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CUIDADOS DE ENFERMAGEM A VÍTIMA DE ACIDENTE VASCULAR 
ENCEFÁLICO (AVE):REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 Jorge luíz Alves1 
Alyne Cristina Almeida Àvila (orientador)
2
 
[ 
RESUMO 
 
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como Acidente Vascular 
Encefálico (AVE) ou derrame cerebral, representa a segunda maior causa de óbitos 
no mundo e uma das principais causas de incapacidade física do paciente. No Brasil, 
está entre os principais fatores de mortalidade e internações. O AVC é mais 
prevalente em adultos de meia idade e idosos, e na maioria dos casos pode gerar 
incapacitação física parcial ou completa, ou levar ao óbito do paciente. O estudo tem 
como objetivo descrever a importância do enfermeiro na assistência ao paciente 
vítima de acidente vascular encefálico na fase aguda e pós hospitalar. Trata-se de 
uma revisão de literatura, de abordagem qualitativa, com utilização de livros e artigos 
indexados em banco de dados. A busca dos materiais para esta revisão será feita em 
bases de dados do PubMed (National Library of Medicine), Scielo (Scientific Eletronic 
Library Online) e Google Acadêmico, sendo utilizado os descritores de ciência e 
saúde: Acidente Vascular Cerebral, Diagnóstico de Enfermagem, Assistência de 
Enfermagem, Cuidados. Os critérios de inclusão nesta revisão serão artigos 
publicados entre 2019 e 2024, disponíveis gratuitamente na íntegra em português nas 
bases de dados que abordem a temática do estudo. 
 
Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral; Assistência de Enfermagem; Cuidados. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como Acidente Vascular 
Encefálico (AVE) ou derrame cerebral, representa a segunda maior causa de óbitos no 
mundo e uma das principais causas de incapacidade física do paciente. No Brasil, está 
entre os principais fatores de mortalidade e internações. O AVC é mais prevalente em 
adultos de meia idade e idosos, e na maioria dos casos pode gerar incapacitação física 
parcial ou completa, ou levar ao óbito do paciente (ALMEIDA, 2012; LIMA et al., 2016). 
A PORTARIA GM/MS nº 664/2012 do ministério da saúde revela que um quarto 
dos pacientes com AVC evoluem a óbito após um mês, 66% após seis meses e 50% 
após um ano (BRASIL, 2012). 
1 Jorge luíz Alves(o) do curso de Bacharel em Enfermagem da Universidade Pitágoras. 
2 Alyne Cristina Almeida Àvila Orientador(a).Docente do curso de curso de Bacharel em 
Enfermagem da Universidade Pitágoras . 
 
