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<p>UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA</p><p>NOME DO CURSO</p><p>A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA PARA IDOSOS</p><p>2024</p><p>lOMoARcPSD|30508231</p><p>UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA</p><p>NOME DO CURSO</p><p>A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA PARA IDOSOS</p><p>Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, apresentado a UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA da cidade tal, como exigência parcial à obtenção do título de Bacharel/Tecnólogo em Nome do Curso.</p><p>Orientador(a): Titulação Nome e Sobrenome</p><p>2024</p><p>lOMoARcPSD|30508231</p><p>2</p><p>RESUMO</p><p>Este estudo explorou a importância da prática de atividade física na terceira idade, destacando seus benefícios fisiológicos, psicológicos e os desafios enfrentados pelos idosos na adesão a programas de exercícios. Através de uma revisão bibliográfica abrangente, foram analisadas as principais barreiras, como o medo de quedas, falta de motivação e acesso limitado a programas de exercícios adaptados, além dos facilitadores, incluindo apoio social e orientação profissional. A discussão enfatizou o impacto positivo da atividade física na prevenção da sarcopenia, melhora da saúde mental e manutenção da funcionalidade dos idosos. Também foi abordada a importância das políticas públicas e intervenções comunitárias na promoção de um ambiente propício à prática de exercícios, destacando a necessidade de criar espaços acessíveis e oferecer programas que atendam às necessidades específicas dos idosos. Concluiu-se que a atividade física é essencial para o envelhecimento saudável e que é necessário um esforço conjunto de políticas públicas, profissionais de saúde e comunidades para superar as barreiras e promover a adesão dos idosos a essa prática. A pesquisa reforça a urgência de se adotar medidas que incentivem a prática regular de exercícios físicos entre os idosos, visando melhorar sua qualidade de vida e garantir um envelhecimento digno, com maior autonomia e satisfação pessoal.</p><p>lOMoARcPSD|30508231</p><p>Palavras-chave: Atividade. Envelhecimento. Saudável.</p><p>ABSTRACT</p><p>This study explored the importance of physical activity in the elderly, highlighting its physiological and psychological benefits and the challenges faced by older adults in adhering to exercise programs. Through a comprehensive literature review, the main barriers such as fear of falls, lack of motivation, and limited access to adapted exercise programs were analyzed, along with facilitators including social support and professional guidance. The discussion emphasized the positive impact of physical activity on preventing sarcopenia, improving mental health, and maintaining functionality in the elderly. The importance of public policies and community interventions in promoting an environment conducive to exercise was also addressed, highlighting the need to create accessible spaces and offer programs that meet the specific needs of older adults. It was concluded that physical activity is essential for healthy aging and that a joint effort of public policies, health professionals, and communities is necessary to overcome barriers and promote adherence to this practice among the elderly. The research reinforces the urgency of adopting measures that encourage regular physical activity among the elderly, aiming to improve their quality of life and ensure dignified aging with greater autonomy and personal satisfaction.</p><p>Keywords: activity. Aging. Healthy.</p><p>SUMÁRIO</p><p>1 INTRODUÇÃO 6</p><p>2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 9</p><p>3 METODOLOGIA 20</p><p>4 ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO 21</p><p>5 CONSIDERAÇAÕ FINAL 23</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>A prática de atividade física é amplamente reconhecida como um fator essencial para a manutenção da saúde e do bem-estar, especialmente entre os idosos. Com o envelhecimento da população, o interesse na promoção de um estilo de vida ativo para a terceira idade tem crescido substancialmente, dada a sua importância na prevenção de doenças crônicas, melhoria da qualidade de vida e promoção da longevidade saudável. Estudos demonstram que a atividade física regular pode minimizar os efeitos do envelhecimento, incluindo a perda de massa muscular e óssea, além de contribuir para a saúde mental, reduzindo sintomas de ansiedade e depressão (BECK et al., 2011).</p><p>A sarcopenia, caracterizada pela perda progressiva de massa muscular e força, é uma das principais preocupações relacionadas ao envelhecimento, tendo impacto direto na funcionalidade e independência dos idosos. A prática regular de exercícios físicos, especialmente aqueles que envolvem resistência e força, tem sido apontada como uma intervenção eficaz para combater a sarcopenia. Segundo Cruz-Jentoft et al. (2019), a definição e diagnóstico da sarcopenia foram revisados recentemente para enfatizar a importância da atividade física na prevenção e tratamento dessa condição, destacando a relevância de intervenções precoces para preservar a mobilidade e a qualidade de vida.</p><p>Além dos benefícios físicos, a atividade física exerce um papel crucial na saúde mental dos idosos. Há evidências que sugerem que a prática regular de exercícios está associada a uma menor incidência de depressão e ansiedade nessa faixa etária. Estudos como o de Teixeira et al. (2016) revelam que a atividade física está correlacionada com a melhoria da autoestima e a redução de sintomas depressivos em idosos. Essa relação pode ser explicada pela liberação de endorfinas durante a prática de exercícios, que atuam como neurotransmissores, promovendo sensações de bem-estar e felicidade.