço público. 5. A intromissão do Poder Legislativo no processo de provimento das</p><p>diretorias das empresas estatais colide com o princípio da harmonia e interdependência entre os poderes. A escolha dos</p><p>dirigentes dessas empresas é matéria inserida no âmbito do regime estrutural de cada uma delas. 6. Pedido julgado</p><p>parcialmente procedente para dar interpretação conforme à Constituição à alínea "d" do inciso XXIII do artigo 62 da</p><p>Constituição do Estado de Minas Gerais, para restringir sua aplicação às autarquias e fundações públicas, dela excluídas as</p><p>empresas estatais, todas elas.</p><p>2.3.4. DISTINÇÃO ENTRE AS EMPRESAS PÚBLICAS E AS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTAS</p><p>Agora, trataremos das diferenças entre as sociedades de economia mistas e empresas públicas. Existem basicamente três</p><p>diferenças entre elas: capital, forma jurídica e foro processual (em matéria comum).</p><p>A primeira diferença é o capital. A sociedade de economia mista deve ter capital público e capital privado e o capital público</p><p>deve ser o acionista majoritário. Esse capital pode ser de um ente politico ou de um ente administrativo. Já a empresa</p><p>pública deve ter capital 100% público (e ela pode ser unipessoal- capital de um só ente (político)- ou pluripessoal- várias</p><p>pessoas da Adminsitração Pública, tendo com acionista majoritário o ente político).</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 38</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>A segunda diferença é a forma jurídica. Toda sociedade de economia mista tem que ter a forma de S/A, já a empresa pública</p><p>pode ter qualquer forma admitida em direito.</p><p>A terceira diferença é o foro processual em matéria comum. A sociedade de economia mista federal, em regra, tem foro na</p><p>justiça estadual e a empresa pública federal tem foro na justiça federal.</p><p>DISTINÇÕES ENTRE EMPRESA PÚBLIC A E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA</p><p>SOC. ECON. MISTA EMP. PÚB</p><p>COMPOSIÇÃO DO</p><p>CAPITAL</p><p>É obrigatoriamente formado pela conjugação de</p><p>capital público e privado</p><p>(e o controle acionário deve ser da Adm. Pública)</p><p>É integralmente público</p><p>(ela pode ser unipessoal ou pluripessoal).</p><p>FORMA JURÍDICA Devem ter a forma de S/A</p><p>(sendo reguladas basicamente pela Lei das Soc.</p><p>por Ações -Lei nº 6.404/76)</p><p>Podem revestir qualquer das formas</p><p>admitidas no direito</p><p>FORO</p><p>PROCESSUAL</p><p>PARA ENTIDADES</p><p>FEDERAIS</p><p>Em matéria comum, não foram contempladas</p><p>com o foro na Justiça Federal. ¹</p><p>Em matéria comum, as causas serão</p><p>contempladas na Justiça Federal.</p><p>(art. 109, I, CF)</p><p>1. Súmulas 508, 517 e 556 do STF.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:</p><p>I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras,</p><p>rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do</p><p>Trabalho;</p><p>DECRETO- LEI Nº 200/67</p><p>Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:</p><p>II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital</p><p>exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Govêrno seja levado a exercer por fôrça de</p><p>contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. (Redação</p><p>dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)</p><p>III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a</p><p>exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua</p><p>maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)</p><p>§ 1º No caso do inciso III, quando a atividade fôr submetida a regime de monopólio estatal, a maioria acionária caberá</p><p>apenas à União, em caráter permanente.</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>STF- SÚMULA Nº 508</p><p>COMPETE À JUSTIÇA ESTADUAL, EM AMBAS AS INSTÂNCIAS, PROCESSAR E JULGAR AS CAUSAS EM QUE FOR PARTE O BANCO</p><p>DO BRASIL S.A.</p><p>STF- SÚMULA Nº 517</p><p>AS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA SÓ TÊM FORO NA JUSTIÇA FEDERAL, QUANDO A UNIÃO INTERVÉM COMO ASSISTENTE</p><p>OU OPOENTE.</p><p>STF- SÚMULA Nº 556</p><p>É COMPETENTE A JUSTIÇA COMUM PARA JULGAR AS CAUSAS EM QUE É PARTE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art5ii</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art5ii</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art5iii</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 39</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>DECRETO- LEI Nº 900/69</p><p>Art . 5º Desde que a maioria do capital votante permaneça de propriedade da União, será admitida, no capital da Emprêsa</p><p>Pública (artigo 5º inciso II, do Decreto-lei número 200, de 25 de fevereiro de 1967), a participação de outras pessoas jurídicas</p><p>de direito público interno bem como de entidades da Administração Indireta da União, dos Estados, Distrito Federal e</p><p>Municípios.</p><p>LEI Nº 13.303/2016</p><p>Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias,</p><p>abrangendo toda e qualquer empresa pública e sociedade de economia mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e</p><p>dos Municípios que explore atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, ainda</p><p>que a atividade econômica esteja sujeita ao regime de monopólio da União ou seja de prestação de serviços públicos.</p><p>Art. 2º A exploração de atividade econômica pelo Estado será exercida por meio de empresa pública, de sociedade de</p><p>economia mista e de suas subsidiárias.</p><p>Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e</p><p>com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos</p><p>Municípios.</p><p>Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do Estado, do Distrito Federal</p><p>ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público</p><p>interno, bem como de entidades da administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.</p><p>Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação</p><p>autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos</p><p>Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta.</p><p>§ 1º A pessoa jurídica que controla a sociedade de economia mista tem os deveres e as responsabilidades do acionista</p><p>controlador, estabelecidos na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 , e deverá exercer o poder de controle no interesse</p><p>da companhia, respeitado o interesse público que justificou sua criação.</p><p>§ 2º Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade de economia mista com registro na Comissão de Valores Mobiliários</p><p>sujeita-se às disposições da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976 .</p><p>Art. 5º A sociedade de economia mista será constituída sob a forma de sociedade anônima e, ressalvado o disposto nesta Lei,</p><p>estará sujeita ao regime previsto na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 .</p><p>2.3.4 CLASSIFICAÇÃO DE AUTARQUIA</p><p>As mudanças jurídicas e políticas fizeram com que autarquia se tornasse gênero de várias espécies. Nos dias atuais, autarquia</p><p>é gênero de cinco espécies: ordinárias (ou comuns), em regime especial (dentre elas as agencias reguladoras e executivas), as</p><p>fundações pública de direito público (fundações autárquicas ou autarquias fundacionais), consórcios públicos de direito</p><p>público e territórios.</p><p>CLASSIFICAÇÃO DE AUTARQUIA</p><p>CLASSIFICAÇÃO</p><p>1. ORDINÁRIAS OU COMUNS</p><p>2. FUNDAÇÕES PÚBLICAS (COM PERSONALIDADE DE DIR. PÚB)</p><p>3. AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL → (LATO SENSU)</p><p>AGÊNCIAS REGULADORAS</p><p>AGÊNCIAS EXECUTIVAS</p><p>4. CONSÓRCIOS PÚBLICOS (COM PERSONALIDADE DE DIREITO PUB).</p><p>5. TERRITÓRIOS</p><p>Já estudamos as características das autarquias (ordinárias ou comuns) e das fundações públicas de direito público.</p><p>Agora passaremos a estudar as demais espécies.</p><p>- AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL:</p><p>Autarquias em regime especial são aquelas que possuem uma ou algumas características próprias, que as tornam "especiais",</p><p>se comparadas com as Autarquias comuns, como por exemplo, maior autonomia administrativa, técnica ou financeira.</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 40</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>AGÊNCIAS REGULADORAS</p><p>1) Estão sendo criadas como autarquias em regime especial;</p><p>2) Objetivo (artigo 174 da CF): Agente Normativo- NORMATIZAR, REGULAMENTAR, FISCALIZAR, CONTROLAR AS DIVERSAS</p><p>ATIVIDADES- para exercer este papel, ela acaba tendo mais autonomia e liberdade que as demais autarquias;</p><p>3) Não tem função legislativa, POIS NÃO TEM CAPACIDADE POLÍTICA;</p><p>4) SOBRE OS DIRIGENTES:</p><p>4.1) Nomeação do Executivo com a aprovação do Legislativo.</p><p>4.2) Mandado fixo com estabilidade</p><p>4.3) Período de quarentena: 6 meses* (*quando a lei específica expressamente não mencionar, aplica-se a Lei nº 9986/2000,</p><p>art. 8º)</p><p>5) Das decisões não cabe recurso hierárquico impróprio para o órgão revisor.</p><p>6) Exemplos: ANEEL, ANATEL, ANVISA, ANS, ANA,ANTT, ANTAQ, ANP(Monopólio do Petróleo), ANCINE.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de</p><p>fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.</p><p>LEI Nº 13.848/2019</p><p>Art. 2º Consideram-se agências reguladoras, para os fins desta Lei e para os fins da LEI Nº 9.986, DE 18 DE JULHO DE 2000:</p><p>I - a Agência Nacional de Energia Elétrica</p><p>(Aneel);</p><p>II - a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP);</p><p>III - a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel);</p><p>IV - a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);</p><p>V - a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS);</p><p>VI - a Agência Nacional de Águas (ANA);</p><p>VII - a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq);</p><p>VIII - a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT);</p><p>IX - a Agência Nacional do Cinema (Ancine);</p><p>X - a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac);</p><p>XI - a Agência Nacional de Mineração (ANM).</p><p>Parágrafo único. Ressalvado o que dispuser a legislação específica, aplica-se o disposto nesta Lei às autarquias especiais</p><p>caracterizadas, nos termos desta Lei, como agências reguladoras e criadas a partir de sua vigência.</p><p>Art. 3º A natureza especial conferida à agência reguladora é caracterizada pela ausência de tutela ou de subordinação</p><p>hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira e pela investidura a termo de seus dirigentes e</p><p>estabilidade durante os mandatos, bem como pelas demais disposições constantes desta Lei ou de leis específicas voltadas à</p><p>sua implementação.</p><p>AGÊNCIAS EXECUTIVAS</p><p>- É UMA AUTARQUIA OU FUNDAÇÃO PÚBLICA, QUE VISANDO MELHORAR, TORNAR-SE EFICIENTE assina um contrato de</p><p>gestão com seu órgão supervisor. dessa forma ela se qualifica como agência executiva.</p><p>Exemplos: INMETRO, ADA (Ag. de Des. Da Amazônia, velha SUDAM), ADENE (velha SUDENE).</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 41</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>- Cuidado, amanhã pode deixar de ser agência executiva, se acabar o contrato.</p><p>- Dispostivos: Art. 37, §8º da CF e Lei 9.649/1998.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 37. § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta</p><p>poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a</p><p>fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda</p><p>Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>I - o prazo de duração do contrato;</p><p>II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;</p><p>III - a remuneração do pessoal."</p><p>LEI Nº 9. 649/98</p><p>Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os</p><p>seguintes requisitos:</p><p>I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento;</p><p>II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.</p><p>§ 1o A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República.</p><p>§ 2o O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa específicas para as Agências Executivas, visando</p><p>assegurar a sua autonomia de gestão, bem como a disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para o</p><p>cumprimento dos objetivos e metas definidos nos Contratos de Gestão.</p><p>CONSÓRCIOS PÚBLICOS- LEI Nº 11.107/2005</p><p>1) São pessoas jurídicas que surgem a partir do ajuste de vontade entre entes políticos.</p><p>2) Finalidade: realização de objetivos de interesse comum.</p><p>3) PERSONALIDADE JURÍDICA: os consórcios públicos têm personalidade jurídica, que pode ser (art. 6º, §1º da lei): I – de</p><p>direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de</p><p>intenções; ou II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.</p><p>4) PROTOCOLO DE INTENÇÕES:</p><p>→ Nos consórcios públicos, para que seja possível a sua formação, é necessária a realização de um protocolo de intenções</p><p>(art. 3º e 4º);</p><p>→ No protocolo de intenções define-se a finalidade do consórcio, qual o prazo do consórcio, a sede do consórcio, quem são</p><p>os consorciados, que vai administrar o consórcio (a administração será feita através de uma assembléia geral).</p><p>-Em regra, é necessária a ratificação por lei desse protocolo. Mas há exceção, dispensando a ratificação (prevista no §4º do</p><p>artigo 5º da lei), que ocorre quando a entidade que quer celebrar o consórcio público já tem a matéria disciplinada em lei</p><p>(nesse caso não há que se falar em ratificação).</p><p>5) CONTRATO DE PROGRAMA- refere-se à obrigação que se estabelece o ente da administração para o consórcio (o §2º do</p><p>art. 13) e define quais as cláusulas deve haver nesse contrato de programa. O objetivo desse contrato de programa é evitar</p><p>que o ente se aventure a participar do consórcio, não cumprindo com suas obrigações.</p><p>6) CONTRATO DE RATEIO - é o pressuposto para os entes consorciados transferirem recursos ao consórcio público com base</p><p>na Lei Complementar 101/2000.</p><p>7) Exemplos: Policlínicas no Ceará (atuam na área de saúde).</p><p>LEI Nº 11.107/2005</p><p>Art. 1o Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem</p><p>consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 42</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>§ 1o O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado.</p><p>§ 2o A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios</p><p>estejam situados os Municípios consorciados.</p><p>§ 3o Os consórcios públicos, na área de saúde, deverão obedecer aos princípios, diretrizes e normas que regulam o Sistema</p><p>Único de Saúde – SUS.</p><p>§ 4º Aplicam-se aos convênios de cooperação, no que couber, as disposições desta Lei relativas aos consórcios públicos.</p><p>(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)</p><p>Art. 2o Os objetivos dos consórcios públicos serão determinados pelos entes da Federação que se consorciarem, observados</p><p>os limites constitucionais.</p><p>§ 1o Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá:</p><p>I – firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios, contribuições e subvenções sociais ou</p><p>econômicas de outras entidades e órgãos do governo;</p><p>II – nos termos do contrato de consórcio de direito público, promover desapropriações e instituir servidões nos termos de</p><p>declaração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público; e</p><p>III – ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação consorciados, dispensada a licitação.</p><p>§ 2o Os consórcios públicos poderão emitir documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas e outros</p><p>preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens públicos por eles administrados ou,</p><p>mediante autorização específica, pelo ente da Federação consorciado.</p><p>§ 3o Os consórcios públicos poderão outorgar concessão, permissão ou autorização de obras ou serviços públicos mediante</p><p>autorização prevista no contrato de consórcio público, que deverá indicar de forma específica o objeto da concessão,</p><p>permissão ou autorização e as condições a que deverá atender, observada a legislação de normas gerais em vigor.</p><p>Art. 3o O consórcio público será constituído por contrato cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de</p><p>intenções.</p><p>Art. 4o São cláusulas necessárias do protocolo de intenções as que estabeleçam:</p><p>I – a denominação, a finalidade, o prazo de duração e a sede do consórcio;</p><p>II – a identificação dos entes da Federação consorciados;</p><p>III – a indicação da área de atuação do consórcio;</p><p>IV – a previsão de que o consórcio público</p><p>é associação pública ou pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos;</p><p>V – os critérios para, em assuntos de interesse comum, autorizar o consórcio público a representar os entes da Federação</p><p>consorciados perante outras esferas de governo;</p><p>VI – as normas de convocação e funcionamento da assembléia geral, inclusive para a elaboração, aprovação e modificação</p><p>dos estatutos do consórcio público;</p><p>VII – a previsão de que a assembléia geral é a instância máxima do consórcio público e o número de votos para as suas</p><p>deliberações;</p><p>VIII – a forma de eleição e a duração do mandato do representante legal do consórcio público que, obrigatoriamente, deverá</p><p>ser Chefe do Poder Executivo de ente da Federação consorciado;</p><p>IX – o número, as formas de provimento e a remuneração dos empregados públicos, bem como os casos de contratação por</p><p>tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;</p><p>X – as condições para que o consórcio público celebre contrato de gestão ou termo de parceria;</p><p>XI – a autorização para a gestão associada de serviços públicos, explicitando:</p><p>a) as competências cujo exercício se transferiu ao consórcio público;</p><p>b) os serviços públicos objeto da gestão associada e a área em que serão prestados;</p><p>c) a autorização para licitar ou outorgar concessão, permissão ou autorização da prestação dos serviços;</p><p>d) as condições a que deve obedecer o contrato de programa, no caso de a gestão associada envolver também a prestação</p><p>de serviços por órgão ou entidade de um dos entes da Federação consorciados;</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 43</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>e) os critérios técnicos para cálculo do valor das tarifas e de outros preços públicos, bem como para seu reajuste ou revisão; e</p><p>XII – o direito de qualquer dos contratantes, quando adimplente com suas obrigações, de exigir o pleno cumprimento das</p><p>cláusulas do contrato de consórcio público.</p><p>§ 1o Para os fins do inciso III do caput deste artigo, considera-se como área de atuação do consórcio público,</p><p>independentemente de figurar a União como consorciada, a que corresponde à soma dos territórios:</p><p>I – dos Municípios, quando o consórcio público for constituído somente por Municípios ou por um Estado e Municípios com</p><p>territórios nele contidos;</p><p>II – dos Estados ou dos Estados e do Distrito Federal, quando o consórcio público for, respectivamente, constituído por mais</p><p>de 1 (um) Estado ou por 1 (um) ou mais Estados e o Distrito Federal;</p><p>III – (VETADO)</p><p>IV – dos Municípios e do Distrito Federal, quando o consórcio for constituído pelo Distrito Federal e os Municípios; e</p><p>V – (VETADO)</p><p>§ 2o O protocolo de intenções deve definir o número de votos que cada ente da Federação consorciado possui na assembléia</p><p>geral, sendo assegurado 1 (um) voto a cada ente consorciado.</p><p>§ 3o É nula a cláusula do contrato de consórcio que preveja determinadas contribuições financeiras ou econômicas de ente</p><p>da Federação ao consórcio público, salvo a doação, destinação ou cessão do uso de bens móveis ou imóveis e as</p><p>transferências ou cessões de direitos operadas por força de gestão associada de serviços públicos.</p><p>§ 4o Os entes da Federação consorciados, ou os com eles conveniados, poderão ceder-lhe servidores, na forma e condições</p><p>da legislação de cada um.</p><p>§ 5o O protocolo de intenções deverá ser publicado na imprensa oficial.</p><p>Art. 5o O contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação, mediante lei, do protocolo de intenções.</p><p>§ 1o O contrato de consórcio público, caso assim preveja cláusula, pode ser celebrado por apenas 1 (uma) parcela dos entes</p><p>da Federação que subscreveram o protocolo de intenções.</p><p>§ 2o A ratificação pode ser realizada com reserva que, aceita pelos demais entes subscritores, implicará consorciamento</p><p>parcial ou condicional.</p><p>§ 3o A ratificação realizada após 2 (dois) anos da subscrição do protocolo de intenções dependerá de homologação da</p><p>assembléia geral do consórcio público.</p><p>§ 4o É dispensado da ratificação prevista no caput deste artigo o ente da Federação que, antes de subscrever o protocolo de</p><p>intenções, disciplinar por lei a sua participação no consórcio público.</p><p>Art. 6o O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:</p><p>I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de</p><p>intenções;</p><p>II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.</p><p>§ 1o O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da</p><p>Federação consorciados.</p><p>§ 2º O consórcio público, com personalidade jurídica de direito público ou privado, observará as normas de direito público no</p><p>que concerne à realização de licitação, à celebração de contratos, à prestação de contas e à admissão de pessoal, que será</p><p>regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. (Redação</p><p>dada pela Lei nº 13.822, de 2019)</p><p>Art. 7o Os estatutos disporão sobre a organização e o funcionamento de cada um dos órgãos constitutivos do consórcio</p><p>público.</p><p>Art. 8o Os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio público mediante contrato de rateio.</p><p>§ 1º O contrato de rateio será formalizado em cada exercício financeiro, e seu prazo de vigência não será superior ao das</p><p>dotações que o suportam, com exceção dos contratos que tenham por objeto exclusivamente projetos consistentes em</p><p>programas e ações contemplados em plano plurianual. (Redação dada pela Lei nº 14.026, de 2020)</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/Msg/Vep/VEP-0193-05.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/Msg/Vep/VEP-0193-05.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13822.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13822.htm#art1</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 44</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>§ 2o É vedada a aplicação dos recursos entregues por meio de contrato de rateio para o atendimento de despesas genéricas,</p><p>inclusive transferências ou operações de crédito.</p><p>§ 3o Os entes consorciados, isolados ou em conjunto, bem como o consórcio público, são partes legítimas para exigir o</p><p>cumprimento das obrigações previstas no contrato de rateio.</p><p>§ 4o Com o objetivo de permitir o atendimento dos dispositivos da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, o</p><p>consórcio público deve fornecer as informações necessárias para que sejam consolidadas, nas contas dos entes consorciados,</p><p>todas as despesas realizadas com os recursos entregues em virtude de contrato de rateio, de forma que possam ser</p><p>contabilizadas nas contas de cada ente da Federação na conformidade dos elementos econômicos e das atividades ou</p><p>projetos atendidos.</p><p>§ 5o Poderá ser excluído do consórcio público, após prévia suspensão, o ente consorciado que não consignar, em sua lei</p><p>orçamentária ou em créditos adicionais, as dotações suficientes para suportar as despesas assumidas por meio de contrato</p><p>de rateio.</p><p>Art. 9o A execução das receitas e despesas do consórcio público deverá obedecer às normas de direito financeiro aplicáveis às</p><p>entidades públicas.</p><p>Parágrafo único. O consórcio público está sujeito à fiscalização contábil, operacional e patrimonial pelo Tribunal de Contas</p><p>competente para apreciar as contas do Chefe do Poder Executivo representante legal do consórcio, inclusive quanto à</p><p>legalidade, legitimidade e economicidade das despesas, atos, contratos e renúncia de receitas, sem prejuízo do controle</p><p>externo a ser exercido em razão de cada um dos contratos de rateio.</p><p>dos Estados, do Distrito Federal e dos</p><p>Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao</p><p>seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e</p><p>títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as</p><p>nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante</p><p>processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam</p><p>obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as</p><p>exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.</p><p>Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:</p><p>I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros</p><p>de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com</p><p>aqueles; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99)</p><p>Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:</p><p>I - emendas à Constituição;</p><p>II - leis complementares;</p><p>III - leis ordinárias;</p><p>IV - leis delegadas;</p><p>V - medidas provisórias;</p><p>VI - decretos legislativos;</p><p>VII - resoluções.</p><p>Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei,</p><p>devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.</p><p>Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso</p><p>Nacional.</p><p>Art. 96. Compete privativamente:</p><p>I - aos tribunais:</p><p>a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias</p><p>processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e</p><p>administrativos;</p><p>f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente</p><p>vinculados;</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art37</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art37</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art1</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 4</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>LEI Nº 9.503/1997- CTB</p><p>Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes órgãos e entidades:</p><p>I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo;</p><p>II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE, órgãos</p><p>normativos, consultivos e coordenadores;</p><p>III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;</p><p>IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;</p><p>V - a Polícia Rodoviária Federal;</p><p>VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e</p><p>VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - JARI.</p><p>(...)</p><p>Art. 17. Compete às JARI:</p><p>I - julgar os recursos interpostos pelos infratores;</p><p>II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários informações complementares relativas</p><p>aos recursos, objetivando uma melhor análise da situação recorrida;</p><p>III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários informações sobre problemas</p><p>observados nas autuações e apontados em recursos, e que se repitam sistematicamente.</p><p>LEI Nº 8.112/90- ESTATUTO DO SERVIDOR FEDERAL</p><p>Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:</p><p>I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-</p><p>Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao</p><p>respectivo Poder, órgão, ou entidade;</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>1) STF- SÚMULA Nº 339</p><p>NÃO CABE AO PODER JUDICIÁRIO, QUE NÃO TEM FUNÇÃO LEGISLATIVA, AUMENTAR VENCIMENTOS DE SERVIDORES</p><p>PÚBLICOS SOB FUNDAMENTO DE ISONOMIA.</p><p>2) SÚMULA VINCULANTE 37</p><p>NÃO CABE AO PODER JUDICIÁRIO, QUE NÃO TEM FUNÇÃO LEGISLATIVA, AUMENTAR VENCIMENTOS DE SERVIDORES</p><p>PÚBLICOS SOB O FUNDAMENTO DE ISONOMIA.</p><p>1.2 O ESTUDO DO DIREITO ADMINISTRATIVO.</p><p>1.2.1 CONCEITO E OBJETO DO DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO: é o ramo do Direito Público que estuda as normas e princípios que regulam a</p><p>atuação dos órgãos, entidades e agentes públicos no desempenho das atividades-fim e das atividades-meio da</p><p>Administração Pública.</p><p>O Direito Administrativo disciplina as relações entre os diversos entes e órgãos estatais, assim como a relação destes com os</p><p>particulares, sempre buscando a realização do interesse público. Na relação com os particulares, o Estado sempre terá</p><p>prerrogativas, posto que sempre busca a realização do interesse público e, muitas vezes, para realizá-lo, terá que restringir a</p><p>esfera individual dos particulares. Ex.: multa de trânsito aplicada em decorrência do poder de polícia do Estado, fechamento</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=339.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 5</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>de estabelecimentos comerciais que desobedecem as normas sanitárias, concessão de licenças para construir,</p><p>desapropriação, dentre outras.</p><p>Hely Lopes Meireles afirma que o Direito Administrativo Brasileiro “sintetiza-se no conjunto harmônico de princípios jurídicos</p><p>que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins</p><p>desejados pelo Estado”(Direito Administrativo Brasileiro, 28ª ed., São Paulo: Editora Malheiros, 2003, p. 38).</p><p>Maria Sylvia Zanella Di Pietro afirma que: Direito Administrativo é “o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos,</p><p>agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que</p><p>exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública.” (Direito Administrativo, 19º ed, São</p><p>Paulo: Editora Atlas, 2006, p. 66).</p><p>José dos Santos Carvalho Filho afirma que o Direito Administrativo é “o conjunto de normas e princípios que, visando sempre</p><p>ao interesse público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre este e as coletividades a que</p><p>devem servir.” (Manual de Direito Administrativo, 15ª ed., Rio de Janeiro: Lúmen Júris Editora, 2006, p. 07).</p><p>Celso Antônio Bandeira de Mello define o Direito Administrativo como “o ramo do direito público que disciplina a função</p><p>administrativa e os órgãos que a exercem.” (Curso de Direito Administrativo, 20ª ed., São Paulo, Editora Malheiros, 2006,</p><p>p. 37).</p><p>1.2.2 O OBJETO DO DIREITO ADMINISTRATIVO E OS DIFERENTES CRITÉRIOS ADOTADOS PARA A</p><p>CONCEITUAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>O objeto do direito administrativo está ligado à análise da atividade-fim. Engloba a prestação de serviços, a polícia</p><p>administrativa, o fomento e a intervenção administrativa.</p><p>Algmas escolas estudam o objeto do direito</p><p>Art. 10. (VETADO)</p><p>Parágrafo único. Os agentes públicos incumbidos da gestão de consórcio não responderão pessoalmente pelas obrigações</p><p>contraídas pelo consórcio público, mas responderão pelos atos praticados em desconformidade com a lei ou com as</p><p>disposições dos respectivos estatutos.</p><p>Art. 11. A retirada do ente da Federação do consórcio público dependerá de ato formal de seu representante na assembléia</p><p>geral, na forma previamente disciplinada por lei.</p><p>§ 1o Os bens destinados ao consórcio público pelo consorciado que se retira somente serão revertidos ou retrocedidos no</p><p>caso de expressa previsão no contrato de consórcio público ou no instrumento de transferência ou de alienação.</p><p>§ 2º A retirada ou a extinção de consórcio público ou convênio de cooperação não prejudicará as obrigações já constituídas,</p><p>inclusive os contratos, cuja extinção dependerá do pagamento das indenizações eventualmente devidas. (Redação dada</p><p>pela Lei nº 14.026, de 2020)</p><p>Art. 12. A alteração ou a extinção de contrato de consórcio público dependerá de instrumento aprovado pela assembléia</p><p>geral, ratificado mediante lei por todos os entes consorciados.</p><p>§ 1o (Revogado pela Lei nº 14.026, de 2020).</p><p>§ 2o Até que haja decisão que indique os responsáveis por cada obrigação, os entes consorciados responderão</p><p>solidariamente pelas obrigações remanescentes, garantindo o direito de regresso em face dos entes beneficiados ou dos que</p><p>deram causa à obrigação.</p><p>Art. 13. Deverão ser constituídas e reguladas por contrato de programa, como condição de sua validade, as obrigações que</p><p>um ente da Federação constituir para com outro ente da Federação ou para com consórcio público no âmbito de gestão</p><p>associada em que haja a prestação de serviços públicos ou a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal ou</p><p>de bens necessários à continuidade dos serviços transferidos.</p><p>§ 1o O contrato de programa deverá:</p><p>I – atender à legislação de concessões e permissões de serviços públicos e, especialmente no que se refere ao cálculo de</p><p>tarifas e de outros preços públicos, à de regulação dos serviços a serem prestados; e</p><p>II – prever procedimentos que garantam a transparência da gestão econômica e financeira de cada serviço em relação a cada</p><p>um de seus titulares.</p><p>§ 2o No caso de a gestão associada originar a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à</p><p>continuidade dos serviços transferidos, o contrato de programa, sob pena de nulidade, deverá conter cláusulas que</p><p>estabeleçam:</p><p>I – os encargos transferidos e a responsabilidade subsidiária da entidade que os transferiu;</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/Msg/Vep/VEP-0193-05.htm</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 45</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>II – as penalidades no caso de inadimplência em relação aos encargos transferidos;</p><p>III – o momento de transferência dos serviços e os deveres relativos a sua continuidade;</p><p>IV – a indicação de quem arcará com o ônus e os passivos do pessoal transferido;</p><p>V – a identificação dos bens que terão apenas a sua gestão e administração transferidas e o preço dos que sejam</p><p>efetivamente alienados ao contratado;</p><p>VI – o procedimento para o levantamento, cadastro e avaliação dos bens reversíveis que vierem a ser amortizados mediante</p><p>receitas de tarifas ou outras emergentes da prestação dos serviços.</p><p>§ 3o É nula a cláusula de contrato de programa que atribuir ao contratado o exercício dos poderes de planejamento,</p><p>regulação e fiscalização dos serviços por ele próprio prestados.</p><p>§ 4o O contrato de programa continuará vigente mesmo quando extinto o consórcio público ou o convênio de cooperação</p><p>que autorizou a gestão associada de serviços públicos.</p><p>§ 5o Mediante previsão do contrato de consórcio público, ou de convênio de cooperação, o contrato de programa poderá ser</p><p>celebrado por entidades de direito público ou privado que integrem a administração indireta de qualquer dos entes da</p><p>Federação consorciados ou conveniados.</p><p>§ 6o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.026, de 2020).</p><p>§ 7o Excluem-se do previsto no caput deste artigo as obrigações cujo descumprimento não acarrete qualquer ônus, inclusive</p><p>financeiro, a ente da Federação ou a consórcio público.</p><p>§ 8º Os contratos de prestação de serviços públicos de saneamento básico deverão observar o art. 175 da Constituição</p><p>Federal, vedada a formalização de novos contratos de programa para esse fim. (Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)</p><p>Art. 14. A União poderá celebrar convênios com os consórcios públicos, com o objetivo de viabilizar a descentralização e a</p><p>prestação de políticas públicas em escalas adequadas.</p><p>Parágrafo único. Para a celebração dos convênios de que trata o caput deste artigo, as exigências legais de regularidade</p><p>aplicar-se-ão ao próprio consórcio público envolvido, e não aos entes federativos nele consorciados. (Incluído pela Lei nº</p><p>13.821, de 2019)</p><p>Art. 15. No que não contrariar esta Lei, a organização e funcionamento dos consórcios públicos serão disciplinados pela</p><p>legislação que rege as associações civis.