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde - OMS (2009) as práticas 
educativas diminuem a repercussão do AVC. A melhoria no diagnóstico, tratamento, 
prevenção e reabilitação do AVC dependem de práticas que vão além dos hospitais e 
clínicas (HACHINSKI et al., 2010; OMS, 2009). Vários trabalhos afirmam que a 
população brasileira apresenta pouco conhecimento sobre o AVC e sobre como 
reconhecer seus sintomas precocemente (CHANG et al., 2004; COSTA et al., 2010; 
NETO et al., 2008; SCHENEIDER et al., 2003). 
O AVC é um déficit neurológico consequente de um distúrbio na circulação 
cerebral que tem início súbito. Pode ser classificado como isquêmico (85%) e 
hemorrágico (15%). O tipo isquêmico é consequência da obstrução súbita de um ou mais 
vasos por um êmbolo ou trombo ocasionando uma hipoperfusão cerebral. Já o tipo 
hemorrágico é decorrente do rompimento de um vaso, que culminará em 
extravasamento de sangue no espaço subaracnóide ou à formação de um hematoma 
intraparenquimatoso. São registradas cerca de 68 mil mortes por AVC no Brasil 
anualmente. O reconhecimento dos sintomas e diagnóstico precoce do AVC são 
essenciais para o paciente, uma vez que o tratamento deve ser iniciado em até 4,5 horas 
após o início dos sintomas. Para agilizar o processo de encaminhamento da vítima com 
AVC para uma unidade de referência é necessário que a população esteja capacitada e 
informada do protocolo a ser seguido, garantindo o melhor prognóstico possível para a 
vítima. Assim, é de extrema importância a educação em saúde e a realização de 
campanhas sobre o AVC que guiem a população para o atendimento das vítimas 
(BASTOS, 2014; GANDRA, 2017). 
O estudo tem como objetivo Descrever a importância do enfermeiro na assistência 
ao paciente vítima de acidente vascular encefálico na fase aguda e pós hospitalar. 
O AVC é uma doença grandemente onerosa devido à grande morbi mortalidade, 
custos elevados para os serviços de saúde e previdência, necessidade de assistência 
avançada e especializada, e repercussões familiares (GO et al., 2014; WOLFE, 2000). 
De 2012 a 2014 10 foram investidos R$437 milhões para ampliar a assistência aos 
pacientes acometidos pelo AVC e em ações preventivas (BRASIL, 2012). 
Os pacientes diagnosticados com AVC custam em média 6 mil para o SUS, sendo 
que esse valor varia de acordo com o prognóstico e intervenções necessárias. Pacientes 
que evoluem bem do déficit neurológico tem um custo aproximado de R$640. Já em 
pacientes debilitados o valor é em média R$32 mil (BOTELHO et al., 2016 apud 
ABRAMCZUK; VILLELA, 2009). 
A atenção primária do SUS é responsável por ações de saúde complexas no âmbito 
individual e coletivo; atua também na promoção de saúde e prevenção de agravos, 
implicando enfaticamente na situação de saúde, na autonomia dos indivíduos, e nos 
condicionantes e determinantes de saúde sociais. s. A educação como um promotor de 
saúde é inegável e vem sendo reconhecida por diversos autores como uma peça 
fundamental para a melhora na qualidade de vida(MARIANO, 2017). 
A complicação e gravidade dos pacientes acometidos por AVE necessita da atuação 
eficiente da equipe de enfermagem, da qual o foco das ações deve ser direcionado para 
a prevenção ou diminuição das possíveis sequelas neurológicas. No entanto, ao se 
tentar identificar o conhecimento de enfermagem, em relação às necessidades destes 
pacientes, aviste que muitas dessas ações são realizadas nos fundamentos da literatura 
médica. Assim, faz-se necessário o conhecimento geral dessa patologia (SILVA; 
MONTEIRO; SANTOS, 2015). 
Qual a importância dos cuidados de enfermagem ao paciente vítima de acidente 
vascular encefálico na fase aguda, pós-hospitalar? 
Tal estudo se justifica pois reúne conteúdo que possa subsidiar futuras capacitações 
com informações acerca do AVC, tendo competência para atuar no atendimento pré-
hospitalar, identificando os sintomas e encaminhando a vítima a um centro com 
atendimento especializado, onde ele terá atendimento em tempo hábil para ter o 
tratamento adequado, dentro da janela terapêutica prevista. O conteúdo discutido poderá 
ser utilizado por profissionais para planejar ações de prevenção e promoção de saúde 
