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WBA0500_v2.0 Alfabetização e letramento: fundamentos metodológicos Concepção e processos históricos da alfabetização no Brasil A construção da aprendizagem e a alfabetização de crianças Bloco 1 Kellin Cristina Melchior Inocêncio Por que saber como a criança aprende? Relações neurológicas: como a criança aprende. Permite avaliar as práticas docentes. Compreender as dificuldades de aprendizagens. Figura 1 - O cérebro Fonte: Sebastian Kaulitzki/Shutterstock Construindo a aprendizagem – O construtivismo de Piaget Figura 2 - Construtivismo Fonte: elaborada pelo autor. Pré-operatório – 02 a 07 anos Alfabetização construtivista – Década de 1980 [...] propunha-se que a solução, para combater os altos índices de reprovação na aprendizagem inicial da língua escrita, seria não um novo método, mas uma nova concepção do processo de aprendizagem da língua escrita, tendo como fim último o de contribuir na solução dos problemas de aprendizagem da lectoescrita na América Latina, e o de evitar que os sistema escolar continue produzindo futuros analfabetos. (FERREIRO; TEBEROSKY, 1999, p. 32) Lectoescrita – Habilidade adquirida para leitura e escrita. A herança de Piaget: o construtivismo de Ferreiro • Duas maneiras para a aquisição da leitura e da escrita: coletiva e individual. • A construção da alfabetização parte da lógica individual, mas é aberta às relações sociais indo além da escola. • Professor deve atribuir significado a aquisição da leitura e da escrita. • A teoria é sustentada na intenção de que a aprendizagem é a atividade do educando, relação construída com o objeto de conhecimento, cabendo às instituições escolares propor um ambiente, de fato, alfabetizador. • A alfabetização se constitui por etapas, marcado por avanços e elaboração de hipóteses auxiliares na construção do conhecimento, chegando ao produto final, o domínio do código linguístico. • Respeito ao tempo e à evolução individual de cada aprendiz, considerando as maturações biológicas da criança para construir as sequências hipotéticas e provocar o conhecimento. Concepção e processos históricos da alfabetização no Brasil Linguagem e a construção histórica da escrita e da fala Bloco 2 Kellin Cristina Melchior Inocêncio Leitura, escrita e fala – um processo histórico • Necessidade de comunicação – comunidades, vilas, cidades. • Desenvolvimento biológico do homem – fala. • Desenvolvimento cerebral do homem – criação da escrita. • Desenvolvimento de recursos – escrita. (materiais anteriores ao papel). Linguagem – O que é? • Linguagem: capacidade do ser humano de comunicar ideias ou pensamentos, por meio de gestos, sons, símbolos ou palavras. O uso da linguagem acontece na interação social e precisa de interlocutores, emissor e receptor da mensagem. Figura 3 - Comunicação Fonte: Tashatuvango/IStock.com. Tipos de linguagem Verbal: apenas ao ser humano, construída por palavras escritas ou faladas. Não verbal: não utiliza palavras, mas imagens, cores, gestos, dança, mímicas e outros, como em semáforo, placas, bandeiras etc. Mista: mistura verbal e não verbal para comunicação, palavra e imagens juntos por exemplo, em vídeos e charges. Língua – O que é? • Língua: tipo de linguagem verbal, um código, um idioma. Figura 4 - Língua Portuguesa Fonte: Natalie_/ iStock.com. Concepção e processos históricos da alfabetização no Brasil Linguagem na perspectiva social: ensino e aprendizagem Bloco 3 Kellin Cristina Melchior Inocêncio A comunicação social • Freire (2013) e Bakhtin (2011), que enfatizam a ação de comunicação, sobretudo, pela linguagem verbal, como um fenômeno social, capaz de transformar os sujeitos e, consequentemente, a sociedade. • A memorização era deixada de lado na construção de saberes. Alfabetização de crianças no aspecto social • A criança é inserida no centro do processo educativo. • Respeito às distintas realidades. • Alfabetização significativa. • Desenvolvimento da consciência crítica e da função social da escrita e da leitura. • Aquisição dos códigos e convenções constitutivas do sistema alfabético de escrita e o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias para a escrita e leitura. O professor alfabetizador - Crítico • Atua distante de práticas que enfatizam a memorização. • Metodologias que valorizam o diálogo e o pensamento crítico. • Valoriza a construção da escrita e da leitura com significado. • Ciente da responsabilidade social de ser professor. • Valoriza o processo de construção gradativa e dialógica. Alfabetização e o educador democrático O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Uma de suas tarefas primordiais é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se “aproximar” dos objetos cognoscíveis. E esta rigorosidade metódica não tem nada que ver com o discurso “bancário” meramente transferidor do perfil do objeto ou