</p><p>JURISPRUDÊNCIA(STF E STJ) - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA</p><p>1) OAB não integra a Administração Pública Indireta da União</p><p>STF- ADI 3026 / DF - DISTRITO FEDERAL - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE</p><p>Relator(a): Min. EROS GRAU</p><p>Julgamento: 08/06/2006</p><p>Órgão Julgador: Tribunal Pleno</p><p>Ementa</p><p>EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. § 1º DO ARTIGO 79 DA LEI N. 8.906, 2ª PARTE. "SERVIDORES" DA</p><p>ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. PRECEITO QUE POSSIBILITA A OPÇÃO PELO REGIME CELESTISTA. COMPENSAÇÃO PELA</p><p>ESCOLHA DO REGIME JURÍDICO NO MOMENTO DA APOSENTADORIA. INDENIZAÇÃO. IMPOSIÇÃO DOS DITAMES INERENTES À</p><p>ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA. CONCURSO PÚBLICO (ART. 37, II DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL). INEXIGÊNCIA</p><p>DE CONCURSO PÚBLICO PARA A ADMISSÃO DOS CONTRATADOS PELA OAB. AUTARQUIAS ESPECIAIS E AGÊNCIAS. CARÁTER</p><p>JURÍDICO DA OAB. ENTIDADE PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO INDEPENDENTE. CATEGORIA ÍMPAR NO ELENCO DAS</p><p>PERSONALIDADES JURÍDICAS EXISTENTES NO DIREITO BRASILEIRO. AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DA ENTIDADE. PRINCÍPIO</p><p>DA MORALIDADE. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 37, CAPUT, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. NÃO OCORRÊNCIA. 1. A Lei n. 8.906,</p><p>artigo 79, § 1º, possibilitou aos "servidores" da OAB, cujo regime outrora era estatutário, a opção pelo regime celetista.</p><p>Compensação pela escolha: indenização a ser paga à época da aposentadoria. 2. Não procede a alegação de que a OAB</p><p>sujeita-se aos ditames impostos à Administração Pública Direta e Indireta. 3. A OAB não é uma entidade da Administração</p><p>Indireta da União. A Ordem é um serviço público independente, categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas</p><p>existentes no direito brasileiro. 4. A OAB não está incluída na categoria na qual se inserem essas que se tem referido como</p><p>"autarquias especiais" para pretender-se afirmar equivocada independência das hoje chamadas "agências". 5. Por não</p><p>consubstanciar uma entidade da Administração Indireta, a OAB não está sujeita a controle da Administração, nem a qualquer</p><p>das suas partes está vinculada. Essa não-vinculação é formal e materialmente necessária. 6. A OAB ocupa-se de atividades</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13821.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13821.htm#art1</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 46</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>atinentes aos advogados, que exercem função constitucionalmente pr ivilegiada, na medida em que são indispensáveis à</p><p>administração da Justiça [artigo 133 da CB/88]. É entidade cuja finalidade é afeita a atribuições, interesses</p><p>e seleção de</p><p>advogados. Não há ordem de relação ou dependência entre a OAB e qualquer órgão público. 7. A Ordem dos Advogados do</p><p>Brasil, cujas características são autonomia e independência, não pode ser tida como congênere dos demais órgãos de</p><p>fiscalização profissional. A OAB não está voltada exclusivamente a finalidades corporativas. Possui finalidade institucional. 8.</p><p>Embora decorra de determinação legal, o regime estatutário imposto aos empregados da OAB não é compatível com a</p><p>entidade, que é autônoma e independente. 9. Improcede o pedido do requerente no sentido de que se dê interpretação</p><p>conforme o artigo 37, inciso II, da Constituição do Brasil ao caput do artigo 79 da Lei n. 8.906, que determina a aplicação do</p><p>regime trabalhista aos servidores da OAB. 10. Incabível a exigência de concurso público para admissão dos contratados sob o</p><p>regime trabalhista pela OAB. 11. Princípio da moralidade. Ética da legalidade e moralidade. Confinamento do princípio da</p><p>moralidade ao âmbito da ética da legalidade, que não pode ser ultrapassada, sob pena de dissolução do próprio sistema.</p><p>Desvio de poder ou de finalidade.</p><p>2) NATUREZA AUTÁRQUICA DOS CONSELHOS DE PROFISSÃO</p><p>STJ- RECURSO ESPECIAL Nº 507.536 - DF (2003/0037798-3)</p><p>RELATOR : MINISTRO JORGE MUSSI</p><p>EMENTA</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO. CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. NATUREZA JURÍDICA. AUTARQUIAS</p><p>CORPORATIVAS. REGIME DE CONTRATAÇÃO DE SEUS EMPREGADOS. INCIDÊNCIA DA LEI N. 8.112/90.</p><p>1. A atividade de fiscalização do exercício profissional é estatal, nos termos dos arts. 5º, XIII, 21, XXIV, e 22, XIV, da</p><p>Constituição Federal, motivo pelo qual as entidades que exercem esse controle têm função tipicamente pública e,</p><p>por isso, possuem natureza jurídica de autarquia, sujeitando-se ao regime jurídico de direito público. Precedentes do</p><p>STJ e do STF.</p><p>3) CONTRATAÇÃO DE EMPREGADOS DE CONSELHOS PROFISSIONAIS PELA CLT É CONSTITUCIONAL</p><p>STF- JULGAMENTO CONJUNTO DAS ADC 36, ADI 5367 e a ADPF 367</p><p>Decisão: O Tribunal, por maioria, julgou procedente o pedido formulado na ação para declarar a constitucionalidade do art. 58, §</p><p>3º, da Lei nº 9.649/1998, bem como da legislação que permite a contratação no âmbito dos Conselhos Profissionais sob o regime</p><p>celetista, nos termos do voto do Ministro Alexandre de Moraes, Redator para o acórdão, vencidos os Ministros Cármen Lúcia</p><p>(Relatora), Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio e o Ministro Celso de Mello, que não participou deste julgamento, por motivo de</p><p>licença médica, mas proferiu voto em assentada anterior, e, parcialmente, o Ministro Edson Fachin. Plenário, Sessão Virtual de</p><p>28.8.2020 a 4.9.2020.</p><p>4) FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO PÚBLICO– COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL</p><p>STF- RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº 215741/SE</p><p>Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA</p><p>Julgamento: 30/03/1999 Órgão Julgador: Segunda Turma</p><p>Ementa</p><p>EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. CONFLITO DE COMPETÊNCIA ENTRE A JUSTIÇA</p><p>FEDERAL E A JUSTIÇA COMUM. NATUREZA JURÍDICA DAS FUNDAÇÕES INSTITUÍDAS PELO PODER PÚBLICO. 1. A Fundação</p><p>Nacional de Saúde, que é mantida por recursos orçamentários oficiais da União e por ela instituída, é entidade de direito</p><p>público. 2. Conflito de competência entre a Justiça Comum e a Federal. Artigo 109, I da Constituição Federal. Compete à</p><p>Justiça Federal processar e julgar ação em que figura como parte fundação pública, tendo em vista sua situação jurídica</p><p>conceitual assemelhar- se, em sua origem, às autarquias. 3. Ainda que o artigo 109, I da Constituição Federal, não se refira</p><p>expressamente às fundações, o entendimento desta Corte é o de que a finalidade, a origem dos recursos e o regime</p><p>administrativo de tutela absoluta a que, por lei, estão sujeitas, fazem delas espécie do gênero autarquia. 4. Recurso</p><p>extraordinário conhecido e provido para declarar a competência da Justiça Federal.</p><p>5) ATO PRATICADO EM PROCEDIMENTO LICITATÓRIO POR DIRIGENTE DE SOCIEDADE DE ECONOMIA FEDERAL, A</p><p>COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL</p><p>CC 200602110313- CC - CONFLITO DE COMPETENCIA – 71843</p><p>Relator(a): ELIANA CALMON</p><p>Sigla do Órgão: STJ</p><p>Órgão Julgador: PRIMEIRA SEÇÃO</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 47</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Data: 17/11/2008</p><p>Ementa</p><p>CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA.</p><p>MANDADO DE SEGURANÇA.ATO PRATICADO EM PROCEDIMENTO LICITATÓRIO POR DIRIGENTE DE SOCIEDADE DE</p><p>ECONOMIA MISTA FEDERAL. AUTORIDADE FEDERAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 1. Conforme o art. 109, VIII, da</p><p>Constituição, compete à Justiça Federal processar e julgar "os mandados de segurança e os habeas data contra ato de</p><p>autoridade federal". Para fixar a competência, portanto, a norma constitucional leva em consideração a posição da</p><p>autoridade impetrada (se federal ou não), atenta ao princípio federativo por força do qual a autoridade federal não está</p><p>sujeita à Justiça dos Estados federados. 2. Ao estabelecer que "cabe mandado de segurança contra ato praticado em</p><p>licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública", a súmula 333/STJ parte do pressuposto</p><p>necessário que o ato praticado em processo licitatório é ato de autoridade. Não fosse assim, não</p><p>caberia mandado de segurança. 3. Ora, em se tratando de ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia</p><p>mista federal, a autoridade que o pratica é federal (e não estadual, distrital ou municipal). Ainda que houvesse dúvida sobre</p><p>o cabimento da impetração ou sobre a natureza da autoridade ou do ato por ela praticado, a decisão a respeito não se</p><p>comporta no âmbito do conflito de competência, devendo ser tomada pelo Juiz Federal (Súmula 60/TFR). 4. No caso, o ato</p><p>atacado foi praticado pelo Superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU (sociedade de economia</p><p>mista federal) e consistiu em declarar a empresa Prisma - Consultoria e Serviços Ltda. vencedora de processo licitatório.</p><p>Tratando-se (a) de ato praticado em licitação (b) por autoridade federal, a competência é da Justiça Federal. Precedentes: CC</p><p>46035/AC, 1ª S., Min. José Delgado, DJ de 01.02.2006; CC 54140/PB; 1ª S., Min. Eliana Calmon, DJ de 02.05.2006; CC</p><p>46740/CE, 1ª S., Min. Luiz Fux, DJ de 17.04.2006; CC 54854/SP, 1ª S., Min. José Delgado, DJ de 13.03.2006. 5. Conflito</p><p>conhecido para declarar competente a Justiça Federal.</p><p>6) SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA – CABÍVEL MANDADO DE SEGURANÇA QUANDO A AUTORIDADE EXERCE ATO</p><p>INVESTIDO EM FUNÇÃO DELEGADA PELO PODER PÚBLICO</p><p>Processo: RESP 201000550784- RESP - RECURSO ESPECIAL - 1186517</p><p>Relator(a): BENEDITO GONÇALVES</p><p>Órgão Julgador: xPRIMEIRA TURMA</p><p>Ementa</p><p>ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. PETROBRÁS.</p><p>EXCLUSÃO DE CANDIDATOS DO CERTAME EM RAZÃO DE NÃO ATENDER A NORMA EDITALÍCIA. ART. 1º DA LEI 1.533/51.</p><p>ILEGITIMIDADE PASSIVA DA RECORRENTE NÃO CONFIGURADA. VIOLAÇÃO DOS ARTS. 2º CAPUT, DA LEI N. 9.784/99 E 41 DA</p><p>LEI. N. 8.666/91 QUE NÃO SE VERIFICA. EDITAL. EXIGÊNCIA DE CERTIFICADO DE RESERVISTA DE 1ª CATEGORIA. REQUISITO</p><p>QUE NÃO ATENDE AOS PRINCÍPIOS DA IMPESSOALIDADE E DA RAZOABILIDADE.</p><p>2. A jurisprudência desta Corte firmou o entendimento de que cabe mandado de segurança contra ato de dirigente</p><p>de sociedade de economia mista quando investido em função delegada pelo Poder Público. Precedentes: AgRg no REsp</p><p>1.067.107/RN, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 17/6/2009 e AgRg no CC 101.260/SP, Rel. Ministro</p><p>Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 9/3/2009.</p><p>3. A Constituição Federal, ao determinar a realização de concurso público como forma de investidura em cargo ou emprego</p><p>público (art. 37, II, da CF/88), estabelece que os atos emanados pela Administração devem estar em conformidade com os</p><p>princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, estando tais princípios cristalizados no texto do art. 2º,</p><p>caput,</p><p>da Lei n. 9784/99.</p><p>4. A exigência de apresentação do certificado de reservista de primeira categoria não guarda pertinência com os princípios da</p><p>impessoalidade e da razoabilidade que norteiam a Administração Pública, porque, na espécie, a dispensa dos candidatos do</p><p>serviço militar obrigatório se dá de acordo com a discricionariedade e a conveniência da Administração, que,</p><p>unilateralmente, estabelece o número do efetivo das Forças Armadas, não podendo os recorridos, reservistas de 2ª</p><p>categoria, serem penalizados com a exclusão do certame pelo fato de o próprio Poder Público os terem dispensados de</p><p>prestar o serviço militar obrigatório.</p><p>5. Recurso especial não provido.</p><p>_____________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 48</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Capítulo 3</p><p>REGIME JURÍDICO E PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>3.1 Conceito</p><p>Princípios administrativos são valores, diretrizes, os mandamentos mais gerais que orientam a elaboração das leis</p><p>administrativas, direcionam a atuação da Administração Pública e condicionam a validade de todos os atos por ela praticado ;</p><p>em sua essência, valores de observância obrigatória no quotidiano administrativo, diretrizes que devem nortear todo e</p><p>qualquer ato produzido pela Administração.</p><p>3.2 Características dos Princípios:</p><p>- São de observância obrigatória;</p><p>- Não existe hierarquia entre os princípios;</p><p>- Podem ser expressos, quando estão previstos taxativamente em uma norma jurídica de caráter geral;</p><p>ou implícitos, quando não constam taxativamente em uma norma jurídica, decorrendo de outros princípios, da</p><p>jurisprudência ou doutrina ou da interpretação lógica de vários princípios e, ainda, outros por serem implicações</p><p>do próprio Estado de Direito e do sistema constitucional como um todo.</p><p>PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS</p><p>OUTROS PRINCÍPIOS</p><p>(INFORMATIVOS)</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 49</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>3.3 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS :</p><p>L.I.M.P.E</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos</p><p>Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao</p><p>seguinte: (...)</p><p>• LEGALIDADE: esse princípio determina que, em qualquer atividade, a Administração Pública está estritamente vinculada à</p><p>lei. O agente publico só pode fazer o que a lei autoriza ou permite.</p><p>• IMPESSOALIDADE: a conduta admnistrativa deve acontecer para atender um fim, previsto explicita ou implicitamente</p><p>em lei, e esse fim deve atender o interesse público.</p><p>A primeira vertente da impessoalidade está relacionada ao agente púbçico. Qualquer agente público, seja ele eleito,</p><p>concursado, indicado etc, está ocupando seu posto para servir aos interesses do povo. Assim, seus atos obrigatoriamente</p><p>deverão ter como finalidade o interesse público, e não próprio ou de um conjunto pequeno de pessoas amigas. Ou seja,</p><p>deve ser impessoal. Uma conduta do agente não pode visar promoção pessoal; os atos não serão imputados a quem os</p><p>pratica, mas sim à entidade à qual está vinculado.</p><p>Outra vertente está direcionada ao administrado. E está relacionada ao princípio da isonomia (ou igualdade). O princípio</p><p>da isonomia, ou igualdade, pode ser considerado como um instrumento regulador das normas, para que todos os</p><p>destinatários de determinada lei recebam tratamento parificado. Atenção para a igualdade formal e material. É possível</p><p>estabelecer que a isonomia formal é a igualdade presente no texto da lei, enquanto a isonomia material são os</p><p>mecanismos que a lei cria para diminuir ao máximo as desigualdades entre as pessoas.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 37, §1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter</p><p>educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que</p><p>caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.</p><p>LEI Nº 9.784/99</p><p>Art. 2º, § único, inc. III nos processos administrativos, serão observados os critérios de objetividade no atendimento do</p><p>interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades.</p><p>• MORALIDADE: deve o administrador, além de seguir o que a lei determina, pautar sua conduta na moral administrativa,</p><p>fazendo o que for melhor e mais útil ao interesse público. Tem que separar, além do bem do mal, legal do ilegal, justo do</p><p>injusto, conveniente do inconveniente, também o honesto do desonesto. É a moral interna da instituição, que condiciona o</p><p>exercício de qualquer dos poderes, mesmo o discricionário.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 37, 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a</p><p>indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal</p><p>cabível.</p><p>ato normativo que passa pelo processo legislativo.</p><p>ato normativo, que dita a regra, quanto ao conteúdo, inovando ou não na ordem jurídica.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 50</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>• PUBLICIDADE: diz respeito à obrigação de dar publicidade, levar ao conhecimento de todos os seus atos, contratos ou</p><p>instrumentos jurídicos como um todo. Isso dá transparência e confere a possibilidade de qualquer pessoa questionar e</p><p>controlar toda a atividade administrativa. Claro que em determinados casos pode ser relativizado esse princípio, quando o</p><p>interesse público ou segurança o justificarem. A própria CF/88 prevê exceções.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 5º XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse</p><p>coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja</p><p>imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;</p><p>Art. 5º LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o</p><p>exigirem;</p><p>• EFICIÊNCIA: esse princípio revela dois aspectos distintos, um em relação à atuação do agente público, outro em relação à</p><p>organização, estrutura, disciplina da Administração Pública. Os agentes públicos devem agir com rapidez, presteza,</p><p>perfeição, rendimento.A Administração Pública deve estar atenta às suas estruturas e organizações, evitando a</p><p>manutenção de órgãos/entidades sub utilizados, ou que não atendam às necessidades da população.</p><p>3.4 OUTROS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>OUTROS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>LEI Nº 9.784/99</p><p>Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,</p><p>proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.</p><p>Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:</p><p>I - atuação conforme a lei e o Direito;</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 51</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização</p><p>em lei;</p><p>III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades;</p><p>IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;</p><p>V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição;</p><p>VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas</p><p>estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;</p><p>VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;</p><p>VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;</p><p>IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos</p><p>administrados;</p><p>X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de</p><p>recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio;</p><p>XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;</p><p>XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados;</p><p>XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige,</p><p>vedada aplicação retroativa de nova interpretação.</p><p>Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:</p><p>I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;</p><p>II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;</p><p>III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;</p><p>IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;</p><p>V - decidam recursos administrativos;</p><p>VI - decorram de reexame de ofício;</p><p>VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios</p><p>oficiais;</p><p>VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.</p><p>§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos</p><p>de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.</p><p>§ 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das</p><p>decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados.</p><p>§ 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata ou de termo</p><p>escrito.</p><p>Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo</p><p>de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.</p><p>• PRINCIPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O INTERESSE PARTICULAR: Os interesses públicos têm</p><p>supremacia sobre os interesses individuais; é a essência do regime jurídico administrativo. A administração pública deve</p><p>vincular e direcionar seus atos de modo a garantir que interesses privados não prevaleçam nem sucumbam aos interesses</p><p>e necessidades da sociedade como um todo. Ex. Desapropriação.</p><p>• PRINCIPIO DA INDISPONIBILDIADE DO INTERESSE PÚBLICO: Limita a supremacia, o interesse público não pode ser</p><p>livremente disposto pelo administrador que, necessariamente, deve atuar nos limites da lei.</p><p>• PRINCIPIO DA FINALIDADE: Este princípio orienta que as normas administrativas têm que ter sempre como objetivo o</p><p>interesse público.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 52</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>• PRINCIPIO DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE: Embora alguns autores e a própria jurisprudência tratem</p><p>razoabilidade e proporcionalidade como um único princípio, a doutrina majoritária tem entendido que a razoabilidade é</p><p>gênero e a proporcionalidade é espécie. A proporcionalidade é uma das vertentes da razoabilidade. O princípio da</p><p>razoabilidade está associado às análises de adequação, necessidade e a própria proporcionalidade. A adequação obriga o</p><p>administrado a perquirir se o ato por ele praticado mostra-se efetivamente apto a atingir os objetivos pretendido; já a</p><p>necessidade está ligado à exigibilidade ou não da adoção de medidas restritivas. A proporcionalidade (também conhecida</p><p>como princípio da proibição de excesso), fundamenta-se na ideia que a administração não pode restringir os direitos do</p><p>particular além do que for necessário, pois impor medidas com intensidade ou extensão supérfluas, desnecessárias; induz</p><p>à ilegalidade do ato, por abuso de poder.</p><p>• PRINCIPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA: Tal princípio, que ultrapassa as fronteiras do Direito Administrativo, consiste na</p><p>verdade em um princípio geral do direito e tem por função assegurar estabilidade às situações jurídicas já consolidadas</p><p>frente à inevitável evolução do Direito, tanto a nível legislativo como jurisprudencial.</p><p>• PRINCIPIO DA AUTOTUTELA: De acordo com o princípio da autotutela, a Administração Pública exerce controle sobre</p><p>seus próprios atos, tendo a possibilidade de anular os ilegais e de revogar os inoportunos.</p><p>LEI Nº 9.784/99</p><p>Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo</p><p>de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.</p><p>• PRINCIPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO: consiste na proibição da interrupção total do desempenho de</p><p>atividades do serviço público prestadas a população e seus usuários. Para Celso Antônio Bandeira de Mello o princípio da</p><p>continuidade do serviço público significa “a impossibilidade de sua interrupção e o pleno direito dos administrados a que</p><p>não seja suspenso ou interrompido”</p><p>LEI Nº 14.133/2021</p><p>Art. 104. O regime jurídico dos contratos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, as prerrogativas</p><p>de:</p><p>V - ocupar provisoriamente bens móveis e imóveis e utilizar pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato nas</p><p>hipóteses de:</p><p>a) risco à prestação de serviços essenciais;</p><p>LEI Nº 8.078/90</p><p>Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de</p><p>empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos”.</p><p>LEI Nº 8.987/95</p><p>Art. 28. Nos contratos de financiamento, as concessionárias poderão oferecer em garantia os direitos emergentes da</p><p>concessão, até o limite que não comprometa a operacionalização e a continuidade da prestação do serviço.</p><p>JURISPRUDÊNCIA- PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>SÚMULAS</p><p>STF- Súmula vinculante 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens</p><p>para admissibilidade de recurso administrativo.</p><p>STF - Súmula n. 346: A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.</p><p>STF- Súmula n. 473: A administração pode anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem</p><p>ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,</p><p>respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 53</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Capítulo 4</p><p>PODERES ADMINISTRATIVOS</p><p>4. 1.Conceito:</p><p>É conjunto de prerrogativas de direito público que a ordem jurídica</p><p>confere aos agentes públicos para o fim de permitir que</p><p>o Estado alcance seu fim. (José dos Santos Carvalho Filho).</p><p>São instrumentos outorgados pelo ordenamento jurídico aos agentes públicos, a fim de que possam cumprir a contento</p><p>suas funções, estando sua utilização a elas adstrita.</p><p>4.2 CARACTERÍSTICAS</p><p>1ª) São instrumentos de atuação</p><p>2ª) Correspondem a um PODER-DEVER de agir</p><p>3ª) O exercício do poder é irrenunciável</p><p>1ª) SÃO INSTRUMENTAIS. Poderes da Administração são diferentes de Poderes de Estado.</p><p>PODERES DA ADMINISTRAÇÃO # PODERES DO ESTADO</p><p>Instrumentais Estruturais</p><p>2ª) É PODER-DEVER: O EXERCÍCIO OBRIGATÓRIO, não é faculdade, é obrigação – praticada a infração tem que instaurar o</p><p>processo; comprovada a infração, tem que aplicar a sanção.</p><p>3ª) O EXERCÍCIO DO PODER É IRRENUNCIÁVEL: o administrador não pode abrir mão desse poder (ex. não aplicar sanção por</p><p>falta). O administrador tem esse instrumento, por ex. Poder Disciplinar, e, por exercer função pública, em nome e no</p><p>interesse do povo, essa ferramenta não é dele, e se justifica pelo fato de ele exercer função pública, atividade em nome e no</p><p>interesse do povo. Não pode renunciar àquilo que não lhe pertence. O administrador de hoje não pode criar entraves,</p><p>obstáculos ao administra dor de amanhã.</p><p>4.3 CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA</p><p>1ª CORRENTE</p><p>- PODER VINCULADO</p><p>- PODER DISCRICIONÁRIO</p><p>- PODER HIERÁRQUICO</p><p>- PODER DISCIPLINAR</p><p>- PODER DE POLÍCIA</p><p>- PODER REGULAMENTAR</p><p>2ª CORRENTE</p><p>- PODER HIERÁRQUICO</p><p>- PODER DISCIPLINAR</p><p>- PODER DE POLÍCIA</p><p>- PODER NORMATIVO</p><p>3ª CORRENTE</p><p>- PODER HIERÁRQUICO</p><p>- PODER DISCIPLINAR</p><p>- PODER DE POLÍCIA</p><p>- PODER REGULAMENTAR (lato sensu)</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 54</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>ANÁLISE DA 1ª CORRENTE</p><p>DE ACORDO COM O GRAU DE LIBERDADE VINCULADO OU DISCRICIONÁRIO</p><p>SEGUNDO À ESTRUTURAÇÃO E ORDENAMENTO DA ADMINISTRAÇÃO</p><p>OU À PUNIÇÃO DE SERVIDORES OU DOS QUE AS ELES SE VINCULAM:</p><p>- PODER HIERÁRQUICO</p><p>- PODER DISCIPLINAR.</p><p>SEGUNDO A SUA FINALIDADE NORMATIVA PODER REGULAMENTAR</p><p>SEGUNDO OS OBJETIVOS DE CONTENÇÃO DOS DIREITOS INDIVIDUAIS PODER DE POLÍCIA</p><p>Algumas considerações:</p><p>1ª) A doutrina mais moderna fala que essa classificação não tem pertinência, porque a conduta administrativa é vinculada ou</p><p>discricionária.</p><p>2ª) Um poder não será sempre com atos vinculados ou sempre com atos discricionários; esses atos se misturam no mesmo</p><p>poder.</p><p>4.3.1 PODER VINCULADO</p><p>- Poder vinculado: é aquele que não tem liberdade, juízo de valor, conveniência e oportunidade. Preenchidos os requisitos</p><p>legais, o administrador é obrigado a praticar o ato. Analisar se presentes os requisitos.</p><p>Exemplo: licença para dirigir – se o administrado, cumprir os requisitos legais, a autoridade tem que praticar o ato de licença</p><p>com a emissão da carteira de motorista.</p><p>4.3.2 PODER DISCRICIONÁRIO</p><p>- Poder discricionário: é o poder praticado, dentro de uma margem de liberdade, um juízo de valor, de acordo com a</p><p>conveniência e oportunidade, PORÉM, nos limites da lei. Praticar fora dos limites da lei, o ato se torna ilegal, arbitrário, não</p><p>discricionário.</p><p>Exemplo: autorização para porte de arma de fogo.</p><p>Quando essa prerrogativa será usada?</p><p>1º) Quando a lei dá alternativas; ou</p><p>2º) Quando a lei atribui competência, mas não diz como a autoridade deve exercê-la;</p><p>3º) Quando a lei utiliza conceitos vagos/indeterminados, e a autoridade deve preencher os conceitos.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 55</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>CLASSIFICAÇAO DOS PODERES:</p><p>ANÁLISE DA 1ª CORRENTE</p><p>PODER</p><p>VINCULADO</p><p>PODER VINCULADO (OU REGRADO) é aquele que o agente público fica inteiramente preso ao enunciado</p><p>da lei, em todas as especificações. É aquele que o agente público não tem liberdade, não faz juízo de valor,</p><p>conveniência e oportunidade. Preenchidos os requisitos legais,o administr ador é obrigado a praticar o ato.</p><p>Exemplos: deferimento do pedido de licença maternidade da servidora pública; consentimento da</p><p>licença para dirigir.</p><p>PODER</p><p>DISCRICIONÁRIO</p><p>PODER DISCRICIONÁRIO é aquele que o Direito concede ao agente público, de modo explícito ou implícito,</p><p>a prática de atos administrativos com liberdade (dentro dos limites legais) na escolha de sua conveniência e</p><p>oportunidade e conteúdo.</p><p>Exemplos: aplicação da penalidade de suspensão de até 90 dias ao servidor público federal;</p><p>autorização para porte de arma.</p><p>LEI Nº 8.112/90</p><p>DAS PENALIDADES</p><p>Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais</p><p>proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, n ão podendo exceder de 90 (noventa) dias.</p><p>LEI Nº 10.826/2003</p><p>Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da</p><p>Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.</p><p>§ 1o A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida com eficácia temporária e territorial limitada, nos termos de</p><p>atos regulamentares, e dependerá de o requerente:</p><p>I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de atividade pr ofissional de risco ou de ameaça à sua integridade física;</p><p>II – atender às exigências previstas no art. 4o desta Lei;</p><p>III – apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido registro no órgão competente.</p><p>§ 2o A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perderá automaticamente sua eficácia caso o portador</p><p>dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas.</p><p>4.3.3 PODER HIERÁRQUICO</p><p>Poder hierárquico é o poder conferido à Administração Pública para escalonar, estruturar os quadros da Administração, dar</p><p>ordens, controlar, fiscalizar, rever condutas dos atos praticados pelos subordinados, delegar e avocar competências etc.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 56</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>LEI Nº 9.784/99</p><p>Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os</p><p>casos de delegação e avocação legalmente admitidos.</p><p>Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência</p><p>a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em</p><p>razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.</p><p>Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos</p><p>respectivos presidentes.</p><p>Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:</p><p>I - a edição de atos de caráter normativo;</p><p>II - a decisão de recursos administrativos;</p><p>III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.</p><p>Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.</p><p>§ 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os</p><p>objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.</p><p>§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.</p><p>§ 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo</p><p>delegado.</p><p>Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária</p><p>de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.</p><p>4.4 PODER DISCIPLINAR:</p><p>- PODER DISCIPLINAR é a prerrogativa conferida ao Poder Público para apurar o cometimento de ilícitos administrativos pelos</p><p>seus agentes públicos OU PARTICULARES que com ele mantenham um vínculo específico, mediante instauração de regular</p><p>processo administrativo, cujo resultado será a aplicação da devida sanção, um vez comprovado o cometimento do ilícito.</p><p>Exemplos:</p><p>1º) prática de infração funcional- aplicação das penalidades;</p><p>2º) Contratado inadimplente – a Administração aplica as sanções.</p><p>- O PODER DISCIPLINAR TEM DECISÕES/PROVIDÊNCIAS VINCULADAS E DISCRICIONÁRIAS.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 57</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>LEI 8.112/90</p><p>Art. 127. São penalidades disciplinares:</p><p>I - advertência;</p><p>II - suspensão;</p><p>III - demissão;</p><p>IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;</p><p>V - destituição de cargo em comissão;</p><p>VI - destituição de função comissionada.</p><p>Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração</p><p>imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.</p><p>LEI Nº 14.133/2021</p><p>Art. 156. Serão aplicadas ao responsável pelas infrações administrativas previstas nesta Lei as seguintes sanções:</p><p>I - advertência;</p><p>II - multa;</p><p>III - impedimento de licitar e contratar;</p><p>IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar.</p><p>4.3.5 PODER DE POLÍCIA:</p><p>4.3.5.1 CONCEITO:</p><p>PODER DE POLÍCIA é o poder pelo qual a Administração Pública, a partir da lei, impõe condicionamentos e restrições ao</p><p>gozo de bens e exercício de direitos e atividades individuais em prol do interesse coletivo. É a atividade por meio da qual</p><p>se restringe a atuação individual em razão de algum interesse público, sempre nos limites da lei, mediante adequada</p><p>motivação e com observância do devido processo legal.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 58</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>LEI Nº 5.172/66- CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL (CTN)</p><p>Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse</p><p>ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à</p><p>higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas</p><p>dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos</p><p>direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 1966)</p><p>Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos</p><p>limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária,</p><p>sem abuso ou desvio de poder.</p><p>• Basicamente, atinge dois direitos:</p><p>a) Liberdade</p><p>b) Propriedade</p><p>4.3.5.2 CARACTERÍSTICAS:</p><p>1º) AS LIMITAÇÕES ATINGEM A LIBERDADE E A PROPRIEDADE, ABSTRATAMENTE CONSIDERADAS, MAS NÃO O PRÓPRIO</p><p>DIREITO, QUE JÁ NASCE ESTRUTURADO NORMATIVAMENTE COM TAIS RESTRIÇÕES;</p><p>2º) O PODER DE POLÍCIA PODE SER EXERCIDO SOBRE QUALQUER ÁREA DE INTERESSE COLETIVO;</p><p>3º) O PRINCÍPIO QUE NORTEIA E LEGITIMA A ATUAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA É O PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO</p><p>INTERESSE PÚBLICO SOBRE O INTERESSE PARTICULAR;</p><p>4º) O PODER DE POLÍCIA É EXERCIDO POR TODAS AS ESFERAS DE GOVERNO(FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL);</p><p>5º) A POLÍCIA ADMINISTRATIVA MANIFESTA-SE POR MEIO DE ATOS GERAIS E ABSTRATOS –ATOS NORMATIVOS - E DE ATOS</p><p>CONCRETOS;</p><p>6º) O PODER DE POLÍCIA PODE SER EXERCIDO DE FORMA:</p><p>-PREVENTIVA OU REPRESSIVA</p><p>- VINCULADA OU DISCRICIONÁRIA;</p><p>7º) ALGUNS DOUTRINADORES ENTENDEM A ATUAÇÃO DECORRENTE DO PODER DE POLÍCIA COMO UMA ATIVIDADE</p><p>NEGATIVA, NO SENTIDO DE QUE SEMPRE IMPÕE UMA ABSTENÇÃO AO PARTICULAR, UMA OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER.</p><p>8º) O PODER DE POLÍCIA PODE SER:</p><p>- ORIGINÁRIO (quando exercido diretamente pelos entes políticos: União, Estados, DF e Municípios, a quem a CF outorgou a</p><p>competência, os quais atuarão por meio de suas respectivas administrações diretas)</p><p>- DERIVADO (quando os entes políticos outorgam o poder de polícia à entidades administrativas de direito público da</p><p>administração indireta- Autarquias e Fundações Públicas de Direito Público)</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ACP/acp-31-66.htm#art7segunda</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ACP/acp-31-66.htm#art7segunda</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 59</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>• O Poder de Polícia não guarda relação anterior com o particular. Não há relação jurídica anterior no Poder de Polícia.