</p><p>No contexto brasileiro, o incentivo à prática de atividades físicas entre os idosos é particularmente relevante devido ao aumento da expectativa de vida e ao crescimento da população idosa. Políticas públicas têm sido implementadas para promover a saúde e o bem-estar dessa população, como a criação de espaços públicos voltados para a prática de atividades físicas, conforme destacado por Aguiar et al. (2019). Esses espaços não apenas oferecem oportunidades para o exercício físico, mas também para a socialização, o que é fundamental para a manutenção da saúde mental e emocional dos idosos.</p><p>No entanto, apesar dos benefícios amplamente reconhecidos, a adesão dos idosos à prática de atividades físicas ainda enfrenta diversas barreiras. Fatores como o medo de quedas, falta de motivação, e condições de saúde preexistentes podem dificultar a participação regular em programas de exercícios. Segundo Socoloski et al. (2021), uma revisão de escopo sobre as barreiras à prática de atividade física em idosos no Brasil identificou que, além dos fatores físicos, questões psicológicas e sociais também desempenham um papel significativo na decisão dos idosos de aderir ou não a um programa de exercícios. Esse contexto evidencia a necessidade de estratégias de intervenção que considerem esses múltiplos fatores para aumentar a participação dos idosos em atividades físicas.</p><p>A problemática central neste cenário reside na dificuldade de implementar práticas sustentáveis de atividade física entre os idosos, que possam ser mantidas ao longo do tempo e que realmente impactem positivamente na saúde e qualidade de vida desta população. A falta de continuidade na prática de exercícios, muitas vezes causada por desmotivação ou falta de apoio adequado, resulta em benefícios temporários que se perdem com o tempo, exacerbando problemas de saúde e diminuindo a qualidade de vida dos idosos.</p><p>A justificativa para o estudo da importância da atividade física para os idosos está fundamentada na necessidade urgente de soluções que permitam um envelhecimento saudável, considerando o crescimento exponencial da população idosa no Brasil. É imperativo que estratégias sejam desenvolvidas para superar as barreiras existentes e garantir que os benefícios da atividade física sejam acessíveis a todos os idosos, independentemente de suas limitações físicas ou psicológicas. Esse foco é particularmente relevante em um contexto de crescente urbanização, onde a acessibilidade a espaços adequados para a prática de exercícios pode ser limitada.</p><p>Para</p><p>a realização deste estudo, foi adotada uma metodologia de revisão bibliográfica, analisando fontes diversas, como artigos científicos, livros, dissertações e revistas especializadas, que abordam a relação entre atividade física e saúde em idosos. A revisão inclui a análise de estudos que discutem os benefícios da atividade física para a prevenção de doenças, manutenção da saúde mental e qualidade de vida, bem como as principais barreiras enfrentadas pelos idosos na prática de exercícios. A seleção de fontes buscou abranger diferentes perspectivas e contextos, com o objetivo de fornecer uma visão abrangente sobre o tema.</p><p>Os objetivos deste estudo são, portanto, explorar a importância da atividade física na promoção de um envelhecimento saudável, identificar as principais barreiras enfrentadas pelos idosos para a prática de exercícios e propor estratégias para aumentar a adesão dos idosos a programas de atividade física. Espera-se que as conclusões deste trabalho possam contribuir para a formulação de políticas públicas mais eficazes e para o desenvolvimento de programas de intervenção que levem em conta as necessidades e limitações específicas dos idosos, promovendo um envelhecimento ativo e saudável.</p><p>2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA</p><p>2.1 Benefícios Fisiológicos da Atividade Física em Idosos</p><p>A prática regular de atividade física é amplamente reconhecida como um dos principais pilares para a manutenção da saúde e qualidade de vida na terceira idade. Estudos científicos têm demonstrado que a atividade física pode proporcionar diversos benefícios fisiológicos para os idosos, auxiliando na prevenção de doenças crônicas, manutenção da funcionalidade e promoção da longevidade. O envelhecimento natural do corpo humano está associado a uma série de mudanças fisiológicas que podem comprometer a saúde e o bem-estar dos idosos, incluindo a redução da capacidade cardiorrespiratória, diminuição da densidade óssea, perda de massa muscular e aumento da adiposidade. No entanto, a prática regular de exercícios físicos pode retardar esses processos, contribuindo significativamente para a preservação da saúde física dos idosos.</p><p>Um dos principais benefícios fisiológicos da atividade física para os idosos é a melhoria da capacidade cardiorrespiratória. A prática regular de exercícios aeróbicos, como caminhada, natação e ciclismo, pode aumentar a eficiência do sistema cardiovascular, reduzindo o risco de doenças cardíacas e hipertensão. Estudos indicam que idosos fisicamente ativos apresentam uma melhor capacidade de transporte de oxigênio e um menor risco de desenvolver doenças cardiovasculares em comparação com aqueles que são sedentários (LATORRE-ROMÁN et al., 2018). Além disso, a atividade física regular também está associada à redução dos níveis de colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade) e ao aumento dos níveis de colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade), contribuindo para a saúde do sistema cardiovascular (GORAYEB et al., 2019).