do conteúdo. É exatamente neste sentido que ensinar não se esgota no “tratamento” do objeto ou do conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à produção das condições em que aprender criticamente é possível. (FREIRE, 2002, p. 12) Teoria em Prática Bloco 4 Kellin Cristina Melchior Inocêncio Reflita sobre a seguinte situação • O ensino superior encontra desafios que se articulam à educação básica, como, por exemplo, a dificuldade dos estudantes na escrita e leitura, chegando ao ponto de contribuir com a evasão nos cursos de graduação. • A partir dessa constatação, quais relações são possíveis construir com a alfabetização de crianças? Cite, ao menos, uma provável resolução para a problemática apresentada. Norte para a resolução Possibilidades para reflexões e resoluções: • Comparar a alfabetização mecânica e a alfabetização crítica. • Propostas articuladas à formação continuada de professores, capacitando-os para a alfabetização crítica. • Análise, reflexão e melhorias para as políticas de formação docente nos cursos de graduação. • Necessidade de capacitar as crianças na aquisição da leitura e da escrita na perspectiva crítica e social. Dicas do(a) Professor(a) Bloco 5 Kellin Cristina Melchior Inocêncio Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login através do seu AVA). Algumas indicações também podem estar disponíveis em sites acadêmicos como o Scielo, repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, te convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Leitura Fundamental Indicação de leitura 1 Este trabalho apresenta conhecer a linguagem de crianças em idade pré-escolar, enfatizando a primeira infância, caracterizando os estilos linguísticos de educadoras na interação com essas crianças. Referência: OLIVEIRA, K. R. S. de; AQUINO, F. de S. B.; SALOMÃO, N. M. R. O desenvolvimento da linguagem na primeira infância e estilos linguísticos dos educadores. El Psicología Latinoamericana, 34(3), p. 457-472, 2016. Indicação de leitura 2 Este trabalho retrata um estudo que buscou articular as dificuldades na aquisição da escrita e da leitura, com a consciência fonológica. É uma excelente leitura aos professores que buscam realizar uma alfabetização crítica, de compreensão, dialógica e totalmente distante de processos mnemônicos. Referência: JUNIOR, J. A. B.; FREITAS, F. R.; SOUZA, D. G. et al. Aquisição de leitura e escrita como resultado do ensino de habilidadesde consciência fonológica. Rev. bras. educ. espec., 12 (3), 2006. Dica do(a) Professor(a) Figura 5 – Capa do livro Fonte: https://www.cortezeditora.com.br/produ to/importancia-do-ato-de-ler-a-2416. Acesso em: 17 maio 2022. Que tal se aprofundar na perspectiva da aquisição da leitura? A leitura da obra A importância do ato de ler, de Paulo Freire, permite refletir sobre aspectos alfabetizadores e a importância de alfabetizar ainda na infância. Referências BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2011. FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. FREIRE, P. Alfabetização: leitura do mundo, leitura da palavra. 6. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. JUNIOR, J. A. B.; FREITAS, F. R.; SOUZA, D. G. et al. Aquisição de leitura e escrita como resultado do ensino de habilidades de consciência fonológica. Rev. bras. educ. espec., 12 (3), 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbee/a/vw6pvfnNhWmL5QSqtRyTsxx/?lang=pt. Acesso em: 17 maio 2022. OLIVEIRA, K. R. S. de; AQUINO, F. de S. B.; SALOMÃO, N. M. R. O desenvolvimento da linguagem na primeira infância e estilos linguísticos dos educadores. El Psicología Latinoamericana, 34(3), p. 457-472, 2016. Disponível em: http://www.scielo.org.co/pdf/apl/v34n3/v34n3a03.pdf. Acesso em: 17 maio 2022. PIAGET, J. A psicogênese dos conhecimentos e a sua significação epistemológica. In: PIATELLI- PALMARINI, M. (Org.). Teorias da linguagem, teorias da aprendizagem: o debate entre Piaget e Noam Chomsky. Lisboa: Edição 70, 1985. Bons estudos! Alfabetização e letramento: fundamentos metodológicos Concepção e processos históricos da alfabetização no Brasil Por que saber como a criança aprende? Construindo a aprendizagem – O construtivismo de Piaget Alfabetização construtivista – Década de 1980 A herança de Piaget: o construtivismo de Ferreiro Concepção e processos históricos da alfabetização no Brasil Leitura, escrita e fala – um processo histórico Linguagem – O que é? Tipos de linguagem Língua – O que é? Concepção e processos históricos da alfabetização no Brasil A comunicação social Alfabetização de crianças no aspecto social O professor alfabetizador - Crítico Alfabetização e o educador democrático Teoria em Prática Reflita sobre a seguinte situação Norte para a resolução Dicas do(a) Professor(a) Número do slide 21 Indicação de leitura 1 Indicação de leitura 2 Dica do(a) Professor(a) Referências Bons estudos!