</p><p>- FUNDAMENTO: SUPREMACIA GERAL- No exercício do Poder de Polícia, o fundamento é a chamada SUPREMACIA GERAL,</p><p>atuação do Poder de Polícia que independe de relação jurídica anterior, de vínculo anterior.</p><p>Ex.: controle alfandegário, controle de consumo de bebidas alcoólicas, velocidade em vias públicas.</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>DESMEMBRAMENTO DO EXERCÍCIOS DO PODER DE POLÍCIA - POSSIBILIDADE DE DELEGAÇÃO À PESSOAS PRIVADAS</p><p>APENAS DOS ATOS DE CONSENTIMENTOS E FISCALIZATÓRIOS</p><p>STJ- REsp 817534 / MG RECURSO ESPECIAL 2006/0025288-1</p><p>Relator(a):Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES (1141)</p><p>Data do julgamento: 10/11/2009</p><p>Ementa : ADMINISTRATIVO. PODER DE POLÍCIA. TRÂNSITO. SANÇÃO PECUNIÁRIA APLICADA POR SOCIEDADE DE ECONOMIA</p><p>MISTA. IMPOSSIBILIDADE.</p><p>1. Antes de adentrar o mérito da controvérsia, convém afastar a preliminar de conhecimento levantada pela parte recorrida.</p><p>Embora o fundamento da origem tenha sido a lei local, não há dúvidas que a tese sustentada pelo recorrente em sede de</p><p>especial (delegação de poder de polícia) é retirada, quando o assunto é trânsito, dos dispositivos do Código de Trânsito</p><p>Brasileiro arrolados pelo recorrente (arts. 21 e 24), na medida em que estes artigos tratam da competência dos órgãos de</p><p>trânsito. O enfrentamento da tese pela instância ordinária também tem por consequência o cumprimento do requisito do</p><p>prequestionamento. 2. No que tange ao mérito, convém assinalar que, em sentido amplo, poder de polícia pode ser</p><p>conceituado como o dever estatal de limitar-se o exercício da propriedade e da liberdade em favor do interesse público. A</p><p>controvérsia em debate é a possibilidade de exercício do poder de polícia por particulares (no caso, aplicação de multas de</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 60</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>trânsito por sociedade de economia mista). 3. As atividades que envolvem a consecução do poder de polícia podem ser</p><p>sumariamente divididas em quatro grupo, a saber: (i) legislação, (ii) consentimento, (iii) fiscalização e (iv) sanção. 4. No</p><p>âmbito da limitação do exercício da propriedade e da liberdade no trânsito, esses grupos ficam bem definidos: o CTB</p><p>estabelece normas genéricas e abstratas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (legislação); a emissão da</p><p>carteira corporifica a vontade o Poder Público (consentimento); a Administração instala equipamentos eletrônicos para</p><p>verificar se há respeito à velocidade estabelecida em lei (fiscalização); e também a Administração sanciona aquele que não</p><p>guarda observância ao CTB (sanção). 5. Somente o atos relativos ao consentimento e à fiscalização são delegáveis, pois</p><p>aqueles referentes à legislação e à sanção derivam do poder de coerção do Poder Público.</p><p>6. No que tange aos atos de</p><p>sanção, o bom desenvolvimento por particulares estaria, inclusive, comprometido pela busca do lucro - aplicação de multas</p><p>para aumentar a arrecadação. 7. Recurso especial provido.</p><p>NOVIDADE JURISPRUDENCIAL</p><p>STF- RE 633782 -RECURSO EXTRAORDINÁRIO- REPERCUSSÃO GERAL</p><p>Origem: MG - MINAS GERAIS</p><p>Relator: MIN. LUIZ FUX</p><p>JULGAMENTO: 26/10/2020</p><p>Ementa</p><p>EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 532. DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.</p><p>PRELIMINARES DE VIOLAÇÃO DO DIREITO À PRESTAÇÃO JURISDICIONAL ADEQUADA E DE USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA</p><p>DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL AFASTADAS. PODER DE POLÍCIA. TEORIA DO CICLO DE POLÍCIA. DELEGAÇÃO A PESSOA</p><p>JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO INTEGRANTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA.</p><p>PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO DE ATUAÇÃO PRÓPRIA DO ESTADO. CAPITAL MAJORITARIAMENTE PÚBLICO. REGIME</p><p>NÃO CONCORRENCIAL. CONSTITUCIONALIDADE. NECESSIDADE DE LEI FORMAL ESPECÍFICA PARA DELEGAÇÃO. CONTROLE</p><p>DE ABUSOS E DESVIOS POR MEIO DO DEVIDO PROCESSO. CONTROLE JUDICIAL DO EXERCÍCIO IRREGULAR.</p><p>INDELEGABILIDADE DE COMPETÊNCIA LEGISLATIVA. 1. O Plenário deste Supremo Tribunal reconheceu repercussão geral</p><p>ao thema decidendum, veiculado nos autos destes recursos extraordinários, referente à definição da compatibilidade</p><p>constitucional da delegação do poder de polícia administrativa a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da</p><p>Administração Pública indireta prestadoras de serviço público. 2. O poder de polícia significa toda e qualquer ação</p><p>restritiva do Estado em relação aos direitos individuais. Em sentido estrito, poder de polícia caracteriza uma atividade</p><p>administrativa, que consubstancia verdadeira prerrogativa conferida aos agentes da Administração, consistente no poder</p><p>de delimitar a liberdade e a propriedade. 3. A teoria do ciclo de polícia demonstra que o poder de polícia se desenvolve</p><p>em quatro fases, cada uma correspondendo a um modo de atuação estatal: (i) a ordem de polícia, (ii) o consentimento de</p><p>polícia, (iii) a fiscalização de polícia e (iv) a sanção de polícia. 4. A extensão de regras do regime de direito público a</p><p>pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta, desde que prestem serviços públicos de</p><p>atuação própria do Estado e em regime não concorrencial é admissível pela jurisprudência da Corte. (Precedentes: RE</p><p>225.011, Rel. Min. Marco Aurélio, Red. p/ o acórdão Min. Maurício Corrêa, Tribunal Pleno, julgado em 16/11/2000, DJ</p><p>19/12/2002; RE 393.032-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 18/12/2009; RE 852.527-AgR, Rel. Min. Cármen</p><p>Lúcia, Segunda Turma, DJe 13/2/2015).</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 61</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>• Polícia Administrativa é diferente de Polícia Judiciária, que busca aplicação da lei penal, a contenção do crime e não</p><p>pode ser exercida por qualquer órgão. A Polícia Judiciária tem corporação própria.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a</p><p>preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:</p><p>§ 1º A polícia federal , instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado</p><p>em carreira, destina-se a:</p><p>IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.</p><p>§ 4º - às polícias civis , dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da</p><p>União, as</p><p>funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais , exceto as militares.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:</p><p>I - impostos;</p><p>II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e</p><p>divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;</p><p>III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.</p><p>• ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA:</p><p>- DISCRICIONARIEDADE (regra geral)- a atuação, em regra, ocorre com margem de liberdade, dentro dos limites</p><p>legais.</p><p>- AUTO-EXECUTORIEDADE (regra geral) - a atuação, em regra, independe da ajuda ou intervenção do Judiciário.</p><p>- COERCIBILIDADE (regra geral) – a atuação, em regra, é imposta ao particular, sem a necessidade do seu</p><p>consentimento.</p><p>4.3.6 PODER REGULAMENTAR (OU NORMATIVO):</p><p>- PODER REGULAMENTAR, segundo o entendimento da 1ª corrente doutrinária, é a prerrogativa conferida aos chefes do</p><p>Poder Executivo para editar atos normativos (os regulamentos), sob a forma de decreto, cujo conteúdo é o detalhamento, a</p><p>explicitação, a pormenorização das normas contidas nas leis administrativas, de modo a permitir sua aplicação pela</p><p>Administração.</p><p>Ex: Decreto nº 1171/94- aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.</p><p>Temos algumas divergências doutrinárias:</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 62</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>- Para a 2ª. corrente o PODER NORMATIVO é o poder conferido à Administração Pública para ditar regras para explicitação ou</p><p>especificação de um conteúdo normativo preexistente. Difere da 1ª corrente, porque essa entende QUE O PODER SÓ É</p><p>CONFERIDO AOS CHEFES DOS EXECUTIVOS, enquanto aquela entende que essa competência não é apenas dos Chefes dos</p><p>Executivos, e sim da Administração Pública; para a doutrina moderna o poder regulamentar é apenas uma das formas de</p><p>expressão do PODER NORMATIVO.</p><p>- A 3ª. corrente tem o mesmo entendimento da 2ª corrente (que a competência não é apenas dos Chefes dos Executivos, e</p><p>sim da Administração Pública), divergindo apenas na nomenclatura, já que chama de Poder Regulamentar (lato sensu).</p><p>A execução do Poder Regulamentar ocorre através da edição dos atos normativos. Exemplos de atos normativos:</p><p>- DECRETO (REGULAMENTAR E AUTÔNOMO) - Exclusivo do Chefe do Executivo.</p><p>- REGULAMENTOS</p><p>- INSTRUMENTOS NORMATIVOS</p><p>_ REGIMENTOS</p><p>_ RESOLUÇÕES</p><p>_ DELIBERAÇÕES</p><p>Regulamento: normatiza uma situação – conteúdo. Para divulgar o regulamento, o conteúdo, fazemos isso por meio de</p><p>Decreto (modelo, forma) .</p><p>A FIGURA DO DECRETO:</p><p>No Brasil há dois tipos de decretos:</p><p>• Decreto Regulamentar (ou Regulamento Executivo) – serve para complementar a previsão legal, permitindo sua fiel</p><p>execução. É ato normativo secundário. Não inova na ordem jurídica. Está previsto no artigo 84, IV da CF/88.</p><p>• Decreto Autônomo (ou Regulamento Autônomo) – é considerado ato normativo primário. Inova na ordem jurídica.</p><p>Disciplina, normatiza, independentemente de lei anterior. Está previsto nas duas situações do artigo 84, VI, CF/88.</p><p>O fundamento do Regulamento Autônomo é direto da Constituição, “pula um degrau”, sem lei entre ele e a CF.</p><p>- Regulamento Autônomo- fundamento de validade direto na CF.</p><p>Segundo o STF o regulamento autônomo é possível a partir da EC 32/2001, que alterou o art. 84, VI, da CF. Só é possível</p><p>como exceção e expressamente autorizado pela CF.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:</p><p>V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação</p><p>legislativa;</p><p>Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:</p><p>IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 63</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou</p><p>extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>DECRETO AUTÔNOMO. CHEFE DO EXECUTIVO ESTADUAL</p><p>STF- ADI 2.857</p><p>Rel. : Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 30-8-2007, Plenário, DJ de 30-11-2007.)</p><p>Ação direta de inconstitucionalidade. Lei 6.835/2001 do Estado do Espírito Santo. Inclusão dos nomes de pessoas físicas e</p><p>jurídicas inadimplentes no Serasa, Cadin e SPC. Atribuições da Secretaria de Estado da Fazenda. Iniciativa da Mesa da</p><p>Assembleia Legislativa. Inconstitucionalidade formal. A Lei 6.835/2001, de iniciativa da Mesa da Assembleia Legislativa do</p><p>Estado do Espírito Santo, cria nova atribuição à Secretaria de Fazenda Estadual, órgão integrante do Poder Executivo daquele</p><p>Estado. À luz do princípio da simetria, são de iniciativa do chefe do Poder Executivo estadual as leis que versem sobre a</p><p>organização administrativa do Estado, podendo a questão referente à organização e funcionamento da administração</p><p>estadual, quando não importar aumento de despesa, ser regulamentada por meio de Decreto do chefe do Poder Executivo</p><p>(...). Inconstitucionalidade formal, por vício de iniciativa da lei ora atacada."</p><p>- O ABUSO DE PODER</p><p>ABUSO DE PODER: OCORRE QUANDO O ADMINISTRADOR EXTRAPOLA OS LIMITES LEGAIS. É uma conduta arbitrária, que</p><p>pode acontecer por ação ou omissão do agente público. O abuso de poder é gênero de duas espécies.</p><p>• EXCESSO DE PODER: a autoridade ultrapassa os limites de sua competência. Exemplo: Chefe da Repartição aplica demissão</p><p>(quando a lei determina que somente a autoridade máxima do órgão tem essa competência).</p><p>• DESVIO DE FINALIDADE: significa vício ideológico, é vício na vontade, é defeito subjetivo, o defeito dessa conduta está na</p><p>cabeça do administrador. formalmente, o ato é perfeito, porém ele é realizado com finalidades outras que não a de</p><p>estritamente cumprir a função. por ter aparência de legalidade, o desvio de finalidade é de difícil comprovação. ex.: remoção</p><p>“por necessidade do serviço”, quando na realidade ela acontece para punir servidor, desapropriação de imóvel de desafeto</p><p>político, alegando necessidade pública, quando na realidade ocorre por vingança.</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>1) PODER REGULAMENTAR. NÃO PODE INOVAR OU EXTRAPOLAR O QUE DISPÕE A NORMA PRIMÁRIA</p><p>Processo-ROMS 200602146908</p><p>STJ- ROMS - RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA - 22828</p><p>Relator(a): ARNALDO ESTEVES LIMA</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 64</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Ementa</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. POLICIAL MILITAR DO ESTADO DE SANTA</p><p>CATARINA. INDENIZAÇÃO DE ESTÍMULO OPERACIONAL. ALTERAÇÃO DA FORMA DE CÁLCULO DA PARCELA POR DECRETO.</p><p>ILEGALIDADE. RECURSO PROVIDO.</p><p>1. O decreto, como norma secundária – que tem função eminentemente regulamentar, conforme o art. 84, inc. IV, da</p><p>Constituição Federal –, não pode contrariar ou extrapolar a lei, norma primária. Não pode restringir os direitos nela</p><p>preconizados. Isso porque tão-somente a lei, em caráter inicial, tem o poder de inovar no ordenamento jurídico. 2. Os</p><p>Decretos Estaduais 2.697/04 e 2.815/04 modificaram substancialmente a forma de cálculo da Indenização de Estímulo</p><p>Operacional, parcela destinada ao pagamento de serviço extraordinário e noturno, consoante estabelecido nas Leis</p><p>Complementares Estaduais 137/95 e 254/03. Em conseqüência, quanto a esse aspecto, mostram-se ilegais, porquanto</p><p>contrariam a lei. 3. Os decretos em referência foram além das leis que regulamentaram, ao autorizarem que o administrador</p><p>não mais pagasse ao servidor público o valor correspondente às horas extras efetivamente trabalhadas, de acordo com a</p><p>forma de cálculo fixada pela lei, permitindo, assim, o enriquecimento sem causa do Estado. Além disso, permitiram que o</p><p>servidor público percebesse menos pela mesma quantidade de horas extras prestadas. Assim, violaram o princípio da</p><p>irredutibilidade de vencimentos, preconizado pelo art. 37, inc. XV, da Constituição Federal. 4. Recurso ordinário provido.</p><p>2) ATOS QUE EXORBITAM O PODER REGULAMENTAR</p><p>STF- ADI 1553</p><p>ADI - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE</p><p>Relator(a): MARCO AURÉLIO</p><p>Ementa</p><p>REGULAMENTO - BALIZAS - SUSTAÇÃO - EXECUTIVO VERSUS LEGISLATIVO. Mostra-se constitucional decreto legislativo que</p><p>implique sustar ato normativo do Poder Executivo exorbitante do poder regulamentar. TETO - APLICAÇÃO - LEI E</p><p>REGULAMENTO. O regulamento pressupõe a observância do objeto da lei. Extravasa-a quando, prevista a aplicação do teto</p><p>de remuneração de servidores considerada a administração direta, autárquica e fundacional, viabiliza a extensão às</p><p>sociedades de economia mista e empresas públicas.</p><p>MEMOREX -PROCESSO ADMINISTRATIVO-LEI Nº. 9.784/99</p><p>DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da</p><p>Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos</p><p>administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.</p><p>§ 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e</p><p>Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa.</p><p>§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se:</p><p>I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da</p><p>estrutura da Administração indireta;</p><p>II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;</p><p>III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.</p><p>PRINCÍPIOS EXPRESSOS NA</p><p>LEI Nº 9.784/99</p><p>(art. 2º)</p><p>Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,</p><p>finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,</p><p>contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.</p><p>Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios</p><p>de:</p><p>I - atuação conforme a lei e o Direito;</p><p>II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou</p><p>competências, salvo autorização em lei;</p><p>III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de</p><p>agentes ou autoridades;</p><p>IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;</p><p>V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na</p><p>Constituição;</p><p>VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções</p><p>em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;</p><p>VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;</p><p>VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 65</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza,</p><p>segurança e respeito aos direitos dos administrados;</p><p>X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de</p><p>provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas</p><p>situações de litígio;</p><p>XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;</p><p>XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo</p><p>da atuação dos</p><p>interessados;</p><p>XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do</p><p>fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.</p><p>DIREITOS DOS</p><p>ADMINISTRADOS</p><p>(art. 3º)</p><p>Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de</p><p>outros que lhe sejam assegurados:</p><p>I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o</p><p>exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;</p><p>II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de</p><p>interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as</p><p>decisões proferidas;</p><p>III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto</p><p>de consideração pelo órgão competente;</p><p>IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a</p><p>representação, por força de lei.</p><p>DEVERES DO</p><p>ADMINISTRADOS</p><p>(art. 4º)</p><p>Art. 4o São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros</p><p>previstos em ato normativo:</p><p>I - expor os fatos conforme a verdade;</p><p>II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;</p><p>III - não agir de modo temerário;</p><p>IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos</p><p>fatos.</p><p>- DA INSTAURAÇÃO</p><p>(INÍCIO DO PROCESSO)</p><p>(arts. 5º a 8º)</p><p>Art. 5o O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado.</p><p>Art. 6o O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação</p><p>oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:</p><p>I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;</p><p>II - identificação do interessado ou de quem o represente;</p><p>III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;</p><p>IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;</p><p>V - data e assinatura do requerente ou de seu representante.</p><p>Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de</p><p>documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais</p><p>falhas.</p><p>Art. 7o Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários</p><p>padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes.</p><p>Art. 8o Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e</p><p>fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo preceito</p><p>legal em contrário.</p><p>DOS INTERESSADOS</p><p>(arst. 9º e 10)</p><p>Art. 9o São legitimados como interessados no processo administrativo:</p><p>I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses</p><p>individuais ou no exercício do direito de representação;</p><p>II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser</p><p>afetados pela decisão a ser adotada;</p><p>III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses</p><p>coletivos;</p><p>IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses</p><p>difusos.</p><p>Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos,</p><p>ressalvada previsão especial em ato normativo próprio.</p><p>COMPETÊNCIA</p><p>(arts. 11 a 17)</p><p>Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi</p><p>atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.</p><p>Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 66</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe</p><p>sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias</p><p>de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.</p><p>Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos</p><p>órgãos colegiados aos respectivos presidentes.</p><p>Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:</p><p>I - a edição de atos de caráter normativo;</p><p>II - a decisão de recursos administrativos;</p><p>III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.</p><p>Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.</p><p>§ 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da</p><p>atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo</p><p>conter ressalva de exercício da atribuição delegada.</p><p>§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.</p><p>§ 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e</p><p>considerar-se-ão editadas pelo delegado.</p><p>Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente</p><p>justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente</p><p>inferior.</p><p>Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais das</p><p>respectivas sedes e, quando conveniente, a unidade fundacional competente em matéria de</p><p>interesse especial.</p><p>Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser</p><p>iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.</p><p>DO IMPEDIMENTO E</p><p>SUSPEIÇÃO</p><p>(arts. 18 a 21)</p><p>Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:</p><p>I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;</p><p>II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou</p><p>se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro</p><p>grau;</p><p>III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge</p><p>ou companheiro.</p><p>Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à</p><p>autoridade competente, abstendo-se de atuar.</p><p>Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para</p><p>efeitos disciplinares.</p><p>Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima</p><p>ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges,</p><p>companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.</p><p>Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito</p><p>suspensivo.</p><p>DA FORMA, TEMPO E</p><p>LUGAR DOS ATOS DO</p><p>PROCESSO</p><p>(arts. 22 a 25)</p><p>Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão</p><p>quando a lei expressamente a exigir.</p><p>§ 1o Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o</p><p>local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.</p><p>§ 2o Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver</p><p>dúvida de autenticidade.</p><p>§ 3o A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão</p><p>administrativo.</p><p>§ 4o O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e rubricadas.</p><p>Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de</p><p>funcionamento da repartição na qual tramitar o processo.</p><p>Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo</p><p>adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou à</p><p>Administração.</p><p>Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo</p><p>processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco</p><p>dias, salvo motivo de força maior.</p><p>Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 67</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>comprovada justificação.</p><p>Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente</p><p>na sede do órgão,</p><p>cientificando-se o interessado se outro for o local de realização.</p><p>DA COMUNICAÇÃO DOS</p><p>ATOS</p><p>(arts.26 a 28)</p><p>Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará</p><p>a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências.</p><p>§ 1o A intimação deverá conter:</p><p>I - identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa;</p><p>II - finalidade da intimação;</p><p>III - data, hora e local em que deve comparecer;</p><p>IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar;</p><p>V - informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento;</p><p>VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.</p><p>§ 2o A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de</p><p>comparecimento.</p><p>§ 3o A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de</p><p>recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do</p><p>interessado.</p><p>§ 4o No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, a</p><p>intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial.</p><p>§ 5o As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o</p><p>comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade.</p><p>Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos</p><p>fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado.</p><p>Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garantido direito de ampla defesa ao</p><p>interessado.</p><p>Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o interessado</p><p>em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades e</p><p>os atos de outra natureza, de seu interesse.</p><p>FASES DO PROCESSO</p><p>(arts. 5º, 29 a 47)</p><p>- Instauração</p><p>- Instrução (e relatório)</p><p>- Decisão</p><p>DA INSTRUÇÃO</p><p>Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários</p><p>à tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo</p><p>processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações probatórias.</p><p>§ 1o O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados necessários à</p><p>decisão do processo.</p><p>§ 2o Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem realizar-se do modo</p><p>menos oneroso para estes.</p><p>Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos.</p><p>Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão</p><p>competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para</p><p>manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte</p><p>interessada.</p><p>§ 1o A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim de</p><p>que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para</p><p>oferecimento de alegações escritas.</p><p>§ 2o O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição de interessado do</p><p>processo, mas confere o direito de obter da Administração resposta fundamentada, que</p><p>poderá ser comum a todas as alegações substancialmente iguais.</p><p>Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da questão,</p><p>poderá ser realizada audiência pública para debates sobre a matéria do processo.</p><p>Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria relevante, poderão estabelecer</p><p>outros meios de participação de administrados, diretamente ou por meio de organizações e</p><p>associações legalmente reconhecidas.</p><p>Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de participação de</p><p>administrados deverão ser apresentados com a indicação do procedimento adotado.</p><p>Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, a audiência de outros órgãos ou</p><p>entidades administrativas poderá ser realizada em reunião conjunta, com a participação de</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 68</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>titulares ou representantes dos órgãos competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser</p><p>juntada aos autos.</p><p>Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever</p><p>atribuído ao órgão competente para a instrução e do disposto no art. 37 desta Lei.</p><p>Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos</p><p>existentes na própria Administração responsável pelo processo ou em outro órgão</p><p>administrativo, o órgão competente para a instrução proverá, de ofício, à obtenção dos</p><p>documentos ou das respectivas cópias.</p><p>Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar</p><p>documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações</p><p>referentes à matéria objeto do processo.</p><p>§ 1o Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da</p><p>decisão.</p><p>§ 2o Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas</p><p>pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.</p><p>Art. 39. Quando for necessária a prestação de informações ou a apresentação de provas</p><p>pelos interessados ou terceiros, serão expedidas intimações para esse fim, mencionando-se</p><p>data, prazo, forma e condições de atendimento.</p><p>Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação, poderá o órgão competente, se entender</p><p>relevante a matéria, suprir de ofício a omissão, não se eximindo de proferir a decisão.</p><p>Art. 40. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem</p><p>necessários à apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela</p><p>Administração para a respectiva apresentação implicará arquivamento do processo.</p><p>Art. 41. Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência</p><p>mínima de três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização.</p><p>Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá</p><p>ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada</p><p>necessidade de maior prazo.</p><p>§ 1o Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o</p><p>processo não terá seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem</p><p>der causa ao atraso.</p><p>§ 2o Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o</p><p>processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da</p><p>responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.</p><p>Art. 43. Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente obtidos laudos</p><p>técnicos de órgãos administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo assinalado, o</p><p>órgão responsável pela instrução deverá solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de</p><p>qualificação e capacidade técnica equivalentes.</p><p>Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo</p><p>máximo de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado.</p><p>Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar</p><p>providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.</p><p>Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias</p><p>reprográficas dos dados e documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos</p><p>de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem.</p><p>Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão final elaborará</p><p>relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e formulará</p><p>proposta de decisão, objetivamente justificada, encaminhando o processo à autoridade</p><p>competente.</p><p>DO DEVER DE DECIDIR</p><p>(arts. 48 e 49)</p><p>Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos</p><p>administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de</p><p>administrativo. Os critérios adotados para a conceituação do direito</p><p>administrativo são:</p><p>CRITÉRIOS PARA A CONCEITUAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>1. Escola legalista, exegética, empírica</p><p>ou caótica</p><p>O Direito Administrativo tinha por objeto apenas a interpretação</p><p>das leis administrativas e atos complementares.</p><p>2. Escola de Serviço Público</p><p>O Direito Administrativo estudaria o serviço público de maneira</p><p>global, abrangendo toda a atuação do ente estatal, incluindo suas</p><p>atividades relacionadas ao comércio e à indústria, implicando assim</p><p>no estudo de outros ramos do direito, por exemplo, civil, comercial,</p><p>tributário e constitucional.</p><p>3. Critério do Poder Executivo</p><p>O Direito Administrativo deveria cuidar apenas da atuação do Poder</p><p>Executivo, deixando de lado a atuação administrativa dos demais</p><p>poderes (Judiciário e Legislativo).</p><p>4. Escola das relações jurídicas</p><p>Abrangia todas as relações jurídicas em que o Estado atuava como</p><p>parte.</p><p>5. Critério Teleológico</p><p>O Direito Administrativo é um conjunto de princípios que regula a</p><p>atividade do Estado para o cumprimento de seus fins.</p><p>6. Critério Residual ou negativo</p><p>O Direito Administrativo diz respeito a tudo o que não se relaciona</p><p>ao Poder Judiciário e Legislativo.</p><p>7. Critério da distinção entre atividade</p><p>jurídica e social do Estado</p><p>O direito administrativo se preocupa apenas com a atividade</p><p>jurídica do Estado, olvidando as questões referentes à atividade</p><p>social do Estado, como, por exemplo, as políticas públicas.</p><p>8. Critério da Administração Pública</p><p>(Hely Lopes Meirelles, posicionamento</p><p>dominante):</p><p>O Direito Administrativo significa um conjunto harmônico de regras</p><p>e princípios que regem os órgãos, agentes públicos e a atividade</p><p>administrativa, realizando de forma direta, concreta e imediata as</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 6</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>CRITÉRIOS PARA A CONCEITUAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>finalidades almejadas pelo Estado, sendo estas determinadas pelo</p><p>Direito Constitucional.</p><p>1.3 FONTES E OBJETO DO DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>1.3.1 FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>A Constituição Federal apresenta-se como a fonte primordial do Direito Administrativo, porque nela estão disciplinadas as</p><p>principais regras e princípios que estruturam e disciplinam o Estado. A Lei aparece como uma das principais fontes, posto que</p><p>no Direito Administrativo o Princípio da Legalidade tem uma presença muito forte, na medida em que o agente público só</p><p>pode fazer aquilo que a lei previamente lhe autoriza que o faça.</p><p>A doutrina, a jurisprudência e os costumes diários são outras fontes do Direito Administrativo na aplicação e interpretação</p><p>dos diversos atos praticados pelo Estado, exercendo a função administrativa.</p><p>FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>LEI</p><p>É a fonte primária do direito administrativo, abrangendo esta expressão desde a</p><p>Constituição até os regulamentos executivos**.</p><p>DOUTRINA</p><p>É fonte secundária do direito administrativo; formam o sistema teórico de princípios</p><p>aplicáveis ao direito positivo, é elemento construtivo da Ciência Jurídica à qual pertence a</p><p>disciplina em causa. Influi não só na elaboração da lei como nas decisões contenciosas e</p><p>não contenciosas.</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>É fonte secundária do direito administrativo;</p><p>Traduz-se na reiteração dos julgamentos num mesmo sentido, influencia poderosamente a</p><p>construção do Direito, e especialmente a do Direito Administrativo. Tem um caráter mais</p><p>prático que a doutrina e a lei. Outra característica é seu nacionalismo.</p><p>COSTUMES</p><p>É fonte secundária do direito administrativo;</p><p>Corresponde a prática administrativa; para Hely Lopes a praxe burocrática passa a suprir a</p><p>lei, ou atua como elemento informativo da doutrina.</p><p>* Há divergências doutrinas sobre a possibilidade ou não do Executivo desenvolver a função de julgar.</p><p>** Há divergências doutrinárias sobre a os atos normativos serem apenas a CF as leis em sentido estrito.</p><p>1.4 O ESTADO NA SUA FUNÇÃO DE ADMINISTRAR- A IDEIA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>A função administrativa não é exclusiva do Poder Executivo. Os outros poderes (Judiciário e Legislativo) também exercem</p><p>função administrativa. Quando um Tribunal de Justiça promove um juiz de uma comarca para outra, pratica ato</p><p>administrativo, e, não, função jurisdicional. Quando a Câmara dos Deputados realiza uma licitação pratica inúmeros atos</p><p>administrativos. O exercício de funções administrativas pelos Poderes Legislativo e Judiciário é essencial para que preservem</p><p>maior independência no exercício de suas funções típicas de legislar e de julgar.</p><p>Sendo assim, não se deve restringir a função administrativa apenas ao Poder Executivo, posto que os Poderes Legislativo e</p><p>Judiciário também exercem função administrativa.</p><p>E o estudo do Estado na função administrativa nos leva à ideia de Administração Pública.