</p><p>Outro benefício importante é a manutenção da densidade óssea e a prevenção da osteoporose. Com o envelhecimento, é comum a perda de massa óssea, o que aumenta o risco de fraturas e quedas. A prática de exercícios de resistência, como musculação e treinamento com pesos, tem mostrado ser eficaz na manutenção e até mesmo no aumento da densidade óssea em idosos. Um estudo conduzido por Cadore et al. (2023) demonstrou que intervenções de curto prazo com exercícios multicomponentes podem melhorar significativamente a força muscular e a densidade óssea em pacientes idosos hospitalizados, reduzindo o risco de complicações associadas à fragilidade óssea. Dessa forma, a atividade física pode atuar como uma estratégia preventiva contra a osteoporose, proporcionando maior segurança e autonomia para os idosos.</p><p>Além da saúde óssea, a prática regular de atividade física também contribui para a manutenção e aumento da massa muscular, um fator crucial para a independência funcional dos idosos. A perda de massa muscular, ou sarcopenia, é uma condição comum em pessoas idosas e está associada à redução da mobilidade, maior risco de quedas e perda de independência. Exercícios de resistência, como o treinamento de força, são eficazes na prevenção e tratamento da sarcopenia. Estudos sugerem que a prática regular de exercícios de força pode não apenas prevenir a perda de massa muscular, mas também promover o aumento da força e potência muscular, essenciais para a realização de atividades diárias e a manutenção da qualidade de vida (HURST et al., 2022).</p><p>A atividade física também desempenha um papel fundamental na regulação do metabolismo e na prevenção de doenças crônicas, como diabetes tipo 2 e obesidade. Idosos que praticam atividades físicas regularmente têm uma melhor regulação da glicose no sangue, o que contribui para a prevenção e controle do diabetes. Exercícios aeróbicos e de resistência, combinados com uma alimentação equilibrada, podem melhorar a sensibilidade à insulina e ajudar na manutenção de um peso corporal saudável (MISIĄG et al., 2022). Dessa forma, a atividade física atua como um fator protetor contra uma série de condições metabólicas que podem comprometer a saúde dos idosos.</p><p>A prática regular de exercícios também está associada à melhoria da função imunológica em idosos. Com o envelhecimento, o sistema imunológico tende a se tornar menos eficiente, aumentando a suscetibilidade a infecções e doenças. No entanto, estudos indicam que a atividade física moderada pode fortalecer o sistema imunológico, aumentando a produção de anticorpos e células imunológicas. Isso é particularmente importante para os idosos, pois um sistema imunológico fortalecido pode reduzir a incidência de infecções respiratórias e outras doenças (FORBES et al., 2020).</p><p>Por fim, é importante destacar o impacto positivo da atividade física na longevidade dos idosos. Pesquisas têm demonstrado que idosos fisicamente ativos tendem a viver mais e com maior qualidade de vida em comparação com aqueles que são sedentários. A prática regular de exercícios está associada à redução da mortalidade por todas as causas, incluindo doenças cardiovasculares, câncer e doenças respiratórias (BULL; AL-ANSARI et al., 2020). Além disso, a atividade física contribui para a manutenção da independência funcional e da capacidade de realizar atividades diárias, fatores essenciais para a qualidade de vida na terceira idade.</p><p>2.2 Impacto da Atividade Física na Saúde Mental dos Idosos</p><p>A prática de atividade física exerce um impacto significativo na saúde mental dos idosos, contribuindo para a prevenção e controle de diversos transtornos psicológicos que afetam essa população. O envelhecimento é frequentemente acompanhado por mudanças que podem gerar sentimentos de isolamento, solidão e perda de propósito, fatores que aumentam o risco de desenvolvimento de depressão, ansiedade e outros distúrbios mentais. No entanto, a atividade física regular tem sido amplamente reconhecida como uma estratégia eficaz para melhorar a saúde mental dos idosos, proporcionando benefícios que vão além dos aspectos físicos.</p><p>Estudos têm demonstrado que a prática de exercícios físicos está associada a uma menor prevalência de sintomas depressivos em idosos. A depressão, uma condição comum na terceira idade, pode ser atenuada pela liberação de endorfinas durante a atividade física, substâncias químicas no cérebro que atuam como neurotransmissores, promovendo uma sensação de bem-estar e aliviando o estresse. De acordo com Hirayama (2006), a atividade física regular pode melhorar significativamente o humor dos idosos, reduzindo os sintomas de depressão e melhorando a qualidade de vida. Além disso, a prática de exercícios também tem sido associada ao aumento da autoestima e da autoconfiança, fatores importantes para a manutenção da saúde mental na terceira idade.</p><p>Outro aspecto relevante é a redução da ansiedade, uma condição que pode ser exacerbada pelo isolamento social e pela diminuição da capacidade física em idosos. A atividade física, especialmente exercícios</p><p>aeróbicos como caminhada e natação, tem mostrado ser eficaz na redução dos níveis de ansiedade, promovendo uma sensação de relaxamento e calma. Segundo um estudo conduzido por Hosseini et al. (2018), idosos que participaram de um programa regular de Tai Chi Chuan apresentaram uma redução significativa nos níveis de ansiedade, além de uma melhoria no equilíbrio e na confiança em realizar atividades diárias. Esses achados sugerem que a atividade física não apenas melhora a saúde mental, mas também contribui para a manutenção da independência e funcionalidade dos idosos.