em qualquer nível de atenção básica e hospitalar. Os conceitos adquiridos através da 
educação continuada servem não só para transmitir conhecimentos historicamente 
acumulados, mas para construir novos conhecimentos de forma a melhorar a qualidade 
de vida de todos os indivíduos que a integram. 
Compreende-se que o AVC é uma das principais causas de incapacidade a longo 
prazo, porém as sequelas podem ser amenizadas com o acesso ao tratamento 
adequado dentro da janela terapêutica. Para tanto, a população e os profissionais de 
saúde devem estar capacitados para o manejo do paciente até o centro de referência, 
possibilitando intervenções efetivas disponíveis, dentre elas, a trombólise (MORAIS, 
2017). 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
 Definição e Diferenças entre o AVC Hemorrágico e AVC Isquêmico 
O acidente vascular cerebral (AVC) é definido por uma síndrome clínica 
caracterizada por rápido desenvolvimento de sinais e/ou sintomas, por vezes globais, 
perda da função cerebral, com sintomas durando mais do que 24 horas ou 
levando à morte, sem outra causa aparente que não uma causa vascular. 
Configura uma das principais causas de morte no Brasil, acometendo cerca de 
100.000 pessoas por ano (JAUCH,et al., 2013). 
 Os fatores de risco para o AVC podem ser divididos em modificáveis e não 
modificáveis. O principal fator de risco modificável para a doença vascular 
cerebral, seja ela isquêmica ou hemorrágica, é a Hipertensão Arterial Sistêmica, 
que é, isoladamente, a medida maisobjetiva para mensuração do risco de AVC. 
Também estão fortemente associados ao AVC a dislipidemia, o diabete mellitus e o 
tabagismo: pacientes ex-tabagistas, dois anos após pararem o consumo de 
cigarros, tem seu risco de AVC reduzido em 50%. Outros fatores são importantes, 
como a dieta rica em carne vermelha e ovos e pobre em frutas e peixes, a 
ingesta de bebida alcóolica, que está associada a um maior risco de hemorragia 
intracraniana e a fibrilação atrial, que é o fator de risco mais fortemente associado 
ao acidente vascular isquêmico tromboembólico. Dentre os fatores não 
modificáveis, estão o sexo, o histórico familiar de AVC ou doença coronariana e a idade 
avançada (PORCELLO, et al., 2013). 
 Os sinais e sintomas ajudam no reconhecimento do AVC, como fraqueza ou 
formigamento na face, em membros superior e inferior, de modo unilateral; confusão 
mental; alteração da fala ou compreensão, da visão, d equilíbrio e do andar; tontura e 
cefaleia súbita, intensa e sem causa aparente (Sociedade Brasileira de Doenças 
Cerebrovasculares, 2021). Destaca-se, ainda, que a falta de reconhecimento desses 
sinais e sintomas gera o atraso na busca por atendimento em saúde, o que ocasiona 
impactos negativos no tratamento pós AVC e reduz a probabilidade de recuperação 
(FARIA etal., 2017). 
 O AVC hemorrágico subdivide-se em hemorragia intraparenquimatosa e 
hemorragia subaracnoide. A vasculopatia hipertensiva é a causa mais comum de 
hemorragia intracraniana espontânea. A angiopatia amiloide cerebral é a principal 
causa em idosos eas malformações vasculares são a principal causa nas crianças. 
Excluindo-se o trauma, a hemorragia subaracnoide tem como principais causas 
os aneurismas intracranianos rotos, seguidos das dissecções arteriais. Outras 
causas de hemorragia intracerebral não-traumática são: Infarto hemorrágico (incluindo 
trombose do seio venoso), embolia séptica, aneurisma micótico, tumores cerebrais, 
distúrbios da coagulação, infecções de sistema nervoso central, vasculites e uso de 
drogas (cocaína, por exemplo) (GO, et al, 2013). 
 Acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) é um déficit neurológico focal 
persistente, resultado de uma isquemia seguida de infarto. Esse evento se dá pela 
obstrução proximal de uma artéria por um trombo, êmbolo ou compressão por 
tumor. O quadro clínico instaura-se rapidamente em função da ausência de aporte de 
glicose aos neurônios. Depois de alguns minutos de isquemia, sobrevém o infarto (morte 
do tecido cerebral acometido). Caso a isquemia seja revertida antes da morte dos 
neurônios, o evento é chamado de ataque isquêmico transitório (LONGO, et al., 2013). 
 