</p><p>A Administração Pública é o Estado na sua função de administrar.</p><p>1.4.1 A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>Entende-se como Administração Pública o conjunto de entidades (pessoas jurídicas- quem podem ser dividas em pessoas</p><p>políticas e pessoas administrativas), órgãos e agentes públicos no desempenho da função administrativa.</p><p>A Administração Pública pode ser vista sob duas análises:</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 7</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>1ª análise: Administração Pública em sentido amplo ou sentido estrito.</p><p>2ª análise: Administração Pública em sentido subjetivo (formal ou orgânico) ou sentido objetivo (material ou funcional).</p><p>1ª ANÁLISE: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO AMPLO OU SENTIDO ESTRITO.</p><p>- Administração Pública em sentido amplo corresponde as funções políticas e funções administrativas desenvolvidas pelo</p><p>órgãos governamentais e órgãos administrativos, ou seja, abarcaria as funções de planejamento, comando e direção da</p><p>atividade administrativa, bem como a sua execução.</p><p>- Administração Pública em sentido estrito corresponde às funções administrativas desenvolvidas pelos órgãos</p><p>administrativos. Ficam fora de seu alcance, portanto, os órgãos governamentais e as funções de cunho político que os</p><p>mesmos exercem.</p><p>2ª ANÁLISE: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO SUBJETIVO (FORMAL OU ORGÂNICO) OU</p><p>SENTIDO OBJETIVO (MATERIAL OU FUNCIONAL).</p><p>• Administração Pública em sentido subjetivo, formal ou orgânico, compreende as entidades (políticas e administrativas)</p><p>componentes da Administração Pública, os órgãos e os agentes públicos.</p><p>- Entidades políticas (art. 18 da CF): União, Estados, DF e Municípios- formam a Administração Direta.</p><p>- Entidades administrativas (art.37, XIX da CF): Autarquia, Fundação Pública, Sociedade de Economia Mista e Empresa</p><p>Pública- formam a Administração Indireta.</p><p>- Órgãos: compartimentos internos, unidades integrantes da Administração Direta e Indireta. Exemplos: Ministérios,</p><p>Secretarias, Departamentos, Coordenadorias, Divisões, Gabinetes, Setores e Seções.</p><p>- Agentes públicos: pessoas físicas que desenvolvem as funções do Estado.</p><p>• Administração Pública em sentido objetivo, material ou funcional, a Administração Pública corresponde às diversas</p><p>atividades finalísticas exercidas pelo Estado, por meio de seus agentes, órgãos e entidades, no desempenho da função</p><p>administrativa.</p><p>ANÁLISE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>1ª ANÁLISE</p><p>ADMINISTRAÇÃO</p><p>PÚBLICA</p><p>SENTIDO AMPLO - FUNÇÕES POLÍTICAS</p><p>(ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS)</p><p>- FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS</p><p>(ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS)</p><p>SENTIDO ESTRITO - FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS</p><p>(ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS)</p><p>2ª ANÁLISE</p><p>ADMNISTRAÇÃO</p><p>PÚBLICA</p><p>SENTIDO</p><p>SUBJETIVO,</p><p>FORMAL OU</p><p>ORGÂNICO</p><p>ANALISA A ESTRUTURA:</p><p>ENTIDADES</p><p>ÓRGÃOS</p><p>AGENTES PÚBLICOS</p><p>SENTIDO</p><p>OBJETIVO,</p><p>MATERIAL OU</p><p>FUNCIONAL</p><p>ANALISA A ATIVIDADE</p><p>(ATIVIDADE-</p><p>sua competência.</p><p>Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de</p><p>até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.</p><p>DA DECISÃO COORDENADA</p><p>(Incluído pela</p><p>Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>Art. 49-A. No âmbito da Administração Pública federal, as decisões administrativas que</p><p>exijam a participação de 3 (três) ou mais setores, órgãos ou entidades poderão ser tomadas</p><p>mediante decisão coordenada, sempre que: (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>I - for justificável pela relevância da matéria; e (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>II - houver discordância que prejudique a celeridade do processo administrativo</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 69</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>decisório. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>§ 1º Para os fins desta Lei, considera-se decisão coordenada a instância de natureza</p><p>interinstitucional ou intersetorial que atua de forma compartilhada com a finalidade de</p><p>simplificar o processo administrativo mediante participação concomitante de todas as</p><p>autoridades e agentes decisórios e dos responsáveis pela instrução técnico-jurídica,</p><p>observada a natureza do objeto e a compatibilidade do procedimento e de sua formalização</p><p>com a legislação pertinente. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>§ 4º A decisão coordenada não exclui a responsabilidade originária de cada órgão ou</p><p>autoridade envolvida. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>§ 5º A decisão coordenada obedecerá aos princípios da legalidade, da eficiência e da</p><p>transparência, com utilização, sempre que necessário, da simplificação do procedimento e</p><p>da concentração das instâncias decisórias. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>§ 6º Não se aplica a decisão coordenada aos processos administrativos: (Incluído pela Lei</p><p>nº 14.210, de 2021)</p><p>I - de licitação; (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>II - relacionados ao poder sancionador; ou (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>III - em que estejam envolvidas autoridades de Poderes distintos. (Incluído pela Lei nº</p><p>14.210, de 2021)</p><p>Art. 49-B. Poderão habilitar-se a participar da decisão coordenada, na qualidade de ouvintes,</p><p>os interessados de que trata o art. 9º desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>Parágrafo único. A participação na reunião, que poderá incluir direito a voz, será deferida</p><p>por decisão irrecorrível da autoridade responsável pela convocação da decisão</p><p>coordenada. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>Art. 49-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>Art. 49-D. Os participantes da decisão coordenada deverão ser intimados na forma do art. 26</p><p>desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>Art. 49-E. Cada órgão ou entidade participante é responsável pela elaboração de documento</p><p>específico sobre o tema atinente à respectiva competência, a fim de subsidiar os trabalhos e</p><p>integrar o processo da decisão coordenada. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>Parágrafo único. O documento previsto no caput deste artigo abordará a questão objeto da</p><p>decisão coordenada e eventuais precedentes. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>Art. 49-F. Eventual dissenso na solução do objeto da decisão coordenada deverá ser</p><p>manifestado durante as reuniões, de forma fundamentada, acompanhado das propostas de</p><p>solução e de alteração necessárias para a resolução da questão. (Incluído pela Lei nº</p><p>14.210, de 2021)</p><p>Parágrafo único. Não poderá ser arguida matéria estranha ao objeto da</p><p>convocação. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>Art. 49-G. A conclusão dos trabalhos da decisão coordenada será consolidada em ata, que</p><p>conterá as seguintes informações: (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>I - relato sobre os itens da pauta; (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>II - síntese dos fundamentos aduzidos; (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>III - síntese das teses pertinentes ao objeto da convocação; (Incluído pela Lei nº 14.210,</p><p>de 2021)</p><p>IV - registro das orientações, das diretrizes, das soluções ou das propostas de atos</p><p>governamentais relativos ao objeto da convocação; (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>V - posicionamento dos participantes para subsidiar futura atuação governamental em</p><p>matéria idêntica ou similar; e (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>VI - decisão de cada órgão ou entidade relativa à matéria sujeita à sua</p><p>competência. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>§ 1º Até a assinatura da ata, poderá ser complementada a fundamentação da decisão da</p><p>autoridade ou do agente a respeito de matéria de competência do órgão ou da entidade</p><p>representada. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>§ 3º A ata será publicada por extrato no Diário Oficial da União, do qual deverão constar,</p><p>além do registro referido no inciso IV do caput deste artigo, os dados identificadores da</p><p>decisão coordenada e o órgão e o local em que se encontra a ata em seu inteiro teor, para</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE</p><p>– Fone: (85) 3208. 2222 70</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>conhecimento dos interessados. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)</p><p>DA MOTIVAÇÃO</p><p>(art. 50)</p><p>Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos</p><p>fundamentos jurídicos, quando:</p><p>I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;</p><p>II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;</p><p>III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;</p><p>IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;</p><p>V - decidam recursos administrativos;</p><p>VI - decorram de reexame de ofício;</p><p>VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres,</p><p>laudos, propostas e relatórios oficiais;</p><p>VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.</p><p>§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de</p><p>concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou</p><p>propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.</p><p>§ 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico</p><p>que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia</p><p>dos interessados.</p><p>§ 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais</p><p>constará da respectiva ata ou de termo escrito.</p><p>DA DESISTÊNCIA E OUTROS</p><p>CASOS DE EXTINÇÃO DO</p><p>PROCESSO</p><p>(arts. 51 e 52)</p><p>Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente</p><p>do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.</p><p>§ 1o Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente quem a tenha</p><p>formulado.</p><p>§ 2o A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o</p><p>prosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse público assim o</p><p>exige.</p><p>Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua</p><p>finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato</p><p>superveniente.</p><p>DA ANULAÇÃO,</p><p>REVOGAÇÃO E</p><p>CONVALIDAÇÃO</p><p>(arts. 53 a 55)</p><p>Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de</p><p>legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os</p><p>direitos adquiridos.</p><p>Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram</p><p>efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que</p><p>foram praticados, salvo comprovada má-fé.</p><p>§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da</p><p>percepção do primeiro pagamento.</p><p>§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade</p><p>administrativa que importe impugnação à validade do ato.</p><p>Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem</p><p>prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados</p><p>pela própria Administração.</p><p>DO RECURSO</p><p>ADMINISTRATIVO E DA</p><p>REVISÃO</p><p>(arts. 56 a 65)</p><p>Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de</p><p>mérito.</p><p>§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a</p><p>reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.</p><p>§ 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução.</p><p>§ 3o Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula</p><p>vinculante, caberá à autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar,</p><p>explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade</p><p>ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de</p><p>2006). Vigência</p><p>Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas,</p><p>salvo disposição legal diversa.</p><p>Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:</p><p>I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;</p><p>II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida;</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art8</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art8</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art11</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 71</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses</p><p>coletivos;</p><p>IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.</p><p>Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso</p><p>administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.</p><p>§ 1o Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido no</p><p>prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente.</p><p>§ 2o O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado por igual período,</p><p>ante justificativa explícita.</p><p>Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor</p><p>os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar</p><p>convenientes.</p><p>Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.</p><p>Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente</p><p>da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a</p><p>pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.</p><p>Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os</p><p>demais interessados para que, no prazo de cinco dias úteis, apresentem alegações.</p><p>Art. 63. O recurso não será conhecido quando interposto:</p><p>I - fora do prazo;</p><p>II - perante órgão incompetente;</p><p>III - por quem não seja legitimado;</p><p>IV - após exaurida a esfera administrativa.</p><p>§ 1o Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-</p><p>lhe devolvido o prazo para recurso.</p><p>§ 2o O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato</p><p>ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa.</p><p>Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou</p><p>revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência.</p><p>Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à situação</p><p>do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da</p><p>decisão.</p><p>Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula vinculante, o órgão</p><p>competente para decidir o recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade</p><p>da súmula, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). Vigência</p><p>Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação fundada em violação de</p><p>enunciado da súmula vinculante, dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao órgão</p><p>competente para o julgamento do recurso, que deverão adequar as futuras decisões</p><p>administrativas em casos semelhantes, sob pena de responsabilização pessoal nas esferas</p><p>cível, administrativa e penal. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). Vigência</p><p>Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a</p><p>qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias</p><p>relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.</p><p>Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.</p><p>DOS PRAZOS</p><p>(art. 66 e 67)</p><p>Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da</p><p>contagem</p><p>o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.</p><p>§ 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair</p><p>em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal.</p><p>§ 2o Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.</p><p>§ 3o Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do</p><p>vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o</p><p>último dia do mês.</p><p>Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se</p><p>suspendem.</p><p>DAS SANÇÕES</p><p>(art. 68)</p><p>Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza</p><p>pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o</p><p>direito de defesa.</p><p>DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 69. Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria,</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art9</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art11</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art9</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art11</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 72</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>(art. 69) aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei.</p><p>DA PRIORIDADE NA</p><p>TRAMITAÇÃO DO</p><p>PROCESSO</p><p>(art. 69-A)**</p><p>Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os</p><p>procedimentos administrativos em que figure como parte ou interessado: pessoa com idade</p><p>igual ou superior a 60 (sessenta) anos; pessoa portadora de deficiência, física ou mental;</p><p>pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase,</p><p>paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,</p><p>espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da</p><p>doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de</p><p>imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina</p><p>especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo.</p><p>- A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição, deverá</p><p>requerê-lo à autoridade administrativa competente, que determinará as providências a</p><p>serem cumpridas</p><p>CLASSIFICAÇÃO</p><p>ATOS PRAZOS ART.</p><p>Intimação para comparecimento Mínimo de 3 dias úteis Art. 26</p><p>Intimação dos interessados de prova ou</p><p>diligência ordenada</p><p>Mínimo de 3 dias úteis Art. 41</p><p>Intimação dos interessados no recurso 5 dias úteis para apresentação de alegações Art. 62</p><p>Reconsideração do recurso pela</p><p>autoridade que proferiu a decisão</p><p>5 dias; se não o considerar, encaminhará à autoridade superior Art. 56</p><p>Para todos os atos do órgão ou entidade</p><p>5 dias, salvo força maior, podendo ser dilatado até o dobro se</p><p>justificado</p><p>Art. 24</p><p>Interposição de recurso Máximo de 10 dias Art. 59</p><p>Manifestação após encerrada a instrução Máximo de 10 dias, salvo determinação legal Art. 44</p><p>Emissão de parecer de órgão consultivo</p><p>Máximo de 15 dias, salvo norma especial ou comprovada</p><p>necessidade de maior prazo</p><p>Art. 42</p><p>Decisão após a instrução Até 30 dias, podendo ser prorrogáveis, se motivado. Art. 49</p><p>Decisão de recurso</p><p>Máximo de 30 dias, contados do recebimento dos autos,</p><p>prorrogáveis se justificados</p><p>Art. 59</p><p>JURISPRUDÊNCIA- PROCESSO ADMINISTRATIVO</p><p>1) STF- SÚMULA VINCULANTE Nº 5</p><p>A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.</p><p>2) STF- SÚMULA VINCULANTE Nº 21</p><p>É INCONSTITUCIONAL A EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO OU ARROLAMENTO PRÉVIOS DE DINHEIRO OU BENS PARA</p><p>ADMISSIBILIDADE DE RECURSO ADMINISTRATIVO.</p><p>3) STJ- SÚMULA N. 633 A Lei n. 9.784/1999, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para a revisão de atos</p><p>administrativos no âmbito da Administração Pública federal, pode ser aplicada, de forma subsidiária, aos estados e</p><p>municípios, se inexistente norma local e específi ca que regule a matéria.</p><p>4) STJ- RECURSO ESPECIAL. LEI N.º 9.784/99. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA. ESTADOS E MUNICÍPIOS. PRAZO DECADENCIAL.</p><p>SUSPENSÃO. INTERRUPÇÃO</p><p>NÃO-OCORRÊNCIA.REVISÃO.FATOS.NÃO-CABIMENTO. SÚMULA 07/STJ.</p><p>[...] 10. A Lei 9.784/99 pode ser aplicada de forma subsidiária no âmbito dos demais Estados-Membros, se ausente lei própria</p><p>regulando o processo administrativo no âmbito local. Precedentes do STJ. 11. Recurso especial conhecido em parte e não</p><p>provido. (REsp 1.148.460/PR, Rel. Min. Castro Meira, Segunda Turma, DJe de 28.10.2010)</p><p>_____________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 73</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Capítulo 5</p><p>ATOS ADMINISTRATIVOS</p><p>5.1 Conceito: É toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública (ou de quem faz às vezes de Adm.</p><p>Pública) que, a função de administrar, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar</p><p>direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si própria, sob regime ju´ridico de direito público e passível de controle</p><p>pelo Judiciário.</p><p>Vejamos o conceito dos doutrinadores:</p><p>5.2 CARACTERÍSTICAS</p><p>1ª) São manifestações unilaterais de vontade do Estado ou de quem faz às vezes de Estado</p><p>2ª) Na função de administrar</p><p>3ª) Que produzem efeitos na esfera jurídica</p><p>4ª) Para atender um fim, que está ligado ao interesse público.</p><p>5º) Passível de controle pelo Judiciário</p><p>• CONCEITO DE ATO JURÍDICO: é uma manifestação da vontade humana, destinada a produzir efeitos jurídicos.</p><p>• CONCEITO DE ATO ADMINISTRATIVO: é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública; é todo o ato</p><p>lícito, que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos; só pode ser praticado</p><p>por agente público competente. Logo:</p><p>• Ato jurídico → gênero</p><p>• Ato administrativo→ espécie.</p><p>ATO</p><p>ADMINISTRATIVO</p><p>É toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública</p><p>que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir,</p><p>resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor</p><p>obrigações aos administrados ou a si própria. (Hely Lopes Meirellles,</p><p>Direito Administrativo Brasileiro, p. 145)</p><p>É a declaração de vontade do Estado ou de quem o represente, que</p><p>produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime</p><p>jurídico de direito público e se sujeita a controle do Poder Judiciário.</p><p>(Maria Sylvia Z. Di Pietro, Direito Administrativo, p. 196)</p><p>É a declaração de vontade do Estado ou de lhe faça as vezes, no exercício</p><p>de prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídicas</p><p>complementares da lei a título de lhe dar cumprimento e sujeitas a</p><p>controle de legitimidade dos órgãos jurisdicionais. (Celso Antônio B. de</p><p>Mello, Curso de Direito Administrativo, p. 16)</p><p>É a exteriorização da vontade de agentes da Administração Pública ou de</p><p>seus delegatários, nessa condição, que, sob regime de direito público,</p><p>vise à produção de efeitos jurídicos com o fim de atender o interesse</p><p>público.(José dos Santos Carvalho Filho, Manual de</p><p>Direito</p><p>Administrativo, pag. 95)</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 74</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>NÃO CONFUNDIR: ATO ADMINISTRATIVO COM ATO DA ADMINISTRAÇÃO</p><p>DOUTRINA MINORITÁRIA DOUTRINA MAJORITÁRIA</p><p>Ato da Administração Pública é todo ato</p><p>praticado pela Administração, EXCLUINDO o ato</p><p>administrativo</p><p>Ato da Administração Pública é todo ato praticado pela Administração,</p><p>INCLUINDO o ato administrativo</p><p>DOUTINA MAJORITÁRIA- 1ª CORRENTE</p><p>DOUTRINA MAJORITÁRIA- 2ª CORRENTE</p><p>5.3 NÃO CONFUNDIR ATO ADMINISTRATIVO E FATO ADMINISTRATIVO:</p><p>• Ato administrativo # Fato administrativo.</p><p>• Fato Administrativo: para a doutrina tradicional é o acontecimento material da Administração, em cumprimento de</p><p>um ato administrativo que o determina, que poderá produzir consequências jurídicas. Ex.: a construção de uma</p><p>ponte, a instalação de um serviço público etc.</p><p>OBS: Di Pietro traz uma análise diferente entre fato administrativo e fato da administração:</p><p>1) FATO ADMINISTRATIVO – ocorre quando o fato descrito na norma legal produz efeitos no campo do direito administrativo.</p><p>Ex.: morte do servidor tem repercussão jurídica (gera pensão e vacância);</p><p>2) FATO DA ADMINISTRAÇÃO- se o fato não produz qualquer efeito jurídico no direito administrativo.</p><p>Ex.: servidor cai da escada no Ministério da Fazenda e rapidamente se levanta, sendo uma ocorrência dentro da</p><p>Administração, mas sem repercussões jurídicas.</p><p>1ª CORRENTE 2º CORRENTE</p><p>Fatos Administrativos: correspondem</p><p>à atividade material.</p><p>– FATO ADMINISTRATIVO – ocorre quando o fato descrito na norma legal produz</p><p>efeitos no campo do direito administrativo.</p><p>Ex.: morte do servidor tem repercussão jurídica (gera pensão e vacância);</p><p>FATO DA ADMINISTRAÇÃO- se o fato não produz qualquer efeito jurídico no direito</p><p>administrativo.</p><p>Ex.: servidor cai da escada no Ministério da Fazenda e rapidamente se levanta,</p><p>sendo uma ocorrência dentro da Administração, mas sem repercussões jurídicas .</p><p>ATOS DA</p><p>ADMINISTRAÇÃO</p><p>ATO</p><p>ADMINIS-</p><p>TRATIVO</p><p>ATOS</p><p>POLÍTICOS</p><p>ATO</p><p>ENUNCIATIVO</p><p>CONTRATOS ATOS REGIDOS</p><p>PELO DIREITO</p><p>PRIVADO</p><p>(ATOS DE GESTÃO)</p><p>ATO</p><p>NORMATIVO</p><p>ATOS DA</p><p>ADMINISTRAÇÃO</p><p>ATO</p><p>ADMINISTRATIVO</p><p>ATO</p><p>LEGISLATIVO</p><p>ATO</p><p>JUDICIAL</p><p>ATOS REGIDOS PELO</p><p>DIREITO PRIVADO</p><p>(ATOS DE GESTÃO)</p><p>A doutrina majoritária de</p><p>divide em duas correntes</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 75</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>5.4 ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS</p><p>Atributos são características, qualidades que diferenciam o ato administrativo do ato jurídico de direito privado. Temos duas</p><p>correntes sobre os atributos do ato.</p><p>ATRIBUTOS (QUALIDADES) DO ATO ADMINISTRATIVO- CLASSIFICAÇÃO:</p><p>→ (P A I) - DOUTRINA TRADICIONAL</p><p>→ (PATI) - DOUTRINA MODERNA</p><p>1) PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE: todo ato administrativo presume-se legítimo, isto é, verdadeiro e conforme o direito; é</p><p>presunção relativa (juris tantum).</p><p>Ex.: Execução de Dívida Ativa – cabe ao particular o ônus de provar que não deve ou que o valor está errado.</p><p>Espécies (segundo Celso Antônio Bandeira de Mello e Maria Sylvia Zanela Di Pietro):</p><p>→ Presunção de legitimidade: diz respeito à conformidade do ato com a lei.</p><p>→ Presunção de veracidade: diz respeito aos fatos.</p><p>2) AUTO-EXECUTORIEDADE: é o atributo do ato administrativo pelo qual o Poder Público pode obrigar o administrado a</p><p>cumprí-lo, independentemente de ordem judicial; não existe em todos os atos, por exemplo, cobrança de uma multa.</p><p>Ex. : fechamento de um estabelecimento, demolição de um prédio etc.</p><p>Espécies (segundo Celso Antônio Bandeira de Mello e Maria Sylvia Zanela Di Pietro):</p><p>→ Exigibilidade: a Administração se utiliza de meios indiretos de coerção, como a multa.</p><p>→ Executoriedade: permite à Administração executar diretamente a sua decisão pelo uso da força.</p><p>3) IMPERATIVIDADE: é a qualidade pela qual os atos dispõem de força executória e se impõem aos particulares,</p><p>independentemente de sua concordância; não existe em todos os atos, por exemplo, na permissão, na autorização etc.</p><p>Ex.: Secretário de Saúde quando dita normas de higiene – decorre do exercício do Poder de Polícia – pode impor obrigação</p><p>para o administrado. É o denominado poder extroverso da Administração.</p><p>4) TIPICIDADE* (entendimento de Marya Silvia Zanela Di Pietro): é o atributo pelo qual o ato administrativo deve</p><p>corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Trata-se de uma</p><p>decorrência do princípio da legalidade.</p><p>Doutrina moderna - PATI</p><p>Presunção de legitimidade e veracidade</p><p>Auto - executoriedade</p><p>Tipicidade</p><p>Imperatividade</p><p>Presunção de legitimidade Presunção de veracidade</p><p>Exigibilidade Executoriedade</p><p>Doutrina Clássica - PAI</p><p>Presunção de legitimidade e</p><p>veracidade</p><p>Auto-executoriedade</p><p>Imperatividade</p><p>São características próprias dos atos</p><p>administrativos, que os diferencia</p><p>dos atos jurídicos privados.</p><p>ATRIBUTOS DOS ATOS</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 76</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>5.5 ANÁLISE DO ATO ADMINISTRATIVO:</p><p>ANÁLISE DO ATO ADMINISTRATIVO</p><p>ANÁLISE DE</p><p>VALIDADE</p><p>O ato administrativo é válido quando</p><p>produzido de acordo com as normas</p><p>jurídicas que o regem (adequado à</p><p>ordem jurídica).</p><p>Analisa a conformidade do ato administrativo com OS</p><p>REQUISITOS FIXADOS NO ORDENAMENTO para a sua</p><p>correta produção. A doutrina fala em REQUISITOS,</p><p>PRESSUPOSTOS OU ELEMENTOS para se referir às</p><p>condições de validade do ato.</p><p>ANÁLISE DE</p><p>EXISTÊNCIA</p><p>(DE PERFEIÇÃO)</p><p>O ato administrativo é perfeito</p><p>(concluído) quando cumpre os requisitos</p><p>de existência jurídica.</p><p>Importa verificar se o ato cumpriu integralmente o ciclo</p><p>jurídico de formação, revestindo-se dos elementos e</p><p>pressupostos necessários para que possa ser considerado</p><p>um ato administrativo.</p><p>ANÁLISE DE</p><p>EFICÁCIA</p><p>O ato administrativo é eficaz quando</p><p>está apto a produzir efeitos.</p><p>Analisa a aptidão do ato para produzir efeitos jurídicos</p><p>(criar, modificar, preservar e extinguir direitos e</p><p>obrigações).</p><p>Das três análises, a que mais cai em prova é a análise de validade.</p><p>A doutrina majoritária elenca como requisitos (ou elementos) de validade do ato, os que estão previstos no artigo 2º da Lei</p><p>5717/65: COMPETÊNCIA, FINALIDADE, FORMA, MOTIVO E OBJETO.</p><p>A doutrina minoritária adota outros requisitos (SUJEITO, FINALIDADE, FORMALIZAÇÃO, MOTIVO, CAUSA E REQUISITOS</p><p>PROCEDIMENTAIS).</p><p>Nos concursos predomina o doutrina majoritária.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 77</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>5.5.1 – ANÁLISE DE VALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO:</p><p>LEI Nº 4.717/65</p><p>Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:</p><p>a) incompetência;</p><p>b) vício de forma;</p><p>c) ilegalidade do objeto;</p><p>d) inexistência dos motivos;</p><p>e) desvio de finalidade.</p><p>Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:</p><p>a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou;</p><p>b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à</p><p>existência ou seriedade do ato;</p><p>c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou</p><p>outro ato normativo;</p><p>d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é</p><p>materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido;</p><p>e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou</p><p>implicitamente, na regra de competência.</p><p>ANÁLISE DE VALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO (DOUTRINA MAJORITÁRIA)</p><p>REQUISITOS (OU ELEMENTOS) DO ATO ADMINISTRATIVO PARA A FORMAÇÃO DO ATO-VALIDADE</p><p>(C F F M O)- DOUTRINA CLÁSSICA(LEI 4717/65)</p><p>ANÁLISE DOS REQUISITOS (OU ELEMENTOS) DE VALIDADE:</p><p>ATO</p><p>ADMINISTRATIVO</p><p>COMPETÊNCIA</p><p>FINALIDADE</p><p>FORMA</p><p>MOTIVO</p><p>OBJETO</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 78</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>1) COMPETÊNCIA: é o poder, resultante da lei, que dá ao agente administrativo a capacidade de praticar o ato</p><p>administrativo; é VINCULADO;</p><p>➔ É o primeiro requisito de validade do ato administrativo. Inicialmente, é necessário verificar se a Pessoa Jurídica tem</p><p>atribuição para a prática daquele ato. É preciso saber, em segundo lugar, se o órgão daquela Pessoa Jurídica que praticou o</p><p>ato, estava investido de atribuições para tanto. Finalmente, é preciso verificar se o agente público que praticou o ato, fê-lo</p><p>no exercício das atribuições do cargo. O problema da competência, portanto, resolve-se nesses três aspectos.</p><p>• A competência ADMITE DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO. Esses institutos resultam da hierarquia.</p><p>2) FINALIDADE: é o bem jurídico objetivado pelo ato administrativo; é vinculado;</p><p>O ato deve alcançar a finalidade expressa ou implicitamente prevista na norma que atribui competência ao agente para a</p><p>sua prática. O Administrador não pode fugir da finalidade que a lei imprimiu ao ato, sob pena de NULIDADE do ato pelo</p><p>DESVIO DE FINALIDADE específica. Havendo qualquer desvio, o ato é nulo por DESVIO DE FINALIDADE, mesmo que haja</p><p>relevância social.</p><p>3) FORMA: é a maneira regrada (escrita em lei) de como o ato deve ser praticado; É o revestimento externo do ato; é</p><p>VINCULADO.</p><p>Em princípio, exige-se a forma escrita para a prática do ato. Excepcionalmente, admitem-se as ordens através de sinais ou</p><p>de voz, como são feitas no trânsito. Em alguns casos, a forma é particularizada e exige-se um determinado tipo de forma</p><p>escrita.</p><p>4) MOTIVO: é a situação de fato e a situação de direito que autoriza ou exige a prática do ato administrativo;</p><p>5) OBJETO: é o conteúdo do ato; é a própria alteração na ordem jurídica; é aquilo que o ato dispõe. Pode ser VINCULADO</p><p>ou DISCRICIONÁRIO.</p><p>ato vinculado: o objeto já está predeterminado na lei (Ex.: aposentadoria do servidor).</p><p>ato discricionário:há uma margem de liberdade do Administrador para preencher o conteúdo do ato (Ex.: desapropriação –</p><p>cabe ao Administrador escolher o bem, de acordo com os interesses da Administração).</p><p>➔ MOTIVO e OBJETO, nos chamados atos discricionários, caracterizam o que se denomina de MÉRITO</p><p>ADMINISTRATIVO.</p><p>- MÉRITO ADMINISTRATIVO: corresponde à esfera de discricionariedade reservada ao Administrador e, em princípio, não</p><p>pode o Poder Judiciário pretender substituir a discricionariedade do administrador pela discricionariedade do Juiz. Pode, no</p><p>entanto, examinar os motivos invocados pelo Administrador para verificar se eles efetivamente existem e se porventura está</p><p>caracterizado um desvio de finalidade.</p><p>DA ANÁLISE DE VINCULAÇÃO OU DISCRICIONARIEDADE</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 79</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>A conduta administrativa pode ser praticada sem margem de liberdade (conduta vinculada) ou com margem de liberdade,</p><p>dentro dos limites legais (conduta discricionária). Elas devem ser analisadas, levando em conta os requisitos (ou elementos)</p><p>do ato administrativo.</p><p>ATO ADMINISTRATIVO</p><p>ATO VINCULADO ATO DISCRICIONÁRIO</p><p>-Também chamado de ato regrado</p><p>-Todos os elementos são vinculados</p><p>-Vício de legalidade gera anulação (via de regra).</p><p>-Anulação →Administração ou Judiciário</p><p>- A anulação opera um efeito retroativo (ex tunc)</p><p>- invalida tudo, desde o início, não atingindo o</p><p>terceiro de boa-fé.</p><p>Ex: licença –maternidade.</p><p>C -Os três primeiros elementos são vinculados</p><p>-Vício de legalidade gera anulação (via de regra).</p><p>-Anulação →Administração ou Judiciário</p><p>-A anulação opera um efeito retroativo (ex tunc)- invalida tudo,</p><p>desde o início, não atingindo o terceiro de boa-fé.</p><p>F</p><p>F</p><p>M - Elementos discricionários.</p><p>- Formam o chamado “MERITO ADMINISTRATIVO”.</p><p>- Pode ocorrer revogação (por motivo de oportunidade e</p><p>conveniência).</p><p>- Revogação: somente a Administração ( ou os outros Poderes na</p><p>função atípica de administrar).</p><p>- A revogação opera um efeito proativo (ex nunc), respeitados os</p><p>direitos adquiridos.</p><p>Ex: aplicação da penalidade de suspensão em um servidor público.</p><p>O</p><p>OBS: ALGUNS ATOS SÃO IRREVOGÁVEIS:</p><p>• Os atos consumados, que já exauriram seus efeitos.</p><p>• Os atos vinculados, pois nesse o Administrador não tem escolha na prática do ato.</p><p>• Os atos que geram direitos adquiridos.</p><p>→ MAIS MOTIVOS PARA ANULAÇÃO DE UM ATO:</p><p>1) TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES:</p><p>2)</p><p>CONCEITO: HÁ ABUSO DE PODER QUANDO UM AGENTE PÚBLICO PRATICA UM ATO ULTRAPASSANDO OS LIMITES DE SUA</p><p>COMPETÊNCIA OU SE DESVIA DAS FINALIDADES ADMINISTRATIVAS</p><p>3) FERIR OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.</p><p>***ATENÇÃO ESPECIAL PARA A RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE!!!!!!!!****</p><p>5.6 TEORIA DAS NULIDADES DOS ATOS ADMINISTRATIVOS</p><p>TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES</p><p>Se o Administrador invoca determinados</p><p>motivos, a validade do ato fica</p><p>subordinada à efetiva existência desses</p><p>motivos invocados para a sua prática.