</p><p>Além da redução da ansiedade e da depressão, a atividade física regular está associada à melhoria da função cognitiva em idosos. Com o avanço da idade, é comum o declínio das funções cognitivas, o que pode levar ao desenvolvimento de demências, como a doença de Alzheimer. No entanto, estudos indicam que a atividade física pode retardar o declínio cognitivo, preservando habilidades como a memória, a atenção e a capacidade de planejamento. Um estudo realizado por Sherrington et al. (2017) evidenciou que a prática regular de exercícios físicos está associada a um menor risco de declínio cognitivo em idosos, contribuindo para a manutenção da independência e da qualidade de vida.</p><p>A prática de atividade física também tem um impacto positivo na qualidade do sono dos idosos, um fator crucial para a saúde mental. O envelhecimento está frequentemente associado a distúrbios do sono, como insônia e sono fragmentado, que podem agravar problemas de saúde mental. No entanto, a atividade física regular, especialmente durante o dia, pode melhorar a qualidade do sono, promovendo um ciclo de sono mais regular e restaurador. Estudos sugerem que idosos que praticam exercícios físicos regularmente tendem a ter menos problemas de sono e uma maior satisfação com a qualidade do sono, o que, por sua vez, contribui para a melhoria da saúde mental (CRUZ et al., 2018).</p><p>Outro benefício importante da atividade física para a saúde mental dos idosos é a promoção da socialização e do senso de pertencimento. A participação em atividades físicas em grupo, como aulas de ginástica, dança ou caminhadas em grupo, oferece aos idosos a oportunidade de interagir com outras pessoas, fortalecer laços sociais e combater a solidão, um fator de risco significativo para a depressão e a ansiedade. De acordo com Kretschmer e Dumith (2020), a prática de atividades físicas em ambientes sociais pode melhorar o humor e o bem-estar emocional dos idosos, ao proporcionar um ambiente de apoio e encorajamento mútuo.</p><p>Em termos gerais, a atividade física oferece uma abordagem não farmacológica eficaz para a promoção da saúde mental dos idosos, com benefícios que abrangem desde a melhoria do humor e da autoestima até a prevenção de distúrbios cognitivos e a promoção de um sono de qualidade. A incorporação de exercícios físicos regulares na rotina dos idosos pode ser uma estratégia poderosa para prevenir o isolamento social, reduzir a ansiedade e a depressão e promover um envelhecimento saudável e ativo.</p><p>2.3 Sarcopenia e a Importância dos Exercícios Resistidos</p><p>A sarcopenia é uma condição caracterizada pela perda progressiva de massa muscular e força, que ocorre com o envelhecimento e está associada a um aumento significativo do risco de quedas, fragilidade e perda de independência funcional entre os idosos. Essa condição é um dos principais desafios para a saúde pública no contexto do envelhecimento populacional, uma vez que afeta negativamente a qualidade de vida dos idosos, tornando-os mais vulneráveis a doenças e incapacidades. A prática de exercícios resistidos, ou de força, tem se mostrado uma das intervenções mais eficazes na prevenção e tratamento da sarcopenia, contribuindo para a manutenção da massa muscular, força e funcionalidade dos idosos.</p><p>A etiologia da sarcopenia é multifatorial, envolvendo fatores como a diminuição da atividade física, alterações hormonais, inflamação crônica e resistência à insulina. Esses fatores contribuem para a perda de massa muscular, que pode começar a se manifestar a partir dos 30 anos de idade e se acentua com o avanço da idade. Estudos indicam que, a partir dos 50 anos, a perda de massa muscular ocorre a uma taxa de 1% a 2% ao ano, enquanto a perda de força pode chegar a 3% ao ano (LATORRE-ROMÁN et al., 2018). Diante desse cenário, a intervenção precoce por meio de exercícios resistidos se torna essencial para mitigar os efeitos da sarcopenia.</p><p>Os exercícios resistidos, também conhecidos como treinamento de força, são atividades que envolvem o uso de resistência para a contração muscular, o que promove o aumento da massa e força muscular. Esse tipo de exercício pode incluir o uso de pesos livres, máquinas de musculação, faixas elásticas e o peso corporal. A literatura científica tem demonstrado que o treinamento de força é altamente eficaz na prevenção e reversão da perda de massa muscular em idosos, independentemente da idade ou do nível de aptidão física (CADORE et al., 2023). Estudos mostram que idosos que realizam exercícios resistidos regularmente podem experimentar ganhos significativos na força muscular, o que está diretamente relacionado à melhoria da funcionalidade e à redução do risco de quedas.</p><p>Além do aumento da massa e força muscular, os exercícios resistidos também têm benefícios metabólicos importantes para os idosos. A prática regular desses exercícios pode melhorar a sensibilidade à insulina, reduzir os níveis de gordura corporal e aumentar o metabolismo basal, fatores que contribuem para a prevenção de doenças crônicas, como o diabetes tipo 2 e a obesidade. Um estudo realizado por Misiąg et al. (2022) destacou que o treinamento de força não apenas melhora a composição corporal, mas também desempenha um papel crucial na modulação da inflamação crônica de baixo grau, que está associada ao envelhecimento e a diversas doenças crônicas. Esses benefícios metabólicos são fundamentais para a promoção da saúde e longevidade dos idosos.