2.1 Metodologia 
 
 
Trata-se de uma revisão de literatura ,de abordagem qualitativa, com utilização de 
livros e artigos indexados em banco de dados. A busca dos materiais para esta revisão 
será feita em bases de dados do PubMed (National Library of Medicine), Scielo 
(Scientific Eletronic Library Online) e Google Acadêmico, sendo utilizado os descritores 
de ciência e saúde: Acidente Vascular Cerebral, Diagnóstico de Enfermagem, 
Assistência de Enfermagem, Cuidados. Os critérios de inclusão nesta revisão serão 
artigos publicados entre 2019 e 2024, disponíveis gratuitamente na íntegra em português 
nas bases de dados que abordem a temática do estudo. 
Inicialmente encontrou-se um total de 50 artigos com base no cruzamento das 
palavras-chaves inseridas. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foi 
selecionado dez artigos da qual foi realizada a leitura e análise levando-se em 
consideração a temática abordada. 
 
2.1 Resultados e Discussão 
 
 Após a seleção e leitura na íntegra e síntese dos artigos foram elaboradas 
duas categorias temáticas para discussão: A Importancia da Assistência de 
Enfermagem ao paciente com Acidente Vascular Cerebral (AVC); Desafios na rede 
de atenção ao paciente com Acidente Vascular Cerebral (AVC). 
 2.1 A Importancia da Assistência de Enfermagem ao Paciente com Acidente 
Vascular cerebral (AVC). 
 De acordo com Oliveira, Almeida e Zambelan (2020), o aumento dos fatores de risco 
do AVE, tais como: hipertensão arterial, diabetes, alcoolismo, tabagismo, obesidade, o 
envelhecimento da população contribui para o desenvolvimento dessa patologia. 
Visto que a incidência de AVE aumen om a idade, é necessário tomar algumas 
medidas para que a qualidade de vida seja mantida, como por exemplo, a educação da 
população em relação a atividade física, alimentação saudável e projetos anti-fumo. 
Nesse sentido, no que se refere ao atendimento do enfermeiro após à confirmação do 
diagnóstico da doença pela equipe médica, é importante a identificação da hora de início 
do quadro e a evolução do AVC, a assistência do enfermeirona urgência inclui ainda a 
estabilização dos sinais vitais, tais como cuidados respiratórios, balanço 
hidroeletrolítico, monitorização hemodinâmica, condições dietéticas, controle rigoroso 
da temperatura e da glicemia e prevenção de trombose venosa profunda. Após a 
implementação da escala NIHSS (National Institute of Health Stroke Scale), o 
profissional deve-se atentar aos principais sinais de alerta para qualquer tipo de AVE que 
são fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado 
do corpo; confusão mental; alteração da fala ou compreensão; alteração na visão (em 
um ou ambos os olhos); alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração 
no andar; dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente (OLIVEIRA; ALMEIDA; 
ZAMBELAN,2020). 
Em um estudo realizado por Ribeiro et al (2021), corrobora com essas informações, 
pois a equipe de enfermagem possui papel primordial na assistência ao cliente 
acometido por AVC, pois quando há uma melhor compreensão da condição 
clinica do individuo, consequentemente as condutas assistenciais voltadas para 
esses pacientes serão satisfatorias e mais assertivas. 
Para Souto et al (2019), o enfermeiro é o responsável por realizar a triagem de todo 
paciente com sinais e sintomas de AVE. Nesse sentido, como medida inicial para 
conter o agravamento do evento, inicia-se a terapia trombolítica, especificamente o 
trombolítico co-ativador de plasminogênio tecidual recombinante (r-TPA), que 
necessita ser administrado até 60 minutos da admissão do cliente na instituição 
hospitalar. Além disso, cabe equipe multiprofissional realizar monitorização contínua e 
prevenção de complicações. 
O estudo de Carvalho et al (2019) apontam que o enfermeiro é destacado 
como o profissional que tem o maior contato com o paciente, diante disso, fica 
responsável por maior parte dos cuidados e procedimentos realizados. Este profissional 
atua com o propósito de diminuir as sequelas causadas pela doença e desenvolve 
uma assistência focada no estado mental, espiritual e físico. Por isso, esse 
profissional deve estar apto a identificar as principais necessidades do paciente, com o 
intuito elaborar um plano de cuidados individualizado e garantir que o mesmo seja 
implementado de forma correta. 