</p><p>Ex: Prefeito da cidade “A” exonera um</p><p>servidor de cargo em comissão alegando</p><p>excesso de despesa com pessoal. Uma</p><p>semana depois ele nomeia outra pessoa</p><p>para o cargo.</p><p>-Exoneração de cargo em comissão:</p><p>ato discricionário.</p><p>Alegação de excesso de despesa com</p><p>pessoal: motivação. (acaba por</p><p>vincular o ato).</p><p>ABUSO DE</p><p>PODER</p><p>EXCESSO DE PODER</p><p>DESVIO DE PODER</p><p>COMPETÊNCIA</p><p>FINALIDADE</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 80</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>A DIVISÃO DO ATO ADMINISTRATIVO EM REQUISITOS SERVE PARA FACILITAR A IDENTIFICAÇÃO DE DEFEITOS. UM</p><p>DEFEITO SURGE SEMPRE QUE O ATO ADMINISTRATIVO FOR PRATICADO EM DESCONFORMIDADE COM AS EXIGÊNCIAS</p><p>LEGAIS. PORÉM HÁ DIVERSOS NÍVEIS DE DESCUMPRIMENTO DA LEI E CONSEQUENTEMENTE VÁRIOS GRAUS DE</p><p>NULIDADE.</p><p>1ª CORRENTE- TEORIA UNITÁRIA: essa teoria sustenta que qualquer ILEGALIDADE é causa de nulidade. Todo ato</p><p>viciado é nulo. Inexiste graus de violação. Ou é ou não é. Não se aceita</p><p>convalidação.</p><p>2ª CORRENTE- TEORIA BINÁRIA: essa teoria divide os atos administrativos ilegais em nulos e anuláveis.</p><p>3ª CORRENTE- TEORIA TERNÁRIA: para essa teoria os atos administrativos ilegais podem ser divididos em nulos,</p><p>anuláveis e irregulares.</p><p>4ª CORRENTE- TEORIA QUATERNÁRIA</p><p>(MAJORITÁRIA EM CONCURSOS):</p><p>essa teoria reconhece quatro tipos de atos ilegais: nulos, anuláveis, irregulares e</p><p>inexistentes.</p><p>ATOS NULOS E ATOS ANULÁVEIS :</p><p>Atos Nulos: são aqueles que atingem gravemente a lei ( Ex.: prática de um ato por uma pessoa jurídica incompetente).</p><p>Atos Anuláveis: representam uma violação mais branda à norma (Ex.: um ato que era de competência do Ministro e foi</p><p>praticado por Secretário Geral. Houve violação, mas não tão grave porque foi praticado dentro do mesmo órgão).</p><p>5.7 EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO:</p><p>O ato administrativo</p><p>pode ser extinto. Temos as seguintes possbilidades de extinção do ato. 1) Extinção pelo cumprimento</p><p>dos efeitos; 2) Extinção pelo desaparecimento do sujeito ou do objeto; 3) Extinção pela retirada e 4) Extinção pela renúncia.</p><p>A EXTINÇÃO PELA RETIRADA É, SEM DÚVIDA, A MAIS COBRADA PELAS PROVAS DE CONCURSOS. VAMOS ENTENDÊ-LA:</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 81</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS (PELA RETIRADA DO ATO):</p><p>• ANULAÇÃO: é a supressão do ato administrativo, com efeito retroativo, por razões de ilegalidade e ilegitimidade. Pode</p><p>ser examinado pelo Poder Judiciário (razões de legalidade e legitimidade) e pela Administração Pública (aspectos legais e</p><p>no mérito).</p><p>EFEITO EX-TUNC = com efeito retroativo; invalida as conseqüências passadas, presentes e futuras.</p><p>• REVOGAÇÃO: é a extinção de um ato administrativo legal e perfeito, por razões de conveniência e oportunidade, pela</p><p>Administração, no exercício do poder discricionário. O ato revogado conserva os efeitos produzidos durante o tempo em</p><p>que operou. A partir da data da revogação é que cessa a produção de efeitos do ato até então perfeito e legal. Só pode</p><p>ser praticado pela Administração Pública por razões de oportunidade e conveniência. A revogação não pode atingir os</p><p>direitos adquiridos</p><p>EFEITO EX-NUNC = sem efeito retroativo</p><p>• CADUCIDADE: É a cessação dos efeitos do ato em razão de uma lei superveniente, com a qual esse ato é incompatível.</p><p>A característica é a incompatibilidade do ato com a norma subsequente.</p><p>• CASSAÇÃO: A cassação ocorre quando o destinatário descumpre condições preestabelecidas. Embora legítimo na sua</p><p>origem e formação, torna-se ilegal na sua execução. Ex.: alguém obteve uma licença para dirigir, porém descumpriu</p><p>regras do CTB, passíveis de cassação. Vem o Poder Público e procede a cassação da carteira de motorista.</p><p>• CONTRAPOSIÇÃO: trata-se de uma hipótese de edição de ato com efeitos opostos, por exemplo, a exoneração de</p><p>funcionário aniquila os efeitos de sua nomeação, ou seja, os efeitos da exoneração derrubam, por contraposição, os</p><p>efeitos da nomeação.</p><p>O INSTITUTO DA CONVALIDAÇÃO NO DIREITO BRASILEIRO:</p><p>CONVALIDAÇÃO</p><p>CONVALIDAÇÃO OU SANEAMENTO É O ATO ADMINISTRATIVO PELO QUAL É SUPRIDO O VÍCIO EXISTENTE EM UM ATO</p><p>ILEGAL, COM EFEITOS RETROATIVOS À DATA EM QUE ESTE FOI PRATICADO. É O SUPRIMENTO DA INVALIDADE DE UM ATO</p><p>COM EFEITOS RETROATIVOS. É TORNAR VÁLIDO UM ATO INVÁLIDO, POR MEIO DE OUTRO ATO QUE SUPRE O VÍCIO</p><p>SANÁVEL, COM EFEITOS EX TUNC.</p><p>• CONVALIDAÇÃO ( ou saneamento) é o ato administrativo pelo qual é suprido o vício existente em um ato ilegal, com</p><p>efeitos retroativos à data em que este foi praticado. A convalidação está prevista na Lei nº. 9784/99, nos artigos 54 e 55.</p><p>A convalidação tanto pode ocorrer nos atos vinculados como nos atos discricionários.</p><p>Com relação aos elementos do ato ( C F F M O), vejamos:</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 82</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>COMPETÊNCIA</p><p>Pode ser convalidada, desde que não se trate de competência outorgada com exclusividade, caso</p><p>em que se exclui a possibilidade de delegação ou avocação. Também não se admite a convalidação</p><p>de incompetência em razão da matéria (por exemplo, quando um Ministério pratica ato de</p><p>competência de outro Ministério, porque existe exclusividade de atribuições).</p><p>FINALIDADE</p><p>Não pode ser convalidada, pois não se pode mudar a intenção do agente. E ela deve ser sempre o</p><p>interesse público.</p><p>FORMA Pode ser convalidada, desde que a forma não seja essencial à validade do ato.</p><p>MOTIVO Não pode ser convalidado. Não há como alterar, com efeito retroativo, uma situação de fato.</p><p>OBJETO Não pode ser convalidado.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 83</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>LEI 9.784/99</p><p>Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo</p><p>de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.</p><p>Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os</p><p>destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.</p><p>§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.</p><p>§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à</p><p>validade do ato.</p><p>Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que</p><p>apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração</p><p>STF- SÚMULA 473</p><p>A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS, QUANDO EIVADOS DE VÍCIOS QUE OS TORNAM ILEGAIS, PORQUE</p><p>DELES NÃO SE ORIGINAM DIREITOS; OU REVOGÁ-LOS, POR MOTIVO DE CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE, RESPEITADOS</p><p>OS DIREITOS ADQUIRIDOS, E RESSALVADA, EM TODOS OS CASOS, A APRECIAÇÃO JUDICIAL.</p><p>STJ - SÚMULA 633:</p><p>A LEI 9.784/1999, ESPECIALMENTE NO QUE DIZ RESPEITO AO PRAZO DECADENCIAL PARA A REVISÃO DE ATOS</p><p>ADMINISTRATIVOS NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL, PODE SER APLICADA, DE FORMA SUBSIDIÁRIA, AOS</p><p>ESTADOS E MUNICÍPIOS, SE INEXISTENTE NORMA LOCAL E ESPECÍFICA QUE REGULE A MATÉRIA.</p><p>5.8 ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS</p><p>Hely Lopes Meirelles organiza os atos em espécies, pelas características comuns entre eles. Para o doutrinador, as</p><p>espécies de atos são organizadas da seguinte forma:</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 84</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>ATOS NORMATIVOS:</p><p>São aqueles que contêm um comando geral, visando à correta</p><p>aplicação da lei. O objetivo imediato de tais atos é dar fiel</p><p>cumprimento, explicitar a norma legal observada pela administração</p><p>e pelos administrados.</p><p>Tais atos, embora normalmente estabeleçam regras gerais e abstratas</p><p>de conduta, não são leis em sentido formal, são consideradas leis</p><p>apenas em sentido material.</p><p>EXEMPLOS:</p><p>Decreto- Autônomo e Regulamentar</p><p>(exclusivo do Chefe do Executivo)</p><p>Regulamentos</p><p>Instruções Normativas</p><p>Regimentos</p><p>Resoluções</p><p>Deliberações</p><p>ATOS ORDINATÓRIOS</p><p>São os atos que visam disciplinar o funcionamento da administração e</p><p>a conduta funcional de seus agentes. São provimentos, determinações</p><p>ou esclarecimentos que se endereçam aos servidores públicos a fim</p><p>de orientá-los no desempenho de suas atribuições.</p><p>EXEMPLOS:</p><p>Instruções</p><p>Provimentos</p><p>Circulares</p><p>Avisos</p><p>Portarias*</p><p>Ordens de Serviço</p><p>Ofícios</p><p>Despachos</p><p>ATOS NEGOCIAIS</p><p>São os atos praticados contendo uma declaração de vontade do Poder</p><p>Público coincidente com a pretensão do particular, visando à</p><p>concretização de negócios jurídicos públicos ou à atribuição de certos</p><p>direitos ou vantagens ao interessado.</p><p>EXEMPLOS:</p><p>Licença</p><p>Autorização</p><p>Permissão</p><p>Aprovação</p><p>Admissão</p><p>Visto</p><p>Homologação</p><p>Dispensa</p><p>Renúncia</p><p>Protocolo Administrativo</p><p>ATOS ENUNCIATIVOS</p><p>São todos aqueles em que a administração se limita a certificar ou a</p><p>atestar um fato ou emitir uma opinião sobre determinado assunto,</p><p>sem se vincular aos seu eniunciado.</p><p>Embora não contenham uma norma de atuação, nem ordenem a</p><p>atividade administrativa interna, nem estabeleçam uma relação</p><p>negocial entre administrado e o Poder Público; enunciam uma</p><p>situação existente, sem qualquer manifestação de vontade da</p><p>administração.</p><p>EXEMPLOS:</p><p>Certidões</p><p>Atestados</p><p>Pareceres</p><p>Apostilas</p><p>ATOS PUNITIVOS</p><p>São os que contêm uma sanção imposta pela administração àqueles</p><p>que infrigem disposições legais, regulamentares ou ordinatórias dos</p><p>bens ou serviços públicos. Visam punir e reprimir as infrações</p><p>administrativas ou a conduta irregular dos servidores ou dos</p><p>particulares perante a administração.</p><p>EXEMPLOS:</p><p>Externos</p><p>Internos</p><p>PUNITIVOS</p><p>ENUNCIATIVOS NEGOCIAIS</p><p>ORDINATÓRIOS</p><p>NORMATIVOS</p><p>ESPÉCIES DE</p><p>ATOS</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 85</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>AGORA, VAMOS A DEFINIÇÃO DE CADA UM:</p><p>ESPÉCIES DE ATOS- CONFORME HELY LOPES MEIRELLES</p><p>N</p><p>O</p><p>R</p><p>M</p><p>A</p><p>TI</p><p>V</p><p>O</p><p>S</p><p>Decreto</p><p>(Ato exclusivo do</p><p>Chefe do Executivo)</p><p>➔ Regulamentar: visa explicar a lei e facilitar sua execução, aclarando seus</p><p>mandamentos e orientando sua aplicação.</p><p>➔ Autônomo: dispõe sobre a matéria ainda não regulada especificamente em lei.</p><p>Regulamentos</p><p>➔ são atos administrativos, posto em vigência por decreto, para especificar os</p><p>mandamentos da lei ou prover situações ainda não disciplinada por lei. Estabelecem</p><p>relações jurídicas entre a Administração e os administrados.</p><p>Instruções</p><p>Normativas</p><p>→ são atos administrativos expedidos pelos Ministros de Estado para a execução das Leis,</p><p>decretos e regulamentos (CF, art. 87, § único, II), mas também utilizadas por outros órgãos</p><p>superiores para o mesmo fim.</p><p>Regimentos</p><p>→ são atos administrativos normativos de atuação interna, dado que se destinam a reger o</p><p>funcionamento de órgãos colegiados e de corporações legislativas.</p><p>Resoluções</p><p>→ são atos administrativos normativos expedidos pelas altas autoridades do</p><p>Executivo(mas não pelo Chefe do Executivo) ou pelos Presidentes dos Tribunais, órgãos</p><p>legislativos e colegiados, para disciplinar matéria de sua competência específica.</p><p>Deliberações → são atos administrativos normativos ou decisórios emanados de órgãos colegiados.</p><p>O</p><p>R</p><p>D</p><p>IN</p><p>A</p><p>TÓ</p><p>R</p><p>IO</p><p>S</p><p>Instruções</p><p>➔ são ordens escritas e gerais a respeito do modo e forma de execução de determinado</p><p>serviço público, expedidas pelo superior hierárquico com o escopo de orientar os</p><p>subalternos no desempenho das atribuições que lhe são afetas.</p><p>Provimentos</p><p>→ são atos administrativos internos, contendo determinações e instruções que a</p><p>Corregedoria ou os tribunais expedem para a regularização e uniformização dos serviços,</p><p>especialmente os da Justiça.</p><p>Circulares</p><p>➔ são ordens escritas, de caráter uniforme, expedidas a determinados agentes públicos</p><p>incumbidos de certo serviço ou do desempenho de certas atribuições.</p><p>Avisos</p><p>→ são atos emanados dos Ministros de Estado a respeito de assuntos afetos aos</p><p>ministérios.</p><p>Portarias*</p><p>(Regra geral)</p><p>→ são atos administrativos internos pelos quais os chefes de órgãos, repartições, ou</p><p>serviços expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados ou designam</p><p>servidores para funções e cargos secundários.(atos de funcionamento interno da</p><p>Administração que não geram direitos).</p><p>Ordens de Serviço</p><p>→ são determinações especiais dirigidas aos responsáveis por obras ou serviços públicos</p><p>autorizando seu início, ou contendo imposições de caráter administrativo, ou</p><p>especificações técnicas sobre o modo e forma de realização.</p><p>Ofícios</p><p>→ são comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre subalternos e</p><p>superiores e entre a Administração e particulares, em caráter oficial.</p><p>Despachos</p><p>→ são decisões que as autoridades proferem em papéis, requerimentos e processos</p><p>sujeitos à sua apreciação.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 86</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>N</p><p>EG</p><p>O</p><p>C</p><p>IA</p><p>IS</p><p>Licença</p><p>→ ato administrativo vinculado e definitivo pelo o qual o Poder Público verificando que o</p><p>interessado atendeu a todas as exigências legais, faculta-lhe o desempenho de atividades</p><p>ou a realização de fatos materiais antes vedado ao particular.</p><p>Autorização</p><p>→ ato administrativo discricionário e precário pelo qual o Poder Público torna possível ao</p><p>pretendente a realização de certa atividade, serviço ou utilização de determinados bens</p><p>particulares ou públicos.</p><p>Permissão</p><p>→ ato administrativo negocial, discricionário e precário, pelo qual o Poder Público faculta</p><p>ao particular o uso especial de bens públicos ou prestação de serviços públicos*.</p><p>Aprovação</p><p>→ ato administrativo pelo qual o Poder Público verifica a legalidade e o mérito de outro</p><p>ato ou de situações e realizações materiais de seus próprios órgãos, de outras entidades ou</p><p>de particulares, dependentes de seu controle.É discricionário.</p><p>Admissão</p><p>→ ato administrativo vinculado pelo qual o Poder Público, verificando a satisfação de todos</p><p>os requisitos legais pelo particular, defere-lhe determinada situação jurídica de seu</p><p>exclusivo ou predominante interesse.</p><p>Visto</p><p>→ ato administrativo pelo qual o Poder Público controla outro ato da própria</p><p>Administração ou do administrado, aferindo sua legitimidade formal para dar-lhe</p><p>exeqüibilidade.</p><p>Homologação</p><p>→ ato administrativo de controle pelo qual a autoridade superior examina a legalidade e a</p><p>conveniência de ato anterior a da própria Administração, de outra entidade ou de</p><p>particular, para dar-lhe eficácia. É VINCULADO.</p><p>Dispensa</p><p>→ ato administrativo que exime o particular do cumprimento de determinada obrigação</p><p>até então exigida por lei. Ex: serviço militar obrigatório.</p><p>Renúncia</p><p>→ ato pelo qual o Poder Público extingue unilateralmente um crédito ou um direito</p><p>próprio, liberando a pessoa obrigada perante a Administração.</p><p>Protocolo</p><p>Administrativo</p><p>→ ato negocial pelo qual o Poder Público acerta com o particular a realização de</p><p>determinado empreendimento ou atividade ou a abstenção de certa conduta, no interesse</p><p>recíproco da Administração e do administrado.</p><p>EN</p><p>U</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>TI</p><p>V</p><p>O</p><p>S</p><p>(D</p><p>EC</p><p>LA</p><p>R</p><p>A</p><p>TÓ</p><p>R</p><p>IO</p><p>S</p><p>Certidões</p><p>→ são cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos constantes de processo,</p><p>livro ou documento que se encontre nas repartições públicas.</p><p>Atestados</p><p>→ são atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma situação de que tenha</p><p>conhecimento por seus órgãos competentes.</p><p>Pareceres → são manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua consideração.</p><p>Apostilas</p><p>→ são atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior criada por lei. Equivale a</p><p>uma averbação.</p><p>P</p><p>U</p><p>N</p><p>IT</p><p>IV</p><p>O</p><p>S Externos</p><p>→ são atos que velam pela correta observância das normas administrativas. Ex: multas,</p><p>interdição de atividades, destruição de coisas.</p><p>Internos</p><p>→ são atos que visam punir disciplinarmente seus servidores ou decorrentes de</p><p>inadimplemento contratual. Ex: suspensão, demissão, sanção administrativa decorrente de</p><p>contratos administrativos como sanções.</p><p>5.9 CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS</p><p>Além da análise das espécies de atos, faz-se necessário a análise da classificação dos atos. Nesse aspecto, precisaremos</p><p>analisar sobre o aspecto comparativo (entre doutrinadores). Temos vários doutrinadores classificando os atos</p><p>administrativos. Isso torna o entendimento confuso. Algumas dessas classificações são:</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 87</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>1. ATOS GERAIS E INDIVIDUAIS;</p><p>2. ATOS EXTERNOS E INTERNOS;</p><p>3. ATOS DE IMPÉRIO, GESTÃO E EXPEDIENTE;</p><p>4. ATOS PUROS, MEROS ATOS ADMINISTRATIVOS E NEGOCIAIS;</p><p>5. ATOS VINCULADOS E DISCRICIONÁRIOS;</p><p>6. ATOS UNILATERAIS E BILATERAIS;</p><p>7. ATOS CONSTITUTIVOS, DECLARATÓRIOS E ENUNCIATIVOS;</p><p>8. ATOS AMPLIATIVOS OU RESTRITIVOS;</p><p>9. ATOS SIMPLES, COMPLEXOS E COMPOSTOS;</p><p>10. ATOS ABSTRATOS OU CONCRETOS;</p><p>11. ATOS VÁLIDOS, PERFEITOS, IMPERFEITOS, PENDENTES E CONSUMADOS;</p><p>12. ATO-REGRA, ATO-SUBJETIVO E ATO-CONDIÇÃO;</p><p>13. ATOS PRINCIPAL, COMPLEMENTAR, INTERMEDIÁRIO, CONDIÇÃO E JURISDIÇÃO;</p><p>14. ATOS ATIVOS, CONSULTIVO, CONTROLADOR, VERIFICADOR E CONTENCIOSO;</p><p>15. ATOS CONSTITUTIVO, EXTINTIVO, DECLARATÓRIO, ALIENATIVO, MODIFICATIVO E ABDICATIVO.</p><p>OBS: ATENÇÃO ESPECIAL AS CLASSIFICAÇÕES DE NÚMEROS ÍMPARES! SÃO AS QUE MAIS CAEM NAS PROVAS</p><p>COMPARATIVO DA CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:</p><p>1) GERAIS E INDIVIDUAIS:</p><p>HELY LOPES MEIRELLES MARIA SYLVIA Z. DI PIETRO CELSO ANTÔNIO B. MELLO</p><p>QUANTOS AOS DESTINATÁRIOS QUANTOS AOS DESTINATÁRIOS QUANTOS AOS DESTINATÁRIOS</p><p>1) INDIVIDUAIS</p><p>(OU ESPECIAIS)</p><p>Destina-se a uma</p><p>pessoa em</p><p>particular ou a um</p><p>grupo de pessoas</p><p>determinadas.</p><p>Ex.: Demissão,</p><p>exoneração,</p><p>outorga de</p><p>Licença.</p><p>1) INDIVIDUAIS</p><p>São os que</p><p>produzem efeitos</p><p>jurídicos no caso</p><p>concreto.</p><p>Ex.: Nomeação;</p><p>demissão;</p><p>autorização.</p><p>1)</p><p>INDIVIDUAIS</p><p>Os que têm por</p><p>destinatário sujeito</p><p>ou sujeitos</p><p>especificamente</p><p>determinados.</p><p>Ex.: Demissão,</p><p>exoneração,</p><p>outorga de</p><p>Licença</p><p>2) GERAIS</p><p>(REGULAMENTARES)</p><p>Destinam-se a uma</p><p>parcela grande de</p><p>sujeitos</p><p>indeterminados e</p><p>todos aqueles que</p><p>se veem</p><p>abrangidos pelos</p><p>seus preceitos;</p><p>Ex.: Edital de um</p><p>concurso;</p><p>regulamentos;</p><p>instruções</p><p>normativas.</p><p>2) GERAIS</p><p>(NORMATIVOS)</p><p>Atingem todas as</p><p>pessoas que se</p><p>encontram na</p><p>mesma situação.</p><p>Ex.: Regulamentos,</p><p>regimentos,</p><p>resoluções.</p><p>2) GERAIS</p><p>Atingem todas as</p><p>pessoas que se</p><p>encontram na</p><p>mesma situação.</p><p>Pode ser</p><p>concreto(esgota-se</p><p>numa única</p><p>aplicação) ou</p><p>abstrato( renova-</p><p>se</p><p>interativamente).</p><p>Ex.: Edital de um</p><p>concurso,</p><p>concessão de</p><p>férias coletivas,</p><p>regulamento.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 88</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>2) ATOS EXTERNOS E INTERNOS:</p><p>HELY LOPES MEIRELLES CELSO ANTÔNIO B. MELLO</p><p>QUANTOS AO ALCANCE QUANTOS À SITUAÇÃO DE TERCEIROS</p><p>1) INTERNOS</p><p>Os destinatários são os órgãos e</p><p>agentes da Administração; não se</p><p>dirigem a terceiros.</p><p>Ex.: Ordens de serviço,</p><p>memorando, portarias</p><p>1) INTERNOS</p><p>Produzem seus efeitos apenas</p><p>no interior da Adm.</p><p>Ex.: Parecer,</p><p>informações.</p><p>2) EXTERNOS</p><p>Alcançam os administrados de modo</p><p>geral (só entram em vigor depois de</p><p>publicados).</p><p>Ex.: Decreto,</p><p>admissão.</p><p>2) EXTERNOS</p><p>Produzem efeitos sobre</p><p>terceiros.</p><p>Ex.: Licença,</p><p>admissão.</p><p>3) ATOS DE IMPÉRIO, GESTÃO E EXPEDIENTE:</p><p>HELY LOPES MEIRELLES MARIA SYLVIA Z. DI PIETRO CELSO ANTÔNIO B. MELLO</p><p>QUANTOS AO OBJETO QUANTOS À PERROGATIVA QUANTOS À POSIÇÃO ESTATAL</p><p>1) IMPÉRIO</p><p>Aquele que a</p><p>administração</p><p>pratica no gozo de</p><p>suas prerrogativas</p><p>em posição de</p><p>supremacia perante</p><p>o administrado.</p><p>Ex.: Desapropriação;</p><p>interdição,</p><p>Requisição</p><p>1) IMPÉRIO</p><p>Aquele que a</p><p>administração pratica</p><p>no gozo de suas</p><p>prerrogativas; em</p><p>posição de</p><p>supremacia perante o</p><p>administrado.</p><p>Ex.:</p><p>Desapropriação;</p><p>interdição,</p><p>requisição</p><p>1) IMPÉRIO</p><p>São os que a</p><p>Administração</p><p>pratica no gozo de</p><p>prerrogativas de</p><p>autoridade.</p><p>Ex.: A ordem de</p><p>interdição de um</p><p>estabelecimento.</p><p>2) GESTÃO</p><p>São os praticados</p><p>pela Administração</p><p>em situação de</p><p>igualdade com os</p><p>particulares, SEM</p><p>USAR SUA</p><p>SUPREMACIA;</p><p>Ex.: Alienação.</p><p>2) GESTÃO</p><p>São os praticados</p><p>pela Administração</p><p>em situação de</p><p>igualdade com os</p><p>particulares, SEM</p><p>USAR SUA</p><p>SUPREMACIA;</p><p>Ex.: Alienação.</p><p>2) GESTÃO</p><p>São os que a</p><p>Administração pratica</p><p>sem o uso de poderes</p><p>comandantes.</p><p>Ex.: Venda de um</p><p>bem.</p><p>3) EXPEDIENTE</p><p>Aqueles praticados</p><p>por agentes</p><p>subalternos; atos de</p><p>rotina interna.</p><p>Ex.: Protocolo.</p><p>-- -- -- --</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 89</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>4) ATOS PUROS, MEROS ATOS ADMINISTRATIVOS E NEGOCIAIS:</p><p>MARIA SYLVIA Z. DI PIETRO CELSO ANTÔNIO B. MELLO</p><p>QUANTO À FUNÇÃO DA VONTADE QUANTO À FUNÇÃO DA VONTADE</p><p>1) ATOS</p><p>ADMINISTRATIVOS</p><p>PUROS (PROPRIAMENTE</p><p>DITOS)</p><p>Há uma declaração de vontade,</p><p>voltada para obtenção de</p><p>determinados efeitos jurídicos.</p><p>Ex.: Demissão,</p><p>tombamentos,</p><p>permissão</p><p>1) NEGOCIAIS</p><p>(OU NEGÓCIOS</p><p>JURÍDICOS)</p><p>Também chamados de negócios</p><p>jurídicos- são aqueles que a</p><p>vontade administrativa é</p><p>preordenada à obtenção de um</p><p>resultado jurídico, criando</p><p>imediatamente efeitos jurídicos.</p><p>Ex.: Admissão</p><p>2) MEROS ATOS</p><p>ADMINISTRATIVOS</p><p>Há uma declaração de opinião,</p><p>conhecimento ou desejo.</p><p>Ex.: Parecer,</p><p>certidão</p><p>voto num órgão colegiado.</p><p>2) ATOS PUROS</p><p>(OU MEROS ATOS</p><p>ADMINISTRATIVOS)</p><p>→ também chamados de meros</p><p>atos administrativos- são os que</p><p>correspondem a simples</p><p>manifestações de conhecimento</p><p>ou desejo.</p><p>Ex.: Certidão,</p><p>voto em órgão colegial</p><p>5) ATOS VINCULADOS E DISCRICIONÁRIOS:</p><p>HELY LOPES MEIRELLES CELSO ANTÔNIO B. MELLO</p><p>QUANTO AO REGRAMENTO QUANTO AO GRAU DE LIBERDADE</p><p>1) VINCULADO</p><p>Quando não há, para o</p><p>agente, liberdade de</p><p>escolha, devendo se sujeitar</p><p>às determinações da Lei.</p><p>Ex.: Licença,</p><p>aposentadoria</p><p>compulsória</p><p>1) VINCULADO</p><p>Quando não há, para o</p><p>agente, liberdade de</p><p>escolha, devendo se sujeitar</p><p>às determinações da Lei.</p><p>Ex.: Licença,</p><p>aposentadoria compulsória</p><p>2) DISCRICIONÁRIO</p><p>Quando há liberdade de</p><p>escolha (na LEI) para o</p><p>agente, no que diz respeito</p><p>ao mérito - CONVENIÊNCIA</p><p>e OPORTUNIDADE .</p><p>Ex.: Autorização</p><p>2) DISCRICIONÁRIO</p><p>Quando há liberdade de</p><p>escolha (na LEI) para o</p><p>agente, no que diz respeito</p><p>ao mérito - CONVENIÊNCIA e</p><p>OPORTUNIDADE.</p><p>Ex.: Autorização,</p><p>permissão de uso de bem.</p><p>6) ATOS UNILATERAIS E BILATERAIS:</p><p>CELSO ANTÔNIO B. MELLO</p><p>QUANTO À FORMAÇÃO</p><p>1) UNILATERAIS</p><p>Os que são formados pela declaração jurídica de uma só parte.</p><p>Ex.: Demissão, multa, autorizações.</p><p>2)BILATERAIS</p><p>Os que são formados por um acordo de vontades entre as partes.</p><p>Ex.: Contratos de concessão.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 90</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>7) ATOS CONSTITUTIVOS, DECLARATÓRIOS E ENUNCIATIVOS:</p><p>MARIA SYLVIA Z. DI PIETRO CELSO ANTÔNIO B. MELLO</p><p>QUANTO AOS EFEITOS QUANTO AOS EFEITOS</p><p>1) ATOS CONSTITUTIVOS</p><p>É aquele pelo qual a</p><p>Adm. cria, modifica ou</p><p>extingue um direito ou</p><p>uma situação jurídica.</p><p>Ex.: Permissão, autorização</p><p>revogação, dispensa,</p><p>aplicação de penalidade a</p><p>servidor.</p><p>1) ATOS CONSTITUTIVOS</p><p>Os que fazem nascer uma</p><p>situação jurídica, seja</p><p>produzindo-a</p><p>originariamente, seja</p><p>extinguindo-a ou modificando</p><p>situação anterior. Ex.:</p><p>Autorização, nomeação</p><p>2) ATOS DECLARATÓRIOS</p><p>É aquele em que a Adm.</p><p>apenas reconhece um</p><p>direito que já existia antes</p><p>do ato.</p><p>Ex.: anulação, licença</p><p>homologação, isenção</p><p>admissão.</p><p>2) ATOS DECLARATÓRIOS</p><p>Os que afirmam a</p><p>preexistência de uma situação</p><p>de fato ou de direito.</p><p>Ex.: Vistoria, certidão.</p><p>3) ATOS ENUNCIATIVOS</p><p>É aquele pelo qual a</p><p>Adm. apenas atesta ou</p><p>reconhece determinada</p><p>situação jurídica de fato</p><p>ou de direito. Não</p><p>manifestam vontade</p><p>produtora de efeitos</p><p>jurídicos.</p><p>Ex.: certidões , atestados</p><p>pareceres.</p><p>-- --</p><p>8) ATOS AMPLIATIVOS OU RESTRITIVOS:</p><p>CELSO ANTÔNIO B. MELLO</p><p>QUANTO AO RESULTADO NA ESFERA JURÍDICA</p><p>1) AMPLIATIVOS</p><p>Os que aumentam a esfera de ação jurídica do destinatário.</p><p>Ex.: Permissão, autorização, licença.</p><p>2) RESTRITIVOS</p><p>Os que diminuem a esfera jurídica do destinatário ou lhe</p><p>impõem novas obrigações, deveres ou ônus.</p><p>Ex.: Sanções, proibições, ordens..</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 91</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>9) ATOS SIMPLES, COMPLEXO E COMPOSTO:</p><p>HELY LOPES MEIRELLES MARIA SYLVIA Z. DI PIETRO CELSO ANTÔNIO B. MELLO</p><p>QUANTO À FORMAÇÃO DO ATO QUANTOS À FORMAÇÃO DA</p><p>VONTADE</p><p>QUANTO À COMPOSIÇÃO DA</p><p>VONTADE PRODUTORA</p><p>1) SIMPLES</p><p>Produzido por um</p><p>único órgão; podem</p><p>ser simples</p><p>singulares ou</p><p>simples colegiais.</p><p>Ex.: Despacho.</p><p>1) SIMPLES</p><p>Decorre da</p><p>declaração de</p><p>vontade um único</p><p>órgão, seja ele</p><p>singular ou</p><p>colegiado.</p><p>Ex.: Deliberação de</p><p>um Conselho.</p><p>1) SIMPLES</p><p>Os que são</p><p>produzidos pela</p><p>declaração jurídica de</p><p>um único órgão;</p><p>podem ser simples</p><p>singulares ou simples</p><p>colegiais.</p><p>Ex.: Licença para</p><p>dirigir automóvel.</p><p>2) COMPLEXO</p><p>Resultam da soma de</p><p>vontades de dois ou</p><p>mais órgãos. É o</p><p>concurso de vontades</p><p>de órgãos diferentes</p><p>para a formação de</p><p>um único ato.</p><p>Ex.: Investidura de um</p><p>servidor.</p><p>2) COMPLEXO</p><p>São os que resultam</p><p>da manifestação de</p><p>dois ou mais órgãos,</p><p>que se funde para</p><p>formar um ato</p><p>único.</p><p>Ex.: Decreto</p><p>assinado pelo Chefe</p><p>do Executivo e</p><p>referendado pelo</p><p>Ministro de Estado.</p><p>2) COMPLEXO</p><p>São os que resultam</p><p>da conjugação de</p><p>vontade de órgãos</p><p>diferentes.</p><p>Ex.: Analise de</p><p>validade da</p><p>aposentadoria de um</p><p>servidor de um órgão</p><p>feita pelo TCU</p><p>3) COMPOSTO</p><p>Produzido por um</p><p>órgão, mas</p><p>dependente da</p><p>verificação,</p><p>ratificação de outro</p><p>órgão para se tornar</p><p>exeqüível.</p><p>Ex.: Autorização que</p><p>dependa de um visto</p><p>de uma autoridade</p><p>superior.</p><p>3) COMPOSTO</p><p>É o que resulta da</p><p>manifestação de</p><p>dois ou mais órgãos,</p><p>em que a vontade</p><p>de um é</p><p>instrumental em</p><p>relação a de outro,</p><p>que é principal.</p><p>Ex.: A nomeação do</p><p>Procurador da</p><p>República,</p><p>depende de prévia</p><p>aprovação pelo</p><p>Senado.</p><p>--</p><p>--</p><p>10) ATOS ABSTRATOS OU CONCRETOS:</p><p>CELSO ANTÔNIO B. MELLO</p><p>QUANTO À ESTRUTURA</p><p>1) CONCRETOS</p><p>Os que dispõem para um único e específico caso, esgotando-se</p><p>nesta única aplicação</p><p>Ex.: Exoneração.</p><p>2) ABSTRATOS</p><p>Os que preveem reiterada e infindas aplicações, as quais se</p><p>repetem cada vez que ocorra a reprodução da hipótese neles</p><p>previstas, alcançando um número indeterminado e</p><p>indeterminável de destinatários..</p><p>Ex.: Regulamento.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 92</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>11) ATOS VÁLIDOS, PERFEITOS, IMPERFEITOS, PENDENTES E CONSUMADOS:</p><p>HELY LOPES MEIRELLES MARIA SYLVIA Z. DI PIETRO</p><p>QUANTO À EFICÁCIA QUANTO À EFICÁCIA E EXEQUIBILIDADE</p><p>1) PERFEITO</p><p>Teve seu ciclo de formação</p><p>encerrado, que já esgotou todas</p><p>as fases necessárias de formação</p><p>(está relacionado com a</p><p>finalização das etapas de</p><p>formação do ato).</p><p>Ex.: Um ato que tenha sido</p><p>motivado, escrito, assinado e</p><p>publicado na imprensa oficial.</p><p>1) PERFEITO</p><p>Teve seu ciclo de formação</p><p>encerrado, que já esgotou</p><p>todas as fases necessárias de</p><p>formação(está relacionado</p><p>com a finalização das etapas</p><p>de formação do ato).</p><p>Ex.: Um ato que tenha sido</p><p>motivado, escrito, assinado e</p><p>publicado na imprensa oficial.</p><p>2) IMPERFEITO</p><p>Ainda não completou o seu ciclo</p><p>de formação.</p><p>Ex. Um ato não publicado, caso a</p><p>publicação seja exigida por lei.</p><p>2) IMPERFEITO</p><p>Ainda não completou o seu</p><p>ciclo de formação.</p><p>Ex.: Um ato não publicado,</p><p>caso a publicação seja</p><p>exigida por lei.</p><p>3) PENDENTE</p><p>É aquele que, embora perfeito,</p><p>está sujeito a condição ou</p><p>termo para começar a produzir</p><p>efeitos (é um ato perfeito).</p><p>3) PENDENTE</p><p>É aquele que, embora</p><p>perfeito, está sujeito a</p><p>condição ou termo para</p><p>começar a produzir efeitos</p><p>(é um ato perfeito).</p><p>Ex.: Ato de concessão de</p><p>férias, publicado em um</p><p>mês e que só poderá ser</p><p>gozada meses depois.</p><p>4) CONSUMADO</p><p>É aquele que produziu todos</p><p>os efeitos (é definitivo e</p><p>imodificável).</p><p>Ex.: A autorização para a</p><p>realização de uma passeata,</p><p>depois de realizada, torna-se</p><p>consumada.</p><p>4) CONSUMADO</p><p>É aquele que produziu</p><p>todos os efeitos (é</p><p>definitivo e imodificável).</p><p>Ex.: A autorização para a</p><p>realização de uma</p><p>passeata, depois de</p><p>realizada, torna-se</p><p>consumada.</p><p>5) VÁLIDO</p><p>Está conforme todas as</p><p>exigências legais para a sua</p><p>regular produção de efeitos</p><p>(está em conformidade com a</p><p>lei).</p><p>Ex.: Licença à maternidade.</p><p>--</p><p>--</p><p>6) NULO</p><p>Nasce afetado pelo vício</p><p>insanável por ausência</p><p>substancial em seus elementos</p><p>constitutivos.</p><p>Ex.: Ato praticado com desvio</p><p>de finalidade.</p><p>--</p><p>--</p><p>7) INEXISTENTE</p><p>Possui aparência de</p><p>manifestação de vontade da</p><p>Administração Pública, mas</p><p>não chegou a se aperfeiçoar</p><p>como ato administrativo.</p><p>Ex.: Ato praticado por um</p><p>usurpador de função.</p><p>--</p><p>--</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 93</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>12) ATO-REGRA, ATO-SUBJETIVO E ATO- CONDIÇÃO:</p><p>CELSO ANTÔNIO B. MELLO</p><p>QUANTO À NATUREZA DAS SITUAÇÕES JURÍDICAS QUE CRIAM</p><p>1) ATO-REGRA</p><p>Os que criam situações gerais, abstratas e impessoais e modificáveis a qualquer tempo pela</p><p>vontade de quem os produziu.</p><p>Ex.: Regulamento.</p><p>2) ATO SUBJETIVO</p><p>Os que criam situações particulares, concretas e pessoais, sendo imodificáveis pela vontade</p><p>de uma só das partes.</p><p>Ex.: Contrato.</p><p>3) ATO – CONDIÇÃO</p><p>Os que alguém pratica incluindo-se, isoladamente ou mediante acordo com outrem, que</p><p>sujeitam-se às eventuais alterações unilaterais.</p><p>Ex.: Aceitação de cargo público.</p><p>13) ATOS ATIVOS, CONSULTIVO, CONTROLADOR, VERIFICADOR E CONTENCIOSO:</p><p>CELSO ANTÔNIO B. MELLO</p><p>QUANTO À NATUREZA DAS ATIVIDADES</p><p>1) ATIVO</p><p>Os que visam criar, produzir, uma utilidade pública, constituindo situações jurídicas.</p><p>Ex.: Autorizações, licenças, concessões.</p><p>2) CONSULTIVO</p><p>Os que visam a informar elucidar, sugerir providências a serem estabelecidas nos atos da</p><p>Adm. ativa.</p><p>Ex.: Parecer, informação</p><p>3) CONTROLADOR</p><p>Os que visam a impedir ou permitir a produção ou a eficácia de atos da administração ativa</p><p>mediante exame prévio ou posterior da conveniência ou legalidade.</p><p>Ex.: Aprovação,, homologação</p><p>4) VERIFICADOR</p><p>Os que visam apurar ou documentar a preexistência de uma situação de fato ou de direito.</p><p>Ex.: Registro, certificação, inscrição</p><p>5) CONTENCIOSO</p><p>Os que visam a julgar, em um procedimento contraditório, certas situações.</p><p>Ex.: Julgamento no PAD</p><p>14) ATOS PRINCIPAL, COMPLEMENTAR, INTERMEDIÁRIO, CONDIÇÃO E JURISDIÇÃO:</p><p>HELLY LOPES MEIRELLES</p><p>QUANTO AO OBJETIVO VISADO</p><p>1) PRINCIPAL</p><p>Encerra a manifestação de vontade final da Administração.</p><p>Ex.: Nomeação do Procurador Geral da Rep.</p><p>2) COMPLEMENTAR</p><p>É o ato que aprova ou ratifica o ato principal para lhe dá exeqüibilidade.</p><p>Ex.: Aprovação do Senado na nomeação do PGR.</p><p>3) INTERMEDIÁRIO</p><p>É o que concorre para a formação do ato principal e final.</p><p>Ex.: Julgamento das Propostas.</p><p>4) CONDIÇÃO</p><p>É todo aquele que antepõe a outro para permitir a sua realização.</p><p>Ex.: O concurso para a nomeação de cargo efetivo.</p><p>5) JURISDIÇÃO</p><p>É todo aquele que contém decisão sobre matéria controvertida.</p><p>Ex.: Revisão de ato inferior por superior hieráquico.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 94</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>15) ATOS CONSTITUTIVO, EXTINTIVO, DECLARATÓRIO, ALIENATIVO, MODIFICATIVO E ABDICATIVO:</p><p>HELLY LOPES MEIRELLES</p><p>QUANTO AO CONTEÚDO</p><p>1) CONSTITUTIVO</p><p>Cria uma nova situação jurídica individual para seus destinatários, em relação</p><p>à Administração.</p><p>Ex.: Licença, aplicação de sanções administrativas</p><p>2) EXTINTIVO</p><p>Põe termo a situações jurídicas individuais.</p><p>Ex.: Cassação de autorização, demissão de um servidor</p><p>3) DECLARATÓRIO</p><p>Visa preservar direitos, reconhecer situações preexistentes ou, mesmo, possibilitar seu exercício.</p><p>Ex.: Expedição de certidões, apostilamento de títulos de nomeação.</p><p>4) ALIENATIVO</p><p>Opera a transferência de bens e direitos de um titular a outro.</p><p>Ex.: Edição de um decreto que transfere bens móveis de uma entidade a outra.</p><p>5) MODIFICATIVO</p><p>Tem por fim alterar situações preexistentes, sem provocar a sua supressão.</p><p>Ex.: Alteração de horários numa da repartição.</p><p>6) ABDICATIVO</p><p>O titular abre mão , abdica de um determinado direito</p><p>( exige uma autorização legislativa).