</p><p>A importância dos exercícios resistidos no tratamento da sarcopenia também se reflete na melhoria da capacidade funcional dos idosos, que inclui a capacidade de realizar atividades diárias, como levantar de uma cadeira, subir escadas e carregar objetos. A manutenção e melhoria da capacidade funcional são essenciais para garantir a independência dos idosos e reduzir a necessidade de cuidados de longo prazo. Segundo Hurst et al. (2022), o treinamento de força é eficaz na melhoria da performance física em idosos, contribuindo para a manutenção da independência e qualidade de vida. Esse impacto positivo na funcionalidade dos idosos ressalta a importância de incluir o treinamento de força como parte integrante dos programas de atividade física voltados para essa população.</p><p>Outro aspecto relevante dos exercícios resistidos é o seu impacto na saúde óssea dos idosos. A prática regular desses exercícios está associada ao aumento da densidade mineral óssea, o que contribui para a prevenção da osteoporose, uma condição comum entre idosos que aumenta o risco de fraturas. A melhora na saúde óssea é particularmente importante para as mulheres pós-menopáusicas, que estão em maior risco de desenvolver osteoporose devido à diminuição dos níveis de estrogênio. Estudos como o de Gorayeb et al. (2019) indicam que o treinamento de força, quando combinado com uma dieta adequada em cálcio e vitamina D, pode ser uma estratégia eficaz para melhorar a saúde óssea e reduzir o risco de fraturas em idosos.</p><p>Em termos práticos, os exercícios resistidos devem ser adaptados às necessidades e limitações individuais dos idosos, levando em consideração fatores como a condição física atual, histórico de saúde e objetivos específicos. A orientação profissional é crucial para garantir que os exercícios sejam realizados de forma segura e eficaz, minimizando o risco de lesões. É recomendado que os programas de treinamento de força para idosos incluam exercícios que envolvam os principais grupos musculares, com uma progressão gradual na intensidade e</p><p>volume dos exercícios. Além disso, a consistência na prática dos exercícios é fundamental para alcançar os benefícios desejados, sendo recomendado que os idosos pratiquem exercícios resistidos pelo menos duas a três vezes por semana (SHERRINGTON et al., 2017).</p><p>2.4 Barreiras e Facilitadores para a Prática de Atividade Física entre Idosos</p><p>A prática de atividade física entre idosos é amplamente reconhecida por seus benefícios à saúde física e mental. No entanto, a adesão a programas de exercícios por essa população ainda enfrenta diversas barreiras, enquanto alguns facilitadores podem ajudar a aumentar a participação dos idosos em atividades físicas regulares. Compreender esses fatores é essencial para desenvolver estratégias eficazes que incentivem a prática de exercícios entre os idosos, promovendo um envelhecimento saudável e ativo.</p><p>Uma das principais barreiras para a prática de atividade física entre os idosos é o medo de quedas e lesões. O envelhecimento está associado a uma diminuição da força muscular, equilíbrio e coordenação motora, o que aumenta a preocupação com a segurança durante a realização de exercícios físicos. Muitos idosos temem que a prática de atividades físicas possa resultar em quedas ou agravar condições de saúde preexistentes, o que os leva a evitar exercícios regulares. Segundo Oliveira et al. (2017), esse medo é um dos principais fatores que limitam a adesão dos idosos a programas de atividade física, especialmente entre aqueles que já sofreram quedas anteriormente ou possuem limitações físicas significativas.</p><p>Além do medo de quedas, a falta de motivação e interesse também são barreiras comuns entre os idosos. A percepção de que a atividade física não é uma prioridade ou que os benefícios não justificam o esforço pode levar ao desengajamento. Muitos idosos acreditam que a prática de exercícios físicos é mais apropriada para pessoas mais jovens ou que já possuem um nível elevado de aptidão física. Lopes et al. (2016) destacam que a falta de conhecimento sobre os benefícios específicos da atividade física para a saúde na terceira idade contribui para essa percepção, resultando em baixa adesão a programas de exercícios. A educação e conscientização sobre os benefícios da atividade física, portanto, desempenham um papel crucial na motivação dos idosos.</p><p>Outro obstáculo significativo é a falta de acessibilidade a instalações e programas de exercícios físicos adaptados às necessidades dos idosos. Muitas vezes, os idosos enfrentam dificuldades em encontrar programas de exercícios que considerem suas limitações físicas e ofereçam suporte adequado. A falta de espaços públicos seguros e apropriados para a prática de exercícios, como parques e centros comunitários, também limita a participação dos idosos. De acordo com Socoloski et al. (2021), a carência de políticas públicas que incentivem a criação de espaços e programas acessíveis para a prática de atividade física por idosos é uma barreira importante que precisa ser abordada para promover a atividade física nessa população.</p><p>Por outro lado, existem facilitadores que podem aumentar a adesão dos idosos à prática de atividades físicas. Um dos principais facilitadores é o apoio social, seja de familiares, amigos ou profissionais de saúde. O incentivo e o suporte de pessoas próximas podem aumentar a confiança dos idosos em participar de programas de exercícios e ajudar a superar barreiras psicológicas, como o medo de quedas. Estudos indicam que idosos que recebem apoio de familiares ou participam de grupos de exercícios em que se sentem acolhidos são mais propensos a manter a prática de atividade física regularmente (CAVALLI et al., 2020). O apoio social, portanto, é um elemento chave para o sucesso dos programas de atividade física voltados para idosos.