A assistência de enfermagem ao paciente com AVC deve ser sistematizada 
desde a identificação das necessidades apresentadas e o grau de urgência delas, bem 
como realização de intervençõesque devem ser executadas em parceria com a 
equipe envolvida na assistência, possibilitando ao paciente a reabilitação de suas 
funções. Nesse contexto, a enfermagem engloba um grupo de profissionais que 
buscam por meio da assistência e do cuidado, proporcionar a regressão de uma 
doença juntamente com a reabilitação de seus pacientes para reinserção na 
sociedade, sendo o enfermeiro líder da equipe. Um norteador para equipe de 
enfermagem é a Sistematização da Assistência de Enfermagem -SAE, pois ela 
possibilita identificação dos problemas do paciente e fornece a equipe condutas, 
cuidados de enfermagem, que devem serimplementadas visando solucionar os 
problemas identificados, contribuindo significativamente para recuperação e segurança 
do paciente (CARVALHO;BOMFIM;DOMICIANO,2017). 
No que se diz respeito ao paciente pós AVC, o mesmo fica muita restrito ao leito, pelo 
fato de muitas vezes o paciente ser acometido pela perda de movimentos e esse fator 
faz com que o indivíduo fique mais propenso de desenvolver lesões por pressão, 
que senão tratadas corretamente pode ser porta de entrada para infecções. É 
necessário que a equipe de enfermagem realize a mudança de decúbito pelo menos a 
cada três horas para que esse problema seja evitado e não cause outros (CARVALHO et 
al.,2019). 
2.2 Desafios na Rede de Atenção ao Paciente com Acidente Vascular Cerebral (AVC) 
O estudo de Brandão et al (2023) encontrou falhas na rede de atenção às urgências e 
emergências no atendimento a pacientes com AVC. De acordo com este estudo, faltam 
vagas e recursos para atender o paciente com AVC, devido a centralização dos 
atendimentos no hospital de referência, e internações prolongadas de pacientes com 
doenças crônicas, implicando em menor rotatividade dos leitos, refletindo em 
superlotação de pronto socorro e do hospital, interferindo no atendimento desses 
paciente. 
Outro problema encontrado pelo estudo foi a falta de treinamento por parte de alguns 
profissionais impedindo na padronização do atendimento, pois isso faz com que haja 
dificuldade em se obter êxitoem protocolos, sendo fundamental que profissionais saibam 
reconhecer, aplicar escalas especificas e simples para avaliação neurológica, de forma 
rápida e confiável. Moura et al (2018) afirma que as intervenções educativas são 
fundamentais para aprimorar os conhecimentos técnicos assistenciais quanto aos 
protocolos de atendimento inicial, proporcionando espaço de reflexão coletiva e analise 
da realidade em que estão inseridos (BRANDÃO, et al, 2023). 
Castro e Silva, (2018) relataram as dificuldades encontradas pela equipe de 
enfermagem como: falta de exames desde os mais básicos até os de maior 
complexidade e principalmente as janelas de tempo que não são respeitadas, a falta 
de aplicação dos protocolos de atendimento, o desconhecimento do 
acolhimento e classificação de risco. Assim, os enfermeiros devem ser 
capacitados para reconhecer as manifestaçõesclínicas de um AVE, visto que esses 
profissionais, na maioria das vezes, são responsáveis pelo acolhimento e avaliação 
primária desses pacientes no serviço de urgência. O reconhecimento precoce e 
escolha da terapêutica adequada são fatores positivos para o prognóstico do paciente.
 
 
3 CONCLUSÃO 
Diante dos resultados obtios na pesquisa foi possivel demonstrar a importância 
da assistencia de enfermagem no atendimento ao paciente acometido com AVC, 
haja vista que é uma patologia de alta incidência e taxa de mortalidade, sendo assim 
considerado um importante problema de saúde pública no mundo. 
Assim, o enfermeiro é um dos profissionais habilitado para realizar o atendimento 
conforme suas habilidades e competências, pois tem caráter holístico de sua formação, e 
pelo fato de estar presente por mais tempo na assistência ao paciente. Dessa maneira, 
as orientações de enfermagem ao acompanhante/familiar devem contemplar desde 
aspectos mais gerais, relativos à dinâmica hospitalar para facilitar sua adequação ao 
ambiente, até explicações mais específicas acerca dos equipamentos utilizados 
e procedimentos aos quais os pacientes são submetidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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