</p><p>--</p><p>Di Pietro já trata de outra análise de atos:</p><p>5.10 O SILÊNCIO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:</p><p>O silêncio pode significar forma de manifestação da vontade, quando a lei assim o prevê; normalmente ocorre quando a lei</p><p>fixa um prazo, findo o qual o silêncio da Administração significa concordância ou discordância. Nesse caso, o silêncio</p><p>administrativo está atrelado ao que a lei determina. Em se tratando de silêncio administrativo nos casos de ato discricionário,</p><p>o Judiciário tão somente poderá formalizar a mora do administrador, mas jamais coagi-lo a tomar a decisão. Desta forma,</p><p>quando o silêncio é uma forma de manifestação de vontade, produz efeitos de ato administrativo. Isto porque a lei pode</p><p>atribuir ao silêncio determinado efeito jurídico, após o decurso de certo prazo. Entretanto, na ausência de lei que atribua</p><p>determinado efeito jurídico ao silêncio, estaremos diante de um fato jurídico administrativo. (Di Pietro)</p><p>Nas situações de silêncio administrativo, algumas soluções podem ser adotadas na esfera do direito administrativo:</p><p>1) A primeira solução está atrelada ao que a lei determina em caso de ato vinculado.</p><p>2) A segunda solução ocorre no caso de ato discricionário, em que o interessado tem o direito de pleitear em juízo que</p><p>se encerre a omissão ou que o juiz fixe prazo para a administração se pronunciar, evitando a omissão da</p><p>administração.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 95</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Capítulo 6</p><p>CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>6.1 CONCEITO:</p><p>É a faculdade de vigilância, orientação e correção que um poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de</p><p>outro. (Hely Lopes Meirelles)</p><p>É o poder de fiscalização e correção que sobre ela exerce os órgãos dos poderes judiciário, legislativo e executivo, com o</p><p>objetivo de garantir a conformidade de sua atuação com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico. (Di</p><p>Pietro)</p><p>6.2. FINALIDADE DO CONTROLE:</p><p>Assegurar que a administração atue em consonância com os princípios que lhes são impostos pelo ordenamento jurídico,</p><p>como os da legalidade, moralidade, finalidade pública, publicidade e motivação.</p><p>6.3 CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE CONTROLE:</p><p>6.3.1) QUANTO À EXTENSÃO DO CONTROLE :</p><p>- CONTROLE INTERNO (AUTOCONTROLE): É aquele exercido dentro de um mesmo poder.</p><p>Ex.: A Controladoria-Geral da União (CGU), que exerce as atividades de órgão central do Sistema de Controle Interno do</p><p>Poder Executivo Federal.</p><p>- CONTROLE EXTERNO (HETEROCONTROLE): É o controle exercido por um poder sobre os atos administrativos de outro</p><p>poder. Ex.: Auditoria realizada pelo TCU sobre as despesas realizadas pelo Poder Executivo Federal.</p><p>- CONTROLE EXTERNO POPULAR- É o controle exercido pelos administrados. Ex.: Art. 31,§ 3º DA CF.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 31. § 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte,</p><p>para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.</p><p>Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao</p><p>qual compete:</p><p>I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado</p><p>em sessenta dias a contar de seu recebimento;</p><p>Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a</p><p>finalidade de:</p><p>I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos</p><p>da União;</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS</p><p>FORMAS DE</p><p>CONTROLE</p><p>QUANTO À</p><p>EXTENSÃO</p><p>(OU ORIGEM)</p><p>QUANTO AO</p><p>MOMENTO DO</p><p>EXERCÍCIO</p><p>QUANTO À</p><p>NATUREZA DO</p><p>CONTROLADOR.</p><p>(QUANTO AO</p><p>ÓRGÃO)</p><p>QUANTO À</p><p>INICIATIVA</p><p>QUANTO AO</p><p>ASPECTO</p><p>CONTROLADO</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 96</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e</p><p>patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de</p><p>direito privado;</p><p>III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;</p><p>IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.</p><p>§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar</p><p>irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.</p><p>DECRETO Nº 11.330, DE 1º DE JANEIRO DE 2023</p><p>Art. 1º A Controladoria-Geral da União, órgão central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, do Sistema</p><p>de Correição do Poder Executivo Federal, do Sistema de Ouvidoria do Poder Executivo federal, do Sistema de Transparência e</p><p>do Sistema de Integridade Pública do Poder Executivo Federal, tem como áreas de competência os seguintes assuntos:</p><p>(...)</p><p>II - controle interno e auditoria governamental;</p><p>6.3.2) QUANTO AO MOMENTO:</p><p>-CONTROLE PRÉVIO: É aquele exercido antes que se incie a produção de efeitos jurídicos do ato. Visa impedir que seja</p><p>praticado ato ilegal ou contrário ao interesse público. Ex.: Aprovação, pelo senado, da escolha dos Ministros dos Tribunais</p><p>Superiores, do PGR etc .</p><p>-CONTROLE CONCOMITANTE: É aquele exercido durante o processo de formação do ato, ou forma mais ampla, durante o</p><p>desempenho de determinada atividade administrativa, no momento em que ela é realizada. Ex.: Fiscalização do poder</p><p>concedente acerca de adequada prestação do serviço público pelo delegatário.</p><p>2.3-CONTROLE SUBSEQUENTE (POSTERIOR): É aquele que tem por objetivo rever os atos já praticados, para corrigi-los,</p><p>desfazê-los ou apenas confirmá-los. Ex.: Uma decisão judicial que anule um ato administrativo; homologação do processo de</p><p>licitação; sustação pelo Congresso dos atos normativos que exorbitem o poder regulamentar etc.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:</p><p>III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:</p><p>a)Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;</p><p>b)Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;</p><p>c) Governador de Território;</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 97</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>d) Presidente e diretores do banco central;</p><p>e) Procurador-Geral da República;</p><p>f) titulares de outros cargos que a lei determinar;</p><p>Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:</p><p>I - processar e julgar, originariamente:</p><p>b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército</p><p>e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;</p><p>FIM):</p><p>- PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS</p><p>- POLÍCIA ADMINISTRATIVA</p><p>- FOMENTO</p><p>- INTERVENÇÃO ADMINISTRATIVA</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 8</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO OBJETIVO (MATERIAL OU FUNCIONAL)</p><p>-ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA-</p><p>Administração Pública em sentido objetivo, material ou funcional corresponde às diversas atividades finalísticas exercidas</p><p>pelo Estado, por meio de seus agentes, órgãos e entidades, no desempenho da função administrativa. São elas:</p><p>1) Prestação de serviços públicos</p><p>2) Polícia administrativa</p><p>3) Fomento</p><p>4) Intervenção administrativa ( na propriedade ou o domínio econômico)</p><p>1) PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: é toda atividade concreta e imediata que a Administração exerce, por</p><p>si ou por meio de terceiros, com a finalidade de satisfazer as mais variadas necessidades coletivas, sob regime exclusiva ou</p><p>preponderantemente de Direito Público. Exemplos: saúde, educação, saneamento, transporte etc. De acordo com a CF, a</p><p>ADMINISTRAÇÃO</p><p>PÚBLICA</p><p>DIRETA</p><p>INDIRETA</p><p>UNIÃO</p><p>ESTADOS E DF</p><p>MUNICÍPIOS</p><p>AUTARQUIAS</p><p>FUNDAÇÕES PÚBLICAS</p><p>SOCIEDADES DE ECON. MISTA</p><p>EMPRESAS PÚBLICAS</p><p>- SERVIÇO PÚBLICO</p><p>- POLÍCIA ADMINISTRATIVA</p><p>- FOMENTO</p><p>- INTERVENÇÃO ADMINISTRATIVA: NA PROPRIEDADE</p><p>NO DOMÍNIO ECONÔMICO</p><p>EM SENTIDO</p><p>SUBJETIVO, FORMAL</p><p>OU ORGÂNICO</p><p>EM SENTIDO OBJETIVO,</p><p>MATERIAL OU FUNCIONAL</p><p>ENTIDADES</p><p>ÓRGÃOS</p><p>AGENTES</p><p>- SERVIÇO PÚBLICO</p><p>- POLÍCIA ADMINISTRATIVA</p><p>- FOMENTO</p><p>- INTERVENÇÃO ADMINISTRATIVA:</p><p>→NA PROPRIEDADE</p><p>→NO DOMÍNIO ECONOMÔMICO</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 9</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>referida atividade pode ser desenvolvida pela Administração Pública (direta e indireta) e pelo particular (por delegação, em</p><p>uma de suas formas: concessão, permissão ou autorização).</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 21. Compete à União:</p><p>XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos</p><p>da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos</p><p>institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:)</p><p>Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:</p><p>II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;</p><p>Art. 30. Compete aos Municípios:</p><p>V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local,</p><p>incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;</p><p>Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através</p><p>de licitação, a prestação de serviços públicos.</p><p>Parágrafo único. A lei disporá sobre:</p><p>I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua</p><p>prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;</p><p>II - os direitos dos usuários;</p><p>III - política tarifária;</p><p>IV - a obrigação de manter serviço adequado.</p><p>LEI Nº 13.303/2016</p><p>Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias,</p><p>abrangendo toda e qualquer empresa pública e sociedade de economia mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e</p><p>dos Municípios que explore atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, ainda</p><p>que a atividade econômica esteja sujeita ao regime de monopólio da União ou seja de prestação de serviços públicos.</p><p>ANÁLISE DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS</p><p>A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS</p><p>PODE SER DESENVOLVIDA NA</p><p>FORMA CENTRALIZADA OU</p><p>DESCENTRALIZADA</p><p>CENTRALIZADA - ADM. DIRETA</p><p>(U,E,DF e M)</p><p>DESCENTRALIZADA</p><p>- ADM. INDIRETA</p><p>(A, FP,SEM e EP)</p><p>- PARTICULAR</p><p>(CONCESSÃO, PERMISSÃO OU AUTORIZAÇÃO)</p><p>2) POLÍCIA ADMINISTRATIVA: corresponde à atividade pela qual a Administração impõe limitações e</p><p>condicionamentos ao gozo de bens e ao exercício de atividades e direitos individuais em prol do interesse</p><p>coletivo. Ex: fiscalização, multas de trânsito, licença para dirigir, autorização para porte de arma, apreensão de</p><p>bens, interdição de estabelecimentos etc.</p><p>CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL (CTN)</p><p>Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse</p><p>ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene,</p><p>à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de</p><p>concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou</p><p>coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 1966)</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc08.htm#art21xi</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 10</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos</p><p>limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária,</p><p>sem abuso ou desvio de poder.</p><p>3) ATIVIDADE DE FOMENTO: consiste na atividade de incentivo à iniciativa privada de interesse público,.</p><p>Exemplos: benefícios e privilégios fiscais, auxílios financeiros ou subvenções, financiamentos a juros facilitados,</p><p>recursos orçamentários, entre outros instrumentos de estímulo, repasse de recursos financeiros ao Terceiro Setor</p><p>(Organizações Sociais, OSCIP, Organizações da Sociedade Civil (OSC) etc.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias,</p><p>confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:</p><p>I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;</p><p>II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público,</p><p>no caso de encerramento de suas atividades.</p><p>§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por</p><p>instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio financeiro do Poder Público. (Redação dada</p><p>pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)</p><p>4) INTERVENÇÃO ADMINISTRATIVA:</p><p>4.1 – NA PROPRIEDADE- consiste em atividades de intervenção na propriedade privada, mediante atos concretos</p><p>incidentes sobre destinatários específicos. Ex.: desapropriação, servidão, ocupação temporária, tombamento etc.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros</p><p>residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,</p><p>LEI Nº 8.987/95</p><p>Art. 30. No exercício da fiscalização, o poder concedente terá acesso aos dados relativos à administração, contabilidade,</p><p>recursos técnicos, econômicos e financeiros da concessionária.</p><p>Parágrafo único. A fiscalização do serviço será feita por intermédio de órgão técnico do poder concedente ou por entidade</p><p>com ele conveniada, e, periodicamente, conforme previsto em norma regulamentar, por comissão composta de</p><p>representantes do poder concedente, da concessionária e dos usuários.</p><p>6.3.3) QUANTO AO ASPECTO CONTROLADO:</p><p>- CONTROLE DE LEGALIDADE: Verifica-se se o ato foi praticado conforme o ordenamento jurídico. Pode ser realizado pela</p><p>administração, pelo judiciário ou pelo legislativo. Ex.: A administração anula o ato por vício de legalidade.</p><p>- CONTROLE DE MÉRITO: Verifica-se a oportunidade e a conveniência do ato controlado. Em regra, não cabe ao judiciário*</p><p>substituir o mérito administrativo.Ex.: A revogação da penalidade de suspensão.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;</p><p>Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da</p><p>administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de</p><p>receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada</p><p>Poder.</p><p>LEI Nº 9.784/99</p><p>Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo</p><p>de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.</p><p>Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.</p><p>6.3.4) QUANTO À INICIATIVA:</p><p>- PROVOCADO: é o controle deflagrado por terceiro, sendo caso claro, por exemplo, dos recursos administrativos.</p><p>- DE OFÍCIO: trata se de manifestação da própria autotutela.</p><p>LEI Nº 9.784/99</p><p>Art. 5o O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado.</p><p>Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo</p><p>de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.</p><p>Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.</p><p>§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o</p><p>encaminhará à autoridade superior.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 98</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>§ 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução.</p><p>§ 3o Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade</p><p>prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as</p><p>razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso.</p><p>6.3.5) QUANTO À NATUREZA DO CONTROLADOR (QUANTO AO ÓRGÃO):</p><p>- CONTROLE ADMINISTRATIVO: É o controle que a própria administração realiza sobre suas atividades.</p><p>- CONTROLE LEGISLATIVO OU PARLAMENTAR: É o controle que o legislativo faz sobre a conduta administrativa dos outros</p><p>poderes. Esse controle pode ser político ou financeiro (controle externo)</p><p>- CONTROLE JUDICIAL: É o controle feito pelo judiciário, no desempenho de atividade jurisdicional, sobre atos</p><p>administrativos praticados pelo executivo (e também do legislativo e do próprio judiciário, no exercício da função</p><p>administrativa). Vigora o sistema da jurisdição única.</p><p>CONTROLE ADMINISTRATIVO</p><p>É o poder de fiscalização e correção que a administração pública (em sentido amplo) exerce sobre sua própria</p><p>atuação, sob os asepctos de legalidade e mérito, por iniciativa própria ou mediante provocação. Na esfera federal</p><p>é denominado de supervisão ministerial (dec-lei nº 200/67).</p><p>DECRETO-LEI Nº 200/67</p><p>TÍTULO IV</p><p>DA SUPERVISÃO MINISTERIAL</p><p>Art. 19. Todo e qualquer órgão da Administração Federal, direta ou indireta, está sujeito à supervisão do Ministro de Estado</p><p>competente, excetuados unicamente os órgãos mencionados no art. 32, que estão submetidos à supervisão direta do</p><p>Presidente da República.</p><p>Art. 20. O Ministro de Estado é responsável, perante o Presidente da República, pela supervisão dos órgãos da Administração</p><p>Federal enquadrados em sua área de competência.</p><p>Parágrafo único. A supervisão ministerial exercer-se-á através da orientação, coordenação e controle das atividades dos</p><p>órgãos subordinados ou vinculados ao Ministério, nos termos desta lei.</p><p>CONTROLE ADMINISTRATIVO</p><p>QUANTO À AMPLITUDE:</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 99</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>CONTROLE</p><p>HIERÁRQUICO</p><p>Decorre do escalonamento vertical dos órgãos da administração pública; é sempre controle interno.</p><p>Sempre dentro da estrutura da mesma pessoa jurídica. Ex.: Os ministérios exercendo controle sobre</p><p>as suas sercretarias.</p><p>CONTROLE</p><p>FINALÍSTICO</p><p>É aquele exercido pela administração direta sobre as entidades das administração indireta.</p><p>Ex.: Ministério da educação exercendo controle sobre a tuação administrativa das universidades</p><p>federais.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 5º, XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:</p><p>a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;</p><p>LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla</p><p>defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;</p><p>LEI Nº 9.784/99</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 100</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.</p><p>Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade</p><p>recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.</p><p>CONTROLE ADMINISTRATIVO- INSTRUMENTOS DE CONTROLE</p><p>• MODALIDADES DE RECURSOS ADMINISTRATIVOS:</p><p>1) REPRESENTAÇÃO ADMINISTRATIVA: é a denúncia de irregularidades feita perante a própria adminsitração pública ou</p><p>entes de controle , como o ministério público, o tribunal de contas ou outros órgãos que funcionem como ouvidoria. Está</p><p>disciplinada na Lei nº 4.898/65.</p><p>LEI Nº 4.898/65</p><p>Art. 1º O direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, contra as autoridades que,</p><p>no exercício de suas funções, cometerem abusos, são regulados pela presente lei.</p><p>Art. 2º O direito de representação será exercido por meio de petição:</p><p>a) dirigida à autoridade superior que tiver competência legal para aplicar, à autoridade civil ou militar culpada, a respectiva</p><p>sanção;</p><p>b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar processo-crime contra a autoridade culpada.</p><p>Parágrafo único. A representação será feita em duas vias e conterá a exposição do fato constitutivo do abuso de autoridade,</p><p>com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado e o rol de testemunhas, no máximo de três, se as houver.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 74 § 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade,</p><p>dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.</p><p>§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou</p><p>sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar</p><p>irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.</p><p>2) RECLAMAÇÃO ADMINISTRATIVA: é o ato pelo qual o administrado, seja particular ou servidor público, deduz uma</p><p>pretensão perante a administração pública, visando obter o reconhecimento de um direito ou a correção de um ato que lhe</p><p>cause lesão ou ameaça de lesão.</p><p>OBS.: CUIDADO: Não se deve confundir essa reclamação com a reclamação cabida ao STF em razão de ato administrativo</p><p>contrário à orientação de súmula vinculante (essa última de caráter nitidamente jurisdicional);</p><p>DECRETO Nº 20.910/32</p><p>Art. 6º O direito à reclamação administrativa, que não tiver prazo fixado em disposição de lei para ser formulada, prescreve</p><p>em um ano a contar da data do ato ou fato do qual a mesma se originar.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 103-A. § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar,</p><p>caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a</p><p>decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o</p><p>caso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).</p><p>Art. 103-B § 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do</p><p>cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo</p><p>Estatuto da Magistratura:</p><p>III- receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços</p><p>auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou</p><p>oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares</p><p>em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo</p><p>de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 101</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Art. 130 § 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do</p><p>Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe:</p><p>III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive</p><p>contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar</p><p>processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos</p><p>proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;</p><p>3) PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO: É aquele pelo qual o interessado requer o reexame do ato à própria autoridade que o</p><p>emitiu.</p><p>LEI Nº 9.784/99</p><p>Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.</p><p>§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o</p><p>encaminhará à autoridade superior.</p><p>§ 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução.</p><p>§ 3o Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade</p><p>prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as</p><p>razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso.</p><p>4) REVISÃO DO PROCESSO: É o recurso de que se utiliza o servidor público, punido pela administração, para reexame da</p><p>decisão, em caso de surgirem fatos novos suscetíveis de demonstrar a sua inocência.</p><p>LEI Nº 8.112/90</p><p>Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos</p><p>novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.</p><p>§ 1o Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a</p><p>revisão do processo.</p><p>§ 2o No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo curador.</p><p>Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.</p><p>Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer elementos</p><p>novos, ainda não apreciados no processo originário.</p><p>LEI Nº 9.784/99</p><p>Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício,</p><p>quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.</p><p>Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.</p><p>5) RECURSO HIERÁRQUICO:</p><p>5.1) RECURSO HIERÁRQUICO PRÓPRIO: É o pedido de reexame do ato dirigido à autoridade imediatamente superior, dentro</p><p>do mesmo órgão em que foi praticado. ele é decorrência da hierarquia e, por isso mesmo, independe de previsão legal.</p><p>LEI Nº 9.784/99</p><p>Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.</p><p>§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o</p><p>encaminhará à autoridade superior.</p><p>§ 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 102</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>§ 3o Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade</p><p>prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as</p><p>razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso.</p><p>Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa.</p><p>5.2) RECURSO HIERÁRQUICO IMPRÓPRIO: é o pedido de reexame dirigido à autoridade de outro órgão não integrado na</p><p>mesma hierarquia daquele que proferiu o ato. Por não decorrer de hierarquia, ele só é cabível se previsto em lei. Ex.:</p><p>hipótese de recurso contra ato praticado por dirigente de uma autarquia federal, interposto perante o ministério a que a</p><p>mesma se acha vinculada.</p><p>CONTROLE LEGISLATIVO</p><p>É o controle que o poder legislativo exerce sobre a administração pública. Alcança os órgãos do poder executivo,</p><p>as entidades da administração indireta e o próprio poder judiciário, na função administrativa. É limitado às</p><p>hipotéses previstas na constituição federal, não podendo legislações complementares ou ordinárias e as</p><p>constituições estaduais prever outras modalidades de controle que não previstas na constituição federal, sob</p><p>pena de ofensa ao princípio da separação de poderes. São dois os tipos de controle: o político e o financeiro.</p><p>CONTROLE LEGISLATIVO POLÍTICO:</p><p>O controle abrange ora os aspectos de legalidade, ora de mérito, apreciando as decisões administrativas sob o</p><p>aspecto inclusive da discricionariedade. Segue abaixo, alguns exeplos de controle político, previsto na CF.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:</p><p>I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos</p><p>gravosos ao patrimônio nacional;</p><p>II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo</p><p>território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados</p><p>os casos previstos em lei complementar;</p><p>III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze</p><p>dias;</p><p>V- sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação</p><p>legislativa;</p><p>IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas</p><p>medidas;</p><p>XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 103</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;</p><p>XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas</p><p>minerais;</p><p>XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares.</p><p>Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado</p><p>ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente,</p><p>informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação</p><p>adequada.</p><p>§ 2º - As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de informações a</p><p>Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em crime</p><p>de responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas.</p><p>Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:</p><p>I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros</p><p>de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;</p><p>II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho</p><p>Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de</p><p>responsabilidade;</p><p>Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-</p><p>se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com</p><p>inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.</p><p>III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:</p><p>a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;</p><p>b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;</p><p>c) Governador de Território;</p><p>d) Presidente e diretores do banco central;</p><p>e) Procurador-Geral da República;</p><p>f) titulares de outros cargos que a lei determinar;</p><p>IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de</p><p>caráter permanente;</p><p>V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos</p><p>Territórios e dos Municípios;</p><p>VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos</p><p>Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;</p><p>VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do</p><p>Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal;</p><p>VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno;</p><p>XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do</p><p>término de seu mandato;</p><p>Art. 58 § 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais,</p><p>além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara</p><p>dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus</p><p>membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao</p><p>Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 104</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>CONTROLE LEGISLATIVO FINANCEIRO</p><p>Também conhecido como controle externo, ele abrange a fiscalização contábil, financeira e orçamentária. Nesse</p><p>controle, o Legislativo será auxiliado pelo Tribunal e Conselho de Contas.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da</p><p>administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de</p><p>receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada</p><p>Poder.</p><p>Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie</p><p>ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma</p><p>obrigações de natureza pecuniária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao</p><p>qual compete:</p><p>I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado</p><p>em sessenta dias a contar de seu recebimento;</p><p>II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta</p><p>e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que</p><p>derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;</p><p>III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e</p><p>indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de</p><p>provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias</p><p>posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;</p><p>IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito,</p><p>inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades</p><p>administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;</p><p>V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou</p><p>indireta, nos termos do tratado constitutivo;</p><p>VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros</p><p>instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;</p><p>VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas</p><p>Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias</p><p>e inspeções realizadas;</p><p>VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei,</p><p>que estabelecerá, entre outras cominações,</p><p>multa proporcional ao dano causado ao erário;</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 105</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada</p><p>ilegalidade;</p><p>X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado</p><p>Federal;</p><p>XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.</p><p>§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato,</p><p>ao Poder Executivo as medidas cabíveis.</p><p>§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo</p><p>anterior, o Tribunal decidirá a respeito.</p><p>§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.</p><p>§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades.</p><p>Art. 74 § 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade,</p><p>dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.</p><p>§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar</p><p>irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União..</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>STF- SÚMULA VINCULANTE Nº 3</p><p>Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão</p><p>puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da</p><p>legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.</p><p>STF- Tese de Repercussão Geral</p><p>● Em atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança legítima, os Tribunais de Contas estão sujeitos ao prazo</p><p>de 5 anos para o julgamento da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da</p><p>chegada do processo à respectiva Corte de Contas. [Tese definida no RE 636.553, rel. min. Gilmar Mendes, P, j. 19-2-2020,</p><p>DJE 129 de 26-5-2020, Tema 445.]</p><p>(...) a concessão de aposentadoria ou pensão constitui ato administrativo complexo, que somente se aperfeiçoa após o</p><p>julgamento de sua legalidade pelo Tribunal de Contas. (...) por constituir exercício da competência constitucional de controle</p><p>externo (art. 71, III, CF/88), tal ato ocorre sem a participação dos interessados e, portanto, sem a observância do</p><p>contraditório e da ampla defesa. Nesse sentido, cito o teor da Súmula Vinculante 3 (...). No entanto, é preciso distinguir as</p><p>hipóteses em que (1) o TCU anula as aposentadorias ou pensões por ele próprio já julgadas legais e registradas – nesse caso,</p><p>há anulação de ato administrativo complexo aperfeiçoado – das outras em que (2) o TCU julga ilegais e nega registro às</p><p>aposentadorias e pensões concedidas pelos órgãos da Administração Pública – atividade de controle externo realizada sem a</p><p>audiência das partes interessadas (...). [RE 636.553, rel. min. Gilmar Mendes, P, j. 19-2-2020, DJE 129 de 26-5-2020.]</p><p>CONTROLE JUDICIAL</p><p>O controle judicial, juntamente com o princípio da legalidade, é um dos fundamentos em que repousa o estado de direito.</p><p>De nada adiantaria sujeitar-se a administração pública à lei se seus atos não pudessem ser controlados por um órgão dotado</p><p>de garantias de imparcialidade para apreciar e invalidar os atos ilícitos por ela praticados.</p><p>O direito brasileiro adotou o sistema de jurisdição una, pelo qual o poder judiciário tem o monopólio da função jurisdicional,</p><p>ou seja, o poder de apreciar, com força de coisa julgada, a lesão ou ameaça de lesão a direitos individuais e coletivos. (Maria</p><p>Sylvia Z. Di Pietro)</p><p>CONTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros</p><p>residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos</p><p>seguintes:</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 106</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;</p><p>A Constituição de 1988 não prevê o contencioso administrativo e mantém, no artigo 5º, XXXV, a unidade de jurisdição, ao</p><p>determinar, que "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito". Portanto, no direito</p><p>brasileiro, falar em processo administrativo significa falar em processo gracioso.</p><p>SISTEMA DE JURISDIÇÃO UNA</p><p>REGRA GERAL NÃO PRECISA ESGOTAR A VIA ADMINISTRATIVA</p><p>PROCESSO ADMINISTRATIVO (EXCEÇÕES)</p><p>Há situações em que é exigido o</p><p>exaurimento, ou pelo menos a utilização</p><p>inicial da via administrativa, a saber:</p><p>a) Nas lides desportivas (art. 217, § 1º, CF), “o Poder Judiciário só admitirá</p><p>ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se</p><p>as instâncias da justiça desportiva”. Entende-se “justiça desportiva”</p><p>integrada por órgãos administrativos.</p><p>b) No habeas data, porquanto “a prova do anterior indeferimento do pedido</p><p>de informação de dados pessoais, ou da omissão em atendê-lo, constitui</p><p>requisito indispensável para que se concretize o interesse de agir no habeas</p><p>data; sem que se configure situação prévia de pretensão, há carência da</p><p>ação constitucional do habeas data” (STF, HD 22/DF, 1991).</p><p>c) O ato administrativo, ou a omissão da administração pública, que</p><p>contrarie súmula vinculante só pode ser alvo de reclamação ao Supremo</p><p>Tribunal Federal depois de esgotadas as vias administrativas</p><p>(Lei 11.417/2006. art. 7º, § 1º).</p><p>d) A negativa do benefício previdenciário.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 107</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados:</p><p>§ 1º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias</p><p>da justiça desportiva, regulada em lei.</p><p>Lei 11.417/2006</p><p>Art. 7º Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou</p><p>aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios</p><p>admissíveis de impugnação.</p><p>§ 1º Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias</p><p>administrativas.</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>STF- RE 631.240</p><p>Relator (a): Min. ROBERTO BARROSO</p><p>Julgamento: 03/09/2014</p><p>Ementa: 1. A instituição de condições para o regular exercício do direito de ação é compatível com o art. 5º, XXXV, da</p><p>Constituição. Para se caracterizar a presença de interesse em agir, é preciso haver necessidade de ir a juízo. 2. A concessão</p><p>de benefícios previdenciários depende de requerimento do interessado, não se caracterizando ameaça ou lesão a direito</p><p>antes de sua apreciação e indeferimento pelo INSS, ou se excedido o prazo legal para sua análise. É bem de ver, no entanto,</p><p>que a exigência de prévio requerimento não se confunde com o exaurimento das vias administrativas. 