</p><p>A presença de profissionais capacitados para orientar e supervisionar a prática de exercícios físicos também é um facilitador importante. Profissionais de educação física, fisioterapeutas e outros especialistas em saúde podem desenvolver programas de exercícios personalizados, que atendam às necessidades específicas dos idosos e ofereçam um ambiente seguro e estimulante. A orientação adequada reduz o risco de lesões e aumenta a confiança dos idosos em suas habilidades para realizar atividades físicas. Segundo Kretschmer e Dumith (2020), a presença de profissionais qualificados é um fator crucial para garantir que os programas de atividade física sejam eficazes e seguros, incentivando a participação contínua dos idosos.</p><p>Outro facilitador relevante é a adaptação dos programas de exercícios físicos às preferências e limitações individuais dos idosos. Programas que oferecem uma variedade de atividades, como caminhada, dança, natação e exercícios de alongamento, permitem que os idosos escolham atividades que consideram agradáveis e adequadas ao seu nível de condicionamento físico. A personalização dos programas de exercícios, levando em conta as condições de saúde e os interesses dos idosos, é essencial para aumentar a adesão e garantir que a prática de atividade física seja uma experiência positiva e gratificante (HIRAYAMA, 2006).</p><p>Finalmente, a criação de ambientes seguros e acessíveis para a prática de atividades físicas também é um facilitador importante. Espaços públicos bem planejados, com infraestrutura adequada e que ofereçam segurança, podem estimular os idosos a praticar exercícios físicos com mais frequência. Iniciativas como a construção de parques adaptados, academias ao ar livre e a implementação de programas comunitários de atividade física podem proporcionar aos idosos as condições necessárias para a prática regular de exercícios. A criação desses ambientes é essencial para promover a inclusão dos idosos em atividades físicas e garantir que eles possam se beneficiar dos impactos positivos na saúde e bem-estar (GIEHL et al., 2012).</p><p>2.5 Políticas Públicas e Intervenções para Promoção da Atividade Física na Terceira Idade</p><p>As políticas públicas e intervenções para a promoção da atividade física na terceira idade são cruciais para enfrentar os desafios do envelhecimento populacional e garantir um envelhecimento saudável e ativo. Com o aumento da expectativa de vida, cresce também a demanda por políticas que possam promover a saúde e o bem-estar dos idosos, prevenindo doenças crônicas e melhorando a qualidade de vida. Diversas iniciativas têm sido implementadas em nível nacional e internacional para incentivar a prática de atividade física entre os idosos, reconhecendo a importância dessa prática para a manutenção da funcionalidade e independência na terceira idade.</p><p>No Brasil, a promoção da atividade física entre os idosos tem sido abordada em diferentes políticas públicas de saúde. O Sistema Único de Saúde (SUS) desempenha um papel central nesse processo, ao promover programas de atividade física gratuitos e acessíveis para a população idosa em centros de saúde, unidades básicas e espaços públicos. Iniciativas como o Programa Academia da Saúde, lançado pelo Ministério da Saúde, visam criar espaços públicos adequados para a prática de atividades físicas, oferecendo orientação profissional e atividades diversificadas que atendem às necessidades específicas dos idosos (CRUZ; BERNAL; CLARO, 2018). Esse tipo de iniciativa é fundamental para a inclusão dos idosos em programas de atividade física, especialmente aqueles que enfrentam barreiras econômicas e sociais.</p><p>Além das iniciativas nacionais, também há diretrizes internacionais que incentivam a promoção da atividade física na terceira idade. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, estabeleceu recomendações específicas para a prática de atividade física em idosos, destacando a importância de, pelo menos, 150 minutos de atividade física moderada por semana, combinada com exercícios de fortalecimento muscular em dois ou mais dias na semana. Essas diretrizes têm sido adotadas como referência por diversos países, incluindo o Brasil, para o desenvolvimento de políticas públicas que promovam a saúde dos idosos (AGEING AND HEALTH,</p><p>2024).</p><p>Outro exemplo de intervenção importante é o incentivo à criação de ambientes urbanos que promovam a prática de atividade física. A urbanização muitas vezes cria barreiras para a prática de exercícios físicos, como a falta de espaços seguros e acessíveis para a prática de atividades ao ar livre. Nesse contexto, políticas que incentivam o desenvolvimento de infraestrutura urbana adaptada às necessidades dos idosos, como parques, calçadas acessíveis e academias ao ar livre, são essenciais para promover a atividade física. Estudos mostram que idosos que vivem em áreas com melhor infraestrutura para a prática de exercícios são mais propensos a se manterem fisicamente ativos (GIEHL et al., 2012).</p><p>As intervenções comunitárias também desempenham um papel crucial na promoção da atividade física entre os idosos. Programas comunitários que oferecem atividades físicas em grupo, como caminhadas, aulas de dança e hidroginástica, são eficazes em aumentar a adesão dos idosos à prática de exercícios. Esses programas não apenas promovem a saúde física, mas também fortalecem os laços sociais e o senso de pertencimento, o que é particularmente importante para combater a solidão e o isolamento social, comuns na terceira idade. Segundo GORAYEB et al. (2019), programas comunitários que envolvem a participação ativa dos idosos na escolha e organização das atividades são mais eficazes em promover a adesão e garantir a continuidade da prática de exercícios.