3. A exigência de</p><p>prévio requerimento administrativo não deve prevalecer quando o entendimento da Administração for notória e</p><p>reiteradamente contrário à postulação do segurado. 4. Na hipótese de pretensão de revisão, restabelecimento ou</p><p>manutenção de benefício anteriormente concedido, considerando que o INSS tem o dever legal de conceder a prestação</p><p>mais</p><p>vantajosa possível, o pedido poderá ser formulado diretamente em juízo – salvo se depender da análise de matéria de</p><p>fato ainda não levada ao conhecimento da Administração –, uma vez que, nesses casos, a conduta do INSS já configura o não</p><p>acolhimento ao menos tácito da pretensão. 5. Tendo em vista a prolongada oscilação jurisprudencial na matéria, inclusive no</p><p>Supremo Tribunal Federal, deve-se estabelecer uma fórmula de transição para lidar com as ações em curso, nos termos a</p><p>seguir expostos. 6. Quanto às ações ajuizadas até a conclusão do presente julgamento (03.09.2014), sem que tenha havido</p><p>prévio requerimento administrativo nas hipóteses em que exigível, será observado o seguinte: (i) caso a ação tenha sido</p><p>ajuizada no âmbito de Juizado Itinerante, a ausência de anterior pedido administrativo não deverá implicar a extinção do</p><p>feito; (ii) caso o INSS já tenha apresentado contestação de mérito, está caracterizado o interesse em agir pela resistência à</p><p>pretensão; (iii) as demais ações que não se enquadrem nos itens (i) e (ii) ficarão sobrestadas, observando-se a sistemática a</p><p>seguir. 7. Nas ações sobrestadas, o autor será intimado a dar entrada no pedido administrativo em 30 dias, sob pena de</p><p>extinção do processo. Comprovada a postulação administrativa, o INSS será intimado a se manifestar acerca do pedido em</p><p>até 90 dias, prazo dentro do qual a Autarquia deverá colher todas as provas eventualmente necessárias e proferir decisão. Se</p><p>o pedido for acolhido administrativamente ou não puder ter o seu mérito analisado devido a razões imputáveis ao próprio</p><p>requerente, extingue-se a ação. Do contrário, estará caracterizado o interesse em agir e o feito deverá prosseguir. 8. Em</p><p>todos os casos acima – itens (i), (ii) e (iii) –, tanto a análise administrativa quanto a judicial deverão levar em conta a data do</p><p>início da ação como data de entrada do requerimento, para todos os efeitos legais. 9. Recurso extraordinário a que se dá</p><p>parcial provimento.</p><p>LIMITES DO CONTROLE</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 108</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Em regra, o judiciário, não pode controlar os atos políticos. Mas quando tais atos importem em lesão a direitos individuais ou</p><p>coletivos, é possível o controle, especialmente em face do art. 5º, xxxv, da constituição federal.</p><p>(Di Pietro, Direito Administrativo, pag. 817)</p><p>O Poder Judiciário, ainda que de forma excepcional, também poderá exercê-lo caso seja impetrado um mandado de</p><p>segurança por Parlamentar, em razão da inobservância do devido processo legislativo constitucional, como ocorre no caso de</p><p>deliberação de uma proposta de emenda tendente a abolir cláusula pétrea. Os parlamentares têm direito público subjetivo à</p><p>observância do devido processo legislativo constitucional. Por isso, apenas eles, e nunca terceiros estranhos à atividade</p><p>parlamentar, têm legitimidade para impetrar o mandado de segurança nessa hipótese. (Marcelo Novelino - Direito</p><p>Constitucional, 3ª ed. p. 221)</p><p>Exemplos de forma de controle judicial são os remédios constitucionais e a Ação de Improbidade Administrativa.</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>SÚMULAS DO STF</p><p> Súmula Vinculante 3- Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla</p><p>defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado,</p><p>excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.</p><p> Súmula Vinculante 5- A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a</p><p>Constituição.</p><p> SÚMULA Nº 101: O MANDADO DE SEGURANÇA NÃO SUBSTITUI A AÇÃO POPULAR.</p><p> SÚMULA Nº 266: NÃO CABE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA LEI EM TESE.</p><p> SÚMULA Nº 267: NÃO CABE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO JUDICIAL PASSÍVEL DE RECURSO OU CORREIÇÃO.</p><p> SÚMULA Nº 268: NÃO CABE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA DECISÃO JUDICIAL COM TRÂNSITO EM JULGADO.</p><p> SÚMULA Nº 269: O MANDADO DE SEGURANÇA NÃO É SUBSTITUTIVO DE AÇÃO DE COBRANÇA.</p><p> SÚMULA Nº 270: NÃO CABE MANDADO DE SEGURANÇA PARA IMPUGNAR ENQUADRAMENTO DA LEI 3780, DE</p><p>12/7/1960, QUE ENVOLVA EXAME DE PROVA OU DE SITUAÇÃO FUNCIONAL COMPLEXA.</p><p> SÚMULA Nº 271: CONCESSÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA NÃO PRODUZ EFEITOS PATRIMONIAIS EM RELAÇÃO A</p><p>PERÍODO PRETÉRITO, OS QUAIS DEVEM SER RECLAMADOS ADMINISTRATIVAMENTE OU PELA VIA JUDICIAL PRÓPRIA.</p><p> SÚMULA Nº 330: O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NÃO É COMPETENTE PARA CONHECER DE MANDADO DE SEGURANÇA</p><p>CONTRA ATOS DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA DOS ESTADOS.</p><p> SÚMULA Nº 346: A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PODE DECLARAR A NULIDADE DOS SEUS PRÓPRIOS ATOS.</p><p> SÚMULA Nº 347: O TRIBUNAL DE CONTAS, NO EXERCÍCIO DE SUAS ATRIBUIÇÕES, PODE APRECIAR A</p><p>CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS E DOS ATOS DO PODER PÚBLICO.</p><p> SÚMULA Nº 365: PESSOA JURÍDICA NÃO TEM LEGITIMIDADE PARA PROPOR AÇÃO POPULAR.</p><p> SÚMULA Nº 473: A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS, QUANDO EIVADOS DE VÍCIOS QUE OS</p><p>TORNAM ILEGAIS, PORQUE DELES NÃO SE ORIGINAM DIREITOS; OU REVOGÁ-LOS, POR MOTIVO DE CONVENIÊNCIA OU</p><p>OPORTUNIDADE, RESPEITADOS OS DIREITOS ADQUIRIDOS, E RESSALVADA, EM TODOS OS CASOS, A APRECIAÇÃO</p><p>JUDICIAL.</p><p>____________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=101.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=266.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=267.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=268.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=269.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=270.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=271.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=330.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=346.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=347.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=365.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=473.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria</p><p>Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 109</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Capítulo 7</p><p>IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA</p><p>7.1. CONCEITO:</p><p>- Improbidade administrativa é a conduta que, tipificada em lei federal, fere direta ou indiretamente os princípios</p><p>constitucionais e legais da Administração Pública, independentemente de importarem enriquecimento ilícito ou de causarem</p><p>prejuízo material ao erário. (Alexandre de Moraes, Direito Constitucional, 24 ed., 2009)</p><p>ANÁLISE DO DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 37 §4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da</p><p>função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,</p><p>sem prejuízo da ação penal cabível.</p><p>7.2- ANÁLISE DA LEI Nº 8.429/92</p><p>CAPÍTULO I- DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>Art. 1º O sistema de responsabilização por atos de improbidade administrativa tutelará a probidade na</p><p>organização do Estado e no exercício de suas funções, como forma de assegurar a integridade do</p><p>patrimônio público e social, nos termos desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 1º Consideram-se atos de improbidade administrativa as condutas dolosas tipificadas nos arts. 9º, 10 e</p><p>11 desta Lei, ressalvados tipos previstos em leis especiais. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 2º Considera-se dolo a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito tipificado nos arts. 9º, 10</p><p>e 11 desta Lei, não bastando a voluntariedade do agente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 3º O mero exercício da função ou desempenho de competências públicas, sem comprovação de ato</p><p>doloso com fim ilícito, afasta a responsabilidade por ato de improbidade administrativa. (Incluído pela</p><p>Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 4º Aplicam-se ao sistema da improbidade disciplinado nesta Lei os princípios constitucionais do direito</p><p>administrativo sancionador. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 5º Os atos de improbidade violam a probidade na organização do Estado e no exercício de suas funções e</p><p>DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>NATUREZA DO ATO DE IMPROBIDADE</p><p>SUJEITO ATIVO (QUE PRATICA O ATO)</p><p>SUJEITO PASSIVO (QUE SOFRE O ATO)</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 110</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>CAPÍTULO I</p><p>Das</p><p>Disposições</p><p>Gerais</p><p>a integridade do patrimônio público e social dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como da</p><p>administração direta e indireta, no âmbito da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito</p><p>Federal. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 6º Estão sujeitos às sanções desta Lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de</p><p>entidade privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de entes públicos ou</p><p>governamentais, previstos no § 5º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 7º Independentemente de integrar a administração indireta, estão sujeitos às sanções desta Lei os atos</p><p>de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade privada para cuja criação ou custeio o erário</p><p>haja concorrido ou concorra no seu patrimônio ou receita atual, limitado o ressarcimento de prejuízos,</p><p>nesse caso, à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. (Incluído pela Lei nº</p><p>14.230, de 2021)</p><p>§ 8º Não configura improbidade a ação ou omissão decorrente de divergência interpretativa da lei,</p><p>baseada em jurisprudência, ainda que não pacificada, mesmo que não venha a ser posteriormente</p><p>prevalecente nas decisões dos órgãos de controle ou dos tribunais do Poder Judiciário. (Incluído pela</p><p>Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI 7236) SUSPENSO</p><p>Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o servidor público e todo</p><p>aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,</p><p>contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas</p><p>entidades referidas no art. 1º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>Parágrafo único. No que se refere a recursos de origem pública, sujeita-se às sanções previstas nesta Lei o</p><p>particular, pessoa física ou jurídica, que celebra com a administração pública convênio, contrato de</p><p>repasse, contrato de gestão, termo de parceria, termo de cooperação ou ajuste administrativo</p><p>equivalente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>Art. 3º As disposições desta Lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente</p><p>público, induza ou concorra dolosamente para a prática do ato de improbidade. (Redação dada pela Lei</p><p>nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 1º Os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de pessoa jurídica de direito privado não</p><p>respondem pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à pessoa jurídica, salvo se,</p><p>comprovadamente, houver participação e benefícios diretos, caso em que responderão nos limites da sua</p><p>participação. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 2º As sanções desta Lei não se aplicarão à pessoa jurídica, caso o ato de improbidade administrativa seja</p><p>também sancionado como ato lesivo à administração pública de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto</p><p>de 2013. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>Art. 4° (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>Art. 5° (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>Art. 6° (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>Art. 7º Se houver indícios de ato de improbidade, a autoridade que conhecer dos fatos representará ao</p><p>Ministério Público competente, para as providências necessárias. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de</p><p>2021)</p><p>Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>Art. 8º O sucessor ou o herdeiro daquele que causar dano ao erário ou que se enriquecer ilicitamente</p><p>estão sujeitos apenas à obrigação de repará-lo até o limite do valor da herança ou do patrimônio</p><p>transferido. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>Art. 8º-A A responsabilidade sucessória de que trata o art. 8º desta Lei aplica-se também na hipótese de</p><p>alteração contratual, de transformação, de incorporação, de fusão ou de cisão societária. (Incluído pela</p><p>Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>Parágrafo único. Nas hipóteses de fusão e de incorporação, a responsabilidade da sucessora será restrita à</p><p>obrigação de reparação integral do dano causado, até o limite do patrimônio transferido, não lhe sendo</p><p>aplicáveis as demais sanções previstas nesta Lei decorrentes de atos e de fatos ocorridos antes da data da</p><p>fusão ou da incorporação, exceto no caso de simulação ou de evidente intuito de fraude, devidamente</p><p>comprovados. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6475588</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 111</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>CAPÍTULO II- ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA</p><p>CAPÍTULO II</p><p>Dos Atos de</p><p>Improbidade</p><p>Administrativa</p><p>Seção I</p><p>Dos Atos de</p><p>Improbidade</p><p>Administrativa</p><p>que Importam</p><p>Enriquecimento</p><p>Ilícito</p><p>Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando em enriquecimento ilícito auferir,</p><p>mediante a prática de ato doloso, qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do</p><p>exercício de cargo, de mandato, de função, de emprego ou de atividade nas entidades referidas no art.</p><p>1º desta Lei, e notadamente: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem</p><p>econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem</p><p>tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão</p><p>decorrente das atribuições do agente público;</p><p>II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de</p><p>bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço</p><p>superior ao valor de mercado;</p><p>III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de</p><p>bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;</p><p>IV - utilizar, em obra ou serviço particular, qualquer bem móvel, de propriedade ou à disposição de</p><p>qualquer das entidades referidas no art. 1º desta Lei, bem como o trabalho de servidores, de</p><p>empregados ou de terceiros contratados por essas entidades; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de</p><p>2021)</p><p>V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou</p><p>a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer</p><p>outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;</p><p>VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa</p><p>sobre qualquer dado técnico que envolva obras públicas ou qualquer outro serviço ou sobre</p><p>quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer</p><p>das entidades referidas no art. 1º desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, de cargo, de emprego ou de função</p><p>pública, e em razão deles, bens de qualquer natureza, decorrentes dos atos descritos no caput deste</p><p>artigo, cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público,</p><p>assegurada a demonstração pelo agente da licitude da origem dessa evolução; (Redação dada pela</p><p>Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa</p><p>física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão</p><p>decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;</p><p>IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de</p><p>qualquer natureza;</p><p>X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de</p><p>ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;</p><p>XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do</p><p>acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;</p><p>XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das</p><p>ATOS DE IMPROBIDADE</p><p>QUE IMPORTAM ENRIQUECIMENTO ILICITO (ART. 9º)</p><p>QUE CAUSAM PREJUÍZO AO ERÁRIO (ART. 10)</p><p>QUE ATENTAM CONTRA OS PRINCÍPIOS DA</p><p>ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (ART. 11)</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 112</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>entidades mencionadas no art. 1° desta lei.</p><p>Seção II</p><p>Dos Atos de</p><p>Improbidade</p><p>Administrativa</p><p>que Causam</p><p>Prejuízo ao</p><p>Erário</p><p>Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou</p><p>omissão dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimonial, desvio, apropriação,</p><p>malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta Lei, e</p><p>notadamente: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>I - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a indevida incorporação ao patrimônio particular, de</p><p>pessoa física ou jurídica, de bens, de rendas, de verbas ou de valores integrantes do acervo patrimonial</p><p>das entidades referidas no art. 1º desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou</p><p>valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a</p><p>observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;</p><p>III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos</p><p>ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas</p><p>no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;</p><p>IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer</p><p>das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço</p><p>inferior ao de mercado;</p><p>V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de</p><p>mercado;</p><p>VI - realizar operação financeira sem observância das normas</p><p>legais e regulamentares ou aceitar</p><p>garantia insuficiente ou inidônea;</p><p>VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou</p><p>regulamentares aplicáveis à espécie;</p><p>VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com</p><p>entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente, acarretando perda patrimonial</p><p>efetiva; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;</p><p>X - agir ilicitamente na arrecadação de tributo ou de renda, bem como no que diz respeito à</p><p>conservação do patrimônio público; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma</p><p>para a sua aplicação irregular;</p><p>XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;</p><p>XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou</p><p>material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades</p><p>mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros</p><p>contratados por essas entidades.</p><p>XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos</p><p>por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei nº</p><p>11.107, de 2005)</p><p>XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou</p><p>sem observar as formalidades previstas na lei. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)</p><p>XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio particular de</p><p>pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração</p><p>pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades</p><p>legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)</p><p>XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou</p><p>valores públicos transferidos pela administração pública a entidade privada mediante celebração de</p><p>parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à</p><p>espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)</p><p>XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das</p><p>formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de</p><p>2014) (Vigência)</p><p>XIX - agir para a configuração de ilícito na celebração, na fiscalização e na análise das prestações de</p><p>contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas; (Redação dada</p><p>pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a</p><p>estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular.</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11107.htm#art18</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11107.htm#art18</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11107.htm#art18</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art88....</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art88....</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art88....</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 113</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>(Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014, com a redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015)</p><p>XXI - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>XXII - conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e</p><p>o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei nº</p><p>14.230, de 2021)</p><p>§ 1º Nos casos em que a inobservância de formalidades legais ou regulamentares não implicar perda</p><p>patrimonial efetiva, não ocorrerá imposição de ressarcimento, vedado o enriquecimento sem causa das</p><p>entidades referidas no art. 1º desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 2º A mera perda patrimonial decorrente da atividade econômica não acarretará improbidade</p><p>administrativa, salvo se comprovado ato doloso praticado com essa finalidade. (Incluído pela Lei nº</p><p>14.230, de 2021)</p><p>Seção II-A</p><p>(Revogado pela</p><p>Lei nº 14.230, de</p><p>2021)</p><p>Art. 10-A. (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>Seção III</p><p>Dos Atos de</p><p>Improbidade</p><p>Administrativa</p><p>que Atentam</p><p>Contra os</p><p>Princípios da</p><p>Administração</p><p>Pública</p><p>Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração</p><p>pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e de</p><p>legalidade, caracterizada por uma das seguintes condutas: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de</p><p>2021)</p><p>I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer</p><p>em segredo, propiciando beneficiamento por informação privilegiada ou colocando em risco a</p><p>segurança da sociedade e do Estado; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>IV - negar publicidade aos atos oficiais, exceto em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da</p><p>sociedade e do Estado ou de outras hipóteses instituídas em lei; (Redação dada pela Lei nº 14.230,</p><p>de 2021)</p><p>V - frustrar, em ofensa à imparcialidade, o caráter concorrencial de concurso público, de chamamento</p><p>ou de procedimento licitatório, com vistas à obtenção de benefício próprio, direto ou indireto, ou de</p><p>terceiros; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo, desde que disponha das condições para</p><p>isso, com vistas a ocultar irregularidades; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação</p><p>oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.</p><p>VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias</p><p>firmadas pela administração pública com entidades privadas. (Vide Medida Provisória nº 2.088-35, de</p><p>2000) (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)</p><p>IX - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>X - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>XI - nomear cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro</p><p>grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo</p><p>de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão</p><p>ou de confiança ou,</p><p>ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da</p><p>União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações</p><p>recíprocas; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>XII - praticar, no âmbito da administração pública e com recursos do erário, ato de publicidade que</p><p>contrarie o disposto no § 1º do art. 37 da Constituição Federal, de forma a promover inequívoco</p><p>enaltecimento do agente público e personalização de atos, de programas, de obras, de serviços ou de</p><p>campanhas dos órgãos públicos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 1º Nos termos da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, promulgada pelo Decreto nº</p><p>5.687, de 31 de janeiro de 2006, somente haverá improbidade administrativa, na aplicação deste</p><p>artigo, quando for comprovado na conduta funcional do agente público o fim de obter proveito ou</p><p>benefício indevido para si ou para outra pessoa ou entidade. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 2º Aplica-se o disposto no § 1º deste artigo a quaisquer atos de improbidade administrativa</p><p>tipificados nesta Lei e em leis especiais e a quaisquer outros tipos especiais de improbidade</p><p>administrativa instituídos por lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 3º O enquadramento de conduta funcional na categoria de que trata este artigo pressupõe a</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13204.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm#art8a%C2%A71</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/2088-35.htm#art3</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/2088-35.htm#art3</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art78</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art88....</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art37%C2%A71</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5687.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5687.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 114</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>demonstração objetiva da prática de ilegalidade no exercício da função pública, com a indicação das</p><p>normas constitucionais, legais ou infralegais violadas. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 4º Os atos de improbidade de que trata este artigo exigem lesividade relevante ao bem jurídico</p><p>tutelado para serem passíveis de sancionamento e independem do reconhecimento da produção de</p><p>danos ao erário e de enriquecimento ilícito dos agentes públicos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de</p><p>2021)</p><p>§ 5º Não se configurará improbidade a mera nomeação ou indicação política por parte dos detentores</p><p>de mandatos eletivos, sendo necessária a aferição de dolo com finalidade ilícita por parte do</p><p>agente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>CAPÍTULO III- DAS PENAS</p><p>IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA</p><p>ATOS DE</p><p>IMPROBIDADE</p><p>SANÇÕES (PENAS)</p><p>-- MULTA</p><p>PERDA DA</p><p>FUNÇÃO</p><p>PERDA DOS BENS</p><p>OU VALORES</p><p>SUSPENSÃO DOS</p><p>DIREITOS POLÍTICOS</p><p>PROIBIÇÃO DE CONTRATAR</p><p>OU RECEBER BENEFÍCIOS</p><p>ART. 9º ✓ ✓ ✓</p><p>✓</p><p>(14 ANOS)</p><p>✓</p><p>(14 ANOS)</p><p>ART. 10 ✓ ✓ ✓</p><p>✓</p><p>(12 ANOS)</p><p>✓</p><p>(12 ANOS)</p><p>ART.11 ✓ X X X</p><p>✓</p><p>(4 ANOS)</p><p>CAPÍTULO III</p><p>Das Penas</p><p>Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano patrimonial, se efetivo, e das sanções</p><p>penais comuns e de responsabilidade, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o</p><p>responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou</p><p>cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>I - na hipótese do art. 9º desta Lei, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda</p><p>da função pública, suspensão dos direitos políticos até 14 (catorze) anos, pagamento de multa civil</p><p>equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o poder público ou de receber</p><p>benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de</p><p>pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos; (Redação</p><p>dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>II - na hipótese do art. 10 desta Lei, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se</p><p>concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 12 (doze) anos,</p><p>pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com o poder público ou</p><p>de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por</p><p>intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 12 (doze)</p><p>anos; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>III - na hipótese do art. 11 desta Lei, pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da</p><p>remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou de receber</p><p>benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de</p><p>pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 4 (quatro) anos; (Redação</p><p>dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>IV - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 1º A sanção de perda</p><p>da função pública, nas hipóteses dos incisos I e II do caput deste artigo, atinge</p><p>apenas o vínculo de mesma qualidade e natureza que o agente público ou político detinha com o poder</p><p>público na época do cometimento da infração, podendo o magistrado, na hipótese do inciso I</p><p>do caput deste artigo, e em caráter excepcional, estendê-la aos demais vínculos, consideradas as</p><p>circunstâncias do caso e a gravidade da infração. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI</p><p>7236) SUSPENSO</p><p>§ 2º A multa pode ser aumentada até o dobro, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6475588</p><p>https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6475588</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 115</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>do réu, o valor calculado na forma dos incisos I, II e III do caput deste artigo é ineficaz para reprovação e</p><p>prevenção do ato de improbidade. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 3º Na responsabilização da pessoa jurídica, deverão ser considerados os efeitos econômicos e sociais das</p><p>sanções, de modo a viabilizar a manutenção de suas atividades. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 4º Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a sanção de proibição de</p><p>contratação com o poder público pode extrapolar o ente público lesado pelo ato de improbidade,</p><p>observados os impactos econômicos e sociais das sanções, de forma a preservar a função social da pessoa</p><p>jurídica, conforme disposto no § 3º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 5º No caso de atos de menor ofensa aos bens jurídicos tutelados por esta Lei, a sanção limitar-se-á à</p><p>aplicação de multa, sem prejuízo do ressarcimento do dano e da perda dos valores obtidos, quando for o</p><p>caso, nos termos do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 6º Se ocorrer lesão ao patrimônio público, a reparação do dano a que se refere esta Lei deverá deduzir o</p><p>ressarcimento ocorrido nas instâncias criminal, civil e administrativa que tiver por objeto os mesmos</p><p>fatos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 7º As sanções aplicadas a pessoas jurídicas com base nesta Lei e na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de</p><p>2013, deverão observar o princípio constitucional do non bis in idem. (Incluído pela Lei nº 14.230, de</p><p>2021)</p><p>§ 8º A sanção de proibição de contratação com o poder público deverá constar do Cadastro Nacional de</p><p>Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, observadas</p><p>as limitações territoriais contidas em decisão judicial, conforme disposto no § 4º deste artigo. (Incluído</p><p>pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 9º As sanções previstas neste artigo somente poderão ser executadas após o trânsito em julgado da</p><p>sentença condenatória. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 10. Para efeitos de contagem do prazo da sanção de suspensão dos direitos políticos, computar-se-á</p><p>retroativamente o intervalo de tempo entre a decisão colegiada e o trânsito em julgado da sentença</p><p>condenatória. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI 7236) SUSPENSO</p><p>CAPÍTULO IV- DA DECLARAÇÃO DE BENS</p><p>CAPÍTULO IV</p><p>Da Declaração</p><p>de Bens</p><p>Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração de</p><p>imposto de renda e proventos de qualquer natureza, que tenha sido apresentada à Secretaria Especial da</p><p>Receita Federal do Brasil, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente. (Redação dada</p><p>pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 2º A declaração de bens a que se refere o caput deste artigo será atualizada anualmente e na data em</p><p>que o agente público deixar o exercício do mandato, do cargo, do emprego ou da função. (Redação</p><p>dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 3º Será apenado com a pena de demissão, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que</p><p>se recusar a prestar a declaração dos bens a que se refere o caput deste artigo dentro do prazo</p><p>determinado ou que prestar declaração falsa. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>CAPÍTULO V- DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E DO PROCEDIMENTO JUDICIAL</p><p>CAPÍTULO V</p><p>Do Procedimento</p><p>Administrativo e do</p><p>Processo Judicial</p><p>Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja</p><p>instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.</p><p>§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do</p><p>representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha</p><p>conhecimento.</p><p>§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se esta não</p><p>contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a representação</p><p>ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei.</p><p>§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração dos</p><p>fatos, observada a legislação que regula o processo administrativo disciplinar aplicável ao</p><p>agente. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6475588</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>nos termos</p><p>seguintes:</p><p>XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social,</p><p>mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;</p><p>XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao</p><p>proprietário indenização ulterior, se houver dano;</p><p>4.2- NO DOMÍNIO ECONÔMICO- a intervenção no domínio econômico pode ser dividida em intervenção direta</p><p>(artigo 173 da CF) e intervenção indireta (artigo 174 da CF).</p><p>- Intervenção direta (artigo 173 da CF): consiste na atuação direta do Estado no domínio econômico (desenvolvendo</p><p>atividade de natureza econômica), dentro dos permissivos constitucionais, por meio de empresas públicas, sociedades de</p><p>economia mista e suas subsidiárias. Um dos objetivos é competir com a iniciativa privada, para balancear o mercado e evitar</p><p>formação de cartel.</p><p>Alguns doutrinadores entendem que essa atuação não é considerada como atividade ou função administrativa. Outros</p><p>entendem que a atividade se encaixa na função administrativa de intervenção, em decorrência da atuação do estado na</p><p>atividade econômica em sentido estrito, em regime de concorrência com o setor privado, ocorrendo sempre de forma</p><p>excepcional. O Estado assume a característica de Estado Empresário. Exemplos: Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, a</p><p>primeira, como empresa pública federal, e o segundo, como sociedade de economia mista, atuam em regime de</p><p>concorrência com as demais entidades bancárias do país.</p><p>- Intervenção indireta (artigo 174 da CF): consiste na atuação do Estado como agente normativo, desenvolvendo a</p><p>função de regulamentação e fiscalização da atividade econômica de natureza privada. Exemplos: BACEN, Agências</p><p>Reguladoras etc.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 11</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será</p><p>permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos</p><p>em lei.</p><p>§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que</p><p>explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:</p><p>(...)</p><p>II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais,</p><p>trabalhistas e tributários;</p><p>III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública;</p><p>(...)</p><p>§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao</p><p>aumento arbitrário dos lucros.</p><p>Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de</p><p>fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.</p><p>LEI Nº 13.303/2016</p><p>Art. 2º A exploração de atividade econômica pelo Estado será exercida por meio de empresa pública, de sociedade de</p><p>economia mista e de suas subsidiárias.</p><p>ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO SUBJETIVO:</p><p>ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA : ENTIDADES, ÓRGÃOS E AGENTES PÚBLICOS</p><p>- Administração Pública em sentido subjetivo, formal ou orgânico, compreende as entidades políticas(U, E,DF E M) e</p><p>administrativas (A, FP. SEM E EP) componentes da Administração Pública, os órgãos (compartimentos internos das entidades)</p><p>e os agentes públicos (pessoas físicas).</p><p>LEI Nº 9.784/99</p><p>Artigo 1º § 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:</p><p>I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta;</p><p>II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;</p><p>III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 12</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>ANÁLISE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO SUBJETIVO</p><p>(ENTIDADE, ÓRGÃO E AGENTE PÚBLICO)</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.</p><p>Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito</p><p>Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.</p><p>Art. 31. § 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do</p><p>Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.</p><p>§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.</p><p>Art. 37. XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de</p><p>sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua</p><p>atuação;</p><p>Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao</p><p>qual compete: (...)</p><p>Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:</p><p>I - o Supremo Tribunal Federal;</p><p>I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)</p><p>II - o Superior Tribunal de Justiça;</p><p>II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016)</p><p>III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;</p><p>IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;</p><p>ADMINISTRAÇÃO</p><p>PÚBLICA</p><p>DIRETA</p><p>UNIÃO</p><p>ESTADOS</p><p>E DF*</p><p>MUNICÍPIOS</p><p>EXECUTIVO- PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA</p><p>LEGISLATIVO- SENADO E CÂMARA DOS DEPUTADOS</p><p>JUDICIÁRIO- STF, STJ, TST, TSE, STM, TRF, TRT, TRE, TJDFT E CNJ.</p><p>MPU- MPF, MPT, MPM, MPDFT E CNMP.</p><p>DPU</p><p>TCU</p><p>EXECUTIVO- GOVERNADORIA DO ESTADO</p><p>LEGISLATIVO- ASSEMBLEIA LEGISLATIVA</p><p>JUD- TRIBUNAL DE JUSTIÇA</p><p>MPE</p><p>DPE</p><p>TCE → (OBS.: EM 3 ESTADOS DA FEDERAÇÃO (PA, BA E</p><p>GO) EXISTEM OS TRIBUNAIS DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS-</p><p>QUE SÃO ÓRGAOS ESTADUAIS.</p><p>EXEC- PREFEITURA</p><p>LEG- CAMARA MUNICIPAL</p><p>(OBS.: A CF/88(ART. 31, § 4º) PROIBIU A CRIAÇÃO DE TRB.</p><p>CONTAS MUNICIPAIS, MAS ANTES DE 1988 FORAM</p><p>CRIADOS 2 (DOIS) TRIB.CONTAS MUNIPAIS (ÓRGÃO</p><p>MUNIPAL), EM SÃO PAULO E NO RIO DE JANEIRO.</p><p>INDIRETA</p><p>AUTARQUIA</p><p>FUNDAÇÃO PUBLICA</p><p>SOCIEDADE DE ECONOMIA</p><p>MISTA</p><p>EMPRESA PÚBLICA</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc92.htm#art1</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 13</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;</p><p>VI - os Tribunais e Juízes Militares;</p><p>VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.</p><p>Art. 128. O Ministério Público abrange:</p><p>I - o Ministério Público da União, que compreende:</p><p>a) o Ministério Público Federal;</p><p>b) o Ministério Público do Trabalho;</p><p>c) o Ministério Público Militar;</p><p>d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;</p><p>II - os Ministérios Públicos dos Estados.</p><p>Art. 134. § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e</p><p>prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 116</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho</p><p>de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de</p><p>improbidade.</p><p>Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a requerimento,</p><p>designar representante para acompanhar o procedimento administrativo.</p><p>Art. 16. Na ação por improbidade administrativa poderá ser formulado, em caráter antecedente ou</p><p>incidente, pedido de indisponibilidade de bens dos réus, a fim de garantir a integral recomposição do</p><p>erário ou do acréscimo patrimonial resultante de enriquecimento ilícito. (Redação dada pela Lei</p><p>nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 1º-A O pedido de indisponibilidade de bens a que se refere o caput deste artigo poderá ser</p><p>formulado independentemente da representação de que trata o art. 7º desta Lei. (Incluído pela</p><p>Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 2º Quando for o caso, o pedido de indisponibilidade de bens a que se refere o caput deste artigo</p><p>incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras</p><p>mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais. (Redação</p><p>dada pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 3º O pedido de indisponibilidade de bens a que se refere o caput deste artigo apenas será deferido</p><p>mediante a demonstração no caso concreto de perigo de dano irreparável ou de risco ao resultado</p><p>útil do processo, desde que o juiz se convença da probabilidade da ocorrência dos atos descritos na</p><p>petição inicial com fundamento nos respectivos elementos de instrução, após a oitiva do réu em 5</p><p>(cinco) dias. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 4º A indisponibilidade de bens poderá ser decretada sem a oitiva prévia do réu, sempre que o</p><p>contraditório prévio puder comprovadamente frustrar a efetividade da medida ou houver outras</p><p>circunstâncias que recomendem a proteção liminar, não podendo a urgência ser</p><p>presumida. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 5º Se houver mais de um réu na ação, a somatória dos valores declarados indisponíveis não poderá</p><p>superar o montante indicado na petição inicial como dano ao erário ou como enriquecimento</p><p>ilícito. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 6º O valor da indisponibilidade considerará a estimativa de dano indicada na petição inicial,</p><p>permitida a sua substituição por caução idônea, por fiança bancária ou por seguro-garantia judicial, a</p><p>requerimento do réu, bem como a sua readequação durante a instrução do processo. (Incluído</p><p>pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 7º A indisponibilidade de bens de terceiro dependerá da demonstração da sua efetiva concorrência</p><p>para os atos ilícitos apurados ou, quando se tratar de pessoa jurídica, da instauração de incidente de</p><p>desconsideração da personalidade jurídica, a ser processado na forma da lei processual. (Incluído</p><p>pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 8º Aplica-se à indisponibilidade de bens regida por esta Lei, no que for cabível, o regime da tutela</p><p>provisória de urgência da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo</p><p>Civil). (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 9º Da decisão que deferir ou indeferir a medida relativa à indisponibilidade de bens caberá agravo</p><p>de instrumento, nos termos da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo</p><p>Civil). (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 10. A indisponibilidade recairá sobre bens que assegurem exclusivamente o integral ressarcimento</p><p>do dano ao erário, sem incidir sobre os valores a serem eventualmente aplicados a título de multa</p><p>civil ou sobre acréscimo patrimonial decorrente de atividade lícita. (Incluído pela Lei nº 14.230, de</p><p>2021)</p><p>§ 11. A ordem de indisponibilidade de bens deverá priorizar veículos de via terrestre, bens imóveis,</p><p>bens móveis em geral, semoventes, navios e aeronaves, ações e quotas de sociedades simples e</p><p>empresárias, pedras e metais preciosos e, apenas na inexistência desses, o bloqueio de contas</p><p>bancárias, de forma a garantir a subsistência do acusado e a manutenção da atividade empresária ao</p><p>longo do processo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 12. O juiz, ao apreciar o pedido de indisponibilidade de bens do réu a que se refere o caput deste</p><p>artigo, observará os efeitos práticos da decisão, vedada a adoção de medida capaz de acarretar</p><p>prejuízo à prestação de serviços públicos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 13. É vedada a decretação de indisponibilidade da quantia de até 40 (quarenta) salários mínimos</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 117</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>depositados em caderneta de poupança, em outras aplicações financeiras ou em conta-</p><p>corrente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>§ 14. É vedada a decretação de indisponibilidade do bem de família do réu, salvo se comprovado que</p><p>o imóvel seja fruto de vantagem patrimonial indevida, conforme descrito no art. 9º desta</p><p>Lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)</p><p>Art. 17. A ação para a aplicação das sanções de que trata esta Lei será proposta pelo Ministério</p><p>Público e seguirá o procedimento comum previsto na Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código</p><p>de Processo Civil), salvo o disposto nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) (Vide</p><p>ADI 7042) (Vide ADI 7043)</p><p>§ 1º</p><p>inicial, mediante</p><p>concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da</p><p>advocacia fora das atribuições institucionais. (Renumerado do parágrafo único pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)</p><p>§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta</p><p>orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, §</p><p>2º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)</p><p>§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal.</p><p>1.5 AGENTES PÚBLICOS: CLASSIFICAÇÃO E REGRAS CONSTITUCIONAIS</p><p>1.5.1 CONCEITO: AGENTES PÚBLICOS: são PESSOAS FÍSICAS incumbidas de uma função estatal, de maneira</p><p>transitória ou definitiva, com ou sem remuneração.</p><p>O conceito é amplo – abrange todas as pessoas que de uma maneira ou de outra prestam um serviço público – estão</p><p>abrangidos por esse conceito desde os titulares dos poderes do Estado até pessoas que se vinculam contratualmente com o</p><p>Poder Público como é o caso dos delegatários de serviços públicos.</p><p>A doutrina clássica divide o Agente Público (que até a Constituição de 1988 era chamado de funcionário público) em cinco</p><p>categorias: agente político, agente administrativo, agente honorífico, agente delegado e agente credenciado. Veja:</p><p>1.5.2. CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS (DOUTRINA CLÁSSICA):</p><p>CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS (DOUTRINA CLÁSSICA):</p><p>• Agentes Políticos: São agentes políticos são os que decidem a vontade soberana do Estado com atribuições</p><p>constitucionais sem subordinação hierárquica; são os titulares dos Poderes do Estado. (Exemplos: Presidente,</p><p>AGENTE POLÍTICO</p><p>AGENTE HONORÍFICO</p><p>AGENTE ADMINISTRATIVO</p><p>AGENTE DELEGADO</p><p>AGENTE CREDENCIADO</p><p>AGENTES</p><p>PÚBLICOS</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 14</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Governador, Deputado, Senador, membros do Poder Judiciário, membros do Ministério Público e membros do Tribunal</p><p>de Contas etc.)</p><p>• Agentes Administrativos: são os agentes que exercem uma atividade pública remunerada, sujeitos a uma hierarquia</p><p>funcional e ao regime juriído próprio da entidade. Os agentes administrativos se subdividem em três subcategorias:</p><p>servidores públicos, empregado públicos e servidores temporários. Exercem as funções comuns da Administração.</p><p>(Exemplos: servidores do INSS, dos Tribunais, empregados da Petrobrás, do Banco do Brasil, professores substitutos das</p><p>universidades públicas, recenseador do IBGE etc).</p><p>• Agente Honoríficos: são cidadãos convocados, designados ou nomeados para prestar, transitoriamente , determinados</p><p>serviços ao Estado, em razão de sua condição cívica, honorabilidade ou notória capacidade profissional, sem qualquer</p><p>vínculo empregatício e normalmente sem remuneração. (Exemplos: função de jurado do Tribunal do Juri, mesário</p><p>eleitoral etc.).</p><p>• Agentes Delegados: são os particulares que exercem função pública por delegação. (Exemplos: os concessionários,</p><p>permissionários, cartorários, leiloeiros etc).</p><p>• Agentes Credenciados: são os particulares que recebem a incumbência da administração de representa-la em</p><p>determinado ato ou praticar certa atividade. (Exemplos: jurista representando o Brasil num Evento Internacional etc).</p><p>1.5.3 Classificação dos Agentes Públicos (Doutrina Moderna)</p><p>AGENTES PÚBLICOS (CONFORME POSIÇÃO DA DOUTRINA MODERNA)</p><p>Ao longo dos anos, passamos por situações fáticas e jurídicas, que irão alterar essa classificação. A doutrina moderna então</p><p>passa a dividir o Agente Público em quatro categorias: agente político, militar, servidor público (lao sensu) e particular em</p><p>colaboração com o Poder Público.</p><p>CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS</p><p>(DOUTRINA MODERNA):</p><p>Espécies de Agentes Públicos (Doutrina moderna):</p><p>• Agentes Políticos: Agentes políticos são os titulares dos cargos estruturais à organização política do Estado, isto é, são os</p><p>ocupantes dos cargos que compõem o arcabouço constitucional do Estado. São agentes políticos os Chefes dos Poderes</p><p>executivos de todas as esferas de governo e seus auxiliares, além dos Senadores, Deputados e Vereadores. Existe uma</p><p>tendência de se reconhecer também como agentes políticos os membros da Magistratura e do Ministério Público.</p><p>• Militares: são militares as pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), e às</p><p>Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, Distrito Federal e Territórios, com vínculo estatutário</p><p>sujeito a regime jurídico próprio, mediante remuneração paga pelo Governo. A EC18/98 alterou os atigos 42 e 142,</p><p>retirando o militar da categoria de servidor público.</p><p>• Servidores Públicos (lato sensu): servidor público em sentido amplo, são as pessoas físicas que prestam serviços ao</p><p>Estado e às entidades da Administração Indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres</p><p>públicos. Estatutários ou servidor público em sentido estrito, são os titulares de cargo público efetivo e em comissão, com</p><p>regime jurídico estatutário geral ou peculiar definidos em lei, integrantes da Administração Direta, autarquias e</p><p>fundações públicas com personalidade jurídica de Direito Público. Empregados Públicos são os titulares de emprego</p><p>público da Administração Direta e Indireta, regidos pela CLT, não ocupam cargo público e não possuem estabilidade.</p><p>Embora regidos pela CLT, submetem-se às normas constitucionais referentes a requisitos iminentes do cargo, investidura,</p><p>acumulação, vencimentos entre outros. Enquadram-se no regime geral da previdência tais como comissionados e</p><p>temporários. Com exceção das funções de direção e de confiança das pessoas jurídicas da Administração Indireta, os</p><p>empregados públicos são admitidos mediante concurso público ou processo seletivo. Temporários, exercem função sem</p><p>vinculação a cargo ou emprego público e são submetidos a regime jurídico especial a ser disciplinado em lei de cada</p><p>unidade da federação. Atualmente, esse tipo de contratação só poderá ocorrer com a finalidade de atender a</p><p>necessidade temporária de excepcional interesse público.</p><p>AGENTE</p><p>PÚBLICO</p><p>AGENTE POLÍTICO</p><p>MILITARES</p><p>SERVIDOR PÚBLICO</p><p>PARTICULARES EM COLABORAÇÃO</p><p>COM O PODER PÚBLICO</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 15</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>• Particulares em Colaboração com o Poder Público: os particulares em colaboração com o Poder Público não fazem parte</p><p>do Estado, eles exercem função pública, entretanto, não deixam de ser particulares. Exemplos: os jurados e os que</p><p>trabalham nos cartórios eleitorais, quando das eleições; os gestores de negócios públicos que assumem a gestão da coisa</p><p>pública livremente, em situações anormais e urgentes; os contratados por locação civil de serviços; os concessionários e</p><p>os permissionários de serviços públicos, os delegados de função ou ofício público, os que praticam atos que são de</p><p>competência do Estado e têm força jurídica oficial.</p><p>1.5.4 QUADRO COMPARATIVO:</p><p>AGENTES PÚBLICOS- ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS- EMENDA CONSTITUCIONAL 18/98</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>TEXTO ORIGINAL- CF/88 TEXTO ATUAL – EMENDA CONSTITUCIONAL 18/98</p><p>Art. 42. São servidores militares federais os</p><p>integrantes das Forças Armadas e servidores</p><p>militares dos Estados, Territórios e Distrito Federal</p><p>os integrantes de suas polícias militares e de seus</p><p>corpos de bombeiros militares.</p><p>Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros</p><p>Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina,</p><p>são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.</p><p>Art. 142., § 3º Os membros das</p><p>Forças Armadas são denominados</p><p>militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei,</p><p>as seguintes disposições:</p><p>JURISPRUDÊNCIA- AGENTES PÚBLICOS</p><p>STF:</p><p>1) SÚMULA VINCULANTE 13</p><p>A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da</p><p>autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento,</p><p>para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e</p><p>indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste</p><p>mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 16</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>2) Súmula Vinculante 13 e Agente Político</p><p>STF- Rcl 6650- MC-Agr/PR</p><p>Relator: Ellen Gracie</p><p>”O Tribunal, por maioria, negou provimento a agravo regimental interposto contra decisão que deferira pedido de liminar em</p><p>reclamação, na qual se impugna, sob alegação de afronta à Sumula Vinculante 13, decisão proferida em ação popular que</p><p>suspendera o ato de nomeação do reclamante, irmão do Governador do Paraná, para o cargo de Secretário Estadual de</p><p>Transportes (Decreto estadual 3.3.48/2008). Entendeu-se irretocável a decisão recorrida. Reportando-se ao que decidido no</p><p>RE 579951/RN (DJE de 12.9.2008), asseverou-se que a nomeação de parentes para cargos políticos não implica ofensa aos</p><p>princípios que regem a Administração Pública, em face de sua natureza eminentemente política, e que, nos termos da</p><p>Súmula Vinculante 13, as nomeações para cargos políticos não estão compreendidas nas hipóteses nela elencadas. Dessa</p><p>forma, não seria possível submeter o caso do reclamante - nomeação para o cargo de Secretário Estadual de Transporte,</p><p>agente político - à vedação imposta pela referida Súmula Vinculante, por se tratar de cargo de natureza eminentemente</p><p>política. Por fim, no que se refere ao pedido formulado pelo agravante no sentido de se impedir o exercício pelo reclamante</p><p>do cargo de responsável pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina - APPA, autarquia estadual, considerou-se o</p><p>fato de não se estar a analisar o mérito da presente reclamação, devendo o julgamento ficar restrito apenas à aferição da</p><p>fumaça do bom direito. Vencido o Min. Marco Aurélio, que dava provimento ao recurso, ao fundamento de que não seria</p><p>possível empolgar o que decidido no RE 579951/RN para se ter base para a reclamação, por se tratar de processo subjetivo, e</p><p>porque o Verbete Vinculante 13 não versaria expressamente a possibilidade da nomeação verificada. Rcl 6650 MC-AgR/PR,</p><p>rel. Min. Ellen Gracie, 16.10.2008. (Rcl-6650)”</p><p>___________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________________________________</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=6650&classe=Rcl&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=6650&classe=Rcl&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 17</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Capítulo 2</p><p>ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA</p><p>2.1 A IDEIA DE CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO</p><p>O Estado exerce a função administrativa através das pessoas jurídicas (entidades políticas e entidades administrativas),</p><p>órgãos e agentes públicos. As formas de realização das função administrativa são centralização, descentralização,</p><p>concentração e desconcentração.</p><p>ANÁLISE DO FENÔMENO DA DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO</p><p>Na descentralização administrativa ocorre distribuição externa de competência. Um ente político (U, E, DF e M)</p><p>distribui externamente uma parcela de sua competência administrativa para um ente administrativo (A, FP, SEM e</p><p>EP).</p><p>ADMINISTRAÇÃO</p><p>PÚBLICA</p><p>DIRETA</p><p>INDIRETA</p><p>UNIÃO</p><p>INSS</p><p>FUNAI</p><p>BANCO DO BRASIL</p><p>CAIXA ECONOMICA FEDERAL</p><p>DESCENTRALIZAÇÃO:</p><p>U, E, D.F, M A, F.P, S.E.M, E.P</p><p>CENTRALIZAÇÃO</p><p>OCORRE A</p><p>CENTRALIZAÇÃO</p><p>QUANDO O ESTADO</p><p>EXECUTA SUAS</p><p>TAREFAS</p><p>DIRETAMENTE, PELAS</p><p>ENTIDADES POLÍTICAS</p><p>(U, E, DF E M), POR</p><p>MEIO DE SEUS ÓRGÃOS</p><p>E AGENTES. NESSA</p><p>FORMA DE REALIZAÇÃO</p><p>DA FUNÇÃO</p><p>ADMINISTRATIVA,</p><p>TEMOS A</p><p>ADMINISTRAÇÃO</p><p>DIRETA.</p><p>OCORRE</p><p>DESCENTRALIZAÇÃO</p><p>QUANDO O ESTADO</p><p>EXECUTA ALGUMAS DE</p><p>SUAS ATRIBUIÇÕES POR</p><p>MEIO DE OUTRAS</p><p>PESSOAS, QUE NÃO AS</p><p>PESSOAS DA ADMINIST.</p><p>DIRETA. É O QUE</p><p>OCORRE NA</p><p>INSTITUIÇÃO DAS</p><p>ENTIDADES</p><p>ADMINISTRATIVAS QUE</p><p>COMPÕEM A</p><p>ADMINISTRAÇÃO</p><p>INDIRETA.</p><p>DESCENTRALIZAÇÃO DESCONCENTRAÇÃO</p><p>OCORRE QUANDO</p><p>UMA DETERMINADA</p><p>PESSOA JURÍDICA</p><p>DISTRIBUI</p><p>COMPETÊNCIAS NO</p><p>ÂMBITO DE SUA</p><p>PRÓPRIA ESTRUTURA</p><p>A FIM DE TORNAR</p><p>MAIS ÁGIL E</p><p>EFICIENTE A FUNÇÃO</p><p>ADMINISTRATIVA.</p><p>CONCENTRAÇÃO</p><p>OCORRE QUANDO</p><p>UMA DETERMINADA</p><p>PESSOA JURÍDICA</p><p>INTEGRANTE DA</p><p>ADMISTRAÇÃO</p><p>PÚBLICA, EXTINGUE</p><p>ÓRGÃOS ANTES DA</p><p>SUA ESTRUTURA,</p><p>REUNINDO EM UM</p><p>NÚMERO MENOR DE</p><p>UNIDADES AS</p><p>RESPECTIVAS</p><p>COMPETÊNCIAS.</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 18</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>📢 ATENÇÃO:</p><p>De acordo com a Profa. Di Pietro, a descentralização relacionada à Administração Indireta é classificada com</p><p>descentratização técnica, funcional ou de serviços.</p><p>Mas temos outras formas de descentralização administrativa. Vejamos:</p><p>MODALIDADES DE DESCENTRALIZAÇÃO (SEGUNDO DI PIETRO):</p><p>• DESCENTRALIZAÇÃO POR TÉCNICA (FUNCIONAL OU SERVIÇOS)</p><p>• DESCENTRALIZAÇÃO POR COLABORAÇÃO (OU DELEGAÇÃO)</p><p>• DESCENTRALIZAÇÃO TERRITORIAL (OU GEOGRÁFICA)</p><p>- DESCENTRALIZAÇÃO POR SERVIÇOS (funcional ou técnica) - é a que se verifica quando o Poder Público (União, Estados, DF</p><p>ou Municípios) institui uma pessoa jurídica de direito público ou privado e a ela atribui a titularidade e a execução de</p><p>determinado serviço público. Estamos falando das entidades da Administração Indireta.</p><p>- DESCENTRALIZAÇÃO POR COLABORAÇÃO (ou delegação) - é a que se verifica quando, por meio de contrato ou ato, se</p><p>transfere a execução de determinado serviço público à pessoa (jurídica ou física), conservando a titularidade com o Poder</p><p>Público.</p><p>- DESCENTRALIZAÇÃO TERRITORIAL (ou geográfica)- é a que se verifica quando uma entidade local, geograficamente</p><p>delimitada, é dotada de pers. jurídica de direito público, com capacidade administrativa genérica.</p><p>Na desconcentração ocorre distribuição interna de competência. Uma entidade (pessoa jurídica) distribui internamente</p><p>competência administrativa dentro do próprio corpo, com a criação de órgãos.</p><p>DESCONCENTRAÇÃO:</p><p>Presidência da República</p><p>Ministério da</p><p>Fazenda</p><p>Ministério da Educação Ministério da</p><p>Saúde</p><p>Ministério da</p><p>Justiça</p><p>ADMINISTRAÇÃO</p><p>PÚBLICA DIRETA UNIÃO Poder Executivo</p><p>Presidência da República</p><p>Ministério da Justiça</p><p>Departamento da Polícia Federal</p><p>UNIÃO</p><p>Setor de Atendimento</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 19</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>2.2 ÓRGÃOS PÚBLICOS</p><p>2.2.1 CONCEITO</p><p>2.2.2 CARACTERÍSTICAS:</p><p>1) SÃO CRIADOS E EXTINTOS POR LEI</p><p>Órgãos são criados e extintos por lei. Quando falamos lei, estamos falando de lei em sentido formal (aquela que precisa</p><p>passar por um processo legislativo). Muito cuidado para não confundir com a análise de cargos públicos. Estes são criados</p><p>por lei, mas podem ser extintos por lei ou por decreto (quando vagos, conforme artigo 84, VI, b da CF). Decreto é ato</p><p>administrativo exclusivo do Chefe do Executivo.</p><p>CONCEITO DOUTRINÁRIO:</p><p>- São centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais,</p><p>através de seus agentes, cuja atuação é imputada a pessoa jurídica a que</p><p>pertence (Hely Lopes Meirelles).</p><p>- Pode-se definir o órgão público como uma unidade que congrega atribuições</p><p>exercidas pelos agentes públicos que o integram com o objetivo de expressar a</p><p>vontade do Estado ( Maria Sylva Zanella Di Pietro)</p><p>- Saõ círculos de atribuições, os feixes individuais de poderes funcionais repartidos</p><p>no interior da personalidade estatal e expressados através dos agentes neles</p><p>providos (Celso Antônio Bandeira de Mello)</p><p>- O compartimento da estrutura estatal a que são cometidas funções</p><p>determinadas, sendo integrado por agentes que, quando as executam,</p><p>manifestam a própria vontade do Estado ( José dos Santos Carvalho Filho)</p><p>CONCEITO LEGAL- LEI Nº 9.784/99</p><p>Art. 1o § 2o Para os fins desta Lei, consideram-se:</p><p>I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e</p><p>da estrutura da Administração indireta.</p><p>ÓRGÃO</p><p>PÚBLICO</p><p>Características:</p><p>-são criados e extintos por lei;</p><p>- não têm personalidade jurídica;</p><p>- são resultado da desconcentração;</p><p>- não possuem patrimônio próprio;</p><p>- expressam a vontade das entidades a que pertencem (União, Estado,</p><p>Município)- TEORIA DO ÓRGÃO OU DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA;</p><p>- não têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que</p><p>integram;</p><p>- alguns têm capacidade processual(ou personalidade judiciária) para</p><p>defesa em juízo de suas prerrogativas funcionais;</p><p>ÓRGÃO</p><p>PÚBLICO</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 20</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts.</p><p>49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:</p><p>X – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84,</p><p>VI, b; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>Art. 61, § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:</p><p>II- disponham sobre:</p><p>a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;</p><p>e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI;</p><p>Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:</p><p>VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou</p><p>extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública. (Redação dada pela</p><p>Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>2) NÃO TÊM PERSONALIDADE JURÍDICA</p><p>Órgãos não são pessoas jurídicas, com direitos e obrigações. Órgãos são compartimentos dentro das pessoas.</p><p>LEI Nº 9.784/99</p><p>Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e</p><p>indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da</p><p>Administração.</p><p>§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se:</p><p>I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta;</p><p>II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;</p><p>III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.</p><p>📢 Não esqueça que alguns órgãos têm CNPJ e que isso não está relacionado à personalidade jurídica.</p><p>De acordo com a professora Fernanda Marinela, "(…) apesar de não possuírem personalidade jurídica, os órgãos públicos que</p><p>recebem recursos públicos têm CNPJ. A Receita Federal cria os CNPJs devido a preocupação com a fiscalização do fluxo de</p><p>dinheiro público."</p><p>"Os órgãos públicos de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, desde que se</p><p>constituam em UNIDADES GESTORAS DE ORÇAMENTO, devem fazer seu cadastro no CNPJ. Isso se dá não só pela</p><p>preocupação com a necessidade da transparência da administração de recursos públicos como também de se fazer um</p><p>melhor controle no tocante</p><p>à responsabilidade dos gestores pela administração orçamentária."</p><p>3) SÃO RESULTADO DA DESCONCENTRAÇÃO</p><p>Na desconcentração ocorre distribuição interna de competência. Uma entidade (pessoa jurídica) distribui internametne</p><p>competência administrativa dentro do próprio corpo, com a criação de órgãos.</p><p>Lembre-se que essa distribuição interna traz a característica da hierarquia e que ela tb pode acontecer em razão da matéria,</p><p>territorial etc.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 21</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>4) NÃO POSSUEM PATRIMÔNIO PRÓPRIO</p><p>O patrimônio não é do órgão, o patrimônio é da entidade.</p><p>5) EXPRESSAM A VONTADE DAS ENTIDADES A QUE PERTENCEM (UNIÃO, ESTADO, DF OU MUNICÍPIO) - TEORIA</p><p>DO ÓRGÃO OU DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA</p><p>Teoria adotada pelo direito brasileiro. Criada pelo alemão Otto Gierke, para essa teoria a atuação do agente público, que está</p><p>no órgão, é imputada à pessoa juridica (Estado). Essa teoria serve de fundamento para a responsabilidade civil objetiva do</p><p>Estado, prevista no artigo 37, §6º da CF. Antes dela, tivemos duas teorias (teoria do mandato e teoria da representação), que</p><p>não foram aceitas.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 37, § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão</p><p>pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável</p><p>nos casos de dolo ou culpa.</p><p>6) NÃO TÊM CAPACIDADE PARA REPRESENTAR EM JUÍZO A PESSOA JURÍDICA QUE INTEGRAM</p><p>Regra geral os órgãos não têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que integram, SALVO aqueles órgãos</p><p>que foram criados para terem essa capacidade de representação, a exemplo da AGU (Advocacia Geral da União), que</p><p>representa a União judicial e extrajudicialmente, a PGE (Procuradoria Geral do Estado), que faz a representação judicial e</p><p>extrajudicial dos Estados e a PGM (Procuradoria Geral do Município), que tem a mesma função nos Muncípios (onde foram</p><p>criados). Essa análise faz com que os outros órgãos não tenham essa capacidade de representação judicial, via de regra.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a</p><p>União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e</p><p>funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.</p><p>§ 1º - A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da</p><p>República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada.</p><p>§ 2º - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á mediante concurso</p><p>público de provas e títulos.</p><p>§ 3º - Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da</p><p>Fazenda Nacional, observado o disposto em lei.</p><p>Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de</p><p>concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases,</p><p>exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas. (Redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art17</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art17</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 22</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício,</p><p>mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias. (Redação</p><p>dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>7) ALGUNS TÊM CAPACIDADE PROCESSUAL (OU PERSONALIDADE JUDICIÁRIA) PARA DEFESA EM JUÍZO DE SUAS</p><p>PRERROGATIVAS FUNCIONAIS</p><p>Ter personalidade judiciaria é ter capacidade para estar em juízo (ação judicial). Segundo a doutrina majoritaria e a</p><p>jurispridencia majoritária, os órgãos independentes, apesar de não terem personalidade jurídica, têm personalidade</p><p>judiciária (capacidade para estar em juízo) em defesa de suas prerrogativas funcionais. Perceba que aqui eles não estão</p><p>representando em juízo o ente que integram, eles estão em juízo em defessa de suas prerrogativas institucionais. O STF</p><p>também tem entendido que o órgãos autônomos também têm essa capacidade.</p><p>LEI Nº 8. 078/90</p><p>Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de</p><p>21.3.1995)</p><p>III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica,</p><p>especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código;</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>STJ- SÚMULA nº 525</p><p>A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar</p><p>em juízo para defender os seus direitos institucionais.</p><p>2.2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS</p><p>1) SEGUNDO HELY LOPES MEIRELLES:</p><p>ORGÃOS</p><p>(classificação)</p><p>Quanto</p><p>à posição</p><p>Estatal</p><p>Quanto</p><p>à Estrutura</p><p>Quanto</p><p>à Atuação</p><p>Funcional</p><p>In</p><p>d</p><p>ep</p><p>en</p><p>d</p><p>en</p><p>te</p><p>s</p><p>A</p><p>u</p><p>tô</p><p>n</p><p>o</p><p>m</p><p>o</p><p>s</p><p>S</p><p>u</p><p>p</p><p>er</p><p>io</p><p>re</p><p>s</p><p>S</p><p>u</p><p>b</p><p>al</p><p>te</p><p>rn</p><p>o</p><p>s</p><p>S</p><p>im</p><p>p</p><p>le</p><p>s</p><p>C</p><p>o</p><p>m</p><p>p</p><p>o</p><p>st</p><p>o</p><p>S</p><p>in</p><p>g</p><p>u</p><p>la</p><p>r</p><p>C</p><p>o</p><p>le</p><p>g</p><p>ia</p><p>d</p><p>o</p><p>Presidência</p><p>Senado</p><p>STF</p><p>Ministérios</p><p>Secretarias</p><p>Gabinetes</p><p>Sec. Gerais</p><p>Protocolo</p><p>Portaria</p><p>Portaria Sec. de</p><p>Educação</p><p>Presidência</p><p>da República</p><p>Câmara dos</p><p>Deputados</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art17</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art17</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9008.htm#art7</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9008.htm#art7</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS</p><p>| Apostila – Profa. Lidiane Coutinho</p><p>CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 23</p><p>O.S.: 101/5/24-Gil</p><p>2) SEGUNDO MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO:</p><p>CLASSIFICAÇÃO DE ÓRGAOS</p><p>SEGUNDO HELY LOPES E SEGUNDO DI PIETRO</p><p>1) DE ACORDO COM À POSIÇÃO ESTATAL:</p><p>1.1- ÓRGÃOS INDEPENDENTES: “são os originários da Constituição e representativos dos três poderes de Estado, sem qualquer</p><p>subordinação hierárquica ou funcional; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica”. Exemplos: Presidência</p><p>da República, Senado, Câmara dos Deputados, Tribunais Superiores etc .</p><p>1.2- ÓRGÃOS AUTÔNOMOS: “são os localizados na cúpula da Administração, subordinados diretamente à chefia dos órgãos</p><p>independentes; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica e participam das decisões governamentais”. Ex.:</p><p>Ministérios, AGU, Secretarias de Estado e Município etc.</p><p>1.3- ÓRGÃOS SUPERIORES: “são órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à subordinação e ao controle</p><p>hierárquico de uma chefia; não gozam de autonomia administrativa nem financeira”.</p>