</p><p>Além disso, a educação e a conscientização sobre os benefícios da atividade física são componentes fundamentais das políticas públicas voltadas para os idosos. Campanhas de saúde que informam sobre os benefícios do exercício físico para a prevenção de doenças crônicas, melhora da saúde mental e aumento da longevidade são importantes para motivar os idosos a adotar um estilo de vida ativo. Essas campanhas podem ser realizadas por meio de diferentes meios de comunicação, como televisão, rádio, internet e folhetos distribuídos em centros de saúde. A eficácia dessas campanhas depende de uma abordagem inclusiva que considere as diferentes realidades e necessidades da população idosa (FORBES et al., 2020).</p><p>As políticas de saúde também devem focar na capacitação de profissionais que atuam com a população idosa. Profissionais de saúde, educadores físicos e cuidadores devem ser treinados para compreender as particularidades do envelhecimento e as necessidades específicas dos idosos, garantindo que possam oferecer orientação adequada e segura para a prática de atividades físicas. A formação contínua desses profissionais é essencial para garantir a qualidade dos programas de atividade física oferecidos à população idosa e para promover um ambiente seguro e acolhedor para a prática de exercícios (HURST et al., 2022).</p><p>Por fim, é importante destacar a necessidade de um monitoramento contínuo e avaliação das políticas e programas voltados para a promoção da atividade física entre os idosos. A implementação de indicadores de monitoramento que avaliem a adesão, impacto na saúde e satisfação dos participantes é crucial para identificar as lacunas e melhorar a eficácia das intervenções. O envolvimento dos idosos no processo de avaliação também é fundamental para garantir que as políticas e programas atendam às suas necessidades e expectativas (BULL; AL-ANSARI et al., 2020).</p><p>3 METODOLOGIA</p><p>A metodologia adotada neste estudo baseou-se em uma revisão bibliográfica, com o objetivo de compilar e analisar os conhecimentos existentes sobre a importância da atividade física para idosos, suas implicações fisiológicas, psicológicas e as barreiras e facilitadores relacionados à prática regular de exercícios físicos nesta população. Para a realização da revisão, foram selecionadas fontes acadêmicas, incluindo artigos científicos, livros, dissertações, teses e relatórios de organizações de saúde, disponíveis em bases de dados renomadas como Scielo, PubMed e Google Acadêmico.</p><p>A seleção das referências foi realizada com base em critérios de relevância, atualidade e credibilidade científica. Foram incluídos estudos publicados principalmente nos últimos 10 anos, com exceção de obras clássicas que ainda são consideradas fundamentais para a compreensão do tema. A busca foi orientada por palavras-chave como "atividade física em idosos", "sarcopenia", "saúde mental em idosos", "políticas públicas para idosos", entre outras, visando cobrir os principais aspectos relacionados à prática de atividade física na terceira idade.</p><p>Durante a revisão, foi realizada uma análise crítica dos estudos selecionados, com foco na identificação dos principais achados, lacunas de pesquisa e consensos estabelecidos na literatura. A partir dessa análise, foram sistematizados os tópicos abordados nas seções anteriores, buscando integrar as diferentes perspectivas sobre o tema e oferecer uma visão abrangente dos benefícios e desafios da prática de atividade física entre idosos. O processo de revisão bibliográfica permitiu a construção de um referencial teórico robusto, que fundamenta as discussões e conclusões deste estudo, fornecendo subsídios para futuras pesquisas e intervenções na área.</p><p>Essa metodologia de revisão bibliográfica foi escolhida por sua capacidade de sintetizar o conhecimento existente de maneira crítica e organizada, facilitando a compreensão das complexas interações entre envelhecimento e atividade física. Ao reunir e analisar informações de múltiplas fontes, foi possível oferecer uma visão abrangente e atualizada sobre o tema, destacando tanto os avanços quanto as lacunas no campo da pesquisa sobre a saúde dos idosos.</p><p>4 ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO</p><p>A prática de atividade física entre idosos tem sido amplamente discutida na literatura científica devido aos seus inúmeros benefícios para a saúde física e mental. No entanto, apesar do reconhecimento geral de sua importância, a adesão dos idosos a programas de exercícios físicos ainda enfrenta desafios significativos. Nesta seção, discutiremos os principais argumentos em torno do tema, abordando as implicações fisiológicas, os benefícios para a saúde mental, as barreiras enfrentadas e as estratégias para promover a prática de atividade física entre idosos.</p><p>O primeiro argumento a ser considerado é o impacto positivo da atividade física na saúde física dos idosos, especialmente no que diz respeito à prevenção e tratamento da sarcopenia. A literatura destaca que a prática regular de exercícios resistidos é uma intervenção eficaz para retardar a perda de massa muscular e força, comum na terceira idade. Conforme discutido anteriormente, estudos como os de Cadore et al. (2023) mostram que o treinamento de força pode melhorar significativamente a funcionalidade e a qualidade de vida dos idosos, contribuindo para a manutenção da independência. Esse argumento é central na discussão sobre envelhecimento ativo, pois a preservação da massa muscular é essencial para evitar a fragilidade e as quedas, que são as principais causas de morbidade e mortalidade em idosos.</p><p>Outro ponto importante é o impacto da atividade física na saúde mental dos idosos. A prática regular de exercícios tem sido associada à redução dos sintomas de depressão e ansiedade, bem como à melhoria da autoestima e da qualidade do sono. Estudos, como o de Hosseini et al. (2018), demonstram que atividades físicas como o Tai Chi Chuan podem promover relaxamento e reduzir o medo de quedas, que é uma preocupação comum entre os idosos. A atividade física, portanto, não só melhora a saúde mental, mas também tem um efeito cascata positivo em outras áreas da vida dos idosos, incluindo a socialização e o senso de bem-estar geral. Este argumento reforça a importância de considerar a atividade física como uma abordagem holística para o envelhecimento saudável.</p><p>No entanto, apesar dos claros benefícios, a adesão dos idosos à prática de atividade física ainda é baixa, devido a várias barreiras. O medo de quedas, a falta de motivação e o acesso limitado a programas de exercícios adequados são algumas das principais dificuldades</p><p>enfrentadas por essa população. Conforme discutido por Oliveira et al. (2017), o medo de quedas é uma das maiores barreiras para os idosos, que muitas vezes preferem evitar a atividade física por temerem lesões. Este argumento levanta a necessidade de desenvolver estratégias que abordem essas barreiras de forma eficaz, seja por meio de educação e conscientização sobre os benefícios dos exercícios, ou pela criação de ambientes seguros e programas adaptados às necessidades dos idosos.</p><p>Finalmente, a promoção da atividade física entre idosos também depende da implementação de políticas públicas eficazes e de intervenções comunitárias que incentivem essa prática. As políticas públicas desempenham um papel crucial na criação de ambientes que facilitam a prática de atividade física, como a construção de espaços públicos adequados e a oferta de programas gratuitos de exercícios. Conforme destacado por Cruz, Bernal e Claro (2018), iniciativas como o Programa Academia da Saúde no Brasil têm sido eficazes em promover a atividade física entre os idosos, oferecendo acesso a espaços e orientação profissional. No entanto, é necessário que essas políticas sejam continuamente monitoradas e ajustadas para garantir que atendam às necessidades específicas dos idosos, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade.</p><p>Em conclusão, a prática de atividade física é um componente fundamental para o envelhecimento saudável, com benefícios que abrangem desde a saúde física até a mental. No entanto, a adesão a essa prática entre os idosos ainda enfrenta desafios significativos que precisam ser abordados por meio de políticas públicas, intervenções comunitárias e estratégias individualizadas. A discussão aqui apresentada reforça a importância de um esforço coletivo para promover a atividade física entre os idosos, garantindo que essa população possa envelhecer com saúde, dignidade e qualidade de vida.</p><p>5 CONSIDERAÇAÕ FINAL</p><p>As considerações finais deste estudo reiteram a importância da prática de atividade física como um elemento central para o envelhecimento saudável e ativo. Através da revisão bibliográfica e das discussões apresentadas, ficou evidente que a atividade física regular traz inúmeros benefícios para os idosos, não apenas em termos de saúde física, como a prevenção da sarcopenia e a manutenção da funcionalidade, mas também em relação à saúde mental, contribuindo para a redução dos sintomas de depressão, ansiedade e melhora da qualidade de vida.</p><p>No entanto, apesar dos benefícios bem documentados, a adesão dos idosos à prática regular de exercícios físicos ainda enfrenta desafios consideráveis. Barreiras como o medo de quedas, a falta de motivação e a inacessibilidade a programas de exercícios adequados demonstram a necessidade de um olhar mais atento e estratégias mais eficazes para promover a atividade física entre os idosos. A superação dessas barreiras requer um esforço conjunto entre políticas públicas, profissionais de saúde, famílias e a comunidade em geral.</p><p>As políticas públicas emergem como ferramentas fundamentais para criar ambientes favoráveis à prática de exercícios, oferecendo infraestrutura adequada e programas acessíveis que incentivem a participação dos idosos. Intervenções comunitárias, por sua vez, podem desempenhar um papel crucial ao fornecer suporte social e oportunidades de socialização, elementos que são essenciais para aumentar a motivação dos idosos para a prática de atividades físicas.</p><p>Diante do envelhecimento acelerado da população, é imperativo que sejam adotadas medidas que facilitem a inclusão dos idosos em programas de atividade física, garantindo que todos possam desfrutar dos benefícios associados a um estilo de vida ativo. A continuidade da pesquisa e a implementação de políticas eficazes são necessárias para enfrentar os desafios apresentados, promovendo um envelhecimento digno e saudável para todos.</p><p>Em suma, a atividade física deve ser considerada uma prioridade na promoção da saúde e bem-estar dos idosos. Ao abordar as barreiras e fortalecer os facilitadores, podemos contribuir significativamente para a melhoria da qualidade de vida dessa população, assegurando que o envelhecimento seja uma fase da vida marcada por saúde, autonomia e satisfação pessoal.</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>AGUIAR, J. B. et al. Espaços públicos de lazer de uma capital brasileira: avaliação da qualidade e uso para a prática de atividade física. Licere, Belo Horizonte, v. 22, n. 4, p. 317-339, 2019.</p><p>AGEING AND HEALTH. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/ageing-and-health. Acesso em: 02 jan. 2024.</p><p>BECK, A. P. et al. 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